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CONTRATO Nº 594655

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Page 1: António Teixeira Lopes: partiu um defensor do setor automóvelda direção, António Teixeira Lo-pes. O novo presidente da direção é Rui Gonçalves, administrador do grupo Go-cial

António Teixeira Lopes: partiu um defensor do setor automóvel

CONTRATO Nº 5946559

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Nº 314

Stelvio Quadrifoglio tem preço de 115 mil eurosAlfa Romeo abre encomendas do “SUV mais rápido em pista”Pág. X

Venda de novosMercado nacional cresceu 8,3% até outubroPág. VI

Integrado na equipa Renault ArgentinaDuster é a “arma” de Carlos Sousa para o regresso ao Dakar Pág. IX

SalãoClássicos “invadem” Aveiro no primeiro fim de semana de dezembro Pág. VI

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• Era conhecido pelo dinamismo com que defendia as convicções

• Foi presidente da ARAN nos últimos 15 anos

• Encontrou a associação em di�culdades e restituiu-lhe a solidez �nanceira

Págs. III a V

Page 2: António Teixeira Lopes: partiu um defensor do setor automóvelda direção, António Teixeira Lo-pes. O novo presidente da direção é Rui Gonçalves, administrador do grupo Go-cial
Page 3: António Teixeira Lopes: partiu um defensor do setor automóvelda direção, António Teixeira Lo-pes. O novo presidente da direção é Rui Gonçalves, administrador do grupo Go-cial

IIIsexta-feira, 17 de novembro 2017

Ficha técnica: Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Diretor: Rui Gonçalves | Redação: Aquiles Pinto, Ricardo Ferraz, Fátima Neto, Nelly Valkanova, Bárbara Coutinho, Tânia Mota e Kima Sayberdieva | Arranjo Grá�co e Paginação: Célia César, Flávia Leitão e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN

A ARAN reorganizou as equipas de direção e executiva no seguimen-to do falecimento do presidente da direção, António Teixeira Lo-

pes. O novo presidente da direção é Rui Gonçalves, administrador do grupo Go-cial. Nelly Valkanova, antes diretora de marketing e comunicação, assume agora as funções de secretária-geral, cargo para o qual já tinha sido nomeada. Gualter Mota Santos, administrador do grupo Filinto Mota mantém-se como presidente da as-sembleia-geral.

Apesar do momento ser, obviamente, de dor, a ARAN segue o seu trabalho, dado que esse foi sempre o desejo de António Teixeira Lopes, prosseguir o caminho da defesa dos interesses das empresas suas as-sociadas.

A luta pela defesa dos interesses do se-tor automóvel e dos empresários que todos os dias se deparam com desafios foi, é e sempre será o desígnio da ARAN.

Ligação umbilical ao automóvel

Rui Gonçalves é a terceira geração de uma família umbilicalmente ligada ao se-tor automóvel. O avô do novo presidente da ARAN fundou a J. J. Gonçalves, em-presa que viria a resultar no grupo Gocial, um dos mais antigos e importantes grupos de distribuição automóvel em Portugal. A sua origem remonta a 1919, ano em que a empresa que estaria na génese do grupo abriu o primeiro concessionário Austin na Europa Continental.

Com 37 anos, Rui Gonçalves está na gestão do histórico grupo sediado no Porto desde 2003 e na direção da ARAN desde 2011. É administrador da Gocial SGPS, cargo que acumula com a direção-geral das empresas Vap e Sporvap do mesmo grupo.

Os 14 anos de experiência no terreno

têm como base a preparação académica. O novo Presidente da ARAN tem uma licen-ciatura em gestão e uma pós-graduação em distribuição automóvel, ambas pela Uni-versidade Católica Portuguesa. Do currí-culo académico de Rui Gonçalves consta ainda a formação em gestão na Université Catholique de Louvain, da Bélgica.

“O Dr. Teixeira Lopes era um homem de uma personalidade muito forte e vin-cada, como saberá bem com quem ele privou. Teve um papel fundamental em tornar a ARAN no que é hoje e tudo fare-mos para continuar o seu legado”, afirma o novo presidente da ARAN.

Secretária-geral da docência ao marketing automóvel

Nelly Valkanova começou o seu per-curso profissional, na Bulgária, como docente e diretora de relações externas

da Universidade de Sofia, tendo chegado a Portugal no virar de século também na carreira académica. Não demorou muito, porém, a abraçar um desafio no histórico grupo Fernando Simão, como responsável de marketing.

Aí ficou de 2001 a 2006, ano em que assumiu funções de diretora de marketing e comunicação da ARAN. Mantém res-ponsabilidades nessa área e alarga as suas funções dentro da associação.

“O Dr. António Teixeira Lopes era um conhecedor profundo do setor au-tomóvel. Do tempo das multinacionais Renault e Mitsubishi Motors de Portugal até presidente da ARAN, brilhou sempre com o seu profissionalismo e dedicação ao setor. Trabalhar durante muitos anos ao lado dele foi uma grande escola para mim. Iremos dar continuidade ao traba-lho de excelência desenvolvido até agora, em honra do seu legado”, afirma Nelly Valkanova.

Família Mota Santos na “galeria”da ARAN

Gualter Mota Santos mantém-se como presidente da assembleia-geral da ARAN. O administrador-executivo da Filinto Mota, empresa onde está desde 1975, vem também de uma família com histórico na gestão do setor automóvel ou não tivesse o grupo sido fundado, em 1934, pelo seu avô, Filinto Mota. O presidente da As-sembleia-Geral da ARAN é licenciado em engenharia pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e tem ainda um MBA em engenharia comercial e de ges-tão.

Gualter Mota Santos tem uma histó-rica ligação à ARAN, dado que o seu pai, Manuel Teixeira dos Santos, foi presidente da assembleia-geral da associação ao longo de muitos anos.

“O Dr. Teixeira Lopes sempre lutou por uma ARAN participativa a nível na-cional e que defendesse os interesses dos seus associados. Em sua memória, tudo fa-remos para manter este objetivo”, garante Gualter Mota Santos.

ARAN REDEFINE EQUIPA COM DESÍGNIO DE SEMPRE: DEFESA INTRANSIGENTE DO SETOR

Rui Gonçalves é o novo presidente da ARAN

Rui Gonçalves é a terceira geração de uma família umbilicalmente ligada ao setor automóvel.

Gualter Mota Santos mantém-se como presidente da assembleia-geral da ARAN.

Nelly Valkanova assume funções de secretária-geral, cargo para o qual já tinha sido nomeada.

A ARAN está a organizar uma reunião de rebocadores, na qual será analisada a sinistralidade na atividade de pronto-socorro. O

encontro está marcado para dia 25 de no-vembro (um sábado), no restaurante Por-tagem, junto ao nó da autoestrada A1, na Mealhada.

Serão convidados a participar a PRP – Prevenção Rodoviária Portuguesa, ACT – Autoridade para as Condições de Traba-lho), IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes e ANSR – Autoridade Nacio-nal de Segurança Rodoviária.

A inscrição é obrigatória, o número de

participantes é limitado e serão emitidos certificados de presença que podem ser con-siderados para o cumprimento da formação profissional obrigatória (35 horas anuais) a todos os participantes.

A reunião de rebocadores é gratuita. O jantar que se lhe seguirá tem um custo de 20 euros para associados ARAN e de 30 eu-ros para não associados.

O pagamento do jantar deve ser feito por transferência bancária para o IBAN da ARAN e o comprovativo enviado até segunda-feira (dia 20 de novembro) para o e-mail [email protected] ou para o fax 22 509 06 46 (mais informações em www.aran.pt).

A ARAN vai promover, no âmbito da MECÂNICA 2017, na FIL (Lisboa), uma conferência com temáticas atuais e da utilidade

dos profissionais do setor automóvel. Mar-cada para as 15h00, no auditório do Salão, da próxima sexta-feira (dia 24), a confe-rência abordará, nomeadamente, segu-rança e higiene no trabalho, novas regras no transporte de resíduos, relação com o cliente, garantias (em parceria com o casa – centro de arbitragem do setor automó-vel) e concorrência desleal.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até segunda-feira (dia 20 de

novembro). O número de participantes é limitado e serão emitidos certificados de presença que podem ser considerados para o cumprimento da formação profissional obrigatória (35 horas anuais) a todos os participantes (mais informações em www.aran.pt).

Reunião sobre sinistralidade na atividade de pronto-socorro

ARAN promove conferência na MECÂNICA 2017

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até à próxima segunda-feira (dia 20 de novembro)

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sexta-feira, 17 de novembro 2017IV Vsexta-feira, 17 de novembro 2017

A morte de António Teixeira Lopes, no dia 20 de outubro, de doença súbita, surpreendeu o setor auto-móvel. O presidente da ARAN vi-

veu a vida profissional com um dinamismo ímpar.

Esse dinamismo durou, aliás, até ao último fôlego, já que Teixeira Lopes en-contrava-se, quando faleceu, em Paris, para participar numa reunião do CEGAA (Conselho Europeu dos Grupos de Agen-tes do Automóvel), instituição da qual era vice-presidente. Todos os inúmeros teste-munhos de empresários e representantes associativos, os quais publicamos ao longo das próximas páginas, vão no mesmo sen-tido de elogiar o vigor com que António Teixeira Lopes defendeu o setor automóvel ao longo de todo o seu percurso profissio-nal.

António Teixeira Lopes era presidente da ARAN desde 2002, funções que acumu-lava com outras responsabilidades associa-tivas nacionais e internacionais. Entre essas estava, até à data, a presidência do conse-lho de administração do CASA - Centro de Arbitragem do Setor Automóvel. Fazia ainda parte do conselho de administração do CEPRA – Centro de Formação Profis-sional da Reparação Automóvel.

Antes de abraçar a vida associativa, con-tou mais de 25 anos de ligação no terreno ao setor, com cargos de relevo nas áreas co-mercial e do pós-venda. Destaque para a Renault Portugal (então Renault Portugue-sa), onde esteve de 1980 a 1989 e para a Mitsubishi Motors de Portugal, marca com a qual teve ligação de 1989 a 2002.

Teixeira Lopes teria completado ontem, dia 16 de novembro, 68 anos de idade.

ANA MARIA SILVAAdministradora da Corvauto e diretora da ANECRA

“Vivi muito a postura do Dr. Antó-nio Teixeira Lopes como defensor do setor. Sou filha do seu amigo de longa data Carlos Silva que faleceu a

28 fevereiro deste ano. Recordo que, após o falecimento do meu pai, o seu amigo Teixeira Lopes foi o primeiro a prestar-lhe homenagem, na Revista ARAN de março de 2017.

Recebi a notícia da sua irmã, Dra. Fáti-ma Teixeira Lopes Pinho, tendo sido com grande tristeza que ouvi que o seu irmão António Teixeira Lopes tinha falecido, tal e qual o meu pai, devido a doença súbita do foro cardíaco.

O Dr. Teixeira Lopes foi igualmente um homem que deu muito ao setor auto-móvel. Esperemos que lhe tenha sido feita a honra devida em vida. No entanto, todos os elogios também são importantes nesta hora de partida”.

BRUNO MILITÃO FERREIRADireção Gestão Prestadores da Fidelidade

“Foi com profunda tristeza que tive conhecimento do falecimento do Dr. António Teixeira Lopes. Tínha-mos falado sobre os seus projetos

mais imediatos há cerca de três semanas, e senti-o nessa conversa muito motivado com todos os planos que tinha pela frente neste final de ano e início de 2018.

Guardo do Dr. Teixeira Lopes a imagem de uma pessoa muito justa, frontal, sempre orientado pelas suas ideias e pela defesa dos interesses dos seus associados, mas, simul-taneamente, capaz de conseguir consensos mesmo quando os temas não eram consen-

suais. Encontrei nele sempre grande disponi-bilidade para ajudar a resolver todos os pro-blemas com os quais nos fomos deparando (e alguns não foram fáceis), mas sempre com um sentido de justiça muito presente.

O setor de reparação automóvel perdeu um grande profissional, que será sempre recordado por todos aqueles que tiveram oportunidade de o conhecer e com ele tra-balhar como uma pessoa de grande carác-ter, dinamismo e frontalidade.

Foi um prazer ter tido oportunidade de conhecer e trabalhar com o Dr. Teixeira Lopes, pessoa de quem vou guardar para sempre muita estima e amizade”.sempre muita estima e amizade”.

ÂNGELO FONTESCEO do Entreposto Comercial de Moçambique

“Privei com o António Teixeira Lo-pes nos anos 1980. Homem de uma notável inteligência, dinamismo e ação admiráveis. Bom condutor de

homens através de motivações positivas. Homem de uma energia e atividade que faziam com qua a vida corresse atrás dele, para que não se afastasse do seu tempo. Profissional e pessoalmente, nunca fez pausa. O ritmo da vida ultrapassava-se a si mesmo. Bem-haja!”

ENRIQUE FONTÁN HERMIDAPresidente de CETRAA

“Gostaria de expressar em meu nome, no da Associação de Oficinas de Pontevedra (ATRA) e na Confede-ração Espanhola de Oficinas (CE-

TRAA), as nossas mais profundas con-dolências pela morte do António. Tive a sorte de conhecê-lo bem e continuar o seu excelente trabalho em defesa das oficinas portuguesas, como presidente da ARAN, e das europeias, como vice-presidente da CEGAA. Durante anos, ambos colaborá-mos, através das várias entidades das quais fazemos parte, porque valorizávamos e res-peitávamos muito o trabalho um do outro, conseguindo alcançar uma boa amizade. O seu compromisso com o setor automóvel foi inspirador e será lembrado. Dito isto, embora o António fosse um grande pro-fissional, devemos esclarecer que, acima de tudo, era uma pessoa bonita, muito apre-ciada por todos e de quem sentiremos pro-fundamente a falta”.

FRANCISCO DUARTE COSTADiretor para Portugal e América Latina da ASE Iberia

“Foi com profunda surpresa que, na-quela fatídica sexta-feira, tomei co-nhecimento do falecimento do An-tónio Teixeira Lopes, amigo desde os

tempos em partilhámos responsabilidades

António Teixeira Lopes: partiu um defensor do setor automóvelde gestão ao mais alto nível na Mitsubishi Motors de Portugal e, simultaneamente, companheiro em muitos desafios profis-sionais, que o setor automóvel nos colocou na altura, sendo a sua entrega sempre de alma e coração com aquele seu espírito de grande lutador e defensor das suas causas.

Foi por esse espírito e empenho que o continuei a admirar no desempenho das suas funções de dirigente associativo, quan-do assumiu o cargo de Presidente da ARAN e, posteriormente, nos diversos cargos assu-midos a nível nacional e europeu em prol da sua grande paixão – o automóvel.

Homem de convicções profundas e um lutador nato procurou sempre, junto das diversas áreas do poder político e ad-ministrativo, o melhor para o crescimen-to e desenvolvimento sustentado do setor automóvel nacional, sem nunca descurar o panorama macroeconómico envolvente.

Devido à sua paixão pelo automóvel procurou, dentro do possível, nas suas fun-ções de dirigente associativo ajudar aque-les que viviam e dependiam deste setor, através da procura constante da inovação nos métodos e processos utilizados, assim como na divulgação e introdução de me-lhores práticas no setor, de forma a ante-cipar e alertar para os impactos negativos que a conjuntura nacional e internacional vivida poderiam ter no setor e, dessa for-ma, ajudar a criar as melhores estratégias para os minimizar e ultrapassar.

Com a sua morte, o setor automóvel português ficou claramente de luto pois perdeu, sem dúvida, uma grande voz na sua defesa e um lutador pela sua expansão e crescimento sustentado. Será difícil de substituir, mas, certamente, quem o fizer terá no António Teixeira Lopes um exem-plo a seguir pela forma enérgica e, simul-taneamente, apaixonada com que defen-dia as suas convicções e ideias e, acima de tudo, o automóvel.

A ASE Iberia perdeu um parceiro mas, acima de tudo, perdeu um amigo. Descan-se em paz”.

HELDER PEDROSecretário-geral da ACAP – Associação Automóvel de Portugal

“Foi com grande surpresa que recebi a notícia do falecimento do Dr. Tei-xeira Lopes.

Inicialmente, nem me parecia que fosse verdade e daí ter enviado, de imediato, uma mensagem ao Aquiles Pin-to, que me confirmou a triste notícia.

Tinha acabado de ler, nessa manhã de sexta-feira, o seu editorial no suplemento da ARAN no jornal ‘Vida Económica’. E tenho a dizer que, não só por obrigação profissional, lia sempre os seus editoriais com muito interesse e atenção.

Conheci o Dr. Teixeira Lopes logo no início do seu percurso na ARAN e tivemos de imediato uma grande empatia pelo que não foi difícil que nos tornássemos amigos.

Tivemos, naturalmente, muitas con-versas sobre o associativismo do setor au-tomóvel.

Relembro a primeira de muitas con-versas, em que o Dr. Teixeira Lopes me convidou para almoçar no mítico restau-rante Aleixo. Muitas outras se seguiram e cruzámo-nos também nas reuniões do CASA – Centro de Arbitragem do Setor Automóvel, ao qual dedicava muito do seu tempo.

