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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO COSTA DOS SANTOS ORIENTADOR: Profa. Dra. Maria Augusta Soares Machado Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2007

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DDIISSSSEERRTTAAÇÇÃÃOO DDEE MMEESSTTRRAADDOO PPRROOFFIISSSSIIOONNAALLIIZZAANNTTEE EEMM AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO

“DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE

USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO”

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Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2007

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“DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA

ISO”

RODRIGO COSTA DOS SANTOS

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Sistemas de Apoio à Decisão.

ORIENTADOR: Profa. Dra. Maria Augusta Soares Machado

Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2007.

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“DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA

ISO”

RODRIGO COSTA DOS SANTOS

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Sistemas de Apoio à Decisão.

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________

Professora Dra. MARIA AUGUSTA SOARES MACHADO (Orientadora) Instituição: IBMEC/RJ _____________________________________________________

Professor Dr. LUIZ ALBERTO NASCIMENTO CAMPOS FILHO Instituição: IBMEC/RJ _____________________________________________________

Professor Dr. ANILTON SALLES GARCIA Instituição: UFES – Universidade Federal do Espírito Santo

Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2007.

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658.4038011 S237

Santos, Rodrigo Costa dos. Desenvolvimento de uma metodologia para avaliação de usabilidade de sistemas utilizando a lógica Fuzzy baseado na ISO / Rodrigo Costa dos Santos. Rio de Janeiro: Faculdades Ibmec. 2006. Dissertação de Mestrado Profissionalizante apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração das Faculdades Ibmec, como requisito parcial necessário para a obtenção do título de Mestre em Administração. Área de concentração: Administração Geral. 1. Sistemas de informação - Administração. 2. Usabilidade de sistemas. 3. Interfaces Homem-Máquina. 4. Ergonomia. 5. Lógica Fuzzy.

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v

DEDICATÓRIA

À minha querida esposa Flávia pela paciência, apoio e por

me iluminar em mais essa etapa da minha vida.

Aos meus pais, Antonio e Marli, pela dedicação e amor

que investiram na minha caminhada.

À DEUS que está sempre presente em todos os momentos

da minha vida.

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vi

AGRADECIMENTOS

À minha orientadora Maria Augusta, por todos os conhecimentos transmitidos, pelo

incentivo e por estar sempre à disposição para ajudar e tirar dúvidas.

Aos professores e funcionários do Ibmec/RJ, por tudo que aprendi nesse período que

estudei aqui.

Ao “Grupo de Usabilidade” formado por alunos do curso de graduação de

administração do Ibmec/RJ, que se prontificaram a estudar o assunto usabilidade e cooperar

com a pesquisa.

Aos amigos da Eletrobrás e à Eletrobrás pelo apoio na realização deste curso de

mestrado.

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vii

RESUMO

A usabilidade de sistemas é um conceito que vai além da facilidade de uso ou de

aprendizagem, é conceito mais abrangente do que isso e compreende vários critérios para

medi-la. Diversos estudos relevantes foram desenvolvidos, cada qual com seu conjunto de

métricas com o propósito de avaliar a usabilidade de sistemas. O objetivo dessa pesquisa é

apresentar essas métricas e unificá-las em critérios mensuráveis em conformidade com as

normas da ISO e propor uma metodologia para avaliação de usabilidade de sistema, seja ele

executado em computadores ou em equipamentos diversos. A lógica fuzzy é a ferramenta

fundamental para consolidação e análise dos dados que são obtidos através das opiniões dos

seus usuários. A pesquisa se mostra exploratória quando é feita a revisão dos critérios de

usabilidade e experimental e aplicada quando se propõe a metodologia de avaliação de

usabilidade de sistemas. Por fim essa metodologia é aplicada para um sistema real e os

resultados são apresentados e validados.

Palavras Chave: Usabilidade de Sistemas, Interfaces Homem-Máquina, Ergonomia, Lógica

Fuzzy.

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ABSTRACT

The systems usability is a concept that goes besides the easiness of use or of

learnability it is more complex than that and it understands several metrics to measure it.

Several relevant studies were developed, each one with his set of metrics with the purpose of

evaluate the systems usability. The objective of this thesis is to present these metrics and to

unify them in measurable metrics in accordance with the standards of the ISO’s standards and

to propose a methodology for evaluation of systems usability, be it executed in computers or

in different equipments. The fuzzy logic is the basic tool for consolidation and analysis of the

data that are obtained through the opinions of his users. The research is shown exploratory

when the revision of the metrics is done and experimental and applied when the methodology

of evaluation is proposed for systems usability. Finally this methodology is applied for a real

system and the results are presented and validated.

Key Words: Systems Usability, Human Computer Interface, Ergonomics, Fuzzy Logic.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Pertinência de um elemento a um conjunto.............................................................24

Figura 2 – Gráfico de pertinência de um conjunto fuzzy..........................................................26

Figura 3 – Representação gráfica de um número triangular nebuloso......................................29

Figura 4 – Quadro com a unificação dos critérios de usabilidade de sistemas.........................37

Figura 5 - Atividades de usabilidade, adaptado de (ISO 9241)................................................39

Figura 6 – Passos para avaliação da usabilidade, segundo a metodologia proposta.................42

Figura 7 – Gráfico da Questão 1 da métrica Facilidade de Aprender.......................................60

Figura 8 – Gráfico da Questão 2 da métrica Facilidade de Aprender.......................................60

Figura 9 – Gráfico da Questão 3 da métrica Facilidade de Aprender ......................................61

Figura 10 – Gráfico da Questão 4 da métrica Facilidade de Aprender.....................................62

Figura 11 – Gráfico da Questão 5 da métrica Facilidade de Aprender.....................................62

Figura 12 – Gráfico da Questão 6 da métrica Facilidade de Aprender.....................................63

Figura 13 – Gráfico da Questão 7 da métrica Facilidade de Aprender.....................................64

Figura 14 – Gráfico da Questão 8 da métrica Facilidade de Aprender.....................................65

Figura 15 – Gráfico da Questão 9 da métrica Facilidade de Aprender.....................................65

Figura 16 – Gráfico da Questão 10 da métrica Facilidade de Aprender...................................66

Figura 17 – Gráfico do resultado final para a métrica Facilidade de Aprender........................66

Figura 18 – Gráfico da Questão 1 da métrica Facilidade de Relembrar...................................67

Figura 19 – Gráfico da Questão 2 da métrica Facilidade de Relembrar...................................68

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x

Figura 20 – Gráfico da Questão 3 da métrica Facilidade de Relembrar...................................68

Figura 21 – Gráfico do resultado final para a métrica Facilidade de Relembrar......................69

Figura 22 – Gráfico da Questão 1 da métrica Controle de Erros..............................................70

Figura 23 – Gráfico da Questão 2 da métrica Controle de Erros..............................................70

Figura 24 – Gráfico da Questão 3 da métrica Controle de Erros..............................................71

Figura 25 – Gráfico da Questão 4 da métrica Controle de Erros..............................................72

Figura 26 – Gráfico da Questão 5 da métrica Controle de Erros..............................................72

Figura 27 – Gráfico da Questão 6 da métrica Controle de Erros..............................................73

Figura 28 – Gráfico da Questão 7 da métrica Controle de Erros..............................................73

Figura 29 – Gráfico do resultado final para a métrica Controle de Erros.................................74

Figura 30 – Gráfico da Questão 1 da métrica Eficiência..........................................................75

Figura 31 – Gráfico da Questão 2 da métrica Eficiência..........................................................75

Figura 32 – Gráfico da Questão 3 da métrica Eficiência..........................................................76

Figura 33 – Gráfico da Questão 4 da métrica Eficiência..........................................................76

Figura 34 – Gráfico do resultado final para a métrica Eficiência.............................................77

Figura 35 – Gráfico da Questão 1 da métrica Eficácia.............................................................78

Figura 36 – Gráfico da Questão 2 da métrica Eficácia.............................................................78

Figura 37 – Gráfico da Questão 3 da métrica Eficácia.............................................................79

Figura 38 – Gráfico do resultado final para a métrica Eficácia................................................80

Figura 39 – Gráfico da Questão 1 da métrica Satisfação..........................................................80

Figura 40 – Gráfico da Questão 2 da métrica Satisfação..........................................................81

Figura 41 – Gráfico da Questão 3 da métrica Satisfação..........................................................81

Figura 42 – Gráfico do resultado final para a métrica Satisfação.............................................82

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Resultado dos autores citados na revisão da literatura sobre usabilidade...............14

Tabela 2 – Quadro dos critérios de usabilidade X medidas da ISO 9241.................................46

Tabela 3 – Quadro das métricas, número e a quantidade de questões elaboradas....................47

Tabela 4 – Resultado dos cálculos de semelhanças entre conjuntos.........................................59

Tabela 5 – Resultado final da avaliação da usabilidade da Intranet da Eletrobrás...................83

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LISTA DE ABREVIATURAS ISO – International Organization for Standardization

FOU – Freqüência das Opiniões dos Usuários

FOUN – Freqüência das Opiniões dos Usuários Normalizada

NN – Número Nebuloso

NNM – Número Nebuloso Médio

NNMN – Número Nebuloso Médio Normalizado

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................ vii

ABSTRACT ....................................................................................................................... viii

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................... ix

LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... xi

LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................ xii

SUMÁRIO ......................................................................................................................... xiii

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 1

1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA .................................................................................. 1

1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA ..................................................................................... 2

1.2.1. OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................. 2

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 2

1.3. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA.............................................................................. 3

1.4. RELEVÂNCIA DA PESQUISA................................................................................. 4

1.5. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................. 5

1.6. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO................................................................................. 5

2. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA.............................................................. 7

3. REVISÃO DA LITERATURA........................................................................................ 10

3.1. USABILIDADE........................................................................................................ 10

3.1.1. Histórico da Usabilidade ........................................................................................ 10

3.1.2. Critérios de Avaliação de Usabilidade .................................................................... 13

3.1.2.1. Critérios de Avaliação Segundo a ISO 9126 ........................................................ 14

3.1.2.2. Critérios de Avaliação Segundo Shackel.............................................................. 16

3.1.2.3. Critérios de Avaliação Segundo Nielsen .............................................................. 17

3.1.2.4. Critérios de Avaliação Segundo Bastien & Scapin............................................... 17

3.1.2.5. Critérios de Avaliação Segundo Jordan................................................................ 19

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3.1.2.6. Critérios de Avaliação Segundo Shneiderman ..................................................... 20

3.1.2.7 Critérios de Avaliação Segundo Quesenbery ........................................................ 21

3.2. LÓGICA FUZZY...................................................................................................... 22

3.2.2. Conjuntos Fuzzy .................................................................................................... 23

3.2.3. Normalização de Conjuntos Fuzzy ......................................................................... 26

3.2.4. Operações Com Conjuntos Fuzzy........................................................................... 27

3.2.4.1. União .................................................................................................................. 27

3.2.4.2. Interseção............................................................................................................ 27

3.2.4.3. Complemento...................................................................................................... 28

3.2.5. Números Triangulares Nebulosos ........................................................................... 28

4. PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE ............. 31

4.1. UNIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE ............. 31

4.1.1. Facilidade de Aprender........................................................................................... 32

4.1.2. Facilidade de Relembrar......................................................................................... 33

4.1.3. Controle de Erros ................................................................................................... 33

4.1.4. Eficiência ............................................................................................................... 34

4.1.5. Eficácia .................................................................................................................. 34

4.1.6. Satisfação............................................................................................................... 35

4.2. A NORMA ISO 9241................................................................................................ 38

4.3. METODOLOGIA PROPOSTA ................................................................................ 41

4.3.1. Selecionar o Sistema a ser Avaliado ....................................................................... 42

4.3.2. Identificar o Contexto de Uso................................................................................. 43

4.3.3. Aplicar o Questionário aos Usuários....................................................................... 45

4.3.3.1. Procedimento para Coleta de Dados .................................................................... 48

4.3.4. Avaliar a Usabilidade do Sistema ........................................................................... 49

4.3.4.1. Tratamento dos Dados......................................................................................... 49

5. APLICAÇÃO E VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA............................... 53

5.1. PRÉ-TESTE.............................................................................................................. 53

5.2. VALIDAÇÃO........................................................................................................... 54

5.3. COLETA DE DADOS .............................................................................................. 57

5.4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................................ 58

6. CONCLUSÕES............................................................................................................... 84

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 87

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ................................................................................ 89

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xv

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA USABILIDADE DE SISTEMAS ..................... 91

APÊNDICE B – NÚMEROS TRIANGULARES NEBULOSOS......................................... 94

APÊNDICE C – PLANILHA COM A TABULAÇÃO DOS RESULTADOS...................... 99

APÊNDICE D – PLANILHA COM A CORELAÇÃO ENTRE AS QUESTÕES E AS

MÉTRICAS....................................................................................................................... 100

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1. INTRODUÇÃO

1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

O termo usabilidade é freqüentemente usado para se referir à capacidade de um

produto ser fácil de usar. Porém, somente essa definição é muito simples para um conceito tão

abrangente, que envolve atender as expectativas do usuário de forma completa.

Mais especificamente com relação à usabilidade de sistemas, vários trabalhos

científicos foram escritos sobre o assunto, além de algumas normas da ISO (International

Organization for Standardization) que é uma organização internacional para a definição de

normas em mais de 148 países, contudo não se tem um consenso sobre todos esses trabalhos.

Dentre as normas existentes que abordam o tema da usabilidade, tem-se a ISO 9126

que versa sobre qualidade de sistema e define usabilidade sob o ponto de vista da “qualidade

de uso” como sendo “a capacidade do produto de software permitir à usuários específicos

atingir metas específicas com eficácia, produtividade, segurança e satisfação em um contexto

de uso específico” (ISO 9126).

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Outra norma é a ISO 9241 que trata sobre visão do usuário e seu contexto bem como

características ergonômicas do produto e entende que a usabilidade pode ser compreendida

como a capacidade que um sistema oferece ao seu usuário, em um determinado contexto de

operação, para a realização de tarefas de maneira eficaz, eficiente e agradável (ISO 9241).

Várias técnicas de avaliação de usabilidade de sistemas também foram

desenvolvidas: baseadas em questionários aplicados aos usuários, baseadas em modelos

formais, base de conhecimento, checklists, ensaios de interação ou sistemas de

monitoramento (CYBIS, 2003), todas elas apresentando suas limitações, vantagens e

desvantagens.

Uma revisão da literatura existente incluindo as normas da ISO e a criação de uma

metodologia formal para avaliação de usabilidade de sistemas que fosse fortemente construído

e testado constitui uma necessidade eminente.

1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1. OBJETIVOS GERAIS

O objetivo principal da presente pesquisa é desenvolver uma metodologia de

avaliação de usabilidade de sistemas baseado nas normas da ISO com uso da Lógica Fuzzy

como meio de extrair as opiniões dos usuários.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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3

• Realizar uma revisão dos critérios de avaliação de usabilidade de sistemas, dentre

os diversos critérios propostos por diversos autores.

