apostila ibge geografia

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  • Geografia

    Prof. Luciano Teixeira

    Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica

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    Geografia

    Professor: Luciano Teixeira

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    Edital

    Noes bsicas de cartografia: Orientao: Pontos cardeais; Localizao: Coordenadas geogrficas (latitude e longitude); Representao: Leitura de escala, legendas e convenes. Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domnios climticos; Ecossistemas. As atividades econmicas e a organizao do espao: Espao agrrio: Modernizao e conflitos; Espao urbano: Atividades econmicas, emprego e pobreza; A rede urbana e as Regies Metropolitanas. Formao Territorial e Diviso Poltico-Administrativa: Diviso Poltico-Administrativa; Organizao federativa.

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    Geografia

    Orientao

    Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direo certa: isso sempre acompanhou a histria do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos (equipamentos, instrumentos), as caractersticas do espao geogrfico e, por consequncia, os referenciais para localizao e para orientao.

    Dependendo das caractersticas do espao geogrfico, dos aspectos culturais dos povos, da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a maneira de orientar-se e localizar-se variam.

    Rosa dos Ventos

    A rosa-dos-ventos uma figura nos quais esto presentes:

    Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S), Oeste (O, ou West, em ingls) e Leste ou Este (L ou E); Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE); Os pontos subcolaterais, s-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), s-sudeste

    (ESE), os-sudoeste (OSO), su-sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), os-noroeste (ONO); Os intermedirios.

    Esses so os pontos que facilitam a orientao na superfcie terrestre. A noo a respeito desses pontos de orientao fundamental para estabelecer os deslocamentos areos e martimos, por exemplo, ou em locais onde no h estradas, como regies desrticas e reas florestais.

    fundamental tambm para manusear e utilizar plantas e mapas, determinando-se, por exemplo, a localizao de cidades, estados, regies, pases, continentes, oceanos, tomando-se por referncia um determinado local ou elemento.

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    CoordenadasCoordenadas geogrficas so linhas imaginrias pelas quais a Terra foi cortada, essas linhas so os paralelos e meridianos, atravs deles possvel estabelecer localizaes precisas em qualquer ponto do planeta.

    Veja abaixo alguns itens importantes nas coordenadas geogrficas:

    Equador; Trpicos; Crculos Polares; Meridiano de Greenwich; Zonas Geogrficas; Zonas Climticas; Fusos Geogrficos; Fuso Horrio.

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    Plano Equatorial: um plano imaginrio que divide a Terra em dois polos: norte e sul, de forma igual, mas de uma maneira metafrica, o mesmo que cortar uma laranja em duas partes iguais com uma faca.Paralelos: So linhas imaginrias paralelas ao plano equatorial.Meridianos: So linhas imaginrias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os polos norte e sul.Latitude: a distncia medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco do meridiano e a linha do equador.Longitude: a localizao de um ponto da superfcie medida em graus, nos paralelos e no meridiano de Greenwich.

    concurseira1985Mquina de escreverO Equador divide o hemisfrio Norte do Sul.

    concurseira1985Sublinhado

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    AF

    EB

    C

    G H D

    I

    J

    75 60 45 30 15 0 15 30 45 60 75 90 10545

    30

    15

    0

    15

    30

    45

    60

    75

    Meridiano de Greenwich

    Greenwich tornou-se um meridiano referencial internacionalmente em 1884, devido a um acordo internacional que aconteceu em Washington para padronizar as horas em todo o mundo. Greenwich foi escolhido por cortar o observatrio Astronmico Real, localizado em Greenwich, um distrito de Londres.

    Fusos HorriosA necessidade dos fusos devido ao movimento de rotao da Terra, durante o qual ela gira no seu prprio eixo. Esse movimento d origem a dias e noites, perfazendo em 24 horas.

    Ao realizar o movimento da Terra (rotao), um lado do planeta recebe luz solar (dia) e o outro lado fica sombreado (noite), o movimento e a luz do sol que incidem criam as variaes como manh, tarde, noite, madrugada; por isso sempre h 24 horas distintas.

    A partir dessas informaes, verifica-se que a Terra, que esfrica, possui 360o, e o movimento de rotao necessita de 24 horas para ser realizado. Se dividirmos 360o por 24 horas, obteremos 15o, ento, cada 15o, que a distncia entre dois meridianos, corresponde a 1 hora, isso denominado fuso horrio. O ponto Zero o meridiano de Greenwich, ao leste, a cada 15o, aumenta 1 hora; e a oeste de Greenwich, a cada 15o, diminui 1 hora.

    OESTE LESTE

    0 15 30 756045+1h +2h +3h

    15GMT +5h+4h-2h-3h

    75 60 45 30-4h -1h-5h

    FUSOS HORRIOS

    Gre

    enw

    ich

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    concurseira1985Mquina de escreverO meridiano o que divide o hemisfrio Leste do Oeste,

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    concurseira1985Mquina de escrever*102 metros errado.

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    Regras de Fusos Horrios

    Saber a diferena entre as longitudes de dois locais determinados. Quando as localidades se encontram em hemisfrios diferentes, suas longitudes devem ser somadas, caso contrrio, devem ser subtradas.

    LESTE para OESTE/ OESTE para LESTE = Soma as longitudes (+)

    LESTE e LESTE/ OESTE e OESTE = Subtrai as longitudes (-)

    Depois de encontrada a diferena da longitude, divide-se o resultado por 15, que o valor em graus que corresponde a um fuso horrio. O resultado encontrado a diferena de horrios entre as duas localidades correspondentes.

    Por fim, necessrio verificar a localizao da cidade que se pretende saber o horrio. Se estiver a oeste em relao a outra cidade, diminui-se a diferena de horrios, do contrrio, se estiver a leste, ento a diferena de horrios ter de ser somada ao horrio da cidade.

    Fuso Horrio Brasileiro

    1 fuso (30oW) Fernando de Noronha;

    2 fuso (45oW) Estados banhados pelo mar, MG, GO, TO;

    3 fuso (60oW) demais Estados RR, AM, AC, RO, MT, MS.

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    concurseira1985Mquina de escreverLe +Le ou O+O= -Le+O ou O +Le=+

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    Escalas

    Escala a relao matemtica entre o comprimento ou a distncia medida sobre um mapa e a sua medida real na superfcie terrestre. Essa razo adimensional, j que relaciona quantidades fsicas idnticas de mesma unidade. A escala pode ser representada numericamente e graficamente.

    A escala numrica, ou fracionria, expressa por uma frao ordinria (denominador/numerador) ou por uma razo matemtica. O numerador corresponde a uma unidade no mapa, enquanto o denominador expressa a medida real da unidade no terreno.

    A escala, por exemplo, 1:10.000 indica que uma unidade no mapa corresponde a 10 mil unidades no terreno, ou seja, considerando como unidade o centmetro, 1 cm no mapa equivale a 10.000 cm no terreno. Quanto maior o denominador, menor a escala, menor o detalhamento e maior a extenso da rea mapeada, considerando a mesma dimenso do plano de representao.

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    concurseira1985Mquina de escreverAs coordenadas geogrficas so muito importantes para a localizao. Ajudam-nos a descobrir a posio de um ponto na superfcie terrestre, a identificar as distncias relativas entre dois locais e at nos dizem em que hemisfrios uma rea ou regio encontra-se. No entanto, ela no indica a proporo entre a rea real e sua representao, funo que exercida pela escala.

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    Grandes Domnios Climticos

    Os domnios morfoclimticos representam a combinao de um conjunto de elementos da natureza relevo, clima, vegetao que se inter-relacionam e interagem, formando uma unidade paisagstica.

    BIOMAS

    rea bitica uma rea geogrfica ocupada por um bioma, ou seja, regies com um mesmo tipo de clima e vegetao.

    Entretanto, um bioma pode ter uma ou mais vegetaes predominantes.

    Apesar de poderem apresentar diferentes animais e plantas, sabe-se que h muitas semelhanas entre as paisagens dos mais diferentes continentes, isso ocorre devido influncia do macroclima (tipo de solo, condio do substrato e outros fatores fsicos).

    A distribuio dos biomas terrestres e seus tipos de vegetao esto estreitamente ligados ao clima, uma vez que so as diferentes condies de temperatura, chuva e incidncia de luz solar nas vrias regies do planeta que facilitam ou impedem a existncia de qualquer tipo de vida. Desse modo, a cada tipo climtico corresponde um bioma, marcado por uma determinada cobertura vegetal.

    BIOMAS BRASILEIROS

    Caatinga

    Com extenso territorial de 800 mil quilmetros quadrados, presente nos estados do Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piau e no norte de Minas Gerais, esse o nico bioma exclusivamente brasileiro. A caatinga tem uma vegetao tpica de regies semiridas, formada por plantas xerfilas, adaptadas ao clima seco e pouca quantidade de gua. A fauna representada por rpteis, roedores, insetos, aracndeos, arara-azul, sapo-cururu, asa-branca, cutia, gamb, pre, veado-catingueiro, entre tantos outros.