Naturalmente, que nem sempre parti-lhámos a mesma visão sobre a resolução dos problemas do nosso setor, mas o que man-tivemos, e é essa a recordação que fica, foi uma grande confiança mútua e um espírito de lealdade no nosso relacionamento.

Era também essa a grande característica de um homem bom como era o Dr. Teixei-ra Lopes”.

JOSÉ ALVAREZ QUINTEROAdministrador da Fidelidade

“Escrevo esta nota com a profunda tristeza de quem perde um ami-go. António Teixeira Lopes foi para mim, mais que um interlocutor com

quem dialogar no setor da reparação au-tomóvel, um amigo, alguém com quem conversar, alguém a quem pedir conselho e as vezes, se necessário, ajuda. A sua fron-talidade, a paixão que punha na defesa das suais ideias e a capacidade para chegar a acordo tornaram-no numa figura inesque-cível e dificilmente repetível. É certo que nem sempre concordávamos em tudo, como é natural em quem representa a em-presas com interesses nem sempre alinha-dos. Quer do lado das seguradoras quer do lado das oficinas procurámos sempre o melhor para os nossos clientes mas nem sempre coincidimos em como consegui-lo.

Lembro-me de uma reunião que patro-cinou em Braga com as oficinas de aquela zona, descontentes com alguns procedi-mentos das seguradoras. Uma reunião difí-cil, num dia frio, em que o sol, esplendido, apenas conseguia aquecer. O meu amigo, com a mestria de quem domina o ofício, fez com que aquele encontro, mais predes-tinado ao fracasso do que ao sucesso fosse o início de uma nova relação entre Fide-

lidade e o setor da reparação automóvel, mais transparente e construtiva. Aí nasce-ram protocolos de atuação que ainda vi-goram e que têm permitido, junto com os que posteriormente assinamos com a outra associação representativa do setor, uma dé-cada de entendimento e colaboração que esperamos continue com o seu sucessor, a quem lhe desejo o melhor”.

MANUEL CASTROEx-diretor de peritagens da Tranquilidade, atual presidente do Colégio Automóvel da Câmara Nacional de Peritos Reguladores e consultor da Real Peritos

“A notícia da morte do Dr. Teixeira Lopes deixou-me chocado e triste.

Conheci o Dr. Teixeira Lopes por motivos profissionais e a nossa

relação profissional acentuou-se quando ele assumiu a presidência da ARAN. Ele sempre ligado ao setor reparador automó-vel enquanto que eu exercendo o cargo de diretor de peritagens de uma grande segu-radora nacional.

Não raras vezes defendemos pontos de vista diferentes e em algumas (muito pou-cas, na verdade) acabamos mesmo por não chegar acordo.

Mas foi pelo seu carácter, pela sua ma-neira de ser séria, combativa, leal, determi-nada, mas dialogante e, sobretudo, isenta de hipocrisia que nasceu esta nossa amiza-de pessoal que dura há mais de um quarto de século.

Ao Teixeira Lopes, a minha eterna ami-zade e o meu até sempre.

A todos os seus familiares e à ARAN, as minhas mais sentidas condolências”.

LUIS MORAISDiretor-geral da Mazda Motor de Portugal

“Perdi um ex-colega e um bom ami-go.

Conheci o António Teixeira Lo-pes na Mitsubishi em 1992, sendo

ele na altura diretor responsável pela filial do Porto, e eu um jovem responsável pelo departamento de estatísticas.

Apesar das posições hierárquicas dis-tintas e das respetivas evoluções ao longo do tempo, foi sempre um excelente colega, que fazia questão e tinha gosto em ajudar

os mais recentes na sua integração na em-presa. Naquela época em que não havia redes sociais e agendas eletrónicas, etc. lembrava-se sempre do aniversário dos co-legas, era difícil ir ao Porto e não ter o seu convite para jantar, e estava sempre dispo-nível para uma boa discussão construtiva!

Enquanto diretor, teve uma participa-ção muito ativa e relevante para o sucesso que aquela marca viveu num determinado período da sua história.

Como profissional do setor, todos o conhecemos como homem defensor dos valores que acreditava serem os melhores para o setor automóvel, com uma dinâmi-ca invejável e sempre na busca de soluções criativas e longe dos lugares comuns.

Na minha opinião o setor automóvel perdeu um ator importante e genuina-mente interessado em ajudar a criar as me-lhores condições para o setor em Portugal.

É assim que o recordo, e guardo na memória, muitos e bons momentos com o meu ex-colega e amigo António Teixeira Lopes e recordá-lo-ei muitas vezes ao lon-go da vida”.

VILHENA JÚLIOConsultor de desenvolvimento de rede da Mitsubishi Motors

“Homem de grande paixão pelos automóveis, punha essa paixão em tudo o que fazia. Por vezes frontal e irreverente, mas sempre leal e dispo-

nível para resolver os muitos desafios que este setor coloca.

Com experiência em várias marcas e ‘escola’ Renault, foi na fase de lançamen-to da Mitsubishi Motors Portugal que teve funções nas filiais do Porto e Lisboa e também como diretor-geral após-venda no importador.

Foram anos de grande crescimento de vendas e do negócio após-venda e onde o Teixeira Lopes deu importante contributo.

Fosse na modernização do após-venda da rede, para fazer face aos volumes e novas tecnologias das viaturas, fosse na prepara-ção das equipas internas da Mitsubishi o seu estilo inconfundível deixava sempre marca e ninguém indiferente.

Na ARAN, juntou toda essa experiên-cia, sempre a lutar pela melhoria e com-petitividade dos seus associados e do setor automóvel.

Incansável nesse objetivo e por um setor mais ‘transparente’, face a ataques de concorrência desleal e carga fiscal que não alivia, referia na sua última entrevis-ta (igual a si próprio) a comentar o Orça-mento do Estado 2018:

‘Quando chega a hora de estudar agra-vamentos fiscais, batem sempre à mesma porta. Mudam governos, mudam orçamen-tos, mas a receita é sempre a mesma…’”

António Teixeira Lopes foi presidente da ARAN nos últimos 15 anos

Teixeira Lopes era conhecido pelo dinamismo com que defendia as convicções

O dirigente associativo encontrou a ARAN moribunda e restitui-lhe a solidez financeira

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sexta-feira, 17 de novembro 2017VI

AQUILES [email protected]

O 12º Salão Automóvel e Motociclo Antigo-Clássi-co-Sport de Aveiro reali-

za-se nos dias 2 e 3 de dezembro. Marcado para o Parque de Feira e Exposições de Aveiro, o evento contará, segundo a organização, a cargo da Associação dos Amigos dos Carochas de Aveiro (AACA), com 25 mil m2 de área dedica-dos à exposição, venda e desporto motorizados. Realce ainda para a feira de peças com “mais de 250 expositores de diversas nacionali-dades”.

A organização do evento in-dica que terá em exposição “um

dos maiores stocks de motoci-clos e automóveis clássicos e seus

componentes”. Na área dos mo-tociclos, o destaque irá para duas

exposições temáticas, uma sobre motos francesas da segunda dé-cada do século XX e outra sobre motos inglesas dos anos 20, 30 e 40 do século XX.

Realce ainda no evento para provas desportivas, com espe-táculos de drift, karts, motos e automóveis de diversas catego-rias. Como habitual neste tipo de eventos, estarão ainda repre-sentados diversos clubes ligados ao tema.

Dez mil a 15 mil visitantes esperados

“As expectativas são elevadas, na medida em que se trata já da 12ª edição do evento e temos

conseguido fazer as coisas bem feitas. Contamos este ano voltar a fazê-lo”, disse à “Vida Econó-mica” João Redondo, fundador e presidente da AACA.

“Teremos os pavilhões lo-tados de expositores, o que nos enche de orgulho”, acrescenta a mesma fonte.

O AACA “conta ter dez mil a 15 mil visitantes” no 12º Salão Automóvel e Motociclo Antigo--Clássico-Sport de Aveiro, “um número com algum significado entre os certames desta natureza”, de acordo com João Redondo.

“Temos feito o trabalho de casa e de futuro procuraremos continuar a fazê-lo”, remata a mesma fonte.

AQUILES [email protected]

O mercado português de automóveis ligeiros (veículos de passageiros e comerciais) aumen-

tou 8,3% entre janeiro e outubro de 2017, em comparação com o período homólogo, para um total de 217 776 unidades. Em outu-bro, o mercado teve uma subida mais forte de 8,8% relativamente a igual mês do ano anterior, as-cendendo a um total de 19 041 veículos ligeiros.

Por marcas, a líder Renault cavou ainda mais o fosso em re-lação à concorrência, com a Peu-geot a manter-se como vice-líder do mercado. No último lugar do “pódio” é que houve, de novo, alterações, com a Volkswagen re-cuperar essa posição à Mercedes. A Fiat voltou a ser a marca que mais cresceu entre as do “top” dez no acumulado do ano. Em sen-tido contrário, Volkswagen foi a única, entre as dez marcas mais vendidas, a registar perdas em re-lação aos primeiros dez meses de 2016.

Ligeiros de passageiros sobem

Por segmentos, em outubro foram vendidos em Portugal 15 898 automóveis ligeiros de pas-sageiros, ou seja, mais 6,5% do que no mês homólogo do ano anterior. No acumulado de 2017, as vendas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 187 450 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 7,8% relati-vamente a período homólogo de 2016.

Quanto aos comerciais ligei-ros, no mês passado venderam-

-se no nosso país 3143 unidades, uma subida de 22,5% em relação ao mesmo mês de 2016. As ven-das acumuladas do ano foram de

30 326 veículos, o que represen-tou um aumento de 11,6% em relação ao período homólogo do exercício anterior.

Quanto aos veículos pesados

de passageiros e de mercadorias, verificou-se em outubro um de-créscimo de 13,4% em relação ao mês homólogo do ano ante-rior, tendo sido comercializados

538 veículos desta categoria. Nos dez primeiros meses de 2017, as vendas situaram-se nas 4548 uni-dades, mais 8,9% face ao mesmo período do ano passado.

Mercado nacional cresceu 8,3% até outubro

Clássicos “invadem” Aveiro no primeiro fim de semana de dezembro

A Renault cavou ainda mais o fosso da liderança até outubro

Esta será já a 12ª edição do salão de automóveis e clássicos de Aveiro.

Renault mantém liderança destacada nos ligeirosOutubro Janeiro a Outubro

Unidades % % no Mercado Unidades % % no Mercado  2017 2016 Var. 2017 2016 2017 2016 Var. 2017 2016

Renault 2.652 2.465 7,6 13,93 14,09 31.309 27.057 15,7 14,38 13,46 Peugeot 2.144 1.817 18,0 11,26 10,38 22.867 20.828 9,8 10,50 10,36 Volkswagen 1.464 1.417 3,3 7,69 8,10 15.561 16.188 -3,9 7,15 8,05 Mercedes-Benz 1.302 1.240 5,0 6,84 7,09 15.536 14.527 6,9 7,13 7,23 Citroën 1.264 1.080 17,0 6,64 6,17 13.809 12.474 10,7 6,34 6,21 Fiat 864 767 12,6 4,54 4,38 13.310 11.051 20,4 6,11 5,50 Opel 1.131 865 30,8 5,94 4,94 12.700 11.445 11,0 5,83 5,69 BMW 928 1.228 -24,4 4,87 7,02 12.202 12.374 -1,4 5,60 6,16 Nissan 993 778 27,6 5,22 4,45 11.243 10.091 11,4 5,16 5,02 Ford 841 815 3,2 4,42 4,66 9.907 9.169 8,0 4,55 4,56 Toyota 773 545 41,8 4,06 3,11 8.584 7.670 11,9 3,94 3,82 Audi 826 897 -7,9 4,34 5,13 7.729 7.773 -0,6 3,55 3,87 Seat 480 648 -25,9 2,52 3,70 6.870 6.958 -1,3 3,15 3,46 Dacia 527 422 24,9 2,77 2,41 5.557 4.671 19,0 2,55 2,32 Kia 391 357 9,5 2,05 2,04 4.746 4.299 10,4 2,18 2,14 Volvo 358 322 11,2 1,88 1,84 3.714 3.498 6,2 1,71 1,74 Hyundai 290 157 84,7 1,52 0,90 3.154 2.150 46,7 1,45 1,07 Smart 249 261 -4,6 1,31 1,49 2.670 2.568 4,0 1,23 1,28 Mitsubishi 220 283 -22,3 1,16 1,62 2.547 2.792 -8,8 1,17 1,39 Mazda 223 187 19,3 1,17 1,07 2.380 2.175 9,4 1,09 1,08 MINI 220 213 3,3 1,16 1,22 2.371 2.225 6,6 1,09 1,11 Skoda 154 178 -13,5 0,81 1,02 1.898 2.456 -22,7 0,87 1,22 Honda 145 155 -6,5 0,76 0,89 1.280 1.919 -33,3 0,59 0,95 Iveco 90 62 45,2 0,47 0,35 943 806 17,0 0,43 0,40 Land Rover 62 77 -19,5 0,33 0,44 913 803 13,7 0,42 0,40 Alfa Romeo 70 40 75,0 0,37 0,23 771 601 28,3 0,35 0,30 Jaguar 54 56 -3,6 0,28 0,32 612 549 11,5 0,28 0,27 Fuso 57 0 … 0,30 0,00 526 0 … 0,24 0,00 DS 25 33 -24,2 0,13 0,19 498 621 -19,8 0,23 0,31 Isuzu 54 47 14,9 0,28 0,27 371 374 -0,8 0,17 0,19 Lexus 32 28 14,3 0,17 0,16 360 310 16,1 0,17 0,15 Suzuki 33 21 57,1 0,17 0,12 353 195 81,0 0,16 0,10 Jeep 103 19 442,1 0,54 0,11 203 199 2,0 0,09 0,10 Porsche 16 13 23,1 0,08 0,07 188 108 74,1 0,09 0,05 Maserati 2 4 -50,0 0,01 0,02 49 37 32,4 0,02 0,02 Ferrari 2 1 100,0 0,01 0,01 18 12 50,0 0,01 0,01 Aston Martin 0 1 -100,0 0,00 0,01 11 6 83,3 0,01 0,00 Bentley 1 0 … 0,01 0,00 7 4 75,0 0,00 0,00 Piaggio 0 0 … 0,00 0,00 4 0 … 0,00 0,00 Lamborghini 1 0 … 0,01 0,00 3 1 200,0 0,00 0,00 Lancia 0 0 … 0,00 0,00 2 35 -94,3 0,00 0,02 Lotus 0 0 … 0,00 0,00 0 5 -100,0 0,00 0,00 Total 19.041 17.499 8,8 100,00 100,00 217.776 201.024 8,3 100,00 100,00

Fonte: ACAP

Pesados registam queda  Outubro Janeiro a Outubro

  2017 2016 %Var 2017 2016 %

VarLig Passageiros 15.898 14.933 6,5% 187.450 173.859 7,8%

Com Ligeiros 3.143 2.566 22,5% 30.326 27.165 11,6%

Total de Ligeiros 19.041 17.499 8,8% 217.776 201.024 8,3%

Total Pesados 538 621 -13,4% 4.548 4.178 8,9%

Pes Mercadorias 518 595 -12,9% 4.235 3.867 9,5%

Pes Passageiros 20 26 -23,1% 313 311 0,6%

Total do Mercado 19.579 18.120 8,1% 222.324 205.202 8,3%Fonte: ACAP

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VIIsexta-feira, 17 de novembro 2017

Juan López Frade foi nomea-do presidente da Suzuki Mo-tor Ibérica, com efeitos desde

1 de novembro último. López Frade é o novo responsável má-ximo da marca em Espanha, Portugal e Andorra para veículos de quatro rodas e em Espanha e Andorra para veículos de duas rodas.

O executivo espanhol substi-tui no cargo Jun Mitsubori, que foi designado para diretor da Magyar Suzuki, filial na Hungria para automóveis, motos e moto-res marítimos da Suzuki Motor Corporation. Esta nomeação im-plica, aliás, uma mudança na po-lítica da empresa japonesa, uma vez que é a primeira vez que esse cargo é ocupado por uma pessoa não japonesa.

Juan López Frade, de 52 anos, casado e pai de quatro fi-lhas, licenciou-se em ciências

económicas e empresariais na Universidade Complutense. Co-meçou a sua carreira profissional no setor automóvel em 1991 como responsável pela área da

Alfa Romeo, tendo-se incorpo-rado em 1993 na Porsche Ibérica até à sua chegada à Suzuki Ibérica em 2003, como diretor-geral co-mercial e marketing.

Juan López Frade é o novo presidente da Suzuki Motor Ibérica

López Frade está na Suzuki desde 2003

A SIVA efetuou alterações à estrutura da marca Audi. Ricardo Leal da Silva

passa agora a desempenhar a fun-ção de diretor de marketing da Audi em Portugal e Ricardo Re-belo as de diretor de vendas.

