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BB CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011 APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 1 1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIO- NAL: Conselho Monetário Nacional; COPOM Comitê de Política Monetária; BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; Bancos Múltiplos; Bancos de Câmbio; Companhias Hipotecárias; Agências de Fomento; CCB Cé- dula de Crédito Bancário; Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, bancos comerciais, caixas econômicas, cooperativas de crédito, bancos comerciais cooperativos, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, socie- dades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de arrendamento mercantil, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, bolsas de valores, bolsas de mercadorias e de futuros, Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SE- LIC), Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títu- los (CETIP), sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo. UMA HISTÓRIA DE MAIS DE 50 ANOS O Banco da Amazônia, já por longos cinqüenta e sete anos, participa ativamente do centro do processo de desenvolvimento da Amazônia. Criado em 1942, com o nome de Banco de Crédito da Borracha, tinha por finalidade garantir o suprimento de borracha natural aos aliados, durante a Segunda Guerra Mundial. Cumprida a missão inicial, ao fim do conflito mundial, o Banco passou a fomentar o desenvolvimento de novas atividades produtivas, com a denominação de Banco de Crédito da Amazônia, buscando proporcionar melhores condições de vida às populações regionais. A drástica restrição de recursos limitou bastante a ação do Banco, nesse período. Nessas duas fases, o Banco conviveu com um processo de crescimento que, se de um lado gerava ínfimos desgastes ambientais, de outro, apresentava reduzido dinamismo para atender às necessidades da crescente população regional. Com a transferência da capital federal para a área central do país e a construção das grandes rodovias, que facilitaram o acesso à região, criaram-se as condições favoráveis à expansão da fronteira econômica, em direção da Amazônia, mudando significativamente o processo de ocupação até então predominante. Dentro desse quadro, mudou, também, a ação do Governo Federal em relação à região, tendo em vista a integração da Amazônia à econo- mia nacional e a redução das disparidades regionais, objetivos principais da ―Operação Amazônia‖, deflagrada em 1966. No bojo dessas mudanças, que incluíam a estratégia de intensificar a ocupação da região, o Banco sofreu nova transformação. Desta feita, com o nome de Banco da Amazônia S. A. - BASA (Lei 5.122, de 28 de se- tembro de 1966) passa a agregar a função especial de agente financeiro da política do governo federal para o desenvolvimento da Amazônia Legal, área geoeconômica constituída pela Região Norte, pelo Estado do Mato Grosso e parcela do estado do Maranhão. Atuando portanto, numa área que compreende 59% do território nacional, onde opera como banco comercial e de fomento. Nessa nova fase, o Banco reforçou sua condição de organismo indu- tor do desenvolvimento regional. Atuando como agente financeiro de importantes programas de crédito - Proterra, Polamazônia, Pesac, Probo e Finame - estimulou a implantação e modernização de empreendimentos agrícolas, pecuários e industriais de grande impacto para a economia regional, consolidando, desta forma, as linhas de ação já experimentadas. Fonte: http://www.basa.com.br/apresentacao_main.htm CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Conselho Monetário Nacional (CMN), foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. O CMN é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional e como órgão de Cúpula desse Sistema é responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do mesmo. O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Banco Central. Ao CMN compete estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. E de acordo com o artigo 3º, que refere-se a política do Conselho Monetário Nacional, este objetivará: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais; regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL As autoridades monetárias: O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conse- lho de política econômica do país, visto que o mesmo é responsá- vel pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fa- zenda. O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pe- la execução das normas que regulam o SFN. São suas atribui- ções agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É mui- to discutida a elevação do grau de independência do BACEN. Di- versas discussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteração www.bc.gov.br Autoridades de apoio: A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão norma- tivo voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem sintetizados em ape- nas um: o fortalecimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta mo- vimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco co- mercial comum, embora responsável pela Câmara de Confedera- ção. www.bb.com.br O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social:

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Conhecimentos bancários

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 1

1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIO-NAL:

Conselho Monetário Nacional; COPOM – Comitê de Política Monetária; BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; Bancos Múltiplos; Bancos de Câmbio; Companhias Hipotecárias; Agências de Fomento; CCB – Cé-dula de Crédito Bancário; Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, bancos comerciais, caixas econômicas, cooperativas de crédito, bancos comerciais cooperativos, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, socie-dades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de arrendamento mercantil, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, bolsas de valores, bolsas de mercadorias e de futuros, Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SE-LIC), Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títu-los (CETIP), sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo.

UMA HISTÓRIA DE MAIS DE 50 ANOS O Banco da Amazônia, já por longos cinqüenta e sete anos, participa

ativamente do centro do processo de desenvolvimento da Amazônia. Criado em 1942, com o nome de Banco de Crédito da Borracha, tinha por finalidade garantir o suprimento de borracha natural aos aliados, durante a Segunda Guerra Mundial.

Cumprida a missão inicial, ao fim do conflito mundial, o Banco passou

a fomentar o desenvolvimento de novas atividades produtivas, com a denominação de Banco de Crédito da Amazônia, buscando proporcionar melhores condições de vida às populações regionais.

A drástica restrição de recursos limitou bastante a ação do Banco,

nesse período. Nessas duas fases, o Banco conviveu com um processo de crescimento que, se de um lado gerava ínfimos desgastes ambientais, de outro, apresentava reduzido dinamismo para atender às necessidades da crescente população regional.

Com a transferência da capital federal para a área central do país e a

construção das grandes rodovias, que facilitaram o acesso à região, criaram-se as condições favoráveis à expansão da fronteira econômica, em direção da Amazônia, mudando significativamente o processo de ocupação até então predominante.

Dentro desse quadro, mudou, também, a ação do Governo Federal

em relação à região, tendo em vista a integração da Amazônia à econo-mia nacional e a redução das disparidades regionais, objetivos principais da ―Operação Amazônia‖, deflagrada em 1966.

No bojo dessas mudanças, que incluíam a estratégia de intensificar a

ocupação da região, o Banco sofreu nova transformação. Desta feita, com o nome de Banco da Amazônia S. A. - BASA (Lei 5.122, de 28 de se-tembro de 1966) passa a agregar a função especial de agente financeiro da política do governo federal para o desenvolvimento da Amazônia Legal, área geoeconômica constituída pela Região Norte, pelo Estado do Mato Grosso e parcela do estado do Maranhão. Atuando portanto, numa área que compreende 59% do território nacional, onde opera como banco comercial e de fomento.

Nessa nova fase, o Banco reforçou sua condição de organismo indu-

tor do desenvolvimento regional. Atuando como agente financeiro de importantes programas de crédito - Proterra, Polamazônia, Pesac, Probo e

Finame - estimulou a implantação e modernização de empreendimentos agrícolas, pecuários e industriais de grande impacto para a economia regional, consolidando, desta forma, as linhas de ação já experimentadas.

Fonte: http://www.basa.com.br/apresentacao_main.htm

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Conselho Monetário Nacional (CMN), foi instituído pela Lei 4.595,

de 31 de dezembro de 1964. O CMN é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional e como órgão de Cúpula desse Sistema é responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do mesmo. O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Banco Central.

Ao CMN compete estabelecer as diretrizes gerais das políticas

monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. E de acordo com o artigo 3º, que refere-se a política do Conselho Monetário Nacional, este objetivará:

adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;

regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;

regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;

orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;

propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;

zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa.

O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

As autoridades monetárias:

O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conse-lho de política econômica do país, visto que o mesmo é responsá-vel pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fa-zenda.

O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pe-la execução das normas que regulam o SFN. São suas atribui-ções agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É mui-to discutida a elevação do grau de independência do BACEN. Di-versas discussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteração www.bc.gov.br

Autoridades de apoio:

A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão norma-tivo voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem sintetizados em ape-nas um: o fortalecimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br

O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta mo-vimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco co-mercial comum, embora responsável pela Câmara de Confedera-ção. www.bb.com.br

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social:

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 2

contando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do pro-cesso de privatização. É a principal instituição financeira de fo-mento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das ex-portações, dentre outras funções. www.bndes.gov.br

A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar vol-tada ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de financiamento social. www.cef.gov.br

Instituições financeiras:

Os Bancos Comerciais: os BC são intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes superavitários para os defi-citários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efeito multiplicador. Os BC's podem descontar títulos, realizar o-perações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural, de câmbio e comér-cio internacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter re-cursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc.

Os Bancos de Desenvolvimento: o já citado BNDES é o princi-pal agente de financiamento do governo federal. Destacam-se ou-tros bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros.

As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições fi-nanceiras, as cooperativas normalmente atuam em setores primá-rios da economia ou são formadas entre os funcionários das em-presas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das sa-fras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos fun-cionários, os quais contribuem mensalmente para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às coo-perativas são exclusivas aos cooperados.

Os Bancos de Investimentos: os BI captam recursos através de emissão de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financiamentos específicos à aqui-sição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e debêntures. Os BI não podem destinar recursos a empreendi-mentos mobiliários e têm limites para investimentos no setor esta-tal.

Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as "fi-nanceiras" captam recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas.

Sociedade Corretoras: essas sociedades operam com títulos e valores mobiliários por conta de terceiros. São instituições que dependem do BACEN para constituírem-se e da CVM para o e-xercício de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lança-mentos de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, intermediar operações de câmbio, dentre outras funções.

Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às bolsas como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções são a subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN.

Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações de "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no final do contrato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem locado à socie-dade. Atualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao longo do período con-tratual ou de forma antecipada, no início do período. As Socieda-des de Arrendamento Mercantil captam recursos através da emis-são de debêntures, com características de longo prazo.

Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis onde os associados têm direito à participação nos resultados. A

captação de recursos ocorre através de caderneta de poupança e seu objetivo é principalmente financiamento imobiliário.

Sociedades de Crédito Imobiliário: ao contrário das Caixas E-conômicas, essas sociedades são voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de poupança e repasses de CEF. Esses recursos são destinados, principalmente, ao financiamento imobiliário diretos ou indiretos.

Investidores Institucionais: os principais investidores institucio-nais são: Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios abertos que aplicam seus recursos em títulos e valores mobiliários objetivando oferecer aos condomínios maiores retornos e meno-res riscos. Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições mantidas por contribuições de um grupo de trabalha-dores e da mantenedora. Por determinação legal, parte de seus recursos devem ser destinados ao mercado acionário. Segurado-ras: são enquadradas coo instituições financeiras segundo de-terminação legal. O BACEN orienta o percentual limite a ser des-tinado aos mercados de renda fixar e variável.

Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BA-CEN para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliá-rio, administração de crédito hipotecário e de fundos de investi-mento imobiliário, dentre outros.

Agências de Fomento: sob supervisão do BACEN, as agências de fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de linhas de créditos de LP de bancos de desenvolvimento, desti-nando-os a financiamentos privados de capital fixo e de giro.

Bancos Múltiplos: como o próprio nome diz, tais bancos possu-em pelo menos duas das seguintes carteiras: comercial, de inves-timento, de crédito imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcan-çam.

Bancos Cooperativos: são verdadeiros bancos comerciais sur-gidos a partir de cooperativas de crédito. Sua principal restrição é limitar suas operações em apenas uma UF, o que garante a per-manência dos recursos onde são gerados, impulsionando o de-senvolvimento local

LEI Nº 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964.

Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Cre-

ditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Na-

cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Capítulo I Do Sistema Financeiro Nacional

Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela

presente Lei, será constituído: I - do Conselho Monetário Nacional; II - do Banco Central do Brasil; (Redação dada pelo Del nº 278, de

28/02/67) III - do Banco do Brasil S. A.; IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; V - das demais instituições financeiras públicas e privadas.

Capítulo II Do Conselho Monetário Nacional

Art. 2º Fica extinto o Conselho da atual Superintendência da Moeda e

do Crédito, e criado em substituição, o Conselho Monetário Nacional, com a finalidade de formular a política da moeda e do crédito como previsto nesta lei, objetivando o progresso econômico e social do País.

Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará: I - Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessi-

dades da economia nacional e seu processo de desenvolvi-mento;

II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 3

interna ou externa, as depressões econômicas e outros dese-quilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;

III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos re-cursos em moeda estrangeira;

IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas dife-rentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvi-mento harmônico da economia nacional;

V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de paga-mentos e de mobilização de recursos;

VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fis-

cal e da dívida pública, interna e externa. Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes

estabelecidas pelo Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 6.045, de 15/05/74) (Vetado)

I - Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado) as quais ficarão na prévia dependência de autorização legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Central da República do Brasil, das operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 desta Lei.(Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91)

O Conselho Monetário Nacional pode, ainda autorizar o Banco Central da República do Brasil a emitir, anualmente, até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de paga-mentos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para atender as exigências das atividades produtivas e da circu-lação da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autori-zação do Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presi-dente da República, para as emissões que, justificadamen-te, se tornarem necessárias além daquele limite.

Quando necessidades urgentes e imprevistas para o finan-ciamento dessas atividades o determinarem, pode o Con-selho Monetário Nacional autorizar as emissões que se fi-zerem indispensáveis, solicitando imediatamente, através de Mensagem do Presidente da República, homologação do Poder Legislativo para as emissões assim realizadas:

II - Estabelecer condições para que o Banco Central da Repú-blica do Brasil emita moeda-papel (Vetado) de curso força-do, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como as normas reguladoras do meio circulante;

III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por meio dos quais se es-timarão as necessidades globais de moeda e crédito;

IV - Determinar as características gerais (Vetado) das cédulas e das moedas;

V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)

VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por par-te das instituições financeiras;

VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo Federal;

VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;

IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descon-tos comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil, as-segurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:

- recuperação e fertilização do solo; - reflorestamento; - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; - eletrificação rural;

- mecanização; - irrigação; - investimento indispensáveis às atividades agropecuárias; X - Determinar a percentagem máxima dos recursos que as

instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;

XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encai-xes, mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;

XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a se-rem observadas pelas instituições financeiras;

XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o ca-pital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;

XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das ins-tituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este: (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

a) adotar percentagens diferentes em função; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

- das regiões geo-econômicas; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

- das prioridades que atribuir às aplicações; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

- da natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricul-tura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82) (Vide art 10, inciso III)

XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a de-dução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias e sociedades de economia mis-ta, no cálculo a que se refere o inciso anterior;

XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o últi-mo dia do mês subseqüente, relatório e mapas demonstra-tivos da aplicação dos recolhimentos compulsórios, (Vetado).

XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária;

XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o mono-pólio das operações de câmbio quando ocorrer grave de-sequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias ra-zões para prever a iminência de tal situação;

XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Cen-tral da República do Brasil em suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;

XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as insti-tuições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;

XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos cor-retores de fundos públicos;

XXII - Estatuir normas para as operações das instituições finan-ceiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;

XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República do Brasil ou aplicados de a-cordo com as normas que o Conselho estabelecer;

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 4

XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando seu regi-mento interno no prazo máximo de trinta (30) dias;

XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Cen-tral da República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Pre-sidente deste apresentar as respectivas propostas; (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998)

XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil; (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)

XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus sis-temas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus resultados para o Tesouro Nacio-nal, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.376, de 25.11.1987) (Vide art 10, inciso III)

XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasilei-ros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer - se;

XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos proces-sos de empréstimos externos dos Estados, do Distrito Fe-deral e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal;

XXX - Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei. (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)

XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, in-clusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras con-dições.

XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mes-mo controle acionário ou coligadas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.290, de 1986)

§ 1º O Conselho Monetário Nacional, no exercício das atribuições previstas no inciso VIII deste artigo, poderá determinar que o Banco Central da República do Brasil recuse autorização para o funcionamento de novas instituições financeiras, em função de conveniências de ordem geral.

§ 2º Competirá ao Banco Central da República do Brasil acompanhar a execução dos orçamentos monetários e relatar a matéria ao Conselho Monetário Nacional, apresentando as sugestões que considerar conveni-entes.

§ 3º As emissões de moeda metálica serão feitas sempre contra reco-lhimento (Vetado) de igual montante em cédulas.

§ 4º O Conselho Monetário nacional poderá convidar autoridades, pessoas ou entidades para prestar esclarecimentos considerados neces-sários.

§ 5º Nas hipóteses do art. 4º, inciso I, e do § 6º, do art. 49, desta lei, se o Congresso Nacional negar homologação à emissão extraordinária efetuada, as autoridades responsáveis serão responsabilizadas nos termos da Lei nº 1059, de 10/04/1950.

§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao Congresso Na-cional, até 31 de março de cada ano, relatório da evolução da situação monetária e creditícia do País no ano anterior, no qual descreverá, minu-dentemente as providências adotadas para cumprimento dos objetivos estabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os montantes das emissões de papel-moeda que tenham sido feitas para atendimento das atividades produtivas.

§ 7º O Banco Nacional da Habitação é o principal instrumento de exe-cução da política habitacional do Governo Federal e integra o sistema financeiro nacional, juntamente com as sociedades de crédito imobiliário, sob orientação, autorização, coordenação e fiscalização do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central da República do Brasil, quanto à execução, nos termos desta lei, revogadas as disposições especiais em contrário. (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)

Art. 5º As deliberações do Conselho Monetário Nacional entendem-se

de responsabilidade de seu Presidente para os efeitos do art. 104, nº I, letra "b", da Constituição Federal e obrigarão também os órgãos oficiais,

inclusive autarquias e sociedades de economia mista, nas atividades que afetem o mercado financeiro e o de capitais.

Art. 6º O Conselho Monetário Nacional será integrado pelos seguintes

membros: (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)

I - Ministro da Fazenda que será o Presidente; (Redação dada pe-la Lei nº 5.362, de 30.11.1967)

II - Presidente do Banco do Brasil S. A.; (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)

III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)

IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal, escolhidos entre brasilei-ros de ilibada reputação e notória capacidade em assuntos e-conômico-financeiros, com mandato de sete (7) anos, podendo ser reconduzidos. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)

§ 1º O Conselho Monetário Nacional deliberará por maioria de votos, com a presença, no mínimo, de 6 (seis) membros, cabendo ao Presidente também o voto de qualidade.

§ 2º Poderão participar das reuniões do Conselho Monetário Nacional (VETADO) o Ministro da Indústria e do Comércio e o Ministro para Assun-tos de Planejamento e Economia, cujos pronunciamentos constarão obrigatòriamente da ata das reuniões.

§ 3º Em suas faltas ou impedimentos, o Ministro da Fazenda será substituído, na Presidência do Conselho Monetário Nacional, pelo Ministro da Indústria e do Comércio, ou, na falta deste, pelo Ministro para Assuntos de Planejamento e Economia.

§ 4º Exclusivamente motivos relevantes, expostos em representação fundamentada do Conselho Monetário Nacional, poderão determinar a exoneração de seus membros referidos no inciso IV, deste artigo.

§ 5º Vagando-se cargo com mandato o substituto será nomeado com observância do disposto no inciso IV deste artigo, para completar o tempo do substituído.

§ 6º Os membros do Conselho Monetário Nacional, a que se refere o inciso IV deste artigo, devem ser escolhidos levando-se em atenção, o quanto possível, as diferentes regiões geo-ecônomicas do País.

Art. 7º Junto ao Conselho Monetário Nacional funcionarão as seguin-

tes Comissões Consultivas: (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) I - Bancária, constituída de representantes: 1 - do Conselho Nacional de Economia; 2 - do Banco Central da República do Brasil; 3 - do Banco do Brasil S.A.; 4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; 5 - do Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais; 6 - do Banco Nacional de Crédito Cooperativo; 7 - do Banco do Nordeste do Brasil S. A.; 8 - do Banco de Crédito da Amazônia S. A.; 9 - dos Bancos e Caixas Econômicas Estaduais; 10 - dos Bancos Privados; 11 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos; 12 - das Bolsas de Valores; 13 - do Comércio; 14 - da Indústria; 15 - da Agropecuária; 16 - das Cooperativas que operam em crédito. II - de Mercado de Capitais, constituída de representantes: 1 - do Ministério da Indústria e do Comércio; 2 - do Conselho Nacional da Economia. 3 - do Banco Central da República do Brasil; 4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; 5 - dos Bancos Privados; 6 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos; 7 - das Bolsas de Valores; 8 - das Companhias de Seguros Privados e Capitalização; 9 - da Caixa de Amortização; III - de Crédito Rural, constituída de representantes: 1 - do Ministério da Agricultura; 2 - da Superintendência da Reforma Agrária; 3 - da Superintendência Nacional de Abastecimento;

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4 - do Banco Central da República do Brasil; 5 - da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil

S. A.; 6 - da Carteira de Colonização de Banco do Brasil S.A.; 7 - do Banco Nacional de Crédito Cooperativo; 8 - do Banco do Nordeste do Brasil S.A.; 9 - do Banco de Crédito da Amazônia S.A.; 10 - do Instituto Brasileiro do Café; 11 - do Instituto do Açúcar e do Álcool; 12 - dos Banco privados; 13 - da Confederação Rural Brasileira; 14 - das Instituições Financeiras Públicas Estaduais ou Municipais,

que operem em crédito rural; 15 - das Cooperativas de Crédito Agrícola. IV - (Vetado) 1 - (Vetado) 2 - (Vetado) 3 - (Vetado) 4 - (Vetado) 5 - (Vetado) 6 - (Vetado) 7 - (Vetado) 8 - (Vetado) 9 - (Vetado) 10 - (Vetado) 11 - (Vetado) 12 - (Vetado) 13 - (Vetado) 14 - (Vetado) 15 - (Vetado) V - de Crédito Industrial, constituída de representantes: 1 - do Ministério da Indústria e do Comércio; 2 - do Ministério Extraordinário para os Assuntos de Planejamento

e Economia; 3 - do Banco Central da República do Brasil; 4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; 5 - da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil

S.A.; 6 - dos Banco privados; 7 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos; 8 - da Indústria. § 1º A organização e o funcionamento das Comissões Consultivas se-

rão regulados pelo Conselho Monetário Nacional, inclusive prescrevendo normas que:

a) lhes concedam iniciativa própria junto ao MESMO CONSELHO; b) estabeleçam prazos para o obrigatório preenchimento dos cargos

nas referidas Comissões; c) tornem obrigatória a audiência das Comissões Consultivas, pelo

Conselho Monetário Nacional, no trato das matérias atinentes às finalidades específicas das referidas Comissões, ressalvado os casos em que se impuser sigilo.

§ 2º Os representantes a que se refere este artigo serão indicados pe-

las entidades nele referidas e designados pelo Conselho Monetário Na-cional.

§ 3º O Conselho Monetário Nacional, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, poderá ampliar a competência das Comissões Consulti-vas, bem como admitir a participação de representantes de entidades não mencionadas neste artigo, desde que tenham funções diretamente rela-cionadas com suas atribuições.

CAPÍTULO III

Do Banco Central da República do Brasil Art. 8º A atual Superintendência da Moeda e do Crédito é transforma-

da em autarquia federal, tendo sede e foro na Capital da República, sob a denominação de Banco Central da República do Brasil, com personalida-de jurídica e patrimônio próprios este constituído dos bens, direitos e valores que lhe são transferidos na forma desta Lei e ainda da apropria-ção dos juros e rendas resultantes, na data da vigência desta lei, do disposto no art. 9º do Decreto-Lei número 8495, de 28/12/1945, dispositi-

vo que ora é expressamente revogado. Parágrafo único. Os resultados obtidos pelo Banco Central do Brasil,

consideradas as receitas e despesas de todas as suas operações, serão, a partir de 1º de janeiro de 1988, apurados pelo regime de competência e transferidos para o Tesouro Nacional, após compensados eventuais prejuízos de exercícios anteriores. (Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

Art. 9º Compete ao Banco Central da República do Brasil cumprir e

fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do

Brasil: I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites

autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (Vetado). II - Executar os serviços do meio-circulante; III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos

depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subs-crição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhi-mento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo: (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

a) adotar percentagens diferentes em função: 1. das regiões geo econômicas; 2. das prioridades que atribuir às aplicações; 3. da natureza das instituições financeiras; b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que

tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas.

IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das institui-ções financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19. (Re-numerado com redação dada pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", e no § 4º do Art. 49 desta lei; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; (Re-numerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei;(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estran-geira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últi-mas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Cons-titutivo do Fundo Monetário Internacional; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69) (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

a) funcionar no País; b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no

exterior; c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de

títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários;

e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle

acionário. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87) XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de

quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; (Re-

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numerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de

compra e venda de títulos públicos federais; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras regis-trem os cadastros das firmas que operam com suas agências há mais de um ano.(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste ar-tigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacio-nal, o Banco Central da República do Brasil, estudará os pedidos que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a autorização pleitea-da, podendo (Vetado) incluir as cláusulas que reputar convenientes ao interesse público.

§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições finan-ceiras estrangeiras dependem de autorização do Poder Executivo, medi-ante decreto, para que possam funcionar no País (Vetado)

Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as institui-

ções financeiras estrangeiras e internacionais; II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de

empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarre-gar-se dos respectivos serviços;

III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambi-al, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar opera-ções de crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de câmbio finan-ceiro e comercial; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)

IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado;

V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional;

VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;

VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou processos operacionais que utilizem;

VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os servi-ços de sua Secretaria.

§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso VIII do artigo 10 desta lei, o Banco Central do Brasil poderá examinar os livros e docu-mentos das pessoas naturais ou jurídicas que detenham o controle acio-nário de instituição financeira, ficando essas pessoas sujeitas ao disposto no artigo 44, § 8º, desta lei. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)

§ 2º O Banco Central da República do Brasil instalará delegacias, com autorização do Conselho Monetário Nacional, nas diferentes regiões geo-econômicas do País, tendo em vista a descentralização administrativa para distribuição e recolhimento da moeda e o cumprimento das decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em lei. (Renumerado pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)

Art. 12. O Banco Central da República do Brasil operará exclusiva-

mente com instituições financeiras públicas e privadas, vedadas opera-ções bancárias de qualquer natureza com outras pessoas de direito público ou privado, salvo as expressamente autorizadas por lei.

Art. 13. Os encargos e serviços de competência do Banco Central,

quando por ele não executados diretamente, serão contratados de prefe-rência com o Banco do Brasil S. A., exceto nos casos especialmente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 278, de 28/02/67)

Art. 14. O Banco Central do Brasil será administrado por uma Direto-

ria de cinco (5) membros, um dos quais será o Presidente, escolhidos pelo Conselho Monetário Nacional dentre seus membros mencionados no inciso IV do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967) (Vide Decreto nº 91.961, de 19.11.1985)

§ 1º O Presidente do Banco Central da República do Brasil será subs-

tituído pelo Diretor que o Conselho Monetário Nacional designar. § 2º O término do mandato, a renúncia ou a perda da qualidade

Membro do Conselho Monetário Nacional determinam, igualmente, a perda da função de Diretor do Banco Central da República do Brasil.

Art. 15. O regimento interno do Banco Central da República do Brasil,

a que se refere o inciso XXVII, do art. 4º, desta lei, prescreverá as atribui-ções do Presidente e dos Diretores e especificará os casos que depende-rão de deliberação da Diretoria, a qual será tomada por maioria de votos, presentes no mínimo o Presidente ou seu substituto eventual e dois outros Diretores, cabendo ao Presidente também o voto de qualidade.

Parágrafo único. A Diretoria se reunirá, ordinariamente, uma vez por semana, e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação do Presidente ou a requerimento de, pelo menos, dois de seus membros.

Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as rendas:

(Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87) I - de operações financeiras e de outras aplicações de seus recur-

sos; (Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87) II - das operações de câmbio, de compra e venda de ouro e de

quaisquer outras operações em moeda estrangeira; (Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora aplicados por força do disposto na legislação em vigor. (Reda-ção dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

§ 1º Do resultado das operações de câmbio de que trata o inciso II

deste artigo ocorrido a partir da data de entrada em vigor desta lei, 75% (setenta e cinco por cento) da parte referente ao lucro realizado, na com-pra e venda de moeda estrangeira destinar-se-á à formação de reserva monetária do Banco Central do Brasil, que registrará esses recursos em conta específica, na forma que for estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. (Vide Lei nº 5.143, de 1966) (Renumerado pelo Del nº 2.076, de 20/12/83)

§ 2º A critério do Conselho Monetário Nacional, poderão também ser destinados à reserva monetária de que trata o § 1º os recursos provenien-tes de rendimentos gerados por: (Parágrafo incluído pelo Del nº 2.076, de 20/12/83)

a) suprimentos específicos do Banco Central do Brasil ao Banco do Brasil S.A. concedidos nos termos do § 1º do artigo 19 desta lei;

b) suprimentos especiais do Banco Central do Brasil aos Fundos e Programas que administra.

§ 3º O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, observado o dis-

posto no § 1º do artigo 19 desta lei, a cada exercício, as bases da remu-neração das operações referidas no § 2º e as condições para incorpora-ção desses rendimentos à referida reserva monetária. (Parágrafo incluído pelo Del nº 2.076, de 20/12/83)

CAPÍTULO IV

DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

SEÇÃO I Da caracterização e subordinação

Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da le-

gislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual.

Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no

País mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas econô-micas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das cooperati-vas que a tenham, também se subordinam às disposições e disciplina

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desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores, companhias de segu-ros e de capitalização, as sociedades que efetuam distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou serviços de natureza dos executados pelas instituições financeiras.

§ 2º O Banco Central da Republica do Brasil, no exercício da fiscali-zação que lhe compete, regulará as condições de concorrência entre instituições financeiras, coibindo-lhes os abusos com a aplicação da pena (Vetado) nos termos desta lei.

§ 3º Dependerão de prévia autorização do Banco Central da Repúbli-ca do Brasil as campanhas destinadas à coleta de recursos do público, praticadas por pessoas físicas ou jurídicas abrangidas neste artigo, salvo para subscrição pública de ações, nos termos da lei das sociedades por ações.

SEÇÃO II

DO BANCO DO BRASIL S. A. Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipuamente, sob a su-

pervisão do Conselho Monetário Nacional e como instrumento de execu-ção da política creditícia e financeira do Governo Federal:

I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, sem prejuízo de outras funções que lhe venham a ser atribuídas e ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628, de 20 de junho de 1952:

a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias prove-nientes da arrecadação de tributos ou rendas federais e ainda o produto das operações de que trata o art. 49, desta lei;

b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União e leis complementares, de acor-do com as autorizações que lhe forem transmitidas pelo Minis-tério da Fazenda, as quais não poderão exceder o montante global dos recursos a que se refere a letra anterior, vedada a concessão, pelo Banco, de créditos de qualquer natureza ao Tesouro Nacional;

c) conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa autorização legal;

d) adquirir e financiar estoques de produção exportável; e) executar a política de preços mínimos dos produtos agropasto-

ris; f) ser agente pagador e recebedor fora do País; g) executar o serviço da dívida pública consolidada; II - como principal executor dos serviços bancários de interesse do

Governo Federal, inclusive suas autarquias, receber em depósi-to, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer entida-des federais, compreendendo as repartições de todos os minis-térios civis e militares, instituições de previdência e outras au-tarquias, comissões, departamentos, entidades em regime es-pecial de administração e quaisquer pessoas físicas ou jurídi-cas responsáveis por adiantamentos, ressalvados o disposto no § 5º deste artigo, as exceções previstas em lei ou casos es-peciais, expressamente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco Central da República do Bra-sil;

III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das instituições de que trata o inciso III, do art. 10, desta lei, escriturando as res-pectivas contas; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.284, de 1986)

IV - executar os serviços de compensação de cheques e outros pa-péis;

V - receber, com exclusividade, os depósitos de que tratam os arti-gos 38, item 3º, do Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940, e 1º do Decreto-lei nº 5.956, de 01/11/43, ressalvado o disposto no art. 27, desta lei;

VI - realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetá-rio Nacional;

VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de inte-

resse do Banco Central da República do Brasil, mediante con-tratação na forma do art. 13, desta lei;

VIII - dar execução à política de comércio exterior (Vetado). IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e média proprie-

dade rural, nos termos da legislação que regular a matéria; X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com o favore-

cimento referido no art. 4º, inciso IX, e art. 53, desta lei; XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comerciais

suplementando a ação da rede bancária; a) no financiamento das atividades econômicas, atendendo às

necessidades creditícias das diferentes regiões do País; b) no financiamento das exportações e importações. (Vide Lei nº

8.490 de 19.11.1992) § 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará recursos específi-

cos que possibilitem ao Banco do Brasil S. A., sob adequada remunera-ção, o atendimento dos encargos previstos nesta lei.

§ 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, na forma do in-ciso III deste artigo o Banco do Brasil S. A. Colocará à disposição do Banco Central da República do Brasil, observadas as normas que forem estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, a parcela que exceder as necessidades normais de movimentação das contas respectivas, em função dos serviços aludidos no inciso IV deste artigo.

§ 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, serão objeto de contratação entre o Banco do Brasil S. A. e a União Federal, esta repre-sentada pelo Ministro da Fazenda.

§ 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central da República do Brasil todas as informações por este julgadas necessárias para a exata execução desta lei.

§ 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo, também pode-rão ser feitos nas Caixas econômicas Federais, nos limites e condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.

Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da República do

Brasil elaborarão, em conjunto, o programa global de aplicações e recur-sos do primeiro, para fins de inclusão nos orçamentos monetários de que trata o inciso III, do artigo 4º desta lei.

Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A. deverão

ser pessoas de reputação ilibada e notória capacidade. § 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S. A. será feita

pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal. § 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco do Brasil S.

A. não poderão exceder o prazo de 30 (trinta) dias consecutivos, sem que o Presidente da República submeta ao Senado Federal o nome do substi-tuto.

§ 3º (Vetado) § 4º (Vetado)

SEÇÃO III DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS

Art. 22. As instituições financeiras públicas são órgãos auxiliares da

execução da política de crédito do Governo Federal. § 1º O Conselho Monetário Nacional regulará as atividades, capaci-

dade e modalidade operacionais das instituições financeiras públicas federais, que deverão submeter à aprovação daquele órgão, com a priori-dade por ele prescrita, seus programas de recursos e aplicações, de forma que se ajustem à política de crédito do Governo Federal.

§ 2º A escolha dos Diretores ou Administradores das instituições fi-nanceiras públicas federais e a nomeação dos respectivos Presidentes e designação dos substitutos observarão o disposto no art. 21, parágrafos 1º e 2º, desta lei.

§ 3º A atuação das instituições financeiras públicas será coordenada nos termos do art. 4º desta lei.

Art. 23. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico é o princi-

pal instrumento de execução de política de investimentos do Governo Federal, nos termos das Leis números 1628, de 20/06/1952 e 2973, de 26/11/1956.

Art. 24. As instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas

às disposições relativas às instituições financeiras privadas, assegurada a

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forma de constituição das existentes na data da publicação desta lei. Parágrafo único. As Caixas Econômicas Estaduais equiparam-se, no

que couber, às Caixas Econômicas Federais, para os efeitos da legislação em vigor, estando isentas do recolhimento a que se refere o art. 4º, inciso XIV, e à taxa de fiscalização, mencionada no art. 16, desta lei.

SEÇÃO IV

DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS

Art. 25. As instituições financeiras privadas, exceto as cooperativas de crédito, constituir-se-ão unicamente sob a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de seu capital com direito a voto ser representada por ações nominativas. (Redação dada pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)

§ 1º Observadas as normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacio-nal as instituições a que se refere este artigo poderão emitir até o limite de 50% de seu capital social em ações preferenciais, nas formas nominati-vas, e ao portador, sem direito a voto, às quais não se aplicará o disposto no parágrafo único do art. 81 do Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)

§ 2º A emissão de ações preferenciais ao portador, que poderá ser feita em virtude de aumento de capital, conversão de ações ordinárias ou de ações preferenciais nominativas, ficará sujeita a alterações prévias dos estatutos das sociedades, a fim de que sejam neles incluídas as declara-ções sobre: (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)

I - as vantagens, preferenciais e restrições atribuídas a cada classe de ações preferenciais, de acordo com o Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940; (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)

II - as formas e prazos em que poderá ser autorizada a conversão das ações, vedada a conversão das ações preferenciais em outro tipo de ações com direito a voto. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)

§ 3º Os títulos e cautelas representativas das ações preferenciais, e-

mitidos nos termos dos parágrafos anteriores, deverão conter expressa-mente as restrições ali especificadas. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)

Art. 26. O capital inicial das instituições financeiras públicas e priva-

das será sempre realizado em moeda corrente. Art. 27. Na subscrição do capital inicial e na de seus aumentos em

moeda corrente, será exigida no ato a realização de, pelo menos 50% (cinqüenta por cento) do montante subscrito.

§ 1º As quantias recebidas dos subscritores de ações serão recolhi-das no prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento, ao Banco Cen-tral da República do Brasil, permanecendo indisponíveis até a solução do respectivo processo.

§ 2º O remanescente do capital subscrito, inicial ou aumentado, em moeda corrente, deverá ser integralizado dentro de um ano da data da solução do respectivo processo.

Art. 28. Os aumentos de capital que não forem realizados em moeda

corrente, poderão decorrer da incorporação de reservas, segundo normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, e da reavaliação da parcela dos bens do ativo imobilizado, representado por imóveis de uso e instala-ções, aplicados no caso, como limite máximo, os índices fixados pelo Conselho Nacional de Economia.

Art. 29. As instituições financeiras privadas deverão aplicar, de prefe-

rência, não menos de 50% (cinqüenta por cento) dos depósitos do público que recolherem, na respectiva Unidade Federada ou Território.

§ 1º O Conselho Monetário Nacional poderá, em casos especiais, admitir que o percentual referido neste artigo seja aplicado em cada Estado e Território isoladamente ou por grupos de Estados e Territórios componentes da mesma região geoeconômica.

Art. 30. As instituições financeiras de direito privado, exceto as de in-

vestimento, só poderão participar de capital de quaisquer sociedades com prévia autorização do Banco Central da República do Brasil, solicitada justificadamente e concedida expressamente, ressalvados os casos de garantia de subscrição, nas condições que forem estabelecidas, em caráter geral, pelo Conselho Monetário Nacional.

Parágrafo único (Vetado) Art. 31. As instituições financeiras levantarão balanços gerais a 30 de

junho e 31 de dezembro de cada ano, obrigatoriamente, com observância das regras contábeis estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Art. 32. As instituições financeiras públicas deverão comunicar ao

Banco Central da República do Brasil a nomeação ou a eleição de direto-res e membros de órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias da data de sua ocorrência.

Art. 33. As instituições financeiras privadas deverão comunicar ao Banco Central da República do Brasil os atos relativos à eleição de direto-res e membros de órgão consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias de sua ocorrência, de acordo com o estabelecido no art. 10, inciso X, desta lei.

§ 1º O Banco Central da República do Brasil, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, decidirá aceitar ou recusar o nome do eleito, que não atender às condições a que se refere o artigo 10, inciso X, desta lei.

§ 2º A posse do eleito dependerá da aceitação a que se refere o pa-rágrafo anterior.

§ 3º Oferecida integralmente a documentação prevista nas normas re-feridas no art. 10, inciso X, desta lei, e decorrido, sem manifestação do Banco Central da República do Brasil, o prazo mencionado no § 1º deste artigo, entender-se-á não ter havido recusa a posse.

Art. 34. É vedado às instituições financeiras conceder empréstimos ou

adiantamentos: I - A seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou ad-

ministrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges;

II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o in-ciso anterior;

III - As pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez por cento), salvo autorização específica do Banco Central da República do Brasil, em cada caso, quan-do se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais re-sultantes de transações de compra e venda ou penhor de mer-cadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho Monetá-rio Nacional, em caráter geral;

IV - As pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento);

V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), quaisquer dos diretores ou administrado-res da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau.

§ 1º A infração ao disposto no inciso I, deste artigo, constitui crime e sujeitará os responsáveis pela transgressão à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, o Código Penal e o Código de Processo Penal. (Vide Lei 7.492, de 16.7.1986)

§ 2º O disposto no inciso IV deste artigo não se aplica às instituições financeiras públicas.

Art. 35. É vedado ainda às instituições financeiras: I - Emitir debêntures e partes beneficiárias; II - Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os re-

cebidos em liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa so-lução, caso em que deverão vendê-los dentro do prazo de um (1) ano, a contar do recebimento, prorrogável até duas vezes, a crité-rio do Banco Central da República do Brasil.

Parágrafo único. As instituições financeiras que não recebem depósi-tos do público poderão emitir debêntures, desde que previamente autori-zadas pelo Banco Central do Brasil, em cada caso. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.290, de 1986)

Art. 36. As instituições financeiras não poderão manter aplicações em

imóveis de uso próprio, que, somadas ao seu ativo em instalações, exce-dam o valor de seu capital realizado e reservas livres.

Art. 37. As instituições financeiras, entidades e pessoas referidas nos

artigos 17 e 18 desta lei, bem como os corretores de fundos públicos, ficam, obrigados a fornecer ao Banco Central da República do Brasil, na forma por ele determinada, os dados ou informes julgados necessários

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para o fiel desempenho de suas atribuições. Art. 39. Aplicam-se às instituições financeiras estrangeiras, em fun-

cionamento ou que venham a se instalar no País, as disposições da presente lei, sem prejuízo das que se contém na legislação vigente.

Art. 40. (Revogado pela Lei Complementar nº 130, de 2009) Art. 41. (Revogado pela Lei Complementar nº 130, de 2009)

CAPÍTULO V DAS PENALIDADES

Art. 42. O art. 2º, da Lei nº 1808, de 07 de janeiro de 1953, terá a se-

guinte redação: "Art. 2º Os diretores e gerentes das instituições financeiras respon-

dem solidariamente pelas obrigações assumidas pelas mesmas durante sua gestão, até que elas se cumpram.

Parágrafo único. Havendo prejuízos, a responsabilidade solidária se circunscreverá ao respectivo montante." (Vide Lei nº 6.024, de 1974)

Art. 43. O responsável ela instituição financeira que autorizar a con-

cessão de empréstimo ou adiantamento vedado nesta lei, se o fato não constituir crime, ficará sujeito, sem prejuízo das sanções administrativas ou civis cabíveis, à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adian-tamento concedido, cujo processamento obedecerá, no que couber, ao disposto no art. 44, desta lei.

Art. 44. As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam as instituições

financeiras, seus diretores, membros de conselhos administrativos, fiscais e semelhantes, e gerentes, às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabelecidas na legislação vigente:

I - Advertência. II - Multa pecuniária variável. III - Suspensão do exercício de cargos. IV - Inabilitação temporária ou permanente para o exercício de car-

gos de direção na administração ou gerência em instituições fi-nanceiras.

V - Cassação da autorização de funcionamento das instituições fi-nanceiras públicas, exceto as federais, ou privadas.

VI - Detenção, nos termos do § 7º, deste artigo. VII - Reclusão, nos termos dos artigos 34 e 38, desta lei. § 1ºA pena de advertência será aplicada pela inobservância das dis-

posições constantes da legislação em vigor, ressalvadas as sanções nela previstas, sendo cabível também nos casos de fornecimento de informa-ções inexatas, de escrituração mantida em atraso ou processada em desacordo com as normas expedidas de conformidade com o art. 4º, inciso XII, desta lei.

§ 2º As multas serão aplicadas até 200 (duzentas) vezes o maior salá-rio-mínimo vigente no País, sempre que as instituições financeiras, por negligência ou dolo:

a) advertidas por irregularidades que tenham sido praticadas, deixa-rem de saná-las no prazo que lhes for assinalado pelo Banco Central da República do Brasil;

b) infringirem as disposições desta lei relativas ao capital, fundos de reserva, encaixe, recolhimentos compulsórios, taxa de fiscaliza-ção, serviços e operações, não atendimento ao disposto nos arts. 27 e 33, inclusive as vedadas nos arts. 34 (incisos II a V), 35 a 40 desta lei, e abusos de concorrência (art. 18, § 2º);

c) opuserem embaraço à fiscalização do Banco Central da Repúbli-ca do Brasil.

§ 3º As multas cominadas neste artigo serão pagas mediante recolhi-

mento ao Banco Central da República do Brasil, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da respectiva notificação, ressal-vado o disposto no § 5º deste artigo e serão cobradas judicialmente, com o acréscimo da mora de 1% (um por cento) ao mês, contada da data da aplicação da multa, quando não forem liquidadas naquele prazo;

§ 4º As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo, serão aplica-das quando forem verificadas infrações graves na condução dos interes-ses da instituição financeira ou quando dá reincidência específica, devi-

damente caracterizada em transgressões anteriormente punidas com multa.

§ 5º As penas referidas nos incisos II, III e IV deste artigo serão apli-cadas pelo Banco Central da República do Brasil admitido recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Monetário Nacional, interposto dentro de 15 dias, contados do recebimento da notificação.

§ 6º É vedada qualquer participação em multas, as quais serão reco-lhidas integralmente ao Banco Central da República do Brasil.

§ 7º Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como institui-ção financeira, sem estar devidamente autorizadas pelo Banco Central da Republica do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica, seus diretores e administradores.

§ 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 10, inciso VIII, desta lei, o Banco Central da República do Brasil poderá exigir das instituições financeiras ou das pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as referidas no parágrafo anterior, a exibição a funcionários seus, expressamente creden-ciados, de documentos, papéis e livros de escrituração, considerando-se a negativa de atendimento como embaraço á fiscalização sujeito á pena de multa, prevista no § 2º deste artigo, sem prejuízo de outras medidas e sanções cabíveis.

§ 9º A pena de cassação, referida no inciso V, deste artigo, será apli-cada pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco Central da República do Brasil, nos casos de reincidência específica de infrações anteriormente punidas com as penas previstas nos incisos III e IV deste artigo.

Art. 45. As instituições financeiras públicas não federais e as privadas

estão sujeitas, nos termos da legislação vigente, à intervenção efetuada pelo Banco Central da República do Brasil ou à liquidação extrajudicial.

Parágrafo único. A partir da vigência desta lei, as instituições de que trata este artigo não poderão impetrar concordata.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 46. Ficam transferidas as atribuições legais e regulamentares do

Ministério da Fazenda relativamente ao meio circulante inclusive as exer-cidas pela Caixa de Amortização para o Conselho Monetário Nacional, e (VETADO) para o Banco Central da República do Brasil.

Art. 47. Será transferida à responsabilidade do Tesouro Nacional,

mediante encampação, sendo definitivamente incorporado ao meio circu-lante o montante das emissões feitas por solicitação da Carteira de Re-descontos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização Bancária.

§ 1º O valor correspondente à encampação será destinado à liquida-ção das responsabilidades financeiras do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S. A., inclusive as decorrentes de operações de câmbio concluídas até a data da vigência desta lei, mediante aprovação especificado Poder Legislativo, ao qual será submetida a lista completa dos débitos assim amortizados.

§ 2º Para a liquidação do saldo remanescente das responsabilidades do Tesouro Nacional, após a encampação das emissões atuais por solici-tação da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização Bancária, o Poder Executivo submeterá ao Poder Legislativo proposta específica, indicando os recursos e os meios necessários a esse fim.

Art. 48. Concluídos os acertos financeiros previstos no artigo anterior,

a responsabilidade da moeda em circulação passará a ser do Banco Central da República do Brasil.

Art. 49. As operações de crédito da União, por antecipação de receita

orçamentária ou a qualquer outro título, dentro dos limites legalmente autorizados, somente serão realizadas mediante colocação de obrigações, apólices ou letras do Tesouro Nacional.

§ 1º A lei de orçamento, nos termos do artigo 73, § 1º inciso II, da Constituição Federal, determinará quando for o caso, a parcela do déficit que poderá ser coberta pela venda de títulos do Tesouro Nacional direta-mente ao Banco Central da República do Brasil.

§ 2º O Banco Central da República do Brasil mediante autorização do Conselho Monetário Nacional baseada na lei orçamentária do exercício,

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poderá adquirir diretamente letras do Tesouro Nacional, com emissão de papel-moeda.

§ 3º O Conselho Monetário Nacional decidirá, a seu exclusivo critério, a política de sustentação em bolsa da cotação dos títulos de emissão do Tesouro Nacional.

§ 4º No caso de despesas urgentes e inadiáveis do Governo Federal, a serem atendidas mediante créditos suplementares ou especiais, autori-zados após a lei do orçamento, o Congresso Nacional determinará, espe-cificamente, os recursos a serem utilizados na cobertura de tais despesas, estabelecendo, quando a situação do Tesouro Nacional for deficitária, a discriminação prevista neste artigo.

§ 5º Na ocorrência das hipóteses citadas no parágrafo único, do artigo 75, da Constituição Federal, o Presidente da República poderá determinar que o Conselho Monetário Nacional, através do Banco Central da Repú-blica do Brasil, faça a aquisição de letras do Tesouro Nacional com a emissão de papel-moeda até o montante do crédito extraordinário que tiver sido decretado.

§ 6º O Presidente da República fará acompanhar a determinação ao Conselho Monetário Nacional, mencionada no parágrafo anterior, de cópia da mensagem que deverá dirigir ao Congresso Nacional, indicando os motivos que tornaram indispensável a emissão e solicitando a sua homo-logação.

§ 7º As letras do Tesouro Nacional, colocadas por antecipação de re-ceita, não poderão ter vencimentos posteriores a 120 (cento e vinte) dias do encerramento do exercício respectivo.

§ 8º Até 15 de março do ano seguinte, o Poder Executivo enviará mensagem ao Poder Legislativo, propondo a forma de liquidação das letras do Tesouro Nacional emitidas no exercício anterior e não resgata-das.

§ 9º É vedada a aquisição dos títulos mencionados neste artigo pelo Banco do Brasil S.A. e pelas instituições bancárias de que a União dete-nha a maioria das ações.

Art. 50. O Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da Repúbli-

ca do Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, o Banco do Brasil S.A., O Banco do Nordeste do Brasil S.A. e o Banco de Crédito da Amazônia S. A. gozarão dos favores, isenções e privilégios, inclusive fiscais, que são próprios da Fazenda Nacional, ressalvado quanto aos três, últimos, o regime especial de tributação do Imposto de Renda a que estão sujeitos, na forma da legislação em vigor.

Parágrafo único. São mantidos os favores, isenções e privilégios de que atualmente gozam as instituições financeiras.

Art. 51. Ficam abolidas, após 3 (três) meses da data da vigência des-

ta Lei, as exigências de "visto" em "pedidos de licença" para efeitos de exportação, excetuadas as referentes a armas, munições, entorpecentes, materiais estratégicos, objetos e obras de valor artístico, cultural ou histó-rico. (Vide Lei nº 5.025, de 1966)

Parágrafo único. Quando o interesse nacional exigir, o Conselho Mo-netário Nacional, criará o "visto" ou exigência equivalente.

Art. 52. O quadro de pessoal do Banco Central da República do Brasil

será constituído de: (Vide Lei nº 9.650, de 1998) I - Pessoal próprio, admitido mediante concurso público de provas

ou de títulos e provas, sujeita á pena de nulidade a admissão que se processar com inobservância destas exigências;

II - Pessoal requisitado ao Banco do Brasil S. A. e a outras institui-ções financeiras federais, de comum acordo com as respecti-vas administrações;

III - Pessoal requisitado a outras instituições e que venham pres-tando serviços à Superintendência da Moeda e do Crédito há mais de 1 (um) ano, contado da data da publicação desta lei.

§ 1º O Banco Central da República do Brasil baixará dentro de 90 (noventa) dias da vigência desta lei, o Estatuto de seus funcionários e servidores, no qual serão garantidos os direitos legalmente atribuídos a seus atuais servidores e mantidos deveres e obrigações que lhes são inerentes.

§ 2º Aos funcionários e servidores requisitados, na forma deste artigo as instituições de origem lhes assegurarão os direitos e vantagens que lhes cabem ou lhes venham a ser atribuídos, como se em efetivo exercício nelas estivessem.

§ 3º Correrão por conta do Banco Central da República do Brasil to-

das as despesas decorrentes do cumprimento do disposto no parágrafo anterior, inclusive as de aposentadoria e pensão que sejam de responsa-bilidade das instituições de origem ali mencionadas, estas últimas ratea-das proporcionalmente em função dos prazos de vigência da requisição.

§ 4º Os funcionários do quadro de pessoal próprio permanecerão com seus direitos e garantias regidos pela legislação de proteção ao trabalho e de previdência social, incluídos na categoria profissional de bancários.

§ 5º Durante o prazo de 10 (dez) anos, cotados da data da vigência desta lei, é facultado aos funcionários de que tratam os inciso II e III deste artigo, manifestarem opção para transferência para o Quadro do pessoal próprio do Banco Central da República do Brasil, desde que:

a) tenham sido admitidos nas respectivas instituições de origem, consoante determina o inciso I, deste artigo;

b) estejam em exercício (Vetado) há mais de dois anos; c) seja a opção aceita pela Diretoria do Banco Central da República

do Brasil, que sobre ela deverá pronunciar-se conclusivamente no prazo máximo de três meses, contados da entrega do respectivo requerimento.

(Revogado pela Lei nº 4.829, de 05/11/65)

CAPÍTULO VII Disposições Transitórias

Art. 54. O Poder Executivo, com base em proposta do Conselho Mo-

netário Nacional, que deverá ser apresentada dentro de 90 (noventa) dias de sua instalação, submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei que institucionalize o crédito rural, regule seu campo específico e caracterize as modalidades de aplicação, indicando as respectivas fontes de recurso.

Parágrafo único. A Comissão Consultiva do Crédito Rural dará asses-soramento ao Conselho Monetário Nacional, na elaboração da proposta que estabelecerá a coordenação das instituições existentes ou que ve-nham a ser cridas, com o objetivo de garantir sua melhor utilização e da rede bancária privada na difusão do crédito rural, inclusive com redução de seu custo.

Art. 55. Ficam transferidas ao Banco Central da República do Brasil

as atribuições cometidas por lei ao Ministério da Agricultura, no que con-cerne à autorização de funcionamento e fiscalização de cooperativas de crédito de qualquer tipo, bem assim da seção de crédito das cooperativas que a tenham.

Art. 56. Ficam extintas a Carteira de Redescontos do Banco do Brasil

S. A. e a Caixa de Mobilização Bancária, incorporando-se seus bens direitos e obrigações ao Banco Central da República do Brasil.

Parágrafo único. As atribuições e prerrogativas legais da Caixa de Mobilização Bancária passam a ser exercidas pelo Banco Central da República do Brasil, sem solução de continuidade.

Art. 57. Passam à competência do Conselho Monetário Nacional as

atribuições de caráter normativo da legislação cambial vigente e as execu-tivas ao Banco Central da República do Brasil e ao Banco do Brasil S. A., nos termos desta lei.

Parágrafo único. Fica extinta a Fiscalização Bancária do Banco do Brasil S. A., passando suas atribuições e prerrogativas legais ao Banco Central da República do Brasil.

Art. 58. Os prejuízos decorrentes das operações de câmbio concluí-

das e eventualmente não regularizadas nos termos desta lei bem como os das operações de câmbio contratadas e não concluídas até a data de vigência desta lei, pelo Banco do Brasil S.A., como mandatário do Gover-no Federal, serão na medida em que se efetivarem, transferidos ao Banco Central da República do Brasil, sendo neste registrados como responsabi-lidade do Tesouro Nacional.

§ 1º Os débitos do Tesouro Nacional perante o Banco Central da Re-pública do Brasil, provenientes das transferências de que trata este artigo serão regularizados com recursos orçamentários da União.

§ 2º O disposto neste artigo se aplica também aos prejuízos decorren-tes de operações de câmbio que outras instituições financeiras federais, de natureza bancária, tenham realizado como mandatárias do Governo Federal.

Art. 59. É mantida, no Banco do Brasil S.A., a Carteira de Comércio

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Exterior, criada nos termos da Lei nº 2.145, de 29 de dezembro de 1953, e regulamentada pelo Decreto nº 42.820, de 16 de dezembro de 1957, como órgão executor da política de comércio exterior, (VETADO)

Art. 60. O valor equivalente aos recursos financeiros que, nos termos

desta lei, passarem a responsabilidade do Banco Central da República do Brasil, e estejam, na data de sua vigência em poder do Baco do Brasil S. A., será neste escriturado em conta em nome do primeiro, considerando-se como suprimento de recursos, nos termos do § 1º, do artigo 19, desta lei.

Art. 61. Para cumprir as disposições desta lei o Banco do Brasil S.A.

tomará providências no sentido de que seja remodelada sua estrutura administrativa, a fim de que possa eficazmente exercer os encargos e executar os serviços que lhe estão reservados, como principal instrumento de execução da política de crédito do Governo Federal.

Art. 62. O Conselho Monetário Nacional determinará providências no

sentido de que a transferência de atribuições dos órgãos existentes para o Banco Central da República do Brasil se processe sem solução de conti-nuidade dos serviços atingidos por esta lei.

Art. 63. Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Monetário

Nacional, a que alude o inciso IV, do artigo 6º desta lei serão respectiva-mente de 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 (três), 2 (dois) e 1 (um) anos.

Art. 64. O Conselho Monetário Nacional fixará prazo de até 1 (um)

ano da vigência desta lei para a adaptação das instituições financeiras às disposições desta lei.

§ 1º Em casos excepcionais, o Conselho Monetário Nacional poderá prorrogar até mais 1 (um) ano o prazo para que seja complementada a adaptação a que se refere este artigo.

§ 2º Será de um ano, prorrogável, nos termos do parágrafo anterior, o prazo para cumprimento do estabelecido por força do art. 30 desta lei.

Art. 65. Esta lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após data de sua

publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 31 de dezembro de 1964; 143º da Independência e 76º da

República.

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

ESTRUTURA ATUAL No organograma, ao final do capítulo, vemos a estrutura do sistema

financeiro. Uma conceituação bastante abrangente de sistema financeiro poderia

ser a de um conjunto de instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O mercado financeiro onde se processam essas transações — permite que um agente econômi-co qualquer (um indivíduo ou empresa), sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupança que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança.

Destarte, o mercado financeiro pode ser considerado como elemento

dinâmico no processo de crescimento econômico, uma vez que permite a elevação das taxas de poupança e investimento.

Dentro desta linha de abordagem, no que toca às instituições financei-

ras, a Lei de Reforma Bancária (4.595/64), em seu Art.0 17, caracteriza-as com mais exatidão:

“Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiro s.”

E complementa, em seu parágrafo único: „”Para os efeitos desta Lei e

da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pesso-as físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de

forma permanente ou eventual.” Após essas breves considerações, parece interessante caracterizar

essas instituições em dois grandes grupos: os intermediários financeiros e as chamadas instituições auxiliares.

As primeiras distinguem-se das últimas, basicamente, no seguinte:

emitem seus próprios passivos, ou seja, captam poupança diretamente do público por sua própria iniciativa e responsabilidade e, posteriormente, aplicam esses recursos junto às empresas, através de empréstimos e financiamentos. Incluem-se neste segmento os bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento, as caixas econômicas, as sociedades de crédito Imobiliário (SCI) e as associações de poupança e empréstimos (APE), entre outras.

Ao contrário destas, as instituições ditas auxiliares propõem-se a co-

locar em contato poupadores com investidores, facilitando o acesso destes àqueles. Nestes casos, figuram, por exemplo, as bolsas de valores, cuja finalidade, em última instância, consiste em propiciar liquidez aos títulos emitidos pelas empresas (ações), através de institucionalização do mercado secundário para esses haveres.

Este processo garante as condições fundamentais para aceitação dos

lançamentos primários (subscrição) das empresas. Na mesma situação encontram-se as sociedades corretoras e distribuidoras, constituindo-se no elemento de ligação entre poupadores e investidores, atuando na colocação de papéis das empresas junto ao público.

Outra caracterização de instituição financeira poderá ser dada sob a

ótica da capacidade que ela tem de criar ou não moeda escritural. Na forma afirmativa, ou seja, criando a moeda escritural, estão inseri-

das aquelas instituições que, em conjunto, compõem o chamado sistema monetário — uma derivação do sistema financeiro que tem como principal fonte de recursos os depósitos à vista (movimentáveis por cheques) —, que é representado pelo Banco do Brasil, pelos bancos comerciais (ofici-ais e privados) e, pelos bancos múltiplos com carteira comercial. A capa-cidade de criar moeda origina-se do fato de trabalharem em um sistema de reservas fracionárias, mantendo em caixa apenas uma parte dos depósitos que recebem do público.

AUTORIDADES MONETÁRIAS Conselho Monetário Nacional (CMN) Como órgão normativo, por excelência, não lhe cabe funções executi-

vas, sendo o responsável pela fixação das diretrizes da política monetária creditícia e cambial do País. Pelo envolvimento destas políticas no cenário econômico nacional, o CMN acaba transformando-se num conselho de política econômica.

Ao longo de sua existência, o CMN teve diferentes constituições de

membros, de acordo com as exigências políticas e econômicas de cada momento a saber:

Governo Número de Membros DoCMN Castelo Branco 6 Costa e Silva 4 Médici 10 Geisel 8 Figueiredo 8 Collor 11 Itamar 13 A Medida Provisória n0 542, de 30/06/94, que criou o Plano Real simpli-

ficou a composição do CMN, que passou a ser integrado pelos seguintes membros: Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro-Chefe da Secretaria de Planejamento e Presidente do Banco Central.

Criou também, subordinado ao CMN, a Comissão Técnica da Moeda e

do Crédito com a competência básica de regulamentar as matérias da MP 542, de responsabilidade do CMN. Seus componentes são:

Presidente do Banco Central;

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Presidente da Comissão de Valores Mobiliários;

Secretários do Tesouro Nacional e da Política Econômica do Minis-tério da Fazenda;

Diretores de Política Monetária, de Assuntos Internacionais e de Normas e Organização do Sistema Financeiro, todos do Banco Central.

Funcionam, também, junto ao CMN as seguintes comissões consultivas

de:

Normas e Organização do Sistema Financeiro;

Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;

Crédito Rural;

Crédito Industrial,

Endividamento Público;

Política Monetária e Cambial;

Processos Administrativos. O CMN é a entidade superior do sistema financeiro, sendo de sua com-

petência:

adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;

regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa;

regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pa-gamentos do País;

orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públi-cas ou privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao de-senvolvimento equilibrado da economia nacional;

propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos fi-nanceiros, de forma a tornar mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos;

zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; e

coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária fiscal e da divida pública interna e externa.

A partir dessas funções básicas, o CMN fica responsável por todo um

conjunto de atribuições específicas, cabendo destacar:

autorizar as emissões de papel moeda;

aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BC;

fixar diretrizes e normas da política cambial;

disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das opera-ções creditícias;

estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros;

determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições fi-nanceiras;

regulamentar as operações de redesconto de liquidez;

outorgar ao BC o monopólio de operações de câmbio quando o ba-lanço de pagamento o exigir;

estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas transações com títulos públicos;

regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam no país.

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BC OU BACEN) O BC é a entidade criada para atuar como órgão executivo central do

sistema financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN.

São de sua privativa competência as seguintes atribuições:

emitir papel moeda e moeda metálica nas condições e limites auto-rizados pelo CMN;

executar os serviços do meio circulante;

receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das instituições financeiras e bancárias que operam no País;

realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições fi-nanceiras dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a problemas de liquidez;

regular a execução dos serviços de compensação de cheques e ou-tros papéis;

efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais;

emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condi-ções estabelecidas pelo CMN;

exercer o controle de crédito sob todas as suas formas;

exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quan-do necessário;

autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições financeiras;

estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras privadas;

vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;

controlar o fluxo de capitais estrangeiros garantindo o correto fun-cionamento do mercado cambial, operando, inclusive, via ouro, mo-eda ou operações de crédito no exterior.

Dessa forma, o BC pode ser considerado como: Banco dos Bancos Depósitos compulsórios Redescontos de liquidez Gestor do Sistema Normas/autorizações Financeiro Nacional Fiscalização/intervenção Executor da Política Controle dos meios de Monetária pagamento (liquidez no mercado) Orçamento monetário! Instrumentos de política monetária Banco Emissor Emissão do meio circulante Saneamento do meio circulante Banqueiro do Governo Financiamento ao Tesouro Nacional (via emissão de títulos públicos) Administração da divida pública interna e externa Gestor e fiel depositário das reservas internacionais do País Representante junto às instituições financeiras internacionais

Em resumo, é por meio do BC que o Estado intervém diretamente no

sistema financeiro e, indiretamente, na economia. Em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos, o Banco Central

é independente, ou seja, seus diretores são designados pelo Congresso, eleitos com um mandato fixo de oito a 14 anos. Não há subordinação ao Tesouro. Ele atua como um verdadeiro guardião da moeda nacional, garan-tindo a pujança e o equilíbrio do mercado financeiro e da economia, prote-gendo seu valor, impedindo que os gastos do Governo sejam bancados pela emissão de dinheiro, fator de desvalorização da moeda. E um quarto poder, além do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Os tesouros desses governos emitem títulos federais para se endivida-

rem, enquanto os bancos centrais lançam papéis para garantir a liquidez do sistema. Se a inflação sobe, o banco central local vende mais papéis, au-mentando a taxa de juros para recolher dinheiro do mercado e controlar a demanda da população, reduzindo o ritmo de alta dos preços.

AUTORIDADES DE APOIO COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) E o órgão normativo do sistema financeiro, especificamente voltado pa-

ra o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basicamente o mercado de ações e debêntures.

E uma entidade auxiliar, autárquica autônoma e descentralizada mas

vinculada ao Governo. Seus objetivos fundamentais são:

estimular a aplicação de poupança no mercado acionário;

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 13

assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares que operem neste mercado;

proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregula-res e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações;

fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títu-los emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.

O fortalecimento do Mercado de Ações é o objetivo final da CVM.

BANCO DO BRASIL (BB) Esta instituição teve uma função típica de autoridade monetária até ja-

neiro de 1986, quando, por decisão do CMN, foi suprimida a conta movimen-to, que colocava o BB na posição privilegiada de banco co-responsável pela emissão de moeda, via ajustamento das contas das autoridades monetárias e do Tesouro Nacional.

Hoje, o BB é um banco múltiplo tradicional embora ainda opere, em

muitos casos, como agente financeiro do Governo federal E o principal executor da política oficial de crédito rural. Conserva, ainda, algumas fun-ções que não são próprias de um banco comercial comum como, por exem-plo, a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES)

É a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo federal, sendo a principal instituição financeira de fomento do País; tendo como objetivos básicos:

impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País;

fortalecer o setor empresarial nacional;

atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pulos de produ-ção;

promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, in-dustriais e de serviços;

promover o crescimento e a diversificação das exportações. Para a consecução desses objetivos, conta com um conjunto de fundos

e programas especiais de fomento, como, por exemplo; Finame, Finem, Funtec e, Finac.

Após o Plano Collot, o BNDES ficou encarregado de gerir todo o pro-

cesso de privatização das empresas estatais. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF) A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela

operacionalização das políticas do governo federal para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. Certamente, nesta linha, no longo prazo, novas atribuições lhe serão designadas pelo Governo federal.

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS — O MNI O MNI (Manual de Normas e Instruções), preparado e editado pelo

Banco Central, estabelece, entre outras, as normas operacionais de todas as instituições financeiras.

No agrupamento das instituições financeiras, os bancos comerciais por

suas múltiplas funções, constituem a base do sistema monetário e, devido aos serviços prestados são, sem dúvida, a mais conhecida das instituições financeiras.

Podemos agrupar as instituições financeiras, segundo a peculiaridade

de suas funções de crédito em segmentos, a saber: Instituições de Crédito Bancos Comerciais a Curto Prazo Caixas Econômicas Bancos Cooperativos/Cooperativas de Crédito Instituições de Crédito de Bancos de Desenvolvimento Médio e Longo Prazos Bancos de Investimento Instituições de Crédito Sociedades de Crédito,

para Financiamento Financiamento de Bens de Investimento Consumo Duráveis Caixas Econômicas Sistema Financeiro da Caixas Econômicas Habitação Associações de Poupança e Empréstimo Sociedades de Crédito Imobiliário Instituições de Intermediação Sociedades Corretoras (CCVM) no Mercado de Capitais Sociedades Distribuidoras (DTVM) Investidores Institucionais Instituições de Seguros Seguradoras e Capitalização Corretoras de Seguros Entidades abertas de Previdência Privada Entidades fechadas de Previdência Privada Sociedades de Capitalização

Instituições de Arrendamento Sociedades de Arrendamento Mercantil

Mercantil As atividades e funções de cada uma das instituições financeiras serão

descritas a seguir, de forma resumida. BANCOS COMERCIAIS (BC) De acordo com o MNI, seu objetivo precípuo é proporcionar o suprimen-

to oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas.

Para atender a esses objetivos, os bancos comerciais podem: descontar

títulos; realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta cor-rente (contas garantidas); realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio internacional; captar depósitos à vista e a prazo fixo; obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes; obter recursos externos para repasse; efetuar a prestação de serviços inclusive, mediante convênio com outras instituições.

É importante frisar que a captação de depósitos à vista, que nada mais

são do que as contas correntes, livremente movimentáveis, é a atividade básica dos bancos comerciais, configurando-os como instituições financeiras monetárias. Tal captação de recursos, junto com a captação via CDB e RDB, via cobrança de títulos e arrecadação de tributos e tarifas públicas, permite aos bancos repassá-las às empresas, sob a forma de empréstimos que vão girar a atividade produtiva (estoques, salários etc.).

Em resumo, são intermediários financeiros que recebem recursos de

quem tem e os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos, naturalmente, criando moeda através do efeito multiplicador do crédito.

CAIXAS ECONÔMICAS (CE) Como sua principal atividade, integram o Sistema Brasileiro de Poupan-

ça e Empréstimo e o Sistema Financeiro da Habitação, sendo, juntamente com os bancos comerciais, as mais antigas instituições do Sistema Financei-ro Nacional.

Equiparam-se, em certo sentido, aos bancos comerciais, pois podem

captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços, embora basicamente dirigidas às pessoas físicas.

Podem operar no crédito direto ao consumidor, financiando bens de

consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como têm o monopólio das operações de empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação.

Têm ainda a competência para a venda de bilhetes das loterias, cujo

produto da administração constitui-se em mais uma fonte de recursos para sua gestão.

Entretanto, sua grande fonte de recursos são os depósitos em caderne-

ta de poupança, que são os instrumentos de captação privativos das entida-des financiadoras ligadas ao SFH e que garantem o estímulo ii captação das

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economias das classes de baixa renda, por protegê-las contra a erosão inflacionária e lhes dar liquidez imediata.

Sua mais nova atuação está dirigida à centralização do recolhimento e à

posterior aplicação de todos os recursos oriundos do FGTS. São, portanto, instituições de cunho eminentemente social, concedendo

empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assis-tência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte, sendo seu mais ilustre e praticamente único representante a Caixa Econô-mica Federal (CEF), resultado da unificação, pelo DL-759 de 12 de agosto de 1969, das 23 Caixas Econômicas Federais até então existentes. As Caixas Econômicas Estaduais equiparam-se operacionalmente à CEF, sendo, em outubro de 96, a Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul a única existente.

BANCOS DE DESENVOLVIMENTO (BD) Como já visto anteriormente, o BNDES é o principal agente do Governo

para financiamentos de médio e longo prazos aos setores primário, secun-dário e terciário.

As principais instituições de fomento regional são o Banco do Nordeste

do Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA). Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um conjunto

de instituições financeiras controladas pelos governos estaduais e destina-dos ao fornecimento de crédito de médio e longo prazos às empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente, operam com repasses de órgãos financeiros do Governo Federal.

COOPERATIVAS DE CRÉDITO (CC) As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da e-

conomia, com o objetivo de permitir uma melhor comercialização de produ-tos rurais e criar facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os centros consumidores, destacando que os usuários finais do crédito que concedem são sempre os cooperados.

Nascem a partir da associação de funcionários de uma determinada

empresa e suas operações ficam restritas aos cooperados, portanto, aos funcionários desta empresa.

Basicamente, elas oferecem possibilidades de crédito aos funcionários a

partir de uma pequena contribuição mensal, muitas vezes descontada na folha de pagamento, podendo ser na forma de um percentual fixo (entre 1 e 5 %) sobre o salário.

Uma outra forma de captação permitida pelo Banco Central às coopera-

tivas é a de operar contas com depósitos à vista e a prazo. Uma parte dos recursos depositados é recolhida ao Banco do Brasil como reserva técnica, mas a maior parte é repassada aos associados na forma de mais emprésti-mos.

A conta com depósitos à vista é uma forma de captação de recursos

com custo zero diante das contribuições que tem de ser remuneradas, assim como os depósitos a prazo neste caso chamados de Recibo de Depósito de Cooperativas (RDC). Assim elas também podem oferecer produtos como conta corrente, cheque especial, recebimento de contas de serviços públicos e o processamento da folha de pagamento dos funcionários da empresa.

Para efeito de constituição, a Lei Cooperativistan0 5.764, de 16/12/71,

estabeleceu que as cooperativas de créditos singulares são constituídas pelo número mínimo de 20 pessoas físicas.

A cooperativa só se tornará viável, economicamente, a partir de pelo

menos 200 cooperados. A cooperativa equipara-se a uma instituição financeira (Lei n0 4.595, de

31/12/64). As operações são restritas aos cooperados e, operacionalmente, a con-

tabilidade enquadra-se no padrão estabelecido pelo plano de contas das Cooperativas de Crédito Mútuo, normas e circulares do BC, de conformidade com o Cosif.

BANCOS DE INVESTIMENTO (BL) Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para

suprimento de capital fixo ou de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos

e financiamento, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e da subscrição de debêntures e ações. Não podem manter contas correntes e captam recursos pela emissão de CDB e RDB, através de captação e repasses de recursos de origem interna ou externa ou pela venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.

Devem orientar, prioritariamente, a aplicação dos seus recursos repas-

sados, no fortalecimento do capital social das empresas, via subscrição ou aquisição de títulos; na ampliação da capacidade produtiva da economia, via expansão ou relocalização de empreendimentos; no incentivo à melhoria da produtividade, através da reorganização, da racionalização e da moderniza-ção das empresas; na promoção de uma melhor ordenação da economia e maior eficiência das empresas, através de fusões, cisões ou incorporações (corporate finance); na promoção ao desenvolvimento tecnológico, via treinamento ou assistência técnica.

Eles apóiam, basicamente, a estrutura capitalista privada, tendo, inclusi-

ve, limites para apoiar os órgãos e empresas do estado. Os financiamentos ao capital fixo são precedidos de cuidadosas avalia-

ções de projeto. Não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliá-rios.

Em síntese, as operações ativas que podem ser praticadas pelos BI

são:

empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capi-tal fixo;

empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capi-tal de giro;

aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários para investimento ou revenda no mercado de capitais (operações de underwriten)

repasses de empréstimos obtidos no exterior;

repasses de recursos obtidos no País;

prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do exterior.

