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ANO XVII DOMINGO, 18 DB MARÇO DE 191? N.° 8 i g SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Assiaaeísra Ano. i$; semestre. S5 o. Pagamento aaeantado. Para fóra: Ano. 1S20: semestre, Sõo: avuiso. $02, Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa ror te). PK0PRIETARI0-DIRET08 José Augusto Saloio RU r\ \ \ 0 . ADMINISTRAÇau iiruiií (C nisaposicão e ijBipresssio) CÂNDIDO DOS REIS — 126, 2. Publicações Anúncios—i.a publicação. S04. a iinha. nas seguintes. $oj. Anúncios na _s..a pagina, contrato especial. Os autógrafos não se resutuem quer seiam ou não publicados. aiimimstradou-MANUEL T. PAULADA editor-LUCIANO FORTUNATO DA COSTA A Alemanha afrontou o mundo. O mundo deve a- frontal-a, vencel-a e esma- gai-a. Portugal, de pequeno ter ritorio mas de história tão grande, tão brilhante, irá aluir tambem o arrogante militarismo germânico. Se- rá o heroe que sempre foi atravez quasi oito séculos de existencia. Os soldados portugue- zes filhos de Patria tão no- bre, netos de gerações de bravos, avançarão para a glória, mesmo quando a glória fôr a morte. E mais uma vez nas páginas im- mortais da história, o no- me de Portugal ficará es- crito a sangue, refulgente na vitória. Portugal será o heroe de sempre! o audaz bata- lhador que conquistou a independencia, regando a terra com o sangue dos se- us filhos, os incansáveis matadores de mouros, os sobre-humanos vencedo- res de Aljubarrota. Portugal será o heroe de sempre! o nauta aventurei- ro que Sagres rojou ás on- das e foi sem medo, lutan- do contra tudo,desvendar os mistérios dos mares nun- ca dantes navegados. Portugal será o heroe de sempre! a digna terra natal do integérrimo D. João II, que não hesitou em firmar a integridade pá- tria a golpes de punhal, e lançou as bases do immen- so pedestal de grandeza a que nenhuma nação subiu álêm da nossa. Portugal será o heroe de sempre! o gigante que as- sombrou o mundo fundan- do o vasto império colonial nas regiões fantasticas do oriente onde o genio de tantos portuguezes ilustres se destrnguiu com hon- ra. Portugal será o heroe de sempre! grande, mesmo na decadencia, sedento ainda de liberdade quando, já a- 1 niquilado, lutava sem can- j saço, agonisando Camões, o cantor das suas glóri- as, po.ta entre os poetas. Portugal será o heroe de sempre! o revoltado que resurgiu em 1640 e depois firmou a sua independen- cia impondo-a de espada na mão. Portugal será o heroe de sempre! patria desse outro heroe que nos conquistou a liberdade de pensamento, e, á face das nações espan- tadas, esmagou a cabeça da víbora temivel que en- venenava a terra: o mar- quez de Pombal. Portugal será o heroe de sempre! o orgulhoso de in- dependencia que nem os heróicas generais do valo- roso Napoleão consegui- ram submeter. Portugal será o heroe de sempre! o povo civilisado que em 1834 abateu um âbsolutismo insuportável que retinha as idéiasescra- visadas. Portugal será o heroe de sempre! o justiceiro que em Outubro de 1910 aniquilou uma monarquia vergonha da Nação e em Maio de 191 5 aniquilou uma dita- dura vergonha da Republi- ca. Portugal vai combater pela justiça, pela liberdade! .'á envergou a couraça d'ou- tras eras, consagrada em tantas vitórias, e em breve desembainhará a pes.da duridana que ninguém con- seguiu jámais quebrar. O seu pulso de velho, experi- mentado em inúmeros fei- tos, com a confianca de tão , t j valiosas tradições, fará da espada um aríete destrui- dor das fortalezas inespu- gnaveis. .« Pntre portuguezes, trai- dores houve, algumas ve- zes,» Mas êsse facto não tira o brilho aos gloriosos feitos da nossa raça. A’s armas, cidadãos! A. Pela estraòu £)o Be.m Temos defronte de nós a figura humilde mas chei- a de bondade, de um sim- ples patrão de salva-vidas da Póvoa de Varam. Quem dirá que êste ho- \ mera de aspéto rude, as 'facis sulcadas pelas intem- péries do tempo,- os pés ! descalços, representa um j verdadeiro heroe que, com , risco da própria vida, sal- vou nove pescadores da Póvoa /de Varzim; 58 ma- rinheiros e oficiaes do «S. Rafael» e 54 passageiros e tripulantes do paquete «Ve- roneze» ha tempo afunda- do' tragicamente em Lei- xões? h’ que o sentimento do Dever e da Bondade não procura de preferen- cia os palacios e costuma até encontrar-se mais á vontade entre os humildes. Este caso, por ser origi- nado no mar, traz-nos á lembrança um outro que vimos descrito no magnifi- co volume «O Dever», de Smiles, volume que nós gostaríamos bastante de vêr nas mãos de toda a gente que o pudesse com- preender e . . . sentir. «Vum domingo, á noi- tinha, quando o povo saía da igreja de Great Yar- mouth, ouviu-se o sinal do tiro de peça de um navio no areal de Graby. O na- vio tinha encalhado ali, e as ondas cobriam-n’o. Apa- receram logo os marinhei- ros na praia, e prepara- ram-se para pôr um esca- : ler no mar. E emquanto es- | peravam a maresia para 0 barco correr para o mar, apresentou-se um rapaz maritimo, e, empurrando do seu lug.:r um dos ho- mens da tripulação, disse: — Nada, nada, d’esta vez não póde s.r, já lá fostes trez vezes antes de eu ser casado. Agora pertence- me acudir á chamada ou- tra vez. Deu-se porêm o caso de io barco sossobrar morren- do trez homens da tripula- ção e um d’el s era o he- Iroico rapaz que se oferece- jra para ir enr lugar "do 1companheiro.» Samuel Smiles fecha com êste belo ezemplo de dedicação pessoal o capi- tulo d’essê seu livro intitu- lado «O Marinheiro», e dispensa-se de quaesquer comentários. Fel-o com certeza porque, tal como nós, dezejuva pôr o leitor na estrada do Bem e con- vencido de que, d’aí para diante o caminho não era de dificil trânzito, assim o deixou entregue ao seu proprio raciocínio. Façâmol-o, pois, nós tamhem agora porque já damos por empregado o tempo que dispendemos em ensinar ao leitor onde móra a Bondade e o De- ver. J. FONTANA DA SII/VEIRA. ------------ Bossueí A páginas 20 da «Esco- la do caráter», querendo nós dar alguns ezemplos de aplicação ao trabalho falámos em Bossuet, di- zendo: . «Quando Bossuet anda- va no colégio era tal a sua aplicação ao estudo que os condiscípulos, servindo-se do próprio apelido o desi- gnavam por «Bossueíus aratus», o boi acostumado ao arado.» Podemos ampliar o es- clarecimento com a seguin- te noticia, publicada por nós no «tlvense» de 5 de agosto de 1897: «A aplkcção de Bossuet ao estudo era incrível.. To- das as noites uma vela a- cêsa ficava junto do seu leito. Depois de dormir o primeiro sono, que durava coisa de quatro horas, le- vantava-se, ainda nas noi- tes mais frias, fazia as su- as orações e sentava-se á secretaria, onde' trabalha- va até que a fadiga o ven- cesse. Então tornava-se a deitar. Era,isto uma regra invariável, que não esque- cia, nem mesmo, quando viajava. Foi assim que aqueíe grande prelado, ao passo, que se. desempenhava dos deveres importcintes que tinha a seu cargo, conse- guiu compôr tantas e tão. belas obras, adquirindo-ao mesmo tempo uma erudi- çãp tal, q'ue custa a com- preender que pudesse ler tudo quanto aprendeu e escrever tudo quanto com- poz.» Mas ha mais: aos 16 a- nos deram-lhe um assunto para sobre ele discursar de improviso. Era quasi meia noite e estava-se em Ran> bouillet. Bossuet produziu sobre o tema posto um sermão tão eloquente e e- rudíto como se para ele.se houvesse preparado. Voltaire disse n’aquele ensejo que nunca tinha ou- vido pregar tão cedo nem tão tarde... No seu afan pelo traba- lho, Bossuet passeiava pou- quíssimo; era mesmo raro vel-o a passeiar no seu proprio jardim. Foi por is- so que o jardineiro do pa- lacio lhe disse um dia: — Se eu plantasse santos Agostinhos ou Crisosto- mos vós viríeis, aqui com frequencia; mas para visi- tar vossas árvores achais que não vale a pena v ir .. . Luiz L eitão-. -------- ---------------------- - £ Olhae em redor de vós, e achareis o universo cheio de movimento e de átivi- dade. A áção, por assim dizermos, é o genio da na- tureza. Com o movimento e bu- lício se conserva o vigor dos entes; a perfeição du. total das ezistencias nasce de continuamente se mo- verem as diferentes coisas subordinadas umas ás. ou- tras. Volvem contínuo os corpos celestes. Sem parar repetem o dia e a noite o seu acostumado curso. Na terra e no mar ha p.rpétua inquietação. Nada iTeste mundo repousa. Tudo vi- ve e se agita no universo; e no meio d’esta animada e mudável cena, o homem somente deve jazer em re- pouso? Pertence-lhe acaso ser o único filho da criação a quem quadre o descanço e a preguiça, quando por tantos modos póde me ho- rar a própria natureza e contribuir da sua parte pa«- ra o bem comum? eui< 5 ,.

