ano xviii - 2007 - 3“ semana de dezembro de 2007 boletim ...€¦ · ato declaratório...

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Resoluªo CFC n” 1.109, de 29.11.2007 (DOU de 06.12.2007) - Cadastro Nacional Dos Auditores Independentes - CNAI - Normas .............................................................................. Resoluªo CFC n” 1.110, de 29.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - Ativo RecuperÆvel - Reduªo de Valor ....................................................................................................................................... Resoluªo BACEN n” 3.518, de 06.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - Tarifas de Servios BancÆrios - Cobrana ................................................................................................................ Resoluªo CONTRAN n” 258, de 30.11.2007 (DOU de 06.12.2007) - Assuntos Diversos - Cdigo de Trnsito Brasileiro .................................................................................................... Medida Provisria n” 404, de 11.12.2007 (DOU de 12.12.2007) - INSS - Alteraªo na Lei n” 8.212/1991 .................................................................................................................................. Instruªo Normativa RFB n” 785, de 19.11.2007 (DOU de 10.12.2007) - INSS - Retificaªo ....... Lei n” 11.603, de 05.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - MTE - Trabalho Aos Domingos ........ Portaria MTE n” 33, de 06.12.2007 (DOU de 07.12.2007) - NR-6 - Certificado de Aprovaªo ... Portaria MTE n” 34, de 07.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - PAT (Programa de Alimentaªo do Trabalhador) - Recadastramento ........................................................................................ Despacho CONFAZ n” 99, de 04.12.2007 (DOU de 05.12.2007) - ICMS - Substituiªo TributÆria - Farinha de Trigo - Esprito Santo - Denœncia ........................................................ Ato COTEPE/ICMS n” 17, de 04.12.2007 (DOU de 05.12.2007) - ICMS - Prazos - Transmissªo Eletrnica ............................................................................................................. Portaria SECEX n” 39, de 04.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - Blocos Catdicos - Cota TarifÆria - Alteraªo .................................................................................................................... Ato Declaratrio Interpretativo RFB n” 17, de 06.12.2007 (DOU de 07.12.2007) - Energia ElØtrica - Importaªo/Exportaªo ............................................................................................. Ato Declaratrio Interpretativo SRF n” 19, de 07.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - IRPJ - Servios Hospitalares ................................................................................................................ PÆg. 878 PÆg. 876 PÆg. 863 PÆg. 861 PÆg. 859 PÆg. 858 PÆg. 858 PÆg. 857 PÆg. 857 PÆg. 856 PÆg. 856 PÆg. 856 PÆg. 855 PÆg. 855 ANO XVIII - 2007 - 3“ SEMANA DE DEZEMBRO DE 2007 BOLETIM INFORMARE N” 51/2007 ASSUNTOS CONT`BEIS ASSUNTOS CONT`BEIS ASSUNTOS CONT`BEIS ASSUNTOS CONT`BEIS ASSUNTOS CONT`BEIS IMPOSTO DE RENDA PESSOA JUR˝DICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA JUR˝DICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA JUR˝DICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA JUR˝DICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA JUR˝DICA IMPOR IMPOR IMPOR IMPOR IMPOR T T T A˙ˆO/EXPOR A˙ˆO/EXPOR A˙ˆO/EXPOR A˙ˆO/EXPOR A˙ˆO/EXPOR T T T A˙ˆO A˙ˆO A˙ˆO A˙ˆO A˙ˆO ASSUNTOS PREVIDENCI`RIOS ASSUNTOS PREVIDENCI`RIOS ASSUNTOS PREVIDENCI`RIOS ASSUNTOS PREVIDENCI`RIOS ASSUNTOS PREVIDENCI`RIOS ASSUNTOS DIVERSOS ASSUNTOS DIVERSOS ASSUNTOS DIVERSOS ASSUNTOS DIVERSOS ASSUNTOS DIVERSOS ASSUNTOS TRABALHIST ASSUNTOS TRABALHIST ASSUNTOS TRABALHIST ASSUNTOS TRABALHIST ASSUNTOS TRABALHIST AS AS AS AS AS ICMS ICMS ICMS ICMS ICMS

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Page 1: ANO XVIII - 2007 - 3“ SEMANA DE DEZEMBRO DE 2007 BOLETIM ...€¦ · Ato Declaratório Interpretativo SRF n” 18, de 06.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - IRPJ/ CSLL/PIS/COFINS - Linha

Resolução CFC nº 1.109, de 29.11.2007 (DOU de 06.12.2007) - Cadastro Nacional DosAuditores Independentes - CNAI - Normas ..............................................................................

Resolução CFC nº 1.110, de 29.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - Ativo Recuperável - Reduçãode Valor .......................................................................................................................................

Resolução BACEN nº 3.518, de 06.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - Tarifas de ServiçosBancários - Cobrança ................................................................................................................

Resolução CONTRAN nº 258, de 30.11.2007 (DOU de 06.12.2007) - Assuntos Diversos -Código de Trânsito Brasileiro ....................................................................................................

Medida Provisória nº 404, de 11.12.2007 (DOU de 12.12.2007) - INSS - Alteração na Lei nº8.212/1991 ..................................................................................................................................

Instrução Normativa RFB nº 785, de 19.11.2007 (DOU de 10.12.2007) - INSS - Retificação .......

Lei nº 11.603, de 05.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - MTE - Trabalho Aos Domingos ........

Portaria MTE nº 33, de 06.12.2007 (DOU de 07.12.2007) - NR-6 - Certificado de Aprovação ...

Portaria MTE nº 34, de 07.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - PAT (Programa de Alimentaçãodo Trabalhador) - Recadastramento ........................................................................................

Despacho CONFAZ nº 99, de 04.12.2007 (DOU de 05.12.2007) - ICMS - SubstituiçãoTributária - Farinha de Trigo - Espírito Santo - Denúncia ........................................................

Ato COTEPE/ICMS nº 17, de 04.12.2007 (DOU de 05.12.2007) - ICMS - Prazos -Transmissão Eletrônica .............................................................................................................

Portaria SECEX nº 39, de 04.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - Blocos Catódicos - CotaTarifária - Alteração ....................................................................................................................

Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 17, de 06.12.2007 (DOU de 07.12.2007) - EnergiaElétrica - Importação/Exportação .............................................................................................

Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 19, de 07.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - IRPJ -Serviços Hospitalares ................................................................................................................

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ANO XVIII - 2007 - 3ª SEMANA DE DEZEMBRO DE 2007BOLETIM INFORMARE Nº 51/2007

ASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEIS

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

IMPORIMPORIMPORIMPORIMPORTTTTTAÇÃO/EXPORAÇÃO/EXPORAÇÃO/EXPORAÇÃO/EXPORAÇÃO/EXPORTTTTTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

ASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOS

ASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASASASASAS

ICMSICMSICMSICMSICMS

Page 2: ANO XVIII - 2007 - 3“ SEMANA DE DEZEMBRO DE 2007 BOLETIM ...€¦ · Ato Declaratório Interpretativo SRF n” 18, de 06.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - IRPJ/ CSLL/PIS/COFINS - Linha

Lei nº 11.604, de 05.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - PIS/PASEP/COFINS - Revogação daMedida Provisória nº 382, de 24.07.2007 .................................................................................

Decreto nº 6.287, de 05.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - PIS/PASEP/COFINS - VeículosPara Transporte Escolar ...........................................................................................................

Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 18, de 06.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - IRPJ/CSLL/PIS/COFINS - Linha de Crédito Especial .......................................................................

Comunicado BACEN nº 16.319, de 03.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - TBF, Redutor-R eTR - Dia 30.11.2007 ...................................................................................................................

Comunicado BACEN nº 16.322, de 04.12.2007 (DOU de 06.12.2007) - TBF, Redutor-R eTR - Dias 01, 02 e 03.12.2007 ..................................................................................................

Comunicado BACEN nº 16.326, de 05.12.2007 (DOU de 07.12.2007) - TBF, Redutor-R eTR - Dia 04.12.2007 ...................................................................................................................

Comunicado BACEN nº 16.329, de 06.12.2007 (DOU de 10.12.2007) - TBF, Redutor-R eTR - Dia 05.12.2007 ...................................................................................................................

Comunicado BACEN nº 16.334, de 07.12.2007 (DOU de 11.12.2007) - TBF, Redutor-R eTR - Dia 06.12.2007 ...................................................................................................................

Comunicado BACEN nº 16.335, de 10.12.2007 (DOU de 12.12.2007) - TBF, Redutor-R eTR - Dia 07.12.2007 ...................................................................................................................

TRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAIS

PIS/PPIS/PPIS/PPIS/PPIS/PASEP/COFINSASEP/COFINSASEP/COFINSASEP/COFINSASEP/COFINS

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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ASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISASSUNTOS CONTÁBEISATIVO RECUPERÁVELCADASTRO NACIONAL DOSAUDITORES INDEPENDENTES - CNAI

NORMAS

RESUMO: O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), atravésda Resolução nº 1.109, de 29.11.2007, disciplinou as regras para oexame de qualificação técnica para registro no Cadastro Nacional deAutitores Independentes do Conselho Federal de Contabilidade.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.109, de 29.11.2007(DOU de 06.12.2007)

Dispõe sobre a NBC P 5 Norma sobre o Exame de QualificaçãoTécnica para Registro no Cadastro Nacional de AuditoresIndependentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercíciode suas atribuições legais e regimentais,

CONSIDERANDO que os Princípios Fundamentais deContabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e suasInterpretações Técnicas constituem corpo de doutrina contábil eestabelecem regras sobre procedimentos técnicos a seremobservados na realização de trabalhos contábeis;

CONSIDERANDO que a constante evolução e a crescenteimportância da Auditoria Independente exigem atualização eaprimoramento técnico e ético para manter-se e ampliar-se acapacitação de todos os contadores que exercem a AuditoriaIndependente, visando à realização de trabalhos com alto nívelqualitativo;

CONSIDERANDO o disposto na Instrução CVM nº 308, de 14 demaio de 1999, na Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, doBanco Central do Brasil e na Resolução nº 118, de 22 de dezembro de2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados;

CONSIDERANDO que compete ao Conselho Federal deContabilidade (CFC), com a cooperação do Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil - Ibracon e com os órgãos reguladores,empreender ações para que o exercício da Auditoria Independenteseja realizado por profissionais qualificados técnica e eticamente,

RESOLVE:

Art. 1º - Dá nova redação à NBC P 5 �Norma sobre o Exame deQualificação Técnica para registro no Cadastro Nacional de Auditoresndependentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,revogando-se as disposições em contrário, especialmente a ResoluçãoCFC nº 1.077, de 25 de agosto de 2006, publicada no Diário Oficial daUnião, Seção 1, de 29 de agosto de 2006 e Resolução CFC nº 1.080/06, de 20 de outubro de 2006, publicada no Diário Oficial da União,Seção 1, de 26 de outubro de 2006.

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC P 5 - NORMA SOBRE OEXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRONACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO

FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC)

5.1 Conceituação e objetivos do Exame de Qualificação Técnica para registro noCadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC).

5.1.1.O Exame de Qualificação Técnica para registro no Cadastro Nacional deAuditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tempor objetivo aferir o nível de conhecimento e a competência técnico-profissionalnecessários para atuação na área da Auditoria Independente.

5.1.2. O Exame de Qualificação Técnica para registro noCadastro Nacional deAuditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é umdos requisitos para a inscrição do contador no Cadastro Nacional de AuditoresIndependentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com vistas àatuação na área da Auditoria Independente.

5.1.3. Esta Norma aplica-se aos Contadores que pretendem obter sua inscriçãono CNAI, desde que comprovem estar, regularmente, registrados em Conselho Regionalde Contabilidade.

5.2. Administração do Exame de Qualificação Técnica para registro no CadastroNacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

5.2.1. O Exame de Qualificação Técnica para registro no Cadastro Nacional deAuditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) seráadministrado por uma Comissão Administradora do Exame (CAE) formada por 5 (cinco)membros efetivos e 5 (cinco) membros suplentes, que sejam Contadores, comcomprovada atuação na área de Auditoria Independente de Demonstrações Contábeis,sendo 3 (três) efetivos e 3 (três) suplentes indicados pelo Conselho Federal deContabilidade (CFC) e 2 (dois) efetivos e 2 (dois) suplentes indicados pelo Instituto dosAuditores Independentes do Brasil - Ibracon.

5.2.1.1. A CAE poderá propor à Câmara de Desenvolvimento Profissional a participaçãocomo convidados de representantes dos órgãos reguladores nas suas reuniões.

5.2.2. A nomeação e a posse dos membros da CAE, entre eles o coordenador,serão outorgadas pelo Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e terãoo mandato de 2 (dois) anos, renováveis para mais um mandato consecutivo.

5.2.3. Todas as deliberações da CAE serão tomadas em reunião com a presençade, no mínimo, 3 (três) de seus membros, sendo as matérias aprovadas, ou não, porigual número de membros, devendo as mesmas constarem de ata, que será encaminhadaà Câmara de Desenvolvimento Profissional, à Câmara de Registro e à Câmara deFiscalização, Ética e Disciplina e depois submetida à apreciação do Plenário doConselho Federal de Contabilidade (CFC).

5.2.4.A CAE reunir-se-á, obrigatoriamente, no mínimo, duas vezes ao ano, emdata, hora e local definidos pelo seu coordenador.

As reuniões deverão ser devidamente autorizadas pelo Conselho Federal deContabilidade (CFC).

5.2.5. A CAE terá as seguintes atribuições:a) estabelecer as condições, o formato e o conteúdo dos exames e das provas

que serão realizadas.b) dirimir dúvidas a respeito do Exame de Qualificação Técnica para registro no

Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC) e resolver situações não-previstas nesta Norma, submetendo-as a Vice-presidência de Desenvolvimento Profissional.

c) zelar pela confidencialidade dos exames, pelos seus resultados e por outrasinformações relacionadas.

d) emitir relatório até 60 (sessenta) dias após a conclusão de cada Exame, a serencaminhado para o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que o encaminhará àComissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Banco Central do Brasil, a Superintendênciade Seguros Privados (SUSEP) ao Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - Ibracon.

e)decidir, em primeira instância administrativa, sobre os recursos apresentados.5.3. Estrutura, Controle e Aplicação do Exame de Qualificação para registro no

Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC).

5.3.1. Caberá à Câmara de Desenvolvimento Profissional, em conjunto com a CAE:

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DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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a)elaborar e coordenar a aplicação do Exame, bem como administrar todas assuas fases.

b)receber e validar as inscrições para o Exame de Qualificação Técnica pararegistro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federalde Contabilidade (CFC).

c)divulgar edital contendo todas as informações relativas ao Exame, com aantecedência mínima de 60 (sessenta) dias da realização do mesmo, inclusive oconteúdo programático a ser exigido.

d)emitir e publicar, no Diário Oficial da União, o nome e o registro, no CRC, dos AuditoresIndependentes aprovados no Exame de Qualificação Técnica, para registro no CadastroNacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC),bem como, dos aprovados nos exames para atuação na área regulada pelo BCB e na árearegulada pela SUSEP, até 60 (sessenta) dias após a realização dos mesmos.

5.4.Forma e Conteúdo do Exame.5.4.1.O Exame de Qualificação Técnica para registro no Cadastro Nacional de

Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) serácomposto de prova escrita, contemplando questões para respostas objetivas e questõespara respostas dissertativas.

5.4.2.Os exames serão realizados nos Estados em que existirem inscritos, emlocais a serem divulgados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pelosConselhos Regionais de Contabilidade (CRCs).

5.4.3.Nas provas dos exames, serão exigidos conhecimentos nas seguintes áreas:a) Ética Profissional;b) Legislação Profissional;c) Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de

Contabilidade, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade;d) Auditoria Contábil;e) Legislação Societária;f) Legislação e Normas de Organismos Reguladores do Mercado;g) Língua Portuguesa Aplicada.5.4.4.Os Contadores que pretendem atuar em auditoria de instituições reguladas

pelo Banco Central do Brasil (BCB) devem ainda se submeter à prova específica sobre:a) Legislação Profissional;b) Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de

Contabilidade, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade;c) Auditoria Contábil;d) Legislação e Normas emitidas pelo Banco Central do Brasil (BCB);e)C onhecimentos de operações da área de instituições reguladas pelo Banco

Central do Brasil (BCB);f) Contabilidade Bancária;g) Língua Portuguesa Aplicada.5.4.5.Os Contadores que pretendem atuar em auditoria de instituições reguladas

pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) devem ainda se submeter àprova específica sobre:

a) Legislação Profissional;b) Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de

Contabilidade, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade;c) Auditoria Contábil;d) Legislação e Normas emitidas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);e) Conhecimentos de operações da área de instituições reguladas pela

Superintendência de Seguros Privados - SUSEP;f) Língua Portuguesa Aplicada.5.4.6. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por intermédio da Câmara de

Desenvolvimento Profissional, providenciará a divulgação em seu site dos conteúdosprogramáticos das respectivas áreas que serão exigidos nas provas, com aantecedência mínima de 60 (sessenta) dias.

5.5. Aprovação e Periodicidade do Exame5.5.1. O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento)

dos pontos das questões objetivas e 50% (cinqüenta por cento) dos pontos das questõessubjetivas previstos em cada prova.

5.5.2. O Exame será aplicado 1 (uma) vez em cada ano, no mês de junho, em datae hora fixados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no Edital.

5.6. Certidão de Aprovação5.6.1. Ocorrendo aprovação no Exame de Qualificação Técnica para registro no

Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emitirá Certidão deAprovação, com validade de 1 (um) ano para o registro no CNAI.

5.7. Recursos5.7.1. O candidato inscrito no Exame de Qualificação Técnica para registro no

Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC) poderá interpor recurso contra o resultado publicado pelo ConselhoFederal de Contabilidade (CFC), sem efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, oqual poderá ser entregue em qualquer Conselho Regional de Contabilidade,devidamente protocolado, dirigido para:

a) a CAE, em primeira instância, a contar do dia seguinte à divulgação do resultado,no Diário Oficial da União;

b) a Câmara de Desenvolvimento Profissional do Conselho Federal deContabilidade (CFC), em segunda instância, a contar da data da ciência da decisão deprimeira instância;

c) em última instância, ao Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC),a contar da data da ciência da decisão de segunda instância.

5.8. Impedimentos: Preparação de Candidatos e Participação nos Exames5.8.1.O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

Contabilidade (CRCs), seus conselheiros efetivos e suplentes, seus funcionários,seus delegados e os integrantes da CAE não poderão oferecer ou apoiar, a qualquertítulo, cursos preparatórios para os candidatos ao Exame de Qualificação Técnicapara registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do ConselhoFederal de Contabilidade (CFC) ou deles participar, sob qualquer título.

5.8.2.Os membros efetivos e suplentes da Comissão Administradora do Exame(CAE) não poderão se submeter ao Exame de Qualificação Técnica de que trata estaNorma, nos anos em que estiverem nesta condição.

5.8.3.O descumprimento do disposto no item antecedente caracterizar-se-áinfração de natureza ética, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no Códigode Ética Profissional do Contabilista.

5.9. Divulgação do Exame de Qualificação Técnica para registro no Cadastro Nacionalde Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

5.9.1. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) desenvolverá campanha nosentido de esclarecer e divulgar o Exame de Qualificação Técnica para registro noCadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC), sendo de competência dos Conselhos Regionais de Contabilidadeo reforço dessa divulgação nas suas jurisdições.

5.10. Questões para as provas do Exame de Qualificação Técnica para registrono Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC)

5.10.1. A CAE poderá solicitar, por intermédio da Câmara de DesenvolvimentoProfissional, a entidades ou a instituições de renomado reconhecimento técnico,sugestões de questões para a composição do banco de questões a ser utilizado paraa elaboração das provas.

5.11. Critérios aplicáveis aos contadores que pretendam atuar como auditoresindependentes nas entidades supervisionadas pela Superintendência de SegurosPrivados - SUSEP.

5.11.1 Estar registrado no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI)do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e ser aprovado em exame específicopara atuação como auditor independente em entidades supervisionadas pela SUSEP.

5.11.2 Será considerado como certificado o contador que, devidamente registradono Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC), comprove haver exercido a atividade de Auditoria Independentede Demonstrações Contábeis de entidade supervisionada pela SUSEP, nos últimos 5(cinco) anos, por, no mínimo, 3 (três) anos, consecutivos ou não, comprovados mediantea apresentação de cópias autenticadas de pareceres de auditoria acompanhados dasdemonstrações contábeis auditadas, emitidos e assinados pelo interessado, publicadosem jornais, bastando uma publicação para cada ano, mesmo que seja semestral.

5.11.3 A comprovação de que trata o item 5.11.2 deverá ser requerida pelo interessado,por meio do Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição, ao Conselho Federalde Contabilidade a quem competirá apreciar e deliberar no prazo de 30 (trinta) dias.

5.11.4 O contador que comprovar o estabelecido nos itens anteriores terá anotadono seu CNAI sua qualificação para atuação em entidades supervisionadas pela SUSEP.

5.12. Disposições Finais5.12.1. Ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC) caberá adotar as

providências necessárias ao atendimento do disposto na presente Norma, competindoao seu Plenário interpretá-la quando se fizer necessário.

Maria Clara Cavalcante BugarimPresidente do Conselho

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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ATIVO RECUPERÁVELREDUÇÃO DE VALOR

RESUMO: Publicada a Resolução CFC nº 1.110, de 29.11.2007,que aprova a NBC T 19.10, que discorre quanto aos critérios contábeisna redução do valor do Ativo recuperável.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.110, de 29.11.2007(DOU de 07.12.2007)

Aprova a NBC T 19. 10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercíciode suas atribuições legais e regimentais,

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, emconjunto com outras entidades, é membro do Comitê de PronunciamentosContábeis (CPC) , criado pela Resolução CFC nº 1.055/05;

CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparare emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos decontabilidade e divulgar informações dessa natureza, visando permitiraemissão de normas uniformes pelas entidades-membro, levandosempre em consideração o processo de convergência às normasinternacionais;

CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeisaprovou o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao ValorRecuperável de Ativos; resolve:

Art. 1º - Aprovar a NBC T 19. 10 - Redução ao Valor Recuperávelde Ativos, para aplicação aos exercícios encerrados a partir dedezembro de 2008.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.

ANEXO

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T19 - ASPECTOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS

19. 10 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

Objetivo1. O objetivo desta Norma é definir procedimentos visando assegurar que os ativos não

estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperadopor uso ou porvenda. Caso existam evidências claras de que ativos estão avaliados porvalor não recuperável no futuro, a entidade deve imediatamente reconhecer a desvalorizaçãopor meio da constituição de provisão para perdas. A Norma também define quando a entidadedeve reverter referidas perdas e quais divulgações são necessárias.

