apostila aperfeicoamento para guia de turismo em psicologia da melhor idade

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Page 1: Apostila Aperfeicoamento Para Guia de Turismo Em Psicologia Da Melhor Idade

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Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Ministra do Turismo Marta Suplicy Prefeita Municipal de Fortaleza Luizianne Lins Secretário de Turismo de Fortaleza Henrique Sérgio Abreu Coordenador de Planejamento e Informações Rafael Cordeiro Felismino Gerente de Estudos e Projetos Jaciara França Execução do Programa Coordenadora Geral Grace Adeodato Maia Coordenadora Técnica Keila Cristina Nicolau Mota Coordenadora Pedagógica Amelia Carmelita Gurgel dos Anjos

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MINISTÉRIO DO TURISMO PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA

SECRETARIA DE TURISMO DE FORTALEZA - SETFOR

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E TÉCNICA DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS NO

TURISMO DE FORTALEZA

APERFEIÇOAMENTO PARA GUIA DE TURISMO EM PSICOLOGIA DA

MELHOR IDADE

FORTALEZA 2008

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S U M Á R I O

LISTA DE FIGURAS OU ILUSTRAÇÕES 3 APRESENTAÇÃO 4

UNIDADE I ABORDAGEM PSICOLÓGICA NA 3ª IDADE 6 Condutas na abordagem do cliente da 3ª idade 6 Como se relacionar com a 3ª idade 8

UNIDADE II PRIMEIROS SOCORROS 9 Importância 9 Conceitos Preliminares de Socorro de Emergência 9 Algumas Definições 10 Procedimentos Iniciais para atendimento de acidentados

10

Primeiras Atitudes diante de um Acidente 10 UNIDADE III O GUIA DE TURÍSMO 16

O papel do guia de turismo: em especial para atendimento a 3ª idade

17

Perfil Profissional 17 Atribuições e competências para o atendimento de uma clientela diferenciada

17

Ética Profissional e Trabalho 18 Elaboração de planos de viagem voltados para a 3ª idade

22

Aulas práticas: experimentação de roteiro turístico

22

UNIDADE IV LEGISLAÇÃO 23 Legislação específica para a 3ª idade e para portadores de Necessidades Especiais

23

Os Órgãos Oficiais de Turismo e sua atuação 35 A Infra-estrutura da cidade: transportes, hotéis, pousadas, recursos naturais, etc.

35

A Compreensão sobre a população considerada “3ª idade”: limites e possibilidades

36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 38

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Terceira Idade 6

Figura 2 Primeiros Socorros 9

Figura 3 Guiamento 16

Figura 4 Conhecendo as Leis sobre a Terceira Idade 23

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A p r e s e n t a ç ã o

No plano macro societário, a concepção de qualificação gerou uma série de políticas educacionais voltadas para a criação de sistemas de formação profissional estritamente vinculado às demandas e necessidades dos setores mais organizados do capital e de suas necessidades técnico-organizativas. A história dos sistemas de formação profissional no Brasil enquadra-se dentro desta lógica da qualificação, entendida como preparação de mão-de-obra especializada ou semi-especializada, para fazer frente às demandas técnico-organizativas do mercado de trabalho formal. No turismo essa concepção de qualificação não é diferente, uma vez que essa atividade contribui para o desenvolvimento econômico, ela impacta os diversos setores da economia ao gerar emprego, renda e receita, pois, com o êxito dessa atividade, aumentou o interesse de estudiosos, empreendedores e trabalhadores por essa área e a necessidade de otimizar os serviços prestados através da busca incisiva do conhecimento. O fenômeno turístico ao longo do tempo vem transformando a dinâmica do mercado local, consolidando Fortaleza como um dos receptivos mais comercializados. Tal fato é decorrência da diversidade de bens e serviços ofertados pela cadeia produtiva do turismo e pela relevância econômica e social desta. Assim, ampliou-se a quantidade de empreendimentos turísticos e, conseqüentemente, surgiu à necessidade de alocar mão-de-obra qualificada neste setor, no intuito de garantir a sua sustentabilidade. Nesse contexto, o Plano Nacional do Turismo – Diretrizes, Metas e Programas 2003-2007, do Ministério do Turismo, cujo eixo orientador para a qualificação profissional encontra-se no Macro Programa 5: Qualidade do Produto Turístico e especificamente no Programa de Qualificação Profissional, coloca que esse Macro Programa procura desempenhar um papel de indutor da qualidade dos serviços prestados e estimulador dos mecanismos de fiscalização para evitar a prática de abusos, tanto nas relações internas do setor quanto na venda ao consumidor. Diante do exposto, objetiva promover a capacitação, qualificação e re-qualificação dos agentes atuantes em toda cadeia produtiva do turismo, nos diversos níveis hierárquicos, tanto do setor público quanto do privado visando ocupar os novos postos de trabalho gerados pelo fenômeno turístico. A Secretaria de Turismo de Fortaleza – SETFOR visando à exeqüibilidade das atividades constantes no seu Programa denominado Gestão de Política de Turismo, no bojo da ação Capacitação e Qualificação para o Turismo, assume o seu papel de transformadora do turismo local, na medida em que contribui para a qualidade da vida urbana, prestação de serviços e oferta de produtos, de forma a impulsionar a sustentabilidade da atividade turística em Fortaleza. Com efeito, o Projeto da SETFOR enceta a partir da problemática levantada pelo Plano Nacional do Turismo quanto à qualificação profissional deficiente dos prestadores de serviços, tanto no âmbito gerencial quanto nas habilidades específicas operacionais. Não obstante aos objetivos desse Plano em ampliar e qualificar o mercado de trabalho é que este Órgão propõe um Projeto de Qualificação Profissional e Técnica dos Prestadores de Serviços em Turismo na Cidade de Fortaleza mediante a realização de cursos e de pesquisa para levantamento da demanda por qualificação profissional e empresarial junto aos empreendimentos turísticos e instituições

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representativas do setor nesta cidade a fim de beneficiar diretamente 7 mil profissionais. Dentre os objetivos a serem alcançados com os cursos, destaca-se: Melhorar a qualidade dos serviços prestados ao turista; Adotar um conteúdo programático que não se dissocie da realidade mercadológica e; Disseminar a cultura do turismo em Fortaleza. É importante salientar que o baixo nível de qualificação dos profissionais contemporâneos compromete o poder de competitividade desse destino frente à concorrência e, como a atratividade desse receptivo perpassa pela excelência dos serviços turísticos, é relevante a preparação tanto no âmbito gerencial como operacional, incluindo os beneficiários indiretos. Sobretudo, o Estado tem papel fundamental a cumprir na regulamentação, normatização e fiscalização dos segmentos e atividades ligadas ao turismo, bem como na orientação da formação profissional. Este último, em virtude da quantidade de empregos gerados, da alta rotatividade nos postos de trabalho e da própria dinâmica do mercado que requer uma adequação da formação dispensada, levando em consideração os aspectos sócio-culturais do destino turístico. Portanto, a Secretaria de Turismo de Fortaleza - SETFOR em convênio com o Ministério do Turismo promove neste primeiro semestre de 2008, capacitação gratuita para cinco mil e oitocentos profissionais em serviços de atendimento ao turista, formação de instrutor, idiomas, guiamento, gestão de marketing no turismo e na hotelaria a fim de atingir os objetivos supracitados.

