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7/15/2019 Apostila
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Redação
9.1 A pro va di scur siv a con sis tirá na elabo ração de tex to n arrativ o, dis sert ativo e/ou
descri t ivo.
Como Escrever Bem uma Redação
Introdução, desenvolvimento e conclusão ou, ainda, início, desenvolvimento e fecho.
Introdução (início, começo)
Podemos começar uma redação fazendo uma:
Afirmação;Uma declaração;
Uma descrição;
Uma pergunta e de muitas outras maneiras.
O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o
assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que vamos desenvolver.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. Se a redaçãodever ter trinta linhas, aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis para a parte
introdutória.
Defeitos a evitar para uma boa redação
I. Iniciar uma ideia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.
II. Iniciar com digressões (o início dever ser curto)
III. Iniciar com as mesmas palavras do título.
IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento da primeira frase.
V. Iniciar com chavões.
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Exemplos:
- Desde os primórdios da Antiguidade...
- Não é fácil a respeito de...
- Bem, eu acho que...
- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...
Desenvolvimento (meio, corpo)
A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento. É nela que
o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o desenvolvimento
da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar o maior número de linhas.
Supondo-se uma redação de trinta linhas, a redação deverá destinar de catorze (14) a
dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.
Defeitos a evitar para uma boa redação
I. Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar
espaço para a conclusão.
Conclusão (fecho, final)
Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto. Se a
redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis
linhas.
Na conclusão, nossas ideias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor,
apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma
conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, estupefato.
Defeitos a evitar para uma boa redação
I. Não finalizar (é o principal defeito)
II. Avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo"
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Redação: Diferenças entre texto dissertativo, descritivo e narrativo.
1 - DISSERTAÇÃO: dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que se expõem
ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação, você deve revelar
sua opinião a respeito do assunto.
ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO
1º parágrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 + argumento 3
2° parágrafo: desenvolvimento do argumento 1
3° parágrafo: desenvolvimento do argumento 2
4° parágrafo: desenvolvimento do argumento 3
5° parágrafo: expressão inicial + reafirmação do tema + observação final.
2 - DESCRIÇÃO: texto em que se indicam as características de um determinado
objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição, você deve responder à
pergunta: Como a coisa (lugar / pessoa) é? É importante tentar usar os mais variados
sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, das sensações, de tudo que envolve a
realidade a ser descrita.
3 - NARRAÇÃO: texto em que se contam fatos ocorridos em determinado tempo e
lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: você deve “narrar a ação”, respondendo à
pergunta: O que aconteceu?
Exemplo de Descrição
Este é o técnico da seleção: Um homem de cabelos embranquecidos pela vida de
futebol e por demais atacado pela calvície e possuidor de um temperamento contestador
mas audaz em sua decisão de levar o Brasil ao título do Pentacampeonato tão almejado
por um Povo de autenticidade futebolística e técnicos de coração verde e amarelo que
bradam e vivem a vitória e a derrota de cada etapa num grito eufórico de gol !
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Exemplo de Narração
Vai iniciar mais uma partida de mais um clássico de futebol. E parece que o dia está
claro para um jogo jamais visto em todo este campeonato. É o Brasil buscando o nosso
Pentacampeonato contra a Jamaica. Vai ser dado o chute inicial e o jogo vai começar...Vai, Brasil !
Exemplo de Dissertação
O que nos interessa é a dissertação que não foge a estrutura redacional da
introdução, do desenvolvimento e finalmente a conclusão das duas partes da estrutura.
Assim temos sempre que ter um plano de estrutura que determine o tema projetando suas
limitações, inicie um tópico frasal definindo a ideia geral que deve ser desenvolvida,manifeste a opinião e argumentação da ideia geral e desenvolve a redação até chegar ao
final da ideia geral proposta e das ideias desenvolvidas. Analise esta dissertação e veja se
ela realmente seguiu as etapas que estruturam uma boa redação e não se esqueça de
verificar a ortografia. A melhor dica é escrever sempre e ler bastante acompanhando as
técnicas redacionais apresentadas a cada semana para desenvolver ordenadamente sua
dissertação e até conhecer algumas formas de fazer um núcleo ou tópico frasal bem
definido com o tema.
Exemplo:
Páscoa é a festa espiritual da libertação, simbolizada por objetos incorporados em
nossas vidas como o ovo de páscoa, que está ligado a um ritual egípcio e, por
conveniências comerciais, ganhou seu lugar nas festividades do Domingo de Páscoa assim
como outra tradições que surgiram do anseio popular (a malhação do Judas em Sábado de
Aleluia).
Mas, a verdadeira Páscoa está narrada em Exodus e depois a Nova Páscoa está
descrita no Evangelho de Jesus Cristo como a vitória do Filho do Homem. A primeira
Páscoa da História foi celebrada pelos hebreus no século 13 a.C. para que todos
lembrassem que Moisés, com a ajuda do Senhor, salvou o seu povo das mãos do Faraó.
Assim, o cordeiro foi o sinal de aliança e o anjo podia saber quem estava com Javé ou
Jeová.
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E com a ceia vieram os pães ázimos sem fermento e as ervas amargas comidas com
o cordeiro pelos hebreus com os cinturões cingidos aos rins, prontos para ir embora do
Egito, ao amanhecer. Depois temos o anúncio do Cordeiro de Deus por João Batista e a
revelação do Filho do Homem até a sua crucificação e a Ressurreição. Somente a partir
deste período, os cristãos das catacumbas começam a usar o Ovo como símbolo de vida
nova, além do que depois do jejum da Quaresma e da Semana Santa era o alimento para a
preparação da festa, entre 22 de março a 25 de abril, variando de ano para ano.
A origem das tradições pascais variam de civilização a civilização e de tudo que pode
ser incorporado como os ovos egípcios ganhou afeição dos teutônicos e na China, na
Festa da Primavera, distribuíam ovos coloridos. Os missionários trouxeram o costume que
se ocidentalizou-se e a Igreja concordou e oficializou no século XVIII.
No mundo todo, a cerimônia religiosa da Páscoa varia conforme as tradições e
costumes, mas seus significados de Libertação e Vida Nova ainda são traduzidos nas
festividades pascais e nas suas formas de comemorações até mesmo com a malhação do
Judas no Sábado de Aleluia e a Missa de Páscoa de Domingo, tudo faz parte da civilização
cristã ocidental e da história da vida, morte, paixão e ressurreição de Cristo narrada no
Antigo e Novo Testamento.
Texto Dissertativo / Argumentativo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele.
Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o
texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em
princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a
transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor
sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto
dissertativo-argumentativo.
O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três
partes essenciais.
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Introdução
Que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor
formula uma tese ou a ideia principal do texto.
Teatro e escola, em princípio, parecem ser espaços distintos, que
desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposição ao
ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos
pretensamente "sérios" , o teatro se configura como um espaço de lazer e
diversão. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grécia
antiga, veremos que teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que se
imagina.(tese)
Desenvolvimento
Formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente, em cada
parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer
relações de causa e efeito ou comparações entre situações, épocas e lugares diferentes,pode também se apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no
assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas.
O teatro grego apresentava uma função eminentemente pedagógica. Com sua
tragédias, Sófocles e Eurípides não visavam apenas à diversão da plateia mas também, e
sobretudo, pôr em discussão certos temas que dividiam a opinião pública naquele
momento de transformação da sociedade grega. Poderia um filho desposar a própria mãe,
depois de ter assassinado o pai de forma involuntária (tema de Édipo Rei)? Poderia uma
mãe assassinar os filhos e depois matar-se por causa de um relacionamento amoroso
(tema de Medeia e ainda atual, como comprova o caso da cruel mãe americana que, há
alguns anos, jogou os filhos no lago para poder namorar livremente)?
Naquela sociedade, que vivia a transição dos valores místicos, baseados na tradição
religiosa, para os valores da polis, isto é, aqueles resultantes da formação do Estado e
suas leis, o teatro cumpria um papel político e pedagógico, à medida que punha em xequee em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilização
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grega. "Ir ao teatro", para os gregos, não era apenas uma diversão, mas uma forma de
refletir sobre o destino da própria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores
coletivos e individuais.
Deixando de lado as diferenças obviamente existentes em torno dos gêneros teatrais(tragédia, comédia, drama), em que o teatro grego, quanto a suas intenções, diferia do
teatro moderno? Para Bertold Brecht, por exemplo, um dos mais significativos dramaturgos
modernos, a função do teatro era, antes de tudo, divertir. Apesar disso, suas peças tiveram
um papel essencial pedagógicovoltadas para a conscientização de trabalhadores e para a
resistência política na Alemanha nazista dos anos 30 do século XX.
O teatro, ao representar situações de nossa própria vida - sejam elas engraçadas,
trágicas, políticas, sentimentais, etc. - põe o homem a nu, diante de si mesmo e de seu
destino. Talvez na instantaneidade e na fugacidade do teatro resida todo o encanto e sua
magia: a cada representação, a vida humana é recontada e exaltada. O teatro ensina, o
teatro é escola. É uma forma de vida de ficção que ilumina com seus holofotes a vida real,
muito além dos palcos e dos camarins.
Conclusão
Que geralmente retoma a tese, sintetizando as ideias gerais do texto ou propondo
soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão pode vir na forma de
interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é
meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste
quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica
ou em uma ideia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos
significados ao texto.