Alcance2. Esta Norma é de natureza geral e se aplica a todos os ativos relevantes

relacionados às atividades industriais, comerciais, agropecuárias, minerais, financeiras,de serviços e outras. Estende-se aos ativos dos balanços utilizados para equivalênciapatrimonial e consolidação total ou proporcional.

3. No caso de Norma específica que se refira a caso particular, prevalece oconteúdo dessa Norma específica.

4. Esta Norma aplica-se também a ativos que são registrados pelo valor reavaliado.Entretanto, a identificação de como um valor reavaliado pode estar com parcela nãorecuperável depende da base usada para determinar esse valor: (a) se o valor reavaliadodo ativo é seu valor de mercado, a única diferença entre seu valor reavaliado e seu valorlíquido de venda é a despesa direta incremental para se desfazer do ativo; (i) se as despesaspara a baixa são insignificantes, o valor recuperável do ativo reavaliado é necessariamentepróximo a (ou pouco maior do que) seu valor reavaliado; nesse caso, depois de seremaplicadas as determinações para contabilizar a reavaliação, é improvável que o ativoreavaliado não seja recuperável e, portanto, o valor recuperável não precisa ser estimado;e (ii) se as despesas para a baixa não são insignificantes, o preço líquido de venda do ativoreavaliado é necessariamente menor do que seu valor reavaliado; portanto, o valor reavaliado

contém parcela não recuperável se seu valor em uso for menor do que seu valor reavaliado;nesse caso, depois de serem aplicadas as determinações relativas à reavaliação, a entidadeutiliza esta Norma para determinar se o ativo apresenta parcela não recuperável; e (b) seo valor reavaliado do ativo for determinado em base que não seja a de valor de mercado,seu valor reavaliado pode ser maior ou menor do que seu valor recuperável; então, depoisque as exigências de reavaliação forem aplicadas, a entidade utiliza esta Norma paraverificar se o ativo sofreu desvalorização.

Definições5. Os seguintes termos são usados nesta Norma com os significados específicos que

se seguem: Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maiorvalor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. Valor em uso é o valorpresente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo oude uma unidade geradora de caixa. Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela vendade um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas,entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveisà venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo asdespesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de umaunidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois dadedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada eprovisão para perdas.

Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valordepreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base quesubstitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo,após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e acondição esperadas para o fim de sua vida útil.

Vida útil é:(a) o período de tempo no qual a entidade espera usar umativo; ou(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade

espera obter do ativo.Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as

entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa deoutros ativos ou de grupos de ativos.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura(goodwill) , que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros,tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradorasde caixa.

Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições existem:(a) os itens transacionados no mercado são homogêneos;(b) vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados

a qualquer momento para efetuar a transação; e(c) os preços estão disponíveis para o público. Identificação de um ativo que pode

estar desvalorizado6. Os itens 7 a 15 especificam quando um valor recuperável deve ser determinado.

Essas exigências usam o termo �um ativo�, mas se aplicam igualmente a um ativo emparticular ou a uma unidade geradora de caixa.

7. Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valorrecuperável. Os itens 10 a 12 descrevem algumas indicações de que essa perdapossa ter ocorrido; se qualquer dessas situações estiver presente, uma entidade devefazer uma estimativa formal do valor recuperável. Se não houver indicação de umapossível desvalorização, exceto conforme descrito no item 9, esta Norma não exigeque uma entidade faça uma estimativa formal do valor recuperável.

8. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada exercício social, se há algumaindicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação,a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

9. Independentemente de existir ou não qualquer indicação de redução ao valorrecuperável, uma entidade deve:

(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativointangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível parauso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de reduçãoao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano,desde que seja executado, todo ano, no mesmo período.

Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos

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diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos duranteo ano corrente, deve ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do anocorrente; e (b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura(goodwill) em uma aquisição de entidades, de acordo com os itens 77 a 95.

10. Ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofridodesvalorização, uma entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:

Fontes externas de informação(a) durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu sensivelmente, mais

do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal;(b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante

o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado,econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado;

(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobreinvestimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmenteafetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor em uso de um ativo em uso ediminuirão significativamente o valor recuperável do ativo;

(d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suasações no mercado;

Fontes internas de informação(e) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;(f) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante

o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na medida ou maneira em que um ativoé ou será usado.

Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo, planos para descontinuidadeou reestruturação da operação à qual um ativo pertence, planos para baixa de um ativoantes da data anteriormente esperada e reavaliação da vida útil de um ativo como finitaao invés de indefinida; e

(g) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que odesempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado.

11. A relação constante do item 10 não é exaustiva. Uma entidade pode identificaroutras indicações ou fontes de que um ativo pode ter se desvalorizado, exigindo quea entidade determine o seu valor recuperável.

12. Evidência proveniente de relatório interno que indique que um ativo pode ter sedesvalorizado inclui a existência de:

(a) fluxos de caixa para adquirir o ativo ou necessidades de caixa subseqüentespara operar ou mantê-lo, que sejam significativamente mais elevadas do queoriginalmente orçadas;

(b) fluxos de caixa líquidos reais ou lucros ou prejuízos operacionais geradospelo ativo, que são significativamente piores do que aqueles orçados;

(c) queda significativa nos fluxos de caixa líquidos orçados ou no lucro operacionalou aumento significativo no prejuízo orçado gerado pelo ativo; ou

(d) prejuízos operacionais ou saídas de caixa líquidas em relação ao ativo, quandoos números do período atual são agregados com números orçados para o futuro.

13. Conforme indicado no item 9, esta Norma requer que um ativo intangível, comvida útil indefinida, ou ainda não disponível para uso, e o ágio decorrente de expectativade rentabilidade futura (goodwill) sejam testados com relação à redução ao valorrecuperável, pelo menos uma vez ao ano. Independentemente do momento em que osrequerimentos do item 9 sejam aplicados, o conceito de relevância se aplica à identificaçãoe à verificação de se o valor recuperável de um ativo necessita ser estimado. Por exemplo,se cálculos prévios indicam que o valor recuperável de um ativo é significativamentemaior do que seu valor contábil, a entidade não necessita estimar novamente o valorrecuperável do ativo, desde que não tenham ocorrido eventos que eliminariam essadiferença. Do mesmo modo, uma análise prévia pode indicar que o valor recuperável deum ativo não é sensível a uma ou mais das indicações relacionadas no item 10.

14. Para ilustrar o item 13, se as taxas de juros de mercado ou outras taxasesperadas de retorno aumentarem no período, uma entidade não precisa fazer umaestimativa formal do valor recuperável de um ativo nos seguintes casos:

(a) se a taxa de desconto usada no cálculo do valor de um ativo em uso provavelmentenão for afetada pelo aumento nessas taxas de mercado; por exemplo, os aumentos nastaxas de juros de curto prazo podem não ter um efeito significativo sobre a taxa de descontousada para um ativo que tenha uma longa vida útil remanescente; ou

(b) se a taxa de desconto usada no cálculo do valor do ativo em uso provavelmentefor afetada pelo aumento nessas taxas de mercado; porém, uma análise prévia desensibilidade de valor recuperável indica que:

(i) é improvável que haja uma diminuição significativa no valor recuperável, porqueos fluxos de caixa futuros provavelmente também aumentarão; por exemplo, em alguns

casos, uma entidade pode ser capaz de demonstrar que ajusta suas receitas paracompensar qualquer aumento nas taxas de mercado; ou

(ii) a diminuição no valor recuperável provavelmente não resulte em perdasignificativa por desvalorização.

15. Se houver uma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização,isso pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação, amortizaçãoe exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser revisados e ajustados,mesmo que os cálculos posteriormente indiquem não ser necessário reconhecer umadesvalorização para o ativo.

16. Esta Norma define valor recuperável como o maior valor entre o valor líquidode venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso. Os itens17 a 55 estabelecem as exigências para mensuração do valor recuperável. Essasexigências usam o termo �um ativo�, porém, se aplicam igualmente a cada item de umativo ou a uma unidade geradora de caixa.

17. Nem sempre é necessário determinar o valor líquido de venda de um ativo eseu valor em uso. Se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, estenão tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor.

18. Pode ser possível determinar o valor líquido de venda mesmo que um ativo nãoseja negociado em um mercado ativo.

Entretanto, algumas vezes não será possível determinar o valor líquido de venda,porque não há base para se fazer uma estimativa confiável do valor a ser obtido pelavenda do ativo em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras einteressadas. Nesse caso, o valor em uso pode ser utilizado como seu valor recuperável.

19. Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo excedasignificativamente seu valor líquido de venda, o valor líquido de venda do ativo pode serconsiderado como seu valor recuperável. Esse será freqüentemente o caso para um ativoque é mantido para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de um ativo mantido paraalienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez que os futurosfluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa, provavelmente serão irrisórios.

20. O valor recuperável é determinado para um ativo isolado, Mensuração do valorrecuperável

20. O valor recuperável é determinado para um ativo isolado, a menos que o ativonão gere entradas de caixa provenientes de seu uso contínuo, que são em grande parteindependentes daquelas provenientes de outros ativos ou de grupos de ativos. Seesse for o caso, o valor recuperável é determinado para a unidade geradora de caixaà qual o ativo pertence (ver itens 62 a 98) , a menos que:

(a) o valor líquido de venda do ativo seja maior do que seu valor contábil; ou(b) o valor em uso do ativo possa ser estimado como sendo próximo do valor

líquido de venda e este possa ser determinado.21. Em alguns casos, estimativas, médias e cálculos sintéticos podem oferecer

uma aproximação razoável dos cálculos detalhados demonstrados nesta Norma paradeterminar o valor líquido de venda ou o valor em uso.

Mensuração do valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida22. O item 9 requer que um ativo intangível com vida útil indefinida seja no mínimo

anualmente testado com relação à redução ao valor recuperável, comparando o seuvalor contábil com seu valor recuperável, independentemente de existir ou não algumaindicação de que possa existir uma redução ao valor recuperável. Entretanto, o maisrecente cálculo detalhado do valor recuperável de tal ativo, efetuado em período anterior,pode ser utilizado no teste do valor recuperável para esse ativo no período corrente,desde que todos os seguintes critérios sejam atendidos:

(a) se o ativo intangível não gera entradas de caixa decorrentes do uso contínuoque são independentes daquelas decorrentes de outros ativos ou de grupo de ativose, portanto, é testado com relação à redução ao valor recuperável como parte de umaunidade geradora de caixa à qual o ativo pertence, se os ativos e passivos que compõemessa unidade não tiverem sofrido alteração significativa desde o cálculo mais recentedo valor recuperável;

(b) o cálculo mais recente do valor recuperável resultou em um valor que excedeo valor contábil do ativo com substancial margem; e

(c) baseado em uma análise de eventos que ocorreram e em circunstâncias quemudaram desde o cálculo mais recente do valor recuperável, é remota a probabilidadede que a determinação do valor recuperável corrente seria menor do que o valor contábildo ativo.

Valor líquido de venda23. A melhor evidência de um valor líquido de venda é um preço de um contrato de

venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras einteressadas, ajustado por despesas adicionais que seriam diretamente atribuíveis à

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venda do ativo.24. Se não houver contrato de venda firme, porém um ativo é negociado em um

mercado ativo, o valor líquido de venda é o preço de mercado do ativo menos as despesasde venda. O preço de mercado adequado é normalmente o preço atual de cotação.Quando os preços atuais de cotação não estão disponíveis, o preço da transação maisrecente pode oferecer uma base a partir da qual se estima o valor líquido de venda,contanto que não tenha havido uma mudança significativa nas circunstâncias econômicasentre a data da transação e a data na qual a estimativa é feita.

25. Se não houver um contrato de venda firme ou mercado ativo para um ativo, ovalor líquido de venda deve ser baseado na melhor informação disponível para refletiro valor que uma entidade possa obter, na data do balanço, para a baixa do ativo em umatransação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, apósdeduzir as despesas da baixa. Ao determinar esse valor, a entidade deve consideraro resultado de transações recentes para ativos semelhantes, do mesmo setor. O valorlíquido de venda não deve refletir uma venda forçada, a menos que a administraçãoseja compelida a vender imediatamente.

26. As despesas de venda, exceto as que já foram reconhecidas como passivo,devem ser deduzidas ao se determinar o valor líquido de venda. Exemplos dessasdespesas são as despesas legais, taxas e impostos, despesa de remoção do ativo edespesas incrementais diretas para deixar o ativo em condição de venda. Entretanto,as despesas com demissão de empregados e despesas ligadas à redução oureorganização de um negócio em seguida à baixa de um ativo não são despesasincrementais diretas para baixa do ativo.

27. Algumas vezes, a alienação de um ativo pode exigir que o comprador assumaum passivo e somente o valor líquido de venda do ativo, além do passivo, está disponível.O item 75 explica como tratar esses casos.

Valor em uso28. Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo:(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;(b) expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos

de caixa futuros;(c) o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco

(ver item 54);(d) o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam

considerar ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com o ativo.29. A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do

ativo e de sua baixa final; e(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros.30. Os elementos identificados nos itens 28 (b), (d) e (e) podem ser refletidos como

ajustes dos fluxos de caixa futuros ou ajustes da taxa de desconto. Seja qual for aabordagem que a entidade adote para refletir expectativas sobre eventuais variaçõesno valor ou momento de fluxos de caixa futuros, o resultado será o reflexo do a menosque o ativo não gere entradas de caixa provenientes de seu uso contínuo, que são emgrande parte independentes daquelas provenientes de outros ativos ou de grupos deativos. Se esse for o caso, o valor recuperável é determinado para a unidade geradorade caixa à qual o ativo pertence (ver itens 62 a 98), a menos que:

(a) o valor líquido de venda do ativo seja maior do que seu valor contábil; ou(b) o valor em uso do ativo possa ser estimado como sendo próximo do valor

líquido de venda e este possa ser determinado.21. Em alguns casos, estimativas, médias e cálculos sintéticos podem oferecer

uma aproximação razoável dos cálculos detalhados demonstrados nesta Norma paradeterminar o valor líquido de venda ou o valor em uso.

Mensuração do valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida22. O item 9 requer que um ativo intangível com vida útil indefinida seja no mínimo

anualmente testado com relação à redução ao valor recuperável, comparando o seuvalor contábil com seu valor recuperável, independentemente de existir ou não algumaindicação de que possa existir uma redução ao valor recuperável. Entretanto, o maisrecente cálculo detalhado do valor recuperável de tal ativo, efetuado em período anterior,pode ser utilizado no teste do valor recuperável para esse ativo no período corrente,desde que todos os seguintes critérios sejam atendidos:

(a) se o ativo intangível não gera entradas de caixa decorrentes do uso contínuoque são independentes daquelas decorrentes de outros ativos ou de grupo de ativose, portanto, é testado com relação à redução ao valor recuperável como parte de umaunidade geradora de caixa à qual o ativo pertence, se os ativos e passivos que compõem

essa unidade não tiverem sofrido alteração significativa desde o cálculo mais recentedo valor recuperável;

(b) o cálculo mais recente do valor recuperável resultou em um valor que excedeo valor contábil do ativo com substancial margem; e

(c) baseado em uma análise de eventos que ocorreram e em circunstâncias quemudaram desde o cálculo mais recente do valor recuperável, é remota a probabilidadede que a determinação do valor recuperável corrente seria menor do que o valor contábildo ativo.

Valor líquido de venda23. A melhor evidência de um valor líquido de venda é um preço de um contrato de

venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras einteressadas, ajustado por despesas adicionais que seriam diretamente atribuíveis àvenda do ativo.

24. Se não houver contrato de venda firme, porém um ativo é negociado em ummercado ativo, o valor líquido de venda é o preço de mercado do ativo menos as despesasde venda. O preço de mercado adequado é normalmente o preço atual de cotação.Quando os preços atuais de cotação não estão disponíveis, o preço da transação maisrecente pode oferecer uma base a partir da qual se estima o valor líquido de venda,contanto que não tenha havido uma mudança significativa nas circunstâncias econômicasentre a data da transação e a data na qual a estimativa é feita.

25. Se não houver um contrato de venda firme ou mercado ativo para um ativo, ovalor líquido de venda deve ser baseado na melhor informação disponível para refletiro valor que uma entidade possa obter, na data do balanço, para a baixa do ativo em umatransação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, apósdeduzir as despesas da baixa. Ao determinar esse valor, a entidade deve consideraro resultado de transações recentes para ativos semelhantes, do mesmo setor. O valorlíquido de venda não deve refletir uma venda forçada, a menos que a administraçãoseja compelida a vender imediatamente.

26. As despesas de venda, exceto as que já foram reconhecidas como passivo,devem ser deduzidas ao se determinar o valor líquido de venda. Exemplos dessasdespesas são as despesas legais, taxas e impostos, despesa de remoção do ativo edespesas incrementais diretas para deixar o ativo em condição de venda. Entretanto,as despesas com demissão de empregados e despesas ligadas à redução oureorganização de um negócio em seguida à baixa de um ativo não são despesasincrementais diretas para baixa do ativo.

27. Algumas vezes, a alienação de um ativo pode exigir que o comprador assumaum passivo e somente o valor líquido de venda do ativo, além do passivo, está disponível.O item 75 explica como tratar esses casos.

Valor em uso28. Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo:(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;(b) expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos

de caixa futuros;(c) o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco

(ver item 54);(d) o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam

considerar ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com o ativo.29. A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do

ativo e de sua baixa final; e(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros.30. Os elementos identificados nos itens 28 (b) , (d) e (e) podem ser refletidos como

ajustes dos fluxos de caixa futuros ou ajustes da taxa de desconto. Seja qual for aabordagem que a entidade adote para refletir expectativas sobre eventuais variaçõesno valor ou momento de fluxos de caixa futuros, o resultado será o reflexo do valorpresente esperado dos fluxos de caixa futuros, ou seja, a média ponderada de todos osresultados possíveis. O anexo A oferece orientações adicionais sobre a utilização detécnicas de valor presente na avaliação do valor de uso de um ativo.

Base para estimativas de fluxos de caixa futuros31. Ao mensurar o valor em uso, a entidade deve:(a) basear as projeções de fluxo de caixa em premissas razoáveis e

fundamentadas que representem a melhor estimativa, por parte da administração, doconjunto de condições econômicas que existirão na vida útil remanescente do ativo;peso maior deve ser dado às evidências externas;

(b) basear as projeções de fluxo de caixa nas previsões ou nos orçamentos

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financeiros mais recentes que foram aprovados pela administração, que, porém, devemexcluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturaçõesfuturas ou da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo; as projeçõesbaseadas nessas previsões ou nos orçamentos devem abranger, como regra geral,um período máximo de cinco anos, a menos que se justifique, fundamentadamente, umperíodo mais longo; e

(c) estimar as projeções de fluxo de caixa para além do período abrangido pelasprevisões ou orçamentos mais recentes pela extrapolação das projeções baseadasem orçamentos ou previsões usando uma taxa de crescimento estável ou decrescentepara anos subseqüentes, a menos que uma taxa crescente possa ser devidamentejustificada; essa taxa de crescimento não deve exceder a taxa de crescimento médio,de longo prazo, para os produtos, setores de indústria ou país ou países nos quais aentidade opera ou para o mercado no qual o ativo é utilizado, a menos que se justifique,fundamentadamente, uma taxa mais elevada.

32. A administração deve avaliar a razoabilidade das premissas nas quais asatuais projeções de fluxos de caixa se baseiam, examinando as causas das diferençasentre projeções de fluxos de caixa passadas e os fluxos de caixa reais. A administraçãodeve certificar-se de que as premissas que fundamentam as atuais projeções de fluxosde caixa são consistentes com os resultados reais do passado, desde que os efeitosde eventos subseqüentes, ou circunstâncias inexistentes quando os fluxos de caixareais foram gerados, tornem isso adequado.

33. Geralmente não estão disponíveis orçamentos e previsões financeirasconfiáveis detalhados e explícitos de fluxos de caixa futuros para períodos superioresa cinco anos. Por essa razão, as estimativas da administração de fluxos de caixafuturos são baseadas nos mais recentes orçamentos e previsões por um períodomáximo de cinco anos. A administração pode usar projeções de fluxo de caixa combase em orçamentos e previsões financeiras para um período superior a cinco anos seestiver convicta de que essas projeções são fiáveis e possa demonstrar suacapacidade, baseada em experiência passada, de fazer previsão de fluxo de caixacorretamente para esse período mais longo.

34. As projeções de fluxo de caixa até o fim da vida útil de um ativo são estimadaspela extrapolação de projeções de fluxo de caixa baseadas em orçamentos e previsõesfinanceiras usando uma taxa de crescimento para anos subseqüentes. Essa taxa deveser estável ou decrescente, a menos que um aumento nas taxas seja condizente cominformações objetivas sobre padrões de um produto ou do ciclo de vida do setor no quala entidade opera. Se apropriado, a taxa de crescimento deve ser zero ou negativa.

35. Quando as condições forem favoráveis, possivelmente concorrentes entrarãono mercado e restringirão o crescimento. Portanto, as entidades terão dificuldade emexceder a taxa média de crescimento histórico a longo prazo, por exemplo, vinte anos,para os produtos, setores econômicos ou país ou países nos quais a entidade operaou no mercado no qual o ativo é utilizado.

36. Ao usar informações de orçamentos e previsões financeiras, a entidade deveconsiderar se as informações refletem premissas razoáveis e fundamentadas, e serepresentam a melhor estimativa, por parte da administração, quanto ao conjunto decondições econômicas que existirão durante a vida útil remanescente do ativo.

Composição de estimativas de fluxos de caixa futuros37. As estimativas de fluxos de caixa futuros devem incluir:(a) projeções de entradas de caixa a partir do uso contínuo do ativo;(b) projeções de saídas de caixa, que são incorridas necessariamente para gerar

as entradas de caixa decorrentes do uso contínuo do ativo, incluindo saídas de caixapara preparar o ativo para uso, e que podem ser diretamente atribuídas ou alocadas aoativo, em base consistente e razoável; e

(c) se houver, fluxos líquidos de caixa, a serem recebidos ou pagos no momentoda baixa do ativo no fim de sua vida útil.

38. As estimativas de fluxos de caixa futuros e a taxa de desconto devem refletirpremissas consistentes sobre aumentos de preço devido à inflação geral. Portanto, sea taxa de desconto incluir o efeito dos aumentos de preço devido à inflação geral, osfluxos de caixa futuros devem ser estimados em termos nominais. Se a taxa de descontoexcluir o efeito de aumentos de preço devido à inflação geral, os fluxos de caixa futurosdevem ser estimados em termos reais, porém devem incluir aumentos ou futurasreduções de preços específicos.