Henrique Sérgio Abreu Secretário de Turismo de Fortaleza

Secretaria de Turismo de Fortaleza - SETFOR

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UNIDADE I - ABORDAGEM PSICOLÓGICA NA 3ª IDADE Condutas na abordagem do cliente da 3ª idade

Todos nós, mais cedo ou mais tarde, chegaremos a esta fase da vida e deveríamos ter a consciência de respeitar e de valorizar os idosos, pessoas que, com seu trabalho, paciência, dedicação, conhecimento e experiência, possibilitaram a construção do nosso presente, com mais oportunidades e caminhos aos mais jovens, os quais, na maioria das vezes, têm sido muito melhores do que aqueles que eles mesmos tiveram ao longo de suas vidas. Todos os idosos merecem o nosso respeito, amor, carinho, dedicação e consideração. (TESSARI, 2004).

A Qualidade de vida na 3ª idade pode ser definida como a manutenção da

saúde, em seu maior nível possível, em todos os aspectos da vida humana: físico,

social, psíquico e espiritual (Organização Mundial da Saúde, 1991).

Quanto ao aspecto psicológico, podemos considerar como necessidade

essencial o respeito à autonomia e a dignidade do idoso, pois já não se tem a mesma

vitalidade, a rapidez dos movimentos e do raciocínio, a mesma coordenação motora

da época da juventude. Porém muitas atividades e funções ele poderá manter, por

exemplo, a atividade sexual, pois ele não perde essa função, apenas ela passa a ser

vivida diferente da juventude, o que importa não é a virilidade, a quantidade de

ejaculações ou orgasmos, mas a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o

carinho. Saber usufruir de todos os momentos de lazer, a integração social e o

Figura 1- Terceira Idade

Fonte: esnaderiva.blogs online

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desenvolvimento de hobbies e interesses diversos, também colaboram para que a

mente mantenha-se ativa e saudável.

É importante que o idoso seja respeitado como ser humano que é, com

todas as limitações inerentes a sua idade. Mesmo porque, limitações todo ser humano

tem, uns com mais, outros com menos. A partir desse ponto de vista, pode-se

considerar que a idade avança, mas isso só trás um pouco mais de limitações.

Porém as limitações dos idosos só devem ser consideradas quando forem

limitações reais, não, oportunamente, atribuídas a eles. Como acontece, muitas vezes,

no caso da depressão no idoso, sendo uma das principais doenças psicossomáticas

na população idosa, é de difícil reconhecimento e diagnóstico, uma vez que a

sociedade freqüentemente a encara como um fato normal na velhice, por puro

preconceito. As causas da depressão ainda são desconhecidas, mas acredita-se que

vários fatores biológicos, psicológicos e sociais, atuando de forma concomitante,

desencadeiam a doença. O acompanhamento psicoterapêutico como complemento ao

tratamento medicamentoso propicia a recuperação da qualidade de vida do idoso. Pois

as causas da depressão nessa idade são, muitas vezes, as grandes mudanças e

perdas ocasionadas pela aposentadoria e pela perda de amigos e familiares, como

conseqüência vem à dificuldade de elaborar novos projetos de vida. Porém um contato

familiar constante e a preservação e manutenção da autonomia, independência e

dignidade, podem prevenir, como também tirar o idoso do quadro depressivo.

Ajudar o idoso a refazer o seu projeto de vida é essencial, pois com a

chegada da aposentadoria, os filhos já encaminhados na vida. O que se pode fazer

para aprender coisas novas? Encontrar um hobby? O importante é fazer o que gosta e

o que se sente bem.

O afeto e a valorização da família por esse novo projeto é muito importante

para a satisfação do idoso, pois eleva sua auto-estima e faz com que ele se sinta

integrado.

Com o aumento da expectativa de vida e o avanço tecnológico, o

comportamento do idoso mudou. Hoje, eles buscam interagir com a sociedade,

atualizando-se e acompanhando as transformações sociais e tecnológicas. Isso pode

ocorrer através de cursos específicos, como também de grupos de debates e

atualizações, proporcionando uma maior integração social e desenvolvimento da

capacidade de raciocinar e sentir-se útil.

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Como se relacionar com a 3ª idade

Mário Prata descreve com bastante humor e inteligência esta fase da vida que todos nós

iremos passar.

Esqueceram de que existe Envelhescência

Se você está entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais

novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E se já passou, confira.

Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência,

maturidade e velhice. Quase correto, esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a

velhice existe a envelhescência.

A envelhescência nada mais é do que uma preparação para entrar na velhice assim como a

adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem

maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não antes da envelhescência. E, se

você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque

os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso.

Nós envelhescentes, também mudamos o nosso ritmo de falas, o nosso timbre. Os adolescentes

querem falar mais rápido, os envelhescentes querem falar lentamente.

Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro, os envelhescentes vivem a falar do passado.

Bons tempos.

Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós

envelhescentes também não os entendemos. Ninguém me entende é uma frase típica dos

envelhescentes.

Ambos adoram deitar e levantar tarde.

O adolescente adora assistir um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick

Jagger). O envelhescente adora assistir um show de um artista adolescente (Daniela Mercury).

O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço

para deixar o vício. Ambos bebem escondido.

Adolescência vai dos 10 aos 20 anos, a envelhescência dos 45 aos 65. Depois sim, virá a velhice,

que nada mais é que a maturidade do envelhescente.

Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice,

vão dizer: é um eterno envelhescente! Que bom.

Seja bem-vindo!

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UNIDADE II - PRIMEIROS SOCORROS

Figura 2 - Primeiros Socorros Fonte: ccpiones.blog.pt

Importância

A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de saber que somos um ser humano complexo, composto, entre inúmeras condições, do corpo físico, do espírito, etc., com capacidade intrínseca de cuidar de si mesmo quando usa suas forças internas, que vai além da ciência clássica cartesiana. Uma delas, por exemplo, é a capacidade de se acalmar ou acalmar os outros em situação de emergência, desde que tenha recebido algum treinamento anterior, formal ou informal. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você, sempre pensando que o altruísmo e a espiritualidade ou intuição são dons naturais, divinos. Colocar no coração que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.

Conceitos Preliminares de Socorro de Emergência

Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. A pessoa que chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro. Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas, são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas, porém, sempre é tempo de fazer algo positivo. Todos os seres humanos são possuidores de um forte espírito de solidariedade e é este sentimento que nos impulsiona para tentar ajudar as pessoas em dificuldades. Nestes trágicos momentos, após os acidentes, muitas vezes entre a vida e a morte, as vítimas são totalmente dependentes do auxílio de terceiros. Acontece que somente o espírito de solidariedade não basta. Para que possamos prestar um socorro de emergência correto e eficiente, precisamos dominar as técnicas de primeiros socorros. Algumas pessoas pensam que na hora da emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las.

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Algumas definições

O que são primeiros socorros? Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.

