1 apostila de contabilidade - saúde - 08-02-15 - revisada

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ii Sumário 1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 1.1 EMENTA 1 1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1 1.3 OBJETIVOS 1 1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 1.5 METODOLOGIA 3 1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 3 1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3 CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR 4 2. INTRODUÇÃO 6 2.1 A CONVERGÊNCIA DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS ÀS INTERNACIONAIS 6 2.2 AMPLITUDE 8 2.3 CONCEITOS BÁSICOS 13 2.4 ATIVOS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS 15 2.5 REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE CAIXA 15 2.5.1 REGIME DE COMPETÊNCIA 15 2.5.2 REGIME DE CAIXA 17 2.6 CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 19 2.6.1 PRINCIPAIS DIFERENCIAÇÕES 19 2.6.2 CONTABILIDADE GERENCIAL 20 2.7 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS 22 2.8INTER-RELAÇÃO ENTRE AS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 32 3. ALAVANCAGEM FINANCEIRA: CONSOLIDAÇÃO DOS INDICADORES A PARTIR DA CONCEPÇÃO BÁSICA. 44 4. TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS (COMBINAÇÃO GIRO X MARGEM) 61 5. ROTEIRO DE ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA 62 5.1 MODELO - ANEXO I 62

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Apostila de Contabilidade

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Page 1: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

ii

Sumário

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1

1.1 EMENTA 1

1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1

1.3 OBJETIVOS 1

1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1

1.5 METODOLOGIA 3

1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 3

1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3

CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR 4

2. INTRODUÇÃO 6

2.1 A CONVERGÊNCIA DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS ÀS INTERNACIONAIS 6

2.2 AMPLITUDE 8

2.3 CONCEITOS BÁSICOS 13

2.4 ATIVOS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS 15

2.5 REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE CAIXA 15

2.5.1 REGIME DE COMPETÊNCIA 15

2.5.2 REGIME DE CAIXA 17

2.6 CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 19

2.6.1 PRINCIPAIS DIFERENCIAÇÕES 19

2.6.2 CONTABILIDADE GERENCIAL 20

2.7 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS 22

2.8INTER-RELAÇÃO ENTRE AS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

31

32

3. ALAVANCAGEM FINANCEIRA: CONSOLIDAÇÃO DOS INDICADORES A

PARTIR DA CONCEPÇÃO BÁSICA. 44

4. TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS (COMBINAÇÃO GIRO X

MARGEM) 61

5. ROTEIRO DE ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA 62

5.1 MODELO - ANEXO I 62

Page 2: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

iii

5. AUTO AVALIAÇÃO 69

6. ATIVIDADE: ANÁLISE E DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL 78

6.1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 78

6.2 ASPECTOS VINCULADOS À CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 78

6.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA E ATIVIDADES DESDE A FUNDAÇÃO 78

6.4 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E ORGANIZACIONAIS 79

6.5 ASPECTOS CULTURAIS 79

6.6 ASPECTOS TÉCNICOS 80

6.7 CAPACIDADES COMPETITIVA ATUAL - TECNOLOGIA EMPREGADA - ESCALA DE

PRODUÇÃO 81

6.8 SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS 83

6.9 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 84

Page 3: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

1

Contabilidade para Executivos em Saúde

1. Programa da disciplina

1.1 Ementa

Os princípios fundamentais da contabilidade para organizações e sistemas de

saúde. Regime de competência versus regime de caixa. Principais demonstrações

contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e Demonstração das

mutações do Patrimônio Líquido. Fluxo de Caixa.

1.2 Carga horária total

24 horas-aula.

1.3 Objetivos

Apresentar bases conceituais e sistêmicas voltadas ao aperfeiçoamento do processo

decisório na gestão empresarial, baseado na importância estratégica da ciência

contábil em suas interfaces com os diferentes campos de atividade de um

empreendimento. Subsidiar a aplicação prática de um diagnóstico da situação

econômico-financeira de empresas atuantes em diferentes setores da economia.

1.4 Conteúdo programático

Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade

A preocupação primeira, neste item, diz respeito à abordagem dos conceitos

básicos inerentes aos primeiros passos para o entendimento e conscientização da

importância da contabilidade como instrumento de gestão empresarial. Trata-se de

abordagens voltadas às ideias básicas por trás da formação e movimentação dos

números de qualquer empreendimento. Destacam-se, neste particular, os conceitos

de ativos e passivos na composição da estrutura patrimonial bem como na sua

movimentação, abrangendo as diferenciações entre receita, ganho, gasto,

Page 4: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

2

Contabilidade para Executivos em Saúde

investimento, custo, despesa, perda, ingresso e desembolso. Procurar-se-á abordar

os princípios fundamentais da contabilidade e suas interações neste contexto.

As Principais Demonstrações Financeiras e suas Inter-relações à Luz dos

Conceitos Básicos

Após a preparação básica do item anterior, serão apresentados e discutidos os

principais instrumentos contábeis de avaliação de performance corporativa e a

inter-relação dos mais variados demonstrativos, com especial ênfase à

aplicabilidade dos conceitos básicos nas suas composições numérico-quantitativa e

qualitativa:

Balanço Patrimonial

Demonstração do Resultado do Exercício

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Demonstração do Valor Adicionado

Demonstração do Fluxo de Caixa (ou Fluxo Financeiro)

Demonstração da Apuração do Custo Industrial (ou de Serviços) e do Custo

dos Produtos/Serviços Vendidos

Regime de Competência versus Regime de Caixa: Diferenciações,

Relevância e Aplicabilidade na Formação e Dinâmica Patrimonial.

Para a aplicação dos conceitos básicos no correto dimensionamento dos bens,

direitos e obrigações integrantes da Estrutura Patrimonial de um empreendimento,

através do Balanço Patrimonial, é de fundamental importância o entendimento dos

regimes de competência e de caixa na alocação contábil dos valores envolvidos. A

inadequação da aplicabilidade de tais Regimes pode promover distorções

extremamente comprometedoras da situação econômica, financeira e patrimonial

da entidade envolvida.

Contabilidade Financeira (ou Societária) versus Contabilidade Gerencial:

Diferenciações, Objetivos e Principais Usuários.

Abordagem dos aspectos técnicos, legais e conceituais perante os diferentes

usuários da contabilidade. A contabilidade gerencial como instrumento de controle,

poder da informação e de tomada de decisões e as limitações da contabilidade

financeira frente às normas e procedimentos contábeis impostos pelas legislações

fiscal e comercial.

Indicadores Econômicos Financeiros

Análise vertical e horizontal dos elementos integrantes da estrutura de resultados

de um empreendimento, com a evidenciação das diferenças entre lucratividade e

rentabilidade. Indicadores de performance da dimensão econômica abrangendo:

retorno sobre os recursos próprios, retorno sobre os investimentos (ativos) e grau

de alavancagem financeira; análise combinada do giro do ativo e das margens de

lucro no contexto do comportamento do retorno dos investimentos (ativos). Análise

qualitativa da medida de solvência com a apreciação combinada dos indicadores

quociente de solvência, valor patrimonial da ação e cotação média das ações no

mercado de capitais. Lucro por ação x dividendo por ação: análise qualitativa no

contexto da política de dividendo; outros indicadores pertinentes à dimensão

Page 5: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

3

Contabilidade para Executivos em Saúde

econômica. Indicadores de performance da dimensão econômica abrangendo:

análise da capacidade de pagamento pelo fluxo financeiro; análise dos quocientes

de liquidez imediata, corrente e seca; giro dos estoques prazo médio de

recebimentos e de pagamentos no contexto do ciclo operacional; as origens e

aplicações do processo evolutivo do capital circulante líquido e suas interações com

o fluxo financeiro. Interpretação dos indicadores das dimensões econômica e

financeira, buscando-se os fatores circunstanciais de natureza estrutural (empresa)

e conjuntural (nacional e internacional) com a evolução numérica física e

monetária.

1.5 Metodologia

Serão feitas exposições orais e gráficas com a utilização de recursos audiovisuais

em aulas participativas. Serão utilizados vários exercícios para atividades

individuais e em grupo, abrangendo casos reais, visando à fixação e à aplicação

prática das bases conceituais no contexto do objetivo.

1.6 Critérios de avaliação

Os participantes serão avaliados pelo seu desempenho em classe; (a) por avaliação

individual escrita a ser feita durante ou no final da disciplina; (b) pelas

contribuições individuais nos trabalhos em grupo.

1.7 Bibliografia recomendada

IUDÍCIBUS, Sergio de, MARTINS, Eliseu, GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de

contabilidade societária. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria de contabilidade. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não

contadores. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10 ed., São Paulo: ed Atlas 2010.

Leis 6.404/76; 10.303/01; 11.638/07; 11.941/08 e 12.973/14.

Instrução Normativa 1.515 - SRF

Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.

CALDAS, Sérgio Leal, ZANINI, Marco Túlio, ALMEIDA, Ana Luiza de Castro, SILVA

Jr., Antônio Batista da, MIGUELES, Carmem, BRUNO, Léo, GUIMARÃES, Ricardo,

PINHEIRO, Rômulo. Gestão integrada de ativos intangíveis. 1ª ed. Rio de Janeiro:

Qualitymark/Fundação Dom Cabral, 2008.

Page 6: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

4

Contabilidade para Executivos em Saúde

________. Intangíveis – o lado oculto da gestão empresarial. 1ª ed. Rio de Janeiro:

Digitaliza/PUC-Rio/IAG, 2014.

IUDÍCIBUS, Sergio de. Análise de balanços. 10. ed., São Paulo: ed. Atlas, 2009.

NETO, Alexandre Assaf. Estrutura e análise de balanços: Um enfoque econômico-

financeiro. 9. ed., São Paulo: ed. Atlas, 2010.

Curriculum vitae do professor

Sérgio Leal Caldas é Mestre em Administração Pública pela FGV/Ebape – Rio, Pós-

Graduado em Mercado de Capitais e em Controladoria Empresarial,

respectivamente pela Escola de Pós-Graduação em Economia - FGV/EPGE-Rio, e

pelo Instituto Superior de Estudos Contábeis FGV/ISEC-Rio. Economista e

Contador, com experiência intensiva nas áreas de contabilidade financeira,

gerencial e avançada, análise de projetos industriais e avaliação de empresas.

Exerceu funções técnicas, executivas e de assessoramento na Contamec -

Contabilidade Mecanizada Ltda., na Área de Controladoria da ex Cia. Telefônica

Brasileira (posterior Telerj e Telefônica), e na Divisão de Análise de Projetos

Industriais e Comerciais do Banco de Investimentos e Desenvolvimento COPEG S/A

(ex Estado da Guanabara). Foi Coordenador de Estudos Especiais; Superintendente

Adj. de Controladoria, e Chefe da Assessoria de Informações e Contabilidade

Gerencial da Companhia Siderúrgica Nacional destacando-se ainda, nesta empresa,

como membro do Comitê Técnico e Executivo para padronização de normas e

procedimentos contábeis das empresas do setor siderúrgico estatal. Exerceu, no

Sistema BNDES, funções de natureza técnico-executiva em áreas operacionais.

Integrou o quadro gerencial de consultores da Directa BDO Auditores e Consultores

S/C. Foi Chefe da área de Planos de Atividades da PETROBRAS (Orçamento) em sua

Divisão de Planejamento Tático. Foi membro do corpo de Assessoramento da Área

de Planejamento da PETROBRAS para o desenvolvimento e implantação de

programas de parcerias empresariais. Ainda nesta empresa, exerceu, junto à sua

área de Desenvolvimento de Recursos Humanos, atividades voltadas ao

aperfeiçoamento e à capacitação técnico-gerencial, bem como à consultoria interna,

particularmente, em questões afetas à avaliação e à gestão empresarial no âmbito

dos programas de parcerias. Como membro da Associação dos Diplomados da

Escola Superior de Guerra exerceu funções de Assessor Econômico; Adjunto da

Coordenação; Assessor Especial; Assessor de Ética, e Assessor para Assuntos

Psicossociais. Como docente de cursos de pós-graduação lato-sensu, integra os

quadros da Fundação Getúlio Vargas, tendo atuado em sua Escola de Pós-

Graduação em Economia da - EPGE/FGV-Rio, na sua Escola de Administração de

Empresas de São Paulo – EAESP/FGV, e atualmente, na FGV/MANAGEMENT e na

Escola de Economia de São Paulo – EESP/FGV. No âmbito da FGV-Rio, foi

coordenador dos cursos de pós-graduação em ‘Avaliação de Empresas’ e ‘FGV

Business – Finanças Corporativas’. Ainda em nível de pós-graduação, parta no

Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais - IBMEC e atuou no Centro de Estudos

Empresariais Cândido Mendes. Foi também professor de mestrado do Instituto de

Pós-Graduação e Pesquisa em Administração - COPPEAD/UFRJ. Ainda em

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5

Contabilidade para Executivos em Saúde

programas de pós-graduação, em nível de especialização e de mestrado, é também

professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio em seu

Instituto de Administração e Gerência – IAG. Como consultor empresarial, atuou

no Instituto Militar de Engenharia – IME. É, atualmente, diretor do Centro

Interamericano de Parcerias Empresariais – CIPE, coordenador de programas de

consultoria empresarial, na PUC-Rio/IAG, voltados à avaliação de elementos

intangíveis e à recuperação de empresas. É ainda professor orientador do programa

Global MBA Manchester Business School - The University of Manchester, oriundo da

parceria FGV e a Universidade de Manchester. . É autor das obras A correção

monetária nas demonstrações contábeis (Atlas, 1995) e INTANGÍVEIS – O Lado

Oculto da Gestão Empresarial (Digitaliza/PUC-Rio/IAG, 2014). É ainda coautor da

obra Gestão integrada de ativos intangíveis (Qualitymark/Fundação Dom Cabral),

indicada ao Prêmio Jabuti em 2009, e de diversos trabalhos em revistas

especializadas. Pesquisador autônomo de filosofia e psicologia voltado

interatividade destes campos com as expressões numéricas das organizações.

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Contabilidade para Executivos em Saúde

2. Introdução

2.1 A convergência das práticas contábeis brasileiras

às internacionais

Nota de Esclarecimento

As alterações da legislação societária, promovidas pelas Leis 11.638/07 e

11.941/08, visam adequar a então Lei das Sociedades por Ações – Lei 6.404/76 -,

especialmente quanto aos aspectos contábeis, à nova realidade econômica

brasileira junto à globalização dos mercados, como ainda ao consequente processo

evolutivo dos princípios e fundamentos da Contabilidade no âmbito mundial.