39. As projeções de saídas de caixa devem incluir aquelas necessárias parautilização e manutenção do ativo, bem como as despesas gerais indiretas que podemser atribuídas diretamente ou alocadas ao uso do ativo, em base razoável e consistente.

40. Quando o valor contábil de um ativo ainda não inclui todas as saídas de caixaa serem incorridas antes de estar pronto para uso ou venda, a previsão de saídas de

fluxos de caixa futuros deve incluir uma previsão de qualquer saída de caixa adicionalque se espera incorrer antes que o ativo esteja pronto para uso ou venda. Por exemplo,esse é o caso de um edifício em construção ou de um projeto de desenvolvimento queainda não está completo.

41. Para evitar dupla contagem, as estimativas de fluxos de caixa futuros nãodevem incluir:

(a) entradas de caixa derivadas de ativos que geram outras entradas de caixa quesão em grande parte independentes das entradas de caixa do ativo sob revisão, porexemplo, contas a receber; e

(b) saídas de caixa que se referem a obrigações que já foram reconhecidas comopassivos, por exemplo, contas a pagar e provisões.

42. Fluxos de caixa futuros devem ser estimados para o ativo em sua condiçãoatual. As estimativas de fluxos de caixa futuros não devem incluir futuras entradas ousaídas de caixa previstas de:

(a) futura reestruturação com a qual a entidade ainda não está compromissada; ou(b) melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo.43. Como os fluxos de caixa futuros são estimados para o ativo em sua condição

atual, o valor em uso não deve refletir:(a) futuras saídas de caixa ou redução de despesa relacionada (por exemplo,

reduções nas despesas de pessoal) ou benefícios que devam surgir de uma futurareestruturação com a qual a entidade ainda não está comprometida; ou

(b) futuras saídas de caixa que melhorarão ou aprimorarão o desempenho do ativoou as entradas de caixa relacionadas que derivem dessas saídas de caixa.

53. A taxa (ou as taxas) de desconto deve(m) ser a taxa (ou as taxas) antes dosimpostos, que reflita(m) as avaliações atuais de mercado:

(a) do valor da moeda no tempo; e(b) dos riscos específicos do ativo para os quais as futuras estimativas de fluxos

de caixa não foram ajustadas.54. Uma taxa que reflita avaliações atuais de mercado do valor da moeda no tempo

e os riscos específicos do ativo é o retorno que os investidores exigiriam se elestivessem que escolher um investimento que gerasse fluxos de caixa de montantes,tempo e perfil de risco equivalentes àqueles que a entidade espera extrair do ativo.

Essa taxa é estimada a partir de taxas implícitas em transações de mercado atuaispara ativos semelhantes, ou ainda do custo médio ponderado de capital de umacompanhia aberta que tenha um ativo único, ou uma carteira de ativos semelhantes emtermos de potencial de serviço e de riscos do ativo sob revisão. Entretanto, se os fluxosestiverem em moeda de poder aquisitivo constante, ou ajustados por determinadosriscos, a(s) taxa(s) de desconto utilizada(s) para mensurar o valor de um ativo em usonão deve(m) refletir a inflação projetada e os riscos para os quais as futuras estimativasde fluxos de caixa já tiverem sido ajustadas. Caso contrário, o efeito de algumaspremissas é levado em consideração em duplicidade.

55. Quando uma taxa de um ativo específico não estiver diretamente disponível nomercado, a entidade deve usar substitutos para estimar a taxa de desconto. O anexoA dispõe sobre informações adicionais quanto à estimativa de taxas de desconto emtais circunstâncias.

Reconhecimento e mensuração de uma perda por desvalorização56. Os itens 57 a 61 estabelecem as exigências para reconhecer e mensurar

perdas por desvalorização para um ativo individual com exceção do ágio decorrentede rentabilidade futura (goodwill) . O reconhecimento e a mensuração de perdas pordesvalorização para uma unidade geradora de caixa são tratados nos itens 62 a 103.

57. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valorcontábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essaredução representa uma perda por desvalorização do ativo.

58. A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente noresultado do período, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquerdesvalorização de um ativo reavaliado deve ser tratada como uma diminuição do saldoda reavaliação.

59. Quando o valor estimado da perda for maior do que o valor contábil do ativo aoqual se relaciona, a entidade deve reconhecer um passivo se, e somente se, isso forexigido por outra Norma.

60. Depois do reconhecimento de uma perda por desvalorização, a despesa dedepreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futurospara alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual, se houver, emuma base sistemática sobre sua vida útil remanescente.

61. Se uma perda por desvalorização de um ativo for reconhecida, quaisquer ativosou passivos de impostos diferidos relacionados devem ser determinados comparando-

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se o valor contábil revisado do ativo com seu valor base para o cálculo do imposto.Unidades geradoras de caixa62. Os itens 63 a 103 estabelecem as exigências para a identificação da unidade

geradora de caixa à qual um ativo pertence e para a determinação do valor contábil eo reconhecimento de desvalorizações para unidades geradoras de caixa.

Identificação da unidade geradora de caixa à qual um ativo pertence63. Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o

valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não for possívelestimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valorrecuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence (a unidade geradorade caixa do ativo).

64. O valor recuperável de um ativo não pode ser determinado individualmente se:(a) o valor em uso do ativo não puder ser estimado como tendo valor próximo de

seu valor líquido de venda (por exemplo, quando os fluxos de caixa futuros provenientesde uso contínuo do ativo não podem ser estimados como sendo insignificantes); e

(b) o ativo gerar entradas de caixa que não são em grande parte independentesdaquelas provenientes de outros ativos.

Nesses casos, o valor em uso e, portanto, o valor recuperável, pode serdeterminado somente para a unidade geradora de caixa do ativo.

ExemploUma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte

às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor(residual) de sucata e ela não gera entradas de caixa provenientes de uso contínuo quesejam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outrosativos da mina.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valorem uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata.Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual aestrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.

44. Reestruturação é um programa que é planejado e controlado pela administraçãoe que muda, significativamente, o negócio levado a efeito por uma entidade ou a maneiracomo o negócio é conduzido.

45. Quando a entidade se compromete com uma reestruturação, alguns ativospossivelmente serão afetados por essa reestruturação.

Uma vez que a entidade esteja comprometida com a reestruturação:(a) sua estimativa de futuras entradas e saídas de caixa com o objetivo de determinar

o valor em uso deve refletir a economia de despesas e outros benefícios provenientesda reestruturação, com base nas mais recentes previsões ou nos orçamentos queforam aprovados pela administração; e

(b) sua estimativa de futuras saídas de caixa para a reestruturação é tratada comouma provisão para reestruturação.

46. Até que a entidade incorra em saídas de caixa que melhorem ou aprimorem odesempenho de um ativo, as estimativas de fluxos de caixa futuros não devem incluiras entradas futuras estimadas de caixa que devam surgir do aumento de benefícioseconômicos associados com as saídas de caixa.

47. As estimativas de fluxos de caixa futuros incluem as saídas futuras de caixanecessárias para manter o nível de benefícios econômicos esperados a partir do ativoem sua condição atual. Quando uma unidade geradora de caixa é composta de ativoscom diferentes vidas úteis estimadas, sendo todos essenciais para a continuidade daoperação da unidade, a substituição de ativos com vida mais curta é considerada comofazendo parte do gasto relacionado à utilização e manutenção da unidade quando daestimativa dos fluxos de caixa futuros associados a essa unidade. De maneira similar,quando um ativo individual abrange componentes com diferentes vidas úteis estimadas,a substituição de componentes com vida mais curta é considerada como fazendo partedo gasto relacionado à utilização e manutenção do ativo quando da estimativa dosfluxos de caixa futuros gerados por esse ativo.

48. As estimativas de fluxos de caixa futuros não devem incluir:(a) entradas ou saídas de caixa provenientes de atividades de financiamento; ou(b) recebimentos ou pagamentos de tributos sobre a renda.49. Fluxos de caixa futuros estimados devem refletir premissas consistentes com

a maneira pela qual a taxa de desconto é determinada. De outra forma, o efeito dealgumas premissas é contado duas vezes ou ignorado. Como o valor da moeda notempo é considerado no desconto de fluxos de caixa futuros estimados, esses fluxosde caixa excluem as entradas ou saídas de caixa provenientes das atividades definanciamento. Similarmente, uma vez que a taxa de desconto é determinada antes dosimpostos, os fluxos de caixa futuros são também estimados antes de impostos.

50. A estimativa de fluxos de caixa líquidos a serem recebidos ou pagos pelaalienação de um ativo no fim de sua vida útil deve ser o montante que a entidade esperaobter da alienação do ativo, em uma transação com isenção de interesses entre partesconhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas estimadas da alienação.

51. A estimativa de fluxos de caixa líquidos a serem recebidos ou pagos pela alienaçãode um ativo no fim de sua vida útil é determinada de modo semelhante ao preço de vendalíquido de um ativo, com exceção de que, ao estimar esses fluxos de caixa líquidos:

(a) a entidade deve usar preços em vigor na data da estimativa para ativossemelhantes que atingiram o fim de sua vida útil e que operaram em condiçõessemelhantes àquelas nas quais o ativo é usado; e

(b) a entidade deve ajustar esses preços, tanto pelo efeito de futuros aumentos depreços devidos à inflação, quanto para futuros aumentos ou diminuições de preçosespecíficos; entretanto, se as estimativas de fluxos de caixa futuros provenientes do usocontínuo do ativo e a taxa de desconto excluírem o efeito da inflação geral, esse efeito deveser também excluído da estimativa de fluxos de caixa líquidos sobre a alienação de ativos.

Fluxos de caixa futuros em moeda estrangeira52. Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda na qual eles são gerados

e, em seguida, descontados, usando-se uma taxa de desconto adequada para essamoeda. A entidade deve converter o valor presente usando a taxa de câmbio à vista, nadata do cálculo do valor em uso.

Taxa ou taxas de desconto antes dos impostos, que reflita(m) as avaliações atuaisde mercado:

(a) do valor da moeda no tempo; e(b) dos riscos específicos do ativo para os quais as futuras estimativas de fluxos

de caixa não foram ajustadas.54. Uma taxa que reflita avaliações atuais de mercado do valor da moeda no tempo

e os riscos específicos do ativo é o retorno que os investidores exigiriam se elestivessem que escolher um investimento que gerasse fluxos de caixa de montantes,tempo e perfil de risco equivalentes àqueles que a entidade espera extrair do ativo.

Essa taxa é estimada a partir de taxas implícitas em transações de mercado atuaispara ativos semelhantes, ou ainda do custo médio ponderado de capital de umacompanhia aberta que tenha um ativo único, ou uma carteira de ativos semelhantes emtermos de potencial de serviço e de riscos do ativo sob revisão. Entretanto, se os fluxosestiverem em moeda de poder aquisitivo constante, ou ajustados por determinadosriscos, a(s) taxa(s) de desconto utilizada(s) para mensurar o valor de um ativo em usonão deve(m) refletir a inflação projetada e os riscos para os quais as futuras estimativasde fluxos de caixa já tiverem sido ajustadas. Caso contrário, o efeito de algumaspremissas é levado em consideração em duplicidade.

55. Quando uma taxa de um ativo específico não estiver diretamente disponível nomercado, a entidade deve usar substitutos para estimar a taxa de desconto. O anexoA dispõe sobre informações adicionais quanto à estimativa de taxas de desconto emtais circunstâncias.

Reconhecimento e mensuração de uma perda por desvalorização56. Os itens 57 a 61 estabelecem as exigências para reconhecer e mensurar

perdas por desvalorização para um ativo individual com exceção do ágio decorrentede rentabilidade futura (goodwill) . O reconhecimento e a mensuração de perdas pordesvalorização para uma unidade geradora de caixa são tratados nos itens 62 a 103.

57. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valorcontábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essaredução representa uma perda por desvalorização do ativo.

58. A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente noresultado do período, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquerdesvalorização de um ativo reavaliado deve ser tratada como uma diminuição do saldoda reavaliação.

59. Quando o valor estimado da perda for maior do que o valor contábil do ativo aoqual se relaciona, a entidade deve reconhecer um passivo se, e somente se, isso forexigido por outra Norma.

60. Depois do reconhecimento de uma perda por desvalorização, a despesa dedepreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futurospara alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual, se houver, emuma base sistemática sobre sua vida útil remanescente.

61. Se uma perda por desvalorização de um ativo for reconhecida, quaisquerativos ou passivos de impostos diferidos relacionados devem ser determinadoscomparando-se o valor contábil revisado do ativo com seu valor base para o cálculodo imposto.

Unidades geradoras de caixa

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62. Os itens 63 a 103 estabelecem as exigências para a identificação da unidadegeradora de caixa à qual um ativo pertence e para a determinação do valor contábil eo reconhecimento de desvalorizações para unidades geradoras de caixa.

Identificação da unidade geradora de caixa à qual um ativo pertence63. Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o

valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não for possívelestimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valorrecuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence (a unidade geradorade caixa do ativo).

64. O valor recuperável de um ativo não pode ser determinado individualmente se:(a) o valor em uso do ativo não puder ser estimado como tendo valor próximo de

seu valor líquido de venda (por exemplo, quando os fluxos de caixa futuros provenientesde uso contínuo do ativo não podem ser estimados como sendo insignificantes) ; e (b)o ativo gerar entradas de caixa que não são em grande parte independentes daquelasprovenientes de outros ativos.

Nesses casos, o valor em uso e, portanto, o valor recuperável, pode serdeterminado somente para a unidade geradora de caixa do ativo.

ExemploUma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte

às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor(residual) de sucata e ela não gera entradas de caixa provenientes de uso contínuo quesejam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outrosativos da mina.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valorem uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata.Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual aestrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.

65. Conforme definido no item 5, uma unidade geradora de caixa é o menor grupode ativos que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes dasentradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos. A identificação deuma unidade geradora de caixa requer julgamento.

Se o valor recuperável não puder ser determinado para cada ativo, a entidade identificao menor grupo de ativos que geram entradas de caixa, em grande parte independentes.

ExemploUma entidade de ônibus fornece serviços, sob contrato, a um município que exige

serviço mínimo em cada um de cinco percursos. Os ativos dedicados a cada percursoe os fluxos de caixa provenientes de cada percurso podem ser identificadosseparadamente. Um dos percursos opera com prejuízo significativo.

Como a entidade não tem a possibilidade de eliminar nenhum dos percursos, onível mais baixo de entradas de caixa identificáveis, que são substancialmenteindependentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos deativos, são as entradas de caixa geradas pelos cinco percursos juntos. A unidadegeradora de caixa para cada percurso é a entidade de ônibus como um todo.

66. As entradas de caixa são entradas de caixa e equivalentes de caixa recebidosde fonte externa da entidade que está relatando. Ao identificar se as entradas de caixaprovenientes de um ativo ou grupo de ativos são em grande parte independentes dasentradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos, a entidadeconsidera vários fatores, incluindo a maneira como a administração monitora asoperações da entidade, tais como, por linhas de produto, tipos de negócios, localidadesisoladas, áreas distritais ou regionais ou a maneira como a administração toma decisõessobre a continuidade ou baixa dos ativos e operações da entidade.

67. Se existir um mercado ativo para o produto produzido por um ativo ou grupo deativos, esse ativo ou grupo de ativos deve ser identificado como uma unidade geradorade caixa, mesmo que alguns ou todos os produtos sejam usados internamente. Se asentradas de caixa geradas por qualquer ativo ou unidade geradora de caixa foremafetadas por preço de transferência interno, uma entidade deve usar a melhor estimativada administração em relação aos preços futuros que possam ser conseguidos numatransação entre partes independentes, levando em consideração:

(a) as entradas futuras de caixa utilizadas para determinar o valor em uso do ativoou da unidade geradora de caixa; e

(b) as saídas futuras de caixa utilizadas para determinar o valor em uso para qualqueroutro ativo ou unidade geradora de caixa que são afetados pelo preço interno de transferência.

68. Mesmo se toda ou parte da produção de um ativo ou de um grupo de ativos forusada por outras unidades da entidade, por exemplo, produtos em um estágiointermediário de um processo de produção, esse ativo ou grupo de ativos forma umaunidade geradora de caixa separada se a entidade puder vender esse produto em um

mercado ativo. Isso acontece porque esse ativo ou grupo de ativos poderia gerar entradasde caixa que seriam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientesde outros ativos ou grupos de ativos. Ao usar informações baseadas em orçamentose previsões financeiras que estão relacionadas a essa unidade geradora de caixa, oua qualquer outro ativo ou unidade geradora de caixa afetada pelo preço interno detransferência, a entidade deve ajustar essa informação se os preços internos detransferência não refletirem a melhor estimativa, por parte da administração, dos queseriam conseguidos numa transação entre partes independentes.

69. As unidades geradoras de caixa devem ser identificadas de maneiraconsistente de período para período para o mesmo ativo ou tipos de ativos, a menos quehaja justificativa para uma mudança.

70. Se a entidade determinar que um ativo pertence a uma unidade geradora decaixa diferente do que pertencia em períodos anteriores, ou que os tipos de ativosagrupados na unidade geradora de caixa mudaram, o item 124 requer, se umadesvalorização for reconhecida ou revertida para a unidade geradora de caixa,divulgações sobre a unidade geradora de caixa.

Valor recuperável e valor contábil de uma unidade geradora de caixa71. O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o valor mais alto entre

o valor líquido de venda e o valor em uso. Com a finalidade de determinar o valor recuperávelde uma unidade geradora de caixa, qualquer referência a �um ativo�, constante dos itens17 a 55, deve ser lida como referência a �uma unidade geradora de caixa�.

72. O valor contábil de uma unidade geradora de caixa deve ser determinado demaneira consistente com o modo pelo qual é determinado o valor recuperável de umaunidade geradora de caixa.

73. O valor contábil de uma unidade geradora de caixa:(a) deve incluir o valor contábil somente daqueles ativos que podem ser atribuídos

diretamente ou alocados em base razoável e consistente à unidade geradora de caixa,e que gerarão as futuras entradas de caixa utilizadas para determinar o valor em usoda unidade geradora de caixa;

(b) deve incluir o ágio ou deságio gerado e relativo ao(s) ativo(s) em decorrênciade uma aquisição ou subscrição, cujo fundamento seja a diferença entre o valor demercado de parte ou de todos os bens do ativo e o respectivo valor contábil (o ágio oudeságio decorrente de expectativa de resultado futuro é tratado nos itens 77 a 86) ; e

(c) não deve incluir o valor contábil de qualquer passivo reconhecido, a menosque o valor contábil da unidade geradora de caixa não possa ser determinado semconsiderar esse passivo.

Isso ocorre porque o valor líquido de venda e o valor em uso de uma unidadegeradora de caixa são determinados excluindo-se os fluxos de caixa que estãorelacionados a ativos que não sejam parte da unidade geradora de caixa e passivosque foram reconhecidos nas demonstrações contábeis (ver itens 26 e 41).

74. Quando os ativos são agrupados para avaliação de sua recuperabilidade, éimportante incluir na unidade geradora de caixa todos os ativos que geram ou sãoutilizados para gerar o fluxo relevante de entradas de caixa. De outra forma, a unidadegeradora de caixa pode parecer ser totalmente recuperável quando, de fato, ocorreuuma perda por desvalorização. Em alguns casos, mesmo que alguns ativos contribuampara os fluxos de caixa futuros estimados de uma unidade geradora de caixa, eles nãopodem ser alocados à unidade geradora de caixa em base razoável e consistente.Esse poderia ser o caso de ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)ou ativos corporativos, tais como ativos de um escritório central. Os itens 77 a 102explicam como lidar com esses ativos ao testar uma unidade geradora de caixa quantoà sua capacidade de recuperação econômica.

75. Pode ser necessário considerar determinados passivos reconhecidos paradeterminar o valor recuperável da unidade geradora de caixa. Isso pode ocorrer se naalienação de uma unidade geradora de caixa há exigência de que o comprador assumaum passivo. Nesse caso, o valor líquido de venda, ou o fluxo de caixa estimado dabaixa final da unidade geradora de caixa, é o preço de venda estimado para os ativosda unidade geradora de caixa e o passivo juntos, menos as despesas da baixa. A fimde efetuar uma comparação significativa entre o valor contábil da unidade geradora decaixa e seu valor recuperável, o saldo do passivo deve ser deduzido ao se determinartanto o valor em uso da unidade geradora de caixa quanto seu valor contábil.

ExemploUma entidade opera uma mina em um local no qual a legislação exige que o proprietário

restaure o local ao encerrar suas operações de mineração. O gasto de restauração incluia reposição da superfície ambiental, que precisou ser removida antes que as operaçõesda mina se iniciassem. Uma provisão para os gastos de reposição da superfície ambientalfoi reconhecida tão logo ela foi removida. Esse valor foi reconhecido como parte do custo

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da mina e está sendo depreciado durante a sua vida útil. O valor contábil da provisão paraos gastos de restauração é $ 500, que é igual ao valor presente desses gastos.

A entidade está testando a capacidade de recuperação do valor investido na mina.A unidade geradora de caixa da mina é ela, como um todo. A entidade recebeu váriasofertas de compra da mina, a um preço em torno de $ 800. Esse preço considera o fatode que o comprador assume a obrigação de restaurar o que é necessário. As despesasde baixa da mina são ínfimas. Seu valor em uso é de aproximadamente $ 1. 200, excluindoos gastos de restauração. O valor contábil da mina é $ 1.000.

O valor líquido de venda da unidade geradora de caixa é $ 800. Esse valor consideraos gastos de restauração que já foram provisionados. Como conseqüência, o valor emuso da unidade geradora de caixa é determinado depois de considerar os gastos derestauração, e é estimado em $ 700 ($ 1.200 menos $ 500) . O valor contábil da unidadegeradora de caixa é $ 500, que é o valor contábil da mina ($ 1.000), menos o valorcontábil da provisão para gastos de restauração ($ 500) . Portanto, o valor recuperávelda unidade geradora de caixa supera seu valor contábil.

76. Por razões práticas, o valor recuperável de uma unidade geradora de caixa éalgumas vezes determinado depois de se considerar os ativos que não são parte da unidadegeradora de caixa, por exemplo, contas a receber ou outros ativos financeiros ou passivosque tenham sido reconhecidos, como, por exemplo, contas a pagar, pensões e outrasprovisões. Nesses casos, o valor contábil da unidade geradora de caixa deve seraumentado pelo valor contábil desses ativos e diminuído pelo valor contábil desses passivos.

