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Apontamentos de Gestão
Capítulo I – A gestão e os gestores
A organização: é uma unidade social, deliberadamente constituída (por
duas ou mais pessoas), orientada para o cumprimento de objectivos,
superando-se por esta via as limitações decorrentes do meio-
envolvente.
No entanto a organização é também uma arena política, pois é constituída por
pessoas com objectivos próprios e que os põem em prática na empresa de
forma a também atingirem as suas aspirações pessoais.
A gestão por objectivos é um exemplo disso
A organização pode ser vista, por sua vez, como 1 iceberg, pois as pessoas
fora da organização apenas conseguem perceber a parte visível da empresa,
como por exemplo, a missão, os objectivos traduzidos nos seus produtos, etc.
Tendo em conta este facto, a empresa pode ser encarada segundo diversas
ópticas que tratam a realidade de formas diferentes. Cada interpretação possui
os seus pontos fortes, no entanto existem sempre informações que não são
tidas em conta de acordo com cada perspectiva adoptada.
Existem diferentes tipos de organizações:
Com fins lucrativos;
Sem fins lucrativos;
Recreativas;
Empresas
Etc.
Importância das organizações:
As organizações são elementos indispensáveis à vida civilizada, uma vez que:
Servem à sociedade na medida em que reflectem alguns valores e
necessidades culturalmente aceites, permitindo assim que se viva de
modo civilizado.
Realizam objectivos, coordenando os esforços de diferentes indivíduos.
Mesmo que o indivíduo sozinho tivesse a capacidade para fazer todas
as tarefas, jamais o poderia fazer de forma tão perfeita e tão
rapidamente.
As organizações permitem alcançar metas, coordenando os esforços
dos diferentes indivíduos.
Preservam o conhecimento, criando uma ponte entre os conhecimentos
da geração passada, presente e futura. Todos nós dependemos de
registos de realizações passadas, uma vez que esses registos são uma
base de conhecimento sobre a qual se pode construir ou adquirir mais
conhecimento.
Proporcionam carreiras e, logo, a sobrevivência dos indivíduos, a sua
satisfação e auto-realização pessoal.
A empresa: organizações, orientadas para o lucro (principal objectivo das
empresas), que assumem riscos, geridas segundo uma filosofia de negócios,
reconhecida por outros com quem interagem e avaliadas contabilisticamente
Características:
Impessoalidade – a empresa não é composta por apenas uma pessoa, é
a junção de várias pessoas (daí ser uma organização) – E como tal,
quando os objectivos são alcançados, o mérito é de todos - É uma
unidade abstracta
Hierarquia – a empresa está organizada segundo uma hierarquia de
funções, em que, ocupando o cargo de máxima responsabilidade,
encontra-se o Presidente ou director, seguido do vice-presidente,
gerentes, supervisores, encarregados, etc. – É óbvio que as hierarquias
variam segundo as empresas em causa, podendo haver um modelo
centralizado, onde a tomada de decisões está essencialmente
encarregue ao presidente ou um modelo descentralizado que pressiona
os níveis hierárquicos mais baixos a tomar decisões.
Dimensão: de acordo com o critério da dimensão, as empresas
classificam-se em:
Pequenas;
Médias;
Grandes empresas
Objectivos: as empresas têm que possuir inevitavelmente objectivos que
ditem o rumo que deverá seguir
Eficiência:
Fronteiras:
Controlo: há que acompanhar as metas definidas para a empresa ser
capaz de aferir se os resultados obtidos estão em conformidade com o
planeado.
Trabalho:
Razões de existência das organizações:
Razões sociais: as pessoas são seres gregários
Razões materiais: o desenvolvimento da actividade produz
aprendizagem que se traduz em eficiência e eficácia.
Efeito de sinergia: duas ou mais pessoas actuando em conjunto,
produzem efeitos superiores à soma dos efeitos que produziriam
actuando isoladamente.
A empresa:
Orienta-se para os resultados (lucro), seguindo uma filosofia de negócio;
Assume muito particularmente o risco (risco de desenvolver novos
produtos, risco dos clientes não pagarem, risco de não conseguir obter
um resultado líquido positivo e que torne a empresa apta a saldar as
suas dívidas, etc.
