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    PARECER e RECOMENDAES da APEVTSobre a proposta de Metas Curriculares de

    Educao Visual e Educao Tecnolgica, 2 e 3 Ciclos

    Apresentadas em 28/06/2012. Ministrio da Educao e Cincia

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    PARECER e RECOMENDAES da APEVTSobre a proposta de Metas Curriculares de

    Educao Visual e Educao Tecnolgica, 2 e 3 CiclosApresentadas em 28/06/2012. Ministrio da Educao e Cincia

    APEVT Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica

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    PARECER e RECOMENDAES da APEVTSobre a proposta de Metas Curriculares de

    Educao Visual e Educao Tecnolgica, 2 e 3 CiclosApresentadas em 28/06/2012. Ministrio da Educao e Cincia

    Nota prviaNuma primeira anlise sobre as propostas de Metas Curriculares para o Ensino Bsico, para as

    disciplinas de Educao Visual (EV) e Educao Tecnolgica (ET), e num quadro de anlise

    conjunta com outros documentos legais em vigor, a APEVT decidiu a 4 de julho de 2012 enviar um

    ofcio (ver Anexo 1 no final deste documento) com pedido de esclarecimento para o Ministrio da

    Educao e Cincia (MEC) e coordenadora do grupo de trabalho das Metas Curriculares, Prof.

    Dr. Maria Isabel Festas, sobre a inexistncia de programas de enquadramento e referncia para

    as metas curriculares de EV e ET.

    No dia 6 de julho passado recebemos uma amvel informao da coordenadora do grupo de

    trabalho que seria dada a maior ateno ao nosso pedido.

    Em 17 de julho, por no termos recebido qualquer resposta, renovmos junto da coordenadora

    do grupo de trabalho das Metas Curriculares, o pedido de esclarecimento urgente: A APEVT -

    Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica, vem por este meio solicitar

    a V. Ex. uma RESPOSTA URGENTE s questes colocadas por correio electrnico enviadas no dia 4

    de julho de 2012 e que, V. Ex., cordialmente teve a amabilidade de responder no dia 6 de julho

    referindo que iria dar toda a ateno s mesmas.

    Considerando a APEVT que o esclarecimento s questes levantadas nesse documento so

    fundamentais e imperiosas para que esta associao possa redigir o seu parecer e dar assim o seu

    contributo na discusso pblica sobre as propostas de Metas Curriculares para as disciplinas de EV

    e ET, solicitmos com CARTER URGENTE uma resposta a essas questes pois, sem as mesmas, os

    contributos a produzir e o parecer final a emitir seriam, seguramente, prejudicados.

    No dia 22 de julho recebemos da coordenao do grupo de trabalho das Metas Curriculares, via

    correio eletrnico, a seguinte informao: Relativamente a este pedido, informo que, no limite do

    que da minha competncia, tenho acompanhado o processo com todo o interesse. Aguardando

    que tudo corra pelo melhor. Correio electrnico que agradecemos mas que considermos uma

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    3no resposta, reveladora da irresponsabilidade institucional, social e educativa com que o MEC

    est a desenvolver todo este processo.

    Este quadro revelador do caos organizacional e educativo que vivem hoje as escolas e os

    professores relativamente ao desenvolvimento curricular e organizacional destas reas

    educativas. A indefinio programtica, a ausncia de orientaes curriculares, a ausncia de

    princpios metodolgicos consistentes aliados grave instabilidade provocada nas escolas pela

    poltica de afetao dos recursos docentes, est a perturbar gravemente as condies de

    preparao, organizao e planificao do prximo ano letivo, bem como, a gerar um clima de

    instabilidade e stress emocional nos professores com consequncias desastrosas na qualidade da

    resposta educativa da escola portuguesa.

    Recordamos que estamos a pouco mais de um ms para o incio do prximo ano letivo e de que

    os professores iniciam nesta data o seu perodo de frias anual.

    Mais, afirmamos que a elaborao de programas disciplinares bem como as demais orientaes

    curriculares (indicaes sobre a planificao e a orientao do ensino, os princpios pedaggicos e

    metodolgicos, metas curriculares, etc.) no so resultantes de trabalho / tese de autor, ou de

    grupo, enquanto afirmao de perspetiva socioeducativa e cientfica particular, mas que devem

    configurar orientaes sustentadas num slido e fundamentado mandato social o que requer um

    rigor metodolgico e tico nos processos de produo de transformao e inovao curricular.

    A APEVT afirma o seu total empenho na construo de um projeto educativo slido e de

    qualidade para a escola portuguesa, particularmente no que diz respeito evoluo daorganizao curricular das reas educativas da Educao Visual / Artes Visuais e Educao

    Tecnolgica.

    Neste quadro, defendemos que qualquer alterao parcial ou elaborao de novos programas

    passar necessariamente por um processo e modelo que integre as seguintes fases:

    1- Elaborao de uma proposta base;2- Discusso pblica (auscultao e envolvimento das entidades que trabalham estas

    reas instituies do ensino superior; instituies de formao de professores;

    sociedades e associaes cientficas de professores; professores e escolas, entreoutras);

    3- Programa de experimentao, acompanhamento, apoio e monitorizao;4- Formao / atualizao da formao contnua de professores;5- Plano de implementao;6- Monitorizao e avaliao com desenvolvimento de dispositivos de regulao.

    Defendemos tambm a necessidade de uma reprogramao da publicitao, das novas

    orientaes curriculares, num quadro temporal ajustado que permita o desenvolvimento de

    materiais educativos de qualidade, nomeadamente: manuais escolares, aplicaes e produtos

    informticos especficos, entre outros.

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    Introduo

    Este documento est organizado em duas partes distintas mas complementares. Na primeira

    parte aborda-se o enquadramento normativo institucional determinado pelo MEC e procede-se

    produo das principais dimenses crticas gerais que so transversais s propostas das metas

    curriculares para as disciplinas de EV e ET. Na segunda parte procede-se a uma anlise tcnico-

    pedaggica especfica relativa a cada uma das disciplinas.

    A anlise tcnico-pedaggica das propostas de Metas Curriculares dever integrar os elementos

    definidores da poltica educativa e curricular para o ensino em Portugal.

    Assim, integraremos neste parecer no apenas uma mera anlise da formulao tcnica da

    proposta das metas curriculares, mas tambm a considerao das orientaes normativas que lhe

    do sentido poltico e enquadramento institucional.

    1. Enquadramento normativo institucionalOrientaes normativas, estabelecidas pelo MEC, para desenvolvimento das Metas Curriculares.