Licenciado em gestão de empresas, Ricardo Leal da Silva começou por desempenhar fun-ções no retalho da Volkswagen, tendo posteriormente integrado a equipa comercial da Expocar (organização do retalho da Audi no Grupo SAG) em 2008.

O seu percurso incluiu a Ex-pocar Loures, Lisboa e Cascais, tendo recentemente assumido a função de Diretor neste último concessionário.

Ricardo Leal da Silva passa agora conduzir a atividade de marketing da Audi em Portugal, com particular foco na gestão do produto, dos preços e da publici-dade da marca.

Já Ricardo Rebelo, licencia-do em economia, formação que completou com um MBA, tem uma experiência de 13 anos no setor automóvel, iniciada na SIVA, onde desempenhou várias funções ligadas às vendas. O seu percurso começou na Skoda, em 2004, como gestor de conces-sionários, tendo transitado para

diretor comercial da Audi na Ex-pocar Loures e assumido depois a Direção de vendas da Skoda, cargo que ocupou durante sete anos.

Ricardo Rebelo vai agora ge-rir a atividade comercial da Audi em Portugal, em estreita colabo-ração com a rede de concessioná-rios da marca.

Alterações na estrutura Audi em Portugal

Ricardo Rebelo.

A Daimler AG anunciou a criação de um fornece-dor de serviços digitais, a

Mercedes-Benz.io. Como parte da criação desta nova empre-sa, o grupo alemão adquiriu a CINTEO GmbH, uma empresa fundada a 30 de março de 2015 como uma subsidiária do grupo Diconium, cuja atividade con-sistia no desenvolvimento de produtos e serviços digitais exclu-sivamente para a Mercedes. Esta empresa contava com escritórios em Estugarda e Berlim.

Com a Mercedes-Benz.io GmbH, foi criado um parceiro de serviços totalmente digitais que irá apoiar a Daimler no seu processo de transformação para uma fornecedora de serviços de mobilidade interligados, com competências em inovação, im-plementação e exploração de pro-dutos digitais.

Lisboa é um dos três centros

O centro de competências digitais da Mercedes-Benz em Lisboa, o Digital Delivery Hub, passa então a designar-se Merce-des-Benz.io. A Mercedes-Benz.io em Lisboa, fundada em maio deste ano, é o primeiro centro de fornecimento de serviços digitais e de soluções globais de softwa-re da Daimler a nível mundial, e o segundo centro inteligente da Mercedes-Benz em Portugal.

Com a expansão da Merce-des-Benz.io e o desenvolvimento das competências digitais a nível interno, a Daimler avança na digitalização das áreas de marke-ting, vendas e serviços, respon-dendo desta forma às expetativas dos clientes e às mudanças no se-tor automóvel.

A nova subsidiária terá como foco o desenvolvimento de solu-ções orientadas para o cliente e melhorar a experiência dos clien-tes com os canais digitais. Ini-cialmente, a atividade irá incluir produtos e serviços nas áreas do marketing e do comércio digital. Além disso, a implementação de novos serviços e a expansão dos modelos de negócio serão um dos objetivos principais.

A Mercedes-Benz.io irá refor-çar os seus quadros na área digital com talentos oriundos do mundo inteiro, de designers a criadores de conceitos, incluindo especia-listas de programação para apps, big data, cloud computing, Java, Java Script, AEM e desenvolvi-mento SAP/ hybris. Em Portu-gal, a Mercedes-Benz.io conta já com cerca de 20 colaboradores e espera aumentar a sua equipa ao longo dos próximos meses.

A Mercedes-Benz.io marcou presença no evento Web Summit 2017, uma das mais importantes conferências de tecnologia a nível mundial, que decorreu em Lis-boa, de 6 a 9 de novembro.

Daimler cria fornecedor de serviços digitais Mercedes-Benz.io

A Lecitrailer, fabricante espa-nhola representada a nível nacional pela Reta, lançou

o Link Trailer, um semirreboque de dois eixos, com 7,82 metros de comprimento, enquadrado na categoria dos mega-camiões.

A nova solução inovadora, com maior flexibilidade, dispo-nível em caixas de lonas, frigorí-fica ou isotérmica, dispõe de um dispositivo de ligação para atrelar um segundo semirreboque, fican-do assim com uma capacidade de carga de 51 europaletes.

“Adaptável às necessidades de cada cliente, o Link Trailer per-mite uma utilização de ambos os semirreboques de forma separada

tanto na origem como no desti-no, permitindo otimizar as suas rotas. O semirreboque oferece di-ferentes tipologias e adapta-se ao transporte de bens de consumo ou outros tipos de carga”, refere a nota da Reta.

“O Link Trailer apresenta-se ainda como uma solução para a redução de custos e minimização das emissões de CO2”, conclui a empresa do grupo Luís Simões.

Lecitrailer lança semirreboque para megacamiões

O Link Trailer oferece capacidade para até 51 euro-paletes

Ricardo Leal da Silva.

O grupo Renault desenvolveu um sistema de controlo autónomo que demonstra

ser capaz de lidar com desafiantes cenários de condução, como obs-táculos inesperados na estrada, de forma tão eficaz quanto conduto-res profissionais. Os testes realiza-dos com estes condutores serviram como referência e inspiração para o Renault Open Innovation Lab – Silicon Valley.

“No grupo Renault, estamos focados em sermos líderes na ino-vação de produtos, tecnologia e

design”, afirmou o diretor do Re-nault Open Innovation Lab – Si-licon Valley, Simon Hougard. “Os nossos esforços na inovação, pre-tendem desenvolver avançadas tec-nologias de condução autónoma em que os clientes possam confiar e que vão permitir viagens mais se-guras e confortáveis”, acrescentou.

O Renault Open Innovation Lab faz parte da rede de labora-tórios da Aliança e está principal-mente focado em desenvolver a segurança e a tecnologia de condu-ção autónoma.

Renault testou autónomo que evita obstáculos

Os testes foram promovidos pelo o Renault Open Innovation Lab – Silicon Valley.

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sexta-feira, 17 de novembro 2017VIII

Embora a chuva não esteja a cair como seria desejável para melho-rar os índices de seca em que está grande parte do território portu-

guês, esta altura do ano traz sempre alguns períodos de pluviosidade, por vezes abun-dante. Importa, por isso, ter em atenção o perigo de aqualaning.

Os pneus novos podem dispersar até 30 litros de água por segundo a uma ve-locidade de 80 km/h, mas com os valores mínimos permitidos por lei no que se refe-re à profundidade do piso (1,6 mm) a ca-pacidade de dispersão de água diminui em cerca de 50%. Medições elaboradas pela Continental mostraram que, com uma profundidade do piso de cerca de 3 mm, os pneus retêm até 80% da sua capacidade de dispersão de água. Para determinar es-tes resultados, o fabricante de pneus desen-volveu uma série de testes com diferentes pneus. Os testes mostraram que, à medida que a profundidade do piso do pneu di-minuiu, os modelos perdem capacidade de dispersar volumes elevados de água. Quan-do os pneus atingem o limite dos 3 mm, os condutores devem trocar de equipamento.

Para ajudar a determinar a profundida-de do piso, os fabricantes como a Conti-nental e a Uniroyal instalaram indicadores de desgaste entre as ranhuras do piso. Se o piso circundante se desgastou até ao nível

dos indicadores, está na hora de substituir os pneus para garantir a segurança da cir-culação de todos os condutores. Os indi-cadores podem ser encontrados alinhados com o símbolo de uma gota de águia na parede lateral dos pneus.

Chuva preocupa automobilistas

Num estudo realizado pela Continen-tal Pneus Portugal no âmbito do projeto Visão Zero e que pretendia descrever as atitudes e a perceção dos condutores re-

lativamente à segurança rodoviária, 57% dos inquiridos revela um maior nível de preocupação com a segurança rodoviária quando está as condições meteorológicas são adversas, nomeadamente quando está a chover.

Mesmo com pneus novos e em bom estado, os condutores deve sempre reduzir a velocidade em piso molhado de forma a diminuir o risco de aquaplaning. Se entrar em aquaplaning, os condutores devem re-tirar imediatamente o pé do acelerador e diminuir a velocidade. Devem evitar “vi-rar” o volante e travar. Contudo se existir a ameaça de um acidente, devem iniciar a travagem de emergência – na maioria dos casos os pneus traseiros mantêm aderência suficiente para abrandar o veículo. Logo que possível, deve retomar-se a circulação a uma velocidade reduzida.

“Tendo em conta que estamos na épo-ca das chuvas, nunca é de mais relembrar os condutores da importância de verificar regularmente o estado dos pneus e sempre que a profundidade do piso for inferior a 3 mm proceder à sua substituição com a maior brevidade. Os pneus são o único ponto de contacto do veículo com o solo e como tal desempenham um papel funda-mental na segurança rodoviária”, refere Pe-dro Teixeira, diretor-geral da Continental Pneus em Portugal.

CONCLUI ESTUDO DA CONTINENTAL

Pneus no limite legal aumentam risco de aquaplaning em 50%

A Bridgestone Corpora-tion foi reconhecida como líder global na gestão Susten-

tável de Água e que, por isso, foi nomeada para o ranking deste ano do CDP (Carbon Disclo-sure Projet), uma pla-taforma de divulgação ambiental global e sem fins-lucrativos. Mais de 700 empresas foram avaliadas pelo CDP, mas apenas 73, entre elas a Bridgestone, fazem parte da “A List”.

O grupo Bridgestone tem-se focado no ambiente, para além das pessoas e mobilidade, como uma das áreas prioritárias para atingir a próxima fase de crescimento sustentável. O grupo adotou uma visão a longo prazo até 2050 para alcançar uma sociedade sustentável. Esta visão tem o ob-jetivo de conseguir um equilíbrio positivo no grupo entre as suas operações de negó-

cio e a proteção ambiental.Os esforços do grupo es-

tão centrados nos recursos relacionados com a água, incluindo o uso de sis-temas de refrigeração e vapor nos processos de produção. O uso con-tínuo destes processos é um requisito atual de produção que se alinha com a atividade do gru-po. Este estabeleceu um objetivo de redução do

consumo de água em 35% por unidade até 2020 em

todo o grupo, com base nos níveis de 2005.

Em 2016, o grupo havia atingi-do uma redução de 28.5%. Para além disso, a Bridgesto-ne está também a implantar relató-rios dos riscos hí-

dricos e redução de riscos nas instalações de produção, e a trabalhar em conjunto com parceiros para um uso sustentável dos recursos hídricos. Estes esforços levaram à sua inclusão na “A List” de 2017 do CDP.

Bridgestone reconhecida pela gestão sustentável de água

O grupo afirma-se comprometido com o ambiente

Com os valores mínimos permitidos por lei de profundidade do piso (1,6 mm) a capacidade de dispersão de água diminui para metade

A Goodyear voltou a receber o pré-mio Pneu do Ano atribuído pela revista “Neumáticos y Mecánica Rápida”. Desta feita, foi atribuído

ao pneu de todo-o-terreno Goodyear Wran-gler AT Adventure. A 18ª edição destes ga-lardões voltou a reunir os principais fabri-cantes de pneus, candidatos a vencer uma ou várias das cinco categorias (turismo, veí-culo industrial, moto, 4x4/SUV e agrícola) e sujeitos à avaliação do júri (jornalistas do setor automóvel e responsáveis de oficinas, entre outros) e do exigente público votante.

O Goodyear Wrangler AT Adventure estabelece, segundo a empresa, “um novo marco na categoria 4x4/SUV”, depois de o Goodyear EfficientGrip SUV ter recebido este mesmo prémio no ano de 2012. Ainda assim, esta não foi a única categoria con-quistada pela Goodyear: na passada edição do evento, o Eagle F1 Asymmetric 3 venceu o prémio na categoria de turismo, fazendo jus ao êxito alcançado pelos seus antecesso-res, todos eles vencedores do mesmo galar-dão (Eagle F1 Asymmetric 2, 2012; Eagle F1 Asymmetric, 2008). Além disso, o Goo-dyear EfficientGrip Performance foi eleito Pneu do Ano 2014 na categoria de turis-mo, e, em 2015, o FuelMax da Goodyear

conquis tou o prémio na categoria de veículo indus-trial, demons-trando, deste modo, que os produtos da marca de ori-gem americana são líderes tanto em turis-mo como em camião.

“É motivo de orgulho que o Goodyear Wrangler AT Adventure tenha sido pro-clamado vencedor entre um tão grande número de candidatos, e num dos segmen-tos cada vez mais exigentes. Na Goodyear concentramos os nossos esforços em ofere-cer a melhor experiência de condução ao utilizador, na estrada como fora dela. Por isso, a versatilidade do Goodyear Wran-gler AT Adventure faz dele o melhor alia-do em viagem, transmitindo confiança e proporcionando conforto aos condutores mais aventureiros. Este é, sem dúvida, um prémio que recebemos com o fito de con-tinuar a apostar na inovação tecnológica e na qualidade dos nossos produtos”, afirmou Alberto Villarreal, diretor de Marketing da Goodyear Dunlop Iberia.

Goodyear Wrangler at Adventure eleito “pneu do ano 2017”

O pneu destina-se a 4x4/SUV

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IXsexta-feira, 17 de novembro 2017

O português Carlos Sousa está de regresso ao Dakar para pilotar um Renault Duster (a gama Dacia é comercializada na Ar-

gentina sob a marca Renault). Integra-do na equipa oficial da Renault Sport Argentina, o “senhor” Dakar tem como objetivo um resultado final entre os dez primeiros da geral. É a estreia do piloto nacional com um Duster, modelo que, em anteriores edições, chegou a conquis-tar dois terceiros lugares em etapas. O Dakar 2018 decorrerá entre os dias 6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Peru, Bolívia e Argentina.

Pelo sexto ano consecutivo, dois Dus-ter inscritos pela Renault Sport Argenti-na estarão à partida do mais exigente e apaixonante rali do mundo: o Dakar. Equipados com um motor V8 da Aliança Renault-Nissan, com cerca de 400 cv de potência, os Duster têm como objetivo um resultado final entre os dez primeiros. O português Carlos Sousa estreia-se na equipa.

“Um convite que me orgulha bastan-te”, sublinha o piloto. “Estava parado há dois anos e longe de imaginar de poder ser convidado para regressar ao Dakar. Mas o convite surgiu e não podia ficar em casa. Estou muito motivado, tenho acompa-nhado o excelente trabalho que a equipa tem feito e não vejo a hora de me sentar ao volante do Duster, com quem travei curiosas lutas no passado”, acrescenta.

Quanto ao potencial do Duster, Car-los Sousa não tem dúvidas de que “é gran-de e basta ver” os resultados alcançados, em algumas etapas, em anteriores edições. “Acredito que podemos surpreender com um resultado final entre os dez primei-ros”, disse o piloto de Almada.

“É uma expectativa muito elevada face à qualidade da lista de inscritos, mas

tanto eu como a equipa acreditamos nes-sa possibilidade. Também confio que a experiência que tenho do deserto pode ajudar a concretizar esse objetivo e, como a edição 2018 do Dakar até começa logo com areia, espero estar à altura do desa-fio”, afirma.

Até à partida marcada para a cidade de Lima (Peru), no dia 6 de janeiro, Car-los Sousa tem como maior preocupação “recuperar o ritmo perdido” em dois anos de ausência de competições. “Felizmente, no final deste mês, está agendado um im-portante teste com a equipa na Argentina. Uma sessão em que está previsto realizar cerca de 2000 km. Ou seja, uma excelente oportunidade para também ficar a conhe-cer o Duster”, refere.

O nome do navegador que acom-panhará Carlos Sousa na 40ª edição do Dakar ainda não é conhecido. “O convite é tão recente que ainda nem tive tempo para pensar em nomes. Mas é um assunto que vai ficar fechado em breve”, indica.

Duster é a “arma” de Carlos Sousa para o regresso ao Dakar

Dois Duster ao “assalto” do “top” dez

A equipa Renault Duster Dakar Team participará na 40ª edição do Dakar (décima em território da América do Sul) com Carlos Sousa e o argentino Emiliano Spataro, o habitual piloto da formação que, em 2014, conquistou o melhor resultado do projeto: quarto lugar da classe, a que correspondeu a 14ª posição à geral.

Em 2017, o Duster logrou chegar ao �nal do Dakar pela quinta vez consecutiva e, apesar dos percalços, terminou num positivo 22º lugar. Os objetivos para 2018 são mais ambiciosos e passam pela conquista de um lugar no “top” dez. Recorde-se que o Duster já terminou duas etapas do Dakar no “top” três.

Apesar de ser desenvolvido pela �lial argentina da marca, o projeto tem bene�ciado do apoio e acompanhamento da “casa-mãe” Renault Sport Racing, a divisão desportiva do grupo Renault.

Filipe Albuquerque com mesma equipa na ELMS e Le Mans

A primeira corrida do ELMS em 2018 começa a 15 de Abril em Paul Ricard.

Está confirmada a participação de Filipe Albuquerque novamente no European Le Mans Series (ELMS) e nas 24 horas de Le Mans em

2018 com a United Autosports. O piloto português vê assim o seu programa despor-tivo alargar-se à já confirmada participação no Campeonato Norte-Americano de Re-sistência.