Avalia a sua performance numa óptica contabilística e financeira;
O trabalho é mais profissionalizado;
Assegura a cooperação entre um número muito elevado de pessoas
sem que estas se sintam necessariamente a cooperar (pois, como já foi
dito, todas as pessoas possuem aspirações diferentes que muitas vezes
entram em colisão).
A empresa como um sistema aberto - Modelo de Katz e Kahn
Um sistema é um conjunto de elementos, partes ou órgãos
(subsistemas);
Dinamicamente inter-relacionados (rede de comunicações);
Desenvolvendo uma actividade ou função (operação, actividade,
processo);
Para atingir um ou mais objectivos.
Segundo CHIAVENATO (1999:24) “as organizações são sistemas sociais
porque são compostas de pessoas e funcionam graças às actividades e às
interacções dessas pessoas”.
A continuidade, a sobrevivência, o crescimento e o desenvolvimento de uma
organização está na sua capacidade de interagir com o ambiente em que está
inserida. A organização sofre a influência externa, e influencia o ambiente em
que faz parte, conforme o seu poder de: negociação, de pesquisa e
desenvolvimento econômico, etc. Muitas das influências externas não podem
ser previstas ou controladas.
As organizações caracterizam-se como um sistema aberto e dinâmico, onde o
sistema é visto como um conjunto de elementos interdependentes que,
interagem entre si, com determinados objectivos e efectuam determinadas
funções.
A organização é composta por vários sub-sistemas (podem ser a tecnologia,
estrutura, valores, etc.) do sistema principal, cada um tem as suas
características próprias, porém de forma a relacionarem-se na constituição
como um todo, e com objectivos ou uma razão que integra e justifica a reunião
das suas partes.
Como um sistema aberto, a empresa encontra-se permanentemente
interagindo com o seu ambiente. Como sistema dinâmico, realiza uma
actividade ou um conjunto de actividades, que a mantêm em constante
mutação e requerem que sejam constantemente orientadas ou reorientadas
para uma finalidade principal.
Para o funcionamento correcto deste sistema que compõe a empresa é
necessário recorrer a:
Entradas (INPUTS) - recursos que vão permitir que o sistema funcione;
Transformação ou processamento - “transformação” dos inputs tendo em vista
a obtenção dos outputs desejados – É composto por recursos
físicos/materiais/pessoas (“mão de obra”) e não físicos, como serviços e
informações, ou seja trata-se da importação de energia do ambiente.
Saídas (RESULTADOS OU OUTPUTS) - são os “produtos” finais.
Podem traduzir-se em produtos, serviços, objectivos alcançados,
crescimento financeiro da empresa, etc.
O feedback - diz respeito aos inputs de informação e proporcionam
alertas à estrutura sobre o ambiente e sobre o funcionamento do próprio
sistema – Este é o motor da evolução da organização, permitindo avaliar
o que é preciso melhorar ou mudar
Entropia negativa – A entropia é uma lei universal da natureza que
estabelece que todas as formas organizacionais tendem à exaustão, à
desorganização, à desintegração e, finalmente à morte. Logo, as
organizações tendem a lidar contra esta entropia, denominada como
entropia negativa. Porém como fazem isto? Tendo um retorno de
energia maior do que a gerada por meio de entradas, ou seja, os
sistemas mantêm as suas características internas de ordem, quando os
inputs são maiores que os outputs no processo de transformação –
deste modo, as corporações necessitam que a energia gasta nos seus
processos seja menor que a energia recebida.
A homeostase ou estado firme é mais um equilíbrio dinâmico do que
estático, os sistemas abertos não se acham em repouso, os inputs de
energia para deter a entropia agem para manter um certo equilíbrio no
intercâmbio de energia, de modo que os sistemas sobrevivam.
Exemplo
Por seu lado, os sistemas fechados – entropia positiva:
Há um isolamento em relação ao exterior – não intercâmbio com o meio
externo
Não recebem nem produzem recursos externos
Representam um comportamento determinístico e programado,
operando com muito pouco intercâmbio de matéria e energia com o meio
ambiente.
Exemplo:
Objectivos da empresa
O objectivo geral de qualquer empresa é obter lucro e sobreviver no mercado.
No entanto a empresa, para além destes objectivos basilares, possui outros
que são igualmente importantes:
Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da
sociedade;
Proporcionar emprego produtivo para todos os factores de produção;
Aumentar o bem-estar da sociedade através do uso económico dos
factores;
Proporcionar remuneração justa dos factores de produção (inputs);
Proporcionar clima propício à satisfação de necessidades humanas
normais.
Para atingirem os objectivos, as empresas formulam e implementam
estratégias, que se desdobram em planos (o que fazer e como) – estratégicos,
tácticos e operacionais.
Por sua vez, esses planos traduzem-se em políticas, que darão origem a
determinações mais pormenorizadas sob a forma de regras e procedimentos,
que se cumprem através de actos e acções levados a cabo nos diferentes
níveis e locais pelas pessoas e que resultam em produtos, serviços ou
resultados.
A gestão
Actividade racional através da qual são coordenados recursos humanos
materiais e financeiros com vista à prossecução de um conjunto de objectivos
Gestor: responsável por estabelecer e planear a forma mais eficiente e eficaz
de atingir os objectivos, pela afectação dos recursos humanos e materiais e
pela direcção das operações de 1 departamento ou de toda a empresa.
Funções do gestor (atenção que encontram-se todas interligadas
pelo que não devem ser vistas isoladamente)
Interpretar os objectivos propostos e transformá-los em acções empresariais
através de diversas funções:
Planeamento (Planear): definir objectivos, a estratégia e desenvolver os
planos para coordenar as actividades
Ou seja, o processo de determinar antecipadamente o que dever ser
feito e como dever ser feito. O planeamento tem implícita a ideia de acção a
desenvolver para que as coisas aconteçam
Organização (organizar): Estabelecer tarefas (e ditar como devem ser
feitas) e meios para realizar o que precisa ser feito – Ou seja
estabelecer uma relação entre as pessoas e os recursos de forma a
atingirem o planeado.
Dirigir: direccionar e motivar os trabalhadores, resolvendo problemas e
conflitos – influenciar o comportamento dos outros. A direcção envolve:
motivação, liderança e comunicação
Controlo (controlar): Monotorizar as actividades para verificar se
decorrem como planeado – É, em outras palavras, o processo de
comparação do actual desempenho da organização com padrões
(standarts) previamente estabelecidos, apontando as eventuais acções
correctivas.
O controlo pode ser feito em vários momentos: pode-se controlar ao longo do
tempo (controlo ao longo da execução), controlo final, etc.
Assim, gestores são todos aqueles que, numa organização, conseguem coisas
feitas com o trabalho dos outros, planeando, organizando, dirigindo e
controlando
Atenção: Nem todos os gestores têm responsabilidade pela empresa como um
todo
Por isso é que existem diferentes níveis de gestão (ou níveis de
organização):
Nível institucional ou estratégico: Pode ser composto pela administração
(administrador), gerência, conselho de gerência, direcção geral,
presidente, etc. – Forte componente estratégica
Está numa hierarquia mais alta. Determina os objectivos e a direcção a longo
prazo da organização
Por outras palavras, como a organização interage com o seu Ambiente (a
organização também pode influenciar o seu ambiente, esforçando-se por
mover influências, fazendo publicidade ou programas dirigidos aos membros da
sociedade).
Como o planeamento estratégico lida com questões globais, para que possa ter
efeito nos níveis localizados mais abaixo da pirâmide, deve ser desdobrado em
planos tácticos nos níveis intermediários e consequentemente detalhados em
planos operacionais
O nível institucional tem em conta todos os recursos, formulando políticas
globais que abrangem todos os membros da empresa
Toma-se decisões ao nível de crescimento da empresa, eficácia, etc.
Para este nível de gerência, as habilidades relacionadas são as
conceptuais.
Nível intermédio ou táctico: Forte componente táctica – directores de
divisão, de área, funcionais, departamentos, etc.)
Para que o nível operacional faça o seu trabalho, os gestores de nível técnico
devem garantir que têm os materiais adequados e ver se os bens são vendidos
ou os serviços são utilizados. Alguns problemas do foro técnico serão
coordenar as actividades operacionais e decidir que bens ou serviços produzir.
Traduzem os objectivos gerais e as estratégias da alta direcção em objectivos
e actividades mais específicos. São assim o “elo de ligação” entre a Gestão de
Topo e a Gestão de Primeiro nível
O gerente neste nível planeia acções ao nível de departamentos para o futuro
próximo ou para actividades actuais da empresa. Por outro lado este gerente
deve visar o controlo e integração das operações actuais da empresa,
focalizando a alocação de recursos.