Neste contexto, as várias alterações legislativas nas esferas da Comissão de

Valores Mobiliários – CVM – lastreadas no então criado Comitê de Pronunciamentos

Contábeis – CPC, e do Ministério da Fazenda, buscam imprimir condições

harmônicas entre as práticas contábeis adotadas no Brasil, e respectivas

demonstrações, àquelas requeridas pelo mercado financeiro internacional. Para

tanto, um programa de convergência, no Brasil, que se apresentou basicamente

concluído no ano de 2010 – e em processo corrente de revisões, atualizações,

ajustes e complementações pertinentes -, vem promovendo toda uma adequação

de nossas práticas contábeis nesta direção, já a partir das demonstrações contábeis

referentes ao exercício de 2008.

Os denominados International Accounting Standard (IAS) são normas

internacionais de contabilidade – também conhecidos como ‘pronunciamentos’ –

emitidas pelo International Accounting Standard Committee - IASC, criado em 1973

por cerca de 10 países assim discriminados: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados

Unidos, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. Sua finalidade

é a de formular um novo padrão de normas contábeis internacionais que deva ser

universalmente aceito. Nos anos subsequentes outros países e instituições se

integraram ao IASC.

No ano de 2001, foi efetuada uma alteração na estrutura da instituição. Como

órgão do IASC, foi sendo criado o International Accounting Standard Board - IASB,

que, por sua vez, assumiu as responsabilidades técnicas do IASC, especialmente no

que tange às edições de ‘pronunciamentos’. Posteriormente a sua criação, os

Page 9: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

7

Contabilidade para Executivos em Saúde

novos ‘pronunciamentos’ editados passaram a ser denominados de IFRS –

International Financial Reporting Standard, não obstante ainda existirem vários

‘IAS’ ainda em vigor.

No momento atual, cerca de 100 países, inclusive o Brasil, vem exigindo de suas

empresas a adoção destes pronunciamentos contábeis tendo como base às

determinações do IASB órgão este que pode ser definido como sendo um conselho

internacional de normas contábeis, com tendência universal em suas

aplicabilidades.

Dentre os vários aspectos inerentes a esta padronização, destacam-se as

vantagens junto ao mercado internacional para a análise dos demonstrativos

contábeis por parte dos investidores estrangeiros interessados em realizar

operações em nosso país, como ainda dos nossos investidores nacionais com

atividades no exterior. Outra vantagem, neste particular, é a redução de custos

administrativos das empresas que atuam em vários países que, no momento,

necessitam elaborar demonstrações contábeis com base em parâmetros

diferenciados.

Sérgio Leal Caldas

Page 10: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

8

Contabilidade para Executivos em Saúde

2.2 Amplitude

Antes de existir, um empreendimento é concebido, e esta concepção é influenciada

por fatores educacionais e culturais emanados do elemento humano, abrigo

nascedor de suas ideias básicas. Na sua implantação e operacionalização, o

empreendimento sofre influências diretas e indiretas das várias ciências e teorias

hoje existentes, cujo “mix” de atuação conjunta depende da própria natureza de

cada empreendimento. Por sua vez, a gestão de todo e qualquer empreendimento é

baseada e expressa obviamente, através de números. E a contabilidade, como

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Contabilidade para Executivos em Saúde

ciência e como instrumento de poder e de gestão, atua no uso disciplinado desses

números, alocando-os de forma lógica, organizada e consistente no intuito de

permitir aos seus vários usuários à implementação, de formas de controles, de

acompanhamento e de análise e interpretação da situação econômica, financeira e

patrimonial do empreendimento, em parte ou em seu todo. A formação dinâmica

dos números, no âmbito desta disciplina, atua sistematicamente na estrutura

patrimonial de um empreendimento, a qual expressa, de um lado, o elenco dos

investimentos e do outro, as respectivas fontes de financiamentos.

A partir deste ponto, surgem os vários instrumentos de controle, de

acompanhamento e de mensuração de performance do empreendimento, dos quais

as demonstrações contábeis são peças fundamentais. Por sua vez, essas

demonstrações contábeis servem ao usuário da contabilidade na tradução numérica

retrospectiva e prospectiva da gestão de um empreendimento, respectivamente

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Contabilidade para Executivos em Saúde

baseadas em fatos e em perspectiva de natureza estrutural (do próprio

empreendimento) e conjuntural (cenários nacionais e internacionais).

Neste contexto, todas as ciências, teorias e suas ramificações, ao atuarem de forma

direta ou indireta em um empreendimento – através de elementos tangíveis e

intangíveis – estarão, objetiva ou subjetivamente, exercendo influência na

formação e na dinâmica dos números, integrantes da estrutura patrimonial. Com

base nesta formação numérica, são extraídos os indicadores das dimensões

Page 13: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

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Contabilidade para Executivos em Saúde

econômica, financeira, física e de produtividade que propiciarão, ao gestor e demais

usuários das demonstrações contábeis, as condições básicas para ajuizar a situação

do empreendimento sob a égide destas dimensões.

Estando tais indicadores assentados em sólidas bases conceituais envolvidas com a

formação e a dinâmica dos números integrantes da Estrutura Patrimonial do

empreendimento, resta-nos, pois, a análise e a interpretação do seu conteúdo e

particularmente do seu processo evolutivo. Neste sentido, a busca das causas

primárias de natureza tangível e intangível, no âmbito estrutural (empresa ou

empreendimento) ou conjuntural (nacional e internacional), torna-se fator decisivo

à condução da gestão empresarial em suas mais variadas áreas de atuação.

Como elementos tangíveis, dentre muitos outros, a figura abaixo assim os

exemplifica:

ELEMENTOS

TANGÍVEIS

EQUIPAMENTOS MÁQUINAS

TERRENOS

VEÍCULOS

INSTALAÇÕES

MATERIAIS

DIVERSOS

UTENSÍLIOS

OBRAS CIVIS

OUTROS

MERCADORIAS

MATÉRIAS-PRIMAS

MATERIAIS DE

EMBALAGEM

Page 14: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

12

Contabilidade para Executivos em Saúde

Já na figura a seguir, é exemplificado um elenco de elementos de natureza

intangível que exercem influência direta ou indireta nos números apresentados por

um empreendimento, como consequência do seu processo de gestão:

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13

Contabilidade para Executivos em Saúde

2.3 Conceitos Básicos

Ativo: Bens e direitos pertencentes a uma pessoa física ou jurídica.

Passivo: Obrigações de uma pessoa física ou jurídica, contraídas junto à outra (as)

pessoa (as) física (as) ou jurídica (as).

Sentido Restrito = Exigibilidades

Sentido Amplo = Exigibilidades + Recursos Próprios

Patrimônio: Conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa

física ou jurídica.

PATRIMÔNIO = ESTRUTURA PATRIMONIAL

Formas Análogas de Expressão

Bens e

Direitos ↔ Obrigações ↔

Junto a Terceiros

Junto aos Proprietários

Investimentos ↔ Financiamentos ↔

Recursos de Terceiros

Recursos Próprios

Aplicação de

Recursos

↔ Origem de

Recursos ↔

De Terceiros

Próprias

Usos de

Recursos

↔ Fontes de

Recursos ↔

De Terceiros

Próprias

Ativo ↔ Passivo ↔

Exigibilidades

Patrimônio Líquido

Devedores ↔ Credores ↔

Externos

Internos

Efeitos ↔ Causas ↔

Externas

Internas

Page 16: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

14

Contabilidade para Executivos em Saúde

Patrimônio Líquido: Conjunto de bens e direitos de uma pessoa física ou jurídica,

deduzida das suas obrigações para com terceiros.

Entidade: Conjuntos de pessoas, recursos e organizações capazes de executar

atividade econômica, como meio ou como fim.

Receita1: Ingresso2 de recursos para o patrimônio de uma entidade sob a forma de

bens ou direitos, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de

produtos ou à prestação de serviços, podendo também derivar de remunerações

sobre aplicações ou operações financeiras.

Ganho: Bem3 ou serviços obtido de forma anormal ou involuntária.

Ingresso:

1. Sentido Global - Entrada de bens e direitos na estrutura patrimonial de

uma entidade.

2. Sentido Restrito4 - Recebimento de bens numerários resultantes do

processo de gestão da estrutura patrimonial de uma entidade.

Gasto5: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um

produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa

de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

Investimentos6: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios

atribuíveis a futuro(s) período(s).

Custo7: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e

serviços.

Despesa8: Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de

receitas.

Desembolso9: Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço10.

Perda: Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária.

1 MARTINS, ELISEU. Contabilidade de Custos. 10ª ed., São Paulo: Atlas, 2010 2 O termo “ingresso” é aplicado aqui em sentido amplo ou global. 3 No sentido amplo do termo. 4 MARTINS, ELISEU. Op.cit.. 5 MARTINS, ELISEU. Op.cit.. 6 MARTINS, ELISEU. Op.cit.. 7 MARTINS, ELISEU. Op.cit.. 8 MARTINS, ELISEU. Op.cit.. 9 MARTINS, ELISEU. Op.cit.. 10 No sentido amplo do termo.

Page 17: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

15

Contabilidade para Executivos em Saúde

2.4 Ativos Operacionais e Não Operacionais

Operacionais - Bens e direitos vinculados aos objetivos sociais da entidade.

1. Operantes: Ativos vinculados aos objetivos sociais da entidade que,

efetivamente, contribuem para a geração de receitas operacionais.

2. Não operantes: Ativos vinculados aos objetivos sociais da entidade que,

ociosos, em construção ou em implantação, não estão contribuindo para a

geração de receitas operacionais.

Não Operacionais - Bens e direitos vinculados às atividades estranhas aos

objetivos sociais da sociedade.

1. Operantes: Ativos que, embora estranhos aos objetivos sociais da entidade,

contribuem para a geração de receitas de natureza extra operacional.

2. Não operantes: Ativos estranhos aos objetivos sociais da entidade que,

ociosos, em construção ou em implantação, não geram receitas extra

operacionais

2.5 Regime de Competência X Regime de Caixa

2.5.1 Regime de Competência

O Regime de Competência é adotado pela contabilidade das empresas, visando

dotá-las de uma fiel expressão monetária de todos os seus Bens, Direitos e

Obrigações representativas de sua Estrutura Patrimonial. A Lei das Sociedades por

Ações (Leis 6.404/76 e 11.638/07), em seu artigo nº 177, determina que:

RECEITAS

GANHOS

INGRESSOS

INVESTIMENTOS

CUSTOS

DESPESAS

PERDAS

DESEMBOLSOS

OPERACIONAIS

Parcela vinculada aos produtos ou

serviços que constituem os

objetivos sociais da entidade.

NÃO OPERACIONAIS

Parcela vinculada à atividade ou

evento extraordinário, fora dos

objetivos sociais da entidade.

Page 18: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

16

Contabilidade para Executivos em Saúde

"A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com

obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de

contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios uniformes

no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência."

Não poderia ser de outra forma, pois tal Regime encerra uma lógica coerência

técnica para retratar a Situação Econômico-Financeira de todo e qualquer

empreendimento.

Toda pessoa jurídica, seja ela empresa comercial ou industrial, entidade

filantrópica, instituição financeira, clube recreativo, etc., é dotada, para existir, de

uma Estrutura Patrimonial - ou simplesmente denominada "Patrimônio".

Este Patrimônio é formado pelo conjunto de Bens, Direitos e Obrigações. Os Bens e

Direitos integram o elenco de "Investimentos" da pessoa jurídica, termo este que,

no caso, é sinônimo de "Ativos".

Por sua vez, as Obrigações compõem o então denominado "Passivo", ou seja, as

fontes de financiamentos daqueles investimentos (Ativos). Neste caso, o termo

"Passivo" é tratado no seu sentido amplo, representando as obrigações para com

terceiros (dividas) e para com os proprietários (Patrimônio Líquido).

Ressalta-se, todavia, que no seu sentido restrito, o termo "Passivo" está

relacionado às exigibilidades (Dívidas) das pessoas jurídicas. Neste contexto, o

Artigo nº 184 da Lei das Sociedades Anônimas (Leis 6.404/76 e 11.638/07), ao

disciplinar os critérios de avaliação do Passivo, assim determina em seu inciso I:

“as obrigações, encargos e riscos, conhecíveis ou calculáveis*, inclusive

imposto de renda a pagar com base no resultado do exercício, serão

computados pelo valor atualizado até a data do balanço."

O Patrimônio Líquido (ou Capital Próprio) é determinado pela diferença entre o

somatório dos Bens e Direitos (Ativos) e de todas as Dívidas (Capital de Terceiros)

das pessoas jurídicas.

Teríamos, então, a síntese do que acabamos de dizer, assim demonstrada:

Esta estrutura patrimonial, na expressão dos diferentes itens que a compõem,

sofre, em função da dinâmica operacional ou dos efeitos inflacionários, um processo

de mutação constante, o qual promove, como consequência, aumentos ou reduções

dos recursos dos proprietários (Patrimônio Líquido).

Passivo+PL

(Financiamentos)

. Recursos de terceiros

(Dívidas)

. Recursos dos

proprietários (Capital

próprio ou patrimônio líquido)

Ativo

(Investimentos)

• Bens e direitos

Page 19: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

17

Contabilidade para Executivos em Saúde

E esta dinâmica operacional, ora referida, é representada pelo conjunto de receitas

e demais formas de ingressos de recursos (aportes de capital, subvenção para

investimentos, empréstimos / financiamentos bancários, etc.), versus os gastos

com Investimentos, Custos e Despesas. Além destas, são ainda consideradas as

eventuais ocorrências de Ganhos ou Perdas.

Neste particular, a adoção do Regime de Competência tem como principal objetivo

o reconhecimento das Receitas ou Ganhos bem como dos Gastos com

Investimentos, Custos, Despesas ou Perdas, no momento em que são incorridos,

independentemente do imediato ou subsequente reflexo financeiro correspondente

(Entrada ou Saída de Caixa).

O termo "incorrido" está diretamente relacionado ao Fato Gerador Econômico-

Jurídico-Contábil que sustenta o reconhecimento, em uma Estrutura Patrimonial,

dos Bens, Direitos e Obrigações a ela vinculadas.

Portanto, deixar de reconhecer, contabilmente, os Investimentos, Custos, Receitas,

Despesas, Perdas ou Ganhos, quando de sua incorrência, é simplesmente omitir e

falsear os dados que sustentam a composição de uma Estrutura Patrimonial de

qualquer pessoa jurídica. Além de não informar os reais investimentos (Bens e

Direitos) comprometidos com o projeto empresarial ou institucional, deixaríamos

ainda - e o que é mais grave - de reconhecer as fontes que financiam tais

investimentos, além dos compromissos exigíveis já configurados (Provisões).

Este fato, além de ilógico, não teria nenhum respaldo técnico ao se pretender

demonstrar a estrutura patrimonial de uma pessoa jurídica qualquer, através dos

instrumentos contábeis de mensuração (Balanço Patrimonial, Demonstração de

Resultados e outras).