Este ano, Filipe Albuquerque terá um novo companheiro de equipa, o jovem piloto inglês de 18 anos Phil Hanson, “a quem pretende passar um pouco da sua ex-periência e conhecimento, de forma a fazê--lo evoluir”, de acordo com o comunicado de imprensa.

Se, aliado a isso, conseguir, mais uma vez, ajudar a equipa a estar na luta pelo título, tanto melhor. “Estou muito satis-feito por poder voltar a competir com a United Autosports, uma equipa fantás-tica, e continuar a integrar este projeto, podendo conciliá-lo com o programa nos Estados Unidos. Acho que vai ser um ano incrível em termos desportivos e tem tudo para ser bem-sucedido”, disse Albu-querque.

Se vencer o Campeonato Norte-Ame-ricano com a Action Express Racing é, se-gundo o piloto de Coimbra, um objetivo bem real, o mesmo se passa com o ELMS, já que a meta é ajudar a equipa a conse-guir esse feito. “Tenho três participações no ELMS, com dois vice-campeonatos. Gostava de este ano lutar pelo título no-vamente, no entanto vou falhar a primeira corrida porque colide com uma prova nos Estados Unidos. Mas se conseguir ajudar a equipa a lá chegar já vou ficar muito feliz. O Phil, apesar de jovem, já tem alguma experiência no ELMS e já fez as 24h de Le Mans. Vamos trabalhar bastante na pré--época para que ele evolua e seja cada vez mas rápido”, concluiu Filipe Albuquerque, entusiasmado por ver o seu programa des-portivo completo.

A primeira corrida do ELMS em 2018 começa a 15 de abril, em Paul Ricard.

Unanimemente reconhecido como o mais bem-sucedido piloto português da história da modalidade e um dos nomes consagrados do todo-o-terreno a nível mundial, Carlos Sousa iniciou-se na competição automóvel em 1989, ao volante de um UMM. A partir daí, trilhou um caminho de sucesso sem paralelo na disciplina…

Com um palmarés invejável no campeonato português, onde ostenta dez títulos nacionais, quatro deles absolutos, a que soma ainda 21 vitórias à geral, a carreira de Carlos Sousa teve o mérito de nunca se esgotar em território nacional.

Com efeito, é no plano internacional que as conquistas de Carlos Sousa atingem um outro patamar de notoriedade e mediatismo. Foi não só o primeiro piloto português a vencer uma prova pontuável para a Taça do Mundo como também o primeiro – e até agora único – a garantir um título mundial, duas taças europeias e um

troféu ibérico.Porém, foram as sucessivas

participações no Rali Dakar a conferir-lhe, em de�nitivo, o atual estatuto desportivo e a enorme popularidade que conquistou junto do público português e internacional.

Desde a sua estreia em 1996, Carlos Sousa conta já 17 participações no maior e mais mediático rali do mundo, exibindo como melhor resultado um quarto lugar alcançado em 2003.

Sublinhando a sua enorme consistência, Carlos Sousa soma qualquer coisa como dez presenças no “top” dez da classi�cação geral. Ao quarto lugar de 2013, o piloto junta ainda dois quintos lugares (2001 e 2002), três sextos (2010, 2012 e 2013), três sétimos (2005, 2006 e 2007) e um décimo em 1997, além de seis vitórias em etapas.

Números que o con�rmam como um dos melhores e mais respeitados pilotos mundiais de todo-o-terreno.

O piloto tem como maior preocupação “recuperar o ritmo perdido em dois anos de ausência de competições”

Carlos Sousa: O “senhor” Dakar

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sexta-feira, 17 de novembro 2017X

As primeiras unidades nacvionais do Volvo XC40 chegarão no primeiro trimestre de 2018. A Volvo Car Portugal já definiu os preços e os

níveis de equipamento para o nosso país.O terceiro modelo da gama de SUV

da Volvo estreia a plataforma CMA e tem 4425 mm de comprimento, 1652 mm de altura, 1863 mm (sem espelhos) de largura e uma distância entre eixos de 2702 mm. A bagageira tem capacidade para 479 litros.

O XC40 terá, em Portugal, dois níveis de equipamento, Momentum e R-Design, associados em qualquer uma das motoriza-ções. Os motores disponíveis no arranque da comercialização em Portugal são quatro, dois a gasolina e outros tantos a diesel, to-

dos com 2.0. A gasolina, a escolha recai no T3 com 152 cv, associado a caixa manual

de seis de velocidades (preço desde 36 639 euros), e no T5 de 247 cv, com caixa auto-

mática Geartronic de oito marchas (desde 51 484 euros).

No que se refere ao diesel, estão disponí-veis o D3 com 150 cv e o D4 com 190 cv. O primeiro pode ter acoplada caixa manual de seis marchas (a partir de 39 956 euros) ou automática Geartronic de oito veloci-dades (desde 42 519 euros). O D4 apenas pode montar caixa Geatronic (com preços a partir de 52 121 euros).

O modelo será produzido na fábri-ca da Volvo na Bélgica e, depois, também na China. O mais recente SUV da marca sueca, que está integrada no grupo chinês Geely desde 2010, é concorrente de mode-los como o Audi Q3, BMW X1, Mercedes GLA e Jaguar E-PACE.

AQUILES [email protected]

A Alfa Romeo abriu as encomendas do Stelvio Quadrifoglio, o pri-meiro SUV a ostentar o símbolo “Quadrifoglio”. Com preço de ta-

bela a partir de 115 000 euros, o novo mo-delo da Alfa Romeo é detentor de diversos recordes na sua categoria.

O Stelvio Quadrifoglio é o “SUV mais rápido em pista”, tendo conquistado, no mítico circuito de Nürburgring, o novo recorde da categoria: 7 minutos, 51 segun-dos e 7 décimos.

O modelo monta motor 2.9 V6 bitur-bo a gasolina, construído em alumínio e inspirado em tecnologias e competências técnicas da Ferrari, que debita 510 cv de potência máxima às 6500 rpm e desen-volve 600 Nm de binário máximo entre as 2500 e as 5000 rpm. Acoplado à caixa automática de oito velocidades com regu-lação específica, permite efetuar mudanças em apenas 150 milésimos de segundo na modalidade de condução Race.

O Stelvio Quadrifoglio é capaz de ace-lerar de zero a 100 km/h em apenas 3,8 segundos e de atingir a velocidade máxima de 283 km/h, a mais alta da sua categoria, segundo a marca italiano.

Pela primeira vez, o motor 2.9 V6 Bi-turbo a gasolina de 510 cv é associado ao inovador sistema de tração integral Q4. Em condições normais, o sistema Q4 transfere 100% do binário para o eixo traseiro. Com a aproximação do limite de aderência das rodas, o sistema transmite, em tempo real, até 50% do binário motor para o eixo dian-teiro através de uma caixa de transferência.

A Alfa Romeo revela ter tido, também, preocupações com termos de emissões e de consumos no desenvolvimento deste SUV, graças ao sistema de desativação dos cilin-dros de controlo eletrónico e à função “sai-ling”, disponível na modalidade de condu-ção Advanced Efficiency.

O Stelvio Quadrifoglio é equipado com a exclusiva unidade de controlo Alfa Chassis Domain Control e é o único a ofe-recer, de série, o diferencial de Vectoriza-ção Ativa de Binário Alfa (Active Torque Vectoring).

O primeiro dispositivo representa o “cérebro” do modelo, coordenando toda a eletrónica de bordo de modo a propor-cionar sempre as melhores performances e o máximo prazer de condução. Em con-creto, o sistema gere e atribui, simulta-neamente, tarefas específicas aos diversos sistemas ativos, como o selector Alfa DNA Pro, a tração integral Q4, o sistema de Vec-torização Ativa de Binário Alfa, as Suspen-sões Activas Alfa e o controlo eletrónico de estabilidade.

A tecnologia de Vectorização de Biná-rio otimiza a motricidade do Stelvio Qua-drifoglio, acentuando-lhe o carácter des-portivo. As duas embraiagens de comando eletrónico, inseridas no diferencial poste-rior, permitem controlar separadamente

o binário para cada roda. Deste modo, a transmissão da potência ao solo é sempre ideal, mesmo em situações de condução no limite. É, assim, possível conduzir de forma segura e sempre muito divertida, sem nunca recorrer a intervenções invasi-vas do controlo de estabilidade.

Melhor na classe em potência específica e peso/potência

O Stelvio Quadrifoglio detém dois re-cordes na categoria que o elegem como o SUV de melhores prestações no segmento: com um peso em vazio de 1830 kg, goza da melhor relação peso/potência da cate-goria (3,6 kg/cv) e da melhor potência es-pecífica (176 cv/l). Estes resultados foram alcançados através da perfeita distribuição do peso entre os dois eixos, o que exigiu uma particular gestão das massas e dos ma-teriais, obtida quer trabalhando no layout do modelo quer colocando na posição mais central possível todos os elementos

de maior peso. A relação peso/potência ideal, por sua vez, foi conseguida mediante a utilização de materiais ultraleves, como fibra de carbono para o veio de transmis-são e alumínio para o motor, suspensões, travões, portas, guarda-lamas, capô e porta da bagageira.

O peso reduzido não prejudica a exce-lente rigidez de torção, garantia de quali-dade ao longo do tempo, de conforto acús-tico e de estabilidade, mesmo em caso de solicitações extremas.

Para o eixo dianteiro do Stelvio Qua-drifoglio foi escolhida a suspensão em qua-driláteros sobrepostos com eixo de direcção semivirtual que optimiza o efeito filtrante e permite virar de forma rápida e precisa. Trata-se de um exclusivo Alfa Romeo que, em curva, mantém constante a posição dos pneus em relação ao solo, garantindo ele-vadas acelerações laterais.

O eixo traseiro apresenta a solução Multilink de quatro braços e meio — pa-tente Alfa Romeo — que assegura, simul-taneamente, altas performances, prazer de condução e conforto. O amortecimento é assegurado por elementos de controlo elec-trónico que se adaptam a cada instante às condições de condução e permitem esco-lher entre um comportamento mais orien-tado para as prestações ou para o conforto.

Para a excelente experiência de con-dução do Stelvio Quadrifoglio contribui ainda a relação de direção de 12,1, que a Alfa Romeo indica ser a “mais direta do mercado”.

Exclusivo da marca Alfa Romeo e de-pois de ter sido estreado no Giulia, tam-bém o Stelvio Quadrifoglio propõe o inovador Sistema Integrado de Travagem IBS (Integrated Brake System), dispositivo eletromecânico que combina o controlo de estabilidade com o tradicional servo-freio, garantindo resposta instantânea dos travões e limitando, assim, a distância de imobilização, para além de permitir uma importante otimização do peso.

Primeiras unidades do Volvo XC40 em Portugal no início de 2018Os preços do novo SUV sueco arrancam nos 36 639 euros

STELVIO QUADRIFOGLIO TEM PREÇO DE 115 MIL EUROS

Alfa Romeo abre encomendas do “SUV mais rápido em pista”

O Stelvio Quadrifoglio é o “SUV mais rápido em pista”

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XIsexta-feira, 17 de novembro 2017

A Citroën lançou em Portugal o C3 Aircross, a versão SUV do modelo do segmento B. Inserido num dos subsegmentos em maior crescimen-

to do mercado, o modelo ganha espaço para passageiros e mercadorias, assim como ofe-rece uma posição (para condutor e passagei-ros) mais elevada face à estrada.

O modelo oferece, consoante a versão, vários equipamentos tecnológicos, incluin-do um ponto de carga sem fi os para smar-tphones na consola central. Realce ainda para um sistema de head-up display, Acti-ve SafetyBrake, comutação automática de máximos, reconhecimento dos painéis de recomendação de velocidade, Coffee Break Alert, para além de soluções como o Grip Control com Hill Assist Descent, Park As-sist, Top Rear Vision, câmara de visão trasei-

ra com alcance de 180º ou o ConnectNav 3D tátil.

O novo SUV compacto C3 Aircross está

disponível numa gama composta por 14 variantes. São três os níveis de equipamen-to – Live, Feel e Shine – conjugados com motores a gasolina 1.2 PureTech (82, 110 e 130 cv) e diesel 1.6 BlueHDi (100 ou 120 cv), associados a transmissões manuais (cin-co e seis velocidades) ou automática (de seis velocidades).

Os consumos médios, em circuito mis-to, do C3 Aircross iniciam-se nos 4 l/100 km, alcançados pela versão 1.6 BlueHDi 100 CVM, variante que uma vez equipada com o sistema Stop & Start emites 96 g/km de CO2. Esta é a mais baixa de uma escala de emissões que tem como máximo 107 g/km no diesel e 126 g/km na gasolina.

Os preços do Citroën C3 Aircross (sem despesas de legalização e transporte) em Por-tugal variam entre 15 900 e 24 400 euros.

Três níveis de equipamento Nível de Equipamento

Motores LIVE FEEL SHINE1.2 Puretech 82 CVM

15.900 € 17.300 € 19.400 €

1.2 Puretech 110 S&S CVM

- 18.500 € 20.600 €

1.2 Puretech 110 S&S EAT6

- 20.300 € 22.400 €

1.2 Puretech 130 S&S CMV6

- - 21.400 €

1.6 BlueHDi 100 CVM

19.900 € 21.300 € 23.400 €

1.6 BlueHDi 100 S&S CVM

- - 23.600 €

1.6 BlueHDi 120 S&S CVM6

- 22.300 € 24.400 €

Lexus renovou SUV híbrido NX 300h

A Lexus renovou a gama NX, em Portugal “assegurada” pela versão híbrida 300h. No exterior, realce para o novo visual da grelha “fusi-

forme”, mais alinhado com o outro mode-lo SUV da Lexus. Também os “piscas” são novos, tanto na dianteira como na traseira.

Na secção traseira, os grupos óticos são novos. Há, além disso, dois novos desenhos nas jantes de liga leve de 18 polegadas que passam a estar disponíveis para as versões Luxury e F SPORT.

No habitáculo, a maior alteração está no aumento do tamanho do ecrã multimedia central, o sistema Lexus Premium Naviga-tion, que aumentou de sete para 10,3 pole-gadas. Além disso, o painel de controlo da climatização na consola central viu uma sé-rie de botões serem substituídos por quatro comutadores. Também o relógio analógico central foi ampliado, com uma face mais clara e um anel externo mais saliente. Além de ser mais fácil de ler, possui um controlo GPS que ajusta automaticamente a hora à medida que o veículo é conduzido através de diferentes fusos horários.

Os preços por que a Lexus Portugal pro-põe o renovado NX 300h arrancam nos 51 500 euros, correspondendo à versão Busi-ness 4x2. O nível seguinte, Executive 4x2, é proposto por 56 800 euros e a versão Exe-cutive+ 4x2 por 59.000J.

As versões F Sport e Luxury são 4x4. A versão F Sport apresenta-se com um preço de 65 150 euros e a versão Sport+ e Luxury são propostas por 71 640 euros.

Volkswagen quer manter Polo na rota do sucesso com nova geração

O SUV japonês foi alvo de “retoques”.

C3 Aircross já nos concessionários CitroënA oferta arranca no motor 1.2 a gasolina de 82 cv

AQUILES [email protected]

A sexta geração do Volkswagen Polo já está nos concessionários nacio-nais da marca alemã. Com mais de 14 milhões de unidades vendi-

das nas cinco primeiras gerações, o modelo é uma das “marcas” do segmento B.

A cada novo Polo, os títulos da im-prensa falam, invariavelmente, em com-parações com o Golf, dadas as dimensões. Lamentamos se desiludimos o leitor, mas também o sexta geração do modelo remete para comparações com o modelo do seg-mento C.

É que, graças à plataforma modular transversal (a MQB), o novo Polo, embora mais baixo, é mais comprido e espaçoso do que a geração anterior. O modelo tem um comprimento de 4,053 metros (+81 mm), uma distância entre eixos de 2,548 metros (+92 mm) e 351 litros (+71 litros) de volu-metria no porta-bagagens.

Em termos de motorizações, para o lançamento no mercado, a oferta é repar-tida entre três opções a gasolina de três cilindros com três níveis de potência: 1.0 MPI com 75 cv e dois blocos TSI sobreali-mentados de 1.0 litros com 95 cv e 115cv. Todos os modelos são equipados com o

sistema Start-Stop e modo de travagem re-generativa. A partir da potência de 95 cv é possível a combinação com a transmissão automática DSG de dupla embraiagem.

Novas motorizações serão introduzidas de forma faseada ainda em 2017. A gama de motores a gasolina será completada por uma variante desenvolvida do motor 1.5 TSI ACT com 150 cv e gestão ativa dos cilindros. O motor a gasolina de topo tam-bém será introduzido: um potente bloco 2.0 TSI com 200 cv destinado a equipar o Polo GTI. Novidade é também o primeiro motor de gás natural do Polo: o 1.0 TGI com 90 cv. A gama será completada por dois blocos diesel 1.6 TDI com potências de 80 cv e de 95 cv.