Ágio em decorrência de expectativa de resultados futuros (goodwill)Alocação do Ágio (goodwill) para unidades geradoras de caixa77. Para fins de teste de redução ao valor recuperável, o ágio (goodwill) pago em

uma aquisição em decorrência de expectativa de resultado futuro deve, a partir da datada aquisição, ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente,ou a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se beneficiar das sinergiasda aquisição, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquiridaserem ou não atribuídos a essas unidades ou grupos de unidades. Cada unidade ougrupo de unidades ao qual o ágio (goodwill) é alocado dessa forma deve:

(a) representar o nível mais baixo dentro da entidade no qual o ágio (goodwill) émonitorado para fins administrativos internos; e

(b) não ser maior do que um segmento, baseado tanto no formato de relatório primáriocomo no secundário da entidade, determinado, quando aplicável, de acordo com oRelatório por Segmento quando essa forma de evidenciação for utilizada pela entidade.

78. O ágio pago, correspondente à diferença entre o valor de mercado de parte oude todos os bens do ativo da entidade adquirida e o respectivo valor contábil, deve serreconhecido pela investidora como custo desses ativos - item 73(b) .

O ágio pago, decorrente de expectativa de rentabilidade futura em uma aquisiçãode entidades (goodwill) , representa um desembolso realizado por um adquirente naexpectativa de benefícios econômicos futuros de ativos, para os quais a administraçãonão conseguiu individualmente identificá-los e separadamente reconhecê-los. Esseágio não gera fluxos de caixa independentemente de outros ativos ou grupos de ativos,e freqüentemente contribui para os fluxos de caixa de diversas unidades geradoras decaixa. Às vezes, esse ágio não pode ser alocado de forma não-arbitrária para unidadesgeradoras de caixa individuais, mas apenas a grupos de unidades geradoras de caixa.Assim, o nível mais baixo dentro da entidade, no qual o ágio por expectativa de resultadofuturo é monitorado para fins administrativos internos, às vezes inclui algumas unidadesgeradoras de caixa às quais o ágio se relaciona, mas às quais não pode ser alocado.As referências nos itens 80-95 a uma unidade geradora de caixa à qual o ágio deve seralocado devem ser lidas como referências também a um grupo de unidades geradorasde caixa às quais o ágio deve ser alocado.

79. A aplicação das exigências do item 77 faz com que o ágio (goodwill) seja testadopara redução ao valor recuperável em um nível que reflita a forma pela qual a entidadeadministra suas operações e com as quais o ágio estaria naturalmente associado. Portanto,normalmente não é necessário o desenvolvimento de relatórios adicionais.

80. Se a alocação inicial do ágio pago, decorrente de rentabilidade futura em umaaquisição de entidades, não puder ser concluída antes do fim do período anual no quala aquisição foi realizada, a alocação inicial deve ser concluída antes do fim do primeiroperíodo anual subseqüente à data de aquisição.

81. Se, ao fim do período no qual a aquisição é realizada, a contabilização inicialpuder ser determinada apenas provisoriamente, o adquirente:

(a) deve contabilizar a aquisição usando esses valores provisórios; e(b) deve reconhecer como parte desses valores provisórios quaisquer ajustes

que ocorrerem dentro dos primeiros doze meses a contar da data da aquisição.Em tais circunstâncias pode também não ser possível efetuar as alocações do

ágio (goodwill) pago até o fim do período anual no qual a aquisição é realizada; nessecaso a entidade deve divulgar as informações exigidas pelo item 127.

82. Se o ágio decorrente de expectativa de resultado futuro (goodwill) tiver sidoalocado a uma unidade geradora de caixa e a entidade se desfaz de uma operaçãodentro daquela unidade, o ágio associado à operação baixada deve ser:

(a) incluído no valor contábil da operação, ao determinar os ganhos ou as perdasna baixa; e

(b) medido com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela daunidade geradora de caixa retida, a menos que a entidade consiga demonstrar quealgum outro método reflita melhor o ágio (goodwill) associado à operação baixada.

ExemploUma entidade vende por $ 100 uma operação que fazia parte de uma unidade geradora

de caixa na qual houve alocação de ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode ser identificado ou associado, exceto arbitrariamente,a um grupo de ativos em um nível mais baixo do que aquela unidade. O valor recuperávelda parcela remanescente da unidade geradora de caixa retido é de $ 300.

Como o ágio alocado à unidade geradora de caixa não pode ser identificado ouassociado, de forma não arbitrária, a um grupo de ativos em um nível mais baixo do queaquela unidade, o ágio associado à operação alienada é medido com base nos valoresrelativos da operação alienada e na parcela da unidade remanescente. Portanto, 25%do ágio alocado à unidade geradora de caixa são incluídos no valor contábil da operaçãoque é vendida.

83. Se uma entidade reorganiza sua estrutura de relatórios de forma que altere acomposição de uma ou mais unidades geradoras de caixa nas quais houve alocação deágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill) , este deve ser realocado às unidadesafetadas. Essa realocação deve ser realizada utilizando-se uma abordagem de valor relativosemelhante àquela utilizada quando uma entidade se desfaz de uma operação componentede uma unidade geradora de caixa, a menos que a entidade consiga demonstrar que algumoutro método reflita melhor o ágio associado às unidades reorganizadas.

ExemploO ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) foi alocado

originariamente à unidade geradora de caixa A. O ágio alocado a A não pode ser identificadoou associado de forma não arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo do queA. A é dividida e integrada em três outras unidades geradoras de caixa, B, C e D.

Como o ágio alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não-arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo que A, ele deve ser alocadoproporcionalmente para as unidades B, C e D com base nos valores relativos das trêspartes de A, antes que essas partes sejam integradas a B, C e D.

Realização de testes em unidades geradoras de caixa com ágio (goodwill) pararedução ao valor recuperável.

84. Quando, conforme descrito no item 78, segundo parágrafo, o ágio (goodwill) serelaciona com uma unidade geradora de caixa, mas não foi alocado naquela unidade,esta deve ser testada para redução ao valor recuperável sempre que houver umaindicação de que a unidade possa estar des valorizada, ao comparar o valor contábilda unidade, excluindo qualquer ágio (goodwill) , com seu valor recuperável. Qualquerperda por desvalorização deve ser reconhecida de acordo com o item 99.

85. Se uma unidade geradora de caixa descrita no item 84 incluir em seu valorcontábil um ativo intangível que tem uma vida útil indefinida, ou que ainda não estádisponível para ser usado, e esse ativo somente pode ser testado para redução aovalor recuperável apenas como parte da unidade geradora de caixa, o item 9 exige quea unidade também seja testada, anualmente, para redução ao valor recuperável.

86. Uma unidade geradora de caixa à qual houve alocação de ágio pago porexpectativa de rentabilidade futura (goodwill) deve ser anualmente testada para verificara necessidade de redução ao valor recuperável e sempre que houver uma indicaçãode que a unidade pode estar desvalorizada, comparando-se seu valor contábil, incluindoo ágio (goodwill) , com o valor recuperável da unidade. Se o valor recuperável daunidade ultrapassar seu valor contábil, a unidade e o ágio (goodwill) alocado àquelaunidade devem ser considerados como não estando desvalorizados. Se o valor contábilde uma unidade ultrapassar seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer a perdapor desvalorização de acordo com o item 99.

Participação minoritária (não controladores)87. O ágio derivado de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido em uma

aquisição representa o ágio pago por uma controladora com base em sua participaçãoacionária, e não o valor integral do ágio (goodwill) controlado pela investidora emdecorrência da aquisição. Portanto, o ágio atribuível a uma participação minoritária nãoé reconhecido nas demonstrações contábeis consolidadas da controladora.

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Da mesma forma, se houver uma participação minoritária em uma unidade geradora

de caixa à qual o ágio foi alocado, o valor contábil daquela unidade inclui:

(a) tanto a participação da controladora quanto a participação minoritária nos ativos

líquidos identificáveis da unidade; e

(b) a participação da controladora no ágio.

Porém, nesse caso, parte do valor recuperável da unidade geradora de caixa,

determinado de acordo com esta Norma, é atribuível à participação minoritária no ágio.

88. Conseqüentemente, para realizar o teste de redução ao valor recuperável em

uma unidade geradora de caixa que não seja subsidiária integral, o valor contábil

daquela unidade é ajustado com a finalidade de ser comparado com seu valor

recuperável. Isso é feito calculando-se o valor bruto do valor contábil do ágio (goodwill)

alocado a uma unidade para incluir o ágio atribuível à participação minoritária. Esse

valor ajustado deve ser então comparado com o valor recuperável de uma unidade

para determinar se a unidade geradora de caixa está desvalorizada. Se estiver, a

entidade deve reconhecer a desvalorização de acordo com o item 99 para reduzir o

valor contábil do ágio alocado à unidade.

89. Porém, como o ágio (goodwill) é reconhecido apenas até a participação

acionária da controladora, qualquer desvalorização relativa ao ágio deve ser repartida

entre aquela atribuível à controladora e aquela atribuível à participação minoritária, com

apenas a primeira sendo reconhecida como desvalorização de ágio.

90. Se a desvalorização total relacionada ao ágio (goodwill) for inferior ao valor

pelo qual o valor contábil ajustado da unidade geradora de caixa ultrapassa seu valor

recuperável, o item 99 exige que o excesso restante seja alocado aos outros ativos de

uma unidade proporcionalmente ao valor contábil de cada ativo da unidade.

91. O valor contábil do ágio compreende o seu valor bruto deduzido de qualquer

valor anteriormente amortizado ou provisionado. Momento dos Testes de Redução ao

valor recuperável.

92. O teste anual de redução ao valor recuperável para uma unidade geradora de

caixa na qual houve alocação de ágio derivado de expectativa de rentabilidade futura

(goodwill) pode ser realizado a qualquer momento durante um período anual, desde

que o teste seja realizado, todos os anos, na mesma ocasião. Unidades geradoras de

caixa diferentes podem ser testadas, em momentos diferentes, para verificação da

redução ao valor recuperável. Porém, se parte ou todo o ágio alocado a uma unidade

geradora de caixa decorre de uma aquisição feita durante o período anual corrente,

aquela unidade deve ser testada para redução ao valor recuperável antes do fim do

período anual corrente.

93. Se o teste dos ativos que constituem a unidade geradora de caixa na qual o

ágio (goodwill) foi alocado ocorrer ao mesmo tempo em que o da unidade que contém

o ágio, eles devem ser testados para redução ao valor recuperável antes da unidade

que contém o ágio. Da mesma forma, se as unidades geradoras de caixa constituírem

um grupo de unidades geradoras de caixa no qual o ágio foi alocado, e tiverem sua

redução ao valor recuperável testada ao mesmo tempo em que o grupo de unidades

que contém o ágio, as unidades individuais devem ser testadas para redução ao valor

recuperável antes do grupo de unidades que contém o ágio.

94. Quando da realização de um teste de redução ao valor recuperável de uma unidade

geradora de caixa na qual houve alocação de ágio (goodwill) , pode haver uma indicação

de uma redução ao valor recuperável de um ativo dentro dessa unidade que contém o ágio.

Em tais circunstâncias, a entidade deve testar primeiramente o ativo para redução ao valor

recuperável e reconhecer qualquer desvalorização para aquele ativo, antes de realizar o

teste na unidade geradora de caixa que contém o ágio. Da mesma forma, pode haver uma

indicação de uma redução ao valor recuperável de uma unidade geradora de caixa dentro

de um grupo de unidades que contenha o ágio. Em tais circunstâncias, a entidade deve

testar primeiramente a redução ao valor recuperável na unidade geradora de caixa, e

reconhecer qualquer desvalorização para aquela unidade, antes de testar a redução ao

valor recuperável no grupo de unidades em que o ágio está alocado.

95. O cálculo detalhado mais recente do valor recuperável de uma unidade geradora

de caixa realizado em um período anterior em que houve alocação de ágio (goodwill)

pode ser usado no teste daquela unidade no período atual, desde que todos os critérios

abaixo sejam atendidos:

(a) os ativos e os passivos que formam a unidade não sofreram mudanças

significativas desde o cálculo mais recente de valor recuperável;

(b) o cálculo mais recente de valor recuperável resultou em um valor que ultrapassou

o valor contábil de uma unidade por uma margem significativa; e

(c) com base em uma análise de eventos que ocorreram e, mesmo tendo em conta

as circunstâncias que mudaram desde o cálculo mais recente do valor recuperável, é

remota a probabilidade de uma determinação atual de valor recuperável de uma unidade

ser inferior ao valor contábil atual.

Ativos corporativos

96. Ativos corporativos incluem os ativos do grupo ou de departamento ou divisão

da entidade, tais como o prédio de uma sede ou de uma divisão da entidade, ou

equipamentos de processamento eletrônico de dados ou um centro de pesquisas. A

estrutura de uma entidade determina se um ativo atende à definição desta Norma de

ativos corporativos para uma unidade geradora de caixa individual.

As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram

entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e que seu

valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de caixa sob revisão.

97. Como os ativos corporativos não geram entradas de caixa separadas, o valor

recuperável de ativo corporativo individual não pode ser determinado, a menos que a

administração tenha decidido se desfazer do ativo. Em conseqüência, se houver uma

indicação de que o ativo corporativo possa ter se desvalorizado, o valor recuperável

deve ser determinado para a unidade geradora de caixa ou grupo de unidades geradoras

de caixa à qual o ativo corporativo pertence, comparando este ao valor contábil dessa

unidade geradora ou desse grupo de unidades geradoras de caixa. Qualquer perda

por desvalorização deve ser reconhecida de acordo com o item 99.

98. Ao testar uma unidade geradora de caixa para saber se houve desvalorização, a

entidade deve identificar todos os ativos corporativos que estão relacionados com a unidade

geradora de caixa sob revisão. Se uma parcela do valor contábil do ativo corporativo:

(a) puder ser alocada em uma base razoável e consistente para aquela unidade, a

entidade deve comparar o valor contábil da unidade, incluindo a parcela do valor contábil

do ativo corporativo alocado a essa unidade, com o seu valor recuperável. Qualquer

redução ao valor recuperável deve ser reconhecida de acordo com o item 99; e

(b) não puder ser alocada em uma base razoável e consistente para aquela unidade,

a entidade deve cumulativa e seqüencialmente:

(i) comparar o valor contábil da unidade, excluindo o ativo corporativo, com o seu valor

recuperável e reconhecer qualquer redução ao valor recuperável de acordo com o item 99;

(ii) identificar o menor grupo de unidades geradoras de caixa, que inclui a unidade

geradora de caixa que está sendo revisada, e para a qual a parcela do valor contábil

do ativo corporativo pode ser alocada em uma base razoável e consistente; e

(iii) comparar o valor contábil do grupo de unidades geradoras de caixa, incluindo

a parcela do valor contábil do ativo corporativo alocada a esse grupo de unidades, com

o valor recuperável do grupo de unidades. Qualquer redução ao valor recuperável

deve ser reconhecida de acordo com o item 99.

Desvalorização em uma unidade geradora de caixa

99. Uma desvalorização deve ser reconhecida para uma unidade geradora de caixa

(o menor grupo da unidade geradora de caixa para o qual o ágio derivado de expectativa

de resultado futuro (goodwill) ou o ativo corporativo tenha sido alocado) se, e somente se,

o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) for menor do que o valor contábil da

unidade (grupo de unidades) . A desvalorização deve ser alocada para reduzir o valor

contábil dos ativos da unidade (grupo de unidades) na seguinte ordem:

(a) primeiramente, para reduzir o valor contábil de qualquer ágio alocado à unidade

geradora de caixa (grupo de unidades) ; e

(b) a seguir, os outros ativos da unidade (grupo de unidades) proporcionalmente

ao valor contábil de cada ativo da unidade (grupo de unidades) .

Essas reduções nos valores contábeis devem ser tratadas como perda por

desvalorização de itens individuais dos ativos e reconhecidas de acordo com o item 58.

100. Ao alocar a perda por desvalorização de acordo com o item 99, a entidade não

deve reduzir o valor contábil de um ativo abaixo do valor mais alto na comparação entre:

(a) seu valor líquido de venda, se este puder ser determinado;

(b) seu valor em uso, se este puder ser determinado; e

(c) zero.

O valor da perda por desvalorização que, de outra forma, teria sido alocado ao ativo,

deve ser alocado aos outros ativos da unidade (grupo de unidades) em base pro rata.

101. Se não for praticável estimar o valor recuperável de forma individual para

cada ativo de uma unidade geradora de caixa, esta Norma determina alocação arbitrária

da perda por desvalorização entre os ativos dessa unidade, exceto o ágio derivado de

expectativa de resultado futuro (goodwill) , porque todos os ativos de uma unidade

geradora de caixa operam de uma forma conjunta.

102. Se o valor recuperável de um ativo isolado não puder ser determinado (ver

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item 64)

(a) uma desvalorização deve ser reconhecida para o ativo se seu valor contábil

for maior do que o mais alto entre seu valor líquido de venda e os resultados dos

procedimentos de alocação descritos nos itens 99 e 100; e

(b) nenhuma desvalorização deve ser reconhecida para o ativo, se a unidade geradora

de caixa ao qual está relacionado não sofrer perda de seu valor recuperável; isso se aplica

mesmo se o valor líquido de venda do ativo for menor do que seu valor contábil.

Exemplo

Uma máquina teve um dano físico, porém, ainda está operando, embora não tão

bem quanto anteriormente ao dano físico. O valor líquido de venda da máquina é menor

do que seu valor contábil. A máquina não gera entradas independentes de caixa. O

menor grupo de ativos identificável, que inclui a máquina e que gera entradas de caixa

que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos, é a

linha de produção à qual a máquina pertence. O valor recuperável da linha de produção

indica que a linha de produção, tomada como um todo, não sofreu desvalorização.

Premissa 1: orçamentos ou previsões aprovados pela administração não

demonstram a obrigação da administração de substituir a máquina.

O valor recuperável da máquina sozinha não pode ser estimado, pois o valor em

uso da máquina:

(a) pode ser diferente de seu valor líquido de venda; e

(b) pode ser determinado somente para a unidade geradora de caixa à qual a

máquina pertence (a linha de produção) .

A linha de produção não sofreu desvalorização. Portanto, não há perda por

desvalorização reconhecida para a máquina. Não obstante, a entidade pode necessitar

reavaliar o período de depreciação ou o método de depreciação para a máquina. Talvez

um período mais curto ou método mais rápido de depreciação seja exigido para refletir

a vida útil remanescente da máquina ou as bases nas quais espera-se que os benefícios

econômicos sejam usufruídos pela entidade.

Premissa 2: os orçamentos ou previsões aprovados pela administração

demonstram um compromisso da administração de substituir a máquina e vendê-la em

futuro próximo. Os fluxos de caixa provenientes de uso contínuo da máquina até sua

alienação são estimados como insignificantes.

O valor em uso da máquina pode ser estimado como próximo de seu valor líquido

de venda. Portanto, o valor recuperável da máquina pode ser determinado e não se

considera a unidade geradora de caixa à qual a máquina pertence (a linha de produção).

Visto que o valor líquido de venda da máquina é menor do que seu valor contábil, uma

perda por desvalorização deve ser reconhecida para a máquina.

103. Depois de terem sido atendidas as exigências dos itens 99 e 100, somente

deve ser reconhecido um passivo para qualquer valor remanescente de uma perda por

desvalorização para uma unidade geradora de caixa se isso for exigido por outras Normas.

Reversão de uma perda por desvalorização

104. Os itens 105 a 111 estabelecem as exigências para reverter a perda por

desvalorização reconhecida em períodos anteriores, para um ativo ou uma unidade

geradora de caixa. Essas exigências utilizam o termo �um ativo�; porém, aplicam-se

igualmente a um ativo individual ou a uma unidade geradora de caixa. Exigências

adicionais são estabelecidas para um ativo individual nos itens 112 a 116 e para unidade

geradora de caixa nos itens 119 e 120.

105. A entidade deve avaliar em cada data de reporte se há alguma indicação de

que uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo,

exceto o ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill) , não possa mais

existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor

recuperável desse ativo.

106. Ao avaliar se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização,

reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio (goodwill) , possa ter

diminuído ou possa não mais existir, a entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes

indicações:

Fontes externas de informação

(a) o valor de mercado do ativo aumentou significativamente durante o período;

(b) ocorreram, durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, mudanças

significativas, com efeito favorável sobre a entidade, no ambiente tecnológico, de

mercado, econômico ou legal no qual ela opera ou no mercado no qual o ativo é utilizado;

(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado aplicáveis sobre o

retorno de investimentos diminuíram durante o período e essas diminuições

possivelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor do ativo em uso

e aumentarão substancialmente seu valor recuperável;

Fontes internas de informação

(d) ocorreram, durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, mudanças

significativas, com efeito favorável sobre a entidade, na medida ou maneira pela qual o

ativo é utilizado ou deverá ser utilizado. Essas mudanças incluem gastos incorridos

durante o período, com a finalidade de melhorar ou aprimorar o desempenho de um ativo

ou de reestruturar a operação à qual o ativo pertence; e

(e) existe evidência nos relatórios internos que indica que o desempenho

econômico do ativo é ou será melhor do que o esperado.

107. Indicações de uma possível diminuição em uma perda por desvalorização

descritas no item 106 espelham principalmente as indicações de uma possível

desvalorização, conforme o item 10.

108. Se houver indicação de que uma desvalorização reconhecida para um ativo,

exceto o ágio decorrente de expectativa de resultado futuro (goodwill) , pode vir a não

mais existir ou tenha diminuído, isso pode indicar que a vida útil remanescente, o método

de depreciação, amortização ou exaustão ou o valor residual podem requerer revisão

e ajustes, mesmo se não houver reversão da perda por desvalorização para o ativo.

109. A perda por desvalorização reconhecida em anos anteriores para um ativo,

exceto o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura (goodwill) , somente

deve ser revertida se, e somente se, tiver havido uma mudança nas estimativas usadas

para determinar o seu valor recuperável desde a data em que a última desvalorização

foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado,

exceto como descrito no item 112, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorre

pela reversão da perda por desvalorização.

110. A reversão de uma perda por desvalorização reflete um aumento, desde a data

em que a entidade reconheceu pela última vez uma desvalorização de um ativo, no

potencial de serviço estimado para um ativo, tanto para uso quanto para venda. O item 124

requer que a entidade identifique a mudança nas estimativas que causam o aumento no

potencial estimado de serviço. Exemplos de alterações nas estimativas incluem:

(a) uma mudança na base do valor recuperável; por exemplo, se o valor recuperável

é baseado no valor líquido de venda ou valor em uso;

(b) se o valor recuperável foi baseado em valor em uso, uma mudança no valor ou

no tempo de fluxos de caixa futuros estimados ou na taxa de desconto; ou

(c) se o valor recuperável foi baseado no valor líquido de venda, uma mudança na

estimativa dos componentes do valor líquido de venda.