Socorrista: Profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma pessoa que possui apenas o curso básico de Primeiros Socorros não deve ser chamado de Socorrista e sim de atendente de emergência. Devemos, sempre que possível, preferir o atendimento destes socorristas e paramédicos, que contam com a formação e equipamentos especiais.

Atendimento Especializado: Na maioria das cidades e rodovias importantes é possível acionar o atendimento especializado. Quando devemos prestar socorro? Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

Procedimentos Iniciais para atender Acidentados

É bom saber que o trabalho do Socorrista, realizado no local do acidente, antes da chegada do médico, é essencial, podendo significar a diferença entre a vida e morte do paciente. Portanto, a prática dos Primeiros Socorros pode, por exemplo, evitar algum tipo de hemorragia, manter a respiração, impedir que uma lesão se agrave, prevenir o estado de choque, proteger regiões do corpo que sofreram queimaduras, além de ter o cuidado necessário com ossos possivelmente fraturados. O transporte da vitima é outro fator de absoluta relevância. Mas antes de iniciar o atendimento é preciso inspirar confiança e evitar o pânico diante da vítima. Após seguir todos os procedimentos iniciais, qualquer outro tipo de atendimento é responsabilidade do profissional de saúde e é preciso aguardar a sua chegada.

Primeiras Atitudes diante de um Acidente

Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas. Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.

Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma qual procedimento tomar, de forma rápida e precisa. Apesar da gravidade da situação, devemos agir com calma, evitando o pânico. Devemos transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho. Agir rapidamente, porém, dentro dos seus limites e usando os conhecimentos básicos de primeiros socorros. Às vezes, é preciso saber improvisar.

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Parada Respiratória

Quando ocorre a parada respiratória, é necessário que a respiração da vítima seja imediatamente restabelecida. Caso contrário, ela estará sujeita a morte em poucos instantes. Como detectar: Observar os sinais graves. Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória. O que fazer: Aplique respiração de socorro imediatamente.Como fazer a respiração artificial ou de socorro: Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário. Métodos de Respiração Artificial: Método boca-a-boca (para adultos) Deitar a vítima de costas. Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na freqüência de 15 vezes por minuto O que pode causar: Gases venenosos; vapores químicos ou falta de oxigênio; afogamento; sufocação por saco plástico; choque elétrico; abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça; envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos; sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas, etc.

Estado de Choque

Observar os sinais: Pele fria; sudorese; palidez de face; respiração curta, rápida e irregular; visão turva; pulso rápido e fraco; semiconsciência; vertigem ou queda ao chão; náuseas ou vômitos. O que pode causar: Queimaduras, ferimentos graves ou externos; Esmagamentos; Perda de sangue; Envenenamento por produtos químicos; Ataque cardíaco; Exposições extremas ao calor ou frio; Intoxicação por alimentos e Fraturas. O que fazer: Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades. Manter a vítima deitada, se possível com as pernas elevadas 25 cm a 35 cm, afrouxar as roupas e agasalhar a vítima. Lembre-se de manter a respiração. E se possível dê-lhe água para beber.

Parada do coração

Observe os sinais: Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais, a ação deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento. O que fazer: Aplique a massagem cardíaca externa. O que pode causar: Ataque cardíaco; Choque elétrico; Estrangulamento; Sufocação; Reações alérgicas graves; Afogamento.

Hemorragia

O que é: Perda de sangue excessiva devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria. Gravidade: A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte de três a cinco minutos. Não perca tempo. O que fazer: Fazer pressão diretamente sobre a ferida, para estancar a hemorragia, com compressa de gaze, pano ou lenço limpo. Em caso de pernas e braços amputados, esmagados ou dilacerados, são utilizados os torniquetes. Como fazer um torniquete: Escolha panos largos e resistentes. Em

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seguida, enrole o pano em volta da parte superior do membro afetado, logo acima do ferimento, dando meio-nó. Utilize um pedaço de madeira sobre o meio-nó e complete o nó. Depois, torça o pedaço de madeira até que a hemorragia esteja controlada. Marque em qualquer lugar mais visível na vítima, com algum tipo de tinta, as iniciais TQ (torniquete) e a hora. E não se esqueça de não cobrir o torniquete. A cada dez ou 15 minutos desaperte o torniquete.

Hemorragia Interna

Observe os sinais: Pulso fraco, pele fria, suores abundantes, palidez intensa e mucosa descoradas, sede, tonturas, às vezes, inconsciência. O que fazer: Manter o paciente deitado e aplicar compressas frias na possível região atingida. Depois siga os procedimentos de estado de choque.

Hemorragia Nasal

(Epistaxe)

Observe os sinais: Tosse com golfadas de sangue vermelho rutilante. O que fazer: Posicionar a cabeça para traz e comprimir a narina sangrante durante cinco minutos e soltar levemente. Se a hemorragia não cessar, use um tampão de gaze por dentro da narina e coloque um pano frio qualquer sobre o nariz.

Hemorragia dos Pulmões

(Hemoptise)

O que fazer: Deitar a vítima em posição lateral, fazer compressas frias, e se possível, aguardar a chegada do socorro médico. Evite que ele converse. Mantenha-o calmo.

Hemorragia do Estômago

(Hematêmese)

Observe os sinais: Enjôo (náusea), dor, vômitos com sangue escuro (borra de café). O que fazer: Colocar a vítima sentada ou deitada com a cabeça elevada. Aplicar compressas frias (Gelo) sobre o epigástrico e aguardar socorro médico.

Lesões na Espinha (Coluna)

O que fazer: Ter cuidado no atendimento e no transporte fazendo imobilização correta. Manter a vítima imóvel e devidamente agasalhada. Verifique a respiração e esteja pronto para iniciar o método boca-a-boca, se necessário.

Acidentes Ortopédicos -

Fraturas

São quebras de um osso causadas por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento. O que fazer: Impedir o deslocamento das partes fraturadas, evitando maiores danos. Classificação das fraturas: Fechadas; Expostas. Cuidados: Evite deslocar a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada, a menos que haja eminente perigo (Explosões ou trânsito).

Luxações ou Deslocamentos

das Juntas (braço, ombro)

Observe os sinais: Deslocamento de ossos e juntos do lugar.

O que fazer: Faça uma tipóia.

Entorses e Distensões

O que fazer: Trate como se fosse fraturas. Aplique gelo e compressas frias no local. Cuidados: O calor aumenta a dor e o inchaço, portanto nada de aplicar nada quente sobre a região afetada.

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Contusões Observe os sinais: Pele arroxeada com inchaço. O que fazer: Providenciar repouso do local (imobilização) e aplicar compressas frias.

Ferimentos Leves ou Superficiais

O que fazer: Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS. Cuidados: Evite tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

Ferimentos Extensos ou Profundos

Caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores.

Ferimentos abdominais

abertos

Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa úmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

Ferimentos profundos no

tórax

Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça

Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.

Ferimentos Perfurantes

O que são: Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc. O que fazer: Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze. Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho - Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada. Cuidados: A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.

Queimaduras

O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura. Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a “choque de queimadura” e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros. O que pode causar: Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade. O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação. Cuidados: Evite furar as bolhas, evite tocar a área queimada.