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financei-

ras) Sua função é financiar bens de consumo duráveis por meio do popular-

mente conhecido ―crediário‖ ou crédito direto ao consumidor. Não podem manter contas-correntes e os seus instrumentos de capta-

ção restringem-se à colocação de letras de câmbio (LC) que são títulos de crédito sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras para colocação junto ao público.

Por ser uma atividade de grande risco, suas operações passivas não

podem ultrapassar o limite de 12 vezes o montante de seu capital realizado mais as reservas. Está também limitada à sua responsabilidade direta por cliente.

Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, constituídas, em geral, sob a forma de sociedades civis servindo de elo de ligação entre o consumidor final, o lojista e a financeira, por meio de contra-tos específicos, em que figuram com poderes especiais, inclusive para sacar letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e, também, prestando garantia dei credere dos contratos intermediados. Tais promoto-ras têm suas atividades disciplinadas pela Resolução n0 562 de 30 de se-tembro de 1979 do CMN.

Sociedades Corretoras (CCVM) São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra,

venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros. Elas fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua constituição depende de autorização do BC e o exercício de sua atividade depende de autorização da CVM e, como tal, operam nos

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recintos das bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; administram carteiras e custodiam valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos de investimento; operam no mercado aberto e intermediam operações de câmbio.

Sociedades Distribuidoras (DTVM) Suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita que a das cor-

retoras, já que elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias. Suas atividades básicas são constituídas de:

subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários para revenda;

intermediação da colocação de emissões de capital no mercado;

operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo BC.

Na esfera deste mercado, gravitam ainda os agentes autônomos de in-

vestimento, que são pessoas físicas credenciadas pelos BI, Financeiras, CCVM e DTVM, que, sem vinculo empregatício e em caráter individual, exercem, por conta das instituições credenciadas, a colocação de títulos e valores mobiliários, quotas de fundos de investimento e outras atividades de intermediação autorizadas pelo BC.

Sociedades de Arrendamento Mercantil (Leasing) Tais sociedades nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma

atividade produtiva pode advir da simples utilização do equipamento e não de sua propriedade. Em linhas gerais, a operação de leasing se assemelha a uma locação tendo o cliente, ao final do contrato, as opções de renová-la, de adquirir o equipamento pelo valor residual fixado em contrato ou de devolvê-lo à empresa

As operações de leasing foram regulamentadas pelo CMN através da

Lei n0 6.099 de setembro de 1974, e a integração das sociedades arrenda-doras ao Sistema Financeiro Nacional se deu através da Resolução n0 351, de 1975.

As empresas de leasing normalmente captam recursos de longo prazo,

como, por exemplo, através da emissão de debêntures, títulos que têm como cobertura o patrimônio da empresa que os emitiu. As debêntures não têm prazo fixo de resgate e suas características podem ser bem diferencia-das, sendo corrigidas por diferentes índices, inclusive com cláusula cambial.

Associações de Poupança e Empréstimo (APE) Suas cartas patentes foram emitidas pelo extinto BNH, com base no

dispositivo da Lei n0 4.380/64, que previu a criação, no âmbito do SFH, de fundações, cooperativas e outras formas associativas para a construção ou aquisição da casa própria sem finalidade de lucro.

Constituem-se obrigatoriamente sob a forma de sociedades civis, restri-

tas a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus associa-dos. Suas operações ativas e passivas são fundamentalmente semelhantes às sociedades de crédito imobiliário.

As operações ativas são constituídas basicamente por financiamentos

imobiliários. As operações passivas são constituídas basicamente por cadernetas de

poupança que, neste caso, remuneram os juros como se dividendos fossem, já que os depositantes adquirem vinculo societário como direito à participa-ção nos resultados operacionais líquidos das APE.

Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) Estas sociedades foram criadas pela Lei 4.380/64 e fazem parte do Sis-

tema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), criado pelo Governo para financiar o mercado imobiliário, utilizando a caderneta de poupança como instrumento de captação.

Junto com a APE, como entidades financeiras privadas de apoio ao

SFH, foram criadas para, serem voltadas para as camadas da população de maior renda, em contraponto com as Caixas Econômicas, que visam ao público de baixa renda.

As SCI podem captar depósitos a prazo com correção monetária, atra-

vés das letras imobiliárias (LI), e elas podem estabelecer convênios com bancos comerciais para funcionarem como agentes do SFH.

Suas operações passivas se baseiam na colocação de LI, na captação

de depósitos de poupança e nos repasses da CEF. Suas operações ativas concentram-se em financiamentos imobiliários

diretos ao mutuário final ou através da abertura de crédito a favor de empre-sários para empreendimentos imobiliários.

lnvestidores Institucionais (II) Em síntese, podem ser agrupados em: fundos mútuos de investimento,

entidades fechadas de previdência privada, fundações e seguradoras.

FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO São constituídos sob a forma de condomínio aberto e representam a re-

união de recursos de poupança, destinados à aplicação em carteira diversifi-cada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos seus condôminos valorizacão de cotas, a um custo global mais baixo, ao mesmo tempo que tais recursos se constituem em fonte de recursos para investi-mento em capital permanente das empresas.

ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA São instituições restritas a determinado grupo de trabalhadores, manti-

das através da contribuição periódica dos seus associados e de sua mante-nedora que, com o objetivo de valorização de seu patrimônio, são orienta-dos, por força da Lei n0 6.435 de 15 de julho de 1977, regulamentada pela Resolução de 11 de janeiro de 1983, a aplicar parte de suas reservas técni-cas no mercado acionário.

SEGURADORAS A chamada Lei da Reforma Bancária (Lei n0 4.595 de 31 de dezembro

de 1964), que reformulou o Sistema Financeiro Nacional, enquadrou as seguradoras como instituições financeiras, subordinando-as a novas dispo-sições legais, sem, contudo, introduzir modificações de profundidade na legislação específica aplicável à atividade.

As seguradoras são orientadas pelo BC quanto aos limites de aplicação

de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda variável. COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS (CH) A Resolução 2.122 do BC estabeleceu as regras para a constituição e o

funcionamento das Companhias Hipotecarias. A constituição e o funcionamento de companhias hipotecárias depen-

dem de autorização do Banco Central do Brasil. As companhias hipotecárias tem por objeto social:

conceder financiamentos destinados a produção, reforma ou co-mercializacão de imóveis residenciais ou comerciais e lotes urba-nos;

comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;

administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;

administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários — CVM;

repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da aquisição de imóveis residenciais;

realizar outras operações que venham a ser expressamente autori-zadas pelo Banco Central do Brasil.

É facultado as companhias hipotecárias:

emitir letras hipotecárias e cédulas hipotecárias, conforme autoriza-ção do Banco Central do Brasil;

emitir debêntures;

obter empréstimos e financiamentos no País e no exterior;

realizar outras formas de captação de recursos que venham a ser expressamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil.

Às companhias hipotecárias, não se aplicam as normas do Sistema Fi-

nanceiro da Habitação — SFH — e é vedada sua transformação em banco

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múltiplo. AGÊNCIAS DE FOMENTO (AF) Em sua reunião de 19/12/96, o CMN regulamentou as Agências de Fo-

mento que foram uma das alternativas criadas pela MP 1.514, de sanea-mento dos bancos estaduais.

Tendo sua origem nos bancos estaduais, ficou caracterizada a respon-

sabilidade do governo do estado no caso de futuros problemas de liquidez. Vão obter recursos do orçamento da União, estados e municípios e cap-

tar linhas de crédito de longo prazo de instituições de desenvolvimento oficiais nacionais (BNDES) e estrangeiras (BID, Banco Mundial) para repas-se as empresas para financiamento de capital fixo e de giro. Não poderão captar recursos junto ao público nem terão acesso à conta de reservas do BC, bem como ao mercado interbancário e às linhas de redesconto, mas serão fiscalizadas e supervisionadas pelo BC.

O capital mínimo deve ser de R$ 4 milhões e o PL deve ser compatível

às regras estabelecidas no Acordo de Basiléia. BANCOS MÚLTIPLOS (BM) Os bancos múltiplos surgiram através da Resolução n0 1.524/ 88, emiti-

da pelo BC por decisão do CMN, a fim de racionalizar a administração das instituições financeiras. Como o próprio nome diz, permite que algumas dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo grupo, possam constituir-se em uma única instituição financeira com personalidade jurídica própria e, portanto, com um único balanço, um único caixa e, conse-qüentemente, significativa redução de custos. Em termos práticos, mantém as mesmas funções de cada instituição em separado, com as vantagens de contabilizar as operações como uma só instituição.

As carteiras de um banco múltiplo envolvem carteira comercial (regula-

mentação dos BC), carteira de investimento (regulamentação dos BI), cartei-ra de crédito imobiliário (regulamentação das SCI), carteira de aceite (regu-lamentação das SCFI) e carteira de desenvolvimento (regulamentação dos BD). Em 1994, quando da adesão ao Acordo de Basiléia, foi incluída a carteira de leasing.

Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo

menos duas das carteiras mencionadas. BANCOS COOPERATIVOS (BCo) O Banco Central, através da Resolução n0 2.193, de 31/08/95, autorizou

a constituição de bancos comerciais com participação exclusiva de coopera-tivas de crédito, com atuação restrita à Unidade de Federação de sua sede, cujo PLA deverá estar enquadrado nas regras do Acordo de Basiléia, repre-sentando 15% dos ativos ponderados pelo risco.

Ela deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus

próprios bancos comerciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco comercial já faz: ter talão de cheques, emitir cartão de crédito, fazer direta-mente a compensação de documentos e, principalmente, passar a adminis-trar a carteira de crédito antes sob responsabilidade das cooperativas. A constituição do banco cooperativo vai permitir também levantar recursos no exterior, atividade vetada às atuais cooperativas de crédito.

No Banco Cooperativo a vantagem para o sistema é que o produto rural

é o gerador e o controlador do fluxo do dinheiro, ao mesmo tempo, que mantém estes recursos. Em síntese isto significa que o dinheiro fica na região onde é gerado para reaplicação no desenvolvimento de novas cultu-ras. A demora de sua criação se deve, provavelmente, ao fato de até 96, o Governo garantir pata o campo recursos suficientes e com juros subsidiados

Na Europa os bancos cooperativos existem há mais de 100 anos e, en-

tre os 20 maiores bancos do mundo, três foram formados a partir de coope-rativas: o holandês Rabobank, o alemão DG Bank e o francês Crédit Agrico-le.

SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH) A articulação deste sistema resultou da necessidade de gerar condições

para a intermediação de recursos financeiros no específico setor da constru-

ção de habitações e urbanização/saneamento, tendo em vista o violento crescimento populacional urbano.

Cristalizou-se na reforma de 64/65, através da instituição da correção

monetária nos contratos de interesse social, da criação do Banco Nacional de Habitação (BNH), da criação do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) e organização do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Ao ser decretada a extinção do BNH (DL 2.291 de 21 de novembro de

1986) por incorporação à CEF, esta assumiu o compromisso de manter seu conjunto de atribuições, quais sejam:

orientar, disciplinar e controlar o SFH;

disciplinar o acesso das instituições de crédito imobiliário ao merca-do nacional de capitais;

manter os serviços de redesconto e de seguro para garantia das a-plicações do SFH e dos recursos a ele entregues, assegurando a li-quidez do sistema;

estabelecer as condições gerais a que deverão satisfazer as aplica-ções do SFH quanto a limites de risco, prazo, condições de paga-mento, juros e garantias;

fixar os limites mínimos de diversificação de aplicações a serem ob-servados pelas instituições integrantes do sistema, assim como os limites de emissão e as condições de colocação e vencimentos das letras imobiliárias;

prestar garantias em financiamentos obtidos, no País ou no exterior, pelas instituições integrantes do SFH, após prévia aprovação do BC;

estimular e controlar a formação, a mobilização e a aplicação de poupanças e outros recursos destinados ao planejamento, à produ-ção e à comercialização de habitações; planejamento e realizações de obras e serviços de infra-estrutura urbana e comunitária, especi-almente os relativos ao saneamento básico (abastecimento de á-gua, construção de redes de esgoto, drenagem, irrigação e controle de inundações); elaboração e implementação de projetos relaciona-dos à indústria de material de construção civil; implantação de no-vos pólos econômicos de penetração no espaço territorial do País e, de colonização.

O SFH, com a extinção do BNH, limitou-se às instituições integrantes do

SBPE, cuja constituição remonta ao biênio 66/67, sendo formado por socie-dades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, e carteiras imobiliárias das caixas econômicas estaduais, da Caixa Econômica Federal e dos bancos múltiplos.

São os recursos captados por estas instituições, notadamente através

das cadernetas de poupança, que, somados aos oriundos do FGTS, viabili-zam o programa de investimentos gerido pelo SFH.

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) Na década de 70, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era fei-

ta por processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segu-rança e transparência às operações, a ANDIMA e o Banco Central do Brasil firmaram convênio para criar o SELIC, um sistema eletrônico de teleproces-samento que permitiu a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias.

Títulos e cheques foram substituídos por simples registros eletrônicos,

gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das partes, a opera-ção não se concretiza. Hoje, o SELIC movimenta diariamente mais de R$ 100 bilhões.

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Na-

cional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relati-vamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definiti-vas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o mode-

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lo 1 de entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta finan-ceira de cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligado.

O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele ope-

rado em parceria com a Andima, tem seus centros operacionais (centro principal e centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janei-ro. O horário normal de funcionamento é das 6h30 às 18h30, em todos os dias considerados úteis. Para comandar operações, os participantes liquidantes e os participantes responsáveis por sistemas de compensação e de liquidação encaminham mensagens por intermédio da RSFN, obser-vando padrões e procedimentos previstos em manuais específicos da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme procedi-mentos previstos no regulamento do sistema.

Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia,

além do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerci-ais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distri-buidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operado-ras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de operações, além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de inves-timento. Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites fixados por eles. Cada participante não-liquidante pode utilizar os serviços de mais de um participante liquidante, exceto no caso de operações específicas, previstas no regulamento do sistema, tais como pagamento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoriamente liqui-dadas por intermédio de um liquidante-padrão previamente indicado pelo participante não-liquidante.

Os participantes não-liquidantes são classificados como autônomos

ou como subordinados, conforme registrem suas operações diretamente ou o façam por intermédio de seu liquidante-padrão. Os fundos de inves-timento são normalmente subordinados e as corretoras e distribuidoras, normalmente autônomas. As entidades responsáveis por sistemas de compensação e de liquidação são obrigatoriamente participantes autôno-mos. Também obrigatoriamente, são participantes subordinados as socie-dades seguradoras, as sociedades de capitalização, as entidades abertas de previdência, as entidades fechadas de previdência e as ressegurado-ras locais. O sistema conta com cerca de 4.500 participantes (set/06).

Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real, a liquidação

de operações é sempre condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor e à disponibilidade de recursos por parte do comprador. Se a conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficiente de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo máximo de 60 minutos ou até 18h30, o que ocorrer primeiro (não se enquadram nessa restrição as operações de venda de títulos adquiridos em leilão primário realizado no dia). A operação só é encaminhada ao STR para liquidação da ponta financeira após o bloqueio dos títulos nego-ciados, sendo que a não liquidação por insuficiência de fundos implica sua rejeição pelo STR e, em seguida, pelo Selic.

Na forma do regulamento do sistema, são admitidas algumas associ-

ações de operações. Nesses casos, embora ao final a liquidação seja feita operação por operação, são considerados, na verificação da disponibilida-de de títulos e de recursos financeiros, os resultados líquidos relacionados com o conjunto de operações associadas.

Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP) A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN para prestar os servi-

ços de operacionalização da CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos, constituída para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às normas do novo SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro. A CETIP é a responsável pela provisão de sistemas, centros de processamento e suporte de informática necessários à operação da nova empresa.

O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da FEBRA-BAN é o mesmo implantado este ano nos Estados Unidos pelo CHIPS - Clearing House Interbank Payments Systems. O novo sistema, denominado CHIPS 2001, reúne as vantagens da certeza imediata da liquidação dos pagamentos em Reserva Bancária com o menor custo de transação do processamento por lotes.

A CIP está integralmente de acordo com as especificações estabeleci-

das pelo Relatório Lamfalussy, documento que reúne os padrões recomen-dados pelo BIS - Bank for International Settlements (Banco para Compensa-ções Internacionais), para o projeto e a operação de sistemas de compensa-ção e liquidação.

Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros

de processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em São Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP e o segundo, também localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar como hot stand-by; o centro de processamento em São Paulo será warm stand-by.

Cada operação de pagamento efetuada na clearing é processada no

centro principal e seus dados são imediatamente replicados para o centro secundário hot stand-by, para que a operação seja considerada como completada. O procedimento permite que o segundo centro comece a operar imediatamente, na eventualidade de falha ou interrupção do equipa-mento principal. Caso ocorra uma interrupção no centro secundário, simultâ-nea à impossibilidade operacional do centro principal, é acionado o centro warm stand-by, que assumirá então o comando do processamento da clearing.

A CETIP efetua a custódia de títulos e valores mobiliários de emissão

privada, derivativos, títulos emitidos por estados e municípios, ativos utilizados como moeda de privatização e outros títulos de emissão do Tesouro Nacional. A custódia é escritural, feita através do registro eletrô-nico na conta aberta em nome do titular, onde são depositados os ativos por ele adquiridos. Isso é uma garantia de que os ativos existem, estão registrados em nome do legítimo proprietário e podem ser controlados de forma segregada. Ao utilizarem os serviços de custódia da CETIP, as instituições financeiras podem ter Contas Próprias e Contas de Adminis-tração de Custódia de Terceiros.

Os diferentes ativos estão sujeitos a normas específicas, relacionadas

com o pagamento de juros, dividendos e resgates. Por isso, a CETIP adota procedimentos diferenciados de custódia, que asseguram o trata-mento adequado a cada tipo de ativo. A transferência da custódia, inte-grada aos sistemas de negociação e de registro, é automática e proces-sada de acordo com o conceito DVP – Delivery versus Payment.

COPOM – COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA

Conselho Monetário Nacional;

COPOM – Comitê de Política Monetária;

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;

Bancos Múltiplos; Bancos de Câmbio; Companhias Hipo-tecárias; Agências de Fomento;

CCB – Cédula de Crédito Bancário; Definição e histórico O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de es-

tabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual ade-quado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market Committee (FOMC) do Banco Central dos Estados Unidos e pelo Central Bank Council, do Banco Central da Alemanha. Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de autoridades monetárias em todo o mundo adota prática semelhante, facilitando o processo decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.

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Desde 1996, o Regulamento do Copom sofreu uma série de altera-ções no que se refere ao seu objetivo, à periodicidade das reuniões, à composição, e às atribuições e competências de seus integrantes. Essas alterações visaram não apenas aperfeiçoar o processo decisório no âmbi-to do Comitê, como também refletiram as mudanças de regime monetário.

Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999,

da sistemática de "metas para a inflação" como diretriz de política monetá-ria. Desde então, as decisões do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do Banco Central divulgar, em Carta Aberta ao Minis-tro da Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providên-cias e prazo para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos.

Formalmente, os objetivos do Copom são "implementar a política mo-

netária, definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o 'Relatório de Inflação'". A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custó-dia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. Se for o caso, o Copom também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta para a Taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.

As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em dois dias: a primeira

sessão às terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. Mensais desde 2000, o número de reuniões ordinárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006, sendo o calendário anual divulgado até o fim de outubro do ano anterior. O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presidente, que tem o voto de qualidade; e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração. Também participam do primeiro dia da reunião os chefes dos seguintes Departa-mentos do Banco Central: Departamento Econômico (Depec), Departa-mento de Operações das Reservas Internacionais (Depin), Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Depar-tamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin). Integram ainda a primeira sessão de trabalhos três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, o assessor de imprensa, o assessor especial e, sempre que convocados, outros chefes de departamento convidados a discorrer sobre assuntos de suas áreas.

No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento e o gerente-

executivo apresentam uma análise da conjuntura doméstica abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de mer-cado aberto, avaliação prospectiva das tendências da inflação e expectati-vas gerais para variáveis macroeconômicas.

No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros

do Comitê e o chefe do Depep, sem direito a voto, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica, após análise das projeções atualiza-das para a inflação, apresentam lternativas para a taxa de juros de curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Em seguida, os demais membros do Copom fazem suas ponderações e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final, procede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. A decisão final - a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver - é imediatamente divulga-da à imprensa ao mesmo tempo em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen).

As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às

8h30 da quinta-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do Copom") e para a imprensa. A versão em inglês é divulgada com uma pequena defasagem de cerca de 24 horas.

Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica, em português e em inglês, o documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financei-ra do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.

REGULAMENTO ANEXO À CIRCULAR 3.297, DE 31 DE OUTUBRO DE 2005.

Capítulo I

OBJETIVO Art. 1º O Comitê de Política Monetária (Copom), constituído no âmbi-

to do Banco Central do Brasil, tem como objetivos implementar a política monetária, definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual viés e analisar o Relatório de Inflação a que se refere o Decreto 3.088, de 21 de junho de 1999.

Capítulo II

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO Art. 2º São membros do Copom o Presidente e os Diretores do Banco

Central do Brasil. Art. 3º O Copom reúne-se ordinariamente oito vezes por ano e, ex-

traordinariamente, sempre que necessário, por convocação de seu Presi-dente.

§ 1º As reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões: a pri-meira, às terças-feiras, é reservada às apresentações técnicas de con-juntura; e a segunda, às quartas-feiras, para decisão das diretrizes de política monetária.

§ 2º Além dos membros do Copom, participam da primeira sessão das reuniões ordinárias os Chefes de Unidade das seguintes áreas:

I - Departamento Econômico (Depec); II - Departamento de Operações das Reservas Internacionais (De-

pin); III - Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab); IV - Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Paga-

mentos (Deban); V - Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep); VI - Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin). § 3º Nas ausências dos Chefes das Unidades, os respectivos substi-

tutos nas reuniões do Copom serão indicados pelos Diretores das respec-tivas áreas e terão as mesmas responsabilidades.

§ 4º A primeira sessão das reuniões ordinárias conta ainda com a presença do Secretário-Executivo da Diretoria, de três Consultores da Diretoria, do Assessor de Imprensa, do Assessor Especial e de outros servidores do Banco Central do Brasil, quando convocados.

§ 5º Na segunda sessão das reuniões ordinárias, além dos mem-bros do Copom, participa, sem direito a voto, o Chefe do Depep.

Capítulo III

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS Art. 4º Cabe aos integrantes do Copom o exercício das seguintes

atribuições e competências: I - Presidente e Diretores: avaliar as propostas, acrescentar pro-

posições acerca das questões apresentadas e definir, por meio de voto, a meta da Taxa SELIC e seu eventual viés;

II - Presidente: presidir as reuniões e, ao final, encaminhar a vo-tação; decidir com voto de qualidade; ter a prerrogativa, concedida pelo comitê, de alterar a meta para a Taxa SELIC, no mesmo sentido do viés, sem necessidade de convocação de reunião extraordinária do Copom.

§ 1º Os Chefes de Unidade deverão levar ao conhecimento do Co-pom os fatos mais relevantes relacionados aos seguintes assuntos:

I - Chefe do Depec: conjuntura doméstica, abrangendo inflação, nível de atividade, agregados monetários, finanças públicas e balanço de pagamentos;

II - Chefe do Depin: ambiente externo, operações do Banco Central do Brasil, evolução do mercado de câmbio, das reservas internacio-nais e da economia internacional;

III - Chefe do Demab: mercado monetário e operações de mercado

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aberto; IV - Chefe do Depep: avaliação prospectiva das tendências da infla-

ção; V - Gerente-Executivo da Gerin: expectativas gerais para variáveis

macroeconômicas. § 2º Compete ao Copom avaliar o cenário macroeconômico e os prin-

cipais riscos a ele associados, com base nos quais são tomadas as deci-sões de política monetária.

§ 3º A Diretoria de Política Econômica (Dipec) é responsável pela ela-boração das atas das reuniões.

§ 4º As atas das reuniões do Copom serão divulgadas no prazo de até seis dias úteis após a data de sua realização.

Art. 5º As decisões emanadas do Copom são divulgadas por meio

de Comunicado assinado pelo Diretor de Política Monetária, divulgado na data da segunda sessão da reunião ordinária, após as 18:00.

Parágrafo único. No caso de reunião extraordinária, o horário de divulgação do respectivo Comunicado ficará a critério do Diretor de Política Monetária.

Art. 6º O calendário das reuniões ordinárias agendadas para o ano

seguinte será divulgado até o fim do mês de outubro de cada ano. 1) O que é o Copom? O Copom é o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A fun-

ção desse grupo é definir as diretrizes da política monetária e a taxa básica de juros do País. As reuniões do grupo são mensais, dividindo-se em dois dias, sendo a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. O Copom é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central e é presidido pelo presidente da autoridade monetária Também integram o grupo de discussões os chefes de depar-tamentos, consultores, o secretário-executivo da diretoria, o coordenador do grupo de comunicação institucional e o assessor de Imprensa.

2) O que é a taxa básica de juros? É a remuneração que o detentor do dinheiro cobra para conceder um

empréstimo. O governo determina uma taxa básica que norteia a econo-mia brasileira e os negócios com títulos públicos registrados no Banco Central.

3) Qual é a influência da taxa de juros sobre a inflação? Podemos citar duas importantes influências: a) A taxa de juros é usada como instrumento para controle dos pre-

ços. Quanto mais alta é a taxa, mais ela dificulta o crédito ao consumidor e ao setor produtivo. Com mais barreiras ao financiamento de compras, a demanda (procura) por produtos à venda diminui. Por exemplo, uma pessoa quer comprar uma televisão, mas não consegue financiá-la porque os juros estão muito altos. Então, ela deixa de comprar a TV e o produto começa a ficar encalhado no depósito da loja. Para vendê-la, a loja reduz o preço dela, fazendo a inflação cair.

b) A taxa alta também atrai investimento especulativo. Quem investir em títulos brasileiros ganha juros altos. Assim, entram dólares no mercado interno, aumentando a oferta da moeda norte-americana e mantendo a cotação dela controlada. Como os preços ao consumidor também sofrem influência do câmbio, a atração de investimentos usando juros altos tam-bém impede uma disparada da inflação.

4) Por que o governo tem insistido em manter os juros nas altu-

ras? O motivo principal é o controle da inflação. E o governo pode usar al-

gumas justificativas para a manutenção da taxa: a) a inflação inercial: apesar da recente queda dos preços, o presi-

dente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse temer a inflação inerci-al, ou seja, o impacto da inflação alta registrada até pouco tempo atrás.

b) a meta de inflação: desde 1999, a política monetária brasileira é subordinada ao conceito de metas de inflação. Por meio dele, é determi-nado uma diretriz para o IPCA, índice do IBGE escolhido como referência. O problema é que a queda do IPCA está mais lenta que o esperado. No ano, o IPCA acumula alta de 17,24% e no ano 6,8% - o que significa nos próximos meses só poderia haver mais 1,6% de inflação para que a meta dos 8,5% não seja ultrapassada. A rigor, o BC não poderia aceitar inflação mensal superior a 0,2% de junho a dezembro.

c) o reajuste dos preços administrados: em junho tem reajuste de pre-ços administrados (tarifas de telefones), que certamente vai pesar sobre a inflação e nada certifica se esse ajuste pode ser restrito as tarifas de telefônicas. A expectativa da conclusão da reunião do Copom deve res-tringir o volume de negócios no mercado de renda fixa, que segue proje-tando um corte de 0,5 ponto percentual para o juro básico, conforme o contrato de julho.

5) O que acontece com a queda dos juros? Dá ânimo à economia. Seria um sinal importante para o setor produti-

vo e certamente melhorará o cenário que se antevê para 2004. 6) E o que muda na minha vida quando os juros são reduzidos? Um corte nos juros não produz resultados imediatos na recuperação

da economia real. É que pesam lucros dos bancos, impostos, inadimplên-cia sobre os juros ao consumidor final. O custo da intermediação bancária no Brasil está entre os mais altos do mundo: conforme estatísticas do Banco Central. Situa-se em 41%, enquanto a média internacional oscila em torno de 10%. E o maior componente está no lucro dos bancos, com cerca de 40% desse custo (saiba mais aqui).

7) O que aconteceria se os juros fossem mantidos em 26,5%? O custo do crédito continuaria tão alto quanto antes, o que prejudica-

ria mais ainda os trabalhadores, com o aumento do desemprego, e a indústria, com a queda da produção e das vendas.

8) O que é "viés" e o que acontece quando é aplicado? É um instrumento do Banco Central para reduzir ou elevar a taxa de

juros sem precisar esperar até a próxima reunião mensal do Copom. Quando os juros são mantidos no mesmo patamar, mas é adotado um viés de baixa, por exemplo, o BC está dizendo que pode reduzir os juros a qualquer momento. Se o viés determinado é o de alta, é um sinal de que os juros podem subir antes da próxima reunião. Fernando Barrichelo

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),

empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmen-tos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental.

Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à a-

gricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e trans-porte urbano.

O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de

investimentos, aquisição de equipamentos e exportação de bens e servi-ços. Além disso, o Banco atua no fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e destina financiamentos não reembolsáveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnoló-gico.

Em seu Planejamento Corporativo 2009/2014, o BNDES elegeu a i-

novação, o desenvolvimento local e regional e o desenvolvimento socioambiental como os aspectos mais importantes do fomento econô-mico no contexto atual, e que devem ser promovidos e enfatizados em todos os empreendimentos apoiados pelo Banco.

Assim, o BNDES reforça o compromisso histórico com o desenvolvi-

mento de toda a sociedade brasileira, em alinhamento com os desafios mais urgentes da dinâmica social e econômica contemporânea.

MISSÃO, VISÃO E VALORES Missão Promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia

brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais.

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Visão Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição de excelência,

inovadora e pró-ativa ante os desafios da nossa sociedade. Valores Ética A ética é o solo sobre o qual o BNDES vem sendo construído desde

sua criação. Assim, o BNDES exige de seus profissionais uma conduta ética irrepreensível no exercício de suas atribuições. Tal conduta se traduz sobretudo em responsabilidade e honestidade. Preservamos o respeito e a confiança em nossos relacionamentos e marcamos nossos atos pela transparência. Partimos do princípio de que só há desenvolvimento com ética.

Agimos em todas as circunstâncias com responsabilidade, reti-dão, integridade, honestidade e senso de justiça.

Respeitamos a individualidade, dignidade e privacidade de todos, valorizamos a diversidade e repudiamos qualquer forma de dis-criminação.

Temos compromisso vital com os direitos humanos de todos os participantes de nossa cadeia de relacionamentos.

Construímos um ambiente de trabalho marcado por respeito, plu-ralidade de pensamentos, diálogo e capacidade de se colocar no lugar do outro.

Estabelecemos e mantemos nossos relacionamentos com respei-to, confiança e transparência

Zelamos pela discrição e pelo sigilo no tratamento das informa-ções utilizadas nas atividades do BNDES.

Compromisso com o desenvolvimento O desafio de ser o Banco do Desenvolvimento do Brasil exige de to-

dos nós o compromisso profissional e pessoal com o fomento e o apoio ao crescimento de uma estrutura produtiva diversificada, integrada, dinâmica, inclusiva, sustentável e competitiva.

Trabalhamos no sentido da cooperação entre os setores público e pri-

vado, e pelo fortalecimento dos empreendimentos, independentemente de seu porte. A inovação é o motor deste desenvolvimento competitivo e sustentável. A promoção da sustentabilidade socioambiental e a diminui-ção das desigualdades no espaço nacional e na sociedade brasileira orientam o nosso projeto de futuro.

Apoiamos nossa atuação no conhecimento rigoroso da realidade e em uma visão de longo prazo.

Cultivamos uma visão estratégica que norteia os resultados dese-jados, alinha e integra todas as nossas ações.

Promovemos a sustentabilidade econômica e socioambiental em todas as nossas atividades.

Agimos orientados para a redução das desigualdades sociais e regionais com geração de emprego e renda, e melhoria da quali-dade de vida.

Estimulamos a inovação e o espírito empreendedor. Espírito público Nossa atuação é norteada pelo espírito público, expresso pelo com-

promisso inarredável com os interesses da sociedade brasileira, o foco na coletividade e o zelo com os recursos públicos.

Atuamos em função dos interesses da sociedade brasileira, man-tendo o foco na coletividade, e alinhados com as prioridades es-tabelecidas democraticamente pelas políticas de governo.

Pautamos nossas decisões e ações pela impessoalidade, equi-dade e transparência na gestão da coisa pública.

Zelamos pelo uso adequado dos recursos do BNDES, com aten-ção em custos, eficiência, eficácia dos processos e ausência de desperdício.

Excelência Perseguimos a excelência em tudo o que fazemos, no empenho de

cumprir a missão do Banco. A excelência é o resultado da combinação de competência técnica, conhecimento aplicado, foco na relevância e capaci-dade inovadora, impulsionados por incansável esforço de superação.

Perseguimos permanentemente a formação técnica e a inovação.

Valorizamos a capacidade de realização por meio da proativida-de, do pragmatismo e do rigor metodológico.

Incentivamos a produção de conhecimento norteada pelos desa-fios da sociedade brasileira.

Estimulamos a vontade de aprender e a disseminação do conhe-cimento.

Valorizamos o trabalho em equipe, o compartilhamento dos co-nhecimentos e das experiências e a cooperação.

Perseguimos a qualidade, a consistência e a efetividade das a-ções por meio de discussões coletivas e decisões compartilha-das.

Estimulamos o sentimento de realização profissional e pessoal nas equipes pelo reconhecimento de suas contribuições.

Responsabilidade Social e Ambiental A sustentabilidade e a responsabilidade social são temas que têm o-

cupado de forma crescente as discussões dentro de governos, empresas e organizações em todo o mundo. São cada vez mais evidentes para a sociedade a função social das organizações e a relação de interdepen-dência entre os sistemas econômico, social e ambiental.

Para o BNDES, que assume o compromisso com o desenvolvimento

sustentável em sua Missão, Responsabilidade Social e Ambiental é valori-zar e garantir a integração das dimensões social e ambiental em sua estratégia, políticas, práticas e procedimentos, em todas as suas ativida-des e no relacionamento com seus diversos públicos.

A Política de Responsabilidade Social e Ambiental do BNDES, ali-

nhada com a Missão, a Visão, os Valores e o Código de Ética da institui-ção, reafirma o compromisso histórico do Banco com o desenvolvimento sustentável do país. O documento estabelece princípios e diretrizes para o desenvolvimento e implementação de políticas e práticas sustentáveis.

Princípios Os seguintes princípios norteiam a atuação do BNDES:

promoção do desenvolvimento em uma concepção integrada, que inclui as dimensões econômica, social e ambiental;

respeito aos direitos humanos e combate e repúdio a toda prática de atos que importem em qualquer tipo de discriminação ou vio-lação de direitos;

ética e transparência como pilares do relacionamento com todos os públicos, garantindo o diálogo e prestando contas sobre suas decisões e atividades;

atuação pró-ativa e alinhada com as normas e políticas públicas brasileiras e observância de normas internacionais de comporta-mento.

Diretrizes As diretrizes de responsabilidade social e ambiental, em conjunto com

outros instrumentos, orientam a atuação do BNDES na promoção da sustentabilidade. Referem-se às atuações estratégica e operacional do Banco, suas partes interessadas e seus impactos sobre a sociedade e o meio ambiente. São elas:

fortalecer as políticas públicas associadas a sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental;

desenvolver e aperfeiçoar permanentemente produtos financei-ros, metodologias e outros instrumentos que incorporem critérios socioambientais e contribuam em especial para o desenvolvimen-to local e regional sustentáveis;

fortalecer o trato da responsabilidade social e ambiental nos pro-cessos de planejamento, de gestão e operacionais;

induzir e reconhecer as melhores práticas de responsabilidade social e ambiental em seus fornecedores, clientes, instituições fi-nanceiras credenciadas e demais parceiros, contribuindo para o avanço da sustentabilidade na sociedade brasileira;

desenvolver e aperfeiçoar permanentemente metodologias e ou-tros instrumentos de monitoramento e avaliação de impactos e resultados socioambientais gerados pelo próprio Banco e pelas atividades apoiadas financeiramente;

refletir no padrão de comunicação corporativa a relevância que as

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ações sociais e ambientais assumem e a disposição do BNDES em compartilhar responsabilidades com transparência e diálogo;

aprimorar permanentemente o conhecimento e disseminar a cul-tura da sustentabilidade e da responsabilidade social e ambiental;

desenvolver parcerias e compartilhar experiências com outras or-ganizações, para a promoção da responsabilidade social e ambi-ental e o fortalecimento da transparência, do diálogo entre partes interessadas e da participação cidadã na gestão pública;

adotar políticas de valorização dos empregados e promoção de seu desenvolvimento pessoal e profissional, com ênfase no com-promisso social, ambiental e de respeito aos direitos humanos;

considerar os mais modernos requisitos de sustentabilidade nas suas instalações e atividades administrativas, contribuindo com a preservação do meio ambiente.

Estratégia e Governança Para garantir a efetiva aplicação desses princípios e diretrizes, o BN-

DES estabelece planos com rotinas de revisões e adequações de suas políticas e práticas corporativas, e programas de sensibilização e comuni-cação para seus empregados e partes interessadas.

A governança é fundamental para garantir a sustentabilidade nos pro-

cessos de trabalho e decisórios do BNDES, os quais devem ser continu-amente aprimorados. O BNDES possui equipes dedicadas às temáticas social e ambiental e comitês corporativos para discussão, deliberação e acompanhamento da integração das dimensões social e ambiental em sua estratégia, políticas, práticas e procedimentos.

Bancos Múltiplos: como o próprio nome diz, tais bancos possu-

em pelo menos duas das seguintes carteiras: comercial, de inves-timento, de crédito imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcan-çam.

Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BACEN

para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário, administra-ção de crédito hipotecário e de fundos de investimento imobiliário, dentre outros.

Agências de Fomento: sob supervisão do BACEN, as agências de

fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de linhas de créditos de LP de bancos de desenvolvimento, destinando-os a financia-mentos privados de capital fixo e de giro.

Bancos de câmbio Negociação de moeda estrangeira, através da compra, venda ou tro-

ca da moeda de um país pela de outro. O câmbio exprime a relação de troca entre moedas de diferentes países, transação comum nas opera-ções de comércio exterior (exportação e importação) e de transferências de capital, por qualquer motivo, seja investimento ou gastos com turismo. As cotações relativas das moedas são definidas por diversos fatores, dependendo basicamente da oferta e da procura por uma moeda. O nível de desenvolvimento econômico do país contribui para a definição de sua taxa de câmbio, bem como o nível de investimentos estrangeiros que recebe, seu nível de relação comercial com os demais países, sua situa-ção fiscal, seu nível de juros, entre outros fatores. Países mais fortes economicamente, mais sólidos, tendem a ter moedas com maior aceitação internacional.

Os bancos autorizados a operar com câmbio podem conceder

adiantamentos sobre os contratos de câmbio (ACC) às empresas exportadoras.

O banco antecipa reais (parcial ou total) equivalentes à quantia de

moeda estrangeira adquirida (pelo banco) a termos dos exportadores. A empresa exportadora vende ao banco (antes ou após o embarque dos produtos) a moeda estrangeira.

Essa antecipação representa ainda o PREÇO da moeda estrangeira

que o banco concede à empresa exportadora. É necessário uma linha de crédito externa para ancorar o banco na concessão do adiantamento.

O ACC tem o objetivo de financiar o capital de giro às empresas exportadoras, na forma de antecipação, para que possam produzir, comercializar os produtos objetos de exportação.

As fases do ACC são: 1ª fase – (financiamento à produção) concedido até 180 dias antes do

embarque da mercadoria. 2ª fase – (manutenção do ACC): adiantamento solicitado pela

empresa exportadora, pelo prazo de até 180 dias da data de embarque dos produtos.

ACE = Adiantamento sobre Cambiais Entregues

Cédulas de Crédito Bancário – CCB: A Cédula de Crédito Bancário (CCB) foi instituída pela medida provi-

sória 1925 de 11 de novembro de 1999 e foi galgada ao patamar de lei ordinária mediante a Lei No 10.931 de 2 de agosto de 2004.

A CCB é um título de crédito que pode ser emitido por pessoa física

ou jurídica, na forma cartular (em papel) ou escritural, em favor de uma instituição do Sistema Financeiro Nacional, representando uma promessa de pagamento, em dinheiro, decorrente de operação de crédito de qual-quer modalidade. A instituição do Sistema Financeiro Nacional em favor da qual é emitida a CCB é a Instituição Registradora da CCB.

A Instituição Registradora pode ou não ser co-obrigada com a emis-

são de CCB a qual ela esteja vinculada. Se assumida a co-obrigação a Instituição Registradora é denominada Instituição Credora da CCB e, obviamente, assume o papel de investidor da operação. Todavia pode ocorrer que a Instituição Registradora atue apenas como o veículo para a emissão e movimentação da CCB que nesse caso será colocada, sem sua co-obrigação, junto a investidores institucionais, tais como os fundos de investimento e de previdência. Desse modo, a Instituição Registradora atua fazendo uma intermediação entre investidores qualificados do Mer-cado de Capitais e o mercado tradicional de crédito corporativo. Para ser distribuída no mercado secundário a CCB deve ser registrada na CETIP -Câmara de Custódia e Liquidação.

A CCB é título executivo extrajudicial -não depende do aval do juiz pa-

ra cobrança- e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em plani-lha de cálculo ou nos extratos da conta corrente elaborados pela Institui-ção Registradora.

A CCB pode conter garantias reais e/ou fidejussórias constituídas no

próprio título, sendo que as garantias reais constituídas na CCB podem estar vinculadas ao instituto da alienação fiduciária e o credor poderá exigir a sua cobertura por seguro em seu benefício, sem reforço ou substi-tuição.

Na CCB poderão ser pactuadas todas as características do título, tais

como juros, critérios de sua incidência, capitalização, despesas e encar-gos da obrigação e obrigações do credor, o que, em princípio, dificulta a sua contestação judicial.

CCB pode ser objeto de cessão de acordo com as disposições do di-

reito comum, caso em que o cessionário (o que recebe o título), mesmo não sendo instituição financeira, fica sub-rogado em todos os direitos do cedente. Esse fato tem propiciado o uso de CCB's como lastro em opera-ções de securitização de carteiras de créditos bancários comercializáveis que permitam ao investidor receber o pagamento pelo título independen-temente da situação financeira do banco que o gerou. Neste caso, é fundamental que haja uma segregação patrimonial da carteira de crédito a ser securitizada, em relação ao patrimônio do banco originador desta carteira. O diagrama abaixo mostra, de forma simplificada, a estrutura de emissão de uma CCB.

2. SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR:

Conselho Nacional de Seguros Privados;

Superintendência de Seguros Privados;

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Conselho de Gestão da Previdência Complementar;

Secretaria de Previdência Complementar;

Instituto de Resseguros do Brasil;

Sociedades seguradoras;

Sociedades de capitalização;

Entidades abertas e entidades fechadas de previdência privada;

Corretoras de seguros; sociedades administradoras de seguro-saúde.

Conselho Nacional de Seguros Privados A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários

anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Depar-tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, em substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departa-mento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados. Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP.

Histórico O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão norma-

tivo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula.

A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fi-

xar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o adven-to da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas.

Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de 1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Cole-giado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que trata o Art. 192 da Constituição Federal.

O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição,

sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de 2001, que lhe determinou a atual estrutura.

DECRETO-LEI Nº 73, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966.

Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as o-

perações de seguros e resseguros e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe con-

fere o artigo 2º do Ato Complementar número 23, de 20 de outubro de 1966,

DECRETA:

CAPÍTULO I Introdução

Art 1º Todas as operações de seguros privados realizados no País fi-

carão subordinadas às disposições do presente Decreto-lei. Art 2º O controle do Estado se exercerá pelos órgãos instituídos nes-

te Decreto-lei, no interesse dos segurados e beneficiários dos contratos de seguro.

Art 3º Consideram-se operações de seguros privados os seguros de

coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos e garantias. Parágrafo único. Ficam excluídos das disposições deste Decreto-lei

os seguros do âmbito da Previdência Social, regidos pela legislação especial pertinente.

Art 4º Integra-se nas operações de seguros privados o sistema de

cosseguro, resseguro e retrocessão, por forma a pulverizar os riscos e fortalecer as relações econômicas do mercado.

Parágrafo único. Aplicam-se aos estabelecimentos autorizados a ope-rar em resseguro e retrocessão, no que couber, as regras estabelecidas para as sociedades seguradoras. (Incluído pela Lei nº 9.932, de 1999)

Art 5º A política de seguros privados objetivará: I - Promover a expansão do mercado de seguros e propiciar condi-

ções operacionais necessárias para sua integração no processo econômi-co e social do País;

II - Evitar evasão de divisas, pelo equilíbrio do balanço dos resultados do intercâmbio, de negócios com o exterior;

III - Firmar o princípio da reciprocidade em operações de seguro, con-dicionando a autorização para o funcionamento de empresas e firmas estrangeiras a igualdade de condições no país de origem; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

IV - Promover o aperfeiçoamento das Sociedades Seguradoras; V - Preservar a liquidez e a solvência das Sociedades Seguradoras; VI - Coordenar a política de seguros com a política de investimentos

do Governo Federal, observados os critérios estabelecidos para as políti-cas monetária, creditícia e fiscal.

CAPÍTULO II

Do Sistema Nacional De Seguros Privados Art 7º Compete privativamente ao Governo Federal formular a política

de seguros privados, legislar sobre suas normas gerais e fiscalizar as operações no mercado nacional; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula-

do pelo presente Decreto-lei e constituído: a) do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP; b) da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP; c) dos resseguradores; (Redação dada pela Lei Complementar nº

126, de 2007) d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e) dos corretores habilitados.

CAPÍTULO III

Disposições Especiais Aplicáveis ao Sistema Art 9º Os seguros serão contratados mediante propostas assinadas

pelo segurado, seu representante legal ou por corretor habilitado, com emissão das respectivas apólices, ressalvado o disposto no artigo seguin-te.

Art 10. É autorizada a contratação de seguros por simples emissão de

bilhete de seguro, mediante solicitação verbal do interessado. § 1º O CNSP regulamentará os casos previstos neste artigo, padroni-

zando as cláusulas e os impressos necessários. § 2º Não se aplicam a tais seguros as disposições do artigo 1.433 do

Código Civil. Art 11. Quando o seguro for contratado na forma estabelecida no arti-

go anterior, a boa fé da Sociedade Seguradora, em sua aceitação, consti-tui presunção " juris tantum ".

§ 1º Sobrevindo o sinistro, a prova da ocorrência do risco coberto pelo seguro e a justificação de seu valor competirão ao segurado ou beneficiá-rio.

§ 2º Será lícito à Sociedade Seguradora argüir a existência de cir-cunstância relativa ao objeto ou interesse segurado cujo conhecimento prévio influiria na sua aceitação ou na taxa de seguro, para exonerar-se da responsabilidade assumida, até no caso de sinistro. Nessa hipótese, competirá ao segurado ou beneficiário provar que a Sociedade Segurado-ra teve ciência prévia da circunstância argüida.

§ 3º A violação ou inobservância, pelo segurado, seu preposto ou be-neficiário, de qualquer das condições estabelecidas para a contratação de seguros na forma do disposto no artigo 10 exonera a Sociedade Segura-dora da responsabilidade assumida. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

§ 4º É vedada a realização de mais de um seguro cobrindo o mesmo objeto ou interesse, desde que qualquer deles seja contratado mediante a emissão de simples certificado, salvo nos casos de seguros de pessoas.

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Art 12. A obrigação do pagamento do prêmio pelo segurado vigerá a partir do dia previsto na apólice ou bilhete de seguro, ficando suspensa a cobertura do seguro até o pagamento do prêmio e demais encargos.

Parágrafo único. Qualquer indenização decorrente do contrato de se-guros dependerá de prova de pagamento do prêmio devido, antes da ocorrência do sinistro.

Art 13. As apólices não poderão conter cláusula que permita rescisão

unilateral dos contratos de seguro ou por qualquer modo subtraia sua eficácia e validade além das situações previstas em Lei.

Art 14. Fica autorizada a contratação de seguros com a cláusula de

correção monetária para capitais e valores , observadas equivalência atuarial dos compromissos futuros assumidos pelas partes contratantes, na forma das instruções do Conselho Nacional de Seguros Privados.

Art 16. É criado o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural, com a fina-

lidade de garantir a estabilidade dessas operações e atender à cobertura suplementar dos riscos de catástrofe. (Vide Lei complementar nº 137, de 2010) (Vide Lei complementar nº 137, de 2010)

Parágrafo único. (VETADO). (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

Art 17. O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural será constituído:

(Vide Lei complementar nº 137, de 2010) (Vide Lei complementar nº 137, de 2010)

a) dos excedentes do máximo admissível tecnicamente como lucro nas operações de seguros de crédito rural, seus resseguros e suas retro-cessões, segundo os limites fixados pelo CNSP;

b) dos recursos previstos no artigo 23, parágrafo 3º, deste Decreto-lei; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

c) por dotações orçamentárias anuais, durante dez anos, a partir do presente Decreto-lei ou mediante o crédito especial necessário para cobrir a deficiência operacional do exercício anterior. (Redação dada pelo Decre-to-lei nº 296, de 1967)

Art 19. As operações de Seguro Rural gozam de isenção tributária ir-

restrita, de quaisquer impostos ou tributos federais. (Vide Lei complemen-tar nº 137, de 2010)

Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios

os seguros de: (Regulamento) a) danos pessoais a passageiros de aeronaves comerciais; b) responsabilidade civil do proprietário de aeronaves e do transpor-

tador aéreo; (Redação dada pela Lei nº 8.374, de 1991) c) responsabilidade civil do construtor de imóveis em zonas urbanas

por danos a pessoas ou coisas; d) bens dados em garantia de empréstimos ou financiamentos de ins-

tituições financeiras pública; e) garantia do cumprimento das obrigações do incorporador e cons-

trutor de imóveis; f) garantia do pagamento a cargo de mutuário da construção civil, in-

clusive obrigação imobiliária; g) edifícios divididos em unidades autônomas; h) incêndio e transporte de bens pertencentes a pessoas jurídicas, si-

tuados no País ou nele transportados; i) crédito rural; (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007) j) crédito à exportação, quando julgado conveniente pelo CNSP, ouvi-

do o Conselho Nacional do Comércio Exterior (CONCEX); (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 826, de 1969)

l) danos pessoais causados por veículos automotores de vias terres-tres e por embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não; (Redação dada pela Lei nº 8.374, de 1991)

m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, fluviais e lacustres, por danos à carga transportada. (Incluída pela Lei nº 8.374, de 1991)

Parágrafo único. Não se aplica à União a obrigatoriedade estatuída na alínea "h" deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.190, de 2001)

Art 21. Nos casos de seguros legalmente obrigatórios, o estipulante

equipara-se ao segurado para os eleitos de contratação e manutenção do seguro.

§ 1º Para os efeitos deste decreto-lei, estipulante é a pessoa que contrata seguro por conta de terceiros, podendo acumular a condição de beneficiário.

§ 2º Nos seguros facultativos o estipulante é mandatário dos segura-dos.

§ 3º O CNSP estabelecerá os direitos e obrigações do estipulante, quando for o caso, na regulamentação de cada ramo ou modalidade de seguro.

§ 4º O não recolhimento dos prêmios recebidos de segurados, nos prazos devidos, sujeita o estipulante à multa, imposta pela SUSEP, de importância igual ao dobro do valor dos prêmios por ele retidos, sem prejuízo da ação penal que couber. (Incluído pela Lei nº 5.627, de 1970)

Art 22. As instituições financeiras públicas não poderão realizar ope-

rações ativas de crédito com as pessoas jurídicas e firmas individuais que não tenham em dia os seguros obrigatórios por lei, salvo mediante aplica-ção da parcela do crédito, que for concedido, no pagamento dos prêmios em atraso. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Parágrafo único. Para participar de concorrências abertas pelo Poder Público, é indispensável comprovar o pagamento dos prêmios dos segu-ros legalmente obrigatórios.'

Art 24. Poderão operar em seguros privados apenas Sociedades A-

nônimas ou Cooperativas, devidamente autorizadas. Parágrafo único. As Sociedades Cooperativas operarão unicamente

em seguros agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho. Art 25. As ações das Sociedades Seguradoras serão sempre nomina-

tivas. Art. 26. As sociedades seguradoras não poderão requerer concorda-

ta e não estão sujeitas à falência, salvo, neste último caso, se decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios da ocorrência de crime falimentar. (Redação dada pela Lei nº 10.190, de 2001)

Art 27. Serão processadas pela forma executiva as ações de cobran-

ça dos prêmios dos contratos de seguro. Art 28. A partir da vigência deste Decreto-Lei, a aplicação das reser-

vas técnicas das Sociedades Seguradoras será feita conforme as diretri-zes do Conselho Monetário Nacional.

Art 29. Os investimentos compulsórios das Sociedades Seguradoras

obedecerão a critérios que garantam remuneração adequada, segurança e liquidez.

Parágrafo único. Nos casos de seguros contratados com a cláusula de correção monetária é obrigatório o investimento das respectivas reser-vas nas condições estabelecidas neste artigo.

Art 30. As Sociedades Seguradoras não poderão conceder aos segu-

rados comissões ou bonificações de qualquer espécie, nem vantagens especiais que importem dispensa ou redução de prêmio.

Art 31. É assegurada ampla defesa em qualquer processo instaurado

por infração ao presente Decreto-Lei, sendo nulas as decisões proferidas com inobservância deste preceito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

CAPÍTULO IV

Do Conselho Nacional de Seguros Privados Art 32. É criado o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP,

ao qual compete privativamente: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

I - Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização

dos que exercerem atividades subordinadas a êste Decreto-Lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;

III - Estipular índices e demais condições técnicas sobre tarifas, inves-timentos e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas Socie-

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dades Seguradoras; IV - Fixar as características gerais dos contratos de seguros; V - Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem obser-

vadas pelas Sociedades Seguradoras; VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos ressegura-

dores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) VII - Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; X - Aplicar às Sociedades Seguradoras estrangeiras autorizadas a

funcionar no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes às que vigorarem nos países da matriz, em relação às Sociedades Seguradoras brasileiras ali instaladas ou que neles desejem estabelecer-se;

XI - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Segurado-ras, com fixação dos limites legais e técnicos das operações de seguro;

XII - Disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor; XIV - Decidir sobre sua própria organização, elaborando o respectivo

Regimento Interno; XV - Regular a organização, a composição e o funcionamento de su-

as Comissões Consultivas; XVI - Regular a instalação e o funcionamento das Bolsas de Seguro. XVII - fixar as condições de constituição e extinção de entidades au-

torreguladoras do mercado de corretagem, sua forma jurídica, seus ór-gãos de administração e a forma de preenchimento de cargos administra-tivos; (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

XVIII - regular o exercício do poder disciplinar das entidades autorre-guladoras do mercado de corretagem sobre seus membros, inclusive do poder de impor penalidades e de excluir membros; (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

XIX - disciplinar a administração das entidades autorreguladoras do mercado de corretagem e a fixação de emolumentos, comissões e quais-quer outras despesas cobradas por tais entidades, quando for o caso. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

Art. 33. O CNSP será integrado pelos seguintes membros: (Restabe-

lecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) I - Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante; (Restabele-

cido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) II - representante do Ministério da Justiça; (Restabelecido com nova

redação pela Lei nº 10.190, de 2001) III - representante do Ministério da Previdência e Assistência Social;

(Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) IV - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SU-

SEP; (Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) V - representante do Banco Central do Brasil; (Restabelecido com no-

va redação pela Lei nº 10.190, de 2001) VI – representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. (Res-

tabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) § 1o O CNSP será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e,

na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. (Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001)

§ 2o O CNSP terá seu funcionamento regulado em regimento interno. (Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001)

Art 34. Com audiência obrigatória nas deliberações relativas às res-

pectivas finalidades específicas, funcionarão junto ao CNSP as seguintes Comissões Consultivas:

I - de Saúde; Il - do Trabalho; III - de Transporte; IV - Mobiliária e de Habitação; V - Rural; VI - Aeronáutica; VII - de Crédito; VIII - de Corretores. § 2º - A organização, a composição e o funcionamento das Comis-

sões Consultivas serão regulados pelo CNSP, cabendo ao seu Presidente designar os representantes que as integrarão, mediante indicação das entidades participantes delas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

CAPÍTULO V

Da Superintendência de Seguros Privados

SEÇÃO I Art 35. Fica criada a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP),

entidade autárquica, jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comér-cio, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, com autonomia administrativa e financeira.

Parágrafo único. A sede da SUSEP será na cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, até que o Poder Executivo a fixe, em definitivo, em Brasília.

Art 36. Compete à SUSEP, na qualidade de executora da política tra-

çada pelo CNSP, como órgão fiscalizador da constituição, organização, funcionamento e operações das Sociedades Seguradoras:

a) processar os pedidos de autorização, para constituição, organiza-ção, funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transferência de controle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades Seguradoras, opinar sobre os mesmos e encaminhá-los ao CNSP;

b) baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das operações de seguro, de acordo com as diretrizes do CNSP;

c) fixar condições de apólices, planos de operações e tarifas a serem utilizadas obrigatoriamente pelo mercado segurador nacional;

d) aprovar os limites de operações das Sociedades Seguradoras, de conformidade com o critério fixado pelo CNSP;

e) examinar e aprovar as condições de coberturas especiais, bem como fixar as taxas aplicáveis; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

f) autorizar a movimentação e liberação dos bens e valores obrigato-riamente inscritos em garantia das reservas técnicas e do capital vincula-do;

g) fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade e estatís-tica fixadas pelo CNSP para as Sociedades Seguradoras;

h) fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras, inclusive o exato cumprimento deste Decreto-lei, de outras leis pertinentes, disposi-ções regulamentares em geral, resoluções do CNSP e aplicar as penali-dades cabíveis;

i) proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tiverem cassada a autorização para funcionar no País;

j) organizar seus serviços, elaborar e executar seu orçamento. k) fiscalizar as operações das entidades autorreguladoras do mercado

de corretagem, inclusive o exato cumprimento deste Decreto-Lei, de outras leis pertinentes, de disposições regulamentares em geral e de resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), e aplicar as penalidades cabíveis; e (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

l) celebrar convênios para a execução dos serviços de sua competên-cia em qualquer parte do território nacional, observadas as normas da legislação em vigor. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

SEÇÃO II

Da Administração da SUSEP Art 37. A administração da SUSEP será exercida por um Superinten-

dente, nomeado pelo Presidente da República, mediante indicação do Ministro da Indústria e do Comércio, que terá as suas atribuições definidas no Regulamento deste Decreto-lei e seus vencimentos fixados em Porta-ria do mesmo Ministro. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Parágrafo único. A organização interna da SUSEP constará de seu Regimento, que será aprovado pelo CNSP. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

SEÇÃO III

Art. 38. Os cargos da SUSEP somente poderão ser preenchidas me-

diante concurso público de provas, ou de provas e títulos, salvo os da direção e os casos de contratação, por prazo determinado, de prestação de serviços técnicos ou de natureza especializada. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Parágrafo único. O pessoal da SUSEP reger-se-á pela legislação tra-balhista e os seus níveis salariais serão fixados pelo Superintendente, com observância do mercado de trabalho, ouvido o CNSP. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

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SEÇÃO IV Dos Recursos Financeiros

Art 39. Do produto da arrecadação do imposto sobre operações finan-

ceiras a que se refere a Lei nº 5.143, de 20-10-66, será destacada a parcela necessária ao custeio das atividades da SUSEP.

Art 40. Constituem ainda recursos da SUSEP: I - O produto das multas aplicadas pela SUSEP; II - Dotação orçamentária específica ou créditos especiais; III - Juros de depósitos bancários; IV - A participação que lhe for atribuída pelo CNSP no fundo previsto

no art. 16; V - Outras receitas ou valores adventícios, resultantes de suas ativi-

dades. CAPÍTULO VI

Do Instituto de Resseguros do Brasil

SEÇÃO I Da Natureza Jurídica, Finalidade, Constituição e Competência

Art 41. O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de perso-

nalidade jurídica própria de Direito Privado e gozando de autonomia administrativa e financeira.

Parágrafo único - O IRB será representado em juízo ou fora dele por seu Presidente e responderá no foro comum.

Art. 43. O capital social do IRB é representado por ações escriturais,

ordinárias e preferenciais, todas sem valor nominal. (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997)

Parágrafo único. As ações ordinárias, com direito a voto, represen-tam, no mínimo, cinqüenta por cento do capital social. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

SEÇÃO II Da Administração e do Conselho Fiscal

Art. 46. São órgãos de administração do IRB o Conselho de Adminis-

tração e a Diretoria. (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997) § 1º O Conselho de Administração é composto por seis membros, e-

leitos pela Assembléia Geral, sendo: (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) I - três membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, den-

tre eles: (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) a) o Presidente do Conselho; (Incluída pela Lei nº 9.482, de 1997) b) o Presidente do IRB, que será o Vice-Presidente do Conselho; (In-

cluída pela Lei nº 9.482, de 1997) II - um membro indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento e

orçamento; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) III - um membro indicado pelos acionistas detentores de ações prefe-

renciais; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) IV - um membro indicado pelos acionistas minoritários, detentores de

ações ordinárias. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) § 2º A Diretoria do IRB é composta por seis membros, sendo o Presi-

dente e o Vice-Presidente Executivo nomeados pelo Presidente da Repú-blica, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda, e os demais eleitos pelo Conselho, de Administração. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

§ 3º Enquanto a totalidade das ações ordinárias permanecer com a União, aos acionistas detentores de ações preferenciais será facultado o direito de indicar até dois membros para o Conselho de Administração do IRB. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

§ 4º Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria do IRB terão mandato de três anos, observado o disposto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

Art. 47 O Conselho Fiscal do IRB é composto por cinco membros efe-

tivos e respectivos suplentes, eleitos pela Assembléia Geral, sendo: (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997)

I - três membros e respectivos suplentes indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, dentre os quais um representante do Tesouro Nacio-nal; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

II - um membro e respectivo suplente eleitos, em votação em separa-do, pelos acionistas minoritários detentores de ações ordinárias; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

III - um membro e respectivo suplente eleitos pelos acionistas deten-tores de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito, excluído o acionista controlador, se detentor dessa espécie de ação. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

Parágrafo único. Enquanto a totalidade das ações ordinárias perma-necer com a União, aos acionistas detentores de ações preferenciais será facultado o direito de indicar até dois membros para o Conselho Fiscal do IRB. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)

Art. 48. Os estatutos fixarão a competência do Conselho de Adminis-

tração e da Diretoria do IRB. (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997)

SEÇÃO III Do Pessoal

Art 55. Os serviços do IRB serão executados por pessoal admitido

mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, cabendo aos Estatutos regular suas condições de realização, bem como os direitos, vantagens e deveres dos servidores, inclusive as punições aplicáveis.

§ 1º A nomeação para cargo em comissão será feita pelo Presidente, depois de aprovada sua criação pelo Conselho Técnico.

§ 2º É permitida a contratação de pessoal destinado a funções técni-cas especializadas ou para serviços auxiliares de manutenção, transporte, higiene e limpeza.

§ 3º Ficam assegurados aos servidores do IRB os direitos decorrentes de normas legais em vigor, no que digam respeito à participação nos lucros, aposentadoria, enquadramento sindical, estabilidade e aplicação da legislação do trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

SEÇÃO IV

Das Operações

CAPÍTULO VII Das Sociedades Seguradoras

SEÇÃO I

Legislação Aplicável Art 72. As Sociedades Seguradoras serão reguladas pela legislação

geral no que lhes for aplicável e, em especial, pelas disposições do pre-sente decreto-lei.

Parágrafo único. Aplicam-se às sociedades seguradoras o disposto no art. 25 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, com a redação que lhe dá o art. 1º desta lei. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 1971)

Art 73. As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer

outro ramo de comércio ou indústria.

SEÇÃO II Da Autorização para Funcionamento

Art 74. A autorização para funcionamento será concedida através de

Portaria do Ministro da Indústria e do Comércio, mediante requerimento firmado pelos incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por inter-médio da SUSEP.

Art 75. Concedida a autorização para funcionamento, a Sociedade te-

rá o prazo de noventa dias para comprovar perante a SUSEP, o cumpri-mento de Todas as formalidades legais ou exigências feitas no ato da autorização.

Art 76. Feita a comprovação referida no artigo anterior, será expedido

a carta-patente pelo Ministro da Indústria e do Comércio. Art 77. As alterações dos Estatutos das Sociedades Seguradoras de-

penderão de prévia autorização do Ministro da Indústria e do Comércio, ouvidos a SUSEP e o CNSP.

SEÇÃO III

Das Operações das Sociedades Seguradoras

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Art 78. As Sociedades Seguradoras só poderão operar em seguros para os quais tenham a necessária autorização, segundo os planos, tarifas e normas aprovadas pelo CNSP.

Art 79. É vedado às Sociedades Seguradoras reter responsabilidades

cujo valor ultrapasse os limites técnico, fixados pela SUSEP de acordo com as normas aprovadas pelo CNSP, e que levarão em conta:

a) a situação econômico-financeira das Sociedades Seguradoras; b) as condições técnicas das respectivas carteiras; § 2º Não haverá cobertura de resseguro para as responsabilidades

assumidas pelas Sociedades Seguradoras em desacordo com as normas e instruções em vigor.

Art 80. As operações de cosseguro obedecerão a critérios fixados pe-

lo CNSP, quanto à obrigatoriedade e normas técnicas. Art 83. As apólices, certificados e bilhetes de seguro mencionarão a

responsabilidade máxima da Sociedade Seguradora, expressa em moeda nacional, para cobertura dos riscos neles descritos e caracterizados.

Art 84. Para garantia de Todas as suas obrigações, as Sociedades

Seguradoras constituirão reservas técnicas, fundos especiais e provisões, de conformidade com os critérios fixados pelo CNSP, além das reservas e fundos determinados em leis especiais.

Art 85. Os bens garantidores das reservas técnicas, fundos e previ-

sões serão registrados na SUSEP e não poderão ser alienados, prometi-dos alienar ou de qualquer forma gravados em sua previa e expressa autorização, sendo nulas de pleno direito, as alienações realizadas ou os gravames constituídos com violação deste artigo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Parágrafo único. Quando a garantia recair em bem imóvel, será obri-gatoriamente inscrita no competente Cartório do Registro Geral de Imó-veis, mediante simples requerimento firmado pela Sociedade Seguradora e pela SUSEP.

Art. 86. Os segurados e beneficiários que sejam credores por indeni-

zação ajustada ou por ajustar têm privilégio especial sobre reservas técnicas, fundos especiais ou provisões garantidoras das operações de seguro, de resseguro e de retrocessão. (Redação dada pela Lei Comple-mentar nº 126, de 2007)

Parágrafo único. Após o pagamento aos segurados e beneficiários mencionados no caput deste artigo, o privilégio citado será conferido, relativamente aos fundos especiais, reservas técnicas ou provisões garan-tidoras das operações de resseguro e de retrocessão, às sociedades seguradoras e, posteriormente, aos resseguradores. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

Art 87. As Sociedades Seguradoras não poderão distribuir lucros ou

quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais, desde que essa distribuição possa prejudicar o investimento obrigatório do capital e reserva, de conformidade com os critérios estabelecidos neste Decreto-lei.

Art. 88. As sociedades seguradoras e os resseguradores obedecerão

às normas e instruções dos órgãos regulador e fiscalizador de seguros sobre operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão, bem como lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspec-tos de suas atividades. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

Parágrafo único. Os inspetores e funcionários credenciados do órgão fiscalizador de seguros terão livre acesso às sociedades seguradoras e aos resseguradores, deles podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às penas previstas neste Decreto-Lei, qualquer dificuldade oposta aos objetivos deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

CAPÍTULO VII

CAPÍTULO VIII

Do Regime Especial de Fiscalização (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 89. Em caso de insuficiência de cobertura das reservas técnicas ou de má situação econômico-financeira da Sociedade Seguradora, a critério da SUSEP, poderá esta, além de outras providências cabíveis, inclusive fiscalização especial, nomear, por tempo indeterminado, às expensas da Sociedade Seguradora, um diretor-fiscal com as atribuições e vantagens que lhe forem indicadas pelo CNSP.

§ 1º Sempre que julgar necessário ou conveniente à defesa dos inte-resses dos segurados, a SUSEP verificará, nas indenizações, o fiel cum-primento do contrato, inclusive a exatidão do cálculo da reserva técnica e se as causas protelatórias do pagamento, porventura existentes, decorrem de dificuldades econômico-financeira da empresa. (Renumerado pelo Decreto-lei nº 1.115, de 1970)

Art 90. Não surtindo efeito as medidas especiais ou a intervenção, a

SUSEP encaminhará ao CNSP proposta de cassação da autorização para funcionamento da Sociedade Seguradora.

Parágrafo único. Aplica-se à intervenção a que se refere este artigo o disposto nos arts. 55 a 62 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977. (Inclu-ído pela Lei nº 10.190, de 2001)

Art 91. O descumprimento de qualquer determinação do Diretor-Fiscal

por Diretores, administradores, gerentes, fiscais ou funcionários da Socie-dade Seguradora em regime especial de fiscalização acarretará o afasta-mento do infrator, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Art 92. Os administradores das Sociedades Seguradoras ficarão sus-

pensos do exercício de suas funções desde que instaurado processo-crime por atos ou fatos relativos à respectiva gestão, perdendo imediata-mente seu mandato na hipótese de condenação. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 93. Cassada a autorização de uma Sociedade Seguradora para

funcionar, a alienação ou gravame de qualquer de seus bens dependerá de autorização da SUSEP, que, para salvaguarda dessa inalienabilidade, terá poderes para controlar o movimento de contas bancárias e promover o levantamento do respectivo ônus junto às Autoridades ou Registros Públicos.

CAPÍTULO IX

Da Liquidação das Sociedades Seguradoras (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 94. A cessação das operações das Sociedades Seguradoras po-

derá ser: a) voluntária, por deliberação dos sócios em Assembléia Geral; b) compulsória, por ato do Ministro da Indústria e do Comércio, nos

termos deste Decreto-lei. Art 95. Nos casos de cessação voluntária das operações, os Diretores

requererão ao Ministro da Indústria e do Comércio o cancelamento da autorização para funcionamento da Sociedade Seguradora, no prazo de cinco dias da respectiva Assembléia Geral.

Parágrafo único. Devidamente instruído, o requerimento será encami-nhado por intermédio da SUSEP, que opinará sobre a cessação delibera-da.

Art 96. Além dos casos previstos neste Decreto-lei ou em outras leis,

ocorrerá a cessação compulsória das operações da Sociedade Segurado-ra que:

a) praticar atos nocivos à política de seguros determinada pelo CNSP; b) não formar as reservas, fundos e provisões a que esteja obrigada

ou deixar de aplicá-las pela forma prescrita neste Decreto-lei; c) acumular obrigações vultosas devidas aos resseguradores, a juízo

do órgão fiscalizador de seguros, observadas as determinações do órgão regulador de seguros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

d) configurar a insolvência econômico-financeira. Art 97. A liquidação voluntária ou compulsória das Sociedades Segu-

radoras será processada pela SUSEP. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

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Art 98. O ato da cassação será publicado no Diário Oficial da União, produzindo imediatamente os seguintes efeitos:

a) suspensão das ações e execuções judiciais, excetuadas as que ti-veram início anteriormente, quando intentadas por credores com privilégio sobre determinados bens da Sociedade Seguradora;

b) vencimento de Todas as obrigações civis ou comerciais da Socie-dade Seguradora liquidanda, incluídas as cláusulas penais dos contratos;

c) suspensão da incidência de juros, ainda que estipulados, se a massa liquidanda não bastar para o pagamento do principal;

d) cancelamento dos poderes de todos os órgãos de administração da Sociedade liquidanda.

§ 1º Durante a liquidação, fica interrompida a prescrição extintiva con-tra ou a favor da massa liquidanda. (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

§ 2º Quando a sociedade tiver oradores por salários ou indenizações trabalhistas, também ficarão suspensas as ações e execuções a que se refere a parte final da alínea a deste artigo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

§ 3º Poderá ser argüida em qualquer fase processual, inclusive quan-to às questões trabalhistas, a nulidade dos despachos ou decisões que contravenham o disposto na alínea a deste artigo ou em seu parágrafo 2º. Nos processos sujeitos à suspensão, caberá à sociedade liquidanda, para realização do ativo, requerer o levantamento de penhoras, arrestos e quaisquer outras medidas de apreensão ou reserva de bens, sem prejuízo do estatuído adiante no parágrafo único do artigo 103. (Incluído pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

§ 4º A massa liquidanda não estará obrigada a reajustamentos salari-ais sobrevindos durante a liquidação, nem responderá pelo pagamento de multas, custas, honorários e demais despesas feitas pelos credores em interesse próprio, assim como não se aplicará correção monetária aos créditos pela mora resultante de liquidação. (Incluído pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 99. Além dos poderes gerais de administração, a SUSEP ficará in-

vestida de poderes especiais para representar a Sociedade Seguradora liquidanda ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo:

a) propor e contestar ações, inclusive para integralização de capital pelos acionistas;

b) nomear e demitir funcionários; c) fixar os vencimentos de funcionários; d) outorgar ou revogar mandatos; e) transigir; f) vender valores móveis e bens imóveis. Art 100. Dentro de 90 (noventa) dias da cassação para funcionamen-

to, a SUSEP levantará o balanço do ativo e do passivo da Sociedade Seguradora liquidanda e organizará:

a) o arrolamento pormenorizado dos bens do ativo, com as respecti-vas avaliações, especificando os garantidores das reservas técnicas ou do capital;

b) a Iista dos credores por dívida de indenização de sinistro, capital garantidor de reservas técnicas ou restituição de prêmios, com a indicação das respectivas importâncias;

c) a relação dos créditos da Fazenda Pública e da Previdência Social; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

d) a relação dos demais credores, com indicação das importâncias e procedência dos créditos, bem como sua classificação, de acordo com a legislação de falências.

Art 101. Os interessados poderão impugnar o quadro geral de credo-

res, mas decairão desse direito se não o exercerem no prazo de quinze dias.

Art 102. A SUSEP examinará as impugnações e fará Publicar no Diá-

rio Oficial da União, sua decisão, dela notificando os recorrentes por via postal, sob AR.

Parágrafo único. Da decisão da SUSEP caberá recurso para o Minis-tro da Indústria e do Comércio, no prazo de quinze dias.

