apicultura paranaense no contexto do brasil e … · apicultores que colhiam uma produção anual...

25
ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA SAFRA 2008/09 APICULTURA Médico Veterinário Roberto de Andrade Silva PANORAMA MUNDIAL Em 2005, conforme estimativas da FAO, a produção total de mel alcançou cerca de 1,38 milhão de toneladas, das quais 55,3% é concentrado em oito países. Segundo dados de 2005, os países que se destacam na produção de mel, são: China (21,5%), a Turquia (5,9%), a Argentina (5,8%), os Estados Unidos (5,7%), a Ucrânia (5,1%), a Rússia e a Índia (3,8% cada) e o México (3,7%). Do ano 2000 para 2005, a produção mundial de mel cresceu 10,81%, porém alguns países experimentaram retração de produção, tais como: Argentina, Estados Unidos, México e Canadá. A tendência que se verifica nestes últimos anos, é de leve crescimento. www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 1 1

Upload: vuongnga

Post on 16-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL

ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIASAFRA 2008/09

APICULTURA

Médico Veterinário Roberto de Andrade Silva

PANORAMA MUNDIAL

Em 2005, conforme estimativas da FAO, a produção total de mel alcançou cerca de 1,38 milhão de toneladas, das quais 55,3% é concentrado em oito países. Segundo dados de 2005, os países que se destacam na produção de mel, são: China (21,5%), a Turquia (5,9%), a Argentina (5,8%), os Estados Unidos (5,7%), a Ucrânia (5,1%), a Rússia e a Índia (3,8% cada) e o México (3,7%). Do ano 2000 para 2005, a produção mundial de mel cresceu 10,81%, porém alguns países experimentaram retração de produção, tais como: Argentina, Estados Unidos, México e Canadá. A tendência que se verifica nestes últimos anos, é de leve crescimento.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 11

MEL: QUANTIDADE PRODUZIDA NO MUNDO E NOS PRINCIPAIS PAÍSES, 2000, 2004 e 2005País Quantidade produzida (mil toneladas) An

o2000 2004 2005

Mundo 1.249 1.377 1.384China 252 298 298Turquia 61 74 82Argentina 93 80 80Estados Unidos 100 83 79Ucrânia 55 58 71Rússia 51 53 52Índia 51 52 52México 55 57 51Etiópia 29 38 39Espanha 30 37 37Canadá 37 34 36Irã 25 35 36Coréia do Sul 11 28 29Tanzânia 26 27 27Brasil 20 32 25

FONTE: Cadeia Produtiva de flores e Mel/ MAPA, SPA, IICA; Antonio Márcio Bunain e Mário Batalha Otávio Batalha – Brasília: IICA :MAPA/SPA, 2007.

O principal continente produtor é a Ásia, seguido pela América, sendo que o Mercosul representa cerca de 10% do total mundial. Segundo estes números da FAO, o Brasil posiciona-se no 15º lugar do ranking mundial, porém, considerando-se o número oficial do país, informado pelo IBGE (2005: 33.750 t), a posição brasileira salta para o 12º lugar. No Brasil, a produtividade (kg/colméia/ano) é bastante reduzida, especialmente quando comparada com a obtida em alguns países, a saber: Brasil (15), EUA (32), México (31), Argentina (30 a 35) e China (50 a 100), situação justificada pelo nível de utilização de recursos tecnológicos na produção. (EMBRAPA PANTANAL E BANCO DO NORDESTE, 2003, citado por SEBRAE, 2006, p. 13).

Esta mesma fonte informa que, em 2002, existiam no país 300 mil apicultores que colhiam uma produção anual de 30 mil a 40 mil toneladas de mel, resultando numa produtividade média de 15 kg/colméia/ano. Além da produção de mel e outros produtos apícolas (própolis, geléia real, apitoxina, cera), as abelhas realizam os serviços de polinização (aumento da qualidade e melhoria da produtividade de culturas agrícolas - frutas, verduras, grãos e de pastagens).

A Argentina é o terceiro produtor mundial, antecedido pela China e Turquia, e representa 70% do mel da América do Sul, 25% das Américas e em torno de 6% da produção mundial. Segundo dados do RENAPA (Registro Nacional de Produtores Apícolas), a atividade apícola é desenvolvida por cerca

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 22

de 30.000 apicultores que contam com 3,9 milhões de colméias, com potencial para manter em produção mais de 5,0 milhões. A produtividade média nacional se encontra entre 30 a 35 kg/colméia/ano, sendo que em algumas regiões se obtém rendimento médio de 60-70 kg/colméia/ano, similares às mais alta do mundo.

Para aquilatar-se a importância da Argentina no contexto apícola mundial, tem-se que em 1997 exportaram 70.400 toneladas de mel obtendo um valor de US$ 90,6 milhões e dez anos depois as vendas externas atingiram 98.800 toneladas e US$ 145 milhões. A Direção da Indústria Alimentaria (Argentina) informa que a produção Argentina em meados de década de noventa, experimentou uma notável expansão, com incremento de 40% em apenas cinco anos. A produção média gira em torno de 80 mil toneladas anuais. O volume máximo alcançado, deu-se em 2005 quando superou as 100 mil toneladas de mel. O valor da produção máxima exportada se realizou no ano de 2003 com US$ 160,0 milhões.

Segundo a Direção da Indústria Alimentaria (SAGPyA - Argentina), em 1995 a exportação mundial de mel foi de 299 mil toneladas e a participação da Argentina foi de 21,24%, evoluindo nos anos seguintes sob altos e baixos, conforme segue: 1996 (288 mil t e 16,76%), 1997 (270 mil t e 26,07%), 1998 (307 mil t e 22,25%), 1999 (341 mil t e 27,30%), 2000 (377,2 mil t e 23,45%), 2001 (365,3 mil t e 19,99%), 2002 (408 mil t e mil t e 19,61%), 2003 (405 mil t e 17,41%), 2004 (385 mil t e 16,23%) e 2005 (428,7 mil t e 25,01%).

No ano de 2007, alguns países experimentaram redução de produção, a saber: quebra na safra de mel na Ásia, em especial Vietnã e na China; perspectiva de redução na safra americana (que tem início em meados do ano) e na Alemanha (e outros países da Europa), em face da síndrome que os especialistas batizaram de Distúrbio do Colapso das Colônias (CCD).

Exportações de Mel

O comércio mundial de mel, em 2005, movimentou com as exportações 387 mil toneladas de mel in natura, representando um giro financeiro de 862 milhões de dólares, segundo a FAO. Os principais países exportadores foram a Argentina (27,80%), China (22,87%), a Alemanha (6,74%), o México (4,91%), Hungria (4,86%), Canadá (3,20%), Espanha (2,58%), que juntos participaram com 72,96% das exportações totais do planeta.

A Argentina é o primeiro exportador mundial de mel, competindo com preço e qualidade e exportando algo em torno de 95% de sua produção, sendo que 98% do produto exportado é a granel, sem diferenciação e somente 2% se exporta fracionado. Os principais destinos do mel argentino são a Alemanha, seguido pelos Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Espanha. O produto argentino é reconhecido e valorizado por suas propriedades organolépticas e porque os parâmetros de qualidade se enquadram dentro dos requisitos dos países mais exigentes. A Argentina tem um alto potencial para exportar outros

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 33

produtos como cera (incremento de 14% sobre 2005), pólen, própolis e geléia real.

