apostila de geografia biblica1

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SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica Curso Teológico à Distância Básico em Teologia GEOGRAFIA BÍBLICA 1

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Page 1: Apostila de Geografia Biblica1

SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

Curso Teológico à Distância

Básico em Teologia

GEOGRAFIA BÍBLICA

Pastor Josias Costa Gomes

2005

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SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

@ Copyright - 2005 Pastor Josias Costa Gomes

Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações, com indicação da fonte.

Seminário Pentecostal de Goiás

Presidente: Pastor Jorge Branco de Gouveia

Direção: Pastor Lourival Dias Neto

Diretor Acadêmico: Gilmar Alonso Valério

Secretário Geral: Sebastião Diniz de Jesus

Autoria do texto: Pastor Josias Costa Gomes

Revisão: Professora Arlet Tereza Silva Garcia

Realização:SEPEGO - Seminário Pentecostal de GoiásRua 215, nº 193 , Setor Vila Nova

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Page 3: Apostila de Geografia Biblica1

SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

Goiânia – GO - Telefone: ( 6 2 ) 3261 – 4073

Para o bom aproveitamento deste estudo

Programe um tempo diário de estudo e seja criterioso no seu

cumprimento.

Estude este livro pedindo a orientação do Espírito Santo.

Estude-o com, pelo menos, duas versões da Bíblia e um dicionário.

Consulte as referências citadas para melhor compreensão do texto.

Responda os exercícios propostos em cada secção.

Faça anotações dos pontos em dúvida, para posterior esclarecimento.

Este livro não esgota o tema abordado, procure ampliá-lo através da

bibliografia citada no final do mesmo.

Não inicie uma nova secção sem a compreensão total daquela que

você está estudando.

O estudo desta matéria só terá utilidade prática, se primeiro, você

aplicá-lo à sua vida pessoal.

Todo estudo demanda dificuldades e desafios, superá-los é condição

para o aprendizado.

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Page 4: Apostila de Geografia Biblica1

SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

CONFISSÃO DE FÉ

Cremos:

1 - Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão, II Tm 3.14-17.

2 - No nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus, Is 7.14; Rm 8.34; At 1.9.

3 - Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19.

4 - Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do reino dos céus, Jo 3.3-8.

5 - No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor, At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9.

6 - No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro, uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo, Mt 28.19; Rm 6,1-6; Cl 2.12.

7 - Na necessidade e na possibilidade que temos de viver em santidade mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo, Hb 9.14; I Pd 1.15.

8 - No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com evidência inicial do falar em outras línguas, conforme a sua vontade, At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7.

9 - Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade, I Co 12.1-12.

10 - Na segunda vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel, da terra, antes da grande tribulação; Segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar

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sobre o mundo durante mil anos, I Ts 4.16,17; I Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14.

11 - Que todos os cristãos comparecerão ante ao tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra, II Co 5.10.

12 - No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis, Ap 20.11-15 e na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e tristeza e tormento para os infiéis, Mt 25.46.

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ÍNDICE

Apresentação....................................................................................................06

Introdução ....................................................................................................... 07

Geografia Bíblica .............................................................................................08

Noções de Geografia Geral ............................................................................09

Mundo Bíblico Antigo .....................................................................................13

Nomes de Israel ...............................................................................................21

A Hidrografia da Palestina ..............................................................................26

Montes da Palestina ........................................................................................28

Os Primitivos Moradores de Canaã ...............................................................30

Jerusalém Antiga ...........................................................................................37

Israel .................................................................................................................44

Bibliografia ..................................................................................................... 48

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SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

APRESENTAÇÃO

Apresentamos por hora esta apostila de Geografia Bíblica com a

qual temos o intuito de fazer com que o povo de Deus compreenda um pouco

mais as verdades profundas da Bíblia.

O contexto geográfico, às vezes, para nós do ocidente, pode

parecer um pouco alheio, mas grande parte desta indiferença ou incapacidade

se mostra por não termos um manual ou apostila que trata didaticamente do

assunto. Quando se tem tal manual ou apostila em mãos, a partir daí, esta

indiferença ou incapacidade de compreensão é dissipada, e o acesso à

interpretação bíblica se torna uma tarefa fácil e prazerosa.

Procuramos ilustrar esta apostila com mapas a fim de que esta

elucidação se torne mais acessível e fácil, pois entendemos que a função dos

manuais é a de expor técnicas e meios de compreensão e uso de instrumento

ou apostila e não de uma outra ou de outras funções.

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Page 8: Apostila de Geografia Biblica1

SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

INTRODUÇÃO

A Geografia Bíblica como disciplina teológica tem seu lugar e

seu valor. Quanto ao seu lugar, é quase que impossível uma compreensão

satisfatória dos textos bíblicos sem a mesma. Parece – nos algo sem base, sem

um nexo, sem um lado palpável, falar, por exemplo, de Jerusalém, sem a

contemplação geográfica dos montes sobre os quais ela está edificada.

Um manual de Geografia Bíblica deve ser cada vez mais um

manual atualizado, pois à luz das novas descobertas arqueológicas percebe-se

que há uma elucidação dos textos bíblicos, cada vez mais crescente.

Esta disciplina ajuda também na compreensão histórica de

lugares e ajuda na iluminação de questões antropológicas do contexto bíblico.

Quanto ao seu valor, o que se sabe da natureza humana é que

a mesma tem facilidade de apreensão mais fácil quando se trata de lugar e de

tempo. Parece que não conseguimos de uma maneira nítida nos libertarmos da

idéia de lugar ou tempo. A idéia de lugar para a humanidade pode ser vista

como um valor, principalmente quando se entende que sem ela não há

compreensão suficiente da própria Bíblia.

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GEOGRAFIA BÍBLICA

É o estudo das diferentes áreas da Terra relacionadas com as

Sagradas Escrituras e a influência que teve o meio ambiente na vida de seus

habitantes. Auxilia-nos na compreensão dos fatos bíblicos.

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NOÇÕES DE GEOGRAFIA GERAL

Espaço geográfico – É a superfície terrestre, parte do planeta habitado pelo

homem. É o espaço que o homem utiliza, ocupa e transforma.

Planeta – Astro iluminado, não possui luz própria e gira ao redor de uma estrela.

Estrela – Astro luminoso (possui luz própria), formado principalmente por

materiais gasosos (hidrogênio e hélio), com temperaturas elevadíssimas.

O sol é uma estrela considerada pequena. Seu diâmetro é 109 vezes maior

que o da Terra e sua massa 334 mil vezes maior que a do nosso planeta.

Galáxias – São partes ou regiões do universo onde se agrupam bilhões de

estrelas e outros astros (planetas, asteróides, satélites, etc.).

A galáxia onde nós estamos chama-se Via LÁCTEA.

Constelação – É um conjunto de estrelas, serve para classificar o espaço

sideral por partes.

Exemplo: Câncer, Cruzeiro do Sul, Escorpião, Órion, Ursa Maior, etc. 10

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TEORIA DO BIG BANG

Hemisfério – Cada uma das duas metades de uma esfera.

A Terra é dividida ao meio por uma linha imaginária (paralelo) chamada

Equador. As duas metades são chamadas Hemisfério Norte e Hemisfério

Sul.

Obs: No universo não existe em cima ou em baixo, depende da posição em

que nos encontramos.

A Terra é ligeiramente achatada. Os dois lados onde há achatamento

receberam os nomes de pólo Norte e pólo Sul.

Observando a natureza, o homem percebeu que o sol aparece todas as

manhãs num mesmo lado do horizonte e se põe, ao entardecer, no lado

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oposto. Tomando esses dois lados como referência, foram estabelecidos os

pontos Cardeais - Norte, Sul, Leste e Oeste.

O lado onde o sol nasce é o Leste (L), Este (E) ou Oriente (que quer dizer

nascente).

A direção onde o sol se põe é chamada de oeste (O), poente ou Ocidente.

Tendo como base os quatro pontos cardeais, podemos traçar outros pontos

ou direções intermediárias, que são os pontos colaterais.

Nordeste – (NE) entre o norte e o leste;

Noroeste – (NO) entre o norte e o oeste;

Sudeste ou Sueste – (SE) entre o sul e o leste e

Sudoeste – (SO) entre sul e oeste.

O meio mais seguro para se orientar é usar a bússola, uma invenção criada

pelos chineses no séc.x. É um pequeno instrumento circular, semelhante a

um relógio. Possui uma agulha imantada que gira sobre um eixo vertical, e

um mostrador, onde estão assinalados os pontos cardeais e os 360º (Graus)

de uma circunferência. A agulha aponta sempre para o norte, a partir daí é

possível localizar todos os outros pontos.

A agulha sempre aponta para o norte porque a Terra possui, nas

vizinhanças do Pólo norte, um pólo magnético que atrai a agulha imantada

da Bússola.

O pólo Norte é chamado NORTE GEOGRÁFICO e o pólo magnético,

NORTE MAGNÉTICO. A distância entre o NORTE GEOGRÁFICO e o

NORTE MAGNÈTICO é de cerca de 1400 km, o que significa que existe

uma ligeira diferença entre o NORTE apontado pela bússola e o norte real,

isto é, o Pólo Norte Geográfico. Essa diferença é quase insignificante para

as áreas distantes do pólo Norte, mas é significativa para as regiões

próximas a ele.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

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São usadas para localizar qualquer ponto na superfície terrestre.

Baseiam - se em linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre, chamadas

de.

PARALELOS E MERIDIANOS.

Paralelos – São linhas circulares que dão à volta na Terra. Por formarem

círculos, todos paralelos medem 360º. O maior paralelo é a linha do Equador,

pois marca o meio, a parte mais larga da terra.

Meridianos – São linhas semicirculares, isto é, linhas de 180º. Vão do Pólo

Norte ao Pólo Sul e cruzam com os paralelos.

Para determinação do meridiano principal, ou de 0º (zero grau) houve um

acordo entre as nações. Escolheu-se o meridiano que passa pela torre do

Observatório Astronômico de Greenwich, localizado no bairro de Greenwich,

em Londres, na Inglaterra. Ele é a linha de partida para enumerar, em graus,

os outros meridianos situados tanto ao leste como ao oeste. Desse modo,

conta-se 180 meridianos para leste e 180 para oeste do meridiano de

Greenwich, num total de 360 meridianos (01) hm grau cada.

Latitude – É à distância de um ponto qualquer da superfície da terra ao

Equador. É medida em graus (0º a 90º).

Longitude – É à distância de um ponto qualquer da superfície da terra ao

meridiano de Greenwich. É medida em graus (0º a 180º).

É o cruzamento de um paralelo com um meridiano que possibilita a

localização de um ponto na superfície da terra.

FUSOS HORÁRIOS

Como o dia tem 24 horas e o globo terrestre tem 360º de longitude (180º leste e 180º oeste de Greenwich), a superfície terrestre está dividida em 24 fusos horários. Cada fuso corresponde a uma faixa de horário que mede mais ou menos 15º

(360º divididos por 24 horas). Dessa forma de leste para oeste, a cada 15º o horário diminui em 01 hora.

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SEPEGO – Seminário Pentecostal de Goiás - Geografia Bíblica

O fuso horário inicial fica ao redor do meridiano de Greenwich, abrangendo partes da África, da Europa e da Antártida. Quando nesse fuso é meio-dia, para leste as horas vão aumentando até chegar ao décimo segundo fuso, onde será meia-noite. Do mesmo modo, para oeste, o décimo segundo fuso marcará zero hora.

No horário mais adiantando do globo localizam-se a Nova Zelândia e a parte leste da Rússia.

No horário mais atrasado localizam-se o Alasca e várias ilhas do pacífico sul.

FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL

O Brasil é um país muito extenso: De leste para oeste tem aproximadamente 4320 km Além disso, ele possuiu algumas ilhas no oceano Atlântico, que ficam a 1100 km do litoral. Não é possível estabelecer apenas um horário num território tão grande. Por isso existem no Brasil 04 fusos horários (ver mapa).

PRIMEIRO QUESTIONÁRIO

01 – Qual a diferença entre Geografia Bíblica e Geografia Geral?02 – O que é espaço geográfico?03 – Defina o que é hemisfério e destaque as características do hemisfério norte e hemisfério sul.04 – Qual a diferença entre Norte Geográfico e Norte Magnético?05 – O que é o Meridiano de Greenwich e qual o seu valor em relação ao outros Meridianos?06 – O que é Latitude e longitude?07 – Quantos fusos horários têm o Brasil?08 – Cite os pontos Colaterais e como os encontramos?09 – Como são definidos os fusos Horários no mundo?10 – De acordo com a Teoria do Big Bang como se originou o universo?

_____________________________________________________________

MUNDO BÍBLICO ANTIGO

QUADRO DAS NAÇÕES (dos filhos de Noé)

JAFÉGômer– celtas e cimbros Magoque – russos e citasMadai – Medos e persas

CÃOCuxe – etíopesMizraim – egípciosPute – Líbios

SEMElão – ElamitasAssur – AssíriosArfaxade – caldeus

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Javã – gregosTubal – russosMeseque – russosTiras – trácios

Canaã cananeus. Lude – lídiosArã – Sírios ou arameus

NAÇÕES JAFÉTICAS – (Jafé = engrandecimento) – Formaram os povos Indo – europeus ou arianos. Não se distinguiram na história antiga, embora constituam em nossos dias as raças dominantes do mundo.

NAÇÕES CAMITAS – (Cão = calor) – Se tornaram muito poderosos no princípio da história do mundo antigo. Constituíram a raça que estava mais intimamente ligada com os hebreus, tanto como amigos ou inimigos, Cão era progenitor das raças que se estabeleceram na África, no litoral oriental do mediterrâneo, na Arábia e na Mesopotâmia.

NAÇÕES SEMITAS – (Sem = nome) - Povoaram a Ásia desde as praias do mediterrâneo até ao Indico, ocupando maior parte do terreno entre Jafé e Cão. Desta raça Deus escolheu seu povo, cuja história constitui o tema especial das Escrituras.

O CRESCENTE FÉRTIL

Os acontecimentos relacionados com o povo escolhido e o salvador do mundo se desenvolveram dentro de um pequeno retângulo da Ásia Ocidental dentro do qual se acha uma região de terra fértil que foi o verdadeiro cenário do drama bíblico.

Esta região se estende em forma semicircular entre o Golfo Pérsico e o sul da palestina. Sua história pode ser resumida numa série de lutas entre os habitantes das serranias e as tribos nômades do deserto para a possessão da cobiçada terra para fértil. Seu lado oriental foi o berço da raça humana e de sua primeira civilização. Em suas grandes curvas levantaram-se os grandes impérios dos persas. Foi em seu extremo ocidental que nasceu o salvador do mundo.

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Essa região é chamada de Mesopotâmia (entre rios), cercada pêlos rios Tigre e Eufrates em cujas nascentes, segundo a narrativa bíblica, localizava-se o jardim do Édem. Atualmente, essa região é ocupada pelo Iraque.

Foi em UR dos caldeus, uma das mais progressistas e desenvolvidas cidades do crescente fértil que teve início a história de Israel. Tudo começou com a chamada de Abraão, pai do povo escolhido.

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A jornada de Abraão de Ur dos Caldeus a Terra Prometida e Egito

OS POVOS DO FÉRTIL CRESCENTE

PERÍODO ANTE DILUVIANO As civilizações tiveram sua origem nas planícies de Sinear, que se estende entre os

rios Tigre e Eufrates. Os dados relativos os período ante diluviano são sumamente escassos. O livro de Gênesis relata que alguns homens começaram a especializar-se em certas ocupações e ofícios, particularmente a criação de gado, ferraria e manufatura de instrumentos musicais de sopro e corda.

PERÍODO PÓS – DILÚVIANOa) NINRODE E ASSUR – No período pós diluviano os filhos de Cão e Sem assentaram

suas bases na mesma planície, sendo Ninrode, neto de Cão, o primeiro a destacar-se sobre os demais. O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acabe e Calné, na Terra de Sinear. Foi também dessa terra que saiu Assur, filho de Sem, para estabelecer-se na região do Tigre, mais ao norte e edificar as cidades de Nínive, Reobote, Resém e Calá:

b) SUMÉRIOS – A escritura mais antiga descoberta pêlos arqueólogos corresponde a uma raça conhecida como a Suméria, cujo idioma não pertence à família Camita. É possível que corresponda ao idioma universal empregado antes da confusão das línguas, associadas com a Torre de Babel.

c) SEMITAS: Reino de Acade – Os restos arqueologicos revelam que os Semitas, numa época remota conquistaram sinear e organizaram alí o reino de Acade. Sob a direção

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do rei Sargão I, este reino estendeu seu domínio desde Elão pelo Sul até ao mediterrâneo.

d) AMORREU – Cerca de 1050 a.C. os amorreus, outro povo semita, estabelecendo ao noroeste do Fértil crescente, subjugaram a metade oriental dessa terra e sob seu grande rei Hamurábi, contemporâneo de Abraão, fizeram sentir sua autoridade e domínio desde Elão até ao mediterrâneo.

e) Os CASITAS, tribo bárbara procedente das serranias a noroeste do crescente Fértil, a parti do ano 1900 a.C. começaram a descer de suas montanhas em busca de terras mais propícias para estabelecer-se Pouco a pouco infiltraram-se no território dos amorreus assenhorando-se dele. Sua falta de apreço pêlos valores culturais e seu amor aos saques e pilhagens colocaram um ponto final à civilização amorréia, e como conseqüência o crescente Fértil foi condenado ao estancamento cultural e cívico durante cerca de mil anos até surgir o império dos Assírios.

O MUNDO BÍBLICO

01 – ASSÍRIA. Rei Assur, descendente de Noé (Gn 10:11). O povo que forma a Assíria são os acádios e semitas. Local – Norte da Mesopotâmia cidades principais – Nínive e Assur. Era um povo militarizado, cuja principal atividade econômica eram os saques e os

despojos de guerra. Povo que se destacou pelas táticas de guerra e conquistas militares.

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Salmonazar – determinou a ocupação de Israel – Reino do norte.

02 – BABILÔNIA – CALDEUS(Sumer, Arcade, Sine, Sinear).

Principais povos – Acádios, Sumérios, babilônicos O povo babilônico de Nabucodonosor era chamado Neo – Babilônicos. Os primitivos habitantes foram os Sumérios vindos do Planalto persa que, fundindo-

se com os ACÁDIOS, formaram mais tarde o povo babilônico. O solo da região é chamado Solo ALUVIÃO. Isso tornou a área objeto de

permanente cobiça dos vários habitantes. A organização política e administrativa da região girou em torno das cidades estados

(Ur, Eridu, Obeide, Larsa, Fara, Ereque, Nipur, Babilônia). Cidade de Babilônia, fundador Ninrode, filho de Cusi, neto de Cão, bisneto de Noé. Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, construiu os grandes monumentos, desenvolveu

a cidade.

03 – PÉRSIA

Primitivamente a região era pequena, situada a nordeste do GOLFO PÉRSICO, a sudeste de Babilônia e ao sul da média. A capital mais antiga da região era a cidade de pasárgada ou persépoles, na Bíblia é chamada Susã. Depois da queda do Império Babilônico sob o poder Medo-persa, Ciro rei persa, foi quem decretou o repatriamento dos judeus.

04 – LÍBANO

Fenícia, Lebon. A Fenícia desde os tempos antigos é palco de desenvolvimento de uma civilização

que soube contornar os adventos naturais e investir, como meio de subsistência principalmente na atividade comercial.

Desenvolvimento das cidades – Estados (Tiro, Sidon).

RELIGIÃO

Era politeísta, principais deuses: Baal (e suas várias representações) Astarote, Moloc, (deus da guerra e do fogo).

Seus habitantes provavelmente eram originários do Golfo Pérsico, ocuparam a costa do Mediterrâneo por volta de 1700 a.C. Eram famosos em navegação, comercio, ciências, arte e literatura. Exerceram notável influência sobre os demais povos da antiguidade. Suas colônias estavam espalhadas por todo Mediterrâneo.

Os libaneses que hoje ocupam a região são descendentes da minoria remanescente fenícia.

05. EGITO

Depois da palestina, a terra que ocupa maior destaque na geografia bíblica do ponto de vista histórica e religiosa é o Egito, isso porque está intimamente ligado à história dos Hebreus.

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Mapa atual da região do mundo bíblico

SEGUNDO QUESTIONÁRIO

01 – Descreva o Crescente Fértil02 – Descreva a região do Crescente Fértil.03 – Fale da localização do Jardim do Édem.04 – Quais os povos que povoaram o Crescente Fértil.05 – Qual a origem da Assíria e como eram suas guerras?06 – Quem foi o fundador da cidade de Babilônia?07 – Qual a origem da Pérsia?08 – Qual a principal atividade desenvolvida no Líbano?09 – quais os principais deuses dos Libaneses?10 – Qual a importância do Egito na história Bíblica?___________________________________________________________________

NOMES DE ISRAEL

Tanto na história sagrada como na secular a terra de Israel recebeu várias designações. Cada nome por ela recebido encerra um drama vivido pelo povo de Israel. Desde a era patriarcal até os nossos dias, o território Israel recebeu a mais variada nomenclatura.

01 – CANAÃ – Após a dispersão da humanidade ocorrida quando da construção da torre de Babel, os descendentes de Canaã, filho de Cão e neto de Noé, fixaram-se nas terras que seriam entregues a Abraão. Isso ocorreu há mais de dois mil anos antes de Cristo, nessas paragens, conhecidas por suas riquezas naturais e fertilidade, os cananeus se multiplicaram sobremaneira. A partir de então, passou a ser chamada terra de Canaã. Com o passar dos séculos, Canaã passou a ter uma conotação poética.

02 – TERRA DOS AMORREUS - Essa designação é encontrada tanto no Antigo Testamento como nos escritos profanos. É um dos mais antigos nomes da terra Santa.

03 – TERRA DOS HEBREUS – De acordo com a árvore genealógica de Sem, os israelitas são descendentes de Héber. Por esse motivo o território judaico era conhecido por terra dos Hebreus.

04 - TERRA DE JUDÁ – Depois da divisão feita por Josué às tribos de Israel coube á tribo de Judá uma herança ao sul. Essa possessão ficou

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conhecida como Terra de Judá. Após o cisma do reino davídico, ocorrido em 931 a. C. Essa designação passou a incluir também as terras ocupadas por Benjamim.

Terminado a cativeiro babilônico, em 538 a.C. o povo de Judá retorna á sua herança sob o comando de Zorobabel e reorganiza-se nacionalmente. A partir desse renascimento parcial da soberania hebraica, as possessões abraâmicas passaram a ser designado como Terra de Judá e seus habitantes começaram a ser chamados de Judeus.

05 – TERRA DE ISRAEL – Após o cisma do reino salomônico essa nomenclatura passou a designar as terras ocupadas pelas dez tribos do norte, comandadas pelo idólatra e profano Jeroboão. Com os exílios, a terra de Israel torna-se um nome esquecido, que só voltou a existir com a criação do moderno estado de Israel.

PALESTINA – Esse termo é uma adaptação da palavra “filistéia” (gr. Philistia – terra dos filisteus) que significa o terreno dos filisteus que havia desempenhado um papel muito importante na história hebraica, o que levou os escritores gregos e latinos a aplicarem esse nome a todo o país.

06. PALESTINA – NOÇÕES GERAIS.

LOCALIZAÇÃO: A Palestina propriamente dita, a terra das doze tribos que abrange Canaã e a região Transjordânica, está situada no extremo meridional (sul) da curva ocidental do crescente Fértil. Limita-se ao N com a Síria e a Fenícia (Líbano) ao sul com a Arábia, ao Leste com Jordão e os desertos da Jordânia e a Oeste com o mar Mediterrâneo.

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TOPOGRAFIA

01 – Planície do mediterrâneo (Marítima). 02 – Sefelá03 – Regiões das planícies centrais (montanhas). 04 – Vale do Jordão. 01 – Planície marítima (do mediterrâneo) - estende-se pela costa

mediterrânea como uma faixa estreita que vai se dilatando para o sul. É de terra ondulante e altamente produtiva cuja altura oscila entre 45 e 75 metros e dividi-se em seções: Fenícia, Acre, Saron e Filistia.

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02 – Sefelá - Região no centro-sul de Israel de 10-15 km de baixas colinas entre o Monte Hebrom central e as planícies litorâneas da Filístiadentro da área da Judéia. Regada pelas torrentes de Besor e Soreque, de solo muito apropriado para o cultivo de oliveiras, vinhais e grãos. Está formada pelas ramificações dos contrafortes do planalto de Judá do qual estão separadas parcialmente por uma série de vales que se estende desde Aijalom até perto de Berseba. Suas cidades Fortificadas eram Laquis, Debir, Azeca e Bete-Semes. Era a histórica comarca de disputa entre israelitas e filisteus e, numa época posterior, entre os gregos – sírios e os macabeus.

03 – Cordilheira Central - é uma continuação da cordilheira do Líbano que vai estendendo de Norte a Sul desde as falhas desta cordilheira até o deserto da Arábia. Suas subdivisões: Alta Galiléia, Baixa Galiléia, terra montanhosa de Samaria e Judá e Neguebe.

04 – Vale do Jordão – Grande fenda geológica, formando a mais profunda depressão da terra, começa na Síria e vai até o extremo sul do Mar Morto. Grande parte desse vale é altamente fértil. Por ser de difícil acesso, esse vale dificultava o tráfego entre as tribos irmãs em ambos os lados.

05 – Planalto Oriental – Território montanhoso que, visto do oeste através da depressão do Jordão, parece um impressionante muro paralelo ao horizonte. O solo é pouco apropriado para a agricultura, porém se presta admirável para criação de gado e ovelhas. Possui três subdivisões: Basã, Gileade e Moabe.

O golfo de Aqaba[1] (ou em hebraico golfo de Eilat, אילת Mifratz ,מפרץ Eilat), ou golfo de Acaba (em árabe, العقبة (Bahr el-Akabah,خليج é uma porção do mar Vermelho que separa a península do Sinai da península Arábica e que banha Israel,Egipto, Jordânia e Arábia Saudita.

O golfo de Aqaba é uma das duas reentrâncias criadas pela bifurcação da extremidade setentrional do mar Vermelho, na altura da península do Sinai, com o golfo de Suez a oeste da península e o golfo de Aqaba a leste. Sua largura máxima é de 24 km e estende-se por cerca de 160 km, desde o estreito de Tiran até um ponto em que as fronteiras de Israel, Egipto e Jordânia convergem. Nesta área ao fundo do golfo encontram-se três importantes cidades, Taba, no Egipto, Eilat, em Israel, e Aqaba, na Jordânia.

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Mapa da Palestina

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O Golfo de Suez ( السويس Khalyj as-Suways, em árabe) é um dos dois خليجramos em que se divide o extremo norte do mar Vermelho. O outro ramo é o Golfo de Acaba, a leste, separado do Golfo de Suez, a oeste, pela península do Sinai.

O Golfo de Suez é um rift relativamente recente, de cerca de 40 milhões de anos, e estende-se por aproximadamente 300 km do mar Vermelho até a cidade egípcia de Suez e a entrada do Canal de Suez. O golfo, assim como o Canal de Suez e o mar Vermelho, separa aÁfrica da Ásia.

HIDROGRAFIA

Os rios da Palestina formam duas vertentes:

1. Do Mediterrâneo. 2. Do Jordão.

1 – VERTENTES DO MEDITERRÂNEO.A ela pertencem todos os riachos que nasceram na falha ocidental da Cordilheira Central que correm para o oeste e lançam suas águas no mediterrâneo. Quase todos são caudalosos na estação chuvosa, porém no estio suas águas minguam consideravelmente.