Queimaduras Químicas

O que são: provocada por ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos. O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região. Cuidados: Levar ao pronto socorro.

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Queimadura nos

Olhos

O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta. O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. Vendá-los com gaze umedecida e levar ao médico com urgência.

Ataque Cardíaco

Observe os sinais e sintomas: dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais. O que fazer: mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. Somente dê algum medicamento se a vítima já faz uso prescrito por médico.

Venenos Aspirados

Observe os sinais: Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos. O que fazer: Areje o ambiente. Remova imediatamente para o hospital mais próximo.

Envenenamento através da Pele

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente.

Contaminação dos Olhos

O que fazer: Lave com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.

Transporte de Acidentados

Antes de providenciar a remoção da vítima controle hemorragias e respiração. Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas. Evite e/ou controle o estado de choque. Providencie uma maca. Durante a remoção ou transporte em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado. Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça, ou pela cabeça. Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes. No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local. Como fazer uma Maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.

Envenenamento

O que é: intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas, gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc. Observe os sinais e sintomas: hálito característico, observar cor

das mucosas, dor abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique se há possíveis produtos químicos ou drogas nas proximidades da vítima. Ou vestígios de folhas venenosas na extremidade bucal. O que fazer: administre água em pequenos goles, para pacientes

conscientes, sem lesões aparentando queimadura na mucosa oral. Mantenha a vítima agasalhada, calma e deitada. Leve ao hospital mais próximo. Cuidados: evite qualquer tratamento sem a orientação dada com base na planilha padrão do CREMEC.

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Acidentes Provocados pelo

Calor

O que é: Insolação: ação dos raios solares, sobre um a pessoa, por tempo prolongado (praia, campo, mesmo nas grandes cidades). Intermação: ação do calor sobre pessoas que trabalham em ambientes fechados a altas temperaturas, exemplo: caldeiras, fornos, etc. Observe os sinais: Pele quente e vermelha, posteriormente palidez facial, sudorese intensa, respiração rápida, batedeira, vertigens e agitação, dor de cabeça e enjôo. O que fazer: Tentar reduzir a temperatura do corpo. Retire a vítima do local, umedeça a cabeça e o tronco com água fria, ofereça líquidos à vontade.

Corpos Estranhos

O que são: Pequenas partículas de vidro, madeira, poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes insetos mosquitos, formigas, moscas, besouros, etc. que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos. Crianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial no nariz, boca e ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes, moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e respiração difícil ou ausente.

Olhos O que fazer: Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo, um copo) e procure ajuda médica imediata.

Nariz

O que fazer: Tente expelir o ar pela narina com corpo estranho fazendo certa pressão com a boca fechada e o outro lado comprimido com o dedo. Instrua a vítima para que ela respire pela boca. Cuidados: Levar ao hospital mais próximo.

Ouvidos O que fazer: Manter o paciente deitado de lado com o ouvido afetado para cima. Cuidados: Levar ao hospital mais próximo.

Garganta

O que fazer: Mantenha-se ao lado da vítima e de forma calma peça para que ela tussa várias vezes, com a intenção de expelir o corpo estranho. Manobra de Heimlich: A pessoa deverá posicionar-se atrás da vítima, fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro a partir dos cotovelos. Deve-se comprimir a parte superior do abdomen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. É essencial repetir-se a manobra acerca de cinco a oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio.Tentar Manobra de Heimlich em pé ou se a vítima desmaiar. Não obtendo sucesso realizar respiração boca-a-boca com a vítima deitada em decúbito dorsal até chegada de socorro médico.

Cobras Venenosas

Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o

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acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Cuidados: Evite que a vítima caminhe. A única solução é o encaminhamento ao hospital mais próximo.

Picadas de Escorpião,

Lacraia, Centopéia e

Aranhas

O que fazer: Procure um médico imediatamente.

Picadas e Ferroadas de

Insetos

Gravidade: Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediantamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves. O que fazer: Retire o "ferrão" do inseto como se estivesse capinando evitando comprimi-lo. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.

Convulsões

O que são: Contraturas involuntárias da musculatura provocando movimentos desordenados e inconscientes. O que pode causar: Ataque de epilepsia - Se durar mais de 15 minutos chame um médico. Cuidados: Antes do socorro: proteja o corpo da vítima para que ela não se machuque contra objetos, afastando-os.

Alcoolismo

A ingestão de álcool pode trazer sensações desagradáveis ou prazerosas. Muitas pessoas têm sérios problemas no seu meio familiar e social. Ingestão crônica causa cirrose e distúrbios psicóticos "Delirium Tremens". Cuidados: Muito cuidado com o doente, seja gentil e firme. Leve ao PS.

UNIDADE III O GUIA DE TURISMO

Figura 3 – Guiamento

Fonte: viajeaqui online

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O Papel do guia de turismo: em especial para atendimento a 3ª idade

O público da terceira idade, para o turismo, apresenta um mercado potencial, já percebido na Europa e Estados Unidos com uma demanda expressiva. As características que a terceira idade dispõe, como a não sazonalidade, a disponibilidade de tempo livre e uma renda fixa, ainda que reduzida, faz desse mercado um dos mais lucrativos.

A permanência do turista pode ser por um tempo maior, o que permite que os gastos que este realizará no local visitado seja proporcionalmente maior, essas características são reforçadas por Beni (2003, p 436), que afirma: esse segmento da população vem crescendo quase exponencialmente no tráfego turístico mundial, em razão do aumento da expectativa de vida [...] no Brasil até recentemente inexpressivo em termos estatísticos, esse segmento vem conquistando seu nicho de mercado.

Ao mencionar as motivações que levam os turistas a buscarem o meio rural como destinação, Rodrigues (2001, p 112–113) reafirma: a busca pela mudança de ambiente, com um estilo de vida diferente do seu; maior proximidade de contato com a natureza; vivência com pessoas com modos de vida simplórios em oposição ao padrão urbano; lugar bucólico, que não tenha sofrido com a massificação e que possua originalidade.

As atividades que o campo oferece aos seus visitantes têm caráter de maior calmaria, o ambiente remete paz ao turista, e os proprietários das áreas rurais têm a oportunidade de oferecer atividades leves, como uma caminhada, um passeio em torno da atividade agrícola desempenhada pelo agricultor, onde este explana todo seu modo de trabalho, fazendo com que o turista interaja com a rotina da propriedade. Em casos onde o grupo em questão é de terceira idade pode-se perceber, como foi o caso em estudo deste trabalho, que o turista se identifica com o meio visitado, sentindo-se mais motivado e com energias renovadas ao término do passeio, uma vez que o meio bucólico que é oferecido costuma remetê-los à infância e família. Porém, não são apenas atividades leves que podem ser desfrutadas no meio rural, atividades de ecoturismo que envolva esportes radicais podem igualmente ocorrer no espaço rural. (FERREIRA; CARDOZO, 2007)

Perfil Profissional

O Guia de Turismo é um profissional multifacetado e para bem desenvolver suas funções há a necessidade de um perfil eclético. Dinamismo, percepção e atenção, são atributos, dentre tantos outros, que devem permear o perfil profissional. Aliado a estes atributos, o profissional tem como competência atender ao público de todas as idades, o que o torna diferenciado de alguns outros profissionais.

