apostila de defesa 2009 - joanisval
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Senado FederalInstituto Legislativo Brasileiro
Consultoria Legislativa
Curso Presencial:
SEGURANA NACIONAL, DEFESA E O PODERLEGISLATIVO NO BRASIL
Professor: Joanisval B. Gonalves, Consultor Legislativo do Senado Federalpara a rea de Relaes Exteriores e Defesa NacionalConsultor da Comisso Mista do Congresso Nacional para oControle da Atividade de Inteligncia (CCAI)
[email protected](61) 3303 4435/ 3303 4443
Curso Segurana Nacional, Defesa e o Poder Legislativo no Brasil Prof. Joanisval Gonalves
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mailto:[email protected]://images.google.com.br/imgres?imgurl=www.cigarro.med.br/brasao.jpg&imgrefurl=http://www.cigarro.med.br/fotos.htm&h=206&w=200&sz=14&tbnid=F7PrcKsJN2sJ:&tbnh=99&tbnw=97&start=1&prev=/images%3Fq%3Dbras%25C3%25A3o%2Bda%2Brep%25C3%25BAblica%26h%20mailto:[email protected] -
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Braslia, 2009
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Palavras Iniciais...
Prezado(a) Aluno(a),
Esta sua apostila do Curso Segurana Nacional,
Defesa e o Poder Legislativo no Brasil, promovido pelo
Instituto Legislativo Brasileiro em parceria com a Consultoria
Legislativa do Senado Federal.
Por meio da presente apostila, voc ter acesso s
notas de aulas, podendo acompanhar o que apresentado em
sala pelo Professor.
Sugerimos que, com base no que discutido em sala,
voc procure aprofundar os temas. Nesse sentido pode
recorrer pesquisa em bibliotecas e, tambm, aos
mecanismos de busca na internet. O estudante de temas atuais
da Agenda de Defesa e Segurana encontrar na internet
excelentes fontes de leitura.
Assim, esperamos que voc possa fazer bom proveitodesse nosso Curso Segurana Nacional, Defesa e o Poder
Legislativo no Brasil! Bons estudos!
Bons estudos!
Os organizadores do Curso
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Consultoria Legislativa
Curso Presencial:SEGURANA NACIONAL, DEFESA E O PODER
LEGISLATIVO NO BRASILJoanisval Brito Gonalves
PLANO DO CURSO
I APRESENTAO
O estudo de temas relacionados Segurana e Defesa Nacional adquire
relevncia na atualidade, sobretudo com as recentes transformaes no sistema
internacional aps o 11 de setembro de 2001. Nesse contexto, o Brasil necessita
ter quadros preparados nesses assuntos.
O Poder Legislativo, em virtude de suas atribuies e competncias
constitucionalmente previstas, ocupa um papel de destaque em termos de
Segurana e Defesa Nacional. Da a importncia da preparao de seus quadros
nesse sentido.
II METODOLOGIA
Os contedos sero apresentados subdivididos em unidades. Para efeitos
de certificao, o curso compreender carga-horria de 30 (trinta) horas-aula,
abrangendo os seguintes temas:
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Segurana Nacional e Defesa Aspectos Gerais.
O Brasil e a temtica da Segurana e Defesa.
Planejamento Estratgico de Defesa.
Segurana e Defesa no ordenamento jurdico brasileiro.
O Poder Executivo, Segurana e Defesa o Ministrio da Defesa e
outros rgos relacionados.
O Conselho de Defesa Nacional.
Poder Legislativo, Segurana e Defesa.
A Poltica de Defesa Nacional.
Temas de Defesa Nacional: o sistema de Defesa Brasileiro.
Temas de Defesa Nacional: Novas Ameaas (terrorismo, crime
organizado, outras).
Temas de Defesa Nacional: Amaznia, Segurana e Defesa O
Programa Calha Norte.
Temas de Defesa Nacional: o emprego das Foras Armadas frente
realidade brasileira.
III - BIBLIOGRAFIA
Como bibliografia bsica, o curso ter a presente apostila. Entretanto, ser
fornecida tambm uma bibliografia complementar de modo a permitir o
aprofundamento dos estudos.
Passemos, pois, ao primeiro tema de nosso curso SEGURANA NACIONAL,
DEFESA E O PODER LEGISLATIVO NO BRASIL.
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RESUMO BIOGRFICO DO AUTOR
DADOS PESSOAIS
Nome:Joanisval Brito Gonalves
Profisso: Servidor Pblico (Consultor do Senado Federal) // Professor //
Advogado
Telefone: (61) 3303-4435
E-mail:[email protected],[email protected]
Endereo: Senado Federal Consultoria Legislativa Anexo II Bloco B
2o andar Sala 19 CEP 70165-900 Braslia DF - Brasil
PERFIL
Consultor Legislativo do Senado Federal para a rea de Relaes Exteriores e
Defesa Nacional. Consultor para a Comisso Mista de Controle da Atividade de
Inteligncia do Congresso Nacional. Advogado. Doutor em Relaes
Internacionais (UnB). Mestre em Histria das Relaes Internacionais (UnB).
Especialista em Inteligncia de Estado (ESINT/ABIN) e em Integrao
Econmica e Direito Internacional Fiscal (ESAF/FVG/Universidade de
Mnster). Bacharel em Relaes Internacionais (UnB) e em Direito (UniCeub).
Professor universitrio em cursos de graduao e ps-graduao. Concentrao nas reas de
Segurana Internacional e Defesa, Inteligncia, Direito Internacional, Direito
Internacional Humanitrio, Estudos Estratgicos. Pesquisador visitante do
Centro Canadense de Estudos de Inteligncia e Segurana (Canadian Centre of
Intelligence and Security Studies), da Norman Paterson School of International Affairs,
Carleton University (Ottawa/Canad). Instrutor Externo da Universidade da Fora Area
(UNIFA). Condecorado com a Medalha do Pacificador e Medalha do MritoSantos Dumont. Participou das delegaes brasileiras junto ao Grupo de Ao Financeira
Internacional Contra a Lavagem de Dinheiro (GAFI/FAFT) e ao Grupo de Ao Financeira da
Amrica do Sul (GAFISUD). Representante titular do Senado Federal junto Comisso
Especial para assessoramento do Conselho de Defesa Nacional no processo de aquisio de
aeronaves de superioridade area Projeto FX-BR. Representante titular do Senado Federal
junto ao Grupo de Assessoramento aos Membros Conselho de Defesa Nacional sobre
Titulao de reas Remanescentes de Quilombos. Representante titular do Senado Federal
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na Comisso Especial do Conselho de Defesa Nacional Encarregada de Propor Legislao
que Regulamente reas Indispensveis Segurana do Territrio Nacional.
PUBLICAES
Livros e captulos de livros:
Atividade de Inteligncia e Legislao Correlata, Niteri: Impetus, 2009.
Introduo s Relaes Internacionais Teoria e Histria , Braslia: Senado/ILB,
2009.
Tribunal de Nuremberg, 1945-1946: A Gnese de uma Nova Ordem no Direito
Internacional, Rio de Janeiro e So Paulo: Renovar, 2001. 2a edio: 2004.
Vises do Jogo: Percepes das Sociedades Canadense e Brasileira sobre a
Atividade de Inteligncia. In: Russell G. Swenson; Susana C. Lemozy. (Org.).
Democratizacin de la Funcin de Inteligencia - El Nexo de la Cultura Nacional y la
Inteligencia Estratgica. Washington, DC: National Defense Intelligence College
Press, 2009, v. , p. 113-138.
Conhecimento e Poder: a Atividade de Inteligncia e a Constituio Brasileira .
In: Bruno Dantas; Eliane Cruxn; Fernando Santos; Gustavo Ponce de Leon Lago.
(Org.). Constituio de 1988: o Brasil 20 Anos Depois (Volume III - A Consolidao
das Instituies). 1 ed. Braslia: Senado Federal, Instituto Legislativo Brasileiro, 2008,
v. III, p. 591-607.
A influncia da Espanha, do Isl e da China na Amrica Ibrica Contempornea:
uma perspectiva brasileira. In: Contreras Polgatti, Arturo; Demarest, Geoffrey y
Gaete, Jos (editores). (Org.). Globalizacin, Fenmenos Transnacionales y
Seguridad Hemisfrica. 1 ed. Santiago de Chile: Instituto Histrico de Chile Foreign
Military Studies Office of the US Army, 2007
O Legado de Nuremberg. In: Os rumos do Direito Internacional dos Direitos
Humanos: ensaios em homenagem ao Professor Antnio Augusto Canado Trindade/
Renato Zerbini Carneiro Leo (coord.). Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Ed.,
2005, 6.v. (Volume IV, pp. 645-680).
Artigos e outras publicaes
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Poder Legislativo e Relaes Internacionais. In: Anais do VII Encontro Nacional de
Estudos Estratgicos. Disponvel em:
https://sistema.planalto.gov.br/siseventos/index.html.
Monarquia Republicana: consideraes sobre o sistema poltico canadense e seus
princpios constitucionais. In: Revista de Informao Legislativa, Ano 44, n. 174,
Abr-Jun/2007, PP. 129-144.
As transformaes no sistema de inteligncia e o papel do controle parlamentar
no incio do sculo XXI: o caso do Brasil. Anais do XXVII Congresso Internacional
daLatin American Studies Association, LASA 2007, realizado em Montreal, Canad,
de 5 a 7 de setembro de 2007
Uma nova guerra. In:Jornal do Brasil, 18/07/2009.
