anpocs ana 2.0
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7/17/2019 ANPOCS ANA 2.0
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VOZES DIGITAIS RURAIS
Neste artigo pretendemos abarcar algumas questões essencialmente teóricas surgidas no
desenrolar de uma pesquisa de ! ôlego maior amparada pelo "N#$ e em parceria com a
Uni%ersidade &ederal de Santa "ru' na qual um trabal(o etnogr á!icoée!etuado com plantadores
de tabaco para desencobrir as apropriações e pr áticas ao redor das TI"s ) tecnologias da
in!ormação e comunicação ) que passam a ser usadas no âmbito rural* Entretanto aqui baseados
am pesquisa parcial e principalmente nas !alas das !amílias entre%istadas procuramos
problemati'ar +ou articular,- as concepções de narrati%idade de si +"a%arero- de %o' enquanto
processo e %alor +"ouldr.- e construção de identidade e a noção de auto)interpretação +Ta.lor- sob
o prisma dessas no%as tecnologias e suas possibilidades que adentram portanto o campo primeiro
da !amília e por conseguinte do trabal(o rural que tem como caracter ística principal ser
desempen(ado no seio do local e da situação !amiliar*
Discorremos portanto uma recuperação teórica de alguns autores e mais ob/eti%amente de
problemáticas abordadas por eles que são interpeladas nas pr ó prias !alas das !amílias V* e 0* Ao
dei1arem)se !alar as !amílias como um con/unto social e como indi%íduos bali'am uma noção de
%o' como e1posta por "ouldr. que reclama perceber)se como um processo como aquilo a que édado importância e aquilo queée1cluído e como um %alor +e meta)%alor- que é propiciado no seio
da pesquisa de cun(o etnogr á!ico e também nas pr ó prias e1periências dessas !amílias com essas
tecnologias que permitem a eles serem inclusos +incluídos- em espaços telemáticos que atéentãoeles apenas se %iam no papel de receptores* A !ala a pr ó pria %o' como mais do que a e1pressão%ocal (umana aparece de !ato como %alor ) %alor de inclusão de uma camada social +o (abitante e
produtor rural- no seio das comunidades digitais instrumentali'adas atra%és dessas no%astecnologias e %alor de e1pressão a respeito e1atamente dessa nova e1periência de inclusão* É
permitido !alar e !alar sobre o !alar*
Em um segundo tempo concomitante %ê)se que a tecnologiaétambém da in!ormação )
permite a essa população nesse recorte uma inclusão num regime de acesso não apenas
comunicati%o mas também recepti%o* O tra/eto da %o' do ser (umano também étra/eto do
recebimento de no%as %o'es antes mudas para eles também !ormando na pr ó pria e1periência da
!ala sobre a !ala uma e1periência de segunda ordem de construção ou reconstrução de si onde a
identidade antes limitada pelo regime de e1clusão ! ísica do âmbito rural pode procurar no%os
métodos e momentos de identi!icação* Essa e1periência de segunda ordem aparece e1atamente nas!alas enquanto narrati%a de si mesmo ) o“antes e depois”da c(egada do dispositi%o do acessoàtecnologia aparece nas !alas como descoberta e uma reinterpretação do passado que transparece ao
pesquisador como uma narrati%a de si que transparece o binômio !icção)(istoricidade +Ricoeur-
inerenteànarrati%a de si*