A gerência táctica neste nível intermediário deve possuir habilidades que são
definidas como humanas
Nível operacional: (Supervisores, chefes de serviço, encarregados,
chefes de secção)
Foca o desempenho eficaz do que quer que seja que a organização produza
ou faça (qualquer organização que produza um bem físico ou um serviço, tem
uma função operacional). Por exemplo, uma Universidade deve assegurar-se
que os seus alunos estão correctamente matriculados, inscritos, distribuídos
por horários e ensinados. A tarefa da gestão é desenvolver a melhor afectação
de recursos que produza os resultados desejados.
Aptidões dos gestores
Como é visível acima, a combinação de aptidões varia dependendo do nível do
gestor na hierarquia da organização:
Aptidão técnica: é a capacidade para utilizar conhecimentos, técnicas e
recursos específicos no desempenho do trabalho (técnicos
contabilísticos, directores de engenharia, etc.). Existem empresas onde
as competências técnicas são de importância vital – empresas de
Tecnologia (informática, engenharia, etc.), farmacêuticas, biotecnologia,
etc.
Aptidão humana: podemos incluir a capacidade para trabalhar,
comunicar e compreender as outras pessoas. Os gestores têm de
assegurar a maior parte (ou uma grande parte) do trabalho através das
outras pessoas, para isso é necessário esta aptidão. Devem ser
humanas
capazes de Motivar, Liderar, Formar, Informar, Coordenar, Resolver
problemas interpessoais, etc.
O encorajamento da participação, sem medos ou receios, e o envolvimento das
pessoas são aspectos típicos de habilidades humanas. Saber trabalhar com
pessoas e por meio de pessoas.
Aptidão Conceptual: a capacidade para captar a imagem global, as
complexidades do todo organizacional e visualizar como as várias se
encaixam. Gestores com aptidões conceptuais compreendem todas as
actividades e interesses da organização e como se inter-relacionam.
A capacidade para apreender ideias gerais e abstractas e aplicá-las em
situações concretas.
As aptidões vão ter uma importância específica para um gestor específico,
dependendo do seu nível na organização:
As Aptidões técnicas serão importantes em todos os níveis, mas são
mais críticas para a eficácia dos gestores inferiores e intermédios. No
nível Técnico as decisões dependem da perícia em funções específicas.
Por exemplo, o nível técnico de uma organização fabril inclui
departamentos especializados (produção, marketing, pessoal,
engenharia, I&D, jurídico, etc.), os gestores de cada um destes
departamentos especializados devem ser capazes de falar com
autoridade sobre pormenores técnicos das unidades que gerem.
A Aptidão Humana é também crucial em todos os níveis, mas terá uma
maior importância no nível intermédio e superior.
A importância da Aptidão Conceptual aumenta à medida que se avança
na gestão. Quanto mais alto se está numa hierarquia, maior o
envolvimento nas decisões de longo prazo, que podem influenciar toda a
empresa.
Papéis dos gestores:
Henry Mintzberg categorizou num estudo dez papéis diferentes que um gestor
pode assumir. Podemos separar esses papéis em três grupos diferentes:
Papéis Interpessoais
Papéis Informacionais
Papéis Decisionais
Papéis Interpessoais (focam as relações entre pessoas) e é composto pelas
caracteristicas de:
Representação (natureza simbólica - receber um prémio em nome da
empresa);
Liderança (dirigir, coordenar, motivar subordinados);
Ligação (fazer a ligação entre os diversos elementos da organização e
exteriores a esta - rede de contactos).
Papéis Informacionais (recepção e envio de informação que não de rotina):
Acompanhamento (examinar o ambiente – oportunidades e ameaças);
Divulgação (fornecer informação a outros elementos da empresa que
de outra forma não a conseguiriam obter);
Porta-voz (representar o departamento ou a empresa junto de outras
pessoas).