• Propor uma metodologia de avaliação de usabilidade de sistemas abrangente, não

só para sistemas de computador, mas também para sistemas que são executados

em equipamentos diversos.

• Validar a metodologia proposta para avaliar a Intranet da Eletrobrás.

1.3. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

A maioria dos estudos na área de avaliação de usabilidade de sistema se baseia em

uma única técnica ou em um conjunto de métricas estipuladas por um único autor. Tem-se

uma necessidade na busca de padrões formais e nas definições de métricas para esta

finalidade.

Mesmo com a existência de várias técnicas para avaliação da usabilidade de

sistemas, ninguém melhor do que os próprios usuários para opinarem a respeito da

usabilidade do sistema. Eles estão em contato com o sistema no seu dia-a-dia.

A ISO abrange boa parte da definição de usabilidade de sistemas, porém os conceitos

estão espalhados por diversas normas. Uma boa revisão das normas no que se refere à

usabilidade de sistemas é uma necessidade aparente, bem como uma metodologia de

avaliação aderente às normas da ISO, uma vez que a ISO só apresenta orientações de como a

usabilidade de um produto pode ser especificada e avaliada.

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A lógica Fuzzy apresenta-se como um facilitador para se atingir o objetivo da

pesquisa. Desde que a lógica Fuzzy foi criada, em 1965 por Lofti A. Zadhe, ela vem sendo

utilizada em inúmeras áreas do conhecimento como na engenharia, medicina e robótica

(COSTA et al, 2005) e é utilizada como técnica para processar e analisar o resultado obtido

das opiniões dos usuários do sistema estudado, uma vez que ela permite transformar opiniões

subjetivas em indicadores mensuráveis.

1.4. RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A usabilidade é um fator que determina o sucesso de um sistema. Interfaces mal

projetadas, principalmente para sistemas que trabalham com informação, podem ser

responsáveis pelo desinteresse ou descrédito do usuário, causando prejuízos, perdas entre

outros fatores (SHNEIDERMAN, 1998).

No caso de sistemas na internet, principalmente em sites de compras, a usabilidade

influencia diretamente o sucesso das vendas. Em um equipamento, a usabilidade

proporcionada pelo sistema embarcado proporciona o sucesso da aceitação do equipamento

no mercado.

Por isso, uma metodologia robusta e eficaz para se medir a usabilidade de um

sistema qualquer é uma aparente necessidade e esse motivo torna relevante a presente

pesquisa.

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1.5. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo se limita a estudar aspectos de usabilidade para sistemas, ou

equipamentos que possuam algum sistema que controle a interface com o usuário.

Os critérios sobre usabilidade de sistemas selecionados nessa pesquisa se limitaram

nos estudos apresentados na revisão da literatura.

1.6. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

Além desta introdução, o presente trabalho está divido nas seguintes partes:

• Metodologia da Pesquisa Científica: descreve o tipo de pesquisa que está

sendo realizada, bem como sua conceituação.

• Revisão da Literatura: tem como objetivo apresentar conceitos das teorias que

serviram de base para o desenvolvimento desse trabalho, ou seja, aspectos

relacionados à usabilidade de sistemas e sobre a lógica fuzzy.

• Proposta de Metodologia para Avaliação da Usabilidade: nesse capítulo é

apresentada detalhadamente a metodologia proposta para a avaliação da

usabilidade de sistemas utilizando a lógica fuzzy e se baseando na norma da

ISO.

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• Aplicação e Validação da Metodologia Proposta: Aplica a metodologia

proposta no trabalho em um caso real a fim de validá-la, permitindo

visualizar sua aplicação prática.

• Conclusões: Expõe a avaliação geral do trabalho desenvolvido, os ganhos

conseguidos, as facilidades e as dificuldades encontradas na realização desse

estudo.

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2. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

Vergara (2000) propõe dois critérios de classificação para o tipo de pesquisa:

quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins a pesquisa pode ser classificada como:

exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista. Quanto aos

meios a pesquisa pode ser classificada como: pesquisa de campo, pesquisa de laboratório,

documental, bibliográfica, ex post facto, participante, pesquisa-ação e estudo de caso.

Para efeitos da metodologia científica utilizada, pode-se dividir a pesquisa em

duas partes: Quando é feita a revisão da literatura e a unificação dos critérios de

usabilidade de sistemas; e Quando é proposta uma metodologia para avaliação de

usabilidade de sistemas.

Quando é feita a revisão da literatura e a unificação dos critérios de usabilidade de

sistemas, a pesquisa se apresenta quanto aos fins como exploratória e quanto aos meios

como bibliográfica.

Os estudos exploratórios geram estruturas soltas com o objetivo de descobrir

tarefas de pesquisa em áreas novas (COOPER & SCHINDLER, 2003). Quando se

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investigou na literatura autores que propunham critérios para avaliação de usabilidade não

se sabia ao certo quantos autores e quantos critérios seriam encontrados, pois havia pouco

conhecimento consolidado nesta área. Os meios foram bibliográficos, pois foi pesquisado

em revistas e anais de congressos fontes sobre o assunto.

Quando é proposta uma metodologia para avaliação de usabilidade de sistemas e

sua validação baseada em um caso prático, a pesquisa se apresenta quanto aos fins como

metodológica e aplicada e quanto aos meios como experimental.

A pesquisa metodológica apresenta instrumentos ou propostas para

manipulação da realidade e está associada a caminhos, formas, maneiras, procedimentos

para atingir determinado fim (VERGARA, 2000). Nesta pesquisa é apresentada uma

metodologia para avaliação de usabilidade de sistemas com passos e procedimentos

formais e bem definidos para atingir um resultado final.

Além do estudo apresentar características da pesquisa metodológica, ela também é

uma pesquisa aplicada, pois tem por objetivo ser utilizada em casos reais. A pesquisa

aplicada é motivada pela necessidade de se resolver problemas concretos com finalidade

prática (VERGARA, 2000).

Nesta etapa da pesquisa os meios foram experimentais. Conforme define Gil

(1996) a pesquisa experimental “consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as

variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de

observação dos efeitos que a variável produz no objeto”. No momento em que é feita a

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validação da metodologia proposta em um caso prático, é realizado um ensaio científico

para a verificação e consolidação dos resultados, o que caracteriza a experimentação.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1. USABILIDADE

A usabilidade é uma característica de um determinado produto ser fácil de usar, fácil

e rápido de aprender, não provocar erros ou caso ocorram sejam facilmente resolvidos,

solucionar as tarefas que ele se propõe a resolver com eficiência e eficácia e oferecer um alto

grau de satisfação para seus usuários (ISO 9241, 1998; NIELSEN, 1993; JORDAN, 1998).

A usabilidade tem como objetivo elaborar interfaces capazes de permitir uma

interação fácil, agradável, com eficácia e eficiência. Ela deve capacitar a criação de interfaces

transparentes de maneira a não dificultar o seu uso, permitindo ao usuário pleno controle do

ambiente sem se tornar um obstáculo durante a interação.

Neste capítulo são apresentados um breve histórico sobre a usabilidade e alguns

conjuntos de critérios utilizados para avaliação de usabilidade de sistemas apresentados por

diversos autores.

3.1.1. Histórico da Usabilidade

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Foi durante a Segunda Guerra Mundial que começaram as primeiras preocupações

com a interação entre seres humanos e máquinas. A tecnologia cada vez mais avançada,

novos aviões, submarinos, radares, mísseis, demandavam respostas cada vez mais rápidas dos

operadores desses equipamentos, e o manuseio desses equipamentos precisava estar cada vez

mais adequado às características físicas, psíquicas e cognitivas humanas. Nascia aí a

Ergonomia, área da ciência que estuda a correta adequação de produtos ao trabalho humano

(MORAES, 2006).

Com o fim da Segunda Guerra, a ergonomia focou-se nas máquinas do nosso dia-a-

dia, como eletrodomésticos, automóveis, equipamentos eletrônicos, entre outros. Mais tarde a

indústria dos computadores veio revolucionar essa área, pois também veio a se beneficiar

desses estudos.

A partir da década de 1970, a Ergonomia passou a contribuir também para o

desenvolvimento de sistemas interativos. Para reduzir custos de produção e manutenção, os

ergonomistas criaram novas metodologias que identificassem problemas relativos ao contexto

de uso dos sistemas. Esse conjunto de métodos e técnicas estruturadas passou a ser conhecido

como Engenharia de Usabilidade ou simplesmente Usabilidade (NASCIMENTO, 2006).

De acordo com Shackel (1986), a definição de usabilidade foi introduzida por Miller

em 1971 através de métricas relacionadas a “facilidade de uso”. Miller identificou vários

critérios para mensurar a facilidade de uso, como por exemplo: tempo de aprendizado,

número de erros e tolerância à falhas (MILLER, 1971).

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Em 1979, Bennett deu início a questão da usabilidade no contexto da Interação

Humano-Computador (IHC), que é a área de pesquisa que estuda a comunicação entre

pessoas e sistemas, apontando que a usabilidade sugere interação e indicando a possibilidade

de mensuração da satisfação do usuário (BENNETT, 1979).

Mais tarde, Shackel (1986) ampliou o conceito de usabilidade incluindo uma visão

centrada no usuário e no ambiente em que o sistema está sendo utilizado, e apresentou quatro

critérios para medir usabilidade: Eficácia, Aprendizagem, Flexibilidade e Atitude.

Outro estudioso no assunto e que foi considerado o “guru da usabilidade” é Jakob

Nielsen (1993) que defende que a usabilidade tem como objetivo proporcionar interfaces

agradáveis para o usuário e que permitam fácil interação, com eficácia e eficiência.

Após a apresentação de vários desses trabalhos relacionados à usabilidade, em 1998

a ISO criou a norma 9241 que trata de qualidade de pacotes de sistemas e também considera

questões sobre usabilidade tratada sobre a visão do usuário e seu contexto, bem como

características ergonômicas do produto e defende que a usabilidade pode ser compreendida

como sendo a capacidade que apresenta um sistema interativo de ser operado, de maneira

eficaz, eficiente e agradável, em um determinado contexto de operação, para a realização das

tarefas de seus usuários (ISO 9241, 1998).

A maioria dos estudos na área de avaliação de usabilidade de sistemas se baseia em

uma única técnica ou em um conjunto de métricas estipuladas por um único autor. Tem-se

uma necessidade na busca de padrões formais e nas definições de métricas para esta

finalidade.

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3.1.2. Critérios de Avaliação de Usabilidade

Existem vários trabalhos publicados sobre avaliação de usabilidade, cada um com

seus critérios, desenvolvidos por autores pesquisadores da usabilidade. Nesta seção pretende-

se analisar a similaridade entre os trabalhos apresentados. Além das normas da ISO, foram

selecionados os seguintes autores: Shackel, Jakob Nielsen, Bastien & Scapin, Jordan,

Shneiderman e Quesenbery.

Esses autores foram selecionados após uma revisão da literatura realizada através de

uma busca em base de dados brasileiras classificadas no Qualis da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Foram selecionadas seis revistas científicas: RAE – Revista de Administração de

empresas (ISSN 0034-7593), RAE-Eletrônica (ISSN 1676-5648), RAC – Revista de

Administração Contemporânea (ISSN 1415-6555), RAUSP – Revista de Administração

(ISSN 0080-2107), RESI – Revista Eletrônica de Sistemas de Informação (ISSN 1677-3071)

e Revista Ciência da Informação (ISSN 0100-1965), além dos Anais de dois congressos:

EnANPAD – Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em

Administração e o CATI – Congresso Anual de Tecnologia da Informação.

A palavra utilizada para busca foi simplesmente “usabilidade”, o período analisado

variava de acordo com a data de disponibilidade de pesquisa de cada revista ou congresso. O

resultado desta compilação encontra-se na Tabela 1.

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Entre os autores selecionados, o mais referenciado foi Jakob Nielsen citado onze

vezes, seguido de Shneiderman citado três vezes, Bastien & Scapin citados duas vezes, a ISO

9126 foi citada duas vezes e Jordan, Shackel e Quesenbery foram citados uma vez cada um.

Fonte Período analisado Quantidade de

artigos encontrados

Autores Citados (Quantidade de vezes)

RAE – Revista de Administração de empresas

1961 a 2006 0 -

RAE-Eletrônica 2002 a 2006 1 Bastien & Scapin(1)

RAC – Revista de Administração Contemporânea

1997 – 2006 1 Nielsen (1)

RAUSP – Revista de Administração 1977 a 2006 0 -

RESI 2002 a 2006 2 Shackel(1) e Nielsen(1)

Ciência da Informação 1999 a 2006 5 Nielsen(4), Shneiderman(2), ISO 9126(1) e Jordan(1)

EnANPAD 1998 a 2005 6 ISO 9126(1), Nielsen(3), Shneiderman(1) e Bastien & Scapin(1)

CATI 2004 a 2006 2 Nielsen(2) e Quesenbery(1)

Total 17 Tabela 1 – Resultado dos autores citados na revisão da literatura sobre usabilidade

3.1.2.1. Critérios de Avaliação Segundo a ISO 9126

A norma ISO 9126 – Engenharia de sistema – Qualidade de Produto, foi

desenvolvida com objetivo de criar um modelo de avaliação de qualidade para de produto de

sistema. A finalidade é chegar a um nível de qualidade para atingir as reais necessidades do

usuário. A metodologia não se propõe a chegar à “qualidade perfeita”, mas sim aquela que

seja suficiente para cada contexto de uso específico para seus usuários.

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A Qualidade em Uso definida por esta norma é a “capacidade do produto de sistema

de permitir que usuários especificados atinjam metas especificadas com eficácia,

produtividade, segurança e satisfação em contextos de uso especificados” (ISO 9126).

O modelo proposto para avaliação de qualidade de um produto de sistema é

composto de seis características (funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência,

manutenibilidade e portabilidade) cada um com suas subcaracterísticas. Neste caso, para o

presente trabalho, detalham-se as subcaracterísticas referentes à usabilidade, que são:

Inteligibilidade: É a capacidade do sistema possibilitar ao usuário identificar se o

sistema é apropriado para executar determinada tarefa.

Apreensibilidade: É a capacidade do sistema possibilitar ao usuário aprender a

manuseá-lo.

Operacionalidade: É a capacidade do sistema possibilitar ao usuário operá-lo e

controlá-lo.

Atratividade: É a capacidade do sistema atrair o usuário, ser agradável.

Conformidade relacionada à usabilidade: É a capacidade do sistema estar de

acordo com as normas e convenções relacionadas à usabilidade.