111. O valor em uso de um ativo pode se tornar maior do que seu valor contábil

simplesmente porque o valor presente de futuras entradas de caixa aumenta à medida

que essas entradas se tornam mais próximas. Entretanto, o potencial de serviço do

ativo não aumentou.

Portanto, a perda por desvalorização não deve ser revertida simplesmente por

causa do decorrer de tempo, mesmo que o valor recuperável do ativo se torne mais

elevado do que seu valor contábil.

Divulgação

121. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

(a) o valor da perda por desvalorizações reconhecidas no resultado durante o

período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas perdas por

desvalorizações foram incluídas;

(b) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado

do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas reversões

foram incluídas;

(c) o valor de perdas por desvalorizações em ativos reavaliados reconhecido

diretamente no patrimônio líquido durante o período; e

(d) o valor das reversões das perdas por desvalorizações em ativos reavaliados

reconhecido diretamente no patrimônio líquido durante o período.

122. Uma classe de ativos é um agrupamento de ativos de natureza e uso

semelhantes nas operações da entidade.

123. As informações exigidas no item 121 podem ser apresentadas com outras

informações divulgadas para a classe de ativos.

Por exemplo, essas informações podem ser incluídas em uma reconciliação do

valor contábil do ativo imobilizado no início e fim do período.

124. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada perda por

desvalorização ou reversão relevante reconhecida durante o período para um ativo

individual ou para uma unidade geradora de caixa, incluindo ágio (goodwill):

(a) os eventos e as circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou reversão

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da perda por desvalorização;

(b) o valor da perda por desvalorização reconhecida ou revertida;

(c) se o valor recuperável é seu valor líquido de venda ou seu valor em uso;

(d) se o valor recuperável for o valor líquido de venda (valor de venda menos despesas

diretas e incrementais necessárias à venda) , a base usada para determinar o valor líquido

de venda (por exemplo: se o valor foi determinado por referência a um mercado ativo);

(e) se o valor recuperável for o valor em uso, a(s) taxa(s) de desconto usada(s) na

estimativa atual e na estimativa anterior;

(f) para um ativo individual, a natureza do ativo; e

(g) para uma unidade geradora de caixa:

(i) descrição da unidade geradora de caixa, por exemplo, se é uma linha de

produção, ou uma unidade operacional, ou uma determinada área geográfica;

(ii) o montante da desvalorização reconhecida ou revertida por classe de ativos; e

(iii) se o conjunto de ativos para identificar a unidade geradora de caixa mudou

desde a estimativa anterior do valor recuperável, uma descrição da maneira atual e

anterior da agregação dos ativos envolvidos e as razões que justificaram a mudança

na maneira pela qual é identificada a unidade geradora de caixa.

125. A entidade deve divulgar as seguintes informações para as perdas por

desvalorização como um todo e as reversões de perdas por desvalorização como um

todo, reconhecidas durante o período para o qual nenhuma informação é divulgada de

acordo com o item 124:

(a) as classes principais de ativos afetados por perdas por desvalorizações e os

por reversões de perdas por desvalorizações; e

(b) os principais eventos e circunstâncias que levaram ao reconhecimento dessas

perdas e reversões.

126. A entidade é encorajada a divulgar as premissas usadas para determinar o valor

recuperável de ativos (unidades geradoras de caixa) durante o período. Entretanto, o item

128 exige que a entidade divulgue informações sobre as estimativas utilizadas para

mensurar o valor recuperável das unidades geradoras de caixa quando um ágio (goodwill)

ou um ativo intangível de vida útil indefinida é incluído no valor contábil da unidade.

127. Se, conforme o item 81, uma parcela do ágio pago decorrente de rentabilidade

futura (goodwill) em uma aquisição de entidade, feita durante o período, não puder ser

alocada à unidade geradora de caixa (grupo de unidades) na data das demonstrações,

o valor não alocado do ágio deve ser divulgado juntamente com as razões pelas quais

o valor permanece não alocado.

Divulgação de estimativas utilizadas para mensurar o valor recuperável das

unidades geradoras de caixa contendo ágio (goodwill) ou ativo intangível com vida útil

indefinida.

128. A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para

cada unidade geradora de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do

ágio (goodwill) ou do ativo intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo

de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill)

ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(a) o valor contábil do ágio (goodwill) alocado à unidade (grupo de unidades);

(b) o valor contábil dos ativos intangíveis com vida útil indefinida alocado à unidade

(grupo de unidades);

(c) a base sobre a qual o valor recuperável das unidades (grupo de unidades) foi

determinada, ou seja, a utilização do valor em uso ou do valor líquido de venda;

(d) se o valor contábil da unidade (grupo de unidades) foi baseado no valor em uso:

(i) descrição de cada premissa-chave, na qual a administração baseou a projeção

do fluxo de caixa para o período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão.

Premissas-chave são aquelas para as quais o valor recuperável da unidade (grupo de

unidades) é mais sensível;

(ii) descrição da abordagem da administração para determinar os valores alocados

para cada premissa-chave; se esses valores representam os históricos ou, se

apropriado, são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário,

como e por que esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de

informações;

(iii) o período sobre o qual a administração projetou o fluxo de caixa, baseada em

orçamento ou previsões por ela aprovados e, quando um período superior a cinco anos

for utilizado para a unidade geradora de caixa (grupo de unidades) , uma explicação do

motivo por que um período mais longo é justificável;

(iv) a taxa de crescimento utilizada para extrapolar as projeções de fluxo de caixa

além do período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão, e a justificativa para

utilização de qualquer taxa de crescimento que exceda o período de longo prazo médio

da taxa de crescimento para os produtos, indústrias, ou país ou países no(s) qual(ais)

a entidade opera, ou para o mercado para o qual a unidade (grupo de unidades) é

utilizado; e

(v) a taxa de desconto aplicada à projeção de fluxo de caixa.

(e) se o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) é baseado no valor

líquido de venda, a metodologia utilizada para se determinar o valor líquido de venda.

Se o valor líquido de venda não é determinado utilizando-se um preço de mercado

observável para a unidade (grupo de unidades) , as seguintes informações também

devem ser divulgadas:

(i) descrição de cada premissa-chave, na qual a administração baseou a

determinação do valor líquido de venda. Premissas-chave são aquelas para as quais

o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) é mais sensível; e

(ii) descrição da abordagem da administração para determinar o valor alocado

para cada premissa-chave; se esses valores representam experiência passada ou,

se apropriado, são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário,

como e por que esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de

informações.

(f) se uma possível e razoável mudança em uma premissachave na qual a

administração baseou sua determinação de valor recuperável da unidade (grupo de

unidade) poderia resultar em um valor contábil superior ao seu valor recuperável:

(i) o montante pelo qual o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) excede

seu valor contábil;

(ii) o valor alocado para a premissa-chave; e

(iii) o novo valor a ser alocado para a premissa-chave, depois de o valor anterior

incorporar todo e qualquer efeito em conseqüência dessa mudança sobre as outras

variáveis utilizadas para mensurar o valor recuperável, com o propósito de o valor

recuperável da unidade (grupo de unidades) ser igual ao seu valor contábil.

129. Se algum ou todos os valores contábeis do ágio pago por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida é(são)

alocado(s) por múltiplas unidades geradoras de caixa (grupo de unidades) , e o valor

então alocado para cada unidade (grupo de unidades) não é significativo em

comparação com o valor contábil total do ágio ou do ativo intangível com vida útil

indefinida da entidade, esse fato deve ser divulgado em conjunto com o valor contábil

agregado do ágio ou do ativo intangível com vida útil indefinida alocado para essas

unidades (grupo de unidades). Adicionalmente, se os valores recuperáveis de

quaisquer dessas unidades (grupo de unidades) forem baseados na(s) mesma(s)

premissa(s)-chave, e o valor contábil agregado do ágio ou do ativo intangível com

vida útil indefinida alocado ao valor recuperável é significativo em comparação com

o valor contábil total do ágio ou do ativo intangível de vida útil indefinida, a entidade

deve divulgar esse fato, juntamente com:

(a) o valor contábil agregado do ágio ou do ativo intangível com vida útil indefinida

alocado a essas unidades (grupo de unidades);

(b) uma descrição da(s) premissa(s)-chave;

(c) uma descrição da abordagem da administração para determinar o valor alocado

para a premissa-chave; se esses valores representam a experiência passada ou, se

for o caso, são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário,

como e por que esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de

informações; e

(d) se uma razoável e possível mudança em uma premissa-chave poderia resultar

em um valor contábil agregado da unidade (grupo de unidades) superior ao seu valor

recuperável:

(i) o montante pelo qual o valor recuperável agregado da unidade (grupo de

unidades) excede seu valor contábil;

(ii) o(s) valor(es) alocado(s) para a(s) premissa(s)-chave; e

(iii) o(s) novo(s) valor(es) alocado(s) para a(s) premissa(s)-chave, depois de o(s)

valor(es) anterior(es) incorporar(em) todo e qualquer efeito em conseqüência dessa

mudança sobre as outras variáveis utilizadas para mensurar o valor recuperável, com

o propósito de o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) ser igual ao seu

valor contábil.

130. O cálculo detalhado mais recente efetuado, em um período anterior, do valor

recuperável de uma unidade geradora de caixa (grupo de unidades) pode, de acordo

com os itens 22 ou 95, ser utilizado no período corrente, desde que sejam atendidos

critérios específicos. Quando esse for o caso, a informação para aquela unidade (grupo

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de unidades) é incorporada nas divulgações exigidas pelos itens 128 e 129 com relação

ao cálculo anterior do valor recuperável.

Reversão de uma perda por desvalorização para um ativo individual

112. O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio pago por expectativa

de resultado futuro (goodwill) , atribuível à reversão de perda por desvalorização, não

deve exceder o valor contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação,

amortização ou exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida

em anos anteriores.

113. Qualquer aumento no valor contábil de um ativo, exceto o ágio (goodwill) ,

acima do seu valor contábil que seria determinado, líquido de depreciação, amortização

ou exaustão, caso não tivesse sido reconhecida, em anos anteriores, a perda por sua

desvalorização, é considerado uma reavaliação.

114. A reversão da perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio pago por

expectativa de resultado futuro (goodwill) , deve ser reconhecida imediatamente no

resultado do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado de

acordo com outra Norma. Qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre

um ativo reavaliado deve ser tratado como aumento de reavaliação.

115. A reversão da perda por desvalorização sobre um ativo reavaliado deve ser

creditada diretamente ao patrimônio líquido sob o título de reserva de reavaliação.

Entretanto, na medida em que uma desvalorização no mesmo ativo reavaliado foi

anteriormente reconhecida no resultado do período, a reversão dessa desvalorização

deve ser também reconhecida no resultado do período.

116. Depois que a reversão da perda por desvalorização é reconhecida, a despesa

de depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em períodos

futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo menos, se aplicável, seu valor

residual, em base sistemática sobre sua vida útil remanescente.

Reversão de uma perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa

117. A reversão de perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa,

exceto o ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill) , deve ser alocada aos

ativos da unidade, proporcionalmente ao valor contábil desses ativos. Esses aumentos

em valores contábeis devem ser tratados como reversão de perdas com desvalorização

de ativos individuais e reconhecidos de acordo com o item 114.

118. Ao alocar uma reversão de uma desvalorização para uma unidade geradora

de caixa de acordo com o item 117, o valor contábil de um ativo não deve ser aumentado

acima do valor mais baixo entre:

(a) seu valor recuperável, se este puder ser determinado; e

(b) o valor contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização

ou exaustão, se não tivesse sido reconhecida, em anos anteriores, uma perda por

desvalorização.

O valor da reversão da perda por desvalorização, que seria de outra forma alocado

ao ativo, deve ser alocado de forma proporcional aos outros ativos da unidade, exceto

para o ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill) .

Reversão de uma perda por desvalorização do ágio pago por expectativa de

resultado futuro (goodwill)

119. A desvalorização reconhecida para esse ágio (goodwill) não deve ser

revertida em período subseqüente.

120. O reconhecimento de ágio decorrente de rentabilidade futura gerado

internamente (goodwill interno) é vedado pelas normas nacionais e internacionais.

Assim, qualquer ágio dessa natureza anteriormente registrado precisa ser baixado.

Divulgação

121. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

(a) o valor da perda por desvalorizações reconhecidas no resultado durante o

período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas perdas por

desvalorizações foram incluídas;

(b) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado

do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas reversões

foram incluídas;

(c) o valor de perdas por desvalorizações em ativos reavaliados reconhecido

diretamente no patrimônio líquido durante o período; e

(d) o valor das reversões das perdas por desvalorizações em ativos reavaliados

reconhecido diretamente no patrimônio líquido durante o período.

122. Uma classe de ativos é um agrupamento de ativos de natureza e uso

semelhantes nas operações da entidade.

123. As informações exigidas no item 121 podem ser apresentadas com outras

informações divulgadas para a classe de ativos.

Por exemplo, essas informações podem ser incluídas em uma reconciliação do

valor contábil do ativo imobilizado no início e fim do período.

124. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada perda por

desvalorização ou reversão relevante reconhecida durante o período para um ativo

individual ou para uma unidade geradora de caixa, incluindo ágio (goodwill) :

(a) os eventos e as circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou reversão

da perda por desvalorização;

(b) o valor da perda por desvalorização reconhecida ou revertida;

(c) se o valor recuperável é seu valor líquido de venda ou seu valor em uso;

(d) se o valor recuperável for o valor líquido de venda (valor de venda menos

despesas diretas e incrementais necessárias à venda) , a base usada para determinar

o valor líquido de venda (por exemplo: se o valor foi determinado por referência a um

mercado ativo);

(e) se o valor recuperável for o valor em uso, a(s) taxa(s) de desconto usada(s) na

estimativa atual e na estimativa anterior;

(f) para um ativo individual, a natureza do ativo; e

(g) para uma unidade geradora de caixa:

(i) descrição da unidade geradora de caixa, por exemplo, se é uma linha de

produção, ou uma unidade operacional, ou uma determinada área geográfica;

(ii) o montante da desvalorização reconhecida ou revertida por classe de ativos; e

(iii) se o conjunto de ativos para identificar a unidade geradora de caixa mudou

desde a estimativa anterior do valor recuperável, uma descrição da maneira atual e

anterior da agregação dos ativos envolvidos e as razões que justificaram a mudança

na maneira pela qual é identificada a unidade geradora de caixa.

125. A entidade deve divulgar as seguintes informações para as perdas por

desvalorização como um todo e as reversões de perdas por desvalorização como um

todo, reconhecidas durante o período para o qual nenhuma informação é divulgada de

acordo com o item 124:

(a) as classes principais de ativos afetados por perdas por desvalorizações e os

por reversões de perdas por desvalorizações; e

(b) os principais eventos e circunstâncias que levaram ao reconhecimento dessas

perdas e reversões.

126. A entidade é encorajada a divulgar as premissas usadas para determinar o valor

recuperável de ativos (unidades geradoras de caixa) durante o período. Entretanto, o item

128 exige que a entidade divulgue informações sobre as estimativas utilizadas para

mensurar o valor recuperável das unidades geradoras de caixa quando um ágio (goodwill)

ou um ativo intangível de vida útil indefinida é incluído no valor contábil da unidade.

127. Se, conforme o item 81, uma parcela do ágio pago decorrente de rentabilidade

futura (goodwill) em uma aquisição de entidade, feita durante o período, não puder ser

alocada à unidade geradora de caixa (grupo de unidades) na data das demonstrações,

o valor não alocado do ágio deve ser divulgado juntamente com as razões pelas quais

o valor permanece não alocado.

Divulgação de estimativas utilizadas para mensurar o valor recuperável das

unidades geradoras de caixa contendo ágio (goodwill) ou ativo intangível com vida útil

indefinida.

128. A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para

cada unidade geradora de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do

ágio (goodwill) ou do ativo intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo

de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill)

ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(a) o valor contábil do ágio (goodwill) alocado à unidade (grupo de unidades) ;

(b) o valor contábil dos ativos intangíveis com vida útil indefinida alocado à unidade

(grupo de unidades) ;

(c) a base sobre a qual o valor recuperável das unidades (grupo de unidades) foi

determinada, ou seja, a utilização do valor em uso ou do valor líquido de venda;

(d) se o valor contábil da unidade (grupo de unidades) foi baseado no valor em uso:

(i) descrição de cada premissa-chave, na qual a administração baseou a projeção

do fluxo de caixa para o período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão.

Premissas-chave são aquelas para as quais o valor recuperável da unidade (grupo de

unidades) é mais sensível;

(ii) descrição da abordagem da administração para determinar os valores alocados

para cada premissa-chave; se esses valores representam os históricos ou, se apropriado,

são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário, como e por que

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DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de informações;

(iii) o período sobre o qual a administração projetou o fluxo de caixa, baseada em

orçamento ou previsões por ela aprovados e, quando um período superior a cinco anos

for utilizado para a unidade geradora de caixa (grupo de unidades) , uma explicação do

motivo por que um período mais longo é justificável;

(iv) a taxa de crescimento utilizada para extrapolar as projeções de fluxo de caixa além

do período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão, e a justificativa para utilização

de qualquer taxa de crescimento que exceda o período de longo prazo médio da taxa de

crescimento para os produtos, indústrias, ou país ou países no(s) qual(ais) a entidade

opera, ou para o mercado para o qual a unidade (grupo de unidades) é utilizado; e

(v) a taxa de desconto aplicada à projeção de fluxo de caixa.

(e) se o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) é baseado no valor

líquido de venda, a metodologia utilizada para se determinar o valor líquido de venda.

Se o valor líquido de venda não é determinado utilizando-se um preço de mercado

observável para a unidade (grupo de unidades) , as seguintes informações também

devem ser divulgadas:

(i) descrição de cada premissa-chave, na qual a administração baseou a

determinação do valor líquido de venda. Premissas-chave são aquelas para as quais

o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) é mais sensível; e

(ii) descrição da abordagem da administração para determinar o valor alocado

para cada premissa-chave; se esses valores representam experiência passada ou,

se apropriado, são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário,

como e por que esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de

informações.

(f) se uma possível e razoável mudança em uma premissachave na qual a

administração baseou sua determinação de valor recuperável da unidade (grupo de

unidade) poderia resultar em um valor contábil superior ao seu valor recuperável:

(i) o montante pelo qual o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) excede

seu valor contábil;

(ii) o valor alocado para a premissa-chave; e

(iii) o novo valor a ser alocado para a premissa-chave, depois de o valor anterior

incorporar todo e qualquer efeito em conseqüência dessa mudança sobre as outras

variáveis utilizadas para mensurar o valor recuperável, com o propósito de o valor

recuperável da unidade (grupo de unidades) ser igual ao seu valor contábil.

129. Se algum ou todos os valores contábeis do ágio pago por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida é(são)

alocado(s) por múltiplas unidades geradoras de caixa (grupo de unidades) , e o valor

então alocado para cada unidade (grupo de unidades) não é significativo em comparação

com o valor contábil total do ágio ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade,

esse fato deve ser divulgado em conjunto com o valor contábil agregado do ágio ou do

ativo intangível com vida útil indefinida alocado para essas unidades (grupo de unidades).

Adicionalmente, se os valores recuperáveis de quaisquer dessas unidades (grupo

de unidades) forem baseados na(s) mesma(s) premissa(s)-chave, e o valor contábil

agregado do ágio ou do ativo intangível com vida útil indefinida alocado ao valor

recuperável é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio ou do ativo

intangível de vida útil indefinida, a entidade deve divulgar esse fato, juntamente com:

(a) o valor contábil agregado do ágio ou do ativo intangível com vida útil indefinida

alocado a essas unidades (grupo de unidades) ;

(b) uma descrição da(s) premissa(s)-chave;

(c) uma descrição da abordagem da administração para determinar o valor alocado

para a premissa-chave; se esses valores representam a experiência passada ou, se for

o caso, são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário, como

e por que esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de informações; e

(d) se uma razoável e possível mudança em uma premissachave poderia resultar

em um valor contábil agregado da unidade (grupo de unidades) superior ao seu valor

recuperável:

(i) o montante pelo qual o valor recuperável agregado da unidade (grupo de

unidades) excede seu valor contábil;

(ii) o(s) valor(es) alocado(s) para a(s) premissa(s)-chave; e

(iii) o(s) novo(s) valor(es) alocado(s) para a(s) premissa(s)-chave, depois de o(s)

valor(es) anterior(es) incorporar(em) todo e qualquer efeito em conseqüência dessa mudança

sobre as outras variáveis utilizadas para mensurar o valor recuperável, com o propósito de

o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) ser igual ao seu valor contábil.

130. O cálculo detalhado mais recente efetuado, em um período anterior, do valor

recuperável de uma unidade geradora de caixa (grupo de unidades) pode, de acordo

com os itens 22 ou 95, ser utilizado no período corrente, desde que sejam atendidos

critérios específicos. Quando esse for o caso, a informação para aquela unidade (grupo

de unidades) é incorporada nas divulgações exigidas pelos itens 128 e 129 com relação

ao cálculo anterior do valor recuperável.

Disposições transitórias

131. Esta Norma deve ser aplicada somente prospectivamente, não sendo

aplicável em bases retroativas, ou seja, no balanço de abertura. As desvalorizações

ou as reversões de desvalorizações que resultem da adoção desta Norma devem ser

reconhecidas de acordo com esta Norma, ou seja, na demonstração do resultado, a

menos que um ativo seja contabilizado pelo valor reavaliado. A desvalorização ou a

reversão de desvalorização de um ativo reavaliado deve ser tratada como uma

diminuição ou um aumento de reavaliação.

ANEXO

Utilização de técnicas de valor presente para medir o valor de uso

O presente anexo é parte integrante da Norma. Fornece orientação sobre o uso de

técnicas de valor presente na avaliação do valor de uso. Apesar da orientação utilizar o termo

�ativo� também se aplica a um grupo de ativos formando uma unidade geradora de caixa.

Componentes de uma avaliação de valor presente

A1. O conjunto dos elementos a seguir deve capturar as diferenças econômicas

entre os ativos:

(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros ou, em casos mais complexos, séries de

fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;

(b) expectativas sobre possíveis variações no valor ou momento desses fluxos

de caixa;

(c) valor temporal do dinheiro, representado pela taxa de juros livre de riscos atual

de mercado;

(d) preço para fazer face à incerteza inerente ao ativo; e

(e) outros fatores, por vezes não identificáveis, como falta de liquidez, que os

participantes do mercado refletem no preço de fluxos de caixa futuros que a entidade

espera obter com o ativo.

