anp decreta fim do posto-clone - resan.com.br · ao final de cada ano parece que so-mos atacados...

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Dezembro 2008 2 EDIÇÃO DEZEMBRO / 2008 EDITORIAL “Somos como uma vitrine”.........3 NR As cores e suas regras...............9 RETROSPECTIVA Acompanhe a análise de especia- listas sobre 2008 e as perspectivas para o ano novo...........10, 11 e 12 NOVIDADE Projeto de lei dá novo nome aos combustíveis nas bombas........13 VENDAS Livros invadem as lojas de conve- niência e garantem lucro....14 e 15 SEM ENXOFRE Diesel S-50 chegará à Baixada Santista apenas em 2012 ........16 INDICADORES Ranking de preços .....................17 ANIVERSÁRIO Confira nomes da 2ª quinzena de dezembro e 1ª de janeiro........18 - Agenda CAMPANHA Resan lança campanha contra ex- ploração sexual de crianças.......19 Postos & Serviços é uma publicação mensal do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lava- rápidos e Estacio- namentos de Santos e Região (Resan). Rua Manoel Tourinho, 269 - Santos/SP Tel: (13) 3222-3535 - www.resan.com.br [email protected] Presidente José Camargo Hernandes Jornalista responsável, textos e editoração eletrônica Christiane Lourenço (MT b. 23.998/SP) E-mail [email protected] Repórter Renato Santana (textos e fotos) Colaboração: Luiz Alberto Carvalho, Marize A. Ramos e Maria do Socorro G. Costa Impressão: Demar Gráfica Tiragem: 1.600 exemplares As opiniões emitidas em artigos assinados publica- dos nesta revista são de total responsabilidade de seus autores. Reprodução de textos autorizada desde que citada a fonte. O Resan e os produtores da revista não se responsabilizam pela veracidade das informações e qualidade dos produtos e serviços divulgados em anúncios veiculados neste informativo. ANP DECRETA FIM DO POSTO-CLONE NOVAS NORMAS DA ABNT PARA POSTOS ESPECIAL Páginas 4, 5, 6 e 7 Resolução 33 atualiza a Portaria 116 e define, entre outras regras, que o posto não pode exibir marca de companhia se estiver cadastra- do como bandeira branca na ANP. Confira! Páginas 8 e 9

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Page 1: ANP DECRETA FIM DO POSTO-CLONE - resan.com.br · Ao final de cada ano parece que so-mos atacados por crises nostálgicas. É bom sermos vítimas desse vírus. Afi-nal, recordar nos

Dezembro 20082

EDIÇÃO DEZEMBRO / 2008

EDITORIAL“Somos como uma vitrine”.........3NRAs cores e suas regras...............9RETROSPECTIVAAcompanhe a análise de especia-listas sobre 2008 e as perspectivaspara o ano novo...........10, 11 e 12NOVIDADEProjeto de lei dá novo nome aoscombustíveis nas bombas........13VENDASLivros invadem as lojas de conve-niência e garantem lucro....14 e 15SEM ENXOFRE

Diesel S-50 chegará à BaixadaSantista apenas em 2012 ........16INDICADORES

Ranking de preços .....................17

ANIVERSÁRIO

Confira nomes da 2ª quinzena dedezembro e 1ª de janeiro........18- Agenda

CAMPANHAResan lança campanha contra ex-ploração sexual de crianças.......19

Postos & Serviços é umapublicação mensal doSindicato do ComércioVarejista de Derivadosde Petróleo, Lava-rápidos e Estacio-namentos de Santose Região (Resan).Rua Manoel Tourinho, 269 - Santos/SPTel: (13) 3222-3535 - [email protected]

PresidenteJosé Camargo HernandesJornalista responsável, textos eeditoração eletrônicaChristiane Lourenço(MT b. 23.998/SP)[email protected]órter Renato Santana(textos e fotos)Colaboração: Luiz Alberto Carvalho,Marize A. Ramos e Maria do Socorro G. CostaImpressão: Demar GráficaTiragem: 1.600 exemplares

As opiniões emitidas em artigos assinados publica-dos nesta revista são de total responsabilidade de seusautores. Reprodução de textos autorizada desde quecitada a fonte. O Resan e os produtores da revista nãose responsabilizam pela veracidade das informações equalidade dos produtos e serviços divulgados emanúncios veiculados neste informativo.

ANP DECRETA FIMDO POSTO-CLONE

NOVAS NORMAS DAABNT PARA POSTOS

ESPECIAL

Páginas 4, 5, 6 e 7

Resolução 33 atualiza a Portaria 116 e define,entre outras regras, que o posto não pode

exibir marca de companhia se estiver cadastra-do como bandeira branca na ANP. Confira!

Páginas 8 e 9

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Dezembro 2008

EDITORIAL

JOSÉ CAMARGO HERNANDES

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“SOMOS COMO UMA VITRINE”Ao final de cada ano parece que so-mos atacados por crises nostálgicas.É bom sermos vítimas desse vírus. Afi-nal, recordar nos leva a refletir sobrecomo agimos e/ou reagimos em deter-minada situação.

E autocrítica é uma virtude a ser cul-tivada, pois nos conduz ao aprimoramen-to, seja como empresário, cidadão e,principalmente, como ser humano.

Assim, através dela tanto podemosrever posições equivocadas e erros,como reafirmar e incrementar convic-ções reconhecidamente construtivas.

Nessa linha de reflexão e avaliaçãodesse ano, quase em seu final, cobra-do insistentemente pela equipe da Pos-tos & Serviços, que queria o texto doeditorial para esta edição da revista,tentei buscar “inspiração” relendo al-gumas de nossas publicações antigas.

A crise nostálgica se acentuou....

Constatei que desde quando foi fun-dado no não tão longínquo 1993 oResan caracteriza-se por ser uma en-tidade inovadora e arrojada em suaspropostas e, sobretudo, em sua formade fazer sindicalismo patronal.

Passados 15 finais de ano de sólidocrescimento e amadurecimento, oResan não só conseguiu conquistar,mas também consolidar confiabilidadee respeitabilidade junto ao quadroassociativo, como também perante sin-dicatos congêneres, organismos go-vernamentais e à opinião pública, par-ticularmente dos consumidores decombustíveis da Baixada Santista, Li-toral Sul e Vale do Ribeira.

Isso pudemos constatar quandodecidimos nos submeter à direta ex-posição e apreciação pública ao lançar-mos em 2003 o Programa Permanentede Esclarecimento ao Consumidor deCombustíveis que tem na Cartilha doConsumidor de Combustíveis seu prin-cipal canal de comunicação.

Agora, com o lançamento da campa-

nha Diga Não à Exploração Sexual deCrianças e Adolescentes, confesso que, aprincípio fiquei preocupado com a abor-dagem pública que teria que fazer de umassunto muito delicado. O tema surgiu dediscussões internas da Fecombustíveis,para dar cumprimento a uma lei federalque tornou obrigatória a divulgação demensagem relativa à exploração sexual etráfico de crianças e adolescentes apon-tando formas para efetuar denúncias.

A preocupação se concentrava no fatode como seria entendido pelo associadoe pelo público em geral a abordagemdesse assunto. O Resan como entidadeefetivamente transparente em sua açõese solidamente consciente de sua respon-sabilidades não pode omitir-se.

Só para se ter uma idéia desse graveproblema, somente em agosto último,segundo a Secretaria Especial dos Direi-tos Humanos, foram 94 denún-cias recebidas no Disque 100,número de telefone gratuito paradenúncias desse tipo de crime.

Lastimavelmente em nossaregião o problema tambémexiste, por incrível que pos-sa parecer. Para tanto, énosso dever engajar o mai-or número possível depessoas e empresas, jus-tamente as que têm ele-vado conceito de cida-dania, na divulgaçãodessa campanha.

Figurativamen-te somos comouma vitrine que ex-põe o que de ruim ede bom possui a cate-goria empresarial querepresentamos, o ruimdevemos extirpar; o bomtemos que exaltar.

Se através da campa-nha conseguirmos evitarque uma única criançaseja poupada desse trá-

gico destino, para nós do Resan, 2008já terá sido um grande ano.

Quanto as questões específicas darevenda, temos a consciência tranqüilade que também em 2008 cumprimosnosso dever, particularmente com a re-alização do I Encontro de Revendedoresde Combustíveis da Baixada Santista,Litoral Sul e Vale do Ribeira, em agosto,no Mendes Convention Center.

Um 2009 de muito sucesso e pro-gresso para todos. Até!!!