Art 103. Depois da decisão relativa a seus créditos ou aos créditos

contra os quais tenham reclamado, os credores não incluídos nas rela-ções a que se refere o art. 100, os delas excluídos, os incluídos sem os

privilégios a que se julguem com direito, inclusive por atribuição de impor-tância inferior à reclamada, poderão prosseguir na ação já iniciada ou propor a que lhes competir.

Parágrafo único. Até que sejam julgadas as ações, a SUSEP reserva-rá cota proporcional do ativo para garantia dos credores de que trata este artigo.

Art 104. A SUSEP promoverá a realização do ativo e efetuará o pa-

gamento dos credores pelo crédito apurado e aprovado, no prazo de seis meses, observados os respectivos privilégios e classificação, de acordo com a cota apurada em rateio.

Art 105. Ultimada a liquidação e levantado e balanço final, será o

mesmo submetido à aprovação do Ministro da Indústria e do Comércio, com relatório da SUSEP.

Art 106. A SUSEP terá direito à comissão de cinco por cento sobre o

ativo apurado nos trabalhos de liquidação, competindo ao Superintenden-te arbitrar a gratificação a ser paga aos inspetores e funcionários encarre-gados de executá-los.

Art 107. Nos casos omissos, são aplicáveis as disposições da legisla-

ção de falências, desde que não contrariem as disposições do presente Decreto-lei.

Parágrafo único. Nos casos de cessação parcial, restrita às opera-ções de um ramo, serão observadas as disposições deste Capítulo, na parte aplicável.

CAPÍTULO X

Do Regime Repressivo (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art. 108. A infração às normas referentes às atividades de seguro,

cosseguro, resseguro, retrocessão e capitalização sujeita, na forma defini-da pelo órgão regulador de seguros, a pessoa natural ou jurídica respon-sável às seguintes penalidades administrativas, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros: (Redação dada pela Lei complementar nº 137, de 2010)

I - advertência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

II - suspensão do exercício das atividades ou profissão abrangidas por este Decreto-Lei pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias; (Reda-ção dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

III - inabilitação, pelo prazo de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, para o exercício de cargo ou função no serviço público e em empresas públicas, sociedades de economia mista e respectivas subsidiárias, entidades de previdência complementar, sociedades de capitalização, instituições financeiras, sociedades seguradoras e resseguradores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

IV - multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um mi-lhão de reais); e (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

V - suspensão para atuação em 1 (um) ou mais ramos de seguro ou resseguro. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

VI - (revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

VII - (revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

VIII - (revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

IX - (revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 1o A penalidade prevista no inciso IV do caput deste artigo será im-putada ao agente responsável, respondendo solidariamente o ressegura-dor ou a sociedade seguradora ou de capitalização, assegurado o direito de regresso, e poderá ser aplicada cumulativamente com as penalidades constantes dos incisos I, II, III ou V do caput deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 2o Das decisões do órgão fiscalizador de seguros caberá recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, com efeito suspensivo, ao órgão competente. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 3o O recurso a que se refere o § 2o deste artigo, na hipótese do in-ciso IV do caput deste artigo, somente será conhecido se for comprovado

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pelo requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador de seguros, de 30% (trinta por cento) do valor da multa aplicada. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 4o Julgada improcedente a aplicação da penalidade de multa, o ór-gão fiscalizador de seguros devolverá, no prazo máximo de 90 (noventa) dias a partir de requerimento da parte interessada, o valor depositado. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 5o Em caso de reincidência, a multa será agravada até o dobro em relação à multa anterior, conforme critérios estipulados pelo órgão regula-dor de seguros. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

Art 109. Os Diretores, administradores, gerentes e fiscais das Socie-

dades Seguradoras responderão solidariamente com a mesma pelos prejuízos causados a terceiros, inclusive aos seus acionistas, em conse-qüência do descumprimento de leis, normas e instruções referentes as operações de seguro, cosseguro, resseguro ou retrosseção, e em especi-al, pela falta de constituição das reservas obrigatórias.

Art 110. Constitui crime contra a economia popular, punível de acordo

com a legislação respectiva, a ação ou omissão, pessoal ou coletiva, de que decorra a insuficiência das reservas e de sua cobertura, vinculadas à garantia das obrigações das Sociedades Seguradoras.

Art. 111. Compete ao órgão fiscalizador de seguros expedir normas

sobre relatórios e pareceres de prestadores de serviços de auditoria independente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às socie-dades de capitalização e às entidades abertas de previdência complemen-tar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

a) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) b) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) c) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) d) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) e) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) f) (revogada pela Lei no 9.932, de 20 de dezembro de 1999); (Redação

dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) g) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) h) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) i) (revogada). (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) § 1o Os prestadores de serviços de auditoria independente aos res-

seguradores, às sociedades seguradoras, às sociedades de capitalização e às entidades abertas de previdência complementar responderão, civil-mente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício das funções previstas neste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, os prestadores de serviços de auditoria independente responderão administrativamente perante o órgão fiscalizador de seguros pelos atos praticados ou omissões em que houverem incorrido no desempenho das atividades de auditoria independente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às socie-dades de capitalização e às entidades abertas de previdência complemen-tar. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 3o Instaurado processo administrativo contra resseguradores, soci-edades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar, o órgão fiscalizador poderá, considerada a gravidade da infração, cautelarmente, determinar a essas empresas a substituição do prestador de serviços de auditoria independente. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 4o Apurada a existência de irregularidade cometida pelo prestador de serviços de auditoria independente mencionado no caput deste artigo, serão a ele aplicadas as penalidades previstas no art. 108 deste Decreto-Lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

§ 5o Quando as entidades auditadas relacionadas no caput deste ar-tigo forem reguladas ou fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelos demais órgãos reguladores e fiscalizadores, o disposto neste artigo não afastará a competência desses órgãos para disciplinar e fiscali-zar a atuação dos respectivos prestadores de serviço de auditoria inde-pendente e para aplicar, inclusive a esses auditores, as penalidades previstas na legislação própria. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

Art. 112. Às pessoas que deixarem de contratar os seguros legal-

mente obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada

multa de: (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) I - o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação

aplicável; e (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007) II - nos demais casos, o que for maior entre 10% (dez por cento) da

importância segurável ou R$ 1.000,00 (mil reais). (Incluído pela Lei Com-plementar nº 126, de 2007)

Art 113. As pessoas físicas ou jurídicas que realizarem operações de

seguro, cosseguro ou resseguro sem a devida autorização, no País ou no exterior, ficam sujeitas à pena de multa igual ao valor da importância segurada ou ressegurada.

Art 115. A suspensão de autorização para operar em determinado

ramo de seguro será aplicada quando verificada má condução técnica ou financeira dos respectivos negócios.

Art 117. A cassação da carta patente se fará nas hipóteses de infrin-

gência dos artigos 81 e 82, nos casos previstos no artigo 96 ou de reinci-dência na proibição estabelecida nas letras " c " e " i " do artigo 111, todos do presente Decreto-lei.

Art 118. As infrações serão apuradas mediante processo administrati-

vo que tenha por base o auto, a representação ou a denúncia positivando fatos irregulares, e o CNSP disporá sobre as respectivas instaurações, recursos e seus efeitos, instâncias, prazos, perempção e outros atos processualísticos.

Art 119. As multas aplicadas de conformidade com o disposto neste

Capítulo e seguinte serão recolhidas aos cofres da SUSEP. Art 120. Os valores monetários das penalidades previstas nos artigos

precedentes ficam sujeitos à correção monetária pelo CNSP. Art 121. Provada qualquer infração penal a SUSEP remeterá cópia do

processo ao Ministério Público para fins de direito.

CAPÍTULO XI Dos Corretores de Seguros

(Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) Art 122. O corretor de seguros, pessoa física ou jurídica, é o interme-

diário legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado.

Art 123. O exercício da profissão, de corretor de seguros depende de

prévia habilitação e registro. § 1º A habilitação será feita perante a SUSEP, mediante prova de ca-

pacidade técnico-profissional, na forma das instruções baixadas pelo CNSP.

§ 2º O corretor de seguros poderá ter prepostos de sua livre escolha e designará, dentre eles, o que o substituirá.

§ 3º Os corretores e prepostos serão registrados na SUSEP, com o-bediência aos requisitos estabelecidos pelo CNSP.

Art 124. As comissões de corretagem só poderão ser pagas a corretor

de seguros devidamente habilitado. Art 125. É vedado aos corretores e seus prepostos: a) aceitar ou exercer emprego de pessoa jurídica de Direito Público; b) manter relação de emprego ou de direção com Sociedade Segura-

dora. Parágrafo único. Os impedimentos deste artigo aplicam-se também

aos Sócios e Diretores de Empresas de corretagem. Art 126. O corretor de seguros responderá civilmente perante os se-

gurados e as Sociedades Seguradoras pelos prejuízos que causar, por omissão, imperícia ou negligência no exercício da profissão.

Art 127. Caberá responsabilidade profissional, perante a SUSEP, ao

corretor que deixar de cumprir as leis, regulamentos e resoluções em vigor, ou que der causa dolosa ou culposa a prejuízos às Sociedades

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Seguradoras ou aos segurados. Art. 127-A. As entidades autorreguladoras do mercado de corretagem

terão autonomia administrativa, financeira e patrimonial, operando sob a supervisão da Superintendência de Seguros Privados (Susep), aplicando-se a elas, inclusive, o disposto no art. 108 deste Decreto-Lei. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

Parágrafo único. Incumbe às entidades autorreguladoras do mercado de corretagem, na condição de órgãos auxiliares da Susep, fiscalizar os respectivos membros e as operações de corretagem que estes realizarem. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

Art 128. O corretor de seguros estará sujeito às penalidades seguin-

tes: a) multa; b) suspensão temporária do exercício da profissão; c) cancelamento do registro. Parágrafo único. As penalidades serão aplicadas pela SUSEP, em

processo regular, na forma prevista no art. 119 desta Lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

CAPÍTULO XII

Disposições Gerais e Transitórias (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

SEÇÃO I

Do Seguro-Saúde Art 129. Fica instituído o Seguro-Saúde para dar cobertura aos riscos

de assistência médica e hospitalar. Art 130. A garantia do Seguro-Saúde consistirá no pagamento em di-

nheiro, efetuado pela Sociedade Seguradora, à pessoa física ou jurídica prestante da assistência médico-hospitalar ao segurado.

§ 1º A cobertura do Seguro-Saúde ficará sujeita ao regime de franqui-a, de acordo com os critérios fixados pelo CNSP.

§ 2º A livre escolha do médico e do hospital é condição obrigatória nos contratos referidos no artigo anterior.

Art 131. Para os efeitos do artigo 130 deste Decreto-lei, o CNSP es-

tabelecerá tabelas de honorários médico-hospitalares e fixará percentuais de participação obrigatória dos segurados nos sinistros.

§ 1º Na elaboração das tabelas, o CNSP observará a média regional dos honorários e a renda média dos pacientes, incluindo a possibilidade da ampliação voluntária da cobertura pelo acréscimo do prêmio.

§ 2º Na fixação das percentagens de participação, o CNSP levará em conta os índices salariais dos segurados e seus encargos familiares.

Art 132. O pagamento das despesas cobertas pelo Seguro-Saúde de-

penderá de apresentação da documentação médico hospitalar que possi-bilite a identificação do sinistro. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 133. É vedado às Sociedades Seguradoras acumular assistência

financeira com assistência médico-hospitalar. Art 134. As sociedades civis ou comerciais que, na data deste Decre-

to-lei, tenham vendido títulos, contratos, garantias de saúde, segurança de saúde, benefícios de saúde, títulos de saúde ou seguros sob qualquer outra denominação, para atendimento médico, farmacêutico e hospitalar, integral ou parcial, ficam proibidas de efetuar novas transações do mesmo gênero, ressalvado o disposto no art. 135, parágrafo 1º. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

§ 1º As Sociedades civis e comerciais que se enquadrem no disposto neste artigo poderão continuar prestando os serviços nele referidos exclu-sivamente às pessoas físicas ou jurídicas com as quais os tenham ajusta-do ante da promulgação deste Decreto-lei, facultada opção bilateral pelo regime do Seguro-Saúde.

§ 2º No caso da opção prevista no parágrafo anterior, as pessoas ju-rídicas prestantes da assistência médica, farmacêutica e hospitalar, ora regulada, ficarão responsáveis pela contribuição do Seguro-Saúde devida pelas pessoas físicas optantes.

§ 3º Ficam excluídas das obrigações previstas neste artigo as Socie-dades Beneficentes que estiverem em funcionamento na data da promul-gação dwsse Decreto-lei, as quais poderão preferir o regime do Seguro-Saúde a qualquer tempo.

Art 135. As entidades organizadas sem objetivo de lucro, por profis-

sionais médicos e paramédicos ou por estabelecimentos hospitalares, visando a institucionalizar suas atividades para a prática da medicina social e para a melhoria das condições técnicas e econômicas dos servi-ços assistenciais, isoladamente ou em regime de associação, poderão operar sistemas próprios de pré-pagamento de serviços médicos e/ou hospitalares, sujeitas ao que dispuser a Regulamentação desta Lei, às resoluções do CNSP e à fiscalização dos órgãos competentes.

SEÇÃO II

Art. 136. Fica extinto o Departamento Nacional de Seguros Privados e

Capitalização (DNSPC), da Secretaria do Comércio, do Ministério da Indústria e do Comércio, cujo acervo e documentação passarão para a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

§ 1º Até que entre em funcionamento a SUSEP, as atribuições a ela conferidas pelo presente Decreto-lei continuarão a ser desempenhadas pelo DNSPC. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

§ 2º Fica extinto, no Quadro de Pessoal do Ministério da Indústria e do Comércio, o cargo em comissão de Diretor-Geral do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização, símbolo 2-C. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

§ 3º Serão considerados extintos, no Quadro de Pessoal do Ministério da Indústria e do Comércio, a partir da criação dos cargos corresponden-tes nos quadros da SUSEP, os 8 (oito) cargos em comissão do Delegado Regional de Seguros, símbolo 5-C. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Art. 137. Os funcionários atualmente em exercício do DNSPC conti-

nuarão a integrar o Quadro de Pessoal do Ministério da Indústria e do Comércio. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Art. 138. Poderá a SUSEP requisitar servidores da administração pú-

blica federal, centralizada e descentralizada, sem prejuízo dos vencimen-tos e vantagens relativos aos cargos que ocuparem. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Art. 139. Os servidores requisitados antes da aprovação, pelo CNSP,

do Quadro de Pessoal da SUSEP, poderão nele ser aproveitado, desde que consultados os interesses da Autarquia e dos Servidores. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Parágrafo único. O aproveitamento de que trata este artigo implica na aceitação do regime de pessoal da SUSEP devendo ser contado o tempo de serviço, no órgão de origem, para todos os efeitos legais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Art 140. As dotações consignadas no Orçamento da União, para o

exercício de 1967, à conta do DNSPC, serão transferidas para a SUSEP excluídas as relativas às despesas decorrentes de vencimentos e vanta-gens de Pessoal Permanente.

Art 141. Fica dissolvida a Companhia Nacional de Seguro Agrícola,

competindo ao Ministério da Agricultura promover sua liquidação e apro-veitamento de seu pessoal.

Art 142. Ficam incorporadas ao Fundo de Estabilidade do Seguro Ru-

ral: a) Fundo de Estabilidade do seguro Agrário, a que se refere o artigo

3º da Lei 2.168, de 11 de janeiro de 1954; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

b) O Fundo de Estabilização previsto no artigo 3º da Lei nº 4.430, de 20 de outubro de 1964.

Art 143. Os órgãos do Poder Público que operam em seguros priva-

dos enquadrarão suas atividades ao regime deste Decreto-Lei no prazo de cento e oitenta dias, ficando autorizados a constituir a necessária

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Sociedade Anônima ou Cooperativa. § 1º As Associações de Classe, de Beneficência e de Socorros mú-

tuos e os Montepios que instituem pensões ou pecúlios, atualmente em funcionamento, ficam excluídos do regime estabelecido neste Decreto-Lei, facultado ao CNSP mandar fiscalizá-los se e quando julgar conveniente.

§ 2º As Sociedades Seguradoras estrangeiras que operam no país adaptarão suas organizações às novas exigências legais, no prazo deste artigo e nas condições determinadas pelo CNSP. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 144. O CNSP proporá ao Poder Executivo, no prazo de cento e oi-

tenta dias, as normas de regulamentação dos seguros obrigatórios previs-tos no artigo 20 deste Decreto-Lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)

Art 145. Até a instalação do CNSP e da SUSEP, será mantida a juris-

dição e a competência do DNSPC, conservadas em vigor as disposições legais e regulamentares, inclusive as baixadas pelo IRB, no que forem cabíveis.

Art 146. O Poder Executivo fica autorizado a abrir o crédito especial

de Cr$ 500.000.000 (quinhentos milhões de cruzeiros), no exercício de 1967, destinado à instalação do CNSP e da SUSEP.

Art 148. As resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados vi-

gorarão imediatamente e serão publicadas no Diário Oficial da União. Art. 149. O Poder Executivo regulamentará este Decreto-lei no prazo

de 120 (cento e vinte) dias, vigendo idêntico prazo para a aprovação dos Estatutos do IRB".(Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)

Art 151. Para efeito do artigo precedente ficam suprimidos os cargos

e funções de Delegado do Governo Federal e de liquidante designado pela sociedade, a que se referem os artigos 24 e 25 do Decreto nº 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, ressalvadas as liquidações decretadas até dezembro de 1965.

Art 152. O risco de acidente de trabalho continua a ser regido pela le-

gislação específica, devendo ser objeto de nova legislação dentro de 90 dias.

Art 153. Êste Decreto-Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas expressamente Todas as disposições de leis, decretos e regulamentos que dispuserem em sentido contrário.

Brasília, 21 de novembro de 1966; 145º da Independência e 78º da

República.

LEI COMPLEMENTAR Nº 126, DE 15 DE JANEIRO DE 2007

Dispõe sobre a política de resseguro, retrocessão e sua intermedia-

ção, as operações de co-seguro, as contratações de seguro no exterior e as operações em moeda estrangeira do setor securitário; altera o Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei no 8.031, de 12 de abril de

1990; e dá outras providências. O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo

de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio-nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I DO OBJETO

Art. 1o Esta Lei Complementar dispõe sobre a política de resseguro,

retrocessão e sua intermediação, as operações de co-seguro, as contrata-ções de seguro no exterior e as operações em moeda estrangeira do setor securitário.

CAPÍTULO II

DA REGULAÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO Art. 2o A regulação das operações de co-seguro, resseguro, retroces-

são e sua intermediação será exercida pelo órgão regulador de seguros,

conforme definido em lei, observadas as disposições desta Lei Comple-mentar.

§ 1o Para fins desta Lei Complementar, considera-se: I - cedente: a sociedade seguradora que contrata operação de resse-

guro ou o ressegurador que contrata operação de retrocessão; II - co-seguro: operação de seguro em que 2 (duas) ou mais socieda-

des seguradoras, com anuência do segurado, distribuem entre si, percen-tualmente, os riscos de determinada apólice, sem solidariedade entre elas;

III - resseguro: operação de transferência de riscos de uma cedente para um ressegurador, ressalvado o disposto no inciso IV deste parágrafo;

IV - retrocessão: operação de transferência de riscos de resseguro de resseguradores para resseguradores ou de resseguradores para socieda-des seguradoras locais.

§ 2o A regulação pelo órgão de que trata o caput deste artigo não prejudica a atuação dos órgãos reguladores das cedentes, no âmbito exclusivo de suas atribuições, em especial no que se refere ao controle das operações realizadas.

§ 3o Equipara-se à cedente a sociedade cooperativa autorizada a o-perar em seguros privados que contrata operação de resseguro, desde que a esta sejam aplicadas as condições impostas às seguradoras pelo órgão regulador de seguros.

Art. 3o A fiscalização das operações de co-seguro, resseguro, retro-

cessão e sua intermediação será exercida pelo órgão fiscalizador de seguros, conforme definido em lei, sem prejuízo das atribuições dos órgãos fiscalizadores das demais cedentes.

Parágrafo único. Ao órgão fiscalizador de seguros, no que se refere aos resseguradores, intermediários e suas respectivas atividades, caberão as mesmas atribuições que detém para as sociedades seguradoras, corretores de seguros e suas respectivas atividades.

CAPÍTULO III

DOS RESSEGURADORES

Seção I Da Qualificação

Art. 4o As operações de resseguro e retrocessão podem ser realiza-

das com os seguintes tipos de resseguradores: I - ressegurador local: ressegurador sediado no País constituído sob a

forma de sociedade anônima, tendo por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão;

II - ressegurador admitido: ressegurador sediado no exterior, com es-critório de representação no País, que, atendendo às exigências previstas nesta Lei Complementar e nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido cadastrado como tal no órgão fiscalizador de seguros para realizar operações de resseguro e retrocessão; e

III - ressegurador eventual: empresa resseguradora estrangeira sedi-ada no exterior sem escritório de representação no País que, atendendo às exigências previstas nesta Lei Complementar e nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido cadastrada como tal no órgão fiscalizador de seguros para realizar operações de resseguro e retrocessão.

§ 1o É vedado o cadastro a que se refere o inciso III do caput deste artigo de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais, assim considerados países ou dependências que não tributam a renda ou que a tributam a alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda, cuja legisla-ção interna oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas ou à sua titularidade. (Renumerado do parágrafo único pela Lei complementar nº 137, de 2010)

§ 2o Equipara-se ao ressegurador local, para fins de contratação de operações de resseguro e de retrocessão, o fundo que tenha por único objetivo a cobertura suplementar dos riscos do seguro rural nas modalida-des agrícola, pecuária, aquícola e florestal, observadas as disposições de lei própria. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

Seção II

Das Regras Aplicáveis Art. 5o Aplicam-se aos resseguradores locais, observadas as peculia-

ridades técnicas, contratuais, operacionais e de risco da atividade e as disposições do órgão regulador de seguros:

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I - o Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, e as demais leis aplicáveis às sociedades seguradoras, inclusive as que se referem à intervenção e liquidação de empresas, mandato e responsabilidade de administradores; e

II - as regras estabelecidas para as sociedades seguradoras. Art. 6o O ressegurador admitido ou eventual deverá atender aos se-

guintes requisitos mínimos: I - estar constituído, segundo as leis de seu país de origem, para

subscrever resseguros locais e internacionais nos ramos em que pretenda operar no Brasil e que tenha dado início a tais operações no país de origem, há mais de 5 (cinco) anos;

II - dispor de capacidade econômica e financeira não inferior à mínima estabelecida pelo órgão regulador de seguros brasileiro;

III - ser portador de avaliação de solvência por agência classificadora reconhecida pelo órgão fiscalizador de seguros brasileiro, com classifica-ção igual ou superior ao mínimo estabelecido pelo órgão regulador de seguros brasileiro;

IV - designar procurador, domiciliado no Brasil, com poderes especi-ais para receber citações, intimações, notificações e outras comunicações; e (Redação dada pela Lei complementar nº 137, de 2010)

V - outros requisitos que venham a ser fixados pelo órgão regulador de seguros brasileiro.

Parágrafo único. Constituem-se ainda requisitos para os ressegura-dores admitidos:

I - manutenção de conta em moeda estrangeira vinculada ao órgão fiscalizador de seguros brasileiro, na forma e montante definido pelo órgão regulador de seguros brasileiro para garantia de suas operações no País;

II - apresentação periódica de demonstrações financeiras, na forma definida pelo órgão regulador de seguros brasileiro.

Art. 7o A taxa de fiscalização a ser paga pelos resseguradores locais

e admitidos será estipulada na forma da lei.

CAPÍTULO IV DOS CRITÉRIOS BÁSICOS DE CESSÃO

Art. 8o A contratação de resseguro e retrocessão no País ou no exte-

rior será feita mediante negociação direta entre a cedente e o ressegura-dor ou por meio de intermediário legalmente autorizado.

§ 1o O limite máximo que poderá ser cedido anualmente a ressegu-radores eventuais será fixado pelo Poder Executivo.

§ 2o O intermediário de que trata o caput deste artigo é a corretora autorizada de resseguros, pessoa jurídica, que disponha de contrato de seguro de responsabilidade civil profissional, na forma definida pelo órgão regulador de seguros, e que tenha como responsável técnico o corretor de seguros especializado e devidamente habilitado.

Art. 9o A transferência de risco somente será realizada em opera-

ções: I - de resseguro com resseguradores locais, admitidos ou eventuais; e II - de retrocessão com resseguradores locais, admitidos ou eventu-

ais, ou sociedades seguradoras locais. § 1o As operações de resseguro relativas a seguro de vida por sobre-

vivência e previdência complementar são exclusivas de resseguradores locais.

§ 2o O órgão regulador de seguros poderá estabelecer limites e con-dições para a retrocessão de riscos referentes às operações mencionadas no § 1o deste artigo.

§ 3o É o fundo que tenha por único objetivo a cobertura suplementar dos riscos do seguro rural nas modalidades agrícola, pecuária, aquícola e florestal autorizado a contratar resseguro, retrocessão e outras formas de transferência de risco, inclusive com pessoas não abrangidas pelos inci-sos I e II do caput deste artigo. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

§ 4o É o órgão regulador de seguros autorizado a dispor sobre trans-ferências de riscos, em operações de resseguro e de retrocessão, com pessoas não abrangidas pelos incisos I e II do caput deste artigo, quando ficar comprovada a insuficiência de oferta de capacidade por ressegurado-res locais, admitidos e eventuais. (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

Art. 10. O órgão fiscalizador de seguros terá acesso a todos os con-tratos de resseguro e de retrocessão, inclusive os celebrados no exterior, sob pena de ser desconsiderada, para todos os efeitos, a existência do contrato de resseguro e de retrocessão.

Art. 11. Observadas as normas do órgão regulador de seguros, a ce-

dente contratará ou ofertará preferencialmente a resseguradores locais para, pelo menos:

I - 60% (sessenta por cento) de sua cessão de resseguro, nos 3 (três) primeiros anos após a entrada em vigor desta Lei Complementar; e

II - 40% (quarenta por cento) de sua cessão de resseguro, após de-corridos 3 (três) anos da entrada em vigor desta Lei Complementar.

§ 1o (VETADO). § 2o (VETADO) § 3o (VETADO) § 4o (VETADO) § 5o (VETADO) § 6o (VETADO)

CAPÍTULO V DAS OPERAÇÕES

Seção I

Disposições Gerais Art. 12. O órgão regulador de seguros estabelecerá as diretrizes para

as operações de resseguro, de retrocessão e de corretagem de resseguro e para a atuação dos escritórios de representação dos resseguradores admitidos, observadas as disposições desta Lei Complementar.

Parágrafo único. O órgão regulador de seguros poderá estabelecer: I - cláusulas obrigatórias de instrumentos contratuais relativos às ope-

rações de resseguro e retrocessão; II - prazos para formalização contratual; III - restrições quanto à realização de determinadas operações de

cessão de risco; IV - requisitos para limites, acompanhamento e monitoramento de o-

perações intragrupo; e V - requisitos adicionais aos mencionados nos incisos I a IV deste pa-

rágrafo. Art. 13. Os contratos de resseguro deverão incluir cláusula dispondo

que, em caso de liquidação da cedente, subsistem as responsabilidades do ressegurador perante a massa liquidanda, independentemente de os pagamentos de indenizações ou benefícios aos segurados, participantes, beneficiários ou assistidos haverem ou não sido realizados pela cedente, ressalvados os casos enquadrados no art. 14 desta Lei Complementar.

Art. 14. Os resseguradores e os seus retrocessionários não respon-

derão diretamente perante o segurado, participante, beneficiário ou assis-tido pelo montante assumido em resseguro e em retrocessão, ficando as cedentes que emitiram o contrato integralmente responsáveis por indeni-zá-los.

Parágrafo único. Na hipótese de insolvência, de decretação de liqui-dação ou de falência da cedente, é permitido o pagamento direto ao segurado, participante, beneficiário ou assistido, da parcela de indeniza-ção ou benefício correspondente ao resseguro, desde que o pagamento da respectiva parcela não tenha sido realizado ao segurado pela cedente nem pelo ressegurador à cedente, quando:

I - o contrato de resseguro for considerado facultativo na forma defini-da pelo órgão regulador de seguros;

II - nos demais casos, se houver cláusula contratual de pagamento di-reto.

Art. 15. Nos contratos com a intermediação de corretoras de ressegu-

ro, não poderão ser incluídas cláusulas que limitem ou restrinjam a rela-ção direta entre as cedentes e os resseguradores nem se poderão conferir poderes ou faculdades a tais corretoras além daqueles necessários e próprios ao desempenho de suas atribuições como intermediários inde-pendentes na contratação do resseguro.

Art. 16. Nos contratos a que se refere o art. 15 desta Lei Complemen-

tar, é obrigatória a inclusão de cláusula de intermediação, definindo se a

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corretora está ou não autorizada a receber os prêmios de resseguro ou a coletar o valor correspondente às recuperações de indenizações ou benefícios.

Parágrafo único. Estando a corretora autorizada ao recebimento ou à coleta a que se refere o caput deste artigo, os seguintes procedimentos serão observados:

I - o pagamento do prêmio à corretora libera a cedente de qualquer responsabilidade pelo pagamento efetuado ao ressegurador; e,

II - o pagamento de indenização ou benefício à corretora só libera o ressegurador quando efetivamente recebido pela cedente.

Art. 17. A aplicação dos recursos das provisões técnicas e dos fun-

dos dos resseguradores locais e dos recursos exigidos no País para garantia das obrigações dos resseguradores admitidos será efetuada de acordo com as diretrizes do Conselho Monetário Nacional - CMN.

Seção II

Das Operações em Moeda Estrangeira Art. 18. O seguro, o resseguro e a retrocessão poderão ser efetuados

no País em moeda estrangeira, observadas a legislação que rege opera-ções desta natureza, as regras fixadas pelo CMN e as regras fixadas pelo órgão regulador de seguros.

Parágrafo único. O CMN disciplinará a abertura e manutenção de contas em moeda estrangeira, tituladas por sociedades seguradoras, resseguradores locais, resseguradores admitidos e corretoras de ressegu-ro.

Seção III

Do Seguro no País e no Exterior Art. 19. Serão exclusivamente celebrados no País, ressalvado o dis-

posto no art. 20 desta Lei Complementar: I - os seguros obrigatórios; e II - os seguros não obrigatórios contratados por pessoas naturais re-

sidentes no País ou por pessoas jurídicas domiciliadas no território nacio-nal, independentemente da forma jurídica, para garantia de riscos no País.

Art. 20. A contratação de seguros no exterior por pessoas naturais

residentes no País ou por pessoas jurídicas domiciliadas no território nacional é restrita às seguintes situações:

I - cobertura de riscos para os quais não exista oferta de seguro no País, desde que sua contratação não represente infração à legislação vigente;

II - cobertura de riscos no exterior em que o segurado seja pessoa na-tural residente no País, para o qual a vigência do seguro contratado se restrinja, exclusivamente, ao período em que o segurado se encontrar no exterior;

III - seguros que sejam objeto de acordos internacionais referendados pelo Congresso Nacional; e

IV - seguros que, pela legislação em vigor, na data de publicação des-ta Lei Complementar, tiverem sido contratados no exterior.

Parágrafo único. Pessoas jurídicas poderão contratar seguro no exte-rior para cobertura de riscos no exterior, informando essa contratação ao órgão fiscalizador de seguros brasileiro no prazo e nas condições deter-minadas pelo órgão regulador de seguros brasileiro.

CAPÍTULO VI

DO REGIME DISCIPLINAR Art. 21. As cedentes, os resseguradores locais, os escritórios de re-

presentação de ressegurador admitido, os corretores e corretoras de seguro, resseguro e retrocessão e os prestadores de serviços de auditoria independente bem como quaisquer pessoas naturais ou jurídicas que descumprirem as normas relativas à atividade de resseguro, retrocessão e corretagem de resseguros estarão sujeitos às penalidades previstas nos arts. 108, 111, 112 e 128 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros, conforme normas do órgão regulador de seguros.

Parágrafo único. As infrações a que se refere o caput deste artigo se-rão apuradas mediante processo administrativo regido em consonância com o art. 118 do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. O IRB-Brasil Resseguros S.A. fica autorizado a continuar e-

xercendo suas atividades de resseguro e de retrocessão, sem qualquer solução de continuidade, independentemente de requerimento e autoriza-ção governamental, qualificando-se como ressegurador local.

Parágrafo único. O IRB-Brasil Resseguros S.A. fornecerá ao órgão fiscalizador da atividade de seguros informações técnicas e cópia de seu acervo de dados e de quaisquer outros documentos ou registros que esse órgão fiscalizador julgue necessários para o desempenho das funções de fiscalização das operações de seguro, co-seguro, resseguro e retroces-são.

Art. 23. Fica a União autorizada a oferecer aos acionistas preferenci-

ais do IRB-Brasil Resseguros S.A., mediante competente deliberação societária, a opção de retirada do capital que mantêm investido na socie-dade, com a finalidade exclusiva de destinar tais recursos integralmente à subscrição de ações de empresa de resseguro sediada no País.

Parágrafo único. (VETADO) Art. 24. O órgão fiscalizador de seguros fornecerá à Advocacia-Geral

da União as informações e os documentos necessários à defesa da União nas ações em que seja parte.

Art. 25. O órgão fiscalizador de seguros, instaurado inquérito admi-

nistrativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente o levanta-mento do sigilo nas instituições financeiras de informações e documentos relativos a bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica subme-tida ao seu poder fiscalizador.

§ 1o O órgão fiscalizador de seguros, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) manterão permanente intercâm-bio de informações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre que as informações forem necessárias ao desempenho de suas ativida-des. (Renumerado do parágrafo único pela Lei complementar nº 137, de 2010)

§ 2o O órgão fiscalizador de seguros poderá firmar convê-nios: (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

I - com o Banco Central do Brasil, a CVM e outros órgãos fiscalizado-res, objetivando a realização de fiscalizações conjuntas, observadas as respectivas competências; (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

II - com outros órgãos supervisores, reguladores, autorreguladores ou entidades fiscalizadoras de outros países, objetivando: (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

a) a fiscalização de escritórios de representação, filiais e subsidiárias de seguradoras e resseguradores estrangeiros, em funcionamento no Brasil, e de filiais e subsidiárias, no exterior, de seguradoras e ressegura-dores brasileiros, bem como a fiscalização de remessas ou ingressos de valores do exterior originários de operação de seguro, resseguro e retro-cessão; (Incluído pela Lei complementar nº 137, de 2010)

b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a inves-tigação de atividades ou operações que impliquem aplicação, negociação, ocultação ou transferência de ativos financeiros e de valores mobiliários relacionados com a prática de condutas ilícitas ou que, sob qualquer outra forma, tenham relação com possível ilicitude. (Incluído pela Lei comple-mentar nº 137, de 2010)

§ 3o O intercâmbio de informações entre os órgãos e entidades men-cionados nos incisos I e II do § 2o deste artigo não caracteriza violação de sigilo, devendo os referidos órgãos e entidades resguardar a segurança das informações a que vierem a ter acesso. (Incluído pela Lei complemen-tar nº 137, de 2010)

Art. 26. As câmaras e os prestadores de serviços de compensação e

de liquidação autorizados a funcionar pela legislação em vigor bem como as instituições autorizadas à prestação de serviços de custódia pela Comissão de Valores Mobiliários fornecerão ao órgão fiscalizador de seguros, desde que por ele declaradas necessárias ao exercício de suas atribuições, as informações que possuam sobre as operações:

I - dos fundos de investimento especialmente constituídos para a re-cepção de recursos das sociedades seguradoras, de capitalização e

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entidades abertas de previdência complementar; e II - dos fundos de investimento, com patrimônio segregado, vincula-

dos exclusivamente a planos de previdência complementar ou a seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, estruturados na modalidade de contribuição variável, por eles comercializados e adminis-trados.

Art. 27. Os arts. 8o, 16, 32, 86, 88, 96, 100, 108, 111 e 112 do Decre-

to-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, passam a vigorar com a seguin-te redação:

―Art. 8o .................................................................................. ............................................................................................... c) dos resseguradores; .............................................................................................. ‖ (NR) ―Art. 16. ......................................................................................... Parágrafo único. (VETADO).‖ (NR) ―Art. 32. ................................................................................................ ...................................................................................................... VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos ressegura-

dores; ........................................................................................ VIII - disciplinar as operações de co-seguro; IX - (revogado); .............................................................................................. XIII - (revogado); ................................................................................................. ‖ (NR) ―Art. 86. Os segurados e beneficiários que sejam credores por inde-

nização ajustada ou por ajustar têm privilégio especial sobre reservas técnicas, fundos especiais ou provisões garantidoras das operações de seguro, de resseguro e de retrocessão.

Parágrafo único. Após o pagamento aos segurados e beneficiários mencionados no caput deste artigo, o privilégio citado será conferido, relativamente aos fundos especiais, reservas técnicas ou provisões garan-tidoras das operações de resseguro e de retrocessão, às sociedades seguradoras e, posteriormente, aos resseguradores.‖ (NR)

―Art. 88. As sociedades seguradoras e os resseguradores obedece-rão às normas e instruções dos órgãos regulador e fiscalizador de seguros sobre operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão, bem como lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspec-tos de suas atividades.

Parágrafo único. Os inspetores e funcionários credenciados do órgão fiscalizador de seguros terão livre acesso às sociedades seguradoras e aos resseguradores, deles podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às penas previstas neste Decreto-Lei, qualquer dificuldade oposta aos objetivos deste artigo.‖ (NR)

―Art. 96. .................................................................................. ................................................................................................ c) acumular obrigações vultosas devidas aos resseguradores, a juízo

do órgão fiscalizador de seguros, observadas as determinações do órgão regulador de seguros;

........................................................................................ ‖ (NR) ―Art. 100. ................................................................................ ...... ........................................................................... c) a relação dos créditos da Fazenda Pública e da Previdência Social; ............................................................................................... ‖ (NR) ―Art. 108. A infração às normas referentes às atividades de seguro,

co-seguro e capitalização sujeita, na forma definida pelo órgão regulador de seguros, a pessoa natural ou jurídica responsável às seguintes penali-dades administrativas, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros:

I - advertência; II - suspensão do exercício das atividades ou profissão abrangidas

por este Decreto-Lei pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias; III - inabilitação, pelo prazo de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, para o

exercício de cargo ou função no serviço público e em empresas públicas, sociedades de economia mista e respectivas subsidiárias, entidades de previdência complementar, sociedades de capitalização, instituições financeiras, sociedades seguradoras e resseguradores;

IV - multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um mi-lhão de reais); e

V - suspensão para atuação em 1 (um) ou mais ramos de seguro ou resseguro.

VI - (revogado); VII - (revogado); VIII - (revogado); IX - (revogado). § 1o A penalidade prevista no inciso IV do caput deste artigo será im-

putada ao agente responsável, respondendo solidariamente o ressegura-dor ou a sociedade seguradora ou de capitalização, assegurado o direito de regresso, e poderá ser aplicada cumulativamente com as penalidades constantes dos incisos I, II, III ou V do caput deste artigo.

§ 2o Das decisões do órgão fiscalizador de seguros caberá recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, com efeito suspensivo, ao órgão competente.

§ 3o O recurso a que se refere o § 2o deste artigo, na hipótese do in-ciso IV do caput deste artigo, somente será conhecido se for comprovado pelo requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador de seguros, de 30% (trinta por cento) do valor da multa aplicada.

§ 4o Julgada improcedente a aplicação da penalidade de multa, o ór-gão fiscalizador de seguros devolverá, no prazo máximo de 90 (noventa) dias a partir de requerimento da parte interessada, o valor depositado.

§ 5o Em caso de reincidência, a multa será agravada até o dobro em relação à multa anterior, conforme critérios estipulados pelo órgão regula-dor de seguros.‖ (NR)

―Art. 111. Compete ao órgão fiscalizador de seguros expedir normas sobre relatórios e pareceres de prestadores de serviços de auditoria independente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às socie-dades de capitalização e às entidades abertas de previdência complemen-tar.

a) (revogada); b) (revogada); c) (revogada); d) (revogada); e) (revogada); f) (revogada pela Lei no 9.932, de 20 de dezembro de 1999); g) (revogada); h) (revogada); i) (revogada). § 1o Os prestadores de serviços de auditoria independente aos res-

seguradores, às sociedades seguradoras, às sociedades de capitalização e às entidades abertas de previdência complementar responderão, civil-mente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício das funções previstas neste artigo.

§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, os prestadores de serviços de auditoria independente responderão administrativamente perante o órgão fiscalizador de seguros pelos atos praticados ou omissões em que houverem incorrido no desempenho das atividades de auditoria independente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às socie-dades de capitalização e às entidades abertas de previdência complemen-tar.

§ 3o Instaurado processo administrativo contra resseguradores, soci-edades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar, o órgão fiscalizador poderá, considerada a gravidade da infração, cautelarmente, determinar a essas empresas a substituição do prestador de serviços de auditoria independente.

§ 4o Apurada a existência de irregularidade cometida pelo prestador de serviços de auditoria independente mencionado no caput deste artigo, serão a ele aplicadas as penalidades previstas no art. 108 deste Decreto-Lei.

§ 5o Quando as entidades auditadas relacionadas no caput deste ar-tigo forem reguladas ou fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelos demais órgãos reguladores e fiscalizadores, o disposto neste artigo não afastará a competência desses órgãos para disciplinar e fiscali-zar a atuação dos respectivos prestadores de serviço de auditoria inde-pendente e para aplicar, inclusive a esses auditores, as penalidades previstas na legislação própria.‖ (NR)

―Art. 112. Às pessoas que deixarem de contratar os seguros legal-mente obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa de:

I - o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação aplicável; e

II - nos demais casos, o que for maior entre 10% (dez por cento) da importância segurável ou R$ 1.000,00 (mil reais).‖ (NR)

Art. 28. (VETADO)

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Art. 29. A regulação de co-seguro, resseguro e retrocessão deverá assegurar prazo não inferior a 180 (cento e oitenta) dias para o Instituto de Resseguros do Brasil se adequar às novas regras de negócios, operações de resseguro, renovação dos contratos de retrocessão, plano de contas, regras de tributação, controle dos negócios de retrocessão no exterior e demais aspectos provenientes da alteração do marco regulatório decor-rente desta Lei Complementar.

Art. 30. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publi-

cação. Art. 31. Ficam revogados os arts. 6o, 15 e 18, a alínea i do caput do

art. 20, os arts. 23, 42, 44 e 45, o § 4º do art. 55, os arts. 56 a 71, a alínea c do caput e o § 1º do art. 79, os arts. 81 e 82, o § 2º do art. 89 e os arts. 114 e 116 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei no 9.932, de 20 de dezembro de 1999.

Brasília, 15 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

LEI No 10.190, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001.

Altera dispositivos do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966,

da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, da Lei no 5.627, de 1o de dezem-bro de 1970, e dá outras providências.

Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisó-

ria nº 2.069-31, de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Anto-nio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágra-fo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1o Os arts. 20, 26, 84 e 90 do Decreto-Lei no 73, de 21 de no-

vembro de 1966, passam a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 20................................... Parágrafo único. Não se aplica à União a obrigatoriedade estatuída

na alínea "h" deste artigo." (NR) "Art. 26. As sociedades seguradoras não poderão requerer concorda-

ta e não estão sujeitas à falência, salvo, neste último caso, se decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios da ocorrência de crime falimentar." (NR)

"Art. 84. ................................... § 1o O patrimônio líquido das sociedades seguradoras não poderá

ser inferior ao valor do passivo não operacional, nem ao valor mínimo decorrente do cálculo da margem de solvência, efetuado com base na regulamentação baixada pelo CNSP.

§ 2o O passivo não operacional será constituído pelo valor total das obrigações não cobertas por bens garantidores.

§ 3o As sociedades seguradoras deverão adequar-se ao disposto neste artigo no prazo de um ano, prorrogável por igual período e caso a caso, por decisão do CNSP." (NR)

"Art. 90. ................................... Parágrafo único. Aplica-se à intervenção a que se refere este artigo o

disposto nos arts. 55 a 62 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977." (NR) Art. 2o Fica restabelecido o art. 33 do Decreto-Lei no 73, de 1966,

com a seguinte redação: "Art. 33. O CNSP será integrado pelos seguintes membros: I - Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante; II - representante do Ministério da Justiça; III - representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; IV - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SU-

SEP; V - representante do Banco Central do Brasil; VI – representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. § 1o O CNSP será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e,

na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. § 2o O CNSP terá seu funcionamento regulado em regimento inter-

no." (NR) Art. 3o Às sociedades seguradoras de capitalização e às entidades de

previdência privada aberta aplica-se o disposto nos arts. 2o e 15 do Decre-

to-Lei no 2.321, de 25 de fevereiro de 1987, 1o a 8o da Lei no 9.447, de 14 de março de 1997 e, no que couber, nos arts. 3o a 49 da Lei no 6.024, de 13 de março de 1974.

Parágrafo único. As funções atribuídas ao Banco Central do Brasil pelas Leis referidas neste artigo serão exercidas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, quando se tratar de sociedades seguradoras, de capitalização ou de entidades de previdência privada aberta.

Art. 4o Aplica-se às entidades de previdência privada aberta o dispos-

to no art. 84 do Decreto-Lei no 73, de 1966. Art. 5o O art. 56 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, passa a vi-

gorar com a seguinte redação: "Art. 56 ................................... § 3o A decretação da intervenção não afetará o funcionamento da en-

tidade nem o curso regular de seus negócios. § 4o Na hipótese de indicação de pessoa jurídica para gerir a socie-

dade em regime de intervenção, esta poderá, em igualdade de condições com outros interessados, participar de processo de aquisição do controle acionário da sociedade interventiva." (NR)

Art. 6o O art. 9o da Lei no 5.627, de 1o de dezembro de 1970, passa a

vigorar com a seguinte redação: "Art. 9o Parágrafo único. Excepcionalmente, e em prazo não superior

a um ano, prorrogável por uma única vez e por igual prazo, e a critério da SUSEP, poderá ser autorizada a transferência de controle acionário de sociedades de seguros às pessoas jurídicas indicadas neste artigo." (NR)

Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida

Provisória no 2.069-30, de 27 de dezembro de 2000. Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 9o Fica revogado o art. 3o da Lei no 7.682, de 2 de dezembro de

1988. Congresso Nacional, em 14 de fevereiro de 2001; 180o da Indepen-

dência e 113o da República Senador Antonio Carlos Magalhães Presidente

CONSELHO DE GESTÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (CGPC)

O Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) é um

órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular, normatizar e coordenar as atividades das Enti-dades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). Tam-bém cabe ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar.

LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001

Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras

providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-

cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

Art. 1o O regime de previdência privada, de caráter complementar e

organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, é facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício, nos termos do caput do art. 202 da Constituição Federal, obser-vado o disposto nesta Lei Complementar.

Art. 2o O regime de previdência complementar é operado por entida-

des de previdência complementar que têm por objetivo principal instituir e executar planos de benefícios de caráter previdenciário, na forma desta

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Lei Complementar. Art. 3o A ação do Estado será exercida com o objetivo de: I - formular a política de previdência complementar; II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas por

esta Lei Complementar, compatibilizando-as com as políticas previdenciá-ria e de desenvolvimento social e econômico-financeiro;

III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira e atuarial, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios, isoladamente, e de cada entidade de previdência complementar, no conjunto de suas atividades;

IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às infor-mações relativas à gestão de seus respectivos planos de benefícios;

V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas opera-ções e aplicar penalidades; e

VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios.

Art. 4o As entidades de previdência complementar são classificadas

em fechadas e abertas, conforme definido nesta Lei Complementar. Art. 5o A normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e con-

trole das atividades das entidades de previdência complementar serão realizados por órgão ou órgãos regulador e fiscalizador, conforme disposto em lei, observado o disposto no inciso VI do art. 84 da Constituição Fede-ral.

CAPÍTULO II

DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS

Seção I Disposições Comuns

Art. 6o As entidades de previdência complementar somente poderão

instituir e operar planos de benefícios para os quais tenham autorização específica, segundo as normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscali-zador, conforme disposto nesta Lei Complementar.

Art. 7o Os planos de benefícios atenderão a padrões mínimos fixados

pelo órgão regulador e fiscalizador, com o objetivo de assegurar transpa-rência, solvência, liquidez e equilíbrio econômico-financeiro e atuarial.

Parágrafo único. O órgão regulador e fiscalizador normatizará planos de benefícios nas modalidades de benefício definido, contribuição definida e contribuição variável, bem como outras formas de planos de benefícios que reflitam a evolução técnica e possibilitem flexibilidade ao regime de previdência complementar.

Art. 8o Para efeito desta Lei Complementar, considera-se: I - participante, a pessoa física que aderir aos planos de benefícios;

e II - assistido, o participante ou seu beneficiário em gozo de benefício

de prestação continuada. Art. 9o As entidades de previdência complementar constituirão reser-

vas técnicas, provisões e fundos, de conformidade com os critérios e normas fixados pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 1o A aplicação dos recursos correspondentes às reservas, às provi-sões e aos fundos de que trata o caput será feita conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

§ 2o É vedado o estabelecimento de aplicações compulsórias ou limi-tes mínimos de aplicação.

Art. 10. Deverão constar dos regulamentos dos planos de benefícios,

das propostas de inscrição e dos certificados de participantes condições mínimas a serem fixadas pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 1o A todo pretendente será disponibilizado e a todo participante en-tregue, quando de sua inscrição no plano de benefícios:

I - certificado onde estarão indicados os requisitos que regulam a admissão e a manutenção da qualidade de participante, bem como os requisitos de elegibilidade e forma de cálculo dos benefícios;

II - cópia do regulamento atualizado do plano de benefícios e materi-al explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, as caracte-

rísticas do plano; III - cópia do contrato, no caso de plano coletivo de que trata o inciso

II do art. 26 desta Lei Complementar; e IV - outros documentos que vierem a ser especificados pelo órgão re-

gulador e fiscalizador. § 2o Na divulgação dos planos de benefícios, não poderão ser incluí-

das informações diferentes das que figurem nos documentos referidos neste artigo.

Art. 11. Para assegurar compromissos assumidos junto aos partici-

pantes e assistidos de planos de benefícios, as entidades de previdência complementar poderão contratar operações de resseguro, por iniciativa própria ou por determinação do órgão regulador e fiscalizador, observados o regulamento do respectivo plano e demais disposições legais e regula-mentares.

Parágrafo único. Fica facultada às entidades fechadas a garantia refe-rida no caput por meio de fundo de solvência, a ser instituído na forma da lei.

Seção II

Dos Planos de Benefícios de Entidades Fechadas Art. 12. Os planos de benefícios de entidades fechadas poderão ser

instituídos por patrocinadores e instituidores, observado o disposto no art. 31 desta Lei Complementar.

Art. 13. A formalização da condição de patrocinador ou instituidor de

um plano de benefício dar-se-á mediante convênio de adesão a ser cele-brado entre o patrocinador ou instituidor e a entidade fechada, em relação a cada plano de benefícios por esta administrado e executado, mediante prévia autorização do órgão regulador e fiscalizador, conforme regulamen-tação do Poder Executivo.

§ 1o Admitir-se-á solidariedade entre patrocinadores ou entre institui-dores, com relação aos respectivos planos, desde que expressamente prevista no convênio de adesão.

§ 2o O órgão regulador e fiscalizador, dentre outros requisitos, estabe-lecerá o número mínimo de participantes admitido para cada modalidade de plano de benefício.

Art. 14. Os planos de benefícios deverão prever os seguintes institu-

tos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscaliza-dor:

I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes da aquisição do direito ao benefício pleno, a ser concedido quando cumpridos os requisitos de elegibilidade;

II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro plano;

III - resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante, descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma regulamentada; e

IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebi-da, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis corresponden-tes àquela remuneração ou em outros definidos em normas regulamenta-res.

§ 1o Não será admitida a portabilidade na inexistência de cessação do

vínculo empregatício do participante com o patrocinador. § 2o O órgão regulador e fiscalizador estabelecerá período de carên-

cia para o instituto de que trata o inciso II deste artigo. § 3o Na regulamentação do instituto previsto no inciso II do caput des-

te artigo, o órgão regulador e fiscalizador observará, entre outros requisi-tos específicos, os seguintes:

I - se o plano de benefícios foi instituído antes ou depois da publica-ção desta Lei Complementar;

II - a modalidade do plano de benefícios. § 4o O instituto de que trata o inciso II deste artigo, quando efetuado

para entidade aberta, somente será admitido quando a integralidade dos recursos financeiros correspondentes ao direito acumulado do participante

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for utilizada para a contratação de renda mensal vitalícia ou por prazo determinado, cujo prazo mínimo não poderá ser inferior ao período em que a respectiva reserva foi constituída, limitado ao mínimo de quinze anos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscali-zador.

Art. 15. Para efeito do disposto no inciso II do caput do artigo anterior,

fica estabelecido que: I - a portabilidade não caracteriza resgate; e II - é vedado que os recursos financeiros correspondentes transitem

pelos participantes dos planos de benefícios, sob qualquer forma. Parágrafo único. O direito acumulado corresponde às reservas consti-

tuídas pelo participante ou à reserva matemática, o que lhe for mais favorável.

Art. 16. Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, ofere-

cidos a todos os empregados dos patrocinadores ou associados dos instituidores.

§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, são equiparáveis aos empregados e associados a que se refere o caput os gerentes, diretores, conselheiros ocupantes de cargo eletivo e outros dirigentes de patrocina-dores e instituidores.

§ 2o É facultativa a adesão aos planos a que se refere o caput deste artigo.

§ 3o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos planos em ex-tinção, assim considerados aqueles aos quais o acesso de novos partici-pantes esteja vedado.

Art. 17. As alterações processadas nos regulamentos dos planos apli-

cam-se a todos os participantes das entidades fechadas, a partir de sua aprovação pelo órgão regulador e fiscalizador, observado o direito acumu-lado de cada participante.

Parágrafo único. Ao participante que tenha cumprido os requisitos pa-ra obtenção dos benefícios previstos no plano é assegurada a aplicação das disposições regulamentares vigentes na data em que se tornou elegí-vel a um benefício de aposentadoria.

Art. 18. O plano de custeio, com periodicidade mínima anual, estabe-

lecerá o nível de contribuição necessário à constituição das reservas garantidoras de benefícios, fundos, provisões e à cobertura das demais despesas, em conformidade com os critérios fixados pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 1o O regime financeiro de capitalização é obrigatório para os benefí-cios de pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas.

§ 2o Observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atu-arial, o cálculo das reservas técnicas atenderá às peculiaridades de cada plano de benefícios e deverá estar expresso em nota técnica atuarial, de apresentação obrigatória, incluindo as hipóteses utilizadas, que deverão guardar relação com as características da massa e da atividade desenvol-vida pelo patrocinador ou instituidor.

§ 3o As reservas técnicas, provisões e fundos de cada plano de bene-fícios e os exigíveis a qualquer título deverão atender permanentemente à cobertura integral dos compromissos assumidos pelo plano de benefícios, ressalvadas excepcionalidades definidas pelo órgão regulador e fiscaliza-dor.

Art. 19. As contribuições destinadas à constituição de reservas terão

como finalidade prover o pagamento de benefícios de caráter previdenciá-rio, observadas as especificidades previstas nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. As contribuições referidas no caput classificam-se em:

I - normais, aquelas destinadas ao custeio dos benefícios previstos no respectivo plano; e

II - extraordinárias, aquelas destinadas ao custeio de déficits, serviço passado e outras finalidades não incluídas na contribuição normal.

Art. 20. O resultado superavitário dos planos de benefícios das enti-

dades fechadas, ao final do exercício, satisfeitas as exigências regulamen-tares relativas aos mencionados planos, será destinado à constituição de reserva de contingência, para garantia de benefícios, até o limite de vinte e cinco por cento do valor das reservas matemáticas.

§ 1o Constituída a reserva de contingência, com os valores exceden-

tes será constituída reserva especial para revisão do plano de benefícios. § 2o A não utilização da reserva especial por três exercícios consecu-

tivos determinará a revisão obrigatória do plano de benefícios da entidade. § 3o Se a revisão do plano de benefícios implicar redução de contribu-

ições, deverá ser levada em consideração a proporção existente entre as contribuições dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dos assis-tidos.

Art. 21. O resultado deficitário nos planos ou nas entidades fechadas

será equacionado por patrocinadores, participantes e assistidos, na pro-porção existente entre as suas contribuições, sem prejuízo de ação re-gressiva contra dirigentes ou terceiros que deram causa a dano ou prejuí-zo à entidade de previdência complementar.

§ 1o O equacionamento referido no caput poderá ser feito, dentre ou-tras formas, por meio do aumento do valor das contribuições, instituição de contribuição adicional ou redução do valor dos benefícios a conceder, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 2o A redução dos valores dos benefícios não se aplica aos assisti-dos, sendo cabível, nesse caso, a instituição de contribuição adicional para cobertura do acréscimo ocorrido em razão da revisão do plano.

§ 3o Na hipótese de retorno à entidade dos recursos equivalentes ao déficit previsto no caput deste artigo, em conseqüência de apuração de responsabilidade mediante ação judicial ou administrativa, os respectivos valores deverão ser aplicados necessariamente na redução proporcional das contribuições devidas ao plano ou em melhoria dos benefícios.

Art. 22. Ao final de cada exercício, coincidente com o ano civil, as en-

tidades fechadas deverão levantar as demonstrações contábeis e as avaliações atuariais de cada plano de benefícios, por pessoa jurídica ou profissional legalmente habilitado, devendo os resultados ser encaminha-dos ao órgão regulador e fiscalizador e divulgados aos participantes e aos assistidos.

Art. 23. As entidades fechadas deverão manter atualizada sua conta-

bilidade, de acordo com as instruções do órgão regulador e fiscalizador, consolidando a posição dos planos de benefícios que administram e executam, bem como submetendo suas contas a auditores independen-tes.

Parágrafo único. Ao final de cada exercício serão elaboradas as de-monstrações contábeis e atuariais consolidadas, sem prejuízo dos contro-les por plano de benefícios.

Art. 24. A divulgação aos participantes, inclusive aos assistidos, das

informações pertinentes aos planos de benefícios dar-se-á ao menos uma vez ao ano, na forma, nos prazos e pelos meios estabelecidos pelo órgão regulador e fiscalizador.

Parágrafo único. As informações requeridas formalmente pelo partici-pante ou assistido, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal específico deverão ser atendidas pela entidade no prazo estabelecido pelo órgão regulador e fiscalizador.

Art. 25. O órgão regulador e fiscalizador poderá autorizar a extinção

de plano de benefícios ou a retirada de patrocínio, ficando os patrocinado-res e instituidores obrigados ao cumprimento da totalidade dos compro-missos assumidos com a entidade relativamente aos direitos dos partici-pantes, assistidos e obrigações legais, até a data da retirada ou extinção do plano.

Parágrafo único. Para atendimento do disposto no caput deste artigo, a situação de solvência econômico-financeira e atuarial da entidade deverá ser atestada por profissional devidamente habilitado, cujos relató-rios serão encaminhados ao órgão regulador e fiscalizador.

Seção III

Dos Planos de Benefícios de Entidades Abertas Art. 26. Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas po-

derão ser: I - individuais, quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas; ou II - coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previ-

denciários a pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante.

§ 1o O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pesso-

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as jurídicas. § 2o O vínculo indireto de que trata o inciso II deste artigo refere-se

aos casos em que uma entidade representativa de pessoas jurídicas contrate plano previdenciário coletivo para grupos de pessoas físicas vinculadas a suas filiadas.

§ 3o Os grupos de pessoas de que trata o parágrafo anterior poderão ser constituídos por uma ou mais categorias específicas de empregados de um mesmo empregador, podendo abranger empresas coligadas, controladas ou subsidiárias, e por membros de associações legalmente constituídas, de caráter profissional ou classista, e seus cônjuges ou companheiros e dependentes econômicos.

§ 4o Para efeito do disposto no parágrafo anterior, são equiparáveis aos empregados e associados os diretores, conselheiros ocupantes de cargos eletivos e outros dirigentes ou gerentes da pessoa jurídica contra-tante.

§ 5o A implantação de um plano coletivo será celebrada mediante contrato, na forma, nos critérios, nas condições e nos requisitos mínimos a serem estabelecidos pelo órgão regulador.

§ 6o É vedada à entidade aberta a contratação de plano coletivo com pessoa jurídica cujo objetivo principal seja estipular, em nome de tercei-ros, planos de benefícios coletivos.

Art. 27. Observados os conceitos, a forma, as condições e os critérios

fixados pelo órgão regulador, é assegurado aos participantes o direito à portabilidade, inclusive para plano de benefício de entidade fechada, e ao resgate de recursos das reservas técnicas, provisões e fundos, total ou parcialmente.

§ 1o A portabilidade não caracteriza resgate. § 2o É vedado, no caso de portabilidade: I - que os recursos financeiros transitem pelos participantes, sob

qualquer forma; e II - a transferência de recursos entre participantes. Art. 28. Os ativos garantidores das reservas técnicas, das provisões e

dos fundos serão vinculados à ordem do órgão fiscalizador, na forma a ser regulamentada, e poderão ter sua livre movimentação suspensa pelo referido órgão, a partir da qual não poderão ser alienados ou prometidos alienar sem sua prévia e expressa autorização, sendo nulas, de pleno direito, quaisquer operações realizadas com violação daquela suspensão.

§ 1o Sendo imóvel, o vínculo será averbado à margem do respectivo registro no Cartório de Registro Geral de Imóveis competente, mediante comunicação do órgão fiscalizador.

§ 2o Os ativos garantidores a que se refere o caput, bem como os di-reitos deles decorrentes, não poderão ser gravados, sob qualquer forma, sem prévia e expressa autorização do órgão fiscalizador, sendo nulos os gravames constituídos com infringência do disposto neste parágrafo.

Art. 29. Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe

forem conferidas por lei: I - fixar padrões adequados de segurança atuarial e econômico-

financeira, para preservação da liquidez e solvência dos planos de benefí-cios, isoladamente, e de cada entidade aberta, no conjunto de suas ativi-dades;

II - estabelecer as condições em que o órgão fiscalizador pode de-terminar a suspensão da comercialização ou a transferência, entre entida-des abertas, de planos de benefícios; e

III - fixar condições que assegurem transparência, acesso a informa-ções e fornecimento de dados relativos aos planos de benefícios, inclusive quanto à gestão dos respectivos recursos.

Art. 30. É facultativa a utilização de corretores na venda dos planos

de benefícios das entidades abertas. Parágrafo único. Aos corretores de planos de benefícios aplicam-se a

legislação e a regulamentação da profissão de corretor de seguros.

CAPÍTULO III DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na forma re-

gulamentada pelo órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente: I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos

servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

entes denominados patrocinadores; e II - aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter pro-

fissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. § 1o As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de fundação

ou sociedade civil, sem fins lucrativos. § 2o As entidades fechadas constituídas por instituidores referidos no

inciso II do caput deste artigo deverão, cumulativamente: I - terceirizar a gestão dos recursos garantidores das reservas técni-

cas e provisões mediante a contratação de instituição especializada autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou outro órgão com-petente;

II - ofertar exclusivamente planos de benefícios na modalidade con-tribuição definida, na forma do parágrafo único do art. 7o desta Lei Com-plementar.

§ 3o Os responsáveis pela gestão dos recursos de que trata o inciso I do parágrafo anterior deverão manter segregados e totalmente isolados o seu patrimônio dos patrimônios do instituidor e da entidade fechada.

§ 4o Na regulamentação de que trata o caput, o órgão regulador e fis-calizador estabelecerá o tempo mínimo de existência do instituidor e o seu número mínimo de associados.

Art. 32. As entidades fechadas têm como objeto a administração e

execução de planos de benefícios de natureza previdenciária. Parágrafo único. É vedada às entidades fechadas a prestação de

quaisquer serviços que não estejam no âmbito de seu objeto, observado o disposto no art. 76.

Art. 33. Dependerão de prévia e expressa autorização do órgão regu-

lador e fiscalizador: I - a constituição e o funcionamento da entidade fechada, bem como

a aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações;

II - as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas;

III - as retiradas de patrocinadores; e IV - as transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de pla-

nos e de reservas entre entidades fechadas. § 1o Excetuado o disposto no inciso III deste artigo, é vedada a trans-

ferência para terceiros de participantes, de assistidos e de reservas consti-tuídas para garantia de benefícios de risco atuarial programado, de acordo com normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 2o Para os assistidos de planos de benefícios na modalidade contri-buição definida que mantiveram esta característica durante a fase de percepção de renda programada, o órgão regulador e fiscalizador poderá, em caráter excepcional, autorizar a transferência dos recursos garantido-res dos benefícios para entidade de previdência complementar ou compa-nhia seguradora autorizada a operar planos de previdência complementar, com o objetivo específico de contratar plano de renda vitalícia, observadas as normas aplicáveis.

Art. 34. As entidades fechadas podem ser qualificadas da seguinte

forma, além de outras que possam ser definidas pelo órgão regulador e fiscalizador:

I - de acordo com os planos que administram: a) de plano comum, quando administram plano ou conjunto de planos

acessíveis ao universo de participantes; e b) com multiplano, quando administram plano ou conjunto de planos

de benefícios para diversos grupos de participantes, com independência patrimonial;

II - de acordo com seus patrocinadores ou instituidores: a) singulares, quando estiverem vinculadas a apenas um patrocina-

dor ou instituidor; e b) multipatrocinadas, quando congregarem mais de um patrocinador

ou instituidor. Art. 35. As entidades fechadas deverão manter estrutura mínima

composta por conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria-executiva. § 1o O estatuto deverá prever representação dos participantes e as-

sistidos nos conselhos deliberativo e fiscal, assegurado a eles no mínimo um terço das vagas.

§ 2o Na composição dos conselhos deliberativo e fiscal das entidades

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qualificadas como multipatrocinadas, deverá ser considerado o número de participantes vinculados a cada patrocinador ou instituidor, bem como o montante dos respectivos patrimônios.

§ 3o Os membros do conselho deliberativo ou do conselho fiscal deve-rão atender aos seguintes requisitos mínimos:

I - comprovada experiência no exercício de atividades nas áreas fi-nanceira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização ou de auditoria;

II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado; e III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legisla-

ção da seguridade social ou como servidor público. § 4o Os membros da diretoria-executiva deverão ter formação de nível

superior e atender aos requisitos do parágrafo anterior. § 5o Será informado ao órgão regulador e fiscalizador o responsável

pelas aplicações dos recursos da entidade, escolhido entre os membros da diretoria-executiva.

§ 6o Os demais membros da diretoria-executiva responderão solidari-amente com o dirigente indicado na forma do parágrafo anterior pelos danos e prejuízos causados à entidade para os quais tenham concorrido.

§ 7o Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 31 desta Lei Comple-mentar, os membros da diretoria-executiva e dos conselhos deliberativo e fiscal poderão ser remunerados pelas entidades fechadas, de acordo com a legislação aplicável.

§ 8o Em caráter excepcional, poderão ser ocupados até trinta por cen-to dos cargos da diretoria-executiva por membros sem formação de nível superior, sendo assegurada a possibilidade de participação neste órgão de pelo menos um membro, quando da aplicação do referido percentual resultar número inferior à unidade.

CAPÍTULO IV

DAS ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Art. 36. As entidades abertas são constituídas unicamente sob a for-

ma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda conti-nuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.

Parágrafo único. As sociedades seguradoras autorizadas a operar ex-clusivamente no ramo vida poderão ser autorizadas a operar os planos de benefícios a que se refere o caput, a elas se aplicando as disposições desta Lei Complementar.

Art. 37. Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe

forem conferidas por lei, estabelecer: I - os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de

órgãos estatutários de entidades abertas, observado que o pretendente não poderá ter sofrido condenação criminal transitada em julgado, penali-dade administrativa por infração da legislação da seguridade social ou como servidor público;

II - as normas gerais de contabilidade, auditoria, atuária e estatística a serem observadas pelas entidades abertas, inclusive quanto à padroni-zação dos planos de contas, balanços gerais, balancetes e outras de-monstrações financeiras, critérios sobre sua periodicidade, sobre a publi-cação desses documentos e sua remessa ao órgão fiscalizador;

III - os índices de solvência e liquidez, bem como as relações patri-moniais a serem atendidas pelas entidades abertas, observado que seu patrimônio líquido não poderá ser inferior ao respectivo passivo não operacional; e

IV - as condições que assegurem acesso a informações e forneci-mento de dados relativos a quaisquer aspectos das atividades das entida-des abertas.

Art. 38. Dependerão de prévia e expressa aprovação do órgão fiscali-

zador: I - a constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem

como as disposições de seus estatutos e as respectivas alterações; II - a comercialização dos planos de benefícios; III - os atos relativos à eleição e conseqüente posse de administrado-

res e membros de conselhos estatutários; e IV - as operações relativas à transferência do controle acionário, fu-

são, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização socie-tária.

Parágrafo único. O órgão regulador disciplinará o tratamento adminis-

trativo a ser emprestado ao exame dos assuntos constantes deste artigo. Art. 39. As entidades abertas deverão comunicar ao órgão fiscaliza-

dor, no prazo e na forma estabelecidos: I - os atos relativos às alterações estatutárias e à eleição de adminis-

tradores e membros de conselhos estatutários; e II - o responsável pela aplicação dos recursos das reservas técnicas,

provisões e fundos, escolhido dentre os membros da diretoria-executiva. Parágrafo único. Os demais membros da diretoria-executiva respon-

derão solidariamente com o dirigente indicado na forma do inciso II deste artigo pelos danos e prejuízos causados à entidade para os quais tenham concorrido.

Art. 40. As entidades abertas deverão levantar no último dia útil de

cada mês e semestre, respectivamente, balancetes mensais e balanços gerais, com observância das regras e dos critérios estabelecidos pelo órgão regulador.

Parágrafo único. As sociedades seguradoras autorizadas a operar planos de benefícios deverão apresentar nas demonstrações financeiras, de forma discriminada, as atividades previdenciárias e as de seguros, de acordo com critérios fixados pelo órgão regulador.

CAPÍTULO V

DA FISCALIZAÇÃO Art. 41. No desempenho das atividades de fiscalização das entidades

de previdência complementar, os servidores do órgão regulador e fiscali-zador terão livre acesso às respectivas entidades, delas podendo requisi-tar e apreender livros, notas técnicas e quaisquer documentos, caracteri-zando-se embaraço à fiscalização, sujeito às penalidades previstas em lei, qualquer dificuldade oposta à consecução desse objetivo.

§ 1o O órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas poderá solicitar dos patrocinadores e instituidores informações relativas aos aspectos específicos que digam respeito aos compromissos assumidos frente aos respectivos planos de benefícios.

§ 2o A fiscalização a cargo do Estado não exime os patrocinadores e os instituidores da responsabilidade pela supervisão sistemática das atividades das suas respectivas entidades fechadas.

§ 3o As pessoas físicas ou jurídicas submetidas ao regime desta Lei Complementar ficam obrigadas a prestar quaisquer informações ou escla-recimentos solicitados pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 4o O disposto neste artigo aplica-se, sem prejuízo da competência das autoridades fiscais, relativamente ao pleno exercício das atividades de fiscalização tributária.

Art. 42. O órgão regulador e fiscalizador poderá, em relação às enti-

dades fechadas, nomear administrador especial, a expensas da entidade, com poderes próprios de intervenção e de liquidação extrajudicial, com o objetivo de sanear plano de benefícios específico, caso seja constatada na sua administração e execução alguma das hipóteses previstas nos arts. 44 e 48 desta Lei Complementar.

Parágrafo único. O ato de nomeação de que trata o caput estabelece-rá as condições, os limites e as atribuições do administrador especial.

Art. 43. O órgão fiscalizador poderá, em relação às entidades abertas,

desde que se verifique uma das condições previstas no art. 44 desta Lei Complementar, nomear, por prazo determinado, prorrogável a seu critério, e a expensas da respectiva entidade, um diretor-fiscal.

§ 1o O diretor-fiscal, sem poderes de gestão, terá suas atribuições es-tabelecidas pelo órgão regulador, cabendo ao órgão fiscalizador fixar sua remuneração.

§ 2o Se reconhecer a inviabilidade de recuperação da entidade aberta ou a ausência de qualquer condição para o seu funcionamento, o diretor-fiscal proporá ao órgão fiscalizador a decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial.

§ 3o O diretor-fiscal não está sujeito à indisponibilidade de bens, nem aos demais efeitos decorrentes da decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial da entidade aberta.

CAPÍTULO VI

DA INTERVENÇÃO E DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

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Seção I Da Intervenção

Art. 44. Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos po-

derá ser decretada a intervenção na entidade de previdência complemen-tar, desde que se verifique, isolada ou cumulativamente:

I - irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas técni-cas, provisões e fundos, ou na sua cobertura por ativos garantidores;

II - aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma inadequada ou em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos competentes;

III - descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas nos regulamentos dos planos de benefícios, convênios de ade-são ou contratos dos planos coletivos de que trata o inciso II do art. 26 desta Lei Complementar;

IV - situação econômico-financeira insuficiente à preservação da li-quidez e solvência de cada um dos planos de benefícios e da entidade no conjunto de suas atividades;

V - situação atuarial desequilibrada; VI - outras anormalidades definidas em regulamento. Art. 45. A intervenção será decretada pelo prazo necessário ao exa-

me da situação da entidade e encaminhamento de plano destinado à sua recuperação.

Parágrafo único. Dependerão de prévia e expressa autorização do ór-gão competente os atos do interventor que impliquem oneração ou dispo-sição do patrimônio.

Art. 46. A intervenção cessará quando aprovado o plano de recupera-

ção da entidade pelo órgão competente ou se decretada a sua liquidação extrajudicial.

Seção II Da Liquidação Extrajudicial

Art. 47. As entidades fechadas não poderão solicitar concordata e não

estão sujeitas a falência, mas somente a liquidação extrajudicial. Art. 48. A liquidação extrajudicial será decretada quando reconhecida

a inviabilidade de recuperação da entidade de previdência complementar ou pela ausência de condição para seu funcionamento.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se por ausência de condição para funcionamento de entidade de previdência complementar:

I - (VETADO) II - (VETADO) III - o não atendimento às condições mínimas estabelecidas pelo

órgão regulador e fiscalizador. Art. 49. A decretação da liquidação extrajudicial produzirá, de imedia-

to, os seguintes efeitos: I - suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e in-

teresses relativos ao acervo da entidade liquidanda; II - vencimento antecipado das obrigações da liquidanda; III - não incidência de penalidades contratuais contra a entidade

por obrigações vencidas em decorrência da decretação da liquidação extrajudicial;

IV - não fluência de juros contra a liquidanda enquanto não inte-gralmente pago o passivo;

V - interrupção da prescrição em relação às obrigações da entida-de em liquidação;

VI - suspensão de multa e juros em relação às dívidas da entidade; VII - inexigibilidade de penas pecuniárias por infrações de natureza

administrativa; VIII - interrupção do pagamento à liquidanda das contribuições dos

participantes e dos patrocinadores, relativas aos planos de benefícios. § 1o As faculdades previstas nos incisos deste artigo aplicam-se, no

caso das entidades abertas de previdência complementar, exclusivamen-te, em relação às suas atividades de natureza previdenciária.