Que o teatro seja uma forma alternativa de ensino e aprendizagem, é inegável. A
escola sempre teve muito a aprender com o teatro, assim como este, de certa forma, e em
linguagem própria, complementa o trabalho de gerações de educadores, preocupados com
a formação plena do ser humano. (conclusão)
Quisera as aulas também pudessem ter o encanto do teatro: a riqueza dos cenários, o
cuidado com os figurinos, o envolvimento da música, o brilho da iluminação, a perfeição do
texto e a vibração do público. Vamos ao teatro! (elemento-sur presa)
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(Teatro e escola: o papel do educador: Ciley Cleto, professora de Português).
Atenção: a linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma ser impessoal,
objetiva edenotativa. Mais raramente, entretanto, há a combinação da objetividade com
recursos poéticos, como metáforas e alegorias. Predominam formas verbais no presente doindicativo e emprega-se o padrão culto e formal da língua.
O Parágrafo
Além da estrutura global do texto dissertativo-argumentativo, é importante conhecer a
estrutura de uma de suas unidades básicas: o parágrafo.
Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma ideia-núcleo, que é
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais
frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos
devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente
apresentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos
dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-
padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que
desenvolvem a ideia-núcleo), a conclusão. Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
A seguir, apresentarei um espelho de correção de redação. A faixa de valores dos
itens analisados sofre alteração a cada concurso, os aspectos macroestruturais e
microestruturais são variáveis na maneira como são expostos. No entanto, os espelhos não
fogem ao padrão pré-determinado.
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ESPELHO DA AVALIAÇÃO DA PROVA DISCURSIVA - MODELO CESPE/UnB
Aspectos macroestruturais nota obtida faixa de valores
APRESENTAÇÃO TEXTUAL
Legibilidade (0,00 a 2,00)
Respeito às margens e indicação de parágrafos (0,00 a 2,00)
ESTRUTURA TEXTUAL (dissertativa)
Introdução adequada ao tema/posicionamento (0,00 a 4,00)
Desenvolvimento (0,00 a 4,00)
Fechamento do texto de forma coerente (0,00 a 4,00)
DESENVOLVIMENTO DO TEMA
Estabelecimento de conexões lógicasentre os argumentos
(0,00 a 4,00)
Objetividade de argumentação frente aotema/posicionamento (0,00 a 4,00)
Estabelecimento de uma progressividadetextual em relação à sequência lógica dopensamento
(0,00 a 4,0
Tipo de erros
Pontuação Construção do período
Emprego de conectores
Concordância nominal
Concordância verbal
Regência nominalRegência verbal
Grafia/acentuação
Repetição/omissão vocabular
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Outros
Nota no conteúdo (NC) » NC = 5 : 28 x (soma das notas dos quesitos)
Número de linhas efetivamente ocupadas (TL)
Número de erros (NE)
NOTA DA PROVA DISCURSIVA (NPD): NPD=NC - 3 x NE : TL
A seguir, apresentarei a estrutura textual dissertativa, a partir dos dados do espelho
de correção da prova discursiva, seguindo a orientação do professor Fernando Moura (Nas
Linhas e Entrelinhas).
ESTRUTURA TEXTUAL DISSERTATIVA
1. Bases Conceituais
PARTE I - O conteúdo da redação
a) Apresentação Textual
Legibilidade e erro: escreva sempre com letra legível. Prefira a letra cursiva. A letra de
imprensa poderá ser usada desde que se distinga bem as iniciais maiúsculas e minúsculas.
No caso de erro, risque com um traço simples, o trecho ou o sinal gráfico e escreva o
respectivo substituto.
Atenção: não use parênteses para esse fim.
- Respeito às margens e indicação dos parágrafos;
Para dar início aos parágrafos, o espaço de mais ou menos dois centímetros é
suficiente. Observe as margens esquerda e direita na folha para o texto definitivo. Não crie
outras. Não deixe "buracos" no texto. Na translineação, obedeça às regras de divisão
silábica.
- Limite máximo de linhas;
Além de escrever seu texto em local devido (folha definitiva), respeite o limite máximode linhas destinadas a cada parte da prova, conforme orientação da banca. As linhas que
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ultrapassarem o limite máximo serão desconsideradas ou qualquer texto que ultrapassar a
extensão máxima será totalmente desconsiderado.
-Eliminação do candidato;
Seu texto poderá ser desconsiderado nas seguintes situações:
- ultrapassagem do limite máximo de linhas.
- ausência de texto: quando o candidato não faz seu texto na FOLHA PARA O TEXTO
DEFINITIVO.
- fuga total ao tema: analise cuidadosamente a proposta apresentada. Estruture seu
texto em conformidade com as orientações explicitadas no caderno da prova discursiva.
- registros indevidos: anotações do tipo "fim" , "the end", "O senhor é meu pastor,
nada me faltará" ou recados ao examinador, rubricas e desenhos.
b) Estrutura Textual Dissertativa
Não dê título ao texto, começa na linha 1 da folha definitiva o seu parágrafo
de introdução.
Estrutura clássica do texto dissertativo
b.1) Introdução adequada ao tema / posicionamento
Apresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe à introdução
situar o leitor a respeito da postura ideológica de quem o redige acerca de determinado
assunto. Deve conter a tese e as generalidades que serão aprofundadas ao longo do
desenvolvimento do texto. O importante é que a sua introdução seja completa e esteja em
consonância com os critérios de paragrafação. Não misture ideias.
b.2) Desenvolvimento
Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando detidamente as
ideias e exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Nele, organizamos o
pensamento em favor da tese. Cada parágrafo (e o texto) pode ser organizado de
diferentes maneiras:
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- Estabelecimento das relações de causa e efeito: motivos, razões, fundamentos,
alicerces, os porquês/ consequências, efeitos, repercussões, reflexos;
- Estabelecimento de comparações e contrastes: diferenças e semelhanças entre
elementos - de um lado, de outro lado,em contraste, ao contrário;
- Enumerações e exemplificações: indicação de fatores, funções ou elementos que
esclarecem ou reforçam uma afirmação.
b.3) Fechamento do texto de forma coerente
Retoma ou reafirma todas as ideias apresentadas e discutidas no desenvolvimento,
tomando uma posição acerca do problema, da tese. É também um momento de expansão,
desde que se mantenha uma conexão lógica entre as ideias.
c) Desenvolvimento do Tema
c.1) Estabelecimento de conexões lógicas entre os argumentos.
Apresentação dos argumentos de forma ordenada, com análise detida das ideias e
exemplificação de maneira rica e suficiente do pensamento. Para garantir as devidas
conexões entre períodos, parágrafos e argumentos, empregar os elementos responsáveis
pela coerência e unicidade, tais como operadores de sequenciação, conectores, pronomes.
Procurar garantir a unidade temática.
c.2) Objetividade de argumentação frente ao tema / posicionamento
O texto precisa ser articulado com base nas informações essenciais que
desenvolverão o tema proposto. Dispensar as ideias excessivas e periféricas. Planejar
previamente a redação definindo antecipadamente o que deve ser feito. Recorrer ao banco
de ideias é um passo importante. Listar as ideias que lhe vier à cabeça sobre o tema..
Estabelecer a tese que será defendida. Selecionar cuidadosamente entre as ideias listadas,
aquelas que delimitarão o tema e defenderão o seu posicionamento.
c.3) Estabelecimento de uma progressividade textual em relação à sequência lógica
do pensamento.
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O texto deve apresentar coerência sequencial satisfatória. Quando se proceder à
seleção dos argumentos no banco de ideias, deve-se classificá-los segundo a força para
convencer o leitor, partindo dos menos fortes parta os mais fortes.
Caríssimos, é possível (e bem mais tranquilo) desenvolver um texto dissertativo apartir da elaboração de esquemas. Por mais simples que lhes pareça, a redação elaborada
a partir de esquema permite-lhes desenvolver o texto com sequência lógica, de acordo
com os critérios exigidos no comando da questão (número de linhas, por exemplo),
atendendo aos aspectos mencionados no espelho de avaliação. A professora Branca
Granatic oferece-nos a seguinte sugestão de esquema:
SUGESTÃO DE PRODUÇÃO DE TEXTO COM BASE EM ESQUEMAS
ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO
1º parágrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 + argumento 3
2° parágrafo :desenvolvimento do argumento 1
3° parágrafo: desenvolvimento do argumento 2
4° parágrafo: desenvolvimento do argumento 3
5° parágrafo: expressão inicial + reafirmação do tema + observação final.
EXEMPLO:
TEMA: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves
problemas que preocupam a todos.
POR QUÊ?
*arg. 1: Existem populações imersas em completa miséria.
*arg. 2: A paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais. *arg. 3: O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.
Texto definitivo
Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves
problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em
completa miséria, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais e, além
do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.
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Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis - estas, mal distribuídas, quer
entre Estados, quer entre indivíduos - encontramoslegiões de famintos em pontos
específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da
África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as
nações.
Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação,
aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança
das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos
dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade
dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos
causou.
Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico,provocado pela ambição
desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas
dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas
agressões, acabe por se transformar em local inabitável.
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está
muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande
parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo
de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para
podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico,
será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.
Se vocês seguirem a orientação dada pelo esquema, desde o 1º parágrafo, verão
que não há como se perder na redação, nem fazer a introdução maior que o
desenvolvimento, já que a introdução apresenta, de forma embrionária, o que serádesenvolvido no corpo do texto. E lembre-se de que a conclusão sempre retoma a ideia
apresentada na introdução, reafirmando-a, apresentando propostas, soluções para o caso
apresentado. Com essa noção clara, de estrutura de texto, também é possível melhorar o
seu desempenho nas provas de compreensão e interpretação de textos.
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O Que São Textos : narrativos, descritivos, dissertativos, argumentativos,
expositivos, e injuntivos.