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3.1.2.2. Critérios de Avaliação Segundo Shackel

Shackel (1986) entende que a usabilidade é o meio pelo qual o usuário constrói sua

percepção em relação ao produto. O autor ainda coloca quatro componentes que devem ser

observados antes da avaliação da usabilidade: usuário, tarefa, sistema e ambiente, e que um

projeto bem focado na usabilidade deve possuir uma interação harmônica e dinâmica entre

esses quatros componentes.

Para avaliação das tarefas sobe o ponto de vista da usabilidade, o autor apresenta em

quatro critérios (SHACKEL, 1986):

Eficácia: Avalia o desempenho de uma tarefa focado a um usuário ou a um ambiente

específico. Por exemplo, em função da velocidade de execução e da quantidade de erros.

Aprendizagem: Avalia o desempenho desde a instalação do produto até o início do

uso, tempo de treinamento e reaprendizagem com relação à freqüência de uso.

Flexibilidade: Avalia o desempenho de adaptação a tarefas além daquelas que já

vêm especificadas “de fábrica”, personalização.

Atitude: Avalia o desempenho com relação ao conforto ou satisfação do usuário

associado aos níveis aceitáveis de desgaste, fadiga, desconforto, frustração e esforço pessoal.

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3.1.2.3. Critérios de Avaliação Segundo Nielsen

Jakob Nielsen (1993), assim como Shackel (1986), considera a usabilidade como

sendo um dos aspectos que podem influenciar a aceitabilidade de um produto. Nielsen (1993)

define usabilidade sob cinco atributos:

Facilidade de aprender: O sistema deve ser fácil de aprender, para que um usuário

possa concluir uma tarefa rapidamente e sem dificuldades. A interface deve ser clara e

objetiva.

Eficiência de uso: O sistema deve ser eficiente na tarefa que se propõe a realizar. O

usuário deve atingir um alto nível de produtividade.

Memorização: As funcionalidades do sistema devem ser fácil de relembrar, mesmo

após o usuário ficar um certo período de tempo sem usá-lo, sem necessidade de um novo

treinamento.

Poucos Erros: O sistema deve produzir um número de erros reduzido e se um erro

ocorrer, o usuário deve poder resolvê-lo ou ignorá-lo de forma rápida e simples.

Satisfação: É a percepção do usuário diante da interface do sistema. A interface deve

ser agradável e o usuário deve se sentir satisfeito e gostar de usar o sistema. Essa medida é

totalmente subjetiva.

3.1.2.4. Critérios de Avaliação Segundo Bastien & Scapin

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Bastien & Scapin (1993), pesquisadores franceses do INRA (Institut National de

Recherche en Informatique et en Automatique), desenvolveram um conjunto de critérios

ergonômicos para construção de interfaces de sistemas. Os autores propuseram oito critérios

principais, sendo que alguns desses possuem subcritérios que complementam o conceito. Os

oito critérios principais são:

Condução: É a característica do sistema em orientar o usuário através da interface e

do uso do sistema, através de dicas, informações e respostas simples às ações do usuário. A

organização das informações de forma clara e legível para o usuário não se sentir “perdido”

ao executar uma tarefa no sistema também faz parte deste critério.

Carga de Trabalho: É a capacidade do sistema em solicitar um mínimo de ações

para execução de uma tarefa. Quanto menos passos o usuário deva tomar, melhor, pois reduz

a memorização e reduz a possibilidade de cometer erros. Diz respeito a eficiência no diálogo

entre o usuário e a interface.

Controle Explícito: É quando o usuário está sob o controle das ações do sistema e

este se mostra “obediente” as ações do usuário. O processamento do sistema deve ser

explicito ao usuário e terá maior controle sobre o sistema.

Adaptabilidade: É a capacidade do sistema em se comportar conforme as

necessidades e preferências do usuário. A interface do sistema deve reagir conforme o

contexto.

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Gestão de Erros: É o conjunto de mecanismos capazes de prevenir e reduzir erros

causados pelo sistema, além de facilitar sua recuperação quando os mesmos ocorrerem.

Consistência: É a coerência no modo que os aspectos de interface são mantidos em

contextos semelhantes, e são diferentes quando aplicado a contextos diferentes.

Significância do código: É a clareza com que os códigos e denominações são

apresentados para o usuário. Deve haver uma relação semântica forte entre tais códigos e os

itens ou ações às que eles se referem.

Compatibilidade: É relação entre as características dos usuários (percepção, idade,

expectativas) e as tarefas, saídas e entradas do sistema.

3.1.2.5. Critérios de Avaliação Segundo Jordan

Jordan (1998) apresenta através dos seus estudos, segundo sua denominação, os

cinco “componentes de usabilidade”:

Aprendizagem: é o custo para o usuário em atingir um determinado nível de

competência na realização de uma tarefa, excluindo as dificuldades encontradas para realizá-

la pela primeira vez.

Performance do usuário experiente (PUE): é o nível da performance atingido por

determinado usuário ao realizar muitas vezes determinadas tarefas com um determinado

produto.

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Potencial do sistema: representa o nível máximo de performance que pode ser

atingido ao realizar uma determinada tarefa com um produto. É o limite máximo do PUE.

Re-usabilidade: indica uma possível diminuição da performance que pode ocorrer

após o usuário não utilizar o produto, ou não executar uma determinada tarefa, por um

determinado período de tempo.

3.1.2.6. Critérios de Avaliação Segundo Shneiderman

Shneiderman (1998) nos apresenta cinco “regras de ouro” que são fatores

mensuráveis para avaliação da usabilidade e qualidade de uma interface de sistema. Essas

regras são bem semelhantes às descritas por Nielsen (1993), porém apresentadas de uma

forma mais objetiva.

Tempo de Aprendizagem: Tempo necessário para um usuário iniciante aprender a

executar os comandos com objetivo de executar determinada tarefa.

Velocidade de Realização: Tempo necessário para um usuário concluir uma tarefa

chave do sistema.

Taxa de Erros do Usuário: Número e tipo de erros cometidos pelos usuários.

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Retenção ao longo do tempo: Forma pela qual os usuários utilizam o sistema depois

de passado determinado tempo (horas, dias ou semanas). Esta medida está relacionada com o

tempo de aprendizagem e com a freqüência de utilização.

Satisfação Subjetiva: Grau de satisfação do usuário ao utilizar diversas

funcionalidades do sistema.

3.1.2.7 Critérios de Avaliação Segundo Quesenbery

Por fim, Quesenbery (2001) apresenta as cinco características da usabilidade,

conhecida como 5E’s (effective, efficient, engaging, error tolerant, easy to learn). Segundo a

autora as interfaces devem ser avaliadas confrontando-se com essas características, a fim de

garantir sucesso e satisfação do usuário final.

Eficiência: Avalia o tempo (quantidade de cliques ou páginas visitadas) gasto para

realizar determinada tarefa.

Eficácia: Avalia como as tarefas foram exatamente concluídas, e com que freqüência

elas produzem erros.

Atração: Avalia o conforto ou satisfação do usuário ao utilizar o sistema. Mede a

aceitação de usuário em relação ao sistema.

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Tolerância a erros: Avalia a taxa de erros gerados pelo sistema. Presume-se que os

erros sejam apresentados claramente para o usuário e resolvidos facilmente.

Facilidade de aprender: Avalia a facilidade de uso para usuários de diversos níveis

de experiência com o sistema. O usuário deve concluir uma tarefa com o mínimo de uso de

assistentes ou ajuda possível.

3.2. LÓGICA FUZZY

A Lógica Fuzzy ou matemática nebulosa foi criada em 1965 a partir da publicação

do artigo intitulado "Fuzzy Sets" por Lofti A. Zadhe, engenheiro eletrônico e professor da

Universidade da Califórnia, Berkeley (COSTA et al, 2005).

Ao contrário da lógica proposta por Aristóteles, filósofo grego (384 - 322 a.C.), que

define uma regra rígida, atribuindo às afirmações valores “verdadeiro” ou “falso”, a lógica

fuzzy é baseada no uso de aproximações e consegue traduzir expressões verbais, imprecisas e

vagas, comuns na comunicação humana, em valores numéricos (SIMÕES & SHAW, 1999).

A lógica fuzzy apresenta o princípio da dualidade, estabelecendo que dois eventos

opostos podem coexistir, ou seja, um elemento pode pertencer, em um certo grau, a um

conjunto e, em um outro grau, a um outro conjunto. Aplicação desse conceito pode ser

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identificada no nosso dia-a-dia, principalmente quando se trata de conceitos abstratos. Por

exemplo, achar que uma pessoa é alta ou baixa. Neste caso fica difícil delimitar a fronteira

exata entre os conjuntos das altas e das baixas. Se uma pessoa com altura menor ou igual a

1,70 m seja uma pessoa baixa e outra com mais de 1,70 m seja alta, será que só pelo fato da

pessoa ter 1,71 m de altura ela já possa ser considerada como uma pessoa alta da mesma

maneira que uma pessoa de 1,95 m?

Neste caso as variáveis podem assumir valores fuzzyficados, isto é, um grau de

verdade não precisar assumir totalmente a verdade absoluta nem a falsidade absoluta, ou

numericamente falando: zero ou um.

Um bom exemplo colocado por Oliveira Jr (1999) é o de três copos: o primeiro

totalmente cheio de um líquido, o segundo totalmente vazio e o terceiro contendo o líquido

pela metade, e a pergunta era a seguinte: o terceiro copo está meio cheio ou meio vazio? Pela

lógica fuzzy a resposta seria:

• O primeiro copo está cheio com grau de 100% e vazio com grau de 0%;

• O segundo copo está cheio com grau de 0% e vazio com grau de 100%;

• O terceiro copo está cheio com grau de 50% e vazio com grau de 50%;

Esse grau de pertinência de 100% é representado pelo número 1 (um) e o grau de

pertinência 0% é representado pelo numero 0 (zero), e a chamada fuzzyficação consiste em

atribuir um grau de pertinência intermediária dentro do intervalo [0,1] a uma variável.

3.2.2. Conjuntos Fuzzy

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Como já visto, segundo a lógica booleana, concebida por Aristóteles, uma afirmação

assume valores verdadeiro ou falso. Trazendo esse conceito para a teoria dos conjuntos, um

objeto pertence ou não a um determinado conjunto, por exemplo, considerando que os alunos

de uma turma (a1, a2, ... an) formem o universo “U”. Seja o conjunto “A” formado pelos

alunos que entenderam a lição do dia apresentada pelo professor, conforme indica a figura 1.

Tem-se então que quem não pertence ao conjunto “A” (dos que entenderam a lição) fazem

parte do conjunto dos que não entenderam a lição, não existindo a possibilidade de se

representar aqueles que entenderam alguma coisa, ou parte da lição, ou seja, na realidade

vivenciada no dia-a-dia.

Figura 1 – Pertinência de um elemento a um conjunto

O objetivo de utilizar conjuntos fuzzy vem da necessidade de trabalhar com

conjuntos do mundo real que não possuem limites precisos. Um conjunto fuzzy é um

agrupamento impreciso ou indefinido, ou seja, um elemento pode ser membro de um conjunto

de forma parcial, representado por um valor fracionário dentro de um intervalo numérico

(SIMÕES & SHAW, 1999). Esse valor fracionário é representado por uma função de

pertinência, geralmente representada por )(XAµ .

Logo, um Conjunto Fuzzy A é caracterizado pelo par (X, )(XAµ ), onde:

A

a1 a3 a4

a2

U

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• ‘X’é a variável do universo em estudo, podendo ser contínua ou discreta

(BRAGA, BARRETO & MACHADO, 1995);

• )(XAµ é uma função de pertinência, cuja imagem pertence ao intervalo

[0,1], onde ‘1’ representa o conceito de pertinência total e ‘0’ o de não

pertinência (BRAGA, BARRETO & MACHADO, 1995).

No caso de variável discreta, um exemplo de conjunto fuzzy ‘A’ poderia ser:

A (X) = 0,5|0 + 0|2 + 1|4 + 0,25|6 + 0|8

Que é lido da seguinte forma: a variável “x” mede zero com grau de pertinência 0,5,

a variável “x” mede 2 com grau de pertinência zero, a variável “x” mede 4 com grau de

pertinência 1, a variável “x” mede 6 com grau de pertinência 0,25, a variável “x” mede 8 com

grau de pertinência zero.

Algumas observações devem ser consideradas:

• Os sinais de “+” indicam união e não a soma aritmética; e

• As barras verticais servem apenas para separar os valores da variável “x” dos

seus graus de pertinência.

No caso de variável contínua, um conjunto fuzzy ‘A’ para expressar o

conceito‘ALTO’ para a estatura de uma pessoa, poderia ser:

0=Xµ para X ≤ 1,70 m

30,070,1−

=X

Xµ para 1,70 m < X < 2,00 m

1=Xµ para X ≥ 2,00 m

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O gráfico apresentado na figura 2 representa a pertinência ao conjunto fuzzy ‘ALTO’.

Figura 2 – Gráfico de pertinência de um conjunto fuzzy

3.2.3. Normalização de Conjuntos Fuzzy

A normalização de um conjunto fuzzy é encontrada ao dividir cada número do

conjunto pelo maior número, tornando-se o maior número igual a 1. Por exemplo:

A (X) = 0.8|0 + 0.5|2 + 0.7|4

O conjunto fuzzy normalizado é:

à (X) = (0.8/0.8) |0 + (0.5/0.8) |2 + (0.7/0.8) |4

à (X) = 1|0 + 0.625|2 + 0.875|4

Portanto, um conjunto fuzzy é considerado normalizado quando pelo menos um de

seus elementos atinge o máximo grau de pertinência possível. Como os graus de pertinência

de um conjunto fuzzy pertencem ao intervalo entre 0 e 1, então pelo menos um elemento deve

ter um grau de pertinência igual a 1 para o conjunto fuzzy ser considerado normalizado

(SIMÕES & SHAW, 1999).

1

1,70 2,00 Altura (m)

Pertinência ( Xµ )

0

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3.2.4. Operações Com Conjuntos Fuzzy

Nesta seção serão apresentadas algumas das operações básicas com conjuntos fuzzy.

3.2.4.1. União

A união de dois conjuntos fuzzy A(X) e B(X), é dada por:

A (X) ∪ B(X) = max (µA (X) , µ B (X)) (01)

onde: µA, µB são as respectivas funções de pertinência dos conjuntos fuzzy A e

B.

Para exemplificar, sejam os conjuntos fuzzy:

A (X) = 0.9|0 + 0.1|2 + 0.3|4

B (X) = 0.6|0 + 0.5|2 + 0.7|4

O conjunto fuzzy resultante é:

C (X) = 0.9|0 + 0.5|2 + 0.7|4

3.2.4.2. Interseção

A interseção de dois conjuntos fuzzy A (X) e B(X), é dada por:

A (X) ∩ B (X) = min(µA(X), µB(X)) (02)

onde:µA, µB são as respectivas funções de pertinência dos conjuntos fuzzy A e B.