    Cerrado

    Segundo maior bioma brasileiro, o cerrado est presente em diferentes Regies brasileiras, entretanto na Regio Centro-Oeste que ele predomina. Apresenta clima quente e perodos alternados (6 meses) de chuva e seca. Sua vegetao composta por rvores esparsas, arbustos e gramneas. Uma das principais caractersticas do cerrado so as rvores com caules tortuosos e folhas coriceas, alm do solo com poucos nutrientes e com grande concentrao de alumnio. A diversidade de espcies da fauna grande: tamandu-bandeira, tatu-bola, veado-campeiro, capivara, lobo-guar, ona-pintada, etc.

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    Floresta Amaznica

    Essa a maior floresta tropical do mundo, compreendendo cerca de 42% do territrio nacional. A floresta Amaznica est presente nos estados do Acre, Amap, Amazonas, Maranho, Mato Grosso, Par, Rondnia, Roraima e Tocantins, alm de outros pases sul-americanos. Esse o bioma que possui a maior biodiversidade do planeta. Entre as espcies animais esto: jabuti, paca, anta, jacar, sucuri, macacos, entre outros.

    Mata Atlntica

    A Mata Atlntica estende-se do Piau ao Rio Grande do Sul. Esse bioma um dos mais ricos do mundo em espcies da flora e da fauna. Sua vegetao bem diversificada e representada pela peroba, ip, quaresmeira, cedro, jequitib-rosa, jacarand, pau-brasil, entre outras. A fauna possui vrias espcies distintas: tatu-canastra, ona-pintada, lontra, mico-leo, macaco-muriqui, anta, veado, quati, cutia, bicho-preguia, jacu, macuco, etc.

    Pantanal

    O Pantanal est localizado no sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, estando presente tambm no Paraguai e na Bolvia. Esse bioma considerado uma das maiores plancies inundveis do planeta. Apresenta grande biodiversidade: mais de 3.500 espcies de plantas, cerca 650 espcies de aves, 262 espcies de peixe, 1.100 espcies de borboletas. Entre os representantes da fauna esto: jacar, veado, serpentes, capivara, papagaio, tucano, tuiui, ona, macaco, entre outros.

    Pampa

    O Pampa, que tambm chamado de Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma rea de 176.496 Km correspondente a 2,07% do territrio nacional e que constitudo principalmente por vegetao campestre. No Brasil o Pampa s esta presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do territrio gacho. O Bioma caracteriza-se pela grande riqueza de espcies herbceas e vrias tipologias campestres, compondo em algumas regies, ambientes integrados com a floresta de araucria. Os terrenos planos das plancies e planaltos gachos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, so colonizados por espcies pioneiras campestres que formam uma vegetao tipo savana aberta. H ainda reas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramneo-lenhosa.

    Mata de Araucria (Mata Atlntica)

    A Mata de Araucria um bioma tpico de regies com clima subtropical. No Brasil, ela est presente nos estado de So Paulo e, principalmente, nos estados da Regio Sul (Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Sua vegetao composta por rvores aciculifoliadas, com folhas em formato de agulha, e a espcie predominante o pinheiro-do-paran.

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    Mata dos Cocais (Vegetaao de Transio)

    Ocupa uma zona de transio entre a Amaznia e as terras semiridas do Nordeste brasileiro, abrangendo pores dos estados do Maranho, Piau e Tocantins. Possui solos secos e florestas dominadas por palmeiras. Sua vegetao formada por palmeiras, como o buriti, oiticica, babau e carnaba.

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    Vegetao do Brasil

    Observaes:

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    Climas do Brasil

    Clima Equatorial mido (convergncia de alsios)

    Abrange a Amaznia, e se caracteriza por um clima equatorial continental, quase todo o ano. A mEc mida por sua localizao estar sobre uma rea com rios caudalosos e com cobertura da Floresta Amaznica, que possui grande umidade pela transpirao dos vegetais, propiciando intensa umidade atmosfrica. Portanto, um clima mido e quente. As mdias anuais trmicas mensais vo de 24oC a 27oC, ocorrendo baixa amplitude trmica anual, com pequeno resfriamento no inverno. As mdias pluviomtricas so altas e a estao seca curta. Por ser uma regio de calmaria, devido ao encontro dos alsios do Hemisfrio Norte com os do Sul, a maior parte das precipitaes que a ocorrem so chuvas de conveco, superando ndices de 2 500 mm.

    Clima litorneo mido

    Abrange parte do territrio brasileiro prximo ao litoral, do nordeste ao sudeste. A massa de ar que exerce maior influncia nesse clima a tropical atlntica (mTa). Pode ser observado em duas principais estaes: vero (chuvoso) e inverno (menos chuvoso), com mdias trmicas e ndices pluviomtricos elevados; um clima quente e mido. No inverno a (mTa) encontra-se com a (mPa) provocando as chuvas frontais. No vero a (mTa) traz umidade do oceano e provoca chuvas de relevo ao encontrar o planalto da Borborema e as Serras do Mar e da Mantiqueira.

    Clima tropical Tpico alternadamente mido e seco

    Abrange os estados de Minas Gerais e Gois, parte de So Paulo, Mato Grosso do Sul, parte da Bahia, do Maranho, do Piau e do Cear. um clima tropical tpico, quente e semimido, com uma estao chuvosa (vero) e outra seca (inverno). Massas atuantes (mTc, mPa, mEc). Possui amplitude trmica elevada devido influncia da continetalidade.

    Clima tropical semirido

    Abrange o Serto do Nordeste, sendo um clima tropical prximo ao rido com mdias anuais de pluviosidade inferior s vezes a 500 mm. As chuvas concentram-se num perodo de 3 meses. No Serto Nordestino, uma espcie de encontro de quatro sistemas atmosfricos oriundos das massas de ar mEc, mTa, mEa, mPa. As mdias trmicas anuais so elevadas.

    Clima subtropical mido

    Abrange o Brasil Meridional, poro localizada ao sul do Trpico de Capricrnio, com predominncia da massa tropical atlntica, que provoca chuvas fortes. No inverno, com frequncia ocorre a penetrao de frente polar mPa, dando origem s chuvas frontais com precipitaes devidas ao encontro da massa quente com a fria, onde ocorre a condensao do vapor de gua atmosfrico, e tambm geadas e baixas temperaturas. O ndice mdio anual de pluviosidade elevado e as chuvas so bem distribudas durante todo o ano. Apresenta o segundo maior ndice de precipitao.

    Tropical de Altitude

    Localiza-se nas reas de maior altitude na regio Sudeste, sofre grande influncia das mTa, que mida. No inverno, a mPa, responsvel pelas baixas temperaturas que costumam ocorrer no inverno nessa poca. Diferencia-se do clima tropical tpico, por apresentar maior ndice pluviomtrico anual.

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    Observaes:

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    Setor Primrio Espao Agrrio

    Agricultura o conjunto de tcnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, fibras, energia, matria-prima para roupas, construes, medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplao esttica.

    Sistemas Agrcolas

    Agricultura Intensiva

    A agricultura comercial visa produo de renda financeira atravs da produo de plantas e animais que so demandados no mercado. Utiliza o sistema intensivo, com a utilizao de mquinas e fertilizantes, tem uma tecnologia de ponta, acarretando em altos ndices de produtividade.

    Agricultura Extensiva Caracterizada geralmente pelo uso de tcnicas rudimentares ou tradicionais na produo. Normalmente utilizada para mercado interno ou para subsistncia. Esse tipo de agricultura pode ser encontrado tanto nas pequenas quanto nas grandes propriedades com o predomnio da mo de obra humana e baixa mecanizao. A falta de capital tambm um marco neste tipo de agricultura. caracterstica de minifndios, que so formas de agricultura familiar.

    Tipos de Agricultura

    Agricultura de Subsistncia (Imagem abaixo)

    Agricultura de subsistncia aquela em que, basicamente, a plantao feita geralmente em pequenas propriedades (minifndios), e a finalidade principal a sobrevivncia do agricultor e de sua famlia, no para a venda dos produtos excedentes, em contraposio agricultura comercial. Os instrumentos agrcolas mais usados so: enxada, foice e arado. Raramente so utilizados tratores ou outro tipo de mquina.

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    Agricultura de Jardinagem (Imagem abaixo)Esse sistema praticado em pequenas e mdias propriedades cultivadas pelo dono da terra e sua famlia ou em parcelas de grandes propriedades. Nelas obtida alta produtividade, atravs da seleo de sementes, da utilizao de fertilizantes, da aplicao de avanos biotecnolgicos e de tcnicas de preservao do solo que permitem a fixao da famlia na propriedade por tempo indeterminado. A agricultura de jardinagem consiste basicamente na rizicultura, mas, tambm consiste na produo de cereais, como; arroz, trigo, entre outros, e hortalias. Em pases como as Filipinas, Tailndia, Indonsia, etc., devido a elevada densidade demogrfica, as famlias contam com reas muitas vezes inferiores a 1 hectare e as condies de vida so bastante precrias. Em pases que realizaram reforma agrria Japo e Taiwan e ao redor dos grandes centros urbanos de reas tropicais, aps a comercializao da produo e a realizao de investimentos para a nova safra, h um excedente de capital que permite melhorar, a cada ano, as condies de trabalho e a qualidade de vida da famlia.