Decolagem No-Autorizada. In: O Globo Online, 02/04/2007.
2006, o Ano em que vivemos em perigo. In:Inforel (www.inforel.org), 02/01/2007.
O que fazer com o Servio de Inteligncia? In: Inforel (www.inforel.org),
29/11/2006.
Constituio, Poder Legislativo e Defesa Nacional. In: Inforel (www.inforel.org),
09/11/2006. Planejar Preciso. In: Correio Braziliense, 29/05/2006.
O Controle da Atividade de Inteligncia: Consolidando a Democracia. In:Revista
Brasileira de Inteligncia, Braslia, Ano I, N 1, Dez 2005.
Quem Precisa de um Servio de Inteligncia? In: Correio Braziliense, 3 de outubro
de 2005. p. 13.
As reformas no Conselho de Segurana das Naes Unidas e o Brasil. In: Revista
Eletrnica Debater, Fevereiro de 2005,.
Integrao, Segurana e Defesa: Perspectivas Europia e Sul-Americana. In:
Revista Focus Eurolatino (Chile), n. 2, nov 2004.
A Inteligncia e o Crime Organizado. In: Senatus, Braslia, v. 3, n. 1, abr. 2004, pp.
18-23.
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https://sistema.planalto.gov.br/siseventos/index.htmlhttp://www.inforel.org/http://www.inforel.org/http://www.inforel.org/https://sistema.planalto.gov.br/siseventos/index.htmlhttp://www.inforel.org/http://www.inforel.org/http://www.inforel.org/ -
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Os EUA e o Tribunal Penal Internacional. In: Revista de Informao Legislativa,
Braslia, Ano 40, N 160, out-dez/2003, pp. 41-47.
O Papel da Atividade de Inteligncia no Combate ao Crime Organizado: o Caso
do Brasil, trabalho apresentado no Seminrio REDES 2003, em Santiago do Chile e
disponvel em http://www3.ndu.edu/chds/redes2003/.
Guerra Oportunidade. In: Correio Braziliense, 20/10/2001.
Os 50 anos das Convenes de Genebra. In: Boletim Eletrnico do Instituto
Brasileiro de Cincias Criminais, 2a quinzena de Agosto/2001.
Tribunal Penal Internacional. In: Consulex, Revista Jurdica, Ano IV, Volume I, N.
37, Jan/2000.
A Insero do Nazismo na Sociedade Alem. In: Textos de Histria, Vol 1, n. 2,
1997.
A Poltica Exterior do III Reich, Algumas Reflexes. In: Brasil e Alemanha, 1827-
1997, Perspectivas Histricas, 170 anos da assinatura do 1o Tratado de Comrcio e
Navegao, Braslia: Thesaurus, 1997, (Obra conjunta organizada por Albene
Menezes e Mercedes Kothe).
OUTRAS ATIVIDADES
Pesquisador visitante do Centro Canadense de Estudos deSegurana e Inteligncia (Canadian Center of Security andIntelligence Studies), da Norman Paterson School of InternationalAffairs, Carleton University (Ottawa/Canad).
Membro da Comisso Elaboradora do Projeto do Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Direitos Humanos, do Instituto CEUB dePesquisa e Desenvolvimento.
Autor, Consultor Tcnico e Co-roteirista do Programa ConexoMundo, exibido pela TV Senado.
Idealizador e conteudista do Curso a Distncia de Introduo sRelaes Internacionais, produzido pelo Instituto LegislativoBrasileiro.
Representante do Senado Federal junto Comisso Especial paraassessoramento do Conselho de Defesa Nacional no processo deaquisio de aeronaves de superioridade area Projeto FX-BR.
Professor do Centro Universitrio de Braslia UniCEUB (Cursos deDireito e de Relaes Internacionais; e Ps-Graduao).
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Professor do Instituto Legislativo Brasileiro.
Professor do Curso JB Preparatrio para o Concurso para CarreiraDiplomtica.
Professor da Escola de Governo do Distrito Federal, com a disciplinaInteligncia e Planejamento Estratgico.
Membro da Associao Brasileira dos Analistas de IntelignciaCompetitiva ABRAIC.
Membro do Instituto Brasileiro de Cincias Criminais IBCCrim.
Membro da Associao Nacional dos Professores Universitrios deHistria ANPUH.
Orientador de Monografias para o Curso de Especializao emPoltica Criminal, Segurana Pblica e Direitos Humanos da Escolade Governo do Distrito Federal.
Orientador de Monografias para os Cursos Especializao em Direitodo UniCeub.
Orientador de Monografias para o Curso de Relaes Internacionaisdo Centro Universitrio de Braslia.
Orientador de Monografias para o Curso de Direito da FaculdadeEuro-Americana (2003).
Participao na equipe editorial da Revista Brasileira de PolticaInternacional (1995-1997).
IDIOMAS
Francs Ingls Espanhol Alemo RussoFluente Fluente Fluente Bom Bom
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UNIDADE IASPECTOS GERAIS SOBRE SEGURANA NACIONAL E
DEFESA
Discusso: Existe diferena entre Segurana e Defesa?
Qual a importncia desses temas para a poltica externa e interna
de um pas?
A quem cabe tratar do tema?
Importncia do tema.
Defesa e Relaes Internacionais
Sociedade Internacional
Atores a conduta dos Estados
Realismo nas Relaes Internacionais
A Alta Poltica
A Defesa Nacional
Questes relacionadas ao tema: que assuntos estariam
compreendidos em defesa nacional?
As dificuldades para o debate em torno de Defesa.
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UNIDADE IIO BRASIL E A TEMTICA DA SEGURANA E DEFESA
Discusso: H necessidade de se discutir Defesa no Brasil? Qual a
importncia do tema?
Voc acha que Defesa um tema tratado com devida ateno emnosso pas? Por qu?
H dificuldades para se discutir defesa no Brasil? Quais?
A quem cabe discutir Defesa no Brasil?
Brasil: Caractersticas
Aspectos gerais
Geogrficas
Populacionais
Scio-culturais
Econmicas
Histricas: ltimo grande conflito no continente
Os contextos sul-americano e hemisfrico
Dificuldade de percepo de ameaas
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A Defesa Nacional
Questes relacionadas ao tema no Brasil
As dificuldades para o debate em torno de Defesa.
Histrico da Segurana e Defesa no Brasil
Brasil-Imprio
Repblica: o Conselho de Defesa Nacional
As duas guerras mundiais
A Guerra Fria e a Escola Superior de Guerra
Doutrina de Segurana Nacional
O perodo militar A redemocratizao
Brasil no sculo XXI: a necessidade de se pensar e discutir
Defesa no Brasil
O Debate sobre Segurana e Defesa no Brasil: recapitulao
Dificuldades:
Desinteresse.
Preconceitos.
Ausncia de uma cultura de Defesa junto sociedade em geral.
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O Debate sobre Segurana e Defesa no Brasil
Complexidade das relaes entre civis e militares
Obstculos s reflexes sobre defesa no Pas.
Os esteretipos.
Conseqncias.
Cresce o nmero de civis interessados pelo tema e pensando a
respeito.
No Congresso: Consultorias.
Da a necessidade de se derrubar preconceitos e da atuao conjunta
entre civis e militares para que se produza um debate sobre Defesa capaz de
fazer frente s novas ameaas.
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UNIDADE IIISEGURANA E DEFESA NO ORDENAMENTO JURDICO
BRASILEIRO
Legislao relacionada Defesa.
Peculiaridades
Competncia e iniciativa
Constituio Federal de 1988
Competncia da Unio
Art. 21. Compete Unio:I - manter relaes com Estados estrangeiros e participar de
organizaes internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;III - assegurar a defesa nacional;IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que foras
estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneamtemporariamente;
V - decretar o estado de stio, o estado de defesa e a intervenofederal;
VI - autorizar e fiscalizar a produo e o comrcio de materialblico;
.........................XXIII - explorar os servios e instalaes nucleares de qualquer
natureza e exercer monoplio estatal sobre a pesquisa, a lavra, oenriquecimento e reprocessamento, a industrializao e o comrcio deminrios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princpios econdies:
a) toda atividade nuclear em territrio nacional somente seradmitida para fins pacficos e mediante aprovao do Congresso
Nacional;b) sob regime de concesso ou permisso, autorizada a utilizao
de radioistopos para a pesquisa e usos medicinais, agrcolas, industriaise atividades anlogas;
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c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe daexistncia de culpa;
.......................Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre:
...........................III - requisies civis e militares, em caso de iminente perigo e emtempo de guerra;
...............XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;..................XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa martima,
defesa civil e mobilizao nacional;
Defesa: Poder Executivo com superviso do PoderLegislativo.
Das Atribuies do Presidente da Repblica
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica:.........................IX - decretar o estado de defesa e o estado de stio;
X - decretar e executar a interveno federal;......................XIII - exercer o comando supremo das Foras Armadas, nomear os
Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, promover seusoficiais-generais e nome-los para os cargos que lhes so privativos;
...............................XVIII - convocar e presidir o Conselho da Repblica e o Conselho
de Defesa Nacional;XIX - declarar guerra, no caso de agresso estrangeira, autorizado
pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida nointervalo das sesses legislativas, e, nas mesmas condies, decretar,
total ou parcialmente, a mobilizao nacional;XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do CongressoNacional;
XXI - conferir condecoraes e distines honorficas;XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneamtemporariamente;
......................................................................................