A2. Este anexo compara duas abordagens de apuração do valor presente, sendo

que ambas, dependendo da situação, podem ser utilizadas para estimar o valor de uso

de um ativo. Pela abordagem �tradicional�, os ajustes para os fatores (b) a (e) descritos

no item A1 estão embutidos na taxa de desconto. Na abordagem �fluxo de caixa

esperado�, os fatores (b) , (d) e (e) geram ajustes para se obterem os fluxos de caixa

esperados ajustados pelo risco. Seja qual for a abordagem que a entidade adote para

refletir expectativas sobre eventuais variações no valor ou momento de fluxos de caixa

futuros, o resultado deve ser o reflexo do valor presente esperado dos fluxos de caixa

futuros, ou seja, a média ponderada de todos os resultados possíveis.

Princípios gerais

A3. As técnicas usadas para estimar fluxos de caixa futuros e taxas de juros

variam de uma situação para outra, dependendo das circunstâncias em torno do ativo

em questão. Entretanto, os seguintes princípios gerais regem qualquer aplicação de

técnicas de valor presente na avaliação de ativos:

(a) as taxas de juros utilizadas para descontar fluxos de caixa devem refletir

premissas consistentes com as inerentes aos fluxos de caixa estimados. Caso contrário,

o efeito de algumas premissas será contado em duplicidade ou ignorado. Por exemplo,

a taxa de desconto de 12% pode ser aplicada a fluxos de caixa contratuais de um

empréstimo a receber. Essa taxa reflete expectativas sobre inadimplência futura em

empréstimos com características específicas. A mesma taxa de 12% não deve ser

utilizada para descontar fluxos de caixa esperados porque esses fluxos já refletem as

premissas sobre inadimplência futura.

(b) taxa de descontos e fluxos de caixa estimados devem estar livres de distorções

e fatores não relacionados ao ativo em questão.

Por exemplo, apresentar fluxos de caixa líquidos estimados deliberadamente a menor,

para melhorar a aparente rentabilidade futura de um ativo, introduz uma distorção na avaliação.

(c) fluxos de caixa estimados ou taxas de descontos devem refletir os resultados

possíveis em vez de um valor único provável, mínimo ou máximo.

Abordagens tradicional e de fluxo de caixa esperado

Abordagem tradicional

A4. Tradicionalmente, aplicações contábeis do valor presente usam um conjunto

único de fluxos de caixa estimados e uma só taxa de desconto, usualmente descrita

como �taxa proporcional ao risco�.

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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De fato, a abordagem tradicional presume que uma taxa de desconto única incorpora

todas as expectativas sobre os fluxos de caixa futuros e o prêmio de risco adequado.

Portanto, a abordagem tradicional coloca mais ênfase na seleção da taxa de desconto.

A5. Em alguns casos, como quando existem ativos comparáveis no mercado, a

abordagem tradicional é relativamente fácil de aplicar. Para ativos com fluxos de caixa

contratuais, é consistente com a forma como os participantes do mercado descrevem

ativos, como, por exemplo, �um título de 12%�.

A6. Entretanto, a abordagem tradicional pode não ser adequada para tratar alguns

problemas complexos de avaliação, como no caso de ativos não financeiros sem

mercado para o item ou um item comparável. Uma pesquisa adequada da �taxa

proporcional ao risco� exige a análise de pelo menos dois itens - um ativo existente no

mercado e com uma taxa de juros conhecida e o ativo a avaliar. A taxa de desconto

adequada para os fluxos de caixa a avaliar deve ser inferida de uma taxa de juros

observável em outro ativo. Para chegar a essa ilação, as características dos fluxos de

caixa do outro ativo devem ser semelhantes às do ativo a ser avaliado. Portanto, o

avaliador deve fazer o seguinte:

(a) identificar o conjunto de fluxos de caixa que serão descontados;

(b) identificar outro ativo no mercado que pareça ter características de fluxo de

caixa semelhantes;

(c) comparar os conjuntos de fluxos de caixa dos dois itens para se certificar de

que são semelhantes (por exemplo, são ambos fluxos de caixa contratuais ou um é

contratual e o outro estimado?) ;

(d) verificar se existe um elemento em um item ausente no outro (por exemplo, um

tem menos liquidez que o outro?) ; e

(e) verificar se ambos os conjuntos de fluxos de caixa irão se comportar (ou seja,

variar) de maneira semelhante, em condições econômicas variáveis.

Abordagem de fluxo de caixa esperado

A7. A abordagem de fluxo de caixa esperado é, em algumas situações, uma

ferramenta de avaliação mais eficaz que a abordagem tradicional. Para desenvolver a

avaliação, a abordagem de fluxo de caixa esperado utiliza todas expectativas sobre

fluxos de caixa possíveis em vez de um único fluxo de caixa mais provável. Por exemplo,

o fluxo de caixa pode ser de $ 100, $ 200 ou $ 300 com probabilidades de 10%, 60% e

30%, respectivamente. O fluxo de caixa esperado é de $ 220. Portanto, a abordagem de

fluxo de caixa esperado difere da abordagem tradicional por enfocar a análise direta

dos fluxos de caixa em questão e em premissas mais explícitas utilizadas na avaliação.

A8. A abordagem de fluxo de caixa esperado também permite usar técnicas de

valor presente quando o momento dos fluxos de caixa é certo. Por exemplo, um fluxo

de caixa de $ 1. 000 pode ser recebido em um, dois ou três anos com probabilidades

de 10%, 60% e 30%, respectivamente. O exemplo a seguir mostra a apuração do valor

presente esperado nessa situação.

Valor presente de $ 1.000 em 1 ano a 5% $ 952,38 Probabilidade 10,00% $ 95,24

Valor presente de $ 1.000 em 2 anos a 5,25% $ 902,73 Probabilidade 60,00% $ 541,64

Valor presente de $ 1.000 em 3 anos a 5,50% $ 851,61 Probabilidade 30,00% $ 255,48

Valor presente esperado $ 892,36

A9. O valor presente esperado de $ 892,36 difere da noção tradicional de melhor

estimativa de $ 902,73 (probabilidade de 60%) .

A apuração de valor presente tradicional aplicada ao exemplo exige que se decida

qual dos momentos possíveis de fluxo de caixa utilizar e, por conseguinte, não refletiria

as probabilidades de momentos diferentes. Isso porque a taxa de desconto na apuração

de um valor presente tradicional não pode refletir incertezas temporais.

A10. O uso de probabilidades é um elemento essencial da abordagem de fluxo de

caixa esperado. Algumas pessoas questionam se atribuir probabilidades a estimativas

altamente subjetivas não sugere mais precisão do que de fato existe. No entanto, a

aplicação correta da abordagem tradicional (conforme descrita no item A6) , exige as

mesmas estimativas e subjetividade sem a mesma transparência de apuração da

abordagem de fluxo de caixa esperado.

A11. Muitas estimativas desenvolvidas na prática atual já incorporam informalmente

os elementos de fluxos de caixa esperados.

Além disso, os contadores costumam enfrentar a necessidade de avaliar um ativo

utilizando informações limitadas sobre as probabilidades de fluxos de caixa possíveis.

Por exemplo, um contador pode encontrar as seguintes situações:

(a) o valor estimado fica entre cerca de $ 50 e $ 250, mas nenhum valor nessa faixa

é mais provável que outro. Utilizando informações limitadas, o fluxo de caixa esperado

estimado é de $ 150 [(50 + 250) /2].

(b) o valor estimado fica entre cerca de $ 50 e $ 250 e o valor mais provável é de$ 100. No entanto, as probabilidades vinculadas a cada valor são desconhecidas.Utilizando informações limitadas, o fluxo de caixa esperado estimado é de $ 133. 33 [(50+ 100 + 250) /3].

(c) o valor estimado será de $ 50 (probabilidade de 10%) , $ 250 (probabilidade de30%) ou $ 100 (probabilidade de 60%) . Utilizando informações limitadas, o fluxo decaixa esperado estimado é de $ 140 [(50 x 0. 10) + (250 x 0. 30) + (100 x 0. 60) ].

Em cada caso, o fluxo de caixa esperado estimado deve oferecer uma melhorestimativa de valor de uso que o valor mínimo, mais provável, ou máximo, isoladamente.fluxos de caixa estimados foram ajustados. Caso contrário, os efeitos de algumaspremissas são contados em duplicidade.

A16. Quando uma taxa específica de um ativo não está acessível diretamente nomercado, a entidade usa substitutos para estimar a taxa de desconto. A finalidade éestimar, sempre que possível, uma avaliação de mercado:

(a) do valor temporal do dinheiro para os períodos até ao final da vida útil do ativo; e(b) dos fatores (b) , (d) e (e) descritos no item A1, na medida em que tais fatores não

tenham provocado ajustes na apuração dos fluxos de caixa estimados.A17. Como ponto de partida para realizar essa estimativa, e apenas para iniciar o estudo

da taxa de desconto a utilizar, a entidade pode começar a análise pelas seguintes taxas:(a) o custo de capital médio ponderado da entidade, apurado por meio de técnicas

como o Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros;(b) a taxa de empréstimo incremental da entidade; e(c) outras taxas de empréstimo de mercado.A18. No entanto, essas taxas precisam ser ajustadas:(a) para refletir a forma como o mercado avaliaria os riscos específicos associados

aos fluxos de caixa estimados do ativo; e(b) para excluir riscos que não são relevantes para os fluxos de caixa estimados

do ativo ou para os quais os fluxos de caixa estimados tenham sido ajustados.Deve-se levar em conta riscos como o risco país, o risco da moeda e o risco de preços.A19. A taxa de desconto é independente da estrutura de capital da entidade e da

forma como ela financiou a aquisição do ativo, porque os fluxos de caixa futuros, a seremgerados pelo ativo, não dependem da forma como a entidade financiou essa aquisição.

A 20. O item 53 exige que a taxa de desconto utilizada seja a taxa antes de impostos.Portanto, quando a base utilizada para estimar a taxa de desconto é a taxa após impostos,a base é ajustada para refletir a taxa antes de impostos.

A 21. Normalmente a entidade utiliza uma única taxa de desconto para estimar ovalor de uso de um ativo. Por outro lado, a entidade utiliza taxas de descontos separadaspara diferentes períodos futuros em que o valor de uso é sensível à diferença de riscospara diferentes períodos ou para a estrutura de prazo das taxas de juros.

Maria Clara Cavalcante BugarimPresidente do Conselho

12. A aplicação de uma abordagem de fluxo de caixa esperado está sujeita àapuração do custo/benefício. Em alguns casos, a entidade pode ter acesso a grandequantidade de dados e ser capaz de desenvolver muitos cenários de fluxo de caixa.Noutros, a entidade só pode ser capaz de desenvolver afirmações genéricas sobre avariabilidade dos fluxos de caixa sem incorrer em despesas substanciais.

A entidade precisa equilibrar o custo da obtenção das informações com a segurançaadicional que essas informações à avaliação.

A13. Algumas pessoas sustentam que as técnicas de fluxo de caixa esperado sãoinadequadas para avaliar um item isolado ou um item com uma quantidade limitada deresultados possíveis. Como exemplo, citam um ativo com dois resultados possíveis: umaprobabilidade de 90%, do fluxo de caixa ser $ 10, e outra, de 10%, do fluxo de caixa ser$ 1.000, observando que o fluxo de caixa esperado nesse exemplo é $ 109 e criticandoque o resultado não representa nenhum dos valores que serão pagos no final.

A14. Afirmação como a anterior reflete uma contradição subjacente com o objetivoda avaliação. Se o objetivo é a acumulação de gasto a incorrer, os fluxos de caixaesperados não podem gerar uma estimativa que seja representação fiel do gastoesperado. Entretanto, a Norma refere-se à avaliação do valor recuperável de um ativo.O valor recuperável do ativo, neste exemplo, não é provável que seja $ 10, apesar deser o fluxo de caixa mais provável. Isso acontece porque a avaliação de $ 10, nãoincorpora a incerteza do fluxo de caixa na avaliação do ativo. Pelo contrário, o fluxo decaixa incerto é apresentado como se fosse certo. Nenhuma entidade, racionalmente,venderia um ativo com essas características por $ 10.

Taxa de descontoA15. Seja qual for a abordagem adotada pela entidade para avaliar o valor de uso

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DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

863

TARIFAS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS

COBRANÇA

RESUMO: O Banco Central do Brasil, por meio da Resolução nº3.518, de 06.12.2007 (DOU de 10.12.2007), através do ConselhoMonetário Nacional, estabelece critérios para a cobrança de taxas deserviços pelas instituições financeiras de seus clientes e correntistas,bem como veda a cobrança de taxas em situações e condições queespecifica.

RESOLUÇÃO BACEN Nº 3.518, de 06.12.2007(DOU de 10.12.2007)

Disciplina a cobrança de tarifas pela prestação de serviços porparte das instituições financeiras e demais instituições autorizadas afuncionar pelo Banco Central do Brasil.

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o CONSELHOMONETÁRIO NACIONAL, em sessão extraordinária realizada em 6 dedezembro de 2007, com base no art. 4º, inciso IX,da referida lei, resolveu:

Art. 1º - A cobrança de tarifas pela prestação de serviços porparte das instituições financeiras e demais instituições autorizadas afuncionar pelo Banco Central do Brasil deve estar prevista no contratofirmado entre a instituição e o cliente ou ter sido o respectivo serviçopreviamente autorizado ou solicitado pelo cliente ou pelo usuário.

Parágrafo único - Para efeito desta Resolução:

I - considera-se cliente a pessoa que possui vínculo negocial nãoesporádico com a instituição, decorrente de contrato de depósitos, deoperação de crédito ou de arrendamento mercantil, de prestação deserviços ou de aplicação financeira;

II - os serviços prestados a pessoas físicas são classificadoscomo essenciais, prioritários, especiais e diferenciados;

III - não se caracteriza como tarifa o ressarcimento de despesasdecorrentes de prestação de serviços por terceiros, podendo seuvalor ser cobrado desde que devidamente explicitado no contrato de

operação de crédito ou de arrendamento mercantil.

Art. 2º - É vedada às instituições de que trata o art. 1º a cobrançade tarifas pela prestação de serviços bancários essenciais a pessoasfísicas, assim considerados aqueles relativos a:

I - conta corrente de depósitos à vista:

a) fornecimento de cartão com função débito;

b) fornecimento de dez folhas de cheques por mês, desde que ocorrentista reúna os requisitos necessários à utilização de cheques,de acordo com a regulamentação em vigor e as condições pactuadas;

c) fornecimento de segunda via do cartão referido na alínea �a�,exceto nos casos de pedidos de reposição formulados pelo correntistadecorrentes de perda, roubo, danificação e outros motivos nãoimputáveis à instituição emitente;

d) realização de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa,inclusive por meio de cheque ou de cheque avulso, ou em terminal deauto-atendimento;

e) fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação domês por meio de terminal de auto-atendimento;

f) realização de consultas mediante utilização da Internet;

g) realização de duas transferências de recursos entre contas naprópria instituição, por mês, em guichê de caixa, em terminal de auto-atendimento e/ou pela Internet;

h) compensação de cheques;

i) fornecimento do extrato de que trata o art. 12;

II - conta de depósitos de poupança:

a) fornecimento de cartão com função movimentação;

b) fornecimento de segunda via do cartão referido na alínea �a�,

ASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOSASSUNTOS DIVERSOS

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de um ativo, as taxas de juros utilizadas para descontar fluxos de caixa não devemrefletir riscos pelos quais os fluxos de caixa estimados foram ajustados. Caso contrário,os efeitos de algumas premissas são contados em duplicidade.

A16. Quando uma taxa específica de um ativo não está acessível diretamente nomercado, a entidade usa substitutos para estimar a taxa de desconto. A finalidade éestimar, sempre que possível, uma avaliação de mercado:

(a) do valor temporal do dinheiro para os períodos até ao final da vida útil do ativo; e(b) dos fatores (b) , (d) e (e) descritos no item A1, na medida em que tais fatores não

tenham provocado ajustes na apuração dos fluxos de caixa estimados.A17. Como ponto de partida para realizar essa estimativa, e apenas para iniciar o estudo

da taxa de desconto a utilizar, a entidade pode começar a análise pelas seguintes taxas:(a) o custo de capital médio ponderado da entidade, apurado por meio de técnicas

como o Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros;(b) a taxa de empréstimo incremental da entidade; e(c) outras taxas de empréstimo de mercado.A18. No entanto, essas taxas precisam ser ajustadas:(a) para refletir a forma como o mercado avaliaria os riscos específicos associados

aos fluxos de caixa estimados do ativo; e(b) para excluir riscos que não são relevantes para os fluxos de caixa estimados

do ativo ou para os quais os fluxos de caixa estimados tenham sido ajustados.Deve-se levar em conta riscos como o risco país, o risco da moeda e o risco de preços.A19. A taxa de desconto é independente da estrutura de capital da entidade e da

forma como ela financiou a aquisição do ativo, porque os fluxos de caixa futuros, a seremgerados pelo ativo, não dependem da forma como a entidade financiou essa aquisição.

A 20. O item 53 exige que a taxa de desconto utilizada seja a taxa antes de impostos.Portanto, quando a base utilizada para estimar a taxa de desconto é a taxa após impostos,a base é ajustada para refletir a taxa antes de impostos.

A 21. Normalmente a entidade utiliza uma única taxa de desconto para estimar ovalor de uso de um ativo. Por outro lado, a entidade utiliza taxas de descontos separadaspara diferentes períodos futuros em que o valor de uso é sensível à diferença de riscospara diferentes períodos ou para a estrutura de prazo das taxas de juros.

Maria Clara Cavalcante Bugarim

Presidente do Conselho

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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exceto nos casos de pedidos de reposição formulados pelo correntista,decorrentes de perda, roubo, danificação e outros motivos nãoimputáveis à instituição emitente;

c) realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa ouem terminal de auto-atendimento;

d) realização de até duas transferências para conta de depósitosde mesma titularidade;

e) fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação domês;

f) realização de consultas mediante utilização da Internet;

g) fornecimento do extrato de que trata o art. 12.

§ 1º - É vedada a cobrança de tarifas em contas à ordem do poderjudiciário e para a manutenção de depósitos em consignação depagamento de que trata a Lei nº 8.951, de 13 de dezembro de 1994.

§ 2º - Com relação ao disposto no caput, inciso I, alínea �b�, éfacultado à instituição financeira suspender o fornecimento de novoscheques quando:

I - vinte ou mais folhas de cheque, já fornecidas ao correntista,ainda não tiverem sido liquidadas; ou

II - não tiverem sido liquidadas 50% (cinqüenta por cento), no mínimo,das folhas de cheque fornecidas ao correntista nos três últimos meses.

Parágrafo único - A cobrança de tarifas de pessoas físicas pelaprestação, no País, de serviços prioritários fica limitada às hipótesesprevistas no caput.

Art. 4º - O disposto nos arts. 2º, 3º e 6º não se aplica à prestação deserviços especiais, assim considerados aqueles referentes ao créditorural, ao mercado de câmbio, ao repasse de recursos, ao sistemafinanceiro da habitação, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS), ao Fundo PIS/PASEP, ao penhor civil previsto no Decreto nº6.132, de 22 de junho de 2007, às contas especiais de que trata a Resoluçãonº 3.211, de 30 de junho de 2004, às contas de registro e controledisciplinadas pela Resolução nº 3.402, de 6 de setembro de 2006, alteradapela Resolução nº 3.424, de 21 de dezembro de 2006, bem como àsoperações de microcrédito de que trata a Resolução nº 3.422, de 30 denovembro de 2006, entre outros, devendo ser observadas as disposiçõesespecíficas contidas nas respectivas legislação e regulamentação.

Art. 5º - Admite-se a cobrança de remuneração pela prestação deserviços diferenciados a pessoas físicas, desde que explicitadas aocliente ou usuário as condições de utilização e de pagamento, assimconsiderados aqueles relativos a:

I - abono de assinatura;

II - aditamento de contratos;

III - administração de fundos de investimento;

IV - aluguel de cofre;

V - avaliação, reavaliação e substituição de bens recebidos em garantia;

VI - cartão de crédito;

VII - certificado digital;

VIII - coleta e entrega em domicílio ou outro local;

IX - cópia ou segunda via de comprovantes e documentos;

X - corretagem;

XI - custódia;

XII - extrato diferenciado mensal contendo informações adicionaisàquelas relativas a contas-correntes de depósitos à vista e a contasde depósitos de poupança;

XIII - fornecimento de atestados, certificados e declarações;

XIV - leilões agrícolas;

XV - aviso automático de movimentação de conta.

Art. 6º - É obrigatória a oferta a pessoas físicas de pacotepadronizado de serviços prioritários, cujos itens componentes equantidade de eventos serão determinados pelo Banco Central do Brasil.

§ 1º - O valor cobrado pelo pacote padronizado de serviçosmencionado no caput não pode exceder o somatório do valor dastarifas individuais que o compõem, considerada a tarifa correspondenteao canal de entrega de menor valor.

§ 2º - Para efeito do cálculo de que trata o § 1º:

I - deve ser computado o valor proporcional mensal da tarifa relativaa serviço cuja cobrança não seja mensal;

II - devem ser desconsiderados os valores das tarifas cuja cobrançaseja realizada uma única vez.

§ 3º - É facultado o oferecimento de pacote de serviços distintoscontendo outros serviços, inclusive serviços essenciais, prioritários,especiais e diferenciados, observada a padronização dos serviçosprioritários, bem como a exigência prevista no § 1º.

Art. 7º - Observadas as vedações estabelecidas no art. 2º, éprerrogativa do cliente:

I - a utilização e o pagamento por serviços individualizados; e/ou

II - a utilização e o pagamento, de forma não individualizada, deserviços incluídos em pacote.

Art. 8º - As tarifas debitadas em conta corrente de depósitos àvista ou em conta de depósitos de poupança devem ser identificadasno extrato de forma clara, com utilização, no caso dos serviçosprioritários, da padronização de que trata o art. 3º.

§ 1º - O valor do lançamento a débito referente à cobrança de

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tarifa em conta de depósitos de poupança somente poderá ocorrerapós o lançamento dos rendimentos de cada período.

§ 2º - O valor do lançamento a débito referente à cobrança detarifa em conta corrente de depósitos à vista ou em conta de depósitosde poupança não pode ser superior ao saldo disponível.

Art. 9º - É obrigatória a divulgação, em local e formato visível aopúblico no recinto das suas dependências e nas dependências doscorrespondentes no País, bem como nos respectivos sítios eletrônicos,das seguintes informações relativas à prestação de serviços a pessoasfísicas e pessoas jurídicas e respectivas tarifas:

I - tabela contendo os serviços cuja cobrança de tarifas é vedada,nos termos do art. 2º;

II - tabela, na forma do art. 3º, incluindo lista de serviços, canais deentrega, sigla no extrato, fato gerador da cobrança e valor da tarifa;

III - tabela contendo informações a respeito do pacote padronizado,na forma do art. 6º;

IV - demais tabelas de serviços prestados pela instituição;

V - esclarecimento de que os valores das tarifas foramestabelecidos pela própria instituição.

