antÓnio luÍs catarino

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HISTÓRIA A 10.º,11.º e 12.º anos ANTÓNIO LUÍS CATARINO

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Page 1: ANTÓNIO LUÍS CATARINO

12HISTÓRIA A

PREPARAR O

EXAMENACIONAL HISTÓRIA A

10.º, 11.º e 12.º anos

ANTÓNIO LUÍS CATARINO

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HISTÓRIA A 12

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índice

I S B N 9 7 8 - 9 8 9 - 7 6 7 - 1 4 8 - 7

10.º ANO

Raízes Mediterrânicas da Civilização Europeia – Cidade, Cidadania e Império na Antiguidade Clássica

MÓDULO

1Unidade 1 – O modelo ateniense 101.1. A democracia antiga 131.2. Uma cultura aberta à cidade 15Exercícios resolvidos 19

Unidade 2 – O modelo romano* 222.1. Roma, cidade ordenadora de um império urbano 242.2. A afirmação imperial de uma cultura urbana pragmática 262.3. A romanização da Península Ibérica 29Exercícios resolvidos 31Exercícios propostos 32

Unidade 3 – O espaço civilizacional greco-latino à beira da mudança 343.1. O império universal romano-cristão 353.2. Prenúncios de uma nova geografia política: a presença dos bárbaros no império 36Exercícios resolvidos 37

Dinamismo Civilizacional da Europa Ocidental nos Séculos XIII e XIV – Espaços, Poderes e Vivências

MÓDULO

2Unidade 1 – A identidade civilizacional da Europa Ocidental 381.1. Poderes e crenças – multiplicidade e unidade 391.2. O quadro económico e demográfico – expansão e limites do crescimento 44Exercícios resolvidos 47

Unidade 2 – O espaço português – a consolidação de um reino cristão ibérico* 502.1. A fixação do território: do termo da Reconquista ao estabelecimento e fortalecimento de fronteiras 522.2. O país urbano e concelhio 522.3. O país rural e senhorial 562.4. O poder régio, fator estruturante da coesão interna do reino 57Exercícios resolvidos 60Exercícios propostos 62

Unidade 3 – Valores, vivências e quotidiano 683.1. A experiência urbana 693.2. A vivência cortesã 713.3. A difusão do gosto e da prática de viagens 72Exercícios resolvidos 73

A Abertura Europeia ao Mundo – Mutações nos Conhecimentos, Sensibilidades e Valores nos Séculos XV e XVI

MÓDULO

3Unidade 1 – A geografia cultural europeia de Quatrocentos e Quinhentos 741.1. Principais centros culturais de produção e difusão de sínteses e inovações 751.2. O cosmopolitismo das cidades hispânicas: importância de Lisboa e Sevilha 76Exercícios resolvidos 77

Unidade 2 – O alargamento do conhecimento do mundo* 782.1. O contributo português 792.2. A matematização do real; a revolução das conceções cosmológicas 81Exercícios resolvidos 82Exercícios propostos 83

Unidade 3 – A produção cultural 863.1. Distinção social e mecenato 873.2. Os caminhos abertos pelos humanistas 883.3. A reinvenção das formas artísticas* 90Exercícios resolvidos 95Exercícios propostos 96

Unidade 4 – A renovação da espiritualidade e religiosidade* 984.1. A Reforma Protestante 99Exercícios resolvidos 101Exercícios propostos 1034.2. Contrarreforma e Reforma Católica 104Exercícios resolvidos 105Exercícios propostos 107

Unidade 5 – As novas representações da humanidade 1085.1. O encontro de culturas e as dificuldades de aceitação do princípio do género humano 108Exercícios resolvidos 109

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11.º ANO

A Europa nos Séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniais

MÓDULO

4Unidade 1 – A população na Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento 1101.1. A população da Europa nos séculos XVII e XVIII 111Exercícios resolvidos 113

Unidade 2 – Europa dos Estados absolutos e a Europa dos parlamentos 1142.1. Estratificação social e poder político nas sociedades de Antigo Regime* 1152.2. A Europa dos parlamentos: sociedade e poder político 120Exercícios resolvidos 122Exercícios propostos 125

Unidade 3 – Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII* 1283.1. Reforço das economias nacionais e tentativas de controlo do comércio 1293.2. A hegemonia económica britânica: condições de sucesso e arranque industrial 132Exercícios resolvidos 134Exercícios propostos 1373.3. Portugal – dificuldades e crescimento económico 140Exercícios resolvidos 144Exercícios propostos 145