Atribuições e competências para o atendimento de uma clientela diferenciada

No pertinente as atribuições deste profissional, estas vão da recepção ao turista, no momento da chegada ao destino receptivo, até o check out deste turista no último dia de sua permanência no destino. Recepcionar e conduzir pessoas e/ou grupos são as atribuições mais freqüentes do Guia de Turismo. No atinente as competências, estas

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poderão variar em função da clientela. Considerando-se que cada pessoa é uma individualidade não existe, por assim dizer, um atendimento padrão de tal sorte que cada grupo de pessoas terá sua característica peculiar.

Ética Profissional e Trabalho

É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.

Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.

A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.

O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.

A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.

Ética Profissional: Quando se inicia esta reflexão?

Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes da prática profissional.

A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência, muitas vezes já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.

Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da

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chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.

Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir.

Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.

Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao dia-a-dia.

Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo.

Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade?

É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que dependem do bom desempenho desta.

Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.

Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão assim com você e seu dia será muito melhor.

Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada

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dia, seja qual for sua atividade profissional. E se não surgir outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada ao seu viver.

E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.

Ética Profissional e relações sociais

É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência.

Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você...

Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as PESSOAS.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.

Ética Profissional e atividade voluntária

Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em oposição a Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade voluntária não seria profissional, e esta é uma conceituação polêmica.

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Em realidade, Voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática Profissional não-remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em beneficência, por um período determinado ou não.

Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício profissional se este fosse remunerado.

Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele!

Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.

Código de Ética do Guia de Turismo

Aprovado no VII CBGTUR Art. 1º - Atuar sempre á luz da verdade, não induzindo o usuário dos seus serviços a erros de interpretação, quanto às informações prestadas. Art. 2º - Possuir vocação e preparo adequado para o exercício da atividade de GUIA DE TURISMO, procurando o aprimoramento constante, através de cursos, seminários e congêneres. Art. 3º - Desenvolver ao máximo o seu sentido de responsabilidade, evitando que, por omissão ou negligência, seus atos possam causar prejuízos à empresa onde trabalha ao público em geral ou aos seus companheiros de profissão. Art. 4º - Demonstrar conduta apropriada em todos os seus atos, públicos e privados, atendendo com esmero, pontualidade, discrição e zelosa diligência às funções de GUIA DE TURISMO. Art. 5º - Procurar sempre em seu relacionamento com as autoridades públicas, obter o reconhecimento da importância da sua atividade para com a comunidade, com igualdade para seus colegas de todo o mundo. Art. 6º - Praticar a amizade como um fim e não como um meio, respeitando em todos os momentos e se fazendo respeitar como pessoa humana. Art. 7º - Colaborar com os colegas que lhe solicitarem apoio para desenvolver sua atividade, dando proteção aos interesses dos mesmos como se fossem seus, desde que não venha a ser prejudicado no desempenho de suas próprias funções. Art. 8º - Prestar o máximo apoio ao SINDICATO DOS GUIAS DE TURISMO DO BRASIL, ao qual deve pertencer, ajudando-o a fortalecer-se para que o mesmo, por sua vez, melhor possa proteger os interesses de seus associados. Art. 9º - Procurar eleger e promover os mais capacitados valores da categoria para dirigir o SINDICATO DOS GUIAS DE TURISMO DO BRASIL. Art. 10 - Colaborar, sob todas as formas ao seu alcance, com o SINDICATO, submetendo ao poder arbitral do mesmo qualquer conflito de interesse. Art. 11 - Apresentar-se sempre como um eficiente e sério profissional, constante portador da mensagem de Paz e Entendimento entre todos os povos.

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Art. 12 - Não tecer, quando no exercício da atividade, comentários políticos - partidários, não emitir qualquer comentário desfavorável sobre pessoas ou locais, nem fazer qualquer tipo de discriminação de raça, credo, religião, sexo ou costumes. Art. 13 - Respeitar o meio ambiente e o patrimônio cultural e artístico, colaborando na sua preservação e atuando junto à sociedade visando evitar a depredação da natureza e do patrimônio cultural e artístico. Art. 14 - Manter postura correta e vocabulário adequado ao exercício da profissão de GUIA DE TURISMO. Art. 15 - O Presente Código de Ética substitui o anterior e passa a vigorar a partir desta data.

Belo Horizonte (MG), 23 de outubro de 1987. JORGE BREOGAN Presidente

Elaboração de planos de viagem voltados para a 3ª idade

Utilizando-se a técnica de elaboração de roteiros turísticos para o que se refere ao tour observando as paradas técnicas a cada 200 km de viagem e o trajeto diário, não ultrapassando oito horas de viagens ou o equivalente a 600 km no máximo, para buscar o máximo de conforto ao passageiro o grupo montará roteiros no Ceará, voltados para a 3ª idade, seguindo-se a estrutura abaixo:

� Escolha e definição do destino

� Identificação do grupo/cliente

� Montagem do programa

� Elenco de materiais e providências para atendimento ao público da 3ª idade

� Obs. Um dos roteiros deverá ser um City Tour em Fortaleza.

Aulas práticas: experimentação de roteiro turístico

Partindo-se dos conteúdos teóricos estudados em sala de aula desenvolver-se-á uma aula prática onde os guias de turismo terão a oportunidade de vivenciar uma prática com grupo da melhor idade. Esta prática resultará de um planejamento desenvolvido em sala de aula pelo professor.

Após a escolha de uma entidade de idosos de Fortaleza, os Guias de Turismo irão desenvolver a prática do roteiro experimental

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UNIDADE IV - LEGISLAÇÃO

Legislação específica para a 3ª idade e para Portadores de Necessidades Especiais

Terceira Idade - Direitos dos Idosos

"O maior pecado contra nossos semelhantes não é o de odiá-los,

mas de ser indiferentes para com eles". Bernard Shaw

No campo legislativo, o idoso no Brasil está muito bem. A proteção ao idoso entre nós tem assento constitucional.

A Constituição Federal, logo no art. 1º declara que são princípios fundamentais da República Federal do Brasil, a cidadania e a dignidade humana (incisos I e II).

O idoso é ser humano, portanto possui status de cidadão e, por conseqüência, deve ser contemplado por todos os instrumentos asseguradores da dignidade humana aos brasileiros, sem distinção.

A nosso juízo bastaria essa consideração. Mas como o idoso quase sempre não é tratado como cidadão, a realidade obrigou o constituinte a ser bem claro no texto, estabelecendo meios legais para que o idoso deixe de ser discriminado e receba o tratamento que lhe é devido.

Assim, a Constituição Federal estipula que um dos objetivos fundamentais da República é o de promover o bem de todos, sem preconceito ou discriminação em face da idade do cidadão, bem como de origem, raça, sexo, cor e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso IV).

A faixa etária também tem relevo constitucional, no tocante à individualização da pena. É o que dispõe o art. 5º, inciso XLVIII, do qual deflui que o idoso dever cumprir pena em estabelecimento penal distinto (68).