“Para nós, do Resan, seuma única criança for

poupada desse destinotrágico, a campanha ‘Diga

não à Exploração Sexual deCrianças e Adolescentes’ já

terá valido a pena”

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Duas práticas mais do que comuns nospostos devem ser banidas imediatamen-te sob risco de autuação. São elas o abas-tecimento de motocicletas com o con-dutor sentado e a venda de combustíveisem saquinhos ou em garrafas PET. Es-ses são alguns dos poucos exemplos doque mudará no dia-a-dia de um posto coma publicação das normas de operação emanutenção para posto revendedor decombustíveis pela Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT).

Depois de dois anos de estudo e deuma consulta nacional, a ABNT NBR15.594 passa a “estabelecer os proce-dimentos mínimos para uma operaçãosegura e ambientalmente adequada”. Naprática, a NBR compila as práticas quejá são conhecidas do setor, mas quenem sempre são aplicadas.

Por enquanto estão disponíveis ape-nas duas das cinco fases já definidas:procedimento de operação e procedimen-to de manutenção. Ficarão para o finalde 2009 as regras para troca de óleo elavagem e de operação do sistema dearmazenamento aéreo de combustíveis(SAAC). A última etapa será a de manu-tenção do SAAC, prevista para 2010.

Segundo Maurício Prado, coorde-nador da Comissão de Distribuição eArmazenamento de Combustíveis dePostos e Serviços, da qual o Resan tam-bém é membro - representando aFecombustíveis, no Brasil as normassão obrigatórias sempre que são cita-das em alguma legislação, como é ocaso da Conama 273. Por isso, diz ele,agentes de fiscalização poderão, sim,exigir o cumprimento da NBR e atéautuar quem descumpri-la.“Trata-se de um manual para adminis-trar um posto de combustíveis. Nãohavia nada similar antes. Outras mu-danças sempre foram revisões, masessa é absolutamente nova. Surgiu daResolução Conama 273 e guarda todasas relações com o posto revendedor”,explica Avelino Morgado, assessor es-pecial do Resan e membro da comis-são de estudos da NBR.

SEM MUITAS MUDANÇAS

Embora a NBR 15.594 não traga gran-des novidades, sua função principal seráa de “dar transparência aos procedimen-tos adotados nos postos, principalmenteaqueles que são vistoriados pelos agentesde fiscalização”, explica Prado.

Nos Estados Unidos, na década 90,foram gastos milhões de dólares paraimplantar novos procedimentos. Mas,só agora os postos estão passando portreinamento, o que novamente exigiuinvestimentos pesados.

Aqui no Brasil, a NBR deve ser tidacomo a bíblia ou a cartilha do postorevendedor. Por isso, tanto o dono doposto quanto seus funcionários devemser treinados para seguir as normas e,assim, operar adequadamente os equi-pamentos existentes. Minimizar preju-

ízos ao meio ambiente e garantir a se-gurança nas operações, protegendo tan-to consumidores quanto os funcioná-rios da revenda, são os principais ob-jetivos da ABNT.

Na prática, a publicação da NBR,que já está em vigor desde agosto desteano, não complicará em nada o dia-a-dia da revenda. Pelo contrário: vai aca-bar com dúvidas e eliminar situaçõesdúbias. É isso o que diz Maurício Pra-do: “nos pressupúnhamos que essasnormas estivessem sendo cumpridas,mas a prática revelou que havia muitasdúvidas e até desconhecimento”.

NOVA NORMA DA ABNT CRIA MANUAL DEOPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSTOS

Pela nova norma, o abastecimento emsaquinhos plásticos e garrafas PET está

proibido. Entretanto, ainda não há nomercado recipiente para este fim que

esteja adequado às regras da NBR

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Afinal, como atender um cliente queestá com o carro em pane seca e vaiao posto buscar combustível? Pelanova NBR, os tradicionais saquinhose as garrafas PET estão proibidos.Vender combustível fora do tanquedo veículo só se for em embalagemrígida, adequada para este fim.

O problema é que a indústria queatende aos postos não oferece aindarecipiente com essa finalidade. Numadas empresas consultadas por P&S,os saquinhos deixaram de ser vendi-dos há tempos por falta de qualidadepor parte do fabricante. “Havia muitareclamação de que ele rasgava notransporte”, conta uma vendedora.

Pelas regras, os recipientes decombustível devem ser “rígidos,metálicos ou não-metálicos, devida-mente certificados e fabricados paraeste fim, permitindo o escoamento daeletricidade estática gerada durante oabastecimento. Os não-metálicosdevem ter capacidade máxima de 50litros e atender aos regulamentosmunicipais, estaduais ou federais”.

Os recipientes devem ser abaste-cidos em até 95% de sua capacidadepara evitar o transbordamento emcaso de dilatação do produto. Oabastecimento deve ser fora doveículo, apoiado sobre o piso,“embutindo ao máximo possível obico dentro do recipiente”.

BARCOSO abastecimento de volumes

superiores a 50 litros, geralmenteutilizados em embarcações oumaquinários, deve ser feito emrecipientes metálicos, certificados

Embora o revendedor já tivesse ouvido que não deveriapermitir o abastecimento de motos com o condutor

sentado, não existia nada na legislação que normatizasse oprocedimento. É isso o que fez a NBR 15.594-1, que criou

elencou os procedimentos de operação a serem seguidosnos postos. Por ele, o “abastecimento de motocicletas,triciclos, bicicletas motorizadas ou outros veículos de

pequeno porte” deve ser feito sem pessoas sentadas, comvazão lenta, sem auxílio de funil e mantendo o contato

entre o bico e o bocal durante o abastecimento.“Imagine se há um transbordamento ou respingos que

atinjam o condutor. Se houver alguma ignição o motoci-clista estará na linha de frente do fogo”, adverte José

Camargo Hernandes, presidente do Resan.

Nenhumequipa-m e n t oinstaladon u mp o s t opode fi-car sem

inspeção num intervalo máximo detrês anos. O nível de inspeção e ointervalo devem ser determinados deacordo com o tipo de maquinário,as recomendações do fabricante, azona da área classificada e o resul-tado de inspeções anteriores. A ma-nutenção técnica deve ser obrigato-riamente realizada por profissionaiscomprovadamente qualificados.

A rotina do posto exige, no entanto,manutenções e inspeções diárias, sema-nais, mensais, bimestrais e anuais.

Entre as verificações diárias es-tão, por exemplo, bicos, manguei-ras, válvulas de segurança de man-gueira, filtro transparente, visor de

pelo Inmetro, e pode ser feito sobre acarroceria do veículo, “desde quegarantida a continuidade elétrica doaterramento, durante o abastecimen-to, através do mínimo contato dobico com o bocal do recipiente”.

fluxo e unidade abastecedora (par-tes externa e interna).

ESTOPA

Atenção: a estopa não deve serusada em hipótese alguma. Pela NBR15.594-3, a limpeza deve ser feita comproduto neutro biodegradável.

TANQUE

A norma exige que sempre aosubstituir um produto no tanque sejarealizada uma limpeza prévia. Tam-bém deve-se, com freqüência, veri-ficar o nível de água no fundo dostanques de diesel. Caso seja consta-tada a presença do líquido, deve serefetuada a drenagem. A qualquer sus-peita de vazamento deve ser solici-tado ensaio de estanqueidade, a serexecutado por empresa técnica es-pecializada. Mensalmente, verifiqueo estado da sinalização de identifica-ção dos produtos armazenados emcada um dos tanques.

MOTOS, A NOVIDADE

‘SAQUINHOS’ OU PET, PROIBIDOS DE VEZ

CARTILHA DEFINE PERIODICIDADE PARA INSPEÇÕES

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As tantas placas obrigatórias na pista de um posto, desde a que proíbe o fumo até a quepede que o motor do veículo seja desligado ao abastecimento, ganham ainda mais força

com a NBR 15.594-1. No capítulo “Abastecimento de veículos automotores”, um passoa passo é apresentado ao revendedor para que o atendimento seja padrão em qual-

quer posto do território nacional. Confira os procedimentos e não deixe de capacitarseus funcionários. “A excelência no atendimento é o nosso diferencial. O revendedormais exigente é também o mais reconhecido pelo consumidor que preza cada diamais a qualidade não só do produto, mas do serviço em geral”, diz Hernandes.