Unidade 4 – Construção da modernidade europeia 1484.1. O método experimental e o progresso do conhecimento do Homem e da natureza 1494.2. A filosofia das Luzes* 1504.3. Portugal – o projeto pombalino de inspiração iluminista 151Exercícios resolvidos 153Exercícios propostos 155

O Liberalismo – Ideologia e Revolução, Modelos e Práticas nos Séculos XVIII e XIX

MÓDULO

5Unidade 1 – A revolução americana, uma revolução fundadora 1561.1. Nascimento de uma nação sob a égide dos ideais iluministas 157Exercícios resolvidos 159

Unidade 2 – A Revolução Francesa – paradigma das revoluções liberais e burguesas 1602.1. A França nas vésperas da Revolução 1612.2. Da Nação soberana ao triunfo da revolução burguesa 162Exercícios resolvidos 166

Unidade 3 – A geografia dos movimentos revolucionários na primeira metade do século XIX: as vagas revolucionárias liberais e nacionais 1683.1. As vagas revolucionárias liberais e nacionais 169Exercícios resolvidos 171

Unidade 4 – A implantação do liberalismo em Portugal* 1724.1. Antecedentes e conjuntura (1907 a 1820) 1734.2. A Revolução de 1820 1744.3. O novo ordenamento político e socioeconómico (1834-1851) 176Exercícios resolvidos 178Exercícios propostos 180

Unidade 5 – O legado do liberalismo na primeira metade do século XIX 1865.1. O Estado como garante da ordem liberal* 1875.2. O romantismo, expressão da ideologia liberal 189Exercícios resolvidos 192Exercícios propostos 193

O (*) indica os conteúdos considerados estruturantes pelo Programa de História A 10.º, 11.º e 12.º anos. Os conteúdos estruturantes são aqueles que podem ser avaliados no âmbito do Exame Nacional.

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resumo teórico

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MÓDULO 1 – Raízes Mediterrânicas da Civilização Europeia – Cidade, Cidadania e Império na Antiguidade Clássica

2.1. Roma, cidade ordenadora de um império urbanoApós as suas conquistas, os Romanos dedicaram-se à criação ou à reorganização dos cen-

tros urbanos. O Império Romano era, assim, um mundo de cidades com instituições pró-prias, sobre as quais Roma se impunha como exemplo a seguir. Roma era o centro do impé-rio e a urbe por excelência.

2.1.1. A unidade do mundo imperial: o culto a Roma e ao imperadorApesar do papel administrativo das cidades, o império estava sob a autoridade de Roma e

das suas instituições, que não conseguiram acompanhar o seu crescimento, originando uma crise política.

Os poderes de Augusto

Após a morte de Júlio César, criou-se um triunvirato em que pontificavam os nomes de Marco António, Lépido e Octávio. Esta forma de governo serviu para dividir o poder entre estes três nomes, pretendendo assim fugir a um possível conflito civil que enfraquecesse o império. Nesta divisão, Octávio ficou com o Ocidente, Lépido ficou com o Norte de África e Marco António com as províncias do Oriente.

Depois de derrotar Marco António, seu principal rival, na batalha de Accio, Octávio ini-ciou um processo de centralização do poder nas suas mãos com o apoio do Senado. No fundo, queria ser imperador, transformando as instituições republicanas em órgãos que lhe seriam fiéis. Assim, em 38 a.C., recebe o título de Imperator, chefe de todo o exército. Em 28 a.C. consegue o título de Princeps Senatus, o primeiro dos senadores, o que lhe per-mitia fiscalizar e controlar as decisões deste órgão legislativo.

Em 27 a.C., depois de uma manobra política em que finge abdicar do poder, Octávio con-segue o título de Procônsul e aumenta o seu poder imperial perante todas as províncias e também do exército. Ainda no mesmo ano, recebe o poder tribunício, com o poder de um tribuno da plebe e direito de veto sobre as decisões dos magistrados. Passa também a ter o título de Augustus, ou seja, de sagrado, sendo objeto de veneração pública, ao qual juntou o título de Princeps Civitatis, o primeiro dos cidadãos romanos.

Em 12 a.C., torna-se o Pontifex Maximus, que chefiava toda a classe sacerdotal, iniciando--se assim o culto imperial.