    1.1 - No quadro da Reviso da Estrutura Curricular o MEC estabeleceu para o 2 Ciclo a seguinte

    orientao: substituir a Educao Visual e Tecnolgica pelas reas disciplinares de Educao

    Visual e Educao Tecnolgica, cada uma com o seu prprio programa. (MEC, Portal do

    Governo, 26/03/2012)

    1.2 O enquadramento normativo, estabelecido pelo MEC, para a elaborao das metas

    curriculares, funda-se na seguinte orientao:

    Conjuntamente com os atuais programas de cada disciplina, as metas constituem as

    referncias para o desenvolvimento do ensino. Clarifica-se o que nos programas se deve

    eleger como prioridade, definindo os conhecimentos a adquirir e as capacidades a

    desenvolver pelos alunos nos diferentes anos de escolaridade. (Ministrio da Educao

    e Cincia, nota de introduo das Metas Curriculares, Portal do Governo, MEC)

    E ainda, determina-se como objetivos dos subgrupos de trabalho no mbito das metas

    curriculares (Despacho n. 5306/2012) o seguinte:

    b) Consagrar a articulao entre as metas e os contedos dos respetivos programas

    curriculares, apresentando os eventuais ajustamentos aos programas que se mostrem

    necessrios, bem como, estabelece que:

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    5A reformulao das Metas poder implicar uma reviso parcial de alguns programas

    curriculares, devendo apenas alterar o que estritamente necessrio e justificvel.

    (Despacho n. 5306/2012)

    1.3 - Neste quadro de orientao normativa, para o desenvolvimento das Metas Curriculares, o

    MEC estabelece com toda a clareza que so os programas de cada disciplina e as metas

    curriculares que constituem as referncias para o desenvolvimento do ensino.

    1.4 - O Despacho n. 5306/2012 estabelece ainda, como objetivos dos subgrupos de trabalho das

    Metas Curriculares (para cada disciplina), o seguinte: Para cada disciplina e para cada etapa,

    devem identificar-se, de forma clara:

    Os contedos fundamentais que devem ser ensinados aos alunos;

    A ordenao sequencial ou hierrquica dos contedos ao longo das vrias etapas deescolaridade;

    Os conhecimentos e capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos;

    Os padres / nveis esperados de desempenho dos alunos que permitam avaliar o

    cumprimento dos objetivos.

    Como enquadramento geral tambm se estabelece:

    Os padres que se estabelecem devem ser traados tendo em conta a formao

    integral dos estudantes e a relevncia do ensino para o mundo real, refletindo o

    conhecimento e capacidades que os nossos alunos necessitam de adquirir e desenvolver

    para o seu sucesso no futuro.

    2. Anlise das Metas Curriculares.2.1. Enquadramento programtico. Programas e referncias.

    2.1.1 Disciplinas de EV e ET, do 2 Ciclo e EV, 3 Ciclo

    No apresentado qualquer enquadramento programtico, nem fundamentao cientfica para

    as orientaes curriculares propostas.

    A proposta Metas Curriculares - no cumpre a orientao normativa do MEC, que estabelece

    que so os programas de cada disciplina e as metas curriculares que constituem as referncias

    para o desenvolvimento do ensino.

    Assim, o desconhecimento dos programas das disciplinas de EV e ET do 2 Ciclo impede uma

    anlise e avaliao definitiva da proposta.

    Relativamente disciplina de EV, do 3 Ciclo, as orientaes curriculares propostas comportam

    uma alterao profunda do programa em vigor, o que contraria a possibilidade de alterao

    parcial dos programas prevista nas orientaes do MEC. A acrescentar, o reajustamento do

    programa implicaria a apresentao formal e auscultao / consulta pblica da nova configuraoprogramtica.

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    62.2.Concees educativas, ideologia pedaggica e fundamentao cientfica e curricular da

    proposta.

    As propostas de metas curriculares para alm de no estabelecerem as referncias programticas,

    no apresentam tambm qualquer enquadramento conceptual e fundamentao cientfica das

    mesmas.

    No podemos deixar de referir a falta de respeito que o processo e os termos formais do

    documento evidenciam para professores e escolas e, uma objetiva desvalorizao socioeducativa

    destas reas curriculares.

    Este comportamento inaceitvel e eticamente reprovvel evidenciado pelo seguinte:

    - Ausncia de enquadramento programtico;

    - Ausncia de fundamentao e de enquadramento das opes assumidas na proposta das metas

    curriculares;

    - Ausncia de enquadramento das categorias conceptuais que organizam os domnios

    estruturantes da proposta;

    - Ausncia de fundamentao da proposta de novos blocos de contedo a integrar as

    aprendizagens;

    - Ausncia de uma proposta de articulao vertical das metas curriculares no 1, 2 e 3 Ciclos;

    - Reduzida qualidade tcnica na formulao do texto domnio, objetivos gerais e descritores

    evidenciando um trabalho apressado, pouco cuidado e no fundamentado.

    A anlise dos termos formais da proposta de metas curriculares para estas reas educativas,

    quando comparada com o cuidado formal colocado no enquadramento e fundamentao e na

    qualidade do desenvolvimento dos textos (independentemente das concees curriculares e

    opes sociopedaggicas em presena) de vrias outras disciplinas (veja-se os casos de TIC,

    Matemtica e Portugus) permite constatar a evidente falta de respeito pela dignidade pessoal e

    profissional dos professores de EVT, EV e ET e das escolas.

    3. Concees polticas e ideolgicas emergentes nas Metas Curriculares EV e ETAs componentes curriculares da Educao Visual e Educao Tecnolgica tal como todas as outras

    componentes disciplinares no so um mero agregado de contedos de construo tecnocrtica

    ideologicamente neutros.

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    7A proposta apresentada, embora no explicite a base e o enquadramento conceptual das suas

    opes, permite identificar no texto apresentado (sobretudo pelos exemplos de experiencias de

    aprendizagem propostos) um conjunto de opes sociopedaggicas que se revelam contraditriascom o pensamento pedaggico, histrico e de inovao curricular a que corresponde hoje o

    patrimnio socioeducativo das reas da Educao Visual e da Educao Tecnolgica nos planos

    nacional e internacional.

    A proposta apresentada prope uma aprendizagem formalista e funcionalista centrada em

    exerccios / contedos com valor e significado em si mesmo, em tudo contrrio s perspetivas

    da aprendizagem da educao no mbito das artes.