Para exemplificar, sejam os seguintes conjuntos fuzzy:

A (X) = 0.4|0 + 0.8|2 + 0.6|4

B (X) = 0.5|0 + 0.5|2 + 0.4|4

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O conjunto fuzzy resultante é:

C (X) = 0.4|0 + 0.5|2 + 0.4|4

3.2.4.3. Complemento

O complemento do um conjunto fuzzy A(X), é dado por:

A X XA( ) ( )= −1 µ (03)

onde: µ A é a função de pertinência do conjunto fuzzy A.

Para exemplificar, seja o conjunto fuzzy dado por:

A (X) = 1|0 + 0.8|2 + 0.6|4, seu complemento é:

1 - A (X) = 0|0 + 0.2|2 + 0.4|4

3.2.5. Números Triangulares Nebulosos

Os números triangulares nebulosos são números nebulosos especiais e seguem o

modelo matemático a seguir (BRAGA, BARRETO & MACHADO, 1995):

f (x: a,b,c) {0; x < a (x-a)/(b-a); a ≤ x < b (c-x)/(c-b); b ≤ x < c 0; c ≤ x restrição; a < b < c

A representação gráfica de um número triangular nebuloso com a = 2, b = 4 e c = 6

pode ser observada na figura 3.

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Figura 3 – Representação gráfica de um número triangular nebuloso

Dois conceitos muito importantes acerca dos números triangulares nebulosos são:

MODA e AMPLITUDE. A Moda representa o valor do número nebuloso cuja pertinência é

igual a 1 (um) e a Amplitude é a metade da base do número nebuloso e representa o intervalo

de confiança do número. A Amplitude é inversamente proporcional à confiança que se tem no

valor da função de pertinência: Quanto menor amplitude, maior a confiança nos dados;

Quando maior a amplitude, menor a confiança nos dados (BRAGA, BARRETO &

MACHADO, 1995).

Dado um número nebuloso triangular (4|2), têm-se Moda 4 e Amplitude 2. Em uma

escala [0;2;4;6;8], o conjunto nebuloso resultante é:

A (X) = 0|0 + 0.5|2 + 1|4 + 0.5|6 + 0|8

Sua representação gráfica é idêntica ao da figura 3.

1

0 2 4 6 8

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Todos os números triangulares nebulosos na escala [0;2;4;6;8] de moda variando de 0

a 8 e amplitude variando de 0 a 4, estão representados no APÊNDICE B.

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4. PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE

Esse capítulo apresenta a metodologia proposta para avaliação de usabilidade

de sistemas. Inicialmente é feito um levantamento na literatura dos critérios ou métricas para

se avaliar a usabilidade com o propósito de definir as variáveis a serem utilizadas na sua

medição. Em seguida apresenta-se a proposta da norma ISO 9241 que traz um conjunto de

atividades também com o objetivo de avaliar a usabilidade e por fim é detalhada toda

metodologia proposta bem como os cálculos da matemática fuzzy.

4.1. UNIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE

Todos os autores citados, Shackel (1986), Nielsen (1993), Bastien & Scapin (1993),

Jordan (1998), Shneiderman (1998) e Quesenbery (2001) além da ISO 9126, procuraram, ao

longo do tempo, encontrar o conjunto ideal de regras ou métricas para medir o grau de

usabilidade de sistemas. Muitas dessas regras são bem semelhantes entre si, outras

divergentes.

Com o propósito de criar um conjunto de critérios que abrangessem todos os

trabalhos dos autores apresentados na seção 3.1.2, buscou-se analisar e construir uma lista de

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critérios convergentes (significado semelhante), para que se possa medi-los na avaliação da

usabilidade de sistema.

Esta lista criada é constituída de seis critérios: Facilidade de aprender, Facilidade de

Relembrar, Controle de Erros, Eficiência, Eficácia e Satisfação, conforme o esquema

apresentado na Figura 4, e serão explicados a seguir.

4.1.1. Facilidade de Aprender

O primeiro critério que é unanimidade entre os trabalhos apresentados é a facilidade

de aprender, todos os autores, Shackel (1986), Nielsen (1993), Bastien & Scapin (1993),

Jordan (1998), Shneiderman (1998) e Quesenbery (2001) e a norma da ISO 9126, apresentam

de alguma forma um critério que contemplem a idéia do sistema ser fácil de aprender, o que é

o princípio básico da usabilidade. O sistema deve ser fácil de aprender e de manusear, a

interface deve ser clara e objetiva.

Shackel (1986) apresenta ainda um critério denominado “Flexibilidade” que avalia se

o sistema permite realizar personalizações para facilitar seu uso, para que o mesmo seja

aderente às tarefas que o usuário realize.

Bastien & Scapin (1993) segue a mesma linha e apresenta um critério chamado

“Adaptabilidade” que pressupõe que o sistema deve reagir conforme o contexto de uso.

Bastien & Scapin (1993) também apresentam mais dois critérios que ajudam a enriquecer o

conceito da facilidade de uso que são: “Consistência” que também prevê um grau de

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adaptação da interface de acordo com o contexto de uso do usuário e “Significância do

código” que está ligado à clareza na apresentação dos códigos e expressões para manter uma

boa condução do usuário pelo sistema.

4.1.2. Facilidade de Relembrar

O segundo critério, presente em nos estudos de Nielsen (1993), Jordan (1998) e

Shneiderman (1998), diz respeito à facilidade de relembrar as ações realizadas no sistema,

mesmo que essa ação seja executada esporadicamente ou depois de longos intervalos de

tempo. Jordan (1998) coloca ainda, através do seu critério “re-usabilidade”, que a reutilização

dessa ação depois de um tempo sem usar não deve reduzir a desempenho ou o tempo para

realização da tarefa. Se a ação for facilmente relembrada esse tipo de perda não ocorrerá.

4.1.3. Controle de Erros

O terceiro critério, presente na ISO 9126 e nos trabalhos de Nielsen (1993), Bastien

& Scapin (1993), Shneiderman (1998) e Quesenbery (2001), trata do controle de erros pelo

sistema. Os critérios analisados não se resumem em esperar do sistema apenas a ocorrência de

poucos erros, mas sim que o usuário seja claramente informado do que ocasionou o erro e

permitir que o mesmo consiga resolvê-lo facilmente.

A ISO 9126 apresenta um critério denominado “Operacionalidade” que compreende

o conceito de que o usuário tenha o controle do sistema e compreende que esse controle

engloba também a tolerância a erros.

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4.1.4. Eficiência

A “Eficiência”, presente na ISO 9126 e ns estudos de Nielsen (1993), Bastien &

Scapin (1993), Jordan (1998), Shneiderman (1998) e Quesenbery (2001), diz respeito ao

sistema fazer a coisa certa e deixar que o usuário consiga operá-lo de modo a atingir um alto

grau de produtividade e desempenho na realização das tarefas.

Bastien & Scapin (1993) através do seu critério “Controle explícito” adiciona que o

usuário deve ter o controle do sistema e este deve executar o que for solicitado pelo usuário.

Jordan (1998) coloca que um alto nível de performance deve ser atingido a medida que o

usuário utiliza o sistema, ou seja, pelo quantidade de vezes que ele executa a mesma tarefa.

Shneiderman (1998) acrescenta que a velocidade que o usuário conclui uma tarefa também é

ponto fundamental para se medir a eficiência do sistema.

4.1.5. Eficácia

O critério “Eficácia”, identificado em três estudos: Shackel (1986), Bastien & Scapin

(1993) e Quesenbery (2001), remete a idéia de o sistema fazer a coisa certa e da melhor

forma possível. Para Shackel (1986) e Quesenbery (2001) a eficácia é atingida, por exemplo,

medindo o desempenho do sistema em função da velocidade de operação e da quantidade de

erros produzidos, além da forma pelo qual a tarefa foi executada pelo sistema.

Bastien & Scapin (1993) enriquece o critério da Eficácia introduzindo através do seu

critério “Carga de Trabalho” que o sistema deve executar a tarefa com o mínimo de passos, ou

seja, proporcionar a menor interação com usuário para concluir uma determinada tarefa,

consequentemente, reduzindo a ocorrência de erros.

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4.1.6. Satisfação

Por fim, presente na ISO 9126 e em mais quatro estudos analisados: Shackel (1986),

Nielsen (1993), Shneiderman (1998) e Quesenbery (2001), identificou-se o critério

“Satisfação” que diz respeito da percepção do usuário com o uso do sistema. Este critério é

totalmente subjetivo, e está diretamente ligado à opinião do usuário com relação às

características como agradabilidade e conforto no uso. Shackel (1986) diz que seu critério

“Atitude” deve ser medido através dos “níveis aceitáveis de desgaste, fadiga, desconforto,

frustração e esforço pessoal” o que nada mais é do que a inversão da satisfação, que pode ser

medida através da agradabildade e do conforto do usuário, conforme já mencionado.

Alguns critérios analisados não foram considerados como critérios mensuráveis para

ser aplicado na avaliação da usabilidade de sistema e por isso foram desconsiderados, como

por exemplo, o critério “Conformidade relacionada à usabilidade” da ISO 9216 que se refere

mais a uma regra, que na etapa do desenvolvimento do sistema deve ser seguida, ou seja, é

necessário que os desenvolvedores sigam as determinações de usabilidade especificadas na

fase do projeto do sistema.

Outro critério da ISO 9216 é a “Inteligibilidade” que diz que o usuário deve perceber

se o sistema irá atender suas expectativas, por isso entende-se que é uma etapa que antecede a

compra ou solicitação de desenvolvimento do sistema em si, o que não poderia ser medido

através da avaliação de usabilidade.

Bastien & Scapin (1993) também traz um critério chamado “Compatibilidade” que

prega a contextualização dos usuários versus resultado esperado. A Compatibilidade apontada

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pelo autor corresponde a uma característica que deve ser levada em consideração quando do

planejamento da avaliação da usabilidade de um sistema.

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Figura 4 – Quadro com a unificação dos critérios de usabilidade de sistemas

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4.2. A NORMA ISO 9241

Na avaliação de usabilidade de sistemas interativos, o padrão internacional mais

comumente considerado é a norma ISO 9241 “Requisitos Ergonômicos para Trabalho de

Escritórios com Computadores”. Esta norma considera o ponto de vista do usuário e seu

contexto de uso.

As recomendações constantes na norma ISO 9241 foram definidas a partir de uma

revisão da literatura existente e através e evidências empíricas, sendo então utilizadas pelos

projetistas e avaliadores de interfaces (CYBIS, 2003). A norma ISO 9241 está dividida em 17

partes:

Parte 1: Introdução geral.

Parte 2: Condução quanto aos requisitos das tarefas.

Parte 3: Requisitos dos terminais de vídeo.

Parte 4: Requisitos dos teclados.

Parte 5: Requisitos posturais e do posto de trabalho.

Parte 6: Requisitos do ambiente.

Parte 7: Requisitos dos terminais de vídeo quanto as reflexões.

Parte 8: Requisitos dos terminais de vídeo quanto as cores.

Parte 9: Requisitos de dispositivos de entrada, exceto os teclados.

Parte 10: Princípios de diálogo.

Parte 11: Especificação da usabilidade.

Parte 12: Apresentação da informação.

Parte 13: Condução ao usuário.

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Parte 14: Diálogo por menu.

Parte 15: Diálogo por linguagem de comandos.

Parte 16: Diálogo por manipulação direta.

Parte 17: Diálogo por preenchimento de formulários.

A parte 11 dessa norma especifica a usabilidade como sendo a medida pelo qual um

sistema pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos e em um

contexto de uso específico, com eficácia, eficiência e satisfação (ISO 9241).

Entendendo melhor esta definição, tem-se como primeiro passo identificar o contexto

de uso do sistema de uma forma detalhada de modo a guiar a avaliação da usabilidade para o

objetivo pretendido, conforme figura 5 que apresenta o passo-a-passo para avaliação da

usabilidade. Segundo a ISO 9241, o contexto do sistema é compreendido pela descrição dos

seguintes itens: Usuários, Tarefas, Equipamentos e Ambientes.

Identificar o contexto de uso Especificação do contexto de uso

Selecionar os critérios e medidas de usabilidade

Especificação da usabilidade

Avaliação de usabilidade Relatório de conformidade aos

critérios

Figura 5 - Atividades de usabilidade, adaptado de (ISO 9241)

A descrição dos usuários inclui conhecimento, habilidade, experiência, características

físicas, sensoriais e motoras. Até mesmo a idade dos usuários pode ser fator determinante para

se construir um contexto de uso de um sistema específico.

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A descrição das tarefas compreende um conjunto de atividades que são executadas

para atingir um objetivo. É importante que se tenham as atividades detalhadas para que se

possa fazer a avaliação da usabilidade do sistema corretamente e que esta represente a tarefa

a ser analisada como um todo.

A descrição dos equipamentos corresponde apenas àquelas características que sejam

relevantes e que venham a influenciar na avaliação da usabilidade, como, por exemplo, a

velocidade do computador ou o tipo de conexão a internet. O mesmo ocorre na descrição do

ambiente, deve-se descrever aspectos do ambiente físico (mobiliário, temperatura, etc.) e do

ambiente cultural e social (processos de trabalho, organograma, etc.).

Uma vez especificado o contexto de uso, a próxima atividade é selecionar os critérios

e métricas. Para esta metodologia proposta são utilizados os seis critérios constantes na Figura

4 e apresentados neste capítulo, que são: facilidade de aprender, facilidade de relembrar,

controle de erros, eficiência, eficácia e satisfação. Os seis critérios não precisam ser usados

sempre, como a própria norma 9241 propõe, pode-se usar o conjunto de métricas que melhor

se adapte ao sistema a ser analisado e também ao objetivo da avaliação.

Uma vez escolhido o conjunto de métricas para avaliação de usabilidade de sistema,

elas devem ser confrontadas sobre três medidas propostas pela ISO 9241 que são: eficácia,

eficiência e satisfação. Embora tenha a mesma denominação de alguns dos seis critérios, a

maneira de medi-las é diferente.

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Eficácia – a eficácia está relacionada em medir os objetivos do usuário sob os

aspectos de acurácia e completude em que esses objetivos específicos são alcançados.

Geralmente esta é uma medida quantitativa, onde se apresenta em forma de total ou

porcentagem.

Eficiência – a eficiência está relacionada a eficácia atingida para uma determinada

tarefa sobre a quantidade gasta de recursos para realizá-la, recurso esse que pode ser esforço

humano, tempo ou custo.

Satisfação – a satisfação está relacionada diretamente à opinião do usuário em relação

ao conforto na realização das tarefas e no uso do sistema. Os valores aqui apresentados são

obtidos através de escalas de desconforto, gosto pelo produto e satisfação. O registro de

comentários positivos e negativos registrados no decorrer do uso do sistema também pode

servir de base para esta medida.

4.3. METODOLOGIA PROPOSTA

Segundo Demo (2000), metodologia significa, etimologicamente, “o estudo dos

caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência”. Uma metodologia propõe elaborar

um modelo e revisar os estudos visando ilustrar a sua utilização.

Uma metodologia, mais do que uma descrição formal de técnicas e métodos, indica a

uma solução prática para resolver um problema objeto de pesquisa. A metodologia é o estudo

dos instrumentos com objetivo de construir uma teoria ou um estudo teórico para atender a

certas necessidades (TEIXEIRA, 2006).

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Como apresentado na seção anterior, a norma ISO 9241 apenas apresenta

recomendações que devem ser observadas no desenvolvimento de um sistema, mas não

especifica uma metodologia para avaliar o grau de usabilidade.

Baseado nas recomendações da ISO 9241, a metodologia proposta pelo presente

estudo é constituída dos passos apresentados na figura 6.

Selecionar o sistema a ser avaliado

↓ Identificar o contexto de uso

↓ Aplicar o questionário aos usuários

↓ Avaliar a usabilidade do sistema

Figura 6 – Passos para avaliação da usabilidade, segundo a metodologia proposta

4.3.1. Selecionar o Sistema a ser Avaliado

O primeiro passo para a avaliação da usabilidade de um sistema é justamente defini-lo.

Para efeitos desta metodologia, entende-se por sistema todo software que apresente

uma interação Homem X Máquina através de alguma interface, não se restringindo apenas aos

software comumente utilizados em microcomputadores, como sistemas operacionais, editores

de texto ou planilhas eletrônicas.

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43

Softwares embarcados em equipamentos, como os que são executados em celulares,

máquinas fotográficas digitais, calculadoras, handhelds, entre outros, também fazem parte do

escopo de sistemas elegíveis para serem avaliados por esta metodologia.

Essa metodologia se propõe a avaliar sistemas já desenvolvidos e que estejam

funcionando em determinado contexto de uso por um determinado período de tempo, não

contemplando etapas como a de projeto ou desenvolvimento de software, por exemplo.

4.3.2. Identificar o Contexto de Uso

Conforme especificado na ISO 9241, deve-se identificar o contexto de uso sob três

aspectos: Usuários, Tarefas, Equipamentos e Ambientes.

Essa especificação consiste em descrever, de forma sucinta, cada um dos aspectos de

modo que se possa identificar cada contexto em que o sistema será analisado.

A identificação dos usuários serve para especificar o objetivo que se pretende atingir

na avaliação de usabilidade com relação ao aspecto usuário e por fim determinar sua amostra.

Pode-se elencar alguns aspectos importantes que devem ser levados em consideração

ao especificar os usuários alvos da sua avaliação:

• Idade;

• Gênero;

• Experiência no uso do sistema estudado;

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• Limitações físicas;

• Habilidade intelectual;

• Motivação;

A identificação das tarefas serve para especificar o conjunto de passos que esses

usuários realizam no sistema analisado, ou seja, com qual objetivo eles usam o sistema.

Alguns aspectos podem ser levados em consideração nessa identificação como:

• Nome da tarefa;

• Freqüência de uso da tarefa;

• Duração da tarefa;

• Resultados esperados;

• Conhecimento necessário;

A identificação dos equipamentos serve para especificar a configuração dos

equipamentos utilizados para executar o sistema analisado. O objetivo dessa descrição é

contextualizar em que nível de performance, entre outros fatores, está submetido o sistema.

Alguns aspectos podem ser levados em consideração nessa identificação como:

• Identificação do produto;

• Descrição do Hardware;

• Marca e Modelo do equipamento;

Por fim, a identificação do ambiente serve para identificar o ambiente em que os

usuários estão inseridos para o uso do sistema analisado. Essa descrição pode contemplar

aspectos comportamentais e físicos:

Aspectos Comportamentais:

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• Normas de utilização de equipamentos;

• Restrições de uso de equipamentos;

• Atitudes de manuseio;

• Cultura;

Aspectos Físicos:

• Ruídos;

• Luminosidade;

• Postura do usuário;

• Condições térmicas;

• Ambiente visual;

4.3.3. Aplicar o Questionário aos Usuários

Esse passo consiste em aplicar o questionário aos usuários selecionados na amostra, a

fim de determinar o grau de usabilidade do sistema.

Conforme comprovado experimentalmente por Zadeh, bastam de 15 a 20 opiniões

para que a matemática fuzzy possa ser utilizada com sucesso (BRAGA, BARRETO &

MACHADO, 1995). Por isso o tamanho da amostra recomendado para essa metodologia é de

20 usuários, podendo a chegar a no máximo 30 usuários, uma vez que depois de 20 opiniões o

resultado final tende a se manter constante.

O questionário a ser utilizado encontra-se no APÊNDICE A e foi elaborado reunindo

os seis critérios unificados de usabilidade, conforme a Figura 4, com as três medidas da ISO

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9241: Eficácia, Eficiência e Satisfação, apresentadas na seção 4.2, resultando na Tabela 2

contendo, para cada interseção entre essas duas medidas, as escalas de mensuração a serem

utilizadas.

Medidas ISO 9241

Critérios Usabilidade

Eficácia Eficiência Satisfação

Facilidade de Aprender Facilidade de Aprender

• Escala de ações completadas com sucesso;

• Escala de quantidade de tentativas para aprender as tarefas;

• Escala de maneiras diferentes de realizar uma tarefa;

• Escala de condução do usuário;

• Escala de tempo gasto para completar uma tarefa;

• Escala de tempo para

aprender a tarefa; • Escala de tempo

ganho ao se realizar a tarefa de uma forma mais rápida sobre a mais lenta.

• Escala de satisfação ao utilizar o sistema pela primeira vez;

• Escala de

facilidade de aprender;

• Escala de flexibilidade;

Facilidade de Relembrar

• Escala de ações relembradas com sucesso após um período sem uso;

• Escala de tempo ganho ao se realizar a tarefa depois de um período sem uso;

• Escala de reuso;

Controle de erros

• Escala de erros apresentados pelo sistema;

• Escala de recuperação de erros;

• Escala de tempo gasto para correção do erro;

• Escala de tempo gasto para refazer uma ação perdida por um erro;

• Escala de tratamento de erros;

• Escala de mensagem de erro.

• Escala de satisfação na recuperação do erro;

Eficiência

• Escala de performance na execução das tarefas;

• Escala de velocidade na execução das tarefas;

• Escala de satisfação de produtividade;

• Escala de conforto no controle do sistema;

Eficácia

• Escala de quantidade de passos para executar uma tarefa;

• Escala de redução de tempo para execução de uma tarefa;

• Escala de satisfação de número de passos;

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Satisfação

-

-

• Escala de agradabilidade gerla da interface;

• Escala de satisfação geral;

• Escala de conforto geral;

Tabela 2 – Quadro dos critérios de usabilidade X medidas da ISO 9241

A primeira parte do questionário corresponde a perguntas para se definir o perfil do

usuário pesquisado, como por exemplo, sexo, idade, escolaridade, limitações físicas e tempo

de experiência no uso de computador e internet além de tempo de experiência e periodicidade

do uso do sistema estudado. Essas informações devem estar de acordo com a especificação do

contexto de usuários descrita no passo anterior. Esses dados podem ser úteis também

posteriormente para se descobrir tendências de alguns grupos de usuários serem mais ou

menos suscetíveis a determinada avaliação da usabilidade.

Métrica Número das Questões

Total de Questões

Facilidade de Aprender 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 10

Facilidade de Relembrar 13, 14 e 15 03

Controle de erros 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 29 07

Eficiência 22, 23, 24 e 25 04

Eficácia 26, 27 e 28 03

Satisfação 5, 6 e 30 03

Total 30 Tabela 3 – Quadro das métricas, número das questões e a quantidade de questões elaboradas

A segunda parte do questionário, que é compreendida de trinta questões, serve de

base para a avaliação da usabilidade do sistema estudado. Cada questão foi extraída da Tabela

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2 e pretende medir o grau de usabilidade de uma métrica específica. Cada pergunta

corresponde a somente uma métrica e uma métrica possui várias perguntas para medi-la,

conforme Tabela 3.

Adotou-se a escala de Likert, proposta por Rensis Likert em 1932, para a resposta de

cada questão. Esta é uma escala onde os respondentes são solicitados não só a concordarem

ou discordarem das afirmações, mas também a informarem qual o seu grau de concordância

ou discordância (MATTAR, 1997).

O tamanho da escala de Likert utilizada foi a de 5 pontos, basicamente de três tipos:

Eficácia (Muito Baixo ^ Muito Alto), Eficiência (Muito Demorado ^ Muito Rápido) e

Satisfação (Muito Insatisfeito ^ Muito Satisfeito), variando algumas vezes para se adequar

melhor às perguntas.

4.3.3.1. Procedimento para Coleta de Dados

Uma vez especificado o sistema, o contexto de uso, e a amostra dos usuários, o

questionário já pode ser aplicado.

O entrevistador deve conhecer o sistema a ser analisado ou no mínimo pertencer ao

contexto de usuários especificados na amostra da pesquisa.

O questionário deve ser lido pelo entrevistador com objetivo de interpretá-lo para o

sistema que se pretende pesquisar, a fim de que possa sanar possíveis dúvidas do usuário no

momento da sua aplicação. Esse passo é muito importante para o sucesso da pesquisa, tendo

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em vista o questionário ser único para uma diversidade de tipos de sistemas que podem ser

contemplados por esta metodologia.

4.3.4. Avaliar a Usabilidade do Sistema

A avaliação da usabilidade do sistema consiste em determinar para cada um dos seis

critérios de usabilidade um conceito na seguinte escala fuzzy: Muito Ruim, Ruim, Média, Boa

e Muito Boa.

Os critérios serão analisados separadamente e pode-se, por exemplo, chegar a

conclusão de que um sistema possui Facilidade de Aprender igual a Boa, porém com

Satisfação igual a Ruim.

4.3.4.1. Tratamento dos Dados

Ao término da coleta de dados junto aos usuários, os seguintes passos devem ser

realizados para cada questão respondida:

1º Passo: Consolidar as opiniões dos usuários.

2º Passo: Determinar a freqüência das opiniões dos usuários (FOU).

3º Passo: Normalizar a freqüência das opiniões dos usuários (FOUN): para isso deve-

se dividir todos os valores de freqüência encontrados no passo anterior pela freqüência

máxima.

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50

4º Passo: Encontrar o número nebuloso (NN) que mais se aproxima à FOUN através

da semelhança entre eles. Esse número é obtido dentre os números triangulares nebulosos que

tiverem a mesma moda da FOUN. Eles estão representados no APÊNDICE B. Para se

determinar a semelhança entre os dois conjuntos deve-se utilizar a seguinte fórmula proposta

por Braga, Barreto e Machado (1995):

)()()()(

)(),( XBXAXBXA

S XBXA ∪

∩= (04)

Depois de descoberto todos os números triangulares nebulosos semelhantes a cada

questão, o próximo passo é determinar o conceito de usabilidade para a métrica como um

todo. Para isso, deve-se selecionar os números triangulares nebulosos obtidos no 4º passo para

cada uma das perguntas referentes à métrica em questão e proceder da seguinte forma, para

cada um das seis métricas:

5º Passo: Encontrar o número nebuloso médio (NNM) dentre os números triangulares

nebulosos que compõe a métrica analisada, a partir da seguinte fórmula proposta por Dubois

& Prade (1980):

{ }( ) )(/1,...,,...,1

1 ∑=

=ki

ik xAkxxNNM µµ (05)

6º Passo: Depois de encontrado o número nebuloso médio, deve-se normalizar esse

número dividindo todos os valores de pertinências μ pela pertinência máxima desse mesmo

número nebuloso. Assim encontra-se o número nebuloso médio normalizado (NNMN).

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51

7º Passo: Esse passo é semelhante ao 4º Passo, só que desta vez o NNMN que é

comparado com os números triangulares nebulosos de mesma moda e assim encontrar o

número triangular nebuloso final que representa a classificação para a métrica.

A partir do número triangular nebuloso encontrado no 7º Passo pode-se chegar a duas

conclusões muito importantes:

a) A Moda desse número triangular nebuloso final determina o conjunto em que a

métrica está classificada, conforme se segue:

0 – Muito Ruim;

2 – Ruim;

4 – Média;

6 – Boa;

8 – Muito Boa;

b) A Amplitude desse número triangular nebuloso final determinará a dispersão

média das opiniões dos usuários, e por conseqüência sua qualidade no resultado final. A

amplitude está associada à confiança que se tem no valor da função de pertinência. Quanto

menor a amplitude do intervalo, maior a confiança nos dados e quanto maior a amplitude do

intervalo, menor a confiança que se tem nos dados (BRAGA, BARRETO & MACHADO,

1995).

Para efeito dessa metodologia, a amplitude representa a dispersão das opiniões dos

usuários e é interpretada da seguinte forma:

1 – Mínima;

2 – Média;

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52

3 – Alta;

4 – Muito Alta;

Quando a amplitude encontrada no resultado final da métrica for maior ou igual a 2

(Média), recomenda-se que o sistema reavaliado sob o ponto de vista desta métrica e que se

aumente a amostra dos usuários pesquisados.

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53

5. APLICAÇÃO E VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA

5.1. PRÉ-TESTE

A etapa de pré-teste serve para verificar o questionário aplicando-o em uma pequena

amostra de entrevistados, com o objetivo de identificar e eliminar problemas potenciais

(MALHOTRA, 2001). O pré-teste permite o refinamento do questionário, a revisão do texto e

identifica fatores que possam confundir os resultados (COOPER & SCHINDLER, 2003).

O pré-teste do questionário foi realizado por uma equipe de doze universitários do

curso de administração das faculdades Ibmec-RJ que participam de um grupo de trabalho no

estudo da usabilidade e se propuseram à cooperar com a pesquisa. Os universitários foram

divididos em duplas e coletaram opiniões de dez usuários, selecionados entre os próprios

alunos de outras turmas da faculdade, para cada um dos sistemas discriminados a seguir:

• Calculadora HP12C;

• Microsoft Power Point;

• Biblioteca PHStat para Microsoft Excel;

• Internet Explorer (Browser);

• MSN Messenger;

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54

• Orkut (site de relacionamento).

Após esta primeira aplicação do questionário e do que foi observado pelos

universitários entrevistadores, os seguintes ajustes foram realizados:

• As perguntas foram reordenadas com o objetivo de melhorar o processo de

coleta de dados e para não confundir o respondente, uma vez que as

perguntas estavam ordenadas por métrica de usabilidade e logo o usuário

tinha a impressão de serem perguntas semelhantes;

• Alguns termos foram revistos para que as perguntas pudessem ser melhor

entendidas para qualquer sistema a ser pesquisado, além disso foi criado um

glossário para que o entrevistador o leia antes de aplicar o questionário e

adapte o termo ao sistema estudado;

• Foi criado um documento chamado “Orientações ao Entrevistador” que,

como o próprio nome diz, orienta o entrevistador na aplicação do

questionário.

5.2. VALIDAÇÃO

Com o objetivo de validar a metodologia proposta, foi realizada uma avaliação da

usabilidade da Intranet das Centrais Elétricas Brasileiras S/A - Eletrobrás.

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55

A Intranet da Eletrobrás é o principal canal de comunicação da empresa com seus

funcionários, além de hospedar os principais serviços realizados por eles, como consultas

relativas ao Recursos Humanos, contra-cheque, freqüência eletrônica, solicitação de viagens,

reembolso de táxi, abertura de chamados para help-desk de informática e para manutenção

predial, clipping de notícias relacionadas ao setor elétrico, avisos e notícias corporativas,

consulta ao acervo da biblioteca, lista telefônica dos funcionários, etc.

Seguindo a proposta da metodologia, e conforme a norma 9241 (ISO 9241), foram

especificados os Usuários, Tarefas, Equipamentos e Ambiente.

a) Especificação dos Usuários

Os usuários escolhidos são funcionários da empresa com tempo de casa variando

entre 3 a 20 anos, de ambos os sexos, todos com nível superior, com experiência no uso de

computador e grande experiência no uso da Intranet da empresa, visto que a utilizam

diariamente (de segunda a sexta-feira) no cotidiano do trabalho.

b) Especificação das Tarefas

A intranet foi avaliada como um todo, porém foi dado destaque nas tarefas abaixo:

• Avisos e Notícias corporativas;

• Sistema de freqüência eletrônica;

• Sistema de solicitação de viagens; e

• Lista Telefônica dos funcionários.

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56

c) Especificação dos Equipamentos

Os usuários utilizam a intranet através de suas estações de trabalho. As estações de

trabalho da Eletrobrás possuem a mesma configuração, podendo apresentar pequenas

variações com relação a memória RAM, porém em geral são máquinas com processadores

entre 2,5 a 3 Ghz, com 256 MB de memória RAM, possuindo sistema operacional Windows

XP Professional com o browser Internet Explorer 6, constituindo assim um ambiente

homogêneo para todos os usuários.

A intranet da empresa foi construída com tecnologia ASP (Active Server Page) da

Microsoft e foi desenvolvida por uma equipe da própria empresa.

d) Especificação do Ambiente

Os funcionários da Eletrobrás trabalham sete horas e meia por dia, com uma hora e

meia de almoço. As instalações da empresa são boas, possuindo toda infra-estrutura

necessária, os postos de trabalho possuem boa ergonomia para os funcionários, com boa

iluminação e temperatura regulada por um ar-condicionado central. O único inconveniente do

ambiente é com relação à acústica, pois os setores são separados por divisórias baixas e se

consegue ouvir conversas paralelas e ruídos indesejados.

Os funcionários costumam ser avaliados por competências e resultados e a cobrança

do chefe no dia-a-dia costuma ser moderada.

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57

5.3. COLETA DE DADOS

Foram selecionados 30 funcionários com o perfil indicado na descrição dos usuários

para constituírem a amostra desta avaliação.

Os questionários foram aplicados entre os dias 06/11/2006 e 14/11/2006 no horário do

trabalho.

Dos 30 questionários foram descartados 3, pois apresentaram algumas inconsistências,

como questões em branco por exemplo, restando 27 questionários válidos e estando dentro da

faixa proposta pela metodologia que é de 20 a 30 usuários.

As opiniões dos usuários foram tabuladas em planilha eletrônica conforme apresentada

no APÊNDICE C. Os nomes dos funcionários foram preservados para evitar a identificação

dos mesmos.

O objetivo da planilha eletrônica foi executar os dois primeiros passos da metodologia

proposta: Consolidar as opiniões dos usuários e determinar a freqüência das opiniões dos

usuários (FOU).

Para executar os Passos seguintes (de 3 a 7) foi desenvolvido um programa em

MatLab, que é software interativo de alta performance voltado para o cálculo numérico entre

outras funções, que recebe como parâmetros de entradas as freqüências das opiniões dos

usuários (FOU) e calcula a FOUN, NNs, NNM, NNMN, a semelhança entre os conjuntos,

além de apresentar o resultado graficamente para facilitar a analise dos resultados.

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58

5.4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados foram gerados graficamente pelo programa em MatLab, que foi

executado uma vez para cada métrica de usabilidade.

Para cada questão foi gerado um gráfico representando dois conjuntos. Conforme a

legenda, o primeiro conjunto, simbolizado por uma linha vermelha com marcadores em forma

de quadrado, representa a freqüência de opiniões dos usuários normalizada (FOUN), ou seja,

mostra como se deu a distribuição e a dispersão das opiniões dos usuários para aquela

questão. O segundo conjunto, simbolizado pela linha azul com marcadores em forma de

círculo, representa o número triangular nebuloso mais semelhante ao conjunto FOUN

encontrado pelo programa, conforme a fórmula (04).

O último gráfico apresentado para cada métrica representa também dois conjuntos. O

primeiro conjunto, simbolizado por uma linha vermelha com marcadores em forma de

quadrado, representa a número nebuloso médio normalizado (NNMN), ou seja, a média de

todos os números triangulares nebulosos encontrados para cada questão, conforme a fórmula

(05). O segundo conjunto, simbolizado pela linha azul com marcadores em forma de círculo,

representa o número triangular nebuloso mais semelhante ao conjunto NNMN, que é o

resultado final para a métrica avaliada.

A métrica Facilidade de Aprender possui 10 questões e apresentou os resultados a

seguir.

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59

A questão 1 da métrica Facilidade de Aprender apresentou, conforme APÊNDICE D,

a seguinte Freqüência das Opiniões dos Usuários (FOU): Q1= [0 0 10 15 2], ou seja,

apresentou o seguinte conjunto fuzzy:

A(X) = 0|0 + 0|2 + 10|4 + 15|6 + 2|8

Normalizando esse conjunto, chegou-se ao seguinte conjunto de Freqüência das

Opiniões dos Usuários Normalizado (FOUN):

à (X) = (0/15) |0 + (0/15) |2 + (10/15) |4 + (15/15) |6 + (2/15) |8

à (X) = 0|0 + 0|2 + 0,6666|4 + 1|6 + 0,13333|8

Como a moda do conjunto FOUN encontrada foi 6, foram selecionados os 4 conjuntos

triangulares nebulosos de Moda 6 e Amplitude variando de 1 a 4: (6|1) , (6|2) , (6|3) e (6|4) e

comparados ao conjunto nebuloso FOUN através da fórmula (04). O resultado está

representado na Tabela 4.

Fórmula Resultado

)1|6()()1|6()(

)1|6(),( ∪∩

=XAXA

S XA 0.5556

)2|6()()2|6()(

)2|6(),( ∪∩

=XAXA

S XA 0.7538

)3|6()()3|6()(

)3|6(),( ∪∩

=XAXA

S XA 0.6750

)4|6()()4|6()(

)4|6(),( ∪∩

=XAXA

S XA 0.5538

Tabela 4 – Resultado dos cálculos de semelhanças entre conjuntos

Observa-se que o maior resultado, ou seja, o que mais tende a 1 (um) foi a semelhança

encontrada com o número (6|2), logo, o número triangular nebuloso mais semelhante à FOUN

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60

e o de moda 6 amplitude 2. A representação gráfica da FOUN da questão 1 da métrica

Facilidade de Aprender sobreposta do número triangular nebuloso (6|2) é apresentada no

Gráfico 7.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 1

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 7 – Gráfico da Questão 1 da métrica Facilidade de Aprender

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 2

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 8 – Gráfico da Questão 2 da métrica Facilidade de Aprender

Page 77: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

61

Observou-se para as questões 1 e 2 (Figuras 7 e 8) que o número triangular nebuloso

mais semelhante foi o (6|2) que representa a opinião média igual a 6 (Boa) com amplitude 2,

indicando uma dispersão Média na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 3

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|1)

Figura 9 – Gráfico da Questão 3 da métrica Facilidade de Aprender

A questão 3 (Figura 9) apresentou o número triangular nebuloso (6|1) que representa a

opinião média igual a 6 (Boa) com amplitude 1, indicando uma dispersão Mínima, ou seja,

as opiniões dos usuários para esse questão foram mais convergentes.

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62

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 4

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 10 – Gráfico da Questão 4 da métrica Facilidade de Aprender

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 5

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 11 – Gráfico da Questão 5 da métrica Facilidade de Aprender

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63

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 6

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 12 – Gráfico da Questão 6 da métrica Facilidade de Aprender

As questões 4, 5 e 6 (Figuras 10, 11 e 12) tiveram como o número triangular nebuloso

mais semelhante o (6|2) que representa a opinião média igual a 6 (Boa) com amplitude 2,

indicando uma dispersão Média na opinião dos usuários e mantendo uma tendência já

observada nas questões 1 e 2.

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64

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 7

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (2|3)

Figura 13 – Gráfico da Questão 7 da métrica Facilidade de Aprender

Observou-se para a questão 7 (Figura 13) que o número triangular nebuloso mais

semelhante foi o (2|3) que representa uma avaliação geral Ruim, pois a opinião média foi

igual a 2 (Ruim). Em contrapartida a amplitude foi igual a 3, indicando uma dispersão Alta

da opinião dos usuários.

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65

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 8

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|2)

Figura 14 – Gráfico da Questão 8 da métrica Facilidade de Aprender

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 9

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|2)

Figura 15 – Gráfico da Questão 9 da métrica Facilidade de Aprender

Page 82: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

66

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 10

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|2)

Figura 16 – Gráfico da Questão 10 da métrica Facilidade de Aprender

As questões 8, 9 e 10 (Figuras 14, 15 e 16) tiveram como o número triangular

nebuloso mais semelhante o (4|2) que representa a opinião média igual a 4 (Média) com

amplitude 2, indicando uma dispersão Média na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Resultado Final para métrica Facilidade de Aprender

Opinião

Per

tinên

cia

NNMNNN (6|3)

Figura 17 – Gráfico do resultado final para a métrica Facilidade de Aprender

Page 83: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

67

O resultado final para a métrica Facilidade de Aprender apresentou o número

triangular nebuloso (6|3) como resposta, o que, como a metodologia propõe, representa a

convergência de todos os resultados das questões que compõem essa mesma métrica.

O número nebuloso (6|3) representa uma avaliação Boa para a Facilidade de Aprender

para o sistema analisado (Intranet da Eletrobrás), porém com amplitude 3, que representa uma

dispersão Alta das opiniões dos usuários.

A próxima métrica a ser analisada é a Facilidade de Relembrar que é composta de 3

questões e apresentou os seguintes resultados:

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 1

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 18 – Gráfico da Questão 1 da métrica Facilidade de Relembrar

Observou-se para a questão 1 (Figura 18) que o número triangular nebuloso mais

semelhante foi o (6|2) que representa a opinião média igual a 6 (Boa) com amplitude 2,

indicando uma dispersão Média na opinião dos usuários.

Page 84: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

68

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 2

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|3)

Figura 19 – Gráfico da Questão 2 da métrica Facilidade de Relembrar

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 3

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|3)

Figura 20 – Gráfico da Questão 3 da métrica Facilidade de Relembrar

Page 85: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

69

Para as questões 2 e 3 (Figuras 19 e 20) observou-se que o número triangular nebuloso

mais semelhante foi o (6|3) que representa também uma opinião média igual a 6 (Boa), porém

com amplitude 3, indicando uma dispersão Alta na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Resultado Final para métrica Facilidade de Relembrar

Opinião

Per

tinên

cia

NNMNNN (6|3)

Figura 21 – Gráfico do resultado final para a métrica Facilidade de Relembrar

O resultado final para a métrica Facilidade de Relembrar apresentou o número triangular

nebuloso (6|3) como resposta, o que representa uma avaliação Boa, com uma dispersão Alta

das opiniões dos usuários. Pelo gráfico também percebe-se que o NNMN se aproximou muito

do número triangular nebuloso (6|3).

A próxima métrica a ser analisada é a que se refere à Controle de Erros e é composta

de 7 questões, apresentando os seguintes resultados:

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70

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 1

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 22 – Gráfico da Questão 1 da métrica Controle de Erros

As questões 1 e 4 (Figuras 22 e 25) obtiveram o número triangular nebuloso mais

semelhante o (6|2) que representa uma opinião média igual a 6 (Boa), com amplitude 2,

indicando uma dispersão Média na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 2

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|3)

Figura 23 – Gráfico da Questão 2 da métrica Controle de Erros

Page 87: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

71

A questão 2 (Figura 23) obteve o número triangular nebuloso mais semelhante o (4|3)

que representa uma opinião média igual a 4 (Média), e uma amplitude igual a 3, indicando

uma dispersão Alta na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 3

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|3)

Figura 24 – Gráfico da Questão 3 da métrica Controle de Erros

As questões 3 e 5 (Figuras 24 e 26) obtiveram o número triangular nebuloso mais

semelhante o (6|3) que representa uma opinião média igual a 6 (Boa), com amplitude 3,

indicando uma dispersão Alta na opinião dos usuários.

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72

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 4

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 25 – Gráfico da Questão 4 da métrica Controle de Erros

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 5

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|3)

Figura 26 – Gráfico da Questão 5 da métrica Controle de Erros

Page 89: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

73

0 2 4 6 80.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 6

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (2|4)

Figura 27 – Gráfico da Questão 6 da métrica Controle de Erros

A questão 6 (Figura 27) obteve o número triangular nebuloso mais semelhante o (2|4)

que representa uma opinião média igual a 2 (Ruim), e uma amplitude igual a 4, indicando

uma dispersão Muito Alta na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 7

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|2)

Figura 28 – Gráfico da Questão 7 da métrica Controle de Erros

Page 90: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

74

A questão 7 (Figura 28) obteve o número triangular nebuloso mais semelhante o (4|2)

que representa uma opinião média igual a 4 (Média), e uma amplitude igual a 2, indicando

uma dispersão Média na opinião dos usuários.

0 2 4 6 80.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Resultado Final para métrica Controle de Erros

Opinião

Per

tinên

cia

NNMNNN (6|4)

Figura 29 – Gráfico do resultado final para a métrica Controle de Erros

O resultado final para a métrica Controle de Erros apresentou o número triangular

nebuloso (6|4) como resposta, o que representa uma avaliação Boa, contudo com uma

dispersão Muito Alta (Amplitude igual a 4) das opiniões dos usuários. Isso que dizer que

embora a avaliação seja classificada como Boa, as opiniões dos usuários estão muito

espalhadas o que deixa o resultado final impreciso. Como visto, os resultados das questões

variaram entre Ruim, Média e Boa. Essa avaliação deve ser sinalizada com um “ponto de

atenção” e deve ser revista para o sistema analisado.

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75

A próxima métrica a ser analisada é a Eficiência que é composta de 4 questões, e

apresentou os seguintes resultados:

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 1

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|3)

Figura 30 – Gráfico da Questão 1 da métrica Eficiência

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 2

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 31 – Gráfico da Questão 2 da métrica Eficiência

Page 92: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

76

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 3

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 32 – Gráfico da Questão 3 da métrica Eficiência

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 4

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 33 – Gráfico da Questão 4 da métrica Eficiência

As questões 1, 2, 3 e 4 (Figuras 30, 31 , 32 e 33) obtiveram o número triangular

nebuloso com uma opinião média igual a 6 (Boa), foi observado uma pequena diferença na

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77

amplitude que, para a questão 1 foi Alta e para as questões 2, 3 e 4 a dispersão foi

considerada Média com relação às opinião dos usuários.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Resultado Final para métrica Satisfação

Opinião

Per

tinên

cia

NNMNNN (6|2)

Figura 34 – Gráfico do resultado final para a métrica Eficiência

O resultado final para a métrica Eficiência apresentou o número triangular nebuloso

(6|2) como resposta, o que representa uma avaliação Boa. A amplitude foi de 2, que

representa uma dispersão Média entre as opiniões dos usuários.

A próxima métrica a ser analisada é a Eficácia que é composta de 3 questões e

apresentou os seguintes resultados:

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78

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 1

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|2)

Figura 35 – Gráfico da Questão 1 da métrica Eficácia

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 2

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 36 – Gráfico da Questão 2 da métrica Eficácia

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79

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 3

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (4|2)

Figura 37 – Gráfico da Questão 3 da métrica Eficácia

As questões 1 e 3 (Figuras 35 e 37) obtiveram o número triangular nebuloso mais

semelhante o (4|2) que representa uma opinião média igual a 4 (Média), com amplitude 2,

indicando uma dispersão Média na opinião dos usuários.

A questão 2 (Figura 36) obteve o número triangular nebuloso (6|2) que representa a

opinião média igual a 6 (Boa) com amplitude 2, indicando uma dispersão Média na opinião

dos usuários.

O resultado final para a métrica Eficácia apresentou o número triangular nebuloso

(4|2) como resposta, o que representa uma avaliação Média. A amplitude foi de 2, que

representa uma dispersão também Média entre as opiniões dos usuários.

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80

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Resultado Final para métrica Eficácia

Opinião

Per

tinên

cia

NNMNNN (4|2)

Figura 38 – Gráfico do resultado final para a métrica Eficácia

A última métrica a ser analisada é a Satisfação que é composta de 3 questões e

apresentou os seguintes resultados:

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 1

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|2)

Figura 39 – Gráfico da Questão 1 da métrica Satisfação

Page 97: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

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0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 2

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|3)

Figura 40 – Gráfico da Questão 2 da métrica Satisfação

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Questão 3

Opinião

Per

tinên

cia

FOUNNN (6|1)

Figura 41 – Gráfico da Questão 3 da métrica Satisfação

Page 98: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

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Todas as 3 questões dessa métrica (Figuras 39, 40 e 41) obtiveram o número triangular

nebuloso com uma opinião média igual a 6 (Boa), entretanto as amplitudes variaram entre 1, 2

e 3. A questão 1 apresentou amplitude 2, que representa uma dispersão Média entre as

opiniões dos usuários. A questão 2 apresentou amplitude 3 que representa uma dispersão Alta

entre as opiniões dos usuários. A questão 3 apresentou amplitude 1 que representa uma

dispersão Mínima entre as opiniões dos usuários, ou seja, os usuários foram quase unânimes

ao escolherem o conceito “Bom” para essa questão.

0 2 4 6 80

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1Resultado Final para métrica Satisfação

Opinião

Per

tinên

cia

NNMNNN (6|2)

Figura 42 – Gráfico do resultado final para a métrica Satisfação

O resultado final para a métrica Satisfação apresentou o número triangular nebuloso

(6|2) como resposta, o que representa uma avaliação Boa, com uma dispersão Média

(Amplitude igual a 2) das opiniões dos usuários.

O resultado final da avaliação da usabilidade da Intranet da Eletrobrás, representado na

tabela 5, mostra que das seis métricas de usabilidade, as seis não foram aceitas por apresentar

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83

amplitude maior ou igual a 2 (Média), ou por uma segunda interpretação, apresentaram graus

de confiança muito baixo nos dados pesquisados. Portanto, recomenda-se que a Intranet da

Eletrobrás deva ser repensada sob esse seis aspectos da usabilidade, ou, conforme proposto

pela metodologia, se faça uma nova avaliação da Intranet aumentando a amostra dos usuários.

As métricas Eficiência, Eficácia e Satisfação apresentaram amplitude Média,

representando um maior grau de confiança no resultado obtido. As métricas Facilidade de

Aprender e Facilidade de Relembrar apresentaram amplitude Alta o que representa um grau

de confiança baixo. A métrica Controle de Erros foi a que apresentou a maior Amplitude,

Muito Alta, o que representa uma total dispersão das opiniões dos usuários e é a métrica que

deve ter a maior atenção na sua reavaliação.

Métrica Avaliação Amplitude Resultado

Facilidade de Aprender 6 - Boa 3 - Alta Amplitude >= 2.

Resultado não aceito. Reavaliar o sistema.

Facilidade de Relembrar 6 - Boa 3 - Alta Amplitude >= 2.

Resultado não aceito. Reavaliar o sistema.

Controle de Erros 6 - Boa 4 - Muito Alto Amplitude >= 2.

Resultado não aceito. Reavaliar o sistema.

Eficiência 6 - Boa 2 - Média Amplitude >= 2.

Resultado não aceito. Reavaliar o sistema.

Eficácia 4 - Média 2 - Média Amplitude >= 2.

Resultado não aceito. Reavaliar o sistema.

Satisfação 6 - Boa 2 - Média Amplitude >= 2.

Resultado não aceito. Reavaliar o sistema.

Tabela 5 – Resultado final da avaliação da usabilidade da Intranet da Eletrobrás

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84

6. CONCLUSÕES

A presente pesquisa teve por objetivo identificar um conjunto de critérios mensuráveis

para avaliação da usabilidade de sistemas, baseando-se entre outros estudos, nas normas da

ISO e propor uma metodologia para medi-los.

A metodologia proposta conseguiu atender às expectativas de se criar um instrumento

que “quantificasse” o grau de usabilidade de um sistema, e se não bastasse isso, gerou um

conceito para cada critério, ficando claro em que ponto a usabilidade está mais ou menos

deficitária ou em que aspecto o sistema pode melhorar. Isso foi comprovado após a aplicação

da metodologia para Intranet da Eletrobrás em que foram obtidos resultados coerentes e

condizentes com a realidade vivenciada na empresa.

Na etapa do pré-teste, a metodologia se mostrou eficiente quando aplicada na

avaliação de sistemas diversos, tanto para sistemas que são executados em computadores

quanto para aqueles executados em equipamento diversos, cumprindo assim um dos objetivos

específicos do estudo.

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85

Uma revisão dos critérios de avaliação de usabilidade de sistemas foi realizada, e

resultou em seis métricas unificadas de usabilidade. O que se constatou foi que muitos desses

critérios, embora especificados em estudos diferentes, no fundo tinham o objetivo de medir as

mesmas coisas.

Ficou evidenciada com a pesquisa a importância de se conhecer o sistema que está

sendo utilizado, contextualizando-o sob o ponto de vista do usuário, tarefa, equipamento e

ambiente para não se criar um viés nos resultados. Cabe ao pesquisador identificar quais

contextos são críticos para cada sistema e dividir a aplicação da avaliação em amostras

diferenciadas.

Os resultados obtidos com esse estudo visa apoiar o processo de decisão de uma

empresa que necessite rever a usabilidade de seus softwares, do seu site ou dos seus

equipamentos. Dependendo do sistema analisado, esse resultado pode ser interpretado como

retenção de clientes, aumento de lucro, aumento da produtividade e satisfação dos

empregados, entre outros benefícios.

A utilização da lógica fuzzy permitiu criar um mecanismo robusto com a utilização de

expressões verbais. A transposição dessas expressões para números possibilitou a execução de

cálculos, aumentado a precisão das opiniões dos usuários.

Como sugestão para dar continuidade ao trabalho, destaca-se a criação de uma lista de

recomendações atrelada ao resultado final das métricas, para não só apresentar um conceito

literal para cada métrica, mas também indicar quais pontos exatamente o sistema pode ser

Page 102: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

86

melhorado ou qual quesito a avaliação ficou comprometida, uma vez que cada questão do

questionário corresponde a uma característica do sistema.

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87

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MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001. MATTAR, F.. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Editora Atlas, 1997. MILLER, R. B. Human ease of use criteria and their tradeoffs. Relatório técnico. New York: IBM Corporation, 1971. MORAES, Anamaria de. História da Ergonomia. Disponível em: <http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/leui/leui.html>. Acesso em 03 Out. 2006. NASCIMENTO, José Antonio Machado do. Usabilidade no contexto de gestores, desenvolvedores e usuários do website da Biblioteca Central da Universidade de Brasília. Dissertação de Mestrado do curso de Ciência da Informação. Brasília: Universidade de Brasília, 2006. NIELSEN, J. Usability Engineering. Boston, MA: Academic Press, 1993. OLIVEIRA JR., Hime A. E. Lógica Difusa: Aspectos Práticos e Aplicações. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. QUESENBERY, W. What does usability mean: Looking beyond 'ease of use'. In: 48th Annual Conference Society for Technical Communication. Chicago, 2001. SHACKEL, B. Ergonomics in design for usability. In: Harrison, M. D., & Monk, A. F. People and computers: Designing for usability, In: HCI 86 Conference on People and Computer. New York: Cambridge University Press, p. 44-64, 1986. SHNEIDERMAN, B. Designing the User Interface: Strategies for Effective Human-Computer Interaction. 3. ed. EUA: Addison Wesley, 1998. SIMÕES, Marcelo G.; SHAW, Lan. Controle e Modelagem Fuzzy. São Paulo: Edgard & Blucher, 1999. TEIXEIRA, Gilberto. O que Significa Metodologia?. Disponível em: <http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/>. Acesso em: 11 nov. 2006. VERGARA, Sylvia C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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89

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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REVISTA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. IBCT, Brasília, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em: 28 out. 2006. REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO CONTEPORÂNEA. ANPAD, Paraná, 2006. Disponível em: < http://www.anpad.org.br/rac/>. Acesso em: 28 out. 2006.

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90

REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. USP, São Paulo, 2006. Disponível em: < http://www.rausp.usp.br/>. Acesso em: 28 out. 2006. REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ELETRÔNICA - RAE. FGV-EAESP, Santa Catarina, 2006. Disponível em: <http://www.rae.com.br/eletronica/index.cfm/>. Acesso em: 28 out. 2006. REVISTA ELETRÔNICA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - RESI. UFSC, Santa Catarina, 2006. Disponível em: <http://www.inf.ufsc.br/resi/>. Acesso em: 28 out. 2006.

Page 107: “DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE …livros01.livrosgratis.com.br/cp047673.pdf · USABILIDADE DE SISTEMAS UTILIZANDO A LÓGICA FUZZY BASEADO NA ISO” RODRIGO

91

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA USABILIDADE DE SISTEMAS Nome do Sistema Analisado: _____________________________

Nome do usuário: ________________________________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Idade: __________

Escolaridade: __________

Possui alguma limitação física? ______ (Sim/Não) Qual: __________________

Tempo de experiência no uso de computador (em anos): __________

Tempo de experiência no uso do sistema (em anos): __________

Tempo de experiência no uso do sistema (em anos): __________

Periodicidade do uso do sistema: ( ) Frequentemente ( ) Eventualmente ( ) Raramente

01) Ao completar uma tarefa com sucesso no sistema pela primeira vez, você achou: ( ) Muito Difícil ( ) Difícil ( ) Médio ( ) Fácil ( ) Muito Fácil 02) Qual foi sua primeira impressão ao utilizar o sistema: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Médio ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

03) O número de tentativas realizadas por você para aprender concluir uma tarefa, foi: ( ) Exagerada ( ) Muitas ( ) Média ( ) Poucas ( ) Quase

nenhuma 04) Com relação ao tempo para conseguir aprender a realizar uma tarefa com sucesso, você achou: ( ) Muito Demorado

( ) Demorado ( ) Médio ( ) Rápido ( ) Muito Rápido

05) A Interface do sistema lhe proporciona uma interação: ( ) Muito Insatisfatória

( ) Insatisfatória ( ) Indiferente ( ) Satisfatória ( ) Muito Satisfatória

06) Ao realizar suas tarefas no sistema, com relação à clareza das mensagens, recuperação de erros, etc. Você se sente: ( ) Muito Desconfortável

( ) Desconfortável

( ) Médio ( ) Confortável ( ) Muito Confortável

07) Com relação a facilidade de aprender uma tarefa, você se sente: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Médio ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

08) Quantas são as maneiras diferentes que o sistema oferece para realizar a mesma tarefa, por exemplo: caminho padrão versus teclas de atalhos, caminhos mais curtos, macros, botões específicos, etc. Você acha que: ( ) Existe um número muito baixo de possibilidades

( ) Existe um número baixo de possibilidades

( ) existe um número razoável de possibilidades

( ) Existe um número alto de possibilidades

( ) Existe um número muito alto de possibilidades

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09) Com relação a maneira mais rápida que você consegue realizar uma tarefa, comparando com a maneira padrão que o sistema oferece por padrão, você considera um ganho de produtividade: ( ) muito baixo ( ) baixo ( ) médio ( ) alto ( ) Muito alto 10) Com relação a flexibilidade que o sistema permite de executar suas tarefas de maneiras diferentes, como por exemplo: personalização de atalhos, valores, menus, macros, etc. você se sente: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

11) O sistema é capaz de guiá-lo através de sua execução com dicas, ajuda, avisos, etc. ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas

vezes ( ) Na maioria das vezes

( ) Sempre

12) Ao completar uma tarefa com sucesso no sistema pela primeira vez, você achou: ( ) Muito Demorado

( ) Demorado ( ) Médio ( ) Rápido ( ) Muito Rápido

13) Após um período de tempo sem utilizar o sistema, você consegue relembrar como executar uma tarefa com: ( ) Muita Dificuldade

( ) Certa Dificuldade

( ) Um Esforço Médio

( ) Certa Facilidade

( ) Muita Facilidade

14) Toda vez que você precisa reutilizar o sistema com relação a relembrar sua utilização, você se sente: ( ) Muito Desconfortável