A operação de abastecimento somente deve ser iniciada quando:

a) não houver fonte de ignição na área de abastecimento e as instalações/ equi-pamentos elétricos estiverem em conformidade com a ABNT NBR 14639b) o motor do veículo estiver desligadoc) não existir pessoas fumando’

d) o atendende deve confirmar com o motorista o combustível a ser abastecidoe) o mostrador mecânico ou display da bomba deve estar zerado

Para iniciar o abastecimento, o veículodeve estar parado de modo que eviteque a mangueira fique transpassada porbaixo dele. O atendente deve, ainda:

a) acionar manualmente os teclados dabomba, sem uso de canetas ou outros objetosb) retirar o bico de abastecimento do suporte,mantendo a ponteira para cimac) operar manualmente a alavanca de aciona-mento da bomba, sem ajuda de nenhum objetod) manter a mangueira estendidae) inserir o bico de abastecimento no bocal dotanque do veículo

Durante o abastecimento, o atendente deve:

a) manter o contato entre o bico de abasteci-mento e o bocal do tanqueb) permanecer na área de abastecimento, poden-do realizar outras tarefas enquanto o abastecimen-to for efetuado por meio de bico automáticoc) operar de maneira contínua quando oabastecimento for efetuado por meio de bicosimples, sendo proibido o travamento dogatilho. Neste caso, o frentista não pode realizaroutras tarefas simultâneasd) interromper imediatamente a operação emcaso de derramamentos, utilizando materialabsorvente para a remoção do produto

Após o abastecimento, o frentista deve:

a) destravar o bico automático, caso aindaesteja acionadob) retirar o bico de abastecimento do bocal doveículo, mantendo a ponteira para cimac) desligar a bomba recolocando o bico nosuporte

FRENTISTA DEVE SEGUIR MANUAL À RISCA

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1 antes de iniciar a descarga, verifi-car a necessidade de drenagem e

limpeza no interior da câmera de con-tenção da descarga de combustível

2 antes da descarga, o atendentedeve assegurar que nenhum veícu-

lo ou equipamento esteja posicionadona área onde estiverem o caminhão-tanque ou os mangotes de descarga

3 o motorista deve estacionar o caminhão de forma a retirá-lo facil-

mente, facilitando a fuga em eventualemergência

4 o local de descarga deve ser iso-lado com cones de sinalização de

tráfego ou outras barreiras, que de-vem ser colocados pelos motoristas,isolando a área

5 o motorista deve posicionar pla-cas “não fume” e os extintores, que

devem ser posicionados na área dedescarga, acessíveis e disponíveispara operação durante a descarga

6 assegurar que o produto seja des-carregado no compartimento correto

7 identificar o dispositivo anti-trans-bordamento do tanque subterrâneo

8 os bocais que não estiverem sendo utilizados, devem permanecer

fechados

9 conectar o cabo terra sempre pri-meiramente no ponto de descar-

ga de combustível do tanque subter-râneo ou a um ponto de aterramentoindicado na instalação para, em se-guida, conectar no caminhão

10no dispositivo de descarga sela- da, acoplar o cachimbo da

mangueira do caminhão-tanque (tam-bém chamado de joelho ou canhão)ao bocal do tanque subterrâneo ou aum ponto de aterramento indicado nainstalação para, em seguida, conectarno caminhão

Na maioria dos casos, revendedores egerentes de postos sabem de cor osprocedimentos para a descarga de ca-minhão-tanque. O perigo está quandoa autoconfiança se sobrepõe aos ris-cos efetivos de acidentes. Assim, aNBR 15.594 inclui um capítulo espe-cial sobre o assunto. Confira:

11 conectar primeiramente o ca- chimbo de descarga no colar

da descarga selada do tanque sub-terrâneo e em seguida no caminhão

12 o motorista deve acompanhar toda a operação de descarga,

não se afastando das válvulas de flu-xo do caminhão e do ponto de cone-xão do tubo de enchimento

13 proibida a entrada de estranhos na área de descarga

14 interrom per a descarga nos casos:

- vazamento na conexão da manguei-ra, no dispositivo da descarga seladaou em qualquerponto da linha dedescarga- ejetado líquidopela extremidadeda linha de respiro- transbordamen-to de combustívelpela unidade defiltragem, quandoexistir- transbordamen-to de combustívelpelo eliminador dear da unidadeabastecedora

15 a operação dos dispositivos anti- transbordamentos deve con-

templar pelo menos um dos dispositi-vos abaixo:- válvula anti-transbordamento: blo-queia o fluxo ao atingir 95% da capa-cidade do tanque, que é percebidopelo visor do joelho da mangueira,devendo a válvula do caminhão serfechada- válvula de retenção de esfera flutu-ante: ao atingir 90% da capacidadedo tanque, o acionamento da válvularestringe o fluxo, devendo a válvula docaminhão ser fechada. Caso não sejapossível aguardar a drenagem damangueira antes de desengatar asconexões por falha nos procedimen-tos de descarga é necessário acio-nar a unidade abastecedora corres-pondente ao tanque para reduzir o ní-

vel de combustível.

- alarme de transbordamento: oacionamento do alarme sonoro e vi-sual ocorre ao atingir 90% da capaci-dade do tanque, devendo a válvula docaminhão-tanque ser imediatamente

“Estes são procedimentosmínimos para uma operação

segura e ambientalmenteadequada para capacitação

da equipe e elaboração doplano de operação do posto

revendedor”ABNT NBR 15594-1

DESCARGA DEVE SEGUIR PADRÃO RÍGIDO DE OPERAÇÃO

fechada e a mangueira drenada an-tes de desengatar as conexões.

16 Desconectar o cabo terra primei- ramente no caminhão-tanque e

em seguida no ponto de descargado tanque.

17 assegurar que a tampa do dis- positivo de descarga selada e a

da câmara da descarga tenham sidorecolocadas nos devidos locais

18 não deve ser acionada a unida- de abastecedora interligada ao

tanque que estiver recebendo produto

19 assegurar que o compartimento do caminhão-tanque descarre-

gado tenha sido totalmente esvaziado

20 após a descarga, verificar a ne- cessidade de drenagem e lim-

peza no interior da câmara de con-tenção da descarga de combustível.

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A ANP publicou no dia 14 de novem-bro as alterações propostas para a Por-taria 116, a mais importante para o se-tor varejista de combustíveis. Discuti-da em audiência pública em agosto doano passado, a Resolução 33/08 temcomo principal missão combater oschamados postos “clonados”. Comregras mais claras para os revendedoresque quiserem operar sem ostentar mar-ca de uma distribuidora, tornando-sepostos bandeira branca, a resoluçãotambém define novos prazos para al-teração cadastral, o que beneficiará in-clusive os postos que querem apenasmudar de parceiro comercial.

Na prática, se atualmente umrevendedor pode comprar combustívelde uma companhia e expor sua marcamesmo que ele esteja credenciado naANP como bandeira branca, a partirdesta resolução esse modo de operaçãonão é mais permitido.

Assim, a principal mudança se re-fere aos casos de alteração quanto àopção de exibir ou não a marca co-mercial de um distribuidor de combus-tíveis. Assim, o revendedor prestes amudar de distribuidora ou deixar deestar vinculado a uma marca deverá:

a protocolar, junto à ANP, Ficha Cadastral de Solicitação de Atua-lização Cadastral de Marca Comerci-al/ Sócios de Posto Revendedor, noprazo de até 15 (quinze) dias conta-dos a partir da data da alteraçãoindicada na Ficha Cadastral;

b retirar todas as referências vi- suais da marca comercial do dis-tribuidor antigo a partir da data de al-teração informada à ANP, indicada naFicha Cadastral

As demais alterações que não se re-firam à ostentação de marca continuama ter o prazo de 30 dias para atualizaçãodos dados cadastrais junto à Agência.

Está previsto na resolução que orevendedor que optar por uma distribui-dora, deverá exibir sua logomarca, nomínimo, na testeira do estabelecimento,

de forma destacada, visível à distância,de dia e de noite, permitindo que o con-sumidor o reconheça facilmente. Não épreciso dizer que o posto só poderá ad-quirir e revender combustível fornecidopela mesma empresa cuja marca exibir.

E no caso do bandeira branca? Aresolução é clara: ele “não poderá exi-bir marca comercial de distribuidor emsuas instalações e deverá identificar, de

Caso no endereço eletrônico daANP conste que o revendedornão optou por exibir a marca

comercial de um distribuidor decombustíveis líquidos, o

revendedor varejista...... não poderá exibir marca

comercial de distribuidor emsuas instalações; e

... deverá identificar, de formadestacada e de fácil

visualização, em cada bombaabastecedora, a razão social ouo nome fantasia do distribuidor

fornecedor do respectivocombustível e o CNPJ

 forma destacada e de fácil visualização,em cada bomba abastecedora, a razãosocial ou o nome fantasia do distribui-dor fornecedor do respectivo combus-tível e o CNPJ”.

