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INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA, IPMA Apoio Meteorológico Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais www.ipma.pt RELATÓRIO ANUAL de 2015 Características Meteorológica e Climatológicas Predominantes na Época de Incêndios de 2015 Comportamento dos Índices de Perigo de Incêndio, FWI, RCM e ICRIF na época de incêndios de 2015 Análise de Resultados Quantidade de Carbono e de CO 2 Equivalente Libertado pelos Incêndios na Época de Incêndios de 2015 1

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INSTITUTO PORTUGUÊS

DO MAR E DA ATMOSFERA, IPMA

Apoio Meteorológico

Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais

www.ipma.pt

RELATÓRIO ANUAL de 2015

Características Meteorológica e Climatológicas Predominantes

na Época de Incêndios de 2015

Comportamento dos Índices de Perigo de Incêndio, FWI, RCM e

ICRIF na época de incêndios de 2015

Análise de Resultados

Quantidade de Carbono e de CO2 Equivalente Libertado pelos

Incêndios na Época de Incêndios de 2015

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Índice

RESUMO .................................................................................................................................. 3

1. CARACTERÍSTICAS METEOROLÓGICAS E CLIMATOLÓGICAS

PREDOMINANTES DE MAIO A SETEMBRO DE 2015 .................................................. 4

2. COMPORTAMENTO DOS ÍNDICES DE RISCO DE INCÊNDIO FLORESTAL NA

ÉPOCA DE INCÊNDIOS: ANÁLISE DE RESULTADOS ................................................. 7

2.1 Índice Meteorológico de Perigo de Incêndio Florestal, FWI, Sub-Índices, DC e DSR 7

2.1.1 O Índice de Seca, DC ................................................................................................................. 7

2.1.2 A Taxa diária de severidade, DSR ............................................................................................. 9

2.1.3 Evolução diária de maio a setembro do índice meteorológico de perigo de incêndio, FWI .... 10

2.2 Relação Entre o Índice Meteorológico de Risco de Incêndio, FWI, o Número de

Incêndios e Área Ardida ........................................................................................................ 11

2.2.1 Correlação entre o valor do FWI com o número de incêndios e com área ardida no Continente

e nas Regiões ..................................................................................................................................... 11

2.2.2 Relação entre a classe do percentil do FWI, o número de incêndios no Continente e nas

Regiões .............................................................................................................................................. 12

2.2.2 Relação entre a classe do percentil do FWI, o número de incêndios e a área ardida no

Continente e nas Regiões .................................................................................................................. 16

2.3 Índice de Risco Conjuntural Meteorológico, RCM de Maio a Setembro ................... 17

2.3.1 Evolução da média do risco de incêndio desde 2006 ............................................................... 17

2.4 Análise do ICRIF (Índice Combinado de Risco de Incêndio Florestal) na Época de

Fogos Florestais ...................................................................................................................... 19

2.4.1 Evolução diária do risco de incêndio ICRIF e dos valores médios mensais de área de risco

elevado (Nº Pixels ICRIF>25) .......................................................................................................... 20

2.4.2 Comparação entre os valores de área com ICRIF>25 (IOT25) e valores de CO2 equivalente

libertado pelos fogos florestais ......................................................................................................... 23

3. QUANTIDADE DE CO2 EQUIVALENTE LIBERTADO NA ATMOSFERA POR

INCÊNDIOS FLORESTAIS ................................................................................................. 26

ANEXOS. ................................................................................................................................ 31

ANEXO I Estações meteorológicas utilizadas no cálculo operacional do FWI em 2015 e estações

comuns desde 1999. .......................................................................................................................... 32

ANEXO II Taxa Diária de Severidade, DSR nas Regiões: Maio a Setembro de 2015. ................... 36

ANEXO III Classes do Percentil do FWI, área ardida e número de ocorrências nas Regiões: Maio a

Setembro de 2015. ............................................................................................................................ 38

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Resumo

AAnnáálliissee MMeetteeoorroollóóggiiccaa CClliimmaattoollóóggiiccaa

O inverno de 2015 foi seco, seguindo-se uma primavera seca e muito quente, com

ocorrência de 4 vagas de calor muito significativas nos meses de maio e junho. O verão

(julho e agosto) foi quente e seco, mas apresentando alternância, por períodos curtos, de

temperatura elevada e de temperatura relativamente baixa e com alguma precipitação, em

especial na região noroeste.

ÍÍnnddiiccee ddee sseeccaa,, DDCC ee aa ttaaxxaa ddiiáárriiaa ddee sseevveerriiddaaddee,, DDSSRR

O valor médio do DC nos meses de maio a setembro de 2015 foi de 590, valor superior à

média da série dos anos de 2005 a 2014.

A taxa diária de severidade, DSR, no período de 15 e maio a 30 de setembro registou, até

31 de agosto, o segundo valor mais elevado desde 2005.

RReellaaççããoo eennttrree oo FFWWII oo nnúúmmeerroo ddee ooccoorrrrêênncciiaass ee áárreeaa aarrddiiddaa ddee mmaaiioo aa

sseetteemmbbrroo ddee 22001155

A correlação entre a classe do percentil do FWI e o número de incêndios no Continente,

de maio a setembro de 2015, foi bastante elevada, 0,78;

Ao aumento do número de ocorrências de incêndios correspondeu um aumento da classe

do percentil;

A classe 3 do percentil do FWI (50 < PFWI ≤75), para os dias em que o número de

ocorrência foi superior a 80, foi a frequência mais elevada (53%);

Os maiores incêndios no Continente em 2015, com áreas ardidas superiores a 1000 ha,

ocorreram nas classes mais elevadas do percentil do FWI, preferencialmente na classe 4.

RRiissccoo ddee iinnccêênnddiioo fflloorreessttaall,, IICCRRIIFF ee áárreeaass ddee rriissccoo eelleevvaaddoo ((IICCRRIIFF>> 2255))

OOss vvaalloorreess ddaa ppeerrcceennttaaggeemm ddee áárreeaa ddee rriissccoo eelleevvaaddoo ((IIOOTT2255)),, nnooss mmeesseess ddee mmaaiioo aa aaggoossttoo,,

ffoorraamm aacciimmaa ddaa mmééddiiaa eemm ttooddaass aass rreeggiiõõeess,, ee nnoo mmêêss ddee sseetteemmbbrroo ffoorraamm aabbaaiixxoo ddaa mmééddiiaa,,

eexxcceettoo nnaa rreeggiiããoo SSuull qquuee ffooii aacciimmaa ddaa mmééddiiaa,, ccoonnssiiddeerraannddoo oo ppeerrííooddoo ddee rreeffeerrêênncciiaa 11999999--

22001144..