Figura 4 – Conhecendo as Leis da 3ª Idade

Fonte: taua.ce.gov.br online

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O Constituinte demonstrou especial preocupação igualmente com os idosos economicamente frágeis, isentando-os do imposto sobre a renda percebida (art. 153, §2º, I).

Continuando a proteção etária, o idoso tem direito ao seguro social, ou aposentadoria, variando as idades, se homem ou mulher, se trabalhador urbano ou trabalhador rural (art. 201).

Para o idoso que não integre o seguro social, ou seja o benefício a que tem direito apenas quem contribui para a Previdência Social, a Constituição assegura a prestação de assistência social à velhice. Tal proteção deve se dar com os recursos orçamentários da previdência social e prevê, entre outras iniciativas, a garantia de um salário mínimo mensal ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família (arts. 203, V, e 204).

Especial destaque na proteção constitucional ao idoso é o papel da família. A família é a base da sociedade e merece atenção especial do Estado. A partir dessa conceituação, o estado deverá assegurar assistência a cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações (art. 226).

Ainda com respeito ao aspecto familiar, é dever da família, bem como do Estado e da sociedade, amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar (v. art. 3º) e garantindo-lhes o direito à vida.

E, na acepção constitucional, os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares (art. 230, § 1º).

Aspecto relevante da proteção constitucional é o direito do maior de 65 anos ao transporte urbano gratuito (art. 230, § 2º).

Vale registrar que o maior de 70 anos exerce o voto facultativamente (art. 14, II, b).

Nos art. 127 e 129, a CF reserva ao Ministério Público a defesa dos direitos coletivos da sociedade, incluindo-se idosos. No campo individual, os idosos carentes devem contar com o apoio da Defensoria Pública (art. 134).

E, como já vimos, o idoso é cidadão e, portanto, além das garantias citadas, deve ser contemplado com todas as demais garantias constitucionais aplicáveis a qualquer cidadão.

Objetivando dar conseqüência às garantias constitucionais, o legislador ordinário, tanto no plano federal quanto distrital, não economizou na proteção ao idoso.

A Política Nacional do Idoso (Lei Federal nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, regulamentada pelo Decreto Federal nº 1.948, de 3 de julho de 1996, é o instrumento básico.

Examinemos alguns dos aspectos dessa lei que, a juízo do subscritor, merecem maior destaque frente à realidade.

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A lei começa por repetir os princípios constitucionais, garantindo ao idoso a cidadania, com plena integração social, a defesa de sua dignidade e de seu bem-estar e do direito à vida, bem como o repúdio à discriminação (art. 3º).

Uma de suas diretrizes é a priorização do atendimento do idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços. Quando desabrigado e sem família deve receber do Estado assistência asilar condigna (art. 4º, VIII).

Na implementação da política nacional do idoso, a lei atribui ao Poder Público incumbências muito claras nas mais diversas áreas:

a) na promoção e na assistência social, há previsão de ações no sentido de atender as necessidades básicas do idoso, estimulando-se a criação de centros de convivência, centros de cuidados noturnos, casas-lares, oficinas de trabalho, atendimentos domiciliares, além da capacitação de recursos para atendimento do idoso (art. 10, I);

b) na área de saúde, o idoso deve ter toda assistência preventiva, protetiva e de recuperação por meio do Sistema Único de Saúde; deve ser incluída a geriatria como especialidade clínica, para efeito de concursos públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e Municipais (art. 10, II);

c) na área da educação prevê-se: a adequação dos currículos escolares com conteúdos voltados para o processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos; a inserção da Gerontologia e da Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores; a criação de programas de ensino destinado aos idosos; o apoio à criação de universidade aberta para a terceira idade;

d) na área do trabalho e da previdência: impedir a discriminação do idoso, no setor público e privado; programas de preparação para a aposentadoria com antecedência mínima de dois anos antes do afastamento; atendimento prioritário nos benefícios previdenciários;

e) habitação e urbanismo: facilitar o acesso à moradia para o idoso e diminuir as barreiras arquitetônicas;

f) na área da justiça: promoção jurídica do idoso, coibindo abusos e lesões a seus direitos;

g) na área da cultura, esporte e lazer: iniciativas para a integração do idoso e, com este objetivo, a redução de preços dos eventos culturais, esportivos e de lazer.

A lei também prevê a criação de conselhos do idoso no âmbito da União, dos Estados, Distrito Federal e municípios, com o objetivo de formular, coordenar, supervisionar e avaliar a política nacional do idoso, no âmbito da respectiva atuação (arts. 5º e 6º).

O Decreto Federal nº. 1.948, de 3 de julho de 1996, regulamenta a lei sobre a Política Nacional do Idoso. Em referida regulamentação, além da repetição dos termos da lei, cabe ressaltar:

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a) a conceituação de assistência asilar e não-asilar para o idoso (arts. 3º, 4º e 17);

b) a atribuição de tarefas, a cada órgão da administração pública, na execução da política nacional do idoso (arts. 5º a 16);

c) a proibição da permanência em instituições asilares de idosos portadores de doenças que exijam assistência médica permanente ou de assistência de enfermagem intensiva, cuja falta possa agravar ou por em risco sua vida ou a vida de terceiros (art. 18).

Além dessas diretrizes, o legislador sabiamente - porque sabe que a realidade é muito cruel com os idosos - assegura ao idoso o direito de dispor de seus bens, proventos pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidade judicialmente comprovada.

E, segundo a mesma lei:

TODO CIDADÃO TEM O DEVER DE DENUNCIAR À AUTORIDADE COMPETENTE QUALQUER FORMA DE NEGLIGÊNCIA OU DESRESPEITO AO IDOSO.

Outra diploma legal, a Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social - LOAS, dando conseqüência art. 203, V, da Constituição Federal, assegura a assistência social à velhice e, como ponto alto, por suas conseqüências econômicas, regula a prestação continuada, que consiste na garantia de 1 (um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família (art. 20).

A partir de janeiro de 1998, conforme a Lei Federal nº. 9.720, de 1998, a idade mínima para receber o benefício de prestação continuada foi reduzida de 70 para 67 anos. Assim, o idoso que contar hoje 67 anos e se enquadre nas exigências da lei pode ser contemplado pelo benefício de prestação continuada.

O benefício de prestação continuada, concedido e pago pelo INSS, é pessoal, não se transferindo aos dependentes; é inacumulável com qualquer outro benefício previdenciário percebido; de dois em dois anos, há recadastramento, podendo cessar o benefício se mudar a situação econômica do idoso ou de sua família.

O grande drama é que para receber o benefício de prestação continuada, a renda per capita da família não pode ser superior a ¼ (hum quarto) do salário mínimo. E considera-se família, para o efeito do benefício, o conjunto de pessoas, vivendo sob o mesmo teto com o idoso ou portador de deficiência, assim elencadas em relação a estes: o cônjuge, o companheiro ou a companheira, os filhos e irmãos não emancipados de qualquer condição, menores de 21 anos ou inválidos. Família incapacitada é aquela cuja renda mensal de seus integrantes, divida pelo número destes, seja inferior a ¼ do salário mínimo, ou seja R$ 45,00 atualmente.