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ANO X V II DO M ING O , 18 D B M ARÇO D E 191? N.° 8 ig

S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

AssiaaeísraAno. i$; semestre. S5o. Pagamento aaeantado. Para fóra: Ano. 1S20: semestre, Sõo: avuiso. $02, Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa ror te).

P K 0 P R I E T A R I 0 - D I R E T 0 8 José Augusto SaloioRU r\

\ \ 0 . ADMINISTRAÇau ií i i r u i i í(C n i s a p o s i c ã o e ijBipresssio)

CÂ N D ID O DOS REIS — 126, 2.

P ublicaçõesAnúncios—i.a publicação. S04. a iinha. nas seguintes. $oj.

Anúncios na _s..a pagina, contrato especial. Os autógrafos não se resutuem quer seiam ou não publicados.

aiimimstradou-MANUEL T. PAULADA editor-LUCIANO FORTUNATO DA COSTA

A Alemanha afrontou o mundo. O mundo deve a- frontal-a, vencel-a e esma­gai-a.

Portugal, de pequeno ter ritorio mas de história tão grande, tão brilhante, irá aluir tambem o arrogante militarismo germânico. Se­rá o heroe que sempre foi atravez quasi oito séculos de existencia.

Os soldados portugue­zes filhos de Patria tão no­bre, netos de gerações de bravos, avançarão para a glória, mesmo quando a glória fôr a morte. E mais uma vez nas páginas im- mortais da história, o no­me de Portugal ficará es­crito a sangue, refulgente na vitória.

Portugal será o heroe de sempre! o audaz bata- lhador que conquistou a independencia, regando a terra com o sangue dos se­us filhos, os incansáveis matadores de mouros, os sobre-humanos vencedo­res de Aljubarrota.