Texto narrativo
Tipo textual em que se conta fatos reais, que ocorreram num determinado tempo e
lugar, envolvendo personagens e um narrador. Refere-se a objeto do mundo real ou fictício.
Há uma relação de anterioridade e posterioridade. Estamos cercados de narrações desde
as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela
Adormecida, Cinderela e até piadas do cotidiano.
Texto descritivo
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal
ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela suafunção caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações
ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. É fazer uma descrição
minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. Nessa espécie textual as
coisas acontecem ao mesmo tempo.
Texto dissertativo
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse
gênero textual requer reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista
do autor sobre o assunto em evidência.
Nesse tipo de texto a expressão das idéias, valores, crenças são claras, evidentes, pois é
um tipo de texto que propõe a reflexão, o debate de idéias. A linguagem explorada é adenotativa, embora o uso da conotação possa marcar um estilo pessoal.
A objetividade é um fator importante, pois dá ao texto um valor universal, por isso
geralmente o enunciador não aparece porque o mais importante é o assunto em questão e
não quem fala dele. A ausência do emissor é importante para que a idéia defendida torne
algo partilhado entre muitas pessoas, sendo admitido o emprego da 1ª pessoa do plural -
nós-, pois esse não descaracteriza o discurso dissertativo.
Texto argumentativo
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Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma idéia imposta
pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando
também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-
argumentativo.
Texto expositivo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o
texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de
apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o
texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de
conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento.
Texto injuntivo
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do
futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tempo, receitas culinárias,
manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras, e eventos.
ANEXO I
DOS OBJETOS DE AVAL IAÇÃ O
LÍNGUA PORTUGUESA:
1 Compr eensão e in terp retação de tex to s d e gênero s v ariado s.
2 Reconh ecimento d e tipos e gênero s textu ais.
3 Domínio da or togr afia ofic ial.
3.1 Emprego das letras.
3.2 Emprego da acen tu ação gráfi ca.
4 Domínio do s mecani sm os de coesão tex tu al.
4.1 Empregos de elemen to s de re ferenci ação, su bst it uição e repetição, de con ector es e out ros elemento s d e sequ enciação textual.
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4.2 Empr ego /cor relação de tempo s e modos verb ais.
5 Domínio da estr ut ur a mor fo ss intátic a d o períod o.
5.1 Relações de coor denação en tr e o rações e en tr e termos da o ração. 5.2
Relações de su bor di nação en tre o rações e en tre t erm os da or ação. 5 .3 Em pr ego do s
si nais de po nt uação.
5.4 Conc ord ância verbal e nom inal.
5.5 Emprego do s inal indicat ivo de crase.
5.6 Co locação dos pr on om es átono s.
6 Reescritu ra de fr ases e parágrafo s do text o.
6.1 Subs titu ição de palavr as ou d e trech os de tex to .
6.2 Retextua lização d e d ife ren tes gêner os e nívei s de fo rm alid ade.
7 Corr espo ndênci a ofic ial (con form e Manu al da Presi dênci a da Repúblic a e resp ectivas
atual izações ).
7.1 Adequ ação da lin guagem ao tip o de d ocumen to.
7.2 Ad equ ação do fo rm ato do tex to ao gêner o.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA:
1 Conceito s básico s e mo dos de u ti l ização de tecn olo gias; ferramen tas; ap licativo s e
procedim entos de info rmática: t ipos de comp utadores; co nceitos de hardw are e de softw are;
in stalação d e per i féricos.
2 Edição de texto s, plan ilh as e apres ent ações (amb ient es Mic ro so ft Off ice e B rOff ice).
3 Noções de sist ema operacion al (ambientes L inu x e Window s).
4 Redes de compu tadores.
4.1 Conc eitos básico s; ferramen tas; aplicativo s e proc edimentos d e Intern et e
intranet.
4.2 Progr amas de navegação (Micros oft Internet Explo rer, Mozil la Fir efox,
Google Chrom e e similares).
4.3 Programas de corr eio eletrônico (Outlook Express, Mozi l la Thun derbird e
simi lares).4.4 Sítio s de bus ca e pesqu isa n a Internet.
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4.5 Gru po s de d isc us são.
4.6 Redes so ciais.
4.7 Com pu tação na nu vem (clo ud c om pu tin g).
4.8 Wor ld wi de w eb; organ ização d e inf ormação p ara u so na In tern et; acess o à
dist ância a comp utado res; transf erência de i nfo rmação e arquivo s; aplicativ os de
áudio , vídeo e mult imídia.
4.9 Compon ent es e meio s físi co s de comun icação.
4.10 Arqu itetura de redes.
4.11 Prot oc olo s de comun icação.
4.12 Segu rança de redes.
5 Conceit os d e org anização e de gerenc iamento de in fo rm ações; arq ui vo s, past as e
programas.
6 Seg urança da i nf orm ação.
6.1 Procedim entos de segurança.
6.2 Melh ores prátic as em po líti cas de seg urança.
6.3 Identif i cação de tipo s de código s malic ioso s (vírus , wo rms, ph ishin g, s pam ,
adware e pr agas virtuais).
6.4 Firewall s e reg ras d e iso lamento e proteção de redes.
6.5 Virtual pr ivate netwo rk (VPN).
6.6 Boas prátic as para co nf ig ur ação de segurança co rp or ativ a.
6.7 Apl icati vo s para segurança (antivíru s, antis pywar e etc.).
6.8 Procedimentos d e backup.
6.9 Armazenamento de dados n a nuvem (cloud storage).
7 Proc ess os de i nf o rmação
ATUALIDADES:
Tópicos relevantes e atuais d e divers as áreas, tais como s egurança, transpo rtes,
po lític a, econom ia, so ci edad e, educação, saúde, cul tu ra, tecno logi a, energi a, relações
intern acionais, desenv olv imen to su stentável e ecolo gia, suas in ter-relações e suas
vin cu lações h istóricas .
RACIOCÍNIO LÓGICO:
1 Estruturas lógicas.
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2 Lóg ica de arg um ent ação: anal og ias , inf erênc ias , deduções e con clusões.
3 Lógica sentencial (ou p ropo sicional).
3.1 Prop osições sim ples e compostas.
3.2 Tabelasverd ade.
3.3 Equ ivalênc ias .
3.4 Leis de De Morg an.
3.5 Diagramas lógico s.
4 Lógica de primeira ordem.
5 Princípio s d e con tagem e pro babil id ade.
6 Operações c om conjun tos .
7 Raci ocínio lógico envo lven do pr ob lemas ar itmétic os , geométri co s e matric iais.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃ O:
1 Noções de adm in is tr ação.
1.1 Abo rdagens cláss ica, bur oc rátic a e s is têmica da adm in is tração.
1.2 Ev ol ução da admin is tr ação públ ic a no Bras il após 1930.
1.2.1 Reformas adminis trativas.
1.2.2 A nov a ges tão públ ic a.
1.3 Pri ncípios e sis temas d e adm in is tração feder al.
2 Processo adm inistrat ivo.
2.1 Fu nções da adm in is tr ação: p lan ejamen to , or gan ização, d ireção e contr ol e.
2.2 Estru tura o rganizacional.
2.3 Cultu ra org anizacional.
3 Adm in is tr ação f in ance ir a e orçamen tári a.
3.1 Orçamen to públi co .
3.2 Pr in cípi os orçamentári os.
3.3 Di ret ri zes orçamen tárias.
3.4 SIDOR e SIAFI.
3.5 Receita públic a: c atego rias , fon tes, es tágio s e dívid a ativ a.
3.6 Despesa públi ca: catego rias e estágio s.3.7 Suprimento de fund os.
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3.8 Restos a pagar.
3.9 Despesas de exer cício s ant erio res .
3.10 Conta únic a doTesou ro.
4 Ética n o serviço públic o: c om por tament o p rof issio nal, atitudes no serviço,organ ização do trab alho , pr io rid ade em serv iço.
NOÇÕES DE DIREITO PENAL:
1 Apli cação d a lei penal.
1.1 Prin cípio s da legali dade e da ant erio rid ade.
1.2 A lei penal n o tempo e no espaço.
1.3 Temp o e lugar d o crim e.
1.4 Lei penal exc epci onal, esp ecial e temporária.
1.5 Territorialid ade e extraterr itorialid ade da lei penal.
1.6 Pena cumprid a no estrangeiro.
1.7 Eficácia da sen tença es trangei ra.
1.8 Cont agem de prazo.
1.9 Frações não computáve is da pena.
1.10 In ter pr etação da lei penal.
1.11 Analo gia.
1.12 Irretroativid ade da lei penal.
1.13 Confl i to aparente de normas penais.
2 Infr ação pen al: elem ento s; espécies ; s ujeit o at ivo e sujei to pas siv o.
3 O fato típic o e seu s elemento s.
3.1 Crime consumado e tentado.
3.2 Pena da tentativa.
3.3 Concurso de crimes.
3.4 Ilic itude e cau sas d e exc lusão.
3.5 Puni bil id ade.
3.6 Excess o punível .
3.7 Culpabil id ade (elementos e caus as d e exclu são).
4 Imputabi l idade penal.
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5 Crimes.
5.1 Crimes con tra a pessoa.
5.2 Crimes c ontra o patr imônio.
5.3 Crim es c on tra a fépúbl ica.5.4 Crim es cont ra a adm ini st ração públi ca.
5.5 Concurso de pessoas.
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL:
1 Inq uérit o po lici al: his tóric o; natur eza; conceit o; fin alidade; carac terísti cas;
fund amen to; ti tu larid ade; gr au de cogn ição; valo r pro batório; fo rmas de instau ração; noti tia
criminis; delat io criminis; procedimentos invest igat ivos; indiciamento; garantias do
inves tigado ; concl usão; p razos.