    Empresa Agrcola (Imagem abaixo)Suas caractersticas so a alta capitalizao, insumos modernos, produtividade elevada, mecanizao intensa, mo de obra qualificada, produo em larga escala, cultivos de rico (valorizados no exterior), alm de ser praticada em grandes propriedades monocultoras. A produtividade elevada comum nas grandes empresas chamadas de complexos agroindustriais. Tais complexos associam o capital agrcola indstria e ao capital financeiro. Devido sua grandiosidade, possibilita-se uma competio em escala global com outras empresas produtoras. Alm disso, o complexo agroindustrial responsvel por grande parte da produo mundial de gros.

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    Agricultura de Plantation (Imagem abaixo)

    um tipo de sistema agrcola (uma plantao) baseado em uma monocultura de exportao mediante a utilizao de latifndios e mo de obra escrava. Foi bastante utilizado na colonizao da Amrica sendo mais tarde levada para a frica e sia , principalmente no cultivo de gneros tropicais, e atualmente comum a pases subdesenvolvidos, mantendo as mesmas caractersticas, exceto, obviamente, por no mais empregar mo de obra escrava. A primeira caracterstica da economia de plantao a monocultura. Nesse sistema, so produzidas grandes quantidades de um s produto que se adapta muito bem ao solo e ao clima da regio.

    Agricultura de Oasis (Imagem abaixo)

    A agricultura de osis praticada no norte da frica, nas regies de osis, caracteriza-se pela intensidade de ocupao do solo no sistema Policultura, na extrema diviso da propriedade e no desenvolvimento de canais para irrigao.

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    Agricultura na Europa

    A origem da poltica agrcola comum (PAC) remonta aos incios da integrao europeia, quando os Estados-Membros se propuseram reestruturar e aumentar a sua produo alimentar, danificada pela Segunda Guerra Mundial. Atualmente, a PAC continua a desempenhar um papel central na Unio Europeia, no s porque mais de 90% dos territrios da Unio esto ocupados por terras agrcolas ou florestas, mas, sobretudo, porque a PAC se tornou um instrumento fundamental para fazer face aos novos desafios em termos de qualidade da alimentao, respeito do ambiente e trocas comerciais. A reforma de 2003 constituiu um momento fundamental da evoluo da PAC, adaptando-a s novas exigncias dos agricultores, dos consumidores e do planeta. Essa abordagem continua a servir de base para a futura evoluo da PAC, numa Unio alargada e integrada num contexto global.

    A Europa apresenta uma importante e diversificada produo agrcola, com grande aproveitamento dos seus solos, geralmente frteis. O uso do solo est sujeito tcnicas adequadas e modernas, com elevada produtividade.

    A cultura de cereais predominante, destacando-se o trigo, produto mais importante. Sua principal rea produtora a regio de solos negros da Ucrnia (tchernoziom). Os outros pases que se destacam na produo de trigo so Itlia, Frana, Alemanha e Rssia. Outros cereais cultivados so o centeio, a aveia e a cevada, importantes produtos agrcolas das reas temperadas.

    O centeio substitui o trigo em reas de clima mais frio e importante na fabricao do po. A aveia produzida principalmente para a alimentao do gado, recebendo, por isso, o nome de forrageira. A cevada uma matria-prima bsica fabricao da cerveja, produto de destaque em vrios pases europeus. Os maiores produtores desses cereais so Alemanha, Frana, Espanha, Polnia e Reino Unido. A batata outro produto importante da agricultura da Europa. Os principais produtores de batata so Alemanha, Frana, Pases Baixos, Reino Unido e Rssia. Nas regies europeias de clima mediterrneo, sobressai o cultivo da oliveira, destinada produo de azeitonas e de azeite. Portugal, Espanha, Frana e Itlia destacam-se como maiores produtores mundiais e seus produtos so reconhecidos como os de melhor qualidade internacional. Outro destaque especial o cultivo da videira, destinada produo de vinhos.

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    Mapa da agricultura e pecurria europeia

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    Tcnicas empregadas na agricultura europeia

    Terraceamento (imagem abaixo)

    Sebes/tapumes (imagem abaixo)

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    Irrigao (imagem abaixo)

    Agricultura no Brasil

    A agricultura no Brasil , historicamente, umas das principais bases da economia do pas, desde os primrdios da colonizao at o sculo XXI, evoluindo das extensas monoculturas para a diversificao da produo. Inicialmente produtora de cana-de-acar, passando pelo caf, a agricultura brasileira apresenta-se como uma das maiores exportadoras do mundo em diversas espcies de cereais, frutas, gros, entre outros. Desde o Estado Novo, com Getlio Vargas, cunhou-se a expresso: Brasil, celeiro do mundo acentuando a vocao agrcola do pas. Apesar disso, a agricultura brasileira apresenta problemas e desafios, que vo da reforma agrria s queimadas, do xodo rural ao financiamento da produo, da rede escoadora viabilizao econmica da agricultura familiar, envolvendo questes polticas, sociais, ambientais, tecnolgicas e econmicas.

    O pas deve se tornar o maior destaque na agricultura. Enquanto os Estados Unidos j exploram toda a sua rea agricultvel, o Brasil ainda dispe de cerca de cento e seis milhes de hectares de rea frtil a expandir um territrio maior do que a rea de Frana e Espanha somadas.

    Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a gua doce disponvel no planeta, o Brasil tem 388 milhes de hectares de terras agricultveis frteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhes ainda no foram explorados.

    Esses fatores fazem do pas um lugar de vocao natural para a agropecuria e todos os negcios relacionados suas cadeias produtivas. O agronegcio hoje a principal locomotiva da economia brasileira e responde por um em cada trs reais gerados no pas.

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    O Brasil um dos lderes mundiais na produo e exportao de vrios produtos agropecurios.

    o primeiro produtor e exportador de caf, acar, lcool e sucos de frutas. Alm disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calados de couro. As projees indicam que o pas tambm ser, em pouco tempo, o principal polo mundial de produo de algodo e biocombustveis, feitos a partir de cana-de-acar e leos vegetais.

    Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, alm de sunos e pescados, so destaques no agronegcio brasileiro, que emprega atualmente 17,7 milhes de trabalhadores somente no campo.

    Soja: o produto mais evidente do agronegcio brasileiro. Sua produo, de carter monocultor, ocupa 22 milhes de hectares, que corresponde a 35,4% da rea total de lavouras do pas. O Brasil o segundo maior exportador de soja do mundo (dados de 2004) e cerca de 65% da produo est concentrada em estabelecimentos mdios e grandes, com mais de 200 ha. A maior parte da produo, perto de 75%, exportada para alimentar os rebanhos, principalmente de pases ricos, e a cadeia produtiva dominada por um pequeno grupo de empresas transnacionais que dominam o sistema na produo, processamento e venda no mundo.

    Carne: Embora o consumo interno seja significativo, o Brasil o segundo maior exportador de carne do mundo. A carne bovina e de frango so as principais, com quase o mesmo valor exportado. Cerca de 60% do rebanho bovino est nas mdias e grandes propriedades, sendo que a criao de gado bovino no Brasil est ligada ao latifndio. A pecuria bovina extremamente extensiva e correntemente utilizada como forma de manter o latifndio pela justificativa de produtividade. O rebanho de aves (frango, franga, galinhas e galos) encontra-se principalmente nos pequenos estabelecimentos, onde a criao feita com uso de mo de obra familiar. Contudo, o sistema predominante de produo no Brasil o de integrao de estabelecimentos familiares a poucas grandes empresas do setor, o que caracteriza uma produo camponesa subordinada ao agronegcio, pois os produtores familiares no tm o controle do sistema.

    Cana-de-acar: O intenso debate sobre os agrocombustveis coloca o etanol brasileiro em evidncia nas negociaes mundiais. A grande questo que no se trata apenas de um combustvel, mas de agricultura. O dilema dos agrocombustveis envolve duas grandes questes sobre as quais a humanidade tem debatido: a suficincia alimentar e a suficincia energtica. Os agrocombustveis constituem mais uma forma de comoditizao do campo que incita uma concepo de campo como lugar de produo econmica, sufocando sua diversidade. A cana-de-acar ocupa cerca de 10% da superfcie cultivada no Brasil. O pas o primeiro exportador de acar, com o dobro das exportaes do segundo colocado a Frana. O acar e o lcool correspondem a 5,7% das exportaes brasileiras. A cana-de-acar a cultura com maior concentrao nos estabelecimentos mdios e grandes, sendo os pequenos estabelecimentos responsveis por apenas 19,8% de sua produo total.

    Madeira, celulose e papel: No extrativismo vegetal, a produo de madeira para a exportao se beneficia do processo incontrolado de ocupao da Amaznia com o avano da fronteira agropecuria. Alm disso, a extrao ilegal e exportao so sabidamente correntes no setor madeireiro. Na silvicultura, quando as rvores so plantadas, o setor dominado por grandes empresas transnacionais que formam desertos verdes, principalmente para a produo de celulose e papel. Tambm o setor marcado por

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    projetos como o Jar, que em plena Amaznia substituiu imensas reas de florestas naturais por monoculturas de rvores exticas. A produo ocorre de forma totalmente autnoma pelas empresas, desde o plantio at a transformao, sem qualquer resqucio de produo camponesa. As exportaes desses produtos correspondem a 5,2% do valor total das exportaes brasileiras.