Portugal será o heroe de sempre! o nauta aventurei­ro que Sagres rojou ás on­das e foi sem medo, lutan­do contra tudo,desvendar os mistérios dos mares nun­ca dantes navegados.

Portugal será o heroe de sempre! a digna terra natal do integérrimo D. João II, que não hesitou em firmar a integridade pá­tria a golpes de punhal, e lançou as bases do immen- so pedestal de grandeza a que nenhuma nação subiu álêm da nossa.

Portugal será o heroe de sempre! o gigante que as­sombrou o mundo fundan­do o vasto império colonial nas regiões fantasticas do oriente onde o genio de tantos portuguezes ilustres se destrnguiu com hon­ra.

Portugal será o heroe de sempre! grande, mesmo na decadencia, sedento ainda de liberdade quando, já a-

1 niquilado, lutava sem can- j saço, agonisando Camões,o cantor das suas glóri­as, po.ta entre os poetas.

Portugal será o heroe de sempre! o revoltado que resurgiu em 1640 e depois firmou a sua independen­cia impondo-a de espada na mão.

Portugal será o heroe de sempre! patria desse outro heroe que nos conquistou a liberdade de pensamento, e, á face das nações espan­tadas, esmagou a cabeça da víbora temivel que en­venenava a terra: o mar- quez de Pombal.

Portugal será o heroe de sempre! o orgulhoso de in­dependencia que nem os heróicas generais do valo­roso Napoleão consegui­ram submeter.

Portugal será o heroe de sempre! o povo civilisado que em 1834 abateu um âbsolutismo insuportável que retinha as idéiasescra- visadas.

Portugal será o heroe de sempre! o justiceiro que em Outubro de 1910 aniquilou uma monarquia vergonha da Nação e em Maio de 1915 aniquilou uma dita­dura vergonha da Republi­ca.

Portugal vai combater pela justiça, pela liberdade! .'á envergou a couraça d'ou­tras eras, consagrada em tantas vitórias, e em breve desembainhará a pes.da duridana que ninguém con­seguiu jámais quebrar. O seu pulso de velho, experi­mentado em inúmeros fei­tos, com a confianca de tão, t jvaliosas tradições, fará da espada um aríete destrui­dor das fortalezas inespu- gnaveis.

.« Pntre portuguezes, trai­dores houve, algumas ve­zes,» Mas êsse facto não tira o brilho aos gloriosos feitos da nossa raça.

A’s armas, cidadãos!A.

P ela estraòu £)o Be.m

Temos defronte de nós a figura humilde mas chei- a de bondade, de um sim­ples patrão de salva-vidas da Póvoa de Varam. Quem dirá que êste ho-

\ mera de aspéto rude, as 'facis sulcadas pelas intem­péries do tempo,- os pés ! descalços, representa um j verdadeiro heroe que, com , risco da própria vida, sal­vou nove pescadores da Póvoa /de Varzim; 58 ma­rinheiros e oficiaes do «S. Rafael» e 54 passageiros e tripulantes do paquete «Ve- roneze» ha tempo afunda­do' tragicamente em Lei­xões? h’ que o sentimento do Dever e da Bondade não procura de preferen­cia os palacios e costuma até encontrar-se mais á vontade entre os humildes.

Este caso, por ser origi­nado no mar, traz-nos á lembrança um outro que vimos descrito no magnifi­co volume «O Dever», de Smiles, volume que nós gostaríamos bastante de vêr nas mãos de toda a gente que o pudesse com­preender e . . . sentir.

«Vum domingo, á noi­tinha, quando o povo saía da igreja de Great Yar- mouth, ouviu-se o sinal do tiro de peça de um navio no areal de Graby. O na­vio tinha encalhado ali, e as ondas cobriam-n’o. Apa­receram logo os marinhei­ros na praia, e prepara-

■ ram-se para pôr um esca- : ler no mar. E emquanto es- | peravam a maresia para0 barco correr para o mar, apresentou-se um rapaz maritimo, e, empurrando do seu lug.:r um dos ho­mens da tripulação, disse:

— Nada, nada, d’esta vez não póde s.r, já lá fostes trez vezes antes de eu ser casado. Agora pertence- me acudir á chamada ou­tra vez.

Deu-se porêm o caso de io barco sossobrar morren­do trez homens da tripula- ção e um d’el s era o he-

Iroico rapaz que se oferece- jra para ir enr lugar "do1 companheiro.»

Samuel Smiles fecha com êste belo ezemplo de dedicação pessoal o capi­tulo d’essê seu livro intitu­lado «O Marinheiro», e dispensa-se de quaesquer comentários. Fel-o com certeza porque, tal como nós, dezejuva pôr o leitor na estrada do Bem e con­vencido de que, d’aí para diante o caminho não era de dificil trânzito, assim o deixou entregue ao seu proprio raciocínio.

Façâmol-o, pois, nós tamhem agora porque já damos por empregado o tempo que dispendemos em ensinar ao leitor onde móra a Bondade e o De­ver.

J . FONTANA DA SII/VEIRA.

— ------------B ossueí

A páginas 20 da «Esco­la do caráter», querendo nós dar alguns ezemplos de aplicação ao trabalho falámos em Bossuet, di­zendo:. «Quando Bossuet anda­

va no colégio era tal a sua aplicação ao estudo que os condiscípulos, servindo-se do próprio apelido o desi­gnavam por «Bossueíus aratus», o boi acostumado ao arado.»

Podemos ampliar o es­clarecimento com a seguin­te noticia, publicada por nós no «tlvense» de 5 de agosto de 1897:

«A aplkcção de Bossuet ao estudo era incrível.. To­das as noites uma vela a- cêsa ficava junto do seu leito. Depois de dormir o primeiro sono, que durava coisa de quatro horas, le­vantava-se, ainda nas noi­tes mais frias, fazia as su­as orações e sentava-se á secretaria, onde' trabalha­va até que a fadiga o ven­cesse. Então tornava-se a deitar. Era,isto uma regra invariável, que não esque­cia, nem mesmo, quando viajava.

