apostila contabilidade geral_2012[1]
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Apostila de Contabilidade GeralTRANSCRIPT
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DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL
ELABORAÇÃO:
ANA MARIA FERREIRA GOMES, MSC.
EDILEUZA LOBATO DA CUNHA, MSC.
MANAUS/AM
JUNHO/2012
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PARTE I
CONTABILIDADE
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CAPÍTULO I
1. ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
1.1 CONCEITO
Conforme G. Barreto (2011), o estudo organizado de qualquer assunto deve
começar por sua definição. Desse modo, torna-se inevitável a pergunta:
O que é Contabilidade?
Ribeiro (2011) conceitua a contabilidade como uma ciência que estuda o
patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as
técnicas necessárias ao controle, à exposição e a análise dos elementos
patrimoniais e suas modificações.
O 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924, definiu a
Contabilidade como: “A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de
controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica.”
1.2 OBJETO DA CONTABILIDADE
O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-
administrativas.
1.3 OBJETIVO (FINALIDADE) DA CONTABILIDADE
O objetivo da contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio e de suas
variações visando ao fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada
de decisões econômicas.
Dentre as informações destacam-se aquelas de natureza econômica e
financeira. As de natureza econômica compreendem, principalmente, os fluxos de
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receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízo, e são responsáveis pelas
variações no patrimônio Líquido. As de natureza financeira abrangem principalmente
os fluxos de caixa e do capital de giro. (RIBEIRO, 2011)
1.4 ASPECTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO DO PATRIMÔN IO
A contabilidade estuda o patrimônio nos seus aspectos qualitativos e
quantitativos. O aspecto qualitativo refere-se à expressão dos componentes
patrimoniais segundo a natureza de cada um. Trata do detalhamento desses
componentes, segundo a sua espécie. O aspecto quantitativo refere-se à expressão
dos componentes patrimoniais em termos monetários.
1.5 USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Compreendem todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou
indiretamente, tenham interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da
entidade, como titulares (empresas individuais), sócios ou acionistas (empresas
societárias), administradores, governo (fisco), fornecedores, clientes, investidores
que atuam no mercado de capitais, bancos etc.
1.6 TÉCNICAS CONTÁBEIS
De acordo com Ribeiro (2011), são inúmeras as técnicas realizadas pela
contabilidade. Veja as mais expressivas:
� Escrituração – consiste no registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e
Contas Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos
administrativos relevantes que ocorrem no dia-a-dia das empresas:
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� Demonstrações contábeis – são os relatórios (quadros) técnicos que apresentam
dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações mais
conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do
Exercício;
� Auditoria – é a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações
contábeis, através do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos
documentos que deram origem a eles;
� Análise de balanço – (análise das demonstrações contábeis) _ compreende o
exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim
de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da
contabilidade.
� Consolidação de balanço (consolidação das demonstrações contábeis –
corresponde a unificação das demonstrações contábeis da empresa controladora
e de suas controladas, visando a apresentar a situação econômica e financeira
de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.
1.7 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
Estudar o campo de aplicação da contabilidade significa saber onde ela é
utilizada, ou seja, em que os contabilistas trabalham.
Assim, o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as entidades
econômico-administrativas.
Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os
seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim
determinado.
Quanto ao fim a que se destinam, as entidades econômico-administrativas
podem ser assim classificadas:
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a) Entidades com fins econômicos _ denominadas empresas, visam ao lucro para
preservar e/ou aumentar o patrimônio líquido. Exemplo: empresas comerciais,
industriais, agrícolas, prestadoras de serviços etc.;
b) Entidades com fins socioeconômicos – intituladas instituições, visam ao superávit
que reverterá em benefício de seus integrantes. Exemplo: associação de classe,
clubes sociais etc.
c) Entidades com fins m. Exemplo: sociais – também chamadas instituições, têm
por obrigação atender às necessidades da coletividade a que pertence. Exemplo:
a União, os Estados e os municípios.
TESTE DE FIXAÇÃO
1 ª. Identifique a alternativa correta:
1.1 O objeto da contabilidade é:
a) O Balanço Patrimonial
b) A Escrituração
c) O Patrimônio
d) A Entidade
1.2 O objetivo da contabilidade é:
a) O estudo e o controle do patrimônio e de suas variações visando ao
fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada de decisões
econômicas;
b) O patrimônio
c) A entidade
d) Fornecer informações sobre o patrimônio das entidades.
1.3 Além do estudo e do controle do patrimônio, a contabilidade tem por objetivo:
a) Desenvolver a auditoria
b) Processar a consolidação de balanços
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c) Fornecer informações acerca da movimentação do patrimônio e de suas
variações
d) Controlar o fluxo de informações políticas que interfiram na gestão do
patrimônio.
2 ª. Responda:
1.4 O que as informações de natureza econômica evidenciam?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
1.5 O que as informações de natureza financeira evidenciam?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
1.6 O que são entidades econômico-administrativas?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
1.7 O que são empresas?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
3 ª. Cite três técnicas contábeis
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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CAPÍTULO II
2. ORIGEM E FUNCIONAMENTO DAS CONTAS
2.1 CONCEITO
Ribeiro (2009) inicia o conceito de contas fazendo a seguinte indagação:
Na sua linguagem cotidiana, o que representa a palavra conta?
� Uma operação aritmética de soma, subtração, multiplicação, ou divisão;
� A conta de água e esgoto, energia elétrica ou telefone que temos de
pagar;
� Uma conta corrente bancária;
� Conta a pagar na loja, na padaria, no açougue etc.
Do ponto de vista técnico, conta é o nome dado aos componentes patrimoniais
(bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) e aos elementos de resultado
(despesas e receitas).
Até agora, quando nos referimos aos componentes patrimoniais, falamos em
elementos. Por exemplo: elemento Caixa, elemento Veículo, elemento Móveis e
Utensílios, elemento Duplicata a Pagar. Agora, não apresentaremos nada de novo;
simplesmente, quando nos referirmos aos componentes patrimoniais, não diremos
elementos e sim contas (conta Caixa, conta Veículo, conta Moveis e Utensílios,
conta Duplicata a Pagar etc.).
Para que servem as contas? É por meio das contas que a contabilidade
consegue desempenhar seu papel de registrar e controlar todos os acontecimentos
responsáveis pela gestão do patrimônio. Por isso, elas são tratadas com muita
atenção pelos contabilistas.
Imagine a conta como sendo uma caixa, ficha ou ainda arquivo no qual o
contabilista armazena os dados correspondentes à movimentação de entradas e
saídas de valores de cada um dos elementos patrimoniais ou de resultados. Há uma
conta para cada elemento, a conta Caixa por exemplo, é uma das mais
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movimentadas no dia-a-dia das empresas em geral: ocorrem constantemente
entradas e saídas de dinheiro no Caixa. Pois bem, todos os fatos correspondentes a
essas entradas e saídas de dinheiro ficam registrados no arquivo (caixa, ficha) para
cada elemento, seja ele do grupo dos bens, dos direitos, das obrigações, do
Patrimônio Líquido, das despesas seja das receitas.
Portanto, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis
pela gestão do seu patrimônio, como as compras, as vendas os pagamentos, os
recebimentos etc., são registrados por meio das contas em livros próprios.
NOTA:
� Para a contabilidade, os títulos das contas são considerados nomes próprios, motivo pelo
qual, a partir daqui, são escritos sempre com letras maiúsculas, critério adotado parcialmente
no capítulo anterior.
2.2 FUNÇÃO DAS CONTAS
Para Ribeiro (2009), Função é a missão da conta, a razão de sua existência,
para que ela serve.
As contas exercem papel de grande importância no processo contábil. Por
meio delas a contabilidade controla a movimentação de todos os componentes
patrimoniais (contas patrimoniais), extrapatrimoniais (contas de compensação) e das
variações do patrimônio Líquido (contas de resultado).
Usando as contas, a contabilidade atinge sua principal finalidade: suprir os
usuários de informações acerca do patrimônio e de suas variações.
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
As contas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. Daremos
prioridade, neste momento, ao que as divide em dois grupos (teoria patrimonialista):
(RIBEIRO, 2011)
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2.3.1 Contas Patrimoniais
Já estudamos as contas patrimoniais: são aquelas que representam os bens,
os direitos, as obrigações e o Patrimônio Líquido. Dividem-se em ativas e passivas e
são elas que representam o patrimônio da empresa num dado momento, por meio
do Balanço Patrimonial. Veja:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens
Caixa
Veículos
Direitos
Duplicatas a Receber
Promissórias a Receber
Obrigações
Fornecedores
Duplicatas a Pagar
Patrimônio Líquido
Capital
Reservas
2.3.2 Contas de Resultado
As contas de resultados dividem-se em contas de despesas e contas de
receitas aparecem durante o exercício social, encerrando-se ao final dele. Não
fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por meio delas que ficamos sabendo se
a empresa apresentou lucro ou prejuízo no desenvolvimento de suas atividades.
2.3.2.1 Despesas
As despesas decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços.
Por exemplo: energia elétrica, materiais de limpeza (sabão, desinfetante,
vassoura, detergente), café, materiais de expediente (caneta, papel, cartuchos de
tintas para impressoras, impressos e outros), a utilização de serviços telefônicos e
diversos outros materiais consumidos.
As despesas são registradas pela contabilidade por meio das contas de
resultado. Lendo os títulos a seguir, pode-se identificar, com facilidade, o tipo de
despesa a que cada um corresponde.
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� Água e Esgoto;
� Fretes e Carretos;
� Aluguéis Passivos;
� Impostos;
� Café e Lanches;
� Juros Passivos;
� Contribuição de Previdência;
� Material de Expediente;
� Descontos Concedidos;
� Material de Limpeza;
� Despesas Bancárias;
� Prêmios de Seguros;
� Energia Elétrica;
� Salário
2.3.2.2 Receitas
As receitas decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. Existem
em número menor que as despesas, sendo as mais comuns representadas pelas
seguintes contas:
� Aluguéis Ativos;
� Receitas de Serviços;
� Descontos Obtidos;
� Vendas de Mercadorias;
� Juros Ativos.
Existem contas de resultado que podem aparecer tanto no grupo das despesas
quanto no grupo das receitas. É o caso dos aluguéis, dos juros e dos descontos.
Como saber quanto tais contas representam despesas e quanto representam
receitas?
Na língua portuguesa, existem palavras que possuem vários significados, de
acordo com o texto no qual se inserem. Deve-se assim, analisar com cuidado os
adjetivos apresentados a seguir. Veja a diferença entre uma conta de aluguéis que
representa despesa e uma conta de aluguéis que representa receita:
• A conta Aluguéis Passivos é conta de despesas
• A conta Aluguéis Ativos é conta de receita.
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A diferença está no adjetivo empregado. Note que as palavras Passivos e
Ativos não têm nenhuma ligação com Ativo e Passivo do Balanço Patrimonial.
Portanto, a palavra Ativos, colocada após a palavras Aluguéis, está sendo usada
como adjetivo, qualificando os aluguéis de positivos (logo, receita). Por outro lado, a
conta aluguéis passivos não é do Passivo; representa, sim, aluguéis negativos
((logo, despesa).
O mesmo raciocínio deve ser aplicado às contas que registram juros:
• A conta Juros Ativos é conta de receita.
• A conta Juros Passivos é conta de despesas.
NOTAS:
� A conta a ser utilizada para registro das despesas com aluguéis pode ter uma das seguintes
denominações: Aluguéis Passivos, Aluguéis Pagos, Despesas de Aluguéis ou outra
semelhante.
� A conta usada para registro das receitas com aluguéis pode receber uma das seguintes
denominações: Aluguéis Ativos, Alugues Recebidos, Receita de Aluguéis etc.
� Pode-se utilizar uma das seguintes denominações para a conta para registro das despesas
com juros: Juros Passivos, Juros Pagos, Despesas de Juros ou outra semelhante.
� Pode-se atribuir à conta de registro das receitas com juros uma das seguintes denominações:
Juros Ativos, Juros Recebidos, Receitas de Juros ou outra semelhante.
No caso dos descontos, eles são despesas quando concedidos pela empresa;
daí serem registrados na conta intitulada Descontos Concedidos. E são receitas
quando obtidos pela empresa; sendo registrados na conta Descontos Obtidos.
Veja: José, nosso cliente, vem à empresa pagar uma duplicata de nossa
emissão, no valor de R$ 1.000. Ao receber o valor da Duplicata, damos a José um
desconto de 5%. Logo, recebemos, R$ 950. Os R$ 50 que deixamos de receber,
referem-se a descontos concedidos (despesa).
Outro caso: Nossa empresa via pagar ao fornecedor, uma duplicata no valor de
R$ 5.000. Ao efetuar o pagamento, ganhamos do fornecedor um desconto de 10%.
Logo, pagamos apenas R$ 4.500. Os R$ 500, que deixamos de pagar representam,
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para nossa empresa, uma receita que será registrada por meio da conta Descontos
Obtidos.
2.4 OUTRAS INFORMAÇÕES ENVOLVENTO CONTAS
Impostos: somente o governo pode cobrar impostos. Portanto, as empresas
nunca terão receitas dessa natureza.
Os impostos mais comuns: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS),
Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
O mesmo raciocínio desenvolvido para as contas que registram os aluguéis
aplica-se também aos impostos, ressaltando-se que no caso dos impostos, como
não podem ocorrer receitas, somente duas contas figuraram na contabilidade:
Impostos (para registrar as despesas) e Impostos a pagar (para registrar as
obrigações).
Salários: os salários correspondem às remunerações pagas aos empregados,
pelos os serviços prestados por eles à empresa. Logo, salários são despesas da
empresa, nunca receitas. O mesmo raciocínio desenvolvido para os aluguéis aplica-
se também aos salários, ressaltando-se também que nesse caso apenas duas
contas aparecerão na contabilidade: Salários (contas de despesas, para acumular,
mês a mês, a despesa com salário do pessoal) e Salário a pagar (conta de
obrigação, para registrar o compromisso da empresa, enquanto não tiver sido pago).
Seguros: para efeito didático, não contabilizaremos, neste módulo, a
movimentação do patrimônio de uma empresa de seguros. Por isso, quando figurar
esse tipo de conta na nossa contabilidade, só pode ser despesa.
A despesa com seguro normalmente é contabilizada na conta de despesa
denominada Prêmios de Seguros. (RIBEIRO,2011)
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1ª. Responda:
1.1. O que são contas patrimoniais e como se dividem?
1.2 O que são contas de resultados e como se dividem?
2ª. Leia com atenção as afirmativas e escolha a alternativa correta:
I. As receitas decorrem do consumo de bens e da prestação de serviços. II. As
despesas decorrem da venda de bens e do consumo de serviços.
III. As contas patrimoniais servem para apurar o resultado do exercício. IV. Contas
do Ativo significam contas de despesas.
a) As alternativas I e a II estão corretas;
b) Somente as alternativas I e a III estão erradas;
c) Todas as alternativas estão certas;
d) Todas as alternativas estão erradas;
e) Somente a alternativas I está incorreta.
3ª. Responda:
3.1 Do ponto de vista técnico-contábil, o que é conta?
3.2 Todas as contas utilizadas pela contabilidade, segundo a teoria patrimonialista,
dividem-se em dois grupos. Quais são esses grupos?
3.3 No Ativo, as contas representam as contas representam que espécie de
elementos?
3.4 No Passivo as contas representam que espécie de elementos?
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3.5 Para que servem as contas de resultados?
3.6 O que é exercício social ou exercício contábil?
3.7 O que você entende por despesa? Cite três exemplos.
3.8 O que são receitas? Cite três exemplos.
4ª. .Escolha a alternativa correta:
4.1 Qual das contas abaixo representa despesa?
a) Aluguéis Ativos b) Aluguéis Passivos
4.2 Qual das contas representa receita?
a) Juros Ativos b) Juros Passivos
4.3 A conta Desconto Concedido é de:
a) Receita b) Despesas
4.4. A conta Descontos Obtidos é de:
a) Receita b) Despesa
5ª. Assinale a alternativa que contém somente contas de receitas:
a) Aluguéis Passivos Prêmios de Seguro e Descontos Obtidos.
b) Juros Passivos, Juros Ativos e Descontos Obtidos
c) Aluguéis Ativos, Juros Ativos e Descontos Concedidos
d) Aluguéis Pagos, Juros Ativos e Aluguéis Recebidos
e) Aluguéis Ativos, Juros Ativos, Receitas de Serviços e Descontos Obtidos.
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CAPÍTULO IV
4. PLANO DE CONTAS
4.1 CONCEITO
De acordo com Ribeiro (2009), o Plano de Contas é um conjunto de contas,
diretrizes e normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade objetivando a
uniformização dos registros contábeis. É um instrumento de grande importância no
desenvolvimento do processo contábil de uma empresa.
Cada empresa deve elaborar seu Plano de Contas sempre obedecendo aos
seus interesses e, principalmente, à legislação pertinente ao ramo de contabilidade
que exerce.
Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei
n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações).
4.2 MODELO DE PLANO DE CONTAS DE ACORDO COM A MEDID A
PROVISÓRIA DE N° 449/2008 QUE ALTEROU A LEI N° 6.40 4/1976.
ELENCO DE CONTAS:
I CONTAS PATRIMONIAIS
1. ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.01 Caixa
1.1.02 Banco conta Movimento
1.1.03 Clientes
1.1.04 Duplicatas a receber
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1.1.05 Promissórias a Receber
1.1.06 Ações em Outras Empresas
1.1.07 Estoque de Mercadorias
1.1.08 Estoque de Material de Expediente
1.1.09 Estoque de material de consumo
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.01 Duplicatas a Receber
1.2.02 Promissórias a Receber
1.2.03 Participações em outras empresas
1.2.04 Imóveis de Rendas
1.2.05 Computadores
1.2.06 Imóveis
1.2.07 Instalações
1.2.08 Veículos
1.2.09 Fundo de Comércio
2. PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.01 Fornecedores
2.1.02 Duplicatas a pagar
2.1.03 Promissórias a Pagar
2.1.04 Contribuições de Previdência a Recolher
2.1.05 FGTS a Recolher
2.1.06 Salário a Pagar
2.1.07 Impostos e Taxas a Recolher
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.01 Duplicatas a paga
2.2.02 Promissórias a Pagar
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.01 Capital
2.3.02 Reservas de Lucros
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II CONTAS DE RESULTADO
3. DESPESAS
3.1 DESPESAS OPERACIONAIS
3.1.01 Água e Esgoto
3.1.02 Aluguéis Passivos
3.1.03 Café e Lanche
3.1.04 Combustíveis
3.1.05 Contribuições de Previdência
3.1.06 Descontos Concedidos
3.1.07 Despesas Bancárias
3.1.08 Despesa de Organização
3.1.09 Encargos Sociais
3.1.10 Energia Elétrica e Comunicação
3.1.11 Fretes e Carretos
3.1.12 Impostos e Taxas
3.1.13 Juros Passivos
3.1.14 Material de Expediente
3.1.15 Material de Consumo
3.1.16 Salários
3.1.17 Despesas Eventuais
4. RECEITAS
4.1 RECEITAS OPERACIONAIS
4.1.01 Aluguéis Ativos
4.1.02 Descontos Obtidos
4.1.03 Juros Ativos
4.1.04 Receitas de Serviços
4.1.05 Receitas Eventuais
5.1. RESULTADO DO EXERCÍCIO
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5.1.01 Lucro Líquido do Exercício
5.1.02 Reservas de Lucros
CAPÍTULO V
5. MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
5.1 INTRODUÇÃO
Para Chagas (2010), esse método, que é de uso universal e foi divulgado no
século XV (1494), na cidade de Veneza, na Itália, pelo frade franciscano Luca
Pacioli, consiste no seguinte:
“Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor,
sendo que a cada debito corresponde um credito de igual valor”.
Nota:
� Apareceram novamente as palavras devedor e credor (débito e crédito), e voltamos a
alertar o leitor: procure Analisar com cuidado o que essas duas palavras representam
para a contabilidade, de acordo com o enfoque de nossas explicações, não confundindo
com os significados que essas mesmas palavras assumem em nossa linguagem
comum.
Veremos em seguida Como aplicar, na prática, o método das partidas dobradas.
5.2 LANÇAMENTO
Para Ribeiro, (2011) lançamento é o meio pelo qual se processa a
Escrituração.
Os Fatos e os Atos Administrativos são registrados por meio do lançamento,
inicialmente no livro Diário, mediante documentos que comprovem a legitimidade da
operação (Notas Fiscais, Recibos, Contratos etc.).
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5.2.1 Elementos essenciais
O lançamento, no livro Diário, é feito em ordem cronológica de dia, mês e ano,
e os elementos que o compõem obedecem a uma determinada disposição técnica.
Vejamos, agora, como se faz um lançamento no livro Diário.
Suponhamos o seguinte fato ocorrido na empresa:
Compra à vista (em dinheiro) de um armário de aço, marca Mantiqueira,
conforme nota fiscal n° 8.931, da Maquinolândia Ltda., no valor de $ 1.000.
Observe que todo lançamento deve ter os seguintes elementos essenciais:
1. Local e data da ocorrência do fato;
2. Conta a ser debitada;
3. Conta a ser creditada;
4. Histórico;
5. Valor.
Segundo Ribeiro (2009), para facilitar a elaboração do lançamento, além de
observar os cinco elementos essenciais apresentados, alguns passos devem ser
seguidos.
Nota:
� Os setes passos apresentados a seguir constituem orientações ao raciocínio seqüencial
necessário à elaboração dos lançamentos no livro Diário. Quando você estiver
familiarizado com tais procedimentos, eles serão efetuados apenas mentalmente, ou
seja, após a leitura de determinado fato, deve-se registrá-lo diretamente no Diário.
Vamos, então, aos passos:
1° passo: verificar o local e a data da ocorrência do fato. No caso do exemplo
em questão, considere sua cidade e a data de hoje.
2° passo: verificar que documento foi emitido para comprovar a operação.
Se não houver documento idôneo que comprove a ocorrência do fato, ele não
poderá ser contabilizado.
No exemplo em questão, o documento foi emitido foi à nota fiscal n° 8.931.
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3° passo: identificar, no fato, os elementos envolvidos.
Todo fato administrativo, objeto de escrituração, envolve, no mínimo, dois
elementos patrimoniais ou de resultado. Então, esse passo consiste em identificar
esses elementos.
Vamos reler o fato e encontrar o primeiro elemento: compra à vista (em
dinheiro).
Identificamos o 1° elemento: dinheiro.
Vamos procurar agora o outro elemento na leitura do mesmo fato: compra à
vista (em dinheiro) de um armário de aço.
Eis o seguinte elemento: armário de aço.
Então, os dois elementos envolvidos nesse fato são dinheiro e armário de aço.
4° passo: verificar no Elenco de Contas quais serão utilizadas para registrar
cada um dos elementos identificados no 3° passo.
Para encontrar a conta a adequada a cada elemento, raciocine assim:
a) em primeiro lugar, verifique se o elemento em questão corresponde a um
bem ou a um direito. Sendo a resposta positiva, procure a Conta adequada
no Elenco de Contas Patrimoniais que figuram do lado do Ativo, pois Bens e
Direitos encontram-se no Ativo
b) se o elemento não corresponder à bem ou a direito, verifique, então, se
corresponde à obrigação ou a elemento do grupo do Patrimônio Líquido.
Sendo a resposta positiva, procure a conta entre as contas patrimoniais que
estão do lado do Passivo, pois as obrigações e os elementos do Patrimônio
Líquido encontram-se no lado Passivo;
c) se o elemento não representar bem, direito, obrigação ou Patrimônio
Líquido, verifique se corresponde a despesa. Sendo a resposta positiva,
procure a conta adequada entre as contas de resultado, no lado das
Despesas;
d) se o elemento não representar bem, direito, obrigação, Patrimônio Líquido
ou despesa, certamente corresponderá à receita. Nesse caso, procure à
conta adequada as contas de resultado, no lado das Receitas.
Repita esse raciocínio para cada elemento indicado no 3° passo.
Veja como ficara o fato em questão:
O elemento dinheiro representa bem; logo, lendo as contas do Ativo no Elenco
de Contas, concluímos que a mais adequada para registrá-lo é a conta Caixa.
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O elemento armário de aço também; logo, lendo as contas do Ativo no Elenco
de Contas, concluímos que a mais adequada para registrá-lo é a conta Móveis e
Utensílios.
5° passo: preparar o histórico do problema.
O histórico consiste no relato do fato. Esse relato deve conter apenas as
informações necessárias para o bom esclarecimento do evento. Nunca se deve
esquecer-se de identificar a espécie e o número do documento comprobatório, a
coisa transacionada, bem como o nome da pessoa com quem se transaciona.
Veja como poderá ficar o histórico do nosso exemplo:
“Compra de um armário de aço, Mara Mantiqueira, conforme nota fiscal n°
8.931, da Maquinolândia Ltda.”.
6° passo: identificar qual conta será debitada e qual será creditada.
O segredo está em conhecer a natureza de cada conta.
Consideremos ainda que todo fato administrativo ocorre em forma de troca.
Vamos tomar, por exemplo, a compra à vista do armário de aço em questão. A
empresa recebe o armário e dá em troca o dinheiro. Daí, podemos concluir, nesta
fase de aprendizagem, que em todo evento ocorrido na empresa, envolvendo
elementos materiais, existe pelo menos um elemento que entra para a empresa,
sendo que seu valor acarretara aumento no total dos elementos patrimoniais. E
existe, também, pelo menos um elemento que sai em troca do que entrou, sendo
que seu valor provocara diminuição no total dos valores dos elementos patrimoniais.
Sendo assim, todo fato administrativo objeto de contabilização pode aumentar
e/ou diminuir o valor total dos elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio
Líquido. Para identificar mais facilmente a conta a ser debitada e a conta a ser
creditada, observe o quadro a seguir:
5.1 QUADRO AUXILIAR DA ESCRITURAÇÃO
I. Para elementos patrimoniais:
a. Toda vez que aumentar o Ativo, DEBITAR a respectiva conta.
b. Toda vez que diminuir o Ativo, CREDITAR a respectiva conta.
c. Toda vez que aumentar o Passivo, CREDITAR a respectiva conta.
d. Toda vez que diminuir o Passivo, DEBITAR a respectiva conta.
II. Para os elementos de resultado:
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e. Toda vez que ocorrer uma despesa, DEBITAR a respectiva conta.
f. Toda vez que ocorrer uma receita, CREDITAR a respectiva conta.
Veja, agora, esse mesmo quadro de maneira simplificada:
ATIVO PASSIVO
Aumento Diminuição Diminuição Aumento
Débito Crédito Débito Crédito
DESPESA RECEITA
Quando Estorno * ou Estorno ou Quando
Ocorrer encerramento encerramento ocorrer
Despesa de exercício de exercício receita
Débito Crédito Débito Crédito
NOTAS:
� As contas de despesas só serão creditadas para estorno ou encerramento de exercício.
� As contas de receitas só serão debitadas para estorno ou encerramento de exercício.
Continuando o raciocínio do nosso primeiro exemplo de lançamento, vamos,
agora, identificar a conta a ser debitada: e a conta Móveis e Utensílios, porque um
armário está entrando para o Patrimônio da empresa. Sendo o armário registrado
em conta do Ativo (Móveis e Utensílios), isso acarreta aumento do Ativo e a letra “a”
do Quadro 5.1 estabelece: toda vez que aumentar o Ativo, debitar a respectiva
conta. E a respectiva conta que, no caso, esta acarretando aumento no Ativo é a
conta Móveis e Utensílios.(RIBEIRO, 2009)
Vamos, agora, identificar a conta a ser creditada: é a conta Caixa, porque está
saindo dinheiro da empresa. Logo, diminuirá o Ativo, e a letra “b” do Quadro 5.1
estabelece: toda vez que diminuir o Ativo, creditar a respectiva conta. E a respectiva
conta que, no caso, esta acarretando diminuição no Ativo e a conta Caixa.
7˚ passo: efetuar o lançamento.
24
Antes de apresentar o lançamento devidamente escriturado, veja para que são
usadas as colunas do Diário. Lembramos mais uma vez que, para fins didáticos,
utilizaremos o livro Diário tradicional, próprio para escrituração manual, o qual
contém três colunas para valores. Como vimos, há outros modelos, os quais podem
perfeitamente utilizados.
1 2 3 4 5 6 7 8
1. Código das contas: segundo o plano de contas.
2. Número da folha do livro Razão em que foi lançada a conta.
3. Coluna reservada para a preposição “a” da conta credora.
4. Coluna reservada para os títulos das contas e para o histórico.
5. Coluna reservada para o dia e que ocorreu o fato.
6. 7. 8. Coluna destinada aos valores, sendo:
6. Para as parcelas discriminadas no histórico;
7. Para o total de cada conta, quando o lançamento for de segunda, terceira
ou quarta fórmulas.
8. Para o total do lançamento.
Veja com o lançamento deve ser efetuado no livro Diário:
São Paulo 30 de janeiro de X1
Móveis e Utensílios
A Caixa
Compra de um armário de aço
Mantiqueira, conforme nota fiscal
n.° 8.391 da Maquinolândia Ltda. 1.000
25
Observações:
� O lançamento no livro Diário denomina-se partida de Diário. Verifique que
a conta creditada no lançamento é precedida da letra “a”. A leitura do
lançamento é feita assim: Móveis e Utensílios a Caixa.
� No lançamento, uma conta é contrapartida de outra. Assim, no lançamento
apresentado, a conta Móveis e Utensílios é contrapartida da conta Caixa e
vice-versa.
� O histórico de ser resumido. Porém, de propósito, não o resumimos. Se
você tiver dificuldade para resumir, escreva todo o texto do problema; com
o tempo notará que muitas palavras poderão ser suprimidas nos
históricos, sem perda da clareza.
� Após cada lançamento, devemos encerrá-los com dois traços secionados,
abrangendo apenas as colunas destinadas ao histórico, conforme pode
ser observado no exemplo apresentado. Esses traços evitam que um
lançamento fique unido a outro, dificultando a leitura.
5.2.2 Fórmulas de Lançamentos
Conforme Ribeiro (2009), um mesmo lançamento poderá conter mais de uma
conta debitada ou mais de uma conta creditada. Daí a existência de quatro fórmulas
de lançamentos:
1ª Fórmula
“Quando aparecerem no lançamento uma conta debitada e uma conta
creditada.”
Exemplo: compra de uma casa, à vista, do Sr. Plínio de Almeida, situada na Av.
Nove de Julho n. 1.001, nesta cidade, conforme escritura passada no 5.° Tabelião,
no valor de $ 200.000.
Vamos seguir todos os passos citados anteriormente:
1º. Passo : local e data – considerar sua cidade e a data de hoje;
2º. Passo : documento emitido – escritura passada no 5.° Tabelião;
3º. Passo : elementos envolvidos – casa e dinheiro;
4º. Passo : contas a utilizar – Imóveis e Caixa;
26
5º. Passo : preparar o histórico – utilizaremos todo o texto do problema;
6º. Passo : identificar qual conta será debitada e qual será creditada.
a. Debitada: Conta Imóveis, pois estamos comprando uma casa, a qual
aumentará o nosso Ativo (letra “a” do Quadro 5.1);
b. Creditada: conta Caixa, pois, se estamos pagando em dinheiro, o
nosso Ativo diminuirá pela saída do respectivo valor da conta Caixa
(letra “b” do Quadro 5.1).
7º. Passo : efetuar o lançamento.
São Paulo 30 de janeiro de X1
1.2.04 Imóveis
1.1.01 A Caixa
Compra de uma casa, do Sr. Plínio
De Almeida, situada na Av. Nove de
Julho, n° 1.001, nesta cidade, conf.
Escritura passada no 5.° Tabelião 200.000
Observe que colocamos à esquerda de cada conta o respectivo código,
conforme consta do Elenco de contas. Como já dissemos, esse código facilita a
identificação da conta. Ele não é obrigatório e pode ser suprimido para fins didáticos,
embora seja de grande utilidade na escrituração feita por meio de processamento
eletrônico de dados.
ATIVIDADE PRÁTICA
Escriture, em partidas de Diário, os seguintes fatos administrativos:
Fato 1 – solucionado
Compra, à vista, de um automóvel, marca Ford, conforme nota fiscal n° 9.890,
da Distribuidora de Veículos Taubaté Ltda., no valor de $ 30.000.
Solução: para facilitar o raciocínio desse e dos demais lançamentos desta
atividade, pode-se rascunhá-los utilizando o seguinte esquema:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
27
Para exemplificar o uso do esquema para o raciocínio lógico do lançamento,
veja como rascunharemos o lançamento referente ao fato em questão:
Para começar, precisamos identificar os elementos envolvidos no fato. Ao ler o
fato 1, concluiremos que os elementos envolvidos são dinheiro e automóvel.
Observe como os anotamos no esquema:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Dinheiro
Automóvel
Em seguida, devemos identificar quais contas utilizaremos para registrar cada
um dos elementos. Para isso, vamos consultar o Elenco de Contas apresentado. No
caso, identificamos as contas Caixa e Veículos, as quais transcrevemos para o
esquema. Veja:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Dinheiro Caixa
Automóvel Veículos
Uma vez identificadas às contas, anotamos ao lado delas seus respectivos
valores:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Dinheiro Caixa 30.000
Automóvel Veículos 30.000
Finalizando o raciocínio, consultamos o Quadro 5.1 (Seção 5.2.1) para saber a
conta a ser debitada e a conta a ser creditada, as quais deverão ser indicadas pelas
letras D ou C. no exemplo, a conta a ser debitada é a conta Veículos, e a conta a ser
creditada é a conta Caixa. Veja como ficará o esquema ao concluirmos o raciocínio:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Dinheiro Caixa 30.000 C
Automóvel Veículos 30.000 D
28
Agora, registramos o fato no diário. Veja como ficará:
São Paulo 30 de janeiro de X1
1.2.07 Veículos
1.1.01 A Caixa
Compra de um automóvel, marca
Ford, conforme nota fiscal n°., da
Distribuidora de Veículos Taubaté Ltda. 30 000
NOTA:
� O esquema para raciocínio lógico do lançamento não constitui documento oficial do
setor de contabilidade, sendo usado apenas para facilitar o raciocínio do lançamento, o
qual deve ser, em seguida, registrado no Diário. Portanto, não se esqueça: o uso do
esquema é opcional, deixando de ser usado assim que conseguir efetuar o raciocínio
mentalmente.
Proceda conforme exemplificamos na solução do fato n° 1, para solucionar os
fatos do n° 2 ao n° 12, raciocinando inicialmente por meio do esquema e, em
seguida, efetuando o registro no Diário.
Sugerimos reservar uma folha para os esquemas e outra somente para os
lançamentos em partidas de Diário. Caso prefira utilizar folhas de cadernos comuns
para efetuar os lançamentos em partidas de Diário, risque duas ou três colunas a
direita de casa página, preservando-as para os valores. Assim, como ocorre no Livro
Diário, os históricos ficarão separados dos valores, facilitando a visualização do
lançamento(CHAGAS, 2010)
Compra, a vista, de quatro cadeiras e uma mesa para uso da empresa,
conforme nota fiscal n° 8.897, da Casa Móveis Embau S/A, no valor de $ 1.000.
Compra, a vista, de uma casa situada na Rua América, sem número, do Sr.
Pedro Moura por $ 130.000, conforme escritura passada no 13° Cartório.
Compra de um microcomputador marca informática, com HD de 80 gigabytes,
a vista, conforme nota fiscal n° 7.341, da WT Informática Ltda., no valor de $ 2.000.
Compra de um armário de aço, a vista, conforme nota fiscal n° 555, da Casa
Taubaté, no valor de $ 800,00.
29
Venda, a vista, de um automóvel, marca Ford, ao Sr. Nelson Ribeiro, por $
30.000, conforme recibo de venda de veículos n° 001.
Venda de uma mesa e quatro cadeiras, a vista, para a Indústria de Artefatos de
Couro Ltda., conforme nossa nota fiscal n° 005, no valor de $ 1.000.
Venda, a vista, de uma casa situada na Rua América, sem número, ao Sr.
Jorge Augusto Pereira, por $ 130.000, conforme escritura passada no 13° Cartório
desta cidade.
Venda de um microcomputador marca Informática, com HD de 40 gigabytes, a
vista, conforme nossa nota fiscal n° 008, no valor de 2.000.
Venda de um armário de aço, a vista, a J. Pedrosa Ltda., conforme nossa nota
fiscal n° 222, no valor de $ 800,00.
Compra de mercadorias, a prazo, conforme nota fiscal n° 980, da Casa de
Tecidos Caçapava S/A, no valor de $ 3.000, com nosso aceite, no ato, da duplicata
n° 980/01, para 30 dias (usar a conta: 1.1.06 Estoque de Mercadorias).
Venda de mercadorias, a prazo, conforme nossa nota fiscal n° 012, ao Sr.
Edson Vinícius, no valor de $ 1.000. No ato da venda, o cliente aceitou a duplicata n°
012/01, com vencimento para 45 dias.
Notas:
� Nas compras de mercadorias a prazo, para registrar a obrigação, pode-se creditar uma
das seguintes contas: Fornecedores, Duplicatas a Pagar ou Títulos a pagar. Entretanto,
para fins didáticos, aconselhamos o uso da conta Fornecedores quando no fato não
constar aceite de duplicata, e da conta Duplicatas a Pagar quando no fato houver
aceite de duplicata.
� Nas vendas de mercadoria a prazo, para registrar o direito, pode-se debitar uma das
seguintes contas: Clientes, Duplicatas a Receber ou Títulos a Receber. Entretanto,
para fins didáticos, aconselhamos o uso da conta Clientes quando no fato não constar
aceite de duplicatas, e da conta Duplicatas a Receber quando no fato houver aceite de
duplicatas.
2ª Fórmula
“Quando aparecem no lançamento uma conta debitada e mais de uma conta
creditada.”
30
Exemplo: compra de uma motocicleta, marca Lunar, da Casa Estrela, conforme
nota fiscal n° 5.390, no valor de $ 5.000, nas seguintes condições:
a. Pagamento, no ato, de $ 3.000, em dinheiro, como entrada;
b. O restante será pago após 30 dias, conforme aceite da duplicata n° 001.
1° passo: local e data – considerar sua cidade e a data de hoje;
2° passo: documentos – nota fiscal n° 5.390 e duplicata n° 001;
3° passo: elementos envolvidos – motocicleta, dinheiro e duplicata;
4° passo: contas a utilizar – motocicleta (conta Veículos); dinheiro (conta
Caixa); e duplicata (conta Duplicatas a Pagar). Note que estamos
comprando a prazo, aceitando uma duplicata; logo, estamos criando
obrigação para pagar a duplicata após 30 dias;
5° passo: preparar o histórico – veja no lançamento efetuado no 6° passo:
identificar qual será debitada e qual será creditada. Observe que, nesse
caso, estão envolvidos três elementos: motocicleta, dinheiro e duplicata.
Vamos analisar cada um, conforme o Quadro 5.1:
a. Conta Veículos: será debitada, pois, se estamos comprando um veículo,
ele entrará para o patrimônio da nossa empresa, aumentando, assim, o
Ativo. Aplicaremos para essa conta a letra “a” do Quadro 5.1;
b. Conta Caixa: será creditada, pois se estamos pagando parte da compra
em dinheiro, essa importância sairá do patrimônio da nossa empresa,
diminuindo, assim, o Ativo. Aplicaremos para essa conta a letra “b” do
Quadro 5.1;
c. Conta Duplicatas a Pagar: será creditada, pois, se estamos criando uma
obrigação para pagar em 30 dias, ela aumentará o Passivo da nossa
empresa. Aplicaremos para essa conta a letra “c” do Quadro 5.1.
Assim, temos:
a. Veículos = conta a ser debitada;
b. Caixa = conta a ser creditada;
c. Duplicatas a Pagar = conta a ser creditada
Se quisermos raciocinar utilizando o esquema para raciocínio lógico do
lançamento, este ficará como segue:
31
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Motocicleta Veículos 5.000 D
Dinheiro Caixa 3.000 C
Duplicata Duplicata a Pagar 2.000 C
Note que uma conta será debitada (Veículos) e duas serão creditadas (Caixa e
Duplicatas a Pagar). Como aparecem duas contas no crédito, inicialmente
utilizaremos, no lançamento de Diário, a palavra Diversos.
7° passo: efetuar o lançamento.
São Paulo,
1.2.07 Veículos
A Diversos
Compra de uma motocicleta, marca
Lunar, da Casa Estrela, conf. NF 5.390
Paga como segue:
1.1.01 A Caixa
Em dinheiro 3 000
2.1.02 A Duplicata a Pagar
A Casa Estrela
Dupl. 001, Venc. 30 dias 2 000 5 000
1.1.01
Observações:
� Debitamos a conta Veículos e creditamos, inicialmente, a palavra
Diversos. Nos lançamentos de 2ª, 3ª e 4ª fórmulas, a palavra Diversos
indica, conforme a posição, a existência de mais de uma conta a ser
debitada ou de mais de uma conta a ser creditada.
� No exemplo em questão, observe que, após creditar Diversos, fizemos
um breve histórico para, depois, creditar as diversas contas
correspondentes. Portanto, a palavra Diversos não é conta; apenas
indica a existência de mais de uma conta no débito ou no crédito,
conforme sua posição.
� Observe, também, o uso das colunas destinadas aos valores.
32
ATIVIDADE PRÁTICA
Escriture, em partida de Diário, o seguinte fato:
Compra de uma escrivaninha, conforme nota fiscal n° 287, da Casa Taubaté,
no valor de $ 1.000, nas seguintes condições:
a) Foram pagos no ato, em dinheiro, $ 200;
b) Aceite de quatro duplicatas números 287/04, no valor de $ 200,
vencíveis de 30 em 30 dias.
3ª Fórmula
“Quando aparece no lançamento mais de uma conta debitada e apenas uma
creditada.”
Exemplo: venda de uma escrivaninha a Vicente Leite, conforme nota fiscal n°
118, por $ 500, nas seguintes condições:
a. Recebimento, no ato, da importância de $ 100, em dinheiro;
b. O restante será recebido em quatro parcelas mensais iguais, no valor de
$ 100 cada uma, conforme aceite de quatro duplicatas ns. 118/01 a
118/04.
Vamos, agora, resolver o problema:
1° passo: local e data – considere sua cidade e a data de hoje;
2° passo: documentos – nota fiscal n° 118 e duplicatas ns. 118/01 a 118/04;
3° passo: elementos envolvidos – escrivaninha, dinheiro e duplicatas;
4° passo: contas a utilizar – Móveis e Utensílios, Caixa e Duplicatas a
Receber;
5° passo: preparar o histórico – veja no lançamento efetuado;
6° passo: contas a serem debitadas e/ ou creditadas:
a. Conta Móveis e Utensílios: note que vendemos uma escrivaninha.
Logo, o nosso patrimônio ficará reduzido com a saída desse bem.
b. A conta Móveis e Utensílios será creditada (letra “b”do Quadro 5.1);
c. Conta Caixa: recebemos $ 100 de entrada; esse valor aumentará nosso
Ativo. Logo, a conta Caixa será debitada (letra “a” do Quadro 5.1);
33
d. Conta Duplicatas a Receber: como parte do valor da venda será
futuramente, temos direito com nosso cliente. Assim, o direito registrado
na conta Duplicatas a Receber aumentará o Ativo do nosso patrimônio.
A conta Duplicatas a Receber será debitada (letra “a” do Quadro 5.1).
Temos, então:
a. Caixa = conta a ser debitada;
b. Duplicatas a Receber = conta a ser debitada;
c. Móveis e Utensílios = conta a ser creditada;
O raciocínio lógico do lançamento, pode ser mostrado da seguinte maneira:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Escrivaninha Móveis e Utensílios 500 C
Dinheiro Caixa 100 D
Duplicata Duplicata a Pagar 400 D
Veja, a seguir, como ficará o lançamento no Diário:
7° passo: efetuar o lançamento.
São Paulo, de X1
Diversos
1.2.06 a Móveis e Utensílios
Venda de uma escrivaninha conf.