2.5.2 Regime de Caixa

O Regime de Caixa consiste em classificar e reconhecer as operações de uma

pessoa jurídica pelo efetivo Ingresso e Desembolso de Bens Numerários. Mais

precisamente, a sua adoção está, a rigor, voltada ao Fluxo Financeiro (ou Fluxo de

Caixa) de um empreendimento. Este Fluxo Financeiro pode ser formatado de várias

maneiras, visando atingir os mais variados objetivos.

Em uma de suas formas extremas, o Fluxo Financeiro apresenta, simplesmente,

uma listagem de todas as Entradas e de todas as Saídas de Caixa em um dado

período, não observando, necessariamente, nenhuma ordem de classificação:

Saldo Inicial + Ingressos – Desembolso = Saldo Final.

Esta forma de apresentação do Fluxo Financeiro tem por finalidade tão-somente a

conferência e controle da composição dos saldos existentes, objetivando, inclusive,

dar sustentação aos trabalhos de auditoria, de controle e de elaboração das demais

demonstrações contábeis, especialmente o Balanço Patrimonial.

No extremo oposto, uma outra forma de elaboração do Fluxo Financeiro se

apresenta como de elevada importância no processo de gestão financeira de um

empreendimento. Trata-se do seu desmembramento em três importantes fluxos:

Page 20: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

18

Contabilidade para Executivos em Saúde

Fluxo Operacional

Fluxo de Investimentos / Desinvestimentos

Fluxo de Financiamentos

O Fluxo Operacional consiste no reconhecimento dos ingressos e desembolsos

atrelados exclusivamente às atividades principais do empreendimento, tais como,

recebimentos de vendas à vista, de duplicatas, de juros com vendas a prazo, etc.,

contrapondo-se com os desembolsos com a compra de mercadorias para revenda,

de matérias-primas, mão-de-obra, despesas com vendas, administrativas e outras.

Por sua vez, o Fluxo de Investimentos e/ou Desinvestimentos congrega os

desembolsos com inversões fixas (máquinas, equipamentos, imóveis, veículos,

etc.), participações acionárias, aplicações financeiras e outras bem como as

respectivas realizações financeiras destes itens em função das vendas, resgates,

etc.

E, por último, o Fluxo de Financiamentos tem por objetivo reunir todos os ingressos

e desembolsos oriundos dos Recursos de Terceiros (Financiamentos, Empréstimos

Bancários, etc.), destacando-se o "Principal" e os "Encargos Financeiros".

Acrescentam-se, ainda, os Recursos dos Proprietários (Acionistas / Quotistas),

abrangendo os aportes ou reduções de capital e ainda dividendos, objeto desses

recursos.

Esta forma de elaboração de um Fluxo Financeiro permite, ao gestor de um

empreendimento, contar com um valioso instrumento gerencial de informações e

planejamento financeiro no âmbito de suas tomadas de decisões.

O Regime de Caixa é, por conseguinte, o sustentáculo deste importante

instrumento de gestão: O Fluxo Financeiro (ou Fluxo de Caixa).

Page 21: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

19

Contabilidade para Executivos em Saúde

2.6 Contabilidade Gerencial X Contabilidade

Societária

2.6.1 Principais Diferenciações11

DISCRIMINAÇÃO CONTABILIDADE GERENCIAL

(OU ADMINISTRATIVA)

CONTABILIDADE

SOCIETÁRIA

(OU FINANCEIRA)

Principais Usuários

Administradores dos diferentes

níveis hierárquicos da entidade; Entidades externas financiadoras de projetos de investimentos.

Média e alta administração da entidade;

Investidores em geral, instituições financeiras e órgãos governamentais.

Demonstrações Contábeis/ Relatórios

Sínteses ou detalhamentos voltados à entidade como um

todo ou em partes como produtos, atividades, departamentos, responsabilidades, divisão geográfica, etc..

Relatórios sintéticos ou detalhados formatados por determinação ou influência de legislações específicas.

Práticas Contábeis e Conteúdo

Técnico

Adequação às bases lógicas e

teóricas; Nenhuma outra restrição além dos custos em relação aos benefícios de melhores decisões na gestão de um empreendimento.

Limitado pelos princípios

contábeis de aceitação geral e pelos ditames das legislações societária e fiscal, muitas vezes conflitantes com as bases lógicas e teóricas.

Prazos Flexível, variando em função das reais necessidades dos diferentes usuários.

Rígido, tendo por base as determinações dos órgãos governamentais calcados nas legislações pertinentes.

Influências Comportamentais

Preocupação com a forma pela qual o conteúdo das informações e as consequentes tomadas de decisões influenciarão o comportamento dos

administradores.

Preocupação com a forma de medição e comunicação de

versões, muitas vezes antagônicas com os fatos.

Impacto secundário no comportamento dos administradores.

Enfoque no Tempo

Análise retrospectiva como subsídio à visão e orientação atual e prospectiva no âmbito do planejamento empresarial, especialmente orçamentário.

Visão e orientação retrospectiva: avaliações históricas de desempenho

econômico-financeiro.

Amplitude

Campo de atuação definido de

forma ampla, abrangendo outras ciências tais como economia, engenharia, sociologia, psicologia, medicina, etc.;

Consequente despertar para as influências estruturais e/ou conjunturais na performance do

empreendimento.

Campo de atuação definido de forma restrita e precisa com o

menor uso de disciplinas afins.

11 Síntese do trabalho publicado no caderno “MATEMÁTICA CONTÁBIL” Nº 34/91, Revista Técnica

“INFORMAÇÕES BJETIVAS”- IOB

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20

Contabilidade para Executivos em Saúde

2.6.2 Contabilidade Gerencial12

“A Contabilidade nasceu gerencial para atender aos comerciantes”. Depois, os

outros usuários a utilizaram. Após nascida gerencial, o que ocorreu com a

Contabilidade? Renascimento da Contabilidade Gerencial

Em 1914, o frei Luca Paciolo sistematizou e perenizou a Contabilidade em um livro,

legando à posteridade seus pilares. Escolheu os métodos e princípios usados pelos

mercadores de Veneza. Seu mérito estava na iniciativa e na didática de expor o

método das partidas dobradas e no uso dos livros Borrador, Diário e Razão.

Como ensinou Paciolo, a Contabilidade não nasceu das mãos de filósofos, cientistas

ou da mente de alguma autoridade tributária ou professor. Nasceu das mãos

competentes de comerciantes de então, os quais deram grande desenvolvimento à

sua região, ocupando importante posição na "Idade de Ouro da Renascença".

A Contabilidade nasceu gerencial. Os empresários de então, necessitando de um

sistema que permitisse mensurar o lucro e desse algum controle sobre seu

patrimônio, acabaram desenvolvendo a Contabilidade. Esses empresários,

precisando de controlar informações para tomada de decisões, criaram o Método

das Partidas Dobradas.

Desenvolveram os princípios básicos contábeis, chegando às duas demonstrações

fundamentais: apuração do resultado e o balanço geral. Assim, a Contabilidade

nasceu das mãos de seu usuário primeiro: o Gestor Patrimonial.

Foi, portanto, voltada única e exclusivamente para atender às finalidades gerenciais

de controle e auxílio no processo de decisão. Os que precisavam dessas

informações acabaram desenvolvendo vários métodos e princípios.

Depois de nascida gerencial, o que acorreu com a Contabilidade?

À medida que foram surgindo usuários externos (e poderosos como o Estado), foi

crescendo a necessidade de se fixarem regras para essa mesma Contabilidade.

Mesmo que essas regras tenham sido fixadas, principalmente no seu início,

exatamente com base nas que foram originalmente criadas pelos próprios gestores

patrimoniais, o que ocorreu foi que a fixação por terceiros acabou por limitar a

possibilidade de os gerentes as modificarem.

Para os usuários externos, é de extrema importância que as demonstrações

contábeis produzidas por diferentes empresas sejam uniformemente preparadas,

sendo seguidos os mesmos princípios básicos. Por essa razão, a normatização e a

regulamentação da Contabilidade, para que todos estejam usando os mesmos

princípios e para que a plenitude dos leitores possa rapidamente efetuar suas

análises e chegar às suas conclusões e avaliações, tornou-se algo imprescindível.

Por força desta necessidade, essas normatizações e regulamentações são

estipuladas por leis, regulamentos, portarias e outras fontes governamentais

(Receita Federal, Comissão de Valores Mobiliários, Banco Central, etc.), e ainda por

12 Síntese do trabalho no caderno “Temática Contábil” nº34/91, Revista Técnica “Informações

Objetivas”-IOB.

Page 23: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

21

Contabilidade para Executivos em Saúde

parte de organismos privados, representativos de classe profissional, como o

Ibracon, no Brasil.

Como consequência, o criador da Contabilidade a perdeu, uma vez que ela se

tornou importante para outros usuários que acabaram por lhe fixar amarras e

regras.

A rigor, a Contabilidade nunca deixou de exercer o papel de instrumento de

gerência. Porém, ao se amarrar a leis e regulamentos, a Contabilidade perdeu um

bom potencial para se desenvolver e se adaptar às finalidades gerenciais.

Mudaram as necessidades de informações com o desenvolvimento da empresa, dos

técnicos, das tecnologias de produção e de vendas, mas não mudou, na essência, a

Contabilidade. A partir deste processo, renasce, recentemente, a Contabilidade

Gerencial.

A partir da década de 50, cresce um movimento visando voltar a fazer da

Contabilidade um instrumento de gerência, direcionado especialmente para o

controle e tomada de decisões. Renasce, pois, a Contabilidade para fins

administrativos, voltada às necessidades internas da entidade à qual se refere.

Isto não significa que a Contabilidade Gerencial seja completamente diferente ou

separada da Contabilidade Societária ou Fiscal. Significa, sim, que há a

necessidade, em muitos momentos, de se efetuarem adaptações porque, em certas

circunstâncias, a Contabilidade Societária e a Contabilidade Fiscal não suprem os

tomadores de decisão internos à empresa de informações relevantes.

Em diferentes situações, a Contabilidade Societária atende também às finalidades

administrativas (ou gerenciais). Quando tal não ocorre, produz-se outros conjuntos

de informações e/ou demonstrações, tendo-se, neste ponto, um elenco de

adaptações necessárias ao atendimento de usuários internos, e, em certas

circunstâncias, também a usuários externos.

É, portanto, comum denominar-se de Contabilidade Gerencial apenas a parte de

informações, relatórios e demonstrativos produzidos separadamente da

Contabilidade Societária. Todavia, tal conclusão torna-se prejudicada, visto que, na

realidade, todo o conjunto é que é gerencial: a parte da Contabilidade Societária

que serve à administração e a parte desenvolvida especialmente para fins

gerenciais.

A rigor, não existe necessariamente uma Contabilidade nova, mas a adaptação da

tradicional a um conjunto (às vezes novo) de necessidades de diferentes usuários –

normalmente internos.

A Contabilidade de Custos com o início da Contabilidade Gerencial

Ao longo do tempo, foi dada grande ênfase à análise da distribuição interna dos

gastos, procurando-se verificar, detalhadamente, como foram distribuídos os

investimentos na empresa: por divisão, por setor, por departamentos, por linha de

produção, etc.

Atentava-se, ainda, para a verificação da distribuição interna dos custos de

produção e das despesas de vendas, administrativas e outras, estas últimas

Page 24: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

22

Contabilidade para Executivos em Saúde

também por divisão, departamentos, etc. Quanto aos custos de produção, chegava-

se a cada unidade de cada produto, especificamente.

Toda a análise e distribuição interna dos gastos da empresa passou, pelo menos em

parte, a compor a denominada "Contabilidade de Custos". Muitos autores atribuem

a essa linha a iniciação à Contabilidade Gerencial, visto que se passava para uma

preocupação mais interna à empresa.

Várias obras de Contabilidade Gerencial dão, até hoje, especial ênfase, senão a

quase totalidade do seu espaço, ao assunto "Contabilidade de Custos". A

Contabilidade Gerencial, porém, é algo muito mais abrangente do que isso;

abrange a Contabilidade de Custos, mas não se restringe, em absoluto, a ela.

Afirmar que a Contabilidade Gerencial não existe porque a Contabilidade é uma só,

com um único conjunto de informações, qualquer que seja a finalidade dessas

demonstrações, é, simplesmente, negar a existência de diversos conjuntos de

usuários com necessidades diferentes.

A Contabilidade vem se transformando, cada vez mais, em uma ciência de

adaptação de dados (Banco de Dados) e de utilização desse conjunto de dados,

para transformá-los em demonstrações e/ou relatórios (o meio), onde a informação

relevante deve ser o essencial (o produto) para o seu usuário.

Conforme o usuário, o tratamento dos dados precisa ser diferente, bem como

precisam ser diferentes os diversos relatórios, quer em termos de sua forma quanto

de seu conteúdo.

Dentro dessa acepção, a Contabilidade Gerencial nada mais é do que a utilização da

Contabilidade como um todo, para produção de informações especificamente

voltadas para o gerente empresarial ou mesmo governamental, no caso da

eventual Contabilidade Pública Gerencial — ainda por ser desenvolvida, testada e

implementada efetivamente no Brasil.”

2.7 Indicadores Econômico-Financeiros

Avaliam-se os limites toleráveis para cada empreendimento, observando-se,

inclusive, as características setoriais.

Quocientes de participação na estrutura patrimonial (análise vertical):

Consistem na relação dos diferentes grupamentos da estrutura patrimonial sobre o

total do ativo e do passivo.

A resultante da determinação destas relações deverá ser confrontada com os

limites toleráveis em cada empreendimento, observadas as características do setor

de atividade.

Quocientes de participação na estrutura de resultados (análise vertical):

Consistem na relação dos diferentes grupamentos da estrutura dos resultados

sobre a receita operacional líquida.

Page 25: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

23

Contabilidade para Executivos em Saúde

Tais relações subsidiam o julgamento da evolução da gestão dos negócios correntes

na formação dos resultados.

Cabe avaliar os fatores de influência de ordem estrutural e/ ou conjuntural no

comportamento dos números.

Quocientes comparativos de performance temporal (análise horizontal):

São relações determinantes da evolução de diferentes itens componentes de uma

estrutura numérica (patrimonial, resultados, custos, etc.) ao longo de "n" períodos.

Normalmente são demonstrados através de "números-índice".

Traduz o quanto se dispõe imediatamente para fazer frente ao endividamento de

curto prazo.

A resultante desta relação nos indica quanto dispomos de ativos disponíveis e

conversíveis em dinheiro em curto prazo para saldarmos os compromissos também

de curto prazo. Situando-se abaixo de 1.00, revela que o Capital Circulante Líquido

(Ativo Circulante – Passivo Circulante) acha-se negativo.

