apostila de expressão gráfica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DEPARTAMENTO DE CIENCIAS DA SAÚDE, BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS APOSTILA Disciplina: Expressão Gráfica Professor: Sidney Sára Zanetti SÃO MATEUS ES 2009

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Page 1: Apostila de Expressão Gráfica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO  

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO  

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS DA SAÚDE, BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS                  

APOSTILA  

Disciplina: Expressão Gráfica      

Professor: Sidney Sára Zanetti                

SÃO MATEUS ­ ES 2009 

Page 2: Apostila de Expressão Gráfica

Expressão Gráfica                                                                                                                                 UFES / CEUNES 

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APOSTILA DA DISCIPLINA DE EXPRESSÃO GRÁFICA  1) INTRODUÇÃO A  computação  revolucionou  a  utilização  da  expressão  gráfica  no  exercício  da 

engenharia,  viabilizando  a  execução  de  trabalhos  tridimensionais,  que  antes  só  eram possíveis através da construção de modelos. 

Os  softwares  existentes  no  mercado  possibilitam  a  construção  de  modelos  virtuais, cujas imagens são muito próximas do real, onde se podem ver, em três dimensões, todos os detalhes de uma máquina, de um equipamento ou até mesmo de um processo inteiro. Estes modelos virtuais possuem recursos de cores, textura e animação onde as imagens podem ser giradas, cortadas, alteradas e ao mesmo tempo compartilhadas por meio de redes, ou da internet, por todas as partes envolvidas no desenvolvimento de estudos e projetos. 

A computação gráfica,  com certeza  facilitou e ampliou o desenvolvimento de projetos na área da engenharia e da arquitetura porque, além de poder ser utilizada integrada com softwares  de  cálculos  ou  com  banco  de  dados,  os  modelos  virtuais  são  fáceis  de  serem compreendidos e enchem os olhos de quem está comprando o projeto. 

No  entanto,  a  execução  dos  projetos  das  áreas  da  engenharia  e  da  arquitetura  ainda dependente dos desenhos bidimensionais que são utilizados para fazer o detalhamento dos detalhes construtivos que envolvem o objeto projetado. Assim, apesar de todos os recursos propiciados  pela  computação  gráfica,  o  exercício  da  engenharia  ainda  está  diretamente vinculado à  leitura e  interpretação de desenhos bidimensionais, utilizando‐se os recursos de desenhos técnicos. 

Pode ser que no futuro todos os problemas gráficos da engenharia sejam elaborados em três  dimensões,  mas  ainda  não  é  hora  para  se  abandonar  a  linguagem  bidimensional. Diferentemente  das  imagens  tridimensionais,  que  podem  ser  entendidas  por  qualquer pessoa, os desenhos bidimensionais se constituem em uma linguagem gráfica que só pode ser entendida por quem a estuda. 

Para os cursos que visam a preparação para atividades de desenvolvimento de projetos, é  importante  o  treinamento  utilizando  softwares  CAD  (Computer  Aided  Design),  que viabilizam a elaboração de desenhos/projetos auxiliados pelo computador. 

 2) NORMALIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO A  padronização  dos  procedimentos  de  representação  gráfica  permite  transformar  o 

Desenho Técnico em uma linguagem gráfica. Essa padronização é feita através de normas técnicas que são seguidas e respeitadas internacionalmente. No  Brasil  as  normas  são  aprovadas  e  editadas  pela  Associação  Brasileira  de  Normas 

Técnicas  –  ABNT,  fundada  em  1940.  No  âmbito  internacional  foi  criada,  em  1947,  a Organização  Internacional  de  Normalização  (International  Organization  for Standardization – ISO). Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional. No Brasil as normas técnicas que regulam o Desenho Técnico são  editadas pela ABNT, 

registradas  pelo  INMETRO  (Instituto  Nacional  de  Metrologia,  Normalização  e  Qualidade Industrial),  como  Normas  Brasileiras  Revisadas  (NBR),  em  consonância  com  as  normas internacionais aprovadas pela ISO.  Para o desenho técnico existem várias normas publicadas em diferentes épocas, onde os 

principais  aspectos  abordados  são  tamanhos  e  formatos  de  papéis,  escalas,  letras  e algarismos,  linhas,  legendas,  etc.  A  norma  NBR  5984  –  Norma  geral  de  desenho  técnico (antiga NB 8) foi aprovada em 1950 e revisada várias vezes tendo como objetivos fixar as condições gerais que devem ser observadas na execução dos desenhos técnicos. Entretanto, esta norma foi substituída por diversas outras, estando algumas listadas abaixo: 