    Caf: O Brasil o maior produtor e exportados de caf do mundo. Cerca de 60% da produo brasileira exportada, e o produto corresponde a 2,4% do valor total das exportaes brasileiras. Apesar de 70% da produo ser de responsabilidade de pequenos estabelecimentos, por ser uma commodity, o campons participa de forma subordinada no sistema do agronegcio do caf, visto que as exportaes so controladas por grandes empresas do setor.

    Fumo: O Brasil o quinto maior exportador de fumo do mundo. Para a produo, semelhante com o que ocorre com a produo de frangos e galinhas, as empresas transnacionais cooptam o campesinato, que produz nos pequenos estabelecimentos 99,5% do fumo em folha.

    Laranja: outro produto cujo complexo de produo e industrializao dominado por um pequeno conjunto de empresas e a produo destinada majoritariamente para a exportao. No Brasil, so apenas quatro processadoras de suco (WELCH e FERNANDES, 2008), e o pas o primeiro exportador de suco de laranja do mundo. O produto corresponde a 1,1% das exportaes totais do pas. Cerca de metade da laranja produzida no Brasil est nos estabelecimentos pequenos, que produzem de forma subordinada.

    Milho: Apenas nove por cento da produo de milho brasileira foi exportada em 2006 e ainda foram importados no mesmo ano 956.000 toneladas do cereal. O milho faz parte da base alimentar brasileira e por isso produzido em grande parte dos estabelecimentos agropecurios, sendo os pequenos os responsveis por quase metade da produo. Consideramos o milho como parte do agronegcio por que grande parte da produo feita nos mdios e grandes estabelecimentos, sob as regras do agronegcio e tambm por que a base da alimentao para a criao de frangos, galinhas e porcos, responsveis por 3% do valor total das exportaes brasileiras. Dessa forma, sua exportao indireta. Sua produo em grande escala controlada pelas companhias transnacionais do agronegcio e pelas empresas produtoras de carne de aves e de sunos.

    Algodo: a cultura economicamente menos significativa no agronegcio brasileiro e corresponde a apenas 0,2% das exportaes totais e 0,7% das exportaes agropecurias. Um tero da produo brasileira exportado, sendo que 50% da produo est nos estabelecimentos pequenos. A produo est concentrada no Centro-Oeste brasileiro, lcus privilegiado do agronegcio. O pas exporta o produto, e as indstrias nacionais tm que import-lo. A necessidade de importao de algodo incentiva a substituio da fibra natural por fibras sintticas, inadequadas ao clima do pas.

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    Agricultura Familiar Segundo o Ministrio do Desenvolvimento Agrrio (MDA, 2005), esse tipo de agricultura

    produz hoje 40% da riqueza gerada no campo no Brasil, correspondente a aproximadamente R$ 57 bilhes. So cerca de quatro milhes de agricultores (84% dos estabelecimentos rurais brasileiros) que vivem em pequenas propriedades e produzem a maior parte da comida que chega mesa dos brasileiros.

    87% da mandioca. 70% do feijo. 58% da produo de sunos, 54% do leite bovino, 49% do milho e 40% das aves e ovos.

    Histrico da Soja no Brasil Muitos fatores contriburam para que a soja se estabelecesse como uma importante

    cultura, primeiro no sul do Brasil (anos 60 e 70) e, posteriormente, nos Cerrados do Brasil Central (anos 80 e 90).

    Regio Sul, onde prevaleceu a dobradinha, trigo no inverno e soja no vero. Regio Sul: Semelhana do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul dos

    EUA, favorecendo o xito na transferncia e adoo de variedades e outras tecnologias de produo.

    Construo de Braslia na regio, determinando uma srie de melhorias na infraestrutura regional, principalmente nas vias de acesso, comunicaes e urbanizao.

    Incentivos fiscais disponibilizados para a abertura de novas reas de produo agrcola, assim como para a aquisio de mquinas e construo de silos e armazns.

    Estabelecimento de agroindstrias na regio, estimuladas pelos mesmos incentivos fiscais disponibilizados para a ampliao da fronteira agrcola.

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    Baixo valor da terra na regio, comparado ao da Regio Sul nas dcadas de 1960/70/80. Mapa da produao e escoamento da Soja no Brasil

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    Lavouras permanentes

    Entre 1996 e 2006, a rea de lavouras permanentes aumentou 11,3 milhes de hectares, um acrscimo de 149%, e totalizava em 2006 18,8 milhes de hectares. As principais culturas em rea plantada so caf, banana e laranja. As culturas permanentes so territorialmente concentradas, a no ser pela banana, cultivada por todo o pas. Quase todas as culturas selecionadas so produzidas majoritariamente por pequenos estabelecimentos, exceto a borracha e a ma, distribudas quase igualmente entre os trs tipos de estabelecimentos, e o dend, produzido principalmente em grandes estabelecimentos.

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    Mapa das principais lavouras

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    Extrativismo vegetal

    A investida sobre a floresta amaznica faz com que o extrativismo vegetal seja importante na agropecuria brasileira. O extrativismo predatrio de madeira conflitante com o extrativismo dos povos da floresta, que vivem da explorao dos produtos da floresta, para o que precisam dela viva. A explorao de madeira nativa da Amaznia est associada abertura de novas reas para a especulao fundiria e futura territorializao do agronegcio; a primeira etapa do latifndio. necessrio discernir entre o extrativismo na floresta e o extrativismo da floresta. Como demonstramos, no h necessidade de se derrubar nem mais uma rvore para o desenvolvimento da agropecuria no pas. Desta forma, toda derrubada de rvore, seja legal ou no, socialmente injustificvel. As autorizaes de desmatamento que o governo continua distribuindo mostra a sua conivncia com o modelo agrrio do pas. A atividade extrativa madeireira desnecessria e tem como nico fim enriquecer os donos de madeireiras. O discurso de que a populao depende dos empregos gerados pela atividade extrativa madeireira no pode ser aceito. Cabe ao Estado exercer seu papel e fazer com que a riqueza gerada no pas ampare essas populaes em favor do bem comum. Com exceo da madeira, todos os produtos do extrativismo vegetal selecionados so extrados principalmente nos pequenos estabelecimentos. O que indica que essa populao pratica o extrativismo na floresta. Produtos como o babau, aa, castanha-do-par, umbu e pinho, que demandam bastante mo de obra para a extrao e pr-beneficiamento, so extremamente predominantes nos pequenos estabelecimentos. A extrao de madeira predomina no arco do desflorestamento e a lenha, fonte energtica, significativa em todo o pas, com exceo de So Paulo, Rio de Janeiro e Esprito Santo e particularmente expressiva no Norte e Nordeste. Ltex e castanha-do-par so especficos do Acre, Amazonas e Par. O carvo predomina nas reas de destruio do cerrado no oeste da Bahia, norte de Minas Gerais e leste do Mato Grosso do Sul e tambm na regio de intenso desflorestamento da Amaznia no Par e no Maranho.

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    Mapa do arco do desflorestamento

    Observaes:

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    Mapa da mecanizao no campo

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    Mapa do extrativismo vegetal

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    Pecuria

    Mapa da pecuria

    A luta no campo

    A luta pela terra e sua conquista

    De acordo com as discusses realizadas na seo sobre questo agrria e campesinato, a luta pela terra e a conseqente criao de assentamentos uma forma de recriao do campesinato. As ocupaes constituem um momento da luta pela terra. Como resposta s aes dos movimentos socioterritoriais, os governos criam assentamentos rurais que, em princpio, constituem a conquista da terra. Os assentamentos significam uma nova etapa da luta: o processo pela conquista da terra. Ainda necessrio conquistar condies de vida e produo na terra; resistir na terra e lutar por um outro tipo de desenvolvimento que permita o estabelecimento estvel da agricultura camponesa.

    No Brasil, a ocupao a principal estratgia de luta pela terra realizada pelos movimentos socioterritoriais camponeses. Os dados do DATALUTA 2006 mostram que no pas, entre 2000 e 2006, foram registradas ocupaes de terra realizadas por 86 diferentes movimentos socioterritoriais. As reas ocupadas so principalmente latifndios, terras devolutas e imveis rurais onde leis ambientais e trabalhistas tenham sido desrespeitadas. De modo geral, as

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    propriedades ocupadas so aquelas que apresentam indicativos de descumprimento da funo social da terra, definida no artigo 186(27) da Constituio Federal. Como o Estado no apresenta iniciativa para cumprir a determinao constitucional, os movimentos socioterritoriais agem para que isso acontea. Ultimamente, alm de lutar contra o latifndio, os movimentos socioterritoriais camponeses iniciaram a luta contra a territorializao do agronegcio em suas formas mais intensas e por isso as ocupaes tm ocorrido em reas de produo de soja transgnica, cana-de-acar e plantaes de eucalipto, por exemplo.

    Observaes:

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    Observaes:

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    As atividades econmicas e a organizao do espao

    A atividade econmica gera riqueza mediante a extrao, transformao e distribuio de recursos naturais, bens e servios, tendo como finalidade a satisfao de necessidades humanas.

