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Aula 15 – Teoria da Produção 19/04/2010 Bibliografia: Vasconcellos (2006) Cap. 6, Mankiw (2007) Cap. 13. Texto: Eu vos declaro marido e mulheres Teoria da produção Firma ou empresa para economia é uma unidade técnica que produz bens, tentando maximizar seus resultados relativos à produção e lucro. Sem conotações jurídicas ou contábeis. Fator de produção – Bens ou serviços transformáveis em produção. Primários – não são produzidos por uma empresa. Secundários – derivam da produção de alguma empresa. Os fatores de produção podem ser classificados devido a critérios como variabilidade, disponibilidade e durabilidade. Variabilidade: Fixos: Quantidade do insumo usada no processo de produção não varia. Variáveis: Quando a quantidade de insumo varia com a alteração da quantidade produzida. Disponibilidade: Limitados: Escassos. Ex: ferro. Ilimitados: Abundantes – Fatores livres. Ex: Ar. Divisibilidade: Divisíveis: podem ser fragmentados em partes pequenas partes. Indivisíveis: Não podem ser fragmentados sem perder a função. Ex: Máquinas. Durabilidade: Duráveis: resistem por mais de um processo produtivo Não-duráveis ou fungíveis: matérias primas. Consumidos em um único processo produtivo. Produção : a transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. Função de produção : relação entre a quantidade utilizada dos fatores de produção e a quantidade do bem final que pode ser obtida com a combinação dos insumos. Indica o máximo de produto que pode-se obter por meio da combinação dos fatores de produção. Normalmente é assim representada: Q=f(x1,x2,x3,x4,...xn) Q é a quantidade produzida e x os n fatores de produção, respeitando o processo de produção mais eficiente.

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Page 1: APO

Aula 15 – Teoria da Produção 19/04/2010 Bibliografia: Vasconcellos (2006) Cap. 6, Mankiw

(2007) Cap. 13.

Texto: Eu vos declaro marido e mulheres

Teoria da produção

Firma ou empresa para economia é uma unidade técnica que produz bens, tentando

maximizar seus resultados relativos à produção e lucro. Sem conotações jurídicas ou contábeis.

Fator de produção – Bens ou serviços transformáveis em produção.

Primários – não são produzidos por uma empresa.

Secundários – derivam da produção de alguma empresa.

Os fatores de produção podem ser classificados devido a critérios como variabilidade,

disponibilidade e durabilidade.

Variabilidade: Fixos: Quantidade do insumo usada no processo de produção não

varia.

Variáveis: Quando a quantidade de insumo varia com a alteração da

quantidade produzida.

Disponibilidade: Limitados: Escassos. Ex: ferro.

Ilimitados: Abundantes – Fatores livres. Ex: Ar.

Divisibilidade: Divisíveis: podem ser fragmentados em partes pequenas partes.

Indivisíveis: Não podem ser fragmentados sem perder a função. Ex:

Máquinas.

Durabilidade: Duráveis: resistem por mais de um processo produtivo

Não-duráveis ou fungíveis: matérias primas. Consumidos em um

único processo produtivo.

Produção: a transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda

no mercado.

Função de produção: relação entre a quantidade utilizada dos fatores de produção e a

quantidade do bem final que pode ser obtida com a combinação dos insumos. Indica o máximo de

produto que pode-se obter por meio da combinação dos fatores de produção.

Normalmente é assim representada:

Q=f(x1,x2,x3,x4,...xn)

Q é a quantidade produzida e x os n fatores de produção, respeitando o processo de

produção mais eficiente.

Page 2: APO

Para podermos representá-la em um gráfico pode-se realizar a abstração de que a quantidade

produzida depende tão somente de 2 insumos, que podem ser, máquinas e trabalhadores, por

exemplo.

Q=f(x1,x2)

Análise de Curto prazo:

No curto prazo, um fator é fixo e um variável. Normalmente no curto prazo não pode mos

aumentar alguns fatores de produção, como o tamanho de uma fábrica. Entretanto, é possível quase

sempre contratar mais mão-de-obra.

Função de curto prazo: ),( 021 xxfq =

Exemplo:

Fonte: Mankiw (2007)

Fonte: Mankiw (2007)

Page 3: APO

Produto Marginal (produto adicional produzido com o aumento da quantidade utilizada do

insumo): Com o passar do tempo, o produto diminui. Por que isso acontece no caso da Hellem?

Pois como o insumo é fixo no curto prazo, os funcionários no começo não competem por espaço. Já

no longo prazo, eles competem para usar os utensílios e pelo espaço na cozinha, produzindo assim

uma quantidade menor por trabalhador.

Produto médio (produto total dividido pela quantidade produzida): Ele diminui e depois

cresce, pois o produto médio depende dos preços dos insumos fixos e variáveis. O produto marginal

só depende dos variáveis.

LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES

Utilizando a lei dos rendimentos decrescentes: Aumentando a quantidade de um fator

variável, permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa, a produção, inicialmente crescerá a

taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a

taxas decrescentes; continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção decrescerá.

Fonte: Vasconcellos (2006

Page 4: APO

Análise de longo prazo:

No longo prazo, tem-se que todos os fatores são variáveis.

Função de longo prazo: ),( 21 xxfq =

Como são ambos fatores são variávies, os custos no longo prazo podem ser representados

por isoquantas:

Isoquantas singnifica igual quantidade. É uma linha onde todos os pontos representam

combinações dos fatores que produzem a mesma quantidade. Combinando os fatores se produz a

mesma quantidade. O mapa de produção é o conjunto de isoquantas.