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Expressão Gráfica                                                                                                                                 UFES / CEUNES 

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NBR 10647 ‐ Desenho técnico ‐ Terminologia NBR 10067 ‐ Princípios gerais de representação em desenho técnico NBR 10068 ‐ Folha de desenho ‐ Leiaute e Dimensões NBR 10582 ‐ Apresentação da folha para desenho técnico NBR 8402 ‐ Execução de caracter para escrita em desenho técnico NBR 8403 ‐ Aplicação de linhas em desenhos NBR 8196 ‐ Desenho técnico ‐ Emprego de escalas NBR 10126 ‐ Cotagem em desenho técnico NBR 13142 ‐ Desenho técnico ‐ Dobramento de cópia NBR 12298 ‐ Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico  

3) INSTRUMENTALIZAÇÃO – TIPO, MANUSEIO E MANUTENÇÃO Para a disciplina de Expressão Gráfica aconselha‐se o uso de instrumentos de precisão e 

qualidade,  o  que  existe  com  grande  variedade  no  mercado.  Para  cada  tipo  de  desenho existem também instrumentos mais específicos. 

Atualmente com os sistemas de CAD o uso de certos  instrumentos deixa quase de ser necessário,  por  sua  vez  para  condução  da  disciplina  de  Expressão  Gráfica  recomenda‐se adquirir e trazer em todas as aulas papel no formato A3, lapiseira 0,5 ou 0,7 mm, régua T, borracha  branca,  fita  adesiva,  flanela  de  algodão,  transferidor,  compasso,  régua milimetrada e transparente. 

 A seguir tem‐s e a descrição detalhada de cada equipamento: 

Prancheta (mesa para desenho) ­ Equipamento importante para o desenho técnico. Pode ser de madeira com alavancas de acionamento da inclinação e da altura. Facilita a execução do desenho.  Papel  ­ Existem diversos  tipos  de  papel  para  desenho.  Para  desenho  a mão  com uso  de lápis  é  aconselhável  utilizar  papel  opaco  (sulfite)  ou  transparente  (manteiga).  Para desenhos  definitivos  recomenda‐se  o  papel‐vegetal  empregando  caneta  nanquim.  Com  o uso  de  computador  para  a  elaboração  do  projeto  é  comum  o  uso  do  papel  sulfite  para impressão.  Régua T ­ São empregadas no traçado de linhas horizontais e apoio aos esquadros para o traçado de linhas inclinadas ou verticais. São fabricadas de madeira com bordas de plástico inquebrável ou acrílico (Figura 1).  Obs: No traço com a régua T deve‐se começar a traçar da esquerda para a direita, de modo que a mão não fique em cima do que já foi desenhado (Figura 2).  

 Figura 1 – Exemplo de uma régua T. 

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Figura 2 – Esquema de traçado com régua T.  Régua paralela – Utilizada em substituição à régua T (Figura 3).  

Figura 3 – Esquema ilustrativo de régua T e régua paralela.  Esquadros  ­  Utilizados  no  traçado  de  linhas  inclinadas  ou  perpendiculares  a  régua  T. Existem dois tipos de esquadros: na forma de triângulo isósceles (2 ângulos de 45º e um de 90º) e na forma de triângulo escaleno (ângulos de 30º, 60º, e 90º). A combinação ideal para uso  seria  aquela  em  que  o  cateto  do  esquadro  de  30/60º  seja  igual  a  hipotenusa  do esquadro de 45º. A combinação de esquadros permite que sejam traçadas linhas formando múltiplos de 15º.  Compasso ­ Traçar circunferências ou arcos de circunferências.  Transferidores  ­  Instrumentos  para  a  medição  de  ângulos.  Comercialmente  existem modelos de 0 a 180º e de 0 a 360º.  

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Réguas  flexíveis  ou  curvas  francesas  ­  Curvas  não  traçadas  pelo  compasso  (raio indefinido).  Normógrafos e gabaritos ­ Empregados no auxílio à escrita e desenhos.  Canetas ­ nanquim (para desenhos definitivos)  Lápis (lapiseira) e Grafite: 

H a 6H: consistência de dura a extremamente dura. B a 6B: consistência de macia a extremamente macia. Obs.: uso mais comum: B, HB e H. 

 4) FORMATOS E TAMANHOS DE PAPEL O  formato básico do papel,  designado por A0  (A  zero),  é  o  retângulo  cujos  lados medem 841 mm e 1.189 mm, tendo a área de 1m2. Do formato básico, derivam os demais formatos da  série  A  (Figura  4),  pela  bipartição  ou  duplicações  sucessivas,  segundo  uma  linha perpendicular ao maior lado do retângulo.  