Com uma posição bem mais conservadora, este quociente deverá ser analisado

observando-se o seu distanciamento da liquidez corrente, simultaneamente à

verificação da rotatividade dos estoques e aos critérios de avaliação destes.

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24

Contabilidade para Executivos em Saúde

Prazo Médio de Permanência dos Estoques13

A figura abaixo demonstra, em seu teor, a composição das fórmulas dos

principais estoques existentes em uma organização:

ELEMENTOS

1- Estoque médio de produtos acabados ($ mil)

2- Custo dos produtos vendidos ($ mil)

3- Permanência média do est. produtos acabados = 360 : (2:1)

4- Estoque médio de prod. em andamento ($ mil)*

5- Custo dos produtos fabricados no período

6- Permanência média do est. produtos em andamento = 360 : (5:4)

7- Estoque médio de matérias-primas ($ mil)*

8- Consumo de matérias-primas no período ($ mil)

9- Permanência média do estoque de matéria-prima = 360 : (8:7)

10- Estoque médio de mat. secundários ($ mil)*

11- Consumo de materiais secundários ($ mil)

12- Permanência média do estoque de materiais secundários = 360 : (11:10)

13- Estoque médio de materiais de embalagem

14- Consumo de mat. de embalagem no período

15- Permanência média do est. de material de embalagens = 360 : (14:13)

16- Estoque médio de materiais diversos

17- Consumo de materiais diversos no período

18- Permanência média do est. de materiais diversos = 360 : (17:16)

(*) Estoque Médio Mensal Obs.: No caso do balancete do último ano representar período inferior a 12 meses, observar o número de dias correspondentes para o dimensionamento do prazo médio de permanência dos estoques acima mencionados.

Prazo Médio de Recebimentos e Pagamentos(¹)

DISCRIMINAÇÃO

1- Recebimento de duplicatas no período ($ mil) (¹)

2- Saldo médio mensal de duplicatas a receber ($ mil)

3- Prazo médio dos recebimentos = 360 : (1:2)

4- Pagamento de duplicatas no período ($ mil) (²)

5- Saldo médio mensal de fornecedores

6- Prazo médio dos pagamentos = 360 : (4:5) (³)

(¹) Saldo inicial de duplicatas a receber + Vendas a prazo – Saldo final de duplicatas a

receber (²) Saldo inicial de fornecedores = Compras a prazo* – Saldo final de fornecedores (*) Compras contabilizadas em contrapartida com a conta de fornecedores

(³) Observar período de abrangência para determinação dos prazos médios

Revela a capacidade financeira da empresa a longo prazo e, indiretamente, o grau

de imobilização dos recursos próprios. Situando-se acima de 1.00 denunciará que

os recursos próprios, além de absorverem a totalidade dos ativos permanentes,

13 Esses indicadores integram a análise da situação financeira de uma entidade, subsidiando a interpretação da qualidade dos diferentes quocientes de liquidez

Page 27: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

25

Contabilidade para Executivos em Saúde

estarão presentes no financiamento dos ativos realizáveis a longo prazo, podendo

ainda estender sua participação nos ativos circulantes, desonerando o

empreendimento.

Este quociente traduz a remuneração do capital dos proprietários, com base nos

resultados globais obtidos na gestão do empreendimento, com a utilização de uma

estrutura de recursos composta por capitais próprios e de terceiros. Deverá ser

comparado com o custo de oportunidade do setor (do mercado financeiro ou da

economia – conforme o enfoque), observados os diferentes níveis de risco, a fim de

se avaliar a atratividade dos investimentos realizados pelos sócios ou acionistas.

Trata-se de um indicador de vital importância para a mensuração final da

performance empresarial.

Retorno sobre o Investimento Operacional

Este quociente se evidencia como um dos mais importantes indicadores em um

processo de análise. Quanto maior for a capacidade geradora de receita por parte

dos ativos operacionais, melhor será a chance do empreendimento em cobrir suas

despesas e gerar margens de lucro operacional que poderão promover taxas

atrativas de retorno dos ativos operacionais.

Retorno sobre o Investimento Total

Este indicador deverá ser utilizado de forma comparativa ao retorno sobre os

investimentos operacionais, evidenciando-se as razões estruturais e/ou

conjunturais de um eventual distanciamento relevante entre eles.

Da mesma forma como o indicador anterior, esta relação indica a capacidade

geradora de receitas dos ativos de modo geral.

Um eventual distanciamento deste quociente, com o giro do ativo operacional,

denunciará a existência de ativos não vinculados aos objetivos sociais da entidade.

Page 28: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

26

Contabilidade para Executivos em Saúde

Deverá ser observada, e adequadamente tratada, a parcela dos ativos em estado

de inoperância por razões específicas (ociosidades, construções em andamento,

implantações/instalações, etc.).

Conhecida também como margem líquida de lucro sobre as vendas, esta relação, se

comparada à análise da lucratividade operacional, revela o grau de influência de

receitas e despesas não operacionais na geração final dos resultados. Deverá

também ser confrontada com a capacidade dos ativos totais em gerar receitas

operacionais.

Com o objetivo de subsidiar a análise do grau de alavancagem financeira, esta

relação é assim definida, considerando-se o expurgo das despesas financeiras da

apuração do lucro líquido (e reflexos afins: provisões para I.R., etc.), em razão da

hipótese de inexistência de recursos de terceiros na estrutura patrimonial da

entidade.

Também de importante valor no processo de análise, este indicador consiste em se

avaliar o custo dos capitais de terceiros frente ao retorno dos ativos financiados por

estes capitais.

Grau de Alavancagem Financeira

Quando a taxa de retorno desses ativos é superior ao custo dos capitais de

terceiros, a diferença se converterá em benefício para os acionistas, pois

aumentará a remuneração dos capitais próprios.

Na situação inversa, ou seja, quando o custo dos capitais de terceiros é superior à

taxa de retorno dos ativos, a rentabilidade dos capitais próprios ficará prejudicada

pela diferença existente entre essas taxas.

Trata-se, pois, de um quociente de dois quocientes.

No numerador, temos o quociente que retrata o retorno sobre o patrimônio líquido,

considerando-se a utilização de capitais de terceiros na estrutura de recursos.

No denominador, apura-se um quociente que retrata o retorno dos ativos,

considerando-se o lucro gerado por estes ativos antes de se remunerar as fontes de

recursos que lhe financiam: Capitais de Terceiros — remunerado através dos

encargos financeiros, e os Capitais Próprios — cuja remuneração é representada

pelo lucro líquido.

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27

Contabilidade para Executivos em Saúde

Em outras palavras, é como se apurasse, no denominador, um quociente

hipotético, traduzindo a rentabilidade de um patrimônio líquido com a ausência de

capitais de terceiros na estrutura de recursos; daí o motivo de se ajustar o lucro

líquido expurgando-se deste os encargos financeiros reais sobre os capitais de

terceiros e ainda as influências advindas deste ajuste, conforme demonstrado.

Sendo:

Ativo Real = Ativo total ajustado pela inclusão de valores existentes e não

contabilizados, e pela exclusão de valores contabilizados e não

existentes.*

Passivo Real = Exigibilidades totais ajustadas com a inclusão de dívidas existentes

e não contabilizadas e pela exclusão de dívidas contabilizadas

e não existentes. *

- Revela o grau de cobertura do endividamento total frente aos ativos totais.

- O resultado desta relação, situando-se abaixo de 1.00, revelará que a empresa

está insolvente.

* Observado, principalmente, o objetivo da análise: aquisição de empresa,

alienação, liquidação, extinção, fusão, cisão, incorporação, associação etc.

Trata-se de importante indicador junto ao mercado de capitais, particularmente em

função de sua comparação com o valor de mercado das ações e a análise do

distanciamento entre ambos.

Circunstancialmente, é também de grande valia nos casos de fusão, cisão,

incorporação, aquisição e alienação de empresas.

Revela a capacidade das ações representativas do capital social, subscrito e

integralizado, em obter remuneração.

O distanciamento deste quociente com indicador "Dividendo por Ação"

evidenciará uma política de retenção de lucros adotada pela empresa.

Lucro por Ação

Diversas são as razões que sustentam tal postura, tais como a formação de

reservas para contingências, a implantação de projetos de investimentos para

expansão, modernização ou relocalização empresarial, o saneamento financeiro

junto à estrutura dos capitais de terceiros, o suporte financeiro a programas de

racionalização/ reestruturação administrativo-organizacional, técnico- operacional e

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28

Contabilidade para Executivos em Saúde

competitiva, e, ainda, a situação atual do fluxo financeiro e suas perspectivas

futuras frente à dinâmica operacional da empresa.

Trata-se de indicador de grande importância junto ao mercado de capitais por

traduzir a política de dividendos adotada pela empresa, servindo, inclusive, de

parâmetro à atratividade dos investidores para programas de capitalização

através do lançamento de ações.

A análise e interpretação da sua performance deverá contemplar a evolução do

indicador "Lucro por ação", especialmente no que tange ao distanciamento

entre ambos.

Subsídios para análise comparativa dos indicadores "Lucro por ação" e

"Dividendo por ação"

Alguns trechos do trabalho sobre Política de Dividendos, elaborado em 2002 pela

EPGE-FGV, de autoria do Prof. Moysés Glat:

"Os dividendos podem representar para determinados grupos de acionistas uma

fonte suplementar de renda, ou eventualmente a única, e, portanto, uma

estabilidade de dividendos por ação é bastante bem vista. Qualquer alteração para

menos provocada por um insucesso temporário na rentabilidade da empresa, a

ocorrência de ciclos econômicos desfavoráveis, necessidade de retenção de parcela

maior dos lucros para expansão ou alteração dos custos de capital pode provocar

um desequilíbrio financeiro para estes acionistas."

"Para outros grupos de acionistas que não têm melhores oportunidades de

reinversão dos dividendos uma política de retenção e reinvestimento na própria

empresa será perfeita."

"Portanto, fatores econômicos, financeiros e interesses dos investidores individuais

e institucionais pressionam a política de dividendos da empresa para direções

diferentes. Conclui-se, assim, pela impossibilidade de se adotar uma política rígida

de dividendos, em face da carência de informações relativas aos objetivos dos

acionistas, uma vez que é impossível ponderar adequadamente aos seus interesses

com os fatores que afetam diretamente a empresa, sobretudo um modo onde a

incerteza de resultados e mudanças nas condições econômicas gerais constituem

uma característica marcante."

"A existência de um mercado secundário pujante, com ampla difusão de

informações relativas às empresas, permite a manifestação dos desejos dos

investidores. As forças do mercado, ou seja, a demanda e oferta de ações

exprimirão o grau de adesão dos investidores aos títulos representativos da

empresa. Somente o mercado secundário, através da liquidez e negociabilidade que

confere às ações, pode indicar a preferência por dividendos ou retenção de lucros.

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29

Contabilidade para Executivos em Saúde

O mercado oferece as condições para todas as opções dos investidores, inclusive a

liquidação de ativos acionários."

"O mercado secundário permite vislumbrar, através dos preços das ações, o grau

de concorrência ou repulsa em relação à estratégia global e à política de dividendos

das empresas."

"Lucros retidos e não distribuídos constituem os recursos sobre os quais a empresa

tem domínio absoluto e pode destiná-los aos investimentos e oportunidades

existentes."

"A retenção dos lucros representa para um investidor uma poupança aplicada que,

num ponto qualquer do tempo, deve remunerar adequadamente a sua renúncia ao

consumo corrente.”

"Acrescenta-se que a idade e o tamanho da empresa, o caráter conservador ou

dinâmico de sua administração, a sua atuação em produtos novos e tecnologia

avançada, o grau de concordância no mercado e a situação de caixa têm influência

na política de dividendos."

"O estímulo à distribuição de dividendos em presença de fortes mercados

secundários terá como corolário a possibilidade de incursões na área das

subscrições.”

"O payout adequado é aquele em que há um equilíbrio entre as necessidades da

empresa de retenção de lucros para efeito de investimentos e o montante que deve

ser distribuído, tendo em vista a renda esperada em forma de dividendos pelos

investidores."

"É evidente que a manutenção de lucros retidos como reserva, sem aplicações

destinadas a ampliar a empresa e a aumentar o volume operacional de lucros,

direcionando o fluxo de caixa contra os interesses dos investidores, fará com que

estes se desfaçam de seu estoque acionário, deprimindo o valor de mercado das

ações da empresa. Neste particular se destacam o mercado secundário e o fluxo de

informações."

"O retorno total do investimento em ações não se restringe aos dividendos, mas

inclui ganho de capital, representado pela valorização das ações em função do

crescimento e expansão da empresa. Se o crescimento das empresas é um

processo longo e os investidores são absorvedores de recursos, cuja recompensa se

opera por ocasião da maturação dos investimentos, é bem lógico até deixar de

pagar temporariamente dividendos para não diminuir a capacidade de poupança da

empresa."

"É evidente que empresas estáveis, após atingirem a maturidade e certa

estabilidade nos lucros, vencerem as primeiras fases de implantação e conquista de

mercado para seus produtos, poderão ter uma liberalidade maior na política de

dividendos. Mas as empresas nítidas de expansão, inovando produtos e tecnologia,

mas com perspectivas de crescimento bem asseguradas e tendo que manter taxas

de crescimento bem acima do mercado e num tempo relativamente curto atingir as

metas programadas, exige, para consecução de seus cronogramas de

investimentos, recursos enormes, e, consequentemente, têm que optar

temporariamente por uma política pobre de dividendos."

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30

Contabilidade para Executivos em Saúde

"A estratégia do investimento que deve dominar a conveniência do investidor é a de

retorno global, no qual se combinam os fluxos descontados dos dividendos e o

preço das ações no futuro.”

"A criação de um mercado acionário técnico e duradouro, onde as empresas

possam captar recursos não exigíveis, deve, muitas vezes, dentro da concepção de

retorno global (dividendos e valorização), renunciar transitoriamente ao pagamento

de dividendos e reforçar o fluxo de caixa interno."

"É óbvio que a estratégia do retorno global, na qual os ganhos de capital, pela

valorização das ações, têm um destaque especial, apresenta um risco bem maior,

pois as ações do grupo de companhias em expansão acelerada e retenção elevada

dos lucros conduzem a uma grande variabilidade nos preços das ações, pela

manifestação de sinais positivos ou negativos.”

"O crescimento dos lucros e sua retenção contínua por período trazem, em seu

bojo, uma promessa de fluxos de dividendos maior no futuro, e a valorização

representa uma consolidação da empresa, expressa no crescimento do lucro por

ação.”