Segundo estes dados da FAO, o Brasil apareceu exportando 6.000 toneladas em 2005, no entanto exportou 14.442 toneladas (MDIC/SECEX), obtendo receita cambial de US$ 18,94 milhões e colocando o país na sexta posição no ranking mundial do comércio exterior.

MEL: QUANTIDADE DAS EXPORTAÇÕES, NOS PRINCIPAIS PAÍSES, 2000, 2004 e 2005País Quantidade (mil

toneladas)2000 2004 2005

Mundo 366 359 387Argentina 88,6 62,5 107,6China 102,9 81,3 88,5Alemanha 20,8 21,2 26,1Hungria 12,8 15,8 18,8México 33,0 23,4 19,0Canadá 15,5 14,0 12,4Espanha 7,7 10,5 10,0Uruguai 2,9 13,4 8,9Austrália 9,1 6,6 7,2Chile 4,4 5,4 7,2Romênia 7,5 8,8 6,6Brasil 0,3 21 6,0

FONTE: Cadeia Produtiva de flores e Mel/ MAPA, SPA, IICA; Antonio Márcio Bunain e Mário Batalha Otávio Batalha – Brasília: IICA :MAPA/SPA, 2007.

De 2000 para 2005, as exportações mundiais cresceram 5,74%, saindo de 366 mil toneladas para 387 mil toneladas, com redução das exportações nos seguintes paises: China (13,99%), México (42,42%), Canadá (20,00%), Austrália (20,88%) e Romênia (12,00%).

Em 2005 os preços médios recebidos pelos principais países exportadores, foram: Argentina (US$ 1,2/kg), China (US$ 1,0/kg), Alemanha (US$ 3,1/kg), o México (US$ 1,7/kg), Hungria (US$ 2,8), Canadá (US$ 1,7%) e Espanha (US$ 3,4%). O Brasil apareceu com preço médio de US$ 3,2/kg, no entanto o preço médio efetivamente praticado foi de US$ 1,31/kg.

A partir de 2001 (US$ 2,81 milhões, 2.489 toneladas e preço médio de US$ 1,13/kg) e com mais força em 2002 (US$ 23,141 milhões, 12.640 toneladas e preço médio de US$ 1,83/kg), o Brasil adentrou o mercado internacional de mel, devido sérios problemas experimentados pela Argentina e China (contaminação do produto com biocidas e incidência de doenças apícolas) tradicionais países exportadores, mas que já retornaram ä normalidade no ano de 2005, trazendo os preços aos níveis históricos (US$ 1,00/kg).

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 44

Em 2004 ((US$ 42,374 milhões, 21.028 toneladas e preço médio de US$ 2,02/kg), 2005 (US$ 18,940 milhões, 14.442 toneladas e preço médio de US$ 1,31/kg) e 2006 (US$ 23,359 milhões, 14.600 toneladas e preço médio de US$ 1,60/kg), o Brasil exportou volumes recordes de mel e amealhou excelentes ingressos de dólares.

Importações de mel

As importações de mel, em 2005, atingiram 409,9 mil toneladas.. No período de 2000 a 2005, aumentaram 20,50%, com a maioria dos principais países importadores elevando suas compras, exceção feita para Holanda e Bélgica, que sofreram redução de 31,09% e 12,0%, respectivamente.

MEL: QUANTIDADE DAS IMPORTAÇÕES E PRINCIPAIS PAÍSES, 2000, 2004-e 2005Países Quantidade (mil

toneladas)Ano 2000 2004 2005

Mundo 365,2 382,9 409,9Alemanha 94,0 87,4 95,6Estados Unidos 89,9 81,0 105,5Reino Unido 24,1 25,1 28,5França 15,6 16,9 19,4Espanha 13,1 13,6 14,8Itália 12,5 15,7 14,2Arábia Saudita 6,4 11,4 11,3Bélgica 11,9 6.8 8,2Canadá 2,8 8,9 8,2Holanda 7,5 9.9 6,6

FONTE: Cadeia Produtiva de flores e Mel/ MAPA, SPA, IICA; Antonio Márcio Bunain e Mário Batalha Otávio Batalha – Brasília: IICA :MAPA/SPA, 2007.

As importações mundiais de mel in natura, em 2005, atingiram o volume de 409,9 mil toneladas, destacando-se como grandes importadores a Alemanha (95,6 mil toneladas e 23,32%), Estados Unidos (105,5 mil toneladas e 25,74%), Reino Unido (28,5 mil toneladas e 5,70%), França (19,4 mil toneladas e 3,88%), Espanha (14,8 mil toneladas e 2,96%), Itália (14,2 mil toneladas e 2,84%) e Arábia Saudita (11,3 mil toneladas e 2,76%).

Vários outros países realizam importações de mel: Austrália, Áustria, Canadá, Holanda, Polônia, Irlanda, Grécia, Hungria, Omã e Suíça. Os Estados Unidos (25,74%) e a Alemanha figuram como os maiores importadores mundiais de mel. A Alemanha destaca-se também como um dos principais exportadores (6,74% do total de 2005), com atuação forte como re-exportador, comprando mel a granel de outros mercados, embalando e redistribuindo para a Europa e vizinhança.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 55

Antes do embargo da União Européia ao mel brasileiro, decretado a partir de março de 2006, a Alemanha (2005: US$ 8,106 milhões e 6.234 toneladas) sobressaía como o principal importador do mel nacional (a granel), posição que passou a ser ocupada pelos Estados Unidos (2006: US$ 17,329 e 10.785 toneladas). Em 2007, os Estados Unidos continuaram sendo o maior importador do mel brasileiro: US$ 19,058 e 1.704 toneladas.

Vale ressaltar que a partir de março de 2008, foi decretado o fim do embargo da União Européia ao mel brasileiro, depois de todas as exigências, especialmente no tocante à implementação do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), foi plenamente atendido .

Sabe-se que o consumo de mel in natura é baixo e pouco difundido junto à população da maioria dos países, resultando num consumo médio per capita mundial de 220 a 300g/hab/ano. O consumo na Argentina é de 180 a 200 g/hab/ano, quando comparado com países como Japão, EE.UU, Alemanha que chegam a consumir de 700 gramas a 1 kg per capita.

No mundo, segundo a Direção Alimentaria de Alimentos (Argentina), o consumo apresenta tendência de crescimento, devido a uma maior demanda de alguns mercados tradicionais e a incorporação de novos países importadores. Países como Líbano, Arábia, Omã e Síria têm apresentado uma importante expansão em anos recentes, sobretudo por questões religiosas.

PANORAMA NACIONAL

A apicultura brasileira teve início com enxames trazidos pelos imigrantes, contudo, somente com a introdução de abelhas africanas em meados de 1956 é que se deu a revolução da apicultura no Brasil com o cruzamento das duas populações, produzindo um híbrido conhecido hoje como abelhas africanizadas.

Certamente ocorreram problemas até que se chegasse no estágio de desenvolvimento atual, dada a agressividade dessas abelhas e a inabilidade dos apicultores em lidar com a nova realidade (SOARES citado por PAULA NETO e ALMEIDA NETO, 2006, p. 1).