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica às ações e aos débitos de natureza tributária.

Art. 50. O liquidante organizará o quadro geral de credores, realizará

o ativo e liquidará o passivo. § 1o Os participantes, inclusive os assistidos, dos planos de benefícios

ficam dispensados de se habilitarem a seus respectivos créditos, estejam estes sendo recebidos ou não.

§ 2o Os participantes, inclusive os assistidos, dos planos de benefícios terão privilégio especial sobre os ativos garantidores das reservas técni-cas e, caso estes não sejam suficientes para a cobertura dos direitos respectivos, privilégio geral sobre as demais partes não vinculadas ao ativo.

§ 3o Os participantes que já estiverem recebendo benefícios, ou que já tiverem adquirido este direito antes de decretada a liquidação extrajudi-cial, terão preferência sobre os demais participantes.

§ 4o Os créditos referidos nos parágrafos anteriores deste artigo não têm preferência sobre os créditos de natureza trabalhista ou tributária.

Art. 51. Serão obrigatoriamente levantados, na data da decretação da

liquidação extrajudicial de entidade de previdência complementar, o balanço geral de liquidação e as demonstrações contábeis e atuariais necessárias à determinação do valor das reservas individuais.

Art. 52. A liquidação extrajudicial poderá, a qualquer tempo, ser levan-

tada, desde que constatados fatos supervenientes que viabilizem a recu-peração da entidade de previdência complementar.

Art. 53. A liquidação extrajudicial das entidades fechadas encerrar-se-

á com a aprovação, pelo órgão regulador e fiscalizador, das contas finais do liquidante e com a baixa nos devidos registros.

Parágrafo único. Comprovada pelo liquidante a inexistência de ativos para satisfazer a possíveis créditos reclamados contra a entidade, deverá tal situação ser comunicada ao juízo competente e efetivados os devidos registros, para o encerramento do processo de liquidação.

Seção III

Disposições Especiais Art. 54. O interventor terá amplos poderes de administração e repre-

sentação e o liquidante plenos poderes de administração, representação e liquidação.

Art. 55. Compete ao órgão fiscalizador decretar, aprovar e rever os

atos de que tratam os arts. 45, 46 e 48 desta Lei Complementar, bem como nomear, por intermédio do seu dirigente máximo, o interventor ou o liquidante.

Art. 56. A intervenção e a liquidação extrajudicial determinam a perda

do mandato dos administradores e membros dos conselhos estatutários das entidades, sejam titulares ou suplentes.

Art. 57. Os créditos das entidades de previdência complementar, em

caso de liquidação ou falência de patrocinadores, terão privilégio especial sobre a massa, respeitado o privilégio dos créditos trabalhistas e tributá-rios.

Parágrafo único. Os administradores dos respectivos patrocinadores serão responsabilizados pelos danos ou prejuízos causados às entidades de previdência complementar, especialmente pela falta de aporte das contribuições a que estavam obrigados, observado o disposto no parágra-fo único do art. 63 desta Lei Complementar.

Art. 58. No caso de liquidação extrajudicial de entidade fechada moti-

vada pela falta de aporte de contribuições de patrocinadores ou pelo não recolhimento de contribuições de participantes, os administradores daque-les também serão responsabilizados pelos danos ou prejuízos causados.

Art. 59. Os administradores, controladores e membros de conselhos

estatutários das entidades de previdência complementar sob intervenção ou em liquidação extrajudicial ficarão com todos os seus bens indisponí-veis, não podendo, por qualquer forma, direta ou indireta, aliená-los ou onerá-los, até a apuração e liquidação final de suas responsabilidades.

§ 1o A indisponibilidade prevista neste artigo decorre do ato que de-cretar a intervenção ou liquidação extrajudicial e atinge todos aqueles que tenham estado no exercício das funções nos doze meses anteriores.

§ 2o A indisponibilidade poderá ser estendida aos bens de pessoas que, nos últimos doze meses, os tenham adquirido, a qualquer título, das

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pessoas referidas no caput e no parágrafo anterior, desde que haja segu-ros elementos de convicção de que se trata de simulada transferência com o fim de evitar os efeitos desta Lei Complementar.

§ 3o Não se incluem nas disposições deste artigo os bens considera-dos inalienáveis ou impenhoráveis pela legislação em vigor.

§ 4o Não são também atingidos pela indisponibilidade os bens objeto de contrato de alienação, de promessas de compra e venda e de cessão de direitos, desde que os respectivos instrumentos tenham sido levados ao competente registro público até doze meses antes da data de decreta-ção da intervenção ou liquidação extrajudicial.

§ 5o Não se aplica a indisponibilidade de bens das pessoas referidas no caput deste artigo no caso de liquidação extrajudicial de entidades fechadas que deixarem de ter condições para funcionar por motivos totalmente desvinculados do exercício das suas atribuições, situação esta que poderá ser revista a qualquer momento, pelo órgão regulador e fisca-lizador, desde que constatada a existência de irregularidades ou indícios de crimes por elas praticados.

Art. 60. O interventor ou o liquidante comunicará a indisponibilidade

de bens aos órgãos competentes para os devidos registros e publicará edital para conhecimento de terceiros.

Parágrafo único. A autoridade que receber a comunicação ficará, rela-tivamente a esses bens, impedida de:

I - fazer transcrições, inscrições ou averbações de documentos pú-blicos ou particulares;

II - arquivar atos ou contratos que importem em transferência de co-tas sociais, ações ou partes beneficiárias;

III - realizar ou registrar operações e títulos de qualquer natureza; e IV - processar a transferência de propriedade de veículos automoto-

res, aeronaves e embarcações. Art. 61. A apuração de responsabilidades específicas referida no ca-

put do art. 59 desta Lei Complementar será feita mediante inquérito a ser instaurado pelo órgão regulador e fiscalizador, sem prejuízo do disposto nos arts. 63 a 65 desta Lei Complementar.

§ 1o Se o inquérito concluir pela inexistência de prejuízo, será arqui-vado no órgão fiscalizador.

§ 2o Concluindo o inquérito pela existência de prejuízo, será ele, com o respectivo relatório, remetido pelo órgão regulador e fiscalizador ao Ministério Público, observados os seguintes procedimentos:

I - o interventor ou o liquidante, de ofício ou a requerimento de qual-quer interessado que não tenha sido indiciado no inquérito, após aprova-ção do respectivo relatório pelo órgão fiscalizador, determinará o levanta-mento da indisponibilidade de que trata o art. 59 desta Lei Complementar;

II - será mantida a indisponibilidade com relação às pessoas indicia-das no inquérito, após aprovação do respectivo relatório pelo órgão fiscali-zador.

Art. 62. Aplicam-se à intervenção e à liquidação das entidades de

previdência complementar, no que couber, os dispositivos da legislação sobre a intervenção e liquidação extrajudicial das instituições financeiras, cabendo ao órgão regulador e fiscalizador as funções atribuídas ao Banco Central do Brasil.

CAPÍTULO VII

DO REGIME DISCIPLINAR Art. 63. Os administradores de entidade, os procuradores com pode-

res de gestão, os membros de conselhos estatutários, o interventor e o liquidante responderão civilmente pelos danos ou prejuízos que causarem, por ação ou omissão, às entidades de previdência complementar.

Parágrafo único. São também responsáveis, na forma do caput, os administradores dos patrocinadores ou instituidores, os atuários, os audi-tores independentes, os avaliadores de gestão e outros profissionais que prestem serviços técnicos à entidade, diretamente ou por intermédio de pessoa jurídica contratada.

Art. 64. O órgão fiscalizador competente, o Banco Central do Brasil, a

Comissão de Valores Mobiliários ou a Secretaria da Receita Federal, constatando a existência de práticas irregulares ou indícios de crimes em entidades de previdência complementar, noticiará ao Ministério Público, enviando-lhe os documentos comprobatórios.

Parágrafo único. O sigilo de operações não poderá ser invocado co-mo óbice à troca de informações entre os órgãos mencionados no caput, nem ao fornecimento de informações requisitadas pelo Ministério Público.

Art. 65. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou

de seu regulamento, para a qual não haja penalidade expressamente cominada, sujeita a pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e a gravidade da infração, às seguintes penalidades administrativas, observado o disposto em regulamento:

I - advertência; II - suspensão do exercício de atividades em entidades de previdên-

cia complementar pelo prazo de até cento e oitenta dias; III - inabilitação, pelo prazo de dois a dez anos, para o exercício de

cargo ou função em entidades de previdência complementar, sociedades seguradoras, instituições financeiras e no serviço público; e

IV - multa de dois mil reais a um milhão de reais, devendo esses valo-res, a partir da publicação desta Lei Complementar, ser reajustados de forma a preservar, em caráter permanente, seus valores reais.

§ 1o A penalidade prevista no inciso IV será imputada ao agente res-ponsável, respondendo solidariamente a entidade de previdência com-plementar, assegurado o direito de regresso, e poderá ser aplicada cumu-lativamente com as constantes dos incisos I, II ou III deste artigo.

§ 2o Das decisões do órgão fiscalizador caberá recurso, no prazo de quinze dias, com efeito suspensivo, ao órgão competente.

§ 3o O recurso a que se refere o parágrafo anterior, na hipótese do in-ciso IV deste artigo, somente será conhecido se for comprovado pelo requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador, de trinta por cento do valor da multa aplicada.

§ 4o Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro. Art. 66. As infrações serão apuradas mediante processo administrati-

vo, na forma do regulamento, aplicando-se, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999. (Vide Decreto nº 4.942, de 30.12.2003)

Art. 67. O exercício de atividade de previdência complementar por

qualquer pessoa, física ou jurídica, sem a autorização devida do órgão competente, inclusive a comercialização de planos de benefícios, bem como a captação ou a administração de recursos de terceiros com o objetivo de, direta ou indiretamente, adquirir ou conceder benefícios previdenciários sob qualquer forma, submete o responsável à penalidade de inabilitação pelo prazo de dois a dez anos para o exercício de cargo ou função em entidade de previdência complementar, sociedades segurado-ras, instituições financeiras e no serviço público, além de multa aplicável de acordo com o disposto no inciso IV do art. 65 desta Lei Complementar, bem como noticiar ao Ministério Público.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 68. As contribuições do empregador, os benefícios e as condi-

ções contratuais previstos nos estatutos, regulamentos e planos de bene-fícios das entidades de previdência complementar não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes.

§ 1o Os benefícios serão considerados direito adquirido do participan-te quando implementadas todas as condições estabelecidas para elegibili-dade consignadas no regulamento do respectivo plano.

§ 2o A concessão de benefício pela previdência complementar não depende da concessão de benefício pelo regime geral de previdência social.

Art. 69. As contribuições vertidas para as entidades de previdência

complementar, destinadas ao custeio dos planos de benefícios de nature-za previdenciária, são dedutíveis para fins de incidência de imposto sobre a renda, nos limites e nas condições fixadas em lei.

§ 1o Sobre as contribuições de que trata o caput não incidem tributa-ção e contribuições de qualquer natureza.

§ 2o Sobre a portabilidade de recursos de reservas técnicas, fundos e provisões entre planos de benefícios de entidades de previdência com-plementar, titulados pelo mesmo participante, não incidem tributação e contribuições de qualquer natureza.

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Art. 70. (VETADO) Art. 71. É vedado às entidades de previdência complementar realizar

quaisquer operações comerciais e financeiras: I - com seus administradores, membros dos conselhos estatutários e

respectivos cônjuges ou companheiros, e com seus parentes até o segun-do grau;

II - com empresa de que participem as pessoas a que se refere o in-ciso anterior, exceto no caso de participação de até cinco por cento como acionista de empresa de capital aberto; e

III - tendo como contraparte, mesmo que indiretamente, pessoas físi-cas e jurídicas a elas ligadas, na forma definida pelo órgão regulador.

Parágrafo único. A vedação deste artigo não se aplica ao patrocina-dor, aos participantes e aos assistidos, que, nessa condição, realizarem operações com a entidade de previdência complementar.

Art. 72. Compete privativamente ao órgão regulador e fiscalizador das

entidades fechadas zelar pelas sociedades civis e fundações, como definido no art. 31 desta Lei Complementar, não se aplicando a estas o disposto nos arts. 26 e 30 do Código Civil e 1.200 a 1.204 do Código de Processo Civil e demais disposições em contrário.

Art. 73. As entidades abertas serão reguladas também, no que cou-

ber, pela legislação aplicável às sociedades seguradoras. Art. 74. Até que seja publicada a lei de que trata o art. 5o desta Lei

Complementar, as funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador serão exercidas pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, por intermédio, respectivamente, do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) e da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), relativamente às entidades fechadas, e pelo Ministério da Fazen-da, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), em relação, respecti-vamente, à regulação e fiscalização das entidades abertas.

Art. 75. Sem prejuízo do benefício, prescreve em cinco anos o direito

às prestações não pagas nem reclamadas na época própria, resguarda-dos os direitos dos menores dependentes, dos incapazes ou dos ausen-tes, na forma do Código Civil.

Art. 76. As entidades fechadas que, na data da publicação desta Lei

Complementar, prestarem a seus participantes e assistidos serviços assistenciais à saúde poderão continuar a fazê-lo, desde que seja estabe-lecido um custeio específico para os planos assistenciais e que a sua contabilização e o seu patrimônio sejam mantidos em separado em rela-ção ao plano previdenciário.

§ 1o Os programas assistenciais de natureza financeira deverão ser extintos a partir da data de publicação desta Lei Complementar, permane-cendo em vigência, até o seu termo, apenas os compromissos já firmados.

§ 2o Consideram-se programas assistenciais de natureza financeira, para os efeitos desta Lei Complementar, aqueles em que o rendimento situa-se abaixo da taxa mínima atuarial do respectivo plano de benefícios.

Art. 77. As entidades abertas sem fins lucrativos e as sociedades se-

guradoras autorizadas a funcionar em conformidade com a Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, terão o prazo de dois anos para se adaptar ao disposto nesta Lei Complementar.

§ 1o No caso das entidades abertas sem fins lucrativos já autorizadas a funcionar, é permitida a manutenção de sua organização jurídica como sociedade civil, sendo-lhes vedado participar, direta ou indiretamente, de pessoas jurídicas, exceto quando tiverem participação acionária:

I - minoritária, em sociedades anônimas de capital aberto, na forma regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional, para aplicação de recursos de reservas técnicas, fundos e provisões;

II - em sociedade seguradora e/ou de capitalização. § 2o É vedado à sociedade seguradora e/ou de capitalização referida

no inciso II do parágrafo anterior participar majoritariamente de pessoas jurídicas, ressalvadas as empresas de suporte ao seu funcionamento e as sociedades anônimas de capital aberto, nas condições previstas no inciso I do parágrafo anterior.

§ 3o A entidade aberta sem fins lucrativos e a sociedade seguradora

e/ou de capitalização por ela controlada devem adaptar-se às condições estabelecidas nos §§ 1o e 2o, no mesmo prazo previsto no caput deste artigo.

§ 4o As reservas técnicas de planos já operados por entidades aber-tas de previdência privada sem fins lucrativos, anteriormente à data de publicação da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, poderão permanecer garantidas por ativos de propriedade da entidade, existentes à época, dentro de programa gradual de ajuste às normas estabelecidas pelo órgão regulador sobre a matéria, a ser submetido pela entidade ao órgão fiscali-zador no prazo máximo de doze meses a contar da data de publicação desta Lei Complementar.

§ 5o O prazo máximo para o término para o programa gradual de ajus-te a que se refere o parágrafo anterior não poderá superar cento e vinte meses, contados da data de aprovação do respectivo programa pelo órgão fiscalizador.

§ 6o As entidades abertas sem fins lucrativos que, na data de publica-ção desta Lei Complementar, já vinham mantendo programas de assis-tência filantrópica, prévia e expressamente autorizados, poderão, para efeito de cobrança, adicionar às contribuições de seus planos de benefí-cios valor destinado àqueles programas, observadas as normas estabele-cidas pelo órgão regulador.

§ 7o A aplicabilidade do disposto no parágrafo anterior fica sujeita, sob pena de cancelamento da autorização previamente concedida, à presta-ção anual de contas dos programas filantrópicos e à aprovação pelo órgão competente.

§ 8o O descumprimento de qualquer das obrigações contidas neste artigo sujeita os administradores das entidades abertas sem fins lucrativos e das sociedades seguradora e/ou de capitalização por elas controladas ao Regime Disciplinar previsto nesta Lei Complementar, sem prejuízo da responsabilidade civil por danos ou prejuízos causados, por ação ou omissão, à entidade.

Art. 78. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publi-

cação. Art. 79. Revogam-se as Leis no 6.435, de 15 de julho de 1977, e no

6.462, de 9 de novembro de 1977. Brasília, 29 de maio de 2001; 180o da Independência e 113o da Re-

pública. A SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (SPC) A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) é um órgão do Mi-

nistério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). A SPC se relaciona com os órgãos normativos do sistema financeiro na observação das exigências legais de aplicação das reservas técnicas, fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdição são obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. À SPC compete: propor as diretrizes básicas para o Sistema de Previdência Complementar; harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência privada com as políticas de desenvol-vimento social e econômico-financeira do Governo; fiscalizar, supervisio-nar, coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a previdência complementar fechada; analisar e aprovar os pedidos de autorização para constituição, funcionamento, fusão, incorporação, gru-pamento, transferência de controle das entidades fechadas de previdência complementar, bem como examinar e aprovar os estatutos das referidas entidades, os regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações; examinar e aprovar os convênios de adesão celebrados por patrocinado-res e por instituidores, bem como autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração especial em planos de benefícios operados pelas entidades fechadas de previdência complementar, bem como propor ao Ministro a decretação de intervenção ou liquidação das referidas entida-des.

INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL(IRB) Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) - sociedade de economia mis-

ta com controle acionário da União, jurisdicionada ao Ministério da Fazen-da, com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocessão, além de promover o desenvolvimento das operações de seguros no País. Maiores informações poderão ser encontradas no endereço: www.irb-

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DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL

Seção I

Da Natureza Jurídica, Finalidade, Constituição e Competência Art 41. O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de perso-

nalidade jurídica própria de Direito Privado e gozando de autonomia administrativa e financeira.

Parágrafo único - O IRB será representado em juízo ou fora dele por seu Presidente e responderá no foro comum.

Art 42. O IRB tem a finalidade de regular o cosseguro, o resseguro e

a retrocessão, bem como promover o desenvolvimento das operações de seguro, segundo as diretrizes do CNSP.

Art 43. O capital do IRB será de Cr$ 7.000.000.000 (sete bilhões de

cruzeiros) divididos em 700.000 (setecentas mil ações) no valor unitário de Cr$ 10.000 (dez mil cruzeiros), das quais 50% (cinqüenta por cento) de propriedade das Entidades federais de previdência social (acionistas classe "A") e as restantes 50% (cinqüenta por cento) das Sociedades Seguradoras (acionistas classe "B").

§ 1º O IRB pode aumentar seu capital alterando o número de ações ou o valor unitário delas, inclusive pela incorporação da correção monetá-ria do seu ativo imobilizado, mediante proposta do Conselho Técnico e aprovação do Ministro da Indústria e do Comércio.

§ 2º As ações do IRB, que poderão ser substituídas por títulos e cau-telas múltiplas, não se prestarão a garantia, exceto as de classe "B", que constituirão caução permanente de garantia, em favor do IRB, das opera-ções das Sociedades Seguradoras.

§ 3º A transferência de ações só poderá ocorrer entre acionistas da mesma classe, dependendo de prévia autorização do Conselho Técnico do IRB, ao qual incumbirá fixar o ágio para atender à valorização das reservas, fundos e provisões do Instituto.

Art 44. Compete ao IRB: I - Na qualidade de órgão regulador de cosseguro, resseguro e re-

trocessão: a) elaborar e expedir normas reguladoras de cosseguro, resseguro e

retrocessão; b) aceitar o resseguro obrigatório e facultativo, do País ou do exteri-

or; c) reter o resseguro aceito, na totalidade ou em parte; d) promover a colocação, no exterior, de seguro, cuja aceitação não

convenha aos interesses do País ou que nele não encontre cobertura; e) impor penalidade às Sociedades Seguradoras por infrações co-

metidas na qualidade de cosseguradoras, resseguradas ou retrocessioná-rias;

f) organizar e administrar consórcios, recebendo inclusive cessão in-tegral de seguros;

g) proceder à liquidação de sinistros, de conformidade com os crité-rios traçados pelas normas de cada ramo de seguro;

h) distribuir pelas Sociedades a parte dos resseguros que não retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capacidade do mercado segurador interno, ou aquelas cuja cobertura fora do País con-venha aos interesses nacionais;

i) representar as retrocessionárias nas liquidações de sinistros ami-gáveis ou judiciais;

j) publicar revistas especializadas e toda capacidade do mercado nacional de seguros.

II - Na qualidade de promotor do desenvolvimento das operações de seguro, dentre outras atividades:

a) organizar cursos para a formação e aperfeiçoamento de técnicos em seguro;

b) promover congressos, conferências, reuniões, simpósios e deles participar;

c) incentivar a criação e o desenvolvimento de associações técnico-científicas;

d) organizar plantas cadastrais, registro de embarcações e aerona-ves, vistoriadores e corretores;

e) compilar, processar e divulgar dados estatísticos;

f) publicar, revistas especializadas e outras obras de natureza técni-ca.

INÍCIO DA ATIVIDADE SEGURADORA NO BRASIL A atividade seguradora no Brasil teve início com a abertura dos portos

ao comércio internacional, em 1808. A primeira sociedade de seguros a funcionar no país foi a "Companhia de Seguros BOA-FÉ", em 24 de fevereiro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo.

Neste período, a atividade seguradora era regulada pelas leis portu-

guesas. Somente em 1850, com a promulgação do "Código Comercial Brasileiro" (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850) é que o seguro marítimo foi pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos.

O advento do "Código Comercial Brasileiro" foi de fundamental impor-

tância para o desenvolvimento do seguro no Brasil, incentivando o apare-cimento de inúmeras seguradoras, que passaram a operar não só com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas, também, com o seguro terrestre. Até mesmo a exploração do seguro de vida, proibido expressamente pelo Código Comercial, foi autorizada em 1855, sob o fundamento de que o Código Comercial só proibia o seguro de vida quando feito juntamente com o seguro marítimo. Com a expansão do setor, as empresas de seguros estrangeiras começaram a se interessar pelo mercado brasileiro, surgindo, por volta de 1862, as primeiras sucur-sais de seguradoras sediadas no exterior.

Estas sucursais transferiam para suas matrizes os recursos financei-

ros obtidos pelos prêmios cobrados, provocando uma significativa evasão de divisas. Assim, visando proteger os interesses econômicos do País, foi promulgada, em 5 de setembro de 1895, a Lei n° 294, dispondo exclusi-vamente sobre as companhias estrangeiras de seguros de vida, determi-nando que suas reservas técnicas fossem constituídas e tivessem seus recursos aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos.

Algumas empresas estrangeiras mostraram-se discordantes das dis-

posições contidas no referido diploma legal e fecharam suas sucursais. O mercado segurador brasileiro já havia alcançado desenvolvimento

satisfatório no final do século XIX. Concorreram para isso, em primeiro lugar, o Código Comercial, estabelecendo as regras necessárias sobre seguros marítimos, aplicadas também para os seguros terrestres e, em segundo lugar, a instalação no Brasil de seguradoras estrangeiras, com vasta experiência em seguros terrestres.

SURGIMENTO DA PREVIDÊNCIA PRIVADA O século XIX também foi marcado pelo surgimento da "previdência

privada" brasileira, pode-se dizer que inaugurada em 10 de janeiro de 1835, com a criação do MONGERAL - Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado -proposto pelo então Ministro da Justiça, Barão de Sepetiba, que, pela primeira vez, oferecia planos com características de facultatividade e mutualismo. A Previdência Social só viria a ser instituída através da Lei n° 4.682 (Lei Elói Chaves), de 24/01/1923.

A CRIAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA GERAL DE SEGUROS O Decreto n° 4.270, de 10/12/1901, e seu regulamento anexo, conhe-

cido como "Regulamento Murtinho", regulamentaram o funcionamento das companhias de seguros de vida, marítimos e terrestres, nacionais e es-trangeiras, já existentes ou que viessem a se organizar no território nacio-nal. Além de estender as normas de fiscalização a todas as seguradoras que operavam no País, o Regulamento Murtinho criou a "Superintendên-cia Geral de Seguros", subordinada diretamente ao Ministério da Fazenda. Com a criação da Superintendência, foram concentradas, numa única repartição especializada, todas as questões atinentes à fiscalização de seguros, antes distribuídas entre diferentes órgãos. Sua jurisdição alcan-çava todo o território nacional e, de sua competência, constavam as fiscalizações preventiva, exercida por ocasião do exame da documenta-ção da sociedade que requeria autorização para funcionar, e repressiva, sob a forma de inspeção direta, periódica, das sociedades. Posteriormen-te, em 12 de dezembro de 1906, através do Decreto n° 5.072, a Superin-tendência Geral de Seguros foi substituída por uma Inspetoria de Seguros, também subordinada ao Ministério da Fazenda.

O CONTRATO DE SEGURO NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

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Foi em 1º de janeiro de 1916 que se deu o maior avanço de ordem ju-rídica no campo do contrato de seguro, ao ser sancionada a Lei n° 3.071, que promulgou o "Código Civil Brasileiro", com um capítulo específico dedicado ao "contrato de seguro". Os preceitos formulados pelo Código Civil e pelo Código Comercial passaram a compor, em conjunto, o que se chama Direito Privado do Seguro. Esses preceitos fixaram os princípios essenciais do contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das partes, de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princípios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro.

SURGIMENTO DA PRIMEIRA EMPRESA DE CAPITALIZAÇÃO A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929,

chamada de "Sul América Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi oficializada a autorização para funcionamento das sociedades de capitalização através do Decreto n° 21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. O parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As únicas sociedades que poderão usar o nome de "capitalização" serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pes-soa que subscrever ou possuir um titulo, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no mesmo titulo".

CRIAÇÃO DO DNSPC Em 28 de junho de 1933, o Decreto n° 22.865 transferiu a "Inspetoria

de Seguros" do Ministério da Fazenda para o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. No ano seguinte, através do Decreto n° 24.782, de 14/07/1934, foi extinta a Inspetoria de Seguros e criado o Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização -DNSPC, também subordi-nado àquele Ministério.

PRINCÍPIO DE NACIONALIZAÇÃO DO SEGURO Com a promulgação da Constituição de 1937 (Estado Novo), foi esta-

belecido o "Princípio de Nacionalização do Seguro", já preconizado na Constituição de 1934. Em conseqüência, foi promulgado o Decreto n° 5.901, de 20 de junho de 1940, criando os seguros obrigatórios para comerciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, pessoas físicas ou jurídicas, contra os riscos de incêndios e transportes (ferroviário, rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou lacustre), nas condições estabeleci-das no mencionado regulamento.

CRIAÇÃO DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL - IRB Nesse mesmo período foi criado, em 1939, o Instituto de Resseguros

do Brasil (IRB), através do Decreto-lei n° 1.186, de 3 de abril de 1939. As sociedades seguradoras ficaram obrigadas, desde então, a ressegurar no IRB as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria, que, através da retrocessão, passou a compartilhar o risco com as sociedades seguradoras em operação no Brasil. Com esta medida, o Governo Federal procurou evitar que grande parte das divisas fosse consumida com a remessa, para o exterior, de importâncias vultosas relativas a prêmios de resseguros em companhias estrangeiras.

É importante reconhecer o saldo positivo da atuação do IRB, propici-

ando a criação efetiva e a consolidação de um mercado segurador nacio-nal, ou seja, preponderantemente ocupado por empresas nacionais, sendo que as empresas com participação estrangeira deixaram de se comportar como meras agências de captação de seguros para suas respectivas matrizes, sendo induzidas a se organizar como empresas brasileiras, constituindo e aplicando suas reservas no País.

O IRB adotou, desde o início de suas operações, duas providências

eficazes visando criar condições de competitividade para o aparecimento e o desenvolvimento de seguradoras de capital brasileiro: o estabeleci-mento de baixos limites de retenção e a criação do chamado excedente único. Através da adoção de baixos limites de retenção e do mecanismo do excedente único, empresas pouco capitalizadas e menos instrumenta-das tecnicamente -como era o caso das empresas de capital nacional -passaram a ter condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras,

uma vez que tinham assegurada a automaticidade da cobertura de resse-guro.

CRIAÇÃO DA SUSEP Em 1966, através do Decreto-lei n° 73, de 21 de 'novembro de 1966,

foram reguladas todas as operações de seguros e resseguros e instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores habilitados.

O Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização -

DNSPC -foi substituído pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP -entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, com autonomia administrativa e financeira, jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comércio até 1979, quando passou a estar vinculada ao Ministério da Fazenda.

Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto n° 22.456/33, que regulamen-

tava as operações das sociedades de capitalização, foi revogado pelo Decreto-lei n° 261, passando a atividade de capitalização a subordinar-se, também, a numerosos dispositivos do Decreto-lei n° 73/66. Adicionalmen-te, foi instituído o Sistema Nacional de Capitalização, constituído pelo CNSP, SUSEP e pelas sociedades autorizadas a operar em capitalização. Fonte: Anuário Estatístico da SUSEP.

DAS SOCIEDADES SEGURADORAS

Seção I

Da Legislação aplicável Art 72. As Sociedades Seguradoras serão reguladas pela legislação

geral no que lhes for aplicável e, em especial, pelas disposições do pre-sente decreto-lei.

Art 73. As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer

outro ramo de comércio ou indústria. LEI N.º 10.185, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2001 Dispõe sobre a especialização das sociedades seguradoras em pla-

nos privados de assistência à saúde e dá outras providências. Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisó-

ria nº 2.122-2, de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1o As sociedades seguradoras poderão operar o seguro enqua-

drado no art. 1o, inciso I e § 1o, da Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, desde que estejam constituídas como seguradoras especializadas nesse seguro, devendo seu estatuto social vedar a atuação em quaisquer outros ramos ou modalidades.

§ 1o As sociedades seguradoras que já operam o seguro de que trata o caput deste artigo, conjuntamente com outros ramos de seguro, deverão providenciar a sua especialização até 1o de julho de 2001, a ser proces-sada junto à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, mediante cisão ou outro ato societário pertinente.

§ 2o As sociedades seguradoras especializadas, nos termos deste ar-tigo, ficam subordinadas às normas e à fiscalização da Agência Nacional de Saúde - ANS, que poderá aplicar-lhes, em caso de infringência à legislação que regula os planos privados de assistência à saúde, as penalidades previstas na Lei no 9.656, de 1998, e na Lei no 9.961, de 28 de janeiro de 2000.

§ 3o Caberá, exclusivamente, ao Conselho de Saúde Complementar - CONSU, nos termos da Lei no 9.656, de 1998, e à ANS, nos termos da Lei no 9.961, de 2000, disciplinar o seguro de que trata este artigo quanto às matérias previstas nos incisos I e IV do art. 35-A da referida Lei no 9.656, de 1998, bem como quanto à autorização de funcionamento e à operação das sociedades seguradoras especializadas.

§ 4o Enquanto as sociedades seguradoras não promoverem a sua es-pecialização em saúde, nos termos deste artigo, ficarão sujeitas à fiscali-zação da SUSEP e da ANS, no âmbito de suas respectivas competências.

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§ 5o As sociedades seguradoras especializadas em seguro saúde, nos termos deste artigo, continuarão subordinadas às normas sobre as aplicações dos ativos garantidores das provisões técnicas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN.

Art. 2o Para efeito da Lei no 9.656, de 1998, e da Lei no 9.961, de

2000, enquadra-se o seguro saúde como plano privado de assistência à saúde e a sociedade seguradora especializada em saúde como operadora de plano de assistência à saúde.

Art. 3o A sociedade seguradora que não se adaptar ao disposto nesta

Lei fica obrigada a transferir sua carteira de saúde para sociedade segu-radora especializada já estabelecida ou para operadora de planos priva-dos de assistência à saúde, que venha a apresentar o plano de sucessão segundo as normas fixadas pela ANS.

Parágrafo único. Deverá ser observado o prazo limite de 1o de julho de 2001 para a transferência da carteira de saúde de que trata o caput deste artigo.

Art. 4o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida

Provisória no 2.122-1, de 27 de dezembro de 2000. Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Congresso Nacional, em 12 de fevereiro de 2001; 180o da Indepen-

dência e 113º da República O PAPEL DOS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS No atual arranjo do sistema financeiro, as principais instituições estão

constituídas sob a forma de banco múltiplo (banco universal), que oferece ampla gama de serviços bancários. Outras instituições apresentam certo grau de especialização, conforme exemplos a seguir:

bancos comerciais, que captam principalmente depósitos à vista e depósitos de poupança e são tradicionais fornecedores de cré-dito para as pessoas físicas e jurídicas, especialmente capital de giro no caso das empresas;

bancos de investimento, que captam depósitos a prazo e são es-pecializados em operações financeiras de médio e longo prazo;

caixas econômicas, que também captam depósitos à vista e de-pósitos de poupança e atuam mais fortemente no crédito habita-cional;

bancos cooperativos e cooperativas de crédito, voltados para a concessão de crédito e prestação de serviços bancários aos coo-perados, quase sempre produtores rurais;

sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo, também voltadas para o crédito habitacional;

sociedades de crédito e financiamento, direcionadas para o crédi-to ao consumidor; e

empresas corretoras e distribuidoras, com atuação centrada nos mercados de câmbio, títulos públicos e privados, valores mobiliá-rios, mercadorias e futuros.

Dentre as instituições relacionadas, ocupam posição de destaque no

âmbito do sistema de pagamentos os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial, as caixas econômicas e, em plano inferior, os bancos cooperativos e as cooperativas de crédito. Essas instituições captam depósitos à vista e, em contrapartida, oferecem aos seus clientes contas movimentáveis por cheque, muito utilizadas pelo público em geral, pessoas físicas e jurídicas, para fins de pagamentos e transferências de fundos. O sistema financeiro conta com 1.577 institui-ções financeiras da espécie, incluindo cooperativas de crédito, totalizando cerca de 17.000 agências e 90 milhões de contas (dez/04).

Seguro Saúde Seguro saúde não é uma novidade, já que foi proposto pela primeira

vez em 1694 por Hugh the Elder Chamberlain. Entretando, muito mudou no conceito de seguro desde então, e o seguro saúde é hoje em dia uma das opções mais importantes e populares de plano seguro em quase todos os países do mundo. Explicando de maneira simplificada, podemos dizer que o seguro saúde é quando o segurador (uma agência do governo ou uma companhia privada) paga dinheiro para cobrir custos médicos no caso do segurado ficar doente, desde que as causas da doença estejam

cobertas pelo plano de seguro. Como planos de saúde podem ser mantidos tanto por órgãos públicos

quanto por privados, vejamos alguns detalhes sobre cada uma dessas categorias.

Seguro saúde privado – quando uma pessoa decide comprar um pla-

no de seguro saúde, ela deverá preencher um histórico médico com questões sobre seu estilo de vida, doenças passadas, histórico familiar e outros fatores que podem influenciar na saúde do segurado. Para uma companhia de seguros, existe algo chamado seleção adversa, que é uma tendência que as pessoas com riscos de saúde tem de procurar por planos de saúde. Pessoas que fumam, bebem em demasia ou tem doen-ças congênitas na família são exemplos dessa situação.

Seguro saúde público – Nos EUA, assim como em outras partes do

mundo, o seguro saúde público é a primeira opção para a maioria das pessoas. Ainda que seja relativamente uma instituição sólida, existem diversas desvantagens em usar o seguro público, como vemos a seguir:

- Problemas com a qualidade e principalmente velocidade do aten-dimento.

- O segurado não pode escolher seu médico, já que os profissio-nais são designados pela agência do governo.

- Existem muitos poucos recursos em países com saúde pública para serem investidos em pesquisa e desenvolvimento médicos.

- Em alguns lugares, o seguro saúde público pode ser ineficiente ou lento.

3. SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL (FACTO-RING), SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE CAR-TÕES DE CRÉDITO.

É a prestação continua e cumulativa de assessoria mercadológica e

creditícia, de seleção de riscos, de gestão de crédito, de acompanhamen-to de contas a receber e de outros serviços, conjugada com a aquisição de créditos de empresas resultantes de suas vendas mercantis ou de prestação de serviços, realizadas a prazo. Esta definição foi aprovada na Convenção Diplomática de Ottawa-Maio/88 da qual o Brasil foi uma da 53 nações signatárias, consta do Art. 28 da Lei 8981/95, ratificado pela Resolução 2144/95, do Conselho Monetário Nacional

Factoring é o contrato em que um comerciante (faturizado) cede a ou-

tro (faturizador), no todo ou em parte, os créditos decorrentes de suas vendas mercantis a terceiro, mediante o pagamento de uma remuneração, consistente no desconto sobre os respectivos valores, ou seja, conforme o montante de tais créditos, mais uma taxa de serviço, Conforme ensina-mento de Amold Wald, in Curso de Direito Civil, Vol. II, p. 466, Ed. RT, 1992:

"O contrato de factoring, ou de faturização, consiste na aquisição, por uma empresa especializada, de créditos faturados por um comerciante ou industrial, sem direito de regresso contra o mesmo. Assim, a empresa de factoring, ou seja o factor, assume os riscos da cobrança e, eventualmen-te, da insolvência do devedor, recebendo uma remuneração ou comissão, ou fazendo a compra dos créditos com redução em relação ao valor dos mesmos".

Segundo orientação doutrinária de Fran Martins, o faturizador "...só

terá direito de ação contra o faturizado se a dívida estava eivada de vício que a invalidasse" (Contralos e Obrigações Comerciais. Forense, 4ª ed., ns. 417 e ss.).

De acordo com Luis Lemos Leite, ("Factoring no Brasil", p. 51), "o fac-

toring é o mecanismo destinado a otimizar a capacidade gerencial do pequeno e médio empresário e a suprir-lhe as necessidade de capital de giro". Além de aquisição dos ativos, representa uma relação duradoura entre as empresas e, portanto, uma ampla assessoria ao faturizado.

1. Caracteres Jurídicos São traços jurídicos importantes do contrato de factoring: - Presença do faturizador, do faturizado e do comprador; - Ocorrência de venda a prazo;

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- Transferência, para o faturizador, das contas do faturizado relati-vas a seus clientes;

- Exclusividade; - Onerosidade. 2. Vantagens O factoring apresenta às partes as seguintes vantagens: - Garantia prestada pelo factor, que consistirá na liquidação dos

créditos cedidos, no seu vencimento ou antes dele; - Gestão comercial do faturizador, que simplificará os serviços ad-

ministrativos e contábeis do faturizado, com uma correspondente redução de custos;

- Financiamento da empresa faturizada, na medida em que o faturi-zador adquire seus créditos, pagando-os ao faturizado, e assume o risco com a cobrança e o não-pagamento dos títulos, sem ter di-reito de regresso contra aquele;

- Compra de matéria-prima e outros insumos junto a fornecedores; - Assunção do risco da cobrança no vencimento dos títulos. 3. Modalidades O factoring assume as seguintes modalidades: - Faturização interna; - Faturização externa; - Faturização no vencimento (maturity factoring); - Faturização tradicional (convencional factoring). 4. Efeitos Jurídicos Do contrato de factoring defluem os seguintes efeitos: - Cessão de crédito, a título oneroso, feita pelo faturizado ao faturi-

zador; - Sub-rogação do faturizador nos direitos do faturizado, passando a

ser comprador; - Relações entre o comprador e o faturizado; De acordo com entendimento de Roque Jacintho, em seu livro Con-

tratos & Alterações Distratos, Ed. Brasiliense Ltda., vol. 1, 1991, pág. 301, bem como ampliado na presente obra, temos que:

São obrigações do faturizador: - Notificação do sacado - cliente do faturizado; - Pagar ao faturizado as importâncias relativas às faturas que lhe

foram apresentadas; - Assumir o risco do não-pagamento dessas faturas pelo devedor,

sacado, representadas por duplicatas com cláusula, "sem garanti-a" implicitamente admitida pelo artigo 15 da Lei Uniforme;

- Prestar assistência ao faturizado, fornecendo-lhe informações so-bre o comércio e sobre cada cliente.

São direitos do faturizador: - Selecionar os créditos - adquirindo os que escolheu (aquisição to-

tal ou parcial); - Cobrar as faturas pagas; - Deduzir a sua remuneração das importâncias creditadas ao faturi-

zado; - Examinar os livros e papéis do faturizado. São deveres do faturizado: - Pagar ao faturizador as comissões devidas pela faturização; - Submeter ao faturizador as contas dos clientes; - Remeter as contas ao faturizador, relacionando-as num borderô; - Prestar informações e dar toda assistência ao faturizador, em re-

lação aos clientes e ao recebimento das dívidas; - Informar seu cliente da cessão de título ao factor. São direitos do faturizado: - Receber o pagamento das faturas; - Transferir ao faturizador as faturas; - Ser informado e assistido pelo faturizador; - Obrigação do comprador de pagar ao cessionário, se notificado

da transferência do crédito. 5. Extinção

São causas extintivas do negócio jurídico de faturização: - Fluência do prazo previsto para sua duração; - Distrato; - Mudança de estado de um dos contraentes; - Resilição unilateral; - Inadimplemento de obrigações contratuais; - Morte de uma das partes, se ela for comerciante individual; 6. Vedação do direito de regresso É vedado ao fator o direito de regresso contra a empresa faturizada.

Assume, com isto, a posição de credor direto contra o sacado. Como podemos ver, a empresa de factor é, por essência, uma em-

presa comercial, e não uma instituição financeira, tendo inclusive penali-dades aplicadas a ela, caso atue como tal. Preceitua a Lei 7.492, de 16 de junho de 1986, em seu art. 16:

"Fazer operar, sem a devida autorização, ou com a autorização obtida mediante declaração falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio.

Pena de reclusão de um (01) a quatro (04) anos e multa." A atividade de factoring, como tal, não é vedada, posto que, como ve-

remos, em muito se diferencie da atividade dos bancos, como, por exem-plo, na captação de dinheiro no mercado, garantias, empréstimos e ou-tros.

Assim, conquanto o factoring não seja instituição financeira, por outro

lado é de suma importância ressaltar que tal prática vem, sem nenhuma dúvida, suprindo uma grande lacuna em nosso sistema econômico.

Ocorre que muitas empresas concordatárias, ou aquelas com restri-

ções cadastrais para operarem com bancos, têm nas empresas factoring a possibilidade de suprimento de capital, à medida que o nível de exigência e burocracia em nada se assemelham aos bancos, que exigem dos em-presários e demais clientes, saldo médio, reciprocidades, seguros e outros encargos.

Aliás, como já foi referido, as empresas de factoring são, via de re-

gra, clientes em potencial dos bancos. E que o factoring, como empresa comercial, negocia com os bancos

os créditos adquiridos de seus clientes, faturizados. Para o banco, o factoring passa a ser um cliente importante, posto que irá concentrar um grande número de títulos em sua carteira de cobrança ou de descontos.

Na prática, o que ocorre é que os bancos passam a fornecer uma

grande faixa de crédito à empresa de factoring, crédito esse que será utilizado junto a seus clientes - faturizados - na compra de seus créditos.

Portanto, a mesma parceria existente entre factoríng e faturizado ha-

verá entre o factoring e o banco, que passa a ser o grande fornecedor de matéria-prima (dinheiro) às empresas de factoring.

Assim, o factor não concorre com os bancos, pois trata-se de uma ou-

tra relação, muito embora sejam atividades paralelas. Deve-se ressaltar que a compra de contas a receber, principal objeto

do factoring, constitui-se, via de regra, em negócios de pequenos valores (valores de cada título), necessitando de um acompanhamento corpo-a-corpo por parte da empresa factor. Desta forma, tal atividade exercida pelo factor dificilmente poderia ser ministrada pelo banco, uma vez que o mesmo opera de forma diferente. Aliás, comenta Tom Pizzo, vice-presidente da Citicorp, que "Banqueiros gostam de fazer grandes emprés-timos a poucos tomadores. Factoring é um mercado muito diversificado e ativo".

Tal assertiva evidencia que os bancos operam de forma diferente do

factor.

ORIGEM DA FACTOR O comércio tem a idade da humanidade. Frise-se que, nos primórdios

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da civilização, entre os comerciantes da Babilônia, imperava o sistema de trocas, porque ainda não existia a moeda.

Com o aparecimento da moeda, o comércio se desenvolve, dinamiza

e fortifica, possibilitando uma vasta e ágil circulação de mercadorias. Ocorre que, na maioria das vezes, a venda de produtos resulta em

um crédito, e não em dinheiro à vista, Assim, importante a transformação do crédito em capital de giro, que será utilizado para nova aquisição de matéria-prima, e nova venda, fechando assim o ciclo comercial,

Assevera Pontes de Miranda que "crédito, na expressão abertura de

crédito, é a confiança, a promessa de prestar, sem o imediato correspecti-vo. O creditador, em vez de se fazer credor, faz-se devedor. O creditado, que nada prestou que correspondesse ao seu crédito, é credor. No con-ceito, crédito aparece com os dois sentidos: crédito, direito, diante do débito do creditador; e crédito o que merece quem precisa dever, quem tem necessidade, ou talvez tenha necessidade de se fazer devedor".

A expressão factoring é de origem anglo-saxônica, sendo em verná-

culo tratada por faturização, vocábulo proposto pelo professor Fábio Konder Comparato.

Segundo o professor Fran Martins, o instituto tem seu inicio na anti-

güidade, na Grécia e em Roma, onde os comerciantes incumbiam agentes (Factors), disseminados por diversos lugares, da guarda e venda de mercadorias de sua propriedade. Posteriormente, o costume se propagou na Idade Média, especialmente entre os comerciantes dos países mediter-râneos.

Entretanto, a atual instituição da faturização guarda maior relação his-

tórica com a Inglaterra do século XVIII, em atividades comerciais, especi-almente na área têxtil.

Durante o século XVIII, predominou inteiramente a atividade dos fac-

tors ingleses, no comércio têxtil. Somente a partir da segunda metade do século XIX, com enorme desenvolvimento da indústria americana, é que os EUA passam a despontar na atividade produtiva e, com ela, acarretan-do o desenvolvimento e a especialização da faturização, como ocorre até os dias atuais.

Já na Europa, o vazio provocado pelo deslocamento da atividade fatu-

rizadora para os EUA foi suprido pelo desconto bancário. Saliente-se que, muito embora o desconto de títulos seja uma opera-

ção diferente da faturização, ambos têm por escopo o mesmo papel, qual seja, o fornecimento de capital de giro ao empresário, na grande maioria das vezes, de pequeno e médio porte, para a continuidade e o desenvol-vimento de seu negócio.

Modalidades de factor Várias são as modalidades em que se pode apresentar o factoring.

Dentre elas, temos: a) Convencional factoring - Ocorre quando o comerciante ou indus-

trial transfere, por endosso ou cessão, ao factor, os créditos origi-nários de suas atividades. Pela alienação dos títulos, o factor pa-ga ao faturizado o valor dos mesmos, descontados a comissão e os encargos. Existe nessa modalidade um financiamento.

b) Maturity factoring - Nessa modalidade, o factoring se compromete a pagar os créditos que lhe foram cedidos, nos vencimentos, de-duzindo uma comissão que, na verdade, é uma remuneração, e-quivalente aos riscos assumidos em relação aos crédito s adquiri-dos. Nessa modalidade não existe, pois, financiamento.

c) Podemos ainda falar de outra modalidade, o Import - export facto-ring, que está inspirada nas duas modalidades acima referidas, cujo campo de aplicação é o comércio internacional.

As modalidades acima citadas referem-se à Old line factoring, que é uma manifestação do instituto. A FCI - Factor Chain Internatio-nal é uma instituição internacional, com sede em Amsterdam, que dá apoio às empresas de factoring que atuam no ramo de impor-tação e exportação. A grande maioria dos factorings exportadores pertence a bancos.

d) Outra modalidade do instituto, que mais se assemelha à atividade bancária, é a New Style factor ou New Line factoring", que com-preende, além das modalidades da Old Line factoring, as seguin-tes: No Modification factoring, undiscloused factoring, commercial financing, equipment financing, inventory financing, fediscouting, real escage mortage financing e o confirming.

Podemos afirmar que é muito difícil denominar certas técnicas de faturização, embora muito se assemelhem a ela.

e) Nos EUA, ainda podemos citar duas outras formas de factoring, quais sejam, aquela em que o cliente se ocupa, ele mesmo, de cobrar suas faturas comerciais, para, posteriormente, entregar os valores ao factor e, neste caso, está excluída a cobrança dos títu-los, e aquela através da qual o factor antecipa a seu cliente uma determinada soma de dinheiro em função do valor das faturas comerciais, que não se entendem cedidas, porém apenhadas a favor do factor como garantia da antecipação.

Sussefeld entende haver grandes diferenças entre a modalidade Con-

firmatio de Commande e a faturização. Refere, ainda, o autor francês, o exemplo americano do agente facto-

ring ou drop shipment factoring, espécie de faturização a serviço dos empresários ligados à moda, não-fabricantes, que contratam com o facto-ring, onde esta se obriga a garantir ao fabricante efetivo dos artigos co-mercializados o pagamento das mercadorias liberadas ao signatário do contrato e sobre pedidos previamente aprovados pelo factor.

No plano internacional, há o surgimento do factor estrangeiro, que vi-

sa a desenvolver esta operação, numa complexa atividade que vai desde a análise dos riscos das partes envolvidas, bem como proceder a uma efetiva cobrança dos títulos negociados.

Tem o faturizador internacional como meta orientar seu cliente, esta-

belecendo as condições do contrato, a partir da verificação do cadastro dos compradores, consultoria comercial e, finalmente, confiar ao corres-pondente no exterior (o faturizador estrangeiro) tudo o que se refere às relações entre faturizador e devedor.

É de praxe, nos contratos de faturização internacional, constar uma

cláusula segundo a qual o faturizador nacional fica autorizado a transferir a seus correspondentes no exterior os créditos por ele recebidos em cessão, propiciando, assim, na praça onde está sediado o devedor, o exercício de uma ação direta contra este, exercida pelo faturizador no exterior.

Leciona Bianchi que a necessidade de dois agentes financeiros (fatu-

rizador nacional e faturizador estrangeiro) não deverá representar motivos de apreensão por parte do exportador, visto que o faturizador estrangeiro agiliza as operações de exportação durante a fase de negociação, possibi-litando o encontro de dois operadores residentes no mesmo país, perfei-tamente consoantes às normas e os usos correntes, além das vicissitudes que estão a condicionar o momento econômico.

Na Inglaterra temos uma modalidade de factoring encoberta do inglês

undisclosed factoring, e que alguns autores italianos, como Bianchi, (Il factorifig i o problemi gestionalli che comporta, G. Giappicheli, Stamperia Editorale Rattero, Via Piria 11, Torino, 1970), denominam de quasi facto-ring; aparece apenas como comprador de seu cliente e, em seguida, o nomeia seu agente de vendas.

Nas Ilhas Britânicas, as operações de factoring se desenvolvem com

base em uma Lei de Propriedade Geral, de 1925. A cessão de créditos comerciais do cliente ao factor deve constar de documento escrito e ser notificada aos compradores.

Como vimos, o factoring pode ter uma gama variável de formas de

ordem eminentemente comercias e em relação aos efeitos jurídicos. Leve-se em consideração, nos dias atuais, especialmente no Brasil, o

dinheiro, por uma política de restrição creditícia está escasso. As autori-dades monetárias arrocharam a economia, objetivando conter o consumo.

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Desta forma, os bancos, que, pelo menos consensualmente, têm co-mo mercadoria primeira o dinheiro, restringem a venda do mesmo através do desconto bancário, bem como outros tipos de mútuos. Há grandes empresas, aparentemente seguras, oferecendo, portanto, menos riscos, em detrimento dos pequenos e médios comerciantes.

No que tange à concessão de crédito, o banco é muito seletivo. O

comerciante carece de crédito. Assim, os mesmos afortunados empresários vêem-se limitados para

desenvolver seus negócios, posto que necessitam de capital presente por conta de um crédito futuro.

Ora, se o banco, que exige uma gama imensa de reciprocidade e ga-

rantias, não atende a esses empresários, como os mesmos irão desenvol-ver os seus negócios?

É na figura do factor, como veremos no desenvolver do trabalho, que

se dá tal suprimento, através de um moderno mecanismo do instituto para a concessão de crédito e fomento, tão importante para o comerciante.

Assim, convém, inicialmente, colocar que o factoring não é emprésti-

mo; não é desconto de duplicatas; não é agiotagem. O instituto viceja em zona específica, qual seja, na atividade mercan-

til, não-financeira, que está respaldada na Circular nº 1.359, de 30-09-88, da Diretoria do Banco Central, e consubstanciada no art. 5º, inciso XIII, da CF, arts. 191 a 220 do Código Comercial brasileiro, com as definições dos artigos 1065 a 1078 do Código Civil; da Lei 8.891/95, art. 28, de matéria tributária, e da Resolução nº 2.144/95, do Banco Central, que fornecem o arcabouço do complexo contrato de fomento mercantil.

Aliás, é uma colcha de retalhos, face à inexistência, até o momento,

de Lei regulamentando a matéria. O factoring no Brasil existe há aproximadamente 15 anos. Passou a

desenvolver-se entre nós, com mais intensidade, a partir de 1992, com o surgimento da Associação Nacional de Factoring - ANFAC, congregando atualmente cerca de 650 empresas de fomento mercantil, regendo assim uma atividade auto-regulamentada no Brasil, dispondo de normas discipli-nadoras do instituto.

Portanto, as empresas de factoring, posto exerçam atividade mercan-

til, adquirindo ativos, bem como filtrando assessoramento ao faturizado, atuam de forma diversificada das instituições financeiras, realizando transações de cunho comercial, com aspectos de direito civil e de comer-cial.

Em 1986, o Tribunal Federal de Recursos, ao julgar, em 13.5.86, o

recurso de Apelação em Mandado de Segurança nº 99.964 (4498011), não reconheceu no Banco Central, como órgão fiscal executor das medi-das emanadas do Governo, autoridade para intervir nas funções de regis-tro comercial, reguladas pela Lei nº 4.726/65, funções essas da exclusiva competência das Juntas Comerciais, sob a supervisão e orientação técni-ca do Departamento Nacional do Registro de Comércio. Ao mesmo tem-po, aquela Corte Federal determinava, enquanto não regulada por lei a constituição ou registro de sociedade que pretenda obter o registro da atividade de factoring, não caber às autoridades administrativas opor-lhes, a priori, restrições de qualquer natureza. Em virtude dessa decisão, o BACEN oficiou ao DNRC, solicitando a este órgão o reinício do acatamen-to, pelas Juntas Comerciais, dos pedidos de constituição de empresas destinadas à exploração da atividade de factoring.

Vige, desde 1987, o Código de Ética, Disciplina e Auto-

regulamentação do factoring, cujos preceitos são aplicados por um Conse-lho de Ética e Disciplina. Esse código tem como escopo ditar regras, contratos, enfim todo o arsenal, visando a regular a atividade dos facto-rings.

Antes de entrar na discussão do contrato, objeto, crédito, forma de

factoring, deve-se ressaltar que está prestes a ser aprovado pelo Legisla-tivo o Projeto de Lei nº 230, do Senado Federal, apresentado pelo Sena-

dor José Fogaça. A atividade do factoring, no Brasil, desdobra-se dentro do plano da le-

galidade, posto ainda careça de regulamentação legal mais abrangente e pormenorizada. Muito embora prestes a ser aprovada lei especifica, está abrigada nas normas de direito positivo, no de outros Institutos, direito comparado, doutrina e Jurisprudência.

O referido projeto veio em hora oportuna, posto que, até o momento,

carecemos de legislação específica, muito embora a atividade de fomento mercantil do factoring seja largamente utilizada no País, o que tem gerado muitas distorções na prática comercial. Foi sem dúvida essa rarefação normativa que determinou fossem travadas enormes discussões judiciais acerca da matéria.

A atividade de factoring não se confunde com as atividades privativas

das instituições financeiras, reguladas pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e a legislação pertinente.

Muito embora seja este o entendimento acerca do instituto, recente

projeto de lei encaminhado pelo Governo ao Congresso Nacional alteran-do as regras do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica para 1997, classifi-ca factoring como instituição financeira. O motivo para tal classificação é que haveria assim aumento da carga tributária sobre as mesmas.

FACTORING NO BRASIL O instituto do factoring no Brasil existe há aproximadamente uma dé-

cada e meia. O factoring constitui uma atividade de fomento mercantil que se destina a ajudar, sobretudo, o segmento das pequenas e médias empresas a expandir seus ativos e aumentar suas vendas. É uma ativida-de ampla e complexa, que exige conhecimentos de mercado, matemático-financeiro de estratégia empresarial, com sentido de parceria.

Ao contratar serviços de factoring, o empresário deverá preocupar-se

tão-só com o desenvolvimento do seu negócio, deixando ao factor a atribuição de provimento de recursos e administração financeira.

A Resolução n° 2.144 conceitua factoring como sendo "a atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços."

O factoring constitui-se de um contrato de cunho mercantil, formal,

oneroso, bilateral, comutativo e de trato sucessivo, prolongando-se no tempo, pelo qual uma empresa faturizada vende seu faturamento ou parte dele, proveniente de vendas a prazo, sendo que o factor adquire estes créditos, passando a ser o credor direto dos sacados, assumindo risco de eventual inadimplemento.

A faturizada responsabiliza-se tão-somente pela existência, legitimi-

dade e validade dos créditos cedidos, provenientes de uma venda ou de uma prestação de serviços a prazo.

Segundo Comparato: "A transferência dos créditos ao faturizado se opera de modo definiti-

vo, sem direito de regresso. Basta que os créditos sejam certos quanto a sua existência, lícitos quanto a sua origem e regulares quanto a suas formalidades." (Comparato, apud Leite, 1994,p.65).

Portanto, o risco do inadimplemento dos créditos adquiridos passa a

ser do factor. A compra dos direitos creditórios deve ser definitiva, pro soluto, sem

regresso, de modo a caracterizar, de forma inequívoca, não se tratar de operação de desconto, privativa de Instituição Financeira.

Diga-se de passagem que tal risco é inerente ao negócio faturização,

motivo pelo qual as taxas cobradas, os deságios e as comissões não são baixos.

Por este motivo é que, via de regra, a critério de cada factor, opera-se

a compra de todo ativo (créditos) do faturizado, pulverizando-se assim o

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risco. Muitos preferem não concentrar a aquisição em títulos de expressi-vos valores, mas, sim, em vários títulos de baixo valor, o que torna o risco menor, em relação ao cliente do faturizado.

O art. 1° da Resolução n° 2.144 estabeleceu que: "Esclarecer que qualquer operação privada por empresa de fomento

mercantil (factoring) que não se ajuste ao art. 28, parágrafo primeiro, alínea c.4 da Lei n° 8.981, de 20 de janeiro de 1995, e que caracterize operação privativa de instituição financeira, nos termos do art, 17 da Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964, constitui ilícito administrativo (Lei nº 4.595/64) e criminal (Lei nº 7.492 de 16 de junho de 1986). (Artigo 1° da Resolução nº 2.144).

Através da Circular n° 1359, de 30/09/88, o Banco Central do Brasil

liberou o factoring, com a condição de que não fosse praticada nenhuma operação privativa das Instituições Financeiras, em consonância com as Leis nºs 4.595 /64 e 7.492 /86.

Da doutrina estrangeira, transcrevemos a definição de Annie Claire

Furno sobre factoring: "Convenio de efectos permanentes, estabecido entre el contratante y

el factor, según el cual el contratante se compromete a transferir al factor todas o parte de las facturas que posee de terceros deudores, y a notifi-carles esa transmisión; en contrapartida, el factor se encarga de efectuar el cobro de essas deudas, de garantizar el resultado final, incluso en caso de morosidade del deudor, y de pagar su importe, bien por anticipado, fecha fija, o mediante deducción de sus gastos de intervención."

Portanto, o factoring é uma atividade bastante complexa, cuja princi-

pal fundamentação é a prestação de serviço, de forma plena e abrangen-te, ou seja, não só a compra, aquisição dos ativos do faturizado, mas uma ampla assessoria mercantil, visando, sem nenhuma duvida, ao desenvol-vimento da relação entre as partes envolvidas.

Por conseguinte, factoring não é cessão de direito, nem assessoria,

nem mandato, nem financiamento, nem desconto. É um contrato mercantil específico, egresso do direito estrangeiro, com feições próprias. E uma atividade semelhante ao desconto bancário, mas não igual; existe no factoring uma relação complexa entre factor e faturizado.

Para o mestre italiano Aldo Fragnani, o factoring abrange uma com-

plexa relação, que se estabelece através de um contrato, com base no qual o factor se obriga a adquirir de um empresário, a título oneroso, sem regresso, créditos dos quais o empresário é ou virá a ser titular, em razão da venda de bens de sua produção ou comercialização de serviços.

No Brasil, bem como em outros países, pode-se detectar empresas e

pessoas físicas que praticam clara agiotagem, ou seja, descontam ou compram créditos de terceiros, pessoas físicas ou jurídicas, mas suas atividades nem de longe se assemelham ao factoring.

Então a empresa de factoring, como já referimos, presta uma ampla

assessoria ao faturizado, tendo, como veremos mais adiante, outras funções que não sejam somente a compra de ativos.

Partes integrantes do contrato de factoring Urgem na relação de factoring, três partes: a) A empresa factor - Tem como finalidade adquirir créditos proveni-

entes de vendas mercantis a prazo, com pagamento imediato ou no vencimento dos mesmos, assumindo o risco do não-pagamento.

b) O faturizado - Em regra, é empresa mercantil de pequeno e médio porte, com dificuldade para operar com bancos, pelo nível de re-ciprocidade e exigências, garantias e outros, que seja transferir para o faturizador os seus créditos, referentes a vendas efetuadas com seus clientes, sacados.

c) O devedor da empresa faturizada - É o cliente, o sacado da em-presa faturizada, o devedor, elemento este que não é parte no contrato de faturização, mas é nele referido, em especial nos con-tratos aditivos, onde há a necessidade de relacionar o título cedi-do; logo, o nome do sacado.

Nesta linha, estabelece-se um contrato de faturização entre factor e faturizado, a título oneroso, criando obrigações para ambas as partes.

Quanto à forma, o contrato de factoring não requer nenhuma formali-

dade especial para sua validade como contrato mercantil. Várias cláusulas deverão estar expressas no contrato de factoring,

tais como a cláusula de globalidade, que tem por escopo assegurar ao factor que o cliente lhe cederá os créditos com exclusividade; a cláusula de aprovação, onde o cliente fica obrigado a submeter ao factor suas operações de venda, não podendo levá-las a cabo sem sua prévia aqui-escência; a cláusula de entrega de documento, onde o faturizado com-promete-se a entregar toda a gama de documentos ao factor, tais como, entre outros, notas fiscais, faturas, pedidos e relação de títulos faturiza-dos; cláusula de exame de contabilidade; cláusula de legitimidade dos créditos adquiridos, onde a faturizada assegura a legitimidade dos títulos adquiridos ao faturizado; cláusula de notificação, onde o faturízado deverá informar ao seu cliente, sacado, que o crédito foi vendido à empresa de factor; cláusula de pagamento, onde se estipulam as comissões, dentre outras cláusulas.

CARTÃO DE CRÉDITO O que é Cartão de Crédito? É um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir

bens e serviços em estabelecimentos comerciais previamente credencia-dos mediante a comprovação de sua condição de usuário. Essa compro-vação é geralmente realizada, no ato da aquisição, com a apresentação de cartão ao estabelecimento comercial.

O cartão é emitido pelo prestador do serviço de intermediação, cha-

mado genericamente de administradora de cartão de crédito, que pode ser um banco.

O estabelecimento comercial registra a transação com o uso de má-

quinas mecânicas ou informatizadas, fornecidas pela administradora do cartão de crédito, gerando um débito do usuário-consumidor a favor da administradora e um crédito do fornecedor do bem ou serviço contra a administradora, de acordo com os contratos firmados entre essa partes. Periodicamente, a administradora do cartão de crédito emite e apresenta a fatura ao usuário-consumidor, com a relação e o valor das compras efetu-adas.

Qual a relação estabelecida entre o consumidor e a empresa que

emitiu o cartão? A empresa emitente do cartão, de acordo com o contrato firmado com

o consumidor, fica responsável pelo pagamento das aquisições feitas por ele com o uso do cartão, até o valor limite combinado.

Qual a relação estabelecida entre a empresa emitente do cartão e

os fornecedores de bens e serviços? A empresa emitente do cartão, também de acordo com o contrato fir-

mado com o fornecedor de bens e serviços, fica responsável, diretamente ou por meio de empresa especializada, pelo pagamento das aquisições efetuadas pelo usuário do cartão de crédito.

E qual é a relação estabelecida entre o consumidor e o fornece-

dor de bens e serviços? A relação entre o consumidor e o fornecedor não se altera pela forma

de pagamento, sendo mantida a característica de um contrato, escrito ou não, de compra e venda ou de prestação de serviços.

O Banco Central autoriza ou fiscaliza empresas administradoras

de cartão de crédito? O Banco Central não autoriza e nem fiscaliza essa empresa mas a-

penas as instituições financeira e assemelhadas. As instituições financei-ras, únicas que podem conceder financiamentos quando o usuário opta por não pagar total ou parcialmente a fatura mensal, estão subordinadas ao Banco Central. As operações realizadas pelas instituições financeiras, inclusive o financiamento aos usuários para o pagamento da fatura men-sal, estão sujeitas à legislação própria e às normas editadas pelo Conse-lho Monetário Nacional e pelo Banco Central. Fonte: Banco Central

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Administradoras de cartões As Administradoras de Cartão de Crédito não são empresas financei-

ras e sim empresas prestadoras de serviços, que fazem a intermediação entre os portadores de cartões, os estabelecimentos afiliados, as bandei-ras (Visa, Master Card...... etc.) e as instituições financeiras.

4.PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS:

Depósitos à vista;

Depósitos a prazo (CDB e RDB);

Letras de câmbio;

Cobrança e pagamento de títulos e carnês;

Transferências automáticas de fundos;

Commercial papers;

Arrecadação de tributos e tarifas públicas;

Home/office banking, remote banking, banco virtual, dinheiro de plástico;

Conceitos de corporate finance;

Fundos mútuos de investimento;

Hot money;

Contas garantidas;

Crédito rotativo;

Descontos de títulos;

Financiamento de capital de giro;

Vendor finance/compror finance;

Leasing (tipos, funcionamento, bens);

Financiamento de capital fixo;

Crédito direto ao consumidor;

Crédito rural;

Cadernetas de poupança;

Financiamento à importação e à exporta

Repasses de recursos do BNDES;

Cartões de crédito;

Títulos de capitalização;

Planos de aposentadoria e pensão privados;

Planos de seguros. DEPÓSITOS Os depósitos são operações bancárias passivas e, em condições e-

lementares, constituem a razão de ser da instituição bancária. A história da atividade bancária indica que a característica de guarda de valores tem sido o ponto alto no desempenho dessa atividade.

Época houve em que os montes - termo que foi ―germanizado‖ pela

palavra banck e, posteriormente italianizado como ‖banco‖ - tinham como função não só a guarda de valores e a obtenção de empréstimos para custear obras públicas, como também a guarda de donativo.

Em que consiste a operação de Depósito? De modo elementar, pode-

ríamos dizer que consiste em colocar recursos sob a guarda do banco. Os bancos modernos, especificamente os bancos comerciais, têm uma atividade própria de negócio que faz com que a atividade de ―Depósito‖ não se restrinja à simples guarda de moeda. No desempenho dessa atividade - captação de depósito - existe a negociação por compra e venda da moeda. O banqueiro quando recebe moeda de um cliente, que não para pagamento imediato, assume a obrigação de registrar o crédito desse cliente pelo recebimento da moeda, o que não vai caracterizar um depósito, no estrito sentido do termo, já que o cliente está cedendo a absoluta propriedade da moeda para o banco. Em contrapartida, o cliente recebe um crédito. Ocorre, então, uma compra de moeda, e em troca o cliente recebe um crédito de igual valor lançado nos registros do banco.

Observe que ao banco lhe é permitido dispor dos recursos ou geren-

ciá-los, conforme lhe aprouver, dentro dos limites permitidos pela legisla-ção e seus estatutos. Ao cliente compete sacar ou receber, quando lhe aprouver, recursos idênticos àqueles postos à disposição do banco.

Procuramos suscitar esse aspecto em vista da necessidade que no-tamos cada vez mais premente de que as organizações bancárias proce-dam a levantamento de custos pelo dinheiro captado, e de todos os de-mais custos de conversão - para produzir a oferta de crédito e demais operações subsidiárias da sua atividade.

Também podemos dizer que depósito pecuniário ou bancário é o con-

trato pelo qual uma pessoa entrega quantias em dinheiro a um banco, que se obriga a restituí-las, por solicitação do depositante, nas condições estipuladas.

Modalidades de Depósitos Podemos classificar as várias modalidades de depósito bancário: I - Quanto ao objetivo, ou seja, o escopo econômico visado pelo de-

positante - neste caso o depósito pode ser:

a vista,

a prazo,

de poupança, ou

interfinanceiro. Depósito à vista é aquele que fica à disposição do depositante para

ser sacado a qualquer momento. É a designação dada ao depósito de livre movimentação. Independentemente da questão dos juros, os depósi-tos também se caracterizam quanto à sua movimentação: o cliente depo-sita recursos seus, pela manhã, e pode sacá-los à tarde ou na mesma manhã ou quando lhe aprouver. O mesmo não ocorre com o depósito à prazo. Neste o cliente e o banco estabelecem um prazo para que o depó-sito seja movimentável.

Depósito à prazo é o suscetível de retirada só depois de decorridos

um certo termo prefixado no contrato (a prazo fixo) ou estabelecido posteriormente pelo depositante em uma notificação ao banco ( aviso prévio), que ,conforme o item 10 da Resolução 15 do Banco Central, é de 30 a 120 dias. Nas duas formas de depósito a prazo o depositante tem direito a juros, e na modalidade prazo fixo, também à correção monetária .levando-se em conta a certeza que o banco tem a cerca do lapso de tempo de que pode dispor das quantias para suas aplicações.

Os depósitos a prazo fixo são feitos contra simples recibo de emis-

são de certificado de depósito bancário, título de crédito equiparado a nota promissória, negociável, transferível por endosso.

O depósito de poupança é um sistema de captação de recursos po-

pulares, incentivado pelo governo, com a finalidade de possibilitar o finan-ciamento de bens móveis de uso durável ou de imóveis. A esse tipo de depósito se creditam a cada, 30 dias, juros e correção monetária, compu-tada esta de acordo com a variação da Taxa Referencial (TR)

Depósito conjunto é aquele constituído a benefício de várias pessoas,

podendo ser simples e solidário. Depósito conjunto simples é aquele em que o beneficiário pode retirar

sozinho apenas o correspondente à sua quota, sendo que o total do depósito só pode ser levantado por todos os titulares. Mais usual, porém, é o depósito conjunto solidário, em que cada titular pode, sozinho, fazer retiradas, tendo o direito de exigir do banco a importância total, e esse, a entregando , se libera em relação a todos.

CDB, RDB, OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMO O certificado de Depósito Bancário, o famoso CDB e o Recibo de De-

pósito Bancário, o RDB, são os mais antigos e utilizados títulos de capta-ção de recursos pelos bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento e bancos múltiplos que tenham uma destas carteiras, sendo oficialmente conhecidos como depósitos a prazo.

Os recursos captados através desses instrumentos são repassados

aos clientes na forma de empréstimos. O prazo mínimo é de 30 dias para os títulos prefixados, que embutem

uma expectativa inflacionária na taxa nominal, já que o ganho real (nomi-nal - inflação) só será conhecido no dia do resgate.

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Para os títulos pós -fixados em TR o prazo mínimo é de 4 meses data a data.

CDB é transferível (resgatado, a critério da instituição financeira, an-

tes do vencimento) por endosso nominativo (endosso em preto), desde que respeitados os prazos mínimos. O endossante responde pela existên-cia do crédito mas, não pelo seu pagamento.

Além disso, não podem ser prorrogados mas, renovados de comum

acordo, por nova contratação. Os RDB podem ser rescindidos em caráter excepcional desde que

com o de acordo da instituição depositária. Neste caso só pode ser devolvido o principal.

Mesmo no caso dos CDB existirá, na venda antes do prazo final, uma

perda de rentabilidade, já que o comprador, no caso a instituição financei-ra, exigirá um spread ou deságio para gerar liquidez.

Para circular a rentabilidade líquida de um CDB, será necessário cal-

cular o imposto de renda (IR) incidente sobre o ganho de capital que, até 31/12 /94 estava sujeito a uma taxa de 30%. O ganho de capital era calculado sobre a variação mensal da Ufir (unidade fiscal de referência). De 01/01/95 até 31/12/95, a rentabilidade líquida era obtida aplicando-se uma alíquota de 10% de IR sobre o ganho nominal. A partir de 01/01/96, a alíquota de IR, sobre o ganho nominal, passou a ser de 15%.

Letra de Câmbio Muito parecida com o cheque a letra de câmbio é também uma Or-

dem de pagamento, só que não é uma ordem dada apenas a bancos. Pode ser dada a qualquer pessoa. Também não é só "a vista". Pode ser com data certa de vencimento.

A letra de câmbio é, portanto, uma ordem de pagamento, emitida por

um credor a seu devedor, para que este porque uma determinada quantia ou ao próprio credor, ou a terceira pessoa.

O ato de emitir a letra de câmbio chama-se "saque". Quem a emite é o "sacado" e o devedor, que cumprirá a ordem, chama-se "sacado". O "tomador" é a pessoa beneficiária da ordem.

São requisitos necessários à validade da letra de câmbio: a) denominação "letra de câmbio" (na língua em que for redigida a

ordem); b) o valor em dinheiro, que deverá ser pago, bem como a espécie de

moeda (cruzeiro, dólar, etc.); c) o nome do sacado (essa indicação poderá constar na parte de

baixo do formulário); d) o nome de tomador (pessoa a quem será paga a ordem; nada

impede que a letra de câmbio indique como tomador o próprio sacador, ou, então, seja "ao portador");

e) o nome e assinatura (de próprio punho) do sacador (ou seu procurador, com poderes especiais).