    A composio de uma dada economia inseparvel da evoluo tecnolgica, da histria da civilizao e da organizao social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra, eco-regies que representam diferentes oportunidades de extrao de recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere tambm medida de como um pas ou regio est progredindo em termos de produo.

    Mapa da ocupao econmica

    Nas economias modernas h trs setores principais de atividade econmica

    Introduo

    A economia de um pas pode ser dividida em setores (primrio, secundrio e tercirio) de acordo com os produtos produzidos, modos de produo e recursos utilizados. Estes setores econmicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econmico de um pas ou regio.

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    Setor Primrio

    O setor primrio est relacionado a produo atravs da explorao de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividades econmicas do setor primrio: agricultura, minerao, pesca, pecuria, extrativismo vegetal e caa. o setor primrio que fornece a matria-prima para a indstria de transformao.

    Este setor da economia muito vulnervel, pois depende muito dos fenmenos da natureza como, por exemplo, do clima.

    A produo e exportao de matrias-primas no geram muita riqueza para os pases com economias baseadas neste setor econmico, pois estes produtos no possuem valor agregado como ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados.

    Setor Secundrio

    o setor da economia que transforma as matrias-primas (produzidas pelo setor primrio) em produtos industrializados (roupas, mquinas, automveis, alimentos industrializados, eletrnicos, casas, etc). Como h conhecimentos tecnolgicos agregados aos produtos do setor secundrio, o lucro obtido na comercializao significativo. Pases com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base econmica concentrada no setor secundrio. A exportao destes produtos tambm gera riquezas para as indstrias destes pases.

    Revoluo Industrial

    1 Revoluo Industrial (1750) Origem: Inglaterra (carvo, Ferro e indstria txtil). 2 Revoluo Industrial (1840) Origem: Europa (ao, petrleo, eletricidade). 3 Revoluo industrial ou Tcnico-cientfica (1970): informtica, robtica,

    telecomunicaes e biotecnologia. Globalizao: Conceito de Aldeia Global, Expanso do capitalismo padronizao do

    consumo.

    Modelos de desenvolvimento industrial

    Taylorismo (Taylor): Organizao cientfica, seleo e treinamento. Fordismo (Henry Ford): Especializao do trabalhador, linha de montagem, produo

    em srie. Toyotismo (Taiich Ohno): Japo reposio das peas, qualidade dos servios, Just in

    time.

    Setor Tercirio

    o setor econmico relacionado aos servios. Os servios so produtos no meterias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades econmicas deste setor econmico, podemos citar: comrcio, educao, sade, telecomunicaes, servios de informtica, seguros, transporte, servios de limpeza, servios de alimentao, turismo, servios bancrios e administrativos, transportes, etc.

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    Sistema de Transporte

    O sistema de transportes faz parte do setor tercirio da economia, deslocamento de pessoas e mercadorias. Podemos divid-lo em:

    1. Navegao ocenica/fluvial/lacustre;2. Transporte areo;3. Sistema ferrovirio;4. Transporte rodovirio;5. Sistema dutovirio.

    Os sistemas de transportes modernos so intermodais. Cada pas deve levar em conta suas condies naturais, polticas e econmicas na hora de optar pelo seu sistema de transportes.

    Navegao

    Menores custos. Cabotagem: entre dois portos martimos ou entre um porto martimo e um porto fluvial. Cabotagem internacional: entre porto martimos de diferentes pases. Navegao interior: entre dois portos fluviais.

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    Porto de Cingapura (abaixo)

    Portos Brasileiros

    Segundo a legislao brasileira, portos so sempre de administrao pblica. Aos portos privados se atribui a designao terminal porturio ou, simplesmente, terminal.

    Escoamento da produo

    Rio Grande: Soja , Arroz , Calados, Carnes, leos vegetais. Paranagu: Caf, soja, milho, algodo, madeira. Santos: Caf, minrios, carnes, manufaturas. Rio de Janeiro: Manufaturados, Caf. Vitria-Tubaro: Minrio, Caf, Madeira. Recife: Acar. Itaqui: Minrios. Belm: Castanha, madeira, borracha, minrios, etc.

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    Ferrovirio

    Grande capacidade de carga. Maiores opes quanto s fontes de energia. Os mais modernos atingem maiores velocidades. Leva vantagem sobre as rodovias em distncias superiores a 500 km.

    Urbanizao

    Pouco mais de 50% da populao do planeta considerada urbana hoje, segundo a ONU. No Brasil, segundo o Censo 2000 do IBGE, a taxa de 81,2%.

    A ideia do urbano como universal vai alm dessa questo quantitativa. Mesmo aqueles que vivem nas reas rurais so alcanados pelo fenmeno urbano em seu cotidiano. A tradicional separao entre campo e cidade, vistos como dois mundos distintos, h muito deixou de fazer sentido, inclusive no Brasil. Ainda que continue existindo uma diviso territorial do trabalho entre campo e cidade, esta assumiu claramente o comando desse processo.

    Urbanizao um processo de afastamento das caractersticas rurais de uma localidade ou regio, para caractersticas urbanas. Usualmente, esse fenmeno est associado ao desenvolvimento da civilizao e da tecnologia. Demograficamente, o termo denota a redistribuio das populaes das zonas rurais para assentamentos urbanos. Conjunto dos trabalhos necessrios para dotar uma rea de infraestrutura.

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    Urbanizao nos pases Desenvolvidos

    Provocadas nas cidades pela indstria; Consequncia da Revoluo Industrial; Revoluo agrcola; Gradativa e organizada; Estrutura e absoro dos imigrantes; Gerao de empregos.

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    Urbanizao nos pases Pobres

    Pssimas condies nas reas rurais; Baixos salariados e distribuio de renda; Falta de apoio a pequenos agricultores; Transferncias das pessoas do campo para as cidades; Macrocefalia urbana; Submoradias; Trabalho informal.

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    Processos e formas

    Segregao urbana (induzida e espontnea); Interaes (scio) espaciais; Periferizao; Suburbanizao; Centralizao/Descentralizao; Hierarquizao das cidades; Metropolizao.

    Formas

    Bairro; Favela; rea Central; Sub-Centros Comerciais Shopping Centers; Subrbios; Sistema de Transporte; Espao peri-urbano; Cidade; Aglomerado urbano; Aglomerao urbana (com e sem conurbao); Rede Urbana; Metrpole; Regio Metropolitana; Megalpole; Megacidades; Cidades Globais; Sistema de Transporte; Sistemas de Comunicao.

    Conceitos de cidades

    Megalpole uma extensa regio de pluri-polarizada por metrpoles conurbadas, ou em processo de conurbao. Correspondem s mais importantes e maiores aglomeraes urbanas da atualidade.

    Rede urbana a malha metropolitana de um pas, que se constitui basicamente de cidade global, metrpole nacional, metrpole estadual, metrpole regional, mdias e pequenas cidades. A grande conurbao da metrpole fez com que as cidades formassem uma grande rede urbana entre si. A urbanizao de uma sociedade origina uma rede urbana, isto , um sistema integrado de cidades que vai das pequenas ou locais s metrpoles ou cidades gigantescas. A regra geral que para milhares de pequenas cidades existam centenas de cidades mdias e poucas metrpoles.

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    Cidade global termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funes complexas, que exerce influncia sobre a rea contgua, dentro da qual comanda toda uma rede de cidades menores.

    Megacidade o termo normalmente empregado para se definir uma cidade que sedia uma aglomerao urbana com mais de dez milhes de habitantes e que esteja dotada de um rpido processo de urbanizao. As megacidades atuais englobam mais de um dcimo da populao urbana mundial e, tal como todas as grandes metrpoles que antes surgiram, polarizam sobremaneira o comrcio, a cultura, o conhecimento e a indstria.

    Conurbao a unificao da malha urbana de duas ou mais cidades, em consequncia de seu crescimento geogrfico. Geralmente esse processo d origem formao de regies metropolitanas. Contudo, o surgimento de uma regio metropolitana no necessariamente vinculado ao processo de conurbao. O processo de conurbao caracterizado por um crescimento que expande a cidade, prolongando-a para fora de seu permetro absorvendo aglomerados rurais e outras cidades. Estas, at ento com vida poltica e administrativa autnoma, acabam comportando-se como parte integrante da metrpole.

    Funo da cidade

    Considera-se como funo da cidade atividade principal que leva a considerar esta ou aquela cidade especializada nessa mesma atividade. claro que em todas as cidades existem inmeras atividades (todas as cidades tm um pouco de todas as funes), contudo, h sempre uma delas que mais se destaca, e pela qual a cidade conhecida e ganha fama.