PRINCIPAIS RIOS:

1. LEONTES – Forma o limite setentrional (norte) de Canaã e deságua a 8 km ao norte de Tiro.

2. BELUS – O sior – Libnate, mencionando em Js. 19:26 É um pequeno arroio situado a sudoeste da tribo de Aser. Desemboca no Mediterrâneo. A margem deste rio é o lugar tradicional do descobrimento do vidro.

3. QUISOM – Depois do Jordão é, talvez, o rio mais importante da Palestina, banha a planície de Esdraelon e de Acre deságua no mediterrâneo. (Jz 5: 21).

4. SOREQUE – Tem sua origem a 21 km a oeste de Jerusalém e deságua entre Jope e Ascalom (Jz 16: 4).

5. BESOR – Situa-se ao sudoeste de Canaã. É o principal dos rios que deságuam na costa Ocidental da Palestina ao sul do Carmelo. Deságua no mar ao sul de Gaza (I Sm 30: 9 – 10).

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6. SIOR – É uma corrente hibernal do deserto na fronteira Meridional (sul) da Palestina (Jz 13:3).

2 – VERTENTE DO JORDÃO. Compreende:

O rio Jordão. Seus afluentes orientais. Seus afluentes ocidentais. Seus lagos.

O JORDÃO

Único em seu gênero é formado pela confluência de quatro correntes que se unem perto da extremidade setentrional (norte) do Lago Merom, a saber: Barreighit, Hasbany, Leddãn e Banias.

O Jordão percorre 64 km desde Hasbany até ao Lago Meron que atravessa e segue uns 24 km até ao Mar da Galiléia, outro lago alimentado por ele. Saindo do lago segue velozmente entre cataratas, quedas e ziguezagues e perdendo profundidade à medida que se aproxima do mar Morto, onde deságua. Sua largura varia entre 27 e 45m e sua profundidade entre 1,50 e 3,50 (Gn 32: 10).

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AFLUENTES ORIENTAIS: Hieromax ou Yarmuc que rega o planalto de Basã que atravessa os montes de Gileade.

AFLUNTES OCIDENTES – O único digno de ser mencionado é o Oriente – que desembocava a curta distância do Mar Morto.

LAGOS:

1. MEROM – Hoje chamado Huleh, ocupa a parte meridional (sul) de um vale pantanoso. É triangular, de 06 km de comprimento por 05 km de largura. De pouca profundidade, grande parte de sua superfície está coberta por plantas aquáticas (Jz 11:5 –7).

2. GALILÉIA ou QUERITE – belíssimo lago da Palestina Setentrional (norte) cujas águas se renovam constantemente pelas do Jordão (Nm 34: 11). O Mar da Galileia, também dito Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré (em língua hebraica: כנרת (Kinneret ,ים é um extenso lago de água doce, o maior de Israel, com comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca de 13 km. Na moderna língua hebraica é conhecido por Yam Kinneret.

3. MAR MORTO – Ocupa a parte inferior da depressão vulcânica que se estende através da Palestina de Norte a Sul. Além do Jordão, recebe as águas de muitos riachos e mananciais, a maioria dos quais nasceram de fontes sulfurosas ou atravessam um terreno salitrado, de maneira que seu conteúdo salino é muito elevado antes de desaguar no lago. Este mar se distingue por não ter saída, porém suas águas se mantêm num nível constante devido, em parte, à infiltração, mas principalmente à evaporação; o calor excessivo que predomina naquela depressão acelera enormemente a evaporação, circunstância que explica a elevada quantidade de sal abundante em suas águas, na proporção de 28g de sal em cada 100, comparado com 0,6 g de sal que se encontra em 100g de água do mar.

Com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 quilômetros e a uma largura de máxima de 18 km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia.

O Mar Vermelho (árabe:Bahr el-Ahmar, hebraico Yam Suf ou Hayam Haadóm) é um golfo do Oceano Índico entre a África e a Ásia. Ao sul, o mar Vermelho comunica com o oceano Índico pelo estreito de Bab el

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Mandeb e o golfo de Áden. A norte se encontram a península do Sinai, ogolfo de Aqaba e o canal de Suez (que permite a comunicação com o Mar Mediterrâneo).

O mar Vermelho tem um comprimento de aproximadamente 1900 km, por uma largura máxima de 300 km e uma profundidade máxima de 2 500metros na fossa central, com uma profundidade média de 500 m, sua água tem um percentual de salinidade de 40%. O mar Vermelho é famoso pela exuberância de sua vida submarina, sejam as inúmeras variedades de peixes ou os magníficos corais. A superfície do mar Vermelho é de aproximadamente 450 000 km², com uma população de mais de 1000 espécies de invertebrados, de 200 espécies de corais e de ao menos 300 espécies de tubarões.

AFLUENTES ORIENTAIS – Armom, Zarede.

AFLUENTE OCIDENTAL – Cedrom – Somente tem água na estação chuvosa. Separa Jerusalém do Monte das Oliveiras (2 Sm 15:23).

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TERCEIRO QUESTIONÁRIO

01 – Porque a terra dada por Deus a Abraão era chamada terra de Canaã?02 – De onde vem o nome JUDEUS para os filhos de Israel?03 – Quais os limites da Palestina (mundo antigo)?04 – descreva a mais profunda depressão de terra?05 – Quais os rios que deságua no mar Mediterrâneo?06 – Onde nasce o rio Jordão e onde deságua?07 – Cite os afluentes do rio Jordão?08 – Como é formado o lago de Merom e qual sua localização?09 – Cite todos os nomes do mar da Galiléia?10 – Pesquise e descreva as dimensões do mar morto, largura e profundidade.

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MONTES DA PALESTINA

Em vista da importância dos montes na história sagrada, mencionamos alguns deles:

1. LÍBANO – Dt 1:7 – Quer dizer “alvo”, chamado assim devido à pedra calcárea de que é formado e por sua brancura no inverno. Os cedros milenários que cobriram suas encostas foram utilizados freqüentemente na construção de templos, palácios e mastros de embarcações fenícias.

2. CORNOS DE HATIM – MT 5:1 – Ou das “bem – aventuranças”. Um monte a oeste de Tiberíades onde o Salvador pronunciou o “Sermão do Monte”!

3. TABOR – Jz 19:22 – Aqui Baraque passou em revista os 10.000 homens com os quais desbaratou o exército de Sísera.

4. PEQUENO HERMOM OU MORÉ – Dt 11:30 – Entre os montes Tabor e Gilboa.

5. GILBOA – 1 Sm 28:4 – Nas cercanias desse monte, do lado oriental, teve lugar à trágica morte de Saul e seus filhos.

6. CARMELO – I Rs 18:17:40 – Suas cavernas provavelmente serviam de esconderijo aos cem profetas socorridos por Obadias. À sombra de suas árvores frutíferas verificaram - se os grandes sucessos de Elias.

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7. EBAL E GERIZIM – Dt 11:29 – Montes de Samaria, são separados entre si por em pequeno vale, em cuja entrada se encontrava a antiga Siquém. Neste monte foi renovado o pacto, pouco antes do início da conquista. Josué levou seis tribos a Ebal para que pronunciassem as maldições sobre as transgressões da lei, levando seis a Gerizim para que lessem as bênçãos destinadas aos que observassem a Lei:

8. SIÃO E MORIÁ – Gn 22:2 e II Cr 3:1 – Montes sobre os quais estava construída Jerusalém. A arca foi guardada em Sião até que Salomão a transferisse para o templo que fora construído sobre o monte Moriá. Mais tarde o nome Sião servia para incluir Moriá também.

9. MONTE DAS OLIVEIRAS – 14:4 e Mt 24:3 – situado próximo de Jerusalém, da qual está separado pelo vale do Cedron.

10, HEBROM- Js 14:12-13 – situado a sudoeste de Jerusalém.

11. HERMOM MAIOR – Dt 3:8-9 – Formou o limite nordeste das conquistas sob Moisés e Josué.

12. GILEADE – Gn 31: 23 – Situado a sudeste do rio Hieromax.

13. PISGA – Dt 3:27 – Do alto do seu cume, Nebo, Moisés pôde avistar a Terra prometida desde Dâ até Berseba, pouco antes de morrer.

QUARTO QUESTIONÁRIO

01 – Cite os principais montes da Palestina.02 – Em que região fica os montes Ebal e Gerizim e qual acontecimento marcou aquele local?03 – Qual a localização do monte Sião?04 – Descreva o monte Carmelo e os acontecimentos relacionados com o mesmo.05 – De onde Moisés viu a terra Prometida?06 – Como é o Relevo da Palestina?07 – Qual o monte que fica na nascente do rio Jordão?08 – Qual a principal planície da Palestina?09 – Como são os montes ao redor de Jerusalém?10 – De qual monte Jesus subiu para o Céu? E em qual ele voltará?

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OS PRIMITIVOS MORADORES DE CANAÃ

Não se pode determinar com certeza os limites das primitivas tribos de Canaã, por falta de dados sobre sua origem, idioma e costumes. Se as escrituras não as houvessem mencionado, teriam desaparecido da história sem deixar sinal algum.

Procuraremos consignar as principais dessas tribos, assinalando sua posição aproximada:

1 – REFAINS – Que viviam em Basã, eram homens de estatura e força colossais. Com o correr dos anos perderam sua nacionalidade, fundindo-se com os amorreus. Havia outra divisão dessa raça denominada Enaquins no sudeste do Mar Morto sendo sua cidade principal Hebron, ou Quiriate Arba. Foram vencidos por Calebe, porém alguns sobreviventes dessa destruição se refugiaram em Gate, Gaza e Asdode. O mais célebre descendente dessa tribo foi Golias ( Dt 3:11).

2 – ZANSUMINS ou ZUZINS – Ocupavam o planalto oriental ao sul e sudeste de Gileade, na vizinhança de Rebate – Amon (Dt 2: 20 – 21).

3 – EMINS OU EMITAS – Estabeleceram-se à leste do Mar Morto. É provável que tenham sido da mesma família dos Refains. Quedorlaomer em sua marcha triunfante desde Elão, derrotou todas essas tribos (Gn 14:5 e Dt 2: 10-11).

4 – HOREUS – Moraram nas cavernas do Monte Seir (Gn 14:6). Quedorlaomer os venceu, e num período posterior foram expulsos do seu território pelos descendentes de Esaú (Dt 2: 12).

5 – AVEUS – Povo oriundo de Sefelá e da região em volta de Gate. Foi conquistado pelos Caftorins, ou Filisteus (Dt 2: 23).

TRIBOS DA ERA PATRIARCAL

1. FENÍCIOS – A esse povo se deve a invenção das letras do alfabeto. Procediam segundo se supõe, das planícies da Caldéia. Ocupavam o litoral entre o Monte Carmelo e a foz do rio Leontes. Ocupavam-se do Comércio Marítimo com os povos do Mediterrâneo até o Atlântico, sem objetivo de conquista. Sua colônia mais notável era Cartago (atual Túnis) no norte da África.

2. CANANEUS – O nome de Cananeu vem de Canãa, filho de Cão, neto de Noé (Gn 10.6) Os irmãos de Canãa foram Cuxe, Mizraim e Pute.

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Ocuparam uma grande faixa de terra no vale do Jordão e se estenderam pela orla do Mediterrâneo (Nm 13.29 e 14.25). Apesar de procederem de um mesmo tronco racial, trazem o mesmo nome, o grupo do Jordão era independente do grupo mediterrâneo e vice-versa. O Faraó MEMPTAH transformou os cananeus numa colônia egípcia. Quando Israel conquistou Canãa, o Egito perdeu sua colônia e seus aliados. Nos dias de Josué, era um povo forte, belicoso, possuindo carros de ferro e fortes cavalos. Tinham cidades fortificadas, tais como, Megido, Sidom, Hebrom, Dor, Jope, Admá, Leboim, Sodoma e Gomorra etc. estas últimas foram destruídas por Deus devido à sua corrupção moral, Josué não conseguiu desapossar totalmente os cananeus (Jz 1.27-33). Débora infringiu-lhes desastrosa derrota, e Sisera, general Cananeu, pereceu (Jz 4).

3. FILISTEUS – São de origem incerta. Algumas citações bíblicas dizem

que seriam oriundos do Egito, da pronúncia de Caftor, perto de Tebas (Jr 47: 4, Am 9:7). Suas cidades situadas na Planície Marítima, Ascalom, Asdode, Ecrom, Gate e Gaza, constituíam uma poderosa federação. Os filisteus foram inimigos de Israel durante longo período e, embora Davi os tivesse subjugado, não conseguiu seu completo extermínio. Parece que ao fim se fundiram com o povo de Israel, na época dos Macabeus (Js 13: 2-3).

4. HETEUS – Eram pequenas colônias do poderoso império da Ásia menor, estabelecidas em Canaã próximo o mar da Galiléia, Nas pastagens de Hebrom (Js 1: 4).

Gênesis 10.15 linha Hete como o segundo filho de Canãa de Hete vem Heteus; na literatura profana, principalmente em obras de arqueologia, usa-se HETEUS e HITITAS. Alguns críticos ousam afirmar que os Heteus não passavam de um povo sem importância e apagado, como que pretendendo negar o valor histórico de II Rs 7.6. E neste passo bíblico, os HETEUS aparecem em pé de igualdade com os egípcios; afirma ainda pluralidade de reis, isto é, uma confederação, um império; ainda mais: povo forte, e guerreiro, com carros, cavalos e cavaleiros. Hoje, entretanto, pelas grandiosas descobertas arqueológicas, sabemos que os HETEUS formavam poderoso império e eram senhores de vasta cultura e apuradíssima civilização. Os heteus eram fisicamente feios, de pele amarelada, com fisionomia pronunciadamente mongólica, fielmente reproduzidos nos seus próprios monumentos e nos do Egito. Seus olhos eram negros, cabelos lisos eram caçapados* e fortes, o contrario dos amorreus que eram altos e bem formados, de boa aparência, de olhos azuis e cabelos louros. No século 12 a. C. os heteus eram fortes e aguerridos e puderam conter o avanço assírio na Ásia Meridional. Aos poucos, porem, foram se enfraquecendo e os assírios

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os venceram. Concentraram-se em Carquemis até 712 a. C no ano em que sargão II da assíria derrubou o ultimo e o mais forte baluarte dos heteus. *Obs.: Acaçapado = Homem baixo e grosso

O local da antiga Carquemis, chamado atualmente de Jerablus, situa-se na fronteira entre a Turquia e Síria, aproximadamente a 100 km a NE de Alepo. Pela sua localização geo-estratégica, foi uma importante cidade comercial e base militar na parte superior do Rio Eufrates.

5. GIRGASEUS – Residiram a Oeste do mar da Galiléia. Também os girgaseus procedem de Canãa (Gn 10.16 e II Cr 1.14). Quando Abraão chegou em Canãa, os girgaseus já estavam na terra e fizeram parte da lista de povos que Deus deu a Abraão (Gn 15.21 e Ne 9.8). Pouco se sabe das atividades deste povo. Ofereceram resistência a Josué na conquista de Canãa, mas foram vencidos pêlos Exércitos do Deus Vivo (Dt 7.1 e Js 3.10).

6. HEVEUS – No tempo de Jacó Siquém era sua cidade principal. Um dos povos descendentes de Canãa (Gn 10.17 e II Cr 1.15). Povo antigo da Síria e Palestina, e às vezes associados aos arqueus, habitantes do Líbano (Jz 3.3), bem como na serra de Hermom (Js 11.3). O rei Davi os encontrou no vale que leva a Hamate e os alistou com Tiro e Sidom (II Sm 24.7). Foram conscritos por Israel como trabalhadores nos projetos de edificação do templo de Salomão (I Rs 9.20 e II Cr 8.7). Sem duvida alguma, outro grupo Heveu se localizou em Siquém, nas proximidades de Samaria. E foi nessa região que houve o incidente de Hamor, o heveu, com Diná filha de Jacó, que resultou na morte de uma grande parte desse povo (Gn 34). No tempo da conquista de Canãa.

7. FERESEUS – No tempo dos patriarcas tiveram sua residência principalmente no Norte de Sefelá. Conservaram sua identidade como raça até o tempo do Cativeiro (Gn 34: 30 e Js 17: 15). Povo pequeno, comparado com as outras seis nações cananéias. Descendentes de Canãa (Gn 15.20). Fereseus significa CAMPONÊS ou ALDEÃO. “O nome parece indicar a inferior posição social” que ocupavam na terra. Na Bíblia, aparecem sempre ligados aos cananeus; daí muitos acreditarem tratar-se de um mesmo povo, diferindo apenas nas condições sociais: os cananeus habitavam as cidades e por isso constituíam a classe mais alta, enquanto que os Fereseus habitavam os campos, dedicavam-se à agricultura; razão por que eram mais rudes e constituíam um grupo inferior (Gn 13.7), Jacó teve pavor deles quando em Siquém, Levi e Simeão passaram ao fio de espada os Siquemitas (Gn 34).

8. JEBUSEUS – Também descendentes de Canãa (Gn 10.16; 15.21) Colonizaram o distrito em redor de Jerusalém, que primitivamente se

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chamava JEBUS (Jz 19.10-11; II Cr 11.4-5 e Js 15.28). Habitaram as colinas, talvez não em Jerusalém, mas nos seus arredores (Nm 13.29; Js 11. 13; 15.8-16). A primeira referencia aos Jebuseus é feita pelos 12 espias (Nm 13.29). Quando Josué tomou Jerico, e tomou Ai os Gibeonitas fizeram paz com Israel. Adoni Zedeque, rei de Jerusalém, convocou o rei de Hebron, o rei de Jarmute, o rei de Laquis e o rei de Eglom e formaram uma confederação para combater Gibeão, por ter feito paz com Israel, Investiram contra Gibeão, Josué socorrera seus aliados e a confederação dos cinco reis foi derrotada diante do Senhor (Js 10.1-11). Entram em cena novamente nos dias de Davi. Construíram no monte OFEL, ao sul do Monte Moriá, uma quase inexpugnável fortaleza. Ninguém conseguia penetrar nela. Joabe, sobrinho do rei Davi, descobriu o canal que abastecia de água a cidade e entrou e tomou a fortaleza (II Sm 5.6-10), a mesma que Josué não conseguira (Js 15.63) Davi fortificou ainda mais a fortaleza dos Jebuseus habitou nela e chamou-lhe CIDADE DE DAVI (Jerusalém).

9. AMORREUS – A princípio ocupavam o deserto a Oeste do mar Morto e as regiões montanhosas adjacentes a este. Sofreram na invasão de Quedorlaomer, porém ajudaram Abraão a perseguir o invasor. Depois levaram suas conquistas ao outro lado do Jordão, desalojando os amonitas e moabitas da região do Sul e aos refains do Norte, fundando ali reinos amorreus.

O nome AMORREU é usado no Velho Testamento para designar: 1) Os habitantes da Palestina em geral. 2) Os povos dos montes que se opõem aos das planícies 3) Um povo especifico, ocupando uma cidade ou uma região maior, com seu rei. Encontramo-los no lado ocidental do Mar Morto (Gn 14.7), em Hebron (Gn 14.13), em Siquém (Gn 48.22), em Gileade e Basã (Dt 3.8-10) e nas imediações do monte Hermom (Dt 2.1). Aparecem com cinco reis para enfrentar Josué (Js 10.5).

A CONQUISTA DE CANAÃ

Embora o período da conquista no sentido mais restrito da palavra compreenda somente os sete anos durante os quais os hebreus se apoderaram da Palestina, a dominação israelita, não se completou antes da captura de Jerusalém por Davi e subsequente destruição do poder filisteu. A conquista se fez em três etapas:

1 – Conquista da Palestina Oriental. 35

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2 – Conquista da Palestina Ocidental. 3 – Campanhas Suplementares.

1 - CONQUISTA DA PALESTINA ORIENTAL

Compreende três campanhas levadas a cabo durante a vida de Moisés. Estas foram

a) Campanha contra Gileade: No tempo da conquista, a região transjordânica ao norte do Arnom

estava ocupada pelos amorreus, que a tinham dividido em dois reinos, Basã e Gileade. Israel pediu permissão a Seom, rei de Gileade para passar pacificamente por seu território, o que lhe foi negado. A batalha motivada pela resposta negativa, teve como resultado a derrota do rei amorreu em gaza, próxima a Rabá - Amom perdendo assim não somente o antigo território moabita, ao sul do Joboque mas toda a região ao norte desse rio (Nm 21:21-31).

b) Campanha contra Basã: Animados pelo triunfo sobre o rei Seon, os hebreus cruzaram o rio

Hieromax para invadir Basã, onde o rei Ogue tinha sua capital em Asterote – Carmaim. Com a vitória decisiva que se obteve sobre os nativos dessa região em Edrei, toda a Palestina Oriental. Passou ao poder de Israel e foi logo repartida entre Rubém, Gade e a meia tribo de Manassés (Nm 21: 33-35).

c) Campanha contra Midíã: Enquanto os Israelitas repousavam em Sitim os midianitas ligaram com

os moabitas para opor resistência a Israel. Balaque, rei de Moabe, mandou chamar a Balaão, célebre adivinho da cidade de Petor, sobre o Eufrates, para amaldiçoar a Israel. Balaão viu-se constrangido por Deus a abençoar o seu povo, atitude que o privou da recompensa prometida. Depois tentou vingar-se, induzindo as mulheres de Midiã e de Moabe a seduzirem os varões de Israel, com os impudicos ritos de Baal-Peor. Na luta que se seguiu, estas duas tribos foram vencidas, permanecendo deste modo toda a terra à leste do Jordão em mãos de Israel (Nm 25 e 31).

2 - CONQUISTA DA PALESTINA OCIDENTAL

Realizou-se em três etapas, sob o comando de Josué.

a) Conquista da Palestina Central.

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Rompendo o acampamento em Sitim, nas planícies de Moabe, os hebreus cruzaram o Jordão a pé e acamparam em Gilgal, entre Jericó e o Jordão. Depois tomaram Jericó, abrindo caminho para o centro do país enfraquecendo e dividindo com isso as forças do inimigo. Ato contínuo foi tomada Ai, e pouco depois nos montes Ebal e Gerizim se deu a leitura das bênçãos e das maldições sobre a observância da Lei, em presença de todo o povo.

b) Conquista da Palestina Meridional Atemorizado pelas façanhas de Josué e feridos em seu orgulho com o

procedimento indígno dos heveus (Js 3 – 8), os reis de Hebrom, Jarmute, Laquis e Eglom formaram uma confederação encabeçada por Adoni – Zedeque, rei de Jerusalém, para resistir às forças estrangeiras de invasão. Atacaram Gibeom, cidade Heveia tributária de Israel. Avisado Josué, suas tropas irromperam em rápida investida perto de Bete Herom, onde feriu o inimigo. Em Maquedá, os reis vencidos foram capturados e executados, e tomadas de assalto às cidades fortes de Libna, Laquis, Eglom, Hebrom e Debir – Foi nessa batalha que Deus fez o prolongamento do dia.

c) Conquista da Palestina Setentrional O mais poderoso dos reis dessa região foi Jobim, rei de Hozor. Este

reuniu os caciques confederados desde o Monte de Hermom até ao Carmelo e fixou seu acampamento junto às águas de Merom onde a poderosa liga foi surpreendida e derrotada por Josué, que dessa maneira se apoderou de toda região norte de Canaã, até ao Monte Líbano (Js 11).

3 - CAMPANHAS SUPLEMENTARES.

A conquista da Palestina foi parcial, ficando o país semeado de pequenos núcleos de tribos nativas. A planície marítima se encontrava em grande parte nas mãos dos filisteus e muitas das cidades tomadas em diversas partes foram novamente ocupadas e fortificadas por seus antigos donos.

O livro de juízes relata três campanhas depois da conquista:a) Campanha de Judá e Simeão: Foi dirigida contra Adon – Bezeque, lugar desconhecido de Judá,

derrotado em batalha pelas forças de Judá e Simeão e tomadas as cidades de Gaza, Ascalom e Ecrom. Tal conquista, porém, não foi permanente, posto que dentro em breve os filisteus desalojaram os israelitas das ditas cidades (Js 1:1-8).

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Outra ação foi dirigida contra as cidades de Neguebe, dando como resultado a destruição de Zefate, chamada depois Hormá, ao sul do Hebrom.

b) Campanha de Calebe e Otniel – A região ao redor de Hebrom foi conquistada por Josué e dada a Calebe. Porém os enaquins amorreus voltaram a recuperá-la. Calebe dirigiu uma campanha contra eles e, havendo derrotado-os, tomou posse da terra. Depois recompensou a coragem de seu parente Otniel, que havia subjugado a Debir Quiriate-Sefer, dando-lhe sua filha a quem dotou com parte de seu prêmio (Js 14: 1-5 e 15:13-19).

c) Campanha dos Danitas. Na repartição da terra pelas doze tribos, a parte que coube aos Danitas

era muito fértil, porém muito estreita. 600 de seus guerreiros se dirigiram ao sopé do monte Hermom e conquistaram a cidade de Laís, cidade fenícia cujo nome mudaram para Dâ desde aquela época “de Dã a Berseba” (240 km) representava as possessões de Israel (Js 18e Js 19: 47).

As israelitas entraram em Canaã como um povo disciplinado, organizado e instruído na Lei Divina, havendo recebido sua forma de governo civil, seu ritual religioso completo, além do estabelecimento do sacerdócio.

QUINTO QUESTIONÁRIO

01 – Quem era Golias e qual a sua origem?02 – Quantos povos havia na terra de Canaã?03 – Cite cada povo de Canaã e a referencia dos mesmos na Bíblia.04 – Em quantas etapas se divide a conquista de Canaã?05 – Quem comandou a conquista da Palestina central?06 – Descreva a conquista comandada por Judá e Simeão.07 – Como foi a campanha de Calebe e Otniel?08 – Que região ficou para a tribo de Manasses?09 – Qual povo habitava Jerusalém antes da conquista e qual seu domínio?10 – Para salvar que povo de Canaã Josué entrou na guerra?

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JERUSALÉM ANTIGA

Nomes de Jerusalém

1 – URUSALIM – Talvez o nome mais antigo, era aplicado aos tempos antes da conquista como consta nas cartas de Tel-el-Amana.

2 – SALÉM – Do tempo de Melquisedeque foi provavelmente uma abreviatura de Urusalim, embora isto não seja comprovado.

3 – JEBUS – Foi seu nome quando constituía a capital dos jebuseus.

4 – JERUSALÉM – Mencionado no tempo da conquista, veio a ser seu nome permanente quando Davi estabeleceu nela sua capital (Js 15: 8).

5 – CIDADE SANTA – Outro nome aplicado a Jerusalém talvez depois de se tornar lugar permanente da Arca da Aliança (Ne 11:1).

6 – AELIA CAPITOLINA – Nome dado a nova Jerusalém constituída por Adriano, imperador romano, depois da destruição da antiga cidade por Tito.

7 – EL KUDS – É seu nome moderno entre os árabes e quer dizer “cidade Santa”.

DEFESAS ARTIFICIAIS.

1º MURO - dos muros de Jerusalém, o de maior Antigüidade, construído por Davi e Salomão, seguia a crista do monte Sião (Sudoeste) desde a porta de Jafa até à parte oeste do templo. No tempo dos reis prolongava-se até ao tanque de Siloé.

2º MURO – Construído por Jotão, Ezequias e Manassés, estendia-se desde a extremidade Noroeste de Sião, na torre de Hipico, em linha curva, até a torre de Antônia, encerrando Acra e uma parte de Bezeta unindo-se por fim ao antigo muro oriental. Foi destruído por Nabucodonosor, sendo reedificado mais tarde por Neemias.

3º MURO – Começado no tempo de Herodes Agripa e terminado pouco antes do sitio de Roma, partia da porta de Jafa, em direção ao norte até um ponto pouco a sudoeste da torre de pséfinos, a qual dava a volta pelas

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tumbas dos reis para seguir em direção sul a leste de Bezeta. Unia-se ao final com o muro do templo, nas proximidades da torre de Antonia. Este muro já foi localizado com precisão pelos arqueólogos.