Figura 4 – Formatos de papel da série A.  Os  formatos  da  série A,  de A0  a A4,  têm  as  dimensões  indicadas  no  quadro  a  seguir.  As folhas  não  recortadas  devem  ter  as  dimensões  mínimas  indicadas  na  última  coluna  do quadro. Na Tabela 1 têm‐se as especificações técnicas de cada formato.      

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Tabela 1 – Formatos da série A 

Margem (mm) Formato (mm) 

Linha de corte (mm)  Esquerda  Direita 

A0  841 x 1189  25  10 A1  594 x 841  25  10 A2  420 x 594  25  7 A3  297 x 420  25  7 A4  210 x 297  25  7 

  5) CALIGRAFIA TÉCNICA Os  textos  e  algarismos  representados  em  desenho  técnico  (Figura  5)  seguem  normas 

que garantem a legibilidade e uniformidade. Podem ser escritos utilizando‐se o normógrafo ou  à  mão  livre.  A  norma  NBR  6492/1994  recomenda  letras  maiúsculas  não  inclinadas, assim como os números, medindo de 3 a 5 mm. O espaçamento entre as linhas não deve ser inferior a 2 mm.  

Figura 5 ‐ Textos e algarismos representados em desenho técnico.  

6) CARIMBO – CONTEÚDO E TRAÇADO O carimbo ou rótulo deve acompanhar todo desenho e serve tanto para a identificação 

como para conter informações sobre o conteúdo do desenho. O carimbo deve ser inserido no canto inferior direito da folha de desenho. Em geral o carimbo deve conter as seguintes informações:  nome;  título  do  projeto;  nome  do  projetista;  nome  do  desenhista;  data; escalas; nome do cliente; e local para assinaturas.  

Exemplo 1 (Uso para trabalhos acadêmicos) 

Disciplina: Desenho Técnico  Escala: 1:50 Data: 15/08/07 Título: Projeções Ortogonais 

Turma: A Aluno: Fulano de Tal  Matrícula: 123456

  

Exemplo 2 (Projetos rurais)  Obra no 013/03 Projeto: Construção Rural 

Arquivo no PROJ/01 Data: 15/08/07 Denominação: Sala de ordenha 

Localização: Faz. Bela Vista, BR 101 km 74 São Mateus, ES 

Proprietário: Marco Rosa 

Áreas (m2) Construída ..... 89,2 Livre .............. 65,1 Total ............. 154,3 Escala: 1:100 Responsável: Escala: 1:100 

Eng° Agr° Paulo Sousa CREA 01234586 

Registros 

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 7) NOMENCLATURA DE LINHAS – CLASSIFICAÇÃO E HIERARQUIA O  desenhista  deve  empregar  diferentes  tipos  de  linhas  objetivando  a  diferenciação  na apresentação do desenho. As linhas podem ser diferenciadas quanto ao tipo e a espessura, conforme apresentado a seguir: I) LINHA – Espessura Linha grossa Linha média (metade da anterior) Linha fina (metade da anterior) II) LINHA – Tipos A‐ Linhas gerais B‐ Linhas principais C‐ Linhas auxiliares ( cota , ladrilhos , etc. ) D‐ Partes invisíveis                                                       _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ E‐ Eixos de simetria F‐ Seções G‐ Interrupções 

  

Exercícios  a)  Sejam  L1,  L2  e  L3  os  lados  dados,  construir  um  triângulo  sabendo‐se  que  L1 = 3,5 cm, L2 = 3,8 cm e L3 = 5,5 cm. Considere L3 como sendo a base do triângulo.  b)  Sejam  L1  e  L2  os  lados  dados,  construir  um  triângulo  sabendo‐se  que L1 = 4,5 cm, L2 = 5,3 cm e o ângulo central (α) = 30°. Considere L2 como sendo a base do triângulo.  c) a) Sejam L1 e L2 os lados dados, construir um triângulo sabendo‐se que L1 = 5,3 cm, L2 = 4,4 cm e a altura (H) = 2,5 cm. Considere L1 como sendo a base do triângulo.  d) Sejam a e b os lados dados, construir um retângulo sabendo‐se que a = 4,1 cm e b = 2,0 cm. Considere a como sendo a base do retângulo.  e)  Sejam  L1,  L2  e  L3  os  lados  dados,  construir  um  triângulo  sabendo‐se  que  L1 = 3,5 cm, L2 = 3,8 cm e L3 = 5,5 cm. Considere L3 como sendo a base do triângulo.  f) Seja L1 o lado dado, construir um losango sabendo‐se que L1 = 5,0 cm e o ângulo central é igual a 60°.  g) Sejam A, B, C e D os vértices de um trapézio. Construí–lo sabendo‐se que as distâncias AB = 5,0 cm, BC = 2,5 cm, CD = 3,0 cm e H (altura) = 2,0 cm. Considere AB como sendo a base do retângulo.  8) ESCALAS E COTAS   8.1) Escalas  