QQuuaannttiiddaaddee ddee CCaarrbboonnoo ee ddee CCOO22 eeqquuiivvaalleennttee lliibbeerrttaaddoo ppeellooss iinnccêênnddiiooss

As quantidades de carbono e de CO2 equivalente libertado pelos incêndios florestais no ano

de 2015, em relação ao ano de 2013, foram: junho, 61658 toneladas, 73 vezes mais do que

em 2013, julho, 128800 toneladas, 50% de 2013, agosto, 305480 toneladas, 20% de 2013,

setembro, 29772 toneladas, 8% de 2013.

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1. Características Meteorológicas e Climatológicas Predominantes

de Maio a Setembro de 2015

O inverno e a primavera de 2015 foram secos, e a temperatura média dos meses de abril e

maio esteve acima dos valores normais. Em 31 de maio de 2015, e segundo o índice

meteorológico de seca PDSI1, grande parte do território estava nas classes de seca moderada e

severa, situação que se agravou no mês de junho com 68% do território em situação de seca

severa a extrema.

Os meses de maio e junho classificaram-se como meses extremamente quentes e secos e

caracterizaram-se por uma frequência relativamente elevada de situações meteorológicas de

corrente de leste, o que originou valores elevados da temperatura do ar, humidade relativa

baixa e vento do quadrante leste moderado, soprando por vezes forte e com rajadas nas terras

altas.

Nos meses de julho e agosto a corrente de noroeste foi predominante no território do

Continente e, por vezes, em especial no mês de agosto, houve a aproximação e passagem de

superfícies frontais, verificando-se um contraste bastante significativo de temperatura e

humidade relativa entre as regiões próximas do litoral e do interior.

A situação de seca agravou-se e, em 31 de agosto, 24 % do território estava em situação de seca

fraca a moderada e 74 % do território estava em situação de seca severa a extrema

Na Figura 1, apresenta-se os valores médios da humidade relativa do ar a 2 metros e do vento

médio a 10 metros nas estações meteorológicas localizadas em regiões diferenciadas do

território (Litoral Oeste a norte e a sul do Tejo, interior das regiões Norte, Centro e Sul e nas

terras altas acima de 600 metros), em comparação com os respetivos valores médios do total

das estações da rede do FWI no Continente.

Verifica-se que a humidade relativa média no interior foi inferior à média do Continente,

registando-se os valores mais baixos, inferiores a 55%, nas estações do interior Sul e

inferiores a 60% nas terras altas.

O vento médio mais elevado (> 10km/h), nos meses de maio a setembro, foi registado nas

terras altas acima de 600 metros, seguindo-se o litoral oeste a sul do Tejo, evidenciando que

as situações de nortada moderada ou forte, no verão de 2015, não foram muito frequentes, em

especial no litoral das regiões Norte e Centro.

1PDSI - Palmer Drought Severity Index - Índice que se baseia no conceito do balanço da água tendo em conta

dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo; permite detetar

a ocorrência de períodos de seca e classifica-os em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema).

Boletins do Clima dos meses de maio a setembro de 2015, Divisão de Clima e Alterações Climática

(DivCA), IPMA.

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Os valores baixos da humidade relativa do ar nas terras altas e da intensidade do vento nestes

locais constituíram um fator de agravamento para a propagação dos incêndios florestais.

(a)

(b)

Figura 1 - (a) Humidade relativa (%) média por região de maio a setembro de 2015, (b) Intensidade

média do vento (km/h) por região de maio a setembro de 2015.

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No mês de setembro, em especial a segunda metade, devido a situações de instabilidade

atmosférica e de passagem de superfícies frontais de forte atividade registaram-se valores

muito elevados de precipitação, tendo sido um mês extremamente chuvoso e frio.

Durante este mês, verificou-se uma diminuição da situação de seca no território do Continente

e, em 30 de setembro, 85% do território estava em situação de seca meteorológica, 24% em seca

fraca, 29% em seca moderada e 32 % em seca severa (Figura 2).

Figura 2 - Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 30 de setembro 2015.

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2. Comportamento dos índices de Risco de Incêndio Florestal na

Época de Incêndios: Análise de Resultados

Nos capítulos seguintes, faz-se a análise dos resultados dos produtos disponibilizados pelo

IPMA para a prevenção e combate aos incêndios florestais que melhor caracterizam a

severidade meteorológica de uma época de incêndios florestais.

No ano de 2015, procedeu-se ao reprocessamento desde 1999 do índice meteorológico de

perigo de incêndio florestal, FWI, e do percentil do FWI, utilizando métodos objetivos para

colmatar as falhas dos diferentes parâmetros usados no cálculo deste índice.

No Anexo I, apresentam-se as tabelas com as estações meteorológicas utilizadas

operacionalmente no cálculo do FWI em 2015 e a tabela das estações comuns utilizadas desde

1999.

Os valores do índice FWI, dos percentis, assim como dos sub-índices, analisados neste

documento referem -se aos valores calculados nas 68 estações comuns utilizadas desde 1999.

2.1.1 O Índice de Seca, DC

A Figura 3a mostra o valor médio do índice de seca, DC3

, no Continente, no período de maio

a setembro desde 2005 e a média dos últimos 10 anos (2005 a 2014). O índice, DC, é um dos

componentes do FWI, e dá a indicação do teor de humidade nas camadas profundas (10 a 20

cm), estimando indiretamente a intensidade dos fogos devido à secura dos combustíveis.

O ano de 2005 continua a destacar-se com o valor de DC mais elevado, apresentando um

valor de 801 para o período de maio a setembro, e o ano de 2011, apresenta o valor mais

baixo, 466, para o mesmo período, correspondendo, ao ano mais seco e ao ano mais húmido,

respetivamente. Em 2015, para o período de maio a setembro, o valor do DC no Continente

foi de 590, superior ao valor médio, 576, para este período.

Relativamente aos valores do índice de seca no período de maio a setembro nas regiões Norte,

Centro e Sul, (Figura 3b), verifica-se uma discrepância significativa dos valores de DC entre a

região Sul e as outras regiões, apresentando um valor médio de DC de 736, muito superior à

média no Continente. A região Centro com um valor de 556 esteve próximo da média dos

últimos dez anos e a região Norte, com um valor de DC de 421, esteve abaixo da média no

Continente.

2 3 DC = Drought Code - Índice de seca, componente do índice meteorológico de risco de incêndio, FWI

2.1 Índice Meteorológico de Perigo de Incêndio Florestal, FWI2, Sub-

Índices, DC e DSR

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Durante o verão de 2015, ocorreram diferenças significativas das condições meteorológicas

entre o Norte e o Sul, registando-se valores muito superiores da quantidade de precipitação e

da humidade relativa. Os valores elevados da precipitação ocorridos em setembro, em

especial no Minho e Douro Litoral, tiveram um grande contributo para a diminuição do DC,

justificando esta diferença do DC entre as regiões.