    Tambm relativamente componente da Educao Tecnolgica se acentua uma aprendizagem

    centrada na verbalizao do conhecimento em contradio com uma orientao pedaggica que

    integra de uma forma coerente as dimenses da elaborao cognitiva, com a experimentao,

    realizao tcnica e produo prtica / oficinal.

    4. Consideraes especficas transversais4.1. Sobre os domnios organizadores

    A ausncia de explicitao e de fundamentao conceptual dos domnios, enquanto categorias

    organizadoras que estruturam as propostas das metas curriculares para EV e ET Tcnica,

    Representao, Discurso e Projeto revela a fragilidade operativa e conceptual de toda a

    proposta.

    No se percebe com clareza se os domnios enquanto categorias estruturantes decorrem de: (1)

    uma forma de organizar as diferentes dimenses do campo de conhecimento ou (2) de uma

    forma de estruturar o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

    Um exemplo desta confuso conceptual verificado nos objetivos gerais e descritores que

    integram o domnio Projeto. Verifica-se que o objetivo geral e descritores correspondentes a este

    domnio no integra elementos operatrios, sejam cognitivos, instrumentais ou procedimentais

    especficos das linguagens, conhecimentos e mtodos das reas da Educao Visual e da

    Educao Tecnolgica.

    A natureza do domnio projeto s identificvel como sugesto de organizao da aprendizagem

    atravs do desenvolvimento de projetos. Neste quadro, o projeto adquire apenas uma dimenso

    metodolgica. Assim qualquer contedo poder ser desenvolvido atravs do ensino organizado

    por projetos. Consequentemente, o domnio projeto comporta na sua formulao contradies

    conceptuais perturbadoras para a orientao das metas curriculares.

    A falta de clareza conceptual dos domnios decorre tambm da natureza dos contedos

    integrados nos objetivos gerais e descritores.

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    8So correntes ao longo dos documentos as incorrees na classificao da relao entre a

    natureza e o modo de aprendizagem dos contedos.

    4.2.Sobre os objetivos geraisPara alm da necessria anlise tcnica da formulao dos objetivos gerais atravs dos

    contedos neles referenciados que se pode identificar o universo de contedos estruturantes do

    campo de conhecimento e de formao das componentes disciplinares de Educao Visual e de

    Educao Tecnolgica.

    O universo formativo no mbito da Educao Visual omite vrias categorias de contedosfundamentais na configurao do campo formativo desta rea educativa na atualidade, a saber:

    O processo design (como eixo estruturante das relaes de articulao interdisciplinarentre a Educao Visual e a Educao Tecnolgica);

    A obra de arte / A arte contempornea / Dilogo com a obra de arte; A imagem quotidiana e imagem artstica / A anlise da imagem; As prticas da produo plstica; A narrativa visual / a imagem sequencial / a BD; A expresso e representao tridimensional; O desenho; Experincia e formao esttica; As TIC e software especfico aplicvel s Artes Visuais; Dimenso cultural da educao em artes.

    Do mesmo modo, o universo formativo no mbito da Educao Tecnolgica que decorre da

    proposta omite vrias categorias de contedos fundamentais e no sistematiza o universo de

    contedos do campo formativo, nomeadamente:

    O processo design (como eixo estruturante das relaes de articulao interdisciplinarentre a Educao Visual e a Educao Tecnolgica);

    O objeto tcnico; Os materiais; A energia; Estruturas resistentes; Movimento e mecanismos; Comunicao e gesto e organizao da informao; Realizao, fabricao, construo do objeto tcnico; Higiene e segurana de trabalho.

    A proposta, relativamente s vrias disciplinas, tambm apresenta contedos completamente

    novos embora sem qualquer enquadramento, fundamentao ou perspetiva de desenvolvimento

    curricular.

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    9Consequentemente, estes contedos apresentam um baixo nvel de inteligibilidade de

    conhecimento e de desenvolvimento curricular.

    Exemplo significativo:

    EV, 9 ano. Objetivo geral 12, Desenvolver princpios bsicos da Engenharia e da sua

    metodologia.

    4.3.Sobre os descritoresOs descritores apresentam um amplo conjunto de problemas na sua formulao, a saber:

    - Falta de sistematizao face ao contedo de referncia nos objetivos gerais;

    - Falta de clareza face aos contedos de referncia;

    - Desadequao entre os contedos integrantes no descritor e o objetivo geral de referncia;

    - Incorrees cientficas e pedaggicas no contedo da proposta;

    - Descries que se apresentam fundamentalmente como propostas de atividades de

    aprendizagem em vez de metas curriculares;

    - Reduzida inteligibilidade ou mesmo total ausncia de referncias s evidncias do desempenho

    dos alunos que permitam aferir qualitativa e quantitativamente o nvel de aprendizagem

    realizada.

    Neste sentido, os descritores no esto formulados de forma clara e precisa, nem identificam os

    desempenhos que traduzem as habilidades e conhecimentos a desenvolver pelos alunos.

    5. Metas Curriculares. Anlise tcnica - pedaggica especfica5.1. Disciplina: Educao Visual, 5 e 6 ano, 2 Ciclo

    Nota importante: A inexistncia do Programa e orientaes curriculares devidamente

    homologados para a disciplina de Educao Visual, 2 Ciclo, impede uma anlise e avaliao

    definitiva da proposta. No obstante, estabelecemos um quadro de anlise, com vrias categorias

    e parmetros de modo a facilitar a sua leitura e interpretao.

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    10Parmetros de anlise Anlise / apreciao crtica

    Fundamentaocientfica e curricular No apresenta.

    Concees educativas ecurriculares

    Ideologia pedaggica

    No existe qualquer fundamentao das opes pedaggicassubjacentes s propostas.

    possvel, atravs da anlise do contedo das propostas -

    domnios, objetivos gerais, descritores e sugestes de exerccios -identificar algumas das concees pedaggicas subjacentes(implcitas) no documento em anlise.

    As propostas apresentadas assentam num conjunto deproposies sociopedaggicas que se revelam contraditrias como pensamento pedaggico, histrico e de inovao curricular aque corresponde hoje o patrimnio socioeducativo da rea daEducao Visual / Artes Visuais / Educao Artstica nos planosnacional e internacional.

    A proposta apresentada prope uma aprendizagem formalista efuncionalista centrada em exerccios / contedos com valor esignificado em si mesmo, em tudo contrrio s perspetivas daaprendizagem da educao no mbito das artes.

    A proposta no integra uma proposta pedaggica no sentido deuma formao para a promoo da literacia em artes.

    Refernciasprogramticas eorientaes curriculares

    No apresenta.

    O documento Metas Curriculares para Educao Visual, 2 Ciclono apresenta qualquer enquadramento que clarifique as opescurriculares, o esquema conceptual que organiza o campo deconhecimento especfico e as finalidades socioeducativas destasdisciplinas no currculo escolar.

    Igualmente, este documento, no referencia (explcita ouimplicitamente) quais so os programas e orientaescurriculares que enquadram as propostas agora apresentadas.

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    11Fundamentao geraldas propostas.Explicitao das opespedaggicas esocioeducativas

    No apresenta.

    Explicitao das

    categorias conceptuaisque estabelecem osdomnios / subdomnios/ categoriasorganizadoras

    No apresenta.

    A terminologia e as categorias conceptuais adotadas para aorganizao das categorias domnios e objetivos gerais - queestruturam a proposta de descrio das metas no apresentamqualquer enquadramento ou fundamento conceptual.

    Domnios /Categorias

    Os domnios organizadores Tcnica, Representao, Discurso eProjeto transversais s disciplinas de Educao Visual e deEducao Tecnolgica, do 2 e 3 Ciclos so reveladores da

    inconsistncia tcnico-pedaggica da proposta, nomeadamentepelo seguinte:

    1) Ambiguidade conceptual. No se percebe se os domniosenquanto categorias estruturantes decorrem de (1) umaforma de organizar as diferentes dimenses do campo deconhecimento ou (2) de uma forma de estruturar odesenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

    2) Enquanto categorias organizadoras, os domnios usadosno se revelam coerentes quer conceptualmente quer

    operativamente.

    Exemplo (Educao Visual 2 Ciclo)Domnio D5. O objetivo geral e respetivos descritores noabordam o essencial do discurso na Educao Visual/Artes Visuais ou seja os elementos sintticos esemnticos da construo do Discurso visual .

    3) Classificao conceptual incorreta relativamente aoscontedos, objetivos gerais e descritores que integra.

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    Objetivos gerais

    No clarificada nem se entende a relao entre os contedosreferidos (nos objetivos gerais) e o universo dos contedosprogramticos que constituem o campo formativo destadisciplina.

    atravs dos Objetivos gerais que se pode identificar o universoformativo proposto e, ao mesmo tempo, as relaes de contedoa considerar no processo de ensino e de aprendizagem.

    A formulao dos objetivos gerais assenta numa perspetivaformalista e funcionalista do processo de desenvolvimento daaprendizagem em Educao Visual, em tudo contrrio sorientaes e prticas pedaggico/didticas estruturantes, desde

    h mais de trs dcadas, desta rea educativa.

    As concees presentes na proposta no apresentam umarenovao (necessria) evoluo curricular e programtica daEducao Visual mas representam um retrocesso educativo quenos faz regressar aos modelos educativos dos anos 60, do sculoXX.

    A articulao e sequencializao dos contedos apresentada paraos 5 e 6 anos completamente artificial correspondendo a umexerccio vazio de sentido e fundamentao.

    As propostas apresentadas para o 5 ano revelam uma propostamuito pobre assente na aquisio de pretensas competnciaspropeduticas no integradoras da experincia formativa visadapelas finalidades da EV.

    O universo formativo no mbito da Educao Visual que decorreda proposta omite vrias categorias de contedos fundamentaisdeste campo formativo, nomeadamente:

    - O processo design (como eixo estruturante das relaes de

    articulao interdisciplinar entre a Educao Visual e a EducaoTecnolgica);- A obra de arte / A arte contempornea / Dilogo com a obra dearte;- A imagem quotidiana e imagem artstica / A anlise da imagem;- As prticas da produo plstica;- A narrativa visual / a imagem sequencial / a BD;- A expresso e representao tridimensional;- O desenho;- Experincia e formao esttica;- As TIC e software especfico aplicvel s Artes Visuais;

    - Dimenso cultural da educao em artes.

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    PARECER e RECOMENDAES da APEVTSobre a proposta de Metas Curriculares de

    Educao Visual e Educao Tecnolgica, 2 e 3 CiclosApresentadas em 28/06/2012. Ministrio da Educao e Cincia

    APEVT Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica

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    Descritores e evidnciasdo desempenho

    A fragilidade conceptual e operativa dos descritores derivafundamentalmente da inconsistncia tcnica da formulao dosdomnios e objetivos gerais, mas a sua formulao especficaencerra tambm graves incorrees nos planos formal epedaggico/didtico, nomeadamente:

    - Ausncia de rigor e clareza na sua formulao;-Ausncia de indicadores, qualitativos e quantitativos, dedesempenho dos alunos;- Ausncia de coerncia do nvel de exigncia do desempenho dosalunos; (Exemplos. T5 1.2; P6 7.3)- Formulaes ambguas com possibilidades de vriasinterpretaes; (Exemplos. D5 3.3)

    Exemplos deconcretizao dodesempenho dos alunos/ exerccios

    Os exerccios sugeridos so reveladores das conceespedaggicas e orientaes didticas subjacentes a toda aproposta.

    A nfase dada na valorizao dos contedos em si mesmos noprocurando desenvolver no sujeito / aluno uma interiorizao dasexperincias cognitivas, expressivas, experimentais e produtivasnuma perspetiva integrada e evolutiva das aprendizagens.

    Um exemplo significativo - ver particularmente:Exemplos de exerccios T5; T6; D6

    Experincias educativas e situaes de aprendizagem relevantesno processo formativo da disciplina ausentes na proposta:

    - Prticas de projeto artstico no mbito da EducaoVisual / Artes Visuais;- Produes plsticas e visuais;- Prticas de desenho nas suas mltiplas dimenses;

    - Atividades de pesquisa.

    As sugestes de exerccios revelam-se assim incapazes de darindicaes slidas e coerentes com o processo formativo naEducao Visual, sobre:

    - A planificao e a orientao do ensino;- Os princpios pedaggicos;- Os princpios metodolgicos e a sua articulaoconsistente com as evidncias cientficas.

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    Articulao vertical

    No existe, formal ou implicitamente, qualquer sentido dearticulao vertical relativamente s reas das expresses do 1Ciclo.A proposta no esclarece assim a questo fundamental: queconhecimentos j devem ter os alunos entrada do 2 Ciclo?

    Relativamente articulao vertical interciclos (2 e 3 Ciclos)

    As opes de articulao vertical subjacente propostaperspetivam um modelo mecanicista assente numa ticamodularizada das aprendizagens onde parece estar presenteapenas uma mera acumulao sucessiva de conhecimentos nointegrados pelo sujeito/aluno numa dinmica de

    desenvolvimento pessoal e sociocultural.

    Articulao horizontalinterdisciplinar no ciclo

    Est completamente ausente da proposta qualquer perspetiva dearticulao entre as vrias componentes disciplinares no 2 Ciclo.

    As metas propostas no apresentam assim qualquer articulaocom outras metas transversais (disciplinares ouinterdisciplinares), nem estabelecem qualquer relao com osaspetos motivacionais e scio emocionais integrantes doprocesso de ensino e de aprendizagem.

    5.2.Disciplina: Educao Tecnolgica, 5 e 6 ano, 2 CicloNota importante: A inexistncia do Programa e orientaes curriculares devidamente

    homologados para a disciplina de Educao Tecnolgica, 2 Ciclo, impede uma anlise e avaliao

    definitiva da proposta.

    Parmetros de anlise Anlise / apreciao crtica

    Fundamentaocientfica e curricular

    No apresenta.

    Concees educativas ecurriculares

    No existe qualquer fundamentao das opes apresentadas.

    possvel atravs da anlise do contedo das propostas,

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    15Ideologia pedaggica objetivos gerais, descritores e sugestes de exerccios, identificar

    algumas das concees pedaggicas subjacentes.

    Refernciasprogramticas eorientaes curriculares

    A proposta apresentada, embora no explicite a base e oenquadramento conceptual das suas opes, permite identificarno texto apresentado (sobretudo pelos exemplos de experienciasde aprendizagem propostos) um conjunto de opessociopedaggicas que se revelam contraditrias com opensamento pedaggico, histrico e de inovao curricular a quecorresponde hoje o patrimnio socioeducativo das reas daEducao Tecnolgica nos planos nacional e internacional.

    Na proposta para a disciplina de Educao Tecnolgica acentua-seuma perspetiva da aprendizagem centrada na verbalizao doconhecimento em contradio com uma orientao pedaggicaque integre de uma forma coerente as dimenses da elaboraocognitiva, com a experimentao, realizao tcnica e produoprtica/oficinal.

    Assim, devem ser considerados os eixos centrais nodesenvolvimento de competncias em Educao Tecnolgica:

    Compreenso cultural da tecnologia;Projetar e fabricar;Avaliao crtica da tecnologia;Desenvolvimento da criatividade.

    Domnios organizadores do bloco de contedos / dimenses deenquadramento e desenvolvimento das aprendizagens:

    Tecnologia e sociedade;Processo tecnolgico;Princpios e operadores tecnolgicos.

    Fundamentao geraldas propostas.Explicitao das opes

    pedaggicas esocioeducativas

    No apresenta.

    Explicitao dascategorias conceptuaisque estabelecem osdomnios / subdomnios/ categoriasorganizadoras

    No apresenta.

    A terminologia e as categorias conceptuais adotadas para aorganizao das categorias domnios e objetivos gerais - queestruturam a proposta de descrio das metas no apresentamqualquer enquadramento ou fundamento conceptual.

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    Domnios /Categorias

    Os domnios organizadores Tcnica, Representao, Discurso eProjeto transversais s disciplinas de Educao Visual e deEducao Tecnolgica, do 2 e 3 Ciclos so reveladores dainconsistncia tcnico-pedaggica da proposta, nomeadamentepelo seguinte:

    1 - Ambiguidade conceptual. No se percebe se os domniosenquanto categorias estruturantes decorrem de: (1) uma formade organizar as diferentes dimenses do campo de conhecimentoou (2) de uma forma de estruturar o desenvolvimento do ensinoe da aprendizagem.

    2 - Enquanto categorias organizadoras os domnios usados no se

    revelam coerentes quer conceptualmente quer operativamente.

    Exemplo:Domnio T5, Objetivo Geral 1. A formulao do objetivo geral e osdescritores 1.1 a 1.4 no so enquadrveis na Tcnica, sendo

    antes um discurso sobre a tcnica.

    3 - Classificao conceptual incorreta relativamente aoscontedos, objetivos gerais e descritores que integra. Verparticularmente os Domnios T5, P5, D6 e P6.

    Consequentemente pode afirmar-se que estes Domnios no serevelam adequados ao estabelecimento de categoriasestruturantes e organizadoras das competncias e nveis dedesempenho dos alunos em ET.

    Objetivos gerais

    No clarificada nem se entende a relao entre os contedosreferidos (nos objetivos gerais) e o universo dos contedosprogramticos que constituem o campo formativo destadisciplina.

    atravs do Objetivos gerais que se pode identificar o universoformativo proposto e, ao mesmo tempo, as relaes de contedoa considerar no processo de ensino e de aprendizagem.

    A formulao dos objetivos gerais assenta numa perspetivaformalista e funcionalista no processo de desenvolvimento daaprendizagem em Educao Tecnolgica em tudo contrrio sorientaes e prticas pedaggico/didticas de referncia paraesta rea educativa.

    A articulao e sequencializao dos contedos apresentada para

    os 5 e 6 anos completamente artificial correspondendo a umexerccio vazio de sentido e fundamentao.

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    17As propostas apresentadas para o 5 ano revelam uma propostamuito pobre assente na aquisio.

    O universo formativo no mbito da Educao Tecnolgica quedecorre da proposta omite vrias categorias de contedosfundamentais e no sistematiza o universo de contedos docampo formativo, nomeadamente o processo design como eixoestruturante das relaes de articulao interdisciplinar entre aEducao Visual e a Educao Tecnolgica e, ainda:

    1 - O objeto tcnico;2 Os materiais;3 A energia;

    4 Estruturas resistentes;5 - Movimento e mecanismos;6 Comunicao e gesto e organizao da informao;7 Realizao, fabricao, construo do objeto tcnico;8 Higiene e segurana de trabalho.

    Descritores e evidnciasdo desempenho

    A fragilidade conceptual e operativa dos descritores derivafundamentalmente da inconsistncia tcnica da formulao dosdomnios e objetivos gerais, mas a sua formulao especficaencerra tambm graves incorrees nos planos formal e nos

    planos pedaggico/didticos, nomeadamente:

    - Ausncia de rigor e clareza na sua formulao;- Ausncia de indicadores (evidncias), qualitativos equantitativos, de desempenho dos alunos;-Ausncia de coerncia do nvel de exigncia do desempenho dosalunos.

    Exemplos deconcretizao dodesempenho dos alunos/ exerccios

    Os exerccios sugeridos so reveladores das conceespedaggicas e orientaes didticas subjacentes a toda a

    proposta.

    A nfase dada na valorizao dos contedos em si mesmos noprocurando desenvolver no sujeito / aluno uma interiorizao dasexperincias cognitivas, expressivas, experimentais e produtivasnuma perspetiva integrada e evolutiva das aprendizagens.

    Experincias educativas e situaes de aprendizagem relevantesno processo formativo da disciplina ausentes na proposta:

    As sugestes de exerccios revelam-se assim incapazes de dar

    indicaes slidas e coerentes com o processo formativo naEducao Tecnolgica, sobre:

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    18- A planificao e a orientao do ensino;- Os princpios pedaggicos;- Os princpios metodolgicos e a sua articulaoconsistente com as evidncias cientficas.

    Articulao vertical

    No existe, formal ou implicitamente, qualquer sentido oureferncia necessidade da articulao vertical relativamente componente de educao tecnolgica, do 1 Ciclo.

    A proposta no esclarece assim a questo fundamental: queconhecimentos j devem ter os alunos entrada do 2 Ciclo?

    Relativamente articulao vertical entre o 2 e 3 ciclo

    No apresentada proposta de metas curriculares para adisciplina de Educao Tecnolgica, no 3 Ciclo.Esta questo deve ser corrigida com a afirmao normativa deque as referncias programticas para a ET, 3 Ciclo, so osProgramas e orientaes curriculares, do 7 e 8 ano,

    devidamente homologados pelo ME, que constituem o quadroreferencial para a elaborao de metas curriculares para a ET,dos 7 e 8 anos, 3 Ciclo.

    Articulao horizontalinterdisciplinar no ciclo

    Est completamente ausente da proposta qualquer perspetiva dearticulao entre as vrias componentes disciplinares no 2 Ciclo.

    As metas propostas no apresentam assim qualquer articulaocom outras metas transversais (disciplinares ouinterdisciplinares), nem estabelecem qualquer relao com osaspetos motivacionais e scio emocionais integrantes doprocesso de ensino e de aprendizagem.

    5.3.Disciplina: Educao Visual, 7, 8 e 9 ano, 3 CicloNota importante: A proposta no refere o enquadramento programtico respetivo,

    nomeadamente: (1) se prope a elaborao de um novo programa ou (2) se prope uma

    alterao / ajustamento parcial ao programa em vigor?

    A ausncia de esclarecimento sobre esta questo e da consequente homologao pelo MEC (novo

    programa ou ajustamento parcial do programa) impede uma anlise e avaliao definitiva da

    proposta.

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    19Parmetros de anlise Anlise / apreciao crtica

    Fundamentaocientfica e curricular No apresenta.

    Concees educativas ecurricularesIdeologia pedaggica

    No existe qualquer fundamentao das opes apresentadas.

    Refernciasprogramticas eorientaes curriculares

    No apresenta.

    Embora no estando prevista a elaborao de novo programapara a disciplina de Educao Visual, 7, 8 e 9 anos, 3 ciclo,nem tendo sido apresentada formalmente a proposta de revisoparcial do programa em vigor, as metas curriculares propostasimplicariam uma alterao substancial do atual programapropondo novos blocos de contedos / novo objeto e novomtodo.

    Ver, como exemplo:Objetivo geral (8); Objetivo geral (12)

    Para melhor se compreender a instabilidade curricular que estasituao de indefinio comporta lembramos que, por decisodo MEC, as escolas adotaram em maio ltimo novos manuaisescolares para a disciplina de EV, 7,8 e 9 ano, 3 Ciclo, paraum perodo de vigncia de seis anos.

    Fundamentao geral

    das propostas.Explicitao das opespedaggicas esocioeducativas

    No apresenta.

    Explicitao dascategorias conceptuaisque estabelecem osdomnios / subdomnios/ categorias

    organizadoras

    No apresenta.

    A terminologia e as categorias conceptuais adotadas para aorganizao das categorias domnios e objetivos gerais - queestruturam a proposta de descrio das metas no apresentam

    qualquer enquadramento ou fundamento conceptual.

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    Domnios /Categorias

    Os domnios organizadores Tcnica, Representao, Discurso eProjeto transversais s disciplinas de Educao Visual e deEducao Tecnolgica, do 2 e 3 Ciclos so reveladores dainconsistncia tcnico-pedaggica da proposta, nomeadamentepelo seguinte:

    1 - Ambiguidade conceptual. No se percebe, se osdomnios enquanto categorias estruturantes decorremde: (1) uma forma de organizar as diferentes dimensesdo campo de conhecimento ou (2) de uma forma deestruturar o desenvolvimento do ensino e daaprendizagem.

    2 - Enquanto categorias organizadoras os domniosusados no se revelam coerentes quer conceptualmentequer operativamente.

    3 - Classificao conceptual incorreta relativamente aoscontedos, objetivos gerais e descritores que integra.

    Exemplos:D7, Objetivo geral (3) Descritores 3.1 a 3.5;P8, Objetivo geral (8), descritores 8.1 a 8.5;

    D9, Descritores 11.1 a 11.6P9, Descritores 12.1 a 12.5

    Objetivos gerais

    No clarificada nem se entende a relao entre os contedosreferidos (nos objetivos gerais) e o universo dos contedosprogramticos que constituem o campo formativo destadisciplina.

    atravs do Objetivos gerais que se pode identificar o universoformativo proposto e, ao mesmo tempo as relaes de contedo

    a considerar no processo de ensino e de aprendizagem.

    A formulao dos objetivos gerais assenta numa perspetivaformalista e funcionalista do processo de desenvolvimento daaprendizagem em Educao Visual, em tudo contrrio sorientaes e prticas pedaggico/didticas estruturantes, desdeh mais de trs dcadas, desta rea educativa.

    As concees presentes na proposta no apresentam umarenovao (necessria) evoluo curricular e programtica daEducao Visual mas representam um retrocesso educativo.

    A articulao e sequencializao dos contedos apresentada para

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    21os 7, 8 e 9 anos completamente artificial correspondendo aum exerccio vazio de sentido e fundamentao.

    As propostas apresentadas revelam uma sem coerncia comnveis de desenvolvimento desiguais.

    Por outro lado, a proposta inclui no universo formativo daEducao Visual, vrias novas reas de conhecimento / com aintroduo de novos blocos de contedo especializados, cujoenquadramento curricular no conhecido no sendoidentificadas as sua finalidades formativas e a sua articulao comas finalidades socioeducativas da Educao visual, neste ciclo deestudos.

    Exemplos:Objetivo geral (8) Explorar e desenvolver princpios bsicos daArquitetura e da sua metodologia.Objetivo geral (12)Desenvolver princpios bsicos da Engenharia e da suametodologia.