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Iniciativa do Presidente da Repblica
Art. 61. ............................................................................
1 - So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica as leisque:I - fixem ou modifiquem os efetivos das Foras Armadas;II - disponham sobre:.....................................................................................f) militares das Foras Armadas, seu regime jurdico, provimento
de cargos, promoes, estabilidade, remunerao, reforma e transfernciapara a reserva.
De acordo com a Constituio Federal, portanto, assuntos referentes
a movimentao e emprego das Foras Armadas competem privativamente ao
Presidente da Repblica, em sua condio de Chefe do Poder Executivo Federal.
Leis complementares
Militares
Leis ordinrias
A Lei de Segurana Nacional
A Poltica de Defesa Nacional O que ?
Para que serve?
Principais pontos.
Crticas: necessidade de reviso.
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TEXTO:
POLTICA DE DEFESA NACIONAL
DECRETO N 5.484, DE 30 DE JUNHO DE 2005.
Aprova a Poltica de Defesa Nacional, e d outrasprovidncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso VI, alnea "a",da Constituio,
DECRETA:Art. 1o Fica aprovada a Poltica de Defesa Nacional anexa a este Decreto.
Art. 2o Os rgos e entidades da administrao pblica federal devero considerar, em seus planejamentos,aes que concorram para fortalecer a Defesa Nacional.
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.
Braslia, 30 de junho de 2005; 184o da Independncia e 117o da Repblica.
LUIZ INCIO LULA DA SILVAJos Alencar Gomes da Silva
Jorge Armando Felix
Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 1.7.2005
POLTICA DE DEFESA NACIONAL
INTRODUO
A Poltica de Defesa Nacional voltada, preponderantemente, para ameaas externas, o documentocondicionante de mais alto nvel do planejamento de defesa e tem por finalidade estabelecer objetivos ediretrizes para o preparo e o emprego da capacitao nacional, com o envolvimento dos setores militar e civil,em todas as esferas do Poder Nacional. O Ministrio da Defesa coordena as aes necessrias Defesa Nacional.
Esta publicao composta por uma parte poltica, que contempla os conceitos, os ambientes internacionale nacional e os objetivos da defesa. Outra parte, de estratgia, engloba as orientaes e diretrizes.
A Poltica de Defesa Nacional, tema de interesse de todos os segmentos da sociedade brasileira, tem comopremissas os fundamentos, objetivos e princpios dispostos na Constituio Federal e encontra-se emconsonncia com as orientaes governamentais e a poltica externa do Pas, a qual se fundamenta na busca dasoluo pacfica das controvrsias e no fortalecimento da paz e da segurana internacionais.
Aps um longo perodo sem que o Brasil participe de conflitos que afetem diretamente o territrio nacional,a percepo das ameaas est desvanecida para muitos brasileiros. Porm, imprudente imaginar que um pascom o potencial do Brasil no tenha disputas ou antagonismos ao buscar alcanar seus legtimos interesses. Umdos propsitos da Poltica de Defesa Nacional conscientizar todos os segmentos da sociedade brasileira de quea defesa da Nao um dever de todos os brasileiros.
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http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%205.484-2005?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%205.484-2005?OpenDocument -
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1. O ESTADO, A SEGURANA E A DEFESA
1.1 O Estado tem como pressupostos bsicos o territrio, o povo, leis e governo prprios e independncianas relaes externas. Ele detm o monoplio legtimo dos meios de coero para fazer valer a lei e a ordem,estabelecidas democraticamente, provendo-lhes, tambm, a segurana.
1.2 Nos primrdios, a segurana era vista somente pelo ngulo da confrontao entre Estados, ou seja, danecessidade bsica de defesa externa. medida que as sociedades se desenvolveram, novas exigncias foramagregadas, alm da ameaa de ataques externos.
1.3 Gradualmente, o conceito de segurana foi ampliado, abrangendo os campos poltico, militar,econmico, social, ambiental e outros. Entretanto, a defesa externa permanece como papel primordial das ForasArmadas no mbito interestatal.
As medidas que visam segurana so de largo espectro, envolvendo, alm da defesa externa: defesa civil;segurana pblica; polticas econmicas, de sade, educacionais, ambientais e outras reas, muitas das quais noso tratadas por meio dos instrumentos poltico-militares.
Cabe considerar que a segurana pode ser enfocada a partir do indivduo, da sociedade e do Estado, do queresultam definies com diferentes perspectivas.
A segurana, em linhas gerais, a condio em que o Estado, a sociedade ou os indivduos no se sentemexpostos a riscos ou ameaas, enquanto que defesa ao efetiva para se obter ou manter o grau de seguranadesejado.
Especialistas convocados pela Organizao das Naes Unidas (ONU) em Tashkent, no ano de 1990,definiram a segurana como "uma condio pela qual os Estados consideram que no existe perigo de umaagresso militar, presses polticas ou coero econmica, de maneira que podem dedicar-se livremente a seu
prprio desenvolvimento e progresso".
1.4 Para efeito da Poltica de Defesa Nacional, so adotados os seguintes conceitos:
I - Segurana a condio que permite ao Pas a preservao da soberania e da integridade territorial, arealizao dos seus interesses nacionais, livre de presses e ameaas de qualquer natureza, e a garantia aoscidados do exerccio dos direitos e deveres constitucionais;
II - Defesa Nacional o conjunto de medidas e aes do Estado, com nfase na expresso militar, para adefesa do territrio, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaas preponderantemente externas,
potenciais ou manifestas.
2. O AMBIENTE INTERNACIONAL
2.1 O mundo vive desafios mais complexos do que os enfrentados durante o perodo passado deconfrontao ideolgica bipolar. O fim da Guerra Fria reduziu o grau de previsibilidade das relaesinternacionais vigentes desde a 2 Guerra Mundial.
Nesse ambiente, pouco provvel um conflito generalizado entre Estados. Entretanto, renovaram-se nomundo conflitos de carter tnico e religioso, a exacerbao de nacionalismos e a fragmentao de Estados, comum vigor que ameaa a ordem mundial.
Neste sculo, podero ser intensificadas disputas por reas martimas, pelo domnio aeroespacial e porfontes de gua doce e de energia, cada vez mais escassas. Tais questes podero levar a ingerncias em assuntosinternos, configurando quadros de conflito.
Com a ocupao dos ltimos espaos terrestres, as fronteiras continuaro a ser motivo de litgiosinternacionais.
2.2 O fenmeno da globalizao, caracterizado pela interdependncia crescente dos pases, pela revoluotecnolgica e pela expanso do comrcio internacional e dos fluxos de capitais, resultou em avanos para uma
parte da humanidade. Paralelamente, a criao de blocos econmicos tem resultado em arranjos competitivos.Para os pases em desenvolvimento, o desafio o de uma insero positiva no mercado mundial.
Nesse processo, as economias nacionais tornaram-se mais vulnerveis s crises ocasionadas pelainstabilidade econmica e financeira em todo o mundo. A crescente excluso de parcela significativa da
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populao mundial dos processos de produo, consumo e acesso informao constitui fonte potencial deconflitos.
2.3 A configurao da ordem internacional baseada na unipolaridade no campo militar associada sassimetrias de poder produz tenses e instabilidades indesejveis para a paz.
A prevalncia do multilateralismo e o fortalecimento dos princpios consagrados pelo direito internacionalcomo a soberania, a no-interveno e a igualdade entre os Estados, so promotores de um mundo mais estvel,voltado para o desenvolvimento e bem estar da humanidade.
2.4 A questo ambiental permanece como uma das preocupaes da humanidade. Pases detentores degrande biodiversidade, enormes reservas de recursos naturais e imensas reas para serem incorporadas aosistema produtivo podem tornar-se objeto de interesse internacional.
2.5 Os avanos da tecnologia da informao, a utilizao de satlites, o sensoriamento eletrnico einmeros outros aperfeioamentos tecnolgicos trouxeram maior eficincia aos sistemas administrativos emilitares, sobretudo nos pases que dedicam maiores recursos financeiros Defesa. Em conseqncia, criaram-sevulnerabilidades que podero ser exploradas, com o objetivo de inviabilizar o uso dos nossos sistemas oufacilitar a interferncia distncia.
2.6 Atualmente, atores no-estatais, novas ameaas e a contraposio entre o nacionalismo e otransnacionalismo permeiam as relaes internacionais e os arranjos de segurana dos Estados. Os delitostransnacionais de natureza variada e o terrorismo internacional so ameaas paz, segurana e ordemdemocrtica, normalmente, enfrentadas com os instrumentos de inteligncia e de segurana dos Estados.
3. O AMBIENTE REGIONAL E O ENTORNO ESTRATGICO
3.1 O subcontinente da Amrica do Sul o ambiente regional no qual o Brasil se insere. Buscandoaprofundar seus laos de cooperao, o Pas visualiza um entorno estratgico que extrapola a massa dosubcontinente e incluiu a projeo pela fronteira do Atlntico Sul e os pases lindeiros da frica.
3.2 A Amrica do Sul, distante dos principais focos mundiais de tenso e livre de armas nucleares, considerada uma regio relativamente pacfica. Alm disso, processos de consolidao democrtica e deintegrao regional tendem a aumentar a confiabilidade regional e a soluo negociada dos conflitos.
