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Karl Marx e o materialismo histórico. Antes vamos entender os conceitos de: Modo de Produção e as formas de produção do Trabalho deste a Antiguidade até o Mundo Contemporâneo

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Page 1: Antes vamos entender os conceitos de: - Modo de Produção e as formas de produção do Trabalho deste a Antiguidade até o Mundo Contemporâneo

Karl Marx e o materialismo histórico.

Antes vamos entender os conceitos de:

- Modo de Produção e as formas de produção do Trabalho deste a Antiguidade até o Mundo Contemporâneo

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“NA MEDIDA EM QUE O TRABALHO SE TORNA MAIS COMPLEXO, AS RELAÇÕES HUMANAS SE

DIVERSIFICAM”. MODO DE PRODUÇÃO – CONCEITO

Maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade.

Modo de produção = forças produtivas + relações de produção. O modo de produção é o centro organizador de todos os aspectos da sociedade e sub divide-se em: Primitivo, Asiático, Escravista, Feudal, Capitalista, Comunista.

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Modo de produção na Pré-História

PRÉ-HISTÓRIA: período da história que antecede a invenção da escrita (evento que marca o começo dos tempos históricos registrados), que ocorreu aproximadamente em 4.000 a.C.

COMUNIDADE PRIMITIVA:. Do trabalho de todos retiravam-se o sustento de todos. Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Os instrumentos eram poucos desenvolvidos. Não existia ainda a ideia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários

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Modo de produção na Pré-História

IDADE ANTIGA: É o período que se estende desde a invenção da escrita (3500 a.C a 476 d.C) até a queda do Império Romano do Ocidente. Seus principais modos de produção são: Modo de Produção asiático e modo de produção escravista.

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ASIÁTICO

Teve início em 2500 a.C., na Idade Antiga, caracteriza pelos primeiros Estados surgidos na Ásia Oriental, Índia, China e Egito.

A agricultura base da economia desses Estados, era praticada por comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de trabalho compulsório.

Os camponeses tinham acesso à coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras desta.

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MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA:

Surgiu na Grécia clássica e foi assimilado pelos Romanos. Com o surgimento da propriedade privada, os parentes mais próximos dos

chefes dos clãs ficaram com as melhores terras.

Com o aumento das famílias nobres, eram necessários mais terras e mais gente para trabalhar no cultivo dessas terras. Esse problema era resolvido com guerras de conquista: guerreava-se com povos vizinhos, as terras conquistadas eram repartidas entre os nobres, e o povo derrotado era escravizado.

Os escravos eram propriedades do Estado cedidas aos nobres para o trabalho em suas terras. Um cidadão não-estrangeiro também poderia se tornar escravo de alguém, se adquirisse dessa pessoa uma dívida da qual não pudesse pagar

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MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL

IDADE MÉDIA: É o período que se estende ( 476 d.C até o século XV). No final deste período vivenciou a expansão ultramarina, formação dos estados nacionais.

.

- Tem suas origens no século IV a partir das invasões germânicas (bárbaras) ao Império Romano (Europa).

- As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado, economia baseada na agricultura de subsistência, trabalho servil,

economia monetária e sem comércio, onde predomina a troca (escambo), o sistema econômico é de subsistência (modalidade que tem

como principal objetivo a produção de alimentos para garantir a sobrevivência do agricultor, da sua família e da comunidade em que está inserido, ou seja, ela visa suprir as necessidades alimentares das famílias

rurais.

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A EXPERIÊNCIA MEDIEVAL

A Idade Média não alterou substancialmente o conceito de trabalho desenvolvido no mundo antigo.

O trabalho servia como um meio de dominação social e de condenação a qualquer rebeldia à ordem instituída. A servidão era justificada pela ordem divina.

O ócio não era sinônimo de preguiça, mas de abstenção às atividades manuais para se dedicar a funções mais nobres, como a política, a guerra, a caça, o sacerdócio, isto é, ao exercício do poder.

Na sociedade estratificada medieval, aos servos cabiam as atividades agrícolas ou artesanais, obedecendo a um ritmo de trabalho próprio da economia de subsistência e na mais completa ausência de direitos políticos.