Foi assim que aqueíe grande prelado, ao passo, que se. desempenhava dos deveres importcintes que tinha a seu cargo, conse­guiu compôr tantas e tão. belas obras, adquirindo-ao

mesmo tempo uma erudi- çãp tal, q'ue custa a com­preender que pudesse ler tudo quanto aprendeu e escrever tudo quanto com- poz.»

Mas ha mais: aos 16 a- nos deram-lhe um assunto para sobre ele discursar de improviso. Era quasi meia noite e estava-se em Ran> bouillet. Bossuet produziu sobre o tema posto um sermão tão eloquente e e- rudíto como se para ele.se houvesse preparado.

Voltaire disse n’aquele ensejo que nunca tinha ou­vido pregar tão cedo nem tão tarde. . .

No seu afan pelo traba­lho, Bossuet passeiava pou­quíssimo; era mesmo raro vel-o a passeiar no seu proprio jardim. Foi por is- so que o jardineiro do pa­lacio lhe disse um dia:

— Se eu plantasse santos Agostinhos ou Crisosto- mos vós viríeis, aqui com frequencia; mas para visi­tar vossas árvores achais que não vale a pena v ir .. .

L u i z L e i t ã o - .-------- ---------------------- -£

Olhae em redor de vós, e achareis o universo cheio de movimento e de átivi- dade. A áção, por assim dizermos, é o genio da na­tureza.

Com o movimento e bu­lício se conserva o vigor dos entes; a perfeição du. total das ezistencias nasce de continuamente se mo­verem as diferentes coisas subordinadas umas ás. ou­tras. Volvem contínuo os corpos celestes. Sem parar repetem o dia e a noite o seu acostumado curso. Na terra e no mar ha p.rpétua inquietação. Nada iTeste mundo repousa. Tudo vi­ve e se agita no universo; e no meio d’esta animada e mudável cena, o homem somente deve jazer em re­pouso? Pertence-lhe acaso ser o único filho da criação a quem quadre o descanço e a preguiça, quando por tantos modos póde me ho- rar a própria natureza e contribuir da sua parte pa«- ra o bem comum?

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O D O M I N G O

H e t e r n a q u e s t ã oPor mais que se procure

dar remedio á desgraçada questão do pão, que pare­ce eternisar-se sem uma so­lução que, não diremos sa­tisfaça no todo, mas, pelo menos, em parte os que mourejam dia a dia, não ha meio. A reacionaria auto­ridade administrativa que na noite de 8 do corrente entend.u por bem pôr-se a salvo do desgosto que me­recia, deixou isto de tal fórma que agora impossi vel é conseguir farinha: por preços que sirvam ás classes trabalhadoras, e por outro lado, os padeiros, a costumados a ganharem para cima de vinte escudos por saca, claro que julgam de sua parte um grande sacrifício por agora limita­rem-se a um ganho de vin te tostões por dia. Mas do mal venhá o menor. A’s grandes deligencias do di­gno presidente da Comis­são Ezecutiva servindo a- gora de administrador do concelho, á ilustre veriação municipal e á comissão de subsistencias muito sedeve. Sem os esforços empre­gados não teríamos ôje farinha para amassar um pão. Todas estas entidades reuniram quinta feira pas­sada, á noite, na secretaria da camara municipal, man­dando convidar todos os padeiros para ali dizerem de sda justiça e para, na sua presença, se assentar no preço d’um tipo de pão que, para estudo, fôra fa­bricado na padaria Vianen- se com uma parte de fari­nha de trigo de primeira qualidade e duas de milho da terra o que deu um pão muito gostoso e tolerável para o preço de 18 centa­vos, preço êste que mere­ceu a aprovação por gran­de maioria de membros da comissão que, como se sa­be, são representantes de todas as- classes e colétivi- dades desta vila. Feito isto foi resolvido comunicar á Camara todas as'delibera­ções tomadas e que são as seguintes:

l . a, p a g a r o m i l h o re q u is ita do a 1 $ 0 2 c a d a a lq u e ire de 1 4 li t r o s ; 2 . a, h a v e r u m unieo tipo

de p ã o , n a p ro p o r ç ã o de 5 0 k i - l o g r a m a s de f a r i n h a de m i l h o p o r 2ò cie trig ò c o m os pesos de u m k i l o g r a m à e m eio k i l o g r a - rr.a, ao preço r e s p é t i v a m e n t e de1 8 e 9 ce nta vos;: - 3 . a, o paod e v e ser de u m k i l o g r a m a e meio k i l o g r a 'm a na p ro p o r ç ã o de u m terço em relaçã o á q u a n t id a d e de f a r i n h a p a n i t i c a d a ; 4 . % pro- h ibiçâo e x p r e s s a d a v e n d a de f a r i n h a nas p a d a r i a s ; 5 . a, a ca ­m a r a e s ta b e le c e rá a v e n d a de f a r i n h a de t ri g o e s p o a d a em es ta b e l e c i m e n to de su a c o n fia n ç a , não se p o d e n d o f a z e r a sua v e n ­da e m q u a n t id a d e s u p e ri o r a 2 5 0 g r a m a s na r a z ã o de 4 0 c e n ­tavo s o k i l o g r a m a ; G . ° , o proçe do pão p o d e r á ser a lt e r a d o c o n ­fo r m e as c ircu m s .t a ncia s.