    Esse um outro critrio de classificao das cidades que leva em conta fatores de ordem poltica, econmica, histrica ou cultural. essencial atentar para o adjetivo principal, pois as cidades no apresentam uma funo nica, porm uma que predomina sobre as demais. Por sua funo principal, podem-se distinguir as cidades a partir das seguintes categorias:

    Poltico-administrativas: Washington (EUA), Berlim (Alemanha), Braslia (Brasil);Industriais: Detroit (EUA), Manchester (Reino Unido), Volta Redonda (Brasil);Porturias: Roterd (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Santos (Brasil);Religiosas: Jerusalm (Israel); Varanasi (ndia), Aparecida (Brasil);Histricas: Atenas (Grcia), Florena (Itlia), Ouro Preto (Brasil)Tecnolgicas: Boston (EUA), Bangalore (ndia), Campinas (Brasil)Tursticas: Miami (EUA), Katmandu (Nepal), Salvador (Brasil).

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    Urbanizao no Brasil

    Integrao dos territrios; Consolidao do mercado Nacional; Poltica desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek; 1950, 36,16% da populao vive nas reas Urbanas; Em 1970, 56,80%; Em 1990, chega a 77,13%; 2000, 81% da populao vive nas reas urbanas; 2010, 84,5% da populao brasileira, vive nas reas urbanas; xodo Rural.

    Taxa de Urbanizao Brasileira

    Taxa de Urbanizao Brasileira ( 85 %) 1 Sudeste 92,2%;2 Centro Oeste -87,9%;3 Sul 83,2%;4 Norte 77,9%;5 Nordeste 72,8%.

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    Maiores Regies metropolitanas brasileiras

    1. So Paulo 19,6;2. Rio de janeiro 11,7;3. Belo Horizonte 4,8;4. Porto Alegre 3,9;5. Pernambuco 3,7.

    Localizao da populao

    O IBGE utiliza oito classes de localizao da rea do domiclio nos censos. Para contabilizar a populao rural e urbana o instituto agrupa essas classes. Segundo o IBGE a populao urbana formada pelos habitantes das seguintes localizaes de rea:

    reas urbanizadas de cidades ou vilas: So aquelas legalmente definidas como urbanas, caracterizadas por construes, arruamentos e intensa ocupao humana; as reas afetadas por transformaes decorrentes do desenvolvimento urbano, e aquelas reservadas expanso urbana. (IBGE, 2000. v. 7).

    reas no-urbanizadas de cidades ou vilas: So aquelas legalmente definidas como urbanas, caracterizadas por ocupao predominantemente de carter rural. (IBGE, 2000. v. 7).

    reas urbanas isoladas: reas definidas por lei municipal, e separadas da sede municipal ou distrital por rea rural ou por um outro limite legal. (IBGE, 2000. v. 7).

    A populao rural classificada segundo cinco localizaes da rea:

    1. Aglomerado de extenso urbana: So os assentamentos situados em reas fora do permetro urbano legal, mas desenvolvidos a partir da expanso de uma cidade ou vila, ou por elas englobados em sua expanso. Por constiturem uma simples extenso da rea efetivamente urbanizada, atribui-se, por definio, carter urbano aos aglomerados rurais deste tipo. Tais assentamentos podem ser constitudos por loteamentos j habitados, conjuntos habitacionais, aglomerados de moradias ditas subnormais ou ncleos desenvolvidos em torno de estabelecimentos industriais, comerciais ou de servios. (IBGE, 2000, v. 7).

    2. Povoado: o aglomerado rural isolado que corresponde a aglomerados sem carter privado ou empresarial, ou seja, no vinculados a um nico proprietrio do solo (empresa agrcola, indstrias, usinas, etc.), cujos moradores exercem atividades econmicas, quer primrias (extrativismo vegetal, animal e mineral; e atividades agropecurias), tercirias (equipamentos e servios) ou, mesmo, secundrias (industriais em geral), no prprio aglomerado ou fora dele. O aglomerado rural isolado do tipo povoado caracterizado pela existncia de servios para atender aos moradores do prprio aglomerado ou de reas rurais prximas. , assim, considerado como critrio definidor deste tipo de aglomerado, a existncia de um nmero mnimo de servios ou equipamentos. (IBGE, 2000, v. 7).

    3. Ncleo: o aglomerado rural isolado vinculado a um nico proprietrio do solo (empresa agrcola, indstria, usina, etc.) dispondo ou no dos servios ou equipamentos

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    definidores dos povoados. considerado, pois, como caracterstica definidora deste tipo de aglomerado rural isolado, seu carter privado ou empresarial. (IBGE, 2000, v. 7).

    4. Outros aglomerados: So os aglomerados que no dispem, no todo ou em parte, dos servios ou equipamentos definidores dos povoados e que no esto vinculados a um nico proprietrio (empresa agrcola, indstria, usina, etc.). (IBGE, 2000, v. 7).

    5. rea rural exceto aglomerado: So as reas no classificadas como urbanas ou aglomerados rurais.

    Diviso Poltico-Administrativa

    Organizao do Estado Brasileiro

    A organizao da Repblica Federativa do Brasil est presente na Constituio Federal de 1988. Todo Estado precisa de uma correta organizao para que sejam cumpridos os seus objetivos dentro da administrao pblica. A diviso poltico-administrativa foi uma das formas encontradas para facilitar a organizao do Estado Brasileiro.

    Diviso Poltico-administrativa Brasileira

    A diviso poltico-administrativa brasileira apresentada na Constituio Federal, no art. 18. Ela surgiu no perodo colonial, quando o Brasil dividia-se em capitanias hereditrias e posteriormente foram surgindo outras configuraes que proporcionaram maior controle administrativo do pas.

    O Brasil formado por 26 Estados, a Unio, o Distrito Federal (cuja capital Braslia) e os Municpios, sendo ele uma Repblica Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomia financeira, poltica e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a Constituio Federal e seus princpios constitucionais, alm de ter sua Constituio prpria; e tambm, cada municpio (atravs de sua lei orgnica), poder ter sua prpria legislao.

    Essa organizao formada pelos trs poderes: Poder Executivo, Poder Judicirio, Poder Legislativo, adotando a teoria da tripartio dos poderes. A administrao pblica federal feita em trs nveis, cada qual com sua funo geral e especfica:

    Nvel Federal: A Unio realiza a administrao pblica, ela um representante do governo federal, composta por um conjunto de pessoas jurdicas de direito pblico.

    Nvel Estadual: Os Estados e o Distrito Federal realizam a administrao pblica.

    Nvel Municipal: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio realizam a administrao pblica nos municpios.

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    Saiba Mais

    Repblica: Forma de governo em que o chefe de estado eleito como representante, passando por eleies peridicas.

    Federao: quando h apenas a soberania de um Estado Federal, apesar da unio dos diferentes Estados federados.

    Veja o quadro sobre a estrutura dos poderes no Brasil:

    Fonte: Noes de Administrao Pblica Ciro Bchtold

    Alm dessas divises dentro dos rgos existem outras subdivises (como conselho, coordenao, diretoria, etc.) chamado de Organizao ou Estrutura do Poder.

    Diviso dos Poderes no Brasil

    A separao dos poderes no Brasil passou a existir com a Constituio outorgada de 1824 que prevaleceu at o fim da Monarquia, mas alm dos trs poderes, na poca, havia tambm o quarto poder, chamado de Moderador, que era exercido pelo Imperador, mas foi excludo da Constituio da Repblica, em 1891.

    No art. 2 da Constituio Federal de 1988 vemos os Poderes da Unio que so: Legislativo, Judicirio e Executivo.

    Alm disso, existe o Ministrio Pblico (MP), um rgo do Executivo. Apesar dessa relao, ele tem total independncia dos outros poderes em algumas situaes. Seu objetivo principal garantir que a lei seja cumprida e agir na defesa da ordem jurdica.

    A estrutura territorial brasileira dividida da seguinte forma: Unidades da Federao (UF), Mesorregies, Microrregies e Municpios.

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    As Unidades da Federao do Brasil so entidades autnomas, com governo e constituio prprias, que em seu conjunto constituem a Repblica Federativa do Brasil. Atualmente, o Brasil se divide em 27 UFs, sendo 26 estados e um distrito federal.

    Entende-se por Mesorregio, uma rea individualizada em uma Unidade da Federao, que apresenta formas de organizao do espao geogrfico definidas pelas seguintes dimenses: o processo social, como determinante, o quadro natural, como condicionante e, a rede de comunicao e de lugares, como elemento da articulao espacial. Estas trs dimenses possibilitam que o espao delimitado como mesorregio tenha uma identidade regional. Esta identidade uma realidade construda ao longo do tempo pela sociedade que ali se formou.

    Criadas pelo IBGE, so utilizadas apenas para fins estatsticos. No se constituem em entidades poltico-administrativas autnomas.

    As Microrregies foram definidas como parte das mesorregies que apresentam especificidades quanto organizao do espao. Essas especificidades no significam uniformidade de atributos, nem conferem s microrregies auto-suficincia e tampouco o carter de serem nicas, devido sua articulao a espaos maiores, quer mesorregio, Unidade da Federao, quer totalidade nacional. Essas especificidades se referem estrutura de produo: agro-pecuria, industrial, extrativismo mineral ou pesca. Essas estruturas de produo diferenciadas podem resultar da presena de elementos do quadro natural ou de relaes sociais e econmicas particulares.