2 Prova.
2.1 Exame do co rpo de delito e p erícias em geral.
2.2 Interrogatório do acusado.
2.3 Confi ssão.
2.4 Quali fic ação e oi tiva do of end ido .2.5 Testemunhas.
2.6 Reconh ecimento de pesso as e coisas.
2.7 Acar eação.
2.8 Documentos de prov a.
2.9 In díci os.
2.10 Bu sc a e apreensão.
3 Res tr ição d e lib erdade.
3.1 Prisão em flagran te.
3.2 Prisão prev ent iv a.
3.3 Pri são temporári a (Lei nº 7.960/1989).
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRA TIVO:
1 Estado , govern o e adm inis tração públic a: con ceitos ; elemento s; p oderes e
or gan ização; nat ur eza, fi ns e p ri ncípi os .
2 Organi zação adm in is tr ativ a da Un ião: adm in is tr ação d ire ta e i nd ireta.
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3 Ag entes públicos.
3.1 Regim e jurídic o dos servid ores públic os civ is da Un ião, das autarqu ias e das
fu nd ações públ ic as feder ais (Lei n º 8.112/1990).
3.2 Regime jurídi co peculi ar do s fu nc ionário s pol iciais civ is d a União e do Dist rit o Federal (Lei nº 4.878/1965). 3.3 Sanções apli cáveis aos agent es públi co s no s
casos de en riq uec imento ilícit o n o exercício de mandato , carg o, empr ego ou fu nção
na admi nis tração públic a d ireta, in dir eta ou fun dac ion al (Lei nº 8.429/1992).
4 Lic itações: mod alidad es, dis pen sa e inexi gib ilid ade (Lei nº 8.666/1993).
5 Poderes adm inistrat ivos: pod eres hierárquico , discipl inar e regulamentar; p oder d e
polícia; us o e abu so do poder.
6 Con tro le e respon sab ilização da adm ini str ação: c on tro les admi nis trati vo , judi cial e
legislat ivo; respo nsabi l idade civi l do Estado.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL:
1 Direi tos e garantias fun damentais.
1.1 Direitos e deveres individu ais e colet ivos.1.2 Direitos so ciais.
1.3 Direitos de nacio nalidade.
1.4 Direit os p olític os .
1.5 Parti do s po lític os .
2 Poder Executiv o: atribu ições e responsab il idades d o pr esidente da Repúblic a.
3 Defes a do Es tado e das in st it uições democ ráti cas : segur ança públ ic a; o rg ani zação
da segur ança públi ca.
4 Ordem soc ial : base e objet ivos da ordem so cial ; seguridade social ; meio ambiente;
família; cr iança, adol esc ent e, id os o e índ io .
LEGISLAÇÃ O ESPECIAL :
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1 Lei nº 7.102/1983 (dis põe so bre segu rança para estabelecimento s finan ceiros,
estabelece normas para con stitu ição e func ionamento das empres as partic ulares que
exp lo ram serv iços de vig ilânc ia e de trans po rte de valor es e dá ou tras p rovi dênc ias).
2 Lei n º 10.357/2001 (estabelec e no rm as de cont ro le e fis calização s ob re pr od uto s químicos qu e dir eta ou in di ret amente po ss am ser des ti nad os à elabor ação ilíci ta de
sub stâncias ento rpecent es, psic otrópic as ou que determ inem dependência física ou
psíqui ca , e dá out ras p ro vi dênci as ). 3 Lei n º 6.815/1980 (d efi ne a s it uação ju rídi ca do
estrang eiro no Br asil e c ria o Cons elho Nacional de Im igração).
4 Lei nº 11.343/2006 (ins tit ui o Sist ema Nac ion al de Po lític as Públic as so bre Drog as –
SISNAD -, p res creve medi das p ara prevenção d o u so in dev id o, at enção e rei ns erção so cial
de us uários e depen den tes de dro gas , est abel ece no rm as par a rep res são à pr od ução não
auto rizada e ao tráfic o ilícit o de d ro gas , defin e cr im es e dá ou tras prov idênc ias): apenas
aspectos penais e processuais penais.
5 Lei nº 4.898/1965 (di reito de rep resen tação e pr oc esso de resp on sab ilid ade
administr at iva civi l e penal, nos casos d e abuso de autorid ade): apenas aspectos penais e
process uais penais.
6 Lei n º 9.455/1997 (defi ne o s cr imes de tort ur a e dá ou tras prov idênc ias): apenas
aspectos penais e processuais penais.
7 Lei nº 8.069/1990 (Estatut o d a Criança e do Ad olesc ente): apenas aspect os penais e
process uais penais.
8 Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento ): apenas aspect os penais e
process uais penais.
9 Lei nº 9.605/1998 (Lei dos Crimes Am bientais): apenas asp ectos penais e p roc essuais
penais.
10 Lei n º 8.072/1990 (Lei d os Crimes Hedio ndos).
11 Lei n º 10.446/2002 (inf rações penais de r eperc us são i nt erest adual ou i nt ernac ion al
que exigem repressão un iform e).
7/15/2019 Apostila
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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA :
1 A rquivísti ca: pr in cípio s e co nc eito s.
Noções de Arquivologia I
PROF. RODRIGO O. BARBATIARQUIVOLOGIA
1 - Arquivística: princípios e conceitos
Conceitos
• Arquivologia: Também chamada de Arquivística é a ciência e disciplina que
objetiva gerenciar todas as informações que possam ser registradas em documentos de
arquivos.
Arquivo: “É a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais,
criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a
consecução de seus objetivos, visando a utilidade que poderão oferecer no futuro”.
Marilena Leite Paes
Conceitos
• Biblioteca: A biblioteca é o conjunto de material, em sua maioria impresso e não
produzido pela instituição em que está inserida, de forma ordenada para estudo, pesquisa
e consulta.
• Normalmente é constituída de coleções temáticas e seus documentos são
adquiridos através de compra ou doação, diferentemente dos arquivos, cujos documentos
são produzidos ou recebidos pela própria instituição.
Conceitos
• Museu: É uma instituição de interesse público, criada com a finalidade de conservar,
estudar e colocar a disposição do público, conjuntos de peças e objetos de valor cultural.
Teste
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• (CESPE – ABIN - Agente Técnico de Inteligência - 2010) Julgue o item que se
segue.
• O arquivo é uma instituição de interesse público criada com o objetivo de conservar,
estudar e colocar à disposição do público conjuntos de peças e objetos de valor cultural.(Errado) Conceitos
• Princípios Arquivísticos
• Os princípios relativos ao objeto de estudo de uma ciência constituem-se nos
fundamentos que possibilitam o desenvolvimento das proposições relativas a esse objeto
com uma maior coerência e segurança.
• Podemos destacar na Arquivologia os princípios a seguir.
Conceitos
• Princípio da proveniência: É o princípio básico da organização de arquivos,
segundo o qual deve ser respeitado a autonomia de cada fundo ou núcleo, não misturando
os seus documentos com os de outros. A proveniência transmite informação importante
sobre o contexto em que os documentos foram criados.
• Princípio do respeito pela ordem original: É o princípio segundo o qual os
arquivos de uma mesma proveniência devem conservar a organização estabelecida pela
entidade produtora, a fim de se preservar as relações entre os documentos como
testemunho do funcionamento daquela entidade. Também chamado de princípio da
organicidade.
• Princípio da territorialidade: É o princípio segundo o qual os arquivos públicos,
próprios de um território, seguem o destino deste último. Para que os arquivospermaneçam vivos, sejam utilizados e melhor entendidos, devem ser conservados o mais
próximo possível do local emanado ou que influenciaram a sua produção. Esse local pode
ser nacional, regional e institucional.
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• Princípio da unicidade: Disciplina que os documentos de arquivos devem
conservar o seu caráter único, em função do seu contexto de produção, independente de
sua forma, gênero, tipo ou suporte.
• Princípio da indivisibilidade ou integridade: Os fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição
indevida.
Teste
• (FGV – TRE/PA Técnico Judiciário – 2011) Em relação à terminologia aplicada em
Arquivologia, analise os conceitos a seguir:
I. Princípio da proveniência: o arquivo produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou
família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras. Também chamado
princípio do respeito aos fundos.
II. Princípio da pertinência: os documentos deveriam ser reclassificados por assunto
sem ter em conta a classificação original. Também chamado princípio temático.
III. Princípio do respeito à ordem original: o arquivo deveria conservar o arranjo dado
pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu.
A) se apenas os conceitos I e II estiverem corretos.
B) se apenas os conceitos II e III estiverem corretos.
C) se apenas os conceitos I e III estiverem corretos.
D) se todos os conceitos estiverem corretos.
E) se nenhum conceito estiver correto.
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2 Ges tão da in fo rm ação e de doc um ent os .
APOSTILA DE NOÇÕES
DE TÉCNICAS DE ARQUIVO
Arquivologia é uma disciplina científica da Ciência da Informação.
Com suas bases modernas fundamentadas na Revolução Francesa, a Arquivologia
cuida da informação que tem por objetivo se tornar evidência, fator de prova de que algum
evento ocorreu.
Portanto, a Arquivologia é a ciência que estuda teorias e métodos de organização e
tratamento de documentos, e sua conversão em potencial de informação.
1. Formato: é a configuração física de um suporte de acordo com a sua natureza e o
modo como foi confeccionado. Exemplos: formulários, ficha, livro, caderno, planta, folha,
cartaz, microficha, rolo, tira de microfilme, mapa.