Sem esses requisitos a letra de câmbio não terá validade. Na letra de câmbio o aceite é importante, embora seja facultativo: de-

verá o título ser a ele apresentado, para que este firme no título a declara-ção de que está de acordo com a dívida.

Curioso anotar que a letra de câmbio devem ser, previamente, envia-

da ao sacado para que ele aceite. Deverá ele devolver a letra de câmbio ao credor. Se não o fizer, segundo o art. 885 do Código de Processo Civil Brasileiro, poderá ter sua prisão decretada, caso o portador da letra de câmbio prove ao juiz que entregou o titulo e o devedor se recusou a devolvê-lo.

Como se trata de uma variação de "depositário infiel", essa

modalidade de prisão foi preservada pela Nova Constituição. Poderá constar, ainda, da letra de câmbio o "lugar" e a "data" de sua

emissão, bem como o "lugar de pagamento". São, entretanto, requisitos acidentais, cuja falta não acarreta a invalidade do título.

Se não constar nenhum desses vencimentos, será considerado "a vis-ta". E se não constar o lugar do pagamento, presume-se que será o domicílio do devedor (sacado).

O vencimento do cheque, como vimos, é apenas "a vista", enquanto

os demais títulos (nota promissória e duplicata) tanto podem ser a vista, como data certa de vencimento).

A letra de câmbio pode ser sacada para pagamento: a) a vista; b) a dia certo; c) a tempo certo da data; e d) a tempo certo de vista. No vencimento "a vista" o pagamento deve-se dar quando a letra de

câmbio for apresentada ao devedor. Se o vencimento forma dia certo", o pagamento deverá ser realizado

no dia marcado no título (esse é o mais comum tipo de vencimento). Caso o vencimento seja "a tempo certo da data", é fixado um "tempo"

(30 dias, 90 dias, etc.), que começa a contar do dia seguinte ao da data de emissão (se a letra de câmbio foi emitida em 2 de maio, com vencimento "a 90 dias", só será exigível no 90º dia a partir da emissão: 1º dia = 3 de maio; 30º dia = 1º de junho - lembre-se que maio tem 31 dias -, 60º dia = 1º de julho e 90º dia = 31 de julho - julho também tem 31 dias).

Finalmente, se o vencimento for "a tempo certo de vista", seu venci-

mento ocorrerá depois do "tempo" marcado (30, 60, 90... dias), que come-ça a correr após a data do aceite (quando o devedor teve "vista").

Aval e Endosso da Letra de Câmbio Tudo o que se disse sobre o aval e o endosso do cheque, da nota

promissória e da duplicata, terá a plena validade para as letras de câmbio. Prescrição A letra de câmbio, como todo título de crédito, tem a chamada força

executiva. A cobrança da letra de câmbio em ação executiva, contra o aceitante (sacado) ou seus avalistas, deve ser promovida em três anos, a contar do vencimento do título.

Essa ação poderá ser promovida diretamente, sem qualquer

necessidade de protesto. Já a ação para cobrar dos endossantes (na hipótese de os aceitantes

ou avalistas não pagarem), dependerá de prévio protesto e deverá ser promovida em um ano, a contar da data em que ele foi feito o protesto (no tempo legal).

Se algum endossante pagou a dívida e pretender cobrar dos demais

endossantes, deverá promover sua ação executiva em seis meses a contar do dia em que ele pagou a letra, ou do dia em que ele foi acionado

PRODUTOS VINCULADOS À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS BAN-

CÁRIOS O banco desempenha importante papel de agente arrecadador e a-

gente pagador. Esse papel cresce de importância quando efetuado junto aos órgão públicos (municipais, estaduais e federais) . Com relação a esses organismos públicos, os bancos comerciais já têm, no seu Plano Contábil, contas específicas para registrar recebimentos de tributos e encargos diversos. É o caso , por exemplo, da conta ―Recebimentos de Contribuições Previdenciárias‖, ou, ainda conta ―Recebimentos de FGTS‖.

Mas o banco presta um grande número de serviços dentre os quais

podemos destacar:

Cobrança e aceitação de títulos: a venda a prazo se constitui no modo mais freqüente de operar dos empresários, que fazem represen-tar seus respectivos valores por títulos de crédito ou por simples ―carnês‖ pagáveis nos bancos onde eles possuem conta corrente, de modo que a cobrança e o pagamento dos créditos da empresa é hoje inconcebível sem a intervenção dos bancos ou dos estabelecimentos financeiros, que

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por sua rede de sucursais, correspondentes, por sua organização adminis-trativa e técnica são aptos a efetuá-los a menor custo.

Os Bancos podem adotar diversas formas de procedimentos, que têm

custos diferenciados para os cedentes dentre elas: a cobrança convencio-nal; cobrança pré-impressa sem registro e com registro, cobrança escritu-ral e por teleprocessamento.

Caso o banco seja incumbido de proceder a recebimentos em praças

diferentes de sua sede, onde não possua agência ou sucursal, surge a necessidade das convenções de correspondência que possibilita ao banco operar, a serviço de seus cliente, em praça onde não possua agência ou sucursal.

Custódia de Valores e Títulos - é um serviço prestado aos clien-tes com o propósito de mantê-los no círculo de seu relacionamento profis-sional, potencialmente interessados em suas operações financeiras. A custódia ou guarda pressupõe a disponibilidade, pelo banco , de instala-ções e serviços adequados, perfeitamente encontrados na atualidade.

Três são as espécies de custódia de títulos e valores: o depósito de

títulos e valores em simples custódia, o depósito em administração e o depósito cerrado.

Cofres de segurança: o contrato de cofre de segurança ou de cofre-forte, é aquele pelo qual o banco coloca à disposição um compartimento ou cavidade para a guarda de dinheiro, objetos preciosos ou documentos, mediante remuneração. Esse serviço se reveste de dois aspectos fundamentais: a vigilância e o segre-do.

Débito em conta corrente: é o procedimento pelo qual, mediante a autorização do cliente, o banco procede ao débito de em conta corrente, na data de vencimento, das diversas obrigações tais como contas de água, luz, telefone, mensalidades de escolas, etc.

Ordens de Pagamento: é o documento através do qual é possí-vel transferir valores entre clientes da mesma ou de instituição bancária diversa, podendo ser tomada em cheque ou em dinheiro.

Commercial Paper Nota promissória emitida no mercado externo por uma empresa com

o objetivo de captar recursos a curto prazo, gerando, portanto, uma dívida de curto prazo para a empresa. É uma modalidade de captação de recur-sos no exterior que visa atender às necessidades financeiras de uma empresa (expansão, investimentos, etc).

Vendor finance É uma operação de financiamento de vendas, baseado no princípio

da cessão de crédito , que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento à vista. O vendor supõe que a empresa compradora seja cliente tradicional da vendedora, pois esta é que irá assumir o risco do negócio, junto ao banco. Em resumo, é uma modalida-de de financiamento de vendas para empresas, na qual quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o comprador.

Compror finance É uma operação de financiamento de compras onde a iniciativa parte

do comprador, que concentra em si o risco de crédito. O Compror visa financiar as compras de clientes do banco junto aos fornecedores. O risco da operação concentra-se no comprador, não existindo regresso contra o fornecedor (vendedor).

Corporate finance Corporate Finance ou Corporações Financeiras é a denominação de

corporações especializadas em fusões, aquisições e reestruturação financeira de empresas.

Pagamentos de títulos e carnês Os títulos a pagar de um cliente têm o mesmo tratamento de seus tí-

tulos a receber (cobrança). A ordem de pagamento (OP) é utilizada para pagamentos ou depósi-

tos dentro do mesmo banco, para agências em praças diferentes.

Transferência automática de fundos Serviço prestado ao cliente que, por gerenciamento de seu caixa, ne-

cessite ter uma ou mais contas em uma ou mais agências do banco.

HOME / OFFICE BANKING, REMOTE BANKING – BANCO VIRTUAL

Com o avanço tecnológico cada vez mais os clientes dispõe de co-modidade e serviços rápidos e simples. Surge um grande número de serviços colocados à disposição do cliente e cada vez menos necessidade deste comparecer à agencia para efetuar suas transações bancárias.

No início dessa revolução tecnológica surgiram os terminais eletrôni-

cos através dos quais era possível ter acesso a vários serviços através de uma senha pessoal. Atualmente, já é possível fazer todas as transações em casa ou no escritório, bastando para tanto ter um microcomputador pessoal, acessar o banco via internet ou até mesmo pelo telefone.

Assim surgiu o - Banco Doméstico - "Home/Personal Banking", cujo

acesso aos serviços bancários ocorre via microcomputador pessoal e/ou Interne.

Ë possível falar em Banco Virtual - ou Remote Banking - o qual não

necessita de agências pois todos os serviços podem ser prestados via microcomputador, Internet ou telefone.

PRODUTOS DE CAPTAÇÃO Dentre os produtos de captação mais conhecidos estão a caderneta

de poupança e os fundos de investimento. Caderneta de Poupança - os rendimentos são mensais, entretanto

pode-se efetuar saques ou depósitos qualquer dia do mês, devendo-se apenas respeitar a data de aniversário para não perder os rendimentos. Os rendimentos consistem em juros de 6% ao ano acrescidos da variação da TR. É isenta de Imposto de Renda ( IR).

Fundos de Investimento: abrigam investimentos do público em ge-

ral, em sistema de fundo de investimento em condomínio aberto, sendo que os participantes são denominados quotistas, recebendo os rendimen-tos auferidos pela Administradora, de forma igualitária.

PRODUTOS DE EMPRÉSTSIMO Os empréstimos são a atividade mais importante dos bancos comer-

ciais e podem ser classificados de várias maneiras, incluindo finalidade, tipo de garantia, vencimento, método de pagamento e origem.

Uma classificação comum dos empréstimos é por finalidade ou uso

que será feito dos fundos. Os empréstimos para pessoas físicas são usados principalmente na compra de veículos e outros bens de consumo. A categoria ―Outros empréstimos e leasings‖ consiste largamente em outros empréstimos a outras instituições financeiras, governos estaduais e locais e para a compra de valores mobiliários.

Empréstimos com e sem Garantia. Os empréstimos com garantia envolvem o empenho de uma garantia

específica. A garantia empenhada em um empréstimo pode consistir em uma variedade de ativos, como imóveis, recibos de armazéns gerais, contas a receber, instalações e equipamentos, recibos fiduciários, conhe-cimentos de carga negociáveis corridas de petróleo, ações corporativas e obrigações. A exigência básica de tais ativos é sua facilidade de comerci-alização. O principal motivo para a exigência de que um empréstimo seja garantido é reduzir o risco de perda do banco na eventualidade de o tomador não querer ou ficar impossibilitado de quitar o empréstimo no vencimento. A garantia não assegura o pagamento do empréstimo; no entanto, reduz o risco já que o banco torna-se credor preferencial em caso de liquidação e tem precedência sobre os credores gerais na liquidação de quaisquer ativos penhorados pelo banco como garantia.

Vários órgãos federais foram criados pelo Congresso desde a década

de 30, os quais, entre outras funções, garantem os empréstimos concedi-dos pelos bancos comerciais e alguns outros emprestadores. A Federal Housing Administration e a Small Business Administration são dois desses órgãos.

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Os empréstimos sem garantia baseiam-se em integridade e condição financeira do tomador, receita esperada no futuro e registros passados. Contrariamente à crença popular, os maiores empréstimos e os volumes mais altos em dólares são concedidos pelo bancos sem exigência de garantias. Os maiores tomadores de empréstimos comerciais conseguem obter fundos sem apresentação de garantias. Algumas empresas são consideradas pelos bancos tomadores preferenciais e, em muitos casos, recebem as taxas de juros mais favoráveis do mercado. Tais empresas têm administração competente, produtos e serviços muito bem aceitos no mercado, lucros relativamente estáveis e uma forte condição financeira. Eles fornecem aos bancos demonstrações financeiras segundo as quais é relativamente fácil determinar sua condição financeira e acompanhar seu progresso.

As empresas não são as únicas que conseguem empréstimos sem

garantia - muitas pessoas físicas também desfrutam desse privilégio. Pessoas que possuem imóvel próprio, têm emprego estável e registros de pronto pagamento de suas dívidas em geral obtêm empréstimos sem precisar oferecer garantias.

Vencimento - Os empréstimos bancários podem ser classificados de

acordo com o vencimento do contrato em empréstimos de curso, médio e longo prazo. Os empréstimos de curto prazo são geralmente definidos como aqueles cujo vencimento se dará em um ano ou menos, os emprés-timos de médio prazo têm vencimento entre mais de um anos e até se ou oito e os empréstimos de longo prazo têm vencimentos maiores.

Métodos de Pagamento - os empréstimos bancários podem ser pa-

gos de uma só vez ou em prestações. Os empréstimos pagos de uma só vez são chamados também de empréstimos diretos, o que significa que o contrato exige quitação de todo o principal na data do vencimento. Os juros, porém, podem ser pagos em períodos diferentes ou no vencimento do empréstimo. Os empréstimos em prestações exigem pagamentos periódicos do principal. Os pagamentos podem ser mensais, trimestrais, semestrais ou anuais. O empréstimo em prestações admite o princípio da amortização segundo o qual o valor do principal é amortizado ao longo da vida do contrato. Assim, os pagamentos não se constituem em um ônus tão grande para o tomador quanto se ele tivesse de fazer todo o paga-mento de uma só vez.

Origem - A carteira de empréstimo dos bancos comerciais deriva

principalmente de quatro grandes fontes: diretamente dos tomadores, da compra de promissórias de comerciantes de automóveis e outros bens de consumo, da compra de ―participações‖ em empréstimos originados em outros bancos e da compra de promissórias de negociantes de papéis comerciais. De longe, o maior número de empréstimos é feito diretamente aos tomadores que os solicitam nas agências bancárias. Incluídos nessa categoria estão os empréstimos que resultam de compras com cartão de crédito, já que os portadores do cartão primeiro fizeram uma solicitação ao banco para que ele lhes fosse concedido.

Muitos bancos derivam uma grande parte da sua carteira de emprés-

timo de compra de promissórias de negociantes de vários produtos. Uma fonte final de empréstimos menos importante do que aquelas já discutidas é a compra de papéis comerciais e aceites bancários.

Linhas de Crédito - Os empréstimos comerciais de curto prazo em

geral são obtidos através de linhas de crédito. Para que a linha seja aberta, tanto o tomador quanto o banco planejam com bastante antece-dência quando os fundos serão necessários. O tomador pode comprar produtos ou dar início à produção sabendo que os fundos poderão ser sacados quando necessário. Entretanto, a linha de crédito, normalmente não é considerada um vínculo legal para o banco. Se ocorrer algo na empresa do tomador depois de aberta a linha de crédito que crie expecta-tiva suficiente de que o banco está estendendo fundos excessivamente arriscados, a linha poderá ser cancelada.

A linha de crédito freqüentemente permite saques de diferentes valo-

res, que precisam ser pagos da mesma maneira. O método para determinar os juros cobrados pela linha de credito é

estabelecido no momento de sua abertura. A taxa de uma linha de menos

de $ 1 milhão provavelmente flutuará com a taxa preferencial. Ela poderá ser definida, em dois ou três pontos percentuais acima da preferencial, ou pode ser fixada em uma porcentagem da preferencial, talvez 115%. As-sim, se a taxa preferencial estiver em 10% os juros do empréstimos serão de 11,5 %. Um saldo compensatório de mais ou menos 10% pode ser exigido antes que qualquer fundo seja sacado, com um adicional de 10% sobre os fundos utilizados.

Devido à concorrência do mercado de papéis comerciais e dos ban-

cos estrangeiros nos últimos anos, os bancos grandes estão entrando cada vez mais na fixação de preço dos grandes empréstimos, incluindo as linhas de crédito, de acordo com o mercado monetário. Os juros desses empréstimos flutuam com uma taxa de referência do mercado monetário, digamos, a taxa sobre os grandes certificados de depósitos, ao qual um spread apropriado é acrescentado. Os juros destes empréstimos quase sempre ficam abaixo da taxa preferencial.

Empréstimos com Aval - Muitos empréstimos comerciais de curto

prazo são garantidos pelo endosso ou aval de terceiros. Quando o toma-dor é uma corporação os principais acionistas podem ser solicitados a endossar ou avalizar o empréstimo a fim de comprometer, até certo ponto, os ativos pessoais de cada um com o pagamento do empréstimo. O emprestador deve considerar não apenas o valor dos ativos que cada acionista possui fora da empresa ( tanto no presente como no futuro), mas também até que ponto cada acionista está disposto a fornecer garantias semelhantes a terceiros. Um empréstimo pode ser endossado ou avaliza-do por uma corporação ou por um indivíduo.

Transferência de Contratos - As empresas de construção que for-

necem materiais sob contrato em geral precisam de empréstimos para as operações que estão aguardando pagamento. Neste caso, uma empresa pode transferir seu contrato ao banco emprestador como garantia de um empréstimo de curto prazo. Depois, quando os pagamentos começarem a ser efetuados, eles são feitos diretamente ao banco pela outra parte. Às vezes, a empresa que recebe o empréstimo é uma subcontratada, caso em que os pagamentos podem ser feitos ao banco pelo contratante princi-pal.

Desconto de Duplicatas - O desconto de duplicatas em bancos co-

merciais cresceu substancialmente nas três últimas décadas, particular-mente nos bancos de maior porte. As duplicatas são freqüentemente usadas como garantia tanto de empréstimos sazonais de curto prazo quanto de créditos rotativos. Quando um empréstimo é garantido por duplicatas, o valor do crédito disponível ao tomador tende a aumentar à à medida que aumenta a necessidade de crédito. Normalmente, um em-préstimo sazonal é pago quando os estoques e as contas a receber diminuem, depois de um período de alta produção e vendas. No caso do crédito rotativo, por outro lado, o empréstimo pode ser mais ou menos contínuo; se o tomador for uma empresa em crescimento, o valor do crédito poderá continuar a crescer ao longo de um período considerável.

O máximo que um banco empresta sobre um determinado número de

duplicatas em geral varia de 50 a 90% de seu valor nominal. Se as perdas do tomador com os maus pagadores forem grandes, o banco poderá decidir não conceder o empréstimo ou limitá-lo a uma pequena porcenta-gem dos recebimentos.

Os bancos preferem descontar duplicatas de valor mais alto porque a

burocracia é menor e pode envolver menos devoluções e disputas por itens. Por outro lado, os bancos não gostam de ver recebimentos forte-mente concentrados em poucas contas, a menos que elas sejam de clientes altamente cotados em termos de crédito. Normalmente, o emprés-timo máximo é de 75 a 80% do total das contas empenhadas.

EMPRÉSTIMOS AO CONSUMIDOR São feitos para o consumo financeiro, em comparação com os em-

préstimos feitos para fins de produção ou de compra de ativos que produ-zem um fluxo de fundo, como ações e obrigações. Os empréstimos ao consumidor possibilitam o consumo de bens e serviços antes que o con-sumidor tenha que pagar por eles; conseqüentemente, eles conseguem desfrutar de um padrão de vida mais alto. Esses empréstimos são feitos para vários fins, incluindo a compra de automóveis, eletrodomésticos,

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 53

móveis, serviços médicos, férias, etc. Embora o vencimento dos emprés-timos ao consumidor variem, em geral, eles são feitos por um período de menos de cinco anos. Com o crescimento da receita e dos gastos dos consumidores, o crédito ao consumidor, incluindo aquele oferecido pelos bancos comerciais , há muitos anos vem aumentando rapidamente.

O DINHEIRO DE PLÁSTICO O dinheiro de plástico será liderado pelos cartões inteligentes (smat

cards) ou cartões de armazenamento, externamente semelhantes aos cartões de crédito, possuem microchips que armazenam unidades digitais de valor que podem ser trocadas por bens e serviços, como o dinheiro tradicional (sistema semelhante ao que é usado pelo cartão telefônico).

Atualmente ainda podemos dizer que o dinheiro de plástico de nossos

dias é o cartão de crédito, pois permite a aquisição de bens e serviços sem a apresentação instantânea do dinheiro em espécie.

Os cartões de crédito tornaram-se um importante veículo de paga-

mento e crédito na nossa sociedade. A popularidade dos cartões de crédito, deve-se às muitas vantagens que eles oferecem como meio de pagamento. Estas vantagens criaram dois padrões distintos e genéricos de uso entre os seus portadores - conveniência e crédito rotativo. Muitos portadores pagam o valor total de suas compras uma vez por mês; conse-qüentemente, não incorrem em cobrança de taxas de financiamento. Na verdade, quase metade dos portadores de cartão de crédito podem ser classificados com usuários de conveniência. Os outros portadores usam seus cartões como fonte de crédito e raramente pagam todo o saldo devido. Ambos os usos têm vantagens distintas sobre dinheiro, cheques e outros meios de pagamento. A conveniência minimiza a necessidade de andar com dinheiro na carteira, permite ao usuário adiar um pouco o pagamento de mercadorias e serviços e estabelece um registro favorável de pagamento, que é importante nas avaliações de crédito. Os usuários do crédito rotativo têm as mesmas vantagens, mais uma - aumentam sua capacidade de comprar mercadorias e serviços sem a burocracia envolvi-da na obtenção de um empréstimo pessoal. Ademais, o portador de cartão de crédito tem considerável flexibilidade para definir quando a dívida vai ser paga e quanto vai ser abatido.

Os bancos comerciais entraram na área de cartões de crédito no iní-

cio da década de 50. Eles não foram os primeiros a emiti-los; alguns bancos encontraram dificuldades para gerar um volume suficiente de negócios para tornar o serviço rentável e retiraram-se desse tipo de em-préstimo em prestações. Embora muitos bancos de todo o país tenham contribuído para o sucesso dos cartões de crédito, a persistência do Bank of America foi notável.

Vários fatores motivaram os bancos a entrar na área dos cartões de

crédito. Eles permitem aos bancos oferecer novos serviços ao atuais clientes e é um veículo excelente para atrair novos cliente - pessoas físicas e varejistas. Os planos de cartão de crédito aumentam as oportuni-dades de promoção dos outros serviços do banco. Embora isto não tenha sido um fator decisivo, muitos bancos provavelmente entraram nesta área de empréstimo ao consumidor para ficar a par dos avanços que podem acabar por levar aos sistemas de transferência eletrônica de dinheiro. Em última análise, é claro, os bancos foram motivados a adotar os planos de cartão de crédito por causa da possibilidade de aumentar os lucros.

Os cartões de crédito dos bancos diferem do crédito com cheque em

vários aspectos importantes. Os planos de cartão de crédito não estão ligados à conta corrente como os planos de crédito com cheque. Os planos de cartão de crédito envolvem um acordo entre três partes - o portador do cartão, o banco e um comerciante. O cartão de plástico emiti-do para os consumidores serve de evidência aos lojistas de que o banco concedeu uma linha de crédito ao portador daquele cartão. Ele também serve como meio preciso de imprimir comprovantes de venda. As lojas fazem um acordo com o banco de aceitar o cartão para pagamento de mercadorias e serviços. As lojas que têm conta com o banco emissor do cartão podem depositar os boletos de venda no banco ou em uma de suas agências e receber crédito imediato subtraído de um pequeno desconto. Na realidade, o banco está financiando as contas a receber do lojista e, com isto, libera-o dos custos envolvidos na operação de um departamento de crédito. Se a loja não tem conta com o banco mas um contrato de

compensação do cartão de crédito, o banco é obrigado a fazer o paga-mento à loja por meio de cheque. O Regulamento B do Banco Central proíbe qualquer exigência de que os comerciantes tenham conta com um banco cujo cartão de crédito seja aceito no estabelecimento.

Quando o banco oferece serviços de cartão de crédito aos clientes,

tem duas alternativas: pode oferecer um cartão próprio entrando em um acordo de licença ou franquia no qual torna-se membro ou associado de grupo de bancos ou atua como agente. Ou então pode oferecer o cartão de um outro banco.

Embora o custo operacional de um plano de cartão de crédito varie

com o banco e a área coberta, a operação geralmente é cara já que são necessários tempo, experiência e promoção consideráveis para fazer dele um sucesso. Por este motivo, o número de cartões de crédito de bancos diminuiu e dois cartões nacionais - Visa e MasterCard - comandam grande parte dos negócios nesse setor.

Muitos bancos oferecem agora o privilégio do saque a descoberto jun-

tamente com o cartão de crédito. Por exemplo, se o portador recebeu limite de saque de $ 500, este privilégio entra em vigor no momento em que ele emite um cheque que exceda o saldo da sua conta. O empréstimo passaria a ser um empréstimo de cartão bancário e seria pago de acordo com as regras que governam a cobrança de taxas para cartões de crédito. Algumas descrições interessantes foram aplicadas a este tipo de acordo. Um banco chama-as de ACT - transferência automática de dinheiro (Au-tomatic Cash Transfer) e outro usa o termo ―Reserva Disponível‖ (Ready Reserve) .

HOT MONEY É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um

pouco mais, no máximo em 10 dias. E comum, de forma a simplificar os procedimentos operacionais, para

os clientes tradicionais neste produto, criar-se um contrato fixo de hot, estabelecendo as regras deste empréstimo e permitindo a transferência de recursos ao cliente a partir de um simples telex, telefonema ou fax, garantidos por uma NP já previamente assinada, evitando-se assim o fluxo corrido de papéis para cada operação.

A formação de taxa para o hot money é definida pela taxa do CDI do

dia da operação acrescido do custo do PIS (0,75%) sobre o faturamento da operação.

Por ser uma operação de curto prazo, o hot money tem a vantagem

de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma mudança brusca para baixo nas taxas de juros. E uma operação conhecida como o ―seguro dos executivos financeiros contra o desemprego‖.

O IPMF tinha um enorme peso no hot money, já que era cobrado du-

as vezes —uma vez quando o dinheiro creditado na conta do tomador de recursos era utilizado pelo mesmo, e outra vez quando os recursos saiam de sua conta para quitar o débito da operação.

Sua extinção favoreceu a tomada de recursos através deste meca-

nismo.

Contas Garantidas/Cheques Especiais Abre-se uma conta de crédito (conta garantida) com um valor limite

que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos ,pelo cliente, desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação. A medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida.

Para o cliente, o produto garante uma liquidez imediata para suas

emergências. Para o banco, é um instrumento mercadológico forte, mas que, se mal administrado, pode representar uma perda significativa, tendo em vista seu impacto sobre a administração de reservas bancárias, já que é necessário deixar recursos de suas reservas de livre movimentação em stand by para atender à eventual demanda e, portanto, sem aplicação.

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Algumas contas garantidas têm caráter apenas de conta devedora, funcionam separadas da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente o aviso com antecedência dos valores a serem sacados, razão pela qual trabalham com taxas de juros menores.

Os juros sobre esse produto são calculados diariamente sobre o saldo

devedor e cobrados normalmente, no primeiro dia útil do mês seguinte ao de movimentação.

O IOF é calculado sobre o saldo devedor na base de 0,0041% ao dia

para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física (6% a.a.).

CRÉDITO ROTATIVO (CABCR) Os contratos de abertura de crédito rotativo são linhas de crédito a-

bertas com um determinado limite e que a empresa utiliza à medida de suas necessidades, ou mediante apresentação de garantias em duplicata. Os encargos (juros e IOF) são cobrados de acordo com a utilização dos recursos, da mesma forma que nas contas garantidas.

DESCONTOS DE TÍTULOS (NP/DUPLICATAS) E o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre va-

lores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.

O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao

banco e garante o recebimento imediato dos recursos, que, teoricamente, só teria disponíveis no futuro.

O banco deve selecionar cuidadosamente a qualidade de crédito das

duplicatas ou NP de forma a evitar a inadimplência. Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com pra-

zo máximo de 60 dias e prazo médio de 30 dias. O IOF é calculado sobre o principal, com alíquota de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0328 ao dia para pessoa física (12% a.a.), limitado aos valores anuais, caso o prazo seja maior que doze meses.

A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja,

no vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado, o cedente assu-me a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.

Outros tipos de operações de desconto também são feitas sobre os

recibos de venda de cartões de crédito e os cheques pré-datados. Estas duas alternativas são uma forma criativa de adiantamento de recursos para as empresas comerciais. Os cheques pré-datados ficam em caução, como garantia do empréstimo.

FINANCIAMENTO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS É o adiantamento de recursos às empresas normalmente por um ou

dois aias, sobre os valores que deverão ser recolhidos para pagamento de seus compromissos. Na prática, funciona como um hot money.

Para o cliente, é a possibilidade, em função dos volumes a serem re-

colhidos em IPI, ICM, lAPAS e IR, principalmente, de reduzir o custo desses valores e seu impacto sobre eventuais desequilíbrios no seu fluxo de caixa.

Para o banco, é a oportunidade de ancorar o cliente através de uma

operação que, periodicamente, se repete e, além disso, uma oportunidade adicional de receita, desde que o estudo do valor a financiar seja feito através de cuidadoso modelo, que leve em conta não só o impacto do recolhimento do cliente sobre suas reservas bancárias e, portanto, sobre o depósito compulsório e o crédito rural mas, também, o ganho do float.

O IPI sobre fumo e bebidas, por exemplo, é recolhido até o terceiro

dia útil do decêndio subseqüente ao da ocorrência dos fatos geradores e, o IPI sobre os demais produtos até o último dia útil. Se a venda for em 30 dias para pagamento, a empresa estará adiantando o valor do tributo sobre um valor que ainda não recebeu do cliente comprador. Daí a impor-tância do financiamento.

EMPRÉSTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO São as operações tradicionais de empréstimo vinculadas a um contra-

to específico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às necessidades de capital de giro das empresas.

O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e

necessidades das partes. Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em

geral numa relação de 120 a 1500/o do principal emprestado. Nesse caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando a garantia envolve outras garantias, como aval e notas promissórias, os juros são mais altos.

Nos grandes bancos, os contratos podem ter características infor-

mais, como ―garantia‖ de crédito para as empresas que optam por dar algum tipo de reciprocidade aos bancos, como, por exemplo, manter sobra de caixa aplicada em Fundo de Curto Prazo ou CDB.

INTERMEDIAÇÃO BANCARIA NO PAGAMENTO Exposição As instituições financeiras, além de realizarem as operações financei-

ras que constituem seu escopo principal na intermediação do crédito, praticam outros negócios considerados acessórios com vistas a seu fim, alguns dos quais representam típica prestação de serviço, caracterizando-se não só pelo favorecimento do cliente, mas pelos benefícios imediatos da contrapartida. Entre as operações acessórias podemos encontrar a intermediação bancária no pagamento.

Os Bancos, como é sabido, realizam pagamento a terceiro por conta

de seus clientes. Se esses pagamentos ocorrem por mero cumprimento de ordem, sobressai o caráter acessório, não assim se dará se a operação vier casada com alguma espécie de crédito concedido pela instituição, quando então a prestação de serviço será apenas decorrência. E da mesma forma que paga, também presta serviço de recebimento em nome de clientes, isto é, cobra. Seja o cliente quem paga ou recebe através do banqueiro, este terá sido simplesmente um intermediador no pagamento a ou de terceiro.

Dito isso, temos que a intermediação bancária no pagamento tanto

acontece no pagar como no cobrar. Pertence a este capítulo de estudo o contrato de giro ou traspasso numa ponta e noutra, o de cobrança de créditos.

Ambas as operações propiciam uma fonte de captação a custo extra-

ordinariamente baixo, permitindo à instituição financeira dispor desses recursos por alguns dias enquanto o crédito não chega à conta ou ao conhecimento do beneficiário ou, ainda, enquanto este deles não fizer uso.

TRASPASSO BANCÁRIO OU GIRO Conceito O traspasso bancário ou giro é um negócio jurídico de transferência

de fundos ou valores de uma conta-corrente para outra ou de uma pessoa para outra. O transferente propõe ao Banco o encargo da remessa que tanto pode ser a favor do próprio interessado quanto de terceiro. O giro pode dar-se entre uma conta e outra na mesma agência ou em outra agência do mesmo ou de Outro Banco ou até mesmo entre pessoas sem conta. Consubstancia-se em creditação em conta ou sem conta, converti-da esta em pagamento direto, observadas, caso existentes, as condições ditadas pelo transferente.

O pagamento por mera transferência contábil, operado pelo giro, é um

importante instrumento de controle monetário, que tanto serve para conter a emissão quanto para baixar o custo do dinheiro, pela preservação do estoque de dinheiro dos Bancos.

Natureza jurídica O traspasso bancário não tem sido muito estudado em doutrina. Al-

guns autores nem chegaram a dedicar-lhe atenção por tê-lo como simples operação contábil. Verdade é que algumas operações de transferência de fundos, conquanto nenhuma possa prescindir de qualificação jurídica,

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estariam perto disso, compreendidas no mandato geral outorgado pelo correntista ao banqueiro. São as ordens de crédito que o próprio Banco executa entre correntistas seus, debitando uma(s) conta(s) e abonando outra(s). Todavia, há operações mais complexas que escapam ao âmbito limitado da relação de conta-corrente.

O assunto merece reflexão dos estudiosos do Direito Bancário, espe-

cialmente quando a transferência deva ser cumprida fora da praça do ordenante, hipótese que ganhará desdobramentos conforme sejam as figuras subjetivas do negócio de transferência clientes ou não do banquei-ro.

Garrigues as estudou singelamente como transferências bancárias

sem incursionar por canais mais profundos. Embora se negue a reduzi-las a meras operações contábeis, situa-as entre os chamados serviços de caixa, contidos na conta-corrente.

Há referências na doutrina a muitas teses que explicam a natureza ju-

rídica do traspasso bancário. Mossa (Lo check e I‟assegno circolare secondo la nuova legge, Milano, 1939) definiu-o como contrato de presta-ção de obra ou serviço. Greco (Le operazioni di banca) identifica-o como mandato. Santini (Il banco-giro, Bologna, 1948) tinha-no como um manda-to geral conferido ao Banco para prestação de uma série de serviços, posição que muito lembra a de Garrigues. Rospatt (Bankarchiv, v. XXXIII, 1934) qualifica-o como contrato a favor de terceiro e Gierke (Handelsrecht und Schzffahrtsrecht, 6.ª ed., 503), como locação de serviço.

Dominante hoje, especialmente em França (Lyon-Caen y Renault,

Planiol-Ripert) e na Itália (Messineo, Fiorentino, Colagrosso), funda-mentada na disciplina de seus Códigos Civis, é a tese que o configura como uma delegação.

A doutrina intemacional serve geralmente como paradigma para os

estudiosos, mas só como paradigma, pois nem sempre os usos e costu-mes do comércio bancário de um país conhecem as mesmas práticas que os de Outro e, em não as conhecendo, suas leis relativas ao tema não ensejam convergência doutrinária. Por isso, forçoso é que se proceda a um exame percuciente do instituto a fim de saber o que lhe convém como natureza jurídica a seu conteúdo negocial.

Mesmo entre os italianos não há uniformidade de teses. Para Messineo, trata-se o giro de uma delegação obrigatória ativa,

mediante a qual o cliente ordena ao Banco, seu devedor (delegado) que prometa o pagamento ao beneficiário (delegatário). O que seria transferido do devedor ao credor, no caso, seria o crédito (cessão). Já não é o que pensa, v. g., Fiorentino, para o qual o devedor (delegante) assina ao credor (delegatário) um novo devedor (delegado), ocorrendo, portanto, uma delegação obrigatória passiva (assunção de dívida).

O problema cresce de importância e sutileza na medida em que há

institutos assemelhados no Direito Bancário, aos quais não se dispensa o mesmo tratamento. O pagamento com cheque possui a mesma estrutura e mecânica, pelo menos entre nós, que a ordem de pagamento incondi-cional por cheque, em que o cheque é enviado pelo ordenante diretamen-te ao favorecido para que este o desconte no Banco. No entanto, aquele negócio encontra-se contido no mandato geral que inere à conta-corrente bancária. Semelhante mecânica possui também a carta de ordem do crédito documentário, que ultrapassa em muito as forças da conta-corrente. É preciso resolver esta aparente contradição.

O contrato de giro enquanto relação entre ordenante e Banco man-

tém-se rigorosamente dentro do conteúdo do mandato. A dissensão se estabelece no momento em que o delegado avisa o beneficiário, sobre a natureza da relação que aí se cria, se de vínculo obrigacional ou mero aviso. Se se entender que o aviso é vinculativo, e dependendo de menção que se faça no negócio fundamental, poderá haver acreditivo, mas existirá inequivocamente delegação cumulativa. Com razão estariam as doutrinas francesa e italiana. Se, porém, o aviso for meramente informativo, insufici-ente para gerar obrigação, ineludivelmente encontramo-nos diante de negócio de intermediação: mandato ou prestação de serviço.

Na Itália e França a notificação do traspasso é constitutiva de obriga-ção cumulativa, solidária portanto. Todavia, no Brasil, é documento de simples informação. Dada essa razão, optamos por qualificá-lo como um mandato especial. Não se trata de delegação mesmo por que a delegação é indelegável, isto é, nela não há qualquer possibilidade de retransmissão de poderes, enquanto no mandato isso é admissível através do substabe-lecimento. E comum na prática bancária o uso de correspondentes em lugares onde a instituição financeira não possui agências ou sucursais, aos quais é confiado o encargo do cumprimento dos giros. Aliás, esta é uma das importantes características que devemos ressaltar no Direito Bancário.

Seria, portanto, uma das espécies de mandato bancário, formando

díade com a cobrança de títulos e documentos na intervenção bancária no pagamento, em que os Bancos atuam em ambas as pontas do evento jurídico: pagando e recebendo. Mandato atípico pelo fato de poder nascer bilateral, com outra particularidade digna de nota: sem representação. Na prática bancária brasileira o negócio de giro é executado pelo Banco, atuando como ele próprio Banco, não em nome do cliente, mas unicamen-te por conta do cliente. Assume a posição de intermediário prestador de serviço especializado.

É negócio jurídico que tanto pode ser unilateral quanto bilateral. A uni-

lateralidade, chamou-nos a atenção para esta particularidade mestre Pontes (TDP, v. LII, n. 5.437), resulta em ordem de correntista quanto a fundos em mãos do banqueiro para crédito ou pagamento a terceiro. E a bilateralidade nasce da contratação do giro com não cliente ou com cliente cuja provisão tenha que ser feita, por não se encontrar em conta suscetí-vel de débito.

Além disso, define-se como real, por dependente da entrega da provi-

são que é prévia e essencial, seja em moeda ou disponibilidade em conta. E instantâneo e de execução imediata, uma vez que é ordem de crédito ou pagamento à vista. E, finalmente, é oneroso em qualquer de suas formas, sendo comutativo somente o bilateral.

Modalidades do giro O giro apresenta-se sob duas modalidades: a) ordem de crédito; e b) ordem de pagamento. A ordem de crédito é transferência de uma conta bancária a outra. Es-

te tipo de transferência, quando operada internamente no âmbito de um único banqueiro, fica inteiramente contida nos poderes outorgados à instituição financeira em contrato de conta-corrente, compreendido no serviço de caixa. Efetua-se por saque bancário (via cheque), ou por sim-ples ordem de transferência escrita ou verbal. Quando importa a interven-ção de outro banqueiro, depositário do correntista destinatário do crédito, as relações, por mais complexas, exigem negócio especial de remessa de crédito, aparecendo então uma relação especial de mandato, chamado giro ou traspasso, da mesma forma como quando a praça de pagamento for outra da do domicílio da conta debitada ou do ordenante.

A ordem de pagamento já nasce como giro, mesmo que o ordenante

seja cliente, os recursos sejam debitados da conta, e não haja remessa do crédito, sendo pagável na mesma praça — o que não é usual na prática bancária, todavia não há vedação. Já nasce como giro pela simples razão de que o dinheiro, saia ou não da conta, entra na disponibilidade imediata do banqueiro para determinado fim que está no contrato de traspasso. E na ordem de pagamento em outra praça porque há remessa.

Conteúdo do contrato O contrato de traspasso bancário não toca na matriz que o gera. A re-

lação fundamental que vincula obrigacionalmente ordenante e beneficiário nada tem a ver com o giro. Pouco importa que haja nele menção ao giro. Salvo se houve intervenção do Banco e/ou ele aquiesceu intervir no pagamento, assumindo a dívida. Mas já aí não teremos giro ou o teremos juntamente com acreditivo ou com delegação, o que nada tem a ver com o negócio autônomo e solitário do giro.

Para que se tenha perfeita caracterização do traspasso bancário é

preciso ter como estabelecido que o devedor da relação fundamental

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poderia concluir seu contrato e cumprir a(s) prestação(ões) diretamente, por si próprio, sem a utilização do intermediário bancário ou com sua utilização inessencial. E essa inessencialidade do giro a pedra de toque de sua autonomia e complementariedade. As partes resolvem se usar do giro por comodidade e segurança, tendo sido a previsão desse uso con-temporânea à constituição do vínculo ou posterior. ―A‖ quando comprou de ―B‖ aceitou como praça de pagamento a do domicílio de ―B‖, pois lá pre-tendia retomar ao tempo da obrigação. Todavia, chegado o momento, a viagem se torna impossível. Então ―A‖ comunica a ―B‖ que não irá, mas fará a remessa do valor via Banco, contra entrega de recibo com quitação. O Banco que cumprirá o pagamento não assume a dívida, apenas solve o compromisso a mando de ―A‖. O que a instituição financeira faz é prestar serviço especializado a ―A‖, seja ou não cliente.

A relação que se constitui entre ordenante e Banco é uma relação de

provisão. O ordenante traz os fundos e os entrega ao banqueiro, para que este, através de agência ou correspondente, realize o pagamento ao beneficiário. Não há traspasso sem provisão. Se o ordenante for cliente e não dispuser dos fundos, em outra operação de financiamento, que com esta não se liga nem comunica, poderá o Banco antecipar-lhe os recursos necessários para operar a transferência. O valor é creditado em conta-corrente e remetido. Teremos, nesse caso, um negócio fundamental entre ordenante e beneficiário e dois negócios entre ordenante e mandatário, consistente em traspasso e financiamento.

Se o beneficiário é cliente e não há providência a exigir-se dele, bas-

tará o simples crédito em conta, mediante aviso, para consumar o paga-mento e a desoneração de devedor-ordenante. Não sendo, comunicar-lhe-á o banqueiro, através de aviso meramente informativo, que se acha a sua disposição o valor constante do giro. A recepção do aviso pelo beneficiário não obriga o Banco ao cumprimento da ordem de crédito ou pagamento. Há correlação com a Carta de Ordem do Crédito Documentário, só não há a modalidade ―confirmada‖ que seria vinculativa. Portanto, mesmo tendo expedido o aviso referente ao crédito, se ainda não houve quer o paga-mento quer a creditação em conta, inexigível pelo beneficiário será o cumprimento do giro. Todavia, se houve creditação o pagamento realizou-se, não há como estornar-se a quantia da conta.

Se, em virtude de razões muito pessoais, o Banco resolve garantir ao

beneficiário o pagamento, já não se tratará mais de traspasso, ou terá havido negócio complementar fora dele.

Assim é a prática bancária brasileira relativa ao negócio de giro. Extinção O contrato de giro se extingue no momento em que o Banco cumpre a

prestação junto ao favorecido ou, na hipótese de cancelamento, no mo-mento em que opera o giro de volta, efetivando a devolução da quantia ao ordenante.

O cancelamento pode ocorrer por decisão do ordenante ou em razão

de fato do favorecido: não ser encontrado, ter recusado o recebimento ou qualquer outro motivo que inviabilize o pagamento.

COBRANÇA DE TÍTULOS E DOCUMENTOS Conceito A cobrança de títulos e documentos é serviço que os Bancos nor-

malmente colocam à disposição de seus clientes. Operando com títulos cambiários e cambiariformes, como instrumento formal de seus negócios financeiros, as instituições bancárias necessitam manter serviço próprio de cobrança, montando, para isso, carteira especializada e pessoal trei-nado para o desempenho desse mister. Unindo, portanto, a necessidade de defender os próprios créditos, à exigência de maximizar o desempenho da equipe técnica, combatendo possível ociosidade, abrem as portas à prestação de serviços a terceiros, angariando clientes, reforçando a captação e diminuindo o custo do dinheiro.

O contrato de cobrança é negócio jurídico de outorga de poder, que

tem fim específico e conteúdo limitado. Natureza jurídica A natureza jurídica da cobrança é a do mandato sem representação.

O cobrador age como mero intermediário, alguém autorizado à prática de atos de preservação de direito e de quitação, sub-rogação, cessão ou outro de conteúdo equivalente. O titular do crédito por ele não se faz presente.

Se a cobrança contratada for de títulos de crédito cambiários ou cam-

biariformes o mandato é outorgado pela formalização de endosso-mandato, sendo possível a sub-rogação do mandatário, pelo substa-belecimento através de outro endosso, caso não haja proibição expressa. Nestes casos, o chamado borderô de cobrança atua apenas como relação dos títulos entregues ao e recebidos pelo cobrador.

Se, como sói acontecer no sistema bancário brasileiro, o endosso pa-

ra fins de cobrança ocorrer sob a forma de endosso-pleno, teremos que a outorga do mandato deu-se extracambiária ou extracambiariformemente. E então ou está no borderô o contrato ou este é tácito, funcionando o endosso-pleno como endosso-fidúcia. Esta modalidade, se por um lado, facilita a negociação bancária (a cobrança pode converter-se em desconto ou antecipação ou caução etc.), por outro, expõe o endossatário a ser demandado em nome próprio como se fosse o titular do direito creditório, não podendo escapar às exceções que lhe forem próprias.

É contrato oneroso, sendo cobrada comissão pelo serviço. Via-de-

regra é unilateral por estabelecer obrigações somente para uma das partes, todavia, pode tomar-se bilateral imperfeito, especialmente se mal sucedido, tendo gerado despesas. Além disso, é consensual, só sua eficácia é que depende da entrega da coisa, instantâneo e típico, constitu-indo modalidade de mandato mercantil. Regula a espécie os arts. 140 a 164 do C. Com., sendo aplicáveis subsidiariamente as disposições do Código Civil e, em se tratando de mandato em endosso, a lei específica que regula o título de crédito em que o mesmo ocorra.

Conteúdo obrigacional O mandato se perfaz com o endosso por parte do mandante e a acei-

tação pelo mandatário. Não havendo proibição de novo endosso, o subs-tabelecimento de poderes iguais ou mais limitados é tacitamente consen-tido, não podendo gerar prejuízos a terceiros de boa-fé. Entre mandante e mandatário, todavia, vale a vedação do art. 146 do C. Com. Pelos atos do mandatário contidos dentro do mandato responde o mandante, sendo, pelos que excederem, responsabilizado o próprio autor, como se se tratasse de gestão de negócios, bem como por aqueles nos quais atue em nome próprio, ainda que por conta do mandante.

O mandatário tem direito de retenção sobre bens objeto do mandato,

por dívida do mandante perante si decorrente dessa operação. O mandatário se obriga a exercer o mandato com zelo e proficiência,

respondendo por todo e qualquer dano que possa causar e que decorra de prestação de serviço negligente, inábil e incompetente.

O mandante assume a obrigação de prover as despesas decorrentes

do encargo a que foi incumbido o mandatário e a ressarcir os gastos por este suportados na execução das tarefas encomendadas.

Extinção A cobrança se extingue pelo cumprimento do mandato, por comum

acordo, mediante distrato, por revogação do mandato, por denúncia do mandatário ou por morte de qualquer das partes, a partir do conhecimento do fato, salvo morte do mandante, em que já tenha o mandatário iniciado o cumprimento do mandato, em negócio que não admita interrupção sob pena de prejuízo aos sucessores.

CARTÕES DE CRÉDITO Conceito Este nome exprime várias realidades jurídicas. Em sentido amplo po-

de significar: 1. cartão de credenciamento para acesso: a) à conta-corrente; b) a crédito previamente aberto junto ao próprio emissor ou a terceiro; e 2. cartão de garantia de cheque.

Como nosso objeto de estudo é o cartão de crédito bancário, interes-

sa-nos aprofundar o conhecimento relativo ao instituto que consiste fun-damentalmente na hipótese 1, b, 2.ª parte, isto é, cartão de credenciamen-

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to para acesso a crédito previamente aberto junto a terceiros, que envolve relações pelo mínimo trilaterais. Este tipo em sua evolução terminou por incorporar o referido em 1, a, cartão de credenciamento para acesso à conta-corrente (cartão saque) e o 2, cartão de garantia de cheque.

Em sentido estrito cartão de crédito é o objeto material, normalmente

um retângulo de plástico, que identifica o acreditado em qualquer das hipóteses dos sistemas acima indicados.

Importa-nos, portanto, é mergulhar na direção do institucional, do ne-

gócio jurídico complexo, formado por vários contratos. Assim visto, o cartão de crédito é um sistema operacional de credenciamento dirigido ao consumo, que reúne clientes do emitente, constituídos por comerciantes e consumidores. Visa manter uma clientela cativa, fortalecendo o conglome-rado financeiro ao qual é filiado, oferecendo em troca qualificado serviço de segurança e desregulamentação do crédito.

Natureza jurídica Não haveremos de misturar os tipos de cartões de crédito. Todos eles

são, como coisa material, cartão de credenciamento e especialmente o acreditivo (credit cards), embora com características para não ser, tornou-se, porque o sistema tem sido omisso, título de legitimação erroneamente. Todos eles identificam o usuário e o apresentam como digno de crédito. Os cartões, como coisa física, não passam disso, produzindo o mesmo efeito.

O alcance de cada tipo será determinado pelas relações jurídicas que

lhe geraram. O que os fará diferentes serão os contratos que os dotarão de conteúdo diverso.

Assim, v. g., o cartão de garantia de cheque constitui uma credencial

de certa categoria de usuário de cheque. Mas o que irá determinar a aceitação do respectivo cheque que garante é um contrato de garantia de cheque firmado pelo emitente do cartão e o estabelecimento conveniado. Ele é apenas uma chave, um instrumento que incidindo no campo das relações contratuais movimenta-o. Constitui-se praticamente numa senha. Reúne, pois, duplo aspecto: de credencial e de senha, sintetizado numa só unidade. E um cartão de credencial-senha.

O cartão para saque bancário ou em caixas automáticas é, como to-

dos os demais, credencial. Mas não contém senha. Sua eficácia, todavia, fica dependente da adjudicação de uma senha que o usuário dispõe e só ele sob sigilo. Toda atenção é pouca para este detalhe. O saque eletrôni-co — e não o cartão de saque como se tem dito por aí — é meio de pagamento que substitui o cheque. E o que faz as vezes da assinatura que se põe no cheque no saque eletrônico é a senha. Por trás do cartão de saque há contratos de conta-corrente e/ou depósitos envolvendo o usuário e o sacado.

Já o cartão de crédito emitido por um estabelecimento a favor de cli-

ente, para uso exclusivo na relação entre ambos, representa uma abertura de crédito facultativa em bens ou serviços. Muitas vezes ou geralmente é resultado de uma oferta unilateral, sem qualquer conteúdo obrigacional.

O mais importante dos cartões de crédito, único a justificar estudo es-

pecífico, e que constitui um instituto jurídico, é o cartão acreditivo que forma um sistema que em bases mínimas já nasce pela criação de rela-ções trilaterais. Se outra parte ou outras às três originais se juntar, esta(s) excepcionará(ão) o negócio jurídico específico do sistema de credit cards, será(ão) aderente(s) ao complexo, realizará(ão) negócio suplementar ou negócio autônomo aderente.

No Brasil não se faz distinção entre cartão de crédito e cartão de débi-

to ou pagamento, porque ambos convivem em nosso sistema sob a de-nominação correta de cartão de crédito. Entre nós são na realidade car-tões mistos, tendo em vista que em alguns países, como v. g. a França, essas modalidades não convivem, sendo chamados, impropriamente, cartão de débito ou de pagamento àquele que deve ser pago integralmen-te quando da apresentação da fatura e de crédito o outro cujo pagamento pode ser parcelado. A impropriedade reside no fato de confundirem o débito que diz respeito à fatura, constituindo seu conteúdo, com o cartão que só tem como finalidade propiciar crédito, pois o usuário ao usá-lo

compra bem ou serviço com pagamento diferido. Acima ficou dito que o verdadeiro cartão de crédito nasce em bases

mínimas trilateral, porque sem as três partes não se tem o acreditivo. E se admite suplementação é só de parte de cartões de crédito imperfeitos, os não bancários, que demandariam uma fonte de financiamento alheia para o prolongamento do prazo de pagamento dos débitos, isto é, para seu parcelamento. Nessa hipótese o emissor é entidade não pertencente ao sistema financeiro que toma junto a Banco empréstimo em nome de seu cliente, repassando-lhe os encargos financeiros. Porém, o negócio per-manece circunscrito entre ambos e estranho ao negócio jurídico complexo do cartão de crédito. De qualquer sorte a responsabilidade pelo pagamen-to da fatura perante o vendedor do bem ou do serviço é o estabelecimento emissor, tal qual ocorre entre os cartões perfeitos, bancários.

O sistema operacional do cartão de crédito é composto por um con-

junto de três negócios jurídicos que regem e disciplinam três relações distintas entre as três partes envolvidas, formando os lados de um triângu-lo.

Diversas teses produziu a doutrina para explicar a natureza jurídica

dessas relações. Apontaram para a assunção de dívida, a cessão de crédito, a sub-rogação, a estipulação em favor de terceiro, o mandato, meio de pagamento, ordem de pagamento, título de crédito e muitas outras. Entretanto, vê-se que qualquer dessas teses olha apenas para um dos lados do triângulo, enxergando somente uma única relação. E preciso que se dissequem todas as relações que se perfazem totalmente para operacionalizar o cartão. São elas de três espécies.

A primeira a se constituir ontogeneticamente vincula a instituição emi-

tente ao comerciante ou prestador de serviços disposto a abrir-lhe crédito, a tomar-se cliente e a aderir ao sistema, sujeitando-se às normas opera-cionais. Este abre crédito em bens ou serviços à administradora do cartão. Ou o crédito é em favor de terceiro incerto, mas realizado em nome e por conta do creditado emissor ou é em favor do próprio emitente que o usará através de procurador, usuário.

A segunda, pela ordem da montagem estrutural, é a que estabelece direitos e obrigações entre instituição emitente e cliente-usuário, e que se consuma pela identificação, credenciamento e abertura de crédito rotativo para saque de dinheiro e/ou compra de mercadorias e/ou serviços nos estabelecimentos conveniados. Vale observar que o saque de dinheiro é função enxertada no cartão acreditivo, não fazendo parte de seu conteúdo jurídico essencial.

A terceira e última é que constitui o verdadeiro acreditivo, na relação

de compra e venda entre usuário do cartão e estabelecimento conveniado, com estipulação de terceiro, no caso a instituição emitente, para ocorrer o pagamento. Afasta-se do acreditivo, inovando-o, apenas no aspecto liberatório do usuário.

Desta forma, temos que o cartão de crédito bancário é um negócio ju-

rídico complexo, de que participam no mínimo três partes. E contrato de duração, adesão, oneroso, comutativo, atípico.

Conteúdo obrigacional O emissor do cartão obriga-se perante o estabelecimento conveniado

a fornecer-lhe o material de expediente apropriado e a pagar-lhe as fatu-ras que lhe sejam apresentadas nas condições e prazos previstos contra-tualmente, resguardando-o das fraudes ou irregularidades que não possa razoavelmente constatar. E obriga-se perante o usuário a garantir-lhe o funcionamento do sistema para uso do qual cobra a prestação de serviços e a garantir-lhe a segurança operacional uma vez avisado do roubo ou extravio do cartão.

O estabelecimento conveniado obriga-se para com o emissor a ven-

der para o usuário pelo mesmo preço praticado nas vendas à vista; a observar o limite de crédito do usuário e só ultrapassá-lo quando especi-almente autorizado pelo emitente, pagando-lhe por ocasião da liquidação das faturas a comissão devida por sua participação no sistema. Obriga-se ainda — coisa que na prática não vem sendo cumprida sem risco algum — a identificar o portador do cartão, controlando seu prazo de validade e inexistência de restrições pelo exame e cotejo com as listas que lhe são

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enviadas pelo emissor. O usuário obriga-se perante o emissor a assinar as faturas de suas

compras e a pagá-las quando lhe forem apresentadas na forma ajustada contratualmente e/ou fixada pela lei, bem como a ocorrer a liquidação dos encargos que lhe são devidos pela sua participação no sistema, avisando-lhe de eventual roubo, perda ou extravio do cartão, respondendo pelo eventual uso indevido que até essa data possa ter havido. Obriga-se da mesma forma pela liquidação das faturas de responsabilidade dos cartões adicionais que tiver solicitado.

Responsabilidade civil A questão da responsabilidade civil com relação ao furto, perda ou ex-

travio do cartão tem sofrido notável evolução. Em seus primórdios, a responsabilidade pesava exclusivamente sobre o usuário até que sua comunicação fosse incluída nas listas negras e estas chegassem a seu destino, aos estabelecimentos conveniados. Porém, a clara compreensão de que diante do universo de usuários do sistema os casos da espécie são inexpressivos, não tendo significação econômica, os estudiosos do problema passaram a entender que era um risco imanente ao próprio negócio que bem poderia ser administrado pelo emissor, ou absorvendo o prejuízo ou contratando seguro. A prática mostrou também que na maioria dos casos o mau uso não teria acontecido se o estabelecimento conveni-ado não tivesse agido com negligência. Acresça-se a isso o fato de não se saber se o usuário não fosse compelido a firmar contrato de adesão, se teria aceito a cláusula que o responsabiliza e permite que o dano causado pela negligência de associado do instituidor lhe seja transferido.

Sensível a esse questionamento, doutrina e jurisprudência come-

çaram a repensar o direito e a reposicionar-se, o que obrigou o emitente a mudar a cláusula, fazendo cessar a responsabilidade do usuário no mo-mento da comunicação do fato imprevisto e indesejado.

Vê-se na prática o total desinteresse do comerciante com a identifica-

ção do usuário e, algumas vezes, com o exame comparativo da assinatu-ra. Ora, isso faz parte de sua obrigação contratual, pois não basta a condição de portador do cartão para o exercício do direito, sendo exigível que detenha a titularidade. O cartão é intransferível. Legitimidade e titula-ridade andam sempre juntas neste caso. O instituidor poderá, havendo conveniência, voltar-se contra o estabelecimento conveniado para ressar-cir-se do dano que a desídia deste lhe venha causar.

Bastará, portanto, ao usuário desapossado do cartão proceder o re-

gistro policial da ocorrência e comunicar imediatamente o emissor de forma inequívoca, de preferência por escrito para fins de prova, fazendo cessar assim sua responsabilidade.

Inadimplemento e extinção Inadimplindo o usuário tem o emitente contra ele execução de título

extrajudicial com base no próprio contrato, bastando juntar a ele o(s) extrato(s) não pago(s). Mesma execução tem o estabelecimento conveni-ado contra o emissor se este deixar de atender ao pagamento de seu crédito oriundo das vendas. A base jurídica é o contrato.

Outra espécie de inadimplemento contratual dará ensejo à resolução

ou à denúncia; por qualquer das partes, sendo recomendável notificação com prazo de 10 dias da recepção (art. 137 do C. Com.).

O CRÉDITO RURAL O Decreto-lei 167, de 14.2.1967, dispôs que o financiamento rural

fosse executado mediante a emissão de cédulas de crédito rural. Em seu art. 2º referido diploma legal prescreve que o emitente da cédula fica obrigado a aplicar o financiamento para os fins ajustados, devendo com-provar tal circunstância perante a ―instituição financiadora‖. Embora use o termo ―financiadora‖ e não financeira, tem-se no art. 1º, que o financia-mento é concedido pelos órgãos integrantes do sistema nacional de ―crédito rural ―, pelo que se compreende dentro das operações bancárias. Em se tratando de financiamento, o banco tem o direito de fiscalizar a aplicação da quantia financiada, a qual vencerá juros conforme taxas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. Quando o financiamento for concedido para utilização parcelada, o financiador abrirá com o valor do financiamento conta vinculada à operação, que o financiado movimentará

por meio de cheques, saques, recibos, ordens, cartas ou quaisquer outros documentos.

Características das cédulas de crédito rural. As cédulas de crédito rural são promessas de pagamento sem, ou

com garantia real cedularmente constituída, isto é, no próprio título, dis-pensando documento à parte. A garantia poderá ser ofertada pelo próprio financiado, ou por um terceiro. Embora o art. 10 considere a cédula de crédito rural um título civil, é evidente sua comercialidade, por sujeitar-se à disciplina do Direito Cambiário. Constituindo-se cedularmente a garantia, ou seja, por incorporação no próprio título, quando se tratar de hipoteca, ocorrem derrogações ao direito comum com a dispensa de escritura pública e da outorga uxória, mas em virtude da ausência desta última, o cônjuge obriga apenas seus bens particulares e os comuns até o limite de sua meação. Para terem eficácia contra terceiros, as cédulas de crédito rural devem ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Sua co-brança se processa mediante a ação de rito especial (execução), com a originalidade de permitir a venda, pelo credor, após a penhora, dos bens dados em garantia, contestada ou não a ação, podendo, desde logo, mediante caução idônea, levantar o produto líquido da venda. Em se tratando de cooperativas rurais, instituições financeiras públicas e o Banco do Brasil, não há necessidade de caução.

Cédula Rural Pignoratícia: É um título que consubstancia uma promessa de pagamento com ga-

rantia de bens móveis que, porém, permanecem de posse do devedor. O formalismo do título impõe-lhe os seguintes requisitos: I - a denominação ―cédula rural pignoratícia‖ II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações pe-

riódicas, ou prorrogações de vencimentos, de acrescentar-se a expressão ―nos termos da cláusula Forma de Pagamento abai-xo‖ ou, em sendo o caso, ―nos temos da cláusula Ajuste de prorrogação abaixo‖;

III - o nome do credor e a cláusula ―à ordem‖; IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por ex-

tenso, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e a forma de sua utilização;

V - a descrição dos bens vinculados ao penhor, que se indicarão pela espécie, qualidade, quantidade, marca ou período de pro-dução, se for o caso, além do local ou depósito em que os mesmos bens se encontrarem;

VI - a taxa de juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se hou-ver, e o tempo de seu pagamento;

VII - a praça de pagamento; VIII - a data e o lugar da emissão; IX - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante

com poderes especiais. Cédula rural hipotecária: Podem os bancos, também conceder financiamentos mediante a e-

missão, pelo devedor, de cédula com garantia hipotecária. Pelo artigo 811 do Código Civil ―a hipoteca abrange todas as acessões, melhoramen-tos ou construções do imóvel‖. A lei específica ( Dec.-lei 167/67) faz com que a garantia seja prestada não só pelo imóvel e suas acessões, mas também pelos bens originariamente móveis, que se incorporam ao imóvel devido à sua destinação, tais como máquinas, aparelhos e instalações, sejam os existentes no momento da constituição da hipoteca, sejam os adquiridos com os recursos financeiros que o banco fornece ao devedor.

A cédula rural hipotecária deverá conter os seguintes requisitos: I - a denominação ―cédula rural hipotecária‖; II - a data e condições de pagamento; havendo prestações pe-

riódicas ou prorrogações de vencimento, é acrescentada a ex-pressão ―nos termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo‖ ou ―nos termos da cláusula Ajuste de prorrogação abaixo‖;

III - o nome do credor e a cláusula ―à ordem‖; IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por ex-

tenso, com a indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento e a forma de sua utilização;

V - a descrição do imóvel hipotecado com indicação do nome, se houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data

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de aquisição e anotações (número, livro e folha) do registro i-mobiliário;

VI - as taxas dos juros a pagar e a da comissão de fiscalização, se houver, e tempo de seu pagamento;

VII - a praça do pagamento; VIII - a data e o lugar da emissão; IX - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante

com poderes especiais. A cédula rural hipotecária confere direito real inter partes desde a sua

emissão, embora seu registro seja necessário para que tenha eficácia contra terceiros (erga omnes).

Embora destinada a servir de garantia de financiamentos para fins ru-

rais, essa pode constituir-se cedularmente por imóveis rurais ou urbanos. Cédula rural pignoratícia e hipotecária: aqui a garantia é prestada por

bens imóveis e também móveis, só que estes, diferentemente do que ocorre com a cédula rural hipotecária, não são apenas aqueles incorpora-dos ao imóvel pela sua destinação (máquinas, aparelhos e instalações), mas também os existentes em local diferente do imóvel, por isso se carac-terizando o penhor e a hipoteca.

Os requisitos do título são: I - denominação ‖cédula rural pignoratícia e hipotecária‖ II - a data e as condições de pagamento; havendo presta-

ções periódicas ou prorrogações de vencimentos, acrescentar ―nos termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo ―ou ―nos termos da cláusula Ajuste de prorrogação abaixo‖;

III - o nome do credor e a cláusula à ordem; IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten-

so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi-nanciamento concedido e a forma de sua utilização;

V - descrição dos bens vinculados em penhor, os quais se indica-rão pela espécie, quantidade, qualidade, marca ou período de produção, se for o caso, além do local ou depósito dos mesmos bens;

VI - a descrição do imóvel hipotecado com a indicação do nome, se houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição e anotações (número, livro e folha) do registro imobi-liário;

VII - a taxa de juros a pagar e da comissão de fiscalização, se hou-ver, e tempo de seu pagamento;

VIII - praça do pagamento; IX - a data e o lugar da emissão X - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante

com poderes especiais. Nota de crédito rural É também um título destinado ao financiamento rural, mas destituído

de qualquer garantia real, conferindo, entretanto, ao credor privilégio sobre os bens enumerados no art. 1.563 do Código Civil.

São seus requisitos: I - a denominação ―Nota de Crédito Rural‖ II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações

periódicas ou prorrogações de vencimentos, acrescenta-se as expressões: ―nos termos da cláusula Forma de Pagamento a-baixo‖ ou ―nos termos da cláusula Ajuste de Prorrogação abai-xo‖;

III - o nome do credor e a cláusula à ordem; IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten-

so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi-nanciamento concedido e a forma de sua utilização;

V - a taxa dos juros a pagar e da comissão de fiscalização, se houver, e tempo de seu pagamento;

VI - a praça de pagamento; VII - a data e o lugar de emissão; VIII - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante

com poderes especiais. Não obstante destituída de garantia real, a nota de crédito rural está

sujeita a registro no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição em que esteja situado o imóvel a cuja exploração se destina o financiamento cedular. Compreende-se a exigência para o fim de estabelecer-se sua eficácia em relação a terceiros.

AS OPERAÇÕES DE LEASING Leasing (do inglês "to lease") significa alugar. No Brasil, também é

conhecido como arrendamento mercantil. É uma operação contratual pela qual urna empresa (arrendadora), adquire ou fabrica determinado bem que cede para uso da arrendatária, que pode ser Pessoa Física ou Jurídi-ca, mediante pagamento de contraprestações periódicas. No final do contrato, a arrendatária pode renová-lo, devolver o bem à arrendadora ou adquirindo pelo valor residual.

HISTÓRICO DAS OPERAÇÕES DE LEASING O leasing já existia no antigo Egito onde terras eram alugadas para

agricultura. A partir do século XIX, teve grande incremento nos Estados Unidos com aluguel de navios e outros equipamentos de transporte. Porém, somente após a 2a. Guerra mundial, o leasing ganhou espaço naquele país com as primeiras empresas surgindo na década de 50. Graças ao arrendamento mercantil, grandes empresas americanas proje-taram-se mundialmente como a I-B.M. e a Xerox. A técnica do leasing foi importada pela Europa e espalhou-se pelo mundo.

No Brasil, as operações de leasing já existiam na década de 50, em-

bora somente em 1974, através da Lei 6099, tivessem suas contrapresta-ções consideradas como custo ou despesas operacionais da arrendatária.

Em 17.11.75, tendo em vista o caráter financeiro das operações, o

Banco Central, através da Resolução 351, baixou regulamento discipli-nando-as. As multinacionais foram as primeiras a operar com leasing, pois já conheciam esta atividade em seus países de origem.

Nas décadas de 80 e 90, muitas resoluções do Banco Central disci-

plinaram ou proibiram certas operações. Recentemente o B.C. procurou incentivá-las, abrindo-as às Pessoas Físicas.

"FUNDING‖ DAS EMPRESAS DE LEASING As empresas de leasing não podem levantar recursos, como os ban-

cos, através de depósitos. Assim, buscam-nos de outras maneiras, tais como:

- Debêntures - são títulos de longo prazo, emitidos pelas arrenda-doras e colocados no mercado através de bancos ou de correto-ras nacionais ou internacionais. É a forma mais usual de funding das empresas de leasing.

- Empréstimos obtidos no Brasil ou no exterior. - Cessão de direitos - as contraprestações podem ser negociadas

com bancos ou financeiras que adiantam os recursos às arrenda-doras mediante uma taxa de desconto.

- Repasses governamentais - como já vimos, a Finame, empresa do sistema B.N.D.E.S., também financia operações de leasing.

- C.D.I. - Certificado de Depósito Interfinanceiro - assim como ou-tras instituições financeiras, as empresas de leasing também os utilizam.

TIPOS DE LEASING Leasing operacional - é aquele geralmente praticado pelas próprias

fabricantes do bem. Sendo realmente um aluguel, dispensa a intermedia-ção de una instituição financeira, tendo ainda as seguintes características:

- geralmente o bem arrendado é equipamento de rápida obsoles-cência;

- pode haver ou não opção de compra no final do contrato; - o prazo dos contratos é mais curto; - a manutenção do bem é feita pela arrendadora, que também for-

nece assistência técnica; - o arrendatário pode rescindir o contrato mediante condições pre-

determinadas. Leasing financeiro - é o mais comum entre nós, realizados pelos ban-

cos múltiplos ou empresas de arrendamento, sendo, na verdade uma operação de financiamento. Neste caso, a arrendatária escolhe o bem e o fornecedor, cabendo à arrendadora adquiri-lo e entregá-lo em condições

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de uso. Tem também as seguintes características: - apesar de poder optar pela devolução do bem, a arrendatária ge-

ralmente compra-o ao final do contrato, pelo valor residual, que é sempre baixo;

- prazos mais longos, de acordo com a vida útil do bem; - as despesas de instalação, frete e seguros podem ser incluídas

no contrato e pagas pela arrendatária através das contrapresta-ções;

- o contrato não pode ser rescindido unilateralmente; - apesar de ser considerado um financiamento, a propriedade do

bem é da arrendadora até o final do contrato, quando a arrendatá-ria pode comprá-lo.

Lease-back - se uma empresa necessita de capital de giro e não quer

endividar-se, pode vender a uma empresa de leasing uma máquina ou equipamento de sua propriedade e, imediatamente, alugá-lo. O bem não sai da empresa, porém sua propriedade passa à arrendadora até o final do contrato. Na verdade, é um empréstimo com a garantia do bem, com a vantagem de diminuir o imobilizado da empresa. Também chamado Salelease-back.

Leasing imobiliário - consiste na compra de um imóvel pela arrenda-

dora que o aluga a uma Pessoa Física ou Jurídica. Pode ser um terreno, um prédio, ou mesmo uma fábrica. No caso da arrendatária já possuir o imóvel, pode ser feito um lease-back como explicado anteriormente.

VANTAGENS DO LEASING As vantagens do leasing são tantas que podemos classificá-las em

dois tipos: A - vantagens fiscais e contábeis: - deduções das contraprestações, pela arrendatária, para efeito de

imposto de renda; - eliminação do lucro inflacionário provocado pela correção monetá-

ria do imobilizado, já que no leasing não há imobilização. Com a queda da inflação e a eliminação da correção monetária pelo go-verno, esta vantagem desaparecerá;

- melhora nos índices de endividamento e de imobilização da em-presa.

B - vantagens operacionais: - os prazos são mais longos para a aquisição de máquinas e equi-

pamentos; - o financiamento é de 100% do bem, podendo incluir fretes, segu-

ros, instalação, etc. ; - sendo uma operação de aluguel, não exige controle de ativo fixo

nem o cálculo de sua depreciação que é feita pela arrendadora; - alívio do capital de giro da arrendatária pela não imobilização do

bem. DESVANTAGENS DO LEASING Talvez o termo mais adequado seja inadequações do Leasing: - se a empresa não tiver qualquer ativo em seu nome poderá Ter

dificuldades em obter empréstimos. Os gerentes de bancos ou analistas de crédito gostam de emprestar para empresas que têm, pelo menos, algum ativo fixo para servir como garantia eventual;

- se a empresa não paga imposto de renda, o atrativo da dedução fiscal desaparece.

TENDÊNCIAS ATUAIS A atividade de leasing, no Brasil, tende a aumentar pelo incremento

na demanda de bens duráveis, principalmente automóveis. Por outro lado, bancos estrangeiros estão desenvolvendo operações de leasing imobiliá-rio que promete ser outro filão de mercado, objetivando as Pessoas Físi-cas, já que todo brasileiro sonha com sua casa própria. A concorrência entre as Financeiras e as empresas de leasing tende a aumentar, princi-palmente no segmento de automóveis.

FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO E À IMPORTAÇÃO Uma das funções mais importantes executadas pelos bancos ligados

à área internacional é o financiamento das exportações e importações e do comércio entre países estrangeiros. Assim como o comércio doméstico requer vários métodos de financiamento, há várias maneira de financiar o comércio internacional: adiantamento de caixa, conta aberta, cobrança

documentária e cartas de crédito. De todos esses métodos, o mais impor-tante é a carta de crédito.

Embora as condições do adiantamento de caixa envolvam poucos ris-

cos e sejam altamente vantajosas para os exportadores, elas não são muito populares como meio de financiar o comércio exterior por causa das muitas desvantagens apresentadas ao comprador estrangeiro. Este é forçado a ter uma quantidade considerável de capital de giro vinculada por longos períodos e à mercê do exportador por causa da possibilidade de entrega de mercadoria de qualidade inferior, atrasos nas remessas e até mesmo falência. O não pagamento de contas estrangeiras muitas vezes acontece devido a condições econômicas e políticas instáveis, que são freqüentes, e à dificuldade de obter informações adequadas de crédito sobre os clientes estrangeiros. Assim, o método do adiantamento de caixa é usado basicamente quando o risco de que o pagamento não seja rece-bido é bastante alto.