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IDADE MODERNA

IDADE MODERNA: Período específico da história do Ocidente, um momento de transição. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, em 1453 quando ocorreu a Tomada de Constantinopla e o término foi com a Revolução Francesa em 1789.

MODO DE PRODUÇÃO MERCANTILISTA (PRÉ CAPITALISMO): Práticas econômicas desenvolvida na Europa na Idade Moderna, entre século XV, e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados.

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O trabalho livreO crescimento do mercado fez nascer um novo tipo de escravidão: o trabalho compulsório dos africanos nas colônias da América.

Mas para as elites o trabalho livre era a forma ideal. Essa é por excelência a concepção burguesa da liberdade individual: ele é livre para usar a força de seu corpo e “escolher” o seu trabalho.

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MERCANTILISMO

Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia. Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados nacionais. Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Expansões Marítimas Europeias.

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IDADE CONTEPORÂNEA IDADE CONTEMPORÂNEA Período específico atual da história

do mundo ocidental, iniciado a partir da Revolução Francesa (1789 d.C.). O seu início foi bastante marcado pela corrente filosófica iluminista, que elevava a importância da razão.

Liberalismo Econômico (Adam Smith)

Os meios de produções.

Ocorreu a separação entre o trabalhador e a propriedade dos meios de produção; entre o capital e o trabalho (Contexto da Revolução Industrial). Surge o trabalhador “livre” assalariado (dono da força de trabalho) e o burguês capitalista (dono do

meios de produção).

- Surge o fordismo e o taylorismo

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No início do século XX duas formas de organização de produção industrial provocaram mudanças significativas no ambiente fabril: o taylorismo e o fordismo.

Esses dois sistemas visavam à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro.

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MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA:

O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos são realizadas pelos proprietários.

O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas ( Karl Marx, Proudhon e Sombart), no final do séc. XIX e início do séc. XX, para identificar o sistema político econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas.

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Dentro do contexto histórico das correntes filosóficas e sociólogas do Século e XVIII e XIV, temos duas escolas de pensadores que diferem-se em suas teorias, eles são os chamados positivistas, mais próximos do idealismo (Augusto Comte e Emile Durkheim). Ou seja, a idealismo seria “delegar à ciência a função de resolver, no decorrer do tempo, o problema social da humanidade

Os positivistas defendiam, confiavelmente, que o progresso por meio da industrialização guiado pela técnica e a ciência tese do capitalismo - traria benefícios gerais para a sociedade contemporânea. Vale dizer em linhas gerais, que a tendência positivista, nos termos de COTRIM (1988), tem como característica geral à extração da ciência e a preocupação de defender as conquistas da revolução industrial, sem se importar com as conseqüências sociais que afetariam a vida de milhões de trabalhadores

O outro grupo era composto por pensadores que estudavam a sociedade e seus processos de transformações sociais, principalmente quando se estuda o lado econômico. São pensadores como Adam Smith e os seguidores de Karl Marx.

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Karl Heinrich Marx Karl Heinrich Marx , nasceu em 5 de maio de

1818 e faleceu em Londres, 14 de março de 1883. Foi um intelectual e revolucionário alemão, atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.

O pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como Filosofia, História, Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Psicologia, Economia, Comunicação, Arquitetura, Geografia e outras.

Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado de Kant e Hegel um de seus grandes representantes. Foi um dos maiores (para muitos, o maior) pensadores de todos os tempos

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A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita a teoria em si.

Marx, aliás, se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade. As ideias de Karl Marx compreende o trabalho como atividade fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social.

Sendo os homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade.

Para Marx não havia determinismo ou pré-destinação dos seres humanos, pois, partindo do real o ser humano é conduzido o tempo inteiro pelas suas condições de existência, formação e transformação do mundo, ou seja, o ser humano é determinante do mundo em que vive. Desta forma, a realidade não tem sentido em si mesma, mas é o sujeito quem dá sentido a essa realidade

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Assim, Sociedades Capitalistas - é caracterizada no seu princípio mais importante: o lucro. A revolução industrial consolidou a sociedade burguesa liberal capitalista.