Page 33: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

31

Contabilidade para Executivos em Saúde

2.8 Inter-relação entre as principais demonstrações

contábeis

Page 34: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

32

Contabilidade para Executivos em Saúde

Page 35: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

33

Contabilidade para Executivos em Saúde

Page 36: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

34

Contabilidade para Executivos em Saúde

Page 37: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

35

Contabilidade para Executivos em Saúde

Page 38: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

36

Contabilidade para Executivos em Saúde

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES

DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Componentes Capital

Realizado Reservas

Lucros

(Prej.)

Acumulados

Total

Saldo Inicial

Eventos

...

...

...

Saldo Final

Page 39: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

37

Contabilidade para Executivos em Saúde

- Entradas

Discriminação de todos os ingressos

- Saídas

Discriminação de todos os desembolsos

- Saldo no Período (A-B)

- Saldo Acumulado Anterior

- Saldo Acumulado Atual (C+D)

FLUXO DE CAIXA ou fluxo financeiro

A - ATIVIDADES OPERACIONAIS

INGRESSOS

Vendas à vista

Recebimento de duplicatas

Receitas Financeiras

Outros

DESEMBOLSOS

Industriais

Com vendas

Gerais e administrativos

Outros dispêndios operacionais

B - ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS/DESINVESTIMENTOS

INVESTIMENTOS

Inversões fixas

Empresas coligadas/controladas

Aplicações financeiras

Outros

DESINVESTIMENTOS

Venda de imobilizados

Vendas de participações acionárias

Resgate de crédito em coligadas/controladas

Resgate de aplicações financeiras (Principal + C.M.)

Outros

C - INCENTIVOS FISCAIS

D - SALDO DISPONÍVEL PARA AVALIAÇÃO DE ATIVOS OPERACIONAIS

(A ± B ± C) (2)

E - ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Ingressos com empréstimos/financiamentos

Amortização de empréstimos/financiamentos

Encargos financeiros

Aportes de capital

Pagamento de dividendos

Adiantamento para futuro aumento de capital social

Outros

F - INGRESSOS E DESEMBOLSOS NÃO OPERACIONAIS

G - ACRÉSCIMO (DECRÉSCIMO) DAS DISPONIBILIDADES (D ± E ± F)

E - SALDO INICIAL DAS DISPONIBILIDADES

F - SALDO FINAL DAS DISPONIBILIDADES (G+E)

FLUXO FINANCEIRO (1)

Page 40: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

38

Contabilidade para Executivos em Saúde

Observações:

(1) Método Direto com Ajustes para Fins Gerenciais;

(2) Observadas as considerações ou ajustes que se fizerem necessários quanto a novos

projetos de investimentos, substituição de grandes instalações, equipamentos, etc.

Page 41: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

39

Contabilidade para Executivos em Saúde

Fluxo de Caixa (Geral) Situação I

Elementos ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7

I. Entradas

- Vendas 1.000.00 1.200.00 1.400.00 1.500.00 1.500.00

- Financiamentos

- BNDES 800.00

- Aporte de Capital 100.00 100.00

II. Saídas

- Ind./Com./Adm. (600.00) (700.00) (800.00) (900.00) (900.00)

- inversões Fixas (900.00) (100.00) (40.00) (50.00) (50.00)

- Encargos Financeiros (80.00) (60.00) (40.00) (20.00)

- Amortização de

Financiamento

- BNDES (200.00) (200.00) (200.00) (200.00)

III. Saldo do Período 120.00 240.00 320.00 330.00 550.00

IV. Saldo Anterior 120.00 360.00 680.00 1.010.00

V. Saldo Atual 120.00 360.00 680.00 1.010.00 1.560.00

Page 42: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

40

Contabilidade para Executivos em Saúde

Fluxo de Caixa (segmentada) Situação I

Elementos ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7

I Atividades

Operacionais

400.00 500.00 600.00 600.00 600.00

- Recebimento

com Vendas

1.000.00 1.200.00 1.400.00 1.500.00 1.500.00

-Desembolsos

Ind./Com./Adm.

(600.00) (700.00) (800.00) (900.00) (900.00)

II. Atividades de

Investimentos

(900.00)

(100.00)

(40.00)

(50.00)

(50.00)

III. Atividades de

Financiamentos

900.00 100.00 (280.00) (260.00) (240.00) (220.00)

- Aporte de

Capital

100.00 100.00

- Ingresso de

Financiamentos:

- BNDES 800.00

- Outros

- Amortização de Financiamentos:

- BNDES (200.00) (200.00) (200.00) (200.00)

- Outros

- Encargos

Financeiros

- BNDES (80.00) (60.00) (40.00) (20.00)

- Outros

IV. Saldo do

Período

120.00 240.00 320.00 330.00 550.00

V. Saldo Anterior 120.00 360.00 680.00 1.010.00

VI. Saldo Atual 120.00 360.00 680.00 1.010.00 1.560.00

Page 43: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

41

Contabilidade para Executivos em Saúde

Fluxo de Caixa (Geral) Situação II

Elementos ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7

I. Entradas 900.00 100.00 800.00 1.030.00 1.400.00 2.190.00 3.370.00

- Vendas 700.00 750.00 800.00 1.000.00 1.000.00

- Financiamentos

- BNDES 800.00

- Outros 100.00 280.00 600.00 1.190.00 2.370.00

- Aporte de Capital 100.00 100.00

II. Saídas (900.00) (100.00) (800.00) (1.030.00) (1.400.00) (2.190.00) (3.370.00)

- Ind./Com./Adm. (520.00) (550.00) (500.00) (600.00) (600.00)

- Inversões

Fixas

(900.00) (100.00) (40.00) (50.00) (50.00)

- Encargos Financeiros

- BNDES (80.00) (60.00) (40.00) (20.00)

- Outros (120.00) (340.00) (720.00) (1.530.00)

- Amortiz. de Financ.

- BNDES (200.00) (200.00) (200.00) (200.00)

- Outros (100.00) (280.00) (600.00) (1.190.00)

III. Saldo do Período 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

IV. Saldo Anterior 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

V. Saldo Atual 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Page 44: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

42

Contabilidade para Executivos em Saúde

Fluxo de Caixa (Segmentada) Situação II

Elementos ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7

I. Atividades Operacionais 180.00 200.00 300.00 400.00 400.00

- Recebimento

com Vendas

700.00 750.00 800.00 1.000.00 1.000.00

- Desembolsos Ind./Com./Adm. (520.00) (550.00) (500.00) (600.00) (600.00)

II. Ativid. de Investimentos (900.00) (100.00) (40.00) (50.00) (50.00)

III. Ativid. de Financiamentos 900.00 100.00 (180.00) (200.00) (260.00) (350.00) (350.00)

- Aporte de Capital 100.00 100.00

- Ingresso de

Financiamentos

- BNDES 800.00

- Outros 100.00 280.00 600,00 1.190.00 2.370.00

- Amortiz. de Financiamentos

- BNDES (200.00) (200.00) (200.00) (200.00)

- Outros (100.00) (280.00) (600.00) (1.190.00)

- Encargos

Financeiros

- BNDES (80.00) (60.00) (40.00) (20.00)

- Outros (120.00) (340.00) (720.00) (1.530.00)

IV. Saldo do Período 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

V. Saldo Anterior 0.00 0.00 0.00 0.00

VI. Saldo Atual 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Page 45: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

43

Contabilidade para Executivos em Saúde

Obs.: Capital Circulante Líquido = Ativo Circula

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ORIGENS

DAS OPERAÇÕES

Lucro (Prej.) líquido do

exercício

(±) Transações que não

afetam o

capital circulante

líquido

DOS ACIONISTAS

Aportes de capital

Outros

DE TERCEIROS

Ingressos de empréstimos/

financiamentos a L.P.

Transfer. ativos realiz. do

Longo para o C.P.

Outros

TOTAL DAS ORIGENS

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E

APLICAÇÕES DE RECURSOS

APLICAÇÕES

No ativo permanente

Em ativos realizáveis a longo

prazo

Transf. de empréstimos do

Longo para o C.P.

Outras

TOTAL DAS APLICAÇÕES

Acréscimo (decréscimo) do

CCL

Total

VARIAÇÕES DO CAPITAL

CIRCULANTE LÍQUIDO

Aumento (redução) do ativo

circulante

Aumento (redução) do

passivo circulante

Aumento (redução) do capital circulante líquido

Page 46: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

44

Contabilidade para Executivos em Saúde

3. Alavancagem Financeira: Consolidação dos Indicadores a Partir da Concepção

Básica.

Exemplos e Considerações Adicionais

"Como conciliar o custo da dívida diante do retorno dos Ativos e da rentabilidade

atrativa do patrimônio líquido frente ao custo de oportunidade."

(Sérgio Leal Caldas)

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Page 47: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

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Contabilidade para Executivos em Saúde

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Page 48: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

46

Contabilidade para Executivos em Saúde

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Page 49: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

47

Contabilidade para Executivos em Saúde

Situação 1

ORIGEM DO LUCRO

Sendo o G.A.F. = 1,25, portanto 0,25 acima de 1,00, temos:

• Recursos Próprios = 200 x 0,20 = 40 = 20% s/RP

• Recursos de Terceiros = 200 = 0,20-0,15 = 10 = 5% s/RP

TOTAL 50 = 25% s/RP

0,05

0,20 = 0,25

ou 10

40 = 0,25

0,05

Page 50: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

48

Contabilidade para Executivos em Saúde

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Contabilidade para Executivos em Saúde

Demonstração dos Resultados (R$MIL)

(Custeio Direto)

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.600

(-) Devoluções e Abatimentos (80)

(-) Descontos Incondicionais (120)

(-) Imposto Incidente Sobre Vendas (200)

RECEITA OPREACIONAL LIQUIDA 1.200

(-) Custos e Despesas Variáveis (700)

Custos Variáveis de Produção (500)

Despesas Variáveis c/Vendas (90)

Despesas Variáveis c/ Administração (110)

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 500

(-) Custos de Despesas Fixas (400)

Custos Fixos de Produção (250)

Despesas Fixas c/ vendas (50)

Despesas Fixas c/Administração (120)

LUCRO OPERACIONAL GERADO P/ ATIVOS 80

(-) Custos da Divida (Desps). Financeiras (30)

LUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO 50

Page 52: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

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Contabilidade para Executivos em Saúde

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Contabilidade para Executivos em Saúde

ESTRUTURA PATRIMONIAL

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Ativo Passivo+PL

20% 800

Lucro = 160

Financ. = 800

Juros prov. = 120

920

80%

20%

20%

200

Lucro = 40

Capital = 200

Lucro I = 40

Lucro II = 40

80

280

77%

20%

40%

Total:

Inicial: 1.000

Final: 1.200

Total:

Inicial: 1.000

Final: 1.200

23%

Page 54: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

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Contabilidade para Executivos em Saúde

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Page 55: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

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Contabilidade para Executivos em Saúde

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Contabilidade para Executivos em Saúde

ESTRUTURA PATRIMONIAL

Ativo Passivo+PL

20% 800

160

Financ. = 800

Juros prov. = 120

1.000

80%

20%

20%

200

40

Capital = 200

Lucro I = 40

Lucro II = (40)

0

20%

0%

83%

Total:

Inicial: 1.000

Final: 1.200

Total:

Inicial: 1.000

Final: 1.200

17%

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Page 57: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

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Contabilidade para Executivos em Saúde

3.1 Esquematizações Básicas Giram x

Margem

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* ROL = Receita Operacional Líquida

ROL 8.000

ROL 1.200*

ROL 240

LUCRO GERADO P/ATIVOS 80

DESPESAS FINANCEIRAS (30)

LUCRO LÍQUIDO 50

400

ATIVO 0,6

vezes

3,0 vezes

20,0 vezes

=20% 33,3%

6,7%

1,0%

Page 58: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

56

Contabilidade para Executivos em Saúde

Retorno Sobre o Investimento (Ativo)

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Giro do Ativo x Margem de Lucro = Retorno s/Ativo

ou

Giro do Ativo x Lucratividade = Rentabilidade do Ativo

ROL ATIVO²

LUCRO¹

ROL X =

ATIVO²

LUCRO¹

Tomando-se por base um dos exemplos, teremos:

1200 400

80 1200

X = 400

80 =

= 3,0 X 0,067 0,20 ou 20% =

¹ Lucro Operacional Gerado pelos Ativos

² Desprovido das Influências do Lucro Gerado pelos Ativos do último exercício

Page 59: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

57

Contabilidade para Executivos em Saúde

Nível Mínimo de Faturamento

Determinação do Nível Mínimo de Faturamento Líquido Seqüência a ser observada

Retorno sobre os recursos próprios (Patrimônio

Líquido): definição da taxa mínima de atratividade

perante o custo de oportunidade do segmento (ou do

mercado, conforme o enfoque).

Custo da dívida.

Taxa atrativa de retorno sobre o ativo assim

caracterizada em função do custo da dívida e da taxa

mínima de atratividade do Patrimônio Líquido.

Expressão monetária do lucro gerado pelos ativos para

se atingir a taxa de atratividade do Patrimônio Líquido

frente ao custo da dívida.

Nível mínimo de faturamento líquido perante a

estrutura de custo comercial, observado o lucro gerado

pelos ativos a ser atingido.

Page 60: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

58

Contabilidade para Executivos em Saúde

Questionamento Chave:

O projeto (ou o empreendimento)

consegue obter um faturamento

mínimo que, frente a sua estrutura

de custos e despesas, promova um retorno dos

ativos em montante tal

que, diante do custo da dívida,

provoque um lucro líquido cuja expressão monetária

traduza

uma rentabilidade atrativa dos

recursos próprios em relação ao

custo de oportunidade?

Questionamento:

O Projeto (ou o empreendimento) comporta o

nível mínimo de faturamento a ser atingido

perante a rentabilidade atrativa

do Patrimônio Líquido?

Se Positivo: o projeto (ou o empreendimento)

é economicamente viável.

Se Negativo: o projeto é inviável.

Neste caso tenta-se adotar medidas de

saneamento administrativo e operacional visando-

se reduzir o custo comercial e adequá-lo ao

patamar de faturamento mínimo compatível com a

demanda mercadológica, buscando-se atingir a

taxa atrativa de retorno sobre os ativos frente ao

custo da dívida. Sendo possível atingir os

patamares almejados, o projeto se torna viável;

caso contrário, configura-se a sua inviabilidade

econômica. Neste contexto, a busca de um

saneamento financeiro, visando-se reduzir o

custo da dívida, torna-se vital à reversão de tal

configuração.