O Brasil, com seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados, detém vegetação rica e variada, aliada a um clima muito diverso, que favorecem a exploração da atividade apícola em todas os estados da federação.

Segundo o IBGE (2005), a produção nacional de mel, em 2005, atingiu 33.750 toneladas. O Paraná, com uma produção de 4.462 toneladas, colocou-se em terceiro lugar, antecedido pelo estado do Rio Grande do Sul, com 7.428 (1º lugar) e o estado do Piauí, com 4.497 toneladas (2º lugar).

O Paraná, até o ano de 2004, situava-se na segunda posição do ranking nacional da produção de mel, perdendo posição para o Piauí, que a exemplo de

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 66

outros estados do Nordeste vem desenvolvendo políticas de incentivo ao aumento da produção apícola, inclusive ganhando espaços no mercado exportador de mel.

Em 2006, o Paraná volta a ultrapassar o estado do Piauí, com uma produção anual de 4.612 toneladas, ficando o estado nordestino com 4.196 toneladas de mel.

Na tabela seguinte, vê-se o aumento na produção de mel dos principais estados produtores, no período de 2000 a 2006: Ceará (366,11%), Bahia (292,90%), Piauí (125,35%), Paraná (60,70%), São Paulo (38,91%), Rio Grande do Sul (34,48%), Minas Gerais (18,19%), Santa Catarina (0,18%). Dos estados expoentes da produção melífera nacional, o estado de Santa Catarina, no período analisado tem apresentado desempenho instável, tendendo à redução da produção.

MEL: PRODUÇÃO BRASILEIRA E DOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES (t), 2000 A 2006Estados / Ano

2000 2002 2003 2004 2005 2006

Brasil 21.865 24.028 30.022 32.290 33.750 36.194RS 5.815 5.604 6.777 7.317 7.428 7.820PR 2.870 2.843 4.068 4.348 4.462 4.612PI 1.862 2.221 3.146 3.894 4.497 4.196SC 3.983 3.828 4.511 3.600 3.926 3.990CE 655 1.373 1.896 2.933 2.312 3.053SP 1.830 2.092 2.454 2.333 2.396 2.542MG 2.100 2.408 2.194 2.134 2.208 2.482BA 521 873 1.419 1.494 1.775 2.047

FONTE: IBGE (Pesquisa Pecuária Municipal)

Nas duas tabelas seguintes, ao verificar-se o período de 1991 a 2006, constata-se que a produção nacional cresceu 93,88% e a performance dos principais estados produtores é positiva para: Piauí (773,53%), Ceará (472,98%), Rio Grande do Sul (127,59%), Minas Gerais (105,66%), Paraná (30,72%), São Paulo (21,27%). Para o estado de Santa Catarina, o que se vê é uma queda da produção de mel da ordem de 25,41%.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 77

APICULTURA: BRASIL E PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, 1991 E 2005Estados Produção (kg)

1991 (1) 2005 (2) Var.% (2)/(1) Part.% - 2005Brasil 18.667.767 33.749.666 80,79 100,0

RS 3.435.947 7.427.944 116,18 22,0PR 3.528.514 4.462.022 26,46 13,2PI 480.337 4.497.392 836,30 13,3SC 5.349.653 3.925.556 (26,62) 11,6SP 2.095.878 2.395.842 14,31 7,1CE 532.835 2.311.626 333,84 6,9MG 1.206.907 2.207.925 82,94 6,5

FONTE: IBGE (www.sidra.ibge.gov.br)

APICULTURA: BRASIL E PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, 1991 E 2006Estados Produção (kg)

1991 (1) 2006 (2) Var.% (2)/(1) Part.% - 2006Brasil 18.667.767 36.193.868 93,88 100,0

RS 3.435.947 7.819.993 127,59 21,61PR 3.528.514 4.612.372 30,72 12,74PI 480.337 4.195.910 773,53 11,59SC 5.349.653 3.990.118 (25,41) 11,02SP 2.095.878 2.541.586 21,27 7,01CE 532.835 3.053.053 472,98 8,44MG 1.206.907 2.482.174 105,66 6,86

FONTE: IBGE (www.sidra.ibge.gov.br)

BRASIL E REGIÕES: PRODUÇÃO DE MEL DE ABELHA (kg), 1990 A 2006Ano Brasil Norte Nordeste C. Oeste Sudeste Sul1990 16.181.289 69.546 1.782.081 407.011 3.567.454 10.355.1962005 33.749.666 653.467 10.910.916 1.097.459 5.272.302 15.815.5222006 36.193.868 673.729 12.102.924 1.189.814 5.804.918 16.422.483Var.% (1990 a 2006)

123,68 868,75 579,15 192,33 62,72 58,59

Var.% (2007/06) 7,24 3,10 10,92 8,42 10,10 3,84Fonte: IBGE (www.sidra.ibge.gov.br)

De 1990 a 2006, a produção brasileira de mel de abelha cresceu 123,68%, verificando-se maiores crescimentos nas regiões: Norte (868,75%), Nordeste (579,15%) e Centro Oeste (192,33%), conforme pode ser visto na acima. A região Sul, que detém a maior participação percentual na produção nacional, com aproximadamente 45,37% (2006), experimentou de 1990 a 2006, um crescimento de apenas 58,59%, por conta especialmente do estado de Santa Catarina, que em 2004 sofreu queda de produção de mel, devido a condições climáticas desfavoráveis (baixo índice de precipitação pluviométrica e a ocorrência do “furacão Catarina”, na região sul do estado (microrregião geográfica de Criciúma), que contribuiu para a redução de toda a produção estadual).

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 88

O mel e o comércio Exterior

Exportações de mel em 2003 –

Em 2003, o Brasil exportou 19.273 toneladas, 51,8% a mais que o volume exportado em 2002 (12.640 toneladas). A receita cambial obtida em 2003 foi de US$ 45,54 milhões, 96,8% maior que o montante que ingressou no país em 2002.

Os principais destinos do mel brasileiro foram: Alemanha (54,8% - 10.563 t), Estados Unidos da América (35,2% - 6.777t), Bélgica (238 t), Espanha (222 t), Canadá (60 t), Japão (50 t), França (10 t), China e Itália.No ranking das exportações, considerando-se o ano de 2003, o Paraná situou-se em 5º lugar, com um volume exportado de 1.912 toneladas e uma receita cambial de US$ 4,5 milhões.

O volume exportado pelo Estado do Paraná, no ano de 2003, resultou num incremento de 125,5% sobre o volume exportado em 2002 (849 toneladas). De 2002 para 2003, a receita cambial cresceu 172,9%.

Os estados que se destacaram na exportação de mel, em 2003 foram: São Paulo – 6.337 t (1º lugar), Santa Catarina – 4.036 t (2 º lugar), Piauí – 3.010 t (3º lugar), Ceará – 2.342 t (4 º lugar) e Paraná – 1.912 t (5º lugar).

O preço médio do mel brasileiro exportado em 2003 ficou em US$ 2,36/kg, 29% a mais que o valor médio obtido em 2002 (US$ 1,83/kg). Em 2004, o preço médio foi de US$ 2,02/kg, 14,4% a menos que o valor médio de 2003.