2. Espécie: é a configuração que assume um documento de acordo com a disposição
e a natureza das informações nesse contidas. Exemplos: ata, relatório, carta, ofício,
proposta, diploma, atestado, requerimento, organograma).
3. Gênero: configuração que assume um documento de acordo com o sistema de
signos utilizado na comunicação de seu conteúdo. Exemplos: audiovisual (filmes);
fonográfico (discos, fitas); iconográfico (obras de arte, fotografias, negativos, slides,
microformas; textual (documentos escritos de uma forma geral); tridimensionais (esculturas,
objetos, roupas); magnéticos/informáticos (disquetes, cd-rom)
4. Tipo de documento: é a configuração que assume um documento de acordo com
a atividade que a gerou. Exemplos: Ata de Posse; Boletim de Notas e Frequência de
Alunos, Regimento de Departamento, Processo de Vida Funcional, Boletim de Atendimento
de Urgência, Prontuário Médico, Tabela Salarial.
GESTÃO DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS
GESTÃO DE DOCUMENTOS:"o conjunto de procedimentos e operações técnicas
referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente”.
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VALORES DOS DOCUMENTOS
Os documentos apresentam duas espécies de valores inerentes:
VALOR PRIMÁRIO - estabelecido em função do grau de importância que o
documento a entidade que o acumulou e; VALOR SECUNDÁRIO - estabelecido em função
do grau de importância que o documento possui para outras entidades e pesquisadores.
O VALOR PRIMÁRIO de um documento manifesta-se sob três diferentes tipos, ou
seja: 1. Valor Administrativo - documentos que envolvem política e métodos e que são
necessários para a execução das atividades do órgão. Ex: Planos, Programas de Trabalho,
Relatórios etc;
2. Valor Jurídico ou Legal - documentos que envolvem direitos a curto ou a longo
prazo do Governo ou dos cidadãos, e que produzem efeito perante os tribunais. Ex:
Acordos, Contratos, Convênios etc;
3. Valor Fiscal - documentos que se referem a operações financeiras e à
comprovação de receitas e despesa geradas para atender às exigências governamentais.
Ex: Notas Fiscais, Receitas, Faturas etc.
O VALOR SECUNDÁRIO subdivide-se em:
1. Valor Histórico Probatório - documentos que retratam a origem, organização,
reforma e história de uma administração. Ex: Atos Normativos, Exposição de Motivos etc;
2. Valor Histórico Informativo - documentos que, embora recebidos por uma
determinada entidade em função de suas atividades, são valiosos pelas informações que
contém retratando pessoas, fatos ou épocas. Ex: Tabelas de Recenseamento, Documentos
sobre Serviço Militar, Índices de Preços, Indicadores Económicos etc. Equipe de trabalho Agestão de documentos deve ser realizada não apenas por um grupo de trabalho, mas por
uma equipe integrada nos seus objetivos com cada componente compreendendo
claramente o seu papel e a contribuição profissional que os outros esperam dele. Ou seja,
uma equipe em que o todo é maior que a soma das partes. Se não partirmos deste
pressuposto qualquer resultado em gestão de documentos estará, com certeza, aquém do
desejável.
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A avaliação constitui uma etapa essencial da gestão de documentos. É a fase em que
se define a eliminação ou a guarda, temporária ou permanente, de um documento. É o
momento em que também, deve ser levada em conta a formação multidisciplinar da equipe.
Uma avaliação documental inadequada, por menor que seja, pode causar prejuízos
administrativos, financeiros e histórico-culturais e, sob determinadas circunstâncias,
irreparáveis. Desta forma, a equipe de gestão de documentos pode e deve contar, na fase
da avaliação documental, com outros profissionais especializados nos assuntos
pertinentes.
Outro aspecto fundamental para o adequado desenvolvimento da gestão de
documentos é a noção, do ciclo vital dos documentos, ainda que cada um deles atue
somente numa fase do ciclo vital.
Intermediário: O arquivo intermediário da empresa, que guarda os documentos que
já não são de uso corrente nos setores, mas que por motivos de ordem legal ou
administrativa ainda são preservados, recebe a documentação conforme as normas
estabelecidas pela gestão, dentro dos prazos previstos na tabela de temporalidade de
documentos e de acordo com os procedimentos de transferência: cronograma,
acondicionamento, descrição e relação dos documentos a serem transferidos. Este
conjunto de orientações só pode ser definido por uma consonância entre os setores
produtores/acumuladores e a administração do arquivo intermediário. A construção deste
elo, na verdade um feixe de relações que primordialmente devem ser institucionais e
administrativas, mas que não perdem a sua dimensão humana e pessoal, se faz por meio
da equipe de gestão.
Permanente: O acervo de valor histórico, a ser guardado no arquivo permanente,
também é fruto das elaborações técnicas da gestão de documentos.
ARQUIVOS CORRENTES E INTERMEDIÁRIOS, PROCEDIMENTOS DE
PROTOCOLO CLASSIFICAÇÃO E TEMPORALIDADE DE ARQUIVOS ARQUIVO E SUA
DOCUMENTAÇÃO
Arquivo: É O CONJUNTO DE DOCUMENTOS OFICIALMENTE PRODUZIDOS E
RECEBIDOS POR UM GOVERNO, ORGANIZAÇÃO OU FIRMA, NO DECORRER DE
SUAS ATIVIDADES, ARQUIVADOS E CONSERVADOS POR SI E SEUS SUCESSORES,
PARA EFEITOS FUTUROS.
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Podemos, então, a partir desse conceito, tirar algumas conclusões sobre a finalidade
e as funções de um arquivo. A primeira finalidade de um arquivo e servir à administração
de uma instituição qualquer que seja a sua natureza. Depois que a atividade administrativa
acaba, os arquivos começam a funcionar para a história e para a cultura. Temos aí a outra
finalidade, que surge em conseqüência da anterior: servir à história, como fonte de
pesquisa.
No entanto, qualquer que seja a finalidade de um arquivo, as suas funções básicas
são as mesmas: guardar e conservar os documentos, de modo a serem utilizados para
atender a interesses pessoais ou oficiais.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS
Daí serem classificados em quatro grupos, de acordo com: - a natureza da entidade
que os criou;
- os estágios de sua evolução;
- a extensão da sua atenção;
- a natureza dos seus documentos.
Vamos analisar cada um desses grupos em separado.
De acordo com a entidade criadora Considerando a natureza da entidade que criou o
arquivo, ele se classifica em:
PÚBLICO - arquivo de instituições governamentais de âmbito federal (central ou
regional) ou estadual ou municipal. Exemplos: o arquivo de uma secretaria estadual de
saúde ou da prefeitura de um município.
INSTITUCIONAL - está relacionado, por exemplo, às instituições educacionais,
igrejas, corporações não-lucrativas, sociedades e associações. Exemplos: o arquivo de um
centro de educação experimental ou de um sindicato.
COMERCIAL- arquivo de firmas, corporações e companhias. Exemplos: o arquivo de
uma loja, de um escritório de engenharia ou de um banco.
FAMILIAR OU PESSOAL- diz respeito ao arquivo organizado por grupos familiares
ou por pessoas, individualmente. Exemplo: o arquivo preparado por uma dona de casa,
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contendo certidões de nascimento e casamento; declarações de imposto de renda;
documentos relativos a transações de compra e venda de imóveis; recibos de pagamentos
efetuados a terceiros; fotos e cartas.
De acordo com o estágio de evolução Quando levamos em conta o tempo deexistência de um arquivo, ele pode pertencer a um destes três estágios:
ARQUIVO DE PRIMEIRA IDADE OU CORRENTE - guarda a documentação mais
atual e freqüentemente consultada. Pode ser mantido em local de fácil acesso para facilitar
a consulta.
Somente os funcionários da instituição têm competência sobre o seu trato,
classificação e utilização. O arquivo corrente é também conhecido como arquivo demovimento. Exemplo: o arquivo do setor de almoxarifado de uma empresa de exportação,
contendo as requisições de material do ano em curso.
ARQUIVO DE SEGUNDA IDADE OU INTERMEDIÁRIO - inclui documentos que
vieram do arquivo
corrente, porque deixaram de ser usados com freqüência. Mas eles ainda podem ser
consultados pelos
órgãos que os produziram e os receberam, se surgir uma situação idêntica àquela
que os gerou. Não há necessidade de esses documentos serem conservados nas
proximidades das repartições ou escritórios, e a sua permanência no arquivo é transitória,
uma vez que estão apenas aguardando para serem eliminados ou remetidos ao arquivo
permanente. Exemplo: o arquivo dos dez últimos anos da documentação de pessoal de
uma empresa.
ARQUIVO DE TERCEIRA IDADE OU PERMANENTE - nele se encontram os
documentos que perderam o valor administrativo e cujo uso deixou de ser freqüente, é
esporádico. Eles são conservados somente por causa de seu valor histórico, informativo
para comprovar algo para fins de pesquisa em geral, permitindo que se conheça como os
fatos evoluíram. Esse tipo de arquivo é o que denominamos arquivo propriamente dito.
Exemplo: o arquivo de uma secretaria de estado com os planos de governo do início do
século.
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De acordo com a extensão da atenção Os arquivos se dividem em:
ARQUIVO SETORIAL -estabelecido junto aos órgãos operacionais, cumprindo as
funções de um arquivo corrente. Exemplo: o arquivo da contabilidade de uma empresa
comercial.
ARQUIVO CENTRAL OU GERAL - destina-se a receber os documentos correntes
provenientes dos diversos órgãos que integram a estrutura de uma instituição. Nesse caso,
portanto, as atividades de arquivo corrente são centralizadas. Exemplo: o arquivo único das
diversas faculdades de uma universidade.