As vendas no esquema de conta aberta inverte o risco envolvido no

adiantamento de caixa. Assim como este método apresenta certas des-vantagens ao comprador estrangeiro, a conta aberta apresenta desvanta-gens semelhantes ao exportador. Se o comprador externo demorar a pagar suas contas, o exportador terá um dreno no eu capital de giro que, em última análise, afetará adversamente a rotatividade do seu estoque. A principal obrigação a este método de financiamento é que o exportador não tem nenhum instrumento negociável que evidencie a obrigação, o que pode vir a ser muito importante na eventualidade de uma disputa sobre entrega, perda ou qualidade do produto. O financiamento com conta aberta tem, porém uma grande vantagem - é muito simples. Ademais, é uma maneira de evitar as taxas de financiamento e de serviços que são cobradas nos outros acordos de credito. As vendas por conta aberta são usadas quando os exportadores lidam com compradores que eles conhe-cem muito bem e que estão localizados em mercados bastante estabele-cidos. Este método também é usado quando as vendas são feitas para agências ou subsidiárias de empresas domésticas no exterior.

Balança comercial Relação entre as exportações e as importações realizadas por um pa-

ís ou estado durante um determinado período. Quando as exportações excedem as importações, ocorre superávit da balança comercial. Com o inverso, o resultado se chama déficit. A balança comercial é um dos itens que compõem o balanço de pagamentos. Muitos fatores influem na balan-ça comercial. Uma alta de preços, por causa da inflação ou valorização acentuada da taxa de câmbio, provoca queda no volume de exportações. A diminuição da safra de um produto de primeira necessidade eleva as exportações dos países que oferecem esse produto.

A importação também é utilizada, muitas vezes, como instrumento de

controle de preços. Se um artigo fica muito caro, o governo autoriza a importação de similares estrangeiros para aumentar a oferta de produto e forçar uma baixa de preço.

Os países em desenvolvimento, muito endividados nas últimas déca-

das, preocupam-se em produzir superávits na balança comercial para financiar o crescimento e ao mesmo tempo pagar os juros da dívida externa. Para obter resultados positivos, esses países precisam exportar grande quantidade de matérias-primas e reduzir a importação de produtos industrializados.

FINANCIAMENTO À IMPORTRAÇÃO O financiamento de Importação pode ser direto quando ocorre direta-

mente do exportador ao importador brasileiro ou quando o financiamento é concedido ao importador por outra instituição e pode ser indireto quando realizados através de linhas de crédito concedidas por um Banco estran-geiro para um Banco brasileiro.

O financiamento do comércio exterior também pode ocorrer através

da compra de cambiais sem direito de regresso, resultantes de exportação ou importação realizadas. Essas cambiais, geralmente são avalizadas por um banco e possuem o aceite do importador.

FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO Com relação ao financiamento à exportação de bens e serviços, te-

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mos o PROEX, cujas normas estão estabelecidas na Resolução nº 1844 do Banco Central do Brasil.

RESOLUÇÃO N. 001844

ESTABELECE AS NORMAS BÁSICAS RELATIVAS AOS FINANCI-

AMENTOS DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS AO AMPARO DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTOAS EXPORTAÇÕES (PROEX).

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9. Da lei n. 4.595, de

31.12.64, torna publico que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 31.07.91, tendo em vista o disposto no art. 4., incisos V, XVII e XXXI, da referida lei e na lei n. 8.187,de 01.06.91,

RESOLVEU: Art. 1. As exportações de bens e serviços de origem nacional po-

derão ser assistidas com recursos do Programa de Financiamento as Exportações (PROEX), de que trata o art. 1. da lei n. 8.187, de 01.06.91, observadas as disposições desta resolução e das normas baixadas pelo Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento e pelo Banco Central do Brasil.

Art. 2. A assistência financeira do PROEX consistirá em: I - desconto de títulos, no caso de exportação de bens; II - financiamento, no caso de exportação de serviços. Parágrafo único. Excepcionalmente, poderá ser concedido financia-

mento no caso de exportação de bens, quando destinada a governos estrangeiros.

Art. 3. As operações relativas a exportação de bens amparadas pelo

PROEX observarão as seguintes condições: I - objeto da operação: títulos emitidos por exportador brasileiro,

representativos da exportação dos bens discriminados em por-taria do ministro de estado da economia, fazenda e planeja-mento;

II - prazo máximo do empréstimo: variável, de acordo com o es-tipulado em Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fa-zenda e Planejamento;

III - valor do empréstimo: até 85% (oitenta e cinco por cento) do va-lor FOB da exportação;

IV - contrapartida: prévia comprovação do ingresso, no país, das divisas referentes a parcela não coberta pelo empréstimo;

V - taxa mínima de juros: as taxas a seguir relacionadas serão fi-xas para todo o período do financiamento e aplicadas segundo a categoria do pais importador, conforme lista a ser divulgada em Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento, cabendo ao Banco Central do Brasil revisa-las, periodicamente, adequando-as aquelas praticadas no mercado internacional, nas operações da espécie:

a - países enquadrados na categoria I - 8,5% a. a. (oito e meio por cento ao ano);

b - países enquadrados na categoria II - 8,0% a. a. (oito por cen-to ao ano).

VI - juros de mora: 1 (um) ponto percentual acima da taxa contratu-al;

VII - moeda de pagamento da exportação: dólar dos Estados Uni-dos ou outra moeda aceita internacionalmente, a critério do Banco Central do Brasil;

VIII - índice de nacionalização: a - bens com índice de nacionalização igual ou superior a 80%

(oitenta por cento): o empréstimo corresponderá a 100% (cem por cento) da parcela financiável;

b - bens com índice de nacionalização inferior a 80% (oitenta por cento): o empréstimo corresponderá a percentual igual ao ín-dice de nacionalização, acrescido de 20 (vinte) pontos percen-tuais aplicados sobre a parcela financiável.

IX - garantias: aval ou fiança concedidos por estabelecimento de crédito ou financeiro no exterior, aprovados pelo Banco do Brasil S. A., ou garantia de liquidação automática, nos casos de operações cursadas ao amparo dos convênios de créditos recíprocos (CCR) da Associação Latino-americana de Inte-gração (ALADI),vedada a dispensa de direito de regresso para

o risco comercial; X - amortização: a - em parcelas iguais e consecutivas, vencíveis trimestral ou

semestralmente, a partir da data do embarque, de acordo com o regime de amortização;

b - no caso de bens com elevada complexidade tecnológica e comprovada necessidade de prazo adicional para transpor-te, montagem, testes e posta em marcha, poderá, a critério do Comitê previsto no art. 6. desta Resolução, ser concedida carência para pagamento do principal, devendo os juros ser liquidados, conforme o caso, por trimestre ou semestre venci-do.

Parágrafo 1. As taxas de juros indicadas nas alíneas do item V, deste artigo, referem-se a operações em dólares dos Estados Unidos.

Parágrafo 2. Nas operações em moedas distintas daquela referida no parágrafo anterior as taxas de juros serão devidamente compatibiliza-das.

Art. 4. É vedada a destinação de recursos do PROEX para o pa-

gamento de comissões eventualmente devidas a agentes ou represen-tantes comerciais, bem como para o estabelecimento de linhas de crédito rotativas para entidades estrangeiras publicas ou privadas.

Art. 5. Serão definidas, caso a caso, pelo Comitê previsto no art. 6.

desta Resolução, as concessões dos financiamentos destinados as exportações de serviços e aos empréstimos relativos à exportação de navios e aviões.

Parágrafo 1. Nas operações de financiamento serão exigidas, além do aval do governo do pais importador, outras garantias, a critério do Comitê.

Parágrafo 2. Nas operações de empréstimos, relativos a exportação de navios e aviões, as garantias serão aquelas previstas no item IX do art. 3. desta Resolução.

Art. 6. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento

regulamentará a execução orçamentária do PROEX e constituirá um Comitê para aprovar as operações do programa, que será operado pelo Banco do Brasil S. A., agente financeiro da União.

Art. 7. Os bancos autorizados a operar em câmbio, o Banco Nacio-

nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Espe-cial de Financiamento Industrial (FINAME) poderão conceder, com recur-sos próprios, empréstimos para as exportações de bens e serviços brasi-leiros, observado o disposto no art. 3. desta Resolução e nas normas do Banco Central do Brasil.

Parágrafo único. As disposições deste artigo também se aplicam às exportações para pagamento a prazo, ainda que assistidas com recur-sos de outras fontes.

Art. 8. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento

e o Banco Central do Brasil expedirão as instruções necessárias ao cum-primento desta Resolução.

Art. 9. Terão prosseguimento, no âmbito do PROEX, os financia-

mentos anteriormente autorizados ao amparo da Resolução n. 68, de 14.05.71, do Conselho Nacional de Comércio Exterior (CONCEX), obser-vadas as condições originalmente pactuadas.

Art. 10. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

OS TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO Os Títulos de capitalização tem por objetivo a capitalização dos prê-

mios recebidos dos investidores a fim de constituir, no final do prazo fixado no título, um capital garantido.

Podem ser à vista ou à prazo e sua vigência, no caso de ambos, co-

meça no 1º dia posterior ao da compra (após a aceitação da proposta de aquisição).

No caso dos títulos à prazo, suas mensalidades vencerão sempre no

1º dia útil de cada mês. A mora ou inadimplência da mensalidade (não paga até 30 dias do vencimento) acarreta a suspensão do título, perdendo

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 62

o direito de concorrer aos sorteios. Mas o subscritor não fica desobrigado do pagamento das demais mensalidades, para tanto, deve dirigir-se a um representante da instituição para o cumprimento das formalidades.

Também pode ocorrer a caducidade do título, depois de decorrido o

prazo de três meses para a reabilitação deste, estando ao subscritor somente, após o prazo de carência, o resgate do valor assumido pela provisão matemática do título mais atualização monetária.

A reabilitação dos títulos suspensos ocorre com o pagamento da par-

celas vencidas até três meses. No caso de ter ocorrido a caducidade, estes títulos podem ser reabili-

tados até o final do prazo de carência com a retomada dos pagamentos das mensalidades e prorrogação dos prazos de pagamento e capitaliza-ção no mesmo número de meses que permaneceu em atraso.

No término do prazo previsto para o pagamento do título e estando

este em vigor, cessa o pagamento das mensalidades considerando-se este remido.

Depois de vencido o prazo de carência o subscritor poderá solicitar o

recebimento do valor do resgate, equivalente ao saldo da provisão mate-mática, apurado na data de solicitação do resgate.

A aquisição de títulos de capitalização (subscrição) é feita através da

proposta de aquisição, devendo o proponente definir o valor do título , a forma de pagamento e no caso de pagamento à prazo, o prazo do paga-mento. Ainda deve indicar beneficiário no caso de seu falecimento.

Os títulos da capitalização são nominativos, mas podem ser cedidos a

terceiros, respeitando-se as formalidades legais.

Os subscritores de títulos à vista concorrerão aos sorteios semanal-mente. Os subscritores de títulos à prazo, que estiverem com suas men-salidades quitadas até a data do sorteio, também terão direito de concor-rer a este semanalmente.

Os valores serão atualizados monetariamente, tendo por índice a TR

e a atualização das mensalidades será feita com base no IGP-M O subscritor do título, que esteja em vigor em 31 de dezembro de ca-

da exercício social, tem direito de receber uma participação nos resultados da Sociedade, apurados no balanço anual. Esta participação atinge os títulos que completarem o 2º aniversário de vigência e nos próximos, contados da data em que entrar em vigor.

Capital nominal é o valor que o título atinge no final do prazo de capi-

talização de 10 anos, correspondente ao valor assumido pela provisão matemática no mesmo prazo final de capitalização e equivalente a 100% do valor pago, atualizado monetariamente.

Crédito Direto ao Consumidor O Crédito Direto ao Consumidor é uma linha de empréstimo que está

diretamente ligada à compra de bens. É a linha que se encontra em lojas, na compra de eletrodomésticos, roupas ou mesmo automóveis. O crédito pode ser prefixado, quando já se conhece o valor de todas as prestações no ato da compra, ou pós-fixado, quando o valor das prestações vai sendo calculado no vencimento das mesmas.

Os prazos de financiamento são os mais variados. Dependem das

condições da economia, do tipo de bem financiado e do fôlego do com-prador. Bens mais caros costumam ter financiamentos por prazos mais longos. Em períodos de instabilidade econômica, os prazos ficam mais curtos. E vice-versa, quando há maior estabilidade.

No CDC, um dos maiores cuidados que o comprador deve ter é com

as taxas de juros. Algumas são realmente muito abusivas. Às vezes o custo do juro nem fica claro para o cliente. O Código de Defesa do Con-sumidor exige que a loja informe exatamente o juro que está sendo cobra-do do cliente, mas nem sempre esta disposição é respeitada. Se for financiar, veja se a taxa de juro cobrada é razoável. Não basta que a

prestação caiba no orçamento. Muitas lojas oferecem também a alternativa de financiar a compra

com o cheque pré-datado. Neste caso, é o lojista que assume o risco do crédito junto ao cliente. Muitos clientes preferem o cheque pré-datado para não ter que enfrentar o cadastro junto à instituição financeira, e porque é mais fácil de negociar condições fora de padrão.

SEGUROS, PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para

evitar que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto de benefício da Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma poupan-ça, seja através da previdência privada ou de recursos administrados por sua própria conta.

Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fa-

ses. Na primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse processo, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coin-cide com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessa-riamente -, é o momento de receber os benefícios.

Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, em-

bora continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o benefício.

A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma for-

ma simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui chamados de benefícios, devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é possí-vel fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro poupado acabar muito rápido.

Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se

obriga para com outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato (art. 1.432 do Código Civil). É um contrato formal pois exige-se que seja escrito.

O seguro pode ser firmado por um único documento subscrito por

ambas as partes. Pode dar-se também através da emissão de um simples bilhete de seguro, como ocorre no seguro obrigatório de veículos. Mas, na forma mais comum, o segurado assina isoladamente uma proposta de seguro, recebendo em troca a apólice, que completa o contrato.

Segurador é o que assume o risco.

Segurado é o que transfere o risco para o segurador.

Risco é a exposição de pessoa, coisa ou interesse a dano futuro e imprevisível. Prêmio é o pagamento que o segurado faz à segu-radora.

Indenização é a prestação da seguradora ao beneficiário em ca-so de sinistro.

Sinistro é a ocorrência efetiva do dano.

Estipulante é que, num seguro de vida, institui um terceiro bene-ficiário.

Beneficiário é o que foi nomeado para receber a indenização. O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo

que efetivamente pagou, até o limite previsto no contrato de seguro. Há vários tipos de seguros aos quais estamos familiarizados tais co-

mo o seguro de vida, o seguro de veículos, o seguro residencial, seguro-saúde.

SISTEMA BNDES O Sistema BNDES formado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social — BNDES e suas subsidiárias Agência Especial de Financiamento Industrial-FINAME e BNDES Participações S/A-BNDESPAR tem como objetivo prestar colaboração financeira às empre-sas sediadas no País cujos projetos sejam considerados prioritários no âmbito das ―Políticas Operacionais do Sistema BNDES‖, que estabelecem as linhas gerais de ação e os critérios para atuação do sistema.

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O Sistema BNDES opera direta ou indiretamente, neste caso através da rede de Agentes Financeiro públicos e privados credenciados, que compreende os Bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento, Bancos Comerciais, Financeiras e Bancos Múltiplos.

As solicitações de financiamento ao BNDES devem ser iniciadas com

uma consulta prévia na qual são especificadas as características básicas da empresa solicitante e do seu empreendimento, necessários ao enqua-dramento da operação nas Políticas Operacionais do Sistema BNDES. Esta consulta prévia deve ser encaminhada diretamente ou por intermédio de um dos agentes financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da Área de Crédito do Sistema BNDESAC/CEREN

Políticas Operacionais a) Introdução O Sistema BNDES apóia nos setores de atividade de Indústria, In-

fra- Estrutura, Agropecuária e Comércio e Serviços os projetos que te-nham por objetivos

Implantação;

Expansão;

Relocalização;

Modernização;

Capacitação tecnológica;

Exportação de máquinas e equipamentos;

Melhoria de qualidade e aumento de produtividade;

Reestruturação e racionalização empresarial;

Conservação do meio ambiente;

Conservação de energia;

Gastos com infra-estrutura econômica e social;

Participação de capitais privados nos investimentos em infra-estrutura.

Os itens de investimento passíveis de apoio financeiro, considerados

para calculo do nível máximo de participação do Sistema BNDES são determinados e específicos para cada setor de atividade.

b) Produtos Para cada setor de atividade está disponibilizado um conjunto de pro-

dutos com valores predeterminados, condições e participações de acordo com a caracterização jurídica, o porte e a localização regional no País da empresa demandadora de recursos.

Financiamento à Empresa -FINEM;

BNDES Automático;

Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval;

FINAME Agrícola;

FINAME Automático;

FINAME Especial;

FINAME Construção Naval;

Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos;

Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FI-NAMEX;

Garantia de Subscrição de Valores mobiliários;

Subscrição de Valores Mobiliários; .. Subscrição Direta na Empresa; .. Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológi-

ca — CONTEC; .. Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR;

Financiamento ao Acionista — FINAC;

Prestação de Aval e Fiança. Para todos estes produtos será necessário a constituição de garantias

nas operações de financiamento. c) Condições Financeiras Básicas A participação do Sistema BNDES, incidente sobre o valor total do in-

vestimento financiável varia por produto e por setor de atividade, podendo ser ampliado em até 10% nos casos em que o empreendimento se locali-ze em região incentivada, respeitadas as condições específicas de cada setor de atividade.

O custo financeiro dos financiamentos concedidos pelo Sistema BN-

DES é composto da Taxa de Juros de Longo Prazo — TJLP acrescido de um spread pata cada produto, setor de atividade e região que inclui a comissão do agente repassador, quando for o caso.

O Prazo total máximo (carência e amortização) varia com o produto e

será concedido de acordo com a capacidade de pagamento do empreen-dimento, da empresa ou do grupo econômico.

Poderão existir, conforme o caso, outros encargos tais como comis-

são de estudo, de reserva de crédito, de fiscalização ou de expediente. Financiamento à Empresa — FINEM Atende aos quatro setores de atividade — Indústria, Infra-Estrutura,

Comércio e Serviços e Agropecuária — financiando os investimentos em operações de valor superior a R$ 1 milhão.

Os financiamentos entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões deverão ser ope-

racionalizados, preferencialmente, através dos agentes financeiros do BNDES. Operações superiores a R$ 3 milhões poderão ser efetuadas diretamente pelo BNDES. Os itens financiáveis são predeterminados além de serem estabelecidas restrições e exclusões aos financiamentos como de máquinas e equipamentos novos ou usados, terrenos e benfeitorias.

BNDES Automático Atende aos quatro setores de atividade -Indústria, Infra-Estrutura,

Comércio e Serviços e Agropecuária — financiando o investimento de empresas privadas através dos agentes financeiros credenciados no BNDES em operações de até R$ 3 milhões por empresa/ano. Os itens financiáveis são predeterminados. Este produto não financia a aquisição de máquinas e equipamentos (novos ou usados), de terrenos e benfeitori-as. Vejamos as condições de financiamento da Indústria e da Infra-Estrutura.

FINAME Agrícola Financia para o setor agrícola a aquisição de máquinas e implemen-

tos agrícolas novos, produzidos no País e cadastrados no FINAME. Este produto é operacionalizado somente através dos agentes financeiros do FINAME. Podem obter recursos através deste produto, as empresas de qualquer porte classificadas no setor agrícola, inclusive cooperativas e pessoas físicas.

FINAME Automático Financia, para todos os setores, a aquisição de máquinas e equipa-

mentos novos fabricados no País, cadastrados no FINAME e sem limite de valor. Este produto é operacionalizado somente através dos agentes financeiros do FINAME.

FINAME Especial Destina-se ao financiamento, para todos os setores, exceto o de co-

mércio e serviços, de máquinas e equipamentos integrantes de empreen-dimentos que necessitem de condições mais adequadas para sua viabili-zação. Este produto poderá apoiar ainda as empresas fabricantes já negociadas e empresas sob controle de capital estrangeiro com a utiliza-ção de recursos externos e, com condições especiais.

Existe uma linha do FINAME especial para concorrência internacional

que permite à indústria nacional melhorar as condições de competição com as estrangeiras nestas licitações. O custo desta linha é fornecido pela correção cambial, mais a Libor, mais o spread do BNDES de 5% a.a., mais o del credere do agente de 2% a.a.. O prazo máximo de amortização é de 10 anos e a participação do FINAME no financiamento e de 80%. Se o fabricante do equipamento tiver ISO 9001 e 9002 e sua máquina estiver registrada no ―Cadastro Tecnológico‖ do FINAME, as condições de parti-cipação sobem para 88%. Outro beneficio se dá se o fabricante estiver na categoria dos que investem mais de 2% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Tal fato reduz o spread do BNDES para 0,3% a.a.

FINAME Construção Naval Destina-se ao financiamento da comercialização de embarcações ca-

dastradas na FINAME, produzidas por empresas sediadas no País, desti-nadas à utilização pela empresa compradora.

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Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos Destina-se ao financiamento da importação de máquinas e equipa-

mentos, sujeita à disponibilidade de recursos específicos e à aprovação do pedido de financiamento pela instituição credora dos recursos, poden-do ser utilizado no apoio a empresas sob controle de capital estrangeiro somente quando a importação constituir um dos itens de investimento apoiado pelo sistema BNDES.

O apoio à importação de máquinas e equipamentos somente poderá

ser concedido através da prestação de garantia, do repasse de linha de recursos externos e da aplicação do retorno desses recursos.

Aquela operação, cujo valor do financiamento externo seja inferior ao

equivalente a R$ 3.000.000,00, poderá ser operacionalizada de acordo com o processamento adotado para o BNDES Automático. Neste caso, serão obedecidas as condições operacionais estipuladas para o financia-mento à importação de máquinas e equipamentos e atendidos os limites para apoio do Sistema BNDES a pleitos de pequeno valor.

As operações destinadas a financiar a importação de máquinas e e-

quipamentos que não sejam associadas a empreendimentos apoiados pelo Sistema BNDES serão limitadas a R$ 5.000.000,00.

Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FI-

NAMEX Este produto destina-se ao financiamento, exclusivamente através

dos Agentes Financeiros do Sistema BNDES, da exportação de máquinas e equipamentos novos fabricados no país e cadastrados na FINAME.

O financiamento através do FINAMEX pode ocorrer para o pré-

embarque ou pós-embarque das máquinas e equipamentos, podendo ser complementares e utilizados simultaneamente para a mesma exportação.

O FINAMEX Pré-embarque financia a produção de máquinas e equi-

pamentos a serem exportados. O FINAMEX Pós-embarque financia a comercialização no exterior de

máquinas e equipamentos através do refinanciamento ao exportador, mediante desconto de títulos cambiais ou cessão de direitos de carta de crédito.

O apoio do FINAMEX Pós-embarque poderá ser realizado através de

duas modalidades:

operação com países da América Latina membros da Associação Latino-Americana de Integração-ALADI ao amparo dos Convênios de Créditos Recíprocos-CCR com liquidação automática;

demais operações. Nas operações com CCR, os agentes da FINAME participam da ope-

ração na qualidade de mandatários, sem assumir o risco, sendo remune-rados por uma comissão de administração.

Nas demais operações, os Agentes Financeiros assumem o risco

sendo as taxas de desconto e de risco fixadas para cada operação. Leasing Finame

Operações de financiamento feitas sem a intermediação de agen-tes financeiros (exceção no Finame), sendo feita diretamente com as empresas de leasing cadastradas no Finame.

Repassa até 80% do valor do bem para micro e pequenas empre-sas e 70% se a arrendatária for média ou grande. Nos dois casos, este valor pode crescer em até 10% se o fornecedor tiver um cer-tificado ISO 9000 já que a idéia é estimular a competitividade das empresas através das qualidades e capacitação tecnológica.

A taxa de juros é mais cara do que nas linhas tradicionais, sendo de: TJLP + 9,5% a.a. sendo 3% destinado as empresas de leasing

Os prazos de financiamento ficam entre 24 e 48 meses, no entan-to, as prestações relativas ao pagamento da Finame podem ser quitadas 6 meses após a assinatura do contrato.

A parcela correspondente à quitação do valor aplicado pela lea-sing está entre 30 e 35% ao ano mais a variação da TR (prática do mercado em 12/95).

custo final do contrato é um mix entre o custo do Finame e das empresas de leasing.

Sua aplicação será restrita a máquinas e equipamentos, não in-cluindo micros e veículos.

Por questões legais as arrendadoras estrangeiras não poderão u-tilizar recursos ordinários do BNDES.

Garantia de Subscrição de Valores Mobiliários Este produto tem como objetivo viabilizar, mediante prestação de ga-

rantia firme, f) operações de subscrição de valores mobiliários. O volume e as condições da garantia serão estabelecidos em conjun-

to com os participantes da operação — Instituições Financeiras e Empre-sa, respeitados os limites da subscrição estabelecidos a seguir:

Subscrição de Valores Mobiliários. Este produto com ênfase nas

operações de capital de risco tem por objetivo o fortalecimento da estrutu-ra patrimonial das empresas privadas nacionais e sua inserção no merca-do de capitais, envolvendo:

ações — as participações acionárias decorrentes da subscrição de ações pela BNDESPAR deverão ser, necessariamente, transi-tória, minoritária e limitada ao máximo de 1/3 do capital total da empresa apoiada. No caso de empresas de base tecnológica, es-te limite poderá alcançar 40%.

debêntures conversíveis em ações — terão taxas de juros, inde-xadores e prazos de amortização e carência variando de acordo com as características da emissão. O volume subscrito e as cláu-sulas de conversão respeitarão, no momento da operação, o limi-te estabelecido para a participação acionária da BNDESPAR. bô-nus — deverão ser utilizados em operações que exijam ajustes na participação, de acordo com índice de performance, ou acoplados a debêntures simples, tornando o produto similar a uma debênture conversível.

warrants, opções ou demais produtos derivados — quando do e-xercício dos direitos implícitos a esses produtos, deverão ser res-peitados os limites para a participação acionária, estabelecidos nas Políticas Operacionais para o sistema BNDES.

A alienação dos títulos subscritos deverá ocorrer, preferencialmente,

em mercado de capitais, através de block-trades, leilões especiais ou colocação pulverizada em Bolsa de Valores.

Subscrição Direta na Empresa. A BNDESPAR poderá subscrever tí-

tulos e valores mobiliários de empresas de capital aberto, em emissões privadas ou públicas, ou de empresas fechadas com perspectiva de abertura de capital a curto ou médio prazos, em emissões privadas.

Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica—

CONTEC. O CONTEC tem como finalidade o apoio, através de subscrição de valores mobiliários, a pequenas e médias empresas de base tecnológi-ca, em fase de implantação, expansão e modernização.

Por empresa de base tecnológica entende-se aquela que fundamenta

sua atividade produtiva no desenvolvimento de novos produtos ou proces-sos baseados na aplicação sistemática de conhecimentos científicos e tecnológicos e na utilização de técnicas consideradas inovadoras ou pioneiras.

Nas aplicações diretas, o primeiro aporte a cada empresa será limita-

do a um máximo de R$ 2.000.000,00 podendo alcançar, em novos apor-tes, até R$ 6.000.000,00.

Os aportes do CONTEC poderão representar até 100% do investi-

mento, a critério da BNDESPAR, e serão limitados a 40% do capital total da empresa apoiada.

Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR As CCR sociedades anônimas, cuja maioria do capital votante está

em poder de capitais privados, têm como objetivo o apoio a pequenas e médias empresas de capital nacional localizadas no âmbito da região de sua sede.

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A participação do CONTEC será limitada a 30% do capital de cada CCR, podendo ainda chegar a 40% se, no mínimo, 20% de seus investi-mentos forem realizados em empresas de base tecnológica.

O apoio às CCR deverá ser limitado a um risco máximo de R$

4000.000,00. A aplicação das CCR em cada empresa está limitada a um risco má-

ximo de R$ 1.000.000,00 ou 40% do capital total da empresa. Os acionistas das CCR deverão se comprometer a integralizar o equi-

valente a R$ 8.000.000,00 no prazo de 36 meses. Financiamento ao Acionista — FINAC O FINAC pode ser operado através do BNDES ou da BNDESPAR. Quando a operação tiver por objetivo o financiamento ao acionista

controlador, visando à subscrição de aumento de capital de empresa privada nacional de capital fechado, será realizada pelo BNDES e as condições operacionais para este produto serão as mesmas do FINEM.

Quando a operação com acionistas e investidores (novos acionistas)

for realizada através de intermediários financeiros com objetivo de viabili-zar a subscrição, em emissões públicas garantidas pelo BNDES, de ações decorrentes de aumento de capital e debêntures conversíveis, será reali-zada pela BNDESPAR.

A BNDESPAR poderá ainda financiar, complementarmente, em emis-

sões públicas garantidas pelo BNDES, os intermediários financeiros na subscrição de ações e debêntures conversíveis para carteira própria.

O financiamento à subscrição de debêntures conversíveis em ações

somente será concedido se a conversão ocorrer na mesma data da subs-crição das debêntures.

As operações da BNDESPAR, no âmbito do FINAC, terão, necessari-

amente, que contar com a participação do BNDES no undenvriting como coordenador ou garantidor.

Prestações de Aval e Fiança Este produto destina-se à prestação de fiança e aval a financiamentos

internos e externos, bem como garantia bancária em operações de co-mércio exterior.

As condições financeiras para estas operações serão definidas pela

análise, levando em consideração o risco da operação. Programas Especiais Periodicamente, de acordo com as políticas econômicas e sociais do

governo federal, o Sistema BNDES cria programas de atendimento espe-cíficos para determinadas regiões do País ou setores de atividades espe-cíficas, como por exemplo:

Programa Nordeste Competitivo. Com o programa Nordeste Competi-

tivo, o BNDES amplia sua atuação mediante aplicação de recursos adicio-nais destinados ao incremento do apoio às atividades para as quais a região desfruta de vantagens competitivas inquestionáveis, havendo assim grande potencial para os novos empreendimentos, mais empregos e melhoria da renda.

O Programa Nordeste Competitivo prevê a aplicação de recursos adi-

cionais do Sistema BNDES de até R$1.000.000.000,00 nos 3 anos que se seguem, a partir de 21/05/93, apoiando as atividades de hortifruticultura irrigada, turismo, beneficiamento de pedras ornamentais e de gipsita, têxtil e confecções. Para estes setores são oferecidas condições operacionais — tais como nível de participação, prazos e taxas de juros — mais favorá-veis do que as atuais.

Programa Amazônia Integrada. Sem prejuízo da continuidade do

apoio tradicional do Sistema BNDES aos empreendimentos localizados na Região Amazônica, foram selecionadas as atividades de bioindústria, agroindústria, aquicultura, turismo, indústria de beneficiamento de madei-

ra, mineração e metalurgia e, construção naval, que terão condições privilegiadas no âmbito deste programa.

Desta forma, serão destinados recursos adicionais do Sistema BN-

DES para o Programa Amazônia Integrada de até R$ 1.000.000.000,00, no triênio que segue, a partir de 21/07/94, não considerados, neste mon-tante, os recursos para financiamento de projetos de infra-estrutura.

CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários

anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Depar-tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, em substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departa-mento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados. Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP.

Histórico O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão norma-

tivo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula.

A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fi-

xar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o adven-to da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas.

Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de

1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Cole-giado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que trata o Art. 192 da Constituição Federal.

O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de 2001, que lhe determinou a atual estrutura.

5. MERCADO DE CAPITAIS:

Ações – características e direitos; debêntures, diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas, ope-rações de underwriting, funcionamento do mercado à vis-ta de ações, mercado de balcão, operações com ouro.

CONCEITOS Mercado de ações: é o um subsistema do mercado de capitais, on-

de se realizam as operações de compra e venda de ações. Suas funções principais são: avaliação dos valores transacionados, liquidez e capitali-zação das empresas.

Outros conceitos referentes aos mercado de ações:

Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma fração do capital social de uma sociedade anônima.

Ação cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos (dividendos e/ou bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela empresa emissora.

Ação endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no Livro de Registro de Ações Nominativas a partir do endosso da própria cautela.

Ação escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou es-tabelecer que todas as ações da empresa, de uma ou mais clas-ses, sejam mantidas em constas de depósito, em nome de seus titulares na instituição que designar, sem emissão de certificados.

Ação de fruição - São ações de posse e propriedade dos funda-dores da companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, ante-cipadamente, o valor contábil que elas representam. Não são ne-gociáveis.,

Ação fungível - Ação que se encontra em custódia em uma insti-

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tuição financeira, que fica obrigada a devolver ao depositante a quantidade de ações recebidas com as modificações resultantes de alterações no capital social ou no número das ações da com-panhia emissora, independentemente do número de ordem das ações ou dos certificados recebidos em depósito.

Ação listada em bolsa - Ações de empresas que satisfazem aos requisitos das Bolsas de Valores para efeito de negociação de seus títulos em pregão.

Ação nominativa - Ação que identifica o nome de seu proprietá-rio. Sua transferência deve ser registrada no livro especial da em-presa, denominado ―Livro de Registro de Ações Nominativas.

Ação ordinária - Ação que tem a característica de conceder a seu titular o direito de voto em Assembléia.

Ação preferencial - ação que dá aos seu possuidor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, em caso de dissolução da em-presa, no reembolso do capital. Normalmente não tem direito a voto em Assembléia.

Ação com valor nominal - é o valor mencionado na carta de re-gistro de uma empresa e atribuído a uma ação representativa do capital.

Ação sem valor nominal - Ação para a qual não se convenciona valor de emissão, prevalecendo o preço de mercado por ocasião do lançamento.

Ação vazia - Ação que já exerceu os direitos (dividendos/ bon./ subscrição) concedidos pela empresa emissora.

Comando Acionário - Poder exercido pelo acionista ou grupo majoritário.

Acionista - proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade anônima.

Acionista majoritário - Acionista que detém uma quantidade tal de ações com direito a voto que lhe permite (dentro da distribui-ção vigente de participação acionária) manter o controle acionário de uma empresa.

Acionista minoritário - Acionista proprietário de ações com direi-to a voto, cujo total não lhe garante o controle da sociedade.

Bolsa em alta - Diz-se que a bolsa está em alta, quando o índice médio do dia considerada é superior ao índice médio do dia ante-rior.

Bolsa em baixa - Diz-se que a Bolsa está em baixa, quando o ín-dice médio do dia considerado é inferior ao índice médio do dia anterior.

Bolsa estável - Diz-se que a Bolsa está estável, quando o índice médio do dia considerado é igual ao índice médio do dia anterior.

Bolsa de valores - Associação civil sem fins lucrativos. Seu obje-tivo básico consiste em manter local adequado ao encontro de seus membros e 1a realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organização e fiscalizado por seus mem-bros e pelas autoridades monetárias.

Índice da Bolsa de Valores - Pode ser definido como o índice da lucratividade de uma carteira de ações, carteira hipotética e su-posta, como sendo a carteira pertencente ao mercado. Deste mo-do, a evolução deste índice mostra a evolução dos ganhos do mercado, como um todo, e a sua representação gráfica constitui instrumentos utilizado pelos analistas para avaliação de tendên-cias futuras dos negócios em Bolsa.

Mercado aberto: Mercado de compra e venda de títulos públicos e privados sob a orientação do Banco Central, atuam no mercado aberto as instituições financeiras que negociam entre si sempre por telefone, sem necessidade de estarem presentes no mesmo local (como as Bolsas de valores) para realizarem seus negócios.

Mapa de controle do movimento de ações - proporciona ao in-vestidor o controle do movimento de ações de empresas que inte-gram sua carteira. Deverão ser utilizados tantos mapas quantas forem as empresas componentes da carteira.

Mapa de levantamento de posição da carteira de ações. Tem a finalidade de apurar em um dado momento, o valor da carteira de ações do investidor, assim como o resultado que ele está tendo no conjunto de sua ações.

BOLSA DE VALORES Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou

estatais. O título dá ao portador o direito de propriedade sobre uma quan-tia em dinheiro, pela qual responde o emissor do documento. Tais opera-ções servem para as empresas captarem recursos dos quais não dis-põem.

As bolsas de valores têm origem nas feiras de mercadorias da Anti-

guidade. Na forma atual surgem em 1487, quando é criada em Bruges, na Bélgica, a primeira bolsa. Elas facilitam o desenvolvimento econômico da época, sobretudo por permitir a mobilização de grandes somas de capi-tais, essenciais para o financiamento das expedições colonizadoras.

As bolsas de valores funcionam como uma associação, um clube, cu-

jos sócios são as corretoras de valores. Elas representam os interesses das empresas e negociam em nome delas. As bolsas negociam ações e debêntures. O volume maior é o de ações.

Ações –Títulos que indicam a participação do possuidor na proprieda-

de de uma determinada companhia e lhe dão direito a parte dos lucros. O tipo e o número de ações adquiridas definem a extensão da participação na propriedade. Quando uma empresa precisa de recursos, procura uma corretora de valores credenciada na bolsa, que divide o capital da empre-sa em frações. Quando uma empresa passa por esse processo, está abrindo seu capital e ganha a denominação legal de sociedade anônima. Em relação aos direitos que conferem, as ações se dividem em dois tipos: ordinárias e preferenciais. As ordinárias dão direito a voto nas decisões administrativas importantes, como eleição de diretoria. Mas representam risco maior. De fato, esses acionistas só recebem os dividendos depois dos portadores de ações preferenciais. Estes têm prioridade na distribui-ção de lucros. Em compensação, não têm direito a voto nas assembléias de acionistas. O poder de um acionista de influir na administração ou de receber dividendos, ou as duas coisas, está relacionado à soma de dinhei-ro investida na empresa e, portanto, ao número e tipo de ações que possui.

Debênture –A debênture é um título emitido para obtenção de em-

préstimos a longo prazo. Ao contrário das ações, representa uma dívida da empresa, garantida pela hipoteca de seu patrimônio. É utilizada por companhias que auferem lucros regularmente e possuem patrimônio sólido.

Pregão –É onde as transações acontecem. Só participam dele opera-

dores de corretoras credenciadas que negociam verbalmente os contra-tos. A oferta e a procura determinam o preço pelo qual um título é negoci-ado. Assim que se fecha um contrato, os operadores registram a transa-ção em terminais. A informação vai para um telão que indica a posição dos títulos. Existem dois tipos de contrato: à vista e a termo. No primeiro caso, o comprador tem de pagar em três dias. No contrato a termo, paga em parcelas mensais em até 180 dias.

Dentro do pregão, as ações são classificadas da seguinte maneira: as

ações mais negociadas e com maior valor são chamadas de bluechips ou de primeira linha. As ações de grandes empresas ou instituições financei-ras são as de segunda linha nobre. As de segunda linha dizem respeito às empresas de médio e grande porte. E as de terceira linha correspondem a ações de empresas de pequeno porte. São negociadas somente a longo prazo, o que lhes confere pouca liquidez.

No final do pregão apura-se um índice que representa o volume de

negócios e a tendência geral do mercado - de queda ou valorização. Esse índice é calculado com base no comportamento das principais ações negociadas na bolsa, geralmente bluechips. Para cada ação é conferido um peso, determinado pelo volume de negócios daquele título. A compa-ração das transações naquele dia com o peso (revisto em períodos regu-lares) dá um determinado número de pontos. Comparados aos do dia anterior, resultam numa variação porcentual que traduz o comportamento da bolsa. /par No Brasil há duas bolsas de valores importantes: em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nelas, a maior parte dos negócios se concen-tra em poucas ações, aspecto típico de mercados emergentes. As ações da Telebrás, por exemplo, representam 50% do movimento da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

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MERCADO À VISTA Mercado à Vista é aquele onde as liquidações com ações se proces-

sam até cinco dias úteis após a data de realização de uma operação com ações.

MERCADO A TERMO Mercado a Termo - onde as liquidações com ações se processam a

prazos determinados, conforme o termo do contrato ( 30, 60, 90 120 e 180 dias)

MERCADO DE OPÇÕES Mercado de Opções - Instrumento de investimento no mercado de

capitais. A opção de compra de ações é um contrato que confere ao comprador o direito de adquirir, durante a sua vigência, um lote de ações de determinada empresa a um preços prefixado. Isto significa, por exem-plo, que alguém paga uma determinada quantia ao proprietário de um lote de ações para que ele garanta um preço de venda determinado ( fixo) durante algum tempo. Durante a vigência deste contrato, o comprador poderá, a qualquer tempo, concretizar o negócio, pagando o preço combi-nado, ainda que as ações estejam sendo negociadas a preço superior. Deste modo, a diferença entre o preço combinado e o preço de mercado das ações é que vai representar o lucro do comprador.

ADR / IDR / BDR ADR = ―American Depositary Receipts‖ IDR = ―International Depositary Receipts‖ BDR = ―Brasilian Depositary Reicepts‖. São certificados de ações ou outros valores mobiliários que são emiti-

dos no exterior por instituição depositária, com lastro em valores mobiliá-rios depositados em custódia específica no Brasil.

As disposições mais importantes acerca dos DR’s (Depositary Re-

ceipts = ADR / IDR / BDR) encontram-se na Circular nº2741 do Banco Central do Brasil. Leia atentamente os artigos abaixo:

Art. 2. O Programa de "Depositary Receipts" deverá ter sido previa-mente registrado junto ao Banco Central do Brasil, nos moldes das dispo-sições contidas no Regulamento Anexo V a Resolução n.1.289, de 20.03.87, e disposições complementares.

Art. 3. As transferências para o exterior, por parte de pessoas físi-

cas e jurídicas, fundos mútuos de investimento e outras entidades de investimento coletivo residentes, domiciliados ou com sede no Brasil, decorrentes de investimentos mediante aquisição de "Depositary Re-ceipts" representativos de ações emitidas pôr companhias brasileiras, tem como limite o valor da sua aquisição, em mercado de balcão organi-zado ou em bolsa de valores do pais em que emitido o certificado de deposito, acrescido das despesas correspondentes.

Parágrafo único. Em se caracterizando irregularidade na aquisição a que se refere o caput deste artigo, a instituição intermediária na com-pra de "Depositary Receipts" respondera solidária e ilimitadamente perante o Banco Central do Brasil pela operação ilegítima.

Art. 4. As pessoas físicas e jurídicas, fundos mútuos de investimen-

to e outras entidades de investimento coletivo residentes, domiciliados ou com sede no Brasil, detentoras de valores mobiliários em circulação, podem efetuar o deposito desses títulos na instituição, no Pais, autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários a prestar serviços de custodia, para o fim especifico de emissão de "Depositary Receipts" no exterior.

Acerca das ADR’s e IDR’s recomenda-se a leitura atenta da Resolu-

ção 1848 do Banco Central do Brasil, que passamos a transcrever inte-gralmente:

RESOLUÇÃO N. 001848

AUTORIZA E DISCIPLINA OS INVESTIMENTOS DE CAPITAIS

ESTRANGEIROS EM AÇÕES DE EMPRESAS BRASILEIRAS PELO MECANISMO DE "AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS" (ADR) E "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR).

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9. Da lei n. 4.595, de 31.12.64, torna publico que o Conselho Monetário Nacional, em sessão

realizada em 31.07.91, tendo em vista o disposto nas leis n. s. 4.131, de 03.09.62, 4.728, de 14.07.65, e 6.385, de 07.12.76, e nos decretos-lei n. s. 1.986, de 28.12.82, e 2.285, de 23.07.86,

RESOLVEU: Art. 1.. Aprovar o regulamento anexo a esta resolução, que passa a

fazer parte integrante da resolução n. 1.289, de 20.03.87, como anexo v, que disciplina os investimentos de capitais estrangeiros em ações de empresas brasileiras pelo mecanismo de "AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS" (ADR) e "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR).

Art. 2.. Autorizar o Banco Central do Brasil e a comissão de valores

mobiliários, dentro de suas respectivas esferas de competência, a expedir as normas complementares e adotar as medidas julgadas necessárias a execução do disposto nesta resolução.

Art. 3.. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Brasília (DF), 31 de julho de 1.991 FRANCISCO ROBERTO ANDRE GROS PRESIDENTE REGULAMENTO ANEXO V A RESOLUÇÃO N. 1.289, DE 20.03.87,

QUE DISCIPLINA OS INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ESTRANGEIROS EFETUADOS PELO MECANISMO DE "AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS" (ADR) E "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR).

Art. 1. Os recursos ingressados no pais para aquisição de ações emitidas por empresas brasileiras, com a finalidade de integrar progra-mas de "american depositary receipts" (ADR) e "international depositary receipts" (IDR) ficarão sujeitos as normas constantes deste regulamento.

Art. 2. Qualificam-se para fins de registro nos programas de A-

DR/IDR os recursos ingressados no pais para aquisição, tanto no merca-do primário quanto no secundário, de ações de companhias abertas registradas perante a comissão de valores mobiliários, a qual competira o exame e a aprovação previa dos contratos firmados entre a companhia emissora, o banco custodiante e o banco emissor.

Parágrafo 1. Entende-se como banco custodiante a instituição inte-grante do sistema financeiro nacional credenciada pela comissão de valores mobiliários a prestar serviços de custodia de ações para o fim especifico de emissão de ADR/IDR.

Parágrafo 2. Entende-se por banco emissor a instituição financeira que, com base nas ações custodiadas no pais, emitir os correspondentes ADR/IDR, no exterior.

Parágrafo 3. A emissão de ADR/IDR lastreada na compra de ações junto a bolsas de valores brasileiras devera ser previamente aprovada pela comissão de valores mobiliários, assim como os programas que envolvam a colocação primaria de ações no exterior.

Parágrafo 4. Os contratos referidos no "caput" deste artigo deverão conter clausula estipulando a obrigatoriedade de fornecimento a comis-são de valores mobiliários e ao Banco Central do Brasil, pelos bancos custodiante e emissor, a qualquer tempo, de quaisquer informações relativas aos títulos emitidos.

CAPITULO I

DO REGISTRO DOS RECURSOS EXTERNOS INGRESSADOS Art. 3.. os recursos ingressados no pais estarão sujeitos a registro

no Banco Central do Brasil, para efeito de controle de capital estrangeiro e de futuras remessas, para o exterior,de rendimentos, retorno e de ga-nhos de capital.

Parágrafo 1.. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na quali-dade de agente dos investidores.

Parágrafo 1. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na quali-dade de agente dos investidores.

Parágrafo 2. O registro dos recursos externos ingressados será considerado efetuado quando da emissão do respectivo certificado pelo Banco Central do Brasil, tendo como receptora do investimento a empresa brasileira emitente das ações.

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Parágrafo 3. A cada ingresso de divisas no pais, para aquisição de ações pelo mecanismo de ADR/IDR, correspondera acréscimo no registro de investimento em moeda estrangeira em nome do banco emis-sor do ADR/IDR, na qualidade de agente dos investidores.

Parágrafo 4.. nos casos de bonificação em ações, o registro de capital estrangeiro será alterado apenas no que tange a quantidade de ações detida pelo investidor e ao valor e constituição do capital social da empresa brasileira.

Art. 4. O certificado de registro de capital estrangeiro emitido pelo

banco central do Brasil e o instrumento hábil para se efetivar as remessas de dividendos, do produto da alienação de direitos de subscrição de ações ou outros direitos inerentes as ações, bem como a titulo de retorno e ganhos de capital.

Parágrafo 1.. As remessas serão processadas pelo banco custodian-te, através de bancos autorizados a operar em cambio, correspondendo, a cada tipo de remessa, fechamento de cambio distinto.

Parágrafo 2.. Exceto no que concerne aos dividendos e bonificações em dinheiro, as demais remessas para o exterior deverão ter como limite o valor de alienação, em bolsa de valores, das ações ou dos direitos a elas inerentes, deduzidas as despesas correspondentes.

Art. 5. Por ocasião das remessas, o banco custodiante devera

entregar aos bancos intervenientes nas operações de cambio copia dos documentos a seguir relacionados, devidamente formalizados:

I - no caso de dividendos e do produto da alienação de direitos de subscrição ou outros direitos inerentes as ações:

a - ata da reunião dos órgãos de administração em que tenha sido autorizada a distribuição de dividendos ou bonificação em di-nheiro, ou que tenha gerado outros direitos, observado, no que tange a rendimentos apurados em balanços intermediários, o limite estabelecido no parágrafo 1. do art. 204 da lei n. 6.404, de 15.12.76;

b - demonstrações financeiras da empresa brasileira emissora das ações a que se refere o investimento estrangeiro, com base nas quais os dividendos ou as bonificações em dinheiro esti-verem sendo pagos;

c - comprovante de alienação dos direitos de subscrição de ações ou outros direitos em bolsa de valores; e

d - prova de recolhimento do imposto de renda. II - nos casos de retorno e de ganho de capital: a - comprovante de alienação das ações em bolsa de valores; e b - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os

valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver.

Parágrafo 1. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer a ne-cessidade de apresentação de outros documentos para fins de compro-vação dos valores objeto de remessa.

Parágrafo 2. Deverão os bancos intervenientes nas remessas en-caminhar ao Banco Central do Brasil/ Departamento de Capitais estran-geiros (FIRCE), ate o final do expediente do dia útil seguinte ao da liquidação do cambio, os documentos entregues pelo banco custodiante na forma deste artigo, juntamente com copia do contrato de cambio res-pectivo ou indicação dos dados que o identificam.

Art. 6. O banco custodiante devera encaminhar ao Banco Central

do Brasil/Departamento de Capitais Estrangeiros (FIRCE), dentro de 5 (cinco) dias, a contar da efetivação de cada remessa, as seguintes infor-mações e documentos para fins de controle e,quando cabível, atualização do registro:

I - Nos casos de dividendos ou alienação de direitos de subscri-ção ou outros direitos inerentes as ações:

a - demonstrativo evidenciando os direitos e os valores de aquisi-ção e venda, bem como a apuração dos valores bruto e liqui-do da remessa, com indicação do numero do certificado de re-gistro de capital estrangeiro correspondente; e

b - nos casos de remessas decorrentes de alienação de direitos de subscrição e outros direitos, demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na venda ou por bolsa de valores, in-dicando os preços médios de venda e as quantidades dos di-reitos e das ações negociadas nos 15 (quinze) pregoes imedia-tamente anteriores a data de alienação, nas duas bolsas onde

os direitos e as ações tiverem sido mais negociados. II - Nos casos de retorno e de ganhos de capital: a - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os

valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver;

b - indicação das baixas que devam ser efetuadas no registro de capital estrangeiro; e

c - demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na ven-da ou por bolsa de valores, indicando os preços médios de venda e a quantidade de ações negociadas nos 15 (quinze) pregoes imediatamente anteriores a data de alienação, nas duas bolsas onde a ação tiver sido mais negociada.

Art. 7. Na efetivação das remessas previstas no art. 5. deste regu-

lamento, os bancos intervenientes serão responsáveis pela verificação do cumprimento, por parte do banco custodiante e de acordo com a natureza da transferência, dos dispositivos deste regulamento, cabendo-lhes, ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas finan-ceiras ao exterior, inclusive no que tange as anotações cabíveis nas folhas anexas ao certificado de registro.

CAPITULO II

DO RESGATE DE ADR/IDR Art. 8. os investidores estrangeiros que detenham ADR/IDR poderão

resgata-los a fim de: I - efetuar, no mercado brasileiro, a alienação das ações corres-

pondentes aos ADR/IDR resgatados; II- retirar as ações do banco custodiante, passando a condição

de investidor direto, nos termos e condições do anexo IV da Resolução n. 1.289, de 20.03.87, quando se tratar de investidor institucional ou outras entidades de investimento coletivo;

III - retirar as ações do banco custodiante, passando a condição de investidor direto, nos termos das regras gerais estabeleci-das para investimentos sob a lei n. 4.131, de 03.09.62, e regu-lamentação subseqüente, quando se tratar de qualquer outro investidor estrangeiro que ano atenda aos requisitos do anexo IV da resolução n. 1.289, de 20.03.87, observado o disposto no parágrafo 2.deste artigo.

Parágrafo 1.. No prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis do resgate dos ADR/IDR, ou da remessa ao exterior do produto da alienação das ações, o banco custodiante solicitara ao Banco Central do Brasil a com-petente atualização do certificado de registro de capital estrangeiro.

Parágrafo 2.. Os investidores que se enquadrarem no anexo IV da Resolução n. 1.289, de 20.03.87, poderão, igualmente, optar pelo investimento direto nos termos do item III deste artigo, devendo apre-sentar, por ocasião do pedido de registro de que trata o art. 10 deste regulamento, compromisso no sentido de que as respectivas ações ano integrarão, em hipótese alguma, carteira constituída nos termos do men-cionado anexo IV.

Art. 9.. Os valores apurados com a venda das ações objeto de

resgate de ADR/IDR, a que se refere o item I do art. 8. deste regulamen-to, poderão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar do resgate de ADR/IDR, ser remetidos ao exterior ao amparo do certificado de registro referido no art. 4., observadas as disposições deste regulamento.

Parágrafo único. Ultrapassado o prazo de 5 (cinco) dias a que se re-fere este artigo, o investidor e o investimento deverão enquadrar-se nas disposições dos itens II e III do art. 8. deste regulamento.

Art. 10. Nos casos a que se referem os itens II e III do art. 8. deste

regulamento, devera o administrador da carteira ou o investidor estrangei-ro (ou a empresa brasileira receptora do investimento), conforme o caso, solicitar ao Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estrangei-ros (FIRCE), no prazo de 10(dez) dias úteis, contados do resgate, o registro do investimento direto relativo as ações correspondentes aos ADR/IDR cancelados.

Parágrafo 1.. O valor de registro, em moeda estrangeira, do investi-mento detido diretamente pelo investidor estrangeiro em conseqüência do resgate dos ADR/IDR, será calculado mediante aplicação da seguinte formula:

VR = (QA X PMB)/TC, sendo que:

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VR = valor do novo registro de capital estrangeiro; QA = quantidade de ações detidas diretamente pelo investidor es-

trangeiro em conseqüência do resgate dos Adr/Idr; PMB = preço médio das ações nas duas bolsas de valores em que a

ação tiver maior numero de negócios na data do resgate, ou, se não tiver havido negociação desses títulos nessa data, a sua cotação media nos 15 (quinze) pregoes imediatamente anteriores, nas mesmas duas bolsas;

TC = taxa de cambio de venda da moeda ingressada no pais ou, a opaco do investidor, do dólar dos Estados Unidos, divulgada na data do resgate através do sistema de informações banco central (SISBACEN), transação ptax 800/opaco 5/taxas paracontabilidade; na hipótese de emprego da cotação media do pmb nos últimos 15 (quinze) pregoes, adotar-se-á a media das taxas de cambio de venda divulgadas, pelo mesmo sistema, nos dias que tenham servido de referencia para o estabe-lecimento do pmb.

Parágrafo 2. O pedido de registro do investimento devera estar a-companhado de demonstrativo dos cálculos referidos no parágrafo 1 deste artigo, elaborado ou certificado por bolsa de valores ou por institui-ção que a integre.

CAPITULO III

DAS DESPESAS Art. 11. As empresas brasileiras emitentes de ações que integrem

programas de ADR/IDR poderão ressarcir as despesas efetivamente incorridas pelas instituições financeiras estrangeiras envolvidas no processo, desde que usuais no mercado internacional e previamente aprovadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.

Parágrafo 1.. O valor das despesas a que se refere este artigo po-derá, a critério do Banco Central do Brasil, ser remetido simultaneamente ao ingresso dos recursos captados no exterior por intermédio do progra-ma de ADR/IDR.

Parágrafo 2.. Qualquer remessa ao exterior dependera de previa autorização do Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estran-geiros (FIRCE), por intermédio de Certificado de Autorização para Remessa (CAR) ou de Certificado de Registro (CR),conforme o caso.

Parágrafo 3.. Para fins de registro de capital estrangeiro, nos ter-mos do capitulo I deste regulamento, será considerado o valor dos recur-sos efetivamente ingressados no pais.

Art. 12. A empresa brasileira e o banco custodiante pactuarão li-

vremente a remuneração a ser paga a este ultimo pelos serviços presta-dos de acordo com o presente regulamento.

CAPITULO IV

DOS ASPECTOS FISCAIS Art. 13. Fica estendido o tratamento fiscal previsto no art. 1. do de-

creto-lei n. 2.285, de 13.07.86, aos bancos estrangeiros emitentes de adr/idr, bem como aos respectivos adquirentes no exterior, desde que estes últimos sejam entidades que tenham por objetivo a aplicação de recursos nos mercados de capitais e das quais participem pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, inclusive fundos e entidades de investimento coletivo.

Parágrafo único. Nos termos deste artigo, os ganhos de capital aufe-ridos na alienação de ações correspondentes aos ADR/IDR resgatados nos termos do item I do art. 8. e do art. 9. deste regulamento estão isentos de pagamento de imposto de renda.

Art. 14. A eventual diferença verificada em moeda estrangeira entre o

valor originalmente ingressado e aquele calculado na forma do parágrafo 1. do art. 10 deste regulamento estará isenta do pagamento do imposto de renda sobre o ganho de capital.

Parágrafo 1.. Na hipótese do item III do art. 8. deste regulamento, o imposto incidira, no caso de futura venda das ações para fontes adquiren-tes situadas no pais, sobre o valor que exceder o montante do registro do investimento estrangeiro em questão.

Parágrafo 2.. No caso de resgate de ADR/IDR a fim de efetuar, no mercado brasileiro, a alienação das ações correspondentes, nos termos do item i do art. 8. e do art. 9. deste regulamento, e em se tratando de investidores estrangeiros que ano tenham por objetivo a aplicação de

recursos nos mercados de capitais, aplicar-se-á o disposto nos arts. 10 e 14 e respectivos parágrafos para a apuração do valor do novo registro de investimento estrangeiro, bem como para o calculo do eventual ganho de capital no caso de venda das ações para fontes adquirentes situadas no pais.

Art. 15. os dividendos e as bonificações em dinheiro atribuídos aos

investidores residentes, domiciliados ou com sede no exterior, detento-res de ações abrangidas por programas de ADR/IDR, bem como valores referentes a alienação de direitos de subscrição de ações ou outros direi-tos inerentes as ações, ficam sujeitos ao imposto de renda na fonte a alíquota de 15% (quinze por cento).

Parágrafo Único. Em se tratando de investidores residentes, domici-liados ou com sede em países com os quais o Brasil mantenha acordo destinado a evitar a dupla tributação, a alíquota do imposto de renda ficara automaticamente alterada, prevalecendo a que for menor.

CAPITULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 16. O banco custodiante responde solidária e ilimitadamente

perante o departamento da receita federal, o Banco Central do Brasil e a comissão de valores mobiliários no que diz respeito a todas as obriga-ções previstas neste regulamento, inclusive aquelas de natureza tributari-a.

Art. 17. Aplica-se ao banco custodiante e aos seus administradores

responsáveis pelas funções previstas neste regulamento, o disposto no capitulo V da lei n. 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da lei n. 6.385, de 07.12.76, independentemente de outras sanções legais cabíveis.

Art. 18. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o banco custo-

diaste que descumprir este regulamento fica responsável pelo recolhi-mento integral dos tributos considerados devidos.

MERCADO DE BALCÃO Mercado de Balcão é o mercado de títulos sem lugar fixo para o de-

senrolar das negociações. Os negócios são fechados via telefone entre instituições financeiras. São negociadas ações de empresas não registra-das em Bolsa de Valores e outras espécies de títulos.

AS OPERAÇÕES COM OURO OURO As operações com ouro são realizadas junto à BM&F, sendo neces-

sário para tanto o cadastro dos investidores, e visam atender àquelas pessoas, físicas ou jurídicas que desejam segurança para seus investi-mentos e liquidez de longo ou médio prazo.

Existe uma quantidade mínima para aquisição e movimentação que

gira em torno de 250 gramas para mercado SPOT e mútuo e cerca de 10 gramas para mútuo em ouro em conta, sendo referidas quantidades variáveis de uma instituição para outra.

São modalidades de operações do mercado de ouro:

SPOT - são operações de compra e venda realizadas em pregão, de contratos autorizados pela BM&F para pronta entrega, com li-quidação no primeiro dia útil após a operação.

MÚTUO: são operações de ―aluguel‖por parte do proprietário de uma posição de ouro físico junto a uma Corretora, por um período determinado, cobrando por isso, taxa de juros de acordo com o mercado não cobrando taxa de custódia.

EM CONTA: operações de compra e venda por investidores em quantidades mínimas de 10 gramas e seus múltiplos, com proce-dimento contábil de movimentação financeira com liquidação no primeiro dia útil após a operação.

Ainda existem outras operações no mercado de ouro tais como as re-

alizadas em, opções, a termo, etc. COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS As Companhias fechadas deverão sempre ter valor nominal. As aber-

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 70

tas não, o mercado é quem vai dizer quanto elas valem. A Lei nº 6.404/76 ("Lei de Sociedades por Ações") distingui dois tipos

de companhias: (i) as companhias fechadas e (ii) as companhias abertas. As companhias abertas têm seus valores mobiliários negociados em bolsas de valores ou no mercado de balcão, sendo-lhes permitido captar recursos junto ao público investidor.

Em razão da possibilidade de captação de recursos junto ao público

investidor, as companhias abertas submetem-se a uma série de obriga-ções específicas, impostas por lei e dispositivos regulamentares, expedi-dos, principalmente, pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM (autar-quia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei nº 6.385, de 07/12/1986, tendo por objetivo a normatização, a regulamentação, o desenvolvimento, o controle e a fiscalização do mercado de valores mobi-liários no Brasil), cuja finalidade precípua é a proteção do investidor.

Assim, enquanto as companhias fechadas têm grande liberdade para

estabelecerem suas regras de funcionamento da forma que melhor atenda aos interesses de seus acionistas, as companhias abertas sofrem deter-minadas restrições, gozando de menor flexibilidade para a elaboração de regras próprias de funcionamento no estatuto social.

As companhias abertas devem, além de respeitar os preceitos da Lei

das Sociedades por Ações, obter os registros necessários para negocia-ção de seus valores mobiliários em Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão.

Vale notar ainda, que apenas as companhias abertas poderão emitir

recibos de depósitos (DR's), isto é, certificados representativos de suas ações, para negociação no mercado externo, possibilitando a captação de recursos de investidores estrangeiros.

RESOLUÇÃO Nº 436 DE 20 DE JULHO DE 1977.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31

de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada nesta data, tendo em vista o disposto no art. 59 da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965 e nas Leis nºs 6.385 de 7 de dezem-bro de 1976 e 6.404, de 15 de dezembro de 1976,

RESOLVEU: I - Consideram-se companhias abertas, para os efeitos das Leis

nºs 6.385 de 7 de dezembro de 1976 e 6.404, de 15 de de-zembro de 1976, até a regulamentação do art. 21 da referida Lei nº 6.385:

a - As registradas no Banco Central, nos termos da Resolução nº 88, de 30 de janeiro de 1968;

b - as sociedades anônimas cujos valores mobiliários estejam ad-mitidos a negociação em Bolsa de Valores, de acordo com o i-tem XXIV do regulamento anexo à mencionada Resolução nº 88, desde que, dentro do prazo de 90 (noventa) dias contados da data desta Resolução, junto ao Banco Central, ao registro nos termos do item I do referido Regulamento.

II - Somente poderão ser negociados nos mercados de bolsa e balcão os valores mobiliários emitidos por companhias abertas.

III - Considerar-se-ão automaticamente registradas na Comissão de Valores Mobiliários, independentemente de qualquer forma-lidade:

a - De acordo com o inciso I do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de-zembro de 1976, para negociação de seus valores em Bolsas de Valores, as companhias que estejam registradas no Banco Central nos termos da citada Resolução nº 88 e que tenham seus valores mobiliários admitidos a negociação em Bolsa de Valores;

b - de acordo com o inciso II do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, para negociação de seus valores em mer-cado de balcão:

1 - As companhias que, tendo obtido registro no Banco Central, nos termos do item XII da Resolução nº 88, de 30 de janeiro de 1968, para emissão de valores a serem distribuídos no merca-do, não tenham seus valores mobiliários admitidos a negocia-

ção em Bolsa de Valores; 2 - As companhias que cancelaram o registro para negociação, em

Bolsa, de valores mobiliários de sua emissão. IV - Os valores mobiliários emitidos por companhias registradas em

Bolsa de Valores somente poderão ser negociados no mercado de balcão quando resultantes da emissão realizada nos termos do art. 19 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, durante o período de distribuição da respectiva emissão.

V - Até que a Comissão de Valores Mobiliários expeça as normas previstas no parágrafo único do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, as companhias abertas estão obrigadas a prestar ao Banco Central as informações previstas na Resolu-ção nº 88, de 30 de janeiro de 1968 e no parágrafo 4º do art. 157 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976.

VI - A Comissão de Valores Mobiliários expedirá normas regulando as condições que deverão ser satisfeitas pelas companhias abertas para que elas possam cancelar os registros de que tra-ta o art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976.

VII - No exercício financeiro de 1978, ano-base 1977, somente terão direito às vantagens fiscais asseguradas na legislação do Im-posto de Renda as companhias abertas que possuíam, em 1º de janeiro de 1977, certificado de sociedade de capital aberto em vigor, expedido pelo Banco Central, nos termos da Resolu-ção nº 106, de 11 de dezembro de 1968, ou que tenham obtido esse certificado entre aquela data e 31 de dezembro de 1977.

VIII - Perderão as vantagens fiscais as companhias abertas que tive-rem cancelada sua admissão a negociação em Bolsa de Valo-res.

IX - Até 31 de dezembro de 1977, fixar-se-ão as condições segun-do as quais as companhias abertas serão consideradas socie-dades anônimas de capital aberto, para efeito da legislação do Imposto de Renda, a partir do exercício financeiro de 1979.

Brasília, 20 de julho de 1977. UNDERWRITING Underwriting é a nome dado para designar o esquema de lançamento

de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarre-ga uma instituição financeira que será responsável pela sua colocação no mercado. Seu lançamento pode ocorrer através da emissão de debêntu-res conversíveis, distribuição de ações já existentes ou através da emis-são de novas ações e vis proporcionar a abertura do capital de empresas públicas ou privada que desejam captar recursos visando o seu cresci-mento.

6. MERCADO DE CÂMBIO:

Instituições autorizadas a operar, operações básicas, contratos de câmbio – características; taxas de câmbio, remessas, SISCOMEX.

ESTRUTURA Para fazer pagamentos internacionais, é preciso converter uma moe-

da em outra. Quer a transação envolva a compra ou a venda de mercado-rias, turismo ou movimentos de capital para fins de investimento ou arbi-tragem de juros, sempre há necessidade de trocar uma moeda por outra. Esta demanda é atendida pelo mercado de câmbio, que é dominado pelos bancos comerciais. Embora este mercado seja um mercado de troca de dinheiro, não há um mercado central como o que existe para ações e obrigações na Bolsa de Valores de New York ou para grãos no Chicago Board of Trade. O mercado de câmbio é um mecanismo e não um local. Ele é bastante informal e não tem horário fixo. Nos Estados Unidos ele é composto por aproximadamente 25 bancos e alguns corretores de câm-bio. Fora do Estados Unidos, os principais participantes são os bancos centrais dos vários países e os grandes bancos comerciais. O comércio é feito por telefone ou telex. O mercado de câmbio não tem regras por escrito; sua atividade é conduzida de acordo com os princípios e um código de ética que evoluíram ao longo do tempo. A principal estrutura do mercado é um sistema de comunicação direta entre os participantes.

CONCEITOS Mercado de câmbio é um mercado no qual uma moeda nacional de

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um país (por exemplo, o real) é trocada por moeda nacional de outro país (por exemplo), guardando as devidas proporções de acordo com as cotações do câmbio na oportunidade em que as moedas são trocadas.

Muitos bancos de todos os países oferecem serviços de câmbio, mas

apenas alguns criam e mantêm um mercado - assumem posição ou mantêm um estoque de moedas estrangeiras. Estes bancos são realmen-te o centro ou o alicerce do mercado de câmbio.

Para oferecer a seus clientes serviços de câmbio, alguns bancos a-

mericanos precisam ter estoques de moedas estrangeiras na forma de depósitos nos bancos estrangeiros. Estes depósitos ou estoques são mantidos com a compra e venda de saldo tanto de bancos estrangeiros quanto de bancos domésticos, pessoas físicas e empresas. Os estoques também podem ser aumentados com a compra e venda de letras de câmbio, cheques de viagem, cupons de obrigações, garantias de dividen-dos e outros ativos em moeda estrangeira. O valor do estoque e a varie-dade de moedas dependem da atividade que um banco tem em uma determinada moeda. Obviamente, a porcentagem maior do estoque irá para aquelas moedas que apresentarem maior demanda. Em outras palavras, o estoque contém moedas dos países com os quais temos comércio, em que investimos para onde viajamos.

A troca de moedas dá-se conforme o ―curso do câmbio‖, que exprime

o valor de uma moeda em relação à outra. Num sistema de livre mercado e sendo a moeda equiparável à mercadoria, a fixação do ―curso do câm-bio‖ deveria dar-se pela lei da oferta e da procura. Entretanto, a relevância desse tipo de operação levou não só à sua oficialização pelos órgãos governamentais, como também a que ficasse a eles reservada a função de fixar o ―curso do câmbio‖. Entretanto, nos chamados países de ―moeda fraca‖, isto é, em que o valor das importações supera o das exportações viceja o mercado livre, ou paralelo, onde, na realidade, o ―curso do câm-bio‖ é estabelecido pela lei da oferta e da procura.

Taxa de câmbio é o preço de uma moeda nacional com relação a outra moeda.

Tarifa é um imposto sobre bens importados, e pode ser aplicada sob a forma de uma tarifa específica ou de uma tarifa ―ad valo-rem‖.

Quota é uma restrição na quantidade de um produto que pode ser importado.

Reservas cambiais são depósitos em moedas estrangeiras de posse do governo ou Banco Central.

OPERAÇÕES DE CÂMBIO O câmbio, no seu conceito mercantil, como já estudamos, consiste na

operação de troca de moeda. Caso a moeda fosse universal, única em todas as regiões do mundo, não haveria necessidade de efetuar opera-ções de câmbio.

Entretanto, como sabemos, a moeda única não constitui realidade, e

o que temos é um pluralismo de moedas em que se situam aquelas co-nhecidas como moedas arbitráveis - isto é, livremente convertidas em outras - e moedas não arbitráveis - aquelas que não tem curso livre, internacional.

Quando se trata de transações comerciais e financeira, entre países

de moeda não conversível, entre si ou com outros de moeda conversível, a operação se processa através de débitos reembolsáveis ou créditos a serem liquidados junto a banqueiros de países de moeda conversível.

Pela operação de compra, a instituição adquire moeda estrangeira em

espécie ou crédito existente no exterior, entregando em contrapartida o equivalente em moeda nacional.

Na operação de venda de câmbio, o banco faz a entrega em espécie,

de moeda ou efetua pagamentos no exterior por conta de um cliente no país, recebendo em contrapartida, o equivalente em moeda nacional.

Há duas espécies fundamentais de operações de câmbio: o manu-

al e o escritural. Operação de câmbio manual é a que consiste na troca imediata da

moeda nacional por estrangeira. Esse tipo de operação atende geralmente às necessidades das pessoas que se deslocam para o estrangeiro, as quais, em troca da moeda de seu país, recebem bilhetes de banco ou cheques de viagem em moeda alienígena. Trata-se como se percebe, de operação de menor vulto, atendendo às necessidades de turismo ou de negócio.

As operações de câmbio mais numerosas, e envolvendo importâncias

maiores, são as escriturais, destinadas à exportação e à importação, e que se perfazem por lançamentos contábeis: ―...os bancos negociam haveres em conta, isto é , vendem a seus clientes nacionais somas des-contadas sobre seus haveres no estrangeiro e recebem, em contrapartida francos. Em sentido contrário, quando se trata de ―repatriar divisas‖ (em seguida a uma exportação, por exemplo), a conta do banqueiro francês mantida no estrangeiro, recebe o equivalente em francos ― (Rodière e Riges-Lange).

Portanto, o banco vende ao interessado, do pais, somas tiradas de

seus haveres no estrangeiro, recebendo moeda nacional, nos casos de importação. Ou compra a moeda, estrangeira, pagando ao vendedor em moeda nacional, quando se trata de exportação.

Se as operações de câmbio manual se aperfeiçoam instantaneamen-

te, ou seja, a vista, as escriturais, praticadas pelos importadores e expor-tadores, são geralmente a termo, nas quais o curso do câmbio é determi-nado no dia em que a ordem é dada, mas a realização material permane-ce em suspenso: a entrega das divisas e seu pagamento são reportados a uma data ulterior determinada. No caso de inadimplemento do contrato de câmbio por parte do exportador, que conseguiu o adiantamento do banco, o instrumento, devidamente protestado servirá para a propositura da execução contra aquele, desde que as importâncias correspondentes estejam averbadas no contrato, com anuência do devedor.

De seu lado, o banco incorre em responsabilidade se não se houver

com a devida exação, pois o câmbio é também um serviço que o banco fornece a seu cliente; na medida em que ele aceitou fornecer esse servi-ço, o banco assume uma obrigação de prudência e de diligência: assim, um banco deve reparar o prejuízo resultante para seu cliente, do fato da diferença de suas taxas de câmbio quando ele não executou prontamente a ordem recebida.

Controle de câmbio - as operações de câmbio encontram-se, atual-

mente, sob controle oficial, cumprindo ao Banco Central do Brasil não só autorizá-las, como também fixar as respectivas taxas. O fenômeno da regulamentação é de âmbito universal, variando seu rigor de país a país. Com ele se objetiva preservar o valor da moeda nacional, não só pelo estabelecimento do ―curso do câmbio‖, como também zelando pelo equilí-brio no balanço de pagamento. Por isso é que se diz que a regulamenta-ção do câmbio não preenche seu papel, se não comportar o controle de todas as relações econômicas e financeiras com o estrangeiro. Para poder efetuar um tal controle , o Estado se arroga o monopólio das operações de câmbio. A regulamentação do câmbio exerce uma ação profunda sobre a economia do país: as trocas de moeda são, essencialmente, motivadas pelas importações e exportações; a regulamentação do câmbio conduz o governo a frear umas e estimular as outras. O turismo, os transportes, os seguros, são igualmente afetados por esta regulamentação. Não se trata mais nos textos de controle ou regulamentação do câmbio, mas de contro-le das relações financeiras com o estrangeiro. Nesta ordem de procedi-mento têm sido uma constante, nas legislações do mundo inteiro, as restrições à importação de divisas, de mercadorias , ou de ambas, desde 1931, em conseqüência da grave crise financeira irrompida em 1929.

CONTRATO DE CÂMBIO É o documento formal através do qual o comprador do câmbio e o

vendedor (banco) contratam uma operação de câmbio, para entrega pronta ou futura, permitindo a que tanto comprador como vendedor exer-çam seus direitos, apoiados nesse documento.