Parágrafo único - O início da divulgação das tarifas na formaprevista nesta Resolução deve ocorrer até 31 de março de 2008.

Art. 10 - A majoração do valor de tarifa existente ou a instituição denova tarifa deve ser divulgada com, no mínimo, trinta dias deantecedência, sendo permitida a cobrança somente para o serviçoutilizado após esse prazo.

§ 1º - Os preços dos serviços referidos nos arts. 3º e 6º somentepodem ser majorados após decorridos 180 dias de sua última alteração,admitindo-se a sua redução a qualquer tempo.

§ 2º - O prazo de que trata o § 1º deve ser contado a partir daprimeira alteração que ocorrer após a divulgação dos serviços erespectivas tarifas na forma prevista nesta Resolução.

Art. 11 - As instituições de que trata o art. 1º devem remeter aoBanco Central do Brasil, na forma a ser estabelecida por aquelaautarquia, a relação dos serviços tarifados e os respectivos valores:

I - até 31 de março de 2008;

II - sempre que ocorrer alteração, observado o disposto no art. 10,caput, no caso de majoração.

Art. 12 - As instituições de que trata o art. 1º devem fornecer aosclientes pessoas físicas, até 28 de fevereiro de cada ano, a partir de2009, extrato consolidado discriminando, mês a mês, as tarifascobradas no ano anterior em conta corrente de depósitos à vista e/ouem conta de depósitos de poupança.

Art. 13 - Os contratos firmados a partir da vigência desta Resoluçãodevem prever a aplicação das regras estabelecidas pela Resolução

nº 2.303, de 1996, até 29 de abril de 2008.

Art. 14 - Em relação aos contratos firmados até a data de vigênciadesta Resolução, as instituições referidas no art. 1º devem utilizar, até29 de abril de 2008, as tarifas divulgadas conforme as disposições daResolução nº 2.303, de 1996, e, a partir de 30 de abril de 2008, astarifas estabelecidas na forma desta Resolução.

Art. 15 - Fica o Banco Central do Brasil autorizado a adotar asmedidas julgadas necessárias à implementação do disposto nestaResolução.

Art. 16 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,produzindo efeitos a partir de 30 de abril de 2008, quando ficarãorevogadas as Resoluções nºs 2.303, de 25 de julho de 1996, e 2.343,de 19 de dezembro de 1996, o art. 2º da Resolução nº 2.747, de 28 dejunho de 2000, e o inciso III do art. 18 da Resolução nº 2.878, de 26 dejulho de 2001.

Henrique de Campos MeirellesPresidente do Banco

ASSUNTOS DIVERSOS

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

RESUMO: Regulamenta os artigos 231, X, e 323 do Código deTrânsito Brasileiro, fixa metodologia de aferição de peso de veículos,estabelece percentuais de tolerância, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 258, de 30.11.2007(DOU de 06.12.2007)

Regulamenta os artigos 231, X e 323 do Código de TrânsitoBrasileiro, fixa metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecepercentuais de tolerância, e dá outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no usodas atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, econforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobrea Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o inciso X doartigo 231 e o artigo 323 do Código de Trânsito Brasileiro;

CONSIDERANDO o disposto nos artigos 99, 100 e o inciso V doartigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro;

CONSIDERANDO os limites de peso e dimensões para veículosestabelecidos pelo CONTRAN, resolve:

Art. 1º - Para efeito desta Resolução e classificação do veículo, ocomprimento total é aquele medido do ponto mais avançado da suaextremidade dianteira ao ponto mais avançado da sua extremidadetraseira, inclusos todos os acessórios para os quais não esteja previstauma exceção.

I - Na medição do comprimento dos veículos não serão tomadosem consideração os seguintes dispositivos:

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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a) limpador de pára-brisas e dispositivos de lavagem do pára-brisas;

b) placas dianteiras e traseiras;

c) dispositivos e olhais de fixação e amarração da carga, lonas eencerados;

d) luzes;

e) espelhos retrovisores ou outros dispositivos similares;

f) tubos de admissão de ar;

g) batentes;

h) degraus e estribos de acesso;

i) borrachas;

j) plataformas elevatórias, rampas de acesso, e outrosequipamentos semelhantes, em ordem de marcha, desde que nãoconstituam saliência superior a 200 mm;

k) dispositivos de engate do veículo a motor.

Parágrafo único - A medição do comprimento dos veículos dotipo guindaste deverá tomar como base, a ponta da lança e o suportedos contrapesos.

Art. 2º - Os instrumentos ou equipamentos utilizados para a mediçãode comprimento de veículos devem ter seu modelo aprovado peloInstituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -INMETRO, de acordo com a legislação metrológica em vigor.

Art. 3º - Nenhum veículo ou combinação de veículos poderátransitar com peso bruto total (PBT) ou com peso bruto total combinado(PBTC) com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nemultrapassar a capacidade máxima de tração (CMT) da unidade tratora.

Art. 4º - A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita porequipamento de pesagem (balança rodoviária) ou, na impossibilidade,pela verificação de documento fiscal.

Art. 5º - Na fiscalização de peso dos veículos por balançarodoviária será admitida à tolerância máxima de 5% (cinco por cento)sobre os limites de pesos regulamentares, para suprir a incerteza demedição do equipamento, conforme legislação metrológica.

Parágrafo único - No carregamento dos veículos, a tolerânciamáxima prevista neste artigo não deve ser incorporada aos limites depeso previstos em regulamentação fixada pelo CONTRAN.

Art. 6º - Quando o peso verificado for igual ou inferior ao PBT ouPBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5%(cinco por cento), mas ocorrer excesso de peso em algum dos eixosou conjunto de eixos aplicar-se-á multa somente sobre a parcela queexceder essa tolerância.

§ 1º - A carga deverá ser remanejada ou ser efetuado transbordo,de modo a que os excessos por eixo sejam eliminados.

§ 2º - O veículo somente poderá prosseguir viagem depois desanar a irregularidade, respeitado o disposto no artigo 9º destaResolução sem prejuízo da multa aplicada.

Art. 7º - Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou PBTCestabelecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5% (cinco porcento), aplicar-se-á a multa somente sobre a parcela que excederessa tolerância.

Parágrafo único - O veículo somente poderá prosseguir viagemdepois de efetuar o transbordo, respeitado o disposto no artigo 9ºdesta Resolução.

Art. 8º - O veículo só poderá prosseguir viagem após sanadas asirregularidades, observadas as condições de segurança.

§ 1º - Nos casos em que não for dispensado o remanejamento outransbordo da carga o veículo deverá ser recolhido ao depósito, sendoliberado somente após sanada a irregularidade e pagas todas asdespesas de remoção e estada.

§ 2º - A critério do agente, observadas as condições de segurança,poderá ser dispensado o remanejamento ou transbordo de produtosperigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e passageiros.

Art. 9º - Independentemente da natureza da sua carga, o veículopoderá prosseguir viagem sem remanejamento ou transbordo, desdeque os excessos aferidos sejam simultaneamente inferiores a 5%(cinco por cento) do limite para cada tipo de eixo, ou seja:

I - 300 kg no eixo direcional;

II - 500 kg no eixo isolado;

III - 850 kg por conjuntos de eixos em tandem duplo, e;

IV - 1275 kg no conjunto de eixos em tandem triplo.

Art. 10 - Os equipamentos fixos ou portáteis utilizados na pesagemde veículos devem ter seu modelo aprovado pelo INMETRO, de acordocom a legislação metrológica em vigor.

Art. 11 - A fiscalização dos limites de peso dos veículos, por meiodo peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento ou Manifesto decarga poderá ser feita em qualquer tempo ou local, não sendo admitidoqualquer tolerância sobre o peso declarado.

Art. 12 - Para fins dos parágrafos 4º e 6º do artigo 257 do CTB,considera-se embarcador o remetente ou expedidor da carga, mesmose o frete for a pagar.

Art. 13 - Para o cálculo do valor da multa estabelecida no inciso Vdo art. 231 do CTB serão aplicados os valores em Reais, para cadaduzentos quilogramas ou fração, conforme Resolução nº 136/02 doCONTRAN ou outra que vier substituí-la.

Infração - média = R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos);

Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas oufração de excesso de peso apurado, na seguinte forma:

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DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

INSS

ALTERAÇÃO NA LEI Nº 8.212/1991

RESUMO: Modifica a data de pagamento dos benefícios daprevidência social.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 404, de 11.12.2007(DOU de 12.12.2007)

Altera o art. 41-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, modificandoa data de pagamento dos benefícios da previdência social.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lheconfere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória,com força de Lei:

Art. 1º - O art. 41-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passaa vigorar com a seguinte redação:

�Art. 41-A - (...)

§ 2º - Os benefícios com renda mensal superior a um salário-mínimo serão pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês subseqüente

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a) até seiscentos quilogramas = R$ 5,32 (cinco reais e trinta e doiscentavos);

b) de seiscentos e um a oitocentos quilogramas = R$ 10,64 (dezreais e sessenta e quatro centavos);

c) de oitocentos e um a um mil quilogramas = R$ 21,28 (vinte e umreais e vinte e oito centavos);

d) de um mil e um a três mil quilogramas = R$ 31,92 (trinta e umreais e noventa e dois centavos);

e) de três mil e um a cinco mil quilogramas = R$ 42,56 (quarenta edois reais e cinqüenta e seis centavos);

f) acima de cinco mil e um quilogramas = R$ 53,20 (cinqüenta etrês reais e vinte centavos).

Medida Administrativa - Retenção do Veículo e transbordo da cargaexcedente.

§ 1º - Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos por eixoou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, a multa de R$ 85,13 (oitentae cinco reais e treze centavos) prevista no inciso V do artigo 231 doCTB será aplicada uma única vez.

§ 2º - Quando houver excessos tanto no peso por eixo quanto noPBT ou PBTC, os valores dos acréscimos à multa serão calculadosisoladamente e somados entre si, sendo adicionado ao resultado ovalor inicial de R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos).

§ 3º - O valor do acréscimo à multa será calculado da seguinte maneira:

a) enquadrar o excesso total na tabela progressiva prevista nocaput deste artigo;

b) dividir o excesso total por 200 kg, arredondando-se o valor parao inteiro superior, resultando na quantidade de frações, e;

c) multiplicar o resultado de frações pelo valor previsto para afaixa do excesso na tabela estabelecida no caput deste artigo.

Art. 14 - As infrações por exceder a Capacidade Máxima de Traçãode que trata o inciso X do artigo 231 do CTB serão aplicadas a depender

da relação entre o excesso de peso apurado e a CMT, da seguinte forma:

a) até 600kg

infração: média = R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos);

b) entre 601 kg e 1.000kg

infração: grave = R$ 127,69 (cento e vinte e sete reais e sessentae nove centavos);

c) acima de 1.000kg

infração: gravíssima = 191,54 (cento e noventa e um reais ecinqüenta e quatro centavos), aplicados a cada 500kg ou fração deexcesso de peso apurado.

Penalidade - Multa

Medida Administrativa - Retenção do Veículo para Transbordo dacarga.

Art. 15 - Cabe à autoridade com circunscrição sobre a via disciplinarsobre a localização, a instalação e a operação dos instrumentos ouequipamentos de aferição de peso de veículos assegurado o acessoà documentação comprobatória de atendimento a legislaçãometrológica.

Art. 16 - É obrigatória à presença da autoridade ou do agente daautoridade no local da aferição de peso dos veículos, na forma previstado § 4º do artigo 280 do CTB.

Art. 17 - Fica permitida até 31 de dezembro de 2008 a tolerânciamáxima de 7,5% (sete e meio por cento) sobre os limites de pesobruto transmitido por eixo de veículos a superfície das vias públicas.

Art. 18 - Ficam revogadas as Resoluções do CONTRAN nº 102,de 31 de agosto de 1999, nº 104, de 21 de dezembro de 1999, e nº 114,de 5 de maio de 2000.

Art. 19 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Alfredo Peres da SilvaPresidente do Conselho

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

ASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASSUNTOS TRABALHISTASASASASAS

ao de sua competência, observada a distribuição proporcional donúmero de beneficiários por dia de pagamento.

§ 3º - Os benefícios com renda mensal no valor de até um salário-mínimo serão pagos no período compreendido entre o quinto dia útilque anteceder o final do mês de sua competência e o quinto dia útil domês subseqüente, observada a distribuição proporcional dosbeneficiários por dia de pagamento.

§ 4º - Para os efeitos dos §§ 2º e 3º, considera-se dia útil aquelede expediente bancário com horário normal de atendimento.

§ 5º - O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarentae cinco dias após a data da apresentação, pelo segurado, dadocumentação necessária à sua concessão.

§ 6º - Para os benefícios que tenham sido majorados devido à elevaçãodo salário-mínimo, o referido aumento deverá ser compensado quandoda aplicação do disposto no caput, de acordo com os procedimentosestabelecidos pelo Ministério da Previdência Social.� (NR)

Art. 2º - Esta Medida Provisória entra em vigor na data de suapublicação.

Brasília, 11 de dezembro de 2007; 186º da Independência e 119º daRepública.

Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Marinho

INSSRETIFICAÇÃO

RESUMO: A Instrução Normativa RFB nº 785, de 19 denovembro de 2007, publicada nas páginas 109 a 120 da Seção 1 doDiário Oficial da União (DOU) nº 225, de 23 de novembro de 2007, foiretificada conforme o texto.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 785, de 19.11.2007(DOU de 10.12.2007)

No art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 785, de 19 de novembrode 2007, publicada nas páginas 109 a 120 da Seção 1 do Diário Oficialda União (DOU) nº 225, de 23 de novembro de 2007:

Onde se lê: �Lei nº 11.435, de 14 de setembro de 2006;�

Leia-se: �Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006;�

Onde se lê: �Lei nº 11.435, de 2006.�

Leia-se: �Lei nº 11.345, de 2006.�

Onde se lê:

�Art. 1º - A Instrução Normativa MPS/SRP nº 3, de 14 de julho de2005, passa a vigorar com as seguintes alterações:

�Art. 65 - (...)

III - (...)

d) o licenciamento de uso de marcas e símbolos, patrocínio,publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, atítulo oneroso, se associação desportiva que mantém equipe de futebolprofissional, inclusive para participar do concurso de prognóstico deque trata a Lei nº 11.435, de 14 de setembro de 2006;

(...)� (NR)

�Art. 71 - (...)

VI - a receita obtida com o licenciamento de uso de marcas esímbolos, patrocínio, publicidade, propaganda e transmissão deespetáculos desportivos, se associação desportiva que mantém equipede futebol profissional, inclusive aquela de que trata o inciso II do artigo2º da Lei nº 11.435, de 2006.

(...)� (NR)

Leia-se:

�Art. 1º - A Instrução Normativa MPS/SRP nº 3, de 14 de julho de2005, passa a vigorar com as seguintes alterações:

�Art. 65 - (...)

III - (...)

d) o licenciamento de uso de marcas e símbolos, patrocínio,publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos,a título oneroso, se associação desportiva que mantém equipe defutebol profissional, inclusive para participar do concurso deprognóstico de que trata a Lei nº 11.345, de 14 de setembro de2006;

(...)� (NR)

�Art. 71 - (...)

VI - a receita obtida com o licenciamento de uso de marcas esímbolos, patrocínio, publicidade, propaganda e transmissão deespetáculos desportivos, se associação desportiva que mantém equipede futebol profissional, inclusive aquela de que trata o inciso II do artigo2º da Lei nº 11.345, de 2006.

(...)� (NR)

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MTE

TRABALHO AOS DOMINGOS

RESUMO: Fica autorizado o trabalho aos domingos nasatividades do comércio em geral, com os requisitos mencionados.

LEI Nº 11.603, de 05.12.2007(DOU de 06.12.2007)

Altera e acresce dispositivos à Lei nº 10.101, de 19 de dezembrode 2000.

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DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

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Faço saber que O PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a MedidaProvisória nº 388, de 2007, que O CONGRESSO NACIONAL aprovou,E EU, NARCIO RODRIGUES, PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE DAMESA DO CONGRESSO NACIONAL, NO EXERCÍCIO DAPRESIDÊNCIA, para os efeitos do disposto no art. 62 da ConstituiçãoFederal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32,combinado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-CN, promulgo aseguinte Lei:

Art. 1º - O art. 6º da Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000,passa a vigorar com a seguinte redação:

�Art. 6º - Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividadesdo comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termosdo inciso I do caput do art. 30 da Constituição Federal.

Parágrafo único - O repouso semanal remunerado deverá coincidir,pelo menos 1 (uma) vez no período máximo de 3 (três) semanas, como domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho eoutras a serem estipuladas em negociação coletiva.� (NR)

Art. 2º - A Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, passaavigorar acrescida dos seguintes arts. 6º-A e 6º-B:

�Art. 6º-A - É permitido o trabalho em feriados nas atividades docomércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva detrabalho e observada a legislação municipal, nos termos do inciso I docaput do art. 30 da Constituição Federal.�

�Art. 6º-B - As infrações ao disposto nos arts. 6º e 6º-A desta Leiserão punidas com a multa prevista no art. 75 da Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de1943.

Parágrafo único - O processo de fiscalização, de autuação e deimposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII daConsolidação das Leis do Trabalho.�

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Congresso Nacional, em 05 de dezembro de 2007; 186º daIndependência e 119º da República.

Deputado Narcio RodriguesPrimeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no

Exercício da Presidência

NR-6

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

RESUMO: Prorrogado o prazo do Certificado de Aprovação(CA) concedido aos EPI (Equipamentos de Proteção Individual).

PORTARIA MTE Nº 33, de 06.12.2007(DOU de 07.12.2007)

Prorroga o prazo previsto na Portaria nº 194/06.

A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, E A DIRETORADO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO,

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no uso de suas atribuições legais, resolvem:

Art. 1º - Prorrogar, por 24 (vinte e quatro) meses, o prazo previstona Portaria nº 194, de 22 de dezembro de 2006, publicada no DOU de28 de dezembro de 2006, a qual alterou a alínea �c� do item 6.9.1 daNorma Regulamentadora nº 06.

Art. 2º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ruth Beatriz Vasconcelos VilelaSecretária de Inspeção do Trabalho

Júnia Maria de Almeida BarretoDiretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

PAT (PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR)

RECADASTRAMENTO

RESUMO: Dispõe sobre o recadastramento das pessoasjurídicas fornecedoras, prestadoras de serviços de alimentaçãocoletiva e beneficiárias do Programa de Alimentação do Trabalhador(PAT).

PORTARIA MTE Nº 34, de 07.12.2007(DOU de 10.12.2007)

Dispõe sobre o recadastramento das pessoas jurídicasfornecedoras, prestadoras de serviços de alimentação coletiva ebeneficiárias do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO E A DIRETORADO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO,no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no art. 1º,inciso XIII, combinado com o art. 19, inciso III, do Regimento Interno daSecretaria de Inspeção do Trabalho, aprovado pela Portaria nº 483, de15 de setembro de 2004, resolvem:

Art. 1º - As pessoas jurídicas fornecedoras e prestadoras deserviços de alimentação coletiva do Programa de Alimentação doTrabalhador - PAT deverão recadastrar-se no período de 2 de janeiroa 31 de março de 2008.

§ 1º - O recadastramento das pessoas jurídicas fornecedorasserá efetuado por meio eletrônico, utilizando o formulário constante dapágina do Ministério do Trabalho e Emprego na Internet(www.mte.gov.br/pat).

§ 2º - O recadastramento das pessoas jurídicas prestadoras deserviços de alimentação coletiva será efetuado por meio de formuláriopróprio constante da página do Ministério do Trabalho e Emprego naInternet (www.mte.gov.br/pat), impresso e encaminhado, juntamentecom a documentação nele especificada, à Coordenação do Programade Alimentação do Trabalhador.

Art. 2º - As pessoas jurídicas beneficiárias do Programa deAlimentação do Trabalhador deverão recadastrar-se no período de 1ºde abril a 31 de julho de 2008.

§ 1º - O recadastramento será efetuado por meio eletrônico,utilizando o formulário constante da página do Ministério do Trabalho e

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

Emprego na Internet (www.mte.gov.br/pat).

§ 2º - As inscrições efetuadas durante esse período terão efeitoretroativo a 01 de janeiro de 2008.

Art. 3º - O não-recadastramento no Programa de Alimentação doTrabalhador no prazo estipulado implicará o cancelamento automáticodo registro ou inscrição.

Art. 4º - A cópia do comprovante de recadastramento deverá ser

mantida nas dependências da empresa, à disposição da FiscalizaçãoFederal.

Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ruth Beatriz Vasconcelos VilelaSecretária de Inspeção no Trabalho

Júnia Maria de Almeida BarretoDiretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

ICMSICMSICMSICMSICMSICMS

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - FARINHA DE TRIGO - ESPÍRITOSANTO - DENÚNCIA

RESUMO: O Estado do Espírito Santo, denuncia o ProtocoloICMS nº 22/1985, que dispõe sobre a substituição tributária nasoperações com farinha de trigo, cuja denúncia produzirá efeitos apartir de 1º de janeiro de 2008.

DESPACHO CONFAZ Nº 99, de 04.12.2007(DOU de 05.12.2007)

Denúncia, pelo Estado do Espírito Santo, do Protocolo ICMS nº 22/85, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações comfarinha de trigo.

O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO CONSELHO NACIONAL DEPOLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ, no uso das atribuições lhe sãoconferidas pelo inciso IX, do art. 5º do Regimento desse Conselho, ematendimento à solicitação da Secretaria da Fazenda do Estado doEspírito Santo e em cumprimento ao disposto no inciso IV, da cláusuladécima quinta, do Convênio ICMS nº 81/93, de 10 de setembro de1993, torna público que aquele Estado, denunciou o Protocolo ICMS nº22/85, de 15 de agosto de 1985, cuja denúncia produzirá efeitos apartir de 1º de janeiro de 2008.

Manuel dos Anjos Marques Teixeira

ICMS

PRAZOS - TRANSMISSÃO ELETRÔNICA

RESUMO: O presente Ato divulga os prazos de transmissãoeletrônica de informações a que se refere a cláusula décima sexta doConvênio ICMS nº 03/1999, que dispõe sobre o regime de substituiçãotributária nas operações com combustíveis e lubrificantes, derivados

ou não de petróleo, e outros produtos.