Fonte: Vasconcellos (2006

Propriedades das isoquantas:

I – Decrescentes da esquerda para a direita, declividade negativa.

Porque se a quantidade de um for reduzida, a quantidade do outro tem de ser aumentada para

produzir a mesma quantidade.

II- Convexas com relação à origem

É convexa porque os insumos são substitutos, mas não perfeitos. Existem fatores de

produção que são especializados.

III – Não se cruzam nem se tangenciam

Page 5: APO

Fonte: Vasconcellos (2006

Imagine o ponto A. Ele produz 20 e 10 ao mesmo tempo? Um é realmente indiferente ao

outro? A combinação dos fatores referentes ao ponto B é indiferente àquela referente ao ponto A,

pois ambos os pontos estão sobre a mesma isoquanta q2=20. O mesmo ocorre com as combinações

dos fatores referentes aos pontos A e C na isoquanta q1=10. Assim, relativamente à produção, o

ponto A é indiferente ao ponto B, na isoquanta q2=20, e também indiferente ao C, na isoquanta

q1=10. Portanto o ponto B deveria ser indiferente ao ponto C. Todavia, essa indiferença seria

absurda, pois o ponto B representa uma combinação dos fatores x1 e x2 que redunda na produção

de 20 unidades do produto, e o ponto C, uma combinação que produz apenas 10 unidades. Desse

modo, conclui-se que, pelo ponto A só pode passar uma das duas isoquantas.

TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO TÉCNICA:

Indica a declividade da isoquanta em um ponto. Também revela qual deverá ser o acréscimo

de utilização do fator x1 para que, compensando o decréscimo de utilização do fator x2 mantenha

constante a quantidade produzida do produto. Mostra que o ganho de produção devido à utilização

de uma quantidade adicional do fator x1 é exatamente igual à perda de produção devido ao

decréscimo de utilização do fator x2.

2

12,1

x

xTMST xx

∆+

∆−= ou

2

12,1

x

xTMST xx

∆= - sempre tem sinais contrários,já que o acréscimo

de um significa redução de outro fator .

ISOCUSTO

Isocusto é uma linha de preços que, dados os preços dos fatores e as respectivas quantidades

adquiridas representa uma despesa ou um custo total igual para a firma que os utiliza. Isocusto

Page 6: APO

representa o mesmo custo total. Imaginando que a firma utilize apenas dois fatores de produção,

será definida como:

CT=p1.x1+p2.x2.

Exemplo:

Preço do Fator X1

Preço do Fator X2

Quantidade de X1

Quantidade de X2

Custo total de Produção

CT=p1.x1+p2.x2 6 4 20 0 120 6 4 18 3 120 6 4 14 9 120 6 4 10 15 120 6 4 6,6 20,1 120 6 4 3,2 25,2 120 6 4 0 30 120

Fonte: Vasconcellos (2006) Gráfico da tabela acima com a isocusto para o custo total de 120.

Fonte: Vasconcellos (2006)

Taxa marginal de substituição técnica na isocusto:

O conceito de taxa marginal de substituição técnica também pode ser utilizado na isocusto.

Essa taxa revela qual deverá ser o incremento na utilização do fator x1 que compensará

perfeitamente o decréscimo de utilização do fator x2.

2

12,1

x

xTMS xx

∆+

∆−=

Page 7: APO

Fonte: Vasconcellos (2006)

Obs: também pode-se usar taxa marginal de transformação, na curva de possibilidade de

produção de forma análoga à taxa marginal de substituição técnica.

Intersecção isocusto e isoquanta: Equilíbrio do produtor.

A teoria da produção considera que o princípio básico orientador do comportamento da

firma é o da maximização dos resultados. Por maximização dos resultados deve ser entendido o fato

de a firma procurar realizar o máximo de produção utilizando certa combinação de fatores.

Imaginando que uma firma produz apenas um produto e utiliza apenas dois fatores, ela está

no equilíbrio quando maximizar a quantidade produzida em relação à determinado custo de

produção, ou seja, dado o preço dos fatores deve utilizar o custo total no intuito de produzir a maior

quantidade possível. No ponto E do gráfico abaixo.

Fonte: Vasconcellos (2006)

Page 8: APO

Rendimentos de escala:

É o ritmo de variação da produção, respeitada certa proporção entre os fatores. É uma

relação tecnológica.

Rendimentos crescentes de escala: Ocorrem quando a variação na quantidade do produto

total é mais do que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Ex:

aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce 20%.

Rendimentos constantes de escala: ocorrem quando a variação do produto total é

proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Por exemplo, se

aumentamos em 10% a utilização dos fatores, o produto também aumenta em 10%. Para os

neoclássicos esta faixa é de breve duração, entretanto evidências empíricas demonstram que esta

faixa é bastante grande para as empresas.

Rendimentos decrescentes de escala:

Ocorrem quando a variação do produto é menos do que proporcional à variação na

utilização dos fatores. Por exemplo, aumenta-se a utilização dos fatores em 10% e o produto cresce

apenas 5%. Entre as causas têm-se: Restrições na capacidade administrativa da empresa e as

dificuldades de coordenação e de controle da variação da escala de produção.

Isoquantas e rendimentos Crescentes de Escala: