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I ANO XXXVIII --N . 1886 -- JANEIRO DE 1943 -- PREÇO CR $2,00 / i____/**>___ f_n ____^^ ^_ _. *_ * ________* _a r __B,;^_ ^^B__ ^*_l \ ¦ «_ ___f^ ^__ *<_¦ "__r_ ____. ______*_ X, ^Nk. ^_ \ V ^^ ______fr ____________! !-________ __r ________V _r i _ _B _._______ __Hff ____L _P __^ MmW_r MWjÊMr ____¦______> __________ y' ^^^ *, ** *^r^'^B ____________ IHB ____________________ _¦___ " I ' •. - ^_^L_._-_^_S---9_EÍ0^_^_|H %J^^

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I

ANO XXXVIII --N . 1886 -- JANEIRO DE 1943 -- PREÇO CR $2,00

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A I

^mmmmmmmmm~m

L-!.\^v*/_5*p

Meus netinhos.

QUANDO,

há pouco, se realizou a comemoração daSemana da Economia, o presidente da Caixa Eco-nômica, Dr. Carlos Luz, fez uma revelação interes-santissima: de dez em de"z centavos, oú seia de tostão

a tostão, como se dizia antigamente, mais de 80.000 mil cole-giais já possuem, naquele estabelecimento de poupança, asoma de um milhão de Cruzeiros, em deposito.

Por dois motivos essa revelação é sensacional. Primeiro,,porque mostra como os meninos cariocas estão levando asério os ensinamentos tio úteis de que devemos ser poupados,-devemos ser previdentes, reservando sempre um pouco doque podemos gastar, para o futuro, para os dias incertos.

Segundo, porque vemos mais uma vez confirmado aquelevelhíssimo brocardo: "de griò em grão a galinha enche opapo", que tantas vezes citamos como conselho aos impre-videntes.

Esse resultado animador se deve, em muito, à bem ori-entada campanha que vem fazendo a direção da Caixa Eco-nômica entre os pequeninos, e principalmente ao bom nomedessa instituição que, sob nova orientação, ressurgiu quandoestava quasi ã beira do esquecimento do público. ,

Ora, meus netinhos, agora vamos iniciar a nova vida,no novo ano, e é natural que todos vocês tenham projetosbons, tenham planos traçados para 1943. Por que, pois, nãoincluir entre os projetos novos o de seguir o exemplo desses80.000 meninos que já teem suas cadernetas na Caixa Eco-nômica, aumentando" o total dos depósitos infantis?

, Vocês só podem ter vantagens, com isso. Como vêem,v não é só depositando grandes quantias que se consegue avul-

tar a soma depositada. Muitos desses oitenta mil meninos'teem depósitos pequeninos. Mas não serão pequeninos osresultados que colherão desse treino da previdência, desseexfercfcio da bela virtude da poupança, que a muitos habi-litará a olhar o futuro com tranqüilidade e segurança

Vamos, meus netinhos, seguir esse belo exemplo?

VôVô

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sil l_d_^!7^_f_H_É^__

ISSO

se passou há muitos séculos, no tempo

dos mágicos e das bruxas.

Guilherme, um rapazinho de 12 anos, era

discípulo de um velho sábio que, nas horas

vagas, se ocupava em experiências de magia

e feitiçaria, conforme era costume naquele

tempo.Guilherme JÊÊ~\. era um menino

inte 1 i g e n t e, ¦ __». mas em vez de

aplicar o seu espírito

unicamente às cousas

que o mandavam apren-

der, tinha a preocupa-

ção de indagar tudo e fazer tudo quantovia os outros fazer.

Seu mestre ensinava-o a falar diversas

línguas e a fazer cálculos, a conhecer os

países de todo o mundo e a história de

A VASSOURA ENCANTADAtnrios os oovos. mas é claro que reservava os m* W ™ ¦ am9^ m

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4

todos os povos, mas é claro que reservava os

segredos da magia para ensinar-lhe mais tarde,

quando êle tivesse idade para poder lidar com

os perigos das operações químicas e da arte

dos feiticeiros, que naquele tempo era muito

considerada.

Mas Guilherme não podia conter a suacuriosidade ardente pelos mistérios da magia.

Uma noite, escondido atrás de uma porta,Guilherme viu o mestre feiticeiro fazer uma

cousa assombrosa. Com algumas palavras má-

gicas deu vida a uma vassoura velha, e a vas-

soura, animando-se de repente, criando pernase braços, levantou-se do chão, começou a andar,

apanhou dois baldes e foi buscar água na fon-

te até encher uma grande tina, que estava no

meio da casa.

No dia seguinte, apenas o mestre saiu,

Guilherme entrou para o laboratório e fechou-

se ali, pulando de contente.— Agora — disse êle,

radiante — agora tambemeu vou fazer feitiçarias;aprendi as palavras mágicas!Vou dar ordens à vassourae ela vai me obedecer. E,voltando-se para a vassoura,

que estava caída a um cantoGuilherme pronunciou as pa-lavras mágicas*

"Seja pela água, que

domina o fogol

Quero a minha ordemvêr cumprida, logo!"

Imediatamente a vassoura estremeceu,ergueu-se, com os pêlos para cima: o cabo, quese apoiava no chão, abriu-se em dois pedaços,que tomaram a fôrma de pernas; de cima sal-ram duas lascas, que tomaram fôrma de bra-ços. E, sem demora, a vassoura começou a an-dar rapidamente, apanhou os dois baldes, diri-gindo-se à fonte, encheu-os, trouxe-os, despe-jou-os na tina, tornou a voltar à fonte e encheros baldes e voltou a despejá-los. Guilherme.estava numa alfcgria indescritível, encantado

por te conseguido fazer feitiçaria tão per-feita.

Mas a vassoura não parava, não cessavade ir à fonte e voltar com os baldes d'água. Atina já estava cheia, transbordando; a águacomeçava a se espalhar pela casa; aí Guilhermeficou muito triste ao vêr que não sabia o meiode fazer cessar aquilo. Devia haver outras pa-lavras mágicas para restituir à vassoura a fór-ma primitiva, mas 6le não sabia essas palavras.

Que fazer então? Gritou çpm a vassoura, or-denou-lhe que parasse e, nada. Ela continuoua ir e vir e a trazer água, que já inundava acasa toda. Guilherme quis agarrá-la, mas quallA vassoura corria mais do que file.

Guilherme, desesperado, agarrou em ummachado e, depois de muito correr, conseguiu

alcançar a vassoura com um golpe, que apartiu em dois pedaços.

O menino pensou que assim socegaría;mas foi ainda peior. Agora, em vez de umavassoura, eram duas a carregar água embaldes, sem cessar. Já a água começavaa encher a casa de modo assustador.

quando, felizmente, apareceu o mestre feiti-celro e, com um só gesto, destruiu o en-canto.

A vassoura voltou a ser uma simples vas-soura e ficou encostada à parede.

Então, o mestre disse a Guilherme:Foi bem feito o susto que passaste.

Assim hás de ficar sabendo que as criançasnão devem querer ir adiante dos mestres, nemfazer as cousas que não sâo para a sua idade,sob pena de sofrerem os.maiores desgostos.

O TICO-TICO

CA

^vREè^ _ff ___» ^ \J V 5

árÊÊir^Y ÍfY\ s ]rH _r-**«_W ¦_¦____.

iW ÍAJ-^^a!?ív^o3'JANEIRO —1943

ZE BOLOTA E CHICO PELANCA

ZEr BOLOTA E CHICO PELANCA SAO DOIS APOSTADO-RES DE MARCA MAIOR. POR QUALQUER COISA DESTEMUNDO, DISCUTEM, TEIMAM E PRONTO, LA VEM UMAAPOSTAZINHA.

NOUTRO DIA O OSSUDO CHICO PELANCA DISSE PARAO ZE' BOLOTA : - APOSTO COMO EU, EM TRAJE DE BA-NHO DE MAR PESO DUAS VEZES MAIS QUE VOCÊ.

— FEITO ! — ACEDEU O GORDUCHO ZE' BOLOTA

E ZE' BOLOTA CONFIANDO NAS SUAS BANHAS TRE-POU NA BALANÇA. CUJO PONTEIRO MARCOU UM NUME-RQ DE QUILOS QUE NAO REVELAMOS PARA VOCÊS NAOSE ESPANTAREM.

— AH ! AH ! DISSE ÊLE MUITO CONTENTE — AQUELELINGÜIÇA NEM TOMANDO ÓLEO DE FIGADO DE BALEIA,PODE CONCORRER COMIGO. ONDE ESTA' ESSE MAGRICÉ-LA, QUE EL QUERO MOSTRAR O PESO ?

JA' VOU — RESPONDEU CHICO PELANCA QUE TI-NHA DESAPARECIDO. ESTOU VESTINDO MEU TRAJE DE•BANHO. NISTO, OUVIU-SE UM BARULHO DE FERROS ECORRENTES.

O TI CO-TICO 6

E CHICO PELANCA APARECEU METIDO NUM ESCA-FANDRO. — GANHEI A APOSTA, GRITOU ÊLE. ZE' BOLOTANAO GOSTOU MUITO DO NEGÓCIO. NAO, MAS NAO DEI-XOU DE PAGAR A APOSTA.

JANEIRO -1943

As duas canetasDIVA PAULO

canetas. Eram os seus donos. O me-nino rico olhou, a caneta de ouro edisse num ar de preguiça:— Hoje não vou ao Colégio; es-tou cansado...

E o guri pobre, apanhando timt-damente a sua velha caneta, saiu can-tarolando uma canção qualquer, rumoao Colégio. E eu também compreendiporque a caneta velha e feia era maisfeliz do que a outra...

ELTnão

me lembro bem em que casa, ouvi duas canetas queconversavam, calmamente, recostadas; a mais bonita, numlindo estojo de prata, a outra,, humilde e velha, num tin-teiro de vidro!

A caneta de ouro falava alegremente:Sou mais feliz do que tü; vivo neste estojo lindo, o dia

inteiro. Quando o meu pequeno dono vem buscar-me, coloca-me, delicadamente, no seu bolsinho de seda, deixa-me umpouco de fora, para que me contemplem, estupefactos, todos Cl;os seus colegas, e invejosos murmurem algumas frases assim:— Que linda caneta tens tu; quem te deu tal objeto? E o rueudono responde, mostrando-rne toda, por fora e por dentro: —Foi o meu papai, e vejam como é valiosa! Como vês, minha amiga,sou feliz!

Quasi nada faço, porque o menino não gosta de estudar.Passo os dias descansadamente, com os ouvidos cheios de elogios,de ser possuída por tal criança.

Calou-se o bonito objeto e a feia caneta continuou:Pensas que não sou feliz, porque sou feia e velha?! Pois

estás completamente enganada, maravilhosa caneta. Sou feliz,mais venturosa do q-ue tu. Trabalho entre os dedos ágeis de ummenino estudioso, rj dia inteiro. Êle me admira muito, chegando,às vezes, a parar de escrever para me olhar, minutos incontáveis,como a pedir-mè desculpas-por tantas horas de trabalho. Quandcvai para o Colégio esconde-me entre os seus cadernos, receiosoáe que os colegas se riam da minha velhice. Ouço também, comotu, elogios, que não são dirigidos a mim, mas que me orgulhame trazem-me felicjdade, muita, felicidade.... Os professores domeu pequenino dono exclamam jubilosos: v

Esse menino é muito inteligente! Estuda mais do quequalquer outro. Vale ouro essa criança!

E tantas outras frases, sempre elogiosas, que enchem de sa-tisfação o meu coração de caneta velha..,

Compreendes, agora, porque eu disse, há pouco, que eratalvês mais feliz do que tu?

Compreendo, minha amiga... E acho que realmente, oés! — murmurou num suspiro a caneta de odro,

Calaram-se os dois objetos. Ouvi rumor de vozes infantis. Vique dois meninos se encaminhavam para a niesa onde estavam asJANEIRO—194 7

Í>^ iií€m-\^m<. áw W0^\

é7--í—//^7Os TICO-TICO

novo anHEmo DO brrsil

Antes: S100 -1 tostão = Cem réis

tíí &\l \t\\!£©? —->n5nr~i IpS'/

Antes: S200 Duzentos réis

/^^^^\

Antes: $501) ¦ Quinhentos réis

Hoje: Cr $0,10 -Dez Centavos

íítê-lHoje: Cf$8,20=Vinte Centavos

\çS^__£2f/Hoje: Cr $ 9.50=Cincoenta Centavos

CR$ fm f \ #V\

\ \^***V>. ^A_-"—- r / l"v. / /

ftSTE E* O SÍMBOLO IM) CRUZEIRO, QUEDEVE SER ESCRITO SEMPRE ANTES DA

IMPORTÂNCIA

O TICO-TICO

REVERSO DE TODAS AS MOEDAS DE CENTAVOS

8

O

Presidente Getulio Vargas, por um de-

creto-le! que foi recebido com satisfação

por todos os brasileiros, criou para o Brasil umnovo padrão monetário, isto é, uma nova uni-dade de moeda, novo "dinheiro", fazendo de-

saparecer o "mil réis" e substituindo-o pelo"Cruzeiro".

Para ajudar os nossos leitores a se fami-

liarizarem com a nova moeda apresentamosestas duas páginas, nas quais, pelo meio maissimples, que è » imagem, será fácil gravar asnoções sobre ela-

O

"CRUZEIRO" substituiu, como ficou dito.o "MIL RÉIS". Logo. 1 Cruzeiro tem o

valor correspondente a DEZ TOSTÕES antigos,

que era quanto valia o MIL RÉIS.

Aqui a esquerda estão representados osvalores das frações do Cruzeiro, que se chamamCENTAVOS.

Antes, a menor fração usual do MIL RÉISse chamava "tostão". Agora, a menor fraçãousual do CRUZEIRO se chama centavo.

Nada mais simples.

O

"símbolo", isto é, a fórma escrita querepresenta abreviadamente o CRUZEIRO,

é a que vocês vêem abaixo: CR$. Esse "símbolo"

deve ser sempre escrito antes da importância.Depois do cifráo virá a quantidade de CRUZEI-ROS, depois uma virgula e depois desta a quan-tidade de centavos.

COMO os centavos só podem ser escritos

com dois algarismos ou seja "O I centavo "

a "99 centavos", depois da virgula, isto é, á suadireita, nunca se deve escrever mais de duascasas.

Porque qualquer quantidade de centavosescrita com três algarismos já igualaria ou pas-saria de 100, e "cem centavos" formam umCRUZEIRO.

-a-^j^^ÇõcBooSSfe^-^s^

REVERSO DE TODAS AS MOEDAS DECRUZEIROS

EJFARA se fazerem contas com os

centavos e cruzeiros, não há

nenhuma dificuldade. Escrevem-se as

importâncias umas sob as outras, em

ordem, e vão se somando ou subira-

indo, ou multiplicando, e no resultado

basta separar as úffímas duas casas

da direita com a virgula. O que ficar

para a direita serio os centavos- O

que ficar para a esquerda, serão

cruzeiros.

NESTAS páginas aparecem apenas

as novas moedas e damos as

antigas para estabelecer uma com-

paração e facilitar a vocês. Futura-

mente serão postas em circulação ascédulas, ou seja o dinheiro em papel,ou papel moeda.

A mudança de denominação damoeda nacional nos oferece um en-sejo interessante para estudarmosessa questão do dinheiro: como sur-

giu o dinheiro, para que o homem seviu forçado a criar o dinheiro, etc.

Como nestas páginas não caberiatudo isso, vamos dar em outro localdesta mesma edição alguns informes

curiosos, e vocês devem procurarconhecê-los, pois são muito interes-

santes e, até, curiosos.

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Antes: 1S00D - Mil réis»Dez tostões ie: Cr $1,00 = 1 Cruzeiro

íff j_ \\ # o J-^%

Antes: 2S00D Dois mil réi_ Hoje: Cr $ 2.00=Oois Cruzeiros

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I ^h (Thí!tu^ J\jyLA r>J ^ u U U // \_ClRUZ€lÍ©S^

wsàaAntes: 5S000 - Cinco mil réis Cr $5,00=Cinco Cruzeiros

JANEIRO —1943

A

Cf. a* m***\ »t\^ _^ * "<

DÔR DE DENTES

Çstou com uma dôr dedentes terrível . . .

... nem sei em que posiçãohei de ficar. Já fui á cosi-nha e...

... ai, uma lagosta tentou ar-rancar-me o dente que doia:mas...

.. .não o conseguiu. Vou ten-tar o velho sistema de amar-rar o dente...

...a uma pedra e deixá-la Lá vai a pedra. Ai! lá voucair de um loear alto. r, eu também atrás ria pedia...

.. .Ui! Ui! Rebentei a cabe-ça. Estou com a cabeça empedaços.

Não. Felizmente tenho acabeça muito dura. Mas odente não saiu.

ii , J MBS_-_U_iSJHS_____. -_—_—P>" ¦ ¦¦ i |W^^_^____^^^ ^™^•* «____! «-—«¦—»-¦«" ¦ *

II |J9 ^^__E_W___ W-^^^^-X "Ml _^F -L *\ l"*^

Que hei de fazer agora ?Vou consultar o cagado.

Sei um bom meio para tearrancar o dente - - diz oíágado

Vai ao moinho ,e, quandoêle estiver parado, amarra o.dente a uma d'r suas asas.

Pronto. '^E lá começa omoinho a se mexer. Máu !

máím c: __ k/^^-g*!Ai! Lá vou eu pelos ares.

Está doento multo. E estouficando tonto...

O TICO-TICO

...Ui! Socorro. Quem meaçode... Que dôr...

Ah! Ai I Ui!... Onde es- ' Felizmente cai sobre umtou eu ? Quebrei a espinha monte de palha, não me ma-em dez.logares. Não. goei e estou livre do dente.

JANEIRO -1943

CURIOSIDADES DO ANO-NOVOPARA

nós, a idéia de associar osque morreram às festas do ano-

novo, seria dar a estas uma nota detristeza, bem pouco de acordo com oregosijo geral. Mas os chineses nãopensam assim, e uma das caracterís-ticas de seus festejos ao celebrar a en-trada do novo ar.o é a participaçãoque fazem ter, nelas, todos os mor-tos da família.

Num grande altar muito ilumina-do, depositam-se oferendas e pre-

dia de ano-bom. As pessoas ricasofereciam ovos de ouro puro, ador-nados com pedras preciosas, e al-guns ricos presentes figuram em vá-rios museus da Europa, chamando aatenção pela perfeição do trabalhoe pela riqueza dos materiais empre-gados. Como os pobres não podiamcomprar ovos de ouro, tomavam ovosde galinha e pintavam-nos de dol-rado, paxá seguir a tradição, pois es-ta determina que os ovos com quese fazem os presentes pelo Ano-No-vo, sejam de ouro. Isso se explicaassim : os ovos de ouro simbolizama creação do mundo que, segundoo Zend-Avesta, surgiu de um ovo.

Também era obrigatório ofe-recer ao Shah-(Soberano dosPersas) — ovos dourados, e nodia de ano-bom .chegavamao palácio do soberano

distribuir os demais com os seus sú-ditos e servos.

NOs primeiros anos da era crls-

tã, cada chefe de família co-locava, à porta de sua casa, no diade ano-bom, um mesa, na qual seexibiam os mais apetitasos manja-res : perus, carne assada, doces gos-tosos e variados e garrafas de vinho.

I_JI *-y assim: os ovos de ouro simbolizam >^viSw*-Êjí=* "j (~^) _1| a creação do mundo que, segundo //\ \

sentes, destinados aos ante-passados "que seimpre estãopresentes entre nós", segundoa frase ritual, "e aos quais tributa-mos estas honras que hão se asse-gurar às suas sombras o descansanos frescos bosques que lhes agradavisitar".

Cada visita, ao chegar à casa, sedirige primeiro ao cíltar dos ante-passados e ali, depois, de breve sau-dação, deposita os presentes quçtrouxe. Só depois de cumprida estacerimônia, vai ao encontro dos do-nos da casa e lhes apresente suasfelicitações pela entrada do ano no-vo. Ninguém foge, na China, ao cul-to dos antepassados. Seu esqueci-mento seria considerado como unisacrilégio e, além disso, poderiaatrair grandes desgraças que cairiamirremediavelmente — acrtediltam 'oschineses — sobre a família do quenão quis cumprir o dever sagrado.

A INDA é costume, entre os povos" crisitãos de hoje, como sabemos meninos, o oferecimento de ovosde chocolate, açúcar e outras mate-rias, como presente, pela Páscoa.

Mas entre os antigos Persas o ofe-recimento de tais ovos era feito n_

milhares e milhares de ovos, o Shahguardava os mais curiosos e fazia

___ÉES__L. >~J____l. _fflfl^V_S____L

ar _P_F W *«-_- _f * * \§ _oy__infc &_*x__.I sTXjl r A INSTRUÇÃOI?*» I JB I . AW DA INFÂNCIA

POR MEIO DO

DESENHOLIVROS, ÁLBUNS E CADERNOS

A PREÇOS MÓDICOS QUEINTERESSAM AS CRIANÇAS 'E FACILITAM OS MESTRES.

St^utA£>* e&vnevCtZiA, cia,LEITURA- ESCRITAARITMÇTICAGEOGRAFIA HISTORIA PÁTRIA

DESENHO ETC.Xeáído-J __> eatãfogc* aINDUSTRIA do LIVRO LTP?

fíU . O . CARIOCA 54 - wãraciçafílQ DE JANEIRO - .."-¦-.

Vias antes se haviam feito sobre;ssas iguarias todas as sortes de;sconjuros e ameaças para aquê-le que as comesse.Era o que se chamava a "mesa do

diabo", pois segundo a lenda, o reidos infernos vem à Terra em taisdias, e com um apetite dos maiores,afim de provar as gulodices com queds homens se presenteiam por cau-sa da passagem da data.

Mas como, também segundo a ve-lha lenda, ninguém queria que odiabo entrasse em sua casa, todospunham logo a mesa do lado de fó-ra, e ali o guloso Satanás se fartava,|sem abarrecar pinguem. Comendo,como cada alimento leva um escon-juro, o diabo não fazia mais do queaumentar seus males.

Esse costume persistiu durante mui-tos anos, até que a Igreja proibiusua realização, sob pena de severoscastigos. Aquela prá*ica era, real-mente, uma coisa descabida, e tinhacontra si, além de tudo, que consis-tia num desperdício de alimento semjustificativa quando havia tantospobres que poderiam ser, com êle,aquinhoados.

As velhas lendas e velhas tradi-ções devem ser de todos nós conhe-cidas, pois são curiosas, mas acre-ditar nelas não é acertado.

Janeiro — 1943 — 11 O TICO-TICO

O NOVO DINHEIRO DO BRASILoooo<x>o<xk><x>o<x>o<x>ooo<><><>o<>ooo<x><>c^

CICOU dito, à página 9, quan-do tratámos da nova unidade

monetária do Brasil, que em outrolocal desta edição seria interes-sante estudar alguma coisa sobreo dinheiro, suas origens, etc.

E' o que vamos fazer.Como se teria originado ó di-

nheiro? Quem teria tido a idéia

de inventar isso que ainda hojeperdura, e que tanta preocupaçãodâ aos homens?

r>EVE ter havido uma época em

que os homens viviam da tró-ca do que tinham, ou fabricavam,

pelas coisas de que tinham pre-cisão. Mas nem sempre era possívela cada um encontrar outra pessoaque estivesse também querendo fa-zer uma troca e oferecendo aquilode que êle precisava.

O pescador, por exemplo, quecarecesse de farinha, teria de en-contrar um moleiro que estivessequerendo comer peixe... E teriaque achar esse moleiro antes que oseu peixe se estragasse!

• O criador de ovelhas, precisandode uma faca, era obrigado a pro-curar o ferreiro que andasse dese-

joso de comer carne e com êle

quizesse fazer uma troca. Sempreachava? Não.

$100 valem 10 centavos

$200 ao centavos

tijsooo cruzeiro

lo$ooo IO cruzeiros

ioo$ooo ioo cruzeiros

t :ooo$ooo i ooo cruzeiros

(Continuação da página 9)

As vezes achava um ferreiro quetinha boas facas, mas não preci-sava de carne, e sim de farinha...