De acordo com a natureza de seus documentos Dependendo das características dos
documentos que compõem o arquivo, ele se classifica em:
ARQUIVO ESPECIAL - guarda documentos de variadas formas físicas como discos,
fitas, disquetes, fotografias, microformas (fichas microfilmadas), slides, filmes, entre outros.
Eles merecem tratamento adequado não apenas quanto ao armazenamento das peças,
mas também quanto ao registro, acondicionamento, controle e conservação. Exemplo: o
arquivo de microfilmes de uma instituição financeira ou os disquetes de uma firma de
advocacia.
ARQUIVO ESPECIALIZADO - tem sob sua guarda os documentos de um
determinado assunto, de um campo específico, como o hospitalar, o da medicina,
engenharia, imprensa, entre outros. São chamados, inadequadamente, de arquivos
técnicos. Exemplo: o arquivo de peças como ossos, dentes e fetos de uma escola de
enfermagem.
Você percebeu, pelos exemplos apresentados, que um mesmo arquivo pode
pertencer a mais de um grupo? Veja!
. O arquivo de uma secretaria estadual de saúde foi exemplificado como um arquivo
público, de âmbito estadual porque estávamos considerando o tipo de instituição que o
criou: um órgão do governo do estado. Mas ele também pode ser classificado como um
arquivo de primeira idade ou corrente, caso seus documentos sejam utilizados com
freqüência pelos funcionários. Pode ser ainda um arquivo central, que serve a todos ossetores daquela secretaria.
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Vamos continuar o estudo? já falamos bastante sobre os diferentes tipos de arquivos
e demos alguns exemplos de documentos que compõem os arquivos. Mas o que
caracteriza, exatamente, o documento de um arquivo?
CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS
Pense novamente sobre os vários tipos de arquivo aqui apresentados e faça uma lista
de alguns documentos que possam estar sob sua guarda.
Você, com certeza, se lembrou de diferentes documentos, já que eles são bem
variados. Só para exemplificar, apresentamos alguns para você conferir com os seus e
complementar a sua lista:
- cadastros de funcionários, de escolas, de clientes, de vendedores;
- histórico escolar de alunos, avaliação de desempenho de funcionários;
- discos, fitas, disquetes, fotos, gravuras, filmes, microfilmes, jornais, revistas, mapas,
quadros;
- notas fiscais, faturas, duplicatas, promissórias;
- relatórios variados, atas de reuniões, ofícios, cartas, memorandos;
- fichas, tabelas e formulários de qualquer natureza;
- certidões de um modo geral.
A partir desses exemplos e de outros escritos em sua lista, o que você conclui a
respeito do que seja um documento de arquivo? Pense e depois veja se também chegou a
esta conclusão:
Documento É TODO MATERIAL RECEBIDO OU PRODUZIDO POR UM GOVERNO,
ORGANIZAÇÃO OU FIRMA, NO DECORRER DE SUAS ATIVIDADES, E QUE SE
CONSTITUI ELEMENTO DE PROVA OU DE INFORMAÇÃO. ELE É ARQUIVADO E
CONSERVADO POR ESSAS INSTITUIÇÕES E SEUS SUCESSORES, PARA EFEITOS
FUTUROS. UM DOCUMENTO DE ARQUIVO TAMBÉM PODE SER AQUELE
PRODUZIDO OU RECEBIDO POR PESSOA FÍSICA, NO DECURSO DE SUA
EXISTÊNCIA.
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Os documentos de um arquivo apresentam características, conteúdo e formas
diferentes. Daí eles serem classificados em dois grupos:
Quanto ao gênero Considerando o aspecto externo, se em texto, audiovisual,
sonoro, isto é, o gênero dos documentos de um arquivo, eles podem ser bem variados,como você vê nestas figuras.
É importante destacar que a documentação escrita ou textual se apresenta de
inúmeros tipos físicos ou espécies documentais. Alguns deles já foram até lembrados aqui,
em exemplos anteriores: contratos, folhas de pagamento, livros contábeis, requisições
diversas, atas, relatórios, regimentos, regulamentos, editais, certidões, tabelas,
questionários e correspondências.
Quanto à natureza do assunto Quando levamos em conta a natureza do assunto
tratado em um documento, ele pode ser:
OSTENSIVO - cuja divulgação não prejudica a administração. Exemplos: notas fiscais
de uma loja; escala de plantão de uma imobiliária.
SIGILOSO - de conhecimento restrito e que, por isso, requer medidas especiais de
salvaguarda para sua divulgação e custódia. Os documentos sigilosos ainda se subdividem
em outras quatro categorias, tendo em vista o grau necessário de sigilo e até onde eles
podem circular.
ULTRA-SECRETO - seu assunto requer excepcional grau de segurança que deve ser
apenas do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio.
Exemplos: documentos relacionados à política governamental de alto nível e segredos de
Estado (descobertas e experiências de grande valor científico; negociações para alianças
militares e políticas; planos de guerra; informações sobre política estrangeira de alto nível).
SECRETO - seu assunto exige alto grau de segurança, mas pode ser cio
conhecimento de pessoas funcionalmente autorizadas para tal, ainda que não estejam
intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. Exemplos: planos, programas e medidas
governamentais; assuntos extraídos de matéria ultra-secreta que, sem comprometer o
excepcional grau de sigilo da matéria original, necessitam de maior difusão (planos ou
detalhes de operações militares); planos ou detalhes de operações econômicas ou
financeiras; projetos de aperfeiçoamento em técnicas ou materiais já existentes; dados de
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elevado interesse sob aspectos físicos, políticos, econômicos, psicossociais e militares de
países estrangeiros, e também, os meios e processos pelos quais foram obtidos; materiais
criptográficos (escritos em cifras ou códigos) importantes e sem classificação anterior.
CONFIDENCIAL - seu assunto, embora não requeira alto grau de segurança, só deveser do conhecimento de pessoas autorizadas, para não prejudicar um indivíduo ou criar
embaraços administrativos. Exemplos: informações relativas a pessoal, finanças e material
de uma entidade ou um indivíduo, cujo sigilo deve ser mantido por interesse das partes;
rádio-freqüência de importância especial ou aquelas que são usualmente trocadas; cartas,
fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações importantes para a segurança
nacional.
RESERVADO - seu assunto não deve ser do conhecimento do público, em geral.
Exemplos: partes de planos, programas, projetos e suas respectivas ordens e execução;
cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações importantes.
ORGANIZAÇÃO
A organização de arquivos, como de qualquer outro setor de uma instituição,
pressupõe o desenvolvimento de várias etapas de trabalho, Estas fases se constituiriam
em:
- levantamento de dados;
- análise dos dados coletados;
- planejamento;
- implantação e acompanhamento.
Levantamento de dados Se arquivo é o conjunto de documentos recebidos e
produzidos por uma entidade, seja ela pública ou privada, no decorrer de suas atividades,
claro está que, sem o conhecimento dessa entidade - sua estrutura e alterações, seus
objetivos e funcionamento seria bastante difícil compreender e avaliar o verdadeiro
significado de sua documentação.
O levantamento deve ter início pelo exame dos estatutos, regimentos, regulamentos,
normas, organogramas e demais documentos constitutivos da instituição mantenedora doarquivo e ser complementado pela coleta de informações sobre a sua documentação.
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Assim sendo, é preciso analisar o gênero dos documentos (escritos ou textuais,
audiovisuais, cartográficos, iconográficos, informáticos etc.); as espécies de documentos
mais freqüentes (cartas, faturas, relatórios, projetos, questionários etc.); os modelos e
formulários em uso; volume e estado de conservação do acervo; arranjo e classificação dos
documentos (métodos de arquivamento adotados); existência de registros e protocolos (em
fichas, em livro); média de arquivamentos diários; controle de empréstimo de documentos;
processes adotados para conservação e reprodução de documentos; existência de normas
de arquivo, manuais, códigos de classificação etc.
Além dessas informações, o arquivista deve acrescentar dados e referências sobre o
pessoal encarregado do arquivo (número de pessoas, nível de escolaridade, formação
profissional); o equipamento (quantidade, modelos, estado de conservação); a localizaçãofísica (extensão da Área ocupada, condições de iluminação, umidade, estado de
conservação das instalações, proteção contra incêndio).
Análise dos dados coletados
De posse de todos os dados mencionados no item anterior, o especialista estará
habilitado a analisar objetivamente a real situação dos serviços de arquivo, e fazer seu
diagnóstico para formular e propor as alterações e medidas mais indicadas, em cada caso,
a serem adotadas no sistema a ser implantado.
Em síntese, trata-se de verificar se estrutura, atividades e documentação de uma
instituição correspondem A sua realidade operacional. O diagnóstico seria, portanto, uma
constatação dos pontos de atrito, de falhas ou lacunas existentes no complexo
administrativo, enfim, das razoes que impedem o funcionamento eficiente do arquivo.
Planejamento
Para que um arquivo, em todos os estágios de sua evolução (corrente, intermediário e
permanente) possa cumprir seus objetivos, torna-se indispensável a formulação de um
plano arquivístico que tenha em conta tanto as disposições legais como as necessidades
da instituição a que pretende servir.
Para a elaboração desse plano devem ser considerados os seguintes elementos:
posição do arquivo na estrutura da instituição; centralização ou descentralização e
coordenação dos serviços de arquivo; escolha de métodos de arquivamento adequados;
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estabelecimento de normas de funcionamento; recursos humanos; escolha das instalações
e do equipamento; constituição de arquivos intermediário e permanente; recursos
financeiros.