Exportações de mel em 2004

Em 2004, o país exportou 21.028 toneladas de mel, 9,1 % a mais que em igual período de 2003, cujo volume exportado foi de 19.273 toneladas, fato que parece firmar o mel brasileiro no comércio mundial.

Os estados que se destacaram nas exportações foram os mesmos de 2003, repetindo-se os principais destinos. A excelente qualidade do mel brasileiro contribuiu para tornar o Brasil, país emergente neste seleto mercado mundial.

Os produtos apícolas brasileiros são reconhecidos no exterior por sua qualidade, destacando-se o mel, que é apreciado por sua característica de aroma e isenção de contaminação por medicamentos, poluição ambiental e agrotóxicos. A maioria de nossos méis possui, na prática, características de produto orgânico ou biológico, podendo assim obter melhores cotações e conquistar espaço específico no mercado internacional, como mel de mesa com maior agregação de valor e não simples commodity, entregues a intermediários do exterior e vendidos a granel (tonéis de 200 kg).

Desde 2001, o Brasil foi descoberto pelos importadores mundiais de mel, devido problemas que acometeram a produção da China (produção: 305 mil t/ano

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 99

e exportação: 86 mil t/ano), Argentina (produção: 80 mil t/ano e exportação: 63 mil t/ano), dois grandes produtores e exportadores mundial de mel in natura.

No entanto, tem-se que com o regresso da China ao mercado mundial em 2005, o quadro piorou para o nosso país, devido aos baixos preços praticados por este país continental (US$ 1.00/kg), o que força o país a buscar a diferenciação do mel em nível mundial, como produto de mesa de excelente qualidade, se quiser ratificar algum espaço no mercado mundial e não como simples melhorador dos méis destes países tradicionais exportadores.

As exportações de mel em 2005

Segundo o MDIC/SECEX, de janeiro a dezembro de 2005, o Brasil exportou 14.442 toneladas de mel (31,3% a menos que em igual período de 2004), obtendo uma receita cambial de US$ 18,9 milhões e um preço médio de US$ 1.313,51/tonelada (US$ 1,31/kg).

Os principais estados exportadores foram: São Paulo (6.052 t), Santa Catarina (2.262 t), Piauí (2.503 t), Ceará (2.342 t), Rio Grande do Sul (589 t), Paraná (333 t), Rio de Janeiro (162 t) e Minas Gerais (157 t).

O preço médio alcançado em 2005 foi de US$ 1,31/kg, 54,2% menor que em 2004 (US$ 2,02/Kg).

APICULTURA - BRASIL E PARANÁ: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, 2000a 2007

Ano Paraná BrasilUS$ FOB Kg US US$ FOB Kg US$/kg*

2000 244 51 4,78 331.060 268.904 1,232001 144.525 122.896 1,19 2.809.353 2.488.671 1,132002 1.682.297 848.659 1,98 23.141.221 12.640.487 1,832003 4.590.196 1.911.613 2,40 45.521.098 19.272.782 2,362004 3.896.006 1.735.044 2,25 42.374.383 21.028.468 2,022005 535.445 332.821 1,61 18.940.333 14.442.090 1,312006 1.496.957 898.496 1,67 23.358.927 14.599.908 1,602007 1.487.109 834.504 1,78 21.194.121 12.907.255 1,64

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)Nota: NCM – 04.09.00.00 – mel de abelha “in natura”. *Preço médio

As exportações de mel em 2006 – Segundo o MDIC/SECEX, de janeiro a dezembro de 2006, o Brasil exportou volume próximo a 14.600 toneladas de mel (1,02% a mais que em igual período de 2005), obtendo uma receita cambial de US$ 23,36 milhões. O preço médio alcançado em 2006 foi de US$ 1,60/kg, 22,14% maior que em 2005 (US$ 1,31/Kg), porém inferior a preço médio obtido em 2004 (US$ 2,02/Kg).

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 101

Os principais estados exportadores, em 2006, foram: São Paulo (4.754 t – 32,56%), Ceará (2.723 t – 18,65%), Santa Catarina (2.002 t – 13,71%), Piauí (1.940 t – 13,29%), Rio Grande do Sul (1.484 t – 10,16%), Paraná (898 t – 6,15%), Rio Grande do Norte (439 t – 3,00%), Minas Gerais (207 t – 1,42%).

Segundo VIEIRA E RESENDE (2007, p. 2), de 2005 para 2006, o Brasil passou de 7º para 4º maior exportador de mel para os Estados Unidos, ultrapassando o Vietnam, a Índia e a China.

Para estes consultores do SEBRAE, existe a probabilidade de ampliação da participação brasileira nas exportações de mel para o mercado americano, devido a quebra da safra de mel na Ásia e da exigência de pagamento à vista da tarifa “anti-dupimg” de mais de 300% sobre a importação de mel da China.

Em 2006, os principais destinos do mel brasileiro foram: EUA (73,87%), Alemanha (17,71%) e Reino Unido (5,69%), ficando o restante destinado à Bélgica, Canadá, França, Espanha, dentre outros. Este notório crescimento das exportações para os EUA, com redução das compras por parte da Alemanha, deveu-se ao embargo ao mel brasileiro decretado a partir de março de 2006 por parte da União Européia (UE).

BRASIL, APICULTURA: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR ESTADO DE ORIGEM, 2001, 2002 e 2003Estado

2001 2002 2003US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB kg

SP 249.627 197.361 9.552.760 5.047.745 14.988.163 6.336.670SC 2.042.320 1.814.498 4.634.315 2.717.836 9.511.192 4.036.393PI 0 0 1.278.354 741.304 6.996.023 3.009.844CE 236.890 244.479 3.461.945 1.965.622 5.642.279 2.342.318PR 146.525 122.896 1.682.297 848.896 4.590.196 1.911.613MG 50.233 41.705 1.568.411 902.173 1.899.826 814.151RS 150 314 164.912 77.092 1.281.691 555.087RJ 412 384 548 119 47.524 20.010ES 65.772 60.900 0 0 237 319BA 0 0 0 0 579.476 244.986Brasil

2.809.353 2.488.671 23.141.221

12.640.487

45.545.098 19.273.148

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 111

BRASIL - APICULTURA: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR ESTADO DE ORIGEM, 2004, 2005 E 2006Estado

2004 2005 2006US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB kg

SP 17.245.159 8.554.436 7.715.892 6.051.598 7.616.138 4.754.258SC 8.518.235 4.183.153 2.926.107 2.261.980 3.110.399 2.002.029PI 3.325.361 1.747.586 3.046.117 2.503.026 3.004.716 1.939.923CE 4.523.825 2.385.459 3.442.270 2.341.794 4.583.670 2.723.024PR 3.896.006 1.734.044 535.445 332.821 1.496.957 898.496MG 621.355 287.604 225.499 156.823 308.291 207.901RS 3.340.392 1.691.229 759.637 588.783 2.364.001 1.483.807RJ 476.681 260.886 224.270 161.704 780 160ES 127.601 60.480 0 0 0 0BA 296.930 122.085 0 0 0 0Brasil

42.374.383 21.028.468

18.940.333

14.442.090

23.358.927

14.599.908

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

BRASIL, APICULTURA: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR PAÍSES DE DESTINO, 2001, 2002 E 2003