Era, como se vê, uma complica-

ção.Foi aí, então, que surgiu o pri-

meiro financista e teve a idéia de

que bem poderia existir uma coisa<— êle não sabia' bem qual seria —

que fosse aceita por todos e pu-desse passar de mão em mão como

EXEMPLOS:t

$020 = Cr$ o,02 = 2 centavos

i$S00 = Cr$ 1,50 ss i cruzeiro ecincoenta cts.

55$ooo = Cr$ 55,00 = 55 cruzeiros

i:500$ooo = Or$ 1 500,00 = x.500cruzeiros

se valesse mercadoria, ou, melhor,

substituindo todas as mercadorias,

para facilitar as trocas dos pro-dutos que cada um possuía pelosque desejava.

Foi assim que nasceu a idéiado dinheiro.

f~\ S primeiros dinheiros foram,

talvez, conchas do mar. Tan-tas conchas valiam isto; tantas, va-liam aquilo. Uma lança valia 10conchas; uma espada, 30; uma ove-lha, 50. E assim por diante.

DE HOJE PARA AMANHÃEntre "agora" e "mais tarde" pode ha-

ver inúmeras ocorrências. O presente é con-seqüência natural do passado, como o fu-turo seira preparado pelo presente.

Milhões de famílias no mundo todo es-tão a coberto da penúria pelo seguro devida. O seguro neste particular é mais efi-caz que todos os sonhos dos idealistas.

SUL AMÉRICACompanhia Nacional de Seguros de Vida

Caixa Postal 971RIO DE JANEIRO

Agora, quem queria farinha não

precisava acertar com o moleiro queprecisasse, justamente, da sua mer-cadoria: qualquer moleiro trocavafarinha por conchas, com as quais,adiante, compraria o que lhe aprou-vesse.

\ /ÁRIAS foram as outras coisas

que, com o correr dos tempos,tiveram valor como dinheiro. Ve-

jamos algumas delas: houve algum

Conta-se que o primeiro papel-moeclaou a primeira nota de banco foi criadapor um general que, tendo Ide pagar osoldo dos 400 homens de seu exArcito,e não tendo, dinheiro, cortou em 4 par-tes as cartas de um baralho escrevendoem cada ipedaço os algarismos equiva*lentes às importâncias

tempo, em Roma, em que os animaiseram moedas. Eram animais quequase todos tinham e de que to-

msl|7í*fo

ffl , diga^queeuThedissa-Usoe nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOS[CABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

O TICO-TICO 12 — Janeiro — 1943

O NOVO DINHEIRO DO BRASIL><X><XXX><)<>0<X><X>0<X><X>00<X><^^ O<>0<><><><><><><><><><><><><>0<^^

dos precisavam. Como, porém, não

se prestavam a ser divididos, não

tinjiam, por isso, longa duração de

valor. Na Lacedemonia, o ferro

servia de moeda; em Roma, pri-

mitivamente, o cobre; na Abissinia,

o sal; na Terra-Nova, o bacalhau

seco; na Escócia, os pregos; na

Rússia, até áo começo do século

XVII, as peles; no México, se-

gundo Humboldt, os grãos de

cacau cumpriam, na época da sua

descoberta e também nos princi-

pios do século XIX, a função de

moeda; e em vários outros paises, o

trigo. Nos paises agrícolas se usou

muito grão como moeda. Na Ba-

bilônia, o ouro e a prata já exer-

ciam a função de moeda. Desde o

século XVI, antes de Cristo, os

romanos se serviram de barras de

cobre sem cunho, até à época de

Servio Túlio. Q certo, porém, ê

que, desde a origem das socieda-

des os homens empregaram como

moeda os dois metais preciosos: o

ouro e a prata.Contudo, há fatos como este: em .

1618, decretou-se na Virginia, hoje

parte dos Estados Unidos, sob

severas penas, o curso forçado do

fumo. Havia, até há pouco, aldeias

nos Alpes em que as mulheres se

serviam de ovos e trigo como moe-

das. Na Tartaria o chá era ins-

trumento de troca. Os gregos usa-

vam bois como moedas e os romã-

nos herdaram deles este uso. Os

homens primitivos, provavelmente.se serviram, como moeda, de sílex

cortados. Os indígenas do Brasil

usavam, como moeda, pel.es de ani-

mais e conchas do mar.

Como o metal custa a se estra-

gar, e é mais durável, acabou por

ser o tipo mais usado, e ficou efe-

tivamente sendo dinheiro. Dos me-

tais, o ouro foi o escolhido, por sua

beleza, por ser facilmente desenha-

vel, por não se alterar facilmente,

Hoje, embora seja • a moeda de

valor aceita por todas as nações,

não fica em uso, mas guardadanos Bancos e substituído pelos equi-

valentes em papel.

Por isso o dinheiro em papel é

chamado "papel-moeda", pois re-

presenta, como uma espécie de

vale, o ouro que está depositado

nos Bancos ou no Tesouro de cadanação.

"^jí BaYi ^ ^ *aW mr

W^ NÃO FALHA \rfNÃO FALHAFAZ DOS FRACOS FORTESINFALÍVEL NOS CASOSDE ESGOTAMENTO

ANEMIADEBILIDADE NERVOSAINSÔNIA

FALTA DE APETITEE OUTROS SINTOMASDE FRAQUEZA ORGANI-CA DE CRIANÇAS E DE

ADULTOS

E COMO É, QUANDO SE TEM QUE FAZER OPERAÇÕES COM OS CRUZEIROS?Nas operações aritméticas procede-se como com os nume-

ros decimais.EXEMPLOS:Somar: Cr$ 500,00 + Cr$ 0,25 + Cr$ 82,50 — Cr$ 582,75

500,000,25

+ 82,50

Subtrair: Cr$ 4 850,33582,75

Cr$ 65,90 — Cr$ 4 784,434 850,33

65,904 784,43

Multiplicar: Cr$ 8 X Cr$ 995,40 — Cr$ 7 963,20095,40

X 87 963,20

Dividir: Cr$ 10 849,95 -*- 15 — Cr$ 723,3310849,95 | 15034 723,33

4949

450

Nos cálculos faz-se abstração do símbolo.

Janeiro — 1943 — 13 — O TICO.TICO

_**_t7_5__-"_.__¦-

Páginas Históricas de Decoração — Por SFTH — N°. 4*

MEDIA e PÉRSIAA Pérsia, ou Irã fica ao

sudoeste da Ásia, en-tre o mar Cáspio e o GolfoPérsico. Há mais de 600

anos antes da era cristã, alise estabeleceram dois povosde origem ariana: os médios,ao norte; e os persas ao sul.

A capital da Media eraEcbátana. A capital dia Pér-sia era Persépolis.

A história destes dois po-vos começa com o domínio

dos medas, cujo monarcamais notável foi Ciaxares.

Em 528 (A. C),

porém, os persas co-mandladlos pelo seurei Ciro, o Grande,

flestruiram o impe-rio Meda e o domí-nio passou para aPérsia. Ciro esten-deu o seu império

por toda a Ásia Me-nor, clonquistando aBabilônia, a Assíria

e a Lidia.

Seu filho e suces-

sor Cambíses con-

quistou o Egito.

Dario 1.°, o Gran-

de, pacificou, organisou eestendeu ainda mais o im-

pério persa. Pretendeu con-tar a Grécia, mas foi derro-tadio pelo heroísmo dos gre-gos. .

Igualmente vencidos fo-ram Xerxes e Artaxerxes,

quando intentaram prosse-guir na .guerra contra o

povo helênico.Mais tarde, nos anos 333

e 331 (A. C.) coube aos

gregos, comandados porAlexandre o Grande, des-truirem o império persa,

nas batalhas de Isso e Ar-bela, onde foi vencido emorto o rei persa Dario II.

A Pérsia passou a ser go-vernada por Alexandre eseus sucessores e depoispela dinastia Seleucida atéo domínio da Monarquiaparta dos Arsacidas, a qualdurou quase 500 anos.

No terceiro século denossa éra, o domínio partafoi substituído pelo segun-do império persa, sob os Sas-sanidas, que se manteve atéa conquista árabe no ano652 de nossa éra.

Motivos de decoração— _ esquerda, de cima para baixo: Capitei de coluna com a figura

de um touro. — Cabeça de persa, tipo de raça ariana. — Um rei meda.

— Ao centro, de cima para baixo, vêem-se o túmulo de CIRO,palácio de DARIO, — um trecho de escrita e uma moeda persas.

Em cima, à direita, figura de ZOROASTRO, fundador da religiãoda antiga Pérsia, o mazdeismo, cujos dois princípios fundamentais eram— ORMAZD, o bem, e ARIMAN, o mal. Em baixo, aos pés de Zoroastro,piras esculpidas em pedra.

• • •

Em baixo, no ângulo à direita está KOSRU 2.°, o Vitorioso, umdos últimos reis sassanidas, que combateu os romanos e preparou oadvento da conquista mussulmana. A seu lado, a efígie de uma rainhados últimos tempos, onde já se nota a influência da arte grega.

ÇVêr a página 15)

¦ _¦ -__-_- _!¦__-______- V -

O TICO-TICO 14 — Janeiro — 1943

PÉRSIA

\m\ Tv^Tí _R ¦_¦ _r_ H ¦ __ _r §————— " "^_t^^ ¦ ~~^<_-__Z-^^5_C_I---SZ^g;!--, _i"_^-__r ____£_jffltt t_ / /

__ _ __._-_. - .JANEIRO —1943 O TICO-TICO

r SR. DIRETOR. NOS DESEJA- ^7Z^TÃ^\ sAaVAMOS VISITAR OS DOENTES. :C £SÃ,fL => \ .__^A*__, s-—~r-z>~—^v C OIZ QUE1_ E 5 ív_T \x~^ '—x~~~x~~x-}r~:5~J!~

/\ _l^> l n/apoleÃo/_r Ç^Tir -

£ ESTE JULGA-SE » fc==::::::::::3C^^

^S^fr A^^PL AQUI ESTA' OEPEN/DURADO NESTA } V«^-___-»A^^ y

f\/ ARVORE ...ELE DIZ SER UM A "PERA"... >s

, • ¦ \ • M wm\ mim*\ ámã / -f \maT\ , x, ,.__. _/7 .-.. . / I

MAS. PORQUE O SR. COMO DIRETOR DO. HOSPITAL, NÃO /vlANDA TIRA-LO DES-iTA S-TUAÇÃO ?... O COITADO JA' DEVE

ESTAR MUITO CAK/ÇADO... ^_J

^ 1/ r^TIRA-LO J

16

AQCI PARA MOS, MEUS AMIGOS/EU ESTOU ESPERANDO QVBELE "AMADUREÇA"

A, r- -^ '

I I

í_^_V^x%\mmuA ^—a Y__l^y«xS_vOa¦L_E_d n. .".i li/ » — <B if n _B

0'TICO-TICO JANEIRO—1943

(Adaptação tio Mono, Magaidi)

A PISCA

(Continuação)

"r L / I \ Ir^ssiás!---. Br* \s£__B0~ _*'a- ¦

¦VLvkWBiM ^pigs^^ \\__r\_______\ íBêl.-iè.

. T^1*,Sr -^jjâjl

_WÊMBBí \\ -^^ ¦ - -fi BiH

BBSwSK\k \\ x í'_W _*írz__ ____i__fm_t_t_w ,jim ____m_xWmBtcwnSs^X \ T^^^J{____mm^^sm___rJJÊ _W_WMÈWÈÊÊ&Ê_^Wíl^W_\

IHRflTaflP^É^yii_W_àtm W ___m \w â 87 il íír^l afl S^/affl BK^| ggf//, ___r_f__t\_f'_év, BJ M Éf #9 fS

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^^s^^vt ^^^^^^^^_e\mi 0^^_W ___W i__\\Ws _&_\\

VOLTANDO

Jesus

da sua missão

que realizara na Gali-

leia, achava-se um dia

sobre a borda do Lago

de Genesareth.