3.3 Entre os processos que contribuem para reduzir a possibilidade de conflitos no entorno estratgico,destacam-se: o fortalecimento do processo de integrao, a partir do Mercosul, da Comunidade Andina de
Naes e da Comunidade Sul-Americana de Naes; o estreito relacionamento entre os pases amaznicos, nombito da Organizao do Tratado de Cooperao Amaznica; a intensificao da cooperao e do comrciocom pases africanos, facilitada pelos laos tnicos e culturais; e a consolidao da Zona de Paz e de Cooperaodo Atlntico Sul .
A ampliao e a modernizao da infra-estrutura da Amrica do Sul podem concretizar a ligao entre seuscentros produtivos e os dois oceanos, facilitando o desenvolvimento e a integrao.
3.4 A segurana de um pas afetada pelo grau de instabilidade da regio onde est inserido. Assim, desejvel que ocorram: o consenso; a harmonia poltica; e a convergncia de aes entre os pases vizinhos,visando lograr a reduo da criminalidade transnacional, na busca de melhores condies para odesenvolvimento econmico e social que tornaro a regio mais coesa e mais forte.
3.5 A existncia de zonas de instabilidade e de ilcitos transnacionais pode provocar o transbordamento deconflitos para outros pases da Amrica do Sul. A persistncia desses focos de incertezas impe que a defesa doEstado seja vista com prioridade, para preservar os interesses nacionais, a soberania e a independncia.
3.6 Como conseqncia de sua situao geopoltica, importante para o Brasil que se aprofunde o processode desenvolvimento integrado e harmnico da Amrica do Sul, o que se estende, naturalmente, rea de defesa esegurana regionais.
4. O BRASIL
4.1 O perfil brasileiro ao mesmo tempo continental e martimo, equatorial, tropical e subtropical, de longafronteira terrestre com a quase totalidade dos pases sul-americanos e de extenso litoral e guas jurisdicionais confere ao Pas profundidade geoestratgica e torna complexa a tarefa do planejamento geral de defesa. Dessa
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maneira, a diversificada fisiografia nacional conforma cenrios diferenciados que, em termos de defesa,demandam, ao mesmo tempo, poltica geral e abordagem especfica para cada caso.
4.2 A vertente continental brasileira contempla complexa variedade fisiogrfica, que pode ser sintetizadaem cinco macro-regies.
4.3 O planejamento da defesa inclui todas as regies e, em particular, as reas vitais onde se encontra maiorconcentrao de poder poltico e econmico. Complementarmente, prioriza a Amaznia e o Atlntico Sul pelariqueza de recursos e vulnerabilidade de acesso pelas fronteiras terrestre e martima.
4.4 A Amaznia brasileira, com seu grande potencial de riquezas minerais e de biodiversidade, foco daateno internacional. A garantia da presena do Estado e a vivificao da faixa de fronteira so dificultadas pela
baixa densidade demogrfica e pelas longas distncias, associadas precariedade do sistema de transportesterrestre, o que condiciona o uso das hidrovias e do transporte areo como principais alternativas de acesso. Estascaractersticas facilitam a prtica de ilcitos transnacionais e crimes conexos, alm de possibilitar a presena degrupos com objetivos contrrios aos interesses nacionais.
A vivificao, poltica indigenista adequada, a explorao sustentvel dos recursos naturais e a proteo aomeio-ambiente so aspectos essenciais para o desenvolvimento e a integrao da regio. O adensamento da
presena do Estado, e em particular das Foras Armadas, ao longo das nossas fronteiras, condio necessria
para conquista dos objetivos de estabilizao e desenvolvimento integrado da Amaznia.
4.5 O mar sempre esteve relacionado com o progresso do Brasil, desde o seu descobrimento. A naturalvocao martima brasileira respaldada pelo seu extenso litoral e pela importncia estratgica que representa oAtlntico Sul.
A Conveno das Naes Unidas sobre Direito do Mar permitiu ao Brasil estender os limites da suaPlataforma Continental e exercer o direito de jurisdio sobre os recursos econmicos em uma rea de cerca de4,5 milhes de quilmetros quadrados, regio de vital importncia para o Pas, uma verdadeira "AmazniaAzul".
Nessa imensa rea esto as maiores reservas de petrleo e gs, fontes de energia imprescindveis para odesenvolvimento do Pas, alm da existncia de potencial pesqueiro.
A globalizao aumentou a interdependncia econmica dos pases e, conseqentemente, o fluxo de cargas.No Brasil, o transporte martimo responsvel por movimentar a quase totalidade do comrcio exterior.
4.6 s vertentes continental e martima sobrepe-se dimenso aeroespacial, de suma importncia para aDefesa Nacional. O controle do espao areo e a sua boa articulao com os pases vizinhos, assim como odesenvolvimento de nossa capacitao aeroespacial, constituem objetivos setoriais prioritrios.
4.7 O Brasil propugna uma ordem internacional baseada na democracia, no multilateralismo, nacooperao, na proscrio das armas qumicas, biolgicas e nucleares e na busca da paz entre as naes. Nessadireo, defende a reformulao e a democratizao das instncias decisrias dos organismos internacionais,como forma de reforar a soluo pacfica de controvrsias e sua confiana nos princpios e normas do DireitoInternacional. No entanto, no prudente conceber um pas sem capacidade de defesa compatvel com suaestatura e aspiraes polticas.
4.8 A Constituio Federal de 1988 tem como um de seus princpios, nas relaes internacionais, o repdio
ao terrorismo.
O Brasil considera que o terrorismo internacional constitui risco paz e segurana mundiais. Condenaenfaticamente suas aes e apia as resolues emanadas pela ONU, reconhecendo a necessidade de que asnaes trabalhem em conjunto no sentido de prevenir e combater as ameaas terroristas.
4.9 O Brasil atribui prioridade aos pases da Amrica do Sul e da frica, em especial aos da frica Australe aos de lngua portuguesa, buscando aprofundar seus laos com esses pases.
4.10 A intensificao da cooperao com a Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (CPLP),integrada por oito pases distribudos por quatro continentes e unidos pelos denominadores comuns da histria,da cultura e da lngua, constitui outro fator relevante das nossas relaes exteriores.
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4.11 O Brasil tem laos de cooperao com pases e blocos tradicionalmente aliados que possibilitam atroca de conhecimento em diversos campos. Concomitantemente, busca novas parcerias estratgicas com naesdesenvolvidas ou emergentes para ampliar esses intercmbios.
4.12 O Brasil atua na comunidade internacional respeitando os princpios constitucionais de
autodeterminao, no-interveno e igualdade entre os Estados. Nessas condies, sob a gide de organismosmultilaterais, participa de operaes de paz, visando a contribuir para a paz e a segurana internacionais.
4.13 A persistncia de entraves paz mundial requer a atualizao permanente e o reaparelhamentoprogressivo das nossas Foras Armadas, com nfase no desenvolvimento da indstria de defesa, visando reduo da dependncia tecnolgica e superao das restries unilaterais de acesso a tecnologias sensveis.
4.14 Em consonncia com a busca da paz e da segurana internacionais, o Pas signatrio do Tratado deNo-Proliferao de Armas Nucleares e destaca a necessidade do cumprimento do Artigo VI, que prev anegociao para a eliminao total das armas nucleares por parte das potncias nucleares, ressalvando o uso datecnologia nuclear como bem econmico para fins pacficos.
4.15 O contnuo desenvolvimento brasileiro traz implicaes crescentes para o campo energtico comreflexos em sua segurana. Cabe ao Pas assegurar matriz energtica diversificada que explore as potencialidadesde todos os recursos naturais disponveis.
5. OBJETIVOS DA DEFESA NACIONAL
As relaes internacionais so pautadas por complexo jogo de atores, interesses e normas que estimulam oulimitam o poder e o prestgio das Naes. Nesse contexto de mltiplas influncias e de interdependncia, os
pases buscam realizar seus interesses nacionais, podendo gerar associaes ou conflitos de variadasintensidades.
Dessa forma, torna-se essencial estruturar a Defesa Nacional de modo compatvel com a estatura poltico-estratgica para preservar a soberania e os interesses nacionais em compatibilidade com os interesses da nossaregio. Assim, da avaliao dos ambientes descritos, emergem objetivos da Defesa Nacional:
I - a garantia da soberania, do patrimnio nacional e da integridade territorial;
II - a defesa dos interesses nacionais e das pessoas, dos bens e dos recursos brasileiros no exterior;
III - a contribuio para a preservao da coeso e unidade nacionais;
IV - a promoo da estabilidade regional;
V - a contribuio para a manuteno da paz e da segurana internacionais; e
VI - a projeo do Brasil no concerto das naes e sua maior insero em processos decisriosinternacionais.
6. ORIENTAES ESTRATGICAS
6.1 A atuao do Estado brasileiro em relao defesa tem como fundamento a obrigao de contribuirpara a elevao do nvel de segurana do Pas, tanto em tempo de paz, quanto em situao de conflito.
6.2 A vertente preventiva da Defesa Nacional reside na valorizao da ao diplomtica como instrumento
primeiro de soluo de conflitos e em postura estratgica baseada na existncia de capacidade militar comcredibilidade, apta a gerar efeito dissuasrio.
Baseia-se, para tanto, nos seguintes pressupostos bsicos:
I - fronteiras e limites perfeitamente definidos e reconhecidos internacionalmente;
II - estreito relacionamento com os pases vizinhos e com a comunidade internacional baseado na confianae no respeito mtuos;
III - rejeio guerra de conquista;
IV - busca da soluo pacfica de controvrsias;
V - valorizao dos foros multilaterais;
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VI - existncia de foras armadas modernas, balanceadas e aprestadas; e
VII - capacidade de mobilizao nacional.
6.3 A vertente reativa da defesa, no caso de ocorrer agresso ao Pas, empregar todo o poder nacional, comnfase na expresso militar, exercendo o direito de legtima defesa previsto na Carta da ONU.
6.4 Em conflito de maior extenso, de forma coerente com sua histria e o cenrio vislumbrado, o Brasilpoder participar de arranjo de defesa coletiva autorizado pelo Conselho de Segurana da ONU.
6.5 No gerenciamento de crises internacionais de natureza poltico-estratgica, o Governo determinar aarticulao dos diversos setores envolvidos. O emprego das Foras Armadas poder ocorrer de diferentesformas, de acordo com os interesses nacionais.
6.6 A expresso militar do Pas fundamenta-se na capacidade das Foras Armadas e no potencial dosrecursos nacionais mobilizveis.
6.7 As Foras Armadas devem estar ajustadas estatura poltico-estratgica do Pas, considerando-se,dentre outros fatores, a dimenso geogrfica, a capacidade econmica e a populao existente.
6.8 A ausncia de litgios blicos manifestos, a natureza difusa das atuais ameaas e o elevado grau de
incertezas, produto da velocidade com que as mudanas ocorrem, exigem nfase na atividade de inteligncia e nacapacidade de pronta resposta das Foras Armadas, s quais esto subjacentes caractersticas, tais comoversatilidade, interoperabilidade, sustentabilidade e mobilidade estratgica, por meio de foras leves e flexveis,aptas a atuarem de modo combinado e a cumprirem diferentes tipos de misses.
6.9 O fortalecimento da capacitao do Pas no campo da defesa essencial e deve ser obtido com oenvolvimento permanente dos setores governamental, industrial e acadmico, voltados produo cientfica etecnolgica e para a inovao. O desenvolvimento da indstria de defesa, incluindo o domnio de tecnologias deuso dual, fundamental para alcanar o abastecimento seguro e previsvel de materiais e servios de defesa.
6.10 A integrao regional da indstria de defesa, a exemplo do Mercosul, deve ser objeto de medidas quepropiciem o desenvolvimento mtuo, a ampliao dos mercados e a obteno de autonomia estratgica.
6.11 Alm dos pases e blocos tradicionalmente aliados, o Brasil dever buscar outras parcerias estratgicas,visando a ampliar as oportunidades de intercmbio e a gerao de confiana na rea de defesa.
6.12 Em virtude da importncia estratgica e da riqueza que abrigam, a Amaznia brasileira e o AtlnticoSul so reas prioritrias para a Defesa Nacional.
6.13 Para contrapor-se s ameaas Amaznia, imprescindvel executar uma srie de aes estratgicasvoltadas para o fortalecimento da presena militar, efetiva ao do Estado no desenvolvimento scio-econmicoe ampliao da cooperao com os pases vizinhos, visando defesa das riquezas naturais e do meio ambiente.
6.14 No Atlntico Sul, necessrio que o Pas disponha de meios com capacidade de exercer a vigilncia ea defesa das guas jurisdicionais brasileiras, bem como manter a segurana das linhas de comunicaesmartimas.
6.15 O Brasil precisa dispor de meios e capacidade de exercer a vigilncia, o controle e a defesa do seuespao areo, a includas as reas continental e martima, bem como manter a segurana das linhas de
navegao areas.6.16 Com base na Constituio Federal e em prol da Defesa Nacional, as Foras Armadas podero ser
empregadas contra ameaas internas, visando preservao do exerccio da soberania do Estado e indissolubilidade da unidade federativa.
6.17 Para ampliar a projeo do Pas no concerto mundial e reafirmar seu compromisso com a defesa da paze com a cooperao entre os povos, o Brasil dever intensificar sua participao em aes humanitrias e emmisses de paz sob a gide de organismos multilaterais.
6.18 Com base na Constituio Federal e nos atos internacionais ratificados, que repudiam e condenam oterrorismo, imprescindvel que o Pas disponha de estrutura gil, capaz de prevenir aes terroristas e deconduzir operaes de contraterrorismo.
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6.19 Para minimizar os danos de possvel ataque ciberntico, essencial a busca permanente doaperfeioamento dos dispositivos de segurana e a adoo de procedimentos que reduzam a vulnerabilidade dossistemas e permitam seu pronto restabelecimento.
6.20 O desenvolvimento de mentalidade de defesa no seio da sociedade brasileira fundamental para
sensibiliz-la acerca da importncia das questes que envolvam ameaas soberania, aos interesses nacionais e integridade territorial do Pas.
6.21 prioritrio assegurar a previsibilidade na alocao de recursos, em quantidade suficiente, parapermitir o preparo adequado das Foras Armadas.
6.22 O emprego das Foras Armadas na garantia da lei e da ordem no se insere no contexto destedocumento e ocorre de acordo com legislao especfica.
7. DIRETRIZES
7.1 As polticas e aes definidas pelos diversos setores do Estado brasileiro devero contribuir para aconsecuo dos objetivos da Defesa Nacional. Para alcan-los, devem-se observar as seguintes diretrizesestratgicas:
I - manter foras estratgicas em condies de emprego imediato, para a soluo de conflitos;
II - dispor de meios militares com capacidade de salvaguardar as pessoas, os bens e os recursos brasileirosno exterior;
III - aperfeioar a capacidade de comando e controle e do sistema de inteligncia dos rgos envolvidos naDefesa Nacional;
IV - incrementar a interoperabilidade entre as Foras Armadas, ampliando o emprego combinado;
V - aprimorar a vigilncia, o controle e a defesa das fronteiras, das guas jurisdicionais e do espao areodo Brasil;
VI - aumentar a presena militar nas reas estratgicas do Atlntico Sul e da Amaznia brasileira;
VII - garantir recursos suficientes e contnuos que proporcionem condies efetivas de preparo e empregodas Foras Armadas e demais rgos envolvidos na Defesa Nacional, em consonncia com a estatura poltico-estratgica do Pas;
VIII - aperfeioar processos para o gerenciamento de crises de natureza poltico-estratgica;
IX - implantar o Sistema Nacional de Mobilizao e aprimorar a logstica militar;
X - proteger as linhas de comunicaes martimas de importncia vital para o Pas;
XI - dispor de estrutura capaz de contribuir para a preveno de atos terroristas e de conduzir operaes decontraterrorismo;
XII - aperfeioar os dispositivos e procedimentos de segurana que reduzam a vulnerabilidade dos sistemasrelacionados Defesa Nacional contra ataques cibernticos e, se for o caso, permitam seu prontorestabelecimento;
XIII - fortalecer a infra-estrutura de valor estratgico para a Defesa Nacional, prioritariamente a detransporte, energia e comunicaes;
XIV - promover a interao das demais polticas governamentais com a Poltica de Defesa Nacional;
XV - implementar aes para desenvolver e integrar a regio amaznica, com apoio da sociedade, visando,em especial, ao desenvolvimento e vivificao da faixa de fronteira;
XVI - incentivar a conscientizao da sociedade para os assuntos de Defesa Nacional;
XVII - estimular a pesquisa cientfica, o desenvolvimento tecnolgico e a capacidade de produo demateriais e servios de interesse para a defesa;
XVIII - intensificar o intercmbio das Foras Armadas entre si e com as universidades, instituies depesquisa e indstrias, nas reas de interesse de defesa;
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XIX - atuar para a manuteno de clima de paz e cooperao nas reas de fronteira;
XX - intensificar o intercmbio com as Foras Armadas das naes amigas, particularmente com as daAmrica do Sul e as da frica, lindeiras ao Atlntico Sul;
XXI - contribuir ativamente para o fortalecimento, a expanso e a consolidao da integrao regional com
nfase no desenvolvimento de base industrial de defesa;XXII - participar ativamente nos processos de deciso do destino da regio Antrtica;
XXIII - dispor de capacidade de projeo de poder, visando eventual participao em operaesestabelecidas ou autorizadas pelo Conselho de Segurana da ONU;
XXIV - criar novas parcerias com pases que possam contribuir para o desenvolvimento de tecnologias deinteresse da defesa;
XXV - participar de misses de paz e aes humanitrias, de acordo com os interesses nacionais; e
XXVI - participar crescentemente dos processos internacionais relevantes de tomada de deciso,aprimorando e aumentando a capacidade de negociao do Brasil.
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4533.htm
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UNIDADE IVO PODER EXECUTIVO, SEGURANA E DEFESA O
MINISTRIO DA DEFESA E OUTROS RGOS
RELACIONADOS
1) Histrico
2) A necessidade de criao do Ministrio da Defesa
3) Atribuies do Ministrio
4) Estrutura
5)Dificuldades
6) Perspectivas
7) Outros rgos do sistema Servios de segurana
rgos de inteligncia
GSI
MJ
CREDEN
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TEXTOS:HISTRICO DO MINISTRIO DA DEFESA
So raros os pases que atualmente no renem suas Foras Armadas sob um nicorgo de defesa, subordinado ao Chefe do Poder Executivo. No Brasil, as trs Foras
Armadas mantinham-se em ministrios independentes, at a criao oficial do Ministrio da
Defesa em 10 de junho de 1999.
A discusso sobre a criao de um Ministrio da Defesa - integrando a Marinha, o
Exrcito e a Aeronutica - vem desde meados do sculo passado. A Constituio de 1946 j
citava a criao de um Ministrio nico, que resultou na instituio do Estado-Maior das
Foras Armadas (EMFA), poca, chamado de Estado-Maior Geral.O Presidente da Repblica Marechal Castelo Branco defendia a tese da criao de um
Ministrio da Defesa. Ele assinou o Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, que previa a
promoo de estudos para elaborar o projeto de lei de criao do Ministrio das Foras
Armadas. No entanto, a proposta foi abandonada.
Durante a Assemblia Nacional Constituinte de 1988, o assunto voltou discusso,
mas no prosperou. Finalmente em 1995, o Presidente da Repblica Fernando Henrique
Cardoso declarou que, em seu plano de governo, estava prevista a discusso para criao doMinistrio da Defesa.
O Presidente Fernando Henrique Cardoso pretendia criar o Ministrio ainda no
primeiro mandato. A idia era otimizar o sistema de defesa nacional, formalizar uma poltica
de defesa sustentvel e integrar as trs Foras, racionalizando as suas atividades.
Durante os anos de 1995/96, o EMFA, responsvel pelos estudos sobre a criao do
Ministrio da Defesa, constatou que, entre 179 pases, apenas 23 no possuam Foras
Armadas integradas por um nico Ministrio. Desses 23 pases, apenas trs, entre eles o
Brasil, possuam dimenses polticas para justificar a criao de um Ministrio da Defesa,
como extenso territorial e Foras Armadas treinadas e estruturadas.
Os Ministrios da Defesa da Alemanha, da Argentina, do Chile, da Espanha, dos EUA,
da Frana, da Gr-Bretanha, da Itlia e de Portugal foram escolhidos para anlise aprofundada
porque possuam algum tipo de identificao com o Brasil, como extenso territorial,
populao, efetivo das Foras Armadas, entre outros fatores.
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Para dar continuidade aos estudos de criao, o Presidente Fernando Henrique
Cardoso criou o Grupo de Trabalho Interministerial que definiu as diretrizes para implantao
do Ministrio da Defesa. Reeleito, o Presidente nomeou o senador Elcio lvares ministro
Extraordinrio da Defesa, em 1 de janeiro de 1999. O senador foi o responsvel pela
implantao do rgo.
Mas somente em 10 de junho de 1999, o Ministrio da Defesa foi oficialmente criado,
o Estado-Maior das Foras Armadas extinto e os Ministrios da Marinha, do Exrcito e da
Aeronutica transformados em Comandos.
Extrado da pgina do Ministrio da Defesa: https://www.defesa.gov.br/conheca_md/index.php?page=historico(acesso em 31/08/2009)
O QUE O MD
O Ministrio da Defesa (MD) o rgo do Governo Federal incumbido de exercer a direo
superior das Foras Armadas, constitudas pela Marinha, pelo Exrcito e pela Aeronutica.
Uma de suas principais tarefas o estabelecimento de polticas ligadas Defesa e Segurana
do Pas, caso da Poltica de Defesa Nacional (PDN), atualizada em julho de 2005. Criado em
10 de junho de 1999, o MD o principal articulador de aes que envolvam mais de uma
Fora Singular.
O MD tem sob sua responsabilidade uma vasta e diversificada gama de assuntos, alguns dos
quais de grande sensibilidade e complexidade, como, por exemplo, as operaes militares; o
oramento de defesa; poltica e estratgia militares; e o servio militar.
A estrutura organizacionaldo MD contempla cinco grandes segmentos, a saber: o Estado-
Maior de Defesa (EMD); a Secretaria de Poltica, Estratgia e Assuntos Internacionais
(SPEAI); a Secretaria de Logstica, Mobilizao, Cincia e Tecnologia (SELOM); a
Secretaria de Organizao Institucional (SEORI); e a Secretaria de Estudos e de Cooperao
(SEC).
Integra ainda a estrutura do MD, na qualidade de rgo subordinado, a Escola Superior de
Guerra (ESG), centro de excelncia em estudos de alto nvel sobre defesa nacional, que se
localiza na histrica Fortaleza de So Joo, no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro-RJ.
A poltica de aviao civil tambm ocupa a agenda de atribuies do MD. Atualmente, o
Ministrio gerencia a transio do Departamento de Aviao Civil (DAC), rgo que regula a
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https://www.defesa.gov.br/conheca_md/index.php?page=historicohttps://www.defesa.gov.br/estrutura/index.phphttps://www.defesa.gov.br/estrutura/index.phphttps://www.defesa.gov.br/conheca_md/index.php?page=historicohttps://www.defesa.gov.br/estrutura/index.php -
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aviao civil brasileira, para a Agncia Nacional de Aviao Civil (ANAC), que ser
vinculada ao Ministrio. Na administrao dos aeroportos est a Infraero - Empresa de Infra-
estrutura Aeroporturia, estatal brasileira tambm vinculada ao MD.
O detalhamento da estrutura regimental do MD bem como a competncia dos rgos que o
integram encontra-se no Decreto 5.201, de 2 de setembro de 2004.
Extrado da pgina do Ministrio da Defesa: https://www.defesa.gov.br/conheca_md/index.php?page=oquee
(acesso em 31/08/2009).
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https://www.defesa.gov.br/conheca_md/index.php?page=oqueehttps://www.defesa.gov.br/conheca_md/index.php?page=oquee -
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ORGANOGRAMA DO MD
Fonte: https://www.defesa.gov.br/estrutura/index.php (acesso em 13/10/2006).
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UNIDADE VO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
O que ?
Histrico
Atribuies
Composio
O papel do Parlamento no CDN
Constituio Federal:
DO CONSELHO DA REPBLICA E DO CONSELHO DE DEFESANACIONAL
Subseo IDo Conselho da Repblica
Art. 89. O Conselho da Repblica rgo superior de consulta do
Presidente da Repblica, e dele participam:I - o Vice-Presidente da Repblica;II - o Presidente da Cmara dos Deputados;III - o Presidente do Senado Federal;IV - os lderes da maioria e da minoria na Cmara dos Deputados;V - os lderes da maioria e da minoria no Senado Federal;VI - o Ministro da Justia;VII - seis cidados brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de
idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da Repblica, dois eleitos peloSenado Federal e dois eleitos pela Cmara dos Deputados, todos com mandatode trs anos, vedada a reconduo.
Art. 90. Compete ao Conselho da Repblica pronunciar-se sobre:I - interveno federal, estado de defesa e estado de stio;II - as questes relevantes para a estabilidade das instituies
democrticas. 1 - O Presidente da Repblica poder convocar Ministro de Estado para
participar da reunio do Conselho, quando constar da pauta questorelacionada com o respectivo Ministrio.
2 - A lei regular a organizao e o funcionamento do Conselho daRepblica.
Subseo IIDo Conselho de Defesa Nacional
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Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional rgo de consulta do Presidenteda Repblica nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa doEstado democrtico, e dele participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da Repblica;
II - o Presidente da Cmara dos Deputados;III - o Presidente do Senado Federal;IV - o Ministro da Justia;
V - os Ministros militares;V - o Ministro de Estado da Defesa;(Redao dada pela Emenda
Constitucional n 23, de 1999)VI - o Ministro das Relaes Exteriores;VII - o Ministro do Planejamento.VIII - os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica.
(Includo pela Emenda Constitucional n 23, de 1999) 1 - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipteses de declarao de guerra e de celebrao da paz,nos termos desta Constituio;
II - opinar sobre a decretao do estado de defesa, do estado de stio e dainterveno federal;
III - propor os critrios e condies de utilizao de reas indispensveis segurana do territrio nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmentena faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservao e a explorao dosrecursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativasnecessrias a garantir a independncia nacional e a defesa do Estadodemocrtico.
2 - A lei regular a organizao e o funcionamento do Conselho deDefesa Nacional.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art91vhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art91vhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art91viiihttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art91vhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art91vhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art91viii -
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Presidncia da RepblicaSubchefia para Assuntos Jurdicos
LEI N 8.183, DE 11 DE ABRIL DE 1991.
Dispe sobre a organizao e o funcionamento doConselho de Defesa Nacional e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 O Conselho de Defesa Nacional (CDN), rgo de Consulta doPresidente da Repblica nos assuntos relacionados com a soberania nacional ea defesa do estado democrtico, tem sua organizao e funcionamentodisciplinados nesta lei.
Pargrafo nico. Na forma do 1 do art. 91 da Constituio, compete aoConselho de Defesa Nacional:
a) opinar nas hipteses de declarao de guerra e de celebrao de paz;
b) opinar sobre a decretao do estado de defesa, do estado de stio e dainterveno federal;
c) propor os critrios e condies de utilizao das reas indispensveis segurana do territrio nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmentena faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservao e a explorao dosrecursos naturais de qualquer tipo;
d) estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativasnecessrias a garantir a independncia nacional e a defesa do estadodemocrtico.
Art. 2 O Conselho de Defesa Nacional presidido pelo Presidente daRepblica e dele participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da Repblica;
II - o Presidente da Cmara dos Deputados;
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http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.183-1991?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.183-1991?OpenDocument -
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III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justia;
V - o Ministro da Marinha;
VI - o Ministro do Exrcito;
VII - o Ministro das Relaes Exteriores;
VIII - o Ministro da Aeronutica;
IX - o Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento.
1 O Presidente da Repblica poder designar membros eventuais para
as reunies do Conselho de Defesa Nacional, conforme a matria a serapreciada.
2 O Conselho de Defesa Nacional poder contar com rgoscomplementares necessrios ao desempenho de sua competnciaconstitucional.
3 O Conselho de Defesa Nacional ter uma Secretaria-Geral paraexecuo das atividades permanentes necessrias ao exerccio de suacompetncia constitucional. (Vide Medida Provisria n 2216-37, de31.8.2001)
Art. 3 O Conselho de Defesa Nacional reunir-se- por convocao doPresidente da Repblica.
Pargrafo nico. O Presidente da Repblica poder ouvir o Conselho deDefesa Nacional mediante consulta feita separadamente a cada um dos seusmembros, quando a matria no justificar a sua convocao.
Art. 4 Cabe Secretaria de Assuntos Estratgicos, rgo da Presidnciada Repblica, executar as atividades permanentes necessrias ao exerccio da
competncia do Conselho de Defesa Nacional (CDN). (Vide MedidaProvisria n 2216-37, de 31.8.2001)
Pargrafo nico. Para o trato de problemas especficos da competncia doConselho de Defesa Nacional (CDN) podero ser institudos, junto Secretariade Assuntos Estratgicos, grupos e comisses especiais, integrados porrepresentantes de rgos e entidades, pertencentes ou no administrao
pblica federal.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art2%C2%A73https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art2%C2%A73https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art4https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art4https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art2%C2%A73https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art2%C2%A73https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art4https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art4 -
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Art. 5 O exerccio da competncia do Conselho de Defesa Nacionalpautar-se- no conhecimento das situaes nacional e internacional, com vistasao planejamento e conduo poltica e da estratgia para a defesa nacional.
Pargrafo nico. As manifestaes do Conselho de Defesa Nacional serofundamentadas no estudo e no acompanhamento dos assuntos de interesse daindependncia nacional e da defesa do estado democrtico, em especial os quese refere:
I - segurana da fronteira terrestre, do mar territorial, do espao areo ede outras reas indispensveis defesa do territrio nacional;
II - quanto ocupao e integrao das reas de faixa de fronteira;
III - quanto explorao dos recursos naturais de qualquer tipo e ao
controle dos materiais de atividades consideradas do interesse da defesanacional.
Art. 6 Os rgos e entidades de Administrao Federal realizaroestudos, emitiro pareceres e prestaro toda a colaborao de que o Conselhode Defesa Nacional necessitar, mediante solicitao de sua Secretaria-Geral.(Vide Medida Provisria n 2216-37, de 31.8.2001)
Art. 7 A participao, efetiva ou eventual, no Conselho de DefesaNacional, constitui servio pblico relevante e seus membros no poderoreceber remunerao sob qualquer ttulo ou pretexto.
Art. 8 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 9 Revogam-se as disposies em contrrio.
Braslia, 11 de abril de 1991; 170 da Independncia e 103 da Repblica.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art6https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art6 -
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UNIDADE VIPODER LEGISLATIVO, SEGURANA E DEFESA.
I OS PODERES
De acordo com a Constituio de 1988,
Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio
indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo poltico.
Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos destaConstituio.
A Nossa Carta estabelece a tripartio dos poderes, de modoque:
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Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si,
o Legislativo, o Executivo e o Judicirio.
Assim, Legislativo, Executivo e Judicirio tm funes
especficas e bem delimitadas na Constituio, no podendo um poder interferir
nas competncias do outro.
Do Poder Legislativo
O TTULO IV da CF trata da Organizao dos Poderes e, emseu CAPTULO I, do PODER LEGISLATIVO.
Art. 44. O Poder Legislativo exercido pelo Congresso Nacional,
que se compe da Cmara dos Deputados e do Senado Federal.
Pargrafo nico. Cada legislatura ter a durao de quatro anos.
Art. 45. A Cmara dos Deputados compe-se de representantes do
povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada
Territrio e no Distrito Federal.
N de deputados: 513 critrio proporcional. Mandato: 4 anos
Art. 46. O Senado Federal compe-se de representantes dos
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princpio
majoritrio.
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1 - Cada Estado e o Distrito Federal elegero trs Senadores,
com mandato de oito anos.
2 - A representao de cada Estado e do Distrito Federal ser
renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois
teros.
3 - Cada Senador ser eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposio constitucional em contrrio, as
deliberaes de cada Casa e de suas Comisses sero tomadas por
maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
II - O PROCESSO LEGISLATIVO
Previsto na Constituio
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaborao de:
I - emendas Constituio;
II - leis complementares;
III - leis ordinrias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisrias;
VI - decretos legislativos;
VII - resolues.
Emendas Constituio
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Art. 60. A Constituio poder ser emendada mediante proposta:
I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos
Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da Repblica;
III - de mais da metade das Assemblias Legislativas das unidades
da Federao, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.
1 - A Constituio no poder ser emendada na vigncia de
interveno federal, de estado de defesa ou de estado de stio.
2 - A proposta ser discutida e votada em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se
obtiver, em ambos, trs quintos dos votos dos respectivos membros.
....
4 - No ser objeto de deliberao a proposta de emenda
tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e peridico;
III - a separao dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
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5 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou
havida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na
mesma sesso legislativa.
Das Leis
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a
qualquer membro ou Comisso da Cmara dos Deputados, do
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
Repblica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da Repblica e aos cidados, na
forma e nos casos previstos nesta Constituio.
1 - So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica as
leis que:
I -fixem ou modifiquem os efetivos das Foras Armadas;
II - disponham sobre:
..........
"f) militares das Foras Armadas, seu regime jurdico, provimento
de cargos, promoes, estabilidade, remunerao, reforma e
transferncia para a reserva."
III O PODER LEGISLATIVO E A DEFESA NACIONAL
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Sobre o que trataremos a seguir:
As competncias exclusivas do Congresso Nacional para tratar
de temas relacionados Defesa;
A competncia privativa da Unio para legislar sobre assuntos
referentes Defesa e Mobilizao Nacional;
O papel fiscalizador do Congresso;
A Comisso de Relaes Exteriores e Defesa Nacional e suas
atribuies;
Outras aes dos Parlamentares que possam contribuir para o
desenvolvimento de uma cultura de defesa e mobilizao
nacional junto sociedade civil;
Proposies legislativas referentes Defesa.
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1 - O SENADO FEDERAL, A COMISSO DE RELAES
EXTERIORES E DEFESA NACIONAL
O tema Defesa Nacional motivo de grande preocupao, nos
meios polticos e no mbito dos partidos, e envolve assunto de grande
importncia, nos plenrios das duas Casas do Congresso Nacional e em suas
comisses temticas.
A Segurana e a Defesa Nacional do Brasil so temas a respeito
dos quais a responsabilidade do Poder Legislativo clara.
A Constituio Federal prev o papel de destaque do Congresso
Nacional em termos competncia para legislar e participar de temas
relacionados Defesa.
O art. 49 da Constituio Federal de 1988 claro ao estabelecer,
logo em seus primeiros incisos, as competncias exclusivas do Congresso
Nacional:
Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional:...............................................................................II autorizar o Presidente da Repblica a declarar guerra, a
celebrar a paz, a permitir que foras estrangeiras transitem peloterritrio nacional ou nele permaneam temporariamente,ressalvados os casos previstos em lei complementar;
.............................................................................IV aprovar o estado de defesa e a interveno federal,
autorizar o estado de stio, ou suspender qualquer uma dessasmedidas;
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................................................................
Tambm em termos legislativos, a Carta Magna estabelece a
competncia privativa da Unio para legislar sobre assuntos referentes
Defesa e Mobilizao Nacional, conforme disposto em seu art. 22:
Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre:
.................................................................................
III requisies civis e militares, em caso de iminente perigo
e em tempo de guerra;.................................................................................
IX diretrizes da poltica nacional de transportes;
X regime dos portos, navegao lacustre, fluvial, martima,area e aeroespacial;
XI trnsito e transporte;
.................................................................................
XXI normas gerais de organizao, efetivos, materialblico, garantias, convocao e mobilizao das polcias militares ecorpos de bombeiros militares;
...............................................................................
XXVIII defesa territorial, defesa aeroespacial, defesamartima, defesa civil e mobilizao nacional;
................................................................................
O Congresso Nacional tem ainda importante papel fiscalizador dos
atos do Poder Executivo, de acordo com o art. 49 da Constituio:
Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional:
.................................................................................
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X fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer desuas Casas, os atos do Poder Executivo, includos os daadministrao indireta;
.................................................................................
Tambm em razo sua competncia fiscalizadora, a Cmara dos
Deputados e o Senado Federal podem convocar autoridades pblicas a
comparecerem s Casas para prestar esclarecimentos sobre assuntos de
competncia dessas autoridades. Isso previsto no art. 50 da Constituio:
Art. 50. A Cmara dos Deputados e o Senado Federal, ouqualquer de suas Comisses, podero convocar Ministro deEstado ou quaisquer titulares de rgos diretamente subordinados Presidncia da Repblica para prestarem, pessoalmente,informaes sobre assunto previamente determinado, importandocrime de responsabilidade a ausncia sem justificao adequada.