Ano 2001 2002 2003País US$ FOB kg US$ FOB Kg US$ FOB kgAlemanha 2.342.987 2.106.830 9.036.023 5.391.35

624.882.925 10.563.34

4EUA 329.060 292.627 12.417.860 6.139.38

716.129.743 6.777.443

Espanha 52.827 41.020 117.322 102.600 492.071 221.560Bélgica - - 375.977 223.905 579.727 237.775Reino Unido

- - 1.051.560 702.806 2.679.476 1.163.130

Japão 4.280 1.332 8.365 2.633 141.322 50.409Canadá 27.840 19.200 0 0 177.379 60.063Itália 0 0 41.300 19.600 29 16França 0 0 0 0 2.212 9.760China 3.094 201 0 0 24.000 366Total 2.809.353 2.488.671 23.141.221 12.640.4

8745.545.098 19.273.14

8FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

No ano de 2000, o Brasil exportou 269 toneladas de mel in natura, ficando aparente sua opção pelo consumo interno. Já a partir 2002, com a crise chinesa e Argentina com embargos dos países importadores, o Brasil é descoberto pelos compradores internacionais e consegue exportar 12.650 toneladas.

Em 2004, atinge a exportação de 21.028 toneladas de mel, auferindo um ingresso de divisas da ordem de US$ 42,37 milhões, fato que deixou de repetir-se a

partir de 2005, com o retorno de China e da Argentina ao mercado exportador.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 121

O país ainda não tem uma inserção articulada e autônoma no mercado internacional de mel e produtos apícolas, dirigindo a maioria de suas vendas para a União Européia (até 2005: antes do embargo ao mel brasileiro) e Estados Unidos (a partir de 2006).

BRASIL, APICULTURA: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR PAÍSES DE DESTINO, 2004, 2005 E 2006

Ano 2004 2005 2006País US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB kgAlemanha 22.585.023 10.745.806 8.105.768 6.233.783 4.077.008 2.585.636EUA 6.576.002 3.774.597 4.352.533 3.316.919 17.329.11

710.784.981

Espanha 2.575.531 1.206.042 550.362 413.673 81.850 41.760Bélgica 968.601 463.870 294.387 182.114 273.976 164.867Reino Unido

7.660.190 3.772.795 4.958.811 3.780.175 1.251.120 831.083

Japão 45.381 14.586 76.966 18.205 8.098 1.527Canadá 175.691 94.399 37.263 19.950 215.289 133.555Itália 280.391 118.925 51.960 34.600 18.208 12.002França 102.074 41.761 935 161 85.261 41.700China 69.935 1.000 0 0 2.360 80

Total 42.374.383 21.028.468 18.940.333 14.442.090

23.358.927

14.599.908

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

BRASIL, APICULTURA: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO, ANO DE 2001, 2002 E 2003

Ano 2001 2002 2003Bloco Econômico

US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB kg

Mercosul 16.049 5.233 3.161 651 57 27EU 2.395.814 2.147.85

010.622.182 6.440.267 28.778.732 12.258.743

Nafta 383.322 332.441 12.417.860 6.139.387 16.307.122 6.837.506Ásia * 8.699 1.588 42.649 18.782 141.322 50.775África * 3.362 1.181 1.934 665 8.488 2.046Oriente Médio 0 0 0 0 1.096 758

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00 - * - Excluído Oriente Médio

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 131

BRASIL, APICULTURA: EXPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO, ANO DE 2004, 2005 E 2006

Ano 2004 2005 2006Bloco Econômico

US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB kg

Mercosul 4.439 1.086 0 0 0 0EU 35.219.847 17.029.661 14.436.845 11.062.060 5.791.796 3.678.215Nafta 6.751.693 3.868.996 3.780.601 2.935.331 17.551.781 19.920.01

1Ásia * 129.596 16.023 79.616 20.518 18.505 2.517África * 3.372 178 2.428 744 10.467 1.164Oriente Médio

108.308 30.392 0 0 0 0

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00 - * - Excluído Oriente Médio

Em 2007, o Brasil recebeu com a exportação de mel US$ 21,19 milhões, 9,32% a menos que em igual período de 2006, cuja receita cambial foi de U$ 23,37 milhões. O volume exportado atingiu 12.907 toneladas, 11,61% menor que o volume exportado em 2006 (14.602 toneladas).

O preço médio recebido em 2007, com as vendas nacionais de mel, foi de US$ 1,64/kg, 5,83% maior que o preço médio de US$ 1,60/kg, obtido no ano anterior. Os Estados do PR (US$ 1,78/kg), CE (US$ 1,86/kg) e PI (US$ 1,68/kg) tiveram preços acima da média nacional.

Os menores preços recebidos ficaram com o Estados de SP (US$ 1,63), SC e PE (US$ 1,54/kg), RS (US$ 1,46/kg), MG (US$ 1,60/kg), RN (US$ 1,56/kg) e GO (US$ 1,36/kg).

São Paulo foi o principal estado exportador em 2007, com 4.554 t e US$ 7,24 milhões e em segundo lugar aparece o RS, com 1.851 t e US$ 2,76 milhões.

Brasil – Apicultura: Exportações de mel natural, por estado de origem, 2006 e 2007. Ano 2006 2007

Estado US$ FOB kg US$ FOB kgSP 7.629.470 4.756.170 7.238.340 4.454.030SC 3.110.399 2.002.029 2.222.191 1.445.186PI 3.004.716 1.939.923 2.903.099 1.731.499CE 4.583.752 2.723.109 3.223.657 1.731.499PR 1.497.165 898.496 1.487.109 834.504RS 2.364.001 1.483.807 2.763.517 1.851.494PE 241.277 151.373 57.073 37.060MG 308.666 207.902 425.527 265.513RN 631.863 438.749 865.547 554.975

Brasil 23.372.924 14.601.908 21.194.121 12.907.255Fonte: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 141

Nota: NCM: 04.09.00.00

Brasil – Apicultura: Exportações de mel natural, por países de destino, 2006 e 2007 Ano 2006 2007Estado US$ FOB Kg US$ FOB KgAlemanha 4.077.008 2.585.636 29.435 20.300EUA 17.329.117 10.784.981 19.058.335 11.704.260Japão 10.857 1.607 62.481 22.443Angola 10.385 1.079 8.354 936Brasil 23.372.924 14.601.908 21.194.121 12.907.255

Fonte: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb) Nota: NCM: 04.09.00.00

Em 2007, os principais destinos do mel brasileiro foram EUA, com 90,68 %, seguido de Angola, Alemanha e Japão.

Até o ano de 2005, a Alemanha destacava-se como a principal importadora do mel brasileiro, tendo adquirido volume de 6.234 t (43,17% do total nacional), mas a partir de março de 2006, com o embargo da União Européia ao mel oriundo do Brasil, a posição de maior importador passou a ser ocupado pelos Estados Unidos da América.