Três níveis de equipamentos

O Volkswagen Polo oferece os três ní-veis de equipamento: Trendline, Confortli-ne e Highline. A versão base inclui de série elementos como luz de condução diurna

em LED com função Coming Home, li-mitador de velocidade, travões multicoli-sões, sistema Front Assist com função de travagem de emergência em cidade (City Emergency Braking) e sistema de deteção de peões (Pedestrian Monitoring).

Os preços das versões já lançadas do novo Volkwagen Polo em Portugal variam entre os 16 825 euros do 1.0 75 cv Tren-dline e os 25 319 euros do 1.0 TSI 115cv Highline DSG.

Preços desde 16 285 euros1.0 75 cv Trendline ............................... 16 285 €

1.0 75 cv Confortline ............................ 17 285€

1.0 TSI 95 cv Trendline ......................... 17 054€

1.0 TSI 95 cv Confortline ..................... 18 177€

1.0 TSI 95 cv Confortline DSG ........... 20 089€

1.0 TSI 115 cv Confortline DSG ......... 21 839€

1.0 TSI 115 cv Highline DSG............... 25 319€

O modelo está maior

O crescimento refl ete-se no espaço para passageiros e bagagens

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sexta-feira, 17 de novembro 2017 sexta-feira, 17 de novembro 20178 1

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Pro�ssional da ARAN.

INSTRUÇÕES DE MONTAGEM DO BOLETIM

Associados da ARAN com as quotas em dia terão desconto de 15% sobre valorPara mais informações sobre cursos técnicos contactar ARAN. Tel: 225091053; Fax: 225090646; E-mail: [email protected] da ARAN: Os cursos de 50h = 89,00€, os cursos de 25h = 45,00€CD - Formação Curta Duração | MOD - Formação Modular | TRV - Formação Transversal | ESP - Formação Especializada

Formação Profissional

ARAN

Curso Tipologia Local Carga Datas Horário Valor

Sistemas Multiplexados MODCoimbra-

Tábua25h 20/11 - 28/11 19h - 23h 60,00 €

Gestão de resíduos e classi�cação MOD Viseu 25h4-6, 11-14 Dezembro

19h - 23h 40,00 €

Fundamentos Gerais de Segurança no Trabalho

MOD Beja 25h4-6, 11-14 Dezembro

19h - 23h 40,00 €

Alternadores - Reparação e Veri�cação CDCoimbra-

Tábua16h 11/12 - 14/12 19h - 23h 105,00 €

CEPRA _ LISBOA

Diagnóstico e Reparação em Sistemas Segurança Ativa e Passiva

MOD Prior Velho 50h 13/11 - 29/11 19h - 23h 120,00 €

Motores - Reparação / Dados Técnicos MOD Prior Velho 50h 13/11 - 29/11 19 - 23h 120,00 €

CEPRA _ NORTE

Atestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado Instalados em Veículos a Motor - Nível 2

CD Maia 14h 13/11 - 16/11 19h - 23h 150,00 €

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Informação e Comunicação

MOD Maia 50h 27/11 - 15/12 19h - 23h 120,00 €

Sistemas multiplexados MOD Maia 25h 04/12 - 13/12 19h - 23h 60,00 €

Motores-Reparação / Dados Técnicos MODVila Nova de

Famalicão50h 04/12 - 21/12 19h - 23h 120,00 €

Sistemas Multimédia CD Maia 20h 20/11 - 24/11 19h - 23h 120,00 €

Veículos com Propulsão Híbrida CDSanta Maria

da Feira16h 20/11 - 23/11 19h - 23h 120,00 €

Os sistemas de segurança ativa encontram-se em plena expansão e evolução no automóvel, uma vez que existem cada vez mais sistemas, em mais veículos, e cada vez mais evoluídos.A evolução destes sistemas deve-se em grande parte à evolução da eletricidade/eletrónica automóvel, e à sua associação à mecânica, proporcionando maior precisão e e�cácia à segurança ativa.O sistema ABS – Anti-lock Breaking System foi desenvolvido para a aviação no �nal dos anos vinte, e foi aplicado de forma �ável no automóvel pela primeira vez no início dos anos setenta.No automóvel, o seu principal objetivo é evitar o bloqueio das rodas, para que a viatura não perca a direcionalidade. Ao não perder a direcionalidade o condutor, ainda que não consiga parar a viatura em espaço adequado, pode sempre desviar-se de um eventual obstáculo.Numa roda parada, a força resistente ao movimento é sempre igual independentemente da direção de aplicação da força, ou seja, a força necessária para deslocar a roda quer no sentido transversal quer no sentido longitudinal é sempre a mesma. No entanto se for permitida a rotação da roda, a força necessária para a deslocar no sentido para o qual roda é muito menor do que a que ocorre no sentido transversal. Daqui pode concluir-se que, sempre que puder, a roda irá direcionar-se no sentido onde existe menor força resistente ao movimento. Já no caso de uma roda bloqueada, dado que todas as forças resistentes são iguais independentemente do sentido, a roda irá deslocar-se na direção em que já se deslocava, independentemente de para onde a roda está virada.

Figura 1 – Roda bloqueada durante a travagem

A roda da �gura encontra-se bloqueada. Entenda-se por bloqueada a roda estar sem movimento de rotação e o veículo encontrar-se em movimento.Neste caso, e porque a roda está bloqueada, o veículo vai continuar sempre a mesma trajetória, e não adianta de nada ao condutor tentar desviar-se do obstáculo enquanto a roda estiver a derrapar.Muitas vezes é confundido o principal objetivo do sistema de travagem ABS, como sendo o obter uma menor distância de paragem, e embora em muitos casos se consiga uma menor distância, alguns construtores advertem nos seus manuais que o

facto de determinado modelo vir equipado com ABS, não quer dizer que estes tenham distâncias de paragem menores.As menores distâncias de paragem foram conseguidas através do aumento da velocidade de atuação e precisão da travagem, uma vez que esta controla a derrapagem de forma a obter o máximo coe�ciente de atrito entre o pneu e o piso. Entenda-se por derrapagem a relação de velocidade da roda com a velocidade do veículo. Por exemplo, um veículo cuja velocidade instantânea durante a travagem seja de 100 km/h e a roda rode a apenas 80km/h, tem um deslizamento de 20%.O grá�co que se segue indica o coe�ciente de atrito típico em diversos tipos de piso em função da derrapagem. Para efeitos de travagem. quanto maior for o coe�ciente de atrito, menor será a distância de paragem.

Figura 2 – Coe�ciente de atrito em função do piso e do deslizamento

Consultando o mesmo grá�co, pode veri�car-se que o deslizamento de 100%, roda bloqueada não é, na maior parte nos casos, vantajosa, pois apresenta valores de coe�ciente de atrito mais baixos do que os máximos possíveis. Esta situação apenas seria vantajosa relativamente à distância de paragem em condução de neve, e porque a acumulação de neve faz efeito de cunha na frente da roda. Ainda assim, neste caso, perder-se-ia a direcionalidade.Um deslizamento de 0% também não será lógico, porque se a roda girar à mesma velocidade do veículo, este não está a ser travado.O melhor compromisso de travagem é quando a derrapagem se situa próxima de 20%, pois é o tipo derrapagem que mantém os máximos coe�cientes de atrito (com excepção de neve) e ao mesmo tempo mantém o veículo direcionável.Poderá pensar-se que, sem sistema ABS, um bom condutor, com elevada sensibilidade, consegue fazer o mesmo, bastando carregar no pedal de travão de forma a conseguir o deslizamento de aproximadamente 20%, no entanto em situações em que as rodas se situam em pisos diferentes, ou que pneus se encontram

SISTEMA ABS

Serviços Técnicos

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sexta-feira, 17 de novembro 2017 sexta-feira, 17 de novembro 20172 7

em estados de diferente desgaste, ou de pressão de enchimento, isso torna-se praticamente impossível, pois o condutor não consegue controlar individualmente a pressão de travagem em cada roda.

Travagem sem ABS Travagem com ABS

Figura 3– Travagem com rodas em diferentes pisos, sem e com ABS

Dada a evolução da eletrónica, o sistema ABS consegue, atualmente, controlar a pressão de travagem em cada roda em mais de 10 vezes por segundo.

Figura 4 – Unidade ABS

Para funcionar, o ABS tem que ser capaz de medir constantemente a velocidade de cada roda, e para isso utiliza sensores de velocidade.Os sensores de velocidade encontram-se normalmente �xos nos cubos de roda, ou, por vezes, fazem parte do próprio rolamento. Estes sensores de velocidade podem ser do tipo passivo ou ativo.Os sensores passivos efetuam a leitura de uma roda fónica que gira solidária com a roda do veículo e denominam-se por sensores indutivos. São constituídos por um íman permanente e uma bobina, e sempre que um dente da roda fónica atravessa o campo magnético do íman permanente, este altera-se por forma a induzir uma corrente alternada na bobina.A frequência da onda alternada gerada no sensor tem frequência proporcional à velocidade da roda.

Figura 5 – Sensor indutivo e seu sinal

Os sensores ativos podem ser incorporados no rolamento da roda, ou então no próprio cubo, e efetuam a leitura numa parte do rolamento que se encontra com uma pista de pontos alternadamente magnetizados e não magnetizados. Esses sensores denominam-se por magneto-resistivos, são sensores que necessitam de ser alimentados e podem ser distinguidos (quando não incorporados no rolamento) pela sua ponta achatada. Os veículos que utilizam estes sensores têm rolamentos especí�cos com pontos magnetizados para leitura do sensor.

Figura 6 – Sensor magneto-resistivo e veri�cação de rolamento magnetizado com cartão de limalha de ferro

Os sensores magneto-resistivos são sensores que variam a sua resistência em função do campo magnético. Estes enviam um sinal em forma de onda quadrada cuja frequência é proporcional à velocidade de rotação da roda.A unidade de controlo do ABS é a responsável por interpretar os sinais vindos da leitura das rodas, e de fazer atuar o sistema convenientemente. Na primeira fase, durante a travagem, a pressão que o condutor exerce sobre o pedal é transmitida diretamente ao sistema de travagem; à medida que a força de travagem aumenta, produz um aumento da desaceleração da roda, ou seja, aumenta o deslizamento da roda. Simultaneamente, a unidade do ABS

Decreto-Lei n.º 132/2017 – De 11.10.2017 Aprova o Regulamento Que Fixa os Pesos e as Dimensões Máximos Autorizados para os Veículos em Circulação, transpondo a Diretiva (UE) n.º 2015/719.

GERAL

Portaria n.º 285/2017 – De 28.09.2017 Procede à regulamentação das formas de entrega do Cartão de Cidadão e dos respetivos códigos de ativação, do código pessoal (PIN) e do código pessoal para desbloqueio (PUK), a cidadãos residentes no estrangeiro, bem como das condições de segurança exigidas para essa entrega e à �xação das taxas associadas.

Portaria n.º 286/2017 – De 28.09.2017 De�ne os modelos o�ciais e exclusivos do cartão de cidadão, os elementos de segurança física que o compõem, os requisitos técnicos e de segurança a observar na captação da imagem facial e das impressões digitais do titular do pedido e ainda as medidas concretas de inclusão de cidadãos com necessidades especiais na sociedade de informação, a observar na disponibilização do serviço de apoio ao cidadão.

Portaria n.º 287/2017 – De 28.09.2017 A presente Portaria procede à regulamentação dos mecanismos técnicos de acesso e leitura dos dados constantes de circuito integrado do cartão de cidadão, do prazo geral de validade do cartão de cidadão, dos casos e os termos em que o Portal do Cidadão funciona como serviço de receção de pedidos de renovação de cartão de cidadão, do sistema de cancelamento do cartão de cidadão pela via telefónica e eletrónica, do montante devido pelo Instituto dos Registos e Notariado, I. P. (IRN), à Agência de Modernização Administrativa, I. P. (AMA), pelo exercício das suas competências, previstas no artigo 23.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, alterada pelas Leis n.ºs 91/2015, de 12 de agosto e 32/2017, de 1 de junho e das regras relativas à conservação do �cheiro com o código pessoal de desbloqueio (PUK) do cartão de cidadão.

Decreto-Lei n.º 125/2017 – De 04.10.2017 Altera o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que

recebem público, via pública e edifícios habitacionais.

Decreto-Lei n.º 126/2017 – De 04.10.2017 O�cializa o Sistema Braille em Portugal.

Decreto-Lei n.º 130/2017 – De 09.10.2017 Estabelece um regime excecional de controlo prévio relativo à reconstrução de edifícios de habitação destruídos ou gravemente dani�cados em resultado de catástrofe.

Declaração de Reti�cação n.º 36-A/2017 – De 30.10.2017 Reti�ca o Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de 31 de agosto, do Planeamento e das Infraestruturas, que procede à nona alteração ao Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, e transpõe as Diretivas n.os 2014/23/UE, 2014/24/UE e 2014/25/UE, todas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014 e a Diretiva n.º 2014/55/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 168, 2.º suplemento, de 31 de agosto de 2017

Decreto-Lei n.º 135-A/2017 – De 02.11.2017 Estabelece as medidas excecionais de contratação pública por ajuste direto relacionadas com os danos causados pelos incêndios �orestais ocorridos em outubro de 2017 nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Decreto Regulamentar n.º 9-A/2017 – De 03.11.2017 Regulamenta a Lei n.º 78/2017, de 17 de agosto, que estabelece um sistema de informação cadastral simpli�cada, adotando medidas para a imediata identi�cação da estrutura fundiária e da titularidade dos prédios rústicos e mistos.

JURISPRUDÊNCIA

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 353/2017 – De 13.09.2017 Declara inconstitucional, com força obrigatória geral, a norma que impõe o pagamento da taxa de justiça inicial nos 10 dias contados da data da comunicação ao requerente da decisão

negativa do serviço da segurança social sobre o apoio judiciário, sem prejuízo do posterior reembolso das quantias pagas no caso de procedência da impugnação daquela decisão, constante da alínea c) do n.º 5 do artigo 29.º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho, na redação dada pela Lei n.º 47/2007, de 28 de Agosto.

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 4/2017 – De 18.09.2017 Uniformiza/con�rma a jurisprudência do STA, nos seguintes termos: Face ao preceituado no n.º 5 do art. 43.º da LGT, na redacção dada pela Lei 64-B/2011 de 30 de Dezembro, é admissível a atribuição cumulativa de juros indemnizatórios e de juros moratórios, calculados nos termos deste preceito legal, sobre a mesma quantia e relativamente ao mesmo período de tempo.

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 5/2017 – De 18.09.2017 Uniformiza/con�rma a jurisprudência do STA, nos seguintes termos: I - As alterações introduzidas ao regime tributário das mais-valias mobiliárias pela Lei n.º 15/2010, de 26 de Julho apenas podem aplicar-se aos factos tributários ocorridos em data posterior à da sua entrada em vigor (27 de Julho de 2010 - art. 5.º da Lei n.º 15/2010). II - Nas mais-valias resultantes da alienação onerosa de valores mobiliários sujeitas a IRS como incrementos patrimoniais o facto tributário ocorre no momento da alienação (artigo 10.º n.º 3 do Código do IRS), sendo esse o momento relevante para efeitos de aplicação no tempo da lei nova, na ausência de disposição expressa do legislador em sentido diverso (artigos 12.º n.º 1 da LGT e do CC).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 6/2017 – De 26.09.2017 Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: Do despacho saneador proferido em ação administrativa especial de valor superior à alçada do tribunal administrativo de círculo cabe prévia dedução de reclamação para a conferência do próprio tribunal de 1.ª instância, por aplicação dos arts. 27.º, n.º 2, 29.º, n.º 1, e 87.º do CPTA e 40.º, n.º 3, do ETAF na redação anterior à introduzida pelo DL n.º 214-G/2015, de 02 de outubro, e não imediata interposição de recurso jurisdicional.

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sexta-feira, 17 de novembro 2017 sexta-feira, 17 de novembro 20176 3

efetua a leitura de velocidade de todas as rodas e calcula a derrapagem do veículo.A derrapagem é calculada com base na relação da velocidade de cada roda e na velocidade real do veículo. Na segunda fase, quando a derrapagem de uma roda atinge valores óptimos de derrapagem (próximo) de 20%, a unidade de ABS envia um sinal elétrico a uma das eletroválvulas do bloco de válvulas, obrigando a mesma a bloquear a passagem entre a bomba principal de travões e a bomba de travão da respetiva roda. O objetivo da atuação desta válvula é que uma vez que a derrapagem se encontra na zona de máximo coe�ciente de atrito, ao manter a pressão, mantém-se a derrapagem, durante o máximo de tempo possível.Na terceira fase, quando a derrapagem ultrapassa os valores óptimos, a unidade de comando do ABS envia dois novos estímulos: um para a eletroválvula de retorno, de forma a permitir a redução da pressão de travagem na roda, e outro para a bomba eletro-hidráulica do ABS, que bombeia o óleo de travão para a antes da válvula que anteriormente fez o bloqueio da pressão.Nessa altura o condutor pode sentir uma “pancada” no pedal, pois a bomba eletro-hidráulica é capaz de provocar mais pressão no circuito que o pedal de travão.