Os poderes de Augusto

Pontifex Maximus O principal sacerdote

Procônsul Poder militar em algumas províncias ainda não totalmente pacificadas

Princeps Senatus O primeiro dos senadores

Imperium proconsulare maius

Comando dos exércitos e fiscalização de todas as províncias

Augustus Sagrado e objeto de culto

PrincepsO primeiro dos cidadãos

Pai da pátria e protetor do império

Tribunicia potesta

Poder de tribuno, inviolável

Direito de veto sobre decisões dos magistrados

Poder de convocar o Senado e os comícios

CONCEITOS

Urbe* – Termo latino que designa a cidade e que se diferenciava do território envolvente que era a zona rural.

* conceito estruturante

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UNIDADE 2 – O modelo romano

As instituições sob o imperador Octávio César Augusto

• O Senado – diminuiu o número de senadores para 600, sendo que o acesso a este órgão era feito de forma hereditária. Os filhos sucediam aos pais senadores, o que demonstra bem o caráter pró-monárquico do principado otaviano. O Senado perdeu a autoridade antiga que lhe restava da República e que poderia exercer sobre o imperador, desti-tuindo-o. Agora era Octávio que podia destituir os seus membros, retirando-lhes o poder fiscalizador sobre o erário público, sobre o exército e sobre a política externa.

• Os Comícios – eram assembleias do povo romano no seu início e um órgão prestigiado na República. Elegiam os magistrados e aprovavam as leis propostas por estes. Com Octávio deixaram de exercer essas prerrogativas e foi-lhes retirado o poder de eleger magistrados e as competências judiciais. Só podiam reunir com a convocação explícita do imperador.

• As Magistraturas – anteriormente importantes no controlo dos assuntos públicos e de poder executivo, eram eleitas pelos Comícios. Agora, sob o poder de Octávio, os magis-trados eram recomendados ou nomeados por este.

• A Guarda Pretoriana – exército de elite, impedia qualquer veleidade de revolta ou de substituição no cargo de imperador. Protegiam o imperador em qualquer situação.

• O Conselho Imperial – órgão novo criado por Octávio. Tinha um caráter consultivo, mas era composto por 15 senadores escolhidos pelo imperador e apresentava como objetivo controlar o Senado e chamar para junto dele os principais senadores que poderiam fazer-lhe oposição. Publicavam os éditos imperiais.

Augusto dividiu o império em províncias senatoriais e províncias imperiais. As primeiras encontravam-se pacificadas e estavam relativamente assimiladas; as segundas estavam sob o controlo do imperador e mostravam-se ainda insubmissas. No entanto, é a partir daqui que nasce uma nova classe de funcionários enriquecidos que exerciam o poder sob delegação do imperador.

Havia dois tipos de províncias: as que eram administradas por magistrados próprios, os procônsules, e as que eram geridas pelos delegados do imperador. Todas as províncias eram ainda divididas em conventus, que tinham leis próprias e um grande grau de autonomia.

As cidades dividiam-se em duas categorias: as colónias e os municípios. Os municípios eram cidades que já existiam e que tinham sido assimiladas pela pax romana; as colónias eram criadas de raiz por povoadores ou pelos povos dominados a quem tinha sido concedido o benefício de serem livres. Ambas podiam ter ainda a concessão imperial de latinidade e de cidadania, conforme os serviços prestados a Roma e ao império. Esta concessão de latinidade foi o primeiro passo para a concessão da cidadania plena a todos os habitantes do império e não só aos oriundos de Roma ou da Península Itálica.

O culto de Roma e ao imperador

O culto imperial nasceu após a atribuição a Octávio do título de Augustus pelo Senado. Foi a partir daqui que se iniciou um verdadeiro culto imperial que divinizava a figura do imperador através de vários rituais que podiam dar-se a título individual, municipal ou provincial. Ergue-ram-se altares em sua honra e era considerado um deus vivo, sendo um fator de unidade do império, que estava também associado ao culto da deusa Roma, que representava a cidade e a superioridade do mundo romano. O culto do imperador e a Roma era o que se poderia chamar de “religião de Estado”.

CONCEITOS

Magistratura – Carreira política baseada no desempenho de um cargo público de caráter judicial, legislativo ou militar.

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exercícios propostosMÓDULO 1 – Raízes Mediterrânicas da Civilização Europeia – Cidade, Cidadania e Império na Antiguidade Clássica

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1. Indique, a partir do mapa, quatro dos diversos fatores favoráveis que levaram à construção do Impé-rio Romano.