    A organizao do espao microrregional foi identificada, tambm, pela vida de relaes ao nvel local, isto , pela interao entre as reas de produo e locais de beneficiamento e pela possibilidade de atender s populaes, atravs do comrcio de varejo ou atacado ou dos setores sociais bsicos. Assim, a estrutura da produo para a identificao das microrregies considerada em sentido totalizante, constituindo-se pela produo propriamente dita, distribuio, troca e consumo, incluindo atividades urbanas e rurais. Dessa forma, ela expressa a organizao do espao a nvel micro ou local.

    Fonte: IBGE DGEO/DITER. 1990

    O municpio a diviso administrativa autnoma da UF. So as unidades de menor hierarquia dentro da organizao poltico administrativa do Brasil, criadas atravs de leis ordinrias das Assemblias Legislativas de cada Unidade da Federao e sancionadas pelo Governador. Constitu-se do distrito-sede, que compreende a zona urbana, e dos distritos ou zona rural ao seu entorno, caso existam.

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    REFERNCIAS:

    IBGE. Disponvel em: .

    UNESP. Disponvel em: .

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    Questes

    1. (Prova: CESGRANRIO 2006 IBGE Recenseador)

    Historicamente, o Censo de 1970, realizado pelo IBGE, apresentou uma especial importncia para o conhecimento sobre o Brasil, por ter revelado que:

    a) a populao total ultrapassara os 100 milhes de habitantes.b) a populao urbana ultrapassara a populao rural.c) o nmero de jovens era menor do que o de adultos e idosos.d) o xodo rural havia sido reduzido em todo o Pas.e) as migraes internas tinham como principal destino o Nordeste.

    2. (Prova: CESGRANRIO 2006 IBGE Recenseador)

    Segundo dados do IBGE (http://www.ibge.gov.br), os dois picos mais altos do Brasil esto na Serra Imeri, no Amazonas. O Pico da Neblina tem 3.014,1 m de altura, e o 31 de maro, 2.992,4 m. A diferena, em metros, entre as alturas dos dois picos :a) 21,7.b) 42,7.c) 82,3.d) 122,3.e) 182,3.

    3. (Prova: CESGRANRIO 2010 Prefeitura de Salvador BA Professor Geografia / Geografia):

    Com base nos dados acima, sobre a dificuldade para o uso racional da gua pelas sociedades contemporneas, afirma-se que, quanto

    a) mais desenvolvido um pas, maior o racionamento de gua.b) maior o gasto de gua, menor o IDH.c) maior o consumo de gua, menor o Produto Interno Bruto.d) maior o nvel mdio de renda, maior o gasto de gua. e) menor o nvel educacional, maior o consumo de gua.

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    4. A questo da gua doce vem sendo debatida em todo o mundo com grande vigor. Diferentes aes so propostas com o objetivo de melhorar a utilizao desse recurso. Entre os setores econmicos a seguir, o que mais consome gua doce no Brasil e em grande parte do mundo :

    a) agricultura.b) siderurgia.c) metal-mecnico.d) residencial.e) turismo.

    5. Na Alemanha do sculo XIX, influenciado pela Naturphilosophie (Filosofia da Natureza), Alexander von Humboldt interpreta a Geografia como:

    a) uma leitura racionalista e metdica da superfcie terrestre, com destaque para a noo de lugar.

    b) uma abordagem simultaneamente cientfica e esttica dos fenmenos como um todo, sublinhando a importncia do conceito de paisagem.

    c) uma busca das leis gerais que moldam o Cosmos e a Terra, deixando de lado a imaginao e a sensibilidade.

    d) uma perspectiva filosfica sobre o globo, enfatizando a potica e a narrativa em detrimento da explicao cientfica.

    e) uma anlise das relaes entre o homem e o meio, tendo como referncia o determinismo.

    6. (Prova: CESGRANRIO 2010 BNDES Tcnico Administrativo / Geografia)

    Com 20 milhes de habitantes, Moambique, na costa oriental da frica subsaariana, um dos mais preocupantes focos do vrus HIV em todo o mundo. Um em cada sete adultos moambicanos est contaminado o equivalente a 15% dessa populao. A precariedade do acesso aos cuidados bsicos de sade e a falta de informaes sobre preveno e tratamento compem o cenrio ideal para a disseminao do HIV. Metade dos quase 100.000 mortos pela doena, todos os anos, tem entre 30 e 44 anos na plenitude produtiva.

    Em termos demogrficos, a doena em foco afeta negativamente Moambique, de forma mais direta, no seguinte aspecto:

    a) expectativa de vida.b) ndice de fecundidade.c) imigrao estrangeira.d) migraes internas.e) saldo migratrio.

    7. (Prova: CESGRANRIO 2010 IBGE Recenseador / Geografia )

    Com relao expectativa de vida dos brasileiros, os recenseamentos do IBGE comprovam que, nos ltimos anos, verificou-se

    a) retrocesso significativo.b) estagnao relativa.c) desacelerao abrupta.d) aumento progressivo.

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    8. ( Prova: CESGRANRIO 2010 IBGE Recenseador / Geografia )

    De acordo com o mapa acima, entre os indivduos mais pobres dos estados do Par e do Paran predominam, respectivamente,

    a) brancos e pardos.b) indgenas e brancos.c) amarelos e pardos.d) pardos e brancos.

    9. A regio Nordeste do Brasil apresenta algumas reas que podem ser consideradas como verdadeiras ilhas de modernidade agrcola, empregando tcnicas modernas e sofisticados equipamentos e produzindo gneros agrcolas para exportao. Um desses ncleos :

    a) Do Golfo Maranhense, com uma grande produo de gros, principalmente de soja, voltadas para o mercado externo.

    b) Da depresso cearense, com uma moderna fruticultura irrigada que utiliza as guas do rio Jaguaribe.

    c) Do sul da Bahia, onde a produo de cana-de-acar em moldes modernos praticamente no utiliza mo de obra braal.

    d) Do mdio Vale do rio So Francisco, que produz frutas com um sistema de irrigao utilizando guas da barragem de Sobradinho, destinadas em sua maior parte exportao.

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    10. Entre os diversos obstculos ao crescimento econmico do pas, esto os elevados custos dos transportes e de energia, que reduz a competitividade e compromete os investimentos internos e externos. Analise as proposies e assinale apenas a CORRETA.

    a) As hidreltricas respondem com 77,3% da oferta de energia eltrica do pas. As bacias hidrogrficas mais exploradas, quanto produo energtica, so as bacias do Paran e bacia Amaznica.

    b) A maior parte do petrleo brasileiro extrado da plataforma continental, sendo o Rio de Janeiro responsvel por 90% dessa produo. O pr-sal tem beneficiado apenas os estados do Sudeste, garantindo, para essa rea, exclusividade dos royalties pagos pelo governo federal.

    c) Em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, ocorreu o racionamento de energia, j previsto, diante dos parcos investimentos do setor. Esse fato no interferiu na economia que crescia vertiginosamente.

    d) As usinas termonucleares de Angra I e II, situadas no Rio de Janeiro, responde apenas por cerca de 2,6% da produo de energia eltrica do Brasil. Em 2007, tendo como justificativas as necessidades de aumento da produo de energia eltrica, o governo federal, atravs do PAC, prev a retomada de Angra III e de mais seis usinas nucleares, no sentido de compensar o dficit energtico.

    e) A criao da Petrobras aconteceu durante o governo de JK, com a implantao do Plano de Metas. Nesse perodo, o pas vivia a euforia do O Petrleo Nosso, o que levou o governo priorizao da opo rodoviarista, apesar de no ser o mais adequado devido dimenso continental do pas.

    11. Nos pases ricos concentra-se a poluio da riqueza: usinas nucleares, chuva cida, montanhas de lixo aterrado, gerados pelo grande poder de consumo da populao, doenas provocadas pelo excesso de bebidas, lcool ou drogas. Nos pases subdesenvolvidos, no que diz respeito s grandes maiorias, concentra-se a poluio da misria: subnutrio, ausncia de gua potvel ou esgoto, lixes a cu aberto, ausncia de ateno mdica e medicamentos.

    Da leitura do texto possvel afirmar que a poluio

    a) atinge de igual forma a todas as reas do Globo, sejam elas desenvolvidas ou subdesenvolvidas.

    b) tem menor rea de abrangncia nos pases desenvolvidos e provoca todos os riscos humanidade.

    c) resulta sempre de relaes conflituosas entre o homem e o meio ambiente, em vrias partes do mundo.

    d) representa, na atualidade, um mal necessrio ao progresso dos pases, mas que pode ser resolvido atravs do consumo dirio da populao das grandes potncias.

    e) tem origens e caractersticas diferentes, sendo, em muitos casos, resultante de relaes desiguais entre os homens.

    12. Sobre a estrutura etria da populao, correto afirmar que:

    (01) Nos pases industrializados europeus, tanto a taxa de natalidade quanto a de mortalidade so muito baixas, e a diferena entre elas muito pequena, at mesmo nula.

    (02) Os pases desenvolvidos mais recentemente, como Austrlia e Japo, apresentam altas taxas de natalidade e alto crescimento vegetativo.

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    (04) Sucia, Reino Unido e Frana so pases onde se registra elevada expectativa de vida.