1ºFase

2ºFase

3ºFase

Depois de diminuída a derrapagem, a unidade de ABS volta à primeira fase, desativando a bomba eletro-hidráulica e a eletroválvula de retorno, e posteriormente a válvula de manutenção de pressão.O pico de pressão criado pela bomba eletro-hidráulica durante a

primeira fase pode ser capaz de gerar o bloqueio de uma outra roda do veículo que se encontre ainda na primeira fase, e dessa forma a unidade de ABS terá que atuar da mesma forma que a roda que acabou de ser libertada, daí as sucessivas “pancadas” que se sentem normalmente durante a atuação de um sistema ABS.

ANOMALIAS COMUNSAs anomalias mais comuns nos sistemas ABS estão associadas a falhas na leitura de velocidade de cada roda. Essas falhas costumam ocorrer devido a vários fatores:

Afastamento excessivo do sensor indutivo à roda fónicaEsta falha pode acontecer devido ao mau posicionamento do sensor indutivo. A amplitude do sinal do sensor indutivo é maior, quanto menor for a folga entre o sensor e a roda fónica e quanto maior for a velocidade. Isto quer dizer que um sensor com folga incorreta pode conseguir ler velocidades elevadas, e não ler baixas velocidades. Imaginando que um veículo circula com três dos sensores a 100 km/h e um a 0 km/h, facilmente a Unidade de ABS se apercebe de uma anomalia e emite mensagem de erro. Já no caso em que todas as rodas se deslocam à mesma velocidade (20 km/h) durante uma travagem e em que de repente o sinal de um sensor deixa de ser interpretado (por amplitude baixa por afastamento excessivo e baixa velocidade), a velocidade atribuída a essa roda será erradamente 0 km/h. Nesse momento a unidade de ABS pode interpretar como derrapagem elevada, libertando então pressão de uma roda que na realidade não estava a derrapar, podendo causar um acidente.

Folga em rolamento ou falta de aperto no cuboA folga de rolamento ou falta de aperto num cubo pode originar o afastamento excessivo do sensor à roda fónica, podendo originar a situação descrita anteriormente.

Fio ou ligação dos sensores de velocidade cortados/desligadosQuando a unidade de ABS não recebe a informação de um ou mais sensores de velocidade emite um sinal de erro.

Roda fónica com número errado de dentes, ou com dentes partidosQuando o número de dentes das rodas fónicas do mesmo eixo diferem quer por ter um número diferente de dentes ou por existirem dentes partidos ou em mau estado, o sistema ABS poderá comportar-se de forma anormal, ou emitir mensagem de erro, dado que a velocidade lida da roda com roda fónica diferente será também diferente. Para se diagnosticar esta situação, deve ter-se atenção ao estado das rodas fónicas, e em caso de substituição de uma transmissão ou de outro componente que contenha a roda fónica, deve ter-se sempre em conta que o novo componente tenha exatamente o mesmo número de dentes que o antigo.

Sensor indutivo obstruído com limalhasPor ser magnético, o sensor indutivo tem tendência de atrair limalhas que, quando se encontram em excesso, diminuem a capacidade do sensor de variar o seu campo magnético com a roda fónica, di�cultando dessa forma a leitura do sensor.

Sensor indutivo avariadoExistem duas avarias possíveis num sensor indutivo. Uma é a impedância da bobina do sensor ser inadequada, e a outra é o íman permanente do sensor ter desmagnetizado com o tempo.

ECONOMIA & FINANÇAS

Portaria n.º 272/2017 – De 13.09.2017 Portaria que procede à primeira alteração à Portaria n.º 293-A/2016, de 18 de Novembro.

Decreto-Lei n.º 123/2017 – De 25.09.2017 Estabelece o regime de conversão dos valores mobiliários ao portador em valores mobiliários nominativos, em execução da Lei n.º 15/2017, de 3 de Maio.

Portaria n.º 293/2017 – De 02.10.2017 Portaria que cria o Selo de Validação AT (SVAT) e de�ne as regras da sua atribuição aos programas de contabilidade, relativamente à produção do �cheiro de auditoria SAF-T (PT).

Declaração de Reti�cação n.º 29/2017 – De 03.10.2017 Reti�ca o Decreto-Lei n.º 96/2017, de 10 de agosto, da Economia, que estabelece o regime das instalações elétricas particulares, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 154, de 10 de agosto de 2017.

Decreto-Lei n.º 127/2017 – De 09.10.2017 Revê o regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora e a constituição e o funcionamento dos fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões, completando a transposição das Diretivas 2009/138/CE e 2014/51/UE.

Declaração de Reti�cação n.º 35/2017 – De 11.10.2017 Declaração de reti�cação da Portaria n.º 254/2017, de 11 de agosto, que de�ne e regulamenta os termos e as condições de atribuição dos apoios imediatos às populações e empresas afetadas pelo incêndio ocorrido entre os dias 17 e 21 de junho de 2017.

Declaração de Reti�cação n.º 36/2017 – De 25.10.2017 Declaração de reti�cação da Portaria n.º 293/2017, de 2 de outubro, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 190.

Portaria n.º 326/2017 – De 30.10.2017 Portaria que procede à atualização dos coe�cientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e direitos alienados durante o ano de 2017, cujo valor deva ser atualizado nos termos dos artigos 47.º do Código do IRC e 50.º do Código do IRS, para efeitos de determinação da matéria coletável dos referidos impostos.

TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

Declaração de Reti�cação n.º 28/2017 – De 02.10.2017 Declaração de reti�cação à Lei n.º 73/2017, de 16 de agosto, que «Reforça o quadro legislativo para a prevenção da prática de assédio, procedendo à décima segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, à sexta alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e à quinta alteração ao Código de Processo do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 480/99, de 9 de novembro».

Decreto-Lei n.º 126-A/2017 - Diário da República n.º 193/2017, 1º Suplemento, Série I de 2017-10-06 108269605Cria a prestação social para a inclusão, alarga o complemento solidário para idosos aos titulares da pensão de invalidez e promove os ajustamentos necessários noutras prestações sociais.Decreto-Lei n.º 126-B/2017 - Diário da República n.º 193/2017, 1º Suplemento, Série I, de 2017-10-06

108269606Estabelece um regime especial de acesso antecipado à pensão de velhice para os bene�ciários do regime geral de segurança social e do regime de proteção social convergente com muito longas carreiras contributivas.

Decreto-Lei n.º 128/2017 - Diário da República n.º 194/2017, Série I de 2017-10-09 108265123Altera o cartão de estacionamento de modelo comunitário para pessoas com de�ciência.

Decreto-Lei n.º 129/2017 - Diário da República n.º 194/2017, Série I de 2017-10-09 108265124Institui o programa Modelo de Apoio à Vida Independente.

Portaria n.º 324/2017 - Diário da República n.º 208/2017, Série I de 2017-10-27 114109937Fixa os encargos a suportar pelas entidades empregadoras com a veri�cação da incapacidade para o trabalho dos respetivos trabalhadores, mediante a realização de juntas médicas ou através da veri�cação domiciliária da doença.

Portaria n.º 342/2017 - Diário da República n.º 216/2017, Série I de 2017-11-09 114161345Estabelece os critérios, limites e rácios necessários à execução do Decreto-Lei n.º 129/2017, de 9 de outubro, que instituiu o Programa «Modelo de Apoio à Vida Independente» MAVI.

TRANSPORTES & RODOVIÁRIO

Decreto-Lei n.º 117/2017 – De 12.09.2017 Altera o regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de transportes coletivos de passageiros.

Serviços Jurídicos – Síntese Legislativa

deve realizar uma avaliação de impacto sobre a proteção de dados, de modo a adotar as medidas adequadas para mitigar os riscos.

10. Notificação de violaçõesde segurança

Deve adotar procedimentos internos e ao nível da subcontratação, se for o caso, para lidar com casos de violações

de dados pessoais, designadamente na deteção, identi�cação e investigação das circunstâncias, medidas mitigadoras, circuitos da informação entre responsável e subcontratante, envolvimento do encarregado de proteção de dados e noti�cação à CNPD, atendendo aos prazos prescritos no regulamento. Nem todas as violações devem ser reportadas à autoridade de controlo, apenas aquelas que sejam suscetíveis de resultar num

risco para os direitos dos titulares. Todavia, todas as violações devem ser devidamente documentadas conforme preceituado no regulamento. Também nalguns casos, em que possa resultar um elevado risco para os titulares, é exigido que estes sejam noti�cados, pelo que deve ser analisado desde logo o tipo de tratamentos de dados realizados e o potencial risco que pode ocorrer em caso de uma violação de segurança.

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sexta-feira, 17 de novembro 2017 sexta-feira, 17 de novembro 20174 5

A avaria da bobina pode ser veri�cada através da medição da impedância da mesma, e da comparação do seu valor com os valores de�nidos pelo fabricante. Se a impedância estiver dentro dos valores de�nidos pelo fabricante e se na permuta do mesmo com outras rodas este continuar sem funcionar, o problema poderá estar na desmagnetização do mesmo.

Sensor Magneto-ResistivoSensor magneto-resistivo avariado.

O sistema ABS é uma tecnologia já madura, que tem evoluído ao longo dos anos, é uma tecnologia cada vez mais compacta e precisa, que continua a ter especial importância na segurança rodoviária.CEPRA

particulares, tais como a designação de um encarregado de proteção de dados.

5. Documentação e registo de atividades de tratamento

Documentação de forma detalhada todas as atividades relacionadas com o tratamento de dados pessoais, tanto as que resultam diretamente da obrigação de manter um registo como as relativas a outros procedimentos internos, de modo a que a organização esteja apta a demonstrar o cumprimento de todas as obrigações decorrentes do RGPD. Uma vez que o regulamento prevê que as entidades em regime de subcontratação, designadas de “subcontratantes”, passem a ter quase as mesmas obrigações que os responsáveis pelos tratamentos, estando de igual modo obrigadas a provar que cumprem tudo o que lhes é exigido, a prossecução desta medida de forma atempada é vital, pois terão de começar do zero. Esta ação reveste-se de especial relevo no contexto da preparação para a aplicação do novo regulamento, porque permite fazer o levantamento integrado do que está a ser feito, permitindo validar o que é necessário corrigir e adaptar.

6. Contratos de subcontratação

Deve rever os contratos de subcontratação de serviços realizados no âmbito de tratamentos de dados pessoais para veri�car se contêm todos os elementos exigidos pelo regulamento. Apesar de se manterem os princípios já vigentes na atual lei de proteção de dados, o RGPD veio especi�car o conteúdo dos contratos de subcontratação, impondo a introdução de um vasto conjunto de informações. Assim, será muito provável que os contratos existentes necessitem de ser modi�cados para respeitar os termos do regulamento. Tal requer algum tempo, se houver várias subcontratações, pelo que é conveniente aprontar esta análise. Quando houver lugar a sub-subcontratação, compete ao subcontratante veri�car se detém as autorizações respetivas dos responsáveis pelo tratamento, exigidas expressamente pelo novo regulamento; caso contrário, deve obtê-las até maio de 2018.

7. Encarregado de proteção de dados

Deve preparar a designação do encarregado de proteção de dados com a antecedência devida, até porque este poderá desempenhar um papel fulcral neste período de transição para

garantir que a organização cumpre todas as obrigações legais desde o início da aplicação do regulamento. Nesse contexto, especial atenção deve ser concedida à posição do encarregado de proteção de dados dentro da organização e ao reporte direto ao mais alto nível, bem como às funções que lhe são atribuídas pelo RGPD, cujo pleno desempenho requer a satisfação de determinadas condições. Além das situações previstas no regulamento em que a organização está obrigada a designar um encarregado de proteção de dados, como é o caso das entidades públicas, o responsável pelo tratamento e o

subcontratante podem sempre, mesmo não se encontrando no momento em nenhuma das circunstâncias exigíveis, decidir ter um encarregado de proteção de dados na sua organização, pelas evidentes vantagens que tal pode signi�car para o nível de cumprimento das obrigações.

8. Medidas técnicas e organizativas e segurança do tratamento

Deve rever as políticas e práticas da organização à luz das novas obrigações do regulamento, e adotar as medidas técnicas e organizativas adequadas e necessárias para assegurar e poder comprovar que todos os tratamentos de dados efetuados estão em conformidade com o RGPD a partir do momento da sua aplicação. Nessa avaliação, deve ter em conta a natureza, âmbito, contexto e �nalidades dos tratamentos de dados, bem como os riscos que deles podem decorrer para os direitos e liberdades dos cidadãos.

Esta apreciação permite ainda tomar as medidas necessárias para con�rmar um nível de segurança do tratamento adequado, que garanta designadamente a con�dencialidade e a integridade dos dados e que previna a destruição, perda e alterações acidentais ou ilícitas ou, ainda, a divulgação ou acesso não autorizados de dados.

9. Proteção de dados desde a conceção e avaliação de impacto

Deve avaliar rigorosamente o tipo de tratamentos de dados que tenha

projetado realizar num futuro próximo, de modo a analisar a sua natureza e contexto e os potenciais riscos que possam comportar para os titulares dos dados, de modo a aplicar com eficácia os princípios da proteção de dados desde a conceção e por defeito. Embora estes princípios já fossem aplicados no âmbito do princípio da qualidade dos dados, o RGPD vem expressamente prever a sua adoção no momento da definição dos meios de tratamento e no momento do próprio tratamento de dados, pelo que deve ser equacionada a sua aplicação atempada. A fim de decidir sobre as medidas mais ajustadas, seja tendentes à pseudonimização, à minimização dos dados, ao cumprimento dos prazos de conservação da informação ou à acessibilidade dos dados, deve ter em devida conta as características do tratamento e os efeitos que este pode ter nos direitos dos cidadãos; se for suscetível de resultar num elevado risco,

A partir de 25 de Maio de 2018 entra em vigor o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, que traz algumas mudanças signi�cativas que terão diferente impacto na vida das organizações, consoante a sua natureza, área de atividade, dimensão e tipo de tratamentos de dados pessoais que realizem. Nesse sentido é importante conhecer as novas regras, analisar as novas obrigações, veri�car o nível atual de cumprimento e adotar as medidas necessárias durante este período de transição. Nesse sentido, a Comissão Nacional de Proteção de Dados disponibilizou uma �cha síntese na qual identi�ca as dez áreas principais de atuação.Passamos a dar nota das dez áreas destacadas pela CNPD:

1. Informação aos titulares dos dados

Revisão da informação que fornece aos titulares dos dados, por escrito ou por telefone, no âmbito da recolha de dados, seja esta realizada diretamente junto do titular ou não. O regulamento obriga a prestar mais informações do que atualmente, designadamente a base legal para o tratamento de dados, o prazo de conservação dos dados, informações mais detalhadas sobre as transferências internacionais, a possibilidade de apresentar queixa junto da CNPD. Dentro das exigências de maior transparência, as informações devem ser prestadas aos cidadãos de forma concisa, inteligível e de fácil acesso, utilizando uma linguagem clara e simples. Deve ser tido particular cuidado quando as informações são dirigidas a crianças.

Assim, tem de reformular impressos, políticas de privacidade e todos os textos que prestem informação aos titulares dos dados, ao mesmo tempo que veri�ca se está efetivamente a fornecer, em todas as situações, a informação exigida por lei.

2. Exercício dos direitos dos titulares dos dados

Revisão dos procedimentos internos de garantia do exercício dos direitos dos titulares dos dados, atendendo a novas exigências especí�cas do regulamento neste domínio quanto à tramitação dos pedidos, em especial aos prazos máximos de resposta. Todo o procedimento deve ser devidamente documentado. Por outro lado, os direitos dos titulares foram alargados em relação à atual lei, passando a existir o direito à limitação do tratamento e o direito à portabilidade, bem como novos requisitos quanto ao direito à eliminação dos dados e quanto à noti�cação de terceiros sobre reti�cação ou apagamento ou limitação de tratamento solicitados pelos titulares. Assim, a sua organização deve estar preparada para aplicar as novas obrigações, nomeadamente através da manutenção da informação num formato estruturado, de uso corrente e de leitura automática, quando aplicável, e de procedimentos e�cazes de comunicação com as entidades terceiras a quem transmitiu os dados, de modo a assegurar o exercício efetivo dos direitos. Por se tratar de direitos fundamentais dos cidadãos, esta é uma área de intervenção essencial, a qual sofreu várias alterações do ponto de vista procedimental, pelo que requer a maior cautela na sua adaptação às novas disposições legais.

3. Consentimento dos titulares dos dados

Veri�cação da forma e circunstâncias em que foi obtido o consentimento dos titulares, quando este serve de base legal para o tratamento de dados pessoais. O regulamento alarga o conceito de consentimento e introduz novas condições para a sua obtenção, pelo que é necessário apurar se o consentimento obtido pelo responsável pelo tratamento respeita todas as novas exigências. Se assim não for, é imprescindível obter novo consentimento dos titulares dos dados em conformidade com as disposições do RGPD, sob pena de o tratamento de dados se tornar ilícito por falta de base legal. Particular atenção deve ser dada ao consentimento dos menores ou dos seus representantes legais, considerando as exigências especí�cas do regulamento para este efeito.