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M a r M e d i t e r r â n e o

Mar Negro

Mar do

Norte

Britannia

GermaniaInf. Germania

Sarmatia

BelgicaLudgunensis

Aquitania

Tarraconensis

Gallaeciaet Asturia

Lusitânia

Baetica

MauretaniaNumídia

Sup.

Baleares

Corsica

SardiniaSiciliaNumídia

Inf.

Africa

ProconsularisCyrenaica

AegyptusArabia

Palestina

Syria

Cappadocia

Cilicia

Pontus

GalatiaPhrygia

Lycia

BithyniaThracia

MoesiaInf.Moesia

Sup.

Macedonia

Dalmatia

Roma

NoricumRaetia

GalliaCisalpina

GermaniaSup.

NarbonensisPannonia

Epirus

Achaia

Dacia

Ásia

Itália

Gallia

Illyrium

Hispania

400 km0

DOC. 2 – Os poderes de Augusto

Logo que o imperium lhe foi confiado pelo Senado e pelo povo, Augusto, não pretendendo mostrar-se impopular, aceitou a responsabilidade total do Estado como se este necessitasse de cuidados especiais (…). As províncias menos importantes seriam atribuídas ao Senado. As mais importantes, pouco seguras e expostas aos perigos oriundos dos vizinhos guerreiros ou suscetí-veis de se revoltarem, de novo, ficariam sob a autoridade do imperador. Esta medida foi tomada para parecer que o Senado administrava, sem qualquer receio, as melhores províncias e que reservava os problemas e dificuldades. E, com este pretexto, deixou o Senado sem armas e sem exércitos (…). Como pretendia que o seu poder em nada se assemelhasse ao poder monárquico, tomou o governo das províncias por dez anos: considerava esse tempo necessário para a pacifica-ção; logo que tudo estivesse pacificado, restituiria (o poder das províncias) ao Senado e ao povo.

Dion Cassius, citado por Jean Rougé, As instituições romanas

2. Aponte a razão que levou Augusto a ficar com as províncias mais aguerridas ou ainda não totalmente pacificadas.

3. Refira os poderes que detinha Octávio César Augusto quando se tornou imperador.

4. Refira a importância do Direito na regulação do domínio romano nas regiões do império.

5. Explique por que razão se diz que a economia romana é esclavagista, comercial e urbana.

6. Explique o conceito de «cultura de síntese» inserida na cultura romana.

7. Refira os critérios que norteavam os Romanos na construção urbana.

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exercícios propostosUNIDADE 2 – O modelo romano

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8. Aponte três elementos identificadores da arquitetura romana.

9. Descreva os objetivos que norteavam a educação dos jovens romanos.

10. Infira, a partir do documento 3, o conceito de romanização.

10. Explique, com base no texto, o conceito de romanização.

11. Enumere as principais consequências económicas, políticas e sociais provocadas pela romanização na Península Ibérica.

DOC. 3 – O Império Romano

Todas estas reformas (empreendidas por Augusto) (…) tiveram como resultado aliviar a condição dos súb-ditos. A prosperidade geral aumentou; por toda a parte se assiste ao espantoso progresso da indústria e do comércio. As novas estradas (muitas, em princípio, davam resposta a preocupações estratégicas) servem o desenvolvimento das comunicações. Os mercadores «italianos» penetram em toda a parte, precedendo as legiões. Eles haviam franqueado o Danúbio muito antes dos generais de Augusto. Encontramo-las em todos os postos avançados do império, na Bactriana, em Adem, na rota da Índia, na China. (…) A Itália ocupa, natu-ralmente, um lugar privilegiado na economia do império (…). Parece realmente que o volume total das trocas comerciais teria, em alguns anos, conhecido um crescimento considerável, levando a um abaixamento geral dos preços e a uma subida do nível geral de vida. (…) A riqueza já não é o privilégio exclusivo dos conquistado-res. (…) Nestas condições, como não haveria de nascer um sentimento muito real de reconhecimento para aquele que, em tão escassos anos, rechaçou para sempre a angústia do amanhã, a insegurança, a fome, a guerra, e proporcionou a alegria de viver? Esta gratidão é inseparável de um outro sentimento, que se deve mesmo designar como um «patriotismo imperial»: o orgulho de pertencer a um império forte e próspero. O imperador já não é o comandante de um exército ou de uma nação conquistadora, mas o pai, em breve o deus, a quem tudo se deve; e vê-se nascer, inicialmente no Oriente grego (…), como também no Ocidente, um culto a Roma e a Augusto, em que se encontram ligadas as duas potências pacificadoras do império.