Em seguida a Camara reuniu na sala das sessões que se encontrava já api­nhada de povo que aguar­dava com anciedade as de­liberações da Comissão de Subsistencias do que ia ter conhecimento pela bôca do ilustre presidente do Sena­do Municipal. Ao ouvir que o pão ia ser pôsto á ven­da ao preço de 18 centavos o kilograma, mostrou, em­bora sem protesto, o seu descontentamento. Mas o ilustre presidente do Sena­do, continuando, mostrou razões que justificaram es­se preço ainda alto do pão que o povo foi aceitando. Reforçadas admiravelmen­te pelos srs. Administrador do Conalho e dr. Paulino Gomes as explicações .da­das pelo sr. Presidente do Senado, o povo sahiu—co­mo sae sempre— disposto a suportar o sacrifício que ôje cabia aos moageiros e aos padeiros, atendendo a que a ocasião é de sacri­fício para todos e não de negocio para meia duzia de individuos que até aqui têem vivido de corpo di­reito e não sabem nem nunca souberam o que é trabalhar.

— Pelo sr, Izidoro Maria d’01iveira foi oferecido um carregamento de trigo co-

C O F E I P E R O L Ã S

UM RAIO «Pendia d'uma cruç, ao cimo do Calvario,Ha muitos anos já, um santo sonhador. . .— Heroaes no emtanto era grande e senhor, Tendo a alma d um ladrão, a alma d'um corsário!

A injustiça é velha, antiga como a Dôr;Quando o homem nasceu já trouce por fádario Lutar pelo Am ôr, n um combate diano,Até que cáia um dia um raio vingador!

Ha de afinal o povo, a lívida canalha,Acabar d uma vc% de tecer a mortalha A Fôrça que matou um justo ha dois mil anos!

Da alma da ralé, eterna massacrada,Fremente de fu ror— um céo de trovoada —Ha de cahir o raio e exterminar tiranos!

q ue nas os santos-

o cuspo, cria n ça s que

OLIVEIRA SA N -BEN TO .

Pão on v ea eso ?A i m p r e n s a d a ca pita l t r a z -

nos ao c o n h e c i m e n t o de que alí se te m p r a t i c a d o c o m o fa b ric o do pão u m c ri m e h e d i o n d o . C i a ro q u e , se o c r i m e é h e d i o n d o p a r a L i s l p ô a , n ão é m e n o s pa ra as suas c i r c u m v i s i n h a n ç a s co m o A l d e g a l e g a e t a n t a s o u t r a s vilas q ue d ’ ali re c e b e m as f a r i n h a s c o m q u e é m a n i p u l a d o o pào que c o n s o m e m . E s e r v e se ela do no m e de u m a n t i g o e h o n r a d o ope rario m o a g e ir o , o s r . C â n d i d o V e n t u r a , que d i z t e r v is t o f a r i ­n a r e m g r a n d e s q u a n t id a d e s cas ca. de a r r o z e tre m o ç o e isto de m i s t u r a com as v a r r e d u r a s da fá bric a . P a r e c e q ue os h ab it a n t e s das im m e d ia ç Õ e s da fá b ric a de S a c a v e m , d ’ o n d e a v e n e n o s a m iste la sa e , c o n b e e e m p o r e x p e ­r ie n c ia p r ó p r i a e c o n ta m q u e a ca sca de a r r o z , m o í d a ou n ã o , q u a n d o m i n i s t r a d a na c o m i d a ás g a l i n h a s , as m a t a e m 4 8 h o ra s . S e n d o assim cla ro que m i l h a r e s de seres h u m a n o s estão sendo e n v e n e n a d o s l e n t a m e n t e , e m ­q u a n t o que á sua custa e á cus- ta d a su a v i d a v ã o l ad rõ es e as sassinos e n c h e n d o os co fres de d i n h e i r o .

A R e p u b l i c a c a h in mais u m a v e z , tris tis s im o é d i z e l - o . P o r t u ­ga l n ão t e m leis n e m g o v e r n o s c o m p e te n te s p a r a as f a z e r r e s p e i­t a r . « C h a c u n c h e r c h e son a v a n t a g e » .

P o i s q ue assim é , le v e m -n o s os a ç a m b a r c a d o r è s , os g ra n d e s d e te n to re s dos g é n e r o s de p r i ­m e i r a n ecessidade a bolsa m a s p o u p e m - n o s , p o r f a v o r , a v i d a !

lonial na importancia de! ,dezoito contos, que êste; M»»'*e8taçao académicasenhor cede á camara a oi-í Faz °je anos q'"5 Pei't0 de to centavos o kilograma, | W e , “ * aoade.” ,a d* Coim.bra; se m a n ife s to u c o n t r a a lg u n s len- pieço poi que lhe custou, j es , j a U n i v e r s i d a d e que se diri e pelo sr. Francisco Fr ire g i a m a L i s b ô a a c u m p r i m e n t a r Caria Junior mil kilogra-! D . M i g u e l . F o r a m m o r t o s dois mas de centeio, livre de in- lentes e fe rid o s d o z e eclesiásticos.

teresse.

Com entários k . W oticias

Caixa de Credito AgricoBaA diré ç â o d ’ esta associação na

su a r e u n i ã o de q u in t a f e i r a p a s ­sa da r e s o l v e u , e n t r e o u tro s as s u n t o s , o ficiar nos socios q ue n ã o c u l t i v a m t e rra s p e d in d o lhes p a r a r e s t i t u í r e m as q u a n tia s m u t u a d a s .C osscerío

E ’ ô j e , e m « m a t i n é e » do P o i t e a m a , n a c a p ita l , a festa a r . i t: ca do n o m e a d i s s i m o vio lin ista p o r t u g u e z , s r . L u i z B a r b o s a cu-

•PornaisV i s i t a r a m - n o s a se m a n a passa-

j o tale n to o t e m fe ito a d m i r a r d a , os se gu inte s j o r n a i s : « P a t r i a » , p o r to dos os q u e o o u v e m . P e l o q u i n z e n a r i o r e p u b l ic a n o , de C a s seu g e n io m u s i c a l , q ue m a n ife s- cais; « A L i b e r d a d e » , s e m a n a r io ta q u a n d o f a z ta.nger as co rd as in d e p e n d e n te ; e « A l m a P o r t u g u e do seu v io lin o e pelo c o n h e c i m e n - 7 a » , j o r n a l e v o lu c i o n i s t a , a m b o s to p r o f u n d o q u e t e m de m u s ic a éc o n s i d e r a d o ôje 0 p r i m e i r o v i o li ­no p o r t u g u e z .