Karl Marx, sem dúvida foi o maior teórico do valor-

trabalho. Com o valor sendo gerado pelo trabalho, única e exclusivamente, logo se levou à ideia de que, se todo o valor é gerado no trabalho, logo os trabalhadores eram quem gerava toda a riqueza existente, sendo que os não-trabalhadores - os patrões - que acabavam por ficar com grande parte da riqueza gerada pelo trabalho incorporado, estavam na verdade usurpando a classe trabalhadora deste valor gerado pelo trabalho, através de um processo conhecido como mais-valia

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Materialismo Histórico-Dialético Karl Marx

A teoria marxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma:

Suponhamos que um funcionário leve duas horas para fabricar um par de calçados. Nesse período, ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8horas,por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par continua o mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que ele trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e aumentando os lucros do patrão.

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Mais Valia Absoluta X Relativa

  Marx chama a atenção para o fato de que os capitalistas, uma vez pago o salário de mercado pelo uso da força de trabalho, podem lançar mão de duas estratégias para ampliar sua taxa

de lucro: estender a duração da jornada de trabalho mantendo o salário constante - o que ele chama de mais-valia absoluta (Consiste na intensificação do ritmo de trabalho, através de uma série de controles impostos aos operários, que incluem da mais severa vigilância a todos os seus atos na unidade produtiva até a cronometragem e determinação dos movimentos necessários à realização das suas tarefas. O capitalista obriga o trabalhador a trabalhar a um ritmo tal que, sem alterar a duração da jornada, produzem mais mercadorias e mais valor.)

mais-valia relativa

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Mais Valia Absoluta X Relativa

  Quando esse método encontra os limites da extração da mais-valia absoluta: resistência da classe operária e deterioração de suas condições físicas o segundo caminho, a extração da mais-valia relativa, é que fez do capitalismo o modo de produção mais dinâmico de todos os tempos, transformando continuamente seus métodos de produção e introduzindo incessantemente inovações tecnológicas. Pois é apenas através da mudança técnica que o tempo de trabalho socialmente necessário de determinados bens pode ser reduzido. Aumentos na produtividade resultantes e novos métodos de produção, nos quais o trabalho morto sob a forma de máquinas assume o lugar do trabalho vivo, reduzem o valor dos bens individuais produzidos.

mais-valia relativa

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Funcionamento da sociedade: meio de produção (Infraestrutura

x Surpestrutura) Superestrutura e Infraestrutura por Karl Marx

De acordo com o ponto de vista materialista de Marx, o elemento primordial da realidade social é o modo como os homens produzem suas condições de existência, ou seja, a base econômica da sociedade.

 -> A sociologia marxista gira em torno de dois conceitos: 

Infraestrutura: é composta pelos meios materiais de produção (meios de produção e força de trabalho);

Superestrutura: é que compreende as esferas política, jurídica e religiosa, ou seja, as instituições responsáveis pela produção ideológica(formação das ideias e conceitos) da sociedade. 

Segundo a sociologia marxista, a superestrutura é determinada pela infraestrutura, ou seja, a maneira na qual a economia de uma sociedade é organizada irá influenciar nas ideologias presentes na sociedade

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As manifestações da superestrutura passam a ser determinadas pelas alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do  sistema feudal para o capitalista. O movimento dialético da história se faz por um motor, que é a luta de classes.

Essa luta acontece porque as classes tem interesses antagônicos. (por isso a dialética)

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Classes sociais

A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papéis que os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx.

É do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de rendimento, o gênero de vida e numerosas características culturais das diferentes classes.

Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.

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Conceito de Alienação Para Marx, a alienação refere-se a uma situação resultante dos fatores materiais

dominantes da sociedade, caracterizada por ele sobretudo no sistema capitalista, em que o trabalho humano se processa de modo a produzir coisas que imediatamente são separadas dos interesses e do alcance de quem a produziu, para se transformarem, indistintamente, em mercadorias

De acordo com a dialética de Marx, o processo de alienação leva o ser genérico do homem -- expresso pelo trabalho -- a converter-se em instrumento de sua sobrevivência, o que ocorre, primeiro, na relação do produtor com o produto e, em seguida, na relação do produtor com os consumidores do produto.