O desenho de  um objeto,  em  geral,  não  pode  ser  executado  em  tamanho natural;  em muitos casos o objeto é grande ou pequeno demais. A escala permite aumentar, diminuir ou manter o tamanho do objeto no desenho de acordo com a situação. 

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A  escala  é  uma  forma  de  representação  que  mantém  as  proporções  das  medidas lineares  do  objeto  representado.  Ou  seja,  a  escala  nada  mais  é  do  que  uma  razão  de proporção entre as medidas no desenho e as medidas reais do objeto. 

 Normalmente é empregada a seguinte notação para a representação de escala (E):  

Dd

M1E ==  

 em que: 

  M = denominador da escala;    d = distância no desenho; e 

D = distância no terreno.  Por  exemplo,  se  uma  feição  é  representada no desenho  com 1  cm de  comprimento  e 

sabe‐se que seu comprimento no terreno é de 100 metros, então a escala de representação utilizada é de 1:10.000. Ao utilizar a equação anterior para o cálculo da escala deve‐se ter o cuidado de transformar as distâncias para a mesma unidade. Por exemplo: 

 

d = 5 cm       000.101

cm 000.50cm 5

km 5,0cm 5E ===  

 D = 0,5 km 

 As escalas podem ser de redução (1:x), ampliação (x:1) ou naturais (1:1).  Uma  escala  é  dita  grande  quando  apresenta  o  denominador  pequeno  (por  exemplo, 

1:100, 1:200, 1:50, etc.).  Já uma escala pequena possui o denominador grande  (1:10.000, 1:500.000, etc.). 

 O valor da escala é adimensional, ou seja, não tem dimensão (unidade). Escrever 1:200 

significa que uma unidade no desenho equivale a 200 unidades no terreno. Assim, 1 cm no desenho corresponde a 200 cm no terreno ou 1 milímetro do desenho corresponde a 200 milímetros  no  terreno.  Como  as  medidas  no  desenho  são  realizadas  com  uma  régua,  é comum estabelecer esta relação em centímetros. Ex.: 1 cm no desenho = 200 cm no terreno. 

 É  comum  medir‐se  uma  área  em  um  desenho  e  calcular‐se  sua  correspondente  no 

terreno.  Isto  pode  ser  feito  da  seguinte  forma:  imagina‐se  um  desenho  na  escala  1:50. Utilizando  esta  escala  faz‐se  um  desenho  de  um  quadrado  de  2  x  2  unidades  (u),  não interessa qual é esta unidade. A figura seguinte apresenta este desenho. 

 A área do quarado no desenho (Ad) será:   

  

  

Ad = 2u . 2u 

Ad = 4u2 

 

2u

2u

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 A área do quadrado no terreno (At) será então: 

At = (50 . 2u) . (50 . 2u) 

At = (2 . 2) . (50 . 50) . (u . u) 

At = 4u2 . 502  Substituindo a equação Ad na equação At, e lembrando que M = 50 é o denominador da 

escala,  a área do  terreno,  em  função da área medida no desenho  e da escala é dada pela equação: 

 At = Ad . M2   

Principais escalas e suas aplicações:  Recomendação da ABNT (1999): NBR 8196 ‐ Desenho técnico ‐ Emprego de escalas 

Redução  Natural  Ampliação 

1:2    2:1 1:5  1:1  5:1 1:10    10:1 

As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10.  A  seguir  encontra‐se  uma  tabela  com  as  principais  escalas  utilizadas  e  as  suas 

respectivas aplicações.   

Aplicação  Escala Detalhes de terrenos urbanos  1:50 

Plantas de pequenos lotes e edifícios  1:100 1:200 

Plantas de arruamentos e loteamentos urbanos 1:500 1:1.000 

Plantas de propriedade rurais 1:1.000 1:2.000 1:5.000 

Plantas cadastrais de cidades e grandes propriedades rurais ou industriais 

1:5.000 1:10.000 1:20.000 

Cartas de municípios  1:50.000 1:100.000 

Mapas de estados, países, continentes, etc.  1:200.000 a 1:10.000.000 

 A  escala  a  ser  escolhida  para  um  desenho  depende  da  complexidade  do  objeto  a  ser 

representado  e  da  finalidade  da  representação.  Em  todos  os  casos,  a  escala  selecionada deve  ser  suficiente  para  permitir  uma  interpretação  fácil  e  clara  da  informação 

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representada. A escala e o tamanho do objeto em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho. 