Até mesmo as “cores e suas deno-minações, se dispostas ou combinadasde modo peculiar e distintivo, oucaracteres que possam, manifestamen-te, confundir ou induzir a erro o con-

NOVA RESOLUÇÃO DA ANP ACABA COM POSTOCLONE E EXIGE CUMPRIMENTO DA FICHA CADASTRALPosto credenciado como bandeira branca não pode ostentar marca de uma distribuidora, mesmoque compre combustível apenas dela há anos. Para isso, terá de mudar documentação

Os postos BR são os maisclonados. Pela Resolução 33, éproibida a utilização de “cores esuas denominações, se dispostasou combinadas de modo peculiar edistintivo, ou caracteres quepossam, manifestamente, confundirou induzir a erro o consumidor”

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sumidor” estão proibidas.“Devemos ressaltar que o uso das

cores é permitido, e que ninguém temexclusividade na sua utilização; masdeve-se ter cuidado redobrado para quea disposição dessas cores não seja igualou semelhante à forma de disposição decores adotadas por outros agentes domercado”, analisa Leonardo Canabrava,consultor jurídico da Fecombustíveis.

Segundo ele, “o revendedor quedesejar ostentar marca própria deveacautelar-se para que o seu estabeleci-mento tenha uma identidade visual su-ficientemente singular para que nãoproduza a confusão no consumidor.Nesse contexto, especial cuidado deveser adotado quando o revendedor utili-zar cores já identificadas com distri-buidoras consagradas”.

Canabrava adverte para a necessi-dade de “a fiscalização da ANP ter asensibilidade necessária para autuarapenas os casos em que a confusãodas imagens é manifesta (a própria re-solução utiliza essa palavra, significan-do que casos duvidosos não devem serobjeto de autuação da Agência)”.

TRANSIÇÃO

A Resolução 33 torna mais clara esegura para o dono do posto o proces-so de transição do contrato comercialentre uma marca e outra. Dentro doprazo de 45 dias, contados a partir dadata da Ficha Cadastral de Solicitaçãode Atualização Cadastral de Marca Co-mercial / Sócios de Posto Revendedor,o revendedor poderá efetuar a aquisi-ção de combustíveis de outra compa-nhia. As únicas ressalvas é que a do-cumentação seja entregue à nova dis-tribuidora e mantidas cópias no posto.A alteração cadastral, quando fordeferida pela ANP, terá efeitos retroa-tivos à data da solicitação, “permitindoque o posto possa tomar as suas deci-sões comerciais com liberdade e agili-dade”, completa Canabrava.

As novas regras, entretanto, conce-dem prazo apertado de apenas 15 diaspara postos que mudaram de companhiatrocarem toda a sua identidade visual,contados da publicação da resolução, em13 de novembro passado. Após esse pra-zo, ele estará sujeito a autuação.

A Norma Regulamentadora26, última desta série de re-portagens iniciada em abril edestinada à atualização da ca-tegoria, trata das cores que,entre outras funções têmcomo objetivo evitar aciden-tes, identificando as áreasdentro do posto.

No total, a NR prevê ouso de 12 cores, das quaisoito devem ser adotadas emum posto de combustíveis.No entanto, em muitos esta-belecimentos, como as tubu-lações passam por baixo daterra, o uso de cores é me-nor. Para evitar distrações econfusões, as cores servemapenas para delimitar áreas,identificar canalizações paracondução de líquidos e gasese advertir contra riscos.

De acordo com a NR, os pos-tos devem usar as cores verme-lha, amarela, branco, preto, ver-de, alumínio e marrom. Cada umapossui uma funcionalidade e sódeve ser empregada quando ne-cessário.

SIGNIFICADOS

Cada cor é aplicada à respecti-va indicação desta NR. O verme-lho é usado para distinguir e indi-car equipamentos, aparelhos deproteção e combate de incêndio,enquanto o amarelo sempre é paraalertar, sinalizar um “Cuidado!”.

No caso do branco, orevendedor deve usá-lo para in-dicar bebedouro, corredores, cir-culação, zonas de segurança, áre-as em torno de equipamentos desegurança.

Canalizações de inflamáveis ecombustíveis de alta viscosidade(óleo lubrificante e combustível)

NR 26 ESTABELECE O USO DE CORES DESINALIZAÇÃO E ADVERTÊNCIA NOS POSTOS

levam a cor preta. Verde é a corque caracteriza segurança. Já oalumínio para canalizações con-tendo gases liquefeitos, inflamá-veis e combustíveis de baixa vis-cosidade (óleo diesel, querosene,gasolina, lubrificantes).

Por último, o marrom, que servepara identificar qualquer fluído não-identificado por nenhuma das outrascores, mas sua funcionalidade ficaa cargo da direção do posto. Parafins de segurança, os depósitos outanques fixos que armazenem flui-dos deverão ser identificados pelomesmo sistema de cores que as ca-nalizações.

Toda identificação por meio decores tem como premissa a fácilvisualização e é determinada pelo es-pecialista em segurança do trabalho.

Extintores de incêndio devem sersinalizados com as cores vermelho(para equipamentos de proteção e

combate a incêndio) e amarelo(significa ‘cuidado!’)

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Como já dizia um velho ditado, o maisimportante é o caminho e não a chegada.Pensando nisso, a revista Postos & Ser-viços “voltou a fita” de 2008 pararelembrar as principais cenas e episódi-os de um ano marcado por uma crise fi-nanceira sem precedentes e descobertasde petróleo nunca antes imaginadas pe-los brasileiros. Sob a ótica das principaislideranças do setor de combustíveis doPaís, essa retrospectiva pode ser tomadacom um balanço e termômetro para o anoque chega. Por hora, segundo os entre-vistados, ela é positiva.Para o presidente da Fecombustíveis,Paulo Miranda, 2008 vai embora e deixaum ótimo legado. A começar pela MedidaProvisória (MP) 413. Seu texto pedia acobrança do PIS/COFINS do álcool com-bustível direto na fonte, no caso as usi-nas, como já acontece com as distribui-doras. O lobby dos usineiros foi maior, aMP não foi para frente, mas para Mirandajá foi uma grande vitória. “Foi um golpena chamada fraude do álcool e a tendên-cia é a cobrança ser feita integralmentena fonte (por enquanto é de apenas60%)”.Outro aspecto positivo lembrado pelopresidente da Fecombustíveis é a Reso-lução 33 da Agência Nacional do Petró-leo (ANP), que atualiza a Portaria 116(veja matéria nas páginas 8 e 9). “A reso-lução acaba com a questão do postoclonado. Também melhorou a questão dasucessão nos postos, até então demora-da e complicada”. Miranda ressalta quea portaria protege os empresários queinvestem na marca.“O ano registra mais eficiência na fiscali-zação, que melhorou muito. É nítida a di-minuição de fraudes. Devemos lembrarainda das descobertas no setor do petró-leo e o bom desempenho da indústriaautomobilística”, acrescenta Miranda.Sobre 2009, o presidente daFecombustíveis é taxativo ao dizer que apreocupação com a crise financeira mun-dial, que no Brasil derrubou o crédito eaumentou os juros, é central. “Estamostorcendo para que essa situação não afe-

te mais o que já afetou o crescimento doPaís, indispensável para o bom desem-penho da revenda”. Segundo Miranda, osetor espera um crescimento de 2,5% doProduto Interno Bruto (PIB).No centro do poder, a Fecombustíveisestará de olho no Código Brasileiro deCombustíveis, em tramitação na Câmarados Deputados, e na Reforma Tributária,

já em curso. “Defendemos para esta re-forma a unificação das alíquotas do ICMSpara combustíveis em todos os estados”,diz Miranda. Inclusive, a Federação es-tuda uma forma de entrar na Justiça pe-dindo a unificação. A brecha já existe:segundo a Constituição Federal, não sepode cobrar alíquotas elevadas para pro-dutos de primeira necessidade.