(a)

(b)

Figura 3 – Valor médio do índice de seca, DC, (a) no Continente, (b) nas Regiões.

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2.1.2 A Taxa diária de severidade, DSR

O comportamento do DSR é um indicador da severidade das condições meteorológicas ao

longo da época de incêndios. A Figura 4 mostra a taxa diária de severidade, DSR4, nos meses

de janeiro a setembro e de 15 de maio a 30 de setembro para os anos de 2005 a 2015, no

Continente. Os valores do DSR foram calculados para o mesmo conjunto de 68 estações do

Continente.

(a)

(b)

Figura 4 – Evolução do índice diário de severidade, DSR, nos anos de 2005 a 2015 no Continente,

(a) de janeiro a setembro, (b) de maio a setembro.

4 DSR = Daily Severity Rating - Taxa Diária de Severidade, função do FWI, avalia a severidade da época de

incêndios

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Verifica-se que na época de 2015, a taxa de severidade acumulada de janeiro a setembro,

sofre um aumento muito significativo nos meses de maio e junho, apresentando no final de

junho o terceiro valor mais elevado do DSR dos últimos 10 anos, ficando abaixo do ano de

2005 e do ano 2012. Este comportamento manteve-se até meados de setembro, quando a

mudança das condições meteorológicas, com ocorrência de quantidades significativas de

precipitação, fez diminuir a taxa diária de severidade no território (Figura 4)5.

Se considerarmos o valor da do DSR a partir de 15 de maio, verifica-se que no final de junho,

o DSR apresenta o segundo valor mais elevado, apenas abaixo de 2005, mas muito próximo

deste, confirmando o elevado grau de severidade da época de 2015.

No Anexo II, apresenta-se o valor do DSR para as regiões Norte, Centro e Sul.

2.1.3 Evolução diária de maio a setembro do índice meteorológico de perigo de incêndio,

FWI

Os valores médios diários do FWI no Continente nos meses de maio a setembro, Figura 5,

mostram variações frequentes, com alternância entre valores elevados, bastante acima da

mediana, e valores abaixo, descendo por vezes abaixo do percentil 10. Apenas no período,

desde o final de junho e até á primeira década de agosto, o valor médio diário do FWI se

manteve, em geral, acima da mediana.

Figura 5 – Evolução do índice FWI, de maio a setembro nos anos de 2015 no Continente.

5 Valores do DSR de julho e agosto antes da 2ª reiniciação do FWI.

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Neste parágrafo apresentam-se as correlações entre os valores do FWI6 o número de incêndios

e área ardida no Continente e nas regiões Norte, Centro e Sul.

A região Norte inclui os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Bragança e Vila Real. A

região Centro inclui os dos distritos de Aveiro, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco,

Leiria, Lisboa e Santarém. A região Sul inclui os distritos de Portalegre, Setúbal, Évora, Beja

e Faro.

Faz-se a análise da relação do número de incêndios e de área ardida com as classes do

percentil do FWI, calculado para o período de 15 de junho a 15 de setembro, no período de

1999 a 2014 e para um conjunto de 68 estações meteorológicas comuns que contribuem para

o cálculo do FWI neste período.

Foram definidas 5 classes: 1) Percentil do FWI <10, 2) 10 ≤Percentil do FWI <50, 3) 50 ≤

Percentil do FWI <75, 4) 75 ≤ Percentil do FWI <90, 5) Percentil do FWI ≥ 90.

2.2.1 Correlação entre o valor do FWI com o número de incêndios e com área ardida no

Continente e nas Regiões

A Figura 6 mostra a correlação do valor médio do FWI no período de maio a setembro, com o

número de incêndios e com a área ardida no Continente e nas regiões Norte, Centro e Sul.

No Continente, a correlação entre o valor médio do FWI e as ocorrências foi elevada, 0,78, e

relativamente baixa, 0,4, com a área ardida.

Nas regiões Norte e Centro, a correlação entre o valor médio do FWI as ocorrências e área

ardida não foi muito distinta da do Continente, sendo, respetivamente de 0,78 e 0,81 para as

ocorrências e de 0,32 e 0,31 para a área ardida. Na região Sul, devido ao número

significativamente inferior de ocorrências, a correlação entre o valor médio do FWI, as

ocorrências e área ardida foi inferior, 0,52 para a ocorrências e de 0,24 para a área ardida.

6 FWI de julho e agosto calculado antes da 2ª reiniciação do FWI

2.2 Relação Entre o Índice Meteorológico de Risco de Incêndio, FWI, o

Número de Incêndios e Área Ardida

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Figura 6 –Correlação entre o FWI médio no Continente e Regiões, o número de ocorrência e área o

ardida (ha) no período de junho a setembro de 2015. Fonte de ocorrências e área ardida, ICNF

(Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) em 20151118.

2.2.2 Relação entre a classe do percentil do FWI, o número de incêndios no

Continente e nas Regiões

As Figura 7 e 8 mostram, para dados intervalos do número de ocorrências de incêndios, a

distribuição (frequência) dos incêndios florestais no Continente e nas regiões Norte, Centro e

Sul, nos meses de maio a setembro de 2015, em função da classe do percentil do FWI.

A frequência, para cada intervalo do número de ocorrências de incêndios considerado, foi

calculada tomando o total de dias em que ocorreram incêndios no território do Continente no

período de maio a setembro, que no ano de 2015 foram 152 dias com incêndios. O número de

dias com ocorrências de incêndios, para o mesmo período, foi de 143 na região Norte, de 144

na região Centro e de 151 na região Sul. No Continente 76% de dias com incêndios ocorreram

nas classes 2 e 3 do PFWI, na região norte 65% ocorreram naquelas classes, na região Centro

72% e na região Sul 79%.

Analisando-se os gráficos das figuras 7 e 8, verifica-se:

Ao aumento do número de ocorrências correspondeu um aumento da classe do percentil;

Na região Sul, onde o número de ocorrências diárias não ultrapassou 30, a classe do

percentil predominante, com 50%, foi a classe 2;

Para um número de ocorrências superior a 30, as classes do PFWI eram superiores à 2ª

(10≤ PFWI <50);

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Para número de ocorrências superior a 80, no Continente, correspondendo a cerca de

41% dos casos, a distribuição dos incêndios pelas classes do percentil do FWI foi: 2ª

classe, 10≤ PFW < 6%, 3ª (50≤ PFW <75), 22% e 4ª classe (75≤ PFWI <90) 13%;

Para número de ocorrências superior a 80, na região Norte, correspondendo a cerca de

9% dos casos, a distribuição dos incêndios pelas classes do percentil do FWI foi: 3ª (50≤

PFW <75), 3% e 4ª classe (75≤ PFWI <90) 6%;

Para número de ocorrências superior a 80, na região Centro, correspondendo a cerca de

0,7% dos casos, a distribuição dos incêndios pelas classes do percentil do FWI foi: 5ª (50≤

5ª classe (PFWI>=90) 0,7%.