Estava quasi com-

primido pelo povo, quese acotovelava em vol-

ta Dele para lhe ouvir

a palavra divina. De

repente, deslizando sobre as Águas tranqüilas do lago,duas barcas pararam bem perto da praia e os pescadoresdesceram para lavar as redes. Jesus entrou em uma delas,na que pertencia a Simão Pedro, e pediu a este paraafastar um pouco o barco, da praia de modo que lhefosse possível pregar ao povo, sem ser por êle cercadoe oprimido, e para que mais facilmente pudessem ouvi-LO. Quando Jesus findara a sua alocução, disse a Pedro :

"Faze-te mais ao largo e soltai as redes para pescar"."Mestre, respondeu Simão Pedro, trabalhamos a noite

inteira sem nada apannar. No entanto sobre a tuaJANEIRO —1943 i7

palavra lançaremos as

redes.

E tendo-as soltas,

foram tantos os peixes

que apanharam, que as

redes se lhes rompiam.

À vista desse mi-

lagre, Pedro caiu de

joelhos diante de Jesus,'

exclamando :"Senhor, afasta-te

de mim, pois, eu sou um pecador e não mereço ir contigo!"

O milagre de Jesus não causava admiração só a êle;Thíago e João estavam tambem empolgados pelo queviam.

O Mestre, porém, disse-lhes com bondade."Não temais, de agora em diante, vós sereis pes-

cadores de almas".

Eles então abandonaram as redes e seguiram a Jesus.

A cena admirável do lago de Genesareth, marca o

momento decisivo da vida dos Apóstolos. (CONTINUA)O TICO-TICO

a m^!^

\ VãO JORGE era um soldado

^rT^amW valente. E um soldado nada^^^^ teme quando, além de sol-

dado, é cristão.São Jorge era tribuno no exército

romano.Um dia, chegou a uma cidade cha-

mada Silene.Essa cidade era então o teauo d.,

uma cerra horripilante; ama cena dearrepiar os cabelos; uma cena incrível.

Num grande lago, vivia um enormedragão vermelho, de lingua bipartidae com uma cauda de três metros. Omonstro saía, por vezes, e o seu soproenvenenado matava a quantos atingia;o povo tentou atacá-lo várias vezes,mas foi sempre obrigado a recuar. Sinão lhe dessem duas ovelhas por dia,teria devorado todos os habitantes dacidade.

Era demais... as ovelhas já escas-seavam. Passaram então a dar-lhe umaovelha e uma pessoa viva. As famíliastiravam a sorte para escolher as viti-mas: quasi todos os moços já tinhamsido sacrificados.

No dia em que SãoJorge chegou a Sile-ne, a sorte tinha de-signado- para vitimaa filha única do rei,bela princesa deolhos azues, cabelosde ouro, bondosa ebela.

O rei estava de-.esperado, porque aamava com ternura.

— Tomai todo omeu ouro e a metadedo meu reino — ex-clamava êle — mas poupai a minhafilha.

Houve alvoroço entre aqueles cujosfilhos já tinham sido devorados.

Os nossos filhosforam mortos! Não há razão para quese salve a filha do rei. A lei é paratodos, e deve ser cumprida.

O rei quis fazer valer a sua auto-ridade: mas o povo encolerizou-se, egritou:

E' preciso que a tua filha sejasacrificada, como foram as nossas, docontrario te queimaremos vivo e atoda tua família.

O rei só tinha um desejo: casar afilha e ter um neto que lhe sucedesse.

E por isso chorou.Mas as lágrimas não comoveriam

ninguém. Há gente que acredita queos sofrimentos alheios consolam os

próprios; é umsentimento vil.

O rei vestiua filha com umvestido recama-do de ouro, enão cessou delamentar-se:

— Querida fi-lha, eu sempreesperei carregar

^___H ^a____F _____ ____________^________.

________

sobre os joelhos os meus netos reais.Eu sempre esperei poder convidar umdia para tuas bodas todos os príncipesdo país. e ouvir o som alegre dosórgãos e dos tambores.

A princesa prostrou-se aos pés dopai para lhe pedir a benção. Depois,através a multidão que se comprimiapara vê-la, atravessou toda a cidadecom o seu vestido recamado de ouro,encaminhando-se ao encontro domonstro.

Não lhe era agradável saber que iaser devorada viva; e por isso chorava.

Era um espetáculo estranho veressa princesa, ricamente vestida, en-caminhar-se em prantos, para o lago.De cima dos muros da cidade, a multi-dão, estarrecida, contemplava-a.

São Jorge, passando na ocasião,nada percebeu a principio, e perguntouà filha do rei porque estava tão triste.

-___P»*^*L T-

Bom moço — respondeu-lhe ela— monta depressa e foge para nãomorreres da mesma morte.

Ao que Jorge retrucou:Não; não me vou daqui, sem

que me digas o que tens.A filha do rei contou-lhe, então,

toda -> sua história.Si São Jorge fosse um simples ca-

valeiro, ainda que valente, ter-se-iabatido com o dragão, e talvês tivessesido por êle devorado; mas São Jorgeera um.santo, e os santos fazem o quequerem, porque Deus está com eles.

Sabia que, em nome do Christo, êletudo podia. E por isso é que disse:

Não tenhas medo, menina.Mal acabou de dizer, fez-se na água

um redemoinho... O dragão levantou acabeça acima da superfície do lago; umacabeça horrenda, olhos salientes, guelaenorme, dentes compridos e pontudos.

A princesa, que tinha feito o sacri-ficio da sua vida, não mais pensou emsi, e gritou transida de horror:

Vendo-o, o velho rei foi tomado detal emoção que desfaleceu.

Jorge já tinha ferido o dragão, queestertorava no solo.

A bela princesa não chorava mais;readquirira a esperança, e olhava osanto com admiração.

Este lhe disse:Minha menina, atira o teu cinto

ao pescoço do dragão.Ela obedeceu, e o terrível animal

pôs-se a segui-la como um cachorrinhocansado.

Os três se dirigiram para a cidade.Os habitantes, sempre medrosos,

desandaram a correr, aos gritos. SãoJorge chamou os fujões:

. — Que é isso? Não tenhais medo.E' Deus quem vos livra. Crêde emJesus Christo, recebei o batismo, e eumatarei o vosso algoz.

Si o Christo puder fazer isso, éque êle é verdadeiramente Deus! —replicou o povo.

E acreditou nele.O velho rei pediu logo o batismo;

toda a corte o acompanhou; vinte milhomens seguiram o exemplo, e um nú-

mero incalculável de mulheres e-decrianças fez o mesmo.

Vendo a bôa disposição de todos,São Jorge não os fez esperar mais:puxou da espada, e matou o dragão.

Para remover o corpo, foram pre-cisas quatro juntas de bois.

O rei ofereceu enorme quantia aosalvador da filha.

Mas, como os santos não fazemmilagres para ganhar dinheiro, SãoJorge distribuiu o dinheiro aos pobres,abraçou o velho rei, e seguiu o. seucaminho.

Fugir? São Jorge não pensava em / yNw^J^u <?\l///A ^v. a£^~""

B

Montou a cavalo, fez o sinal da Pv >^/ ^^\ M--B^r'_!___

_____cruz e avançou contra o monstro, » \^^ \ \ XI1/ \~\v //"""™">\

^W ^r ** ___________¦___»_______

19 JANEIRO—1943

1/ I ESTOU rtELTORNí_UD0_ O "PATRÃO QUER SE torNAç. I ESSE,ENTÃO ,E'0 MEUS SENHOEES,IrtPO^TAklTE AH^NHA UHA .CELEBRIDADE E EU DISCURSO ? NUNCA A IHPREtfBUttNEl _

1/ FAEEl UM DISCUTO NA ENTÃO TENHO DE FK__R OUVI TANTA ASNEIRA TCÍ.NCENPEM - fVc^áACADEMIA A^^LAVAR PRATOS EU FAÇO MELHOt-L QAE.QUim.\.^

(S\ VOU E5CPZEVÊ.-LOOA'. í ^"JAVIDATOPA? ^--y- ^r ra^a . __y.

" T>UXA>, AS ASNEIRAS QUE I EÜ.6.M.VgU FA2ER UMIFIGURAí]

^^^^^SbÍ^^O PATRÃO DISSECO SAO ^S^VA? KCREVElJ ^^^^^0^^ W

NUMSINf.O..ELí^SECHAHANÍA-..PEI-4

VE',D- ENGRACIA .SE ^SAPECA'Al UMA FRASE DAQUELE.«àUjEn-O.-.COMO \ ^|'..AH "JA'QUE

4* S^i. ~~ ~7>—CEBOLAS*. NAO ATINO COM ESTA PALAVRAQUE ESCREVI .TALVE2 A ESCRE\/l__Eil JT1LINGUA CHINESA ,MA3 A

ESQUBCII

/''A// AtORQUE NÃO "PEDE *—

-____ÉvrA^ EXPLICAÇÃO AD BURRO

E'HORA DE IR DISCURSAI HAACADEMIA E NÃO ENCONTROMINHA ROUPA DE CERIMONIA.ONDE SEHETEU^SSE PATETA

/ T/.lDO-PlFOCA^

\ )> \/\« i$y\y\y XX.' ^jjt^g

PAOENCIA.TENHODE IR A ACADEMIACOM ESTA "ROUPA.O TALENTO NADATEM COM AjELEGÂNCIA C^>

P\Zy

COM 05 DEMÔNIOS'. PIPOCA FAZENDO1DISCURSO PERANTE A ACADE-MIA'-COM O MEUTRApJE DE- *

RIGOR ' OUE. SEMERGONHA !

A1! o .'

a u((uuu

O TICO-TICO 20 JANEIRO -1943

ral ] l^i^^a-JBiwilJloagWFlMBlT^

o» /ray...SORRIR...

- t^xSorrir é vencer!Viver com um sorriso nos lábios é

aumentar a saúde, reconfortando o espirito e descobrindo novos reinos noMundo da Alegria!

Sorria sempre, minha garota amiga.Você hà de ter ainda muitos mo-

mentos amargos em sua vida; momentosde tédio, desconforto, amargura.

Entretanto, mesmo quando tudo lheparecer desabonador e cruel, faça umsorriso e deixe entrar, por êle — em suaalma —• uma réstea da luz da felicidade.

Não procure aumentar seu deses-pero com lágrimas ou com atitudes car-rancudas.

Esboce um risinho qualquer mesmofalso e gelado como a tristeza; mas umsorriso que tenha qualquer coisa dc bo-nito, de ilusório para elevar seu intimo àesperança mais tranqüila.

A melancolia foi sempre uma grandeinimiga de toda a gente. Quando a dei-xamos entrar em nossa vida ela tomaares de autoridade e nunca mais nosdeixa, enrugando nosso rosto, envelhe-cendo nosso corpo e abatendo nossoânimo.

Seremos fortes, destemidos, auda- '

zes quando pudermos abrir luta contra opessimismo. Ninguém será máu, o mun-do será maravilhoso, todos se compre-enderão, nada nos deterá. Venceremos!Nunca seremos vencidos! Ainda que nãoexista lealdade, ainda que não exista jus-tiça, ainda que não haja criaturas boas esensatas, nossos sorrisos abaterão as suasmisérias e vencerão, pelo bem de nossointimo, pela felicidade de nossa existên-cia!

Mas é preciso sorrir. Os fortes sa-bem vencer sorrindo. Só os fracos dãoao mundo — o gostinho de vê-los chorar,desanimando.

E você, garotinha feliz de hoje, háde "saber sorrir justamente quando esti-ver com uma vontade doida de chorar. . .

JANEIRO -1943

n ter lindas roupasAs bonecas que teem mamas cuidadosas poderbordadas.

Aqui. vemos, por exemplo, estes ursinhos. que constituem um lindo mo-dêlo para ser bordado nq, roupa de cama de uma boneca ou. de um irmão-zinho menor.

Os três ursos podem ser bordados em ponto-atraz, ou em ponto dc ca-deia tamanho igual ao modelo ou aumentado — à vontade.

Para lençol de cobrir, os ursinhos são perfeitamente adaptáveis, e sendobem feitos, em cores apropriadas — segundo a experiência da mama de ver-dade — náo ha nênê ou boneco q-ue não os aprecie e não fique contentissimode os ter em sua companhia.

NOSSA CORRESPONDÊNCIALentira Antunes — Obrigada pela cartinha bonita e perfumada que me

enviou. Você foi muito bondosa. Continue escrevendo c eu só terei prazercom a coleção. *.Odaléa Cardoso — Não, não, minha querida; você tem direito a fazei

todos os pedidos que deseje numa carta só; entre amigas não há tabelas,você não acha? Atenderei em carta particular tudo o que me pediu.

Mirabel Oslyr de Freitas — Gostei muito, sim. E espero que nos mandesempre sugestões assim. Esta página é de todas as meninas inteligentescomo você.

Gertrudes Antunes - Você é um mimo de graça. Em caita particulareu lhe darei meu telefone para conversarmos um pouquinho.Gostei das suas idéias. Você tem uma personalidade rara na sua idade.

P. S. — Se você quer conversar um pouquinho com a dirigente destasecção, escreva uma cartinha para DIVA PAULO — Redação dO TICO-TICO. Trav. do Ouvidor. 26 — 1 .• andar — RIO.

Duas receitas gostosasDOCE TICO-TICO

Um litro de leite, 300 gramas de açúcar, 10 gemas e canela, a gosto.Mistura-se tudo muito bem, exceto a canela, indo ao fogo brando, sempre me-xendo, até ferver. Retira-se, então, do fogo, deixa-se esfriar um pouco, colo-ca-se em tijelinhas, pulvensando-se com canela e serve-se.

BISCOUTOS NINICem gramas de açúcar. 200 gramas de manteiga e 300 gramas de farinha

de trigo.Modo de fazer:

Amassasse bem a manteiga com a farinha e junta-se o açúcar. Fazem-seas bolachinhas com uma chicara, cortam-se, furam-se com um garfo ou palitoe põe-se açúcar cristalizado, antes de levá-las ao forno.

21 O TI CO-TICO

I

À parte filai será publi-cada no próximo número Vêr a primeira parte

deste interessante brin-quedo na edição an-

terior

no DD

__£_?____. ^SQD__êisBte_eessQSPs

Um bangalô

t.lhadoii

/ RECORTAR \ j / RECORTAR \

TJELHADO \

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/o /=^mnRHFfígRioRrlX/f/ Iju'

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para voeê yz£\ líj"T"~"fil_5 -CDI UJi I-J I IUI —Procure as instruções

em outr ar pagina destapetição

H

ss[___^5ae5^_SF^jESB X

oi |CD

eoukik<5Ht)&aê>O ARAPAIMA E' UM DOS MAIO-RES PEIXES ÓS8EOS DE AGUADOCE : HA ALGUNS QUE ATINGEM5 METROS DE COMPRIMENTO EPESAM 200 QUILOS. VlVE NOSCURSOS DE AGUA DO NORTE DOBRASIL E DAS GUI AN AS. A BOCAE' ENORME, GUARNECIDA DE DEN-TES, SENDO SUA CARNE- MUITO

APRECIADA.\ wè

l^rJLmWl -Ymry —fy f. 'U-4P4 ¦ —\Ym^^y-r

^^.^z,, Jl i *U_—- 7> EM 1910, EXTRAIU-SE EM ARASSUAL MINASC^"'^lfcaÜr^— _______^0^___W GERAIS, UMA BELIgSIMA AGUA-MARINHA,H^ ^^^^Y-^assW^^^^^T ^A VERDE AZULADA QUE PESAVA 111 QUILOS,

B^. *-*o Az*&^/>,y____\wyy<^ & —-^-^Êá

m &a*waV**%a\____J£ AJ <£N ^^a*^,**, 1*r «s Quiz ^*ísfiSBB ' -^***~ v v~v^ ~MSm

^-^z^iã^-Si \\%y\ /y^^^J^m /'/ / llíll "^fíV-v

Xí^l^yYrM_ii^Yi \l'., j \\yy%

i^SlÍÜí^PM4

24

OS INDIOS TAPUIAS OCUPAVAM TODA Á PAR-TE ORIENTAL DO PLANALTO BRASILEIRO. AOCONTRARIO DOS TUPIS, QUE PROCURAVAM OCONTACTO DAS OUTRAS TRIBUS, OS TAPUIAS,MAIS FEROZES E INCULTOS, EVITAVAM TO-DO CONVÍVIO EXTRANHO, FUGINDO SEMPRE

DE QUALQUER CONTACTO.

O SALTO DAS SETE QUEDAS, OU GUAtRA,NO RIO PARANÁ' E' TALVEZ O MAIS NOTA-VEL DO MUNDO EM VOLUME D'AGUA. ORUIDO DA QUEDA D'AGUA E' TAO FORTEQUE PODE SER OUVIDO A UMA DISTANCIA

DE 33 QUILÔMETROS.

O TICO-TICO. JANEIRO -1943

AVES E PÁSSAROS DÒ BRASILJOAQUIM SILVEIRA THOMAZ DESENHO DE TIDE

^^ jacamim é ave da Amazônia.^^ Tem o tamanho de um galo,

porém, com as pernas mais

altas. São seus "parentes", "primos"

talvês: o Carão, a Seriema, e o

Pavão-do-Pará. Sendo todos eles,

ao que parece, "sobrinhos" da sara-

cura. Há quatro espécies de jaca-

mins : o de costas cinzentas, que é

a mais encontrada; o de costas

brancas, que os aborígenes chamam"iacami-cupé-tinga"; o de costas

amarelas, mais raros e o de costas

pretas, também chamado, jacamim

preto. Dessa ave, contam-se mara-

vilhas ! Quando domesticada é gran-de amiga do homem. Conhece o

dono e acompanha-o, como se fosse

um cão ! Tem predileção por certas

pessoas a quem fazem festa e hos-

tilizam àquelas com quem não sim-

pa.izam ... Ajudam as galinhas a

criar os pintos e, ãs vezes até, criam-

nos sozinhos ! Andam, 'andam, vão

longe e depois voltam direitínhos

para casa! Não se perdem. Brigam

wÊmff/

O JACAMIM

com os cães e os gatos no terreiro

e se estes não forem bem espertos...

não fecharem bem os olhos... estão

cegos!...

Ao mesmo tempo que os jaca-mins são considerados por uns como

insígnes brigões, há quem afirme queeles não gostam de brigar ... Por

isto, chamam-no até, em certos lu-

gares da Amazônia, de "juiz de paz".

acho que teem razão os que assim

pensam, mas um "juiz de par" dife-

rente... pois, quando dois gaios es-

tão brigando, eles correm, metem-

se na briga, apartam os contendores

e ficam brigando com um deles I...

Seria melhor por isso dizer-se que

são "juizes de paz" que gostam de

comprar barulho..

Quando amestrados, paciente-

mente, há jacamins que guardam

rebanhos, conduzem o bando de

gansos para pastar, e ai! daquele

que tresmalhe I... Leva uma surra

do "juiz de paz" ....

São ventrílocos. Emitem uns sons

— os esturros do jacamim — que

saem diretamente do estômago. Um

ronco esquisito, feio, para uma ave

tão bela e com tão louváveis atri-

butos. »

Gostam os jacamis que lhes co-

cem a cabeça e as suas penas ao sol

teem reflexos purpurinos, azuis, ver-

des... Aninham-se no chão e, quando

na floresta, livres, vivem aos bandos,

Eu por mim, pelo que pude observar, garrulos e felizes !

JANEIRO -1943

P. II Mm\ W^

25 O TICO-TICO

fíão era Verdade!• •

NAQUELE

canto perfumado dafloresta misteriosa, debaixo da

.ronde pesada de flores côrde rosa de uma acácia encantada, ha-via um rumor de abelhas operosas e umsussurro misterioso de voies. A loiraMargarida tinha fugido de casa e caíra

prisioneira de uma tribu de anõesinhos.Eram velhinhos-barbados que lhe pro-punham residir nas suas cabanas ondehavia mel em garrafões e frutas em pro-fusão. Margarida chorava. Entretanto,irremediavelmente, presa por uma maio-ria absoluta, propôs um acordo :

— Sim, falou a fugitiva. Eu ficareiconvosco si um de vós contar uma história na qual não haja uma única men-tira. Em caso contrário eu irei embora.

O TICO-TICO

Fez-se um rumor geral e todos osbarbadinhos concordaram.

Fala tu, Barbademilho, — disseuma voz mais rouca. E o Barbademilhocomeçou:

Era uma vez uma menina muitolourinha que fugira de casa. Descuidadae desobediente saíra a perseguir asborboletas da campina até que internou-se pela floresta espessa onde não pe-netrava um raio de sol. Quando a noitedesceu, a pequenrta estava perdida eo silencio da floresta fazia-a tremer.Tinha fome, tinha sede. O vento, porém,bondoso involuntariamente agitou a ra-mada de uma carrapateira frondosa eum raio da lua invadiu a floresta levandona estremidade um anãosinho barbado.

26

Era Barbademilho! Condoído da sorte dapequenita imprudente o bom velhinholevou-a até a casa materna. Havia luz,a mamãe chorava convulsamente, ten-do a cabeça mergulhada num chalévelho. Barbademilho bateu, então, novidro da janela. A pobre senhora levan-tou a cabeça desgrenhada e quando viua filhinha fugitiva passou a mão numavara, saiu como louca e desandou a s6vamais valente que eu tenho visto na minhavida.

— E" mentira ! gritou Margarida. Siessa mãe chorava convulsamente nãopoderia sovar a filha*

Ouviu-se, então, na floresta umaprolongada salva de palmas.

JANEIRO —1943

m*jaÊ************Bmmm

27JANEIRO—1943 O TICO-TICO

O Caiara®

jjjijj-inaomgo¦_rr-Jp!----- \.N XY _>W_J__Í___

Qual! Isto assim, vai mal. Desavergonhadocamondongo, já não respeitas nem a minha pre-seriça! Deixa estar que vou pregar-te uma peça.

Vais vêr, meu espertalhão, como isto é bom!Quando deitares, aqui as patinhas, este "brin-quedo" desarma e vai ser muito engraçado!

Bolas! Parece-me que cheguei muito tarde.O Bolinha deve estar dormindo. Vamos ter cau-tela para não fazer barulho...

Muito bem! Assim, não acordarei meuamigo. Cuidado! De repente vou dar cum acabeça na parede...

O TICO-TICOSocorro! Socorro! Fui mordido por um carangueijoü!

28 JANEIRO —1943

m@mmssel-soam

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¦-..s^.^-^atmmmm^m^m^- ^

—— belezas naturais, pd»

Brasil menor, ten9ao terrBraS« maior, e*^

Conseq„._c_.

^:t»-;r::climaeMar«««

São irmãos. que trocam

trabalho, coniorxo^eSplt,,°' .0. «a sermos»,^

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29JANEIRO —1943 O TICO-TICO

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| VÊR 0 TEXTO SO- \^^\\^^*yy ^^t^^^^^^^AmBRE 0 ALGODÃO *T O*

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DESTE NÚMERO y^\J ^ Estes círculos mos- f _#^ ^^N O

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desenho abaixo da uma ^ÁWS _/_/' \Y- \idéia de como se faz a co- *L ^"V BT_ \\ '

/?Y _§!«__« / -_*__• / V \ " "¦* Chamam-se desça- jV>^vjíl&£-Í|n / . J» Vflflfc'. roçadeiras as mà-

das as Impurezas ^>

O TICO-TICO 3u JANEIRO —1943

Entre os esquimáus,o estrangeiro, antesde ser admitido emum a c a m p amento, ,troca, com o feiticei-ro da tribu, um for-midavel par de bofe-tadas. Tão estranhasaudação é desconhe-cida entre qualqueroutro povo da terra. -

•"Rei ãe Roma" foio título que recebeuao nascer o filho deNapoleão I e da im-peratriz Maria Luisa. -Seu nascimento pro-vocou a maior ale-gria entre os france-ses, que pensaramvêr nele um símbolode paz e tranquiüãa-de.

Com a morte ãeNapoleão I, esse seufilho tomou o títuloãe Napoleão II, mas

rliy

não chegou a reinar,morrendo muito cê-do, na Áustria, pátriade sua mãe, para on-de fora levado.

•Na primeira consti-

tuinte do Brasil to-maram assento qua-renta e oito bacha-réis em direito.