D a v i d de S o u z a c o m 0 seu a- finado g r u p o de músicos mais u m a 1

de L i s b ô a .C u m p r i m e n t a n d o os n o v o s co

l e g a s .a g r a d e c e m o s a g e n t i l e z a da v i s i t a e f a z e m o s v o to s p o r q ue t e n h a m l o n g a e p r ó s p e r a ezisten-

v e z , n ’ e sía f e s t a , se fa r á a d m i r a r . 1 cia..A c o n c o rrê n c ia a êste b e l o '

c o n c e rto se rá 0 m e l h o r t e s t e m u - C a sa * l!< 8 C O » a EEát!‘8CígEas*2íi n h o d a a d m i r a ç ã o q u e m o s t r a D o e x . m0 s r . d r B e r n a r d o p o r L u i z B a r b o s a 0 p ú b lic o a- L u c a s e suas e x . mas lilhas rece-

escola do P o r t o de q ue são diré - t o re s. N ’ este fo lh e to estão in s­critas to das as condiçõ es de a d ­m i s s ã o , q ue são e x c e l e n t e s .

J u n t o a in d a a ele v e m u m a r ­tigo do « P r i m e i r o de J a n e i r o » que m u i t o b e m d e s c r e v e 0 i n t e ­r io r d ’ esta e s c o la , d e s t i n a d a so­m e n t e ao e nsino do se x o ferni n i n o .

A C a s a E s c o l a , s i t u a d a n a R . M i g u e l B o m b a r d a , 7 9 a 8 5 , P o r ­t o , está n ’ u m p o n to q u e pre e n ch e to das as co ndições h igie n i cas.

lia rce liia B erth eio tC o m p l e t a ôje n o v e anos que

m o r r e u 0 g r a n d e sabio f r a n c e z . q u i m i c o n o t á v e l , 0 l i v r e -p e n s a d o r M a r c e l l i n B e r t h e l o t .

Casaspo de T iro de Afro- cheie.P a r a a c u d i r á u r g ê n c i a da

c o n stru ção d ’ u m paiol no C a m ­po de T i r o de A l c o c h e t e , foi t r a n s fe r i d a de u m a v e r b a do o r ­ç a m e n to do m i n i s t é ri o d a g u e r ­ra a q u a n t i a de 9 9 0 $ 0 0 p a r a es­se f i m .

FesssõesC o n s t a que o sr . m i n i s t r o da

m a r i n h a está n a disposição de t o r n a r e x t e n s i v a ás fa m i l i a s dos m o bilisa do s da a r m a d a a c o n ce s­são de pensões e stip u la d a s p a r a a g u e r r a .

I>r. liMevain de Vascou-ceSos.T e m , f e l i z m e n t e , e x p e r i m e n

tado sensiveis m e l h o r a s , o nosso ilus tre c o rre lig io n á rio e a m i g o sr . d r . E s t e v a m de V asco ncfelo s, d ig n o a d m i n i s t r a d o r da C a i x a G e r a l de D e p o s i t o s e s e n a d o r p o r êste d i s t r i t o . F a z e m o s ar dente s vo to s pelo seu p r o n t o re s ­t a b e le c im e n to .

líle içó cs m siaicipalsJ á se fa la e m eleições m u n ic i ­

pais e p a r a as c o n q u i s t a r e m os m o n á r q u i c o s c o m m á s c a r a e sem ela se p r e p a r a m e m t o d a a p a r te. E ’ preciso c u i d a d o . P e r d i d a s as eieições m u n ic ip a is n a m a i o ­ria do p a i z , p e r d i d a está a R é - p u b l ic a . P e r d i d o está P o r t u g a l .

CooperativaA pre sta n te A s so ciaçã o de C ia s

se dos T r a b a l h a d o r e s R u r a i s A l ­degalense está t r a b a l h a n d o n a o rg a n isa çã o de u m á C o o p e r a t i v a a fim de fo rn e c e r aos seus asso ciados g é n e r o s de p r i m e i r a n e ­cessidade p o r preços ra s o a v e is e e m bom e s ta d o . A d i g n a c o ­missão E z e c u t i v a da C a m a r a M u ­n ic ip a l , a c h a n d o de g r a n d e alc an-

p r e c i a d o r de m u s i c a . betnos u m fo lh e to p ro s p e c t o da I c e esse belo e m p r e e n d i m e n t o , 0

f e r e c e u , para q u e a idéia v á por d i a n t e , to do 0 seu aucilio moral e m a t e r i a l .

A I&cligião e a i'3si<*aO m ic r o b io da tu b e r c u lo s e nào

re spe ita 0 cálice da co munhão: m e s m o 11’esse v a s o s a g r a d o , on. d e , p o r m eio de v i n h o e da agua se m i n i s t r a s i m b o l i c a m e n te aos • fieis 0 sa n g u e de C r i s t o , póde ele e s c o n d e r-s e , traiç oeiro e ter- r i v e l .