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(a)

(b)

Figura 7– Distribuição das ocorrências de incêndios por classe do percentil do FWI.

Fonte de ocorrências e área ardida, ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) em

20151118.

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(a)

(b)

Figura 8 – Distribuição das ocorrências de incêndios por classe do percentil do FWI.

Fonte de ocorrências e área ardida, ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) em

20151118.

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2.2.2 Relação entre a classe do percentil do FWI, o número de incêndios e a área ardida

no Continente e nas Regiões

A Figura 9 mostra a distribuição da área ardida pelas classes do percentil do FWI, durante os

meses de maio a setembro de 2015, para os seguintes intervalos ocorrências de incêndios

florestais, número de ocorrências superiores a 0 e inferiores ou iguais a 30 (0< Ocor ≤30),

número de ocorrências superiores a 30 e inferiores ou iguais a 50 (30< Ocor ≤30), número de

ocorrências superiores a 50 e inferiores ou iguais a 80 (50< Ocor ≤80) e número de

ocorrências superiores ao 80 (Ocor >80). A estes intervalos de ocorrências de incêndios fez-se

corresponder as áreas ardidas, assinaladas com cores diferentes para cada um dos intervalos,

ordenadas de forma crescente, e as respetivas classes do percentil do FWI (PFWI).

Verifica-se que há um aumento da área ardida com a classe do percentil do FWI e com o

número de ocorrências – as maiores áreas ardidas estão associadas às classes mais altas do

PFWI e ao maior número de ocorrências de incêndios.

Os maiores incêndios no Continente em 2015, com áreas ardidas superiores a 1000 hectares,

ocorreram nas classes mais elevadas do percentil do FWI, preferencialmente na classe 4.

No Anexo III, apresentam-se três gráficos semelhantes ao da Figura 9, para as regiões Norte,

Centro e Sul. Tal como para como Continente, verifica-se que, em geral, a área ardida

aumenta com a classe do percentil do FWI e com o número de ocorrências. Na região Sul,

devido ao número baixo de ocorrências, a relação entre o número de incêndios e área ardida é

quase inexistente. No entanto os grandes incêndios, nesta região, ocorreram nas classes

elevadas do percentil do FWI, classe 4 ou 5.

0

50

100

150

200

250

300

0

1

2

3

4

5

6

Classe do Percentil do FWI, Área Ardida e Ocorrências

Portugal Continental, Maio a Setembro de 2015

A Ardida 0<Ocor<=30 A Ardida 30<Ocor<=50 A Ardida 50<Ocor<=80

A Ardida Ocor>80 Classe_PFWI Nº Ocorrências

Cla

sses

Per

cen

til

de

FW

I

Áre

a A

rdid

a (h

a)

Á rea

Ard

ida

(x 1

0 h

a, O

co>

=5

0)

Nº O

corr

ência

s

Valores Diários

(a)

Figura 9 – Distribuição da área ardia por classes de FWI (linha a vermelho) e com um número de

ocorrências entre (a) 0<Ocor<30 (verde), (b) 30≤Ocor<80 (amarelo), (b) Ocor≥80 (roxo). Fonte de

ocorrências e área ardida, ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) em 20151118.

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2.3.1 Evolução da média do risco de incêndio desde 2006

Na Figura 10a, apresenta-se o comportamento da média no Continente do risco de incêndio,

RCM, área ardida e do número de ocorrências para o período de maio a setembro nos anos de

2006 a 2015.

No período de maio a setembro de 2006 a 2015 o valor médio do risco de incêndio, RCM,

variou entre 1,93 em 2014 a 2,63 em 2010. Em 2015 o valor médio do RCM no Continente

foi de 2,37, o 5º mais elevado desde 2006.

A Figura 10b mostra a média mensal do risco incêndio no Continente e a área ardida para os

meses de maio a setembro desde 2006.

Verifica-se que na época de 2015, o mês de julho é o que apresenta o valor mais elevado do

RCM em todas as regiões.

Os valores mais baixos do valor médio mensal do RCM ocorreram em maio e em setembro na

região Norte (1,61), em maio na região Centro (1,99) e em setembro na região Sul (2,09).

7 RCM= Risco Conjuntural Meteorológico – classes de risco de incêndio resultantes da integração do índice

FWI para Portugal Continental com o risco conjuntural (risco estrutural atualizado com as áreas ardidas do ICNF

(Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas). Para mais informações consultar www.ipma.pt

2.3 Índice de Risco Conjuntural Meteorológico, RCM7 de Maio a Setembro

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(a)

(b)

Figura 10 – (a) Média do risco de incêndio e área ardida, de maio a setembro em Portugal

Continental no período de 2006 a 2015. (b) Média mensal do risco de incêndio de maio a setembro

nas regiões e em Portugal Continental no período de 2006 a 2015. Fonte de ocorrências e área ardida,

ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) em 2015-11-18.

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2.4 Análise do ICRIF (Índice Combinado de Risco de Incêndio Florestal) na

Época de Fogos Florestais

O índice combinado de risco de incêndio florestal (ICRIF), é diariamente calculado e

distribuído com uma resolução de 1.1 x 1.1 km, a mesma resolução das imagens NOAA

recebidas no IPMA.

O risco ICRIF combina o risco calculado diariamente FWI, com um risco estrutural que tem

como base o CORINE e é atualizado anualmente do impacto das áreas ardidas e um índice de

risco associado ao estado de vegetação estimado através do NDVI. A carta de risco estrutural

foi atualizada em abril de 2013, recorrendo-se ao CORINE2006.