Posição do arquivo na estrutura da instituição
Embora não se possa determinar, de forma generalizada, qual a melhor posição do
órgão de arquivo na estrutura de uma instituição, recomenda-se que esta seja a mais
elevada possível, isto é, que o arquivo seja subordinado a um órgão hierarquicamente
superior, tendo em vista que irá atender a setores e funcionários de diferentes níveis de
autoridade. A adoção desse critério evitará sérios problemas na Área das relações
humanas e das comunicações administrativas.
Se a instituição já contar com um órgão de documentação, este será, em principio, o
órgão mais adequado para acolher o arquivo, uma vez que a tendência moderna é reunir
todos os órgãos que tenham como matéria-prima a informação.
Ao usuário não interessa onde se encontra armazenada a informação - numa
biblioteca, numa memória de computador, num microfilme, ou num arquivo tradicional. Daí
a importância da constituição de sistemas de informação, dos quais o arquivo deve
participar, dotados de recursos técnicos e materiais adequados para atender à acelerada
demanda de nossos tempos.
Centralização ou descentralização e coordenação dos serviços de arquivo
Ao se elaborar um plano de arquivo, um aspecto importante a ser definido diz
respeito à centralização ou descentralização dos serviços de arquivo.
Centralização
Por sistema centralizado de arquivos correntes entende-se não apenas a reunião da
documentação em um único local, como também a concentração de todas as atividades de
controle - recebimento, registro, distribuição, movimentação e expedição - de documentos
de uso corrente em um único órgão da estrutura organizacional, freqüentemente designado
de Protocolo e Arquivo, Comunicações e Arquivo, ou outra denominado similar.
Dentre as inúmeras e inegáveis vantagens que um sistema centralizado oferece,
citam-se: treinamento mais eficiente do pessoal de arquivo; maiores possibilidades de
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padronização de normas e procedimentos; nítida delimitação de responsabilidades;
constituição de conjuntos arquivísticos mais completes; redução dos custos operacionais;
economia de espaço e equipamentos.
A despeito dessas vantagens, não se pode ignorar que uma centralização rígida seriadesaconselhável e até mesmo desastrosa como no caso de uma instituição de âmbito
nacional, em que algumas de suas unidades administrativas desenvolvem atividades
praticamente autônomas ou específicas, ou ainda que tais unidades estejam localizadas
fisicamente distantes uma das outras, As vezes em Áreas geográficas diferentes -
agências, filiais, delegacias -carecendo, portanto, de arquivos próximos para que possam
se desincumbir, com eficiência, de seus programas de trabalho.
Descentralização
Recomenda-se prudência ao aplicar esse sistema. Se a centralização rígida pode ser
desastrosa, a descentralização excessiva surtirá efeitos iguais ou ainda piores.
O bom senso indica que a descentralização deve ser estabelecida levando-se em
consideração as grandes áreas de atividades de uma instituição.
Suponha-se uma empresa estruturada em departamentos Como Produção,
Comercialização e Transportes, Além dos órgãos de atividades-meio ou administrativos, e
que cada um desses departamentos se desdobre em divisões e/ou seções. Uma vez
constatada a necessidade da descentralização para facilitar o fluxo de informações, esta
deverá ser aplicada a nível de Departamento, isto é, deverá ser mantido um arquivo junto a
cada Departamento, onde estarão reunidos todos os documentos de sua área de atuação,
incluindo os produzidos e recebidos pelas divisões e seções que o compõem. Para
completar o sistema deverá ser mantido também um arquivo para a documentação dos
órgãos administrativos.
A descentralização dos arquivos correntes obedece basicamente a dois critérios:
- centralização das atividades de controle (protocolo) e descentralização dos arquivos;
descentralização das atividades de controle (protocolo) e dos arquivos.
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Quando se fala em atividades de controle está-se referindo Aquelas exercidas em
geral pelos órgãos.- de comunicações, isto é: recebimento, registro, classificação,
distribuição, movimentação e expedição dos documentos correntes.
a) Centralização das atividades de controle (protocolo) descentralização dos arquivosNeste sistema, todo o controle da documentação é feito pelo órgão central de
comunicações, e os arquivos são localizados junto aos órgãos responsáveis pela execução
de programas especiais ou funções específicas, ou ainda junto As unidades administrativas
localizadas em áreas fisicamente distantes dos órgãos a que estão subordinadas.
Quando o volume de documentos é reduzido, cada órgão deverá designar um de
seus funcionários para responder pelo arquivo entregue A sua guarda, e por todas as
operações de arquivamento decorrentes, tais Como abertura de dossiês, controle de
empréstimo, preparo para transferência etc.
Se a massa documental for muito grande, é aconselhável que o órgão central de
comunicações designe um ou mais arquivistas ou técnicos de arquivo de seu próprio
quadro de pessoal para responder pelos arquivos nos órgãos em que forem localizados.
A esses arquivos descentralizados denomina-se núcleos de arquivo ou arquivos
setoriais.
b) Descentralização das atividades de controle (protocolo) e dos arquivos
Este sistema só deverá ser adotado quando puder substituir com vantagens
relevantes os sistemas centralizados tradicionais ou os parcialmente descentralizados. O
sistema consiste em descentralizar não somente os arquivos, Como as demais atividades
de controle já mencionadas anteriormente, isto é, os arquivos setoriais encarregar-se-ão,
além do arquivamento propriamente dito, do registro, classificação, tramitação dosdocumentos etc.
Neste caso, o órgão de comunicações, que também deve integrar o sistema, funciona
Como agente de recepção e de expedição, mas apenas no que se refere A coleta e A
distribuição da correspondência externa. Não raro, além dessas tarefas, passa a constituir-
se em arquivo setorial da documentação administrativo da instituição.
A opção pela centralização ou descentralização não deve ser estabelecida ao sabor de caprichos individuais, mas fundamentada em rigorosos critérios técnicos, perfeito
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conhecimento da estrutura da instituição A qual o arquivo irá servir, suas atividades, seus
tipos e volume de documentos, a localização física de suas unidades administrativas, suas
disponibilidades em recursos humanos e financeiros, enfim, devem ser analisados todos os
fatores que possibilitem a definição da melhor política a ser adotada.
Coordenação
Para que os sistemas descentralizados atinjam seus objetivos com rapidez,
segurança e eficiência é imprescindível a criação de uma COORDENAÇÃO CENTRAL,
tecnicamente planejada, que exercerá funções normativas, orientadoras e controladoras.
A Coordenação terá por atribuições: prestar assistência técnica aos arquivos setoriais;
estabelecer e fazei cumprir normas gerais de trabalho, de forma a manter a unidade deoperação e eficiência do serviço dos arquivos setoriais; determinar normas específicas de
operação, a fim de atender As peculiaridades de cada arquivo setorial; promover a
organização ou reorganização dos arquivos setoriais, quando necessário; treinar e orientar
pessoal destinado aos arquivos setoriais, tendo em vista a eficiência e a unidade de
execução de serviço; promover reuniões periódicas com os encarregados dos arquivos
setoriais para exame, debate e instruções sobre assunto de interesse do sistema de
arquivos.
Empréstimo e consulta
4.1 Protocolo
No que se refere às rotinas, poder-se-ia adotar as seguintes, com alterações
indicadas para cada caso:
4.1.1 Recebimento e classificação
4.1.2 Registro e movimentação
Este setor funciona como um centro de distribuição e redistribuição de documentos.
ARQUIVO CORRENTE E PROTOCOLO
SERVIÇOS DE PROTOCOLO
Observe este ofício:
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Para:Banco do Estado S.A.
Diretoria Financeira
Senhor Diretor,
Encaminhamos em anexo, para seu conhecimento e análise, cópia do Balanço
Patrimonial de nossa empresa...
Este ofício, ao ser recebido pelo banco, foi registrado de acordo com os
procedimentos adotados na empresa. Depois foi distribuído, sendo encaminhado ao Diretor
Financeiro. Na diretoria, a secretária recebeu o documento, registrou-o na entrada nos
controles específicos do órgão e encaminhou-o ao diretor. Esse, após conhecer o teor do
ofício, despachou-o para um dos assessores, solicitando-lhe análise e parecer.
Concluída a solicitação, o assessor retornou o documento com o parecer à sua chefia
que, após analisar, pediu algumas providências, dentre as quais a expedição de uma
resposta à Andes Turismo S.A. Finalmente, ele devolveu a documentação à sua secretária
- ofício, despachos, parecer -, solicitando-lhe o arquivamento.
A secretária registrou a saída do documento em seus controles e depois encaminhou-
o ao Setor de Arquivo da empresa.
Veja que o ofício passou por vários setores dentro do Banco do Estado S.A.,
envolvendo tarefas que constituem o serviço de protocolo de uma empresa: recebimento;
registro; distribuição e movimentação; expedição de correspondência.
PROTOCOLO
É A DENOMINAÇÃO ATRIBUÍDA AOS SETORES ENCARREGADOS DO
RECEBIMENTO, REGISTRO, DISTRIBUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE
DOCUMENTOS. É TAMBÉM O NOME ATRIBUÍDO AO NUMERO DE REGISTRO DADO
AO DOCUMENTO OU, AINDA, AO LIVRO DE REGISTRO DE DOCUMENTOS
RECEBIDOS E EXPEDIDOS.
E como esses serviços de protocolo funcionam? Que procedimentos são adotados
para que eles cumpram suas finalidades com eficiência?