•A o conquistar o

Brasil, os holandesestinham notícia oficialda existência de qua-tro minas de prata noterritório ocupado.

•Era Souza Paraíso

o presiderJte da Baía,quando rebentou a"Sabinada".

•Cld é o nome de

um dos mais célebresheróis da Espanha eanda espalhado nashistórias e cantosdesse país.

Há muito misticis-mo nas histórias deCid, tanto que muitosescritores duvidaramque êle tivesse existi-do realmente. Depoisda morte de Cid, em909, sua viuva, dizem,levou o corpo embal-

samado do herói —montado em seu ca-valo de batalha — dacidade de Valença pa-ra Castela.

•Os homens pré-his-tóricos conheceram

o uso da lâmpada pa-

ra iluminação. Emvárias cidades lacus-tres ,se descobriramrecipientes de barroque devem ter servi-ão para queimar len-t .mente matériasgordurosas. Os anti-gos egipeios deram àssuas. lâmpadas for-mas ãe flores e ani-mais. Segundo Hero-doto a vasilha era ãecobre e se enchia comazeite, pondo - lhedentro a mécha, comose faz hoje com oslampeões, aináa tãousados.

9.A obsíãiana é um

mineral esv erdeadoescuro, que existe emabundância nos ter-renos basálticos, istoé, que conteem basal-to. Os índios ameri-canos quichúas utili-savam a obsidianapara fazer espelhos,polindo - o perfeita-

mente. Daí provémseu nome vulgar- ãe"espelho dos íncas".Também os antigosromanos se serviamdela para igual fim.

•E' curioso saber-se

que, tanto Morse, oinventor do telégrafo,como Bell, o inventordo telefone, casaram-se com mulheres sur-das-mudas.

A estátua da Liber-dade, que existe emNova York, mede 46metros. Foi feita pe-Io escultor FredericBartholdi.

•Existe um processo

muito simples parafazer sair um para-fuso enfer rujaão.Aquece-se, ao rubro,a chave de fenda, euma vez posta estasôbrte o parafuso, êlesairá com facilidade.

O que é preciso émuito cuidado com aoperação ão aqueci-

Na Índia existemescolas ãe medicinaexclusivamente paramulheres, às quaisafluem num erosasalunas que se ãiplo-mam. Nesse país eraconsiderado i m pró-prio um médico tra-

___umento da chave defenãa, pois todo tra-balho com fogo é pe-rigoso, principalmen-te para crianças. . .

•Entre os instru-

mentos musicais ãosinãigenas ão Congo,figura a "nanga", es-pécie de harpa com

tar ãe\ senhoras ão-entes, e as doutorasteem, por isso, suaclientela separaãa, ãosexo feminino.

Uma das maravi-' lhas da Austrália é-

uma cerca de arame,de quinhent-os quilo-metros de extensão,que separa as colo-nias das Novas Galiasdo Sul e Queensland.Seu fim é impedir apassagem dos coelhos,que constituem amaior praga da gran-de ilha.

As máguas e os la-mentos de nada ser-vem; as fortes espe-ranças e as sãs ambi-ções é que são úteisao homem.

— Le Pére Didon.

cinco córãas feitascom fibras vegetais,que pvoduzem sonssuavíssimos. Nas cha-maãas "orquestrasnegras", agora tão em¦moda, a "nanga" apa-rece com freqüência.

•As investigações ar-

queológicas provamque, na antiga Síriae no Egito, já eramconhecidas as cabe-leiras postiças e queos profissionais já sa-biam ondular os ca-belos.

•Uma genuína in-

dústria das popula-ções nativas do Cha-co sul-americano é afabricação de colarese enfeites de ossos depássaros, convenien-temente preparados.

Urano foi descober-to pelo astrônomo in-glês Herschel, em 23de Março de 1781.

O nome, Janeiro,dado ao primeiro mêsdo ano, derivou-se deJano, rei do Lacio, aquem o s romanosconsagraram o pri-meiro dia do ano.

Procusto foi ummalfeitor grego quese cpmprazia em dei-tar os seus prisionei-ros em um leito deferro, cortando-lhesas pernas se eleseram maiores que oleito e puxando-lhesas pernas por meio decordas atadas aostqmozêlos, se eram

eles menores do quea cama.•

Eureka! significaachei. Foi Arquime-des quem, há mais devinte séculos, tornoucélebre essa expres-são.

•As unhas ãos feli-nos — leão, tigre,

pantera, lince, gato,etc. — são "retrateis",quer ãizer, que poãem"retroceãer" e escon-der-se entre os dedose os pêlos destes.

Essas unhas nuncaperdem a afiada pon-

Jta e se renovam ca-da certo tempo. Naocasião dessa substi-tuição o animâí, se éselvagem, arr anhatroncos ãe árvores, emovais, paredes etc.,se é doméstico, paraque as unhas velhasse ãesprenáam e ve-nham as novas. E',pois, erro dizer que osfelinos "afiam" asunhas nas árvores.

Certo dia, passan-do uns espartanos di-ante ãe Corinto, ou-viram um homem ga-ban as fortalezas que

a áefenãiam. — Equem está atrás ãe-las ? — perguntaramos espartanos. — Mu-lheres ?

Não, respondeuo aâmiraãor de Co-rinto, soldados I

Pouco dev&m va-ler esses soldados —replicaram eles — senão sabem que as ei-ãaães são defendidaspor homens, e não pormuralhas I

Janeiro — 1943 — 31 O TICO-TICO

ô noiioi J^__Recebem-se as soluções até o dia 15 do mês se-

guinte. Cada concurso corresponde a 5 prêmios. Osleitores podem concorrer a todos e mandar juntajtodas as soluções, mas só pôde o mesmo leitor serpremiado em um concurso de cada vez.

CONCURSO N.63

CONCURSO PARA... DETETIVESConforme o prometido oferecemos hoje este concurso ex-ira, parav qual dairemos 10 prêmios. As soluções deverãoser enviadas dentro do prazo comum dos demais concur-sos, e d&ffem ser feitas em poucas palavras, nâo sendo

preciso juntar o texto da história.

TRJÍS cabanas, construidas com troncos de árvores,

constituíam a vivenda dos lenhadores empregadosnas terras do senhor Moreira. Numa delas vivia João enas outras moravam Bruno e Luclo, respectivamente.

Num sábado pela manhã, à hora de ir para o trabalho,Lúcio chegou à janela da casa de João e deparou com orapaz morto sobre o leito.

Avisou em seguida a Bruno e, juntos, deram parte àsautoridades.

O inspetor Ramiro procedeu às pesquisas no local.João, segundo o laudo médico, tinha morrido as três

horas da madru-gada, aproximada-mente. O inspetorRamiro descobíiuque João e Lucloeram inimigos, e queLúcio e Bruno nãose gostavam tam-bem.

Os dois lenhado-rea foram interroga-

dos separadamente.Bruno declarou:

— "Ao terminarmeu trabalho, on-tem, fui ao povoado,comprei no arma-nem algumas prpvl-soes e querozene

para a minha lâmpada. Voltei em seguida. Posso des-crever, ponto por ponto, o que fiz, desde que cheguei emcasa".

Vamos vêr! — disse o inspetor."Cheguei em casa — continuou Bruno — e enchi

a lâmpada com o querozene que comprei. Acendi-a. Pre-parei meu jantar: ovos fritos, sardinhas, um pedaço decarne. Jantei e li o jornal durante alguns minutos. Tivelogo sono e me deitei, apaguei a luz e adormeci. Seriam,quando muito, nove horas da noite. Acordei às seis emeia da manhã, hoje. Nada ouvi durante a noite. Sósoube do acontecido quando Lúcio me foi avisar".

POR sua parte, Lúcio declarou ao policial:

— Voltei do trabalho diretamente para casa. Es-tive ocupado remendando minhas botas e afiando o ma-chado. Jantei e me deitei. Seriam nove menos um quarto.

OT/Çtfft>MENSARIO INFANTIL

Propriedade da S. A. "O MALHO"Travessa do Ouvidor, 28

Caixa Postal, 880 — Telefone : 23-4422RIO DE JANEIRO

Diretor : A. de Souza e SilvaPreço das assinaturas, remessa sob registro porta.

Para o Brasil, toda a América,Portugal e Espanha :12 meses Cr$ 25,00

6 " " $ 13,00Número avulso .... " $ 2,00

Publica-se no dia 1.° de cada mês.

Tenho um sono de pedra. Dormi um sono só, até pelamanhã. Estranhei não ver João, que sempre acordavamais cedo que eu, e fui espiar a casa dele. Nada maistenho a declarar.

O inspetor Ramiro, depois de ouvidas as declara-ções, revistou as cabanas de ambos os depoentes. De-pois, ao sair foi diretamente a Bruno e lhe deu voz deprisão:— Está preso, Bruno. Foi você quem matou João.Você mentiu, nas declarações que fezCOMO FOI QUE O INSPETOR DESCOBRIU QUEBRUNO MENTIRA? QUEM SERÁ DETETIVE CAPAZ DERESPONDER A ESSA ANGUSTIANTE PERGUNTA?NADA MENOS DE DEZ PREMIOS — 10 LINDOS LI-VROSI — SERÃO CONFERIDOS AOS VENCEDORESDESTE TENTADOR E DESAFIADOR CONCURSO!

(Soluções até o dia 15 de Fevereiro)CONCURSO N. 64

üüfültmPSaíiêMWã^MCom o sen lápis, cubra os riscos brancos desnecessários e deixeaficros a figura de um elefante. Este concurso vale 5 prêmios.

CONCURSO N. 65. . r_ .

Trace aqut treslinhas retas d*tal modo que di-vida o retânyuloem 7 partes den-tro de cada umaficando 4 alga-rismos que so-mem sempre 16.

(5 prêmios).

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( PÍLULAS DE PAPAINA E PODOFILINA )Empregadas com sucesso nas moléstiaa do esto-

mago, figado ou intestinos. Essas pilulas, além detônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de cabe-ça, moléstias do figado e prisão de ventre. São umpoderoso digestivo e regularizador das funções gás-tro-intestinais.

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O TICO-TICO — 32 — Janeiro — 1943

*-l"ll f I -_ noitô- a__r€co"^»^»o»-_lh_-A publicação dos nomei dos premiados é feita

duas edições após. Os prêmios são livros e são re-metidos pelo Correio, sendo preciso virem os nomese endereço completos.

CONCORRENTES PREMIA-DOS NOS CONCURSOS DE

NOVEMBRO

NO CONCURSO N.° 65 :

Angela Maria Ferraz de Oliveirarua Humaitá, 269 - R. de Janeiro.

Kilza Setti — Praça Gen. Polidoro,67 — S. Paulo (Capital);

Carmen Magra — Rua Araxá, 116casa 3 — Grajaú — R. de Janeiro.

Zúzú Amaral — Rua Mayrink Vei-ga, 13 - 1.° andar — Rio de Janeiro.

Maria Luiza Garcia (a|c do Snr.Dino Garcia) — Paraíba do Sui —Estado do Rio.

NO CONCURSO N. 66:Alpoim Ribeiro Arêde — (a|c. do

Snr. José Climaco) Ponte Nova —Minas Gerais.

Domingos Perocco Netto — RuaRui Barbosa, 202 — S. José do RioPardo — S. Paulo.

Lau de Vasconcellos — Av. 24 deOutubro, 61 — São José dos Cam-pos — S. Paulo.

Luiz Carlos de Azevedo — Rua dasAcácias. 45, atoart. 1 — Gávea —¦Rio.

NO CONCURSO N.o 67 :

Terezinha de Jesus Carvalho —Rua Sampaio Fenraz, 22 — Estácio

Rio de Janeiro.Cláudio Bergstein — Rua Barão

de Jaguaribe, 288 — Ipanema — Rio.Maria da Gloria Dias — Av. Os-

valdo Aranha 198 — Porto Alegre —R. G. do Sul.

Dario M. Fonseca — Praça Getú-lio Vargas — Mangaratiba — E. doRio.

Almir T. Borges — Rua Ana Nerl,70 — Pedregulho — Rio de Janeiro.

NO CONCURSO N.° 58:Luiz Carlos Agostini —• Vila Gas-

par Dutra, (1 o BC) — Petropolis —E. do Rio.