NF 0118, como segue:
Paga como segue:
1.1.01 Caixa
Recebido em dinheiro 100
1.1.04 Duplicatas a Receber
Vicente Leite
S/ aceite Duplicata 0118/01 venc. 100
Idem, Duplicata 0118/02 100
Idem, Duplicata 0118/03 100
Idem, Duplicata 0118/04 100 400 500
ATIVIDADE PRÁTICA
34
Contabilize, agora, o seguinte evento:
Compras, à vista, efetuadas na Importadora 2000 Ltda., de:
a) Um microcomputador marca Ficção, com HD de 80 GB, monitor e
impressora marca Atol, conforme nota fiscal n° 7.234, no valor de $
2.500;
b) Um refrigerador marca Reno, 320 litros, conforme nota fiscal n° 7.245,
no valor de $ 1.500.
4ª Fórmula
“Quando aparecem no lançamento mais de uma conta debitada e mais de uma
conta creditada.”
Exemplo: compras efetuadas no Supermercado Taubaté de:
a. Um refrigerador, para uso da empresa, conforme nota fiscal n° 1.521, no
valor de $ 1.000.
b. Uma motocicleta marca Guará, conforme nota fiscal n° 372, no valor de
$ 10.000. foram pagos, no ato, como entrada, $ 2.000, e o restante será
pago por meio de três duplicatas, números 1 a 3, no valor de $ 3.000
cada, vencíveis de 30 em 30 dias.
Solução
1° passo: local e data – considerar sua cidade e a data de hoje;
2° passo: documentos – nota fiscal n° 372 e três duplicatas, números 1 a 3;
3° passo: elementos envolvidos – refrigerador, motocicleta, dinheiro e
duplicatas;
4° passo: contas a utilizar – Móveis e Utensílios, Veículos, Caixa e Duplicatas
a Pagar;
5° passo: histórico – veja no lançamento efetuado;
6° passo: contas a serem debitadas e/ ou creditadas:
a. Conta Móveis e Utensílios e Veículos: serão debitadas, pois se referem
a bens adquiridos, os quais aumentarão o Ativo do patrimônio;
35
b. Contas Caixa e Duplicatas a Pagar: serão creditadas – a conta Caixa
porque diminuirá o Ativo pela saída do dinheiro e a conta Duplicatas a
Pagar porque o surgimento da obrigação aumentará o Passivo.
A exemplo dos casos anteriores, veja agora como esse lançamento seria
esboçado no esquema para raciocínio lógico do lançamento:
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C
Refrigerador Móveis e Utensílios 1.000 D
Motocicleta Veículos 10.000 D
Dinheiro Caixa 2.000 C
Duplicata Duplicata a Pagar 9.000 C
Veja, agora, o lançamento em partida de Diário:
7° passo: efetuar o lançamento.
São Paulo, de X1
Diversos
a Diversos
Compras a saber:
1.2.06 Móveis e Utensílios
NF 1.521, ref. 1 refrigerador 1 000
1.2.07 Veículos
NF 372, ref. 1 moto marca Guará 10 000 11 000
1.1.01 a Caixa
Pago em dinheiro 2 000
2.1.02 a Duplicatas a Pagar
Supermercados Taubaté
Três Dupls. De $ 3.000 cada,
Vencíveis 9 000 11 000
Observação:
36
� No histórico desse nosso exemplo, deixamos de especificar casa
duplicata, englobando as três e identificando apenas o valor e o
vencimento.
Notas:
� O uso da palavra “Diversos”, para representar mais de uma conta debitada ou
creditada nos lançamentos de 2° a 4° fórmulas, não ‘e obrigatório. Entretanto,
aconselhamos sua adoção para que o lançamento tecnicamente fique mais correto.
� No livro Diário, os cinco elementos essenciais do lançamento devem obedecer a uma
determinada disposição técnica, sendo que, entre as contas, primeiro coloca-se a conta
devedora e, em seguida, precedida da letra “a”, coloca-se a conta credora.
Lembramos, no entanto, que existem outras maneiras de indicar a conta devedora e a
credora no lançamento, por exemplo, colocando a esquerda da conta D ou C.
Conforme o caso.
ATIVIDADES TEÓRICAS
1ª. Complete:
1.1 Escrituração e uma técnica que consiste em ____________ nos livros próprios
todos os _______________ administrativos, bem como os __________
administrativos relevantes que ocorrem na empresa.
1.2 Lançamento e o ____________ pelo qual se processa a escrituração.
2ª. Responda:
2.1 Qual e o método de escrituração usado universalmente?
2.2 Quais são os elementos essenciais do lançamento?
3ª. Complete:
Nos lançamentos:
3.1 Toda vez que aumentar o Ativo, a respectiva conta será _______________
3.2 Toda vez que diminuir o Ativo, a respectiva conta será _______________
3.3 Toda vez que aumentar o Passivo, a respectiva conta será _______________
3.4 Toda vez que diminuir o Passivo, a respectiva conta será _______________
37
3.5 Toda vez que ocorrer uma despesa, a respectiva conta será _______________
3.6 Toda vez que ocorrer uma receita, a respectiva conta será _______________
4ª. Responda:
4.1 Quantas fórmulas de lançamento existem?
4.2 Qual a diferença entre lançamentos de 1ª fórmula e lançamentos de 2ª e 3ª
fórmula?
4.3 Para que serve a palavra Diversos, utilizada nos lançamentos de 2ª, 3ª e 4ª
fórmula?
4.4 Se não houver documentos que comprovem a ocorrência do fato, como proceder
para escriturá-lo?
4.5 Para auxiliar no raciocínio do lançamento, quais são os passos que devemos
seguir?
4.6 Onde se deve procurar o título das contas que serão utilizadas no lançamento?
ATIVIDADES PRÁTICAS
1ª. Escriturem, em folhas de Diário, os seguintes fatos administrativos:
1.1 Compras de mercadorias, a vista, conforme nota fiscal n° 5.340, de V.L.
Pereira, no valor de $ 3.000. O pagamento foi efetuado em dinheiro;
1.2 Venda de mercadorias, a vista, conforme nossa nota fiscal n° 082, no valor
de $ 600;
1.3 Compra de mercadorias, a prazo, de J.A. & Cia., conforme nota fiscal n°
8.509, no valor de $ 12.000;
38
1.4 Venda de mercadorias, a prazo, a Geraldo Gomes, conforme nossa nota
fiscal n° 141, no valor de $ 2.000;
1.5 Compra de mercadorias, a prazo, de J. Silvestre S/A, conforme nota fiscal
n° 2.233, no valor de $ 1.500. Houve, aceite no ato, de três duplicatas, ns.
01 a 03, no valor de $ 500 cada uma, vencíveis de 30 em 30 dias;
1.6 Venda de mercadorias, a prazo, a Pedro Santana, conforme nossa nota
fiscal n° 987, no valor de $ 6.000. Houve aceite, no ato, de duas duplicatas,
ns. 01 e 02, no valor de $3.000 cada uma, vencíveis de 30 em 30 dias;
1.7 Pagamento de despesas de aluguéis, conforme recibo do mês de fevereiro,
ao Sr. Edison Natalino Pereira, na importância de $ 1.200 em dinheiro;
1.8 Abertura de uma conta corrente no Banco do Brasil S/A, com depósito
inicial, em dinheiro, de $ 5.000, conforme recibo n° 729;
1.9 Nossa retirada de $ 1.000, do Banco do Brasil S/A, conforme cheque n°
145.766, de nossa emissão, para reforço de caixa;
1.10 Compra de canetas, papeis para impressora, clipes e impressos para escritório,
conforme nota fiscal n° 792, da Casa de Cadernos Bauru Ltda., no valor de $ 800,
cujo pagamento foi efetuado por meio do cheque n° 145.762, de nossa emissão
contra o Banco do Brasil S/A;
1.11 Venda de mercadorias, a vista, conforme nota fiscal n° 701, no valor $ 2.000;
1.12 Pagamento de imposto predial a Prefeitura Municipal, no valor de $ 300,
referente a este mês. Pagamento feito em dinheiro, conforme guia;
1.13 Recebida, da Comercial Cardoso, a importância de $ 3.000, em dinheiro,
referente a serviços prestados, conforme nossa nota fiscal n° 0001;
39
1.14 Pagamento de conta de energia elétrica, referente ao mês, no valor de $
120,00, em dinheiro;
1.15 Compra do apartamento n° 52, situado no prédio Dona Tita, na Rua Orlando
Ribeiro n° 35, nesta cidade, o qual pertence ao seu Frederico Meirelles, sendo
pago nas seguintes condições:
a. No ato, em dinheiro, como sinal: $ 5.000;
b. O restante será pago de 30 em 30 dias, conforme emissão de notas
promissórias de ns. 01 a 05, no valor de $ 20.000;
1.15 Compra de um refrigerador, conforme nota fiscal n° 1.501, de Pazin Móveis
Ltda., no valor de $ 1.700. O pagamento foi efetuado mediante cheque de nossa
emissão, n° 146.763, contra o Banco do Brasil S/A.
1.16 Compra de mercadorias, conforme nota fiscal/fatura n° 1.978, de J.C. Ltda., no
valor de $ 15.000, nas seguintes condições:
a. Entrada, em dinheiro, $ 5.000;
b. O restante, será pago em 30 dias, conforme o nosso aceite da
duplicata n° 1.978/01.
1.17 Venda de mercadorias conforme nossa nota fiscal/fatura n° 5.552, no valor de $
1.300, nas seguintes condições:
a. Entrada, em dinheiro, $ 300;
b. O restante será pago em 45 dias. O cliente Sr. Ernani Pinto, aceitou
a duplicata de nossa emissão, n° 5.552/01.
c. No ato, em dinheiro, como sinal: $ 5.000;
d. O restante será pago de 30 em 30 dias, conforme emissão de notas
promissórias de ns. 01 a 05, no valor de $ 20.000;
40
CAPÍTULO VI
6. ESCRITURAÇÃO
6.1 CONCEITO
Ribeiro (2009), escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar
nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa etc.) todos os acontecimentos que ocorrem
na empresa e que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial.
Segundo estabelece o artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro (Lei n°
10.406/2002), todas as empresas (sejam elas caracterizadas como empresário –
antiga empresa individual – ou como sociedade empresária), estão obrigadas a
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação com a
documentação respectiva.
Estão dispensados da escrituração contábil, pelo Código Civil, somente o
empresário rural e o pequeno empresário.
Pequeno empresário é o empresário individual caracterizado como
microempresa que aufira receita bruta anual de até $ 36.000,00. (artigo 68 da Lei
Complementar n° 123/2006).
É importante salientar, ainda, que as microempresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional, poderão, opcionalmente, adotar contabilidade
simplificada para os registros e controles das suas operações.
O controle contábil das empresas começa com a escrituração das operações
no Livro Diário, completando-se, depois, nos demais livros de escrituração.
É através dos atos e dos Fatos Administrativos que ocorre a gestão do
Patrimônio das empresas, e esses acontecimentos são registrados por meio da
Escrituração.
Mas como escriturar esses acontecimentos?
41
Vamos, inicialmente, estudar onde escriturar para depois aprender como
efetuar tais registros.
6.2 Livros Utilizados na Escrituração
Dos vários livros adotados pelas empresas, vamos estudar neste capítulo,
apenas os utilizados para contabilização dos Fatos Administrativos, bem como dos
Atos Administrativos relevantes (aqueles que podem provocar variações futuras no
Patrimônio).
Os principais livros utilizados pela Contabilidade são o Diário e o Razão. Esses
dois livros são obrigatórios, conforme veremos mais adiante.
A contabilidade utiliza, ainda, Livros Auxiliares que podem servir de suporte
para a escrituração do Diário e do Razão. São exemplos, o Caixa, o Contas-
Correntes, o Contas a Receber, o Contas a Pagar, o Registro de Duplicatas etc.
Com exceção dos Livros Caixa que é obrigatório em alguns casos e o Registro de
Duplicatas que é exigido pela Lei n° 5.474/1968, os demais são facultativos.
As empresas utilizam, ainda, livros exigidos pelas legislações societária, fiscal,
trabalhista e previdenciária. São livros obrigatórios em decorrência da forma jurídica,
do ramo de atividade ou por outro motivo definido em Lei. Alguns deles, podem ser
também Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventários, etc. enquanto que
outros, por não possuírem cunho comercial, soa mantidos apenas por exigências
legais, como é o livro de Inspeção do Trabalho, todos exigidos pela legislação
trabalhista.
6.2.1 Livro Diário
O Diário é um livro obrigatório. Seu uso está previsto na legislação civil (Código
Civil/2002), na legislação comercial (Decreto-lei n° 486/1969), na legislação tributária
(RIR/1999) e também na Norma Brasileira de Contabilidade (NBC-T-2.1).
No Diário são lançadas, com individuação, clareza e indicação, do documento
comprobatório, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todos os acontecimentos
que ocorrem na empresa e que provocam modificações no Patrimônio (Fatos
42
Administrativos), bem como aqueles que possam vir a modificar futuramente o
Patrimônio (Atos Administrativos relevantes).
Por ser obrigatório, o Diário está sujeito às formalidades legais extrínsecas e
intrínsecas exigidas para os livros de escrituração.
Formalidades extrínsecas (ou externas) – dizem respeito ao livro propriamente
dito, isto é, sua apresentação material. O livro deve ser encadernado com folhas
numeradas seqüencial e tipograficamente. O empresário ou a sociedade empresária
que adotar escrituração mecanizada ou eletrônica, poderá substituir o Diário por
conjunto de fichas ou folhas soltas que também deverão ser numeradas
tipograficamente, ou ainda por folhas contínuas que deverão ser numeradas
mecânica ou tipograficamente.
Os Livros, fichas, folhas soltas ou contínuas do Diário deverão conter termos
de abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no órgão
competente do Registro do Comércio; quando se tratar de empresa civil, no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
Veja um modelo de Termo de Abertura:
TERMO DE ABERTURA
Contém este livro ______ folhas numeradas tipo-
graficamente de 1 a _______ e servirá de Diário n°____
do empresário __________________________,
sediado na Rua ________________________________,
n° _______, na cidade de ________________, Estado de
___________________, Nire _________ conforme atos
constitutivos arquivados em ___/___/___, inscrito no
CNPJ sob n° ______________
_______,______de________________de________.
__________________________________________
assinatura do titular, administrador ou
representante legal da empresa
__________________________________________
(assinatura de contabilista habilitado)
Observações:
43
� O termo de Encerramento é idêntico ao de Abertura, diferenciando-se
somente no título – Termo de Encerramento – e no tempo do verbo
servir, passando de “servirá” para “serviu”.
� Os termos de abertura e de encerramento devem ser apostos,
respectivamente, no anverso da primeira e no verso da última ficha ou
folha numerada do Diário, na mesma data e antes de iniciada a
escrituração, salvo quando a escrituração for realizada em fichas ou
folhas soltas ou contínuas, caso em que, sendo o Diário encadernado
após a sua escrituração, os termos mencionados serão lavrados na data
da autenticação.
As Formalidades intrínsecas (ou interna) – estão relacionadas à escrituração
propriamente dita. A escrituração será completa, em idiomas e moeda corrente
nacionais, em forma contábil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de
dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras,
emendas ou transportes para as margens.
As formalidades extrínsecas e intrínsecas devem ser observadas para que o
livro Diário mereça fé a favor do empresário ou da sociedade empresária.
Como a vida da empresa é registrada neste livro, toda e qualquer
Demonstração elaborada com base na Escrituração nele contida, será reconhecida
como verdadeira, salvo se na sua escrituração não forem observadas rigorosamente
as formalidades legais aqui apresentadas.
O livro Diário até hoje passou pelo menos por três estágios de escrituração:
a. Processamento manual – no princípio, toda escrituração era processada
de forma manuscrita. Atualmente, esse processo está e desuso, embora
ainda utilizado por algumas empresas de pequeno porte, é de grande
utilidade para o ensino da contabilidade;
b. Processamento mecânico – neste estágio, a escrituração do Diário passou
a ser feita em ficha ou em folhas soltas, as quais, posteriormente, eram
copiadas por decalque em livro apropriado;
44
c. Processamento eletrônico de dados – hoje, quase que a totalidade das
empresas processa a escrituração do Diário por meio do computador,
sendo que as folhas impressas são posteriormente encadernadas. A
legislação tributária disciplina o uso da escrituração por meio do
computador, cuidando inclusive dos critérios a serem observados quanto
ao armazenamento de dados em arquivos magnéticos.
É importante salientar, no entanto, que a adoção de qualquer que seja o
sistema de escrituração do Diário não exclui a empresa da obediência aos requisitos
intrínsecos e extrínsecos, previstos tanto na legislação civil, comercial e tributária,
como também nas normas brasileiras de contabilidade.
As empresas que processam a escrituração por meio de fichas, folhas soltas
ou contínuas, são obrigadas a adotar livro apropriado para transcrição das
demonstrações contábeis.
Na escrituração, é permitido o uso de códigos de números ou de abreviaturas,
desde que constem de livro próprio devidamente revestido das formalidades
extrínsecas.
É admitida a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam ao
período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou
realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares
para registro individuado e conservados os documentos que permitam sua perfeita
verificação (Decreto-Lei n° 486/1969, art. 5°., § 3°.).
A empresa que adotar o sistema de fichas de lançamentos, poderá substituir o
livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, desde que sejam observadas
as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para o livro Diário.
Visando atender o aspecto didático do nosso curso, apresentamos o livro Diário
próprio para escrituração manual por se o que melhor atende aos objetivos
escolares.
Veja o exemplo de uma folha do livro Diário adequado à escrituração manual:
45
O Diário é o primeiro livro que deve ser escriturado; por isso, começaremos por
ele, passando, posteriormente, ao registro nos demais.
Para escriturar o Diário, partiremos dos documentos que deram origem aos
fatos. No nosso caso, para efeito didático, partiremos dos problemas formulados
para escrituração.
6.2.2 Livro Razão
Ribeiro (2011), o Razão é um livro de grande utilidade para a Contabilidade,
porque destina-se ao registro do movimento individualizado de todas as Contas. Sua
escrituração passou a ser obrigatória a partir de 1991 (art. 14 da Lei n° 8.218 de
29/9/91).
Veja uma página do livro Razão tradicional, próprio para escrituração manual:
20____ DÉBITO 20___
CRÉDITO
6.2.3 Livro Conta Correntes
O Conta Correntes é um livro auxiliar do livro Razão. Serve para controlar a
movimentação das contas que representam direitos e obrigações.
Utilizaremos o seguinte modelo:
20 ____ HISTÓRICO DEBITO CRÉDITO D/C SALDO
46
6.2.4 Livro Caixa
O livro Caixa também é auxiliar. Nele são registrados todos os Fatos
Administrativos que envolvam entradas e saídas de dinheiro.
É importante salientar que o livro Caixa é obrigatório para as microempresas e
para as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples (§2°. do art. 26 da Lei
Complementar n° 123/2006), bem como para as empresas que optarem pela
tributação do imposto de renda com base no lucro presumido desde que optem
também pela não manutenção de escrita contábil para fins de recolhimento do
Imposto de Renda. (parágrafo único do art. 527 do RIR/99).
Para atender ao aspecto didático do nosso curso, utilizaremos o seguinte
modelo para controlar o movimento do Caixa:
DOC N° HISTÓRICO
ENTRADA
SAÍDA
A TRANSPORTAR - TOTAIS DO DIA $
SALDO ANTERIOR $
SALDO ATUAL $
DETALHES DO SALDO
DINHEIRO
CHEQUES
VALES
TOTAL CAIXA: ________________ VISTO:_____________________
47
ATIVIDADES TEÓRICAS
1. Complete:
1.1 O Diário é um livro __________
1.2 O livro destinado ao registro do movimento individualizado de todas as
contas chama-se ____________
1.3 No livro Caixa são registradas operações que envolvem
______________
1.4 O livro utilizado para controlar os direitos e as obrigações denomina-se
__________________
2. Coloque E se a formalidade for extrínseca ou I se for intrínseca:
2.1 ( ) A escrituração será e idioma e moeda corrente nacionais.
2.2 ( ) O livro Diário deverá conter Termos de Abertura e de Encerramento.
2.3 ( ) O Diário será encadernado com folhas numeradas em seqüência,
tipograficamente. Deve conter, ainda, os termos de abertura e de
encerramento.
2.4 ( ) A escrituração não poderá conter escritos nas entrelinhas.
3. Responda:
3.1 Cite três livros utilizados pela contabilidade:
3.2 Para que serve o livro Diário?
48
3.3 Dos quatro livros de escrituração utilizados pela contabilidade, que
apresentamos neste tópico, quais são os obrigatórios?
3.4 O que são formalidades extrínsecas do livro Diário? Cite duas.
3.5 O que são formalidades intrínsecas do livro Diário? Cite duas.
3.6 Qual é o livro que permite um controle individualizado de todas as
contas utilizadas pela contabilidade?
CAPÍTULO VII
7 O PATRIMÔNIO
7.1 CONCEITO E DEFINIÇÃO
Ribeiro (2009), o Patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações de
uma pessoa, avaliado em moeda. Sendo assim, pode ser visualizado da seguinte
maneira:
Patrimônio
7.1.1 Bens
Bens são objetos de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de
avaliação econômica. Ao entrar em um supermercado, por exemplo encontramos
inúmeros objetos, como balcões, vitrinas, equipamentos emissores de cupons fiscais
e uma infinidade de mercadorias expostas para venda em gôndolas, prateleiras,
displays etc.
Do ponto de vista contábil, bens são todos os objetos que uma empresa possui, seja
para uso, troca seja para consumo. Para exemplificar, tomemos por modelo uma
empresa que comercialize calçados, assumindo que ela possua somente os
seguintes bens: balcão, prateleira, vitrina, equipamento emissor de cupom fiscal,
calçados para venda (mercadorias), papel para embalagem, material de limpeza de
Bens Direitos
Obrigações
49
loja, meio quilo de pó de café e uma pequena quantia de dinheiro. Nesse caso,
temos:
BENS DE USO BENS DE TROCA BENS DE CONSUMO
Balcão Calçados para venda Papel para embalagem
Prateleira Dinheiro Material para limpeza
Vitrina 0,5 kg de pó de café
Equipamento emissor
de cupom fiscal
Espelho
Os bens podem ser classificados de várias maneiras, de acordo com o
contexto em que se inserem. A classificação que mais nos interessa neste momento
é a que os divide em materiais e imateriais.