1 Os Ministros de Estado podero comparecer ao SenadoFederal, Cmara dos Deputados, ou a qualquer de suas
Comisses, por sua iniciativa e mediante entendimentos com aMesa respectiva, para expor assunto de relevncia de seuMinistrio.
.............................................................................
Alm das competncias legislativa e fiscalizadora, o Congresso
Nacional o mais significativo foro da Repblica para a discusso de temas
de relevncia nacional, em defesa dos cidados, das instituies democrticas e
dos poderes constitucionais.
Uma vez que a defesa e mobilizao nacional so assunto de
extrema importncia para o Pas, o Poder Legislativo deve estar atento a esse
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tema, discutindo e aprovando leis referentes a esses temas e promovendo a
cultura de Defesa junto sociedade civil.
Nesse sentido, a realizao de audincias pblicas, com a
convocao de autoridades ou o convite a qualquer cidado para
comparecer perante as Comisses de ambas as Casas e do Congresso
Nacional, constituem instrumentos de grande valor para o estmulo ao
debate e aos esclarecimentos em temas muitas vezes hermticos para a
sociedade brasileira em geral.
Assim, o Congresso Nacional ator de destaque nas discusses que
dizem respeito Defesa Nacional, soberania do nosso Pas e a nossa
autodeterminao.
Para que os militares das trs armas consigam cumprir realmente o
papel de defensores dos interesses maiores da Ptria, preciso que se estabelea,
entre o meio militar e o conjunto da sociedade, uma perfeita integrao e uma
maior cooperao: um s corpo e fortalecer esse organismo com os mesmos
objetivos que j esto, inclusive, expressos em nossa Carta Constitucional e que
precisam ser respeitados.
O Legislativo tem sido um protagonista importante como debatedor
do tema da Defesa Nacional e autor de inmeros projetos sobre o assunto que
esto tramitando nas instncias formais e sendo discutidos em reunies de alto
nvel, com a presena de professores, pesquisadores e especialistas.
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Alm disso, o Congresso tem promovido vrios seminrios para
discutir questes estratgicas, como o Sistema de Proteo da Amaznia
(SIPAM), o Sistema de Vigilncia da Amaznia (SIVAM), a reativao deprojetos importantes como o Programa Calha Norte, a integrao com os pases
amaznicos, a sada para o Pacfico, a dinamizao das hidrovias, a questo da
biodiversidade, o reequipamento das Foras Armadas, o projeto F/X da
Aeronutica e inmeras outras matrias que dizem respeito diretamente Defesa
Nacional.
Ademais, o Presidente do Senado e o Presidente da Cmara so
membros natos do Conselho de Defesa Nacional, rgo de consulta do
Presidente da Repblica nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a
defesa do Estado democrtico.
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2 - AS COMISSES DE RELAES EXTERIORES DE DEFESANACIONAL DO SENADO FEDERAL E DA CMARA DOS
DEPUTADOS
Cada casa Legislativa possui suas Comisses encarregadas dos
temas relativos a Relaes Exteriores e Defesa Nacional. No Senado Federal, a
Comisso de Relaes Exteriores e Defesa Nacional (CRE) composta por
19 membros titulares e 19 suplentes, tendo entre suas competncias, na forma
do art. 103 do Regimento Interno do Senado, emitir parecer, entre outros temas,
sobre:
Art. 103. .............................................................
I proposies referentes aos atos e relaes internacionais(Const., art. 49, I) e ao Ministrio das Relaes Exteriores;
II comrcio exterior;
................................................................................
IV requerimentos de votos de censura, de aplauso ousemelhante, quando se refiram a acontecimentos ou atos pblicosinternacionais;
V Foras Armadas de terra, mar e ar, requisies militares,passagem de foras estrangeiras e sua permanncia no territrionacional, questes de fronteiras e limites do territrio nacional,espao areo e martimo, declarao de guerra e celebrao de paz(Constituio, art. 49, II);
VI assuntos referentes Organizao das Naes Unidas eentidades internacionais de qualquer natureza;
VII autorizao para o Presidente ou o Vice-Presidente daRepblica se ausentarem do territrio nacional (Constituio, art.49, III);
VIII outros assuntos correlatos.
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Pargrafo nico. A Comisso integrar, por um de seusmembros, as comisses enviadas pelo Senado ao exterior, emassuntos pertinentes poltica externa do Pas.
Na Cmara dos Deputados, h a CREDEN, cujas competncias esto
previstas no art. 32 do Regimento Interno da Cmara dos Deputados:
Art. 32..................................................................
XI - Comisso de Relaes Exteriores e de Defesa Nacional:
......
f) poltica de defesa nacional; estudos estratgicos e
atividades de informao e contra-informao; segurana pblicae seus rgos institucionais;
g) Foras Armadas e Auxiliares; administrao pblica
militar, servio militar e prestao civil alternativa; passagem de
foras estrangeiras e sua permanncia no territrio nacional;
envio de tropas para o exterior;
h) assuntos atinentes faixa de fronteiras e reas
consideradas indispensveis defesa nacional;
i) direito militar e legislao de defesa nacional; direitomartimo, aeronutico e espacial;
j) litgios internacionais; declarao de guerra; condies de
armistcio ou de paz; requisies civis e militares em caso de
iminente perigo e em tempo de guerra;
l) assuntos atinentes preveno, fiscalizao e combate ao
uso de drogas e ao trfico ilcito de entorpecentes;
m) outros assuntos pertinentes ao seu campo temtico;
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3 O CONGRESSO e A MOBILIZAO NACIONAL
Partimos do princpio que Mobilizao Nacional o conjunto de
atividades planejadas, orientadas e empreendidas pelo Estado, desde a
situao de normalidade, complementando a Logstica Nacional, com o
propsito de capacitar o Pas a realizar aes estratgicas, no campo da
Defesa Nacional, em face de estado de guerra ou na iminncia de agresso
armada estrangeira.
Percepo de ameaas: um pas como o nosso, com dimenses
continentais, em virtude de suas caractersticas scio-econmicas, de suas
riquezas naturais e de suas pretenses como Potncia, no pode descuidar de
defesa e de mecanismos de mobilizao em caso de conflito e calamidades.
Como o Congresso pode participar diretamente do desenvolvimento
de uma cultura de mobilizao nacional?
Sabe-se que a Mobilizao Nacional composta de duas fases, o
Preparo e a Execuo. O Preparo o conjunto de atividades planejadas,
orientadas e empreendidas pelo Estado, desde a situao de normalidade,
visando a facilitar a execuo da Mobilizao Nacional. por meio dessa
fase que se contribui para o fortalecimento do Poder Nacional, influenciando-se
as programaes de desenvolvimento e criando-se condies que permitam,
concretizada a situao de emergncia, um eficiente e eficaz aproveitamento do
poder e do potencial nacional.
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A outra fase da Mobilizao Nacional, a Execuo, compreende o
conjunto de atividades que, aps decretada a mobilizao, so
empreendidas pelo Estado, de modo acelerado e compulsrio, a fim detransferir meios existentes e promover a produo e obteno oportuna de
meios adicionais entre os componentes das Expresses do Poder Nacional.
Nessa fase, a Nao deve estar apta a transferir meios e expandir a produo de
recursos adicionais, de forma acelerada e compulsria, pois uma resposta
concreta e imediata no atendimento das necessidades imperiosa para dissuadir
ou minimizar a causa da situao de emergncia.
Ora, o Poder Legislativo pode ter uma participao importante na
fase do Preparo, por meio tanto da produo legislativa de normas que
contribuam para a eficincia e eficcia da mobilizao nacional, quanto pela
possibilidade que se tem nas Casas do Congresso de se estimular o debate e a
informao da sociedade acerca de tema to relevante. O Poder Legislativo
pode, ainda fiscalizar e cobrar do Poder Executivo aes concretas orientadas agarantir a clere estruturao de um sistema de mobilizao nacional capaz de
ser eficientemente acionado.
Na fase de Execuo, por sua vez, o Congresso Nacional deve-se
fazer presente, tanto por meio de suas atividades legislativas que avaliem as
medidas emergenciais para assegurar a execuo da mobilizao nacional,
quanto garantindo a preservao das instituies, das garantias constitucionais e
do Estado democrtico de Direito.
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IV CONCLUSES
Assim, a prpria legislao brasileira deixa clara a importncia do
Poder Legislativo Defesa Nacional do Pas. E quanto mais o Brasil busque
fortalecer seu Poder Nacional e ocupar o seu devido papel no Concerto das
Naes, mais importante se faz o conhecimento, na esfera do Legislativo, dos
principais temas de Defesa, entre os quais a Mobilizao Nacional se destaca.
Ademais, as rpidas transformaes que tm marcado a Sociedade
Internacional na ltima dcada elevam a preocupao com a Segurana aprimeiro plano na agenda dos pases.
Nesse sentido, alm advento das chamadas novas ameaas, dentre as
quais destacam-se o terrorismo e o crime organizado, a possibilidade ainda
existente de ocorrncia de conflitos nos moldes tradicionais sej