ATO COTEPE/ICMS Nº 17, de 04.12.2007(DOU de 05.12.2007)

Divulga os prazos de transmissão eletrônica de informações a que serefere a cláusula décima sexta do Convênio ICMS nº 03/99, que dispõesobre o regime de substituição tributária nas operações com combustíveise lubrificantes, derivados ou não de petróleo, e outros produtos.

O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO CONSELHO NACIONAL DEPOLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ, no uso de suas atribuições quelhe confere o art. 12, XIII, do Regimento da Comissão TécnicaPermanente - COTEPE/ICMS, de 12 de dezembro de 1997, por esteato, torna público que a Comissão, na sua 131ª reunião ordinária,realizada nos dias 27 a 29 de novembro de 2007, em Brasília, DF,aprovou a divulgação dos prazos de transmissão eletrônica deinformações a que se refere a cláusula décima sexta do ConvênioICMS nº 03/99, de 16 abril de 1999, a serem observados a partir de 1ºde janeiro de 2008, como segue:

�CALENDÁRIO 2008

Este Ato COTEPE entra em vigor na data da sua publicação noDiário Oficial da União.

Manuel dos Anjos Marques Teixeira

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BLOCOS CATÓDICOS

COTA TARIFÁRIA - ALTERAÇÃO

RESUMO: Altera o item II no Anexo �A� (Cota Tarifária) da PortariaSECEX nº 36, de 22 de novembro de 2007, referente ao produto�Bloco catódico para revestimento de cubas eletrolíticas utilizadas na

produção de alumínio primário�.

PORTARIA SECEX Nº 39, de 04.12.2007(DOU de 06.12.2007)

Altera o item II no Anexo �A� (Cota Tarifária) da Portaria SECEX nº

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DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

36, de 22 de novembro de 2007, referente ao produto �Bloco catódicopara revestimento de cubas eletrolíticas utilizadas na produção dealumínio primário�.

O SECRETÁRIO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO MINISTÉRIODO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR,no exercício de suas atribuições, com fundamento no art. 15 do AnexoI ao Decreto nº 6.209, de 18 de setembro de 2007, resolve:

Art. 1º - Fica alterado o item II no Anexo �A� (Cota Tarifária) daPortaria SECEX nº 36, de 22 de novembro de 2007, como segue:

�II - Resolução CAMEX nº 59, de 29 de novembro de 2007, publicadano D.O.U. de 30 de novembro de 2007:

a) A importação do produto está sujeita a licenciamento não-automático, previamente ao embarque no exterior;

b) O DECEX realizará o exame das Licenças de Importação (LI)por ordem de registro no SISCOMEX;

c) O importador deverá fazer constar na LI a seguinte descrição:

�blocos catódicos para revestimento de cubas eletrolíticas utilizadasna produção de alumínio primário�;

d) Será concedida inicialmente a cada empresa uma cota máximade 1.100 toneladas do produto, podendo cada importador obter maisde um licenciamento, desde que o somatório das LI seja inferior ouigual ao limite inicial estabelecido;

e) Após atingida a quantidade máxima inicial estabelecida, novasconcessões para a mesma empresa estarão condicionadas àcomprovação do efetivo despacho para consumo da mercadoria objetoda(s) concessão(ões) anterior(es), mediante a apresentação de cópiado Comprovante de Importação (CI) e da Declaração de Importação(DI) correspondentes, e a quantidade liberada será, no máximo, igualà parcela já desembaraçada;

f) Caso seja constatado o esgotamento da cota, o DECEXsuspenderá a emissão de licenciamentos das importações em lide.�(NR)

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Welber Barral

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ENERGIA ELÉTRICA

IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO

RESUMO: Dispõe que a obrigatoriedade da apresentação dadeclaração aduaneira nas operações de importação e exportação deenergia elétrica somente será exigida a partir da data da vigência daInstrução Normativa nº 649, de 2006.

ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO RFB Nº 17,de 06.12.2007 (DOU de 07.12.2007)

Dispõe sobre a inaplicabilidade de penalidade decorrente daausência de declaração aduaneira na importação ou na exportaçãode energia elétrica antes da entrada em vigor da InstruçãoNormativa SRF nº 649, de 28 de abril de 2006, na situação queespecifica.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no usoda atribuição que lhe confere o inciso III do art. 224 do RegimentoInterno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pelaPortaria MF nº 95, de 30 de abril de 2007, tendo em vista o disposto noinciso III e no parágrafo único do art. 100 da Lei nº 5.172, de 25 deoutubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), e

CONSIDERANDO o que consta do processo nº 10168.002771/2007-67, declara:

Artigo único - As operações cambiais referentes a importaçõesou exportações de energia elétrica, realizadas até 2 de maio de 2006,com autorização do Banco Central, porém sem o registro dacorrespondente declaração aduaneira, constituíram práticasreiteradamente observadas para aquelas operações, na formapreconizada pelo inciso III do art. 100 da Lei nº 5.172, de 25 de outubrode 1966 - Código Tributário Nacional (CTN).

§ 1º - A partir de 3 de maio de 2006, os procedimentos de despachoaduaneiro relativos à importação e à exportação de energia elétricapassaram a ser disciplinados pela Instrução Normativa SRF nº 649,de 28 de abril de 2006.

§ 2º - Nas hipóteses em que o sujeito passivo houver realizadoimportação ou exportação de energia elétrica nos termos do caput,não se aplica penalidade decorrente da ausência da correspondentedeclaração aduaneira, por estarem os importadores e exportadores,até aquela data, impossibilitados de cumprir com a exigência de registroda declaração de importação ou de exportação, face às característicaspeculiares de comercialização, transporte e controle do produto.

Jorge Antonio Deher Rachid

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IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICAIRPJ

SERVIÇOS HOSPITALARES

RESUMO: Impõe características mínimas de serviços eoperac ional idade, bem como condições f ís icas do esta -belecimento, dispondo ainda quanto ao conceito de serviçoshospitalares para efeito de base de cálculo do IRPJ das pessoasjurídicas tributadas com base no lucro presumido ou estimado.

O Ato em questão elucida o disposto no art. 27 da InstruçãoNormativa SRF nº 480/2004.

ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO SRF Nº 19,de 07.12.2007 (DOU de 10.12.2007)

Dispõe sobre o conceito de serviços hospitalares para fins dedeterminação da base de cálculo do Imposto de Renda.

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DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no usoda atribuição que lhe confere o inciso III do art. 224 do RegimentoInterno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pelaPortaria MF nº 95, de 30 de abril de 2007, e tendo em vista o dispostono art. 15, da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e o que constado processo nº 10168.004798/2007-94, declara:

Artigo único - Para efeito de enquadramento no conceito deserviços hospitalares, a que se refere o art. 15, § 1º, inciso III, alínea�a��, da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, os estabelecimentosassistenciais de saúde devem dispor de estrutura material e de pessoaldestinada a atender a internação de pacientes, garantir atendimentobásico de diagnóstico e tratamento, com equipe clínica organizada ecom prova de admissão e assistência permanente prestada pormédicos, possuir serviços de enfermagem e atendimento terapêutico

direto ao paciente, durante 24 horas, com disponibilidade de serviçosde laboratório e radiologia, serviços de cirurgia e/ou parto, bem comoregistros médicos organizados para a rápida observação eacompanhamento dos casos.

Parágrafo único - São também considerados serviços hospitalaresos serviços pré-hospitalares, prestados na área de urgência, realizadospor meio de UTI móvel, instaladas em ambulâncias de suporteavançado (Tipo �D�) ou em aeronave de suporte médico (Tipo �E�),bem como os serviços de emergências médicas, realizados por meiode UTI móvel, instaladas em ambulâncias classificadas nos Tipos �A�,�B�, �C� e �F�, que possuam médicos e equipamentos que possibilitemoferecer ao paciente suporte avançado de vida.

Jorge Antonio Deher Rachid

PIS/PPIS/PPIS/PPIS/PPIS/PASEP/COFINSASEP/COFINSASEP/COFINSASEP/COFINSASEP/COFINSPIS/PASEP/COFINSREVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 382, DE 24.07.2007

RESUMO: Revogada, por força da Lei nº 11.604, de 05.12.2007,a Medida Provisória nº 382, que dispunha quanto aos créditos de PIS/PASEP e COFINS na importação de bens de capital na forma por eladisposta.

LEI Nº 11.604, de 05.12.2007(DOU de 06.12.2007)

Revoga a Medida Provisória nº 382, de 24 de julho de 2007, quedispõe sobre o desconto de créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, na aquisição no mercado interno ou importaçãode bens de capital destinados à produção dos bens relacionados nosAnexos I e II da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, e dos produtosclassificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre ProdutosIndustrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 dedezembro de 2006; autoriza a concessão de subvenção econômicanas operações de empréstimo e financiamento destinadas àsempresas dos setores de calçados e artefatos de couro, têxtil, deconfecção e de móveis de madeira.

Faço saber que O PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a MedidaProvisória nº 392, de 2007, que O CONGRESSO NACIONAL aprovou,E EU, NARCIO RODRIGUES, PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE DAMESA DO CONGRESSO NACIONAL, NO EXERCÍCIO DAPRESIDÊNCIA, para os efeitos do disposto no art. 62 da ConstituiçãoFederal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, combinadocom o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica revogada a Medida Provisória nº 382, de 24 de julhode 2007.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Congresso Nacional, em 05 de dezembro de 2007; 186º daIndependência e 119º da República.

Deputado Narcio RodriguesPrimeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso

Nacional, no Exercício da Presidência

PIS/PASEP/COFINSVEÍCULOS PARA TRANSPORTE ESCOLAR

RESUMO: Estabelecido, que a venda aos Estados, Municípios

e ao Distrito Federal de veículos terrestres e fluviais, identificados nasrespectivas classificações da TIPI, ficam reduzidas a 0 (zero), desdeque destinados ao transporte escolar na zona rural e com oacompanhamento do FND.

DECRETO Nº 6.287, de 05.12.2007(DOU de 06.12.2007)

Dispõe sobre a redução a zero das alíquotas da Contribuição parao PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da SeguridadeSocial - COFINS, incidentes sobre a receita bruta na venda, nomercado interno, quando adquiridos pelos Estados, Municípios e peloDistrito Federal de veículos e embarcações destinados ao transporteescolar para a educação básica na zona rural.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confereo art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos incisosVIII e IX do art. 28 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, decreta:

Art. 1º - Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição parao PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da SeguridadeSocial - COFINS, incidentes sobre a receita bruta na venda, nomercado interno, dos produtos:

I - veículos novos montados sobre chassis, com capacidade paravinte e três a quarenta e quatro passageiros, classificados no código8702.10.00, Ex. 02, da Tabela de Incidência de ProdutosIndustrializados - TIPI, destinados ao transporte escolar para aeducação básica na zona rural das redes estadual e municipal, quandoadquiridos pelos Estados, Municípios e pelo Distrito Federal;

II - embarcações novas, com capacidade para vinte a trinta ecinco passageiros, classificadas no código 8901.90.00 da TIPI,destinadas ao transporte escolar para a educação básica na zonarural das redes estadual e municipal, quando adquiridos pelos Estados,Municípios e pelo Distrito Federal.

Art. 2º - Os processos de compra dos veículos e embarcaçõesde que trata o art. 1o serão acompanhados pelo Ministério da Educação,por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -FNDE.

Art. 3º - Os fornecedores dos veículos e embarcações de quetrata o art. 1o deverão respeitar todas as cláusulas editalícias econtratuais, decorrentes dos processos de compra acompanhadospelo FNDE.

Art. 4º - As especif icações técnicas dos veículos e

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Page 28: ANO XVIII - 2007 - 3“ SEMANA DE DEZEMBRO DE 2007 BOLETIM ...€¦ · Ato Declaratório Interpretativo SRF n” 18, de 06.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - IRPJ/ CSLL/PIS/COFINS - Linha

DEZEMBRO - Nº 51/2007ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

embarcações de que trata o art. 1º serão atestadas pelo InstitutoNacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -INMETRO.

Art. 5º - A Secretaria da Receita Federal do Brasil e o Ministério daEducação poderão disciplinar, no âmbito de suas respectivascompetências, a aplicação das disposições deste Decreto.

Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 05 de dezembro de 2007; 186º da Independência e 119º daRepública.

Luiz Inácio Lula da SilvaGuido Mantega

Fernando Haddad

TRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISTRIBUTOS FEDERAISIRPJ/CSLL/PIS/COFINSLINHA DE CRÉDITO ESPECIAL

RESUMO: Externa entendimento de que é considerado dedutívelna apuração do IRPJ e da CSLL da pessoa jurídica e como despesada atividade rural, para a pessoa física, o valor de participação nofundo de liquidez, nos termos dos arts. 1º e 3º da Lei nº 11.527/2007.O mesmo Ato dispôs que o bônus de adimplência será consideradoreceita operacional da pessoa jurídica e receita da atividade rural paraa pessoa física, discorrendo, ainda, quanto ao tratamento tributário doPIS e da COFINS para os rendimentos e para o bônus previstos naretrocitada Lei.

ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO SRF Nº 18,de 06.11.2007 (DOU de 07.12.2007)

Dispõe sobre a incidência tributária nas operações referentes àlinha de crédito especial de que trata a Lei nº 11.524, de 24 de setembrode 2007, destinada a financiar a liquidação de dívidas de produtoresrurais ou de suas cooperativas com fornecedores de insumos.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no usoda atribuição que lhe confere o inciso III do art. 224 do RegimentoInterno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pelaPortaria MF nº 95, de 30 de abril de 2007, e tendo em vista o dispostona Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007, e o que consta doprocesso nº 10168.004324/2007-42, decelara:

Art. 1º - Os valores das participações para constituição do fundode liquidez de que trata o art. 3º da Lei nº 11.524, de 2007, instituídopara garantia dos financiamentos contratados na forma do art. 1º damesma Lei, poderão ser considerados como:

I - despesa dedutível na apuração da base de cálculo do impostode renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, quando pagospor pessoa jurídica produtora rural, por sua cooperativa, ou porfornecedor de insumos agropecuários; e

II - despesa da atividade rural, quando pagos por pessoa físicaprodutora rural.

Art. 2º - Os rendimentos produzidos pelo fundo de liquidez referidono art. 1º:

I - não estarão sujeitos à retenção do imposto de renda nos mesesde maio e novembro de cada ano, ou no resgate, quando o cotista forinstituição relacionada no inciso I do art. 77 da Lei nº 8.981, de 20 dejaneiro de 1995;

II - integrarão a base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEPe da COFINS de acordo com a legislação aplicável aos demais fundosde investimento.

Art. 3º - O bônus de adimplência de que trata o inciso III do § 1º do art.3º da Lei nº 11.524, de 2007, devido ao produtor rural ou sua cooperativa:

I - será classificado como receita operacional, no caso de pessoajurídica, ou como receita da atividade rural, no caso de pessoa física; e

II - integrará a base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e daCOFINS com as alíquotas reduzidas a zero, no caso de pessoa jurídicasque apuram essas contribuições no regime de incidência não-cumulativa,de conformidade com o Decreto nº 5.442, de 29 de maio de 2005.

Art. 4º - O valor resultante do rateio do saldo do fundo de liquidez,efetuado na forma do inciso VI do § 1º do art. 3º da Lei nº 11.524, de2007, constituirá receita tributável dos cotistas do referido fundo e dainstituição financeira operadora (agente operador).

§ 1º - O valor recebido, na forma do caput, integrará a base decálculo da Contribuição para o PIS/PASEP na forma do inciso III do art.2º da Lei nº 9.715, de 25 de novembro de 1998.

§ 2º - Na hipótese deste artigo, o fato gerador ocorre na data dorateio, devendo o contribuinte efetuar o recolhimento dos tributos devidosnos prazos previstos na legislação de regência.

Jorge Antonio Deher Rachid

TBF, REDUTOR-R E TRDIA 30.11.2007

RESUMO: O Comunicado a seguir transcrito fixou a TBF, oRedutor-R e a TR relativos ao dia 30.11.2007.

COMUNICADO BACEN Nº 16.319, de 03.12.2007(DOU de 06.12.2007)

Divulga a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e a TaxaReferencial-TR relativos ao dia 30 de novembro de 2007.

De acordo com o que determina a Resolução nº 3.354, de 31.03.06,comunicamos que a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e aTaxa Referencial-TR relativos ao período de 30.11.07 a 30.12.07 são,respectivamente: 0,8307% (oito mil, trezentos e sete décimos de milésimopor cento), 1,0077 (um inteiro e setenta e sete décimos de milésimo) e0,0602% (seiscentos e dois décimos de milésimo por cento).

Altamir LopesChefe

TBF, REDUTOR-R E TRDIAS 01, 02 E 03.12.2007

RESUMO: O Comunicado a seguir transcrito fixou a TBF, oRedutor-R e a TR relativos aos dias 01, 02 e 03.12.2007.

COMUNICADO BACEN Nº 16.322, de 04.12.2007(DOU de 06.12.2007)

Divulga as Taxas Básicas Financeiras-TBF, os Redutores-R e asTaxas Referenciais-TR relativos aos dias 01, 02 e 03 de dezembro de2007.

De acordo com o que determina a Resolução nº 3.354, de 31.03.06,

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Page 29: ANO XVIII - 2007 - 3“ SEMANA DE DEZEMBRO DE 2007 BOLETIM ...€¦ · Ato Declaratório Interpretativo SRF n” 18, de 06.11.2007 (DOU de 07.12.2007) - IRPJ/ CSLL/PIS/COFINS - Linha

DEZEMBRO - Nº 51/2007 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA

respectivamente, divulgamos as Taxas Básicas Financeiras-TBF, osRedutores-R e as Taxas Referenciais-TR relativos aos períodos abaixoespecificados:

I - Taxas Básicas Financeiras-TBF:

a) de 01.12.07 a 31.12.07: 0,7831% (sete mil, oitocentos e trinta eum décimos de milésimo por cento);

b) de 01.12.07 a 01.01.08: 0,8245% (oito mil, duzentos e quarentae cinco décimos de milésimo por cento);

c) de 02.12.07 a 02.01.08: 0,8245% (oito mil, duzentos e quarentae cinco décimos de milésimo por cento);

d) de 03.12.07 a 03.01.08: 0,8594% (oito mil, quinhentos e noventae quatro décimos de milésimo por cento);

II - Redutores-R:

a) de 01.12.07 a 31.12.07: 1,0075 (um inteiro e setenta e cincodécimos de milésimo);

b) de 01.12.07 a 01.01.08: 1,0076 (um inteiro e setenta e seisdécimos de milésimo);

c) de 02.12.07 a 02.01.08: 1,0076 (um inteiro e setenta e seisdécimos de milésimo);

d) de 03.12.07 a 03.01.08: 1,0078 (um inteiro e setenta e oitodécimos de milésimo);

III - Taxas Referenciais-TR:

a) de 01.12.07 a 31.12.07: 0,0329% (trezentos e vinte e novedécimos de milésimo por cento);

b) de 01.12.07 a 01.01.08: 0,0640% (seiscentos e quarenta décimosde milésimo por cento);

c) de 02.12.07 a 02.01.08: 0,0640% (seiscentos e quarenta décimosde milésimo por cento);

d) de 03.12.07 a 03.01.08: 0,0788% (setecentos e oitenta e oitodécimos de milésimo por cento).

Altamir LopesChefe

TBF, REDUTOR-R E TRDIA 04.12.2007

RESUMO: O Comunicado a seguir transcrito fixou a TBF, oRedutor-R e a TR relativos ao dia 04.12.2007.

COMUNICADO BACEN Nº 16.326, de 05.12.2007(DOU de 07.12.2007)

Divulga a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e a TaxaReferencial-TR relativos ao dia 04 de dezembro de 2007.

De acordo com o que determina a Resolução nº 3.354, de 31.03.06,comunicamos que a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e a TaxaReferencial-TR relativos ao período de 04.12.07 a 04.01.08 são,respectivamente: 0,8620% (oito mil, seiscentos e vinte décimos de milésimopor cento), 1,0078 (um inteiro e setenta e oito décimos de milésimo) e0,0814% (oitocentos e catorze décimos de milésimo por cento).

Altamir LopesChefe

TBF, REDUTOR-R E TRDIA 05.12.2007

RESUMO: O Comunicado a seguir transcrito fixou a TBF, oRedutor-R e a TR relativos ao dia 05.12.2007.

COMUNICADO BACEN Nº 16.329, de 06.12.2007(DOU de 10.12.2007)

Divulga a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e a TaxaReferencial-TR relativos ao dia 05 de dezembro de 2007.

De acordo com o que determina a Resolução nº 3.354, de 31.03.06,comunicamos que a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e aTaxa Referencial-TR relativos ao período de 05.12.07 a 05.01.08 são,respectivamente: 0,8574% (oito mil, quinhentos e setenta e quatrodécimos de milésimo por cento), 1,0077 (um inteiro e setenta e setedécimos de milésimo) e 0,0867% (oitocentos e sessenta e sete décimosde milésimo por cento).

Altamir LopesChefe

TBF, REDUTOR-R E TRDIA 06.12.2007

RESUMO: O Comunicado a seguir transcrito fixou a TBF, oRedutor-R e a TR relativos ao dia 06.12.2007.

COMUNICADO BACEN Nº 16.334, de 07.12.2007(DOU de 11.12.2007)

Divulga a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e a TaxaReferencial-TR relativos ao dia 06 de dezembro de 2007.

De acordo com o que determina a Resolução nº 3.354, de 31.03.06,comunicamos que a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e aTaxa Referencial-TR relativos ao período de 06.12.07 a 06.01.08 são,respectivamente: 0,8063% (oito mil e sessenta e três décimos demilésimo por cento), 1,0076 (um inteiro e setenta e seis décimos demilésimo) e 0,0460% (quatrocentos e sessenta décimos de milésimopor cento).

Altamir LopesChefe

TBF, REDUTOR-R E TRDIA 07.12.2007

RESUMO: O Comunicado a seguir transcrito fixou a TBF, oRedutor-R e a TR relativos ao dia 07.12.2007.

COMUNICADO BACEN Nº 16.335, de 10.12.2007(DOU de 12.12.2007)

Divulga a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e a TaxaReferencial-TR relativos ao dia 07 de dezembro de 2007.

De acordo com o que determina a Resolução nº 3.354, de 31.03.06,comunicamos que a Taxa Básica Financeira-TBF, o Redutor-R e aTaxa Referencial-TR relativos ao período de 07.12.07 a 07.01.08 são,respectivamente: 0,7631% (sete mil, seiscentos e trinta e um décimosde milésimo por cento), 1,0074 (um inteiro e setenta e quatro décimosde milésimo) e 0,0229% (duzentos e vinte e nove décimos de milésimopor cento).

Altamir LopesChefe

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