Os bens materiais, como o próprio nome diz, são aquele que possuem corpo,
matéria. Por sua vez, dividem-se bens móveis, os que podem ser removidos do seu
lugar, por exemplo, mesas, veículos, computadores, dinheiro, mercadorias etc., e
bens imóveis, os que não podem ser deslocados de seu lugar natural. Exemplo:
terrenos e edifícios etc.
Os bens imateriais correspondem aqueles que, embora considerados bens,
não possuem corpo ou matéria. São determinados gastos que a empresa faz, os
quais, pela sua natureza, devem ser considerados partes integrantes do patrimônio
e, por esse motivo são registrados pela contabilidade como bens. Não tendo muita
variedade, os mais comuns são:
a. Fundo de comércio : suponhamos que uma empresa de comércio de
calçados, tenha decidido ampliar os negócios, abrindo uma filial. Para isso,
comprou a vista, por $ 50.000, um imóvel onde estava instalada uma
empresa concorrente. Vamos assumir que o antigo proprietário tenha
cobrado $ 30.000 pelo valor de mercado que era igual ao valor registrado
nos livros contábeis da empresa, e $ 20.000, pelo ponto comercial, ou seja,
pela clientela que já estava formada. Neste caso, a empresa de comércio
de calçados, registrará na contabilidade, $ 30.000 como bem material com o
título de Imóveis e $ 20.000 como bem imaterial, com o título de Fundo de
Comércio.
b. Marca e patentes : são valores gastos co o registro ou com a compra de
uma marca (nome comercial ou industrial) ou de uma patente de invenção.
50
Para que a empresa possa usufruir com exclusividade de todos os direitos
reservados pela legislação para o uso desses bens imateriais, e preciso que
essa marca ou patente esteja devidamente registrada no Instituto Nacional
da Propriedade Industrial (INPI).
Nota:
� Veja dois sinônimos que são comuns nos meios comerciais para
representar bens materiais e bens imateriais: bem material e o mesmo
que bem tangível; e bem imaterial, que bem intangível.
7.1.2 Direitos
Direitos são valores que a empresa tem para receber de terceiros. Terceiros,
neste caso, correspondem a todas as pessoas que se relacionam com a empresa,
como os clientes.
Os direitos originam-se não só das vendas de mercadorias a prazo, como
também das vendas a prazo de outros bens ou serviços, ou ainda em decorrência
de outras transações, como e o caso de aluguel de bens móveis, empréstimos de
dinheiro efetuados a terceiros etc.
Os direitos, normalmente, aparecem registrados nos livros contábeis da
empresa com o nome do elemento representativo do respectivo direito, seguido da
expressão “a Receber”. Exemplos:
7.1.3 Obrigações
Obrigações representam os valores que a empresa tem para pagar a
terceiros. Nesse caso, terceiros são: fornecedores, bancos, empregados, governo
etc.
As obrigações podem se originar não só das compras de mercadorias a prazo,
como também das compras a prazo de outros bens ou serviços ou ainda em
decorrência de outras transações, como e o caso de aluguel de bens móveis ou
imóveis, de empréstimos de dinheiro captados em estabelecimentos bancários etc.
51
As obrigações aparecem, habitualmente, registradas nos livros contábeis das
empresas com o nome do elemento representativo da respectiva obrigação, seguido
da expressão “a Pagar”. Exemplos:
ELEMENTOS EXPRESSAO
Duplicatas a Pagar
Promissórias a Pagar
Alugueis a Pagar
Salários a Pagar
Impostos a Pagar
7.2 Aspectos Qualitativo e Quantitativo do Patrimôn io
Vimos que o patrimônio e um conjunto de bens, direitos e obrigações. A
contabilidade estuda o patrimônio em seus aspectos qualitativos e quantitativos. Os
aspectos qualitativos tratam dos componentes do patrimônio segundo a espécie
de cada um, enquanto os aspectos quantitativos referem-se ao valor com que
cada elemento possa ser expresso em moeda.
Veja como o Conselho Federal de Contabilidade comenta os aspectos
qualitativos e quantitativos (item 1.2 do apêndice a Resolução CFC n° 774/1994, que
trata dos princípios fundamentais de contabilidade.):
“por aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a natureza dos elementos que o
compõe, como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moedas, máquinas,
estoques de materiais ou mercadorias, etc.
A delimitação qualitativa desce, em verdade, até o grau de particularização que permita
a perfeita compreensão do componente patrimonial. Assim quando falamos em ‘máquinas’,
ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cuja expressão poderá ser de muita
utilidade, em determinadas análises. Mas a contabilidade, quando aplicada a um patrimônio
particular, não se limitará as ‘máquinas’ como categoria, mas se ocupará de cada máquina em
particular, na sua condição do componente patrimonial, de forma que não possa ser confundida
com qualquer outra máquina, mesmo de tipo idêntico.
O atributo quantitativo refere-se a expressão dos componentes patrimoniais em valores,
o que demanda que a contabilidade assuma posição sobre o que seja ‘valor’, enquanto os
conceitos sobre a matéria são extremamente variados.”
52
Acompanhe o seguinte raciocínio: possuo uma empresa com o seguinte
patrimônio:
Patrimônio
Pois bem, da forma pela qual o patrimônio foi apresentado, você consegue
imaginar o tamanho da minha empresa? E evidente que não. Então, vamos agora
representá-lo resultando o aspecto qualitativo:
Patrimônio
Ressaltando o aspecto qualitativo, os elementos componentes do patrimônio
foram devidamente qualificados, isto e, especificados. Tais informações permitem ter
uma noção mais precisa do tamanho do patrimônio da empresa. No entanto, elas
ainda não são suficientes, pois algumas perguntas continuam sem respostas.
Quanto de dinheiro possuo? Qual o valor dos meus veículos? Quanto de duplicatas
tenho para receber? Quanto de duplicatas tenho para pagar? Enfim, qual e o valor
do meu patrimônio? Dai a necessidade de ressaltar o segundo aspecto, veja:
Patrimônio
Bens Direitos
Obrigações
Bens • Dinheiro • Moveis • Veiculos
Direitos
• Duplicatas a Receber • Alugueis a Receber
Obrigações
• Duplicatas a Pagar • Impostos a Pagar
Bens • Dinheiro………………………………..10.000 • Moveis……...………………………….15.000 • Veículos..................................................50.000
Direitos • Duplicatas a Receber..............................8.000 • Alugueis a Receber.................................5.000
53
Finalmente, após ressaltados os aspectos qualitativo e quantitativo, ficou mais
fácil avaliar o tamanho do Patrimônio da minha empresa, pois agora você conhece o
quê e quanto minha empresa possui em bens, direitos e obrigações.
Os aspectos qualitativos e quantitativos levados em conta na apresentação das
demonstrações elaboradas a partir dos registros contábeis permitem a mensuração
do patrimônio bem como conhecimento dos elementos que o compõe.
7.3 Representação Gráfica do Patrimônio
Para tornar mais fácil e didático o que e patrimônio (ponto de partida para
entender com clareza todo o mecanismo que envolve o processo contábil), vamos
representá-lo por meio de um gráfico em forma “T”:
O “T”, como vemos, tem dois lados: no esquerdo, colocamos os bens e os
direitos; no direito, as obrigações. Então, a representação gráfica do patrimônio fica
assim:
54
PATRIMÔNIO
Bens Obrigações
Direitos
Nessa representação gráfica, temos, de um lado, os bens e os direitos, que
formam o grupo dos elementos; e, do outro, as obrigações, que formam o grupo dos
elementos negativos.
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa (dinheiro) Duplicatas a Pagar
Estoque de Mercadorias Aluguéis a Pagar
Móveis e Utensílios Impostos a Pagar
Direitos Salários a Pagar
Duplicatas a Receber
Promissórias a Receber
O lado esquerdo do gráfico e chamado lado positivo, pois os bens e os direitos
representam, para a empresa, sua parte positiva (e o que ela tem efetivamente –
bens; e o que ela tem para receber – direitos).
O lado direito e o lado negativo, pois as obrigações representam a parte
negativa da empresa (e o que ela tem para pagar).
Os elementos positivos são denominados ainda componentes ativos e seu
conjunto forma o Ativo . De forma semelhante, os elementos negativos são
componentes passivos e seu conjunto forma o Passivo .
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa (dinheiro) Duplicatas a Pagar
Estoque de Mercadorias Aluguéis a Pagar
Móveis e Utensílios Impostos a Pagar
55
Direitos Salários a Pagar
Duplicatas a Receber
Promissórias a Receber
ATIVIDADES TEÓTICAS
1ª. Resolva:
1.1 Relacione a coluna da esquerda com a direita:
a) Bens ( ) Duplicatas a Receber
b) Direitos ( ) Duplicatas a Pagar
c) Obrigações ( ) Computadores
( ) Caixa
( ) Promissórias a Receber
1.2 Escolha a alternativa que contém apenas obrigações:
a) Clientes, Capital e Duplicatas a Pagar.
b) Veículos, Móveis e Caixa.
c) Fornecedores, Duplicatas a Pagar e Clientes.
d) Fornecedores, Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Receber.
e) Fornecedores, Duplicatas a Pagar e Salários a Pagar.
1.3 Escolha a alternativa que contém apenas bens móveis:
a) Dinheiro, veículos e terrenos;
b) Mesas, armários e casa;
c) Computadores, duplicatas e dinheiro;
d) Duplicatas a Pagar, salários a Pagar e Impostos a Pagar;
e) Computadores, veículos e prateleiras.
56
1.4 Dinheiro, terrenos, Clientes, Fornecedores, Computadores, Impostos a
Pagar, Duplicatas a Receber, fundo de comércio. Nessa relação temos:
a) Dois bens móveis, um bem imóvel, dois direitos, duas
obrigações e um bem imaterial;
b) Quatro bens móveis, dois direitos e duas obrigações;
c) Seis elementos do Passivo e dois do Ativo;
d) Um direito, uma obrigação e seis bens;
e) Oito elementos positivos.
2. Classifique em falsas ou verdadeiras as seguintes frases:
2.1 ( ) Elementos positivos são os bens e os direitos.
2.2 ( ) Elementos positivos são os bens e as obrigações.
2.3 ( ) Elementos negativos são as obrigações.
2.4 ( ) O Ativo e composto por bens e direitos.
2.5 ( ) O Passivo e composto por elementos negativos.
2.6 ( ) O Ativo e o Passivo compõem o patrimônio da empresa.
2.7 ( ) Direitos e obrigações são elementos negativos.
3. Responda:
3.1 Quais elementos devem figurar do lado esquerdo do gráfico
representativo do patrimônio?
3.2 Em que consiste o aspecto qualitativo do patrimônio?
3.3 Em que consiste o aspecto quantitativo do patrimônio?
3.4 Que elementos deverão figurar do lado direito do gráfico representativo
do patrimônio?
3.5 Conceitue patrimônio.
3.6 O que são bens de uso?
3.7 O que são bens de troca?
3.8 O que são bens de consumo? Cite dois exemplos.
3.9 O que são e como se dividem os bens materiais?
3.10 O que são bens imateriais? Cite dois exemplos.
57
ATIVIDADES PRÁTICAS
1ª. Classifique os elementos constantes do quadro a seguir em:
a) Bens ou direitos ou obrigações;
b) Positivo ou negativo;
c) Ativo ou Passivo.
N° ELEMENTOS A B C
1 Aluguéis a Pagar Obrigação Negativo Passivo
2 Aluguéis a Receber
3 Armário de Aço
4 Biblioteca
5 Carnes a Receber
6 Casa
7 Clientes
8 Computadores
9 Dinheiro
10 Duplicatas a Pagar
11 Duplicatas a Receber
12 Fornecedores
13 Imóveis
14 Impostos a Pagar
15 Instalações
16 Prateleiras
17 Promissórias a Pagar
18 Promissórias a Receber
19 Salários a Pagar
20 Veículos
58
CAPÍTULO VIII
8. APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DO E BALANÇO
PATRIMONIAL SIMPLIFICADO
8.1 INTRODUÇÃO
Ribeiro (2009), até aqui você estudou o conceito de Contabilidade, a
composição do patrimônio, o registro dos fatos administrativos no livro Diário e no
Razonete, bem como a elaboração do Balancete de Verificação do Razão.
Você já sabe que a gestão do patrimônio da empresa gera um resultado que
poderá ser lucro ou prejuízo.
Neste capítulo, você aprenderá os procedimentos necessários para apurar o
Resultado do Exercício, mas de forma simplificada, com poucos dados, para que
possa dominar bem esta parte da matéria.
Por que apuração simplificada?
Porque a apuração do resultado do exercício das empresas em geral envolve
uma série de procedimentos que vão desde a elaboração do Balancete de
Verificação do Razão, inventários, conciliações de saldos de contas etc. até a
apuração do resultado bruto, do resultado líquido, de cálculos e contabilizações de
previsões, participações, reservas e dividendos, concluindo com a elaboração das
diversas demonstrações contábeis.
59
Portanto, para atender ao estágio dos estudos em que você se encontra,
apresentaremos, neste capítulo, os procedimentos necessários para a apuração do
resultado do exercício e a elaboração do Balanço Patrimonial de forma simplificada,
isto e, com poucos dados, envolvendo as rotinas comuns as empresas prestadoras
de serviços.
Quando apurar o resultado?
Normalmente, o resultado do exercício das empresas e apurado no final de
cada ano.
Em 31 de dezembro, as empresas apuram os seus resultados e elaboram suas
demonstrações contábeis.
Na vida prática, isto ocorre da seguinte maneira: empresas operam de 1° de
janeiro até 31 de dezembro do mesmo ano. Em janeiro do ano seguinte, elas
apuram os seus resultados com base no movimento ocorrido no ano anterior.
A Lei n° 6.404/1976 estabelece em seu artigo 176 que ao fim de cada exercício
social as empresas devem apurar os seus resultados e elaborar as demonstrações
contábeis, dentre elas o Balanço Patrimonial.
E necessário salientar que a citada Lei das Sociedades por Ações estabelece
também em seu artigo 175 que o exercício social terá duração de um ano e a data
do término será fixada no estatuto.
Esse dispositivo legal faculta, portanto, as empresas a determinação do início e
término do exercício social em datas não coincidentes com as datas de início e
término do ano civil.
E importante destacar que a legislação brasileira, para fins tributários e/ ou
sociais, pode exigir de determinadas categorias de empresas ou facultar a alguns
‘órgãos, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central do Brasil
(BACEN), que exijam de empresas a eles ligadas a apuração de resultados em
períodos inferiores a um ano (mês, trimestre ou semestre).
Como apurar o resultado do exercício?
60
Apurar o resultado do exercício consiste em verificar, por meio das contas de
Resultado (despesas e receitas), se a movimentação do patrimônio da empresa
apresenta lucro ou prejuízo durante o exercício social.
A apuração simplificada do resultado do exercício de uma empresa de
prestação de serviço pode ser resumida em uma simples operação: confronto das
receitas com as despesas.
O resultado será lucro quando o total das receitas superar o total das
despesas, ou prejuízo quando o total das despesas superar o total das receitas.
Podemos apurar o resultado de duas maneiras: Extracontábil ou contabilmente:
8.1.1 Apuração Extracontábil do Resultado do Exercí cio.
Exemplos:
Suponhamos que, no exercício x1, o total das despesas de uma empresa tenha
sido igual a $ 1.500 e o total das receitas tenha sido igual a $ 3.500.
Como o total das receitas superou o total das despesas, a diferença de $ 2.000
encontrada corresponde ao lucro.
Se as despesas superassem as receitas, o resultado seria denominado
prejuízo.
8.1.2 Apuração Contábil do Resultado do Exercício
Receitas 3.500 ( - ) Despesas (1.500) ( = ) Resultado 2.000
61
A apuração contábil do resultado do exercício de uma empresa de prestação
de serviços também e simples. Contudo, requer a prática de alguns procedimentos
técnicos. Para facilitar o seu entendimento, observe o roteiro a seguir:
8.1.3 Roteiro para Apuração do Resultado do Exercíc io
1. Elaborar um Balancete de Verificação composto por contas e saldos
extraídos do livro Razão ou dos Razonetes.
2. Transferir os saldos das contas de despesas para a conta transitória
Resultado do Exercício.
3. Transferir os saldos das contas receitas também para a conta transitória
Resultado do Exercício.
4. Apurar no livro Razão ou no Razonete o saldo da conta Resultado do
Exercício. A conta Resultado do Exercício receberá, a seu debito, o saldo
das contas de receitas. Logo, se o saldo desta conta for devedor, o
resultado do exercício será prejuízo; se o saldo for credor, o resultado do
exercício será lucro.
5. Transferir o saldo da conta Resultado do Exercício para uma conta
Patrimônio Líquido. Por razões de simplificação, adotaremos o seguinte
procedimento: se o Resultado do Exercício for lucro, ele será transferido
para a conta Reservas de Lucros; se for prejuízo será transferido para a
conta Prejuízos Acumulados.
6. Elaborar o Balanço Patrimonial.
NOTAS:
62
Exemplo prático
Suponhamos
EXEMPLO PRÁTICO
Suponhamos que após devidamente encerrados os registros contábeis
relativos do exercício de x1 de uma empresa de prestação de serviços, em 31 de
dezembro, no livro Razão constem as seguintes contas com seus respectivos
saldos:
Razonetes:
CAIXA MOVEIS E UTENSILIOS
10.000 3.000
CONTAS A PAGAR CAPITAL
5.000 6.000
IMPOSTOS ALUGUEIS E PASSIVOS
1.000 500
� Conforme já dissemos, deixaremos de considerar, nesta apuração
simplificada, os cálculos e as contabilizações do lucro bruto, da provisão
para o pagamento da contribuição social e do imposto de renda, da
distribuição do lucro, alem de outros procedimentos que são comuns no
momento da apuração do resultado do exercício, pois o nosso propósito,
neste momento, e que você domine bem o mecanismo de apuração do
resultado do exercício de forma simplificada, para depois partir para o
estudo da apuração completa.
� E importante salientar que o resultado do exercício, sendo lucro, poderá ter
várias destinações,como: distribuição aos sócios ou ao titular, compensação
de prejuízos, constituição de reservas ou mesmo no aumento do capital
social; sendo prejuízo, poderá ser compensado com reservas ou absorvido
pelos sócios ou pelo titular.
� Todos os lançamentos desta data, a exemplo do que ocorreu durante o
exercício social, serão escriturados nos livros Diário e Razão
63
RECEITAS DE SERVICOS
3.500
Para apurar o resultado do exercício e levantar o Balanço Patrimonial, basta
seguir os passos contidos no roteiro no item 9.3.1 deste Capitulo. Acompanhe:
1. Elaborar um Balancete de Verificação composto por contas e saldos
extraídos do livro Razão ou dos Razonetes.
BALANCETE DE VERIFICACAO
Nº CONTAS SALDO
DEVEDOR CREDOR
1 Caixa 10.000 -
2 Móveis e Utensílios 3.000 -
3 Contas a Pagar - 5.000
4 Capital - 6.000
5 Impostos 1.000 -
6 Alugueis de Passivos 500 -
7 Receitas de Serviços - 3.500
TOTAIS 14.500 14.500
2. Transferir os saldos das contas de Despesas para a conta transitória
Resultado do Exercício.
A conta Resultado do Exercício e uma conta transitória que não foi utilizada
durante o ano para os registros das operações normais da empresa. E esta conta
que possibilita a apuração do Resultado do Exercício. Para que isso ocorra,
precisamente transferir para ela os saldos de todas as contas de despesas e
também os saldos de todas as contas de receitas. Neste momento, transferimos os
saldos das contas de despesas. Acompanhe:
No livro Razão (Razonetes) da empresa em questão constam apenas duas
contas de despesas:
64
IMPOSTOS ALUGUEIS E PASSIVOS
1.000 500
Vamos, inicialmente, transferir o saldo da conta Impostos.
O que significa transferir o saldo de uma conta?
Transferir o saldo de uma conta para outra, ou seja, de um Razonete para
outro, significa zerar o saldo da conta de origem (no Razonete de onde se transfere)
e lançar o respectivo valor na conta de destino (no Razonete para onde se transfere)
sendo que este valor deverá ficar no Razonete da conta origem. Assim, se o valor na
conta de origem estiver no débito, ele deverá ficar no débito da conta de destino; se
estiver no crédito da conta de origem, ficará no crédito da conta de destino.
Veja a conta Impostos. Ela possui no débito um saldo de $ 1.000. para
transferir este saldo para a conta Resultado do Exercício, debitaremos a conta
Resultado do Exercício e creditaremos a conta Impostos. Contudo, antes de lançar
esses valores nos Razonetes precisamos registrar a transferência em partida de
Diário. Veja:
(1) Resultado do Exercício
A Impostos
Transferência que se processa do saldo da segunda para a primeira das
contas supra, para apuração do resultado do exercício .....................................1.000
Agora que o fato já está devidamente registrado no Diário, vamos registrá-lo
nos Razonetes:
Agora que o fato já está devidamente registrado no Diário, vamos registrá-lo
nos Razonetes:
IMPOSTOS RESULTADO DO EXERCICIO
1.000 (1) 1.000 (1) 1.000
Observe que, após o lançamento de transferência efetuado devidamente no
Diário e nos Razonetes, a conta Impostos que tinha saldo devedor de $ 1.000,
creditado no lançamento de transferência, pela mesma importância, ficou com saldo
igual a zero, encerrando-se. Observe, ainda, que a conta Resultado do Exercício
65
recebeu por transferência um débito de $ 1.000, o qual, após o lançamento de
transferência, ficou no Razonete da conta Resultado do Exercício, no mesmo lado
que constava no Razonete de origem.
Vamos agora proceder da mesma maneira com a conta Aluguéis Passivos.
Como esta conta tem um débito de $ 500, faremos o seguinte:
Diário
(2) Resultado do Exercício
A Aluguéis Passivos
Transferência que se processa do saldo da segunda para a primeira das
contas supra, para apuração do resultado do exercício.........................................500
Razonetes:
ALUGUEIS PASSIVOS
RESULTADO DO EXERCICIO
500 (2) 500 (1) 1.OOO
(2) 500
Observe que, também neste caso, a conta Aluguéis Passivos ficou com saldo
igual a zero, sendo o seu valor transferido a debito da conta Resultado do Exercício.
Observe também que, após transferirmos todos os saldos das contas de
despesas para a conta Resultado do Exercício, todas as contas despesas ficam
zeradas, sem saldos, e co a conta Resultado do Exercício reúne e seu débito os
valores das despesas.