    Descritores e evidnciasdo desempenho

    A fragilidade conceptual e operativa dos descritores derivafundamentalmente da inconsistncia tcnica da formulao dos

    domnios e objetivos gerais, mas a sua formulao especficaencerra tambm graves incorrees nos planos formal e nosplanos pedaggico/didticos, nomeadamente:

    - A ausncia de rigor e clareza na sua formulao;- A ausncia de indicadores (evidncias), qualitativos equantitativos, de desempenho dos alunos;- A ausncia de coerncia do nvel de exigncia do desempenhodos alunos;- Quando um grande nmero de descritores refere / descreveapenas atividades de ensino aprendizagem no identificando

    qualquer nvel de desempenho a demonstrar pelo aluno.

    Exemplos:R7, Objectivo geral 2, Descritor 2.5; P7, Objectivo geral 4,Descritor 4.5

    O uso de referncias de contedos adhoc, referidos entreparntesis em vrios descritores, podendo ser aqueles ou outros, revelador da fragilidade conceptual e cientfica da proposta.

    Exemplos:

    P8, Objetivo geral, Descritores 8.1; 8.2; 8.3; 8.4; 8.5

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    22Identificam-se tambm graves deficincias pedaggicas ecientficas na formulao de alguns descritores.

    Exemplos:D9, Objetivo geral 11, Descritores 11.1; 11.2; 11.6

    Exemplos deconcretizaodo desempenho dosalunos / exerccios

    Os exerccios sugeridos so reveladores das conceespedaggicas e orientaes didticas subjacentes a toda aproposta.

    A nfase dada na valorizao dos contedos em si mesmos noprocurando desenvolver no sujeito / aluno uma interiorizao dasexperincias cognitivas, expressivas, experimentais e produtivas

    numa perspetiva integrada e evolutiva das aprendizagens.

    Um exemplo significativo, ver particularmente:Exemplos de exerccios: T7, Descritor 1.1; T8, Descritor 5.6; R9,Descritor 9.4

    As sugestes de exerccios revelam-se assim incapazes de darindicaes slidas e coerentes com o processo formativo naEducao Visual, sobre:

    - A planificao e a orientao do ensino;- Os princpios pedaggicos;

    - Os princpios metodolgicos e a sua articulaoconsistente com as evidncias cientficas.

    Articulao vertical

    No existe, formal ou implicitamente, qualquer sentido dearticulao vertical relativamente s reas das expresses, do

    1 Ciclo.A proposta no esclarece assim a questo fundamental: queconhecimentos j devem ter os alunos entrada do 2 Ciclo?

    Relativamente Articulao vertical interciclos (2 e 3 Ciclos).

    As opes de articulao vertical subjacente propostaperspetivam um modelo mecanicista assente numa ticamodularizada das aprendizagens onde parece estar presenteapenas uma mera acumulao sucessiva de conhecimentos nointegrados pelo sujeito /aluno numa dinmica dedesenvolvimento pessoal e sociocultural.

    A articulao e sequenciao de temas e contedos entre o 7, 8e 9 ano no esto suportadas por fundamentao cientfica e

    pedaggica. A distribuio de contedos pelos diferentes anos (3Ciclo) apresenta-se completamente artificial. Distribuem-se os

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    APEVT Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica

    23contedos numa mera perspetiva acumulativa sem correspondera uma viso integrada e evolutiva das competncias adesenvolver pelos alunos.

    Articulao horizontalinterdisciplinas no ciclo

    Est completamente ausente da proposta qualquer perspetiva dearticulao entre as vrias componentes disciplinares no 2 Ciclo.

    As metas propostas no apresentam assim qualquer articulaocom outras metas transversais (disciplinares ouinterdisciplinares), nem estabelecem qualquer relao com osaspetos motivacionais e scio - emocionais integrantes doprocesso de ensino e de aprendizagem.

    APEVT | Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica

    Porto, 23 de julho de 2012

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    24Anexo 1(Ofcio enviado a 04 de julho de 2012 ao MEC e Coordenadora do Grupo de Trabalho das Metas Curriculares, para

    pedido de esclarecimentos. Reproduo na ntegra)

    ASSUNTOMetas Curriculares e organizao curricular das disciplinas de Educao Visual e de

    Educao Tecnolgica dos 2 e 3 Ciclos do Ensino Bsico

    1 A APEVT Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica na qualidade de

    associao cientfica educacional nas reas curriculares da Educao Visual e Educao Tecnolgica

    manifesta a sua disponibilidade, para com lealdade e empenhamento crtico (*), colaborar no processo de

    desenvolvimento curricular das disciplinas de Educao Visual e Educao Tecnolgica em curso.

    2 Nesta qualidade respondemos positivamente ao convite do Senhor Ministro da Educao e Cincia para

    participar na sesso de apresentao das Metas Curriculares onde estivemos ativamente presentes.

    3 Nesta reunio no foram distribudos quaisquer documentos de enquadramento curricular do

    desenvolvimento programticos destas disciplinas.

    4 Tambm a apresentao introdutria das metas curriculares propostas, efetuada naquela reunio, quer

    em plenrio quer em grupo de trabalho, no permitiu identificar ou compreender quais as orientaes

    curriculares e os fundamentos programticos que subjazem aos trabalhos de desenvolvimento das metas

    curriculares.

    5No passado dia 29 de Junho foram publicadas no Portal do MEC dois documentos com apresentao de

    metas curriculares para as disciplinas de Educao Visual, dos 2 e 3 Ciclos e de Educao Tecnolgica do

    2 Ciclo, dando incio a um perodo de consulta pblica que termina no prximo dia 23 de Julho.

    6 Os documentos apresentados Metas Curriculares para Educao Visual, 2 e 3 Ciclos e para Educao

    Tecnolgica, 2 Ciclo - no apresentam qualquer enquadramento que clarifique as opes curriculares, o

    esquema conceptual que organiza o campo de conhecimento especfico e as finalidades socioeducativas

    destas disciplinas no currculo escolar. Tambm a terminologia e as categorias conceptuais adotadas para a

    organizao das categorias que estruturam a proposta de descrio das metas no apresentam qualquer

    enquadramento ou fundamento conceptual.

    Igualmente, estes documentos, no referenciam (explcita ou implicitamente) quais so os programas e

    orientaes curriculares que enquadram as propostas agora apresentadas.