 Para se decidir sobre a escala ideal, deve‐se considerar: 

• O tamanho do objeto a ser representado; • As dimensões do papel; e • A clareza do desenho a ser realizado.  Ao se executar um desenho, a escala utilizada deverá ser sempre indicada na legenda, 

no espaço destinado para tal.  Os ângulos não sofrem redução ou ampliação em sua abertura, independentemente da 

escala utilizada no desenho.   

Exercícios 

1) Qual das escalas é maior 1:1.000.000 ou 1:1.000?  2) Qual das escalas é menor 1:10 ou 1:1.000?  3) Determinar o comprimento de um rio (em km), sendo a escala do desenho de 1:18.000 e o rio representado no desenho por uma linha com 17,5 cm de comprimento.  4) Determinar qual a escala de uma carta, sabendo‐se que distâncias homólogas na carta e no terreno são, respectivamente, 225 mm e 4,5 km.  5) Com qual comprimento uma estrada de 2500 m será representada na escala 1:10.000?  6) Calcular  o  comprimento no desenho de uma  rua  com 30 metros de  comprimento nas escalas abaixo:  

Escala  Comprimento? 1:100   1:200   1:250   1:500   1:1.000  

 7)  Um  lote  urbano  tem  a  forma  de  um  retângulo,  sendo  que  o  seu  comprimento  é  duas vezes maior que a sua altura e sua área é de 16.722,54 m2. Calcular os comprimentos dos lados no desenho se esta área fosse representada na escala 1:10.560.  8) As dimensões de um terreno foram medidas em uma carta e os valores obtidos foram: 250 mm de comprimento por 175 mm de largura. Sabendo‐se que a escala do desenho é de 1:2.000, qual é a área do terreno em m2 ?  9) Se a avaliação de uma área resultou em 2.575 cm2 para uma escala de 1:500, a quantos metros quadrados corresponderá a área no terreno?  

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10)  Para  desenhar  um  objeto  que  tem  105  cm  em  uma  folha  A4  que  tem  210  mm  de largura, qual é a maior escala que pode ser utilizada? Obs.: considerar margem esquerda de 25  mm  e  direita  de  7  mm;  caso  a  escala  calculada  não  seja  um  valor  inteiro,  deve‐se arredondar o número obtendo‐se uma escala menor inteira.  11) É necessário desenhar um galpão com dimensões de 60 x 15 m em uma folha A3 (420 x 297mm) na  escala  1:150.  Para  que  a  planta  fique  centralizada  no  papel,  qual  deve  ser  a distância (em centímetros) a partir das bordas do papel?  12) Para elaborar a planta de um lote que possui dimensões de 12 x 30 m, qual o menor formato de papel (série “A”) deverá ser utilizado, na escala 1:50?  Repostas dos exercícios: 1) a escala 1:1.000 é maior; 2) a escala 1:1.000 é menor; 3) 3,15 km; 4) 1:20.000; 5) 25 cm; 6) 30 cm, 15 cm, 12 cm, 6 cm, 3  cm; 7) 0,866 x 1,732 cm; 8) 175.000 m2; 9) 64.375 m2; 10) 1:6; 11) 1 cm na dimensão de 420 mm e 9,85 na dimensão de 297 mm; 12) formato A1.  Precisão gráfica 

Denomina‐se de precisão gráfica de uma escala como sendo a menor grandeza passível de ser representada num desenho, através desta escala.  Erro  de  grafismo:  é  erro máximo  admissível  na  elaboração  de  desenho  topográfico  para lançamento de pontos  e  traçados de  linhas,  com o valor de 0,2 mm, que equivale  a duas vezes  a  acuidade  visual  humana  (ABNT  NBR  13.133  ‐  Execução  de  levantamentos topográficos).  E  uma  função  da  acuidade  visual,  habilidade  manual  e  qualidade  do equipamento de desenho.   