RETROSPECTIVA 2008...um ano de crise num cenário de crescimento

Apesar da crise, 2008 foi um bom ano para a revenda. Paulo Miranda (à esq)comemora a redução de fraudes e medidas aprovadas para melhorar a fiscaliza-ção. Já Alcides Amazonas, da ANP, cita trabalho “árduo”para zerar a adultaração

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Na distribuição de combustíveis, o anoserá lembrado como o da continuidade docrescimento do mercado de combustíveis.Alísio Vaz, vice-presidente executivo doSindicato das Distribuidoras de Combus-tíveis (Sindicom), afirma que 2008 devefechar na ordem de 9% de crescimento.“Destaca-se o etanol hidratado, cujo con-sumo aparente deve crescer cerca de50%”. Como Paulo Miranda, Alísio Vazacredita que outros fatores positivosdeste ano incluem duas evoluções naárea tributária: a introdução da Nota Fis-cal Eletrônica para os combustíveis e oaprimoramento da tributação federal so-bre o etanol, através da lei n° 11.727.“Estes dois mecanismos têm grande po-tencial para reduzir a sonegação de tri-butos. (...) estimamos que cerca de 25%do volume consumido apresentam algumgrau de evasão de tributos”, diz.Para Vaz, 2009, de relevante, deverá ter a

ANP TAMBÉMCOMEMORA

Alcides Amazonas, coordenador da ANPno Estado de São Paulo, avalia 2008como muito positivo. Principalmentequando se fala da qualidade dos com-bustíveis. “Inicialmente estávamos comforça-tarefa apenas na Capital, agora omovimento cresceu e já está muito bemna Baixada Santista e ABC”, comemoraAmazonas.

Desde 2004 a ANP toca o Programa deMonitoramento de Qualidade, diariamen-te. Este ano, a Agência conseguiu seu me-nor índice de adulteração: 1,4% no últimotrimestre, quando no ano passado fechouem 4,7% . “Esse é um número só observa-do em países bem mais desenvolvidos queo nosso”, lembra o coordenador.

Na Baixada Santista a força-tarefa, tra-balhando em conjunto com a AgênciaMetropolitana (Agem), registrou 0% deadulteração em Santos, Guarujá e PraiaGrande. “Um trabalho árduo e que en-volveu muitos outros órgãos”, ressalta.

Amazonas comemora também acontratação do dobro de agentes quepossuía e o recente preenchimento dasvagas ociosas na própria direção daAgência. “O ano foi muito bom e produ-tivo, sem dúvida”. Ainda assim, o coor-denador prevê um 2009 de muito traba-lho porque “os fraudadores são muitohábeis, sempre com novidades. É preci-so manter a linha de trabalho”.

Entre os pontos prioritários para aAgência no ano que vem estão a intensi-ficação da fiscalização nas usinas de ál-cool e mais acompanhamento da quali-dade de lubrificantes, biodiesel e GNV.“Todo este trabalho terá o aporte de la-boratórios novos e na Baixada Santista,especificamente, queremos consolidar aforça-tarefa”, conclui.

“O ano foi muito bom eprodutivo, mas os

fraudadores são muitohábeis, sempre com novida-

des. É preciso manter alinha de trabalho em 2009”,

Alcides Amazonas

Reforma Tributária, na qual ele destacadois pontos: a preservação da Cide, quepassaria a ser o único tributo federal so-bre os combustíveis, e a uniformizaçãodas alíquotas de ICMS.

SINDICOM APOSTA NUM CONTÍNUOCRESCIMENTO DO SETOR

”De relevante para 2009 esperamosque a luta contra a adulteração sejavencedora e traga ao mercado eprincipalmente ao revendedor quenão participa dessas práticas, ummelhor equilíbrio”. Isso é o queespera Carlos Zeppini, presidenteda Associação Brasileira da Indús-tria de Equipamentos para Postosde Serviços (Abieps).P&S - Quais suas perspectivaspara 2009? O que de mais relevan-te está previsto para acontecer?Zeppini - Mesmo com os aconteci-mentos que estão preocupando osmercados no mundo todo, continua-mos otimistas e esperamos que osetor continue com investimentospara 2009. Isso devido a doisfatores básicos: o primeiro comrespeito a adequação ambiental,que é uma exigência legal e quevem sendo cumprida; o segundofator é devido a frota de veículos tercrescido intensamente nos últimosanos e com mais carros nas ruaseles tem que abastecer e orevendedor que estiver investindo doseu empreendimento vai conquistaresses consumidores.

ABIEPS ESTÁ OTIMISTAAPESAR DA CRISE

Alísio Vaz comemora crescimento de 9%

O aumento do volume de combustí-veis comercializado em 11,8% de ja-neiro a setembro, chegando a 61,3milhões de litros, é um dos pontos po-sitivos em 2008 destacados porRicardo Maia, diretor de Marketing daIpiranga. “Além disso, houve uma mo-vimentação de consolidação deplayers com a aquisição da Texacopela Ipiranga e da Esso pela Cosan”.

P&S - Então o ano foi bom?Maia - Para a Ipiranga, o ano foi muitoimportante. Conseguimos ampliar avenda de combustíveis líquidos (gaso-lina, álcool, diesel) em 9,8% de janeiroa setembro, totalizando 8,5 milhões delitros. Outros projetos como Cartão Car-bono Zero e a loja virtual Ipirangashop.comtiveram resultados significativos. Mas ogrande destaque de 2008 foi a aquisi-ção da Texaco, realizada em agosto peloGrupo Ultra. Com essa operação, aIpiranga volta a atuar em todo País comouma rede de 5 mil postos. A participaçãode mercado da empresa subiu para 23%e isso mostra a nossa posição deconsolidadora do setor de combustíveis.P&S - Quais as perspectivas para 2009?Maia -Será o ano de consolidar a nos-sa presença no território nacional coma fusão da Texaco com a Ipiranga.

IPIRANGA DESTACA FUSÃO

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P&S - Qual balanço o sr. faz deste ano?

Sousa - Intensificação do combate às irregularidades (so-negação de impostos) nas vendas de álcool hidratado,com ênfase na aprovação da MP 413. Aceleração do pro-cesso de consolidação do segmento com as aquisiçõesda Esso, Texaco e Polipetro. Entrada de produtores deálcool no segmento de distribuição. Introdução da mistu-ra obrigatória de 3% do biodiesel no diesel comum. Oinício da nota fiscal eletrônica nos combustíveis.

P&S - Qual o saldo deste ano?

Sousa - O saldo é positivo, muita coisa evoluiu, porém não foineste ano ainda que os principais problemas do setor foramresolvidos definitivamente. A sonegação de impostos no álco-ol hidratado ainda é grande e a utilização da Nota Fiscal ele-

trônica como ferramentade combate ainda não temsido feita de forma eficien-te pelos estados. A fiscali-zação por parte da ANP edo IPEM, principalmenteem São Paulo, tem sidorigorosa, porém ainda in-suficiente para debelar porcompleto as ações crimi-nosas. Faz-se necessáriomais empenho e participa-ção, principalmente doPoder Judiciário. O biodi-esel já é uma realidade,mas existem preocupa-ções quanto a sustenta-

bilidade dos fabricantes e do equilíbrio do sistema após a sa-ída da Petrobras como agente regulador nos leilões.

P&S - Quais suas perspectivas para 2009? O que demais relevante está previsto para acontecer?Sousa - A grande questão é quanto ao impacto da crisefinanceira no segmento; o consumo deve crescer num ritmomais lento que nos anos anteriores e a inadimplência deveaumentar. Outro aspecto é que os investimentos certamen-te serão mais seletivos e o nível de exigências na áreaambiental deverá ser cada vez maior. O somatório dessesfatores deverá acelerar mais ainda o processo de consolida-ção no segmento de distribuição. Infelizmente, momentosde crise são territórios férteis para a volta de irregularidades.Por isso, o Sindicom, a Fecombustíveis, o Poder Público ea sociedade precisam estar vigilantes e atuantes para que ocombate à sonegação e às práticas de adulteração de pro-dutos continue evoluindo. Existe também grande expectati-va do segmento quanto à evolução da reforma tributária. Éuma ótima oportunidade para correção de distorções deriva-das das diferenças de alíquotas entre os Estados. Outroponto importante para 2009 é o início de distribuição do die-sel S-50 em algumas localidades.

P&S - O que de maisimportante ocorreu em2008?

Edmario - Acho que o pon-to de maior destaque foi oaperfeiçoamento dos me-canismos de combate aocomércio irregular de com-bustíveis. Ações na árearegulatória, como a Reso-lução ANP 7/07, por exem-plo; na área fiscal, como aNF-e e o Sistema Públicode Escrituração Digital-SPED; na área tributária,como a maior concentra-ção do PIS/COFINS nos produtores de álcool; e na área derepressão, com a ação integrada entre ANP, Sefaz, Procon,polícias e prefeituras. Houve significativas melhorias no am-biente competitivo, o que nos leva a acreditar que podere-mos ter uma competição mais saudável no próximo ano.

P&S - Qual o saldo deste ano?