Dalza Lopes Pinheiro — Morro deSanto Antonio — Cachoeiro de Ita-pemirim — E. Santo.

Ana Maria Soares — Caixa Postal,86 — Viltória — E. Santo.

Cely G. Leite — Domicio da Gama,65 — Tijuea — Rio.

Cristóvão de Queiroz — ChácaraItapecerica — Valença — Baía.

O PRÊMIO DESTE MÊS

ESTE mês o prêmio va. ser formidável! A

cada um do» premiados daremos um exem-plar do mais recente livro infantil de MonteiroLobato "A CHAVE DO TAMANHO", editadopela Oia. Editora Nacional — rua dos Guamões,639, S. Paulo — representada no Rio pela Li-vraria Civilisaçâo Brasileira — rua do Ouvi-dor, 94.

Os prêmios ser.o remetidos pelo Correio,sob reffiitro.

SOLUÇÕES EXATAS DOSCONCURSOS DE.NOVEM-

BRO

N.°' 55

__Ü__e_i_oij__.

N. 56

N.° 57

N.° 58

GETULIO VARGAS

TOSSE?____-______£ 3i___________.

C0DEINOLNUNCA FALHAI

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADÁVEL

PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO.

PREFERIDO POR TODOS. POR SERO REMÉDIO QUE

ALIVIA, ACALMA E CURA.

Infalível contra raifriado., _.m«• bronquit•_.

O Hlgobão(VER A PÁGINA 30)

O algodão é uma planta mal-vácea e a fibra que êle for\-

nece é a mais empregada no >mun-do, pois o consumo anual é de 26milhões de fardos. Provém daChina e da índia, mas era tambémplanta nativa na América, quan-do aqui chegaram os descobrido-res.

O Brasil produz muito algodãoe está no 3.° logar na produçãomundial. O algodão do nordeste,de S. Paulo, do Sul, todo êle é con-siderado excelente. Na página 30vocês podem vêr, indicadas nomapa, as regiões do nosso país,onde o algodão é cultivado.

Com a guerra o consumo de sê-da ficou restringido e o tecido dealgodão conquistou excelente po-sigão, e se fazem hoje padrões lin-ãisstmos que superam a própriasêãa.

A indústria do tecido, que é bas-tante desenvolvida no Brasil, ésustentada pela nossa produçãodessa fibra, e só aquela indústriadá trabalho a mais de 6 milhões,de pessoas, quasi 15% da popula-ção brasileira.

PEDIMOS aos nossos concorrentesque enderecem da seguinte maneiraas suas soluções:"Nossos Concursos

Redação d'O TICO-TICOTravessa do Ouvidor, 26 — Rio de

Janeiro.

O VAGABUNDO : Perigosa ? Ah !Já sei... Pra mim, é a Polícia que de-ve estar lá por baixo . . .

NO PRÓXIMO NUMERO " A HISTÓRIA DA ESCRITA

Janeiro — 1948 — 33 — O TICO-TICO

Iroa rama Dlidiii

I2 34S6769I0

r- ~ ^OOOOOOWO OO

UM PARAQUÉDASCorte um circulo de papel e vá do-

brando ãe modo a ficar todo "plis-sado". Faça furinhos na beirada e

enfie di-versas l i -nhas queseMo rcu-niãas e mbaixo. Fa-ça, comuma pontaãe flexa como se fosse um guarda-

chuva, tal como indica a figura. De-pois, com um arco, será fácil expeliro pára-quéãas que, ao cair, se abrirá.

JôGO DE ARGOLASNuma táboa, enfiam-se 10 estiletes,

ou pregos longos, ou peãaços ãe ara-me, cuja posição será numerada. Ca-da haste leva um anel. O jogo consis-te em munir os anéis por grupos ãedois, émcinco j o-gaãas, f a-z e n d o"passar, emcada joga-da, um anelpor cima âeãuas hastes ocupaâas. Há várias so-luções. Uma áelas é esta : Tomar oanel do n.° 7 e levar ao 10 (pulou 8e 9); tomar o nP 6 e levar ao 3 (pu-lou 5 e 4); tomar o 4 e levar ao 9(pulou 5 e 8 "ocupados"); Zeyar o 8ao 12 (pulwnâo 3 e 5 "ocupados"); e,por fim, 5 ao 1 (pulanáo 3 e 1, "ocupa-dos").

MICROSCÓPIO CASEIROTome uma lâmina fina de metal

e faça-lhe um furo com uma agulhagrossa. Sôbne o orifício feito, deixe

cair cuida-d o samenteuma gotadáguabem limpa(vêr a fig.)e ela faráo papel ãe

lente. Com isso se terá improvisadoum microscópio, que aumentará, pelomenos a visibiliâaâe âos áetalhes.

FUTEBOL NA MESAUsam-se sapatos de boneca paraos dedos. Os jogadores podem ser 2,

4 ou 6. Abola seráde "ping-pong". Asregras sãoas mesmasdo futebol,com as "ei-daâélas" para os goleiros etc

r^S

-^MWlfe

TransformaçãoEUSTORGIO WANDERLEY

QUANDO

a Mariazinha viu aquela feia lagarta rastejando pelo chão,seu primeiro- movimento foi o de esmagá-la, pizando-a com força.

Adelia, porém, o impediu:Não faça isto, Mariazinha. A pobre lagarta não tem culpa de

ter nascido feia, e você verá que está toda vestida de lagartas.. .Eu?!... — exclamou surpreza a menina, acrescentando: Repare

que meu vestido é de pura seda e não de lagartas.. .Pois é isso mesmo. Aquela lagarta que você viu cair -da amo-

reira, onde estava roendo as folhas, irá se transformar em um bonitocasulo de onde se tira o fio da seda com que se fazem os mais apre-ciados vestidos.

—- Será possível?!... *E' como lhe digo. Vamos visitar minha plantação de amoreiras,

que é o mesmo que dizer: minha criação do "bicho da seda", e você seconvencerá do que lhe afirmei: seu vestido, agora tão lindo, provém demuitas lagartas feias, das que você queria esmagar com o pé.

Assim dizendo, a Adelia, que era uma inteligente e estudiosa me-nina, levou sua amiguinha a ver a plantação de amoreiras.

Pelo caminho ia dizendo:A seda não se emprega' hoje somente em vestidos, em camisas,

meias ou gravatas. A indústria da guerra precisa de muita seda...

,Jl|L

Borboleta, lagarta e casulo

Seda para a guerra?! Como?!...Sim. Para se fazerem os para-quédas dos aviadores.

O preço do fio da seda, devido à guerra, elevou-se muito. Imagineque um quilo de fio para tecelagem que custava, há um ano, cem cruzeiros,passou a custar hoje trezentos.

A criação do "bicho da seda", — que se chama sericicultura, —sendo uma das mais fáceis e menos dispendiosas, é muto lucrativa. Podeser feita por moças e meninas, como nós.

Tinham chegado ao campo das amoreiras. Adelia continuava a falar:Quase nada gastei com este campo, pois as mudas de amoreiras,

já selecionadas, me foram fornecidas pelo governo.Consegui também uns folhetos em que vinham instruções práticas, c

seguindo esses conselhos, tenho obtido os melhores resultados.Já colheu casulos?!...Já, e mais de uma vez: declarou a Adelia.Estou encantada com o que vejo, e acho que todas as mocinhas

e meninas, que tenham alguns metros de terreno disponível, devemaproveitá-lo na criação do bicho da seda, como você está fazendo e comoeu irei fazer também agora no sitio do papai, em vez de matar lagartas. ..

E foi assim que a Mariazinha se transformou de "matadora" de lagar-tas, em criadora do bicho da seda.

VEJA O "CONCURSO PARA DETETIVES" A PG. 32

O TICO-TICO — 34 — Janeiro — 1943

Aventuras de Tinoco, caçador de feras-Por Théo.—— 1 —•**•

SfcY / ^»i/'y*\ X-*"; -*^*""*\ JB$£$aVm\

4a ^x1 ^^V *#*"Tinoco vem estudando cuidadosamente a arte fantásticas caçadas. Ultimamente pedirarrí-lhede «camuflagem», afim de aplica-la em suas que capturasse o maior numero possivel de

i-~ B^nA "*r a.. Ik Bafl^ ^-T JljH >

pássaros vivos e Tinoco logo pensou em con- de arvore, fazendo dos braços dois galhos parsegui-lo por meio da «camuflagem». Vestiu-se tidos e permaneceu imóvel á beira da floreslí

i^Ha^Vfl \m\ II \ ^AWmA ^L\W *—-w ^D

do Corcovado. Colocou uma gaiola embutida caçadas de sua vida. Mister Brown lastimou queno falso tronco e fez uma das mais prodigiosas o processo não servisse para caçar elefantes.JANEIRO -1943 35 O

TICO-TICO

QUADROS DA NOSSA HISTÓRIA

1t mi _I._J.____ 1 fi llTlIffW^M «Hl^

©VASPECTOS DA CIVILISA-

ÇÃO BRASILEIRA

Aspecto de uma cidade* do 2° reinado, na província doRio de Janeiro

A VIDA RURAL NOSEGUNDO REINADO

OS

primeiros colonizadores do país já haviam com-

preendido que a riqueza do Brasil estava prin-cipalmente na fertilidade de seu solo. Como foidito, a primeira fonte de renda que o Brasil pro-

duziu foi a da fabricação do açúcar, cujo comércio enrf-

queceu os primeiros colonos. Passada a fase do ouro, ocultivo do solo começou a progredir e a se estender coma introdução do café, de que o nosso país é hoje o prin-cipal produtor no mundo.

Muito importante era a vida rural nos tempos damonarquia. A agricultura, constituindo a principal fontede riqueza do país, produziu a chamada aristocracia rural,celebre no 2.° Reinado, e de onde saíram grandes vultosde administradores e políticos. As grandes fazendas,

prósperas embora pelo braço infatigavel dos infelizesescravos negros, eram modelos de abundância, confortoe luxo. Ali se produzia de tudo. Havia operários negros

para todos os ofícios e os recursos mais necessários a umavida civilizada. Numerosas cidades do interior, muitasdelas hoje decadentes, eFam o entreposto das grandesproduções agrícolas, principalmente o café e o açúcar,

que se transportavam em lombo de burros e carros dee luxo. Ali se produzia de tudo. Havia operários negrose se desenvolveram as estradas de ferro.

A abolição dessa grande mancha que foi a escravaturano Brasil, aniquilou quasi subitamente esse esplendor davida da míioria das fazendas, cujos dcnos não souberam

prever o golpe de 13 de Maio de 1838.

O TICO-TICO

1

Família de fazendeiro abastado, em refeição

W-_**^___ED T-rt -^í^'-

- --"- 'irUma fazenda de café no vale do Paraíba, em 1860

^__^Ífèí__fe^^^_^nB *h• [^*Si^__rTlP jJTJV \. •_-_ £____T^^ w a*C-í ""S**5* e

,^-|||JJj2s_3 am^a^àm^mAmmaammmaÍal ^^ ** £¦__

36Negros escravos trabalhando na lavoura

JANEIRO —1943

0€UsáaA >

AMENTOamondonga

NA

casa do senhor Ratão, naquele bu-raco fundo e muito escure, nasceuum bebê que, com o andar do tem-

po, foi crescendo, crescendo até tor-nar-se numa camondonga *ão bonitinha queencheu os papais de orgulho e alegria'.

Muitas vezes contemplando-a, eles che-

garam a pensar ser uma pena destinar tãolinda ratinha a um camondongo qualquer.Pelas redondezas não faltavam" camondon-

gos doidinhos pela bela filha do senhor Ra-+ão.

Muitos eram os pretendentes, mas ne-nhum era aceito. A todos, o senhor Ratãodespachava sempre com a mesma resposta :

Não ! minha filha não casará comum simplles rato ! Isto não ! Escolherei paraesposo dela ao senhor mais poderoso domundo.

E como pensasse que era o Sol, o talsenhor poderoso, papai Ratão não teve maisdúvidas. Foi um dia visitá-lo. Depois de fazeras devidas reverências disse-lhe humilde-mente :

Respeitável senhor Sol : tenho emcasa uma filha de rara formosura, que dese-jaria oferecer como esposa ao ser mais po-deroso do mundo. Como sei que tú o és,rogo-te que a aceites.