T a m b e m a pia da a g u a benta, t a m b e m a a m b u l a em i g r e j a s se g u a r d a m o leos. t a m b e m os h u s ti a ri ó s , 0 pé das i m a g e n s , p o d e m ser viveiros do t e r r i v e l bacilo da tisica, como de to dos os g e r m e n s que tra ns­m i t e m do o rg a n i s m o o v e n e r o , a sifilis, as d e r m a t o s e s e. as febres de m a u c a r á t e r . A t é posto na bôca das se b á t is a m é, ás v e z e s , 0 vehicu lo d ’ esses males h e d i o n d o s ! . . .

CoKárifoggiçõesD u r a n t e 0 c o r r e n t e m e z devem

ser pa g a s as c o n tr ib u iç õ e s de d é c i m a de j u r o s e p r e d i a l , sob pen a de r e l a x e .

Couío $3aríinsD ’ este nos so a m i g o , com es-

c r i t o r i o de a d v o c a c i a e p r o c u r a ­d o r i a na rua d a P r a t a , 1 7 8 , 2 . ° , em L i s b ô a , r e c e b e m o s u m a ele­g a n t e a g e n d a -c a l e n d a r i o para 1 9 1 7 , c o m a q u a l ele b r i n d a os seus n u m e r o s o s clientes.

E s t e i m p o r t a n t e e acreditado e s c r it o r i o , f u n d a d o em 1 9 0 6 . c e r t a m e n t e a quele q ue melhor n o m e g o s a , d e v i d o á solicitude, se rie da de e m o d i c i d a d e de preços co m que 0 seu p r o p r i e t á r i o trata de to dos os a ssu n to s q u e lhe são i n c u m b i d o s .

Ifcial d’agnaA t é o d ia 2 0 do c o r r e n t e de­

v e m ser a p r e s e n ta d a s n a fiscali- saçâo dos im p o s t o s , as propostas p a r a a v e n ç a s de rial d ’ a g u a .

Teatro R ecreio PopularO p r o g r a m a p a r a 0 espétáeulo

de ôje é c o m p l e t a m e n t e n o v o e s o b e r b o .

U m be lo g r u p o de a rtis ta s re­p r e s e n t a r á a in te re ss an te comedia e m - 1 acto <r A s t ú c i a de m u l h e r » e a bela o p e re ta « A m o r e s de R o s i- n a » q n e te m lin d ís sim o s trechos de m u s i c a .

O e m p r e s á r i o d ’ este t e a t ro , nosso a m i g o N u n e s de C a r v a l h o , t e v e a g o r a ocasião de c o n tr a t a r a s o pra n o d r a m a t i c o E l e n a G u i - c h a r d q ue c a n t a r á v á r i o s tre ch o s de ó p e r a . A r t i s t a s d ’ este género poucas v e z e s p o d e m v i r a A l d e ­g a le g a e só o o m g r a n d e s sacrifí­cios a q u i p o d e m ser t r a z i d a s , sen-, d o p o r isso de e s p e r a r q u e 0 p ú ­blico e ncha ôje 0 R e c re io e 0 seu e m p r e z a r i o não v e j a re s u lt a re m in ú te is os seus esforç os.

E m v i s t a d a m o r o s id a d e dos n u m e r o s a r e p r e s e n t a r ôje só ha u m esp étáeulo q u e co m e ça ás 2 1 h o r a s .

N i n g u é m d e i x e de i r ao R e ­creio o u v i r E l e n a G u i c h a r d p o r ­que poucas v e z e s , e m A l d e g a l e ­g a , h a ocasião p a ra a p re o ia r tão n o m e a d o s a r t is t a s .

*9u!gaineRtosR e s p o n d e r á m no t r i b u n a l j u ­

dicial d ’ esta c o m a r c a no d ia 12 do co rre n t e A l v a r o da R o c h a L o p e s e J o s é H e n r i q u e s d a S i l ­v a , sendo c o n d e n a d o s , 0 p r i m e i ­ro e m 8 0 dias de prisão e 1 0 de m u l t a a 1 0 c e n ta v o s e 0 s e g u n ­do e m 8 dias de pris ã o e 3 de m u l t a a 1 0 c e n t a v o s .

A’s armasP e r t e n c e ao nosso pre sa d o co­

lega « O P o r v i r » êste a r t i g o que ôje co lo cám os e m p r i m e i r o lu g a r e pa ra c u j a tra n s c riç ã o pe d im o s v é n i a .

O D O M I N G O 3N avios porínguczcs

D e s d e o co m e ço da g u e r r a c o m a A l e m a n h a t e m , s e gu ndo n o t a a p re s e n ta d a pe lo s r . m in is t r o da m a r i n h a n a c a m a r a dos d e p u t a d a s , sido a fu n d a d o s p o r s u b m a r i n o ^ e m i n a s in im i g a s on z e n a v i o s p o r t u g u e z e s , cu ja to n e la g e m e ra a p r p c i m a d a m e n t e de 1 4 : 0 0 0 , p e r d e n d o se so m e n te d a tr i p u l a ç ã o do v a p o r « S . N i - c o l a u » 1 8 h o m e n s .

«O Protesto»E ’ êste o titu lo de u m be lo bi-

m e n s a r i o , ó r g ã o e p r o p r i e d a d e do C e n t r o S o c ia lis ta « A n t e r o de Q u e n t a l » , que co m e ço u h a p o u ­co a su a pu b lic a ç ã o em P o n t a D e l g a d a e q ue m u i t o nos h o n r o u c o m a su a v i s i t a . E n v i a n d o e m t r o c a o nosso h u m i l d e se m a n a» r i o , ao n o v o c o n fr a d e d e z e j â m o s a m a is l o n g a e p r ó s p e r a e z i s t e n - c ía .