Brasil e Paraná – Exportações de mel – 2005 a 2008 Ano Brasil Paraná

US$ FOB t US$/t US$ FOB t US$/t2008* 24.720.709 10.737 2.302,39 3.210.931 1.350 2.378,472007 21.194.121 12.907 1.642,06 1.487.109 835 1.780,972006 23.372.924 14.602 1600,67 1.497.165 896 1.670,942005 18.940.333 14.442 1.311,48 535.445 333 1.607,94

Fonte: MDIC/SECEX (Sistema Alice)Nota: a) - NCM: 04.09.00.00

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 151

Comércio Exterior em 2008

De janeiro a agosto de 2008, o Brasil exportou 10.737 toneladas de mel “in natura”, 15,70% a mais que em igual período de 2007, cujo volume foi de 9.280 toneladas.

A receita cambial sofreu elevação de 67,32%: US$ 24.720.709 (2008) e US$ 14.774.438 (2007). O preço médio recebido foi de US$ 2.302,39/t, 44,62% superior ao valor médio recebido em 2007 (US$ 1.592,07/t).

Até agosto de 2008, o Estado de São Paulo continua destacando-se como o principal exportador (receita: US$ 7.687.685,00; volume: 3.440 t e preço médio: US$ 2.234,79/t), seguido pelo Rio Grande do Sul (receita: US$ 4.329.397,00; volume: 1.927 t e preço médio: US$ 2.246,70/t), ficando em terceiro o Estado do Paraná (receita: US$ 3.210.931,00; volume: 1.350 t e preço médio: US$ 2.378,47).

O Estado do Ceará aparece em quarto lugar (US$ 3.470.630,00, volume: 1.323 t e preço médio: US$ 2.623,30/t. O quinto maior exportador é o estado do Piauí: US$ 2.811.766,00; 1.284 t e preço médio de US$ 2.189,85/t.

Em março deste ano, a União Européia anunciou a suspensão do embargo ao mel brasileiro, após mais de dois anos, já que o evento deu-se em março de 2006, porém o retorno às exportações para o continente europeu é considerado lento, por conta de dois fatores principais:

-atual exigência do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA) de obrigatoriedade de registro de Casas de Mel, como Estabelecimento Relacionado – ER;-dificuldades para implantação no curto prazo de mecanismo de Boas Práticas de Produção (BPP) e do Sistema APPCC (Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle) nos entrepostos e casas de mel.

Em junho foi realizada a primeira exportação de 41,7 toneladas para a

Alemanha e em julho a exportação para este destino foi de 205,10 toneladas, a um preço médio de US$ 2,41/kg. Em agosto deste ano foram exportadas 301,2 toneladas de mel para a Alemanha, a um preço de US$ 2,26/kg.

Em agosto de 2008, o principal país de destino das exportações brasileiras ainda foi o mercado americano (EUA), cuja importação gerou US$ 1,6 milhões, representando em torno de 57,8% do valor total de mel exportado pelo Brasil. Nos oito meses de 2008, as exportações para os EUA totalizaram US$ 20,42 milhões e 8.908 toneladas, representando aumentos de 55,66% em valor e 6,84% em volume, em relação a igual período de 2007 (8.338 toneladas).

Os demais países importadores foram: Canadá (723,43 toneladas), Alemanha (548,00 t), Reino Unido (122,86 toneladas), África do Sul (121,44

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 161

toneladas), Índia (97,68 toneladas), Arábia Saudita (73,92 toneladas), Japão (51,85 toneladas), Panamá (21,28 toneladas) e Austrália (19,96 toneladas).

Brasil: importações de mel

Além de exportar, o Brasil também importa mel, para atender as necessidades da indústria alimentícia e de cosméticos, cujo volume em 2003 atingiu 17 toneladas e despesa cambial de US$ 50 mil (US$ 2,94/kg), principalmente dos EUA (14 toneladas) e Argentina (3 toneladas).

O Paraná também importa mel: um volume de 17,3 toneladas (US$ 2,10/kg) em 2002 e de 15 toneladas (US$ 2,58/kg), em 2001. Em 2004 (Tabelas 16), a importação brasileira de mel “in natura” foi de 38 toneladas, a um custo de US$ 98 mil (US$ 2,58/kg).

No ano de 2005, o país importou 18,3 toneladas de mel, 66,4% a mais que em 2005, sendo todo o produto destinado ao Rio de Janeiro.

No ano de 2006 o país importou 17,59 toneladas de mel, 3,93% a menos que em 2005, cujo volume atingiu 18,31 toneladas. O valor pago em 2006 foi U$ 42.834 (US$ 2,44/kg), contra US$ 23.527(US$ 1,28/kg) gastos em 2005.

Os únicos estados que realizaram as importações foram: Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2007, o Brasil através do estado de São Paulo, importou da Argentina 3.600 kg de mel, a um custo de US$ 8.600,00 e preço médio de US$ 2,39/kg.

BRASIL E PARANÁ, APICULTURA: IMPORTAÇÕES TOTAIS DE MEL, 2000 A 2007Ano Brasil Paraná

US$ FOB

kg US$/kg US$ FOB

kg US$/kg

2000 559.555 287.243 1,95 88.920 34.020 2,612001 413.327 254.006 1,63 39.912 15.480 2,582002 80.808 49.698 1,63 36.366 17.280 2,102003 49.643 17.242 2,88 30.803 9.150 3,372004 98.425 38.429 2,56 19.560 5.820 3,362005 23.527 18.312 1,28 0 0 02006 42.834 17.587 2,44 0 0 02007 8.640 3.600 2,40 0 0 0

FONTE: MDIC/SECEX – Sistema Aliceweb NOTA: NCM: 04.09.00.00

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 171

BRASIL, APICULTURA: IMPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR ESTADOS DE DESTINO, 2001, 2002 E 2003

Ano 2001 2002 2003Estado US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB kgSP 25.655 51.143 2.975 1.440 16.992 5.122PR 15.480 39.912 36.366 17.280 30.803 9.150RS 153.531 153.840 27.647 23.340 0 0RJ 37.714 98.088 13.020 5.892 0 0ES 31.414 13.394 800 1.656 1.848 2.970Brasil 254.006 413.327 80.808 49.698 49.643 17.242

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

BRASIL, APICULTURA: IMPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR ESTADOS DE DESTINO, 2004, 2005 e 2006

Ano 2004 2005 2006Estado US$ FOB Kg US$ FOB kg US$ FOB kgSP 67.385 20.732 0 0 25.434 10.098PR 19.560 5.820 0 0 0 0RJ 10.680 11.015 23.527 18.312 17.400 7.498ES 800 862 0 0 0 0Brasil 98.425 38.429 23.527 18.312 42.834 17.587FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

BRASIL, APICULTURA: IMPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR PAÍS ORIGEM, 2001, 2002 e 2003

Ano 2001 2002 2003País US$ FOB kg US$ FOB kg US$ FOB KgFrança 138 11 0 0 0 0Uruguai 173.073 161.763 0 0 0 0Argentina 239.402 90.742 80.008 48.042 49.643 14.272EUA 714 1.490 800 1.656 0 0Total 413.327 254.006 80.808 49.698 49.643 17.242

FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 181

BRASIL, APICULTURA: IMPORTAÇÕES DE MEL NATURAL, POR PAÍS ORIGEM, 2004, 2005, e 2006.