Quando se trata do câmbio manual, o contrato tem simples função es-

tatística já que, operando no ―prazo pronto‖, a liquidação é imediata . Obs.: Em câmbio, diz-se ―prazo pronto‖ o câmbio para entrega à vista

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ou para liquidação no prazo de dois dias úteis. Nas operações de câmbio manual, o banco somente opera no prazo ―pronto‖.

A Circular 2.231 do BACEN fornece a definição do Contrato de Câm-

bio: ―Define-se contrato de câmbio como o instrumento especial firmado entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se mencionam as características das operações de câmbio e as condições sob as quais se realizam.‖

E prossegue a Circular 2231do BACEN: ― 6. O contrato de câmbio

deverá ter impressão legível e não deverá conter qualquer espécie de rasura ou emenda, ressaltando-se a absoluta importância quanto ao correto preenchimento dos seus campos e da sua adequada utilização.‖

―10. Exclusivamente quanto aos aspectos relacionados com o acom-panhamento e controle do Banco Central do Brasil sobre as operações de câmbio, deverá ser observado que:

a) a assinatura das partes intervenientes no contrato de câmbio constitui requisito indispensável na via destinada a instituição au-torizada ou credenciada, negociadora do cambio;

b) deve ser mantida em arquivo uma via original dos contratos de câmbio, bem como dos demais documentos vinculados à opera-ção, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados do término do exer-cício em que ocorra a liquidação, cancelamento ou baixa, ressal-vadas as operações cuja documentação deva ser mantida em ar-quivo por prazo e na forma expressamente prevista em normati-vos específicos ou que venham a ser determinadas pelo Banco Central do Brasil.‖

―13. Constarão obrigatoriamente do contrato de cambio, conforme o

caso, as seguintes cláusulas: a) para todas as contratações: "Cláusula 1: O presente contrato subordina-se as normas, condições

e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria". "Cláusula 2: O(s) registro(s) de exportação / importação constante(s)

no SISCOMEX, quando vinculado(s) à presente operação, passa(m) a constituir parte integrante do contrato de câmbio que ora se celebra."

b) Na formalização das operações de câmbio de exportação: "Cláusula 3: o vendedor obriga-se, de forma irrevogável e irretratável,

a entregar ao comprador os documentos referentes a exportação até a data estipulada para este fim no presente contrato e, respeitada esta, no prazo máximo de 15 dias corridos contados da data do embarque da mercadoria, ainda que se trate de embarques parciais. Ocorrendo, em relação ao último dia previsto para tal fim no presente contrato, antecipa-ção na entrega dos documentos, o prazo para a liquidação do câmbio pertinente a tais documentos ficará automaticamente reduzido de tantos dias quantos forem os da mencionada antecipação e, em conseqüência, considerar-se-á correspondentemente alterada a data ate a qual deverá ser liquidado o câmbio, tudo independentemente de aviso ou formalidade de qualquer espécie.

O não cumprimento pelo vendedor de sua obrigação de entrega, ao

comprador, dos documentos representativos da exportação no prazo estipulado para tal fim, acarretará, de pleno direito, o vencimento anteci-pado das obrigações decorrentes do presente contrato, independente-mente de aviso ou notificação de qualquer espécie, para o valor corres-pondente aos documentos não entregues".

c) Na hipótese de remessa direta de documentos pelo exportador, a

cláusula 3 prevista na alínea anterior, deverá ser aditada conforme indicado a seguir:

"Clausula 4: Em aditamento à clausula 3 do presente contrato, fica pactuado que os documentos de exportação poderão ser remetidos pelo vendedor, diretamente ao importador no exterior, hipótese em que o vendedor se obriga a entregar ao comprador, no prazo estipulado na referida cláusula 3, o original do saque, exceto quando dispensada sua emissão por carta de crédito, além de cópias dos documentos representa-tivos da exportação e da correspondente carta-remessa ao exterior, a qual deverá conter expressa indicação ao importador estrangeiro no sentido de que o respectivo pagamento ou aceite somente poderá ser efetuado através do banqueiro do exterior, nos termos das instruções a este trans-mitidas pelo comprador."

d) para as alterações contratuais: "Clausula 5: A presente alteração subordina-se às normas, condições

e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria, permanecendo inalterados os dados constantes do contrato de câmbio descrito acima, exceto no que expressamente modificado pelo presente instrumento de alteração".

e) para as transferências para a posição especial: "Cláusula 6: Valor transferido para posição especial na forma do dis-

posto no capitulo 5 do regulamento das normas cambiais de exportação, divulgado pela circular n. 2.231, de 25.09.92".

TIPOS DE CONTRATOS DE CÄMBIO E SUAS APLICAÇÕES O registro de contratação de câmbio serra efetuado com utilização

das seguintes opções das transações de prefixo PCAM indicadas no item 1 deste titulo:

Contratação: a) exportação - tipo 01 destinado à contratação de câmbio de expor-

tação de mercadorias ou de serviços. b) importação - tipo 02 destinado à contratação de câmbio de impor-

tação de mercadorias, não amparadas em certificados de regis-tro do Banco Central do Brasil.

c) transferências financeiras do/para o exterior - compras - tipo 03 - vendas - tipo 04 destinados à contratação de câmbio referente a

operações de natureza financeira, importações financiadas am-paradas em certificados de registro do Banco Central do Brasil, simbólicas e as de câmbio manual, previstas no mercado de câmbio de taxas livres.

d) operações de câmbio entre instituições, entre departamentos e de arbitragens

- compras - tipo 05 - vendas - tipo 06 Restrita a contratação de câmbio: - entre bancos; - entre operadores credenciados a operar no mercado de câmbio

de taxas flutuantes; - entre bancos e operadores credenciados a operar em câmbio no

pais; - entre departamentos de um mesmo banco no pais; - de operações de arbitragens no pais e com banqueiros no exteri-

or. e) alteração de contrato de câmbio - compras - tipo 07 - vendas - tipo 08 f) cancelamento de contrato de câmbio - compras - tipo 09 - vendas - tipo 10

SISCOMEX O SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior, gerencia

todas as operações referentes à Importação e Exportação. No ambiente de importação (perfil importador) o SISCOMEX controla a emissão da Declaração de Importação (DI) e a solicitação dos Licenciamentos de Importação (LI). No ambiente de exportação (perfil exportador) controla a emissão do Registro de Exportação (RE) e da Solicitação de Despacho (SD). As informações da Declaração de Importação são inseridas no sistema pelo próprio importador ou por seu representante legal devida-mente credenciado pelos Órgãos Gestores. Os dados coletados são processados pelos computadores servidores do sistema na Rede Serpro de Teleprocessamento. Efetivado o registro da DI, será emitido o extrato da Declaração de Importação, que deverá ser entregue à Aduana, junta-mente com os demais documentos necessários para instrução do despa-cho. Concluído o desembaraço, a Receita Federal registrará as informa-ções no Sistema, possibilitando a emissão do Comprovante de Importação (C.I.) e a liberação das mercadorias.

7. OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS:

Características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções, do mercado futuro e das

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operações de swap.

O MERCADO DE DERIVATIVOS - INSTITUIÇÕES O mercado de derivativos é aquele em que os investidores, compra-

dores ou vendedores negociam títulos cujos valores dependem de outros ativos ou variáveis.

As instituições financeiras corretoras, necessariamente são membros

da Bolsa de Valores, devem ser credenciadas pelo Banco Central do Brasil e pela CVM, podendo negociar valores mobiliários com exclusivida-de no pregão.

São modalidades :

Futuros;

Termos;

Opções;

Swaps.

FUTUROS O mercado de futuros é onde as liquidações em ações se processa a

prazos predeterminados e com datas de vencimentos prefixadas. Nas operações a futuro os compromissos são assumidos em lotes

padronizados para liquidação em vencimento predeterminado, principal-mente como substitutos temporários de operações de compra e venda efetivas a serem realizadas posteriormente. Embora exista a possibilidade de liquidação por vencimento mediante entrega dos valores respectivos, destinam-se, principalmente, a serem compensadas antes do vencimento, mediante operações iguais e de natureza inversa (compra e venda). O objetivo é reduzir com estas transações, resultados negativos eventual-mente incorridos nos negócios finais. Podem, entretanto, ser usadas com o objetivo de obter ganhos com as diferenças entre os preços de compra e venda a futuro.

TERMOS O mercado a termo - mercado onde as liquidações com ações se

processam a prazos determinados, conforme o termo do contrato ( 30, 60 ou 90 dias).

As operações a termo resultam de um contrato de compra e venda fu-

tura de ações que estabelece a obrigação, por parte do comprador e vendedor, de liquidarem a operação em determinado prazo de vencimen-to. Os prazos mais comuns são os de 30, 60 ou 90 dias.

OPÇÕES Mercado de Opções - Instrumento de investimento no mercado de

capitais. A opção de compra de ações é um contrato que confere ao comprador o direito de adquirir, durante a sua vigência, um lote de ações de determinada empresa a um preço prefixado. Isto significa, por exemplo, que alguém paga uma determinada quantia ao proprietário de um lote de ações para que ele garanta um preço de venda determinado (fixo) duran-te algum tempo. Durante a vigência deste contrato, o comprador poderá, a qualquer tempo concretizar o negócio, pagando o preço combinado, ainda que as ações estejam sendo negociadas a preço superior. Deste modo, a diferença entre o preço combinado e o preço de mercado das ações é que vai representar o lucro do comprador.

SWAPS O termo ―swap‖ significa permuta e designa a combinação de um

deporte com um reporte, ou seja, em operações da espécie onde compra-dores e vendedores a vencimentos diferentes são reciprocamente os mesmos. Além dos benefícios visados em particular, causam os mesmos resultados positivos de uma das transações em separado.

Veja agora a Resolução do Banco Central do Brasil que trata do as-

sunto:

RESOLUÇÃO N. 002138

Autoriza a realização, no mercado de balcão, de operações de

"swap" e de opções sobre "swap", referenciadas em ouro, taxas de

cambio, taxas de juros e índices de preços por parte das institui-ções que especifica.

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9. da Lei nº.

4.595, de 31.12.64, torna publico que o Presidente do CONSELHO MO-NETÁRIO NACIONAL, por ato de 29.12.94, com base no art. 8., parágrafo 1., da Medida Provisória n. 785, de 23.12.94, "ad referendum" daquele Conselho, tendo em vista o disposto no art. 4., inciso VIII, da referida Lei n. 4.595,

RESOLVEU: Art. 1. Autorizar os bancos múltiplos com carteira comercial e/ou

de investimento, os bancos comerciais, os bancos de investimento, as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários a realizarem, no mercado de balcão, operações de "swap", com ou sem a utilização de limitadores de oscilação máxima ou mínima, bem assim opções sobre "swap", referenci-adas em ouro, taxas de cambio, taxas de juros e índices de preços, por conta própria ou de terceiros.

Parágrafo 1. Para os efeitos desta Resolução, definem-se como de "swap" as operações consistentes na troca dos resultados financeiros decorrentes da aplicação de taxas ou índices sobreativos ou passivos utilizados como referenciais.

Parágrafo 2. Os índices de preços mencionados neste artigo de-vem ter serie regularmente calculada e de conhecimento publico.

Parágrafo 3. O Banco Central do Brasil poderá modificar o elenco de operações de "swap" passíveis de realização, estabelecer condições para a contratação das mesmas, bem assim delimitar a atuação das instituições mencionadas neste artigo relativamente a essas operações.

Art. 2. A pratica das operações de que trata esta Resolução fica

condicionada a indicação de administrador tecnicamente qualificado, responsável pelas mesmas junto ao Banco Central do Brasil.

Parágrafo 1. O administrador referido neste artigo será responsabi-lizado, prioritariamente, nos termos da legislação em vigor, pela ocorrên-cia de situações que indiquem fraude, negligencia, imprudência ou imperícia no gerenciamento dos controles internos e dos riscos envolvi-dos, sem prejuízo da aplicação das penalidades de suspensão ou inabili-tação para cargos de direção na administração ou gerência em institui-ções financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Parágrafo 2. As instituições que já operam na modalidade terão pra-zo de 30 (trinta) dias, contados a partir da vigência desta Resolução, para promover a indicação do administrador responsável.

Art. 3. Estabelecer a obrigatoriedade do registro das operações de

que trata esta Resolução em sistema administrado pela Central de Cus-todia e de Liquidação Financeira de Títulos - CETIP ou em outros siste-mas de registro, de custodia e de liquidação, devidamente autorizados pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários e que atendam as necessidades de fiscalização e controle por parte do Banco Central do Brasil.

Art. 4. Fica vedada a realização de operações de "swap" que não

as contempladas nesta Resolução, bem assim a pratica de quaisquer outras modalidades de operações de liquidação futura no mercado de balcão.

Art. 5. Devera ser atestada, junto ao Banco Central do Brasil, no

prazo máximo de 6 (seis) meses contados a partir da vigência desta Resolução, a utilização de modelo de gerenciamento de risco compatível com a estrutura das operações de que se trata.

Parágrafo único. Para efeito da comprovação estabelecida neste artigo, devera ser encaminhada ao Banco Central do Brasil declaração, firmada pelo administrador referido no art. 2., sob as penas da lei, de que o modelo utilizado atende as necessidades especificas da instituição.

Art. 6. Fica o Banco Central do Brasil autorizado a adotar as medi-

das e baixar as normas necessárias a execução do disposto nesta Reso-lução.

Art. 7. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 74

Art. 8. Fica revogada a Resolução n. 2.042, de 13.01.94, pas-sando a base regulamentar para a edição das Circulares n. s 2.402, de 13.01.94, e 2.405, de 03.02.94, a ser esta Resolução.

8. GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NA-CIONAL:

Aval, fiança, penhor mercantil, alienação fiduciária, hipo-teca, fianças bancárias, Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Todas as vezes que pessoas contratam entre si, estabelecendo mútua e reciprocamente, direitos e obrigações, a primeira preocupação dê ambas as partes e todos os contratantes é assegurar-se de que a parte contrária cumprirá com todos seus deveres contratuais, pagando sua par te do contrato.

Fácil de perceber, portanto, que, afora a parte principal do contrato,

pode haver também um contrato a parte, cujo objetivo seja garantir o cumprimento do principal.

Assim, quando, por exemplo, alguém toma um dinheiro emprestado,

deve dar à pessoa, que lhe forneceu o dinheiro, alguma garantia de que pagará o débito no vencimento. A nota promissória não é uma garantia do débito, mas o documento que comprova o crédito do credor e o débito do devedor. Nessa nota promissória poderá intervir uma terceira pessoa, dizendo que garante o pagamento do débito.

Esse mesmo empréstimo, dado no exemplo, poderia ter sido docu-

mentado num contrato e, nesse mesmo contrato constar que um determi-nado bem ficaria vinculado ao débito, garantindo-o.

Na primeira hipótese, uma pessoa interveio, dando sua "palavra" (es-

crita); temos, portanto, uma garantia pessoal (baseada na confiança que inspira essa pessoa). Trata-se de garantia fidejussória.

No segundo exemplo, teremos uma garantia real, pois não se baseia

nesse valor abstrato (confiança), mas numa coisa concreta, real, que é o bem.

São modalidades de garantia fidejussória ou pessoal, a fiança e o

aval. Já a hipoteca, o penhor, a anticrese, a caução e a alienação fiduciária

são formas de garantia real. GARANTIAS PESSOAIS (FIDEJUSSÓRIAS): A FIANÇA Dá-se a fiança, quando uma pessoa se obrigar a satisfazer

determinada obrigação, caso o respectivo devedor não na tenha cumprido.

Já se pode, portanto, perceber, que a fiança é uma garantia que se

contrata subsidiariamente: O fiador só será obrigado ao pagamento, depois de, devidamente, cobrado o afiançado.

A fiança será sempre dada por escrito (não existe, assim, fiança

verbal). A fiança tanto pode ser só do principal, como só do acessório (juros,

correção monetária, multa, etc.), como do principal mais acessório. É livre sua contratação pelas partes interessadas.

Sempre, porém, que o contrato de fiança não estabelecer qual seu

limite, a responsabilidade do fiador compreenderá desde o débito prin-cipal, até os acessórios, e, até mesmo, as despesas judiciais para a respectiva cobrança.

Quem pode ser fiador? Qualquer um, desde que tenha capacidade ju-

rídica. Naturalmente, se o fiador irá garantir um débito, cabe ao credor aceitá-lo ou não. Para tanto, certamente, avaliará sua capacidade não apenas jurídica, como econômica, financeira e moral.

IMPORTANTE: se o fiador for pessoa casada (homem ou mulher), deverá contar com a expressa autorização de seu cônjuge (se o fiador for homem, sua mulher deverá assinar o contrato, juntamente com ele; e vice-versa). A autorização da esposa chama-se "outorga uxória". A do marido, "outorga marital".

Tanto as pessoas físicas (naturais), como as pessoas jurídicas (soci-

edades) podem prestar fiança. Os bancos até têm um serviço de presta-ção de fiança a clientes, para o qual cobram uma determinada taxa.

FIANÇA COM CLÁUSULA DE PRINCIPAL PAGADOR Como já vimos, a fiança é a assunção de uma obrigação subsidiária,

ou seja, o fiador apenas responderá caso o afiançado deixe de pagar. Nada impede, entretanto, que, quando da contratação da fiança, o

credor exija que o fiador renuncie a esse privilégio (de só ser cobra-o depois da cobrança feita e frustrada ao devedor-principal).

Nesse caso, bastará que conste do contrato uma cláusula, estabele-

cendo que o fiador renuncia ao "benefício de ordem do art, 1941 do Códi-go Civil" e, automaticamente, o fiador será tão devedor quanto o principal devedor.

Em termos práticos significará que o credor não mais precisará

cobrar, primeiramente, ao devedor-principal, para, só então, poder cobrar ao fiador. Poderá, desde o início, escolher a quem cobrará: se ao afiançado, ou ao fiador, ou a ambos conjuntamente. Claro que, se receber de qualquer um dos dois, não mais poderá cobrar do outro.

FIANÇA CONVENCIONAL E FIANÇA LEGAL Comumente, a fiança resulta da manifestação voluntária das partes

interessadas, num contrato. Quando é ela contratada, consoante os princípios de liberdade contratual, temos a fiança convencional.

Caso há, entretanto, que a lei, ou o juiz, determinam a prestação de

fiança. O juiz, para garantir um processo e evitar que, qualquer das partes sofra um irreparável prejuízo, poderá determinar que a parte contrária preste uma fiança (chama-se caução judicial). A lei, igualmente, às vezes determina que uma pessoa preste uma caução, para garantir outras pessoas. Por exemplo, quando o tutor não dispõe de bens imóveis para garantir a administração de bens de um menor-tutelado, por lei é ele obrigado a prestar uma caução fidejussória, garantindo que, caso ele dê prejuízo ao menor-tutelado, terá com que indenizá-lo.

Nessas hipóteses em que a fiança (caução) é prestada compulso-

riamente, por determinação da lei ou de um juiz, a fiança chama-se "fiança legal".

GARANTIAS PESSOAIS (FIDEJUSSÒRIAS): O AVAL Também no aval a garantia de cumprimento de uma obrigação

baseia-se na confiança do avalista. A diferença fundamental entre o aval e a fiança está no fato de que o

primeiro só é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo em todo e qualquer tipo de contrato.

Outra importante diferença é que o avalista é sempre um co-principal

devedor, enquanto o fiador, de regra, é um devedor subsidiário. significa que o credor tanto poderá cobrar o título diretamente do avalista, como apenas do avalizado, ou de ambos concomitantemente.

Também, enquanto na fiança é indispensável a autorização do cônju-

ge (sob pena de nulidade), no aval não há tal necessidade: pode-se prestar aval, mesmo sendo casado, até contra a vontade do cônjuge.

Diferença ainda importante é que a fiança tanto pode ser de toda a

dívida, como de parte dela, enquanto o aval é sempre da totalidade do valor do título de crédito, englobando juros, correção, etc.

Quem pode ser avalista? Qualquer pessoa, desde que tenha capa-

cidade para assumir obrigações em título de crédito. Assim não há ne-cessidade de que o avalista seja terceira pessoa, desvinculada do título de

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crédito. Poderá ser, até mesmo, um dos próprios co-obrigados: por exem-plo, um endossante.

Aliás, na prática bancária -- particularmente em operações de descon-

to -- é comuníssimo os bancos exigirem que o endossador do título de crédito, que o apresenta para desconto, assine-o também como avalista do principal devedor.

O resultado prático é de muita vantagem para o banco e para os cli-

entes. Para o banco supre a necessidade de protestar o titulo não pago no vencimento (e que, para cobrar então tal título do endossante, deveria, primeiramente, protestar o título). É que o endossante não responderia mais como endossante, mas sim na qualidade de avalista, o que dispensa o banco da necessidade de prévio protesto do título. E para o cliente, poupa o vexame do protesto, o que preserva seu bom relacionamento com o banco.

Esse exemplo bem se presta a demonstrar o quanto o aval é dife-

rente, também, do endosso: no aval há responsabilidade paralela (prin-cipal) e solidária, enquanto no endosso há transferência de crédito de título e o endossante tem responsabilidade subsidiária (só paga se o devedor não pagou).

A prestação de aval se dá no próprio titulo de crédito, devendo o

avalista apor sua assinatura, lançando a expressão "por aval a fulano, assinatura‖.

Caso não conste o nome do avalizado, ocorrerá o chamado aval em

branco: presumir-se-á que o aval foi dado para garantir o devedor principal (nos títulos de crédito que se aperfeiçoam com o aceite, se inexistir este, o aval será considerado como dado ao sacador).

Observe-se que o aval em preto (com a indicação do nome do ava-

lizado) tanto poderá ser dado em favor do devedor principal (emitente, aceitante ou sacado), quanto de algum dos endossantes ou, até mesmo, de um outro avalista (aval de aval).

O aval pode ser lançado até mesmo após o vencimento do título,

desde que, porém, antes do protesto. Nada impede, também, que num mesmo título de crédito haja vários

avalistas. AS GARANTIAS REAIS Nesta modalidade, o credor prefere confiar num valor patrimonial, ou

seja, no potencial econômico de um bem, que será vendido (leiloado) e o dinheiro apurado será empregado para pagar ao credor, caso o devedor não tenha pago.

Quando esse bem for um bem móvel, então teremos um penhor; se o

bem for um imóvel, ocorrerá a hipoteca. Cada tipo de garantia real tem um tipo de bem, que representa um valor econômico destinado a garantir o cumprimento da obrigação.

O PENHOR Qualquer tipo de obrigação (dívida) poderá ser garantida por penhor;

teremos aí a chamada garantia pignoratícia (lembra-se da cédula pignora-tícia – lá em títulos de crédito???).

Assim, por exemplo, a Caixa Econômica tem um conhecido serviço de

empréstimo de dinheiro, mediante garantia pignoratícia: lá vamos, pedimos o dinheiro emprestado e oferecemos um relógio (por exemplo) como garantia; o funcionário examina o relógio, avalia-o e, se ele vale R$2.000,00, a Caixa nos dá um empréstimo de mais ou menos R$ 1.200,00 (a margem de diferença é para cobrir eventuais despesas de cobrança, juros, etc.). Para se consumar o penhor, nosso relógio ficara guardado na Caixa. Nesse exemplo, temos um contrato de mútuo, com garantia pignoratícia.

Observe-se que esse relógio ficará com a Caixa e, caso eu não pague

o empréstimo feito, será o relógio levado a leilão e, com o dinheiro apura-do em sua venda, será pago o valor do empréstimo, com juros e despe-

sas, se sobrar alguma quantia, será ela entregue ao devedor (não fica com o credor, pois este só pode ter interesse no recebimento de seu crédito -- e o bem só garante a dívida e não serve para o credor se enri-quecer às custas do devedor).

Assim, para se constituir o penhor o devedor deverá entregar a coisa

ao credor (essa entrega chama-se "tradição"). Deverá o credor guardar a coisa empenhada como autêntico depositário, ou seja, será seu dever conservá-la e, depois de paga a dívida, devolvê-la, juntamente com even-tuais frutos. Se perder a coisa, ou deixar que ela se deteriore, o credor deverá indenizar ao devedor-proprietário.

O ato de dar um bem em garantia pignoratícia chama-se empenhar

ou apenhar. Não confundir com penhora que é um ato do juiz, determi-nando que um bem seja vinculado a um processo de execução de dívida. Só se pode empenhar (ou apenhar) bem móvel. A penhora admite qual-quer tipo de bem (móvel ou imóvel).

PENHOR LEGAL Normalmente, o penhor resulta da livre vontade das partes con-

tratantes. Poderá ocorrer, entretanto, que a lei, expressamente, dê a algum tipo de credor o direito de penhor sobre coisa alheia, para garantia de algum débito. Nesse caso teremos o chamado penhor legal: mesmo que o devedor não queira dar tal bem como garantia da dívida, o bem servirá como garantia da dívida, porque a lei assim o determinou.

Dessa forma haverá o penhor legal da bagagem dos hóspedes, seus

móveis, jóias ou dinheiro, como garantia das despesas de hospedagem em pensões, hotéis, pousadas, ou restaurantes.

PENHOR AGRÍCOLA - INDUSTRIAL - COMERCIAL Lembra-se de nosso estudo sobre títulos de crédito, em que vimos as

Cédulas de Crédito Rural, as Cédulas de Crédito Industrial e as Cédulas de Crédito Comercial. Pois bem: elas são títulos que representam um empréstimo e já contêm a menção da garantia pignoratícia, com descrição dos bens empenhados.

Uma particular diferença nesse tipo de penhor é que o bem empe-

nhado continua na posse do devedor (este é que ficará como depositário, podendo até responder como depositário infiel). No penhor comum o bem apenhado é entregue ao credor; no penhor agrícola, ou industrial, ou comercial, o bem continua com o devedor.

Esse penhor é comuníssimo na atividade bancária, particularmente a

de concessão de créditos para fomento da agricultura, da indústria e do comércio.

EXTINÇÃO DO PENHOR Como termina o penhor? Há várias hipóteses: a) extinguindo-se a obrigação principal (naturalmente, se o penhor

visa a garantir o cumprimento de uma obrigação, morrendo ela, não há razão para subsistir o penhor – morrerá obrigação principal, por exemplo, se for paga, perdoada, anistiada, revogada, etc.);

b) perecendo a coisa (a essência do penhor é a coisa, ou seja, o bem dado em garantia: se este perde valor, ou se deteriora, au-tomaticamente, deixará de ser garantia; por exemplo, se a coisa se perde, ou é incendiada, etc.);

c) se o credor renuncia (obviamente, o penhor beneficia ao credor; e este tem liberdade para abrir mão de sua garantia);

d) dando-se a adjudicação judicial (já vimos que o bem móvel será levado a leilão; nesse, se ninguém quiser comprar (arrematar) a coisa, poderá o próprio credor pedir ao juiz que lha entregue, pelo valor da dívida e despesas - anote-se bem: só será possível, se no leilão ninguém arrematou a coisa);

e) venda amigável da coisa empenhada (o credor e o devedor entram em acordo e vendem o bem, pagando-se ao credor e ficando o devedor com o saldo apurado) ;

f) confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa (chama-se confusão). Por exemplo, um sobrinho tomou R$1 milhão emprestado de um tio e, garantindo a dívida, empenhou um automóvel. Falece o tio, deixando o sobrinho como

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único herdeiro. Como herdeiro, receberá ele os bens e os direitos do tio. Dentre estes direitos, terá direito ao crédito de R$ 1 milhão (do qual ele é o próprio devedor), garantido com o penhor do automóvel. Veja que se confundem numa mesma e única pessoa o credor (novo credor, o herdeiro) e o devedor.

A CAUÇÃO É equiparada, juridicamente, ao penhor. Consiste no depósito de um

valor mobiliário, ou para garantir a prática de certos atos, ou para garantir o exercício de certos poderes, ou mesmo para garantir a existência de certas relações jurídicas.

É comum, por exemplo, exigir-se de uma pessoa, que atuará como

caixa num estabelecimento, que ele faça uma caução, garantindo even-tuais diferenças ou prejuízos de caixa. O Código Civil prevê que ―o propri-etário tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou repa-ração necessária, quando este ameace cair (ruína), e de exigir que este preste caução pelo dano iminente (que pode acontecer)‖.

No sistema bancário a caução é usualmente empregada em operação

conhecida pelo mesmo nome "caução": espécies de empréstimo. Nestas o cliente entrega ao Banco títulos de crédito (duplicatas, comumente), que ficam em poder do Banco. O Banco, por sua vez, empresta dinheiro ao cliente. Claro que o Banco estará garantido, pois as duplicatas serão recebidas e, caso o cliente não pague seu débito, terá o Banco como se pagar.

A caução tanto pode ser de títulos da dívida pública (OTN, LTN, etc.),

quanto de títulos de crédito pessoal (nota promissória, duplicata, etc.). Em ambas haverá necessidade da tradição (entrega) do título, equiparando-se a caução ao penhor.

A caução de bens e valores mobiliários chama-se caução real. Ela

será fidejussória, quando se basear, exclusivamente, na confiança inspirada pela pessoa: nesta hipótese, equipara-se à fiança.

HIPOTECA Outra modalidade de garantia real, diferenciando, porém, por ter

como objeto um bem imóvel. Significa que não serão objetos de penhor, mas apenas de hipoteca

os seguintes bens: a) os imóveis; b) os acessórios dos imóveis, conjuntamente com eles (o trator é um

bem móvel, mas integrado a uma fazenda, poderá ser dado em hipoteca, juntamente com a fazenda);

c) as estradas de ferro (linhas, estações, locomotivas e vagões, conjuntamente) ;

d) as minas e as pedreiras, independentemente do solo onde se acham (a lei separa a propriedade das jazidas em relação ao imóvel em que se situam -- quer dizer que uma pedreira situada dentro de uma fazenda, poderá ser dada em hipoteca, sem que a fazenda seja hipotecada) ;

e) os navios (embora se mova, a lei o equipara ao imóvel, para fim de ser objeto de garantia real) ;

f) as locomotivas (da mesma forma que os navios, elas se movem, mas são objeto de hipoteca, não de penhor).

Para que tenha validade contra terceiros, a hipoteca não apenas de-

verá ser contratada por documento público (escritura pública), como deverá ser inscrita (registrada) no registro de imóveis, em que estiver também registrado o bem imóvel. As hipotecas contratadas pelo Sistema Financeiro da Habitação, excepcionalmente, são admitidas por documento particular (a que a lei deu força de documento público, para baratear o custo do negócio, em face de seu caráter social).

A hipoteca extingue-se (devendo, assim, ser levantada sua inscrição

no registro de imóveis), sempre que: a) ocorrer a extinção da obrigação principal (se a hipoteca visa a

garantir uma obrigação, cumprida esta, desaparecendo, perde o sentido a hipoteca, que não precisa garantir o nada) ;

b) pela destruição da coisa (imagine o incêndio do imóvel, ou seu

desabamento, ou mesmo, sua desapropriação) ; c) pela renúncia do credor (a garantia protege ao credor: tem ele

livre disponibilidade sobre a hipoteca: se não quiser mais a garantia, preferindo confiar no devedor, ou dela abrir mão por qualquer razão, poderá fazê-lo);

d) pela remissão (perdão da dívida) ; e) pela prescrição (depois de passado determinado tempo, previsto

em lei, sem que o credor tenha exercitado o direito de exigir seu crédito -- "dormiu, não cobrou, não poderá mais cobrar e a hipoteca também fica extinta);

f) pela arrematação (quando alguém adquire o imóvel, em leilão público, isto é, em hasta pública)

g) pela adjudicação (se o bem não foi arrematado, poderá o credor pedir ao juiz que dê a ele o imóvel, em pagamento do débito - só será possível se ninguém quis ficar com o imóvel).

Um mesmo bem poderá ser objeto de uma ou várias hipotecas. Quer

dizer que o fato de já haver uma hipoteca sobre um imóvel, não impede que outras, novas e sucessivas hipotecas sejam contratadas. Como ficará o credor? Obviamente, as dívidas principais serão pagas na ordem das contratações das hipotecas: primeiramente receberá o credor da primeira hipoteca, depois o da segunda e, assim, sucessivamente.

A hipoteca, mesmo que seja contratada para garantir um negócio co-

mercial, ou entre comerciantes, será sempre disciplinada pela lei civil, a ela não se aplicando a lei comercial.

A ANTICRESE É o direito que se confere ao credor, de reter a coisa pertencente ao

devedor e auferir os frutos e rendimentos dessa coisa, enquanto não for a dívida principal resgatada.

Em nosso direito, a anticrese só se aplica a bens imóveis: o imóvel é

entregue pelo devedor ao credor; este (chama-se credor anticrético) auferirá os frutos e rendimentos do imóvel, pagando-se da dívida ou apenas dos juros (tudo conforme for contratado por ambos).

Observe-se que, enquanto no penhor e na hipoteca o bem apenas ga-

rante a dívida, na anticrese o uso do bem destina-se, diretamente, ao pagamento da dívida.

Por se referir, exclusivamente, a imóveis, a anticrese só pode ser con-

tratada por escritura pública, e deve ser inscrita no registro de imóveis. A ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA Nesta, um agente financeiro (banco, etc.) empresta um dinheiro a

uma pessoa, para que compre um bem. A propriedade desse bem ficará em nome do agente financeiro e só será transferida ao comprador, caso este pague o empréstimo tomado. O bem será entregue ao comprador desde o inicio, mas apenas a título de depósito.

Assim, o comprador será o depositário do bem, obrigando-se a

entregá-lo (devolvê-lo) ao agente financeiro (que consta como o legítimo proprietário), caso não pague o financiamento. Se não entregar, poderá até ser preso, como depositário infiel.

"A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio re-solúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor direto e depositário com todas as responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal".

É muito parecida com a venda com reserva de domínio, com a

especial diferença que a lei a reservou especial para as instituições financeiras (só estas podem fazer contrato de alienação fiduciária).

A pessoa que toma o empréstimo e compra o bem chama-se fiduciá-

rio, enquanto a instituição financeira, que terá a propriedade do bem, enquanto não for pago o financiamento, chama-se fiduciante.

Fiança bancária É uma obrigação escrita na qual o banco (fiador) garante o cumpri-

mento de uma obrigação que a empresa-cliente (afiançada) assumiu junto

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a um credor (beneficiário). Ou seja, a Fiança Bancária é um contrato realizado entre a empresa e o banco através do qual o banco assume a responsabilidade de cumprir uma obrigação adquirida pela empresa, caso esta não a cumpra.

A operação é composta de uma Carta de Fiança, na qual são defini-

das as condições das garantias concedidas e um Contrato de Contraga-rantia e Prestação de Fiança.

O FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO - FGC O Fundo Garantidor de crédito é uma associação civil, sem fins lucra-

tivos, cujo objetivo é a prestação de garantia de crédito contra instituições que dele participem na ocorrência das seguintes hipóteses:

decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição.

reconhecimento pelo Banco Central do Brasil, do estado de in-solvência da instituição, que nos temos da legislação vigente, não estiver sujeita aos regimes da intervenção, liquidação ex-trajudicial ou falência.

Seus associados são instituições financeiras e associações de pou-

pança e empréstimo em funcionamento no país.

9. CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO: CONCEITO E ETAPAS. PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO: LEI 9.613/98 E SUAS AL-TERAÇÕES; CIRCULAR BACEN 3.461/09 E CARTA- CIRCULAR BACEN 2.826/98. AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA.

LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998 Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e

valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-

guinte Lei:

CAPÍTULO I Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposi-

ção, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenien-tes, direta ou indiretamente, de crime:

I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; II – de terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela Lei nº

10.701, de 9.7.2003) III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material des-

tinado à sua produção; IV - de extorsão mediante seqüestro; V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si

ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;

VI - contra o sistema financeiro nacional; VII - praticado por organização criminosa. VIII – praticado por particular contra a administração pública estran-

geira (arts. 337-B, 337-C e 337-D do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal). (Inciso incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)

Pena: reclusão de três a dez anos e multa. § 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utili-

zação de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:

I - os converte em ativos lícitos; II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia,

guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos

verdadeiros. § 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou va-

lores que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes ante-cedentes referidos neste artigo;

II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal.

§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, nos casos previstos nos incisos I a VI do caput deste artigo, se o crime for cometido de forma habitual ou por intermédio de organização criminosa.

§ 5º A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cum-prida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localiza-ção dos bens, direitos ou valores objeto do crime.

CAPÍTULO II

Disposições Processuais Especiais Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei: I – obedecem às disposições relativas ao procedimento comum

dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz sin-gular;

II - independem do processo e julgamento dos crimes anteceden-tes referidos no artigo anterior, ainda que praticados em outro país;

III - são da competência da Justiça Federal: a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem eco-

nômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou inte-resses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empre-sas públicas;

b) quando o crime antecedente for de competência da Justiça Fe-deral.

§ 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência do crime antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor daquele crime.

§ 2º No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o dispos-to no art. 366 do Código de Processo Penal.

Art. 3º Os crimes disciplinados nesta Lei são insuscetíveis de fiança e

liberdade provisória e, em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.

Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou re-

presentação da autoridade policial, ouvido o Ministério Público em vinte e quatro horas, havendo indícios suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão ou o seqüestro de bens, direitos ou valores do acusado, ou existentes em seu nome, objeto dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do De-creto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

§ 1º As medidas assecuratórias previstas neste artigo serão levanta-das se a ação penal não for iniciada no prazo de cento e vinte dias, conta-dos da data em que ficar concluída a diligência.

§ 2º O juiz determinará a liberação dos bens, direitos e valores apre-endidos ou seqüestrados quando comprovada a licitude de sua origem.

§ 3º Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o compareci-mento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, nos casos do art. 366 do Código de Processo Penal.

§ 4º A ordem de prisão de pessoas ou da apreensão ou seqüestro de bens, direitos ou valores, poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministé-rio Público, quando a sua execução imediata possa comprometer as investigações.

Art. 5º Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido o Mi-

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 78

nistério Público, nomeará pessoa qualificada para a administração dos bens, direitos ou valores apreendidos ou seqüestrados, mediante termo de compromisso.

Art. 6º O administrador dos bens: I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satisfeita

com o produto dos bens objeto da administração; II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas da si-

tuação dos bens sob sua administração, bem como explicações e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos realizados.

Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens apreen-didos ou seqüestrados serão levados ao conhecimento do Ministério Público, que requererá o que entender cabível.

CAPÍTULO III

Dos Efeitos da Condenação Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Pe-

nal: I - a perda, em favor da União, dos bens, direitos e valores objeto de

crime previsto nesta Lei, ressalvado o direito do lesado ou de ter-ceiro de boa-fé;

II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada.

CAPÍTULO IV

Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Praticados no Estrangeiro

Art. 8º O juiz determinará, na hipótese de existência de tratado ou

convenção internacional e por solicitação de autoridade estrangeira com-petente, a apreensão ou o seqüestro de bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos no art. 1º, praticados no estrangeiro.

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de tratado ou convenção internacional, quando o governo do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil.

§ 2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou valores a-preendidos ou seqüestrados por solicitação de autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da sua alienação serão reparti-dos entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressal-vado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.

CAPÍTULO V

Das Pessoas Sujeitas À Lei Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pes-

soas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:

I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;

II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo fi-nanceiro ou instrumento cambial;

III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, in-termediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.

Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações: I - as bolsas de valores e bolsas de mercadorias ou futuros; II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de

previdência complementar ou de capitalização; III - as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões

de crédito, bem como as administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços;

IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transferência de fundos;

V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fo-mento comercial (factoring);

VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quais-quer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;

VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual;

VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de autoriza-ção de órgão regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros;

IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, co-missionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste artigo;

X - as pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção i-mobiliária ou compra e venda de imóveis;

XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades.

XII – as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

CAPÍTULO VI

Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º: I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos

termos de instruções emanadas das autoridades competentes; II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou es-

trangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos ter-mos de instruções por esta expedidas;

III - deverão atender, no prazo fixado pelo órgão judicial competen-te, as requisições formuladas pelo Conselho criado pelo art. 14, que se processarão em segredo de justiça.

§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identi-ficação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários.

§ 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente.

§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente.

Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado formando o

cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

CAPÍTULO VII

Da Comunicação de Operações Financeiras Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de

instruções emanadas das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;

II - deverão comunicar, abstendo-se de dar aos clientes ciência de tal ato, no prazo de vinte e quatro horas, às autoridades competen-tes:

a) todas as transações constantes do inciso II do art. 10 que ultra-passarem limite fixado, para esse fim, pela mesma autoridade e na forma e condições por ela estabelecidas, devendo ser juntada a identificação a que se refere o inciso I do mesmo artigo; (Reda-ção dada pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

b) a proposta ou a realização de transação prevista no inciso I deste artigo.

§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por suas característi-cas, no que se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização,

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instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista.

§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.

§ 3º As pessoas para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador farão as comunicações mencionadas neste artigo ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras - COAF e na forma por ele estabe-lecida.

CAPÍTULO VIII

Da Responsabilidade Administrativa Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administrado-

res das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autori-dades competentes, as seguintes sanções:

I - advertência; II - multa pecuniária variável, de um por cento até o dobro do valor

da operação, ou até duzentos por cento do lucro obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação, ou, ainda, multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o e-xercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referi-das no art. 9º;

IV - cassação da autorização para operação ou funcionamento. § 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cum-

primento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10. § 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art.

9º, por negligência ou dolo: I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no

prazo assinalado pela autoridade competente; II – não realizarem a identificação ou o registro previstos nos inci-

sos I e II do art. 10; III - deixarem de atender, no prazo, a requisição formulada nos

termos do inciso III do art. 10; IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação

a que se refere o art. 11. § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem verificadas

infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, devidamente caracterizada em transgressões anteriormente punidas com multa.

§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidên-cia específica de infrações anteriormente punidas com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.

Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções previstas neste

Capítulo será regulado por decreto, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

CAPÍTULO IX

Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Conselho de

Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a finalidade de discipli-nar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem preju-ízo da competência de outros órgãos e entidades.

§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas mencio-nadas no art. 9º, para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art. 12.

§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de coo-peração e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficien-tes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores.

§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para a ins-

tauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.

Art. 16. O COAF será composto por servidores públicos de reputação

ilibada e reconhecida competência, designados em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superin-tendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Na-cional, da Secretaria da Receita Federal, de órgão de inteligência do Poder Executivo, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério das Relações Exteriores e da Controladoria-Geral da União, atendendo, nesses quatro últimos casos, à indicação dos respectivos Ministros de Estado. (Redação dada pela Lei nº 10.683, de 28.5.2003)

§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Presidente da Re-pública, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda.

§ 2º Das decisões do COAF relativas às aplicações de penas adminis-trativas caberá recurso ao Ministro de Estado da Fazenda.

Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento definidos em esta-

tuto aprovado por decreto do Poder Executivo. Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º da Re-

pública.

CIRCULAR BACEN Nº 3.461, DE 24 DE JULHO DE 2009

Consolida as regras sobre os procedimentos a serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realiza-

da em 23 de julho de 2009, com base no disposto nos arts. 10, inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e tendo em vista o disposto na Conven-ção Internacional para Supressão do Financiamento do Terrorismo, ado-tada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 9 de dezembro de 1999, promulgada por meio do Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro de 2005, decidiu:

Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem implementar políticas e procedimentos internos de controle destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.

§ 1º As políticas de que trata o caput devem: I - especificar, em documento interno, as responsabilidades dos inte-

grantes de cada nível hierárquico da instituição; II - contemplar a coleta e registro de informações tempestivas sobre

clientes, que permitam a identificação dos riscos de ocorrência da prática dos mencionados crimes;

III - definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e acompanhamento da situação econômico-financeira dos empregados da instituição;

IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob a ótica da prevenção dos mencionados crimes;

V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua ausên-cia, pela diretoria da instituição;

VI - receber ampla divulgação interna. § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem incluir medidas

prévia e expressamente estabelecidas, que permitam: I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e identificar os

beneficiários finais das operações; II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como pessoas poli-

ticamente expostas. § 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente eventual ou per-

manente qualquer pessoa natural ou jurídica com a qual seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou permanente, relacionamento destinado à prestação de serviço financeiro ou à realização de operação financeira.

§ 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser reforçados pa-ra início de relacionamento com:

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I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes locali-zados no exterior, especialmente em países, territórios e dependências que não adotam procedimentos de registro e controle similares aos defini-dos nesta circular;

II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, mediante correspondentes no País ou por outros meios indiretos.

Manutenção de Informações Cadastrais Atualizadas Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem coletar e manter

atualizadas as informações cadastrais de seus clientes permanentes, incluindo, no mínimo:

I - as mesmas informações cadastrais solicitadas de depositantes previstas no art. 1º da Resolução nº 2.025, de 24 de novembro de 1993, com a redação dada pela Resolução nº 2.747, de 28 de junho de 2000;

II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas na-turais, e de faturamento médio mensal dos doze meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas;

III - declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da relação de negócio com a instituição.

§ 1º As informações relativas a cliente pessoa natural devem abran-ger as pessoas naturais autorizadas a representá-la.

§ 2º As informações cadastrais relativas a cliente pessoa jurídica de-vem abranger as pessoas naturais autorizadas a representa-la, bem como a cadeia de participação societária, até alcançar a pessoa natural caracte-rizada como beneficiário final.

§ 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas jurídicas constituí-das sob a forma de companhia aberta ou entidade sem fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-las, bem como seus controladores, administradores e diretores, se houver.

§ 4º As informações cadastrais relativas a cliente fundo de investi-mento devem incluir a respectiva denominação, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), bem como as informações de que trata o inciso I relativas às pessoas responsáveis por sua adminis-tração.

§ 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem realizar testes de verificação, com periodicidade máxima de um ano, que assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus clientes.

Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem obter as seguin-

tes informações cadastrais de seus clientes eventuais, do proprietário e do destinatário dos recursos envolvidos na operação ou serviço financeiro:

I - quando pessoa natural, o nome completo, dados do documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);

II - quando pessoa jurídica, a razão social e número de inscrição no CNPJ.

Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento de procedimento inter-no destinado à identificação de operações ou serviços financeiros eventu-ais que não apresentem risco de utilização para lavagem de dinheiro ou de financiamento ao terrorismo, para os quais é dispensada a exigência de obtenção das informações cadastrais de clientes, ressalvado o cum-primento do disposto no art. 12 desta circular.

Pessoas Politicamente Expostas Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem coletar de seus cli-

entes permanentes informações que permitam caracterizá-los ou não como pessoas politicamente expostas e identificar a origem dos fundos envolvidos nas transações dos clientes assim caracterizados.

§ 1º Consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes pú-blicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próxi-mo.

§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos: I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Le-

gislativo da União; II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: a) de ministro de estado ou equiparado; b) de natureza especial ou equivalente; c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autar-

quias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;

d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou equivalentes;

III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribu-nal Federal e dos tribunais superiores;

IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procu-rador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procu-rador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subpro-curadores-Gerais da República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;

V - os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União;

VI - os governadores de estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de justiça, de Assembleia e Câmara Legislativa, os presidentes de tribunal e de conselho de contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal;

VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.

§ 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins do disposto no caput,

as instituições mencionadas no art. 1º devem adotar pelo menos uma das seguintes providências:

I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua classifi-cação;

II - recorrer a informações publicamente disponíveis; III - consultar bases de dados comerciais sobre pessoas politicamente

expostas; IV - considerar a definição constante do glossário dos termos utiliza-

dos no documento "As Quarenta Recomendações", do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terroris-mo (Gafi), não aplicável a indivíduos em posições ou categorias interme-diárias ou inferiores, segundo a qual uma pessoa politicamente exposta é aquela que exerce ou exerceu importantes funções públicas em um país estrangeiro, tais como, chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos políticos.

§ 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve ser contado, retroati-vamente, a partir da data de início da relação de negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como pessoa politicamente exposta.

§ 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares os parentes, na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada.

§ 6º No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro que tam-bém seja cliente de instituição estrangeira fiscalizada por entidade gover-namental assemelhada ao Banco Central do Brasil, admite-se que as providências em relação às pessoas politicamente expostas sejam adota-das pela instituição estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados.

Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente devem iniciar re-

lação de negócio de caráter permanente ou dar prosseguimento a relação dessa natureza já existente com o cliente se observadas as providências estabelecidas nos arts. 2º e 4º.

Registros de Serviços Financeiros e Operações Financeiras Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros de

todos os serviços financeiros prestados e de todas as operações financei-ras realizadas com os clientes ou em seu nome.

§ 1º No caso de movimentação de recursos por clientes permanentes, os registros devem conter informações consolidadas que permitam verifi-car:

I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade econômica e capacidade financeira do cliente;

II - a origem dos recursos movimentados; III - os beneficiários finais das movimentações. § 2º O sistema de registro deve permitir a identificação: I - das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglo-

merado financeiro ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por

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instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);

II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configu-rem artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e registro.

Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Cheques De-

positados em Outra Instituição Financeira e da Utilização de Instru-mentos de Transferência de Recursos

Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros específicos das operações de transferência de recursos.

§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação: I - das operações referentes ao acolhimento em depósitos de Transfe-

rência Eletrônica Disponível (TED), de cheque, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento e outros documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra institui-ção financeira;

II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pa-gamento, de ordem de pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos de transferência de recursos, quando de valor superior a R$1.000,00 (mil reais).

§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por institui-ção depositária devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código de compensação da instituição sacada, os números da agência e da conta de depósitos sacadas e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular.

§ 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por institui-ção sacada devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código de compensação da instituição depositária, os números da agência e da conta de depósitos depositárias e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular, cabendo à institui-ção depositária fornecer à instituição sacada os dados relativos ao seu código de compensação e aos números da agência e da conta de depósi-tos depositárias.

§ 4º No caso de cheque utilizado em operação simultânea de saque e depósito na própria instituição sacada, com vistas à transferência de recursos da conta de depósitos do emitente para conta de depósitos de terceiros, os registros de que trata o inciso I do § 1º devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque sacado, bem como aos números das agências sacada e depositária e das respectivas contas de depósitos.

§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devem conter, no mí-nimo, as seguintes informações:

I - o tipo e o número do documento emitido, a data da operação, o nome e o número de inscrição do adquirente ou remetente no CPF ou no CNPJ;

II - quando pagos em cheque, o código de compensação da institui-ção, o número da agência e da conta de depósitos sacadas referentes ao cheque utilizado para o respectivo pagamento, inclusive no caso de che-que sacado contra a própria instituição emissora dos instrumentos referi-dos neste artigo;

III - no caso de DOC, o código de identificação da instituição destina-tária no sistema de liquidação de transferência de fundos e os números da agência, da conta de depósitos depositária e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular;

IV - no caso de ordem de pagamento: a) destinada a crédito em conta: os números da agência destinatária e

da conta de depósitos depositária; b) destinada a pagamento em espécie: os números da agência desti-

natária e de inscrição do beneficiário no CPF ou no CNPJ. § 6º Em se tratando de operações de transferência de recursos envol-

vendo pessoa física residente no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea b, pode ser efetuada pelo número do respectivo passaporte, complementada com a nacionalidade da referida pessoa e, quando for o caso, o organismo internacional de que seja representante para o exercício de funções específicas no País.

§ 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea b, não se a-plica às operações de transferência de recursos envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no

CNPJ, na forma definida pela RFB. Registros de Cartões Pré-Pagos Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros

específicos da emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos.

§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação da: I - emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões prépagos,

em montante acumulado igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda estrangeira, no mês calendário;

II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da localiza-ção, da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores.

§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão pré-pago como o

cartão apto a receber carga ou recarga de valores em moeda nacional ou estrangeira oriundos de pagamento em espécie, de operação cambial ou de transferência a débito de contas de depósito.

§ 3º Os registros das ocorrências de que tratam os incisos I e II do § 1º devem conter as seguintes informações:

I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica responsável pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago, no caso de emissão ou recarga efetuada por residente ou domiciliado no País;

II - o nome, o número do passaporte e o respectivo país emissor, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago efetuada por pessoa natural não residente no País ou domiciliada no exterior;

III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da pessoa na-tural a quem se destina o cartão pré-pago;

IV - a identificação das instituições, das agências e das contas de de-pósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares das contas e respectivos números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas naturais;

V - a identificação das instituições, das agências e das contas de de-pósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares das contas e respectivos números de inscrição no CNPJ, bem como os nomes das pessoas naturais autorizadas a movimentá-las e respectivos números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas jurídicas;

VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago;

VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago; VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF das pessoas

naturais que representem as pessoas jurídicas responsáveis pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago.

Registros de Movimentação Superior a R$100.000,00 em Espécie Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal, os bancos

múltiplos com carteira comercial ou de crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as sociedades de poupança e empréstimo e as cooperativas de crédito devem manter registros específicos das opera-ções de depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque.

§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de: I - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por

meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais);

II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores;

III - emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro ins-trumento de transferência de fundos contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais).

§ 2º Os registros de que trata o caput devem conter as informações

abaixo indicadas: I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ,

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conforme o caso, do proprietário ou beneficiário dos recursos e da pessoa que efetuar o depósito, o saque em espécie ou o pedido de provisiona-mento para saque;

II - o tipo e o número do documento, o número da instituição, da a-gência e da conta corrente de depósitos à vista ou da conta de poupança a que se destinam os valores ou de onde o valor será sacado, conforme o caso;

III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas referidas no inciso II, se na mesma instituição;

IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago cujo portador seja residen-te ou domiciliado no País;

V - o nome e o número do passaporte e o respectivo país emissor, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago cujo portador seja não residente no País ou domiciliado no exterior;

VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, do saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou do provisionamento para saque.

Especial Atenção Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem dispensar especial

atenção a: I - operações ou propostas cujas características, no que se refere às

partes envolvidas, valores, formas de realização e instrumentos utilizados, ou que, pela falta de fundamento econômico ou legal, indiquem risco de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998, ou com eles relacionados;

II - propostas de início de relacionamento e operações com pessoas politicamente expostas de nacionalidade brasileira e as oriundas de paí-ses com os quais o Brasil possua elevado número de transações financei-ras e comerciais, fronteiras comuns ou proximidade étnica, linguística ou política;

III - indícios de burla aos procedimentos de identificação e registro es-tabelecidos nesta circular;

IV - clientes e operações em que não seja possível identificar o bene-ficiário final;

V - transações com clientes oriundos de países que aplicam insufici-entemente as recomendações do Gafi, conforme informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil;

VI - situações em que não seja possível manter atualizadas as infor-mações cadastrais de seus clientes.

§ 1º A expressão "especial atenção" inclui os seguintes procedimen-tos:

I - monitoramento reforçado, mediante a adoção de procedimentos mais rigorosos para a apuração de situações suspeitas;

II - análise com vistas à verificação da necessidade das comunica-ções de que tratam os arts. 12 e 13;

III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no início ou manu-tenção do relacionamento com o cliente.

§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de cargo ou função de nível hierárquico superior ao daquele ordinariamente responsável pela autorização do relacionamento com o cliente.

Manutenção de Informações e Registros Art. 11. As informações e registros de que trata esta circular devem

ser mantidos e conservados durante os seguintes períodos mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do término do rela-cionamento com o cliente permanente ou da conclusão das operações:

I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de que trata o art. 7º;

II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de que tratam os arts. 6º, 8º e 9º.

Parágrafo único. As informações de que trata o art. 2º devem ser mantidas e conservadas juntamente com o nome da pessoa incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente responsável pela conferência e confirmação das informações prestadas e a data de início do relaciona-mento com o cliente permanente.

Comunicações ao Coaf Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar ao

Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma determi-nada pelo Banco Central do Brasil:

I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do mês calendário;

II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III, na data da operação.

Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao Coaf as pro-postas de realização das operações de que trata o caput.

Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar ao Co-

af, na forma determinada pelo Banco Central do Brasil: I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual

ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais) e que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a exis-tência de indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998;

II - as operações realizadas ou serviços prestados que, por sua habi-tualidade, valor ou forma, configurem artifício que objetive burlar os meca-nismos de identificação, controle e registro;

III - as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos terroristas ou neles participado ou facilitado o seu cometimento, bem como a existência de recursos pertencentes ou por eles controlados direta ou indiretamente;

IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo. § 1º O disposto no inciso III aplica-se também às entidades perten-

centes ou controladas, direta ou indiretamente, pelas pessoas ali mencio-nadas, bem como por pessoas e entidades atuando em seu nome ou sob seu comando.

§ 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os incisos III e IV devem ser realizadas até o dia útil seguinte àquele em que verificadas.

§ 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de reali-zação das operações e atos descritos nos incisos I a IV.

Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 deverão ser

efetuadas sem que seja dada ciência aos envolvidos. § 1º As comunicações relativas a cliente identificado como pessoa po-

liticamente exposta devem incluir especificamente essa informação. § 2º A alteração ou o cancelamento de comunicação efetuados após

o quinto dia útil seguinte ao da sua inclusão devem ser acompanhados de justificativa da ocorrência.

Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 relativas a

instituições integrantes de conglomerado financeiro e a instituições asso-ciadas a sistemas cooperativos de crédito podem ser efetuadas, respecti-vamente, pela instituição líder do conglomerado econômico e pela coope-rativa central de crédito.

Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem manter, pelo prazo

de 5 (cinco) anos, os documentos relativos às análises de operações ou propostas que fundamentaram a decisão de efetuar ou não as comunica-ções de que tratam os arts. 12 e 13.

Procedimentos Internos de Controle art. 17. O Banco Central do Brasil aplicará, cumulativamente ou não, as sanções previstas no art. 12 da Lei nº 9.613, de 1998, na forma estabelecida no Decreto nº 2.799, de 8 de outubro de 1998, às instituições mencionadas no art. 1º, bem como aos seus administradores, que deixarem de cumprir as obrigações estabeleci-das nesta circular.

Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar ao Banco

Central do Brasil diretor responsável pela implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas comunicações de que tratam os arts. 12 e 13.

§ 1º Para fins da responsabilidade de que trata o caput, admite-se que o diretor indicado desempenhe outras funções na instituição, exceto a relativa à administração de recursos de terceiros.

§ 2º No caso de conglomerados financeiros, admite-se a indicação de um diretor responsável pela implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas comunicações referentes às respectivas instituições integrantes.

Art. 19. O Banco Central do Brasil divulgará: I - os procedimentos para efetuar as comunicações de que tratam os

arts. 12 e 13;

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II - operações e situações que podem configurar indício de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998;

III - situações exemplificativas de relacionamento próximo, para fins do disposto no art. 4º.

Art. 20. A atualização das informações cadastrais relativas a clientes

permanentes cujos relacionamentos tenham sido iniciados antes da entrada em vigor desta circular deve ser efetuada em conformidade com os testes de verificação de que trata o § 5º do art. 2º.

Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de sua publicação, surtin-

do efeitos 30 (trinta) dias após a data de publicação para os relacionamen-tos com clientes permanentes ou eventuais estabelecidos a partir dessa data.

Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3 de dezembro

de 1998, 3.339, de 22 de dezembro de 2006, e 3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da Circular nº 3.290, de 5 de setembro de 2005.

ALEXANDRE ANTONIO TOMBINI - Diretor

BANCO CENTRAL DO BRASIL - BCB CARTA-CIRCULAR Nº 2826

Divulga relação de operações e situações que podem configurar indí-

cio de ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613, de 03.03.98, e estabelece procedimentos para sua comunicação ao Banco Central do Brasil.

A realização das operações ou a verificação das situações abaixo

descritas, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, podem configurar indicio de ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613, de 03.03.98, tendo em vista o disposto nos arts. 2°, parágra-fo único, e 4°, "caput", da Circular n° 2.852, de 03.12.98:

I - situações relacionadas com operações em espécie ou em cheques

de viagem: a) movimentação de valores superiores ao limite estabelecido no art.

4°, inciso I, da Circular n° 2.852/98, ou de quantias inferiores que, por sua habitualidade e forma, configurem artifício para a burla do referido limite;

b) saques a descoberto, com cobertura no mesmo dia; c) movimentações feitas por pessoa física ou jurídica cujas transa-

ções ou negócios normalmente se efetivam por meio da utilização de cheques ou outras formas de pagamento;

d) aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente;

e) depósitos mediante numerosas entregas, de maneira que o total de cada depósito não é significativo, mas o conjunto de tais depósitos o é;

f) troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor;

g) proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por mo-eda estrangeira e vice-versa;

h) depósitos contendo notas falsas ou mediante utilização de docu-mentos falsificados;

i) depósitos de grandes quantias mediante a utilização de meios ele-trônicos ou outros que evitem contato direto com o pessoal do banco;

j) compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamento ou outros instrumentos em grande quantidade - isolada-mente ou em conjunto -, independentemente dos valores envolvidos, sem evidências de propósito claro;

l) movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras; II - situações relacionadas com a manutenção de contas correntes: a) movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a ativi-

dade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente;

b) resistência em facilitar as informações necessárias para a abertura de conta, oferecimento de informação falsa ou prestação de informação de difícil ou onerosa verificação;

c) atuação, de forma contumaz, em nome de terceiros ou sem a reve-lação da verdadeira identidade do beneficiário;

d) numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em no-me de um mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem em quantia significativa;

e) contas que não demonstram ser resultado de atividades ou negó-cios normais, visto que utilizadas para recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio;

f) existência de processo regular de consolidação de recursos prove-nientes de contas mantidas em varias instituições financeiras em uma mesma localidade previamente às solicitações das correspondentes transferências;

g) retirada de quantia significativa de conta até então pouco movimen-tada ou de conta que acolheu depósito inusitado;

h) utilização conjunta e simultânea de caixas separados para a reali-zação de grandes operações em espécie ou de câmbio;

i) preferência à utilização de caixas-fortes, de pacotes cintados em depósitos ou retiradas ou de utilização sistemática de cofres de aluguel;

j) dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como recebi-mento de crédito, de altos juros remuneratórios para grandes saldos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em circunstâncias normais, seriam valiosas para qualquer cliente;

l) mudança repentina e aparentemente injustificada na forma de mo-vimentação de recursos e/ou nos tipos de transação utilizados;

m) pagamento inusitado de empréstimo problemático sem que haja explicação aparente para a origem dos recursos;

n) solicitações freqüentes de elevação de limites para a realização de operações;

o) atuação no sentido de induzir funcionário da instituição a não man-ter, em arquivo, relatórios específicos sobre alguma operação realizada;

p) recebimento de recursos com imediata compra de cheques de via-gem, ordens de pagamento ou outros instrumentos para a realização de pagamentos a terceiros;

q) recebimento de depósitos em cheques e/ou em espécie, de varias localidades, com transferência para terceiros;

r) transações envolvendo clientes não residentes; s) solicitação para facilitar a concessão de financiamento - particular-

mente de imóveis - quando a fonte de renda do cliente não está claramen-te identificada;

t) abertura e/ou movimentação de conta por detentor de procuração ou qualquer outro tipo de mandato;

u) abertura de conta em agencia bancária localizada em estação de passageiros - aeroporto, rodoviária ou porto - internacional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empre-sa regularmente instalada nesses locais;

v) proposta de abertura de conta corrente mediante apresentação de documentos de identificação e número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) emitidos em região de fronteira ou por pessoa residente, domicilia-da ou que tenha atividade econômica em países fronteiriços;

x) movimentação de contas correntes que apresentem débitos e cré-ditos que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para burla da identificação dos responsáveis pelos depósitos e dos beneficiá-rios dos saques;

III - situações relacionadas com atividades internacionais: a) operação ou proposta no sentido de sua realização, com vínculo di-

reto ou indireto, em que a pessoa estrangeira seja residente, domiciliada ou tenha sede em região considerada paraíso fiscal, ou em locais onde é observada a prática contumaz dos crimes previstos no art. 1° da Lei n° 9.613/98;

b) solicitação de facilidades estranhas ou indevidas para negociação de moeda estrangeira;

c) operações de interesse de pessoa não tradicional no banco ou dele desconhecida que tenha relacionamento bancário e financeiro em outra praça;

d) pagamentos antecipados de importação e exportação por empresa sem tradição ou cuja avaliação financeira seja incompatível com o mon-tante negociado;

e) negociação com ouro por pessoas não tradicionais no ramo; f) utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a ca-

pacidade financeira do usuário;

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g) transferências unilaterais freqüentes ou de valores elevados, espe-cialmente a título de doação;

IV - situações relacionadas com empregados das instituições e seus

representantes: a) alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento do

empregado ou representante; b) modificação inusitada do resultado operacional do empregado ou

representante; c) qualquer negócio realizado por empregado ou representante -

quando desconhecida a identidade do último beneficiário -, contrariamente ao procedimento normal para o tipo de operação de que se trata.

2. A comunicação, nos termos do art. 4° da Circular n° 2.852/98, das

situações relacionadas nesta Carta-Circular, bem como de outras que, embora não mencionadas, também possam configurar a ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613/98, deverá ser realizada por meio de transação do Sistema de Informações Banco Central - SISBACEN a ser oportunamente divulgada, até o dia útil seguinte aquele em que verifica-das. Enquanto não divulgada mencionada transação, referida comunica-ção deve ser encaminhada ao Departamento de Fiscalização (DEFIS), via transação PMSG750 daquele Sistema.

3. Com vistas ao atendimento do disposto no art. 1°, inciso III, da Cir-

cular n° 2.852/98: I - os dados relativos às operações ali mencionadas devem ser manti-

dos à disposição do Banco Central do Brasil, compreendendo, no mínimo, o seguinte:

a) tipo; b) valor em reais; c) data de realização; d) número do CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) do titular; II - deve ser considerado o conjunto de movimentações financeiras a-

tivas e passivas realizadas no País, como, por exemplo: a) depósitos de qualquer espécie; b) colocação de títulos de emissão própria ou de quotas de fundos de

investimento; c) venda de metais preciosos; d) venda de cheques administrativos ou de viagem; e) ordens de pagamento; f) pagamento ou amortizações antecipadas de empréstimos; III - relativamente às operações que envolvam transferências interna-

cionais, bem como àquelas relacionadas a pagamentos e recebimentos em decorrência da utilização de cartão de crédito de validade internacio-nal, devem ser observados os procedimentos de registro no SISBACEN e de envio de informações ao Banco Central do Brasil, estabelecidos nas normas cambiais em vigor.

4. Esta Carta-Circular entra em vigor na data de sua publicação, pro-

duzindo efeitos, relativamente à adoção dos procedimentos e das provi-dências de que tratam os itens 2 e 3, a partir de 01.03.99.

Brasília, 4 de dezembro de 1998

AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA

APRESENTAÇÃO A efetiva implantação do Sistema de Autorregulação Bancária repre-

senta, para a FEBRABAN, a concretização de um projeto tão antigo quanto relevante.

A construção do Sistema começou a ganhar vida, de fato, em 2007, a

partir da definição, pela Diretoria da FEBRABAN, daquele que deveria ser o primeiro foco temático a ser trabalhado: o relacionamento entre os bancos e seus consumidores pessoa física.

Com a participação de 7 dos maiores bancos do país e de profissio-

nais da equipe da própria FEBRABAN, e com o apoio de uma empresa de

consultoria contratada especificamente para esse fim, aqui foi criado um Grupo de Trabalho que deu início aos trabalhos a partir de um levanta-mento bastante minucioso dos principais pontos objeto de demandas de consumo, em face dos bancos, junto aos Procons, ao Banco Central e às suas Ouvidorias, nos últimos anos.

Concluído esse levantamento, entabulados os dados, teve início o

processo de construção normativa do Sistema, que levou à redação de seus dois instrumentos básicos: o Código de Autorregulação Bancária (que trata do funcionamento do Sistema) e as Regras de Autorregulação Bancária (Normativo 001 do Sistema, que estabelece uma série de nor-mas de conduta a serem seguidas pelos bancos signatários da Autorregu-lação).

Depois de aprovados pela alta gestão dos bancos envolvidos, em

março de 2008, esses textos foram, então, encaminhados a alguns inter-locutores relevantes do setor, tais como o Banco Central e alguns órgãos e entidades de defesa do consumidor, para que conhecessem o trabalho e para que pudessem apresentar as críticas e sugestões que entendessem oportunas.

Com base nas contribuições recebidas, aquelas versões do texto

passaram, ainda, por uma nova modificação, visando à incorporação de algumas das propostas recebidas e, por fim, os textos finais foram apro-vados e sancionados na primeira reunião do Conselho de Autorregulação, realizada na sede da FEBRABAN, em 04.12.2008, determinando-se o início de sua vigência para o dia 02.01.2009.

Desde então, o Sistema vem crescendo e diversificando as áreas te-

máticas tratadas em seus Normativos (além do Código, já são 6 Normati-vos vigentes, todos eles disponíveis, nas íntegra, neste portal) e, ao mesmo tempo, vem sendo criadas as estruturas operacionais necessárias à garantia de seu correto funcionamento, no âmbito da Diretoria de Autor-regulação da FEBRABAN.

CÓDIGO DE AUTO-REGULAÇÃO BANCÁRIA

28 de agosto de 2008

Art. 1. O Sistema de Auto-Regulação Bancária é regido (a) por este Código de Auto-Regulação Bancária (o "Código"), (b) pelas orientações, resoluções e regras formal e publicamente estabelecidas pelo Conselho de Auto-Regulação (os "Normativos"), incluindo as Regras da Auto-Regulação Bancária de que trata o Art. 6, (c) pelas decisões da Diretoria de Auto-Regulação aprovadas pelo Conselho de Auto-Regulação, incluin-do aquelas concernentes aos Relatórios de Conformidade de que trata o Art. 9(iii), e (d) pelos julgados dos Comitês Disciplinares (sendo o Código, as orientações, os Normativos, as decisões e os julgados conjuntamente denominados as "normas da auto-regulação").

Art. 2. As normas da auto-regulação não se sobrepõem, mas se har-

monizam à legislação vigente, destacadamente ao Código de Defesa do Consumidor, às leis e normas especificamente direcionadas ao sistema bancário e à execução de atividades delegadas pelo setor público a instituições financeiras.

Art. 3. As normas da auto-regulação abrangem todos os produtos e

serviços ofertados ou disponibilizados pelas Signatárias a qualquer pes-soa física, cliente ou não cliente (o "consumidor").

Art. 4. São participantes do Sistema de Auto-Regulação Bancária as

signatárias do Termo de Adesão ao Sistema de Auto-Regulação Bancária, cujo modelo está anexo a este Código (as "Signatárias").

§ 1. Podem solicitar a participação no Sistema de Auto-Regulação Bancária os bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, caixas econômicas, cooperativas de crédito ou sociedades de crédito, financiamento e investimento, desde que associados à Febraban.

§ 2. Conforme o Art. 11(i) e o Art. 21(i), cabe ao Conselho das Signa-tárias admitir ou referendar a admissão de Signatárias.

§ 3. A assinatura do Termo de Adesão ao Sistema de Auto-Regulação Bancária bastará para formalizar o ingresso de nova Signatária.

§ 4. O Conselho de Auto-Regulação divulgará na página eletrônica re-ferida no Art. 31(vi) a relação das Signatárias.

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§ 5. A Signatária poderá utilizar um selo denotando a sua participação no Sistema de Auto-Regulação Bancária (o "Selo da Auto-Regulação"), exceto quando suspensa do Sistema de Auto-Regulação Bancária.

Capítulo II. Princípios Gerais Art. 5. As Signatárias deverão observar os seguintes princípios ge-

rais: (i) Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à sociedade, ao

funcionamento do mercado e ao meio ambiente. Respeitar a livre concor-rência e a liberdade de iniciativa. Atuar em conformidade com a legislação vigente e com as normas da autoregulação.

(ii) Respeito ao Consumidor . tratar o consumidor de forma justa e transparente, com atendimento cortês e digno. Assistir o consumidor na avaliação dos produtos e serviços adequados às suas necessidades e garantir a segurança e a confidencialidade de seus dados pessoais. Conceder crédito de forma responsável e incentivar o uso consciente de crédito.

(iii) Comunicação Eficiente . fornecer informações de forma precisa, adequada, clara e oportuna, proporcionando condições para o consumidor tomar decisões conscientes e bem informadas. A comunicação com o consumidor, por qualquer veículo, pessoalmente ou mediante ofertas ou anúncios publicitários, deve ser feita de modo a informá-lo sobre os as-pectos relevantes do relacionamento com a Signatária.

(iv) Melhoria Contínua - aperfeiçoar padrões de conduta, elevar a qualidade dos produtos, níveis de segurança e a eficiência dos serviços.

Capítulo III. Regras da Auto-Regulação Bancária Art. 6. O Conselho de Auto-Regulação estabelecerá um Normativo

contendo regras específicas sobre práticas bancárias intitulado "Regras da Auto-Regulação Bancária" (as .Regras").

§ 1. Na elaboração das Regras considerar-se-ão as normas aplicáveis às instituições financeiras, destacadamente as leis e normas do Sistema Financeiro Nacional, os usos e costumes em matéria comercial e bancária e os princípios do Código de Defesa do Consumidor.

§ 2. As Signatárias deverão disponibilizar as Regras ao público em geral, conforme a política de comunicação referida no Art. 48.

Art. 7. O Conselho de Auto-Regulação revisará as Regras periodica-

mente, sendo que a primeira revisão terá início em no máximo 1 (um) ano após a publicação das Regras, e as revisões subseqüentes, no mínimo a cada 2 (dois) anos.

Art. 8. Os trabalhos de revisão serão desenvolvidos por um comitê

revisional composto por no mínimo 7 (sete) representantes das Signatá-rias não suspensas, sendo 1 (um) representante por conglomerado finan-ceiro.

Os trabalhos de revisão poderão ser facilitados ou liderados por uma empresa de consultoria.

Capítulo IV. Responsabilidades das Signatárias Art. 9. Para manter-se em conformidade com este Código, cada Sig-

natária deve: (i) Respeitar e fazer com que suas controladas e coligadas sujeitas à

fiscalização do Banco Central do Brasil respeitem as normas da auto-regulação.

(ii) Apontar um profissional com cargo estatutário, preferencialmente com a atribuição de ouvidor ou de diretor responsável pela ouvidoria, para ser o interlocutor da Diretoria de Auto-Regulação.

(ii) Enviar à Diretoria de Auto-Regulação semestralmente, e sempre que necessário, um relatório sobre a sua aderência às normas da auto-regulação (o "Relatório de Conformidade"). O Relatório de Conformidade, desenvolvido conforme indicado no Art. 21(v), constitui o documento para registro (a) do cumprimento das metas de aderência da Signatária às normas da autoregula ção e (b) dos planos de ação para adequação da Signatária às normas da auto-regulação.

(iv) Enviar à Diretoria de Auto-Regulação os mesmos relatórios pro-duzidos por suas Ouvidorias e remetidos semestralmente ao Banco Cen-tral do Brasil, contendo informações descritivas e estatísticas sobre recla-mações de clientes.