O senhor Sol achou graça naquilo. Sor-riu- E respondeu assim :

Agradeço muito, meu amigo, masdevo recusar a oferta, porque D«us pós nomundo seres mais poderosos que eu.

O senhor Ratão assustou-se. Arregaloumuito os olhos. E perguntou quem poderiaser, ao que respondeu o Sol :

Por mais que eu brilhe iluminando aterra, desapareço quando chega o senhorCúmulus, da família das nuvens.

Então, o Ratão teve uma idéia, que logoexecutou. Foi à casa das Nuvens e ofereceu

JANEIRO —1943

V ^\ ys, ^"™\ I) %2*^' **W mWmmm\ Wm^mlmWAlIA^.^.\ N. ) ( AT XmJmmW íl^

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sua filha ao senhor Cúmulus. Este,quando soube que era considerado oser mais poderoso do mundo, decli-nou a proposta dizendo :

Há no mundo sêr mais pode-roso do que eu.

Quem é? perguntou o rato.E' o senhor Vento. Por mais

que eu faça, êle me arrasta para ondequer.

Ao ouvir isto, papai Ratão nãoesperou mais. Foi correndo até àmorada do senhor Vento. Era longe.Mas êle foi- E quando chegou lá foilogo diz' ndo :

No mundo inteiro não há umsêr tão poderoso como tú : por isso,

37

rogo-te que aceites a mão de minha filha,que é uma moça muito bonita e muito pren-dada.

Mas o Vento, como o Sol e o Cúmulus,tambem recusou. Quasi com a .nesma res-posta.

Não posso aceitar tal oferta. Por maisforte que sopre com todas as minhas forças,não posso competir com o senhor Monte.

O senhor Ratão ouviu aquilo. Saiu à pro-cura do senhor Monte. Procurou muito.

Mas encontrou-o. E com sua vózinha hu-mude falou :

— Respeitável senhor Monte : sei queés o sêr mais poderoso do mundo inteiro;

por isso venho oferecer-te minharica filha como esposa-

O Monte deu uma gargalhadatão gostosa, e tão forte que fezestremecer tudo.

— Quá I Quá ! Quá ! Enganas-te,amigo ! Há seres mais poderososdo que eu.

Mais poderosos do que tú,

que cortas o Vento, o Vento queempurra as Nuvens, as Nuvens quetapam o Sol, o Sol que ilumina aTerra?

Sim, meu amigo ! Maispoderosos !

quem são eles?— perguntou desconcertadoo velho Ratão.

— São uns seres, —¦'respondeu o Monte, com

quem não posso rivalisar,apeiarde serem

pequeninos ,muito pe-queninos.

O senhorRatão «ta-

va de olhos esbugalhados. De boca aberta.Muito espantado.

E o Monte continuou :São os respeitáveis ratos, que com

seus agudos dentes, roem a minha base eterminarão por derribar-me.

O velho Ratão não quis ouvir mais na-da. Foi embora. Cabisbaixo.

E foi assim, que o papai Ratão depoisde percorrer céus e terras em busca de umgenro poderoso, acabou por casar a filhacom um honrado rato da visinhança.

O TICO-TICO

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TROCANDO AS LETRAS, PROCURE A PQOFISSÃO DO DONO DE5TE CARTÃO.

COM AS INICIAIS PAS FIGURAS DESENHADASFORMAR 0 NOME DE UMA CIDADE1 DO CEARA'.

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^/^ 2^ê cmcoURusu — / V- l^^* S~àk ESTA X PROCURA __ i.à/y àm^&C^/y »m faT?íco A n V 4IX 0 àmW^íCY OMt)E ESTÁ ELE 1 U % ^

sf/vLo ¦ ) r it ^ Coloquem os wÚmeros acimaf Sm) Wh I ^n\ 1 / í <¥ WAS TR^S OLEIRAS DE TRAÇOS,DEjcrf ^/ /J| l^wtStt Sí>^ A- \/° MODO QUE SOMADOS RESULTE EXA-^ VJ^lfjy^ B V <s/ (P U* TAMEMTE 1^33.

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*> / jM M I 1 SETAS, DEVE SOMARW í «y\y 1 "*" EXATAMENTE 18.

Ba^Sãl aBLtfH mmmmmmmmmmmmmmmmmmjmmmmmm>38

GAROTOEST/í CHORWDo PorquePERDEU-se

Do PAPAI.VEJAM SE OEWCOMTRÂMP

O TICO-TICO JANEIRO—1943

JJS_íh ^iÉ/y&°$ a^\ i ^x

au. I »_«!__. __-__^______: Je)

A VINGANÇA DO COELHOConto de Tostes Balia Desenbos de Noemia

gato do mato tinha

tomado raiva do coe-lho, por uma cousa

atoa, e não passava pertodele sem dizer alguma pala-vra feia. Uma vez, chegou aarranhar a cara do pobrecoelho, que, si não fugissedepressa, nem se sabe o queteria acontecido. - *

Um dia, o coelho, atrás deuma árvore, viu chegar o

gato do mato com o catitú.Prestou atenção e escutou ogato do mato dizendo, comuma voz muito grossa, que

^stava chegando de viageme que, naquela rtoite, ia visi-tar a sua prima onça que nãosabia que êle tinha voltado.

Ela nem. vai conhecera minha voz, porque estoumuito rouco.

Então, você devia ficar,hoje, em casa para não peo-rar do resfriado! — aconse-lhou o catitú.JANEIRO —1943

Qual o

que! Vou as-sim mesmo pa-ra fazer umasurpresaà prima onça!

O coelho nem

quis ouvfrmais. Saiu cor-rendo e se es-

condeu numburaco do ca-minho em quea onça tinha

que passar.Agora, eu

me vingo do gato do mato!Assim que ouviu os pas-

sos da onça, começou a fa-lar alto, dentro do buraco.A onça veiu devagarinho, ese pôs a escutá-lo.

o gato do. mato, eu fincoesse espinho no coraçãodela.

A onça acreditando no

que dizia o coelho, foi paracasa amolar bem as unhas,antes da visita chegar.

Só se ouvia aquele baru-lhinho — chique-chique,chique-chique — do amola-

dor dc unhas da onça.Antes o gato do mato ou-

visse o conselho do catitúe nio saisse de essa, com

sereno, até curar o resfria-

du. Mas, êle era mesmo tei-

mosol Ali pelas nove ho-ras, bateu na casa daonça!

m— Quem está aí? — per-

guntou a onça.

Abra para vêr! res-

pondeu o gato do mato coma voz rouca.

A onç.i não conheceu a

voz e acabou de acreditar

no quc tinha ouvido o coe-lho dizer no buraco.

Espere um pouco! —

e passou mais uma vez as.unhas no afiador.

Abriu a porta, e quandoo gato do mato entrou, pu-lou em cima dele e lhe ras-

gou as costas com as unhas.Tire essa pele, coelho,

que eu te conheço!Ai, prima, não me ma-

tel Não está vendo que nfiosou o coelho?

Você pensa que meengana, coelho? Deixe eutirar a pele para vêr! — econtinuou a rasgar a peledo bicho.

Quando viu que era mes-mo o gato do mato já eratarde: o coitado tinha es-

pichado as canelas.

O coelho que ande es-

perto, porque si a onça oapanha...

— Você vai vêr! — dizia ocoelho fingindo estar fa-lando com outro bicho —

Hoje, de noite, eu mato aonça. Encontrei o gato do

.mato morto, e tirei a peledele. De noite, eu visto a

pele e venho visitar a onça.

Quando ela vier me abra-

çar, pensando que é mesmo

39 O TICO-TICO

¦ I I v>/^ '--^

mW^T/mm

A bomba e o pato

PAGINADE ARMAR

Explicação — Colem em papelão fino as cinco pe-ças desta pagina, ligando-as, em seguida, por meio debarbante com dois nós nas extremidades. Os dois mo-delos do brinquedo, frente e costas melhor elucidarão aconstrução.

a1

O TICO-TICO 40 JANEIRO —1943

ESTADO DO PARANÁ COROfiRAFIA PITORESCA l>0 BRASIL

1. FRANCISCO

'CAFÉ'

rANT?W PINHEIRO•vra*-.<". ,# »%

wa?©£* e^Atfi:

£AFE'BLUMENAU

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MATE

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•TABACOCampos novos

.CURITIBA ARROZ'*»< ALGODÃO

B10UAS5U

S.JOSE'

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PONTE HERCILIO LUZ

SANTA CATARINA OSanta Catarina apresenta dois

aspectos bem distintos. A zona dolitoral, estreita, com imensos valese regiões alagadicas, onde as chuvassão abundantes, e a zona serrana, decampos imensissimos e verdejantes,que se perdem de vista. O clima étemperado e salubre.

Solo rico em ferro, chumbo, ouro,diamante e calcareos, produzindoherva-mate, pinheiros e outras madei-ras de construção.

Agricultura e indústria pastorilprósperos.

"0 LAGES

IEIR0

ARROZ

/

PORCO

CARVÃO;

o CO-T ICO JANEIRO — 1943

AVENTURAS DE ZE* MACACO E FAUSTINA

Zé Macaco vinha observando que, -apezar da invenção do aeroplano, do tan- Estudou e verificou que as ara-que e do submarino, ainda não se havia inventado um aparelho para se andar pelo nhas e outros insetos se seguravam«forro, feito aranha. por meio de...

...microscópicas ventosas de sucção. Aplicou Depois. começou a experiência. De fato, as ventosas aderindo aoentão umas ventosas de borracha aos sapatos e forro o seguraram perfeitamente, mas não poude mais se mexer doTumas luvas. lugar.

PACIÊNCIA1o NOSSO

, DIA ,chfcvíra

S

Êle então chamou pela Faustina, ...despencaram, arrastando Zé Macaco as ...refletiu que a invenção era bôaque, segurando-o, fez força e ambos táboas do forro, na queda. Já f\o chão, Zé mas ainda não éra muito...então,... Macaco... \

MRO-O TICO-TICO 42 JANEIF t943

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Crianças,.diçãò,

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AVENTURAS D UINHOWBm _m^ I j— ^^•pgf^

^_\~ A_- Mlndéca, amiga doa pais de Chi- Lo-° 1ue chegaram, quem veiu recebê-los no portio \

C\^jrA^~~%~ kl '°' ° Be_)am'n- E o Pituca, implicante como êle só, \ V \

/**jr • V\\._J *** •"• 1«vsn<1° o »eu filho, o Pi- — Mamãe, quem é esse gibi? lBL. \\

/// *n^mmm\ *"' um *"*" lev,da da bríca' ond° ™" íefnSI-íí- fÍC°U dan"d0' m" "^ res"

ll^rf^ul// jL ___&_^l deases pequenos que em tudo me- ÊÊ \ J Y\ly

/ ^V. I ^^"—•*__\

I^Bk \ \^V___ ¦"¦»»-_¦__N_-___-_-_-_-_-__n_______M_-_-___________i*^M------_-_----_«_-_^___-_L_-_______Hh_-__i___JM_____a ,

( t V ___ IL—W-H Xem' e 'ue "t*0 sempre pronto*

^^Jya || * Iizer um» malcreaçio.

jA \^ -Sr S^^ ^^'N \_s3é^ >. /^^"^""\ atirar pedras nas írvores e perseguir

-( \ l . \ \v Ib ^""Hf ^*]_k Chiquinho e Benjamin resolveram

Dirlfindo-»e a um tanta oncit estavaiogada uma chaain* valha Chiquinhoapontou-a dizendo:

— Aqui dentro tem um ninho de pato,cheio de patinhos.

Assim que o Chiquinho e o Benjamin seapartaram, o Pituca pensou logo em vêraqueles patinhos.

A&C-T

Pituca ia vêr *6 o quanto é raiaser um menino aaaim com* Ma. A»-aia que enfiou a ato na «*ne«*ti_ na a aotaa segurar-Im o

-W\\^_I

Quando tirou a mio viu queera uma perereca. Botou a bo-ca no mundo e saiu a correr,oom uma agarrada no dedo eoutra nas costas.