4. Dados sensíveis

Deve avaliar a natureza dos tratamentos de dados efetuados, a fim de apurar quais os que se podem enquadrar no conceito de dados sensíveis, e consequentemente se aplicarem condições específicas para o seu tratamento, relativas à licitude do tratamento, aos direitos ou às decisões automatizadas. O regulamento veio estender o leque das categorias especiais de dados, integrando por exemplo os dados biométricos, que passaram a fazer parte do elenco de dados sensíveis. Deve analisar também o contexto e a escala destes tratamentos de dados para verificar se daí decorrem obrigações

Regulamento Geral de Proteção de Dados

Serviços Jurídicos

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sexta-feira, 17 de novembro 2017 sexta-feira, 17 de novembro 20174 5

A avaria da bobina pode ser veri�cada através da medição da impedância da mesma, e da comparação do seu valor com os valores de�nidos pelo fabricante. Se a impedância estiver dentro dos valores de�nidos pelo fabricante e se na permuta do mesmo com outras rodas este continuar sem funcionar, o problema poderá estar na desmagnetização do mesmo.

Sensor Magneto-ResistivoSensor magneto-resistivo avariado.

O sistema ABS é uma tecnologia já madura, que tem evoluído ao longo dos anos, é uma tecnologia cada vez mais compacta e precisa, que continua a ter especial importância na segurança rodoviária.CEPRA

particulares, tais como a designação de um encarregado de proteção de dados.

5. Documentação e registo de atividades de tratamento

Documentação de forma detalhada todas as atividades relacionadas com o tratamento de dados pessoais, tanto as que resultam diretamente da obrigação de manter um registo como as relativas a outros procedimentos internos, de modo a que a organização esteja apta a demonstrar o cumprimento de todas as obrigações decorrentes do RGPD. Uma vez que o regulamento prevê que as entidades em regime de subcontratação, designadas de “subcontratantes”, passem a ter quase as mesmas obrigações que os responsáveis pelos tratamentos, estando de igual modo obrigadas a provar que cumprem tudo o que lhes é exigido, a prossecução desta medida de forma atempada é vital, pois terão de começar do zero. Esta ação reveste-se de especial relevo no contexto da preparação para a aplicação do novo regulamento, porque permite fazer o levantamento integrado do que está a ser feito, permitindo validar o que é necessário corrigir e adaptar.

6. Contratos de subcontratação

Deve rever os contratos de subcontratação de serviços realizados no âmbito de tratamentos de dados pessoais para veri�car se contêm todos os elementos exigidos pelo regulamento. Apesar de se manterem os princípios já vigentes na atual lei de proteção de dados, o RGPD veio especi�car o conteúdo dos contratos de subcontratação, impondo a introdução de um vasto conjunto de informações. Assim, será muito provável que os contratos existentes necessitem de ser modi�cados para respeitar os termos do regulamento. Tal requer algum tempo, se houver várias subcontratações, pelo que é conveniente aprontar esta análise. Quando houver lugar a sub-subcontratação, compete ao subcontratante veri�car se detém as autorizações respetivas dos responsáveis pelo tratamento, exigidas expressamente pelo novo regulamento; caso contrário, deve obtê-las até maio de 2018.

7. Encarregado de proteção de dados

Deve preparar a designação do encarregado de proteção de dados com a antecedência devida, até porque este poderá desempenhar um papel fulcral neste período de transição para

garantir que a organização cumpre todas as obrigações legais desde o início da aplicação do regulamento. Nesse contexto, especial atenção deve ser concedida à posição do encarregado de proteção de dados dentro da organização e ao reporte direto ao mais alto nível, bem como às funções que lhe são atribuídas pelo RGPD, cujo pleno desempenho requer a satisfação de determinadas condições. Além das situações previstas no regulamento em que a organização está obrigada a designar um encarregado de proteção de dados, como é o caso das entidades públicas, o responsável pelo tratamento e o

subcontratante podem sempre, mesmo não se encontrando no momento em nenhuma das circunstâncias exigíveis, decidir ter um encarregado de proteção de dados na sua organização, pelas evidentes vantagens que tal pode signi�car para o nível de cumprimento das obrigações.

8. Medidas técnicas e organizativas e segurança do tratamento

Deve rever as políticas e práticas da organização à luz das novas obrigações do regulamento, e adotar as medidas técnicas e organizativas adequadas e necessárias para assegurar e poder comprovar que todos os tratamentos de dados efetuados estão em conformidade com o RGPD a partir do momento da sua aplicação. Nessa avaliação, deve ter em conta a natureza, âmbito, contexto e �nalidades dos tratamentos de dados, bem como os riscos que deles podem decorrer para os direitos e liberdades dos cidadãos.

Esta apreciação permite ainda tomar as medidas necessárias para con�rmar um nível de segurança do tratamento adequado, que garanta designadamente a con�dencialidade e a integridade dos dados e que previna a destruição, perda e alterações acidentais ou ilícitas ou, ainda, a divulgação ou acesso não autorizados de dados.

9. Proteção de dados desde a conceção e avaliação de impacto

Deve avaliar rigorosamente o tipo de tratamentos de dados que tenha

projetado realizar num futuro próximo, de modo a analisar a sua natureza e contexto e os potenciais riscos que possam comportar para os titulares dos dados, de modo a aplicar com eficácia os princípios da proteção de dados desde a conceção e por defeito. Embora estes princípios já fossem aplicados no âmbito do princípio da qualidade dos dados, o RGPD vem expressamente prever a sua adoção no momento da definição dos meios de tratamento e no momento do próprio tratamento de dados, pelo que deve ser equacionada a sua aplicação atempada. A fim de decidir sobre as medidas mais ajustadas, seja tendentes à pseudonimização, à minimização dos dados, ao cumprimento dos prazos de conservação da informação ou à acessibilidade dos dados, deve ter em devida conta as características do tratamento e os efeitos que este pode ter nos direitos dos cidadãos; se for suscetível de resultar num elevado risco,

A partir de 25 de Maio de 2018 entra em vigor o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, que traz algumas mudanças signi�cativas que terão diferente impacto na vida das organizações, consoante a sua natureza, área de atividade, dimensão e tipo de tratamentos de dados pessoais que realizem. Nesse sentido é importante conhecer as novas regras, analisar as novas obrigações, veri�car o nível atual de cumprimento e adotar as medidas necessárias durante este período de transição. Nesse sentido, a Comissão Nacional de Proteção de Dados disponibilizou uma �cha síntese na qual identi�ca as dez áreas principais de atuação.Passamos a dar nota das dez áreas destacadas pela CNPD:

1. Informação aos titulares dos dados

Revisão da informação que fornece aos titulares dos dados, por escrito ou por telefone, no âmbito da recolha de dados, seja esta realizada diretamente junto do titular ou não. O regulamento obriga a prestar mais informações do que atualmente, designadamente a base legal para o tratamento de dados, o prazo de conservação dos dados, informações mais detalhadas sobre as transferências internacionais, a possibilidade de apresentar queixa junto da CNPD. Dentro das exigências de maior transparência, as informações devem ser prestadas aos cidadãos de forma concisa, inteligível e de fácil acesso, utilizando uma linguagem clara e simples. Deve ser tido particular cuidado quando as informações são dirigidas a crianças.

Assim, tem de reformular impressos, políticas de privacidade e todos os textos que prestem informação aos titulares dos dados, ao mesmo tempo que veri�ca se está efetivamente a fornecer, em todas as situações, a informação exigida por lei.

2. Exercício dos direitos dos titulares dos dados

Revisão dos procedimentos internos de garantia do exercício dos direitos dos titulares dos dados, atendendo a novas exigências especí�cas do regulamento neste domínio quanto à tramitação dos pedidos, em especial aos prazos máximos de resposta. Todo o procedimento deve ser devidamente documentado. Por outro lado, os direitos dos titulares foram alargados em relação à atual lei, passando a existir o direito à limitação do tratamento e o direito à portabilidade, bem como novos requisitos quanto ao direito à eliminação dos dados e quanto à noti�cação de terceiros sobre reti�cação ou apagamento ou limitação de tratamento solicitados pelos titulares. Assim, a sua organização deve estar preparada para aplicar as novas obrigações, nomeadamente através da manutenção da informação num formato estruturado, de uso corrente e de leitura automática, quando aplicável, e de procedimentos e�cazes de comunicação com as entidades terceiras a quem transmitiu os dados, de modo a assegurar o exercício efetivo dos direitos. Por se tratar de direitos fundamentais dos cidadãos, esta é uma área de intervenção essencial, a qual sofreu várias alterações do ponto de vista procedimental, pelo que requer a maior cautela na sua adaptação às novas disposições legais.

3. Consentimento dos titulares dos dados

Veri�cação da forma e circunstâncias em que foi obtido o consentimento dos titulares, quando este serve de base legal para o tratamento de dados pessoais. O regulamento alarga o conceito de consentimento e introduz novas condições para a sua obtenção, pelo que é necessário apurar se o consentimento obtido pelo responsável pelo tratamento respeita todas as novas exigências. Se assim não for, é imprescindível obter novo consentimento dos titulares dos dados em conformidade com as disposições do RGPD, sob pena de o tratamento de dados se tornar ilícito por falta de base legal. Particular atenção deve ser dada ao consentimento dos menores ou dos seus representantes legais, considerando as exigências especí�cas do regulamento para este efeito.

4. Dados sensíveis

Deve avaliar a natureza dos tratamentos de dados efetuados, a fim de apurar quais os que se podem enquadrar no conceito de dados sensíveis, e consequentemente se aplicarem condições específicas para o seu tratamento, relativas à licitude do tratamento, aos direitos ou às decisões automatizadas. O regulamento veio estender o leque das categorias especiais de dados, integrando por exemplo os dados biométricos, que passaram a fazer parte do elenco de dados sensíveis. Deve analisar também o contexto e a escala destes tratamentos de dados para verificar se daí decorrem obrigações

Regulamento Geral de Proteção de Dados

Serviços Jurídicos

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efetua a leitura de velocidade de todas as rodas e calcula a derrapagem do veículo.A derrapagem é calculada com base na relação da velocidade de cada roda e na velocidade real do veículo. Na segunda fase, quando a derrapagem de uma roda atinge valores óptimos de derrapagem (próximo) de 20%, a unidade de ABS envia um sinal elétrico a uma das eletroválvulas do bloco de válvulas, obrigando a mesma a bloquear a passagem entre a bomba principal de travões e a bomba de travão da respetiva roda. O objetivo da atuação desta válvula é que uma vez que a derrapagem se encontra na zona de máximo coe�ciente de atrito, ao manter a pressão, mantém-se a derrapagem, durante o máximo de tempo possível.Na terceira fase, quando a derrapagem ultrapassa os valores óptimos, a unidade de comando do ABS envia dois novos estímulos: um para a eletroválvula de retorno, de forma a permitir a redução da pressão de travagem na roda, e outro para a bomba eletro-hidráulica do ABS, que bombeia o óleo de travão para a antes da válvula que anteriormente fez o bloqueio da pressão.Nessa altura o condutor pode sentir uma “pancada” no pedal, pois a bomba eletro-hidráulica é capaz de provocar mais pressão no circuito que o pedal de travão.

1ºFase

2ºFase

3ºFase

Depois de diminuída a derrapagem, a unidade de ABS volta à primeira fase, desativando a bomba eletro-hidráulica e a eletroválvula de retorno, e posteriormente a válvula de manutenção de pressão.O pico de pressão criado pela bomba eletro-hidráulica durante a

primeira fase pode ser capaz de gerar o bloqueio de uma outra roda do veículo que se encontre ainda na primeira fase, e dessa forma a unidade de ABS terá que atuar da mesma forma que a roda que acabou de ser libertada, daí as sucessivas “pancadas” que se sentem normalmente durante a atuação de um sistema ABS.

ANOMALIAS COMUNSAs anomalias mais comuns nos sistemas ABS estão associadas a falhas na leitura de velocidade de cada roda. Essas falhas costumam ocorrer devido a vários fatores:

Afastamento excessivo do sensor indutivo à roda fónicaEsta falha pode acontecer devido ao mau posicionamento do sensor indutivo. A amplitude do sinal do sensor indutivo é maior, quanto menor for a folga entre o sensor e a roda fónica e quanto maior for a velocidade. Isto quer dizer que um sensor com folga incorreta pode conseguir ler velocidades elevadas, e não ler baixas velocidades. Imaginando que um veículo circula com três dos sensores a 100 km/h e um a 0 km/h, facilmente a Unidade de ABS se apercebe de uma anomalia e emite mensagem de erro. Já no caso em que todas as rodas se deslocam à mesma velocidade (20 km/h) durante uma travagem e em que de repente o sinal de um sensor deixa de ser interpretado (por amplitude baixa por afastamento excessivo e baixa velocidade), a velocidade atribuída a essa roda será erradamente 0 km/h. Nesse momento a unidade de ABS pode interpretar como derrapagem elevada, libertando então pressão de uma roda que na realidade não estava a derrapar, podendo causar um acidente.

Folga em rolamento ou falta de aperto no cuboA folga de rolamento ou falta de aperto num cubo pode originar o afastamento excessivo do sensor à roda fónica, podendo originar a situação descrita anteriormente.

Fio ou ligação dos sensores de velocidade cortados/desligadosQuando a unidade de ABS não recebe a informação de um ou mais sensores de velocidade emite um sinal de erro.

Roda fónica com número errado de dentes, ou com dentes partidosQuando o número de dentes das rodas fónicas do mesmo eixo diferem quer por ter um número diferente de dentes ou por existirem dentes partidos ou em mau estado, o sistema ABS poderá comportar-se de forma anormal, ou emitir mensagem de erro, dado que a velocidade lida da roda com roda fónica diferente será também diferente. Para se diagnosticar esta situação, deve ter-se atenção ao estado das rodas fónicas, e em caso de substituição de uma transmissão ou de outro componente que contenha a roda fónica, deve ter-se sempre em conta que o novo componente tenha exatamente o mesmo número de dentes que o antigo.

Sensor indutivo obstruído com limalhasPor ser magnético, o sensor indutivo tem tendência de atrair limalhas que, quando se encontram em excesso, diminuem a capacidade do sensor de variar o seu campo magnético com a roda fónica, di�cultando dessa forma a leitura do sensor.

Sensor indutivo avariadoExistem duas avarias possíveis num sensor indutivo. Uma é a impedância da bobina do sensor ser inadequada, e a outra é o íman permanente do sensor ter desmagnetizado com o tempo.

ECONOMIA & FINANÇAS

Portaria n.º 272/2017 – De 13.09.2017 Portaria que procede à primeira alteração à Portaria n.º 293-A/2016, de 18 de Novembro.

Decreto-Lei n.º 123/2017 – De 25.09.2017 Estabelece o regime de conversão dos valores mobiliários ao portador em valores mobiliários nominativos, em execução da Lei n.º 15/2017, de 3 de Maio.

Portaria n.º 293/2017 – De 02.10.2017 Portaria que cria o Selo de Validação AT (SVAT) e de�ne as regras da sua atribuição aos programas de contabilidade, relativamente à produção do �cheiro de auditoria SAF-T (PT).

Declaração de Reti�cação n.º 29/2017 – De 03.10.2017 Reti�ca o Decreto-Lei n.º 96/2017, de 10 de agosto, da Economia, que estabelece o regime das instalações elétricas particulares, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 154, de 10 de agosto de 2017.

Decreto-Lei n.º 127/2017 – De 09.10.2017 Revê o regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora e a constituição e o funcionamento dos fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões, completando a transposição das Diretivas 2009/138/CE e 2014/51/UE.

Declaração de Reti�cação n.º 35/2017 – De 11.10.2017 Declaração de reti�cação da Portaria n.º 254/2017, de 11 de agosto, que de�ne e regulamenta os termos e as condições de atribuição dos apoios imediatos às populações e empresas afetadas pelo incêndio ocorrido entre os dias 17 e 21 de junho de 2017.

Declaração de Reti�cação n.º 36/2017 – De 25.10.2017 Declaração de reti�cação da Portaria n.º 293/2017, de 2 de outubro, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 190.

Portaria n.º 326/2017 – De 30.10.2017 Portaria que procede à atualização dos coe�cientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e direitos alienados durante o ano de 2017, cujo valor deva ser atualizado nos termos dos artigos 47.º do Código do IRC e 50.º do Código do IRS, para efeitos de determinação da matéria coletável dos referidos impostos.

TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

Declaração de Reti�cação n.º 28/2017 – De 02.10.2017 Declaração de reti�cação à Lei n.º 73/2017, de 16 de agosto, que «Reforça o quadro legislativo para a prevenção da prática de assédio, procedendo à décima segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, à sexta alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e à quinta alteração ao Código de Processo do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 480/99, de 9 de novembro».