Exemplo: escala 1:1.000   Dmm 2,0

10001

=     D = 20 cm (precisão gráfica) 

 Assim, pode‐se concluir que as dimensões reais do objeto a ser representado que tiverem valores menores  que  o  erro  de  grafismo,  não  terão  representação  gráfica;  portanto,  não aparecerão no desenho. Logo, nas escalas 1:500, 1:2000 e 1:5.000 não se representam os detalhes de dimensões inferiores a 10 cm, 40 cm e 100 cm, respectivamente.  Em  casos  onde  é  necessário  representar  elementos  com  dimensões  menores  que  as estabelecidas pela precisão da gráfica, podem ser utilizados símbolos.   Escala gráfica 

A escala gráfica é a representação gráfica de uma escala nominal ou numérica.  Esta  forma  de  representação  da  escala  é  utilizada,  principalmente,  para  fins  de acompanhamento  de  ampliações  ou  reduções  de  plantas  ou  cartas  topográficas,  em processos  reprodução comuns,  cujos produtos  finais não correspondem à escala nominal neles registrada.  A escala gráfica é também utilizada no acompanhamento da dilatação ou retração do papel no  qual  o  desenho  da  planta  ou  carta  foi  realizado.  Esta  dilatação  ou  retração  se  deve, 

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normalmente,  a  alterações  ambientais  ou  climáticas  do  tipo:  variações  de  temperatura, variações de umidade, manuseio, armazenamento, etc. A escala gráfica fornece, rapidamente e sem cálculos, o valor real das medidas executadas sobre o desenho, mesmo após uma redução ou ampliação do mesmo.  Exemplo:  supondo  que  a  escala  de  uma  planta  seja  1:100  e  que  o  intervalo  de representação seja de 1m, a escala gráfica correspondente terá o seguinte aspecto:  

  A figura a seguir mostra outros tipos de representação da escala gráfica. 

  Quando utilizada, é obrigatória a indicação da unidade na escala gráfica. 

  8.2) Cotagem ou Dimensionamento 

A  norma  técnica  NBR  10126  (1987)  fixa  os  princípios  gerais  de  cotagem  a  serem aplicados em desenhos técnicos. 

O desenho técnico, além de representar a forma tridimensional, dentro de uma escala, deve  conter  informações  sobre  as  dimensões  do objeto  representado. As dimensões  irão definir as características geométricas do objeto, dando valores de  tamanho e posição aos diâmetros, aos comprimentos, aos ângulos e a todos os outros detalhes que compõem sua forma espacial. 

Trata‐se  de  indicar  no  desenho  as  dimensões  do  objeto  representado.  Para  isso  são utilizadas as cotas, ou seja, números que correspondem às medidas dos objetos. As cotas são  constituídas  pela  linha  de  cota  ou  de  medida,  linha  de  chamada,  setas  e  pelo  valor numérico expresso em uma determinada unidade de medida. As setas indicam o limite da linha de cota e o valor da cota indica o tamanho real do objeto.  

As cotas devem ser distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões necessárias para viabilizar  a  construção  do  objeto  desenhado,  com  o  cuidado  de  não  colocar  cotas desnecessárias.  No  caso  das  vistas,  uma  determinada  dimensão  que  é  representada,  por exemplo, na vista frontal e superior só precisa ser indicada em uma delas. 

 Uma demonstração da utilização de cotas está representada na figura seguinte:   

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Figura 6 – Representação de um desenho por meio de cotas.  

Regras para o emprego de cotas As  cotas  devem  ser  escritas  acompanhando  a  direção  das  linhas  de  cota  e  devem 

representar  a medida  real  do  objeto,  independente  da  escala  utilizada.  Deve‐se  evitar  o cruzamento das  linhas de  cota. As  linhas de  cota podem ser  contínuas ou  interrompidas. Quando se utilizam as linhas de cota contínuas, o valor da cota deve ser escrito acima das linhas  de  cota  horizontais  e  à  esquerda  das  linhas  de  cota  verticais.  Quando  se  utilizam linhas  de  cotas  interrompidas  o  valor  deve  ser  escrito  no  intervalo  da  interrupção,  sem rotação. A Figura 7 (a) mostra que tanto as linhas auxiliares (linhas de chamada), como as linhas  de  cota,  são  linhas  contínuas  e  finas.  As  linhas  de  chamadas  devem  ultrapassar levemente  as  linhas  de  cota  e  também  deve  haver  um  pequeno  espaço  entre  a  linha  do elemento dimensionado e a linha de chamada. 

 

Figura 7 – Forma para apresentação das cotas.  As  linhas  de  centro  ou  as  linhas  de  contorno  podem  ser  usadas  como  linhas  de 

chamada, conforme mostra a Figura 7 (b). No entanto, é preciso destacar que as linhas de centro ou as linhas de contorno não devem ser usadas como linhas de cota. 