Ano 2004 2005 2006País US$ FOB kg US$

FOBkg US$ FOB kg

Argentina 86.945 26.795 23.527 18.312 0 0EUA 11.480 11.877 0 0 42.834 17.587Total 98.425 38.429 23.527 18.312 42.834 17.587FONTE: MDIC/SECEX (Sistema Aliceweb)NOTA: NCM: 04.09.00.00;

Panorama Estadual

O Paraná possui uma área de 199.218 quilômetros quadrados, que correspondem a 2,3% do território brasileiro (8,5 milhões de quilômetros quadrados), limita-se ao Norte com o estado de São Paulo, a Leste com o Oceano Atlântico, ao Sul com Santa Catarina e ao Oeste com o Mato Grosso do Sul, a República do Paraguai e a Argentina.

Os grandes rios proporcionam limites geográficos marcantes, que demarcam a divisão do estado em cinco regiões de paisagens naturais representadas pelo litoral, serra do mar, primeiro planalto (planalto de Curitiba), segundo planalto (planalto de Ponta Grossa) e terceiro planalto (planalto de Guarapuava).

Segundo o Censo Agropecuário de 1995/96, o Paraná possui 369.875 estabelecimentos rurais, ocupando uma área de 15,95 milhões de hectares, representando 80% da área territorial do estado, que abrange 19,93 milhões de hectares; 11,76 milhões de hectares são ocupadas com: lavouras: 5,1 milhões de hectares, pastagens: 5,3 milhões de hectares, matas plantadas: 713.126 hectares, terras em descanso: 390.272 hectares, e produtivas e não usadas: 258.872 hectares.

As pastagens plantadas, matas naturais e terras inaproveitáveis, ocupam, respectivamente, 1,38 milhões de hectares, 2,08 milhões de hectares e 724.954 hectares. Isto posto, acrescenta-se que o Paraná dispõe de variada e diversificada vegetação natural e cultivada, de excelente qualidade floral e melífera, propícia para o desenvolvimento da apicultura, como atividade principal ou complementar de renda da propriedade rural, além de fator de defesa e preservação do meio ambiente.

Segundo o IBGE (2005), no contexto nacional, a Região Sul contribui com quase 47% da produção total de mel, ocupando o estado do Rio Grande do Sul a primeira posição com 7.428 toneladas, o Paraná na terceira posição, com 4.462 toneladas e o estado de Santa Catarina, na quarta posição, com 3.926 toneladas.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 191

O estado do Piauí, no ano citado, passou a ocupar a segunda colocação com 4.497 toneladas.

Segundo dados de 2006, o Paraná é o 2º produtor nacional de mel e em 2007 destacou-se na condição de 5º maior exportador.

Segundo dados do IBGE (PPM)-2006, a produção de mel é de 4.612 t, colocando o estado no 2º Lugar no ranking nacional, antecedido pelo RS em 1º lugar (7.819 t), vindo em 3º, o PI (4.196 t), em 4º, SC ( 3.990 t), em 5º, o Ceará (3.053 t) e em 6º (São Paulo (2.542 t). A exportação de mel, em 2007, teve volume de 835 t, receita cambial de US$ 1,5 milhões e preço médio de US$ 1,78/kg.

Brasil e Paraná – Produção de mel e ranking nacional e participação, 2005 e 2008Produto Brasil (kg) Paraná (kg) Ranking (º) Part. %2008 ** 42.216.527 5.280.795 2 12,52007* 39.089.377 4.935.238 2 12,62006 36.193.868 4.612.372 2 12,72005 33.749.666 4.462.022 3 13,2

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal (www.sidra.ibge.gov.br) Nota: 2006: 1º - RS (7.819 t), 3º - PI (4.196 t), 4º - SC (3.990 t), 5º - CE (3.053 t) e 6º - SP (2.542 t). * - estimativa; ** - previsão

Obs: Dados da SEAB/DERAL apresentam produção de mel de: 2005 (5.879 t) e 2006 (6.108 t).

Nos últimos oito anos, a produção brasileira de mel cresceu 77,05%, a do Paraná cresceu 84,51%, enquanto que na região Sul o crescimento foi de apenas 40,08%, fato explicado por situação adversa que acometeu o estado de Santa Catarina, especialmente a partir de 2004.

No Paraná, em todos os quatro cantos do estado desenvolve-se a apicultura, com destaques para as mesorregiões (10), Sudeste, Centro Oriental, Sudoeste, Oeste e Metropolitana de Curitiba, que participam respectivamente com 21,68%, 19,78%, 13,12%, 12,74% e 11,37% da produção total.

Observa-se que de 1997 a 2005, as mesorregiões que contribuíram com a evolução da apicultura paranaense e experimentaram os maiores crescimentos percentuais foram: Centro Oriental (301,19%), Noroeste (224,46%), Centro Oriental (159,47%), Oeste (136,55%), Norte Pioneiro (135,55%) e Sudoeste (127,81%). O pior desempenho ficou com a mesorregião Centro Sul, com 18,75%, seguido pela mesorregião Metropolitana de Curitiba, que registrou crescimento de apenas 34,22%.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 202

APICULTURA, PARANÁ: PRODUÇÃO DE MEL (em kg) EM CADA UMA DAS 10 MESORREGIÕES GEOGRÁFICAS, 1997 E 2005

País/Região/Estado 1997 (a) 2005 (b) Variação %(b)/(a)

Part. %2005

Brasil 19.061.722 33.749.666 77,05 -Sul 11.290.277 15.815.522 40,08 46,85Paraná 2.418.330 4.462.022 84,51 11,82MesorregiõesSudeste 710.572 967.428 36,15 21,68Centro Oriental 340.149 882.594 159,47 19,78Sudoeste 257.037 585.550 127,81 13,12Oeste 240.254 568.331 136,55 12,74Metropolitana de Curitiba

377.919 507.240 34,22 11,37

Centro-Sul 236.371 280.688 18,75 6,29Noroeste 83.509 270.956 224,46 6,07Norte Pioneiro 78.814 185.877 135,84 4,17Norte Central 67.125 106.722 58,99 2,39Centro Ocidental 26.580 106.636 301,19 2,39

FONTE: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal - http:www.sidra.gov.br/bda/ – acesso em 23/05/2007.

Quando se analisa a apicultura de cada um dos 399 municípios do Paraná, constata-se que os campeões de produção de mel (quantidade e participação %), são: Ortigueira (550 toneladas – 12,32%), São João do Triunfo (310 toneladas - 6,95%), Cruz Machado (215 toneladas – 4,82%), Palmeira (140 toneladas – 3,14%), Altônia (86 toneladas – 1,93%), Bocaiúva do Sul (85,7 toneladas – 1,92%) e Toledo (77,5 toneladas - 1,74%).

Para uma radiografia mais detalhada do perfil apícola paranaense, tendo como base as 39 microrregiões homogêneas do IBGE, destacam-se na produção de mel (quantidade e participação %) as microrregiões de: Telêmaco Borba (606 toneladas – 13,58%), União da Vitória (411,8 toneladas - 9,23%), São Mateus do Sul (352,7 toneladas – 7,90%), Curitiba (322,8 toneladas – 7,23%) e Toledo (308,5 toneladas – 6,91%) e Francisco Beltrão (302,8 toneladas – 6,79%).