Decreto-Lei n.º 126-A/2017 - Diário da República n.º 193/2017, 1º Suplemento, Série I de 2017-10-06 108269605Cria a prestação social para a inclusão, alarga o complemento solidário para idosos aos titulares da pensão de invalidez e promove os ajustamentos necessários noutras prestações sociais.Decreto-Lei n.º 126-B/2017 - Diário da República n.º 193/2017, 1º Suplemento, Série I, de 2017-10-06

108269606Estabelece um regime especial de acesso antecipado à pensão de velhice para os bene�ciários do regime geral de segurança social e do regime de proteção social convergente com muito longas carreiras contributivas.

Decreto-Lei n.º 128/2017 - Diário da República n.º 194/2017, Série I de 2017-10-09 108265123Altera o cartão de estacionamento de modelo comunitário para pessoas com de�ciência.

Decreto-Lei n.º 129/2017 - Diário da República n.º 194/2017, Série I de 2017-10-09 108265124Institui o programa Modelo de Apoio à Vida Independente.

Portaria n.º 324/2017 - Diário da República n.º 208/2017, Série I de 2017-10-27 114109937Fixa os encargos a suportar pelas entidades empregadoras com a veri�cação da incapacidade para o trabalho dos respetivos trabalhadores, mediante a realização de juntas médicas ou através da veri�cação domiciliária da doença.

Portaria n.º 342/2017 - Diário da República n.º 216/2017, Série I de 2017-11-09 114161345Estabelece os critérios, limites e rácios necessários à execução do Decreto-Lei n.º 129/2017, de 9 de outubro, que instituiu o Programa «Modelo de Apoio à Vida Independente» MAVI.

TRANSPORTES & RODOVIÁRIO

Decreto-Lei n.º 117/2017 – De 12.09.2017 Altera o regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de transportes coletivos de passageiros.

Serviços Jurídicos – Síntese Legislativa

deve realizar uma avaliação de impacto sobre a proteção de dados, de modo a adotar as medidas adequadas para mitigar os riscos.

10. Notificação de violaçõesde segurança

Deve adotar procedimentos internos e ao nível da subcontratação, se for o caso, para lidar com casos de violações

de dados pessoais, designadamente na deteção, identi�cação e investigação das circunstâncias, medidas mitigadoras, circuitos da informação entre responsável e subcontratante, envolvimento do encarregado de proteção de dados e noti�cação à CNPD, atendendo aos prazos prescritos no regulamento. Nem todas as violações devem ser reportadas à autoridade de controlo, apenas aquelas que sejam suscetíveis de resultar num

risco para os direitos dos titulares. Todavia, todas as violações devem ser devidamente documentadas conforme preceituado no regulamento. Também nalguns casos, em que possa resultar um elevado risco para os titulares, é exigido que estes sejam noti�cados, pelo que deve ser analisado desde logo o tipo de tratamentos de dados realizados e o potencial risco que pode ocorrer em caso de uma violação de segurança.

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em estados de diferente desgaste, ou de pressão de enchimento, isso torna-se praticamente impossível, pois o condutor não consegue controlar individualmente a pressão de travagem em cada roda.

Travagem sem ABS Travagem com ABS

Figura 3– Travagem com rodas em diferentes pisos, sem e com ABS

Dada a evolução da eletrónica, o sistema ABS consegue, atualmente, controlar a pressão de travagem em cada roda em mais de 10 vezes por segundo.

Figura 4 – Unidade ABS

Para funcionar, o ABS tem que ser capaz de medir constantemente a velocidade de cada roda, e para isso utiliza sensores de velocidade.Os sensores de velocidade encontram-se normalmente �xos nos cubos de roda, ou, por vezes, fazem parte do próprio rolamento. Estes sensores de velocidade podem ser do tipo passivo ou ativo.Os sensores passivos efetuam a leitura de uma roda fónica que gira solidária com a roda do veículo e denominam-se por sensores indutivos. São constituídos por um íman permanente e uma bobina, e sempre que um dente da roda fónica atravessa o campo magnético do íman permanente, este altera-se por forma a induzir uma corrente alternada na bobina.A frequência da onda alternada gerada no sensor tem frequência proporcional à velocidade da roda.

Figura 5 – Sensor indutivo e seu sinal

Os sensores ativos podem ser incorporados no rolamento da roda, ou então no próprio cubo, e efetuam a leitura numa parte do rolamento que se encontra com uma pista de pontos alternadamente magnetizados e não magnetizados. Esses sensores denominam-se por magneto-resistivos, são sensores que necessitam de ser alimentados e podem ser distinguidos (quando não incorporados no rolamento) pela sua ponta achatada. Os veículos que utilizam estes sensores têm rolamentos especí�cos com pontos magnetizados para leitura do sensor.

Figura 6 – Sensor magneto-resistivo e veri�cação de rolamento magnetizado com cartão de limalha de ferro

Os sensores magneto-resistivos são sensores que variam a sua resistência em função do campo magnético. Estes enviam um sinal em forma de onda quadrada cuja frequência é proporcional à velocidade de rotação da roda.A unidade de controlo do ABS é a responsável por interpretar os sinais vindos da leitura das rodas, e de fazer atuar o sistema convenientemente. Na primeira fase, durante a travagem, a pressão que o condutor exerce sobre o pedal é transmitida diretamente ao sistema de travagem; à medida que a força de travagem aumenta, produz um aumento da desaceleração da roda, ou seja, aumenta o deslizamento da roda. Simultaneamente, a unidade do ABS

Decreto-Lei n.º 132/2017 – De 11.10.2017 Aprova o Regulamento Que Fixa os Pesos e as Dimensões Máximos Autorizados para os Veículos em Circulação, transpondo a Diretiva (UE) n.º 2015/719.

GERAL

Portaria n.º 285/2017 – De 28.09.2017 Procede à regulamentação das formas de entrega do Cartão de Cidadão e dos respetivos códigos de ativação, do código pessoal (PIN) e do código pessoal para desbloqueio (PUK), a cidadãos residentes no estrangeiro, bem como das condições de segurança exigidas para essa entrega e à �xação das taxas associadas.

Portaria n.º 286/2017 – De 28.09.2017 De�ne os modelos o�ciais e exclusivos do cartão de cidadão, os elementos de segurança física que o compõem, os requisitos técnicos e de segurança a observar na captação da imagem facial e das impressões digitais do titular do pedido e ainda as medidas concretas de inclusão de cidadãos com necessidades especiais na sociedade de informação, a observar na disponibilização do serviço de apoio ao cidadão.

Portaria n.º 287/2017 – De 28.09.2017 A presente Portaria procede à regulamentação dos mecanismos técnicos de acesso e leitura dos dados constantes de circuito integrado do cartão de cidadão, do prazo geral de validade do cartão de cidadão, dos casos e os termos em que o Portal do Cidadão funciona como serviço de receção de pedidos de renovação de cartão de cidadão, do sistema de cancelamento do cartão de cidadão pela via telefónica e eletrónica, do montante devido pelo Instituto dos Registos e Notariado, I. P. (IRN), à Agência de Modernização Administrativa, I. P. (AMA), pelo exercício das suas competências, previstas no artigo 23.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, alterada pelas Leis n.ºs 91/2015, de 12 de agosto e 32/2017, de 1 de junho e das regras relativas à conservação do �cheiro com o código pessoal de desbloqueio (PUK) do cartão de cidadão.

Decreto-Lei n.º 125/2017 – De 04.10.2017 Altera o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que

recebem público, via pública e edifícios habitacionais.

Decreto-Lei n.º 126/2017 – De 04.10.2017 O�cializa o Sistema Braille em Portugal.

Decreto-Lei n.º 130/2017 – De 09.10.2017 Estabelece um regime excecional de controlo prévio relativo à reconstrução de edifícios de habitação destruídos ou gravemente dani�cados em resultado de catástrofe.

Declaração de Reti�cação n.º 36-A/2017 – De 30.10.2017 Reti�ca o Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de 31 de agosto, do Planeamento e das Infraestruturas, que procede à nona alteração ao Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, e transpõe as Diretivas n.os 2014/23/UE, 2014/24/UE e 2014/25/UE, todas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014 e a Diretiva n.º 2014/55/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 168, 2.º suplemento, de 31 de agosto de 2017

Decreto-Lei n.º 135-A/2017 – De 02.11.2017 Estabelece as medidas excecionais de contratação pública por ajuste direto relacionadas com os danos causados pelos incêndios �orestais ocorridos em outubro de 2017 nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Decreto Regulamentar n.º 9-A/2017 – De 03.11.2017 Regulamenta a Lei n.º 78/2017, de 17 de agosto, que estabelece um sistema de informação cadastral simpli�cada, adotando medidas para a imediata identi�cação da estrutura fundiária e da titularidade dos prédios rústicos e mistos.

JURISPRUDÊNCIA

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 353/2017 – De 13.09.2017 Declara inconstitucional, com força obrigatória geral, a norma que impõe o pagamento da taxa de justiça inicial nos 10 dias contados da data da comunicação ao requerente da decisão

negativa do serviço da segurança social sobre o apoio judiciário, sem prejuízo do posterior reembolso das quantias pagas no caso de procedência da impugnação daquela decisão, constante da alínea c) do n.º 5 do artigo 29.º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho, na redação dada pela Lei n.º 47/2007, de 28 de Agosto.

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 4/2017 – De 18.09.2017 Uniformiza/con�rma a jurisprudência do STA, nos seguintes termos: Face ao preceituado no n.º 5 do art. 43.º da LGT, na redacção dada pela Lei 64-B/2011 de 30 de Dezembro, é admissível a atribuição cumulativa de juros indemnizatórios e de juros moratórios, calculados nos termos deste preceito legal, sobre a mesma quantia e relativamente ao mesmo período de tempo.

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 5/2017 – De 18.09.2017 Uniformiza/con�rma a jurisprudência do STA, nos seguintes termos: I - As alterações introduzidas ao regime tributário das mais-valias mobiliárias pela Lei n.º 15/2010, de 26 de Julho apenas podem aplicar-se aos factos tributários ocorridos em data posterior à da sua entrada em vigor (27 de Julho de 2010 - art. 5.º da Lei n.º 15/2010). II - Nas mais-valias resultantes da alienação onerosa de valores mobiliários sujeitas a IRS como incrementos patrimoniais o facto tributário ocorre no momento da alienação (artigo 10.º n.º 3 do Código do IRS), sendo esse o momento relevante para efeitos de aplicação no tempo da lei nova, na ausência de disposição expressa do legislador em sentido diverso (artigos 12.º n.º 1 da LGT e do CC).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 6/2017 – De 26.09.2017 Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: Do despacho saneador proferido em ação administrativa especial de valor superior à alçada do tribunal administrativo de círculo cabe prévia dedução de reclamação para a conferência do próprio tribunal de 1.ª instância, por aplicação dos arts. 27.º, n.º 2, 29.º, n.º 1, e 87.º do CPTA e 40.º, n.º 3, do ETAF na redação anterior à introduzida pelo DL n.º 214-G/2015, de 02 de outubro, e não imediata interposição de recurso jurisdicional.

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sexta-feira, 17 de novembro 2017 sexta-feira, 17 de novembro 20178 1

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Pro�ssional da ARAN.

INSTRUÇÕES DE MONTAGEM DO BOLETIM

Associados da ARAN com as quotas em dia terão desconto de 15% sobre valorPara mais informações sobre cursos técnicos contactar ARAN. Tel: 225091053; Fax: 225090646; E-mail: [email protected] da ARAN: Os cursos de 50h = 89,00€, os cursos de 25h = 45,00€CD - Formação Curta Duração | MOD - Formação Modular | TRV - Formação Transversal | ESP - Formação Especializada

Formação Profissional

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Sistemas Multiplexados MODCoimbra-

Tábua25h 20/11 - 28/11 19h - 23h 60,00 €

Gestão de resíduos e classi�cação MOD Viseu 25h4-6, 11-14 Dezembro

19h - 23h 40,00 €

Fundamentos Gerais de Segurança no Trabalho

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19h - 23h 40,00 €

Alternadores - Reparação e Veri�cação CDCoimbra-

Tábua16h 11/12 - 14/12 19h - 23h 105,00 €

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Diagnóstico e Reparação em Sistemas Segurança Ativa e Passiva

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Motores - Reparação / Dados Técnicos MOD Prior Velho 50h 13/11 - 29/11 19 - 23h 120,00 €

CEPRA _ NORTE

Atestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado Instalados em Veículos a Motor - Nível 2

CD Maia 14h 13/11 - 16/11 19h - 23h 150,00 €

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Informação e Comunicação

MOD Maia 50h 27/11 - 15/12 19h - 23h 120,00 €

Sistemas multiplexados MOD Maia 25h 04/12 - 13/12 19h - 23h 60,00 €

Motores-Reparação / Dados Técnicos MODVila Nova de

Famalicão50h 04/12 - 21/12 19h - 23h 120,00 €

Sistemas Multimédia CD Maia 20h 20/11 - 24/11 19h - 23h 120,00 €

Veículos com Propulsão Híbrida CDSanta Maria

da Feira16h 20/11 - 23/11 19h - 23h 120,00 €

Os sistemas de segurança ativa encontram-se em plena expansão e evolução no automóvel, uma vez que existem cada vez mais sistemas, em mais veículos, e cada vez mais evoluídos.A evolução destes sistemas deve-se em grande parte à evolução da eletricidade/eletrónica automóvel, e à sua associação à mecânica, proporcionando maior precisão e e�cácia à segurança ativa.O sistema ABS – Anti-lock Breaking System foi desenvolvido para a aviação no �nal dos anos vinte, e foi aplicado de forma �ável no automóvel pela primeira vez no início dos anos setenta.No automóvel, o seu principal objetivo é evitar o bloqueio das rodas, para que a viatura não perca a direcionalidade. Ao não perder a direcionalidade o condutor, ainda que não consiga parar a viatura em espaço adequado, pode sempre desviar-se de um eventual obstáculo.Numa roda parada, a força resistente ao movimento é sempre igual independentemente da direção de aplicação da força, ou seja, a força necessária para deslocar a roda quer no sentido transversal quer no sentido longitudinal é sempre a mesma. No entanto se for permitida a rotação da roda, a força necessária para a deslocar no sentido para o qual roda é muito menor do que a que ocorre no sentido transversal. Daqui pode concluir-se que, sempre que puder, a roda irá direcionar-se no sentido onde existe menor força resistente ao movimento. Já no caso de uma roda bloqueada, dado que todas as forças resistentes são iguais independentemente do sentido, a roda irá deslocar-se na direção em que já se deslocava, independentemente de para onde a roda está virada.

Figura 1 – Roda bloqueada durante a travagem

A roda da �gura encontra-se bloqueada. Entenda-se por bloqueada a roda estar sem movimento de rotação e o veículo encontrar-se em movimento.Neste caso, e porque a roda está bloqueada, o veículo vai continuar sempre a mesma trajetória, e não adianta de nada ao condutor tentar desviar-se do obstáculo enquanto a roda estiver a derrapar.Muitas vezes é confundido o principal objetivo do sistema de travagem ABS, como sendo o obter uma menor distância de paragem, e embora em muitos casos se consiga uma menor distância, alguns construtores advertem nos seus manuais que o

facto de determinado modelo vir equipado com ABS, não quer dizer que estes tenham distâncias de paragem menores.As menores distâncias de paragem foram conseguidas através do aumento da velocidade de atuação e precisão da travagem, uma vez que esta controla a derrapagem de forma a obter o máximo coe�ciente de atrito entre o pneu e o piso. Entenda-se por derrapagem a relação de velocidade da roda com a velocidade do veículo. Por exemplo, um veículo cuja velocidade instantânea durante a travagem seja de 100 km/h e a roda rode a apenas 80km/h, tem um deslizamento de 20%.O grá�co que se segue indica o coe�ciente de atrito típico em diversos tipos de piso em função da derrapagem. Para efeitos de travagem. quanto maior for o coe�ciente de atrito, menor será a distância de paragem.

Figura 2 – Coe�ciente de atrito em função do piso e do deslizamento

Consultando o mesmo grá�co, pode veri�car-se que o deslizamento de 100%, roda bloqueada não é, na maior parte nos casos, vantajosa, pois apresenta valores de coe�ciente de atrito mais baixos do que os máximos possíveis. Esta situação apenas seria vantajosa relativamente à distância de paragem em condução de neve, e porque a acumulação de neve faz efeito de cunha na frente da roda. Ainda assim, neste caso, perder-se-ia a direcionalidade.Um deslizamento de 0% também não será lógico, porque se a roda girar à mesma velocidade do veículo, este não está a ser travado.O melhor compromisso de travagem é quando a derrapagem se situa próxima de 20%, pois é o tipo derrapagem que mantém os máximos coe�cientes de atrito (com excepção de neve) e ao mesmo tempo mantém o veículo direcionável.Poderá pensar-se que, sem sistema ABS, um bom condutor, com elevada sensibilidade, consegue fazer o mesmo, bastando carregar no pedal de travão de forma a conseguir o deslizamento de aproximadamente 20%, no entanto em situações em que as rodas se situam em pisos diferentes, ou que pneus se encontram

SISTEMA ABS

Serviços Técnicos