PEQUENO ESBOÇO HISTÓRICO DE JERUSALÉM

Fonte: NATIONAL GEOGRAPHICA cidade de Jerusalém está localizada a 52 quilômetros do Mediterrâneo, a 22 quilômetros do Mar Morto, a 250 quilômetros do Mar Vermelho e a 150 quilômetros de Akka.Há mais de 5 mil anos, depois de um período de grande seca na Península Arábica, os cananeus, árabes semitas, vieram se estabelecer nos territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam hoje a Síria, o Líbano, a Jordânia e a Palestina. Os jebusitas (um subgrupo cananeu) fundaram Jebus e edificaram o primeiro muro ao seu redor, com 30 torres e 7 portões. E chamavam à sua cidade Orshalem, a Cidade da Paz.Cerca de 2 mil anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta, chegaram às terra de Canaã. Misturaram-se às tribos cananéias e viveram na área sudoeste, sobre a costa do Mar Mediterrâneo, no espaço que se estende na Faixa de Gaza, até Ashdod e Ashkelon. Os cananeus deram aos territórios que habitavam o nome de Canaã, enquanto os filisteus a chamavam de Filistina ou Palestina.Desde logo ficou evidente que quem controlasse Jerusalém (Jebus) controlaria a Palestina e esta é a raiz das turbulenta e conflituosa história da cidade.Por volta do século XVIII, antes de Cristo, Abrahão veio de Ur, na Caldéia, ao sul da Mesopotâmia, para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu perto do Vale do rio Jordão. Nem o Velho e, evidentemente, nem o Novo Testamento, foram revelados durante a sua vida. Assim, ele reconhecia a existência de um só Deus, mas não era judeu ou cristão. Ele é descrito no Gênesis como tendo adorado "o mais alto Deus". O Corão menciona Abrahão como muçulmano, mas no sentido de alguém que se submeteu à vontade de Deus. Assim, judeus, cristão e muçulmanos fazem menção dele em suas preces.Por volta do ano 1000 a.C. o rei dos israelitas, Davi, subjugou os pequenos Estados de Edom, Moab, e Amon. Durante sete anos ele fez de Hebron sua capital, mas depois transferiu o centro do poder para Jerusalém, onde ficou por 35 anos, até morrer. Por volta de 720 a.C. os assírios do rei Sargão destruíram o reino israelita. Em 600 a.C. os babilônios de Nabucodonozor conquistaram o reino da Judéia, destruindo o Templo de Salomão (586 a.C.). Cerca de 838 a.C.. Ciro, rei dos persas, conquistou o império babilônico da Mesopotâmia e prosseguiu suas conquistas até submeter a Síria e a Palestina, incluindo Jerusalém. Ele permitiu que os escravos de

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Nabucodonozor retornassem à Palestina e o Segundo Templo foi concluído em 515 a.C.Quando o Império grego floresceu os gregos governaram Jerusalém durante sete anos. Mas a Palestina caiu sob domínio do Egito (322 a 200 a.C.). Depois, de 200 a 142 a.C. foi a vez do domínio dos selêucidas, da Síria. Nesse ano o rei Antióquioo IV danificou o Templo e forçou os judeus a renunciarem ao judaísmo para abraçar o paganismo grego.Por volta de 63 a.C., depois que os romanos venceram os seldjucidas na Síria, o general romano Pompeu assumiu o poder em Jerusalém. Com a ajuda dos romanos, Herodes tornou-se o rei da Judéia no ano 40 a.C. e seu reinado durou até a sua morte no ano 4 depois de Cristo. Na era de Tito (Titus), cerca de 70 a.D. os romanos infligiram aos judeus um golpe devastador, impedindo-lhes o controle do poder, tomando Jerusalém, queimando o Templo de uma vez por todas.Adriano, várias décadas depois, subjugou os judeus remanescentes e expulsou-os da Palestina. Os romanos ergueram um nova cidade sobre as ruínas de Jerusalém e deram-lhe o nome de Aelia Capitolina (em homenagem ao imperador Aelius Adrianus.Em 395 Jerusalém tornou-se uma cidade bizantina e cristã. Mas embora a Palestina e seus habitantes fossem considerados parte do Império Bizantino, política e religiosamente a vida e a cultura dos cananeus permaneceram voltadas para Jerusalém.Após um breve período de controle dos persas, no começo do século VII, a Palestina e a Síria saíram do controle dos romanos e caíram na esfera do império árabe-islâmico. A Palestina foi reconhecida como "o recinto que Deus abençoou" e Jerusalém tornou-se a primeira direção das preces dos muçulmanos (qibia).O segundo califa, Omar Ibn al-Khattab, chegou a Jerusalém em 638. Por 1300 anos Jerusalém permaneceu árabe sob todos os pontos de vista, inclusive a língua e a cultura. Omar acreditava que Alá ordenara todo o respeito à santidade de Jerusalém e ao "povo do livro". De acordo com o Islã, a liberdade de culto em Jerusalém foi uma dádiva de Deus e por isso não podia ser subtraída por mãos humanas. Omar instituiu uma Convenção, um acordo que determinava o controle muçulmano sobre a cidade mas reconhecia "o direito inalienável à liberdade de expressão para judeus e cristãos em Jerusalém". Fez mais, decretando que os templos judeus e igrejas e locais sagrados cristãos não poderiam sofrer desrespeito, violação ou atentado, de nenhum modo. Ele resolveu as rixas entre os diversos cristãos que queriam controlar as igrejas e admitiu que famílias árabes assumissem livremente a religião cristã, o que ocorreu com muitas delas, entre as quais os Khalid, Alami, Nuseibeth, Judah, Nassar e Haddad.A lei muçulmana vigorou em Jerusalém do século VII até o começo do século XX, excetuando o período das Cruzadas. Os cruzados capturaram a

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cidade em 1099. Saladino a libertou em 1187. A cidade foi recapturada em 1229 e 15 anos mais tarde voltou às mãos dos muçulmanos, até a ocupação Britânica, em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial.Todas as dinastias islâmicas, os omíadas, os abássidas, os fatimidas, os seldjúcidas, os alúbidas, os mamelucos, os otomanos e os hashimitas, respeitaram a Convenção de Omar Ibn al-Khattab. Todos participaram da reconstrução de Jerusalém, preservando a santidade de sua herança.O califa Abd al-Malik ergueu, em 691, a abóbada (Qubbat al-Sakhara) sobre a Rocha Santa onde Abrahão quase sacrificou Ismael e de onde Maomé subiu aos céus. Também ergueu a Mesquita de El-Aqsa, para substituir a velha mesquita de madeira.E foi o primeiro governante a sugerir que Jerusalém se tornasse uma cidade "livre de política", governada por representantes das três religiões.

A história de Jerusalém

divide-se em três

grandes eras: Jerusalém cidade do Grande Rei Jesus

1 – Desde o período patriarcal, até sua captura por Davi, tempo em que as informações históricas que se têm são escassas em extremo.

2 – Desde sua tomada por Davi até ao cativeiro, época em que os judeus estavam de posse da cidade, sem responsabilidade para com outros governos.

3 – Desde o cativeiro até sua destruição por Tito, quanto era cidade tributária de algum poder estrangeiro, gozando, porém ao mesmo tempo de considerável medida de auto-governo.

1 – Desde o período patriarcal, até sua captura por Davi pode subdividir-se:

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a) ÉPOCA DE ABRAÃO – “Salém” de Gênesis 14:18 se refere a Jerusalém, e entendemos que era um centro político muito antigo.

b) ÉPOCA DO SILÊNCIO – Podemos chamar a época que ficava entre o

tempo de Abraão até à tomada da cidade por Josué, época da qual não há informações.

c) ÉPOCA DA CONQUISTA - Ainda que a cidade que rodeava Jebus fosse queimada por Josué, a fortaleza mesma não conseguiu tomar, resistindo a todas as tentativas de Israel de apoderar-se dela ao tempo Davi (2 Sm 5:7).

d) ÉPOCA DE DAVI – Foi capturada pela proeza de Joabe, que penetrou no túnel que servia para conduzir água dentro dos limites da fortaleza. A certa distância deu com um túnel vertical de uns 12m de altura. Conseguiu subir por esse conduto e a seguir por um túnel oblíquo de uns 50m de comprimento, que conduzia ao centro da fortaleza. Uma vez dentro, conseguiu desnortear os defensores e abrir as portas às forças do rei, que aguardavam do lado de fora. Em seguida foi constituída em capital do reino, denominando-a a “cidade de Davi” (II Sm 5:7-9).

2 – Desde sua tomada por Davi até ao cativeiro, nas seguintes épocas:

a) ÉPOCA DE SALOMÃO – Ele a alargou para o norte e a embelezou mediante a construção de custosos edifícios inclusive, o luxuoso templo circundado por um muro que lhe deu aparência de uma fortaleza.

b) ÉPOCA DA REVOLTA – Devido à revolta das dez tribos e o estabelecimento do reino do norte, Jerusalém deixou de ser capital de toda a Palestina.

c) ÉPOCA DOS REINOS DIVIDIDOS E O CATIVEIRO DE JUDÁ. - Durante a época dos reinos divididos, Jerusalém era a capital de Judá.