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Page 61: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

59

Contabilidade para Executivos em Saúde

3.2 Retornos s/Investimentos (Ativos):

Variável Gira x Margem

40

35

30

25

20

15

10

5

1 2 3 4

MARGEM

DE LUCRO

Vezes

GIRO

%

Taxa de Retorno

de 15%

O Gráfico demonstra uma curva de

indiferença de uma taxa de retorno

sobre os ativos. São evidenciadas

combinações diversas resultando em

uma mesma taxa de retorno.

Page 62: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

60

Contabilidade para Executivos em Saúde

3.3 Giro x Margem de Algumas Empresas

Brasileiras

80

70

60

50

40

30

20

10

2 4 6 8 10 12

MARGEM

DE LUCRO

Vezes

GIRO

%

Neste gráfico são apresentados alguns

exemplos de empresas que apresentam a

mesma taxa de retorno sobre seus ativos, da

ordem de 12%. Cada qual, porém, apresenta

uma situação diferenciada da margem de

lucro e do giro de seus ativos.

Taxa de Retorno - Curva de 12%

Eletrobrás (75% x 0,16)

Usiminas (24% x 0,50)

Rhodia (9,23% x 1,30)

BR Distribuidora (3,80% x 3,30) LASA (1,0% x 12)

Page 63: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

61

Contabilidade para Executivos em Saúde

4. Taxa de Retorno Sobre Investimentos (combinação Giro x Margem)

POLÍTICA ATUAL: 17,5% X 0,85 = 15%

POLÍTICAS POSSÍVEIS: A. 29,5% X 0,85 = 25%

B. 20,0% X 1,25 = 25%

C. 17,5% X 1,41 = 25%

Além de ser uma excelente

combinação de indicadores

para a atualização do

desempenho empresarial, o

estudo do giro x margem é

ainda um poderoso

instrumento de planeja-

mento de taxas atrativas de

retorno sobre os ativos.

A partir da fixação de uma

meta a ser alcançada,

diante do custo dos capitais

de terceiros, estudam-se

vária alternativas possíveis

trabalhando-se com as

variáveis giro e margem.

Page 64: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

62

Contabilidade para Executivos em Saúde

5. Roteiro de Análise Econômico-Financeira

5.1 Modelo - Anexo I

EMPRESA:

DEMONSTRAÇÕES E INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMPARADOS

QUADRO I: SINOPSE DA ESTRUTURA PATRIMONIAL

Valores em R$ MIL

ELEMENTOS

AV AH AV AH AV AH

VALORES % VALORES % VALORES %

ESTRUTURA DE INVESTIMENTOS (ATIVO)

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTE

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

INVESTIMENTOS

IMOBILIZADO LÍQUIDO

INTANGÍVEL

ESTRUTURA DE RECURSOS (PASSIVO+PL)

RECURSOS DE TERCEIROS

CIRCULANTE

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

RECURSOS PRÓPRIOS

Page 65: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

63

Contabilidade para Executivos em Saúde

QUADRO II: PRINCIPAIS INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRO

INDICADORES ECONÔMICOS

RESULTADO DO EXERCÍCIO AV AH AV AH AV AH

VALORES % VALORES % VALORES %

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

CUSTO DOS PROD./MERC./SERV. VENDIDOS

LUCRO BRUTO

DESPESAS COMERCIAIS

DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS

DESPESAS FINANCEIRAS

RECEITAS FINANCEIRAS

RESULTADO EQUIV. PATRIMONIAL

DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO

OUTRAS DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS

LUCRO (PREJ.) OPERACIONAL

DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERACIONAIS

LUCRO ANTES IR E CONTRIB. SOCIAL

PROVISÃO P/I.R. CONTR. SOCIAL

PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

LUCRO (PREJ.) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO LÍQUIDO GERADO P/ ATIVOS

RETORNO S/ RECURSOS PRÓPRIOS (1)

RETORNO S/ ATIVO TOTAL (2)

Giro do Ativo Total

Margem do Lucro Gerado pelos Ativos

GRAU ALAVANCAGEM FINANCEIRA (1/2)

QUOCIENTE SOLVÊNCIA

VALOR PATRIMONIAL AÇÃO

COTAÇÃO MÉDIA AÇÕES

LUCRO POR AÇÃO

DIVIDENDO POR AÇÃO

INDICADORES FINANCEIROS

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ SECA

PRAZO MÉDIO - ESTOQUES (PROD.ACAB,)

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS CLIENTES

PRAZO MÉDIO DE PAGAMTOS. FORNECEDORES

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ GERAL

(*) : LOTE DE 1.000 AÇÕES

Page 66: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

64

Contabilidade para Executivos em Saúde

5.2 Indicadores econômico-financeiros - fórmulas

INDICADORES ECONÔMICOS

1. RETORNO SOBRE RECURSOS

PRÓPRIOS =

Lucro Líquido

Patrimônio Líquido Inicial + [Patrimônio Líquido Final - (Lucro

Líquido do Exercício - Dividendos Declarados)]

2

2. RETORNO SOBRE

ATIVO TOTAL =

Lucro Líquido Gerado pelos Ativos

Ativo Inicial + [Ativo Final - (Lucro Gerado pelos

Ativos - Dividendos Pagos)]

2

Obs.: LUCRO LÍQUIDO GERADO PELOS ATIVOS = (=) Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício

(+) Despesas Financeiras Incidentes sobre Exibilidades (- ) Acréscimo da Provisão p/ Imposto de Renda e Contribuição Social

(-) Acréscimo das Participações e Contribuições

3. GIRO DO ATIVO TOTAL =

Receita Operacional Líquida

Ativo Inicial + [Ativo Final - (Lucro Líquido -

Dividendos Pagos)]

2

4. MARGEM DE LUCRO GERADO PELOS ATIVOS =

Lucro Líquido Gerado pelos Ativos

Receita Operacional Líquida

Page 67: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

65

Contabilidade para Executivos em Saúde

5. GRAU DE ALAVACAGEM

FINANCEIRA =

Retorno s/ Capital Próprio

Retorno s/ Ativo Total

6. QUOCIENTE DE

SOLVÊNCIA =

Ativo Real (*)

Passivo Real (*)

(*) Obs.: Ativo Real = Ativo Total declarado ajustado com a Inclusão de

valores existentes e não contabilizados e pela

exclusão de valores contabilizados e não existentes.

Passivo Real = Total dos Capitais de Terceiros (Passivo Circulante +

Exigibilidades a Longo Prazo) ajustado com a

inclusão de dívidas existentes e não contabilizadas e

pela exclusão de dívidas contabilizadas e não

existentes.

7. VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO =

Patrimônio Líquido

Quantidade de ações que compõe

o Capital Social Integralizado

8. COTAÇÃO MÉDIA DAS

AÇÕES NO MERCADO =

Valor Médio nos últimos três meses (no mínimo)

9. LUCRO P/ AÇÃO = Lucro Líquido Disponível (*) Quantidade de Ações que compõe

o Capital Social Integralizado

(*) Lucro Líquido Disponível = Lucro Líquido do Exercício Menos os Prejuízos

Acumulados

10. DIVIDENDO POR AÇÃO =

Dividendos Declarados (Propostos)

Quantidade de Ações que compõe o

Capital Social Integralizado

Page 68: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

66

Contabilidade para Executivos em Saúde

INDICADORES FINANCEIROS

11. QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE =

Ativo Circulante

Passivo Circulante

12. QUOCIENTE DE LIQUIDEZ SECO =

Ativo Circulante - Estoques

Passivo Circulante

13. PRAZO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS ESTOQUES DE MERCADORIAS E/OU PRODUTOS ACABADOS =

Estoque Médio Mercadorias e/ou Prod.

Acabados x 360

Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos

14. QUOCIENTE DE LIQUIDEZ GERAL =

Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Exigibilidades a Longo

Prazo

Page 69: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

67

Contabilidade para Executivos em Saúde

5.3 Roteiro de Análise Econômico-Financeira – Exemplo – Anexo II

EMPRESA: Natura

DEMONSTRAÇÕES E INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMPARADOS

QUADRO I: SINOPSE DA ESTRUTURA PATRIMONIAL

Valores em R$ Bilhões

ELEMENTOS

2006 2007 AV AH 2008 AV AH 2009 AV AH

VALORES % VALORES % VALORES %

ATIVO

1334,5 1.619,4 100,0 100,0 1.809,1 100,0 111,7 2.278,5 100,0 140,7

CIRCULANTE 667,6 41,2 100,0 684,0 37,8 102,5 911,6 40,0 136,5

NÃO CIRCULANTE 951,8 58,8 100,0 1.125,1 62,2 118,2 1.366,9 60,0 143,6

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 146,7 9,1 100,0 209,7 11,6 142,9 304,4 13,4 207,5

INVESTIMENTOS 770,7 47,6 100,0 868,5 48,0 112,7 1.000,6 43,9 129,8

IMOBILIZADO LÍQUIDO 27,9 1,7 100,0 37,9 2,1 135,9 50,4 2,2 180,8

INTANGÍVEL 6,5 0,4 100,0 9,0 0,5 137,6 11,5 0,5 176,0

- - - - - - - - -

PASSIVO+PL

- -

1.619,4 100,0 100,0 1.809,1 100,0 111,7 2.278,5 100,0 140,7

RECURSOS DE TERCEIROS 698,4 43,1 100,0 795,0 43,9 113,8 1.138,7 50,0 163,0

CIRCULANTE 516,5 31,9 100,0 558,0 30,8 108,0 1.047,7 46,0 202,8

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 181,9 11,2 100,0 237,0 13,1 130,3 91,0 4,0 50,0

RECURSOS PRÓPRIOS ()PL) 649,7 921,1 56,9 100,0 1.014,1 56,1 110,1 1.139,8 50,0 123,8

QUADRO II: PRINCIPAIS INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRO

INDICADORES ECONÔMICOS

RESULTADO DO EXERCÍCIO

2007 AV AH 2008 AV AH 2009 AV AH

VALORES % VALORES % VALORES %

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.168,6 100,0 100,0 3.830,9 100,0 120,9 4.593,2 100,0 145,0

CUSTO DOS PROD./MERC./SERV.VEND. (1.232,3) (38,9) 100,0 (1.609,5) (42,0) 130,6 (1.956,6) (42,6) 158,8

LUCRO BRUTO 1.936,3 61,1 100,0 2.221,5 58,0 114,7 2.636,6 57,4 136,2

DESPESAS COMERCIAIS (847,3) (26,7) 100,0 (1.017,1) (26,6) 120,0 (1.062,6) (23,1) 125,4

DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS (486,6) (15,4) 100,0 (505,4) (13,2) 103,9 (732,4) (15,9) 150,5

Page 70: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

68

Contabilidade para Executivos em Saúde

DESPESAS FINANCEIRAS (31,9) (1,0) 100,0 (85,0) (2,2) 266,7 (83,8) (1,8) 262,9

RECEITAS FINANCEIRAS 27,6 0,9 100,0 59,5 1,6 215,6 56,8 1,2 205,8

RESULTADO EQUIV. PATRIMONIAL (11,8) (0,4) 100,0 (12,5) (0,3) 106,5 (2,8) (0,1) 24,0

DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO - - 100,0 - - - - - -

OUTRAS DESPESAS/RECEITAS OPERAC. (4,1) (0,1) 100,0 30,7 0,8 (753,2) 1,0 0,0 (23,5)

LUCRO (PREJ.) OPERACIONAL 582,3 18,4 100,0 691,6 18,1 118,8 812,7 17,7 139,6

DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERAC. - 100,0 - - - - -

LUCRO ANTES IR E CONTRIB. SOCIAL 582,3 18,4 100,0 691,6 18,1 118,8 812,7 17,7 139,6

PROVISÃO P/I.R. CONTR. SOCIAL (122,2) (3,9) 100,0 (173,8) (4,5) 142,2 (128,8) (2,8) 105,4

PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES - 100,0 - - - - -

LUCRO (PREJ.) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 460,1 14,5 100,0 517,9 13,5 112,6 683,9 14,9 148,7

LUCRO LÍQUIDO GERADO P/ ATIVOS 492 603 768

RETORNO S/ RECURSOS PRÓPRIOS (1) 71% 56% 67%

RETORNO S/ ATIVO TOTAL (2) 37% 37% 42%

Giro do Ativo Total 2,37 2,37 2,54

Margem do Lucro Gerado pelos Ativos 0,16 0,16 0,17

GRAU ALAVANCAGEM FINANCEIRA (1/2) 1,92 1,51 1,59

QUOCIENTE SOLVÊNCIA 2,32 2,28 2,00

VALOR PATRIMONIAL AÇÃO 2,15 2,36 2,65

COTAÇÃO MÉDIA AÇÕES

LUCRO POR AÇÃO 1,07 1,21 1,59

DIVIDENDO POR AÇÃO 0,8767 1,0316 1,2888

INDICADORES FINANCEIROS

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE 1,29 1,23 0,87

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ SECA 0,81 0,63 0,38

PRAZO MÉDIO ESTOQUES (PROD. ACAB.) 7 8 12

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ GERAL 1,17 1,12 1,07

(*) : LOTE DE 1.000 AÇÕES

Page 71: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

69

Contabilidade para Executivos em Saúde

5. Auto avaliação

Parte 01

01 – Qual o significado de Patrimônio?

( ) Conjunto de obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica.

( ) A totalidade de todos os investimentos possuídos por uma pessoa física ou

jurídica.

( ) O somatório de todos os desembolsos realizados por uma pessoa física ou

jurídica em um determinado período.

( ) Conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa física ou

jurídica.

( ) Conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa física ou jurídica.

( ) Todos os bens possuídos por uma pessoa física ou jurídica.

02 – Qual a denominação da peça contábil que representa o Patrimônio de

uma pessoa jurídica?

( ) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

( ) Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

( ) Balanço Patrimonial

( ) Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

( ) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)

( ) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

( ) Demonstração da Apuração do Custo dos Produtos ou Serviços Vendidos

03 - Que são ATIVOS no contexto de uma estrutura patrimonial de um

empreendimento?

( ) São todos os bens e direitos colocados à disposição do empreendimento

que, sob o ponto de vista da continuidade dos negócios correntes, tem por

objetivo contribuir para a geração de benefícios futuros; são recuperáveis

de alguma forma.

( ) São todos os itens representativos dos desembolsos realizados por um

determinado empreendimento.

( ) São os itens que, trabalhando isoladamente, ou em conjunto com outros

itens, contribuem para a geração de lucros (ou prejuízos) de um

empreendimento qualquer, sob o ponto de vista de continuidade, durante

um período de sua gestão.

Page 72: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

70

Contabilidade para Executivos em Saúde

( ) São todas as despesas realizadas por um determinado empreendimento.

( ) São todos os itens representativos das fontes de financiamento de um

determinado empreendimento.