Papéis Decisionais (levam à tomada de decisões):
Iniciativa (provocar mudanças para melhor);
Solução de problemas (acções correctivas);
Afectação de recursos (como afectar recursos escassos a usos
alternativos [necessidades múltiplas]);
Negociação (negociar com outros elementos da empresa ou com
elementos exteriores);
Empreendedor: provocar mudanças (novas ideias)
O ambiente externo:
vs
Velha economia Nova economia (globalizada)
As fronteiras nacionais limitam a
competição
As fronteiras nacionais praticamente
não têm sinificado na definição de
limites operacionais de 1 organização
A tecnologia reforça as hierarquias
rígidas e limita o acesso às
informações
As mudanças tecnológicas no modo
como as informações são criadas,
armazenadas, usadas e
compartilhadas tornaram-se mais
acessiveis
As oportunidades de emprego são
para os trabalhadores insdustriais
braçais (trabalho físico)
As oportunidade de emprego são para
os trabalhadores do conhecimento
(trabalho intelectual)
A população é relativamente
homogéna
A população é caracterizada pela
diversidade cultural
A empresa é afastada do seu
ambiente
As empresas aceitam as suas
responsabilidades sociais
A economia é dirigida por grandes
corporações
A economia é dirigida por pequenas
empresas empreendedoras
Os clientes adquirem o que as
empresas escolhem para eles
As necessidades dos clientes
direccionam o negócio
A globalização:
A globalização é um processo de interacção e integração entre as pessoas,
empresas e governos de diferentes nações. Processo esse impulsionado pelo
comércio e investimento internacionais, com o auxílio da tecnologia de
informação.
Há uma tendência para maior interdependência económica, política e
tecnológica entre instituições e economias nacionais.
Em matéria de determinantes da globalização, destacam-se os aspectos
tecnológicos, associados especialmente à revolução da informática e das
telecomunicações e aos seus efeitos na redução de custos operacionais (uma
vez que as máquinas são mais eficientes e têm menos custos que os recursos
humanos (não recebem por exemplo subsídio de férias, natal, alimentção, etc.
Apesar do investimento inicial ser maior, ao longo do tempo este investimento é
retornado sob a forma de redução de custos de produção, fabrico mais rápido e
com maior qualidade), de transação, de monitoramento e controle das
atividades produtivas e do acesso à informação.
Os avanços na tecnologia da informação têm fornecido poderosas ferramentas
aos agentes económicos para identificar e captar oportunidades económicas,
inclusive de forma mais rápida, possibilitando análises de tendências
económicas e facilitando a entrada em novos territórios.
Nesta evolução, encontra-se também os avanços tecnológicos e científicos,
incluindo, além da informática e das telecomunicações, a biotecnologia,
nanotecnologia, novos materiais, etc.
Não esquecer que, com estes avanços, surgem novas empresas que exploram
essas evoluções
Os aspectos políticos e institucionais que instituíram uma moeda única na
União Europeia que permitiu uma livre circulação de pessoas e mercadorias –
por sua vez, aboliram-se as fronteiras e direitos aduaneiros (alfândegas) que
tributavam os bens, tornando-os mais caros – Para além das variações das
taxas de câmbio que faziam oscilar constantemente os preços dos bens. Desta
forma as empresas começaram a possuir mais vantagens em investir no
exterior
A pressão pela procura de novos mercados, seja através da exportação ou de
investimento directo em economias com maior potencial de crescimento,
muitas vezes impulsionado por economias com um elevado poder de compra
que revelam oportunidades óptimas de desenvolver negócios viáveis.
A globalização apenas traduz a inevitável necessidade dos países interagirem
entre si, económica, política e socialmente. Este facto revela-se na divisão da
produção segundo os recursos de cada país, de forma a uma utilização
eficiente dos recursos. Esta interdependência manifesta-se, posteriormente,
nas exportações e importações.
Nesta óptica, as empresas representam um papel fulcral, na medida em que,
difundem a economia e melhoram o mercado – o que apenas beneficia os
consumidores. Quanto mais empresas de determinados sectores, maior a
concorrência e mais competitivos são os preços
Ao inverso, com a ausência de concorrência (característica dos monopólios)
maior a liberdade para fixar margens de lucro superiores, que se traduzem num
aumento de preços, uma vez que são as únicas empresas a fornecer
determinado mercado, pelo que existirá sempre procura independentemente do
preço.
A globalização por outro lado, permite a exploração da mão-de-obra barata, de
condições de trabalho desumanas associada à exploração dos trabalhadores –
Uma realidade dos países mais pobres onde a riqueza não é correctamente
distribuída, provocando a resignação dessas populações a este tipo de
condições, simplesmente para possuírem os recursos mínimos essenciais para
a sua sobrevivência.