O número total de pixels em cada Distrito é variável (Tabela 1). Durante a época mais gravosa

dos incêndios florestais, em Portugal Continental, no ano de 2015, os Distritos foram

agrupados em regiões conforme indicado na Tabela 1

Tabela I – Nº de pixels por distrito

DISTRITO TOTAL

Nº Pixels REGIÃO

V. Castelo 3.299

NORTE

Braga 3.980

Porto 3.383

Bragança 9.700

V. Real 6.341

Aveiro 4.025

CENTRO

Coimbra 5.609

Leiria 4.889

Guarda 7.917

Viseu 7.203

C. Branco 9.295

Santarém 9.249

Lisboa 3.823

Setúbal 6.763

SUL

Évora 9.982

Beja 13.569

Portalegre 8.347

Faro 6.508

TOTAL 123.882 PORTUGAL

CONTINENTAL

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2.4.1 Evolução diária do risco de incêndio ICRIF e dos valores médios mensais de área

de risco elevado (Nº Pixels ICRIF>25)

A análise dos resultados do ICRIF é feita diariamente com base nos dados dos Distritos ou

Concelhos, recorrendo ao IOT (ICRIF over Threshold), estimado com base na percentagem

do número de pixels com risco ICRIF superior a valores previamente selecionados. São, em

geral, selecionados três limiares: o limiar 25 (IOT25), o limiar 35 (IOT35) e o limiar 45

(IOT45), considerados, na região selecionada, risco elevado, risco muito elevado e risco

extremo, respetivamente. O comportamento daqueles limiares de IOT permite avaliar o risco

numa região.

Os relatórios mensais são realizados com os dados do FWI, observados diariamente num

conjunto de 80 estações meteorológicas, e que serve de base ao ICRIF.

A análise de risco de incêndio para o ano de 2015 (de maio a setembro) será realizada com

base na evolução diária do risco IOT25, risco elevado. De referir que este tipo de análise pode

ser estendida a qualquer outra região, selecionando-a dentro do Continente. Para além disso,

sempre que se refira ao País todo, está a considerar-se a análise da totalidade dos pixels do

País (123 882 pixels).

Neste relatório, os resultados de 2015 foram comparados com valores de referência, uma

estatística referente ao período de 1999 a 2014 entre 1 de maio e 30 de setembro. A referência

utilizada foi a do valor dos percentis 50, 90, 95 e 99. No caso da região Sul utilizou-se

também o valor máximo diário do período 1999/2014, Figura 11.

Da análise de resultados (Figura 11), para o período de 1 de maio e 30 de setembro de 2015,

pode concluir-se:

A evolução diária do risco IOT25 mostrou, em geral, valores que oscilaram entre

percentagens de área de risco baixo, inferior ao percentil 90, e em alguns períodos mesmo

inferior ao percentil 50 (mediana), e valores elevados de área de risco, ultrapassando em

alguns dias o percentil 95 e, na região Sul em finais de maio e junho, o percentil 99;

Da análise da Figura 11, observa-se que os dias de áreas de risco de IOT25 elevado não

permaneciam no tempo por mais de dois ou três dias seguidos;

Nas regiões Norte e Centro, não foi ultrapassado o percentil 95 em nenhum período de maio

a setembro;

Na região Norte, o percentil 90 foi ultrapassado na última década de maio, nos dias 29 e 30

de junho, nos dias 3 e 9 de julho e a 10 de agosto. Em todos os outros dias a percentagem de

área de risco IOT25 foi inferior ao percentil 90;

Na região Sul, o IOT25 ultrapassou o percentil 95 em maio e junho, mas não ultrapassou o

valor máximo;

O mês de setembro, especialmente a partir do meio do mês, apresentou valores muito baixos

de risco IOT25, especialmente na região Norte, com vários dias de risco IOT25 quase nulo.

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Figura 11 - Evolução diária da percentagem de área de risco com valor de ICRIF superior a 25

(IOT25) para o período de 1 de maio a 30 de setembro de 2015 e percentis do IOT25: percentil 50

(verde), percentil 90 (azul), percentil 95 (laranja), percentil 99 (vermelho), valor máximo no período

1999 a 2014 (preto). (a) Região Norte, (c) Região Centro, (c) Região Sul. Data, mês e dia (MDD).

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Comparando a média mensal da percentagem da área diária de risco, para o período de maio a

setembro, de 2015 com a média mensal de 1999 a 2014, Figura 12, verifica-se:

Para a região Norte os valores médios de risco IOT25 em 2015 foram superiores aos

valores médios do período 1999/2014 de maio a julho. Em agosto foram ligeiramente

superiores e em setembro a média de 2015 foi inferior à média de referência;

O comportamento do valor médio do IOT25 em 2015, na região Centro, foi semelhante ao

da região Norte, mas a diferença em setembro foi menos acentuada;

Na região Sul os valores médios mensais do IOT25 em 2015 foram sempre superiores aos

valores médios de referência.

Figura 12 - Valores médios mensais de área de risco elevado nos meses de maio a setembro (dado

pelo número de pixels com valor de ICRIF >25) para o período de 1999 a 2014 (verde) e para 2015

(verde caqui), (a) Região Norte, (b) Região Centro, (c) Região Sul.

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2.4.2 Comparação entre os valores de área com ICRIF>25 (IOT25) e valores de CO2

equivalente libertado pelos fogos florestais

Durante todo o período de maio a setembro a percentagem da área de risco foi comparada

com os valores de CO2 equivalente libertado pelos fogos florestais estimado a partir do

produto FRP (Fire Radiative Power) do projeto LSASAF. Na Figura 13 apresenta-se os

resultados para a região Norte, Centro e Sul.

Figura 13 - Evolução dos valores diários de CO2 equivalente (t) libertado para a atmosfera por

incêndios florestais de maio a setembro de 2015 (estimativa obtida a partir do produto FRP PIXEL da

LSA SAF) e a área de risco elevado (nº de pixels com valor de ICRIF superior a 25). (a) Região Norte,

(b) Região Centro, (c) Região Sul

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Foram também analisados os valores de área de risco IOT25 para todo o país, Portugal

Continental, e o número de ocorrências de incêndios florestais. Verifica-se que o número

diário de ocorrências é maior para valores mais elevados da percentagem de área de risco

IOT25, Figura 14.

Figura 14 Evolução dos valores diários da área de risco elevado (nº de pixels com valor de ICRIF

superior a 25) e do número diário de ocorrências (dados fornecidos pelo ICNF) para Portugal

Continental, para o período de maio a setembro de 2015. Fonte de ocorrências e área ardida, ICNF

(Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) em 20151118.

Para além da monitorização diária do risco de incêndio florestal ICRIF observado, feita a

partir dos valores em cada pixel, foi também efetuada a análise do risco ICRIF previsto para o

dia seguinte, H+24h, para dois dias, H+48h e para três dias, H+72h. O cálculo deste índice

utiliza o FWI previsto com base no modelo de previsão ALADIN, após ajuste com os dados

observados.

A análise dos resultados entre as áreas de risco elevado (percentagem de pixels com ICRIF

superior a 25), observadas e previstas, mostra que as previsões de H+24h, H+48h e H+72h se

ajustam muito bem às observadas.

Na Figura 15 está representada a comparação entre a área diária de risco elevado observada

em todo o país continental e os correspondentes valores previstos de H+24h, H+48h e H+72h,

para o período de maio a setembro. A correlação, para todos os meses de maio a setembro, foi

de 91%, para a área de risco elevado para H+24h, 87% para H+48h e de 86% para H+72h.

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Figura 15 - Evolução dos valores diários de área de risco elevado, IOT25 (nº de pixels com valor de

ICRIF superior a 25) de maio a setembro de 2015, valores observados (a castanho), valores previstos

para H+24h (a vermelho), para H+48h (a verde), e para H+72h (a azul).

A correlação, para todos os meses de maio a setembro, no Continente, foi de 91%, para a área

de risco elevado para H+24h, 87% para H+48h e de 86% para H+72h

A correlação entre a área diária de risco elevado observada e os correspondentes valores

previstos de H+24h, H+48h e H+72h, para o período de maio a setembro nas regiões foi:

região Norte; 94%, 92% e 88%, região Centro, 93%, 87% e 86% e na região Sul, 2%, 78% e

76%.

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3. Quantidade de CO2 equivalente libertado na atmosfera por

incêndios florestais

A quantidade de CO2 equivalente libertado na atmosfera por ação dos incêndios florestais foi

estimada, para o País e Distritos, com base no produto FRP (Fire Radiation Power) da LSA

SAF (Land Surface Analysis Satellite Application Facility), com validação realizada para

várias regiões da Europa e África. Para mais informação consultar a página

http://landsaf.meteo.pt. Note-se que o CO2 equivalente libertado para a atmosfera é estimado

a partir do Carbono libertado para a atmosfera (aproximadamente 4 vezes maior).

Na Figura 16 visualiza-se a comparação entre a área ardida, em ha, fornecida pelo ICNF, a

vermelho, e a quantidade de CO2 equivalente libertado pelos fogos florestais, a castanho,

mostrando um bom ajuste

Figura 16 - Evolução diária da quantidade de CO2 equivalente (toneladas, com base no FRP) libertado

na atmosfera por ação dos incêndios florestais, no Continente e de maio a setembro de 2015

(castanho), área ardida (vermelho). Fonte de ocorrências e área ardida, ICNF (Instituto da

Conservação da Natureza e das Florestas) em 20151118.

Verifica-se uma muito boa correspondência entre a área ardida e o CO2 equivalente libertado,

resultante da estimativa feita com base no produto FRP da LSA SAF

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Na Figura 17, apresenta-se para os meses de junho a setembro e para os anos de 2011 a 2015)

a quantidade de CO2 equivalente libertada por incêndios florestais, com base no FRP. É muito

evidenciada a elevada quantidade de CO2 equivalente libertado em agosto de 2013. Observa-

se que a quantidade libertada por incêndios florestais em 2015 foi o segundo maior valor em

agosto. Em junho de 2015 foi o valor mais elevado dos anos indicados.

Figura 17 - Quantidade mensal de Carbono (toneladas) libertado na atmosfera por ação dos incêndios

florestais no Continente, nos meses junho, julho, agosto e setembro e nos anos 2011 (azul), 2012

(verde caqui), 2013 (vermelho) e 2014 (verde claro) e 2015 (castanho).

A quantidade mensal de CO 2 equivalente libertado pelos fogos florestais, de junho a

setembro, época mais gravosa de fogos florestais, nos anos de 2011 a 2015 encontra-se nas

Tabelas II-1 e II-2, com valores mensais estimados para os 18 Distritos de Portugal

Continental.

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Tabela II-1- Quantidade mensal de carbono (t) libertado pelos fogos florestais para os distritos

de Portugal continental, nos meses de junho e julho nos anos 2011 a 2015.

Distrito

Junho

Julho

2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013

2014 2015

V.Castelo 7837,4 0,0 0,0 29,6 75,1 2926,3 0,0 28,4 0,0 3131,6

Bragança 2861,3 98,5 0,0 304,0 588,7 35738,8 30082,5 149241,7 6161,5 45004,7

V. Real 807,7 31,2 0,0 13,1 1017,2 1195,0 363,6 5652,1 256,5 1810,1

Braga 823,9 0,0 110,1 17902,7 0,0 20595,9 410,3 1883,3 109,1 9379,3

Porto 1120,6 0,0 0,0 234,2 1629,9 3698,4 394,5 760,7 0,0 723,5

Viseu 231,7 180,4 0,0 131,4 25452,4 27148,3 23147,8 12434,5 1582,5 8972,5

Guarda 580,9 172,2 0,0 95,4 13941,4 7579,2 12715,7 12716,9 8495,9 31787,4

Aveiro 70,3 0,0 0,0 2485,8 0,0 208,4 856,6 31439,1 4499,5 27,2

Coimbra 459,1 136,2 0,0 408,4 1388,5 3037,3 11629,9 1475,9 90,0 2068,3

C.Branco 732,9 1860,9 25,3 652,2 30,8 36160,7 2160,6 7157,1 418,6 9581,8

Leiria 0,0 243,7 0,0 0,0 2158,1 9,0 8870,4 570,9 0,0 4169,8

Santarém 0,0 1231,9 0,0 0,0 237,6 161,7 26400,2 2853,6 0,0 9237,6

Portalegre 0,0 108,9 37,4 0,0 67,6 34,6 5778,1 2493,5 1471,3 145,3

Évora 0,0 16,3 670,1 52,3 49,9 161,6 2107,7 1021,4 95,2 925,3

Lisboa 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 126,1 1544,2 547,5 416,1 134,2

Setúbal 18,2 0,0 0,0 0,0 54,7 0,0 214,6 33,2 80,9 724,6

Beja 0,0 228,4 0,0 70,9 14966,1 55,9 491,7 13767,1 1628,9 939,8

Faro 20,0 0,0 0,0 380,3 0,0 0,0 318655,9 170,1 26,6 36,9

Total 15564,0 4308,5 842,9 22760,2 61657,9 138837,4 445824,5 244246,9 25332,7 128800,0

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Tabela II-2- Quantidade mensal de carbono (t) libertado pelos fogos florestais para os distritos

de Portugal continental, nos meses de agosto e setembro nos anos 2011 a 2015

Distrito

Agosto

Setembro

2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013

2014 2015

V.Castelo 1618,3 0,0 49876,7 246,24 26657,04 0,0 0,0 48964,5 138,13 70,07

Bragança 41394,9 38063,8 98517,5 8250,13 13013,03 4006,5 28441,9 17668,6 10108,55 3561,89

V. Real 25600,3 3530,9 292237,2 7615,57 10589,48 17315,5 7011,6 24797,9 169,14 3209,48

Braga 4755,4 598,5 132822,3 217,36 16419,02 0,0 3497,8 73521,1 0,00 963,30

Porto 13183,0 865,5 111587,6 82,00 23799,84 182,8 2849,0 53361,5 233,56 7416,67

Viseu 15599,9 7567,9 508917,5

16158,9

1 96278,05 2097,9 124770,5 104079,0 814,88 1704,85

Guarda 8641,2 1689,6 129802,8 9014,28 62646,73 13188,8 18332,5 7496,5 19188,44 9628,88

Aveiro 2895,2 32,1 108718,8 667,09 2301,11 26,2 29808,8 31630,6 131,03 256,60

Coimbra 1275,0 23751,6 48863,1

23188,0

0 31495,07 1081,7 34712,4 13489,7 9360,73 612,65

C.Branco 1633,7 848,5 25660,2

15013,1

5 12270,54 105,3 6443,8 0,0 0,00 85,76

Leiria 0,0 791,0 1777,8 48,22 6748,14 431,8 107260,8 13965,7 20,72 1264,92

Santarém 108,4 113,6 6547,6 20,47 677,38 0,0 10107,8 135,4 48,66 118,73

Portalegre 0,0 0,0 6651,0 1885,61 0,00 0,0 0,0 1791,9 0,00 36,35

Évora 454,1 146,7 416,8 948,86 0,00 0,0 20074,8 0,0 0,00 0,00

Lisboa 1428,2 0,0 11226,7 241,59 2440,06 15,6 4321,6 68,7 0,00 841,56

Setúbal 20,5 0,0 0,0 138,88 23,92 0,0 0,0 0,0 0,00 0,00

Beja 240,2 205,9 0,0 168,51 110,63 76,8 869,8 0,0 0,00 0,00

Faro 0,0 1264,2 0,0 18,65 10,11 0,0 279,5 0,0 0,00 0,00

Total 118848,3 79470,1 1533623,6 83923,5 305480,1 38528,8 398782,7 390971,0 40213,8 29771,7

O produto FRPPIXEL da LSA SAF serve também para localizar as áreas das ocorrências de

incêndios florestais, sendo possível a visualização horária, diária, mensal ou anual. Na Figura

18 estão mapeados as localizações da totalidade dos incêndios florestais para os meses de

junho, julho, agosto, setembro e de janeiro a outubro de 2015.

Em conclusão, pode-se afirmar:

Existe uma boa relação (quanto maior a área ardida maior a quantidade de CO2

equivalente) entre a área ardida e a quantidade de CO2 equivalente, libertado para a

atmosfera pelos incêndios florestais e essa relação é melhor para grandes áreas ardidas.

Existe uma boa relação entre área de risco elevado, dada pelo número de pixels com

ICRIF superior a 25, e o número de ocorrências Figura 14.

Na Figura 18, apresenta o mapeamento dos incêndios florestais dado pelo produto FRP-Pixel

da LSA SAF.

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Junho

Julho

Agosto

Setembro

Incêndios Florestais

Portugal Continental

Janeiro a outubro de 2015

Figura 18 - Mapeamento das ocorrências mensais de incêndios florestais em junho, julho, agosto, e

setembro de 2015, e total de janeiro a outubro, baseado no produto FRP-Pixel da LSA SAF

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ANEXOS

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ANEXO I

Estações meteorológicas utilizadas no cálculo operacional do FWI em 2015

e estações comuns desde 1999.

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Estações meteorológicas utilizadas no cálculo do FWI de 2000 a 2014 (Valores

Reprocessados, 68 Estações) Estação

Meteorológica

Estação

Altitude

(m) Distrito

Estação

Meteorológica

Estação

Altitude

(m) Distrito

MONCAO 605 80 V.Castelo C.CARVOEIRO 531 32 Leiria

LAM.MOURO 606 880 V.Castelo LEIRIA 718 45 Leiria

P.LIMA 615 40 V.Castelo C.BRANCO 570 386 C.Branco

V. CASTELO 551 48 V.Castelo PROENCA 806 379 C.Branco

BRAGA 622 65 Braga COVILHA 687 482 C.Branco

CABRIL 619 585 Braga PAMPILHOSA 686 890 C.Branco

PORTO/PR 545 69 Porto ZEBREIRA 803 374 C.Branco

MONTALEGRE 611 1005 Vila Real TOMAR 724 75 Santarém

CHAVES 616 360 Vila Real SANTAREMFB 734 73 Santarém

C.BASTO 630 350 Vila Real R.MAIOR 729 69 Santarém

V.REAL 567 561 Vila Real CORUCHE 744 25 Santarém

BRAGANCA 575 690 Bragança ALVEGA 812 51 Santarém

MIRANDELA 632 250 Bragança LAVRADIO 766 6 Santarém

MACEDO 633 702 Bragança LISBOA/GC 579 104 Lisboa

M.DOURO 635 693 Bragança T. VEDRAS 739 110 Lisboa

MOGADOURO 637 644 Bragança PORTALEGRE 571 597 Portalegre

C. ANSIÃES 644 715 Bragança ELVAS 835 208 Portalegre

MONCORVO 654 600 Bragança AVIS 824 150 Portalegre

AVEIRO/UNI 702 5 Aveiro SETUBAL 770 35 Setúbal

ANADIA 705 45 Aveiro ALCAC. SAL 776 29 Setúbal

AROUCA 669 270 Aveiro ALVALADE 783 61 Setúbal

NELAS 685 425 Viseu PORTEL 848 205 Setúbal

VISEU/CC 560 636 Viseu SINES/MC 541 103 Setúbal

M. BEIRA 663 715 Viseu EVORA/CC 558 246 Évora

GUARDA 683 1020 Guarda ESTREMOZ 837 366 Évora

P.DOURADAS 568 1380 Guarda BEJA 562 246 Beja

FC.RODRIGO 671 635 Guarda AMARELEJA 850(1) 180 Beja

TRANCOSO 666 850 Guarda ALCOUTIM 865 290 Beja

SABUGAL 800 858 Guarda MERTOLA.VF 863 190 Beja

COIMBRA/CE 548 170 Coimbra N. CORVO 864 225 Beja

LOUSA 697 195 Coimbra SAGRES 533 25 Faro

F. FOZ 713 4 Coimbra PORTIMÃO 878 24 Faro

ANSIAO 716 405 Leiria FARO 554 8 Faro

ALCOBAÇA 726 38 Leiria C.MARIM 867 5 Faro

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Rede de Estações Meteorológicas Utilizadas no Cálculo do FWI em 2015

(80 estações)

EST NOME DISTRITO LAT

(º)

LONG

(º)

ALT

(M)

551 V.CASTELO VCT 41,65 8,80 48

605 MONCAO VCT 42,07 8,38 80

606 LAM.MOURO VCT 42,04 8,20 880

615 P.LIMA VCT 41,76 8,57 40

622 BRAGA BGA 41,58 8,45 65

619 CABRIL BGA 41,71 8,03 585

545 PORTO/PR PTO 41,23 8,68 69

657 LUZIM PTO 41,15 8,25 250

567 V.REAL VRL 41,27 7,72 561

616 CHAVES VRL 41,73 7,47 360

611 MONTALEGRE VRL 41,82 7,79 1005

630 C.BASTO VRL 41,49 7,98 350

655 PINHAO VRL 41,17 7,55 130

575 BRAGANCA BRG 41,80 6,74 690

612 VINHAIS BRG 41,84 7,00 773

632 MIRANDELA BRG 41,51 7,19 250

635 M.DOURO BRG 41,50 6,27 693

637 MOGADOURO BRG 41,34 6,73 644

633 MCAVALEIRO BRG 41,57 6,79 702

644 C.ANSIAES BRG 41,24 7,30 715

654 MONCORVO BRG 41,19 7,02 600

702 AVEIRO/UNI AVR 40,64 8,66 5

704 DUNAS de MIRA AVR 40,45 8,76 14

705 ANADIA AVR 40,44 8,44 45

669 AROUCA AVR 40,93 8,26 270

560 VISEU/CC VIS 40,71 7,90 636

663 MOIM.BEIRA VIS 40,99 7,60 715

678 CARAMULO VIS 40,57 8,17 810

685 NELAS VIS 40,52 7,86 425

568 P.DOURADAS GDA 40,41 7,56 1380

671 FC.RODRIGO GDA 40,83 6,94 635

666 TRANCOSO GDA 40,78 7,35 850

683 GUARDA GDA 40,53 7,28 1020

800 SABUGAL GDA 41,34 7,04 858

687 COVILHÃ/AERÓDROMO GDA 40,26 -7,48 482

548 COIMBRA/CE CBR 40,16 8,47 170

697 LOUSA CBR 40,14 8,24 195

686 PAMP.SERRA CBR 40,15 7,93 890

713 FIG.FOZ CBR 40,14 8,81 4

570 C.BRANCO CBO 39,84 7,48 386

803 ZEBREIRA CBO 39,85 7,07 374

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Rede de Estações Meteorológicas Utilizadas no Cálculo do FWI em 2015

(80 estações)

EST NOME DISTRITO LAT

(º)

LONG

(º)

ALT

(M)

716 ANSIAO LRA 39,90 8,41 405

726 ALCOBAÇA LRA 39,55 8,97 38

718 LEIRIA/AER LRA 39,78 8,82 45

806 PROENÇA-A-NOVA LRA 39,73 7,87 379

531 CCARVOEIRO LRA 39,36 9,40 32

579 LISBOA/GC LSB 38,77 9,13 104

739 TORRES VEDRAS LSB 39,04 9,18 110

766 LAVRADIO LSB 38,67 9,05 6

747 COLARES LSB 38,81 9,46 25

767 PEGÕES STM 38,65 8,64 64

734 SANTAREMFB STM 39,20 8,74 73

729 R.MAIOR STM 39,31 8,92 69

744 CORUCHE STM 38,94 8,51 25

724 TOMAR STM 39,59 8,37 75

812 ALVEGA STM 39,46 8,03 51

571 PORTALEGRE PTG 39,29 7,42 597

835 ELVAS PTG 38,89 7,14 208

824 AVIS PTG 39,11 7,88 150

558 EVORA/CC EVR 38,53 7,88 246

837 ESTREMOZ EVR 38,86 7,51 366

826 MORA EVR 38,94 8,16 110

840 REGUENGOS EVR 38,48 7,47 249

847 V.ALENTEJO EVR 38,33 8,05 202

770 SETUBAL STB 38,55 8,89 35

776 ALCAC.SAL STB 38,36 8,48 29

783 ALVALADE STB 37,95 8,39 61

541 SINES/MC STB 37,95 8,84 103

788 ZAMBUJEIRA STB 37,58 8,74 67

848 PORTEL STB 38,32 7,86 205

562 BEJA BJA 38,03 7,87 246

863 MERTOLA.VF BJA 37,76 7,55 190

864 N.CORVO BJA 37,58 7,97 255

851(0) AMARELEJA BJA 38,20 7,23 180

554 FARO FAR 37,02 7,97 8

867 C.MARIM FAR 37,23 7,43 5

789 ALJEZUR FAR 37,33 8,80 16

865 ALCOUTIM FAR 37,44 7,77 290

531 SAGRES FAR 37,01 8.95 25

878 PORTIMAO FAR 37,15 8,58 24

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ANEXO II

Taxa Diária de Severidade, DSR nas Regiões: Maio a Setembro de 2015.

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(a)

(b)

(c)

Figura1 – Taxa diária de severidade de 15 de maio a 30 de setembro de 2015. (a) Região Norte, (b)

Região Centro, (c) Região Sul.

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ANEXO III

Classes do Percentil do FWI, área ardida e número de ocorrências nas

Regiões: Maio a Setembro de 2015.

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0

20

40

60

80

100

120

140

0

1

2

3

4

5

6

Classe do Percentil do FWI, Área Ardida e Ocorrências

Região Norte, Maio a Setembro de 2015

A Ardida 0<Ocor<=30 A Ardida 30<Ocor<=50 A Ardida 50<Ocor<=80 A Ardida Ocor>80 Classe_PFWI Nº Ocorrências

Cla

sses

Per

cen

til

de

FW

I

Valores Diários

Áre

a A

rdid

a (h

a)

Nº O

corr

ência

s

(a)

0

20

40

60

80

100

0

1

2

3

4

5

6

Classe do Percentil do FWI, Área Ardida e Ocorrências

Região Centro, Maio a Setembro de 2015

A Ardida <= 30 A Ardida 30<Ocor<=50 A Ardida 50<Ocor<=80

Cla

sses

Per

cen

til

de

FW

I Áre

a A

rdid

a (x

10

ha

)

Nº O

corr

ência

s

Valores Diários

(b)

0

10

20

30

40

50

60

70

0

1

2

3

4

5

Classe do Percentil do FWI, Área Ardida e Ocorrências

Região Sul, Maio a Setembro de 2015

A Ardida Ocor<30 Classe_PFWI Nº Ocorrências

Cla

sses

Per

cen

til

de

FW

rea A

rdid

a

(x1

0 h

a)

Nº O

corrên

cias

Valores Diários

(c)

Figura 1- Classes de FWI, área ardida e nº de ocorrências de incêndios. (a) Região Norte, (b) Região

Centro, (c) Região Sul.