Assim, numa família cujo pai perceba R$ 250,00 reais mensais e dele dependam a esposa e dois filhos e, além destes, também sua mãe idosa, esta não terá direito ao benefício, pois a renda familiar será de R$ 50,00 mensais per capita.

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O critério é injusto sob vários aspectos que não cabe aqui levantar. Mas sob o aspecto da renda familiar, aludido critério já foi referendado pela maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, em ação direta de inconstitucionalidade contra o §3º, do art. 20 da Lei nº 8.742/93, proposta pelo Procurador-Geral da República (ADIN 1232-DF). Assim, o critério só poderá ser mudado por lei.

Finalmente, é digno de registro: o idoso abrigado em asilo, mesmo que receba abrigo sem nenhum custo, faz jus à prestação continuada, podendo os dirigentes da instituição ser procuradores junto ao INSS.

Ainda no âmbito federal, a Lei nº 8.648/93 acrescentou parágrafo único ao art. 399 do Código Civil - mais uma vez realçando a proteção ao idoso - responsabilizando os filhos maiores e capazes no dever de prestar alimentos aos pais que, na velhice, carência ou enfermidade, ficaram sem condições de prover o próprio sustento, principalmente quando se despojaram de bens em favor da prole. Os alimentos são irrenunciáveis e devem ser prestados até o final das vidas dos pais.

O idoso também recebe tratamento especial no campo penal. A condenação do idoso acima de 70 anos deve levar em conta a atenuante etária (CP, art. 65, I) e a execução da respectiva sentença pode ser suspensa, é o denominado sursis, desde que a pena seja igual ou inferior a quatro anos (CP, art. 77). A prescrição da punibilidade também é reduzida pela metade para o idoso que na época da condenação tenha mais de 70 anos (CP, art. 115).

Na execução da pena o condenado maior de setenta anos pode ser beneficiário da prisão domiciliar (LEP, art. 117). No caso do condenado contar mais de 60 (sessenta) anos, o trabalho que lhe for cometido na prisão deve ser adequado à idade (LEP, art. 32).

A prática de crime contra velho (sem especificação da idade) é sempre considerada circunstância que agrava a pena (CP art. 61, alterado pela Lei nº 9.318/96).

O Decreto Federal nº 2.170, de 04.03.97, que alterou o Decreto Federal nº 89.250, de 27.12.83, estabeleceu campo próprio no formulário da carteira de identidade para a expressão "idoso ou maior de sessenta e cinco anos".

A Lei nº 10.048, de 08.11.2000, estabeleceu prioridade no atendimento do idoso, maior de 65 anos, em todos os bancos, órgãos públicos e concessionárias de serviço público.

A Lei nº 10.173, de 08.01.2001, incluiu os arts. 1.211-A, l.211-B e 1.211-C no Código de Processo Civil, estabelecendo prioridade na tramitação de processos judiciais de idosos, maiores de 65 anos, em qualquer instância ou tribunal.

A Lei Complementar nº 75, de 1993, nos arts. 5º e 6º, atribui ao Ministério Público a defesa do idoso.

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Terceira Idade - Princípios das Nações Unidas para o Idoso - Resolução 46/91 Aprovada na Assembléia Geral das Nações Unidas - 16/12/1991

INDEPENDÊNCIA

Ter acesso à alimentação, água, moradia, a vestuário, à saúde, ter apoio familiar e comunitário. Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras formas de geração de renda. Poder determinar em que momento deverá afastar-se do mercado de trabalho. Ter acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação profissional. Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua preferência pessoal, que sejam passíveis de mudanças. Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.

PARTICIPAÇÃO

Permanecer integrado à sociedade, participar ativamente na formulação e implementação de políticas que afetam diretamente seu bem-estar e transmitir aos mais jovens conhecimentos e habilidades. Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comunidade, trabalhando como voluntário, de acordo com seus interesses e capacidades. Poder formar movimentos ou associações de idosos.

ASSISTÊNCIA

Beneficiar-se da assistência e proteção da família e da comunidade, de acordo com os valores culturais da sociedade. Ter acesso à assistência da saúde para manter ou adquirir o bem-estar físico, mental e emocional, prevenindo-se da incidência de doenças. Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que lhe proporcionem proteção, reabilitação, estimulação mental e desenvolvimento social, em um ambiente humano e seguro. Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem melhores níveis de autonomia, proteção e assistência. Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando residente em instituições que lhe proporcionem os cuidados necessários, respeitando-se sua dignidade, crença e intimidade. Deve desfrutar ainda o direito de tomar decisões quanto à assistência prestada pela instituição e à qualidade de sua vida.

AUTO-REALIZAÇÃO

Aproveitar as oportunidades para total desenvolvimento de suas potencialidades. Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer da sociedade.

DIGNIDADE

Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objeto de exploração e maus-tratos físicos e/ou mentais. Ser tratado com justiça, independente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências, condições econômicas ou outros fatores.

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Direitos Civis - O Estatuto do Idoso

Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da República no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade. Veja os principais pontos do estatuto: Saúde: o idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses. Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade. O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende. Transportes Coletivos: os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identidade é o comprovante exigido. Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível. Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos exceder o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda. Violência e Abandono: Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a penas de seis meses a três anos de detenção e multa. Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão. Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa. Entidades de Atendimento ao Idoso: o dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso. A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público. A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a interdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos. Lazer, Cultura e Esporte: todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de

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cultura, esporte e lazer. Trabalho: é proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer. O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os concorrentes com idade mais avançada. Habitação: é obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.

Lei 10.741 de 1 de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso - CAPÍTULO V Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer. Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade. Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados. § 1o Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna. § 2o Os idosos participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais. Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria. Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais. Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento. Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.

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Legislação específica para os portadores de necessidade especiais

LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS: Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições: I acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; II barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em: a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público; b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicos e privados; c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de transportes; d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa; III pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida: a que temporária ou permanentemente tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo; IV elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico; V mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma que sua modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; VI ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso e o uso de meio físico. CAPÍTULO II - DOS ELEMENTOS DA URBANIZAÇÃO Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para as

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pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 4º As vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 5º O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT. Art. 6º Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT. Art. 7º Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção. Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deverão ser em número equivalente a dois por cento do total, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes. CAPÍTULO III - DO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃODO MOBILIÁRIO URBANO Art. 8º Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ou quaisquer outros elementos verticais de sinalização que devam ser instalados em itinerário ou espaço de acesso para pedestres deverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir a circulação, e de modo que possam ser utilizados com a máxima comodidade. Art. 9º Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem. Art. 10. Os elementos do mobiliário urbano deverão ser projetados e instalados em locais que permitam sejam eles utilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. CAPÍTULO IV - DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade: I nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente;

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II pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; III pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e IV os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dispor de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação. CAPÍTULO V - DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS DE USO PRIVADO Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores deverão ser construídos atendendo aos seguintes requisitos mínimos de acessibilidade: I percurso acessível que una as unidades habitacionais com o exterior e com as dependências de uso comum; II percurso acessível que una a edificação à via pública, às edificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos; III cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessível para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 14. Os edifícios a serem construídos com mais de um pavimento além do pavimento de acesso, à exceção das habitações unifamiliares, e que não estejam obrigados à instalação de elevador, deverão dispor de especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalação de um elevador adaptado, devendo os demais elementos de uso comum destes edifícios atender aos requisitos de acessibilidade. Art. 15. Caberá ao órgão federal responsável pela coordenação da política habitacional regulamentar a reserva de um percentual mínimo do total das habitações, conforme a característica da população local, para o atendimento da demanda de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. CAPÍTULO VI - DA ACESSIBILIDADE NOS VEÍCULOSDE TRANSPORTE COLETIVO Art. 16. Os veículos de transporte coletivo deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas técnicas específicas. CAPÍTULO VII - DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer. Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação.

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Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitulação, para garantir o direito de acesso à informação às pessoas portadoras de deficiência auditiva, na forma e no prazo previsto em regulamento. CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES SOBRE AJUDAS TÉCNICAS Art. 20. O Poder Público promoverá a supressão de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas. Art. 21. O Poder Público, por meio dos organismos de apoio à pesquisa e das agências de financiamento, fomentará programas destinados: I à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamento e prevenção de deficiências; II ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de ajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência; III à especialização de recursos humanos em acessibilidade. CAPÍTULO IX - DAS MEDIDAS DE FOMENTO À ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS Art. 22. É instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Acessibilidade, com dotação orçamentária específica, cuja execução será disciplinada em regulamento. CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 23. A Administração Pública federal direta e indireta destinará, anualmente, dotação orçamentária para as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso. Parágrafo único. A implementação das adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano de vigência desta Lei. Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas à população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou imóveis declarados bens de interesse cultural ou de valor histórico-artístico, desde que as modificações necessárias observem as normas específicas reguladoras destes bens. Art. 26. As organizações representativas de pessoas portadoras de deficiência terão legitimidade para acompanhar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade estabelecidos nesta Lei. Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179º da Independência e 112º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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Os Órgãos Oficiais de Turismo e sua atuação

O Ministério do Turismo tem como desafio implementar um modelo de gestão

pública descentralizada e participativa, estabelecendo canais de interlocução com as Unidades da Federação, a iniciativa privada e o terceiro setor. A estrutura montada para a coordenação dos programas e projetos pelo Ministério do Turismo, como por exemplo, o Programa de regionalização do turismo envolve instâncias de nível Nacional – Ministério do Turismo e Conselho Nacional de Turismo (câmara temática de regionalização); Estadual – órgão estadual de turismo (SETUR/CE) e Fórum Estadual de Turismo; e Municipal – órgão Municipal de Turismo (SETFOR) e colegiado Local (conselho, fórum, etc.). MINISTÉRIO DO TURISMO - Sua missão é desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social. O Ministério do Turismo inova na condução de políticas públicas com um modelo de gestão descentralizado, orientado pelo pensamento estratégico. EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo. Na época de sua criação, em 18 de novembro de 1966, o principal objetivo da EMBRATUR era fomentar a atividade turística, criando condições para a geração de emprego, renda e desenvolvimento em todo o país. Desde janeiro de 2003, com a instituição do Ministério do Turismo, a atuação da EMBRATUR concentra-se na promoção, no marketing e apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior SETFOR - Secretaria de Turismo do Município. A cidade de Fortaleza, em sua gestão pública do turismo, conta desde o final de 2005, com uma Secretaria de Turismo, num grande desafio, de se implantar, planejar e agir para transformar o turismo na capital cearense, contribuindo par a melhoria da qualidade de vida urbana, da prestação de serviços públicos e da oferta de produtos, de forma a impulsionar a sustentabilidade da atividade turística do Município.

A Infra-estrutura da cidade: transportes, hotéis, pousadas, recursos naturais, etc.

O crescimento de Fortaleza vem se acelerando ainda mais na zona litorânea da cidade, notadamente nas proximidades da praia do Meireles, Aldeota e Praia de Iracema, aonde a densidade demográfica chega a 370 habitantes por hectare. Alguns bairros têm potencial natural para desenvolver atividades ligadas ao turismo devido a recursos naturais existentes: praias, rios, dunas, lagoas, áreas ecológicas e também devido a recursos culturais como monumentos históricos, bens tombados etc. Assim os bairros têm história para contar pela própria ocupação e atividades que a comunidade mantém até hoje em praças, ruas, igrejas, rios.

A atividade turística é formada por elos, como na cadeia de suprimentos, que oferecem diferentes serviços, sendo a qualidade o diferencial, formando um produto único e completo para ser consumido pelo turista.

No elo dos transportes encontram-se todas as formas de transportes para que se tenha acessibilidade aos atrativos, onde se consideram os transportes aquáticos,

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terrestres e aéreos. É importante assinalar que além da variedade de locomoção, os maiores de 65 anos têm direito ao transporte urbano gratuito com carteira expedida pelo Sindiônibus.

Nos elos de hospedagem e alimentação são considerados os hotéis, pousadas, albergues, motéis, restaurantes, bares, lanchonetes, e outros.

As manifestações culturais, festas populares, folguedos, eventos, gastronomia, música, poesia, artesanato, teatro, humor e muitas outras riquezas que estão presentes no povo de Fortaleza, podem ser grandes atrativos turísticos, se essa for a vontade da comunidade. Por isso, a participação do povo é muito importante no processo de planejamento turístico para que este seja estruturado de forma inclusiva e democrática tanto social como geograficamente no município de Fortaleza (MOTA, 2007).

Nos demais suportes de apoio turístico estão inseridos todos os serviços para atender o turista: telecomunicações, segurança, saúde, entre outros.

A Compreensão sobre a população considerada “3ª idade”: limites e possibilidades

Alguns dados sobre o Envelhecimento no Brasil

A população idosa no Brasil de 60 anos ou mais, alcançou aproximadamente 17 milhões de pessoas (IBGE, 2003). Representa 9,6% da população total e concentra maior proporção de população nas idades mais jovens, de 60 a 69 anos, tendo em vista que o processo de envelhecimento da população brasileira ainda é recente, se comparado com o dos países mais desenvolvidos.

O aumento da expectativa de vida e o número cada vez maior de pessoas sobrevivendo com idade avançada é um fenômeno global, afetando os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. No Brasil, as mulheres que alcançam a idade de 60 anos ou mais têm uma expectativa média de mais 22 anos de vida. Os homens idosos contam com um adicional de vida menor, 19 anos.

O processo de transição demográfica vem se desenvolvendo de forma heterogênea, e está associado, em grande parte, às desiguais condições sociais observadas no país. A população idosa se constitui como um grupo bastante diferenciado, entre si e em relação aos demais grupos etários.

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Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade Unidades da Federação - 2003

Brasil e Regiões - População Total, Idosa (em milhares) e Participação

Percentual - 2000-2050

Cabe perguntar-nos em que medida podemos contribuir para a qualidade de vida desta população?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MINISTÉRIO DO TURISMO

PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA SECRETARIA DE TURISMO DE FORTALEZA – SETFOR

Rua Leonardo Mota, 2700 – Dionísio Torres – CEP.: 60.170-041 Tel.: (85) 3105.1535 - Fone/Fax: (85) 3105.1575

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