Edmario - Muito positivo. Na BR vamos fechar o ano comuma forte consolidação de nossa marca nos principais mer-cados do país. Em 2009 continuaremos atuando para mo-dernizar nossa rede e melhorar a qualidade dos serviços edo atendimento nos postos BR, pois acreditamos que a com-petição se deslocará dos preços para a qualidade dos pro-dutos e do atendimento. Considerando que o mercado esta-rá melhor regulado e fiscalizado, acreditamos que a chavedo sucesso da revenda estará na mão do frentista. No casoda BR, o frentista representa toda a cadeia produtiva, dopoço ao tanque dos automóveis, sendo a figura de maiorimportância, por atuar no momento final, em que precisa-mos assegurar que o consumidor seja bem atendido e retorneao posto BR. Assim, é imprescindível que ele seja receptivo,ágil e esteja capacitado. Um simples erro ou uma posturainconveniente pode resultar em graves conseqüências.

P&S - Quais suas perspectivas para 2009? O que demais relevante está previsto?

Edmario - Deveremos ter a aprovação pela ANP de alte-rações na Resolução 116, medida que é muito esperadapelo setor, uma vez que reforçará o combate ao comércioirregular de combustíveis. Desejamos que sejam intensifi-cadas medidas dos órgãos fiscalizadores contra a adulte-ração de bombas e equipamentos de medição dos com-bustíveis, práticas que têm se revelado altamente prejudi-ciais aos consumidores e ao comércio ético. Outro pontoque certamente está gerando forte expectativa no setor éa resistência de alguns agentes econômicos nacomercialização irregular de álcool, o que vem causandograves prejuízos aos estados e à livre concorrência.

“EM 2008 TIVEMOS SIGNIFICATIVASMELHORIAS NO AMBIENTE COMPETITIVO”,Edmario Machado, Diretor da Rede de Postos de Serviços da BR

“É PRECISO MAIS EMPENHO E PARTICIPAÇÃO,PRINCIPALMENTE DO PODER JUDICIÁRIO”,Jucelino Sousa, vice-presidente da ALE Combustíveis

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A campanha‘Abasteça o Natalde QuemPrecisa’chegou aoseu 13º. anoconsecutivo,reafirmando ocompromissodo Resan dearrecadarvárias tonela-das de alimentos não-perecíveis e cestasbásicas para a doação às entidadesassistenciais credenciadas pelo sindica-to em toda a região. O objetivo desteano é superar o volume de doações detodos os anos , numa demonstração deque a categoria continua primando pelaresponsabilidade social mesmo nummomento de crise como o vivido pelomundo em 2008. Para participar, vocêpode comunicar a quantidade de cestasque serão doadas pela sua empresa e ototal de doações conseguidas entreclientes e amigos pelo telefone (13)3229-3535, com a srta. Socorro.

Já tramita em caráter conclusivo na Câma-ra dos Deputados um projeto de lei que dánovo nome aos combustíveis na bombados postos: o álcool passará a ser chama-do de bio-etanol e a gasolina com misturade 25% de álcool, de bio-gasolina G25E-Brasil. De autoria do deputado Gilmar Ma-chado (PT-MG), o PL 4120/08 também fixaem 25% o percentual obrigatório de adi-ção de álcool etílico anidro combustível àgasolina em todo o território nacional.

A proposta em análise dá ao Governoautorização para reduzir esse percentualao limite de 20%. A legislação atual (Lei8723/03, que trata da redução de emissãode poluentes por veículos automotores)prevê um percentual obrigatório de 22%,podendo variar, de acordo com autoriza-ção do Poder Executivo, entre 20% e 25%.

BIO-GASOLINA

“É inadmissível que até hoje o maior pro-grama de bio-etanol do mundo, desenvol-vido em nosso País e invejado por todosos outros países, não tenha feito registro

COLABORE!!do seu nome junto às bombas dos postosde combustível de todo o Brasil”, afirma odeputado. Machado lembra ainda que aadição de etanol à gasolina é feita no Bra-sil há vários anos, sem que se tenha o re-gistro desse fato nas bombas de combus-tível. Com sua proposta, explica, a cifra G25Edeixa claro ao consumidor que a gasolinacontém 25% de bio-etanol.

PREÇO EM QUEDA?

A ministra Dilma Roussef, presidente doConselho de Administração da Petrobras,disse em audiência na Câmara dos Deputa-dos, no final de novembro, que o preço doscombustíveis poderá cair nas refinarias emfunção da queda na cotação do barril depetróleo no mercado internacional.

“Vai haver, eu acredito, a partir domomento em que se estabilize o preço(do barril de petróleo) uma acomodaçãopara baixo”. A última redução de preçosaconteceu em abril de 2003 (-6,5% paragasolina e -8,6% para o diesel). De lá paracá, o preço subiu cinco vezes.

PROJETO DE LEI DÁ NOVO NOME AOSCOMBUSTÍVEIS VENDIDOS NAS BOMBAS

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NICHO A SER EXPLORADO

COM O CONSUMO EM ASCENÇÃO, LIVROS INVADEMAS GÔNDOLAS DAS LOJAS DE CONVENIÊNCIAJosé Saramago, Érico Veríssimo eDostoievski se tornaram persona-gens comuns nas lojas de conveni-ência. Tudo porque a venda de livrosé, hoje, uma das grandes maneirasde diversificar o comércio nos postosde combustíveis, atendendo umperfil de consumo em ascensão noPaís. Os títulos esotéricos, espiritu-ais, motivacionais e de auto-ajudaestão na lista dos mais vendidos.

“Tenho uma cliente que, a cadaquinze dias, sai da loja com três,quatro livros”, conta Daniela Carva-lho, gerente do posto Portal 500Anos, em São Vicente, onde oslivros fazem parte das gôndolas háoito anos. Lá, por dia são vendidos10 livros, enquanto aos finais desemana o número pula para 15.

A revenda pode ser o termômetrodo que vem acontecendo no País.Em 2001, a Câmara Brasileira doLivro (CBL) fez uma pesquisa sobreo índice anual de leitura e o resultadofoi de 1,8 livros por habitante. Noinício deste ano, a CBL divulgounovo estudo com um salto para 4,7livros por habitante. Por outro lado, oFundo Pró-Leitura é a contrapartidado setor livreiro à desoneração dePIS/Cofins sobre o livro – 1% dofaturamento anual. O fundo tem acapacidade de gerar cerca de R$ 46milhões por ano para financiar asações previstas no Plano Nacionaldo Livro e da Leitura (PNLL).

Tais fatores indicam aqueci-mento do setor livreiro. Segundo orelatório de produção e vendas dosetor editorial brasileiro, feito peloSindicato Nacional de Editores deLivros (SNEL), o faturamento dosegmento, em 2007, aumentou6,41% em relação ao ano anterior;seguindo o mesmo critério deanálise, cresceu 8,21% a quanti-dade de exemplares vendidos e37,94% o números de livrosrodados em 1ª edição.

Mais livros, mais consumidores.“Sempre vendi razoavelmente. Deuns meses para cá as vendas estãosuperando as expectativas”, observaDaniela. A gerente aponta que operfil dos consumidores é de mulhe-res, na faixa dos 30 aos 50 anos.Ponto, esse, comprovado pela CBL.Segundo a entidade, as mulheres

lêem mais que os homens.Mesmo com o público feminino

dominando a compra de livros naslojas de conveniência, Danielalembra que o serviço é muitoabrangente e acaba satisfazendoperfis diferenciados defreqüentadores dos postos.

“Tenho clientes que compramsempre; chegam a levar quatrolivros de uma vez. Como os títulossão variados, atendo a todos osgostos”, explica. Ela aconselha: “Éum meio de conquistar um clientediferenciado”.

Os preços das obras variam deR$ 9,90 a R$ 50,00 e ficam noposto por consignação. Orevendedor ganha 20% sobre ovalor de cada livro vendido. Amédia de saída, por loja de conveni-ência, é de 50 exemplares por mês.Mas os benefícios vão muito alémdos números, principalmentequando as vendas aumentaram32%, em apenas dois anos.

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ANÚNCIO DA SEBIVALROSE, DA GRÁFICA DEMAR,

JÁ ESTÁ COM ARTE ORIGINAL

A Catavento é uma empresa quetrabalha desde 1964 com distribuição delivros. No começo fazia o serviçoapenas para livrarias, depois avançoupara hipermercados e há dois anosdistribui livros para postos de combustí-veis. Hoje, atende 450 lojas de conveni-ência nos Estados de São Paulo, Rio deJaneiro e Minas Gerais, além da regiãoSul do País. Nesse perímetro deatuação, distribui 567 mil livros por ano.

Na região do Resan, a empresatrabalha com quase 30 lojas deconveniência, com maior concentra-ção na Baixada Santista. Para essaslojas a distribuição chega 37.800livros por ano. Uma de suas táticaspara absorção no mercado varejistade combustíveis é fechar acordosnacionais, como, por exemplo, coma AM PM, da rede Ipiranga.