A alienação transforma o operário em escravo de seu objeto, mas o processo não se detém aí, já que o trabalho é mercadoria que produz bens de consumo para outrem.

Na verdade, ocorre a alienação do homem perante o próprio homem: ao produzir um bem que não lhe pertence, o homem propicia o jugo daquele que não produz sobre a produção e o produto, deixando assim que o outro, alheio à produção, se aproprie dela.

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Mercadoria Mercadoria é o que se produz para o

mercado, isto é, o que se produz para a venda e não para o uso imediato do produtor

Tudo o capitalismo foi transformando em mercadoria. Tudo ele foi reduzindo a um valor que pudesse ser medido em dinheiro.

A própria força humana do trabalho – em lugar de ser reconhecida e valorizada como o meio essencial que o homem possui para a livre criação de si mesmo – foi, por toda parte, sendo transformada em mercadoria.

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Mercadoria Por outro lado, uma vez que o trabalhador

não produz a mercadoria para seu uso e sim para o mercado, uma vez que o produto de seu trabalho escapa totalmente ao seu controle e parece adquirir vida própria, o processo de produção e circulação das riquezas se obscurece e foge ao entendimento espontâneo do homem normal. "O processo da produção passou a dominar o homem, ao invés de ser dominado por ele", escreve Marx.

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Mercadoria As leis do mercado se impõe ao trabalho. Os

preços, as cifras e as taxas de lucro comandam as operações. Os seres humanos figuram no quadro da produção apenas como instrumentos.

  O movimento das coisas no mercado aparece

como um movimento automático, superior à vontade dos homens. A própria linguagem cotidiana reflete isso. É comum ouvirmos frases assim: "o trigo subiu", "o café baixou", "o açúcar desapareceu", "a banha vai voltar" etc.

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Mercadoria Os economistas da escola fisiocrata chegavam a estudar os

fenômenos da economia como se estes se regulassem por uma lei natural. Adam Smith acreditava, por sua vez, que tais fenômenos manifestavam a ação de uma "mão invisível". Como no sistema capitalista a atividade produtora não se exerce em termos humanamente racionais, ela é levada a cair sob a jurisdição de uma racionalidade inumana.

  A ação humana e as condições sociais em que ela se realiza

assumem a aparência de uma fatalidade. A mercadoria não é vista como a expressão de um trabalho humano concreto. A verdadeira significação é oculta sob uma forma destinada a impedir que os homens vejam na economia uma realidade que eles criaram e podem sempre modificar. Essa forma constitui aquilo que Marx chamou de o fetichismo da mercadoria.

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SOCIALISMO E COMUNISMO

Para Karl Marx, a classe operária, organizada em um partido revolucionário, deverá destruir o Estado burguês e organizar um novo Estado capaz de acabar com a propriedade privada nos meios de produção. Esse novo Estado, que ele chama de

ditadura do proletariado, deverá liquidar a classe burguesa no mundo inteiro. Essa primeira fase é chamada de socialismo, precisa de um aparelho estatal burocrático, um aparelho repressivo e um aparelho jurídico. É nessa fase que se dará a luta contra a antiga classe dominante, para se evitar a contra-revolução. O princípio do socialismo é:

“De cada um, segundo sua capacidade, a cada um segundo seu trabalho”.

A segunda fase, é chamada de comunismo, e se define pelo fim da luta de classes e

consequentemente o fim do Estado. Haveria um desenvolvimento prodigioso das forças produtivas, que levaria a uma era de abundância, ao fim da divisão do trabalho em trabalho material e intelectual, e a ausência de contraste entre cidade e campo e entre indústria e agricultura. O princípio do comunismo é: “De cada um, segundo sua

capacidade, a cada um, segundo suas necessidades”. Com a passagem para o comunismo, a luta de classes não mais seria entre dominantes e dominados, e sim entre as forças progressistas e as forças conservadoras.