Nos primeiros anos da divisão foi tomada por Sisaque, rei do Egito, e pouco depois, no reinado de Jorão, os filisteus e as tribos nômades do deserto a saquearam, regressando depois às suas respectiva regiões, levando ricos despojos. Depois de 838 a. C, Hazael, rei da Síria, derrotou os de Judá e só foi impedido de tomar a cidade com a entrega de um magnífico presente. No reinado de Amazias, seus muros foram derribados e despojada de seus tesouros por Israel. Foi Nabucodonosor quem efetuou sua destruição final. Quando seu vassalo Zedequias se rebelou contra ele. Nabucodonosor, em represália, sitiou Jerusalém, abriu uma brecha em suas defesas e depois a reduziu a ruínas, levando seus habitantes ao desterro.

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3 – Desde o regresso do cativeiro até sua destruição por Tito:

a) ÉPOCA DA DOMINAÇÃO PERSA E GREGA Depois de haver estado em ruínas por cerca de 50 anos, a cidade foi

ocupada novamente pelos judeus que foram libertos do cativeiro pelo edito de Ciro no ano 535 a.C. Ficou sem muros até que Neemias os construísse, sob o regime persa chegou a ser Metrópole e Capital da Judéia.

No ano 332 a.C. a cidade se rendeu a Alexandre Magno, que não a destruiu. Logo após a morte de Alexandre, foi tomada por seu general Ptolomeu Soter. No ano 198 foi tomada do Ptolomeu pelos greco-sírios.

A ascensão de Antíoco IV Epífanes ao trono em 175 a. C. assegurou a vitória do partido helenizante. A perseguição helênica aos judeus provocou a revolta encabeçada pelo sacerdote Matatias Asmonéia, que recebeu a adesão dos judeus que não queriam se deixar helenizar. Seu filho Judas, depois chamado “Macabeu” tomou Jerusalém e restaurou o culto a Deus no templo.

b) ÉPOCA DA DOMINAÇÃO ROMANA: Os romanos tomaram Jerusalém no ano 63 a. C. Herodes, seu vassalo,

fez muito para restaurar seu antigo esplendor, mediante a construção de custosos edifícios. Os governadores satélites de Roma eram déspotas, fato que provocou por parte dos judeus uma série de revoltas, culminando numa insurreição geral que teve como resultado o sítio da cidade pelos romanos. No fim de cinco meses, os romanos conseguiram derrubar seus muros. Um milhão de judeus foram mortos e igual número tomado como prisioneiros e vendidos publicamente como escravos, alguns foram obrigados a trabalhar em minas, outros serviram de espetáculo nos circos e anfiteatros de Roma, para divertir um público sedento de cenas sangrentas.

Jerusalém, por longo tempo o centro religioso e símbolo da unidade do povo judeu, estava reduzida nessa ocasião a mais completa destruição havendo sido queimada, saqueada e arrasada, restando da outrora orgulhosa capital somente três torres e uma parte do muro oeste.

A RESTAURAÇÃO

A última etapa do Antigo Testamento, que começa com o edito de Ciro, o qual permitia o regresso dos judeus à Palestina, e conhecido como o período da restauração.

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A REPATRIAÇÃO DOS JUDEUS.

Babilônia caiu nas mãos de Ciro, rei da Pérsia, que no ano 536 publicou o pregão que se encontra em Ec 1: 2- 4. O primeiro grupo que respondeu ao pregão real foi encabeçado por Sesbasar que colocou os fundamentos da casa de Deus, porém não conseguiu completar a obra devido à oposição. Quando Dário ascendeu ao trono nomeou Zorobabel governador da Judéia. Este levou à província um contigente de 50.000 expatriados, e terminou a reconstrução do templo no ano 516 a. C. Mais tarde, o reinado de Artaxerxes I, mais dois grupos de desterrados se dirigiram à Jerusalém; o primeiro comandado por Esdras (458 a. C), o qual se dedicou à restauração do culto ao Senhor, e o segundo por Neemias (455 a.C.), que recebeu nomeação como governador da Judéia, com permissão para levantar os muros de Jerusalém, obra que levou a cabo, embora houvesse forte oposição dos vizinhos.

Os anos do desterro não transcorreram sem operar notáveis mudanças na política secular e religiosa dos judeus. Destacam-se entre as principais, as seguintes:

a) Abandono da Idéia Monárquica – Como elo de unidade nacional e a adoção de um governo teocrático que abarcava os judeus, tanto da Palestina como os da Dispersão.

b) Rejeição definitiva da Idolatria e do Politeísmo

c) Adoção do Aramaico como dialeto popular

d) Estabelecimento de Sinagogas em todos os centros de população judaica – Graças a esta inovação, os judeus puderam manter viva a sua fé religiosa, apesar de sua ausência da mãe – Pátria.

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SEXTO QUESTIONÁRIO

01 – Quais os nomes que Jerusalém já teve?02 – Quais os povos que já dominaram Jerusalém?03 – Quantos muros já foram feitos para proteger Jerusalém?04 – Porque Jerusalém é chamada Cidade de Davi?05 – Quando foi restaurada Jerusalém e através de quem?06 – Quantas portas tem Jerusalém e qual o nome de cada uma delas?07 – Como é dividida Jerusalém nos dias atuais? 08 – Quais a Principais religiões têm Jerusalém como cidade santa?09 – Qual a população do atual Estado de Israel?10 – Descreva o relevo de Israel.

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ISRAEL

Criado em 1948, Israel tem fronteiras com Egito, Jordania, Sםria e Líbano. Sua topografia variada inclui o deserto de Negev, no sul, e o mar Morto, o ponto mais baixo da superfície da Terra. Depois das guerras com seus vizinhos Árabes, Israel ampliou unilateralmente suas fronteiras originais e passou a controlar as Colinas de Golan ao norte, a Cisjordania a leste, a Faixa de Gaza no sul (agora objeto de um acordo de autonomia limitada com os palestinos) e Jerusalém Oriental.

DADOS GERAIS GEOGRAFIA – Área: 20.700 km². Hora local: +5h. Clima: mediterrâneo. Capitais: Jerusalém (não reconhecida pela ONU), Telaviv (sede da maioria das embaixadas estrangeiras). Cidades: Jerusalém (670.000), Telaviv (358.800), Haifa (272.200), Rishon Leziyyon (207.900), Ashdod (181.100) (2001).

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POPULAÇÃO – 6,4 milhões (2003); nacionalidade: israelense; composição: israelenses nativos de origem européia 41%, europeus, norte-americanos, africanos e médio-orientais. 40%, árabes palestinos 19% (1996). Idiomas: hebraico, árabe (oficiais), inglês.

RELIGIÃO: - judaísmo 77,1%, islamismo 12%, cristianismo 5,8% (católicos 2,7%, outros 3,1%), sem religião e ateísmo 4,8%, bahaísmo 0,3% (2000).

GOVERNO – República parlamentarista. Div. administrativa: 6 distritos subdivididos em municipalidades. Constituição: não há Constituição escrita. ECONOMIA – Moeda: shekel novo; cotação para US$ 1: 4,35 (jul./2003). PIB: US$ 108,3 bilhões (2001).

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DEFESA – Exército: 120 mil; Marinha: 6,5 mil; Aeronáutica: 35 mil (2002). Gastos: US$ 10,4 bilhões (2001). RELAÇÕES EXTERIORES – Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 244-7675, fax (61) 244-6129 – Brasília (DF); e-mail: [email protected], site na internet: www.israel.org.br. DESCRIÇÃO Protagonista central dos conflitos no Oriente Médio, o Estado de Israel nasce em 1948, com o retorno dos judeus ao território de onde haviam sido expulsos quase 2 mil anos antes. Sua fundação gera uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade, objeto de complexas negociações envolvendo israelenses e palestinos – que habitam a região há milênios e exigem que lá seja criado seu próprio Estado. O maior símbolo da situação em que vive o país é o status de Jerusalém, cidade considerada sagrada por três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. A porção oriental, que inclui a Cidade Velha, é reivindicada por Israel e pelos palestinos.A ajuda financeira dos Estados Unidos (EUA) e dos judeus da diáspora, mais uma população de elevado nível educacional, fazem de Israel a economia mais desenvolvida do Oriente Médio. Usando tecnologia avançada, os israelenses introduzem uma agricultura moderna nas terras áridas do país. Contam com uma indústria de ponta em informática e um poderoso arsenal de guerra. Estrategicamente localizada no encontro da Ásia com a África, a nação possui enormes contrastes geográficos em seu território: praias na costa mediterrânea, picos nevados no extremo norte, vales verdes nos arredores do mar da Galiléia, um grande deserto no sul e a maior depressão do mundo, o mar Morto, no leste.

MAPA DE ISRAEL ATUAL

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Israel (foto de satélite)

BIBLIOGRAFIA

- Apostila de Geografia Bíblica do SEPEGO- Atlas Histórico de Bíblia e do Antigo Oriente - Editora Vozes- Manual Bíblico Henry H. Halley – Edições Vida Nova- Pequena enciclopédia Bíblica “O. S. Boyer” – Imprensa Metodista- Bíblia Online – Sociedade Bíblica do Brasil- Almanaque Abril 2004 – Editora Abril- Geografia Histórica do mundo Bíblico – Netta Kemp de Money – Editora Vida- Dicionário da Bíblia – John D. Davis – JUERP- Historia dos Hebreus – Flavio Josefo – CPAD- O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Editora AGNOS- National Geographic (Internet)- Atlas da Bíblia – Edições Paulinas.

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