Para um dos diretores daCatavento, Júlio César Cruz, orevendedor que disponibiliza livros emseu estabelecimento acaba atendendooutras necessidades dos clientes.“Ambientes com maior pluralidadeagregam mais pessoas. Buscamosoferecer um mix de produtos pensan-do nessa pluralidade”, explica.

SEM PREJUÍZOS

Para o revendedor, os prejuízossão nulos. Todo material é consigna-do e por isso não gera estoque; avenda é de impacto, ou seja, os livrosnão concorrem com nenhum outroproduto; para o comerciante não hágastos, apenas a necessidade dereservar um espaço para o display

(local onde os livros ficam expostos)e, além de tudo isso, a possibilidadede diversificar a loja de conveniência,cada dia mais completa.

A cada 30 dias a Catavento troca os35 títulos consignados por outrosdiferentes, respeitando as obras demaior preferência dos consumidores.“No geral, livros de desenvolvimentopessoal (motivacionais, por exemplo)são os que mais saem. Depois temosos de auto-ajuda, livros com temasfemininos”. Os livros infantis, afirmaCruz, estão surpreendendo em vendas.Entretanto, a cabeça do comerciantenão deve ficar só no lucro.

“O revendedor acaba cumprindoum papel social importante porque oslivros e a leitura são essenciais para odesenvolvimento social. É umacaracterística que agrega valor aocomércio”, completa.

LOJAS DA REGIÃO RECEBEM 38 MIL LIVROS POR ANO

Está disponível no site da CEG(www.ceg.com.br ) um simulador quecalcula se o uso do Gás Natural Veicu-lar (GNV) continua vantajoso peranteoutros combustíveis. Basta informar aquantidade de quilômetros rodados nomês para o sistema devolver um com-parativo de gasto mensal com gasoli-na, álcool e GNV, de acordo com ospreços médios conferidos na pesquisasemanal da ANP. O serviço é comple-to: o simulador informa também se aconversão do motor para GNV é vanta-josa, mostrando o tempo de retorno doinvestimento. Na verdade, o cálculo éresultado da divisão do preço do álcoolpelo do GNV. Se o resultado ficar aci-ma de 0,5, vale utilizar o GNV.

SIMULADOR CALCULAVANTAGEM DO GNV SOBREOUTROS COMBUSTÍVEIS

A Fórmula Indy, movida exclusivamentea etanol desde 2007, será patrocinadapela APEX-Brasil. A decisão contribuipara consolidar o etanol como commodityglobal. A assinatura do pré-acordo entrea APEX-Brasil e a Indy Racing League(IRL) ganha ainda mais destaque por en-volver dois países que respondem juntospor mais de 75% do etanol mundial. OBrasil porque é o principal produtor, e osEstados Unidos por serem o maior con-sumidor. O presidente da UNICA (Uniãoda Indústria da Cana-de-Açúcar), MarcosSawaya Jank, comemorou a notícia. Paraele, o uso de etanol oriundo de diferentesmatérias-primas agrícolas na FormulaIndy simbolizaria o sonho de uma maiorintegração energética dos países ameri-canos, com potencial para se estenderpor todo o planeta.

APEX-BRASIL PATROCINARÁA FÓRMULA INDY PARACONSOLIDAR O ETANOL

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DIESEL S-50, COM BAIXO TEOR DE ENXOFRE,CHEGARÁ À BAIXADA SANTISTA APENAS EM 2012Um Termo de Ajustamento de Condu-ta (TAC) assinado no dia 30 de outu-bro prevê que a partir do dia 1º. de ja-neiro de 2009 será obrigatória a utili-zação do diesel S-50 apenas nas frotascativas de ônibus urbanos dos muni-cípios de São Paulo e Rio de Janeiro. ABaixada Santista deverá receber o S-50 apenas em 2012.

Aprovado em uma reunião do Con-selho Nacional do Meio Ambiente, odocumento inclui a antecipação da ado-ção do diesel S-10 nos ônibus e cami-nhões em circulação no Brasil, para2012.

O impasse surgiu a partir da açãocivil pública proposta pelo Governo deSão Paulo, Cetesb e por entidadesambientalistas que não concordaramcom o atraso das ações para o cum-primento da Resolução Conama 315/2002, que previa a utilização do dieselS-50, que reduz em 90% a poluiçãoemitida pelos veículos, a partir de ja-neiro de 2009.

Segundo nota oficial do Ministériodo Meio Ambiente, a Petrobras inves-tiu 4 bilhões de dólares em 12 refinari-as para dessulfurizar (retirar o enxo-fre) o diesel, “mas está atrasada e sóproduzirá a quantidade necessária doS-50 em 2010”.

O acordo – muito criticado porambientalistas que exigiam o cumpri-mento imediato da resolução – estabe-leceu uma nova etapa do Proconve(Programa de Controle de Poluição doAr por Veículos Automotores), institu-indo um padrão para 2012 equivalenteao Euro 5 e ao S-10 , cinco vezes me-nos poluidor do que o S-50.

Além disso, pelo TAC, também apartir de 1º. de janeiro, o diesel S-2000,distribuído no interior, terá que ter 1800partes por milhão (ppm) de enxofre,pouco abaixo das 2000 ppm presentesno diesel atual. A sua extinção deveráocorrer em 2014.

Pelo TAC, os postos de combustí-veis deverão ter pelo menos uma bom-ba para a venda do novo combustívelaté o início de 2011.

REFINARIA DE CUBATÃO

“Já há condições de produzir essecombustível na RPBC, que faz partede um programa negociado com oMinistério do Meio Ambiente, para aregião metropolitana de São Paulo”,afirmou o superintendente da RPBC,Willian França, em entrevista a Postos& Serviços. Em números, a Refinariade Cubatão pode despejar no mercado

30 mil m³ do Diesel S-50 por mês. Hojea RPBC atende 85% da região de SãoPaulo produzindo em torno de 450 milm³ de diesel metropolitano e marítimo,equivalentes ao S-500 e ao S-2000.

“O projeto não é necessariamente deapenas uma refinaria, mas de todo Sis-tema Petrobras. A companhia vai aten-der ao que ficou acordado entre as par-tes envolvidas”, completou França.

O superintendente ressaltou que oprojeto do S-50 segue conforme o pre-visto, mesmo com a crise financeira,mas lembra da dependência do desen-volvimento de motores de veículos paraa utilização do combustível.

A Anfavea, por sua vez, alegou quea resolução concedia 36 meses paraadequação de motores novos a partir daespecificação do diesel “limpo” pelaANP, o que só ocorreu no ano passado.

Ainda segundo o TAC, a Petrobrase montadoras terão de subsidiar proje-

tos ambientais, como a construção deum laboratório de testes de motores quecustará à Anfavea cerca de R$ 12 mi-lhões e o investimento de R$ 1 milhão,por parte da Petrobras, no sistema defiscalização da fumaça de São Paulo.

BAIXADA SANTISTA

Pelo TAC, somente em 2012 as de-terminações da resolução passam a en-trar em vigor nas cidades de Curitiba,Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvadore para as regiões metropolitanas de SãoPaulo, Baixada Santista, Campinas, SãoJosé dos Campos e Rio de Janeiro. Paraas outras cidades, o diesel vai, até2014, ser substituído gradativamentepelo S-500.

IMPASSEO TAC patrocinado pelo MinistérioPúblico Federal de São Paulo foi as-sinado pelo Governo Federal,Petrobras, Fecombustíveis, AgênciaNacional do Petróleo (ANP), Anfavea,Governo do Estado de São Paulo eCetesb – esses dois últimos tambémautores da ação civil pública que co-locou a questão na Justiça Federal.

Pelo acordo entre MP Federal,Governo e outros órgãos, a partir de

1º. de janeiro de 2009 será obrigatóriaa utilização do diesel S-50 apenas nas

frotas cativas de ônibus urbanos dosmunicípios de SP e RJ

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Confira os índices máximose mínimos e as variaçõesde preços e custos decombustíveis, segundodados oficiais da AgênciaNacional de Petróleo(ANP).Os índices citados são re-ferentes à média nacional,do Estado de São Paulo ede cinco cidades da Bai-xada Santista (Santos, SãoVicente, Praia Grande,Itanhaém, Cubatão eGuarujá) e devem ser utili-zados apenas como fontede informação para ogerenciamento dos postosrevendedores.

INDICADORES

RANKING DE CUSTOS E PREÇOSOUTUBRO X NOVEMBRO 2008

METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrange GasolinaComum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum, pesquisados em 411 municípiosem todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e as cidades de Santos, São Vicente, PraiaGrande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviço é realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA.,de acordo com procedimentos estabelecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalhoparalelo desenvolvido pelo Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços ecustos praticados pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.

CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL

Fonte: Fecombustíveis(*) Valores médios estimados

OUTUBRO (1)Semana 26 a 31

NOVEMBRO(2)Semana 23 a 29

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

VARIAÇÕES (2-1)Média

ConsumidorMédia

Distribuidora

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Dezembro 2008

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Variedades

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18

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SAÚDE OCUPACIONAL

NOVEMBRO

2ª QUINZENA DE DEZEMBRO2ª QUINZENA DE DEZEMBRO

Presidentes dos Sindicatos

Dados fornecidos pela secretaria do Resan:Marize Albino Ramos

SecretáriaMaria do Socorro G. Costa

Telemarketing

1ª QUINZENA DE JANEIRO1ª QUINZENA DE JANEIRO

05 Reunião com aSubdelegada doTrabalho, Rosân-gela Mendes Ribei-

ro Silva, para apresentação da cam-panha Diga Não à Exploração Sexu-al de Crianças e Adolescentes;15 Participação na Festa do Revendedordo Paraná, acompanhado dos diretoresRicardo Lopez, Artur Schor e Ricardo Ara-újo, em Curitiba/PR;18 Reunião do grupo da ABNT quetrata da NBR 13.787, representadopelo assessor técnico Avelino Morga-do, em São Paulo;24 Visita à redação do Jornal A Tribu-na de Santos para apresentação dacampanha Diga Não à Exploração Se-xual de Crianças e Adolescentes;- Cerimônia de Posse do Diretor Exe-cutivo da AGEM, Sr. Edmur Mesquita25 Participação no Programa Café daManhã da Rádio Saudade FM- Reunião Ordinária do Conselho Re-gional do SENAC, em São Paulo;26 Reunião do grupo da ABNT que tratada NBR 13.787, representado pelo as-sessor técnico Avelino Morgado, em SP;- Solenidade de lançamento da cam-panha Diga Não à Exploração Sexu-al de Crianças e Adolescentes nasede do sindicato, em Santos;- Participação no Programa PainelRegional na TV Santa Cecília.- Participação na Convenção Regio-nal dos Revendedores de Combustí-veis de Pernambuco.18/DEZ - Paulo Miranda Soares

Presidente da Fecombustíveis;

28/DEZ - José Fernando Chaparro

Presidente do Sindicato do Mato Grosso

16 Reinaldo Kensuke MonmaAuto Posto Cajati - Cajati

17 Cristina Nunes BentoAuto Posto Bom Amigo - Guarujá

18 Wilson Roberto CalpenaPosto Conselheiro Nébias - Santos

23 Luciana Vilela de CarvalhoFase Quattro Comércio de CombustíveisJuquiá

24 Antônio Carlos Quintas de PinhoA. G. de Pinho & Cia Ltda - Guarujá

25 José Luiz Eboli VillamarimAuto Posto Espumas - Santos

29 Marcello Francisco AmeixeiroSuper Posto 800 Milhas - São VicenteSuper Posto Constituição Ltda. - SantosSuper Posto 800 Milhas Náuticas - SV

31 José Roberto D’Elia Sampaio de OliveiraAuto Posto Praia de São Lourenço -Bertioga

11 Resan promoverá novos treinamen-tos para funcionários;12 Assistec cancela workshop do dia 27/11;- Resan lança em sua base territorial acampanha Diga Não à Exploração Sexu-al de Crianças e Adolescentes;- Campanha Abasteça o Natal de QuemPrecisa 2008.

1 Antônia MateusAuto Posto Retiro das CaravelasCananéia

2 Sanny Royas de AguiarPosto de Serviços Califórnia - Santos

5 Laurindo Carlos RozinelliAuto Posto Redentor - Guarujá

6 Naide AlbersComércio de Combustíveis 568 da RégisLtda. - Barra do Turvo

7 Sérgio de SouzaAuto Posto Falcão do Terminal -GuarujáAuto Posto Carga Pesada doGuarujá Ltda.- Guarujá

8 Luciano Jair OngaratoPosto JB 4 Irmãos - JacupirangaAuto Posto Búfalo do Vale Ltda -Pariquera-açuSeverina Simões LeoneAuto Posto Cinese - Guarujá

10 Ricardo Eugênio Meirelles de AraújoPosto Avenida - SantosAuto Posto La Caniza - GuarujáA. G. de Pinho & Cia Ltda. - Guarujá

13 Luzia de Fátima Rodrigues CampagnaroPosto de Serviços Travessia deSantos Ltda - SantosAuto Posto Brumar - Santos

14 Cristiane do Prado VerderanoAuto Posto da Balança - SantosFlávio Ribas de SouzaLinha Um Produtos de PetróleoLtda. - Santos

15 Carlos Alberto DuquePosto de Serviços Vereda TropicalLtda. - Guarujá

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Dezembro 2008 19

A

RESPONSABILIDADE SOCIAL

A exploração sexual de crianças eadolescentes é um dos crimes maisdifíceis de serem combatidos porconta de questões culturais. Aerotização transmitida, sobretudo,por programas de televisão tambémestá na linha de frente da ordem defatores que influenciam na formaçãode uma sociedade permissiva.

Essas são algumas das conclu-sões apresentadas por especialistasdurante o lançamento da campanhaDiga Não à Exploração Sexual deCrianças e Adolescentes, desenvolvi-da pela Fecombustíveis com apoio deseus sindicatos filiados, entre eles oResan, e do Sindicom. O start dacampanha na base territorial doResan ocorreu no dia 26 de novem-bro, na sede do sindicato.

A participação dos associadosconsiste na divulgação do material dacampanha em seu posto. Osrevendedores já estão recebendocartazes e folders que têm comoobjetivo principal conscientizar ocidadão para a necessidade da denúnciade casos de exploração pelo Disque-100, um serviço do Governo Federalgratuito e que garante o anonimato.

O lançamento da campanhacontou com a participação dosecretário de Assistência Social deSantos, Carlos Teixeira Filho, dopresidente da Unimed-Santos,Raimundo Macedo, entre outrosagentes do setor de atendimento àscrianças e adolescentes da região. APrefeitura de Santos e a Unimed sãoparceiros do Resan ao lado de outrasentidades como o Sindisan e deoutras empresas, como a Rede VTV,Rádio Saudade e a Demar Gráfica.

Além dos cartazes, a campanha serádivulgada na Baixada Santista e Vale doRibeira através de busdoors, de spotsem rádios e vinhetas na Rede VTV.

A coordenadora do projetoCamará, de São Vicente, Lumena Celi,e o jornalista Carlos Ratton, diretor devários curtas metragens que estãoconcorrendo a diversos prêmios

nacionais, participaram do evento.“Essa iniciativa coloca cidadãos

comuns na linha de frente doenfrentamento sexual infanto-juvenil”, disse Lumena Celi. Segundoela, é preciso antes de tudo entendera diferença entre abuso sexual(aquele que é praticado por pais,padrastos, tios, irmãos...) e a explo-ração sexual (em que há a busca pelolucro). Ela continua: “A mobilização étão necessária numa região portuáriacomo Santos quanto no Nordeste,apesar das diferenças. O importante édesenvolver ações de prevenção”.

PARCEIROS

Para Raimundo Macedo, presi-dente da Unimed, o foco da campa-nha está diretamente ligado “ao DNA

do sistema Unimed”. A cooperativade médicos está colaborando com ainserção de spots da campanha nassuas cotas de publicidade.

Já o secretário de AssistênciaSocial, Carlos Alberto Teixeira Filho,falou sobre projetos desenvolvidospela Prefeitura, como o EspaçoMeninas, e as dificuldades pararesgatar jovens de situações de risco.“Poucos dão oportunidade de traba-lho a esses adolescentes”, lamentou.

As pessoas que estiveram nolançamento da campanha assistiramainda ao curta metragem Esquina,escrito e dirigido pelo jornalista CarlosRatton, que filmou as agruras de umaadolescente pobre, filha de paisdesempregados, e que sem oportuni-dades acabou na prostituição.

RESAN DÁ INÍCIO À CAMPANHA CONTRA EXPLORAÇÃOSEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA REGIÃO

Campanha foi lançadano Resan com apresença de apoiadorese entidades que traba-lham com crianças eadolescentes. Na foto,da esquerda para direita,o secretário de Assistên-cia Social de Santos,Carlos Teixeira Filho, opresidente da Unimed-Santos, RaimundoMacedo, e a coordena-dora do projeto Camará,Lumena Celi