NOTA:
� Note que os dois lançamentos, por meio dos quais transferimos os saldos das
duas contas de despesas para a conta Resultado do exercício, poderíamos se
feitos em um só, assim:
Resultado do Exercício
A Diversos
Transferência dos saldos das seguintes contas de despesas, para apuração do
Resultado do Exercício:
A Impostos
Saldo desta conta ................................1.000
A Aluguéis Passivos
Idem ...................................................500 1.500
Note que, efetuando as transferências por lançamentos, individualizados (1ª
66
3. Transferir os resultados das contas de receitas também para a conta
transitória Resultado do Exercício.
Temos apenas uma conta de receita:
RECEITAS DE SERVIÇOS
3.500
Para Ribeiro (2011), o critério para transferência dos saldos das contas de
receita e o mesmo adotado para transferência dos saldos das contas de despesas.
Ocorre que, neste caso, a conta Receita de Serviços tem saldo credor, logo ela
será debitada no lançamento de Diário e, consequentemente, a conta Resultado do
Exercício, para o qual o saldo será transferido, será creditada. Agindo desta forma, a
conta Receitas de Serviços ficará zerada, e a conta Resultado do Exercício recebera
o valor de $ 3.500, na mesma posição em que ele figurava na conta de origem, ou
seja, no lado do credito. Acompanhe:
(3) Receitas de Serviços
A Resultado do Exercício
Transferência que se processa do saldo da primeira para a segunda das
contas supra, para apuração do resultado do exercício ......................................3.500
Veja agora como ficarão os Razonetes das contas envolvidas, após o lançamento 3:
67
RECEITAS DE SERVIÇOS
RESULTADO DO EXERCICIO
(3) 3.500 3.500 (1) 1.OOO (3) 3.500
(2) 500
4. Apurar no livro Razão ou Razonete o saldo da conta Resultado do
Exercício.
Agora que todas as contas de resultados (despesas e receitas) estão zeradas
(sem saldo) e os seus respectivos saldos transferidos para a conta Resultado do
Exercício, basta apurar o saldo desta conta no seu respectivo Razonete, para
sabermos se a empresa, neste exercício, apresentou lucro ou prejuízo em suas
transações. Veja:
RESULTADO DO EXERCICIO
(1) 1.OOO (3) 3.500
(2) 500
Soma 1.500
Saldo 2.000
Como o saldo e credor, corresponde a lucro. E lucro, pois o total das receitas
(3.500) foi superior ao total das despesas (1.500) em 2000.
5. Transferir o saldo da conta Resultado do Exercício para uma conta do
Patrimônio Líquido.
Pois bem, para que o resultado, apurado no final do exercício (no caso, lucro
de $ 2.000) possa figurar no Balanço Patrimonial, precisamos transferir o saldo da
conta Resultado do Exercício, que e uma conta transitória, para uma conta
patrimonial, cuja conta apropriada e Reservas de Lucros, que pertence ao
Patrimônio Liquido.
Nota:
68
� Lembramos, mais uma vez, que essa e uma maneira simplificada de dar
destinação ao lucro liquido do exercício.
O critério para se proceder a essa transferência e o mesmo já adotado quando
procedemos as transferências dos saldos das contas de despesas e de receitas.
Portanto, como a conta Resultado do Exercício possui saldo credor, para zerá-
lo teremos de debitá-la e, em contrapartida, creditaremos a conta Reservas de
Lucros. Veja:
(4) Resultado do Exercício
A Reservas de Lucros
Transferência que se processa do saldo da primeira para a segunda das
contas supra, referente ao lucro liquido do exercício ..........................................2.000.
Veja a posição das contas envolvidas nos seus respectivos Razonetes:
RESULTADO DO EXERCICIO RESERVAS DE LUCROS
(1) 1.OOO (3) 3.500 (4) 2.000
(2) 500
Soma 1.500
(4) 2.000 Saldo 2.000
Nota:
� Caso a conta Resultado do Exercício apresentasse saldo devedor, o respectivo saldo
representara do exercício e sua transferência para a conta Prejuízo Acumulados seria
feia no Diário, por meio do seguinte lançamento:
Prejuízos Acumulados
A Resultado do Exercício
Transferência que se processa para a primeira das contas supra,
referente ao prejuízo do exercício $
69
Agora que já apuramos o resultado do exercício, contabilizando-o em partidas
de Diário e nos Razonetes, todas as contas de resultado ficaram zeradas,
encerradas, permanecendo ainda com saldos, no livro Razão (Razonetes), somente
as contas patrimoniais, as quais serão utilizadas para a elaboração do Balanço
Patrimonial. Veja:
6. Elaborar o Balanço Patrimonial.
Conforme dissemos, a esta altura dos acontecimentos, no Razão (Razonetes)
só restam com saldos as contas patrimoniais, que representam a atual situação
patrimonial da empresa, isto e, os bens, os direitos, as obrigações e o Patrimônio
Liquido.
O Balanço Patrimonial e uma demonstração contábil que evidencia a situação
do patrimônio da empresa em um dado momento.
No Balanço Patrimonial, as contas patrimoniais são apresentadas em dois
grupos: Ativo e Passivo. O Ativo e composto por contas que representam os bens e
os direitos, devidamente classificadas em Ativo Circulante, e Ativo Não-Circulante; o
Passivo e composto por contas que representam as obrigações e a situação líquida,
devidamente classificadas e Passivo Circulante, Passivo Não-Circulante e
Patrimônio Líquido.
Veja, finalmente, como ficará o Balanço Patrimonial:
BALANCO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31 DE DEZEMBRO DE x1
1. ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Caixa 10.000
ATIVO NÃO-CIRCULANTE
Móveis e Utensílios 3.000
TOTAL do ATIVO 13.000
2. PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Contas a Pagar 5.000
PATRIMONIO LIQUIDO
Capital 6.000
Reservas de Lucros 2.000
TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO 8.000
TOTAL DO PASSIVO 13.000
70
Nota:
� O Balanço Patrimonial deve ser transcrito no livro Diário da empresa.
� Note que figurou, no patrimônio líquido, a conta Reserva de Lucros com valor de $
2.000. este valor corresponde ao lucro líquido apurado no exercício, o qual foi
transferido para esta conta por meio do lançamento 4. Se, porventura, o resultado do
exercício apresentasse prejuízo, conforme já dissemos, seria transferido para a conta
Prejuízos Acumulados, que seria classificada no Balanço Patrimonial, no mesmo grupo
do Patrimônio Líquido, porém com seu valor entre parênteses e, em vez de somar ao
valor do Capital, subtrair-se-ia deste para encontrar o total do grupo Patrimônio
Líquido.
ATIVIDADES PRÃTICAS
Prática 1
Relação das contas extraídas do livro Razão da empresa Redenção Ltda., em
31/12/x1:
1. Caixa 100.000 2. Clientes 20.000 3. Estoque de Material de Expediente 10.000 4. Imóveis 200.000 5. Móveis e Utensílios 50.000 6. Fornecedores 50.000 7. Promissórias a Pagar 20.000 8. Capital 270.000 9. Água e Esgoto 1.000 10. Alugueis Passivos 10.000 11. Descontos Concedidos 500 12. Fretes e Carretos 500 13. Receitas de Serviços 54.000 14. Material de Expediente 2.000
TOTAL 788.000
Pede-se:
1. Apurar, contabilmente, o resultado do exercício e elaborar o Balanço
Patrimonial, seguindo o roteiro a seguir:
71
ROTEIRO
a) Transcreva as contas com seus respectivos saldos em Razonetes;
b) Transfira os saldos das contas de Despesas para a conta transitória
Resultado do Exercício;
c) Transfira os saldos das contas de Receitas para a conta transitória
Resultado do Exercício;
d) Apure o saldo da conta Resultado do Exercício, transferindo-o para a
conta Reservas de Lucros (se for lucro), ou para a conta Prejuízos
Acumulados (se for prejuízo);
e) Elabore o Balanço Patrimonial.
2. Após apurado o resultado e levantado o Balanço Patrimonial, responda:
a) Qual foi o Resultado do Exercício?
b) Qual e o valor do Ativo Não-circulante?
c) Qual e o valor do Patrimônio Líquido?
PRÁTICA 2
Relação das contas extraídas do livro Razão da empresa São Luiz Ltda., e
31/12/x1:
1. Bancos conta Movimento 500 2. Duplicatas a Pagar 630 3. Veículos 2.000 4. Energia Elétrica e Comunicação 80 5. Fretes e Carretos 20 6. Café e Lanches 50 7. Impostos e Taxas 100 8. Moveis e Utensílios 1.000 9. Receitas de Serviços 120 10. Capital 3.000
TOTAL 7.500
Pede-se:
1. Apurar contabilmente o resultado do exercício e elaborar o Balanço
Patrimonial.
2. Após apurado o resultado e levantado o Balanço Patrimonial, responda:
72
a) Qual foi o resultado do exercício?
b) Qual o valor do Ativo Circulante?
c) Qual o valor do Patrimônio Líquido?
CAPÍTULO IX
9. PROVISÃO, DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
9.1 PROVISÕES E CONTAS A PAGAR
Segundo Guerra (2010) existem dois tipos de provisões: provisões que
representam obrigações financeiras e provisões que representam estimativas de
perdas.
As provisões que representam obrigações financeiras são as provisões de
contas a pagar. As provisões de contas a pagar se caracterizam por terem valor
conhecido e prazo certo para pagamento. É ocaso das conas de luz, água, telefone,
salários etc. Nesse caso, não há dívida sobre a existência da dívida essas provisões
são válidas para efeito de imposto de renda. Estas provisões são classificadas no
Passivo Circulante ou Não Circulante, a depender do prazo da obrigação.
O provisionamento de estimativas de perdas, aqui tratadas como “previsões”
têm características menos obvias. Trata-se de perspectiva de uma perda não
quantificável exatamente. Por exemplo: empresas que vendem a prazo ou
emprestam dinheiro sabem que está estatisticamente provado que haverá um
percentual de créditos perdidos, embora não seja possível prever o valor exato.Se a
despesa já existe, já é incorrida. Afinal, o recurso da empresa já foi desembolsado e
não deverá retornar. A divergência com o fisco ocorre na hora de quantificar essa
73
perda. Observa-se que esse problema deverá ocorrer no caso de todas as
provisões.
Para efeito de imposto de renda, apenas algumas provisões são admitidas,
calculadas de acordo com as regras emitidas pela autoridade tributária.
Os provisionamentos decorrentes de perdas estimadas não se caracterizam
como obrigação financeira e, portanto, não devem ser classificados no Passivo.
Serão demonstrados no Ativo, como redução do item sobre o qual foram calculados.
São os chamados contas retificadoras do Ativo.
9.1.1 Roteiro para um desgaste anunciado
Conforme Chagas (2010), Os BENS que formam o ATIVO PERMANENTE
IMOBILIZADO, por destinarem-se à utilização habitual da empresa, estão sujeitos a
um regime progressivo de desgaste. Essa diminuição contínua de valor é
reconhecida e amparada pela Lei n° 6.404/76, por meio de um processo contábil
chamado DEPRECIAÇÃO, se tratar de bens tangíveis; AMORTIZAÇÃO, se for bens
incorpóreos; EXAUSTÃO, se disser respeito a recursos naturais.
Trata-se de uma permissão legal que, levando em conta fatores como
obsolescência e uso, faculta a entidade abater, em seu balanço, uma parcela do
valor de cada bem inserido nesse grupo. O percentual a ser deduzido em cada
espécie de bem e calculado em função de sua vida útil e do ritmo de trabalho a que
e submetido.
Assim expressa o art. 183, § 2º, da Lei nº 6.404/76: “A diminuição de valor dos
elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas contas de”:
• Depreciação, quando corresponder a perda do valor dos direitos que tem por
objeto bens físicos sujeitos a desgastes ou perdas de utilidades por uso, ação
da natureza ou obsolescência;
• Amortização, quando corresponder a perda do valor do capital aplicado na
aquisição de direitos da propriedade industrial e comercial ou quaisquer
74
outros com existência ou exercício de duração limitada ou cujo objeto sejam
bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
• Exaustão, quando corresponder a perda do valor, decorrente de sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.
9.2 A Receita e os Ingredientes
A Receita Federal e reservada a competência para estabelecer o tempo de
vida útil de cada bem e, em função disso, o percentual a ser depreciado anualmente
em seu valor.
Vejamos como se processa o calculo da DEPRECIAÇÃO. Raciocínio
igualmente valido para AMORTIZAÇÃO e EXAUSTÃO.
Há diversos métodos para se calcular a DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO e
EXAUSTÃO. Eis os mais utilizados pela técnica contábil:
a. Método Linear;
b. Método da Soma dos Dígitos.
a) DEPRECIAÇÃO LINEAR- Esse método consiste em dividir-se o valor do
bem pelo numero de anos de sua vida útil.
Exemplo: Móveis e Utensílios – valor: R$ 10.000,00, vida útil: 10 anos. O
calculo da depreciação anual e, portanto, elementar: 10.000,00 ÷ 10 = 1.000,00. Em
outras palavras, anualmente a empresa abaterá R$ 1.000,00 na conta móveis e
utensílios, a titulo de depreciação.
9.3 As Variáveis
Obs.: conforme aludido em tópicos precedentes, o método linear admite
índices diferenciados de depreciação, segundo a intensidade do uso que o bem for
submetido. O ritmo pode ser:
1. Normal.
75
2. Antecipado.
No ritmo NORMAL, o calculo e simples e direto, nos padrões do parágrafo
anterior. No mínimo ACELERADO, o índice modifica-se em decorrência do numero
de horas diárias em que o bem for utilizado.
Isto significa que um bem usado durante 2 turnos diários (16 horas) tem sua
depreciação calculada pelo método linear normal, mas o valor obtido multiplica-se
por 1,5. Dessa forma, a depreciação anual do bem submetido ao exemplo anterior
passará a ser 1.000 x 1,5 = 1.500,00.
Bem utilizado durante 3 turnos diários (24 horas) terá sua depreciação normal
multiplicada pelo número 2. O primeiro exemplo apresentará, dessa forma, o
seguinte valor depreciado – se o uso do bem acontecer em 3 turnos:
10.000,00 (anos de vida útil) = 1.000,00; 1.000,00x2=2.000,00.
Exemplo: um veículo de R$ 6.000,00, adquirido em 1º de setembro, sofrerá,
ao final do ano, a seguinte depreciação:
6.000,00÷5 (anos de vida útil) = 1.200,00; (1.200,00x4) ÷ 12 = 400,00
Obs.: os 4/12 referem-se aos 4 meses (setembro/dezembro) do ano
considerado no exemplo.
b) DEPRECIAÇÃO PELO MÉTODO DA SOMA DOS DIGITOS – é uma
depreciação progressiva e consiste em dividir o valor contábil do BEM pela soma
dos dígitos referentes ao período de sua vida útil.
Exemplo: VEÍCULOS: R$ 15.000,00, vida ‘útil: 5 anos. Soma dos dígitos:
1+2+3+4+5=15. Cálculo da depreciação, ano a ano: 15.000,00 ÷ 15 = 1.000,00.
Dessa forma:
Depreciação do 1° ano: 1.000,00x1 = 1.000,00
Depreciação do 2° ano: 1.000,00x2 = 2.000,00
Depreciação do 3° ano: 1.000,00x3 = 3.000,00
Importante: o valor da depreciação deve ser proporcional ao numero de meses em que o bem for usado durante o exercício.
76
Depreciação do 4° ano: 1.000,00x4 = 4.000,00
Depreciação do 5° ano: 1.000,00x5 = 5.000,00
15.000,00
9.4 O Tempo!...
Veículos 5 anos Ambulância 3 anos Computadores 5 anos Edificações 25 anos Instalações 10 anos Moveis e Utensílios 10 anos Maquinas e equipamentos 10 anos
Obs. 1: sobre a conta TERRENOS não incide depreciação. Pois, salvo casos
especiais – catástrofes, por exemplo -, essa espécie de imóvel (em tese) não sofre
desgaste físico.
Obs. 2: no que tange à vida útil dos bens e, portanto, às parcelas a serem
depreciadas, cumpre esclarecer que são simples limites fixados pela legislação
fiscal, não constituindo regra obrigatória para os registros contábeis. Isso quer dizer
que o contador, embora esteja sujeito aos tetos máximos da lei, não está impedido
de aplicar taxas anuais menores para depreciar seu imobilizado – desde que
reconheça nos bens a seus cuidados uma vida útil mais elástica do que aquela
traçada nas cartas do Fisco.
9.5 As Técnicas dos Mestres
Guerra (2010), Assimilada a metodologia da
depreciação/amortização/exaustão, no tocante a seus valores, cabe-nos levar às
vias da Contabilidade.
Respeitáveis autores, entre os quais eminente professor Hilário Franco,
considere de bom alvitre formar uma conta de provisão para registrar o valor
depreciado nos bens ativos. Desse modo, o valor das DEPRECIAÇÕES transita, a
crédito, pela conta PROVISÃO PARA DEPRECIAÇÃO, em vez de lançar-se
diretamente em DEPRECIAÇÃO ACUMULADA.
77
Com as devidas escusas ao mestre, preferimos espelhar-nos em outra corrente
do pensamento contábil, que dá curso ao processo direto e, a nosso ver, de sumária
compreensão. Ou seja, debita-se a conta DEPRECIAÇÕES, tendo como
contrapartida a conta geral DEPRECIAÇÃO ACUMULADA, conforme lançamentos
seguintes:
Palmas, ....../....../X1
D – DEPRECIAÇÕES ................................................. 2.500,00
C – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA – VEÍCULOS
Vr. Ref. 20% desta conta ......................... 2.000,00
C – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA – MÓVEIS E UTENSÍLIOS
Vr. Ref. 10% do valor total........................ 500,00 2.500,00
Obs. 3: a conta DEPRECIAÇÃO, escriturada a debito, e conta de resultado e
representa DESPESA OPERACIONAL (ADMINISTRATIVA), para fins contábeis e
ficais. Terá seu saldo zerado e transferido para o RESULTADO DO EXERCICIO, por
ocasião do encerramento, repercutindo no LUCRO OU PREJUIZO e, em
conseqüência, em tributos e participações.
A DEPRECIAÇÃO ACUMULADA, escriturada a credito no lançamento acima, e
uma conta patrimonial e representa o valor cumulativo das depreciações relativas a
cada bem do IMOBILIZADO. No Balanço ele integra o ATIVO PERMANENTE, com
o sinal trocado, isto e, na condição de redutora.
9.6 Exercício de Depreciação
Propomos, a seguir, um exercício de depreciação das contas do ATIVO
IMOBILIZADO, pelo método linear normal e acelerado (em 2 turnos e em 3 turnos),
e o método da soma dos dígitos.
1. Calcule a depreciação, pelo método linear normal, da conta VEICULO, no
valor de R$ 10.000,00 e vida útil de 5 anos.
2. Calcule a depreciação, pelo método linear normal, de MOVEIS E
UTENSILIOS, no valor de R$ 12.000,00, adquiridos em 1° de março. Vida
útil: 10 anos.
78
3. Calcule a depreciação, pelo método linear acelerado (uso em 2 turnos), da
conta MAQUINAS E EQUIPAMENTOS, no valor de R$ 60.000,00. Vida útil:
10 anos.
4. Calcule, pelo método linear normal, a depreciação de um EDIFICIO
adquirido, por R$ 24.000,00, em 1° de junho de certo exercício social. Vida
útil: 25 anos.
5. Calcule a depreciação, pelo método da soma dos dígitos, da conta
COMPUTADORES E PERIFERICOS, no valor de R4 4.500,00. Vida útil: 5
anos.
CAPITULO X
10. INVENTÁRIO
10.1 INVENTÁRIO PERIÓDICO
Para Guerra (2010), é comum encontrarem nos últimos dias de cada ano,
placas ou cartazes afixados nas portas de algumas lojas, com esta inscrição:
“fechada para balanço”.
Obviamente, a empresa não necessita fechar as portas para fazer seu balanço.
Pois este e um demonstrativo elaborado pelo departamento ou profissional
responsável, que muitas vezes opera a quilômetros de distancia. A empresa, na
verdade, esta realizando seu inventario periódico de estoques. E possível, contudo,
que se houvesse a porta de alguma loja, uma inscrição indicando que ela encontra-
se “fechada para inventário”, tal mensagem induziria o transeunte comum a imaginar
que o proprietário da empresa morreu e seus bens estão em regime de partilha.
Inventário Periódico, com efeito, e o levantamento de estoques realizado no
âmbito da empresa, por ocasião do encerramento de cada exercício ou numa época
especial em que tal providencia se fizer necessária.
79
Contam-se os itens da mercadoria em estoque, identificam-se os preços
unitários (pelo método adotado – PEPS ou Media Ponderada, por exemplo) e
calcula-se o valor total. Com esse dado, chega-se ao custo da mercadoria vendida,
aplicando-se a conhecida fórmula: CMV = Estoque inicial + Compras Líquidas –
Estoque Final.
10.2 INVENTÁRIO PERMANENTE
Chagas (2010), esse sistema consiste no acompanhamento continuo do
estoque, mediante controle cuidadoso das entradas e saídas de mercadorias. Ele
exige o registro imediato e correto de todas as compras e vendas, por seus preços
de custo, a fim de que o saldo do estoque esteja sempre atualizado e confiável.
Não obstante seja ele um sistema desejável, tendo em vista a instantaneidade
de um precioso dado gerencial, ainda embute ponderável margem de erro,
sobretudo em períodos prolongados e empresas de intensa movimentação. A
despeito dos sofisticados equipamentos eletrônicos disponíveis, haverá sempre
probabilidade de falhas (fortuitas ou intencionais) na execução e controle.
10.3 DESDOBRANDO OS MÉTODOS
Dois são os métodos de que a técnica se utiliza para contabilizar essas
operações: Conta Mista e Conta Desdobrada.
10.3.1 Conta Mista
Método em que as compras e vendas de mercadorias são, respectivamente,
debitadas e creditadas na mesma conta Mercadorias. Trata-se de um sistema
peculiar, que requer cuidados especiais para se distinguirem, a qualquer tempo,
receitas, custos e lucros.
10.3.1.1 ESCRITURAÇÃO DE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS (Conta
Mista – Inventário Periódico):
Tomemos, como exemplo, uma compra de R$ 100.000,00, com 15% de ICMS:
80
Local e data
D – MERCADORIAS ............................................. 85.000,00
D – ICMS A RECUPERAR .................................... 15.000,00 100.000,00
C – CAIXA (ou outro meio de pagamento) ................. ...................100.000,00
Por outro lado, eis o procedimento adequado numa operação de venda
contabilizada por meio do mesmo método e pelo meso sistema de inventário. Venda
da mercadoria por R$ 120.000,00, com 15% de ICMS.
Local e data
D – CAIXA ............................................................. ........................120.000,00
C – MERCADORIAS ............................. .............102.000,00
C – ICMS A RECOLHER ............... ...................... 18.000,00 120.000,00
Note-se que, ao adotar o método da conta mista, a contabilidade registra as
operações de compra e venda na mesma conta, a conta Mercadorias. O custo da
mercadoria vendida e o resultado com mercadoria (lucro ou prejuízo bruto) somente
será conhecido e contabilizado no encerramento do exercício, após o processo final
de apuração.
• Para Regime Permanente, Diferentes Regras
Em caso de regime permanente de inventário, isto é, quando a empresa exerce
controle constante de seus custos e estoques, a contabilização das compras realiza-
se de forma igual à do sistema periódico. Exemplo:
Compra de R$ 100.000,00, com 15% de ICMS:
Local e data
D – MERCADORIAS .................................. 85.000,00
D – ICMS A RECUPERAR ......................... 15.000,00 100.000,00
C – CAIXA (ou outro meio de pagamento) ................. 100.000,00
81
As operações de vendas, no entanto, exigem o registro adicional e simultâneo
do CMV, em outras palavras, em cada venta a empresa precisa consignar o custo
despendido com a mercadoria envolvida na transação. Vejamos o seu modelo:
Venda da mercadoria por R$ 120.000,00.
Local e data
D – CAIXA
C – VENDAS DE MERCADORIAS ................................ 120.000,00
D – ICMS SOBRE VENDAS
C – ICMS A RECOLHER .............................................. 18.000,00
D – CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA .................................... 85.000,00
C – MERCADORIAS ....................................................................... 85.000,00
10.3.2 Conta Desdobrada
No entanto, expressiva maioria dos profissionais – sobretudo da comunidade
acadêmica -, por fatores como praticidade e clareza, elege uma segunda via para
contabilizar compras e vendas: “Método da Conta Desdobrada”.
Por esse método, debitam-se as compras numa conta de resultado chamada
Compras de Mercadorias, ou simplesmente Compras.
No encerramento do exercício, o saldo total dessa conta é transformado para o
Custo da Mercadoria Vendida.
As vendas, por sua vez, são lançadas, a crédito, com o título contábil vendas
de Mercadorias ou, apenas, Vendas.
Por tratar-se de conta de resultado, na condição de receita, seu saldo final
transfere-se para RCM, no encerramento do exercício.
• Modelo de Contabilização
82
Tomando-se, à guisa de demonstração inicial, operações comerciais isentas de
postos e efetuadas à vista, apresentamos abaixo a sistemática de contabilização de
compras e vendas, segundo o Método da Conta Desdobrada:
Lançamento 1 (pelas compras):
Local e data
D – COMPRAS DE MERCADORIAS
C – CAIXA
Histórico ........................................................ Valor
Lançamento 2 (pelas vendas):
Local e data
D – CAIXA
C – VENDAS DE MERCADORIAS
Histórico ....................................................... Valor
Isso posto, apresentamos, para exame do estudante, o primeiro de alguns
exercícios propostos e resolvidos em nossas aulas de Ciências Contábeis.
Refere-se à constituição de uma empresa comercial, segundo modelo já
desenvolvido.
Nele, uma dada empresa é constituída, tem seu capital parcialmente
integralizado e mostra seu balanço de abertura, e as transações de compra e venda
realizadas primeiro período operacional.
• Nasce uma Estrela...
Exercício 1 – Constituição de uma empresa comercial e suas operações
iniciais.
Dados: a empresa COMERCIAL DE PNEUS LONGA VIDA foi constituída,
em 31.10.X1, da seguinte forma:
Capital subscrito: R$ 140.000,00
Forma de integralização:
83
Caixa ................................................................. 40.000,00
Banco Conta Movimento ..................................... 30.000,00
Veículos ............................................................. 10.000,00
Máquinas e Equipamentos ................................... 5.000,00
Móveis e Utensílios ............................................. 5.000,00
Instalações ........................................................ 5.000,00
Mercadorias (estoque inicial: 600 unidades) ......... 30.000,00
Computadores e Periféricos ................................. 5.000,00
Transações do período operacional
Após subscrever e integralizar o capital social, cabe elaborar seu Balanço de
Abertura. Feito isso, a empresa inicia suas atividades e, no curso do exercício,
efetua as seguintes transações comerciais:
1. Em 10/11/X1 – compra de 600 unidades, ao preço unitário de R$ 55,00,
sendo metade paga a vista e metade para pagamento em janeiro de X2.
2. Em 30/11/X1 – compra de 1.000 novas unidades, ao preço unitário de R$
57,00, sendo metade paga com cheque e metade por meio de duplicatas,
para pagamento em FEVEREIRO DE X2.
3. Em 05/12/X1 – venda de 1.000 unidades pelo valor total de R$ 70.000,00,
tendo sido recebidos R$ 20.000,00 em dinheiro e o restante por meio de
duplicatas vencíveis em janeiro de X2.
4. Em 10/12/X1 – compra de 500 unidades pelo valor total de R$ 30.000,00,
com pagamento a vista.
5. Em 15/12/X1 – venda de 800 unidades pelo valor total de R$ 56.000,00,
tendo sido recebidos R$ 10.000,00 em depósito bancário e o restante em
duplicatas para fevereiro de X2.
6. Em 24/12/X1 – venda a vista de 200 unidades pelo valor total de R$
13.000,00.
Atenção:
a. Escriture as operações pelo método da conta desdobrada.
84
b. Apure os saldos nos respectivos Razonetes.
c. Apure o estoque, pelo método PEPS, contabilizando CMV e Resultado
do Exercício.
d. Elabore o Balanço Patrimonial e DRE, em 31/12/19x1.
Exercício 1 (Solução)
Lançamentos de Constituição da empresa COMERCIAL DE PNEUS LONGA VIDA.
Pela Subscrição:
Cidade Jardim, 31.10.X1.
D – CAPITAL A INTEGRALIZAR
C – CAPITAL SUBSCRITO
Vr. Ref. Capital social da
Empresa, subscrito nesta
Data ................................................................ 140.000,00
Pela Integralização:
D – CAIXA
Vr. Ref. Parcela do capital, integralizada
Em moeda corrente nesta data ........................... 40.000,00
D – BANCO CONTA MOVIMENTO
Vr. Ref. Parcela do capital, integralizada nesta
Data, mediante depósito no Banco Praça ............ 30.000,00
D – VEICULOS
Vr. Ref. Parcela capital social, integralizada
Nesta data, pela inclusão do automóvel marca
Quatro Rodas, cfe. Cert. Prop. 0001 .................... 10.000,00
D – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Vr. Ref. X máquinas, marca Ferrugina,
Contabilizadas em nome da empresa .................... 5.000,00
D – MÓVEIS E UTENSÍLIOS
85
Vr. Ref. Parcela do capital social, integralizada
Nesta data, com móveis e utensílios, conforme
Notas fiscais do Antiquário Bastilha ................... ... 5.000,00
D – INSTALAÇÕES
Vr. Ref. X balcões e x prateleiras, ora contabilizados
Em nome da empresa .................................... ........ 5.000,00
D – MERCADORIAS
Vr. Ref. 600 unidades de pneus Capadura,
Ora contabilizadas em nome da empresa ............. 30.000,00
D – COMPUTADORES E PERIFÉRICOS
Vr. Ref. 2 computadores marca Intratável
E duas impressoras Econômicas, ora contabilizados
Em nome da empresa ............................................. 5.000,00 130.000,00
C – CAPITAL A INTEGRALIZAR .................................................. 130.000,00
TRANSPORTE VALORES LANÇADOS PARA O LIVRO RAZÃO
(RAZONETES)
CAIXA BANCO C/MOVIMENTO MERCADORIAS
40.000,00 30.000,00 30.000,00
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS VEICULOS
5.000,00 10.000,00
86
MAQUINAS E UTENSILIOS COMPUTADORES
5.000,00 5.000,00
CAPITAL A INTEGRALIZAR INSTALAÇÕES
140.000,00 5.000,00
10.000,00
BALANÇO DE ABERTURA – 31 DE OUTUBRO DE 19X1
Comercial de Pneus Longa Vida
1) ATIVO 2) PASSIVO
1.1) ATIVO CIRCULANTE 2.1) PASSIVO CIRCULANTE
1.1.1) DISPONIVEL
1.1.1.01) Caixa 40.000,00 2.2) PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO
1.1.1.02) Banco Conta Movimento 30.000,00
2.3) RESULTADOS DE EXERCICIOS FUTUROS
1.1.2) CLIENTES
1.1.4) OUTROS CREDITOS
1.1.4) ESTOQUES
1.1.4.01) Mercadorias/Estoque 30.000,00
1.2) REALIZAVEL A LONGO PRAZO
2.4) PATRIMONIO LIQUIDO
1.3) ATIVO PERMANENTE 2.4.1) CAPITAL SOCIAL
87
1.3.1) INVESTIMENTOS 2.4.1.01) Capital Subscrito 140.000,00
2.4.1.02) (-) Capital a Integralizar (10.000,00)
1.3.2) IMOBILIZADO
1.3.2.01) Local e Imóveis
1.3.2.02) Moveis e Utensílios 5.000,00
1.3.2.03) Maquinas e Equipamentos 5.000,00
1.3.2.04) Computadores e Periféricos 5.000,00
1.3.2.05) Instalações 5.000,00
1.3.2.06) Veículos 10.000,00
TOTAL 130.000,00 TOTAL 130.000,00
LANÇAMENTOS DAS OPERAÇÕES DE COMPRAS E VENDAS
1) Cidade Jardim, 10.11.X1
D – COMPRAS DE MERCADORIAS
C – CAIXA .................................................. 16.500,00
C – FORNECEDORES ............................ ...16.500,00 ...... 33.000,00
2) Cidade Jardim, 30.11.X1
D – COMPRAS DE MERCADORIAS
C – BANCOS CONTA MOVIMENTO ........... 28.500,00
C – DUPLICATAS A PAGAR ........................ 28.500,00 ..... 57.000,00
3) Cidade Jardim, 05.12.X1
D – CAIXA .................................................... 20.000,00
D – DUPLICATAS A RECEBER .................... 50.000,00 ... 70.000,00
C – VENDAS DE MERCADORIAS ........................................70.000,00
4) Cidade Jardim, 10.12.X1
D – COMPRAS DE MERCADORIAS
C – CAIXA .......................................................................... 30.000,00
5) Cidade Jardim, 15.12.X1
88
D – BANCOS CONTA MOVIMENTO .............................. 10.000,00
D – DUPLICATAS A RECEBER ..................................... . 46.000,00
C – VENDAS DE MERCADORIAS .................................. 56.000,00
6) Cidade Jardim, 24.12.X1
D – CAIXA ........................................................................ 13.000,00
C – VENDAS DE MERCADORIAS ................................ ..13.000,00
TRANSPORTE PARA OS RAZONETES:
CAIXA BANCOS CONTA MOVIMENTO
40.000,00 16.500,00 (01) 30.000,00 28.500,00 (2)
(03) 20.000,00 30.000,00 (04) (05) 10.000,00
(6) 13.000,00
26.500,00 11.500,00
FORNECEDORES DUPLICATAS A PAGAR
16.000,00 (01) 28.500,00 (02)
COMPRAS INSTALAÇÕES
(01) 33.000,00 70.000,00 (03)
(02) 57.000,00 56.000,00 (05)
(03) 30.000,00 13.000,00 (06)
120.000,00 139.000,00
89
DUPLICATAS A RECEBER
(03) 50.000,00
(05) 46.000,00
96.000,00
90
APURAÇÃO DO ESTOQUE PELO MÉTODO PEPS (Primeiro que entra, Primeiro que sai)
ENTRADAS SAÍDAS/VENDAS SALDOS
DATA QUANTIDADE PREÇO UNIT. TOTAL QTD. TOTAL QTD.
PREÇO UNIT. TOTAL
31/10/x1 600 - (600) = 0 50,00 (E.I) 30.000,00 600 50,00 30.000,00
10/11/x1 600 - (400) = 200 - (200) = 0 55,00 33.000,00 (+) 600 55,00 (+) 33.00,00
30/11/x1 1.000 - (600) = 400 - (200) =
0 57,00 57.000,00 (+) 1.000 57,00 (+) 57.00,00
(=) 2.200 (=) 120.000,00
05/12/x1 1.000 70.000,00 (-) 600 600 x 50,00 (-) 30.000,00
(-) 400 400 x 55,00 (-) 22.000,00
(=) 1.200 (=) 68.000,00
10/12/x1 500 60,00 30.000,00 (+) 500 60,00 (+) 30.00,00
(=) 1.700 (=) 98.000,00
10/12/x1 800 56.000,00 (-) 200 200 x 55,00 (-) 11.000,00
(-) 600 600 x 57,00 (-) 34.200,00
(=) 900 (=) 52.800,00
24/12/x1 200 13.000,00 (-) 200 200 x 57,00 (-) 11.400,00
TOTAIS DA APURAÇÃO DO ESTOQUE 120.000,00 139.000,00 (=) 700 (=) 41.400,00
Compras no
Período Receita Bruta de
Vendas Estoque
Final Valor Estoque
Final
91
APURAÇÃO EXTRACONTÁBIL DO CMV – CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA:
CMV: EI + C – EF
CMV = 30.000,00 N + 120.000,00 – 41.400,00
CMV = 108.600,00
CONTABILIZAÇÃO DO CMV (Livro DIÁRIO):
Cidade Jardim, 31.12.X1.
D – CMV
C – MERCADORIAS (E.I) ............................... 30.000,00
C – COMPRAS DE MERCADORIAS ............ 120.000,00 ...... 150.000,00
D – MERCADORIAS (EF)
C – CMV ................................................................................... 41.000,00
Transporte para os RAZONETES:
C.M.V.
30.000,00 41.000,00
120.000,00
108.600,00
92
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ribeiro (2011), aqui apresentamos a contabilização do RESULTADO DO
EXERCÍCIO. Não há despesas a considerar e, portanto, o resultado com
mercadorias equivale ao lucro líquido final.
Cidade Jardim, 31.12.X1.
D – RESULTADO DO EXERCÍCO
C – CMV ............................................................ 108.600,00
D – VENDAS DE MERCADORIAS
C – RESULTADO DO EXERCÍCIO ................... 139.000,00
RESULTADO DO EXERCÍCIO
108.600,00 139.000,00
30.400,00
Impõe-se retirar que a conta “Resultado...” é transitória e, sendo assim,
necessita de encerramento. A apuração, pois, aperfeiçoa-se com a transferência de
seu saldo para lucro ou prejuízo do exercício.
D – RESULTADO DO EXERCÍCIO
C – LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO .......................... 30.400,00
Lucro Líquido do Exercício – R$ 30.400,00
RESULTADO DO EXERCÍCIO
108.600,00 139.000,00
30.400,00
93
BALANÇO PATRIMONIAL – 31 DE DEZEMBRO DE 19X1 COMERC IAL
DE PNEUS LONGA VIDA
1) ATIVO 2) PASSIVO
1.1) ATIVO CIRCULANTE 2.1) PASSIVO CIRCULANTE
1.1.1) DISPONIVEL 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
2.2) PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO
1.1.1.01 Caixa 26.500,00
1.1.102 Banco Conta Movimento 11.500,00 2.1.2 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
1.1.2) CLIENTES 2.1.3 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
1.1.2.01 Duplicatas a Receber 96.000,00
2.1.4 FORNECEDORES
1.1.3) OUTROS CREDITOS 2.1.4.01 Fornecedores Nacionais 16.500,00
2.1.4.02 Duplicatas a Pagar 28.500,00
1.1.4) ESTOQUES
1.1.4.01) Mercadorias/Estoque 41.400,00 2.2 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
1.2) REALIZAVEL A LONGO PRAZO 2.3 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
1.3) ATIVO PERMANENTE
1.3.1) INVESTIMENTOS
1.3.2) IMOBILIZADO
1.3.2.01) Imóveis
1.3.2.02) Moveis e Utensílios 5.000,00 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1.3.2.03) Maquinas e Equipamentos 5.000,00 2.4.1 CAPITAL SOCIAL
1.3.2.04) Computadores e Periféricos 5.000,00 2.4.1.01 Capital Subscrito 140.000,00
1.3.2.05) Instalações 5.000,00 2.4.1.02 (-) Capital a Integralizar (10.000,00)
1.3.2.06) Veículos 10.000,00 2.4.1.03 Lucro Líquido do Exercício 30.400,00
TOTAL 205.400,00 TOTAL 205.400,00
Obs. 1: a partir do exercício de 2008, a conta Lucros, por força da Lei n°
11.638/2007, deixou de integrar o Patrimônio Líquido.
Obs. 2: a partir do exercício de 2009, por força da Medida Provisória n°
449/2008, a expressão Ativo Permanente e o subgrupo Diferido deixaram de figurar
Balanço Patrimonial, passando os demais elementos do antigo grupo a integrar o
Ativo-Não Circulante. Também foi excluído o grupo Resultado de Exercícios Futuros,
que até então integrava o Passivo.
94
DEMOSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
1 - Receitas Operacionais
1.01 - Receitas Sobre Vendas de Mercadorias (Comércio) 139.000,00
RECEITA OPERACIONAL BRUTA/RECEITA BRUTA DAS VENDAS 139.000,00
2 - Deduções e Abatimentos
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA/RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS 139.000,00
3- Custos Operacionais
3.01 - Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) 108.600,00
LUCRO OPERACIONAL BRUTO 30.400,00
4 - Despesas Operacionais
LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL 30.400,00
5 - Despesas e Receitas Não Operacionais
LUCRO OPERACIONAL ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 30.400,00
6 - Provisão para Contribuição Social
LAIR - LUCRO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 30.400,00
7 - Provisão Para Imposto de Renda
LUCRO DO EXERCÍCIO APÓS IMPOSTO DE RENDA 30.400,00
8 - Participações
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 30.400,00
95
PARTE II
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
96
CAPÍTULO I
1. A ANÁLISE DE BALANÇOS
1.1 INTRODUCÃO
A Análise das Demonstrações Contábeis ou Análise de Balanços se inicia a partir das Demonstrações Financeiras, ou seja, para a sua consecução é necessário que todas as Demonstrações Contábeis já tenham sido previamente elaboradas.
Para Silva (2010) apud Matarazzo a análise de balanços começa onde termina
a contabilidade, considerando que o contador faz a captação, organização e registro dos fatos administrativos ocorridos na organização e tem como produto de seu trabalho as Demonstrações Contábeis devidamente elaboradas.
Já o analista de balanços toma as Demonstrações Contábeis como ferramenta
de trabalho, desenvolve todo o processo de análise e tem como produto de seu trabalho um relatório de análise que apresenta considerações acerca da situação econômico-financeira desta mesma organização.
De acordo com Marion (2010) a Análise de Balanços á tão antiga quanto a
própria Contabilidade, e tem seu marco inicial, provavelmente, por volta de 4.000 anos a. C., em sua forma primitiva.
Contudo, em seu formato mais consolidado o surgimento da Análise de
Balanços data do final do XIX, por solicitação dos banqueiros americanos em decorrência da necessidade de obtenção de empréstimos, mediante o cenário econômico da época. (MARION, 2010).
O processo contábil de uma empresa inicia-se com a ocorrência dos fatos
administrativos da entidade e encerra-se com a elaboração das Demonstrações Contábeis, a partir desse momento, então, tem inicio a atividade do analista de balanços, objetivando evidenciar a situação econômico-financeira das empresas, durante o período analisado.
A situação econômica mensura a capacidade da empresa em gerar resultadas
e pode ser avaliada através da Demonstração do Resultado do Exercício. A situação financeira da empresa avalia a capacidade que a mesma possui
para honrar com as obrigações assumidas junto a terceiros e pode ser auferida constatada por meio do Balanço Patrimonial.
97
As demonstrações contábeis são elaboradas com dados extraídos dos livros contábeis da empresa, considerando que todos os fatos nela ocorridos já foram, devidamente, registrados utilizando-se a técnica da Escrituração.
1.2 CONCEITO Segundo Ribeiro (2009), a Análise de Balanços é uma técnica contábil, através
da qual são examinados e interpretados os dados contidos nas demonstrações contábeis, transformando-os em informações que possam auxiliar os distintos usuários da Contabilidade na tomada de decisões empresariais.
Através da análise de balanços é possível obter-se informações acerca da
situação econômica e financeira da empresa. Para o desenvolvimento desta técnica contábil não é utilizado somente o Balanço Patrimonial, na verdade são utilizadas todas as demais Demonstrações Contábeis previstas pela legislação societária.
Com base nos dados extraídos da Demonstração do Resultado é possível
obter-se, principalmente, a rentabilidade auferida pelo capital investido na empresa. Já com os dados retirados do Balanço Patrimonial é possível conhecer o nível de endividamento, assim como, o grau de liquidez que a empresa apresenta (MARION e RIBEIRO, 2011)
O nível de detalhamento do processo de análise é determinado de acordo com
a sua finalidade, considerando que é possível obter-se informações específicas e pontuais, assim como, informações com nível de complexidade bastante elevado, dependendo da decisão que precisa ser tomada.
1.3. INTERESSADOS
De acordo com a história, os bancos foram os primeiros a demonstrar interesse pela análise de balanços. Hoje são muitos os usuários interessados em informações acerca do capital investido, da rentabilidade, da capacidade de solvência e do nível de endividamento das empresas.
Ribeiro (2009) aponta como usuários os seguintes:
• Bancos – necessitam de informações sobre a situação econômica e financeira das entidades com as quais realizam suas transações.
• Fornecedores – possuem necessidade de conhecer a capacidade de
pagamento, assim como, a capacidade de liquidez de seus clientes.
• Administradores – são os maiores interessados na situação econômica e financeira das empresas que administram a fim de que possam se posicionar perante seus concorrentes.
98
• Público investidor – costumam apresentar interesse, principalmente, na rentabilidade das empresam a fim de que possam mensurar seus rendimentos.
• Sindicatos de Classe – utilizam as demonstrações contábeis das
empresas de determinados setores visando estabelecer padrões que sirvam como guia para a tomada de decisões por parte das empresas interessadas.
• Governo – busca informações acerca das empresas que participam de
concorrências públicas, assim como, sobre a veracidade das informações prestadas para o fisco..
1.4. DINÂMICA E ESTÁTICA PATRIMONIAL
Para Reis (2009), através da análise das demonstrações contábeis é possível verificar os aspectos dinâmico e estático da empresa, a saber:
• Aspecto Estático – busca evidenciar a situação da empresa em um dado momento, sem levar em consideração sem levar em consideração seu passado ou seu futuro. Este aspecto pode ser constado através do Balanço Patrimonial, considerando que o mesmo retrata o patrimônio da organização em um momento específico, como se fosse uma fotografia da mesma.
• .Aspecto Dinâmico – apresenta a performance dos negócios da empresa
ao longo do tempo, realizando comparações do resultado atual com os dados passado, assim como, projetando os resultados futuros. Este aspecto pode ser verificado através da Demonstração do Resultado do Exercício, uma vez que esta demonstração objetiva apresentar a taxa de retorno auferida pela empresa ao longo do tempo.
EXERCICIO DE FIXAÇÃO
1ª. A Análise de Balanços tem como objetivo: a) ( ) Verificar se as demonstrações contábeis foram elaboradas utilizando todos os critérios técnicos exigidos pela lei; b) ( ) Analisar as demonstrações contábeis antes que estas sejam apresentadas ao fisco ; c) ( ) Evidenciar os resultados financeiros auferidos pela organização em determinado momento; d) ( ) Transformar os dados coletados das demonstrações contábeis em informações que auxiliem na tomada de decisão empresarial
99
2ª. No que concerne aos interessados na análise de balanços é incorreto afirmar que: a) ( ) O governo busca informações acerca das empresas que participam de concorrências públicas, assim como, sobre a veracidade das informações prestadas para o fisco; b) ( ) O público investidor costuma apresentar interesse, principalmente, na rentabilidade das empresas a fim de que possam mensurar seus rendimentos. c) ( ) Os Fornecedores precisam conhecer a capacidade de pagamento, assim como, a capacidade de liquidez de seus clientes. d) ( ) Os administradores utilizam as demonstrações contábeis das empresas de determinados setores visando estabelecer padrões que sirvam como guia para a tomada de decisões por parte das empresas interessadas. 3ª. Estabeleça a diferença entre situação financeira e situação econômica.
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4ª. Discorra sobre estática e dinâmica empresarial. ________________________________________________________________
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CAPÍTULO II 2. O PROCESSO DA ANÁLISE
2.1. NÍVEIS DE ANÁLISE
De acordo com Marion (2010) a Análise das Demonstrações Contábeis pode ser dividida em três níveis, a saber:
• Nível Introdutório – que apresenta, apenas, indicadores básicos, acerca do tripé de análise: Liquidez (que aborda a situação financeira); Rentabilidade (que retrata a situação econômica) e Endividamento (que evidencia a estrutura de capitais).
Figura 1: Tripé de Análise Adaptado de Marion, 2010.
No processo de análise devem ser contemplados todos os aspectos que influenciam na tomada de decisão das organizações, por isso, o mesmo deve abordar o tripé acima apresentado, considerando que este representa os três pilares primordiais da empresa.
• Nível intermediário - neste nível de análise são utilizadas outras ferramentas
que possibilitam um caráter um pouco mais aprofundado ao processo, para tanto, são analisados outros demonstrativos.
As outras demonstrações mais utilizadas, geralmente, são o Fluxo de Caixa, em decorrência de possibilitar uma análise mais detalhada da situação financeira e a
101
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, que, apesar, de não ser mais obrigatória fornece informações relevantes acerca do endividamento e da liquidez da empresa.
Figura 2: Níveis de Análise Adaptado de Marion, 2010. Este nível de análise apresenta um conjunto de indicadores, ainda, mais profundos que aqueles decorrentes da análise introdutória, contudo, não permite avançar mais na análise, justamente, por tratar-se de um nível intermediário.
• Nível avançado – neste nível são utilizados indicadores mais elaborados como:
a) Combinação de indicadores, b) análise da Demonstração, c) Projeções das Demonstrações Contábeis, e d) Liquidez Dinâmica, entre outras.
A partir da utilização destas ferramentas é possível obter-se maior detalhamento
e profundidade no processo o que possibilita que as conclusões acerca da situação econômico-financeira da organização sejam mais apuradas.
Vale ressaltar que este nível de análise é, geralmente, estudado em programas de pós graduação, enquanto que os níveis introdutório e intermediário são apresentados nos cursos de graduação.
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2.2 O UNIVERSO DA ANÁLISE
Considerando a abrangência e finalidade da analise de balanços, certamente, todas as demonstrações contábeis, apresentadas abaixo, devem ser analisadas (MARION, 2010). 2.2.1 O Balanço Patrimonial (BP) – por evidenciar, qualitativa e quantitativamente, o Patrimônio e o Patrimônio Líquido, como se fosse uma fotografia dos bens, dos direitos e das obrigações de uma entidade em determinada data; 2.2.2 A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – por evidenciar a riqueza gerada pela entidade, em determinado período, pertencentes a seus sócios, isto é, o lucro líquido ou resultado contábil (receitas – despesas = lucro prejuízo); 2.2.3 A Demonstração das Origens e Aplicações dos Recurso s (DOAR) – por evidenciar as entradas (Origens) e saídas (Aplicações) de recursos, objetivando evidenciar se estas entradas e as saídas provocaram alteração no Capital Circulante Líquido - CCL. NOTA:
• Para melhor compreensão das Demonstrações Contábeis é necessário conhecermos alguns conceitos, a saber:
Capital Circulante Líquido (CCL) – corresponde à diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
Considerando que uma das funções tanto do Balaço Patrimonial (BP) quanto da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) é evidenciar as fontes (Origens) dos recursos, vale salientar que estas fontes podem ser de duas naturezas. Capital Próprio – quando decorrem dos próprios donos, sócios ou acionistas, provenientes de:
a) Aporte de Capital – na forma de investimentos para integralização ou aumento de capital; b) Decorrente dos resultados provenientes das atividades normais da empresas
Capital de Terceiros – obrigações assumidas com entes alheios à organização, podendo representar:
a) Débitos de funcionamento - provenientes das atividades operacionais da empresa. Ex; Salários a Pagar, Fornecedores, Impostos a Recolher. b) Débitos de financiamento - obrigações assumidas junto a instituições financeiras
103
O Capital de Terceiros pode ser de curto e de longo prazos, quando somadas estas obrigações recebem o nome de Exigível Total .
2.2.4 A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ( DLPA) ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (DM PL – por evidenciarem as movimentações ocorridas do Patrimônio Líquido de uma organização, em determinado período. As movimentações, que ocorrem com mias freqüência são: os aumentos de capital, apuração e destinação dos lucros; 2.2.5 A Demonstração DOS Fluxos de Caixa (DFC) – por evidenciar as transformações no caixa (caixa + banco + aplicações financeiras de imediata realização) de uma entidade, ocorridas em determinado período; 2.2.6 A Demonstração do Valor Agregado (DVA) – por evidenciar a riqueza gerada pela entidade, em determinado período, pertencente à sociedade e como ela é distribuída entre os empregados, o governo, terceiros e sócios (portanto, valor adicionado = receita – insumos adquiridos de terceiros);
Cabe ressaltar que no processo de análise é atribuída maior ênfase ao Balanço Patrimonial, por evidenciar a situação financeira, assim como o endividamento da empresa, e à Demonstração do Resultado do Exercício, que quando combinada com o Balanço Patrimonial, fornece informações acerca da situação econômica. 2.2.7 Notas explicativas
De acordo com Reis (2009), as Notas Explicativas são esclarecimentos que
visam a complementar as demonstrações financeiras e a informar os critérios contábeis utilizados pela empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc.
As Notas Explicativas representam parte integrante das demonstrações
financeiras, facilitam a interpretação das mesmas e devem figurar logo em seguida a essas demonstrações, quando forem publicadas pela empresa.
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EXERCICIO DE FIXAÇÃO
1ª. Analise os saldos a seguir em 31.12.2011:
Banco Conta Movimento R$ 12.000,00Caixa R$ 5.000,00Capital Social R$ 30.000,00Compras de Mercadorias R$ 52.000,00Custo de Mercadorias Vendidas R$ 38.000,00Duplicatas a Pagar de Curto Prazo R$ 35.000,00Duplicatas a Receber de Curto Prazo R$ 17.000,00Empréstimos a Pagar R$ 7.000,00Mercadorias – Saldo Inicial R$ 6.000,00Vendas R$ 60.000,00Veículos R$ 30.000,00 Sabendo-se que o resultado auferido no período foi utilizado para constituir reservas, indique os valores do Capital Circulante Líquido e do Patrimônio Líquido respectivamente:
a) ( ) R$ 6.000,00 e R$ 52.000,00; b) ( ) R$ 22.000,00 e R$ 30.000,00; c) ( ) R$ 22.000 e R$ 52.000,00; d) ( ) R$ 6.000,00 e R$ 30.000,00 2ª. Com base nos dados da questão anterior, assinale a alternativa que contempla os valores do Capital Próprio e do Capital de Terceiros, respectivamente: a) ( ) R$ 30.000,00 e R$ 22.000,00; b) ( ) R$ 52.000,00 e R$ 32.000,00; c) ( ) R$ 52.000,00 e R$ 25.000,00; d) ( ) R$ 30.000,00 e R$ 25.000,00 3ª. Ainda, com base nos dados da primeira questão, marque a alternativa que corresponde ao valor do Capital de Terceiros, decorrente de financiamento: a) ( ) R$ 25.000,00 ; b) ( ) R$ 32.000,00 ; c) ( ) R$ 7.000,00; d) ( ) N.D.A. 4ª. A Manauara S/A precisou obter um empréstimo, às pressas, junto ao Banco onde operava, para quitar uma duplicata que havia vencido 5 dias antes e não fora
105
relacionada pelo Setor de Contas a Pagar, porque havia sido extraviada, o que não foi percebido pelo pessoal da área, nem pelo da tesouraria. Para evitar problemas desse tipo, o Diretor Financeiro da empresa resolveu adotar, como controle preventivo, a elaboração de: a) Balanço Patrimonial projetado. b) Demonstração de resultado projetada. c) Relatório de recebimentos e pagamentos. d) Previsão do fluxo de caixa. 5ª. Considere as afirmativas, a seguir, acerca das Notas Explicativas: (0,2 pontos)
I. As informações contidas nas Notas Explicativas devem ser relevantes, complementares e/ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não-constantes nas demonstrações contábeis propriamente ditas.
II. As Notas Explicativas incluem informações de natureza patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social, bem como os critérios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis e eventos subseqüentes ao balanço.
III. As Notas Explicativas devem restringir-se às informações requeridas em decorrência de legislação e outros dispositivos regulamentares específicos em função das características da Entidade.
IV. Entre outros, os seguintes aspectos devem ser observados na elaboração das Notas Explicativas: os assuntos relacionados devem ser agrupados segundo seus atributos comuns e os dados devem permitir comparações com os de datas de períodos anteriores.
Estão CORRETAS as afirmativas: a) I, II e III; b) I, II e IV; c) I,III e IV; d) II, III e IV 6ª.De acordo com o material apresentado, o processo de análise pode ser desenvolvido em três níveis. Cite-os e comente-os. ___________________________________________________________________
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CAPÍTULO III
3. ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE
De acordo com Ribeiro (2009), o processo de analise é desenvolvido em sete etapas distintas, a saber:
Figura 3: Etapas do Processo de Análise Adaptado de Ribeiro, 2009. 1ª. Etapa – Exame e Padronização das Demonstrações Contábeis
Consiste em:
a) Verificar se as Demonstrações Contábeis a serem analisadas foram elaboradas obedecendo a boa técnica contábil. b) Padronizar significa colocar as Demonstrações em padrão próprio para análise, assim como, reclassificar as contas de retificadoras. Consiste, também, em classificar o grupo circulante (Ativo e Passivo) em Financeiro e Operacional
Observe, abaixo, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do
Exercício da Comercial Amazonas Ltda., devidamente estruturados de acordo com a Lei 11.638/2007 e que servirão de ferramentas para desenvolvermos as sete etapas do processo de análise.
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BALANÇO PATRIMONIAL – COMERCIAL AMAZONAS LTDA
DESCRIÇÃO 31/12/2010 31/12/2011 ATIVO
ATIVO CIRCULANTE 540.630 667.700 DISPONIBILIDADES • Caixa 3.802 10.200 • Banco Conta Movimento 152.358 190.500 CRÉDITOS • Clientes 268.000 332.800 • Duplicatas Descontadas (6.000) (1.000) ESTOQUES • Estoque de Mercadorias 122.520 135.200 ATIVO NÃO CIRCULANTE 375.100 350.100 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO • Duplicatas a Receber 114.100 120.300
INVESTIMENTOS • Ações de Outras Companhias 200 200
IMOBILIZADO 260.800 229.600 • Veículos 140.000 140.000 • Depreciação Acumulada (28.000) (56.000) • Móveis e Utensílios 12.000 12.000 • Depreciação Acumulada (1.200) (2.400) • Computadores e Periféricos 10.000 10.000 • Depreciação Acumulada (2.000) (4.000) • Imóveis 130.000 130.000 TOTAL DO ATIVO 915.730 1.017.800
PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE 218.600 276.900
OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES • Fornecedores 102.800 126.900 OUTRAS OBRIGAÇÕES • Outras Obrigações de Curto Prazo 35.100 55.600 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS • Empréstimos a Pagar 80.700 94.400 PASSIVO NÃO CIRCULANTE • Financiamentos a Pagar 215.800 220.600 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 481.380 520.300 • Capital Social 400.000 400.000 • Reservas 81.380 120.300 TOTAL DO ATIVO 915.780 1.017.800
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO COMERCIAL AMAZONAS LTDA
Descrição da Conta 31/12/2010 31/12/2011
Receita Bruta 1.238.294 1.417.154 Deduções (188.892) (226.268) Receita Líquida 1.049.402 1.190.886 C M V (699.741) (776.496) Lucro Bruto 349.661 414.390 Despesas Operacionais (250.344) (326.652) Lucro Operacional 99.317 87.738 Resultado não Operacional 432 25.266 Lucro antes da tributação 99.749 113.004 Provisão para Imposto de Renda (17.607) (18.080) Lucro Líquido do Exercício 82.142 94.924
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Agora, veja Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da Comercial Amazonas Ltda., após a etapa de exame e padronização.
BALANÇO PATRIMONIAL PADRONIZADO COMERCIAL AMAZONAS LTDA
DESCRIÇÃO 31/12/2010 31/12/2011
ATIVO ATIVO CIRCULANTE 546.630 668.700
DISPONIBILIDADES Financeiro • Disponibilidades 156.110 200.700 Operacional • Clientes 268.000 332.800 • Estoque de Mercadorias 122.520 135.200 ATIVO NÃO CIRCULANTE 375.100 350.100 Ativo Realizável à Longo Prazo 114.100 120.300
Investimentos 200 200 Imobilizado 260.800 229.600
TOTAL DO ATIVO 921.730 1.018.800
PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE 224.600 277.900
Operacional 137.900 182.500 • Fornecedores 102.800 126.900 • Outras Obrigações de Curto Prazo 35.100 55.600 Financeiro 86.700 95.400 • Empréstimos a Pagar 80.700 94.400 • Duplicatas Descontadas 6.000 1.000 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 215.800 220.600 EXIGÍVEL TOTAL 440.400 498.500 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 481.330 520.300 • Capital Social 400.000 400.000 • Reservas 81.330 120.300 TOTAL DO ATIVO 925.730 1.018.800
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
COMERCIAL AMAZONAS LTDA
Descrição da Conta 31/12/2010 31/12/2011 Receita Líquida 1.049.402 1.190.886 C M V (699.741) (776.496) Lucro Bruto 349.661 414.390 Despesas Operacionais (250.344) (326.652) Lucro Operacional 99.317 87.738 Resultado não Operacional 432 25.266 Lucro antes da tributação 99.749 113.004 Provisão para Imposto de Renda (17.607) (18.080) Lucro Líquido do Exercício 82.142 94.924
Na etapa de Exame e Padronização as contas são agrupadas por natureza, desta forma, se houver, por exemplo, no Balanço Patrimonial a Conta Duplicatas Descontadas esta deverá ser reclassificada para o Passivo Circulante, considerando que a mesma em essência representa uma obrigação e, portanto, tem natureza credora. 2ª. Etapa – Coleta de Dados
Esta etapa consiste em retirar das Demonstrações Contábeis os dados que serão utilizados para que a análise possa ser desenvolvida. Dentre estes dados podemos citar:
• Ativo Circulante e Não Circulante; • Passivo Circulante e Não Circulante; • Capital Próprio e de Terceiro.
Como exemplo, apresentamos a seguinte situação:
Para que seja encontrado o Capital Circulante Líquido da empresa, que é a diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante, utiliza-se a seguinte fórmula: CCL = AC - PC
Coletando dados, em 2010, tem-se que: CCL = 546.630 – 224.600 CCL = 322.030
Coletando dados, em 2011, tem-se que: CCL = 668.700 – 277.900 CCL = 390.800
111
Observe que os dados foram coletados das Demonstrações Contábeis já devidamente padronizadas.
3ª. Etapa – Cálculo dos Indicadores Esta etapa consiste em encontrar, com os dados coletados das
demonstrações financeiras, os quocientes que serão analisados para que se possa chegar a uma opinião acerca da situação econômica e financeira da empresa.
Este processo de análise, através dos quocientes, é realizado através de
fórmulas e é o mais utilizado pelos analistas. Vale ressaltar que Quocientes representam índices extraídos das
demonstrações contábeis mediante o confronto contas ou grupos de contas (M. De acordo com Ribeiro (2009), os quocientes são divididos em 3 grupos, a
saber: 3.1 Quocientes de Estrutura de Capitais – servem para mensurar o grau
de endividamento da organização em decorrência dos capitais nela investidos. Através destes índices é possível evidenciar, também, a relação entre capitais
próprios e capitais de terceiros, ressaltando-se que estes são calculados com base em dados coletados do Balanço Patrimonial.
Os Quocientes de Estrutura de Capitais são em número de quatro, cada um
deles é obtido através de uma fórmula distinta e possui em objetivo distinto, como segue:
a) Participação de Capital de Terceiros Fórmula:
Exigível Total
Patrimônio Líquido
Através deste Quociente é possível constatar qual a proporção
existente entre Capitais de Terceiros e Capitais Próprios. Interpretação: quanto menor este quociente, melhor.
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b) Composição do Endividamento Fórmula:
Passivo Circulante
Exigível Total
Através deste Quociente é possível constatar qual a proporção existente entre
as obrigações de curto prazo e as obrigações totais. Interpretação: quanto menor este quociente, melhor. c) Imobilização do Patrimônio Líquido Fórmula:
Ativo Não Circulante – Realiz .a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Através deste Quociente é possível constatar qual parcela do Capital Próprio foi utilizada para financiar a aquisição de Ativo Imobilizado, ou seja, quanto a empresa imobilizou de Ativo para cada real de Patrimônio Líquido.
Interpretação: quanto menor este quociente, melhor. Por meio da interpretação deste quociente pode-se verificar se há ou não
Capital Circulante Próprio, que representa o excesso do Patrimônio Líquido sobre o Ativo Permanente Imobilizado. CCP = PL – AP
d) Imobilização dos Recursos Não Correntes Fórmula:
Ativo Não Circulante – Realiz .a Longo Prazo
Patrimônio Líqu ido + Exigível à Longo Prazo
Através deste Quociente é possível constatar qual a proporção existente entre
o Ativo Permanente e os Recursos Não Correntes, isto é, verifica-se quanto a empresa investiu em Ativo Permanente para cada real de Capital Próprio e Passivo Exigível ä Longo Prazo.
Interpretação: quanto menor este quociente, melhor.
113
3.2 Quocientes de Liquidez (ou solvência) – servem para mensurar a capacidade que apresenta para honrar com suas obrigações junto a terceiros.
Os Quocientes de Liquidez são em número de quatro, cada um deles é obtido
através de uma fórmula distinta e possui em objetivo distinto, como segue: a) Liquidez Geral Fórmula:
Ativo Circulante + Realiz.à Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível à Longo Prazo
Através deste Quociente é possível constatar se os ativos de curto e
longo prazos da empresa são suficientes para saldar as dívidas, de curto e longo prazos, assumidas com terceiros.
Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. b) Liquidez Corrente Fórmula:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Através deste Quociente é possível constatar se os ativos de
realizáveis no curto prazo da empresa são suficientes para saldar as dívidas, do mesmo período, assumidas com terceiros.
Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. c) Liquidez Seca Fórmula:
Ativo Circulante – Estoque
Passivo Circulante
Através deste Quociente é possível constatar se os ativos de
realizáveis no curto prazo da empresa, excluindo os estoques, são suficientes para saldar as dívidas, do mesmo período, assumidas com terceiros.
Interpretação: quanto maior este quociente, melhor.
114
d) Liquidez Imediata Fórmula:
Disponibilidades
Passivo Circulante
Através deste Quociente é possível verificar qual parcela das
obrigações de curto poderiam ser honradas, considerando, somente, as disponibilidades da empresa.
Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. 3.3 Quocientes de Rentabilidade – servem para mensurar a capacidade
econômica da empresa, ou seja, demonstram a taxa de retorno econômico obtido pelo Capital investido na organização. Estes quocientes são obtidos com base em dados coletados no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. .
Os Quocientes de Rentabilidade são em número de quatro, cada um deles é
obtido através de uma fórmula específica e possui em objetivo distinto, como segue: a) Giro do Ativo Fórmula:
Vendas Líquidas
Ativo Total
Este quociente demonstra a proporção existente entre o volume de vendas e
os Investimentos Totais (Próprio e de Terceiros) existentes na empresa. Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. b) Margem Líquida Fórmula:
Lucro Líquido
Vendas Líquidas
Este quociente evidencia o quanto de lucratividade foi obtido pela empresa
em função de seu volume de vendas.