As  linhas de chamada devem ser preferencialmente perpendiculares ao ponto cotado. Em  alguns  casos,  para melhorar  a  clareza  da  cotagem,  as  linhas  de  chamada  podem  ser 

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oblíquas em relação ao elemento dimensionado, porém mantendo o paralelismo entre si, conforme mostra a Figura 7 (c). 

O  limite da  linha de  cota pode  ser  indicado por  setas, que podem ser preenchidas ou não,  ou  por  traços  inclinados,  conforme  mostra  a  Figura  8  (a).  A  maioria  dos  tipos  de desenho técnico utiliza as setas preenchidas. Os traços  inclinados são mais utilizados nos desenhos arquitetônicos. Em um mesmo desenho a indicação dos limites da cota deve ser de um único tipo e  também deve ser de um único tamanho. Só é permitido utilizar outro tipo de indicação de limites da cota em espaços muito pequenos, conforme mostra a Figura 8 (b). 

 

(a) 

(b)Figura 8 – Limite (a) e indicação (b) da linha de cota.  

 No dimensionamento deve‐se observar ainda: • as linhas de cota devem ser colocadas preferencialmente fora da figura; • deve‐se evitar a repetição de cotas; • deve‐se deixar um pequeno espaço entre a figura e a linha de chamada; • as cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade; • uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho; • as linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida; • a altura dos algarismos deve ser uniforme dentro de um mesmo desenho.  

 9) VISTAS E PROJEÇÕES  9.1) Sistemas de projeções  

Projeção  é  a  operação  pela  qual  um ponto,  uma  linha  ou  um  objeto  tridimensional  é projetado  em  um  plano  através  de  linhas  denominadas  de  projetantes.  Este  plano  é denominado de plano de projeção.  

Plano de projeção é a superfície onde se projeta o modelo. A tela de cinema é um bom exemplo de plano de projeção.  As projeções poderão ser do tipo (Figura 9): 

1 ‐ Centrais ou Cônicas: quando as linhas projetantes convergem para um ponto; 

2 – Cilíndricas ou Paralelas: quando as linhas projetantes são paralelas entre si. Estas ainda poderão ser ortogonais, quando as projetantes são perpendiculares ao plano de projeção ou oblíquas, quando as projetantes são oblíquas ao referido plano. 

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   Figura 9 – Tipos de projeções: (A) centrais e (B) paralelas.   Projeções cônicas 

O  centro  das  projeções  é  a  origem  das  linhas  projetantes,  localizado  a  uma  distância finita do plano de projeção.  

 Figura 10 ‐ Sistema de projeções cônicas  Projeções cilíndricas oblíquas 

O  centro  de  projeção  se  localiza  a  uma  distância  infinita  do  plano  de  projeção.  Dessa forma,  as  linhas  projetantes  têm  uma  única  direção  e,  nesse  caso  específico,  a  direção  é oblíqua ao plano de projeção e o ângulo de incidência é variável, sendo diferente de 0, 90 e 180 graus.  

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 Figura 11 ‐ Sistema de projeções cilíndricas oblíquas  Projeções cilíndricas ortogonais 

O  centro  de  projeções  se  localiza  a  uma  distância  infinita  do  plano  de  projeções  e  a direção das projetantes é ortogonal ao plano de projeção. O ângulo de incidência é igual a 90  graus.  É  o  sistema  utilizado  na  geometria  descritiva  –  base  para  representação  no desenho técnico.  

 Figura 12 ‐ Sistema de projeções cilíndricas ortogonais  

Os  planos de projeção podem ocupar  várias  posições  no  espaço.  Em desenho  técnico usam‐se  dois  planos  básicos  para  representar  as  projeções  de  modelos:  um  plano horizontal e um plano vertical, que se cortam perpendicularmente. 

Esses  dois  planos,  perpendiculares  entre  si,  dividem  o  espaço  em  quatro  regiões chamadas diedros. 

  

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O plano horizontal pode ser dividido em: 

SPHA: semiplano horizontal anterior 

SPHP: semiplano horizontal posterior 

 O plano vertical pode ser dividido em: 

SPVS: semiplano vertical superior 

SPVI: semiplano vertical inferior 

 O método  de  representação  de  objetos  em  dois  semiplanos  perpendiculares  entre  si, 

criado  por  Gaspar  Monge,  é  também  conhecido  como método mongeano.  Atualmente,  a maioria  dos  países  que  utiliza  o  método  mongeano  adota  a  projeção  ortográfica  no  1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro. Entretanto, alguns países, como os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. 