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 212

APICULTURA, PARANÁ: PRODUÇÃO DE MEL (em kg) EM CADA UMA DAS 10 MESORREGIÕES GEOGRÁFICAS, 1997 E 2006País/Região/Estado 1997 (a) 2006 (b) Variação %

(b)/(a)Part. %2006

Brasil 19.061.722 36.193.868 89,88 -Sul 11.290.277 16.422.483 45,46 45,37Paraná 2.418.330 4.612.372 90,73 12,74MesorregiõesSudeste 710.572 1.014.750 42,81 22,00Centro Oriental 340.149 882.263 159,38 19,13Sudoeste 257.037 568.565 121,20 12,33Oeste 240.254 621.192 158,56 13,47Metropolitana de Curitiba 377.919 520.920 37,84 11,29Centro-Sul 236.371 339.319 43,55 6,09Noroeste 83.509 206.653 147,46 4,48Norte Pioneiro 78.814 210.050 166,51 4,55Norte Central 67.125 136.610 103,52 2,96Centro Ocidental 26.580 112.050 321,56 2,43

FONTE: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal - http:www.sidra.gov.br/bda/ – acesso em 23/05/2007.

Observa-se que de 1997 a 2006, as mesorregiões (10) que contribuíram com a evolução da apicultura paranaense e experimentaram os maiores crescimentos percentuais foram:

Centro Ocidental (321,56%), Norte Pioneiro (166,51%), Centro Oriental (159,38%), Oeste (158,56%), Noroeste (147,46%), Sudoeste (121,20%) e Norte Central (103,52%). O pior desempenho ficou com a mesorregião Centro Sul, com 18,75%, seguido pela mesorregião Metropolitana de Curitiba, que registrou crescimento de apenas 37,84% e depois Sudeste (42,81%).

No contexto nacional o estado do Paraná, apresenta-se em segundo lugar, no ranking da produção de mel, com 4.612 toneladas e quinto colocado como exportador do produto. Apresenta uma apicultura inovadora, com ilhas de excelência (qualidade, tecnificação e empreendedorismo) e diversidade de produtos apícolas produzidos: mel, geléia real, pólen, própolis, apitoxina e cera, além dos produtos derivados (alimentos, cosméticos e medicinais).

APICULTURA, PARANÁ: PRODUÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS (kg), 1997, 2001 e 2005Produto/Ano 1996/97 2000/01 2004/05Mel 2.394.632 3.719.676 4.856.651Mel Orgânico - - 2.880Geléia Real 25 2.690 545Pólen 150 6.555 5.775Apitoxina 1,5 400,5 0,33Cera 64.242 90.506 103.021Própolis 11.642 57.846 87.450

FONTE: SEAB/DERAL/DEB (FPM/VBP)

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 222

APICULTURA, PARANÁ: PRODUÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS (kg), 1997, 2005 e 2006Produto/Ano 1996/97 2005/06 2006/07Mel 2.394.632 5.879.343 6.107.640Mel Orgânico - 25.330 25.230Geléia Real 25 130 -Pólen 150 7.009 6.620Apitoxina 1,5 - -Cera 64.242 103.206 100.371Própolis 11.642 71.571 62.607

FONTE: SEAB/DERAL/DEB (FPM/VBP)

É inegável e notória a importância da apicultura para a economia e sociedade paranaense, como geradora de divisas externas (exportações de mel em 2006 - US$ 1,5 milhão, cera, própolis, etc), diversificação, geração de renda, ocupação da mão de obra da propriedade agrícola familiar, geração de empregos nas cidades (unidades de beneficiamento de mel e agroindústrias) e preservação de defesa do meio ambiente (livre de poluentes, agrotóxicos e da degradação da flora).

Para atestar o fator econômico, lança-se mão de estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária, calculado pela SEAB/DERAL, que para a apicultura representou em 2006/2007, R$ 27,12 milhões apenas com o mel e com os outros cinco produtos das abelhas, atinge R$ 33,01 milhões.

APICULTURA, PARANÁ: EVOLUÇÃO DO VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO (VBP) DA APICULTURA (em R$), 1996/97 E 2004/05Produto/Ano 1996/97 Part. % 2004/05 Part. % -

2004/05Mel 8.476.997,28 84,68 23.409.058,00 77,89Própolis 462.885,92 4,62 4.370.751,00 14,54Cera 1.061.277,84 10,60 1.858.499,00 6,18Geléia Real 7.500,00 0,075 207.100,00 0,69Pólen 1.729,50 0,017 208.478,00 0,69Apitoxina 39.750,00 0,40 11.052,00 0,037VBP TOTAL 10.050.140,54 100,00 30.064.938,00 100,00

FONTE: SEAB/DERAL/DCA (FPM/VBP)

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 232

APICULTURA, PARANÁ: EVOLUÇÃO DO VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO (VBP) DA APICULTURA (em R$), 2005/06 E 2006/07Produto/Ano 2005/06 Part. % 2006/07 Part. % -

2006/07Mel 26.104.283,00 80,60 27.117.922,00 82,14Mel Orgânico 123.610,00 0,38 155.417 0,47Própolis 3.834.774,00 11,84 3.412.708,00 10,34Cera 2.067.216,00 6,38 2.186.080,00 6,62Geléia Real 65.000,00 0,20 - -Pólen 192.047,00 0,59 141.800,00 0,43Apitoxina - - - -VBP TOTAL 32.386.930 100,00 33.013.927,00 100,00

FONTE: SEAB/DERAL/DCA (FPM/VBP)

Com base nos números do Censo Agropecuário de 1995/96, que registrou a existência de 23.809 estabelecimentos agropecuários com criação de abelhas, com 273.424 colméias, resultando produção de 2.679 toneladas, apresenta-se a seguir a síntese da apicultura paranaense.

Apicultura: importante segmento da agropecuária paranaense

Contribui para a inclusão social e gera divisas para o estado

. 20 mil apicultores no Paraná

. 250 mil colméias instaladas

. 5 mil toneladas de produção anual (2º produtor nacional)

. 80 mil pessoas envolvidas na cadeia produtiva do mel

. 45 associações regionais em todo o território paranaense

. 1 federação estadual (FEPA – Federação Paranaense de apicultores)

. 900 toneladas exportadas em 2006 (5º exportador nacional)

. receita com exportações de 1,5 milhões de dólares em 2006 e 2007

. Valor Bruto da Produção (produtos apícolas: mel, geléia real, pólen, apitoxina, cera e própolis) de R$ 33,03 milhões em 2006

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 242

A importância da apicultura para a economia e sociedade paranaense, deve-se a:1 - geradora de divisas externas (exportações de mel em 2007: 835 t e US$ 1,5

milhão);

2 - diversificação, geração de renda, ocupação da mão de obra da propriedade

agrícola familiar;

3 - geração de empregos nas cidades (unidades de beneficiamento de mel e

agroindústrias);

4 - preservação e defesa do meio ambiente (livre de poluentes, agrotóxicos e da

degradação da flora).

5 - Para atestar o fator econômico, lança-se mão de estimativas do Valor Bruto

da Produção Agropecuária, calculado pela SEAB/DERAL que para a apicultura

representou em 2006/2007, R$ 27,118 milhões apenas com o mel (6.107

toneladas) e com os outros cinco produtos das abelhas, atinge R$ 33,03

milhões.

www.seab.pr.gov.br - (41) 3313 4000 252