Capítulo V. Conselho das Signatárias Art. 10. O Conselho das Signatárias do Sistema de Auto-Regulação

Bancária (o .Conselho das Signatárias.) é composto pelos membros do Conselho Diretor da Febraban que sejam representantes de Signatárias, bem como por representantes das demais Signatárias, desde que elegí-veis para a posição de Conselheiro Diretor da Febraban.

Art. 11. Compete ao Conselho das Signatárias: (i) Deliberar sobre a admissão de novas Signatárias. (ii) Sortear as Signatárias que serão representadas no Conselho de

Auto-Regulação e nomear Conselheiros Natos, conforme disposto no Art. 16.

(iii) Estabelecer eventual verba remuneratória para os Conselheiros Independentes.

Art. 12. O Conselho das Signatárias reunir-se-á sempre que os inte-

resses do Sistema de Auto-Regulação Bancária o exigirem. § 1. A convocação do Conselho das Signatárias será feita pelo Presi-

dente do Conselho de Auto-Regulação com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, através de mensagem eletrônica para o endereço cadastrado junto à Diretoria de Auto-Regulação. O aviso de convocação mencionará o dia, hora, local e assuntos da pauta.

§ 2. O Conselho das Signatárias poderá ser convocado por iniciativa de ½ (metade) das Signatárias.

Art. 13. O Conselho das Signatárias instalar-se-á em primeira convo-

cação, com a presença de, no mínimo, 1/4 (um quarto) das Signatárias e, em segunda convocação, com qualquer número.

Art. 14. As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos

membros presentes à reunião, sendo que cada Signatária tem direito a 1 (um) voto.

Capítulo VI. Conselho de Auto-Regulação Art. 15. O .Conselho de Auto-Regulação. é o órgão normativo e de

administração do Sistema de Auto-Regulação Bancária, composto por Conselheiros do Sistema, Conselheiros Independentes (conjuntamente denominados .Conselheiros Natos.) e por Conselheiros Setoriais (sendo os Conselheiros Natos e os Conselheiros Setoriais conjuntamente deno-minados "Conselheiros").

Art. 16. O corpo de Conselheiros Natos, limitado a 20 (vinte) pessoas,

é integrado: (i) em até 50% (cinqüenta por cento), por representantes das 10

(dez) Signatárias com as maiores bases de clientes, conforme divulgado pelo Banco Central do Brasil;

(ii) em até 25% (vinte e cinco por cento), por representantes das de-mais Signatárias (sendo os membros referidos no Art. 16(i) e neste Art. 16(ii) conjuntamente denominados "Conselheiros do Sistema"); e

(iii) em no mínimo 25% (vinte e cinco por cento), por representantes da sociedade civil, de ilibada reputação e notório conhecimento acerca dos temas tratados nas normas da auto-regulação (os "Conselheiros Independentes").

§ 1. Em havendo mais de 15 (quinze) Signatárias, o Conselho das Signatárias sorteará aquelas que serão representadas no Conselho de Auto-Regulação, observando o sistema de rodízio.

§ 2. A Signatária sorteada na forma do parágrafo anterior indicará 1 (um) de seus profissionais estatutários para servir como Conselheiro do Sistema, o qual será nomeado pelo Conselho das Signatárias.

§ 3. Caberá ao Conselho das Signatárias nomear Conselheiros Inde-pendentes, com base nas indicações de quaisquer Signatárias.

As indicações ao Conselho das Signatárias serão formalizadas em material anexo à correspondência de convocação da sessão que delibera-rá a nomeação.

§ 4. Os Conselheiros Natos nomeados pelo Conselho das Signatárias apontarão o presidente do Conselho de Auto-Regulação (o "Presidente do Conselho de Auto-Regulação") e o vice-presidente (o .Vice-Presidente do Conselho de Auto-Regulação.), observando o sistema de rodízio.

§ 5. O Conselho de Auto-Regulação não contará, a qualquer tempo, com mais de 1 (um) Conselheiro Nato por conglomerado financeiro. Não haverá suplentes.

Art. 17. A Entidade Setorial conveniada ao Sistema de Auto-

Regulação, nos termos do Art. 29, indicará, ao Conselho de Auto-

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 86

Regulação, 1 (um) de seus integrantes para servir como representante no Conselho de Auto-Regulação (o .Conselheiro Setorial.). Os Conselheiros Setoriais não serão considerados para fins dos percentuais estabelecidos no Art. 16.

Art. 18. Cada Conselheiro terá um mandato de 3 (três) anos. A cada

18 (dezoito) meses 1/2 (metade) do corpo de Conselheiros Natos será renovado.

Art. 19. Os Conselheiros permanecerão com os mesmos poderes e

cargos após o término de vigência dos respectivos mandatos, até a posse de seus substitutos.

§ 1. Caso um Conselheiro do Sistema ou Conselheiro Setorial renun-cie, sofra perda de mandato ou seja destituído do Conselho de Auto-Regulação por sua Signatária ou pela Entidade Setorial, conforme o caso, ensejando nova nomeação, a Signatária que o indicou (desde que não suspensa), ou a Entidade Setorial, terá a prerrogativa de indicar outro representante em até 30 (trinta) dias após o evento, para que complete o restante do mandato do Conselheiro substituído.

§ 2. A ausência injustificada, por parte de um Conselheiro, a mais de2 (duas) reuniões consecutivas ou a mais de 3 (três) reuniões alternadas em um período de 12 (doze) meses, implicará a perda do mandato.

Art. 20. Os Conselheiros do Sistema e os Conselheiros Setoriais não

farão jus a qualquer verba remuneratória ou reembolso em razão do desempenho de suas funções. Os Conselheiros Independentes poderão receber verba remuneratória e ser reembolsados por despesas diretamen-te relacionadas ao desempenho de suas funções, conforme determinado pelo Conselho das Signatárias.

Art. 21. Compete ao Conselho de Auto-Regulação: (i) Admitir Signatárias, ad referendum do Conselho das Signatárias. (ii) Suspender Signatárias. (iii) Publicar as Regras e deliberar alterações a este Código e às Re-

gras. (iv) Editar Normativos versando sobre assuntos de interesse coletivo,

incluindo aqueles concernentes às práticas das Signatárias. (v) Estabelecer, por meio de resoluções, as diretrizes, políticas e pro-

cedimentos do Sistema de Auto-Regulação Bancária, incluindo (a) a política de comunicação referida no Art. 48, (b) o modelo de Relatório de Conformidade, bem como o procedimento para seu preenchimento pelas Signatárias e critérios de análise para a Diretoria de Auto-Regulação, (c) o Selo da Auto-Regulação, e (d) o relatório anual contendo informações sobre as atividades desempenhadas e resultados alcançados pelo Conse-lho de Auto-Regulação e pela Diretoria de Auto-Regulação (o "Relatório Anual").

(vi) Efetuar a revisão periódica das Regras, conforme indicado no Art. 7.

(vii) Nomear e destituir o responsável pela Diretoria de Auto-Regulação, bem como supervisionar a Diretoria de Auto-Regulação.

(viii) Firmar convênios com Entidades Setoriais e instituir Comitês Se-toriais, conforme indicado no Art. 27.

(ix) Deliberar sobre assuntos que entenda relevantes ao Sistema de Auto-Regulação.

Art. 22. O Conselho de Auto-Regulação reunir-se-á ordinariamente a

cada 2 (dois) meses e, extraordinariamente, sempre que os interesses do Sistema de Auto- Regulação Bancária o exigirem.

§ 1. A convocação do Conselho de Auto-Regulação será feita pelo Presidente do Conselho de Auto-Regulação com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, através de mensagem eletrônica para o endereço cadas-trado junto à Diretoria de Auto-Regulação. O aviso de convocação men-cionará o dia, hora, local e assuntos da pauta.

§ 2. O Conselho de Auto-Regulação poderá ser convocado por inicia-tiva de 1/2 (metade) dos Conselheiros Natos.

Art. 23. O Conselho de Auto-Regulação instalar-se-á com a presença

de no mínimo 60% (sessenta por cento) dos Conselheiros Natos, devendo ser observada ainda a proporcionalidade prevista no Art. 16 entre Conse-lheiros do Sistema e Conselheiros Independentes.

Art. 24. As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos

membros presentes à reunião, sendo que cada Conselheiro tem direito a 1 (um) voto.

§ 1. O Conselheiro Setorial poderá avocar competência e deliberar qualquer item da pauta da reunião do Conselho de Auto-Regulação que tenha repercussão relevante sobre o setor que representa, salvo manifes-tação contrária por parte de 75% (setenta e cinco por cento) dos Conse-lheiros presentes à reunião.

§ 2. Em caso de empate, o Presidente do Conselho de Auto-Regulação ou, em caso de impedimento, o Vice-Presidente, proferirá o voto de qualidade.

§ 3. As deliberações do Conselho de Auto-Regulação constarão da ata da respectiva reunião.

§ 4. Terão assento nas reuniões do Conselho de Auto-Regulação, sem direito a voto, o Diretor Geral da Febraban e o responsável pela Diretoria de Auto-Regulação, cabendo a este último elaborar as pautas e secretariar as reuniões.

Art. 25. Compete ao Presidente do Conselho de Auto-Regulação (a)

convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho de Auto-Regulação, (b) instaurar procedimentos disciplinares, conforme disposto no Art. 34, e (c) apreciar alegações de suspeição e impedimento, conforme disposto no Art. 35§ 2.

Art. 26. Compete ao Vice-Presidente do Conselho de Auto-Regulação

substituir o Presidente do Conselho de Auto-Regulação em caso de impedimento.

Capítulo VII. Comitês Setoriais Art. 27. O Conselho de Auto-Regulação poderá celebrar convênios

com entidades representativas do setor financeiro (as .Entidades Setori-ais.), integrando-as ao Sistema de Auto-Regulação Bancária mediante criação de comitês setoriais com competência temática (os "Comitês Setoriais").

Art. 28. Compete ao Comitê Setorial: (i) No âmbito de sua competência temática, propor e interpretar Nor-

mativos. (ii) Em procedimento disciplinar, emitir parecer sobre casos direta-

mente relacionados à sua competência temática. (iii) Criar seu regimento interno, que disporá, no mínimo, sobre sua

estrutura, funcionamento e rito para emitir parecer em procedimento disciplinar, o qual conterá dispositivo análogo àquele disposto no Art. 35§ 2, que trata de suspeição.

Art. 29. A Entidade Setorial designará os integrantes do Comitê Seto-

rial, indicando seu coordenador e vice-coordenador. § 1. O coordenador do Comitê Setorial será nomeado Conselheiro Se-

torial pelo Conselho de Auto-Regulação. § 2. O Conselheiro Setorial representará o Comitê Setorial nas reuni-

ões do Conselho de Auto-Regulação e nos Comitês Disciplinares de que participe.

Capítulo VIII. Diretoria de Auto-Regulação Art. 30. A .Diretoria de Auto-Regulação. é o órgão executivo do Sis-

tema de Auto-Regulação, subordinado ao Conselho de Auto-Regulação. Cabe à Diretoria da Febraban prover infra-estrutura operacional à Diretoria de Auto-Regulação.

Art. 31. Compete à Diretoria de Auto-Regulação: (i) Implementar as orientações do Conselho de Auto-Regulação. (ii) Desenvolver propostas relacionadas ao desenvolvimento do Sis-

tema de Auto-Regulação, incluindo aquelas listadas no Art. 21(v), para deliberação do Conselho de Auto-Regulação.

(ii) Orientar as Signatárias quanto ao correto preenchimentodos Rela-tórios de Conformidade. Aprovar o teor dos Relatórios de Conformidade, monitorando o cumprimento das obrigações ali consignadas, de acordo com a política definida pelo Conselho de Auto-Regulação.

(iv) Desenvolver e gerenciar processos e sistemas para monitorar a aderência das Signatárias às normas da autoregulação.

(v) Registrar denúncias por parte das Signatárias. Notificar, ao Presi-dente do Conselho de Auto-Regulação, indícios de violação às normas da auto-regulação e inadequação nos Relatórios de Conformidade, conforme

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 87

indicado no Art. 34. (vi) Estruturar e manter, na página eletrônica da Febraban, uma área

especificamente destinada ao Sistema de Auto-Regulação, de forma a disponibilizar (a) a lista das Signatárias ativas e suspensas, (b) o Código, as Regras e demais Normativos, (c) os pareceres e orientações sobre o Código e as Regras, (d) o ementário dos julgados dos Comitês Disciplina-res, (e) as informações relativas aos sistemas das Signatárias para aten-dimento a consumidores, (f) um sistema para receber denúncias e mani-festações do público em geral, e (g) o Sistema de Divulgação de Tarifas de Produtos e Serviços Financeiros da Febraban . STAR.

(vii) Participar de atividades e eventos relevantes ao Sistema de Au-to-Regulação.

(viii) Secretariar o processo de renovação do Conselho de Auto-Regulação.

(ix) Elaborar o orçamento referente ao Sistema de Auto-Regulação, que comporá o orçamento da Febraban.

Art. 32. A Diretoria de Auto-Regulação, ouvido o Conselho de Auto-

Regulação, poderá instituir e coordenar grupos de trabalho para efetuar estudos e promover discussões relacionados com o aperfeiçoamento e conhecimento do Sistema de Auto-Regulação, incluindo o conteúdo e a interpretação do Código e das Regras, e temas para futuros Normativos (os "Grupos de Trabalho"). Os Grupos de Trabalho poderão ser compos-tos por representantes das Signatárias, por membros de Comissões Técnicas da Febraban e por outros convidados, conforme a conveniência e os temas a serem tratados.

Capítulo IX. Procedimento Disciplinar Art. 33. A Diretoria de Auto-Regulação, em decorrência da constata-

ção de indício de violação às normas da auto-regulação ou ainda da verificação de inadequação no Relatório de Conformidade, notificará a Signatária para que apresente, em 10 (dez) dias, a sua versão dos fatos narrados na notificação e, se for o caso, as ações corretivas pertinentes, consignando-as no Relatório de Conformidade.

Art. 34. Caso a Signatária não apresente resposta tempestiva e fun-

damentada, ou caso não altere adequadamente o Relatório de Conformi-dade, a Diretoria de Auto- Regulação dará conhecimento ao Presidente do Conselho de Auto- Regulação, que convocará, em até 10 (dez) dias, um comitê disciplinar adhoc (o "Comitê Disciplinar") para apurar os fatos e julgar o caso.

Art. 35. O Comitê Disciplinar será formado por 5 (cinco) Conselheiros,

sendo no mínimo 2 (dois) Conselheiros Independentes, todos com direito a 1 (um) voto.

§ 1. Excetuado o disposto no Art. 35§ 3, respeitado o regime de rodí-zio, o Comitê Disciplinar será formado mediante sorteio, do qual não participará o Conselheiro impedido por representar a Signatária instada. O relator será sorteado dentre os membros do Comitê Disciplinar.

§ 2. Os Conselheiros apontados para integrar o Comitê Disciplinar poderão declarar-se suspeitos ou impedidos. É facultado aos membros do Conselho de Auto-Regulação argüir o impedimento ou a suspeição de qualquer Conselheiro apontado para integrar o Comitê Disciplinar. A declaração e o requerimento de suspeição ou impedimento deverão ser devidamente justificados, cabendo sua apreciação ao Presidente do Conselho de Auto-Regulação.

§ 3. Caso o procedimento disciplinar verse sobre matéria de compe-tência técnica de um Comitê Setorial, o Presidente do Conselho de Auto-Regulação nomeará relator o coordenador daquele Comitê Setorial. Em caso de impedimento ou suspeição do coordenador, será nomeado relator o vice-coordenador. Os demais integrantes do Comitê Disciplinar serão definidos conforme indicado no Art. 35§ 1.

§ 4. O Presidente do Conselho de Auto-Regulação não participará de Comitê Disciplinar.

Art. 36. O relator enviará, no prazo de 7 (sete) dias a contar da ins-

tauração do procedimento, mediante correspondência escrita, notificação para que a Signatária apresente a sua defesa, por escrito, em até 10 (dez)dias.

Art. 37. Na apresentação da defesa, a Signatária poderá encaminhar

uma proposta de celebração de termo de compromisso, comprometendo-

se a cessar ou corrigir seus atos. § 1. O relator encaminhará a proposta de celebração de termo de

compromisso imediatamente aos demais integrantes do Comitê Disciplinar e, conforme o caso, ao Comitê Setorial envolvido.

§ 2. O Comitê Disciplinar poderá apresentar contraproposta, outor-gando poderes ao relator para estipular as condições do termo de com-promisso, e indicando um prazo para que o relator apresente as condições finais pactuadas com a Signatária.

§ 3. Na apreciação da proposta de termo de compromisso, o Comitê Disciplinar levará em consideração a conveniência e a oportunidade, bem como a natureza da infração. Concordando com a proposta de termo de compromisso, o Comitê Disciplinar estabelecerá as condições que deve-rão ser observadas pela Signatária em seu cumprimento.

§ 4. O termo de compromisso será consignado no Relatório de Con-formidade, e só poderá ser celebrado uma única vez por

Signatária, relativamente a apurações da mesma natureza. § 5. A celebração do termo de compromisso suspenderá o curso do

procedimento disciplinar, que somente será arquivado após cumprimento integral e comprovado das obrigações assumidas pela Signatária.

§ 6. Uma vez verificado o cumprimento das obrigações assumidas pe-la Signatária no termo de compromisso, o relator encaminhará a matéria ao Comitê Disciplinar, que deliberará o arquivamento do procedimento disciplinar, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

§ 7. O termo de compromisso não importará confissão quanto à maté-ria de fato, nem reconhecimento de infração.

§ 8. Na impossibilidade de se chegar a um acordo quanto ao termo de compromisso, ou na hipótese de descumprimento de qualquer das obriga-ções assumidas em termo de compromisso, o procedimento será retoma-do.

Art. 38. Recebida ou não a defesa, o relator elaborará, quando cabí-

vel, um roteiro das providências para apuração dos fatos, os quais serão registrados em relatório. A apuração de fatos poderá ser efetuada por uma empresa de auditoria independente.

Art. 39. O relator encaminhará aos demais membros do Comitê Dis-

ciplinar e, conforme o caso, aos membros do Comitê Setorial, cópia do relatório e da defesa da Signatária, em até 10 (dez) dias após o término do prazo fatal para a apresentação da defesa de que trata o Art. 36, designando data para julgamento, a ser realizado no prazo máximo de 10 (dez) dias. O relator dará conhecimento à Signatária sobre todos os atos e documentos ocorridos ou produzidos antes da sessão de julgamento.

Art. 40. A sessão de julgamento será instalada com a presença de

todos os membros do Comitê Disciplinar e iniciará com a leitura do relató-rio pelo relator que, em seguida, dará a palavra aos representantes da Signatária para o oferecimento das razões finais da defesa pelo prazo máximo de 30 (trinta) minutos.

Art. 41. Terminado o prazo para o oferecimento das razões finais da

defesa, o relator e os demais membros do Comitê Disciplinar, nessa ordem, proferirão os respectivos votos em sessão fechada, sem a presen-ça da Signatária.

§ 1. A decisão será tomada por maioria de votos dos membros do Comitê Disciplinar, vedada a abstenção.

§ 2. Na hipótese do Art. 35§ 3, o relator proferirá seu voto em confor-midade com o parecer do Comitê Setorial.

Art. 42. A Signatária que descumprir as normas da auto-regulação es-

tará sujeita a: (i) Recomendação do Comitê Disciplinar para o ajuste de sua condu-

ta, encaminhada através de carta reservada. (iii) Recomendação do Comitê Disciplinar para o ajuste de sua condu-

ta, encaminhada através de carta com o conhecimento de todas as Signa-tárias, cumulada com a obrigação de pagar uma contribuição entre 1 (uma) e 10 (dez) vezes o valor da menor anuidade paga por uma Associ-ada da Febraban.

(iv) Suspensão de sua participação no Sistema de Auto-Regulação Bancária, com a interrupção do direito de uso do Selo da Auto-Regulação e a perda do mandato de seu Conselheiro no Conselho de Auto-regulação, cumuladacom a obrigação de pagar uma contribuição entre 5 (cinco) e 15 (quinze) vezes o valor da menor anuidade paga por uma

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 88

Associada da Febraban. § 1. O Comitê Disciplinar determinará a medida considerando a gravi-

dade, o impacto para o Sistema de Auto-Regulação Bancária e a reinci-dência da infração.

§ 2. Na imposição de suspensão, referendada pelo Conselho de Auto-Regulação conforme disposto no Art. 21(ii), o Comitê Disciplinar estabele-cerá o prazo e as condições a serem observadas pela Signatária para a cessação da referida medida.

§ 3. A obrigação de pagar contribuição ao Sistema de Auto-Regulação Bancária poderá ser complementada pela obrigação de custe-ar ou adotar ações específicas para fortalecer a credibilidade do Sistema Financeiro perante o público em geral, limitada a 5 (cinco) vezes o valor da menor anuidade paga por uma Associada da Febraban.

§ 4. A imposição de qualquer das medidas previstas neste Artigo im-plicará obrigação de pagamento dos custos diretos decorrentes do proce-dimento disciplinar, especialmente do custo associado à empresa de auditoria independente referida no Art. 38. A obrigação de pagamento referida neste parágrafo é limitada a 2 (duas) vezes o valor da menor anuidade paga por uma Associada da Febraban.

§ 5. Reverterão em favor da dotação orçamentária do Sistema de Au-to-Regulação Bancária os valores arrecadados pela imposição das contri-buições tratadas neste Artigo.

Art. 43. Concluído o julgamento, o relator lavrará a decisão, dando ci-

ência inequívoca à Signatária. § 1. O relator redigirá um resumo do julgamento, com seus fundamen-

tos e conclusões, para conhecimento público. Na hipótese do Art. 42(i), as partes serão mantidas em sigilo.

§ 2. Na reunião do Conselho de Auto-Regulação subseqüente ao jul-gamento, caberá ao relator ou ao Conselheiro condutor do voto vencedor expor de forma sumarizada o histórico do julgamento.

Art. 44. A decisão do Comitê Disciplinar poderá ser revista pelo Con-

selho de Auto-Regulação (a) quando se tratar de decisão não unânime fundamentada em interpretação das normas da auto-regulação diversa da que haja dado outro Comitê Disciplinar, (b) quando houver fato novo ou Normativo novo que altere o dispositivo sobre o qual a decisão tenha se fundamentado, ou (c) em caso de irregularidade do procedimento discipli-nar que possa invalidá-la.

§ 1. O pedido de revisão poderá ser proposto em até 1 (um) ano, con-tado da data do julgamento.

§ 2. A revisão pelo Conselho de Auto-Regulação dar-se-á em até 90 (noventa) dias do pedido, observado o disposto no Art. 35§ 2, que trata de impedimento e suspeição.

Art. 45. Os participantes dos procedimentos descritos neste Capítulo

IX deverão guardar absoluto sigilo sobre as informações e documentos a que tenham acesso.

Capítulo X. Disposições Gerais e Transitórias Art. 46. O Conselho das Signatárias nomeará o primeiro corpo de

Conselheiros em até 30 (trinta) dias da entrada em vigor deste Código. Art. 47. Em exceção à regra disposta no Art. 18, metade do 1º corpo

de Conselheiros terá mandato até Abril de 2010 e a outra metade terá mandato até Outubro de 2011.

Art. 48. O Conselho de Auto-Regulação terá o prazo de 60 (sessenta)

dias, contados da entrada em vigor deste Código, para publicar as Regras e aprovar uma política de comunicação versando sobre (a) a forma pela qual a Signatária comunicará a existência e o acesso às Regras a toda a sua base de clientes ativos, (b) os documentos que, em conjunto com as Regras e o Código, serão utilizados pelas Signatárias para dar publicidade ao Sistema de Auto-Regulação Bancária, (c) a campanha publicitária de lançamento do Sistema de Auto-Regulação Bancária, incluindo o seu custeio pelas Signatárias e Febraban, e (d) outros temas relacionados à comunicação e publicidade do Sistema de Auto-Regulação Bancária.

Art. 49. O Conselho de Auto-Regulação terá o prazo de 60 (sessenta)

dias, contados a partir da data da entrada em vigor deste Código, para aprovar o modelo de Relatório de Conformidade. Após receberem omode-lo de Relatório de Conformidade, as Signatárias terão o prazo de 60

(sessenta) dias para preencher tal documento e entregá-lo à Diretoria de Auto-Regulação.

Art. 50. As Signatárias deverão adaptar seus produtos, serviços e

procedimentos ao disposto nas Regras até 1º de janeiro de 2009, data em que poderão iniciar a utilização do Selo da Auto-Regulação, nos termos do Art. 4 §

Art. 51. Os prazos indicados neste Código computar-se-ão em dias

corridos, excluindo o dia de começo e incluindo o do vencimento."

DECRETO Nº 6.523, DE 31 DE JULHO DE 2008.

Regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para fixar nor-

mas gerais sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe con-

fere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990,

DECRETA: Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro

de 1990, e fixa normas gerais sobre o Serviço de Atendimento ao Consu-midor - SAC por telefone, no âmbito dos fornecedores de serviços regula-dos pelo Poder Público federal, com vistas à observância dos direitos básicos do consumidor de obter informação adequada e clara sobre os serviços que contratar e de manter-se protegido contra práticas abusivas ou ilegais impostas no fornecimento desses serviços.

CAPÍTULO I

DO ÂMBITO DA APLICAÇÃO Art. 2o Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço

de atendimento telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver as demandas dos consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contra-tos e de serviços.

Parágrafo único. Excluem-se do âmbito de aplicação deste Decreto a oferta e a contratação de produtos e serviços realizadas por telefone.

CAPÍTULO II

DA ACESSIBILIDADE DO SERVIÇO Art. 3o As ligações para o SAC serão gratuitas e o atendimento das

solicitações e demandas previsto neste Decreto não deverá resultar em qualquer ônus para o consumidor.

Art. 4o O SAC garantirá ao consumidor, no primeiro menu eletrônico,

as opções de contato com o atendente, de reclamação e de cancelamento de contratos e serviços.

§ 1o A opção de contatar o atendimento pessoal constará de todas as subdivisões do menu eletrônico.

§ 2o O consumidor não terá a sua ligação finalizada pelo fornecedor antes da conclusão do atendimento.

§ 3o O acesso inicial ao atendente não será condicionado ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor.

§ 4o Regulamentação específica tratará do tempo máximo necessário para o contato direto com o atendente, quando essa opção for seleciona-da.

Art. 5o O SAC estará disponível, ininterruptamente, durante vinte e

quatro horas por dia e sete dias por semana, ressalvado o disposto em normas específicas.

Art. 6o O acesso das pessoas com deficiência auditiva ou de fala será

garantido pelo SAC, em caráter preferencial, facultado à empresa atribuir número telefônico específico para este fim.

Art. 7o O número do SAC constará de forma clara e objetiva em todos

os documentos e materiais impressos entregues ao consumidor no mo-mento da contratação do serviço e durante o seu fornecimento, bem como na página eletrônica da empresa na INTERNET.

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 89

Parágrafo único. No caso de empresa ou grupo empresarial que ofer-te serviços conjuntamente, será garantido ao consumidor o acesso, ainda que por meio de diversos números de telefone, a canal único que possibili-te o atendimento de demanda relativa a qualquer um dos serviços ofereci-dos.

CAPÍTULO III

DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO

Art. 8o O SAC obedecerá aos princípios da dignidade, boa-fé, trans-parência, eficiência, eficácia, celeridade e cordialidade.

Art. 9o O atendente, para exercer suas funções no SAC, deve ser ca-

pacitado com as habilidades técnicas e procedimentais necessárias para realizar o adequado atendimento ao consumidor, em linguagem clara.

Art. 10. Ressalvados os casos de reclamação e de cancelamento de

serviços, o SAC garantirá a transferência imediata ao setor competente para atendimento definitivo da demanda, caso o primeiro atendente não tenha essa atribuição.

§ 1o A transferência dessa ligação será efetivada em até sessenta segundos.

§ 2o Nos casos de reclamação e cancelamento de serviço, não será admitida a transferência da ligação, devendo todos os atendentes possuir atribuições para executar essas funções.

§ 3o O sistema informatizado garantirá ao atendente o acesso ao his-tórico de demandas do consumidor.

Art. 11. Os dados pessoais do consumidor serão preservados, manti-

dos em sigilo e utilizados exclusivamente para os fins do atendimento. Art. 12. É vedado solicitar a repetição da demanda do consumidor

após seu registro pelo primeiro atendente. Art. 13. O sistema informatizado deve ser programado tecnicamente

de modo a garantir a agilidade, a segurança das informações e o respeito ao consumidor.

Art. 14. É vedada a veiculação de mensagens publicitárias durante o

tempo de espera para o atendimento, salvo se houver prévio consenti-mento do consumidor.

CAPÍTULO IV

DO ACOMPANHAMENTO DE DEMANDAS Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas

as suas demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.

§ 1o Para fins do disposto no caput, será utilizada seqüência numéri-ca única para identificar todos os atendimentos.

§ 2o O registro numérico, com data, hora e objeto da demanda, será informado ao consumidor e, se por este solicitado, enviado por correspon-dência ou por meio eletrônico, a critério do consumidor.

§ 3o É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetua-das para o SAC, pelo prazo mínimo de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.

§ 4o O registro eletrônico do atendimento será mantido à disposição do consumidor e do órgão ou entidade fiscalizadora por um período míni-mo de dois anos após a solução da demanda.

Art. 16. O consumidor terá direito de acesso ao conteúdo do histórico

de suas demandas, que lhe será enviado, quando solicitado, no prazo máximo de setenta e duas horas, por correspondência ou por meio eletrô-nico, a seu critério.

CAPÍTULO V

DO PROCEDIMENTO PARA A RESOLUÇÃO DE DEMANDAS Art. 17. As informações solicitadas pelo consumidor serão prestadas

imediatamente e suas reclamações, resolvidas no prazo máximo de cinco dias úteis a contar do registro.

§ 1o O consumidor será informado sobre a resolução de sua deman-

da e, sempre que solicitar, ser-lhe-á enviada a comprovação pertinente por correspondência ou por meio eletrônico, a seu critério.

§ 2o A resposta do fornecedor será clara e objetiva e deverá abordar todos os pontos da demanda do consumidor.

§ 3o Quando a demanda versar sobre serviço não solicitado ou co-brança indevida, a cobrança será suspensa imediatamente, salvo se o fornecedor indicar o instrumento por meio do qual o serviço foi contratado e comprovar que o valor é efetivamente devido.

CAPÍTULO VI

DO PEDIDO DE CANCELAMENTO DO SERVIÇO Art. 18. O SAC receberá e processará imediatamente o pedido de

cancelamento de serviço feito pelo consumidor. § 1o O pedido de cancelamento será permitido e assegurado ao con-

sumidor por todos os meios disponíveis para a contratação do serviço. § 2o Os efeitos do cancelamento serão imediatos à solicitação do

consumidor, ainda que o seu processamento técnico necessite de prazo, e independe de seu adimplemento contratual.

§ 3o O comprovante do pedido de cancelamento será expedido por correspondência ou por meio eletrônico, a critério do consumidor.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 19. A inobservância das condutas descritas neste Decreto ense-

jará aplicação das sanções previstas no art. 56 da Lei no 8.078, de 1990, sem prejuízo das constantes dos regulamentos específicos dos órgãos e entidades reguladoras.

Art. 20. Os órgãos competentes, quando necessário, expedirão nor-

mas complementares e específicas para execução do disposto neste Decreto.

Art. 21. Os direitos previstos neste Decreto não excluem outros, de-

correntes de regulamentações expedidas pelos órgãos e entidades regu-ladores, desde que mais benéficos para o consumidor.

Art. 22. Este Decreto entra em vigor em 1o de dezembro de 2008. Brasília, 31 de julho de 2008; 187o da Independência e 120o da Repú-

blica. O Decreto Lei nº 6523 – A nova Lei do SAC Comentada Com a chegada do Decreto nº 6523/08, os SAC’s das empresas que

prestam serviços de telefonia e TV por assinatura, planos de saúde, cartões de crédito, bancos, aviação, água, energia e seguros terão que se adaptar à nova lei, que adiciona os seguintes dispositivos:

*Apenas SACs de empresas de telefonia e TV por assinatura, planos de saúde, cartões de crédito, bancos, aviação, água, energia e seguros terão que se adaptar à nova lei, que traz em seu bojo, as seguintes modi-ficações e implementações:

*O SAC deve garantir ao consumidor, no primeiro menu eletrônico e em todas as suas subdivisões, o contato direto com o atendente.

Ps: Isso é muito bom, pois diminui o tempo de espera e a CAÇADA justamente aquela opção que você tanto precisa e não está disponível. Todavia, trará maior celeridade ao atendimento

*O tempo limite de espera para o atendimento varia de acordo com o serviço, no entanto é por volta de 60 segundos.

Ps: Mais uma forma de trazer maior celeridade no atendimento. *Sempre que oferecer menu eletrônico, o SAC deverá assegurar que

as opções de reclamações e de cancelamento de serviços figurem entre as primeiras alternativas.

Ps: EXCELENTE, pois cria um canal direto para a Ouvidoria ou de-partamento de Reclamações e, ainda, evita aquele menu, sempre escon-dido, para cancelar um serviço contratado!

*O SAC deve garantir acesso para pessoas com deficiência auditiva ou de falar.

PS: Muito bom, abre-se o leque da forma de atendimento sem excluir-se os consumidores que possuem tais deficiências.

*O SAC deve estar disponível, ininterruptamente, durante vinte e qua-tro horas por dia e sete dias por semana.

PS: Um excelente resguardo, salvo no caso desse atendimento poder

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 90

ser eletrônico ou por gravações. Devem existir atendentes de plantão para sanar suas dúvidas ou acolher sua reclamação. Em todo caso, um benefí-cio a mais para nós consumidores.

*A ligação não pode cair antes que o consumidor consiga falar com o atendente.

PS: Bom, este dispositivo é meio severo, pois a ligação pode cair por culpa do próprio consumidor. Deve-se coibir sim que eles desliguem o telefone sem que você tenha conseguido relatar seu problema, solicitar o suporte ou ser atendido por um atendente, como comumente acontece!

*Se o primeiro atendente não resolver a demanda, a transferência pa-ra o setor competente deve ser imediata.

PS: Isso deveria ser de praxe. Geralmente o primeiro atendimento é uma triagem e, o segundo atendimento que é técnico. Ajuda muito no caso de dúvidas técnicas e/ou operacionais.

*A ligação não pode ser interrompida (cair) enquanto o consumidor aguarda ou durante o atendimento.

PS: Mais um dispositivo que, ao meu ver, pode acontecer por culpa do próprio atendido. Mas visa evitar que, na passagem da sua ligação para o setor correto ou, quando na espera, desliguem ou a ligação caia. Comumente acontece e trás uma série de transtornos.

*Os dados pessoais do consumidor deverão ser mantidos em sigilo e utilizados exclusivamente para o atendimento.

PS: Dispositivo que visa o sigilo. Excelente, em se tratando de dados pessoais como telefone, RG, CPF e endereço.

*O número do SAC deverá constar em todos os documentos e mate-rial impresso entregues ao consumidor no momento da contratação do serviço e durante o seu fornecimento.

PS: Assim facilita o contato no caso de dúvidas sobre o contrato ou sobre alguma promoção que, por ventura, conste do material impresso. Deveria constar que, por equiparação, anúncios veiculados via internet ou televisão também deveriam trazer consigo o número do SAC.

*Deverá ser oferecido ao consumidor um único número de telefone como via de acesso ao atendimento, mesmo que a empresa ou grupo empresarial preste diversos. É vedado, durante o atendimento, exigir a repetição verbal ou digital dos dados pessoais do consumidor.

PS: Bom a primeira parte do dispositivo trata da centralização. É mui-to bom pois, em muitos casos, a empresa tem mais de um telefone para o SAC, dependendo da espécie de atendimento que se deseja. Centraliza-se o atendimento e, internamente, encaminha-se ao setor ou departamen-to correto, afinal, o consumidor é leigo e não possui, muitas das vezes, técnica para diferenciar qual o tipo de atendimento necessita para um caso concreto.

A segunda parte do dispositivo, por medida de segurança, deveria ser retirada. A checagem de dados pessoais é importante em muitos casos, como cancelamento de serviços, externos, aquisição de serviços e produ-tos.

*O sistema informatizado responsável pela operacionalização das demandas deverá garantir ao atendente o acesso ao histórico das de-mandas do consumidor.

PS: Acertado, pois cria-se uma base de dados das demandas passa-das e pendentes, podendo auxiliar na rapidez de demandas futuras ou continuação de atendimento por outro atendente.

*É vedado, durante o atendimento, exigir a repetição verbal ou digital dos dados pessoais do consumidor.

PS: Por medida de segurança, deveria ser retirada. A checagem de dados pessoais é importante em muitos casos, como cancelamento de serviços, externos, aquisição de serviços e produtos.

*É vedada a veiculação de mensagens publicitárias durante o tempo de espera para o atendimento, salvo se houver prévio consentimento do consumidor.

PS: Importante! Principalmente quando você visa abrir uma reclama-ção sobre o produto contratado, não tem nada pior que ficar escutando a propaganda da empresa que presta aquele serviço. Ademais, o tempo de atendimento pode ser menor, uma vez que, evita-se que o’consumidor escute TODA aquela publicidade para depois ser atendido.

*O acesso para alteração do contrato de prestação de serviços deve ser oferecido ao consumidor pelos mesmos meios em que a contratação estiver disponível.

PS: Importante! Se você quer contratar via internet, nada mais justo que poder alterar o contrato via internet! Muito mais rápido e cômodo ao consumidor contratante.

*O acompanhamento do atendimento deverá ser garantido por um re-

gistro numérico (protocolo) PS: Excelente, principalmente se este número de protocolo, por mei-

os internos do SAC, conseguir gravar em seu bojo o atendente, o tempo de atendimento e se houve solução.

*Este número será informado ao consumidor no início do contato tele-fônico, independentemente de qual for o motivo do atendimento (pedido de informação, reclamação e cancelamento)

PS: Justo, afinal, a ligação poderá cair(acima, a lei proíbe isso). Sen-do assim, cm um atendimento em andamento e a ligação vier a cair, você pode informar o protocolo e continuar a ser atendido e/ou, verificar o status da sua solicitação.

*O registro de reclamação, pedido de cancelamento e solicitação de suspensão ou cancelamento de serviço será mantido à disposição do consumidor por um período mínimo de dois anos após a solução da demanda, ficando disponível para acesso do órgão fiscalizador ou do consumidor, sempre que solicitado.

PS: Muito bom, principalmente para demandas judiciais onde o con-sumidor poderá ter sua fundamentação ou, defender-se valendo-se da-queles arquivos.

*O consumidor terá direito de acesso ao conteúdo do histórico de su-as demandas, que lhe será enviado, quando solicitado, no prazo máximo de setenta e duas horas.

PS: Como dito acima, nos casos judiciais, será muito útil! *As informações solicitadas pelo consumidor devem ser prestadas

imediatamente e suas reclamações devem ser resolvidas no prazo máxi-mo de cinco dias úteis.

PS: Evitará aquele empurra-empurra por atendentes e, o prazo, visa maior rapidez. Apesar que, 5 dias é um prazo longo, mas também, não podemos sacrificar a empresa e onerá-la sobre maneira.

*O consumidor deverá ser informado sobre a resolução de sua de-manda e, sempre que solicitar, deverá ser-lhe enviada a comprovação pertinente, pelo meio por ele indicado, inclusive mensagem eletrônica ou correspondência.

PS: Excelente, pois muitas vezes realizamos a solicitação e não te-mos uma resposta que nos trás essa informação, ou simplesmente o mérito do contato. Imagine no caso de pagamento de um boleto, você discorda do valor. Eles alteram e não te informam. Sendo assim, mais um dispositivo acertadíssimo do novo decreto!

*O SAC deve receber e processar imediatamente o pedido de cance-lamento de serviço feito pelo consumidor.

PS: Excelente! Nada de longos prazos, nada de inúmeras desculpa,s principalmente aquela do sistema inoperante ou setor responsável ocupa-do, sem sistema, enfim. Celeridade e respeito.

Pelo que podemos notar, a nova lei do SAC privilegia a rapidez e o

respeito ao consumidor, simples assim, como sempre deveria ser! O consumidor também passa a exercer papel fiscalizatório, afinal,

quando um dos dispositivos do Decreto for descumprido, o consumidor também poderá reclamar seus direitos nos órgão competentes(PROCON, Ministério Público, etc)

RESOLUÇÃO Nº 3849 DE 25 /03 /2010 CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - CMN

Dispõe sobre a instituição de componente organizacional de ouvi-doria pelas instituições financeiras e demais instituições autoriza-

das a funcionar pelo Banco Central do Brasil. O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31

de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 25 de março de 2010, com fundamento no art. 4º, inciso VIII, da referida lei, resolveu:

Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que tenham clientes pessoas físicas ou pessoas jurídicas classificadas como microempresas na forma da legislação própria devem instituir componente organizacional de ouvi-doria, com a atribuição de atuar como canal de comunicação entre essas instituições e os clientes e usuários de seus produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos.

§ 1º A estrutura do componente organizacional deve ser compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades,

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 91

processos e sistemas de cada instituição. § 2º As instituições a que se refere o caput devem: I - dar ampla divulgação sobre a existência da ouvidoria, bem como

de informações completas acerca da sua finalidade e forma de utilização; II - garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de produtos e

serviços ao atendimento da ouvidoria, por meio de canais ágeis e efica-zes; e

III - disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo número deve ser: a) divulgado e mantido atualizado em local e formato visível ao públi-

co no recinto das suas dependências e nas dependências dos correspon-dentes no País, bem como nos respectivos sítios eletrônicos na internet e nos demais canais de comunicação utilizados para difundir os produtos e serviços da instituição;

b) registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusive eletrônicos, nos contratos formalizados com os clientes, nos materiais de propaganda e de publicidade e nos demais documentos que se destinem aos clientes e usuários dos produtos e serviços da instituição; e

c) registrado e mantido permanentemente atualizado em sistema de informações, na forma estabelecida pelo Banco Central do Brasil.

§ 3º A divulgação de que trata o § 2º, inciso I, deve ser providenciada inclusive por meio dos canais de comunicação utilizados para difundir os produtos e serviços da instituição.

§ 4º O componente organizacional deve ser segregado da unidade executora da atividade de auditoria interna, de que trata o art. 2º da Reso-lução nº 2.554, de 24 de setembro de 1998, com a redação dada pela Resolução nº 3.056, de 19 de dezembro de 2002.

§ 5º Os bancos comerciais, os bancos múltiplos, as caixas econômi-cas, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as associa-ções de poupança e empréstimo e as sociedades de arrendamento mer-cantil que realizem operações de arrendamento mercantil financeiro devem instituir o componente organizacional de ouvidoria na própria instituição.

§ 6º As cooperativas singulares de crédito filiadas a cooperativa cen-tral podem firmar convênio com a respectiva central, confederação ou banco cooperativo do sistema, para compartilhamento e utilização de componente organizacional de ouvidoria único, mantido em uma dessas instituições.

§ 7º As cooperativas singulares de crédito não filiadas a cooperativa central podem firmar convênio com cooperativa central, ou com federação ou confederação de cooperativas de crédito, ou com associação represen-tativa da classe, para compartilhamento e utilização de ouvidoria mantida em uma dessas instituições.

§ 8º As instituições não referidas nos §§ 5º, 6º e 7º podem firmar con-vênio com a associação de classe a que sejam afiliadas ou com as bolsas de valores ou as bolsas de mercadorias e de futuros nas quais realizam operações, para compartilhamento e utilização da ouvidoria mantida em uma dessa entidades.

§ 9º As instituições que fazem parte de conglomerado financeiro po-dem instituir componente organizacional único que atuará em nome de todos os integrantes do grupo.

§ 10. As instituições referidas no caput que não façam parte de con-glomerado financeiro podem firmar convênio com empresa não financeira ligada, conforme definição constante do art. 1º, § 1º, incisos I e III, da Resolução nº 2.107, de 31 de agosto de 1994, que possuir ouvidoria, para compartilhamento e utilização da respectiva ouvidoria.

§ 11. Os bancos comerciais sob controle direto de bolsas de merca-dorias e de futuros que operem exclusivamente no desempenho de fun-ções de liquidante e custodiante central das operações cursadas, constitu-ídos na forma da Resolução nº 3.165, de 29 de janeiro de 2004, ficam excluídos da exigência estabelecida no caput.

§ 12. Nas hipóteses previstas nos §§ 7º e 8º, o convênio somente po-de ser realizado com associação de classe, ou bolsa de valores, ou bolsa de mercadorias e de futuros, ou cooperativa central, ou federação ou confederação de cooperativas de crédito que possua código de ética e/ou de autorregulação efetivamente implantados aos quais a instituição tenha aderido.

Art. 2º Constituem atribuições da ouvidoria: I - receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e ade-

quado às reclamações dos clientes e usuários de produtos e serviços das instituições referidas no caput do art. 1º que não forem solucionadas pelo atendimento habitual realizado por suas agências e quaisquer outros

pontos de atendimento; II - prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência aos recla-

mantes acerca do andamento de suas demandas e das providências adotadas;

III - informar aos reclamantes o prazo previsto para resposta final, o qual não pode ultrapassar quinze dias, contados da data da protocoliza-ção da ocorrência;

IV - encaminhar resposta conclusiva para a demanda dos reclaman-tes até o prazo informado no inciso III;

V - propor ao conselho de administração ou, na sua ausência, à dire-toria da instituição medidas corretivas ou de aprimoramento de procedi-mentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamações recebidas; e

VI - elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao comitê de auditoria, quando existente, e ao conselho de administração ou, na sua ausência, à diretoria da instituição, ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca da atuação da ouvidoria, contendo as proposições de que trata o inciso V.

§ 1º O serviço prestado pela ouvidoria aos clientes e usuários dos produtos e serviços das instituições referidas no caput do art. 1º deve ser identificado por meio de número de protocolo de atendimento.

§ 2º Os relatórios de que trata o inciso VI devem permanecer à dispo-sição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos na sede da instituição.

Art. 3º O estatuto ou o contrato social das instituições referidas no

caput do art. 1º deve conter, de forma expressa, entre outros, os seguintes dados:

I - as atribuições da ouvidoria; II - os critérios de designação e de destituição do ouvidor e o tempo

de duração de seu mandato; e III - o compromisso expresso da instituição no sentido de: a) criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria,

bem como para que sua atuação seja pautada pela transparência, inde-pendência, imparcialidade e isenção; e

b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias para a elaboração de resposta adequada às reclamações recebidas, com total apoio administrativo, podendo requisitar informações e documentos para o exercício de suas atividades.

§ 1º O disposto neste artigo, conforme a natureza jurídica da socieda-de, deve ser incluído no estatuto ou contrato social da instituição, na primeira alteração que ocorrer após a criação da ouvidoria.

§ 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigidas por esta reso-lução relativas às instituições que optarem pela faculdade prevista no art. 1º, §§ 6º e 9º, podem ser promovidas somente pela instituição que consti-tuir o componente organizacional único de ouvidoria.

§ 3º As instituições que não instituírem componente de ouvidoria pró-prio em decorrência da faculdade prevista no art. 1º, §§ 6º a 10, devem ratificar tal decisão por ocasião da primeira assembleia geral ou da primei-ra reunião de diretoria, após a formalização da adoção da faculdade.

Art. 4º As instituições referidas no caput do art. 1º devem designar

perante o Banco Central do Brasil os nomes do ouvidor e do diretor res-ponsável pela ouvidoria.

§ 1º Para efeito da designação de que trata o caput, são estabeleci-das as seguintes disposições:

I - não há vedação a que o diretor responsável pela ouvidoria desem-penhe outras funções na instituição, exceto a de diretor de administração de recursos de terceiros;

II - nos casos dos bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas eco-nômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento e associa-ções de poupança e empréstimo, o ouvidor não poderá desempenhar outra atividade na instituição, exceto a de diretor responsável pela ouvido-ria; e

III - na hipótese de recair a designação do diretor responsável pela ouvidoria e do ouvidor sobre a mesma pessoa, esta não poderá desem-penhar outra atividade na instituição.

§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 6º e 9º, o ouvidor e o dire-

tor responsável pela ouvidoria responderão por todas as instituições que utilizarem o componente organizacional único de ouvidoria e devem integrar os quadros da instituição que constituir o componente de ouvido-

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 92

ria. § 3º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10, as instituições

devem: I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas o nome do dire-

tor responsável pela ouvidoria; e II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do ouvidor da asso-

ciação de classe, bolsa de valores ou bolsa de mercadorias e de futuros, entidade ou empresa que constituir a ouvidoria.

§ 4º Os dados relativos ao diretor responsável pela ouvidoria e ao ou-

vidor devem ser inseridos e mantidos atualizados em sistema de informa-ções, na forma estabelecida pelo Banco Central do Brasil.

§ 5º O diretor responsável pela ouvidoria deve elaborar relatório se-mestral, na forma definida pelo Banco Central do Brasil, relativo às ativi-dades da ouvidoria nas datas-base de 30 de junho e 31 de dezembro e sempre que identificada ocorrência relevante.

§ 6º O relatório de que trata o § 5º deve ser: I - revisado pela auditoria externa, a qual deve manifestar-se acerca

da qualidade e adequação da estrutura, dos sistemas e dos procedimen-tos da ouvidoria, bem como sobre o cumprimento dos demais requisitos estabelecidos nesta resolução, inclusive nos casos previstos no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10;

II - apreciado pela auditoria interna ou pelo comitê de auditoria, quan-do existente;

III - encaminhado ao Banco Central do Brasil, na forma e periodicida-de estabelecida por aquela Autarquia:

a) pelas instituições que possuem comitê de auditoria, bem como pe-las cooperativas centrais de crédito, confederações e bancos cooperativos que tenham instituído componente organizacional único para atuar em nome das respectivas cooperativas de crédito singulares conveniadas nos termos do art. 1º, § 6º; e

b) pelas instituições referidas no caput do art. 1º, no caso de ocorrên-cia de fato relevante;

IV - arquivado na sede da respectiva instituição, à disposição do Ban-co Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos, acompanhado da revisão e da apreciação de que tratam os incisos I e II.

Art. 5º As instituições não obrigadas, no termos desta resolução, à

remessa do relatório do diretor responsável pela ouvidoria ao Banco Central do Brasil, devem manter os relatórios ainda não enviados na forma exigida pela Resolução nº 3.477, de 26 de julho de 2007, na sede da instituição, conforme previsto no art. 4º, § 6º, inciso IV.

Art. 6º As instituições referidas no caput do art. 1º devem adotar pro-

vidências para que todos os integrantes da ouvidoria sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica.

§ 1º O exame de certificação de que trata o caput deve abranger, no mínimo, temas relacionados à ética, aos direitos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos, bem como ter sido realizado após 30 de julho de 2007.

§ 2º A designação dos membros da ouvidoria fica condicionada à comprovação de aptidão no exame de certificação de que trata o caput, além do atendimento às demais exigências desta resolução.

§ 3º As instituições referidas no caput do art. 1º são responsáveis pela atualização periódica dos conhecimentos dos integrantes da ouvidoria.

§ 4º O diretor responsável pela ouvidoria deve atender à formalidade prevista no caput somente na hipótese prevista no art. 4º, § 1º, inciso III.

§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10, os respectivos convênios devem conter cláusula exigindo exame de certificação de todos os integrantes das ouvidorias das associações de classe, entidades e empresas conveniadas, nos termos desta resolução.

Art. 7º A ouvidoria deve manter sistema de controle atualizado das

reclamações recebidas, de forma que possam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os dados de identificação dos clientes e usuários de produtos e serviços, com toda a documentação e as providências adota-das.

Parágrafo único. As informações e a documentação referidas no ca-put devem permanecer à disposição do Banco Central do Brasil na sede da instituição, pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da data da protocolização da ocorrência.Art. 8º O Banco Central do Brasil poderá

adotar medidas complementares necessárias à execução do disposto nesta resolução.

Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nº 3.477, de 26 de julho de

2007, e nº 3.489, de 29 de agosto de 2007.

PROVA SIMULADA

1. O Banco do Brasil durante muitos anos funcionou como autoridade

monetária graças à Conta Movimento do Tesouro. Esta conta foi en-cerrada em:

(A) 1984. (B) 1985. (C) 1986. (D) 1987. (E) 1988. 2. Dentre os instrumentos clássicos de Política Monetária, assinale

aquele que se destaca como o mais ágil, para os objetivos do Banco Central, de permanente regulagem da oferta monetária e do custo pri-mário do dinheiro.

(A) Operações no Mercado Aberto. (B) Depósito Compulsório. (C) Controle de Crédito. (D) Empréstimo de Liquidez. (E) Emissão de Moeda. 3. Sabemos que, para seu funcionamento, os bancos comerciais e os

bancos múltiplos com carteira comercial são obrigados a manter, com exclusividade, contas de depósito no Banco Central - BC, por onde cir-culam suas reservas bancárias. Tais bancos são debitados (perdem) em suas reservas quando:

(A) recolhem tributos ao BC em volume menor do que os depósitos efetu-ados em conta corrente pelos clientes.

(B) recolhem tributos ao BC em volume maior do que os depósitos efetua-dos em conta corrente pelos clientes.

(C) arrecadam tributos em volume maior do que os saques efetuados em conta corrente pelos clientes.

(D) arrecadam tributos em volume menor do que os depósitos efetuados em conta corrente pelos clientes.

(E) movimentam mais depósitos do que saques dos clientes em conta corrente.

4. Podemos afirmar que os objetivos básicos do PROER foram: (A) assegurar a liquidez e solvência do Sistema Financeiro Nacional e

resguardar os interesses de depositantes e investidores. (B) salvar as instituições financeiras em dificuldade e garantir o patrimônio

dos investidores em fundos de investimento. (C) salvar as instituições financeiras em dificuldade e garantir o patrimônio

dos seus administradores. (D) melhorar a imagem do País no exterior e adaptar o Sistema Financeiro

Nacional ao processo de globalização. (E) enquadrar o Sistema Financeiro Nacional no Acordo de Basiléia e

garantir o futuro do Mercosul. 5. O Certificado de Depósito Bancário - CDB é um dos títulos utilizados

para captação de depósitos a prazo fixo, por parte dos bancos co-merciais, bancos de investimento e bancos múltiplos com uma destas carteiras. Os prazos mínimos, em vigor em fevereiro de 98, entre suas datas de emissão e de resgate nas modalidades pré- e pós- fixadas são de:

(A) 30 dias na pré- e 90 dias na pós-. (B) 30 dias na pré- e 120 dias na pós-. (C) 30 dias na pré- e 4 meses data a data na pós-. (D) 60 dias na pré- e 120 dias na pós-. (E) 60 dias na pré- e 4 meses data a data na pós-. 6. Nas operações de Crédito Direto ao Consumidor - CDC, as taxas de

juros cobradas pela Financeira e/ou Banco Múltiplo com esta carteira são, via de regra, maiores que as taxas de juros cobradas nas opera-

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 93

ções de Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência - CDCI. Tal fato se deve à (ao):

(A) impacto nos Depósitos à vista. (B) prática de mercado. (C) maior complexidade operacional do CDC. (D) maior custo administrativo do CDC. (E) menor risco de crédito inerente ao CDCI. 7. Os bancos comerciais e múltiplos com carteira comercial têm a obriga-

toriedade de aplicar um percentual dos saldos médios de seus depósi-tos à vista em empréstimos ao setor primário da economia, constituin-do um dos pilares do assim chamado crédito rural. O valor deste per-centual, em vigor em fevereiro de 98, era de:

(A) 30% (B) 25% (C) 22% (D) 20% (E) 15% 8. Nas operações de leasing financeiro, o arrendatário (cliente) paga ao

arrendador (empresa de leasing) contraprestações (aluguéis) durante a vigência do contrato, com a opção de compra do bem ao final do con-trato, por um valor nele explicitado, usufruindo, assim, os benefícios fiscais do leasing. Caso a opção de compra seja exercida (paga) antes do final do contrato...

(A) os benefícios se mantêm, e a operação segue normalmente até seu final.

(B) renegocia-se uma nova operação de leasing pelo valor restante a pagar, mas o cliente perde os benefícios.

(C) renegocia-se uma nova operação de leasing pelo valor restante a pagar, mantendo-se os benefícios.

(D) a operação se encerra neste momento, os benefícios se mantêm e há um acerto de contas.

(E) a operação passa a se caracterizar como uma operação de compra e venda a prestações, e o cliente perde os benefícios.

9. Um banco, autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de

câmbio, e que, inicialmente, se mantinha numa posição nivelada, ven-de US$ 100.000,00 no mercado futuro ao mesmo tempo que compra US$ 50.000,00 no spot (mercado à vista). A posição atual deste banco passa a ser:

(A) comprada em US$ 150.000,00. (B) comprada em USS 50.000,00. (C) vendida em USS 100.000,00. (D) vendida em USS 50.000,00. (E) nivelada. 10. As operações de compra e venda de "performance" de exportação

ocorrem quando, em resumo, um exportador que: (A) não tomou um ACC, negocia seu produto com outro exportador que

tomou um ACC, mas não tem mercadoria para exportar. (B) não tomou um ACC, negocia seu produto com outro exportador que

também não tomou um ACC, mas tem mercadoria para exportar. (C) tomou um ACC, negocia seu produto com outro exportador que tam-

bém tomou um ACC, mas não tem mercadoria para exportar. (D) tomou um ACC, mas não precisa mais dos recursos, transfere para

outro exportador, assumindo o risco de crédito. (E) tomou um ACC, mas desistiu de exportar a mercadoria, devolve o

dinheiro ao banco. 11. Em fevereiro de 98, os Fundos de Investimento Financeiro - FIF sofri-

am a incidência de diferentes percentuais de recolhimento compulsó-rio, de acordo com o prazo de carência para o resgate dos recursos a-plicados. Assinale a opção que apresenta corretamente esses percen-tuais.

Curto Prazo 30 dias 60 dias (A) 40% 10% 5% (B) 45% 5% Zero (C) 50% 10% Zero (D) 50% 10% 5% (E) 50% 5% Zero

12. A implantação, em outubro de 95, dos novos fundos de renda fixa - os

FIFs e os FACs - teve como objetivos básicos o: (A) alongamento do perfil das aplicações, a liberalização das regras de

aplicação do patrimônio e a redução da competitividade dos adminis-tradores na busca de resultados.

(B) alongamento do perfil das aplicações, á liberalização das regras de aplicação do patrimônio e o aumento da competitividade dos adminis-tradores na busca de resultados.

(C) alongamento do perfil das aplicações, a restrição das regras de aplica-ção do patrimônio e o aumento da competitividade dos administradores na busca de resultados.

(D) encurtamento do perfil das aplicações, a liberalização das regras de aplicação do patrimônio e o aumento da competitividade dos adminis-tradores na busca de resultados.

(E) encurtamento do perfil das aplicações, a restrição das regras de apli-cação do patrimônio e o aumento da competitividade dos administrado-res na busca de resultados.

13. As debêntures são títulos (valores mobiliários) emitidos por uma socie-

dade anônima de capital aberto. Podem ser emitidas nos tipos simples, conversível ou permutável. O que caracteriza a debênture permutável é o fato de poder ser:

(A) convertida em ações emitidas pela empresa emissora da debênture a qualquer tempo.

(B) convertida em ações emitidas pela empresa emissora da debênture, conforme regras do contrato de emissão da debênture.

(C) resgatada, conforme regras dó contrato de emissão da debênture. (D) trocada por ações de outra empresa, existentes no patrimônio da

empresa emissora da debênture, conforme regras do contrato de e-missão da debênture

(E) trocada por bens da empresa emissora da debênture, conforme regras do contrato de emissão da debênture.

14. Os títulos emitidos no exterior para captação de recursos embutem,

muitas vezes, cláusulas com opções especificas. Por exemplo, alguns Eurobonus recentemente emitidos embutiam uma cláusula com opção Call. Esta cláusula permite a(o):

(A) diminuição do prazo do título por parte do seu emissor. (B) devolução do título pelo investidor antes do prazo final. (C) aumento do prazo do título por parte do seu emissor. (D) resgate antecipado do título pelo emissor, logo antes do prazo final. (E) resgate postecipado do título pelo emissor, logo após o prazo final. 15. Uma operação à vista no mercado de ações caracteriza a compra ou

venda, em pregão, de determinada quantidade de ações, para liquida-ção imediata. O cliente que ordena a operação pode utilizar diferentes tipos de ordem de compra e venda. Quando o cliente especifica à cor-retora apenas a quantidade e as características das ações que deseja comprar ou vender temos uma ordem:

(A) a mercado. (B) de financiamento. (C) de proteção. (D) casada. (E) limitada. 16. O titular de uma opção de compra de uma ação, que carrega sua

posição até a data de vencimento da opção, só estará efetivamente ganhando e, portanto, com justificativa para exercê-la, quando o preço de mercado da ação, no momento do exercício, for:

(A) inferior ao preço de exercício da opção. (B) inferior ao preço de exercício da opção acrescido do valor do prêmio

pago, quando da compra da opção. (C) superior ao preço de exercício da opção acrescido do valor do prêmio

pago, quando da compra da opção. (D) superior ao preço de exercício da opção deduzido o valor do prêmio

pago, quando da compra da opção. (E) superior ao preço de exercício da opção. 17. Suponha que um produtor de café acredite, hoje, que, dentro de 3

meses, quando da colheita e posterior venda de sua produção, os pre-ços terão caído e não cobrirão seus custos. Em função desta expecta-tiva e considerando que os preços no mercado futuro de café, dentro de 3 meses, estarão altos, refletindo uma expectativa oposta à sua, pa-

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BB – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (ESCRITURÁRIO) 06/01/2011

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Conhecimentos Bancários A Opção Certa Para a Sua Realização 94

ra se proteger, ele resolve: (A) adquirir café no mercado à vista. (B) não fazer nada e aguardar. (C) comprar e vender estes contratos futuros em igual volume. (D) comprar estes contratos futuros no valor de sua produção. (E) vender estes contratos futuros no valor de sua produção. 18. Quando o Preço Unitário (PU) de um título de renda fixa ou flutuante

negociado no mercado cai, podemos afirmar que a taxa de juro embu-tida neste titulo:

(A) não se alterou. (B) subiu. (C) caiu. (D) varia dependendo do valor do PU. (E) varia a critério do emissor. 19. O Desconto de Títulos, principalmente de duplicatas, notas promissó-

rias e cheques, é um dos principais produtos de empréstimo dos ban-cos comerciais e múltiplos com esta carteira. Supondo-se que um cli-ente desconte no banco um título com valor nominal de R$ 100.000,00, com data de vencimento em 30 dias, pagando ao banco uma taxa de desconto de 3% ao mês e, ao fisco, um IOF de 1,5% ao ano (0,0041 % ao dia), assinale o valor, em reais, entregue ao cliente.

(A) 98.677,00. (B) 97.867,00 (C) 96.877,00 (D) 96.788,00 (E) 96.687,00 20. O Fundo Garantidor de Créditos - FGC assegura o total de créditos de

cada pessoa dentro de uma mesma instituição financeira, ou dentro de todas as instituições de um mesmo conglomerado financeiro, até ó va-lor máximo, em reais, de:

(A) 25.000,00 (B) 22 500,00 (C) 20.000,00 (D) 18.000,00 (E) 15.000,00 21. Quando concorrerem para a abertura de conta ou movimentação de

recursos sob nome falso, respondem como co-autores por crime de falsidade, o

(A) beneficiário da conta, que irregularmente a abriu. (B) gerente e o administrador. (C) gerente que irregularmente identificou o correntista. (D) funcionário que irregularmente identificou o correntista. (E) funcionário que irregularmente identificou o correntista, o gerente e o

administrador. 22. A personalidade civil do homem, começa (A) do nascimento com vida. (B) aos 14 anos. (C) aos 16 anos. (D) aos 21 anos. (E) aos 24 anos, quando universitário ou cursando escola de 2° grau. 23. Os ausentes, para serem considerados absolutamente incapazes de

exercer pessoalmente os atos da vida civil, devem (A) encontrar-se em lugar incerto e não sabido. (B) encontrar-se nessa situação por mais de 12 meses. (C) ser declarados como tais por ato do juiz. (D) ser declarados como tais por autoridade policial da jurisdição de seu

domicílio. (E) encontrar-se nessa situação por mais de 24 meses. 24. Quando os estatutos das pessoas jurídicas não o designarem, estas

serão representadas, ativa e passivamente nos atos judiciais e extra-judiciais, pelos seus

(A) executivos. (B) diretores. (C) executivos categorizados. (D) administradores comerciais.

(E) gerentes administrativos. 25. Quando os estatutos de uma pessoa jurídica de direito privado não

elegerem domicilio especial, pelo código civil, será considerado como sendo o do local onde funcionarem as respectivas

(A) atividades fins. (B) atividades industriais, se este for seu objeto. (C) atividades mercantis, se este for seu objeto. (D) diretorias e administrações. (E) atividades de prestação de serviços, se este for seu objeto. 26. Constitui título de crédito, a (A) nota fiscal de venda. (B) fatura. (C) duplicata. (D) nota fiscal de simples remessa. (E) nota fiscal de serviços. 27. É ordem de pagamento (A) a ação ordinária. (B) a fatura. (C) a nota promissória. (D) o warrant. (E) a letra de câmbio. 28. Se o aval de um cheque não indicar o avalizado, considera-se como tal

o (A) emitente. (B) sacado. (C) endossante ou os endossantes. (D) primeiro endossante. (E) último endossante. 29. A "chave" utilizada para as "ordens de pagamento", constitui medida

de segurança (A) da existência de fundos suficientes. (B) na identificação do destinatário. (C) da autenticidade da ordem de pagamento. (D) na identificação do remetente. (E) da destinação da ordem de pagamento. 30. O modelo confeccionado e em uma única via e a cor da impressão em

papel branco, do "Documento de Crédito, - DOC", é (A) A, sépia. (B) B, sépia. (C) C, verde escuro. (D) A, verde escuro. (E) C, sépia. 31. É garantia real que pode ser transcrita ou averbada no registro de

imóveis, (A) a hipoteca somente. (B) o penhor, somente (C) a caução, somente. (D) a alienação fiduciária, somente. (E) a hipoteca, o penhor e a alienação fiduciária. 32. A fiança diferencia-se do aval, por ser uma (A) obrigação acessória. (B) garantia cambial plena. (C) garantia cambial autônoma. (D) garantia cambial a obrigado. (E) garantia cambial a coobrigado. 33. A sociedade comercial em que a responsabilidade de todos os sócios

é ilimitada é a (A) em comandita simples. (B) anônima. (C) em comandita por ações. (D) em nome coletivo. (E) de capital e indústria.

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34. "Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo do desenvolvimento, constitui políti-ca do:

(A) Conselho Monetário Nacional (B) Sistema Financeiro Nacional (C) Banco do Brasil (D) Banco do Estado do S. Paulo (E) Banco Central 35. Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penali-

dades previstas é competência: (A) do Banco do Brasil . (B) do Conselho Monetário Nacional. (C) do Banco central. (D) da Caixa Econômica Federal (E) do Ministério da Fazenda 36. Representam bens e direitos: (A) Contas de Lucros e Perdas (B) Contas do Patrimônio Líquido (C) Contas do Passivo (D) Contas do Capital Social (E) Contas do Ativo 37. As instituições financeiras privadas fazem parte do: (A) Conselho Monetário Nacional (B) Sistema Econômico Nacional (C) Sistema Financeiro Nacional (D) Ministério do Fazenda (E) Sistema de Desenvolvimento Econômico 38. O cheque com a cláusula "ou à sua ordem", denomina-se: (A) cheque visado (B) cheque nominativo (C) cheque ao portador (D) cheque cruzado (E) cheque especial 39. É documento representativo de parte do capital de uma sociedade

anônima: (A) a quota (B) a apólice (C) o cheque (D) a parcela (E) a ação 40. O cheque é: (A) uma promessa de pagamento a prazo (B) uma ordem de pagamento à vista (C) uma declaração de dívida (D) uma certeza de pagamento (E) a transferência de valores de um banco para outro 41. "WARRANT" é usada para designar: (A) uma ordem de pagamento interbancária (B) um documento para exportação (C) uma declaração de dívida para pagamento posterior (D) um título de crédito descontável em bancos oficiais (E) um título de penhor transferível e negociável, representativo de merca-

dorias depositadas em armazéns gerais 42. Entende-se por Letra de câmbio uma: (A) ordem de pagamento emitida pelo credor (B) ordem de pagamento emitida pelo devedor (C) promessa de pagamento emitida pelo devedor (D) promessa de pagamento emitida pelo credor (E) ordem de pagamento emitida pelo credor e devedor 43. A Letra de câmbio em moeda estrangeira ou nacional denomina-se: (A) Nota Promissória (B) Cautela (C) Cambial

(D) Debênture (E) Câmbio Oficial 44. Dentre os requisitos apresentados, o que NÃO se aplica à duplicata é: (A) cláusula ao portador (B) denominação duplicata (C) assinatura do emitente (D) número da fatura (E) Praça do pagamento 45. A operação por meio da qual um banco obtém um financiamento e o

transfere aos seus clientes denomina-se: (A) título descontado (B) repasse (C) redesconto (D) refinanciamento (E) transferência de financiamento 46. Só pode ser pago a um determinado banco, o cheque: (A) cruzado normal (B) ao portador (C) nominal pessoa física (D) nominal pessoa jurídica 47. Constitui documento de natureza comercial e fiscal emitido em opera-

ções comerciais e obrigado por lei: (A) a duplicata (B) a fatura (C) a nota fiscal (D) o contrato legal (E) o recibo 48. Conta movimentada nos empréstimos garantidos equivale a: (A) empréstimos em conta (B) adiantamento à depositantes' (C) títulos caucionados (D) títulos descontados (E) empréstimos garantidos 49. A operação garantida por jóias é: (A) caução (B) penhor (C) hipoteca (D) fiança (E) aval

INSTRUÇÕES: Para as questões de números 50 a 52 indique a alternativa que con-

templa todas as operações de um só tipo. 50. OPERAÇÕES ATIVAS: (A) empréstimos em conta-cheque especial - títulos descontados (B) empréstimos em conta-adiantamento a depositantes - depósitos à vista (C) cheque especial - depósitos a prazo - títulos descontados (D) adiantamentos a depositantes - cheques de viagem - cheques especi-

ais (E) repasses - redescontos - ordem de crédito 51. OPERAÇÕES PASSIVAS: (A) depósitos à vista - depósitos a prazo - ordem de pagamento (B) depósitos à vista - repasses - ordem de pagamento (C) depósitos à prazo - obrigações por empréstimos - redescontos (D) depósitos à prazo - ordem de pagamento - cheque especial (E) empréstimos em conta - depósitos - cheque especial 52. OPERAÇÕES ACESSÓRIAS: (A) ordem de pagamento - ordem de crédito - redesconto (B) ordem de pagamento - cheque de viagem - depósitos (C) garantias bancárias - títulos e valores em custódia - cobrança (D) depósitos à vista - títulos e valores em custódia - redesconto (E) empréstimo em conta - obrigações por empréstimos - ordem de paga-

mento.

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53. Número e valor da Fatura que lhe deu origem são requisitos essenciais da:

(A) ordem do pagamento (B) fatura (C) nota fiscal (D) duplicata (E) ordem de crédito 54 Avalista é a pessoa que: (A) deve pagar uma ordem de pagamento (B) transfere seus direitos sobre um título (C) garante o pagamento de um título caso o devedor não o faça (D) emite uma promissória (E) abona um devedor 55 Cheques emitidos pelo próprio banco sacado e vendido aos seus

clientes para serem descontados em outras praças ou até mesmo por outros bancos são:

(A) cheques vinculados (B) cheques nominativos (C) cheques especiais (D) cheques com cartão de crédito (E) cheques de viagem 56 Cobrança caucionada é a cobrança de títulos: (A) por conta dos clientes (duplicatas, recibos, nota promissória) (B) recebidos em garantia de empréstimos (C) descontados pelo banco (D) vinculados à operações de empréstimos (sem caução) (E) garantidos pelo banco 57 São títulos emitidos por empresas de capital aberto representativos da

dívida dessas empresas: (A) ações (B) warrants (C) debêntures (D) títulos cambiais (E) duplicatas 58 Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: A

Letra de Câmbio é emitido pelo ....., o cheque pelo ..... e a nota promis-sória pelo .....

(A) credor - sacador - devedor (B) credor - devedor - sacador (C) credor - sacado - devedor (D) devedor - emitente - sacador (E) devedor - sacador - emitente 59 Valores em garantia a Depositantes do valores em garantia, represen-

tam: (A) liquidação da garantia (B) entrada da garantia (C) baixa da garantia (D) depósito em conta vinculada (E) baixa do conta vinculada 60 Depósitos de Pessoas Jurídicas a Títulos Descontados, corresponde a: (A) liquidação de um empréstimo em conta (B) título descontado não paga pela sacado e lançado na conta do cliente (C) título redescontado junto ao Banco Central (D) crédito do valor líquido do título descontado (E) pagamento do título descontado, pelo sacado 61. Caixa da Obrigações por empréstimos, corresponde a empréstimo: (A) liquidado pelo Banco (B) obtido pelo Banco (C) concedido a um cliente do Banco (D) creditado a um cliente do Banco (E) liquidado por um cliente do Banco 62. Mandatários por cobrança a Cobrança de Conta Alheia, representa: (A) títulos recebidos em cobrança simples cobráveis em outras praças

(B) títulos recebidos em cobranças simples, cobráveis na própria praça (C) baixa da entrada de títulos em cobrança simples, cobrados em outras

praças (D) títulos descontados, cobráveis em outras praças (E) títulos descontados, cobráveis na própria praça 63. Depósitos de pessoas físicas a caixa, representa: (A) retirada por conta de depósito (B) cobrada de numerário na conta do cliente (C) aplicação de numerário a prazo fixo (D) aplicação de numerário sem prazo fixado (E) retirada da aplicação

GABARITO OFICIAL

1-c 11-e 21-b 31-e 41-e 51-c 61-b

2-a 12-b 22-a 32-a 42-a 52-c 62-a

3-b 13-d 23-c 33-d 43-c 53-d 63-a

4-a 14-d 24-b 34-a 44-a 54-c

5-c 15-a 25-d 35-c 45-b 55-e

6-e 16-c 26-c 36-e 46-d 56-b

7-b 17-e 27-e 37-c 47-c 57-c

8-e 18-b 28-a 38-c 48-a 58-a

9-d 19-c 29-c 39-e 49-b 59-b

l0-a 20-c 30-b 40-b 50-a 60-b

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