Ao ler e interpretar desenhos técnicos, o primeiro cuidado que se deve ter é identificar em qual diedro está representado o modelo. Essa verificação é importante para se evitar o risco de interpretar erradamente as características do objeto.  

No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do plano vertical e do plano horizontal,  utiliza‐se  um  terceiro  plano  de  projeção:  o  plano  lateral.  Este  plano  é perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal.  

  

A vista representa a peça sendo observada de uma determinada posição. Ou seja, nas projeções  ortogonais,  apesar  de  estarmos  vendo  desenhos  planos  (bidimensionais),  em cada vista há uma profundidade, não visível, que determina a forma tridimensional da peça representada.  

A projeção do modelo no plano vertical dá origem à vista frontal; A projeção do modelo no plano horizontal dá origem à vista superior; A projeção do modelo no plano lateral dá origem à vista lateral esquerda. 

 

Plano vertical 

Plano horizontal 

Plano lateral 

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Imagine  agora  que  o  modelo  tenha  sido  retirado  e  veja  como  ficam  apenas  as  suas projeções nos três planos:  

  

Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para tanto, usa‐se um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção horizontal e lateral. Veja como isso é feito no 1º diedro:  

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Além destas  três  vistas,  ainda  existem a  vista  lateral  direita,  a  vista  inferior  e  a  vista posterior. Vide norma ABNT NBR 10067.  

Dificilmente será necessário fazer seis vistas para representar qualquer objeto. Porém, quaisquer  que  sejam  as  vistas  utilizadas,  as  suas  posições  relativas  obedecerão  às disposições  definidas  pelas  vistas  principais.  Na  maioria  dos  casos,  o  conjunto  formado pelas vistas de frente, vista superior e uma das vistas laterais é suficiente para representar, com perfeição, o objeto desenhado. 

 As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista 

principal  da  peça,  determina  as  posições  das  demais  vistas;  a  vista  superior  aparece sempre  representada  abaixo  da  vista  frontal;  a  vista  lateral  esquerda  aparece  sempre representada à direita da vista frontal.  

 O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é escolher o lado do desenho 

que será considerado como frente. Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho  ou  de  equilíbrio,  toma‐se  como  frente  o  lado  que  melhor  define  a  forma  do desenho.  Quando  dois  lados  definem  bem  a  forma  do  desenho,  escolhe‐se  o  de  maior comprimento. Feita a vista de frente faz‐se tantos rebatimentos quantos forem necessários para definir a forma do desenho.  

 10) PERSPECTIVAS  É uma forma de representação gráfica que demonstra as três dimensões de um objeto 

em um único plano, gerando idéia de profundidade e relevo.  Existem diferentes tipos de perspectiva, sendo que as mais comuns são: 

‐ Perspectiva Isométrica; ‐ Perspectiva Cavaleira; e ‐ Perspectiva Bimétrica.  Perspectiva é a representação de objetos como são vistos na realidade, de acordo com 

sua  posição,  forma  e  tamanho.  A  perspectiva  permite  também  a  visualização  do comprimento, da altura e da largura do objeto.  

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Em  perspectiva,  o  objeto  é  representado  sobre  uma  superfície  plana,  entretanto,  os procedimentos utilizados permitem que a representação aproxime‐se da imagem real. 

A perspectiva denominada axonométrica é uma projeção cilíndrica ortogonal sobre um plano oblíquo em relação às três dimensões do corpo a representar (eixos X, Y e Z). 

Existem  diversas  inclinações  possíveis  do  objeto,  podendo‐se  concluir  que  existem infinitas perspectivas que podem ser obtidas por este processo. Dessa forma, a perspectiva axonométrica  pode  ser  classificada  de  acordo  com  os  ângulos  formados  pelos  eixos principais, podendo ser isométrica ou bimétrica. A perspectiva isométrica é a mais utilizada em desenhos técnicos. 

 Exemplos:   a) Perspectivas Cavaleiras a 30°, a 45° e a 60°  

   b) Perspectivas Isométrica e Bimétrica  

     

Relação das medidas reais com as do desenho Cavaleira Perspectiva 30o 45o 60o Isométrica Bimétrica

Largura 1:1 1:1 1:1 1:4/5 1:1 Altura 1:1 1:1 1:1 1:4/5 1:1

Profundidade 1:2/3 1:1/2 1:1/3 1:4/5 1:1/2  

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 Exercícios  1) Desenhar um cubo com 6 cm de aresta, escala 1:1, nas perspectivas listadas no quadro anterior.  2) Representar a perspectiva do objeto na escala de 1:50 representado nas vistas abaixo. As dimensões são representadas em milímetros.