Pierre Grimal, O Século de Augusto, Edições 70, 2008, pp. 125-126

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OuroPrataFerroCobreSalCereaisAzeiteVinhoPeixeCavalosPorcosOvelhasTecidosCerâmicaEscravos

LeãoPamplona

SimancasZamora

Porto Salamanca

Coimbra

Santarém

Lisboa Évora

FaroHuelva

Sevilha

Mérida

Córdova

JerezMálagaCádis Almeria

Cartagena

Valência

Saragoça

Tortosa

Lérida

Barcelona

Maiorca

Ibiza

0 100 km

Oc

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A

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1.1. Assinale, a partir dos documentos 1 a 4, as afirmações que considera corretas.

(A) A presença romana na Península Ibérica data de 218 a. C.

(B) A presença romana na Península Ibérica data de 448 a. C.

(C) Romanização é o processo que levou Roma a impor as suas leis, cultura, comportamentos e cos-tumes aos povos dominados.

(D) Romanização é o processo que levou Roma a destruir os antigos aldeamentos locais e a trans-formá-los em grandes cidades.

(E) Aculturação é o processo que levou os romanos a serem influenciados pelos povos dominados e a seguirem o seu modo de vida e costumes.

(F) Aculturação é um processo de assimilação cultural dos povos dominados pelos romanos.

(G) A Pax Romana era a condição imposta pelos romanos aos povos dominados, para que seguissem as leis, os costumes e se integrassem no Império Romano.

(H) O urbanismo só foi praticado na cidade de Roma, não tendo tido influência nas cidades edifica-das pelos romanos, em todo o Império.

Grupo I – 10.º ano

A civilização romana

1. Atente nos documentos:

Prova de História A – N.º 5 – 12.º ano – 120 minutos

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Doc. 3

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1.2. Relacione a coluna da esquerda coma respetiva coluna da direita.

A) Império1. Nasceu depois de Octávio César Augusto ser considerado sagrado

ou «augustus».

B) Exército romano2. Órgão deliberativo na República, formado por 600 membros, mas

que perdeu influência com a instituição do Império e do imperador.

C) Pax Romana 3. Estrutura determinante no domínio de uma região, mas não a única.

D) Culto Imperial4. Carreira política baseada no desempenho de um cargo público seja

de caráter judicial, legislativo ou militar.

E) Senado5. Conceito criado por Octávio César Augusto que tinha por objetivo

assimilar e aculturar os povos que aceitassem o domínio romano.

F) Magistraturas 6. Exército de elite que protegia o imperador.

7. Vasto território que engloba povos ou regiões conquistadas mili-tarmente por um Estado politicamente forte e expansionista.

Grupo II – 11.º anoPortugal, uma sociedade capitalista dependente

DOC. 1 – Um discurso de Fontes Pereira de Melo

Quero o progresso material do País; quero estradas; e não seria um grande progresso o ter-mos estradas?… Nós que não podemos dar dois passos, sem que pelo mau estado em que estão os caminhos tropecem os cavalos, e nós quebremos a cabeça!… Quem não há de querer o melho-ramento das estradas!… Quero canais, e todos os melhoramentos materiais que forem possíveis. Entretanto conheço que muitas destas coisas não está o País ainda no caso de os desfrutar. Qui-sera porém que desde já se melhorasse a indústria e a agricultura, porque realmente carecem de muitos melhoramentos.

Sr. Presidente, eu não quero só o progresso material, quero também o progresso intelectual, quero o progresso da instrução pública, porque estou persuadido que sem ele não pode haver liberdade no país, e todos os homens que prezam a liberdade não podem deixar de o querer, por-que entendo mesmo que a classe de indivíduos que deve ter maior soma de conhecimentos para desempenharem os altos cargos que ocupam, não estão ainda alguns deles bastantemente ins-truídos para os exercerem.

Quero mais: quero uma reforma de Lei Eleitoral, porque entendo que é uma necessidade pública; quero essa reforma, quero esse progresso, porque não desejo que haja motivo para resis-tências nem ativas nem passivas; quero que haja um sistema representativo em que todos os partidos sejam representados no Parlamento.

Fontes Pereira de Melo, Sessão parlamentar de 15 de janeiro de 1849

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