    (08) A maioria dos pases subdesenvolvidos no-industrializados apresenta elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, com elevado crescimento vegetativo.

    (16) Nos pases subdesenvolvidos que iniciaram um processo de industrializao aps a Segunda Guerra Mundial, verificaram-se, entre 1950 e 1970, baixas taxas de natalidade e de mortalidade.

    13. Analise as seguintes afirmaes sobre a urbanizao brasileira:

    I O espao urbano fragmentado, pois a segregao social revela-se atravs dos condomnios residenciais, por um lado, e dos cortios, favelas e loteamentos clandestinos, por outro.

    II Apesar da integrao econmica das regies do pas, as principais cidades brasileiras esto localizadas no centro-sul e na faixa litornea, onde so mais intensas as conexes e as trocas entre elas. III A dominao do espao urbano pelo poder pblico impe investimentos direcionados aos servios sociais e de infra-estrutura, como saneamento bsico, sade, educao, transporte coletivo, oportunizando populao urbana o acesso modernizao.IV Em virtude das transformaes produtivas e das novas tecnologias urbanas, a urbanizao brasileira vem promovendo um aumento na qualificao, remunerao e estabilidade do emprego e, conseqentemente, h melhoria nas condies de vida urbana.Esto corretas

    a) apenas I e II.b) apenas I e III.c) apenas II e III.d) apenas III e IV.e) apenas I, II e IV.

    14. Leia o pargrafo a seguir.

    O modelo de urbanizao brasileiro produziu nas ltimas dcadas cidades caracterizadas pela fragmentao do espao e pela excluso social e territorial. O desordenamento do crescimento perifrico associado profunda desigualdade entre reas pobres, desprovidas de toda a urbanidade, e reas ricas, nas quais os equipamentos urbanos e infra-estruturas se concentram, aprofunda essas caractersticas, reforando a injustia social de nossas cidades e inviabilizando a cidade para todos. (Fonte: Secretaria Nacional de Programas Urbanos Ministrio das Cidades. Disponvel em: .)

    Com base no texto, assinale a alternativa incorreta.

    a) A maior parte dos investimentos pblicos se destina s reas centrais e das periferias.b) A populao mais rica usufrui melhor dos equipamentos e da infraestrutura urbana.c) As cidades brasileiras abrigam algum tipo de assentamento precrio da sua populao.d) As diferenas de acesso aos recursos urbanos reforam as desigualdades sociais.

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    15. Um professor utilizou, em sala de aula, a foto e o texto abaixo.

    Um dia, alguns pesquisadores em plena atividade de campo pediram pouso em uma fazendola comunitria, perdida em um remoto lugar do interior baiano. E a resposta veio rpida e sincera, por parte da dona da casa: Eu vou-lhes dar abrigo, porque tambm tenho filho no mundo.

    (ABSBER, Aziz Nacib. Os domnios da natureza no Brasil. So Paulo: Ateli Editorial, 2003.)

    Nessa aula, o professor desejava trabalhar a relao natureza-sociedade no domnio

    a) amaznico, em que os grupos humanos se desterritorializam.b) de mares de morro, em que ocorrem xodos desnecessrios.c) de cerrado, em que a condio dos agricultores muito desfavorvel.d) de pradaria, em que a modernizao no campo serve de atrao para chegada de

    migrantes.e) de caatinga, em que muitos indivduos migram devido aridez do solo e da situao

    econmica.

    16. Seria uma viso reducionista considerar que a rede urbana um simples conjunto de cidades ligadas entre si por fluxos de pessoas, bens e informaes, como se isso em nada tivesse relao com outros mecanismos existentes em nossas sociedades. Na perspectiva de que a rede urbana no inocente e, por meio dela, a gesto do territrio se exerce, h uma relao mais estreita com os seguintes mecanismos de nossa sociedade:

    a) hierarquia e fluxo de mercadorias.b) instituies fortes e fluxo de pessoas.c) modernizao e infraestrutura completa.d) explorao econmica e exerccio de poder.e) mobilidade de transporte e progresso tecnolgico.

    17. A metropolizao corresponde ao processo de formao de metrpoles, que acompanhado do crescimento acelerado de certas cidades, como reflexo da modernizao e da concentrao econmica em alguns pontos do territrio. H, contudo, uma tendncia atual de reverso no crescimento das grandes metrpoles porque indstrias e empresas do setor de servios passam a escolher localizaes geogrficas alternativas s saturadas metrpoles, provocando reduo nos ndices de crescimento das grandes cidades e aumento dos ndices de crescimento das cidades mdias.

    Qual o nome desse fenmeno?

    a) Megalpole.b) Desmetropolizao.c) Metrpole expandida.d) Macrocefalia urbana.e) Regio metropolitana.

    18. O trem entrou causando um estranhamento que nada seria capaz de despertar no homem de hoje. Ele era feito de metal numa civilizao construda de pedra e madeira; se movia por conta

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    prpria; era mais rpido do que quase tudo que se conhecia; avanava em linha reta, num ritmo regular [...] e era capaz de transportar mais gente por terra que um navio por mar.

    Jornal Folha de S.Paulo, 2 fev. 1998.

    Enquanto na Europa e nos EUA, o trem foi o maior smbolo da Revoluo Industrial, no Brasil, as ferrovias testemunharam o(a)

    a) perodo pr-industrial, o que significou um paradoxo histrico.b) impulso ao setor de indstria pesada, o que significou a mesma simbologia da Europa.c) impulso da economia agrcola, o que significou sua permanncia como opo principal de

    transporte at os dias atuais.d) modelo de substituio de importaes, o que significou uma contradio com as

    possibilidades de modernizao.e) integrao nacional, o que significou o atendimento imediato da demanda de

    interconexo dos espaos.

    19. A figura abaixo nos mostra a radiao direta e a refletida nas zonas rural e urbana. Alm disso, a concentrao de poluentes, motivada pela atividade industrial e circulao de veculos, concorre para adensar a massa de micropartculas em suspenso, as quais, por sua vez, funcionam como ncleos higroscpicos, isto , incentivadores do processo de condensao. Por outro lado, o chamado campo baromtrico local assume caractersticas especficas nas reas urbanas. Em virtude do maior aquecimento, os valores da presso atmosfrica do setor central tornam-se mais baixos do que na periferia, criando condies de maior instabilidade [...].

    CONTI, J. Bueno. O clima e o meio ambiente. So Paulo: Atual, 1999. (Adaptado)

    Nesse contexto, sobre os mecanismos do clima, conclui-se que

    a) o aumento dos ndices de presso atmosfrica, nas reas de concentrao urbana, provoca chuvas frontais.

    b) o fenmeno da ilha de calor, nas reas urbanas, causado pelo aumento da evaporao.c) os fatores sociais no podem ser negligenciados na compreenso da dinmica climtica.d) os mecanismos do clima urbano criam condies de reduo dos ndices pluviomtricos.e) a estabilidade atmosfrica verificada nas grandes cidades do mundo causada pela baixa

    alterao das mdias anuais de precipitao nas ltimas dcadas.

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    20. Referindo-se s manifestaes geogrficas decorrentes dos novos progressos, Milton Santos revela A diferena, ante as formas anteriores do meio geogrfico, vem da lgica global que acaba por se impor a todos os territrios e a cada territrio como um todo. (...) O meio geogrfico tende a ser universal. Mesmo onde se manifesta pontualmente, [o meio geogrfico] ele assegura o funcionamento dos processos encadeados a que se est chamando de globalizao. (SANTOS, Milton. A natureza do espao. So Paulo: Hucitec, 1996.)

    Na perspectiva terica acima, o autor considera que estamos diante de um meio geogrfico que representa a produo de algo novo, ao privilegiar a interao entre

    a) natureza e trabalho. b) tcnica e natureza.c) sociedade e histria. d) cincia, natureza e redes sociais.e) tcnica, cincia e informao.

    21. Pela Internet

    [...]

    Eu quero entrar na rede

    Promover um debate

    Juntar via Internet

    Um grupo de tietes de Connecticut

    [...]

    Eu quero entrar na rede pra contactar

    Os lares do Nepal, os bares do Gabo

    Que o chefe da polcia carioca avisa pelo celular

    Que l na praa Onze tem um videopquer para se jogar

    (Gilberto Gil)

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    A situao apresentada acima (imagem e trecho da cano) representam uma resposta crise do modelo produtivo fordista. No lugar do fordismo, com a Revoluo tcnico-cientfica, disseminou-se o modelo de produo flexvel, tambm chamado de ps-fordista, que trouxe consequncias profundas na produo e na vida das sociedades.

    Dentre os pares de elementos apresentados abaixo, aquele que est corretamente associado ao modelo ps-fordista

    a) neoliberalismo e keynesianismo.b) diviso rgida do trabalho e produo em pequenos lotes.c) produo padronizada e baixa qualificao da fora de trabalho.d) concentrao industrial e procedimentos de produo na escala global.e) investimentos em pesquisa cientfica e estratgias flexveis de produo.

    Gabarito:1. B2. A3. D4. D5. C6. A7. D8. D9. D10. D11. A12. Resultado: 1+4+8=1313. A14. A 15. E 16. D 17. B 18. A 19. A 20. B 21. A