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Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. c) Rentabilidade do Ativo Fórmula:
Lucro Líquido
Ativo Total
Este quociente evidencia a taxa de lucratividade obtida pelos Capitais Totais
aplicado na empresa. Através deste quociente é possível averiguar, também, em quanto tempo dar-
se-á o retorno dos Capitais Totais investidos empresa. Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. d) Rentabilidade do Patrimônio Líquido Fórmula:
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
Este quociente evidencia a taxa de lucratividade obtida pelo Capital Próprio
aplicado na empresa. Através deste quociente é possível averiguar, também, em quanto tempo dar-
se-á o retorno do Capital Próprio investido empresa. Interpretação: quanto maior este quociente, melhor. OBS: Se os Quocientes obtidos nesta etapa forem multiplicados por 100 tem-
se, então, o resultado em percentagem. 4ª. Etapa – Interpretação dos Quocientes Nesta etapa do processo de análise é realizada a interpretação, isolada, de
cada um dos Quocientes encontrados na etapa de cálculo dos indicadores, como segue:
116
4.1 Quocientes de Estrutura de Capitais ou Endivida mento a) Participação de Capital de Terceiros (PCT) Fórmula:
Exigível Total
Patrimônio Líquido
PCT (2010) = R$ 440.400 / R$ 481.330 = 0,9149 X 100 = 91,49% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Capital Pró prio investido na
empresa há um investimento R$ 0,91 de Capital de Te rceiros, ou seja, os Capitais de Terceiros representam 91% dos Capitais Próprios.
PCT (2011) = R$ 498.500 / R$ 520.300 = 0,9581 x 100 = 95,63% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Capital Pró prio investido na
empresa há um investimento R$ 0,96 de Capital de Te rceiros, ou seja, os Capitais de Terceiros representam 96% dos Capitais Próprios.
. b) Composição do Endividamento - CE Fórmula:
Passivo Circulante
Exigível Total
CE (2010) = R$ 224.600 / R$ 440.400 = 0,5099 x 100 = 50,99% Interpretação = De cada um R$ 1,00 de obrigação tot al assumida pela
empresa R$ 0,51 deverá ser paga no curto prazo, ou seja, as obrigações de curto prazo representam 51% das obrigações totais d a empresa.
CE (2011) = R$ 277.900 / R$ 498.500 = 0,5574 x 100 = 55,74% Interpretação = De cada um R$ 1,00 de obrigação tot al assumida pela
empresa R$ 0,56 deverá ser paga no curto prazo, ou seja, as obrigações de curto prazo representam 56% das obrigações totais d a empresa.
117
c) Imobilização do Patrimônio Líquido - IMPL Fórmula:
Ativo Não Circulante – Realiz .a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
IMPL (2010) = R$ 375.100 – 114.100 / 481.330 = 0,5422 x 100 = 54,22% Interpretação = De cada um R$ 1,00 de Capital Própr io investido na
empresa R$ 0,54 foi aplicado em ativo de caráter pe rmanente, ou seja, o Ativo Permanente representa 54% das obrigações do Capital Próprio.
IMPL (2011) = R$ 350.100 – 120.300 / 520.300 = 0,4416 x 100 = 44,16% Interpretação = De cada um R$ 1,00 de Capital Própr io investido na
empresa R$ 0,44 foi aplicado em ativo de caráter pe rmanente, ou seja, o Ativo Permanente representa 44% das obrigações do Capital Próprio.
d) Imobilização dos Recursos Não Correntes - I RNC Fórmula:
Ativo Não Circulante – Realiz .a Longo Prazo
Patrimônio Líquido + Exigível à Longo Prazo
IRNC (2010) = R$ 375.100 – 114.100 / 481.330 + 215.800 261.000 / 697.130 = 0,3743 x 100 = 37,43% Interpretação = De cada um R$ 1,00 de Capital Própr io mais Capital de
Terceiros de Longo Prazo investido na empresa R$ 0, 37 foi aplicado em ativo de caráter permanente, ou seja, o Ativo Permanente representa 37% dos Recursos Não Correntes.
IRNC (2011) = R$ 350.100 – 120.300 / 520.300 + 220.600 229.800 / 740.900 = 0,3101 x 100 = 31,01% Interpretação = De cada um R$ 1,00 de Capital Própr io mais Capital de
Terceiros de Longo Prazo investido na empresa R$ 0, 31 foi aplicado em ativo
118
de caráter permanente, ou seja, o Ativo Permanente representa 31% dos Recursos Não Correntes.
3.2 Quocientes de Liquidez (ou solvência) a) Liquidez Geral – LG Fórmula:
Ativo Circulante + Realiz.à Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível à Longo Prazo
LG (2010) = R$ 546.630 + R$ 114.100 / R$ 224.600 + R$ 215.800 LG (2010) = R$ 660.730 / R$ 440.400 = 1,5002 X 100 = 150,02% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações que a empresa tem
para pagar no curto e no longo prazo existe R$ 1,50 em Bens e Direitos para realizar no mesmo período, ou seja, os Ativos de Cu rto e longo prazo representam 150,02% das obrigações assumidas para o mesmo período.
LG (2011) = R$ 668.700 + 120.300 / 277.900 + 220.600 LG (2011) = R$ 789.000 / 448.500 = 1,7591 X 100 = 175,91% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações que a empresa tem
para pagar no curto e no longo prazo existe R$ 1,76 em Bens e Direitos para realizar no mesmo período, ou seja, os Ativos de Cu rto e longo prazo representam 175,91% das obrigações assumidas para o mesmo período.
b) Liquidez Corrente Fórmula:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
LC (2010) = R$ 546.630 / R$ 224.600 = 2,4337 X 100 = 243,37% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações que a empresa tem
para pagar no curto prazo existe R$ 2,43 em Bens e Direitos para realizar no
119
mesmo período, ou seja, os Ativos de Curto Prazo re presentam 243,37% das obrigações assumidas para o mesmo período.
LC (2011) = R$ 668.700 /R$ 277.900 = 2,4062 X 100 = 240,62% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações que a empresa tem
para pagar no curto prazo existe R$ 2,41 em Bens e Direitos para realizar no mesmo período, ou seja, os Ativos de Curto Prazo re presentam 240,62% das obrigações assumidas para o mesmo período.
c) Liquidez Seca – LS Fórmula:
Ativo Circulante – Estoques
Passivo Circulante
LS (2010) = R$ 546.630 – R$ 122.520 / R$ 224.600 LS (2010) = R$ 424.110 / R$ 224.600 = 1,8882 X 100 = 188,82% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações que a empresa tem
para pagar no curto prazo existe R$ 1,89 em Bens e Direitos, para realizar em período igual, mesmo sem considerar os estoques, ou seja, os Ativos de Curto Prazo, sem os estoques, representam 188,82% das obr igações assumidas no curto prazo.
LS (2011) = R$ 668.700 – R$ 135.200 / R$ 277.900 LS (2011) = R$ 533.500 / R$ 277.900 = 1,9197 X 100 = 191,97% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações que a empresa tem
para pagar no curto prazo existe R$ 1,92 em Bens e Direitos, para realizar em período igual, mesmo sem considerar os estoques, ou seja, os Ativos de Curto Prazo, sem os estoques, representam 191,97% das obr igações assumidas no curto prazo.
d) Liquidez Imediata – LI Fórmula:
Disponibilidades
Passivo Circulante
LC (2010) = R$ 156.160 / R$ 224.600 = 0,6952 X 100 = 69,52%
120
Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações assumidas pela
empresa para pagamento no curto prazo a mesma possu i R$ 0,70 em Disponibilidades, ou seja, as Disponibilidades repr esentam 69,52% das obrigações que devem ser honradas no curto prazo pe la empresa.
LC (2011) = R$ 200.700 /R$ 277.900 = 0,7222 X 100 = 72,22% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Obrigações assumidas pela
empresa para pagamento no curto prazo a mesma possu i R$ 0,72 em Disponibilidades, ou seja, as Disponibilidades repr esentam 72,22% das obrigações que devem ser honradas no curto prazo pe la empresa.
3.3 Quocientes de Rentabilidade a) Giro do Ativo – GA Fórmula:
Vendas Líquidas
Ativo Total
GA (2010) = R$ 1.049.402 / R$ 925.730 = 1,1335 X 100 = 113,35% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de aplicação r ealizada em Ativo
Total na empresa é realizado R$ 1,13 em Vendas Líq uidas, ou seja, as Vendas Líquidas representam 113,35% do Ativo Total da empr esa.
GA (2011) = R$ 1.190.886 / R$ 1.018.800 = 1,1689 X 100 = 116,89% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de aplicação r ealizada em Ativo
Total na empresa é realizado R$ 1,17 em Vendas Líq uidas, ou seja, as Vendas Líquidas representam 116,89% do Ativo Total da empr esa.
b) Margem Líquida – ML Fórmula:
Lucro Líquido
Vendas Líquidas
ML (2010) = R$ 82.142 / R$ 1.049.402 = 0,0801 X 100 = 8,01%
121
Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de vendas líqu idas realizadas a
empresa obteve R$ 0,08 de Lucro Líquido, ou seja, o Lucro Líquido da empresa representa 8,01% das Vendas Líquidas.
ML (2011) = R$ 94.924 / R$ 1.190.886 = 0,0797 X 100 = 7,97% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de vendas líqu idas realizadas a
empresa obteve R$ 0,08 de Lucro Líquido ou seja, o Lucro Líquido da empresa representa 7,97% das Vendas Líquidas.
c) Rentabilidade do Ativo – RA Fórmula:
Lucro Líquido
Ativo Total
RA (2010) = R$ 82.142 / R$ 925.730 = 0,0887 X 100 = 8,87% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Ativo Total aplicado na
empresa, foi obtido R$ 0,09 de Lucro Líquido, ou se ja, o Lucro Líquido da empresa representa 8,87% do Ativo Total.
RA (2011) = R$ 94.924 / R$ 1.018.800 = 0,0931 X 100 = 9,31% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Ativo Total aplicado na
empresa, foi obtido R$ 0,09 de Lucro Líquido, ou se ja, o Lucro Líquido da empresa representa 9,31% do Ativo Total.
d) Rentabilidade do Patrimônio Líquido – RPL Fórmula:
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
RPL (2010) = R$ 82.142 / R$ 481.330 = 0,1706 X 100 = 17,06%
122
Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Capital Pró prio aplicado na empresa, foi obtido R$ 0,17 de Lucro Líquido, ou se ja, o Lucro Líquido obtido representa 17,06% do Capital Próprio investido na e mpresa.
RPL (2011) = R$ 94.924 / R$ 520.300 = 0,1824 X 100 = 18,24% Interpretação = Para cada um R$ 1,00 de Capital Pró prio aplicado na
empresa, foi obtido R$ 0,18 de Lucro Líquido, ou se ja, o Lucro Líquido obtido representa 18,24% do Capital Próprio investido na e mpresa.
5ª. Etapa – Análise Vertical e Horizontal No que concerne a Análise Vertical, é verificado como está estruturado o
Capital Total aplicado na empresa, para tanto, compara-se cada conta ou grupo de contas com o total de cada Demonstração Contábil analisada, objetivando constatar como estes capitais estão distribuídos em determinado período.
Já através da Analise Horizontal verifica-se o comportamento das contas ou
dos grupos de contas, em relação a eles mesmos, em períodos diferentes, objetivando verificar se houve evolução ou involução nas contas ou grupos comparados
OBS: É possível realizar a Análise Vertical com as Demonstrações Contábeis
de apenas um exercício social, já para desenvolver a Análise Horizontal é necessário que estas sejam apresentadas em pelo menos dois exercícios sociais consecutivos.
Veja, abaixo, a Análise Vertical e a Análise Horizontal do Balanço Patrimonial
e a Demonstração do Resultado do Exercício, nos períodos analisados.
123
BALANÇO PATRIMONIAL – COMERCIAL AMAZONAS LTDA
ATIVO 31/12/2010 31/12/2011
Valor (R$) AV % AH % Valor (R$) AV % AH %
ATIVO CIRCULANTE 540.630 59,04 100 667.700 65,60 124
DISPONIBILIDADES
Caixa 3.802 0,42 100 10.200 1,00 268
Banco Conta Movimento 152.358 16,64 100 190.500 18,72 125
CRÉDITOS
Clientes 268.000 29,27 100 332.800 32,70 124
Duplicatas Descontadas -6.000 -0,66 100 -1.000 -0,10 17
ESTOQUES
Estoque de Mercadorias 122.520 13,38 100 135.200 13,28 110
ATIVO NÃO CIRCULANTE 375.100 40,96 100 350.100 34,40 93
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Duplicatas a Receber 114.100 12,46 100 120.300 11,82 105
INVESTIMENTOS
Ações de Outras Companhias 200 0,02 100 200 0,02 100
IMOBILIZADO 260.800 28,48 100 229.600 22,56 88
Veículos 140.000 15,29 100 140.000 13,76 100
Depreciação Acumulada -28.000 -3,06 100 -56.000 -5,50 200
Móveis e Utensílios 12.000 1,31 100 12.000 1,18 100
Depreciação Acumulada -1.200 -0,13 100 -2.400 -0,24 200
Computadores e Periféricos 10.000 1,09 100 10.000 0,98 100
Depreciação Acumulada -2.000 -0,22 100 -4.000 -0,39 200
Imóveis 130.000 14,20 100 130.000 12,77 100
TOTAL DO ATIVO 915.730 100,00 100 1.017.800 100,00 111
PASSIVO 31/12/2010 31/12/2011
Valor (R$) AV % AH % Valor (R$) AV % AH %
PASSIVO CIRCULANTE 218.600 23,87 100 276.900 27,21 127
OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES
Fornecedores 102.800 11,23 100 126.900 12,47 123
OUTRAS OBRIGAÇÕES
Outras Obrigações de Curto Prazo 35.100 3,83 100 55.600 5,46 158
OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS
Empréstimos a Pagar 80.700 8,81 100 94.400 9,27 117
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 215.800 23,56 100 220.600 21,67 102
Financiamentos a Pagar 215.800 23,56 100 220.600 21,67 102
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 481.380 52,57 100 520.300 51,12 108
Capital Social 400.000 43,68 100 400.000 39,30 100
124
Reservas 81.380 8,89 100 120.300 11,82 148
TOTAL DO PASSIVO 915.780 100,00 100 1.017.800 100,00 111
DEMONSTRAÇAO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – COMERCIAL AMAZONA S LTDA Descrição da Conta 31/12/2010 31/12/2011
Valor (R$) AV % AH % Valor (R$) AV % AH % Receita Bruta 1.238.294 100,00 100 1.417.154 100,00 114
Deduções -188.892 -15,25 100 -226.268 -15,97 120
Receita Líquida 1.049.402 84,75 100 1.190.886 84,03 113
C M V -699.741 -56,51 100 -776.496 -54,79 111
Lucro Bruto 349.661 28,24 100 414.390 29,24 119
Despesas Operacionais -250.344 -20,22 100 -326.652 -23,05 130
Lucro Operacional 99.317 8,02 100 87.738 6,191 88
Resultado não Operacional 432 0,03 100 25.266 1,78 5.849
Lucro antes da tributação 99.749 8,055 100 113.004 7,974 113
Provisão para Imposto de Renda -17.607 -1,422 100 -18.080 -1,276 103
Lucro Líquido do Exercício 82.142 6,63 100 94.924 6,70 116
6ª. Etapa – Comparação com Padrões
QUOCIENTES
FÓRMULAS
2010
ÍNDICE %
2011
ÍNDICE
%
PADRÃO DE
MERCADO
Estrutura de
Capitais
1. Participação de Capitais de Terceiros
Exigível Total Patrimônio Líquido
0,91 91% 0,96 96% 97%
2.Composição do Endividamento
Passivo Circulante Exigível Total
0,51 51% 0,56 56% 58%
3.Imobilização do Patrimônio Líquido
Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
0,54 54% 0,44 44% 47%
4. Imob ilização dos Recursos Não Correntes
Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo
Patrimônio Líquido + Exigível à Longo Prazo
0,37 37% 0,31 31% 38%
Liquidez
ou Solvênci
a
5. Liquidez Geral Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo
Passivo circulante + Exigível à Longo Prazo
1,50 150% 1,76 176% 1,48%
6. Liquidez Corrente
Ativo Circulante Passivo Circulante
2,43 243% 2,41 241% 1,90%
7. Liquidez Seca Ativo Circulante –Estoques Passivo Circulante
1,89 189% 1,92 192% 139%
8. Liquidez Imediata
Disponibilidades Passivo Circulante
0,70 70% 0,72 72% 42%
Endividamento
9. Giro do Ativo Vendas Líquidas Ativo Total
1,13 113% 1,17 117% 93%
10. Margem Líquida
Lucro Líquido Vendas Líquidas
0,08 8% 0,08 8% 7%
11. Rentabilidade do Ativo
Lucro Líq uido Ativo Total
0,09 9% 0,09 9% 8%
125
12. Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Lucro Líquido Patrimônio Líquido
0.17 17% 0.18 18% 16%
7ª Etapa – Relatório de Análise Esta etapa consiste em evidenciar todas as conclusões obtidas através de
todas as fases do Processo de Análise. O Relatório de Análise deve enfatizar as percepções acerca da situação
econômica e financeira da empresa.
RELATÓRIO
Após análise e interpretação das Demonstrações Financeiras da empresa Comercial Amazonas Ltda., referente aos exercícios de 2010 e 2011, apresentamos as seguintes informações: SITUAÇÃO FINANCEIRA => Endividamento
A análise conjunta dos Quocientes de Estrutura de Capital da empresa Comercial Amazonas Ltda., revela que a referida empresa possui um moderado grau de endividamento, uma vez que os Quocientes de Estruturas de Capital se encontram abaixo dos quocientes alcançados por empresas que exercem o mesmo ramo de atividade.
No período correspondente a análise, a empresa trabalhou com capital de terceiros em proporção menor que o capital próprio.
Houve uma pequena oscilação no grau de endividamento no exercício de 2011, contudo permaneceu mais baixo que o padrão de mercado,
=> Liquidez
Sob o ponto de vista da solvência, concluímos que a empresa encontra-se com índices favoráveis, quando comparada ao quociente padrão de seus concorrentes.
A análise desses quocientes revela, também, a existência de recursos para cobrir os compromissos assumidos pela empresa tanto no curto quanto longo prazo. SITUAÇÃO ECONÔMICA => Rentabilidade
A situação econômica manteve-se estável do exercício de 2010 para o exercício de 2011. Em todos os índices apresentados a empresa superou o índice
126
padrão de seus concorrentes, denotando uma boa gestão em relação aos seus recursos, assim como, posicionamento positivo em relação ao mercado. SITUAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA
Diante das constatações expostas, podemos afirmar que, pela análise individualizada e conjunta dos quocientes de Estrutura de Capitais, de Liquidez e de Rentabilidade, efetuada com base nos dados extraídos do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Comercial Amazonas Ltda., observa-se que a referida empresa apresentou situação satisfatória tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista financeiro
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1ª. De acordo com o BP da empresa MAR AZUL LTDA., abaixo, responda:
BALANÇO PATRIMONIAL - 31.12.2011 ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Caixa 100.000 Banco Conta Movimento 200.000 Duplicatas a Receber 1.900.000 (-) Duplicatas. Descontadas 100.000 Estoques 1.200.000
Ativo Não Circulante Ações de Outras Companhias 400.000 Imóveis 1.200.000 Veículos 800.000
Passivo Circulante Fornecedores 1.600.000 Empréstimos Bancários 1.200.000 Salários a Pagar 200.000 Passivo Não Circulante Financiamentos 800.000 Patrimônio Líquido Capital 1.200.000 Reservas 700.000
Total 5.700.000 Total 5.700.000 1.1. O índice de Liquidez Corrente é:
a) 1,15 b) 1,16 c) 1,17 d) 1,18 e) 1,19
1.2 O Capital Circulante Próprio é::
127
a) R$ 500.000,00 b) R$ (500.000,00) c) R$ 600.000,00 d) R$ (600.000,00) e) R$ 700.000,00
1.3 O Índice que melhor representa a Composição do Endividamento é:
a) 3,75 b) 3,07 c) 2,00 d) 2,05 e) 2,10
2ª. Os quocientes do tipo “quanto menor melhor” são os de:
a) Estrutura de Capitais b) Rentabilidade c) Liquidez d) Liquidez e Rentabilidade e) Estrutura de Capitais e Rentabilidade
3ª. Considere os dados, em reais, abaixo: Empresas/Grupos Ômega Delta Gama Beta Alfa
Ativo Circulante Passivo Circulante
1.250.000,00 1.215.000,00
1.045.000,00 1.115.000,00
1.275.000,00 1.250.000,00
765.000,00 965.000,00
600.000,00 675.000,00
Qual a empresa que apresentou a melhor capacidade de pagamento no Curto Prazo?
a) Ômega b) Delta c) Gama d) Beta e) Alfa
5ª. Durante o processo denominado “Padronização das Demonstrações Financeiras”, cujo objetivo é preparar as demonstrações para análise, a conta “Duplicatas Descontadas”, se existir, deverá ser: a) Reduzida do montante de Duplicatas a Receber, figurando apenas o valor líquido. b) Somada à Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, e o total, reduzido de Duplicatas a Receber. c) Alocada no grupo do Patrimônio Líquido, porém com sinal trocado, representando uma conta redutora.
128
d) Transferida para o Realizável a Longo Prazo, para não prejudicar a pureza dos índices de liquidez. e) Transferida para o Passivo Circulante.
REFERÊNCIAS
ALVES BARRETO, Gualter. Contabilidade de A a Z. 1ª ed. Belo Horizonte: Promoarte, 2010.
CHAGAS, Gilson. Contabilidade Geral Simplificada. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. GUERRA, Luciano. Contabilidade Descomplicada. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. São Paulo. Atlas, 2010. MARION, José Carlos; RIBEIRO, Osni Moura. Introdução à Contabilidade Gerencial. São Paulo. Saraiva, 2011. REIS, Arnaldo. Demonstrações Contábeis Estrutura e Análise. São Pa ulo. Atlas, 2009. RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços. São Paulo. Saraiva. 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Fácil. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações. São Paulo. Atlas. 2010.