    7 A criao das disciplinas de Educao Visual e Educao Tecnolgica no 2 Ciclo, por eliminao da

    disciplina de Educao Visual e Tecnolgica no 2 Ciclo, comporta a questo fundamental de saber quais

    so osprogramas que orientam o desenvolvimento curriculardestas disciplinas.

    Esta questo urge ser esclarecida previamente anlise das metas curriculares agora apresentadas.

    A propsito da Reviso da Estrutura Curricular o MEC estabeleceu para o 2 Ciclo a seguinte orientao

    substituir a Educao Visual e Tecnolgica pelas reas disciplinares de Educao Visual e EducaoTecnolgica, cada uma com o seu prprio programa MEC, Portal do Governo, 26/03/2012.

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    258 Permitirmo-nos assinalar que toda a arquitetura dos trabalhos em desenvolvimento para a elaborao

    das metas curriculares, estabelecida pelo MEC, funda-se nas seguintes orientaes normativas:

    Conjuntamente com os atuais programas de cada disciplina, as metas constituem as referncias para o

    desenvolvimento do ensino. Clarifica-se o que nos programas se deve eleger como prioridade, definindo

    os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos nos diferentes anos de

    escolaridade. Ministrio da Educao e Cincia, nota de introduo das Metas Curriculares, Portal do

    Governo, MEC.

    E, ainda, determina-se como objetivos dos subgrupos de trabalho no mbito das metas curriculares

    (despacho 5306/2012) o seguinte:

    b) Consagrar a articulao entre as metas e os contedos dos respetivos programas curriculares,

    apresentando os eventuais ajustamentos aos programas que se mostrem necessrios, bem como,

    determina que:

    A reformulao das Metas poder implicar uma reviso parcial de alguns programas curriculares,

    devendo apenas alterar o que estritamente necessrio e justificvel Despacho n 5306/2012

    Neste quadro de orientao normativa para o desenvolvimento das Metas Curriculares o MEC estabelece

    com toda a clareza que so os programas de cada disciplina e as metas curriculares que constituem as

    referncias para o desenvolvimento do ensino.

    9 Os programas curriculares das diferentes disciplinas do currculo escolar no so redutveis a qualquer

    perspetiva tecnocrtica de agregao de contedos e metas de ensino. Os programas escolares constroem

    tambm os modos de formao, de ensino e de aprendizagem especfica do campo de conhecimento e

    finalidades socioeducativas da rea / disciplina no currculo.

    10 Solicitao urgente. (**)

    Reafirmando a firme disposio e total disponibilidade para contribuir para a melhoria da resposta

    educativa destas reas no sistema de ensino a APEVT solicita clarificao do quadro de organizao

    curricular destas disciplinas, solicitando uma resposta imediata s seguintes questes objetivas:

    1 - Relativamente s disciplinas de Educao Visual e de Educao Tecnolgica, 2 Ciclo.

    1.1 - Sero elaborados novos programas para estas disciplinas?

    Caso a resposta seja afirmativa: quando estaro prontos? Qual o processo de consulta e

    participao das Associaes Cientificas respetivas? Como ser articulada (processo e calendrio) a

    elaborao dos programas e as metas curriculares?

    Caso a resposta seja negativa, pergunta-se:

    1.2 - O atual programa de Educao Visual e Tecnolgica mantm-se em vigor e serve de referncia

    para a elaborao das Metas Curriculares para estas disciplinas? (Recorda-se que por despacho de

    MEC os atuais manuais de EVT mantm-se em vigor no prximo ano letivo 2012/2013)

    1.3 - O programa curricular de referncia, enquanto definio dos Blocos de Contedo, para o

    desenvolvimento das propostas de Metas Curriculares para Educao Tecnolgica, do 2 Ciclo foi o

  • 7/31/2019 apevt 2012_parecer e recomendaes da apevt sobre a proposta de metas curriculares de educao visual e edu

    26/26

    PARECER e RECOMENDAES da APEVTSobre a proposta de Metas Curriculares de

    Educao Visual e Educao Tecnolgica, 2 e 3 CiclosApresentadas em 28/06/2012. Ministrio da Educao e Cincia

    26atual programa de Educao Tecnolgica, dos 7 e 8 anos, do 3 Ciclo? Ou outro qualquer

    documento de orientao curricular para esta disciplina? Qual ou quais?

    2 - Relativamente disciplina de Educao Visual, 3 Ciclo:

    2.1 - O programa de referncia para a proposta de desenvolvimento das Metas Curriculares de

    Educao Visual, 3 Ciclo o programa curricular em vigor designado por Ajustamento do

    Programa de Educao Visual, 3 Ciclo, 2001/ 2002, Departamento da Educao Bsica, Ministrio

    da Educao?

    2.2 - Est prevista alguma reviso parcial deste programa?

    2.3 - Est previsto a elaborao de um programa novo para a disciplina de EV, 3 Ciclo?

    3 Relativamente disciplina de Educao Tecnolgica, 3 Ciclo

    3.1 Quando sero elaboradas e apresentadas as propostas de Metas Curriculares para a disciplina

    de Educao Tecnolgica, 3 Ciclo, 7 e 8 anos?

    3.2 Est prevista a reviso parcial ou elaborao de um novo programa para a disciplina de

    Educao Tecnolgica no 3 Ciclo?

    A clarificao da organizao curricular das disciplinas de Educao Visual e Educao Tecnolgica, no 2 e

    3 Ciclos decisiva e absolutamente necessria para a anlise das propostas de Metas Curriculares agora

    tornadas pblicas. Isto, quer do ponto de vista das orientaes normativas estabelecidas pelo MEC quer doponto de vista do desenvolvimento curricular inteligvel pelos diferentes atores institucionais do processo

    educativo, escolas e professores, conceptores e produtores de material didtico e pedaggico, famlias,

    instituies de formao de professores, entre outros.

    Nestes termos agradecemos resposta urgente s questes colocadas manifestando a nossa disponibilidade

    para qualquer esclarecimento complementar sobre este nosso pedido.

    Porto 4 de Julho de 2012

    A Direo da APEVT.Associao Nacional de Professores de Educao Visual e Tecnolgica

    (*) A APEVT embora criticando veementemente o processo seguido e o modelo de desenvolvimento daReviso da

    Estrutura Curricular em curso manifesta a sua firme disposio em participar ativamente nos processos de estudo dos

    modelos e projetos de organizao e desenvolvimento curricular destas reas curriculares no sistema de ensino.

    (**) A urgncia de uma resposta objetiva s questes apresentadas decorre dos prazos estabelecidos para a consulta

    pblica (23 /07/ 2012)