04 – A principal característica dos diferentes bens e direitos, colocados à

disposição de um empreendimento, é não ter a condição de promover

benefícios futuros de caixa, sob o ponto de vista de continuidade das

atividades empresariais. Nestas condições tais itens são denominados de

Ativos ou Investimentos. Você concorda com esta afirmativa? Por quê?

(

)

Concordo, pois para que os bens, direitos e obrigações assumam a

característica de ativos terá que demonstrar que contribuem para benefícios

passados e presentes.

(

)

Não concordo, pois quando tais elementos se situam nestas condições

deverão ser tratados como DESPESAS e, não, como INVESTIMENTOS (OU

ATIVOS).

(

)

Não concordo, pois é exatamente ao contrário. Quando os bens e direitos

colocados à disposição de um empreendimento promovem benefícios futuros

de caixa; são recuperáveis de alguma forma, passam a ser considerados (ou

denominados) de INVESTIMENTOS. Se tais itens não cumprirem este papel,

aí sim, deverão ser considerados como PERDA (e não como

INVESTIMENTOS).

(

)

Concordo; porém, nestas condições tais elementos deveriam ser

denominados de PERDAS e não de INVESTIMENTOS (OU ATIVOS).

(

)

Concordo, pois com tais características os bens, direitos e obrigações

representam verdadeiros ativos.

05 – Qual o papel atribuído ao PASSIVO, no sentido amplo do termo, no

contexto da estrutura patrimonial de um empreendimento qualquer?

( ) Identificar as fontes dos recursos obtidos por um empreendimento diante

do elenco dos seus investimentos.

( ) Promover uma discriminação de todos os investimentos realizados por um

determinado empreendimento.

( ) Identificar as pessoas que estão bancando (ou financiando) os

investimentos da empresa, ou seja, seus ATIVOS. Neste caso, só existem

dois personagens no Passivo: CAPITAL DOS PROPRIETÁRIOS (OU CAPITAL

PRÓPRIO), e, CAPITAL DE TERCEIROS.

( ) Demonstrar os itens representativos do endividamento da empresa.

( ) Demonstrar os diferentes itens integrantes do capital dos proprietários

investidos no empreendimento.

Page 73: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

71

Contabilidade para Executivos em Saúde

06 – O que significa o termo PASSIVO, em seu sentido AMPLO, no contexto

de uma estrutura patrimonial?

( ) Obrigações de uma pessoa física ou jurídica, contraídas junto a outras

pessoas físicas ou jurídicas.

( ) A totalidade das obrigações de uma pessoa física ou jurídica junto a

terceiros.

( ) A totalidade dos ativos (investimentos) de uma pessoa física ou jurídica

deduzida das obrigações para com terceiros.

( ) A totalidade dos ativos (investimentos) de uma pessoa jurídica deduzida

das obrigações para com seus proprietários (sócios ou

acionistas)

( ) Volume de investimentos realizados por uma pessoa física ou jurídica.

( ) O montante de dívidas de uma pessoa física ou jurídica juntos às

instituições financeiras.

07 – Qual o significado do termo PASSIVO no sentido RESTRITO do termo?

( ) Obrigações de uma pessoa física ou jurídica, contraídas junto a outras

pessoas físicas ou jurídicas.

( ) A totalidade das obrigações de uma pessoa física ou jurídica junto a

terceiros.

( ) A totalidade dos ativos (investimentos) de uma pessoa física ou jurídica

deduzida das obrigações para com terceiros.

( ) A totalidade dos ativos (investimentos) de uma pessoa jurídica deduzida

das obrigações para com seus proprietários (sócios ou

acionistas).

( ) Volume de investimentos realizados por uma pessoa física ou jurídica

( ) O montante de dívidas de uma pessoa física ou jurídica juntos às

instituições financeiras..

08 - O que é Patrimônio Líquido e como ele é formado, aumentado ou

diminuído?

( ) É um item representativo dos capitais dos proprietários investidos em um

determinado empreendimento. É formado quando da constituição de uma

empresa (ou outra entidade qualquer), com o aporte de recursos

provenientes de seus proprietários (sócios ou acionistas). É ainda

aumentado ou diminuído durante o processo de gestão empresarial, com a

incorrência de receitas, ganhos, despesas e perdas, como ainda por meio de

acréscimos ou reduções da participação dos sócios ou acionistas no capital

social do empreendimento. Seria ainda acrescido nos casos da adoção da

reavaliação de ativos envolvendo fusões, cisões ou incorporações de

empresas..

( ) É um item representativo dos capitais de terceiros investidos em um

determinado empreendimento. E formado quando da obtenção de

Page 74: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

72

Contabilidade para Executivos em Saúde

empréstimos ou financiamentos; aumentado ou diminuído,

respectivamente, com novos ingressos e amortização de seus valores.

( ) São os recursos oriundos dos proprietários (sócios ou acionistas) de um

determinado empreendimento. Aumentam somente com os lucros, e

diminuem somente com os prejuízos gerados durante os períodos de

gestão.

( ) São as aplicações realizadas pelos financiadores externos de um

determinado empreendimento. Aumentam ou diminuem quando da entrada

e saída de numerários.

09 - O que significa INSOLVÊNCIA ou PASSIVO DESCOBERTO no contexto

de uma estrutura patrimonial de um empreendimento qualquer?

( ) Uma situação líquida negativa da parcela dos proprietários no patrimônio

de uma empresa.

( ) Um Ativo total insuficiente para cobrir a totalidade das obrigações da

empresa para com terceiros.

( ) Um Capital Próprio inferior ao total dos capitais de terceiros (Passivo)

Circulante + Exigível a Longo Prazo)

( ) Um Ativo total superior ao total do Capital Próprio.

( ) Um Ativo total inferior ao total do Capital Próprio.

( ) O total do endividamento a logo prazo da empresa superior ao total dos

seus ativos.

Parte 02

10 – Investimentos, custos, despesas, perdas, ganhos, receitas, ingressos

e desembolso. Reunindo alguns destes termos, responda abaixo as

combinações que integram a Demonstração do Resultado do Exercício de

uma empresa?

( ) Ingressos e desembolsos.

( ) Receitas, investimentos e custos.

( ) Perdas, investimentos e despesas.

( ) Receitas, despesas, perdas e ganhos.

( ) Gastos, ingressos e desembolsos.

( ) Gastos e receitas.

11 – Os gastos com investimentos, custos, despesas e perdas, bem como

as receitas e os ganhos realizados por uma empresa são reconhecidos em

sua estrutura patrimonial pelo Regime de Caixa ou pelo Regime de

Competência? Por quê?

( ) Pelo Regime de Caixa, pois nele as operações empresariais são

reconhecidas quando do seu efetivo ingresso ou desembolso.

Page 75: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

73

Contabilidade para Executivos em Saúde

( ) Pelo Regime de Competência, pois nele as operações empresariais são

reconhecidas quando da sua “incorrência” ( incidência do fato gerador

contábil de natureza econômica, financeira, jurídica, técnica,

etc.), independentemente da sua realização financeira.

12 – Qual o maior objetivo da Demonstração do Resultado do Exercício

quando subsidia um usuário envolvido em um processo de decisões nos

âmbitos interno e externo à empresa?

( ) Permitir uma análise da composição do lucro ou prejuízo de uma empresa.

( ) Permitir uma análise detalhada dos investimentos de uma empresa.

( ) Permitir uma análise isolada ou comparativa, em vários períodos, dos

diferentes itens que compõem a apuração do lucro ou prejuízo de uma

empresa.

( ) Permitir uma análise comparativa da situação patrimonial de uma empresa.

( ) Permitir uma decomposição dos ativos imobilizados em tangíveis e

intangíveis.

( ) Auxiliar ao gestor da empresa a verificação das entradas e saídas de

numerários em um determinado período.

Parte 03

13 – Qual a importância da Demonstração da Apuração do Custo dos

Produtos ou Serviços Vendidos na avaliação do desempenho de uma

empresa?

( ) Permitir uma decomposição de um dos principais itens da

Demonstração do Resultado do Exercício com vistas a uma análise da

estrutura de custos de uma empresa industrial ou de prestação de

serviços.

( ) Permitir uma análise detalhada dos ativos imobilizados de uma empresa.

( ) Permitir uma análise da composição das despesas gerais e

administrativas e financeiras de uma empresa em um determinado

período.

( ) Permitir uma análise do fluxo de investimentos de uma empresa.

( ) Auxiliar o Diretor Financeiro na busca de soluções dos problemas

decorrentes da tesouraria de uma empresa.

( ) Verificar, além de outros componentes, a composição das mão-de-

obras direta e indireta no processo de produção de bens ou serviços.

14 – Como se compõe a denominada “Estrutura de Custos” de uma

empresa industrial ou de prestação de serviços?

( ) Desembolsos com a compra de matérias-primas e demais materiais.

( ) Materiais consumidos (matérias-primas, materiais de embalagem, materiais

diversos); composição dos gastos com mão-de-obra direta e indireta,

Page 76: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

74

Contabilidade para Executivos em Saúde

própria ou contratada abrangendo remuneração, encargos e benefícios

sociais; e demais gastos com a prestação de bens ou serviços tais como,

energia elétrica, conservação, reparos, depreciação de ativos imobilizados,

e outros).

( ) Investimentos realizados em um determinado período, relação das

despesas comerciais, financeiras, gerais e administrativas, depreciação dos

ativos imobilizados vinculados à atividade administrativa, e outros.

( ) Relação dos ingressos e desembolsos vinculados às atividades de produção

de bens ou serviços.

( ) Relação dos gastos gerais de produção, além do consumo de materiais e da

mão de obra direta e indireta.

15 – Reportando-se a questão anterior, em que demonstração contábil

essa estrutura de custo está inserida?

( ) Balanço Patrimonial.

( ) Fluxo Financeiro (ou Fluxo de Caixa).

( ) Demonstração do Resultado do Exercício.

( ) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

( ) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

16 – O que é LIQUIDEZ?

( ) Liquidez: confrontação dos ativos permanentes com os ativos realizáveis a

curto e longo prazo..

( ) Liquidez: relação do endividamento de uma entidade com os seus recursos

próprios.

( ) Liquidez: relação do endividamento a curto prazo com os ativos

permanentes.

( ) Liquidez: capacidade de liquidação do endividamento a longo prazo em

função do total dos ativos disponíveis e realizáveis a curto prazo.

( ) Liquidez: capacidade de aliar recursos financeiros já disponibilizados com a

realização financeira de outros ativos na confrontação com as exigibilidades

de uma entidade. Sob o ponto de vista isolado a liquidez também é

entendida como a capacidade de conversão de bens e direitos em dinheiro.

17 – O que é RENTABILIDADE?

( ) Rentabilidade: relação de um lucro com a receita operacional líquida.

( ) Rentabilidade: relação da receita operacional líquida com o lucro líquido.

( ) Rentabilidade: relação de um lucro com um capital investido.

( ) Rentabilidade: relação do lucro bruto com a receita operacional líquida.

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75

Contabilidade para Executivos em Saúde

( ) Rentabilidade: relação do lucro líquido com o custo das mercadorias,

produtos ou serviços vendidos.

18 – O que é LUCRATIVIDADE?

( ) Lucratividade: relação de um lucro com um capital investido.

( ) Lucratividade: relação da receita operacional líquida com o patrimônio

líquido.

( ) Lucratividade: relação do lucro operacional com o lucro bruto.

( ) Lucratividade: relação de um lucro com a receita operacional líquida.

( ) Lucratividade: relação do lucro operacional com o lucro bruto.

Parte 04

19 – Qual a finalidade da Demonstração das Mutações do Patrimônio

Líquido?

( ) Permitir aos proprietários de uma empresa (sócios ou acionistas) uma

análise detalhada da evolução dos seus capitais nela investidos.

( ) Permitir a análise da evolução do capital social..

( ) Permitir a análise da evolução de todas as contas integrantes do Patrimônio

Líquido de uma empresa ao longo de um dado período.

( ) Permitir as instituições financeiras uma análise da evolução dos seus

recursos investidos em uma empresa sob a forma de empréstimos ou

financiamentos.

( ) Permitir, dentre outras, a análise da evolução dos recursos de terceiros

investidos no Ativo Permanente de uma empresa em um determinado

período.

( ) Permitir somente a análise da evolução da conta “Lucros ou Prejuízos

Acumulados” ao longo de um determinado período.

20 – Normalmente, o Fluxo de Caixa é representado pelo movimento

financeiro de um empreendimento em um dado período, listando-se os

itens representativos dos numerários que entram e que saem,

computando-se o seu saldo inicial e apurando-se, desta forma, o seu saldo

final. Qual a sua utilidade para o gestor empresarial ou demais usuários

quando esta importante demonstração contábil é assim apresentada?

( ) Medir a capacidade de pagamento de um empreendimento perante ao

montante da amortização de suas dívidas com encargos.

( ) Exercer apenas a função de controle entradas e saídas de numerários, em

um processo de auditoria de caixa, com vistas a evitar fraudes.

Page 78: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

76

Contabilidade para Executivos em Saúde

( ) Verificar se o empreendimento gera caixa em suas atividades operacionais

necessária à amortização de suas dívidas com encargos, e ainda, adquirir

novos equipamentos instalações e outros ativos imobilizados visando

manter a sua capacidade de produção ou comercialização de bens ou

serviços.

( ) Medir a geração operacional de caixa de um empreendimento qualquer.

( ) Verificar se o empreendimento apresenta boa gestão de sua política

financeira.

21 – Reportando-se ao questionamento anterior, qual o objetivo em se

segmentar o Fluxo de Caixa em “Fluxo das Atividades Operacionais”,

“Fluxo das Atividades de Investimento” e “Fluxo das Atividades de

Financiamentos” quando se quer medir a capacidade de pagamento de um

empreendimento qualquer?

( ) Medir a capacidade de pagamento de um empreendimento perante o

montante da amortização de suas dívidas com encargos.

( ) Exercer apenas a função de controle das entradas e saídas de

numerários em um processo de auditoria de caixa, com vistas a evitar

fraudes.

( ) Verificar se o empreendimento gera caixa em suas atividades

operacionais necessário à amortização de suas dívidas com encargos, e,

ainda, adquirir novos equipamentos instalações bem como outros ativos

imobilizados visando manter a sua capacidade de produção ou

comercialização de bens ou serviços.

( ) Medir a geração operacional de caixa de um empreendimento qualquer.

( ) Verificar se o empreendimento apresenta boa gestão de sua política

financeira.

22 – O que representa o FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES

OPERACIONAIS?

( ) Ingressos e desembolsos de todo o movimento de caixa de um

empreendimento.

( ) Desembolsos, e eventuais ingressos, exclusivamente dos investimentos

realizados pelo empreendimento na compra e venda de máquinas,

equipamentos, imóveis, participações societárias, etc..