( ) Desconfortável

( ) Médio ( ) Confortável ( ) Muito Confortável

15) Após um período de tempo sem utilizar o sistema, você consegue relembrar a utilização do sistema de forma: ( ) Muito Lenta ( ) Lenta ( ) Média ( ) Rápido ( ) Muito Rápido 16) A quantidade de erros provocados pelo sistema é: ( ) Muito Grande ( ) Grande ( ) Média ( ) Pequena ( ) Muito

Pequena 17) Quando um erro ocorre, a retomada ao funcionamento normal do sistema é: ( ) Muito Demorada

( ) Demorada ( ) Média ( ) Rápida ( ) Muito Rápida

18) Como você se sente com relação à quantidade de erros provocados pelo sistema: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

19) A Quantidade de erros provocados pelo sistema que causa alguma perda de informação ou retrabalho é: ( ) Muito Grande ( ) Grande ( ) Média ( ) Pequena ( ) Muito

Pequena 20) Quando um erro ocorre, o tempo gasto para você retomar a execução da tarefa no sistema no ponto em que você parou é: ( ) Muito Demorado

( ) Demorado ( ) Média ( ) Rápido ( ) Muito Rápido

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21) Como você se sente com relação à recuperação do erro por parte do sistema, desfazer, refazer, voltar, salvar antes de fechar, etc. ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

22) Como você considera a performance apresentada pelo sistema: ( ) Muito Baixa ( ) Baixa ( ) Média ( ) Alta ( ) Muito Alta 23) Como você considera a velocidade na realização das tarefas: ( ) Muito Demorado

( ) Demorado ( ) Média ( ) Rápido ( ) Muito Rápido

24) Como você se sente com relação a produtividade do sistema: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

25) Como você se sente com relação à manter o sistema sob seu controle: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

26) Com relação a quantidade de passos para realizar uma tarefa, você acha que é: ( ) Muito alto, consigo realizar a tarefa com eficácia muito baixa

( ) alto, consigo realizar a tarefa com eficácia baixa

( ) médio ( ) baixa, consigo realizar a tarefa com eficácia alta

( ) muito baixo, consigo realizar a tarefa com eficácia muito alta

27) Você consegue realizar uma tarefa qualquer no sistema de forma: ( ) Muito Demorado

( ) Demorado ( ) Média ( ) Rápido ( ) Muito Rápido

28) Como você se sente com relação à quantidade de passos para realizar uma tarefa no sistema: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

29) As mensagens de erros apresentadas pelo sistemas são: ( ) Muito Confusas

( ) Confusas ( ) Médias ( ) Esclarecedoras ( ) Muito Esclarecedoras

30) De uma forma geral, como se sente ao usar o sistema: ( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito ( ) Indiferente ( ) Satisfeito ( ) Muito Satisfeito

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APÊNDICE B – NÚMEROS TRIANGULARES NEBULOSOS Números Triangulares Nebulosos com moda igual a 0

0 2 4 6 80

1

Opinião

Per

tinên

cia

NN (0|1)NN (0|2)NN (0|3)NN (0|4)

Amplitude 1 Número Nebuloso: (0|1) = 1|0 + 0|2 + 0|4 + 0|6 + 0|8 Amplitude 2 Número Nebuloso: (0|2) = 1|0 + 0,5|2 + 0|4 + 0|6 + 0|8 Amplitude 3 Número Nebuloso: (0|3) = 1|0 + 0,666|2 + 0,333|4 + 0|6 + 0|8 Amplitude 4 Número Nebuloso: (0|4) = 1|0 + 0,75|2 + 0,5|4 + 0,25|6 + 0|8

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95

Números Triangulares Nebulosos com moda igual a 2

0 2 4 6 80

1

Opinião

Per

tinên

cia

NN (2|1)NN (2|2)NN (2|3)NN (2|4)

Amplitude 1 Número Nebuloso: (2|1) = 0|0 + 1|2 + 0|4 + 0|6 + 0|8 Amplitude 2 Número Nebuloso: (2|2) = 0,5|0 + 1|2 + 0,5|4 + 0|6 + 0|8 Amplitude 3 Número Nebuloso: (2|3) = 0,666|0 + 1|2 + 0,666|4 + 0,333|6 + 0|8 Amplitude 4 Número Nebuloso: (2|4) = 0,75|0 + 1|2 + 0,75|4 + 0,5|6 + 0,25|8

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96

Números Triangulares Nebulosos com moda igual a 4

0 2 4 6 80

1

Opinião

Per

tinên

cia

NN (4|1)NN (4|2)NN (4|3)NN (4|4)

Amplitude 1 Número Nebuloso: (4|1) = 0|0 + 0|2 + 1|4 + 0|6 + 0|8 Amplitude 2 Número Nebuloso: (4|2) = 0|0 + 0,5|2 + 1|4 + 0,5|6 + 0|8 Amplitude 3 Número Nebuloso: (4|3) = 0,333|0 + 0,666|2 + 1|4 + 0,666|6 + 0,333|8 Amplitude 4 Número Nebuloso: (4|4) = 0,5|0 + 0,75|2 + 1|4 + 0,75|6 + 0,5|8

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97

Números Triangulares Nebulosos com moda igual a 6

0 2 4 6 80

1

Opinião

Per

tinên

cia

NN (6|1)NN (6|2)NN (6|3)NN (6|4)

Amplitude 1 Número Nebuloso: (6|1) = 0|0 + 0|2 + 0|4 + 1|6 + 0|8 Amplitude 2 Número Nebuloso: (6|2) = 0|0 + 0|2 + 0,5|4 + 1|6 + 0,5|8 Amplitude 3 Número Nebuloso: (6|3) = 0|0 + 0,333|2 + 0,666|4 + 1|6 + 0,666|8 Amplitude 4 Número Nebuloso: (6|4) = 0,25|0 + 0,5|2 + 0,75|4 + 1|6 + 0,75|8

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98

Números Triangulares Nebulosos com moda igual a 8

0 2 4 6 80

1

Opinião

Per

tinên

cia

NN (8|1)NN (8|2)NN (8|3)NN (8|4)

Amplitude 1 Número Nebuloso: (8|1) = 0|0 + 0|2 + 0|4 + 0|6 + 1|8 Amplitude 2 Número Nebuloso: (8|2) = 0|0 + 0|2 + 0|4 + 0,5|6 + 1|8 Amplitude 3 Número Nebuloso: (8|3) = 0|0 + 0|2 + 0,333|4 + 0,666|6 + 1|8 Amplitude 4 Número Nebuloso: (8|4) = 0|0 + 0,25|2 + 0,5|4 + 0,75|6 + 1|8

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APÊNDICE C – PLANILHA COM A TABULAÇÃO DOS RESULTADOS Frequência das Opiniões dos Usuários (FOU)

Usu

ário

01

Usu

ário

02

Usu

ário

03

Usu

ário

04

Usu

ário

05

Usu

ário

06

Usu

ário

07

Usu

ário

08

Usu

ário

09

Usu

ário

10

Usu

ário

11

Usu

ário

12

Usu

ário

13

Usu

ário

14

Usu

ário

15

Usu

ário

16

Usu

ário

17

Usu

ário

18

Usu

ário

19

Usu

ário

20

Usu

ário

21

Usu

ário

22

Usu

ário

23

Usu

ário

24

Usu

ário

25

Usu

ário

26

Usu

ário

27

0 – Muito Ruim 2 – Ruim 4 – Média

6 – Boa

8 – Muito Boa

Questão1 6 4 6 6 6 6 8 4 6 4 4 6 6 4 6 8 4 6 6 4 4 6 4 6 4 6 6 0 0 10 15 2 Questão2 6 6 6 6 6 6 6 6 8 6 4 4 6 4 6 6 6 4 6 2 4 6 6 6 6 6 6 0 1 5 20 1 Questão3 4 6 4 6 6 6 6 4 6 6 6 6 6 6 8 8 4 8 8 4 4 6 6 6 6 6 6 0 0 6 17 4 Questão4 4 6 6 6 6 6 6 4 4 6 4 6 6 4 6 6 4 6 8 4 4 6 4 6 6 4 4 0 0 11 15 1 Questão5 6 6 6 8 6 6 6 6 8 6 4 2 4 2 6 4 6 4 6 6 6 6 2 4 6 6 6 0 3 5 17 2 Questão6 2 6 4 6 6 2 4 6 8 6 2 2 6 4 6 4 6 6 4 6 4 6 2 6 4 4 4 0 5 9 12 1 Questão7 4 6 6 8 6 6 4 6 8 4 2 4 6 4 6 4 6 6 6 6 6 6 4 6 6 4 6 0 1 8 16 2 Questão8 2 2 2 0 6 4 4 4 6 2 2 2 0 0 4 4 4 4 2 4 4 4 2 6 2 2 2 3 11 10 3 0 Questão9 4 6 4 8 6 4 4 4 8 4 0 4 4 4 2 8 4 6 2 4 4 4 2 0 4 4 4 2 3 16 3 3 Questão10 4 4 6 4 4 4 4 6 8 4 2 2 4 0 4 4 4 6 2 4 6 4 2 6 4 4 4 1 4 16 5 1 Questão11 4 4 4 2 6 4 2 6 8 4 0 2 4 2 4 4 4 6 2 2 6 4 4 6 4 2 4 1 7 13 5 1 Questão12 4 6 4 6 6 6 6 4 6 6 4 4 6 4 4 2 4 6 6 4 4 6 4 6 6 4 6 0 1 12 14 0 Questão13 4 6 6 6 6 8 4 4 8 8 6 4 6 2 6 6 4 6 8 6 4 6 4 6 4 6 6 0 1 8 14 4 Questão14 2 6 6 6 4 8 2 4 8 6 2 2 6 4 6 6 4 6 8 6 6 6 4 6 4 6 6 0 4 6 14 3 Questão15 2 6 6 6 4 8 4 4 8 6 4 2 4 4 6 6 4 6 8 6 4 6 4 6 4 6 6 0 2 10 12 3 Questão16 4 6 6 8 6 4 6 6 6 8 8 6 4 6 6 8 4 8 6 6 6 6 4 4 6 8 6 0 0 6 15 6 Questão17 4 6 4 4 6 4 4 4 8 8 6 4 4 6 6 8 4 6 6 6 4 6 4 6 4 6 4 0 0 13 11 3 Questão18 2 6 4 6 6 4 6 2 8 8 6 4 2 6 4 8 4 6 6 6 2 6 2 6 2 6 6 0 6 5 13 3 Questão19 6 8 6 8 6 6 6 6 8 8 8 8 6 8 8 6 4 8 6 6 8 8 6 6 6 6 6 0 0 1 15 11 Questão20 2 6 4 4 6 4 6 4 8 6 6 4 4 8 4 6 4 6 6 6 2 6 4 6 6 6 6 0 2 9 14 2 Questão21 4 6 2 4 6 4 4 6 8 6 2 2 4 2 4 8 4 6 4 6 4 6 2 6 4 6 4 0 5 11 9 2 Questão22 2 6 4 6 6 4 6 6 8 6 6 4 4 4 4 4 4 8 6 4 4 6 2 6 6 2 6 0 3 10 12 2 Questão23 2 6 4 6 6 6 4 6 8 6 6 2 4 4 6 6 4 6 6 4 6 6 2 6 6 4 6 0 3 7 16 1 Questão24 4 6 4 8 6 4 6 6 8 6 6 2 4 4 4 8 4 6 6 6 6 6 2 6 6 4 6 0 2 8 14 3 Questão25 4 6 6 4 6 4 4 6 8 6 6 4 4 4 4 8 6 6 6 6 6 4 2 6 4 4 6 0 1 11 13 2 Questão26 2 6 4 4 6 6 4 4 6 4 4 4 4 4 6 6 4 6 6 4 4 6 2 6 4 4 4 0 2 15 10 0 Questão27 4 6 4 6 6 6 6 4 6 6 4 2 4 4 6 6 4 6 6 4 4 6 4 6 4 4 6 0 1 12 14 0 Questão28 2 6 2 4 6 4 4 6 8 6 6 2 2 4 4 4 4 6 6 6 4 6 2 6 4 4 4 0 5 11 10 1 Questão29 2 8 2 4 6 2 4 6 8 6 2 0 4 4 4 2 4 6 4 2 2 4 2 6 2 6 2 1 10 8 6 2 Questão30 4 6 6 6 6 6 6 6 8 6 4 2 6 4 6 6 4 6 6 6 6 6 4 6 6 6 6 0 1 5 20 1

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100

APÊNDICE D – PLANILHA COM A CORELAÇÃO ENTRE AS QUESTÕES E AS MÉTRICAS MÉTRICAS SIGLA* Facilidade de Aprender - A LEGENDA Questão1 A01 Q1= [ 0 0 10 15 2 ]; A Facilidade de Aprender Questão2 A03 Q2= [ 0 1 12 14 0 ]; R Facilidade de Relembrar Questão3 A04 Q3= [ 0 1 5 20 1 ]; C Controle de erros Questão4 A05 Q4= [ 0 0 6 17 4 ]; E Eficiência Questão5 S01 Q5= [ 0 0 11 15 1 ]; F Eficácia Questão6 S02 Q6= [ 0 1 8 16 2 ]; S Satisfação Questão7 A06 Q7= [ 3 11 10 3 0 ]; Questão8 A07 Q8= [ 2 3 16 3 3 ]; Questão9 A08 Q9= [ 1 4 16 5 1 ]; Questão10 A09 Q10= [ 1 7 13 5 1 ]; Questão11 A10 Facilidade de Relembrar - R Questão12 A02 Q1= [ 0 1 8 14 4 ]; Questão13 R01 Q2= [ 0 2 10 12 3 ]; Questão14 R03 Q3= [ 0 4 6 14 3 ]; Questão15 R02 Controle de erros - C Questão16 C01 Q1= [ 0 0 6 15 6 ]; Questão17 C02 Q2= [ 0 0 13 11 3 ]; Questão18 C03 Q3= [ 0 6 5 13 3 ]; Questão19 C04 Q4= [ 0 0 1 15 11 ]; Questão20 C05 Q5= [ 0 2 9 14 2 ]; Questão21 C07 Q6= [ 1 10 8 6 2 ]; Questão22 E01 Q7= [ 0 5 11 9 2 ]; Questão23 E02 Eficiência - E Questão24 E03 Q1= [ 0 3 10 12 2 ]; Questão25 E04 Q2= [ 0 3 7 16 1 ]; Questão26 F01 Q3= [ 0 2 8 14 3 ]; Questão27 F02 Q4= [ 0 1 11 13 2 ]; Questão28 F03 Eficácia - F Questão29 C06 Q1= [ 0 2 15 10 0 ]; Questão30 S03 Q2= [ 0 1 12 14 0 ]; Q3= [ 0 5 11 10 1 ];

Satisfação - S Q1= [ 0 3 5 17 2 ]; Q2= [ 0 5 9 12 1 ];

*Regra de Formação: X99 Onde X equivale a letra da métrica e 99 ao ao seqüencial da questão Q3= [ 0 1 5 20 1 ];

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