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Rotinas de recebimento e classificação Cada instituição precisa criar suas próprias
rotinas de trabalho, tendo em vista suas particularidades. Mas, de um modo geral, as
rotinas de recebimento e classificação de documentos são:
- Recebimento da correspondência chegada à empresa pelo malote,
- Correios ou entregue em mãos.
- Separação da correspondência oficial da particular.
- Distribuição da correspondência particular.
- Separação da correspondência oficial de caráter ostensivo das de caráter sigiloso.
- Encaminhamento da correspondência sigilosa aos seus destinatários.
- Abertura da correspondência ostensiva.
- Leitura da correspondência para tomada de conhecimento do assunto, verificando a
existência de antecedentes.
- Requisição dos antecedentes ao arquivo. Se eles não estiverem lã, o setor
encarregado de registro e movimentação informará onde se encontram e os solicitará, para
ser feita a juntada, isto é, agrupar, por exemplo, dois ou mais documentos, ou processos.
- Interpretação da correspondência e sua classificação de acordo com o código
adotado pela empresa e definido pelo arquivista.
- Carimbo do documento no canto superior direito (de preferência com um carimbo
numerador datador do protocolo). Abaixo da data e do número, escrevemos para onde o
documento será encaminhado (destino) e o código atribuído a ele, quando foi classificado.
- Elaboração do resumo do assunto tratado no documento.
- Encaminhamento dos papéis ao setor responsável pelo registro e movimentação.
Rotinas de registro e movimentação
Esse serviço funciona como um centro de distribuição e redistribuição de documentos.
Ali os documentos chegam e são encaminhados aos setores, são devolvidos e
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reencaminhados aos outros setores ou ao arquivo. Mesmo que algumas de suas rotinas
possam variar de uma empresa para outra, de modo geral, elas compreendem:
- Preparação da ficha de protocolo, em duas vias, que podem ser de diferentes
modelos, dentre os quais selecionamos três para seu conhecimento e verificação de comosão preenchidas. Observe que nos três modelos, há espaço para escrevermos o mesmo
código ou número de classificação colocado no documento, quando foi registrado no
protocolo. E também há uma parte denominada dístribuíção, andamento ou carga, onde
anotamos cada etapa da tramitação do documento (desde o momento de sua saída do
setor de protocolo até o seu arquivamento).
Desse modo, quando desejamos saber algo sobre um documento, basta verificarmos
seu andamento na ficha de protocolo. Se, por exemplo, a destinação dele estiver para o
arquivo, é possível sabermos sob que notação ele está arquivado, que é a mesma atribuída
ao documento.
- Acréscimo da segunda via da ficha de protocolo ao documento já carimbado e
encaminhamento ao seu destino. Se existirem antecedentes, eles e suas respectivas
fichas, com registro e anotações, devem ser anexados ao documento.
Quando o documento chegar ao seu destino, o responsável naquele setor precisa
retirar a ficha de protocolo, que só é anexada novamente ao documento quando ele seguir
para outro setor. Essa passagem do documento de um setor a outro, a redístribuição, deve
ser feita através do setor responsável pelo registro e movimentação.
- Registro dos dados constantes da ficha de protocolo para as fichas de procedência e
de assunto, rearquivando-as em seguida. Essas fichas são preenchidas não só para
controlar a documentação que passa pelos serviços de protocolo como também, para
facilitar a pesquisa do documento, quando necessário. Eis um exemplo de ficha de
procedência
- Arquivamento das fichas de protocolo obedecendo à ordem dos números de
protocolo.
- Recebimento, dos vários setores da empresa, dos documentos a serem
redistribuídos e anotação do novo destino nas respectivas fichas.
- Encaminhamento dos documentos aos respectivos destinos.
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Rotinas de expedição
Em geral, são adotadas estas rotinas nos serviços de expedição de uma empresa:
- Recebimento da correspondência a ser expedida: o original, o envelope e as cópias,
nas cores e quantidades determinadas pela empresa.
Os setores que desejarem manter uma coleção de cópias em suas unidades, para
consulta imediata, devem prepará-las em papel de cor diferente. Essas cópias são
devolvidas ao setor de origem, após a expedição.
- Verificação da falta ou não de folhas ou anexos nas correspondências a serem
expedidas.
- Numeração e complementação de data, tanto no original como nas cópias.
- Separação do original das cópias.
- Expedição do original com os anexos, se existirem, pelos Correios, malotes ou em
mãos.
- Encaminhamento das cópias ao setor de arquivamento, acompanhadas dos
antecedentes que lhes deram origem.
SERVIÇOS DE ARQUIVO
Preste atenção a esta situação, bem comum em uma empresa:
- FLÁVIA, PRECISO DAQUELE PROJETO DE AMPLIAÇÃO DA FIRMA PARA
RETIRAR UNS DADOS QUE VOU INCLUIR NESTE RELATÓRIO.
- MAS DR. SANTANA, O PROJETO SAIU DAQUI PARA O DIRETOR-GERAL E AGORA JÁ DEVE ESTAR ARQUIVADO. O SENHOR QUER QUE EU SOLICITE UM
EMPRÉSTIMO AO SETOR DE ARQUIVO?
Como você vê, o projeto citado foi arquivado, depois de passar pelos setores
competentes. Do arquivo, no entanto, ele pode ser recuperado para consultas, por meio de
empréstimo.
E isso é o que deve acontecer com qualquer documentação oficial de uma empresa.
Depois de tramitar pelos devidos setores e cumprir suas finalidades, é arquivada. No
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arquivo fica guardada, podendo ser emprestada ou consultada a qualquer momento, pelo
pessoal da instituição.
Vemos, assim, que os serviços de arquivo compreendem duas atividades específicas:
o arquivamento propriamente dito dos documentos e seu empréstimo ou consulta, sempreque necessário.
E o que compreende cada uma dessas atividades? Arquivamento da documentação
Lembramos que, desde o momento em que o documento chega a uma empresa, já deve
haver a preocupação com o seu possível arquivamento. Por isso é que a classificação
dada ao documento no serviço de protocolo, quando ele entra na empresa é a mesma
utilizada para arquivá-lo. E como esses documentos são classificados?
Volte atrás e observe novamente as fichas de protocolo e os códigos usados para
classificar os documentos.
Repare que não há uma norma específica em relação a esses códigos: eles são
criados pelos técnicos responsáveis, em função dos métodos de arquivamento adotados
pela empresa. E esses métodos de arquivamento variam - cada empresa, de acordo com o
seu ramo de atividade, escolhe os métodos mais indicados e adequados às suas
finalidades. Somente assim o arquivo pode cumprir plenamente a sua finalidade primordial
-o acesso aos documentos, por meio de empréstimos e consultas aos funcionários e
setores da empresa.
Empréstimo e consulta de documentos do arquivo
Quantas vezes já não ouvimos alguém dizer:
- ESTE ASSUNTO ESTÁ ENCERRADO! JÁ FOI PARA O ARQUIVO.
- AQUELE DOCUMENTO FOI PARA O ARQUIVO MORTO.
São frases que nos passam a idéia de que arquivo é algo sem vida, onde fica
guardado tudo aquilo que não vamos mais precisar.
Mas já vimos que a finalidade principal de um arquivo é servir à administração. Desde
o recebimento da documentação até o seu arquivamento, o trabalho arquivístico precisa
ser feito de modo a possibilitar a recuperação rápida e completa da informação.
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Logo, é necessário que o arquivo esteja bem vivo! E ele só vai conseguir isso,
facilitando o empréstimo e consulta de seus documentos aos funcionários ou setores da
empresa que deles precisarem. Essa é uma tarefa que precisa ser feita com a máxima
ética e segurança, para que nenhum documento seja divulgado indevidamente ou mesmo
que se perca.
Assim, as rotinas de empréstimo e consulta dos documentos do arquivo podem ser:
- Atender às requisições de empréstimos vindas dos diferentes órgãos/setores.
- Preencher o formulário de recibo de documentação, em duas vias cujo modelo pode
ser:
Esse recibo é muito importante, já que registra a saída do documento, permitindo
informar, com segurança, onde ele se encontra.
- Colocar a segunda via do recibo no mesmo lugar de onde foi retirada a pasta para
empréstimo, juntamente com a guia-fora.
- Arquivar a primeira via do recibo de documentação no fichário de lembretes, em
ordem cronológica, do mais atual para o mais antigo.
- Preencher o formulário de cobrança da documentação, sempre que a pasta
emprestada não for devolvida no prazo estipulado.
Os prazos para empréstimo de documentos do arquivo variam de uma empresa para
outra, embora possamos recomendar um período em torno de dez dias, podendo ser
renovado mediante sua reapresentação ao setor.
- Encaminhar a cobrança de documentação ao requisitante.
- Arquivar a pasta devolvida ao setor, eliminando a segunda via do recibo (aquela que
estava no lugar da pasta retirada).
- Colocar o carimbo de RESTITUÍDO na primeira via do recibo de documentação (a
que foi assinada pelo requisitante). Esse carimbo pode ser colocado no verso do recibo e
ser assim:
- Devolver a primeira via carimbada do recibo ao requisitante.
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2.1 Prot oc ol o: rec ebimen to , reg is tro, d is tr ibuição, t ram itação e exped ição de
documentos.
2.2 Classif icação de documento s de arqu ivo .
2.3 Arqu ivamento e ord enação de docum ento s de arquiv o.
2.4 Tabela de temporal idade de docum entos de arquiv o.
3 Acondic ionamento e armazenamento de documentos de arquivo .
4 Preser vação e con ser vação de do cument os de arqui vo .
5 Tip olo gias do cumentai s e su po rtes físic os : m icr ofilmagem , automação, p reservação,
co nse rv ação e res tau ração de do cum en to s.