( ) Ingressos e desembolsos exclusivamente das atividades ligadas ao

funcionamento do empreendimento perante o seu objetivo social.

( ) Ingressos e desembolsos exclusivamente das atividades de financiamento

do empreendimento, representados pelos capitais de terceiros (ingresso e

amortização de empréstimos ou financiamentos e o pagamentos de seus

encargos financeiros), e dos capitais próprios (aporte de capital em

dinheiro, pagamento de dividendos, etc.).

23 – O que representa o FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE

INVESTIMENTO?

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77

Contabilidade para Executivos em Saúde

( ) Ingressos e desembolsos de todo o movimento de caixa de um

empreendimento.

( ) Desembolsos, e eventuais ingressos, exclusivamente dos investimentos

realizados pelo empreendimento na compra e venda de máquinas,

equipamentos, imóveis, participações societárias, etc..

( ) Ingressos e desembolsos exclusivamente das atividades ligadas ao

funcionamento do empreendimento perante o seu objetivo social.

( ) Ingressos e desembolsos exclusivamente das atividades de financiamento

do empreendimento, representados pelos capitais de terceiros (ingresso e

amortização de empréstimos ou financiamentos e o pagamentos de seus

encargos financeiros), e dos capitais próprios (aporte de capital em

dinheiro, pagamento de dividendos, etc.).

24 – O que representa o FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE

FINANCIAMENTO?

( ) Ingressos e desembolsos de todo o movimento de caixa de um

empreendimento.

( ) Desembolsos, e eventuais ingressos, exclusivamente dos investimentos

realizados pelo empreendimento na compra e venda de máquinas,

equipamentos, imóveis, participações societárias, etc..

( ) Ingressos e desembolsos exclusivamente das atividades ligadas ao

funcionamento do empreendimento perante o seu objetivo social.

( ) Ingressos e desembolsos exclusivamente das atividades de financiamento

do empreendimento, representados pelos capitais de terceiros (ingresso e

amortização de empréstimos ou financiamentos e o pagamentos de seus

encargos financeiros), e dos capitais próprios (aporte de capital em

dinheiro, pagamento de dividendos, etc.).

Page 80: 1 Apostila de Contabilidade - Saúde - 08-02-15 - Revisada

78

Contabilidade para Executivos em Saúde

6. Atividade: Análise e Diagnóstico empresarial

6.1 Aspectos Introdutórios

6.2 Aspectos Vinculados à Caracterização do

Empreendimento

Definição da razão social;

Formação e relevância do nome de fantasia;

Sede e foro;

Momento de fundação e registros em órgãos competentes;

Objetivos sociais;

Prazo de duração da sociedade e das atividades;

Adequação ao número de unidades comerciais e/ou industriais;

Principais alterações nos atos constitutivos;

Forma jurídica da sociedade e suas razões;

Composição do capital social integralizado e a decomposição do capital

votante até o nível de pessoa física;

Participação em empresas controladas, coligadas ou associadas;

A questão da convenção de "Grupos de Sociedades";

Acordo de acionistas;

Representações comerciais;

Formação do conceito cadastral nos mercados interno e externo.

6.3 Evolução Histórica e Atividades desde a Fundação

Atividades exercidas;

Evolução da composição societária;

Análise das questões sucessórias;

Oportunidade de atuação nos mercados interno e externo;

Outras considerações;

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79

Contabilidade para Executivos em Saúde

6.4 Aspectos Administrativos e Organizacionais

Organogramas formal e informal;

Composição e perfil do conselho de administração;

Composição e perfil da diretoria;

Composição, perfil e funcionamento do conselho fiscal;

Administração intermediária: aspectos distributivos e qualitativos;

Política de Recursos Humanos;

Planejamento estratégico-empresarial;

Planejamento financeiro de curto e longo prazo;

Funcionamento da Contabilidade e suas interfaces com as demais áreas;

Sistema de informações e Contabilidade gerencial;

Escrituração fiscal e assessoria tributária;

Organização, métodos e sistemas;

Sistemas de controles internos: aspectos quantitativos e qualitativos;

Modificações na Organização e/ou na Administração necessárias ao

atendimento das necessidades de crescimento do empreendimento, com a

perspectiva da implantação de novos projetos de investimento (expansão,

relocalização, modernização, etc.);

Situação jurídica nas esferas tributária, fiscal, trabalhista, previdenciária,

societária, comercial, civil e administrativa;

Serviços de terceiros prestados fora e dentro do empreendimento;

Fundos de pensão (ou assemelhados) vinculados à empresa, em favor de

seus empregados;

6.5 Aspectos Culturais

A formação e a dinâmica cultural em ambiente sócio organizacional;

A conceituação de cultura organizacional;

A necessidade do entendimento da cultura em um ambiente competitivo;

As funções da cultura na organização;

Os diferentes níveis de cultura e seu conteúdo vis a vis as relações

interpessoais e Inter profissionais na organização;

Formação cultural na organização;

O surgimento da cultura em pequenos grupos;

A incorporação e a transmissão de cultura pelos líderes;

Impacto, modificação e dinâmica cultural em processos de troca ou

remanejamento de acionistas ou sócios controladores, em processos de

aquisição;

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80

Contabilidade para Executivos em Saúde

6.6 Aspectos Técnicos

Conjunto industrial e comercial;

Layout de edifícios e equipamentos;

Adequação de edificações, equipamentos e instalações;

Grau de automação/ mecanização de máquinas e equipamentos;

Manutenção preventiva e corretiva de máquinas, equipamentos, instalações

e edificações;

Pequenas e grandes reformas: periodicidade; gastos; tratamento dos custos

com ociosidade; segregação entre "investimentos" e "manutenções";

Análise dos principais produtos e subprodutos;

Fluxograma do processo produtivo para cada produto: análise de eventuais

gargalos de natureza técnica, moral, etc.;

Especificações técnicas dos produtos da empresa quanto à qualidade, usos,

etc.;

Trabalhos refeitos ou perdidos: análise das causas do desperdício;

Capacidade atual de produção instalada e utilizada;

Máquinas, equipamentos ou instalações existentes e não utilizadas: causas

estruturais e/ou conjunturais;

Alternativas de produção com o parque industrial existente;

Controle de qualidade: formas de execução;

Nível de qualidade dos produtos;

Planejamento e controle de produção;

Resíduos e desperdícios: especificações e programas para o aproveitamento;

Água e esgotos: abastecimento, tratamento, escoamento e problemas de

suprimentos;

Energia elétrica: fontes de utilização, potência, problemas de suprimento,

etc.

Segurança industrial;

Controle da poluição: análise da situação existente e necessidade da adoção

de novas medidas;

Nível técnico da administração da produção (recursos materiais e humanos);

Investimentos alternativos destinados à expansão, modernização e/ou

relocalização, e respectivos reflexos na produtividade e competitividade de

um empreendimento;

Engenharia industrial: procedimentos e avaliação qualitativa;

Pesquisa e desenvolvimento;

Influências anteriores, atuais e futuras no desempenho técnico-operacional

do empreendimento, das políticas governamentais para o setor, nos âmbitos

federal, estadual e municipal: identificação e avaliação dos principais

aspectos;

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Contabilidade para Executivos em Saúde

6.7 Capacidades Competitiva Atual - Tecnologia

Empregada - Escala de Produção

Justificativas da atual dimensão da planta industrial e sua adequação em

escala econômica;

Comparação da atual escala de produção com padrões internacionais.

Localização

Fatores de influência;

Acessibilidade aos insumos;

Acessibilidade ao mercado;

Vantagens e desvantagens da atual localização.

Disponibilidade de Fatores Produtivos

Matérias-primas e materiais secundários;

Mão-de-obra (especializada e não especializada);

Pessoal de alto nível;

Energia elétrica;

Água;

Combustíveis e lubrificantes;

Transportes;

Outros.

Mercado

Situação atual da demanda e da oferta nos âmbitos interno e externo e

avaliação da existência de mercado para a colocação de uma produção

adicional em função um aumento da capacidade produtiva, através da

melhoria de produtividade ou de novos projetos de investimentos;

Evolução da receita operacional líquida nos cinco últimos anos (por

produtos/ serviços e por unidades monetárias);

Pedidos em carteira não atendidos por insuficiência de produção (mercado

interno e externo);

Prazo médio atual para atendimento dos pedidos;

Principais concorrentes nos mercados interno e externo;

Produtos que, embora não idênticos aos fabricados pela empresa, podem

substituí-los, identificando-se a procedência, o fornecedor e, se possível, a

quantidade consumida anualmente nos mercados interno e externo;

Proporção da produção atendida nos mercados interno e externo;

Considerações sobre a tendência evolutiva dos mercados interno e externo e

os reflexos nas atuais participações da empresa com e sem a implantação

de novos projetos de investimentos, cisões, incorporações, fusões e outras

razões;

Principais clientes nos mercados interno e externo e respectivas

participações percentuais no total das receitas operacionais;

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82

Contabilidade para Executivos em Saúde

Considerações sobre a existência (ou não) de estudos de mercado, e de que

forma são realizados estes estudos;

Forma utilizada para a previsão de vendas;

Forma de controle das vendas;

Relacionamento e conhecimento dos aspectos técnicos e mercadológicos dos

concorrentes;

Meios utilizados para a obtenção de informações dos concorrentes;

Aceitação dos produtos da empresa no mercado;

Percentagem de devolução dos produtos vendidos nos últimos anos;

Competitividade da empresa em relação aos seus principais concorrentes

(preço, qualidade, condições de venda, prazos de entrega, etc.);

Nos casos em que a produção se destine, parcial ou totalmente, ao mercado

externo:

Preços internacionais atuais dos produtos e/ou subprodutos a serem

exportados, segundo os principais países importadores;

Análise sumária das condições do(s) mercados(s) interno(s) dos principais

países consumidores e/ou produtores e bem assim, daqueles para que a

empresa pretende exportar, considerando-se essencialmente a evolução dos

preços praticados e sistemas de comercialização adotados naqueles países;

No caso de a exportação não ser o objetivo da empresa: identificação dos

principais países que podem vir a adquirir seu(s) produto(s), indicando-se os

preços praticados nesses países e o(s) sistema(s) de comercialização

adotado(s) outros itens julgados relevantes em função das características do

empreendimento;

Comercialização

Política de compras: condições e fontes de abastecimento;

Política de vendas:

condições por produtos ou serviços e limites bancários para desconto de

duplicatas;

proporção descontada, caucionada e em carteira das vendas a prazo; canais

de distribuição das vendas de produtos ou serviços;

meios de transporte na distribuição e despesas atribuídas ao vendedor ou ao

comprador; forma de publicidade dos produtos

forma de promoção de vendas;

despesas assumidas pelo sistema de vendas, incidentes sobre o

faturamento;

variações periódicas nas vendas: quando ocorrem e como podem ser

neutralizadas;

prazo para entrega dos produtos: modalidades;

distribuição geográfica das vendas;

Preços

Bases para a formação de preços

Avaliação das principais influências da atual política governamental para o

setor (em nível federal, estadual e municipal), que atuem ou venham a

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83

Contabilidade para Executivos em Saúde

atuar no desempenho econômico- financeiro do empreendimento (política de

preços, cotas de exportação, etc.):

exame das perspectivas de alterações a curto, médio ou longo prazo, em

tais políticas;

Evolução dos preços dos produtos e subprodutos no mercado interno

(inclusive dos importados);

Preços dos produtos e subprodutos praticados no mercado internacional (nos

países importadores e exportadores);

Movimento do mercado externo (principais países importadores e

exportadores e respectivos volumes de negócios realizados com quaisquer

outros), identificando-se os países importadores com os quais a empresa

pretende ou tem grandes perspectivas de negociar;

6.8 Situação Econômico-Financeira nos últimos cinco

anos

Aspectos Preliminares

Considerações gerais;

Insubsistências e superveniências ativas e passivas: identificação dos

valores não tratados adequadamente nas escriturações comercial e fiscal;

Exigibilidades potenciais que possam influir na valorização do patrimônio

líquido;

Procedimentos adotados para o reconhecimento (contábil e/ou extra-

contábil) de obrigações (configuradas ou potenciais) tributárias, para-fiscais,

trabalhistas;

comerciais, civis e administrativas;

Critérios e classificações contábeis adotados pela empresa que foram motivo

de alteração: descrição e detalhamento dos ajustes efetuados;

Política contábil adotada pela empresa e sua relação com os princípios

fundamentais de contabilidade e com a política contábil adotada pelas

empresas do setor;

Resultado das reconciliações patrimoniais que recomendem ajustes

contábeis na empresa;

Situação dos imóveis integrantes do ativo permanente quanto à titularidade,

regularidade da respectiva documentação perante, inclusive, os registros

públicos;

Adoção (ou indicação da sua necessidade) de ajustes ou reclassificações nas

demonstrações contábeis em análise, com base no conteúdo dos itens

anteriores;

Situação Econômica

Estrutura patrimonial em moeda constante, com relações percentuais

verticais e horizontais;

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84

Contabilidade para Executivos em Saúde

Demonstração dos resultados em moeda constante, com relações

percentuais verticais e horizontais;

Demonstrativo da apuração do custo da produção e dos produtos vendidos;

Demonstração das mutações do patrimônio líquido, inclusive dos lucros e

prejuízos acumulados:

Demonstrativo do custo comercial total;

Retorno sobre o Patrimônio Líquido;

Retorno sobre os investimentos operacional e total;

Grau de alavancagem financeira;

Valor patrimonial das ações;

Evolução da medida de solvência e sua adequação ao valor patrimonial das

ações versus cotação média das ações no mercado;

Lucro por ação, simples e ajustado;

Participação dos dividendos no lucro disponível;

Dividendo por ação.

Situação Financeira

Nível de descontos de duplicatas;

Quocientes de liquidez corrente, seco e geral;

Valores a pagar e a receber na data da última peça contábil;

Obrigações que gravam o patrimônio constante na última peça contábil;

Outros indicadores que se fizerem necessários, dadas às características do

empreendimento.

6.9 Conclusões e Recomendações

Conclusões

Quanto à caracterização do empreendimento;

Quanto aos aspectos administrativos e organizacionais;

Quanto à evolução histórica e atividades desde a fundação;

Quanto aos aspectos culturais e educacionais;

Quanto aos aspectos técnicos;

Quanto à capacidade competitiva;

Quanto à situação econômico-financeira.

Recomendações

Saneamentos ou reestruturações:

Na Caracterização do Empreendimento;

Cultural/Educacional;

Administrativo/Organizacional;

Técnico-Operacional;

Financeiro;

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Contabilidade para Executivos em Saúde

Outros.

Melhorias/Desenvolvimento da Capacidade Competitiva;

Outras Medidas