«Vustiça de fu u ilQ u a n d o d a c a n d o n g a d a fo lh a

de F l a n d r e s o u , p a r a m e l h o r d i ­z e r , da f o l h a r o u b a d a de b o rd o q ue e m g r a n d e s q u a n t id a d e s v e i o p a r a esta v i l a , e ne o n tro u -s e i m p l i c a d a n ’ esse «n e g o cio u t a l ­v e z u m a d e z e n a de i n d i v í d u o s .

P o i s q u e r o le it o r v ê r q u e m p a g a c o m 9 0 dias de cade ia o c r i m e q ue e n d in h e i r a d o s bo n ito s c o m e t e r a m ? u m p o b r e m a r i t i m o ali do S a m o u c o , c a s a d o , de 2 1 anos de i da de !

O j u l g a m e n t o do m a r i t i m o d e u -se em L i s b ô a .

IncrívelQ u a s i todos os j o r n a e s se tê e m

re f e r i d o ao p o n to de sere m n o ­m e a d o s p a r a quasi to d o s os lu g a r e s pú blic os m o n á r q u i c o s de co n he cidiss im o p a ssa d o .

O nosso colega da capita l « O M u n d o » d á -n o s c o n h e c im e n t o d ’ utn o u t r o caso, m a s em pe rs pe t i v a . V a i , s e g u n d o co n sta ao n o s­so co le g a de fo n te s e g u r a , ser p r e f e r i d o u m m o n á r q u i c o fe rre n h o a v á ri o s r e p u b l ic a n o s , que }á t i v e r a m ocasião de p re s t a r r e ­l e v a n t e s se rv iços á R e p u b l i c a , p a r a u m l u g a r dos H o s p i t a i s C i v i s q u e está v a g o .

C á pa ra A l d e g a l e g a t a m b e m só têem v i n d o d ’ esses ótim o s con- so lida dore s da R e p u b l i c a .

O clericalism o á soltaD ’ « Q M u n d o * de q u i n t a fe ira

ú l t i m a :« R e a l i z o u - s e n a se g u n d a fe ira

ú l t i m a , d e - t a r d e , o fu n e r a l de um g u a r d a civ ico d a e s q u a d r a d a t r a v e s s a das A l m a s . O e n t e rr o foi re lig io s o , c o m o que n a d a te m o s pois u m policia é u m c i d a ­dã o co m o o u t r o q u a l q u e r , oom o d i r e i t o de se g u ir ou n ã o tal ou ta l r e lig iã o . M a s o que não p o ­d i a e ra ir o p a d r e , a p é , re ve sti d o do s seus h á b it o s talares oom to d a s as in signias c u l t u a i s , a c o m ­p a n h a m e n t o do s a c r i s t ã o , co m r o q u e t e , c r u z e c a l d e ir in h a e t u ­d o o m a i s . E d ’ esta v e z n ã o se pó d e a le g a r q u e a policia « n ã o te n h a v i s t o » , po is o a c o m p a n h a ­m e n t o era to do c o m p o s t o de po l ic ia s , e ntre os q u a is a lg u n s c h e ­fes e ca bo s, q u e assim se t o r n a ­r a m c o n s c i e n t e m e n te , pelo m e n o s os c h e fe s, c ú m plice s de u m d e s a ­ca to á lei de 2 0 de A b r i l de 1 9 1 4 , que s e pa ro u e m P o r t u g a l o E s t a ­do das ig re j a s . O s r . c o m a n d a n ­te da polioia n ão p ó d e n e m d e v e s a n c i o n a r com a i m p u n i d a d e u m desacato á lei p r a t i c a d o p o r s u ­b o r d i n a d o s s e u s , c u j a p ri n c i p a l m is s ã o é a de nos i m p ô r a to doso respeito ás leis do p a i z » .

E a in d a h a v e r á q u e m a c re d ite q ue o r e g i m e n q u e nos g o v e r n a é o re p u b lic a u o ? !

N ã o p u d ê m o s c r e r e m t a n t a in g e n u i d a d e !

M ajor Sã C ardosoS a i u q u a r t a fe i ra pa ssada de

L i s b ô a no c o m bo io da t a r d e em c u m p r i m e n t o do seu d e v e r , êste g r a n d e p o r t u g u e z ^ brioso oficial do e z é r c i t o e ilustre p a r l a m e n t a r . F a z e m o s a rd e n te s v o to s p a r a q u e o v e l h o e d e d ica d íssim o r e ­p u b l ic a n o te n h a o m a is fe liz r e ­g r e s s o .

Mo paSaeio de ISelemO s r . p r e s id e n te d a R e p u b l i c a

te m fe ito r e u n i r no palacio de B e l e m os diré to rio s dos t r e z p a r ­tidos re p u b lic a n o s a fi m d e , c o m eles, t r o c a r im pres sõ e s so bre os meios p a r a se a c u d i r ás necessi- des do m o m e n t o .

A m a i o r necessidade do m o ­m e n t o é c o n t i n u a r a d is t ri b u i ç ã o de re a c io n a rio s p o r a lg u m a s v a ­g a s q u e h a j a m e m re p a rtiç õ e s do E s t a d o .

rezultariam o aperfeiçoa­mento das raças e a edu­cação».

Em matéria de touradas, não sabemos qual seja maior, se a responsabilida­de do Estado encorajando- as contra a indicação do dever, se a da imprensa diaria da capital que lhes faz constantes reclames, ainda mesmo os jornaes cujos dirétores se sabe se­rem pessoalmente contrá­rios a tal espécie de pas­satempo.

S . BA LD W ISE.

Sobre touradas

Q u a n d o seja in d is p e n s á v e l recor r e r ás dis trá ç õ e s q u i z é r a m o s q ue se a d o ta ss em as h o ­nes tas, as d i g n a s .

O extinto «Conimbri- cense» escreveu a proposi­to de uma tourada que es­teve para ser dada em hon­ra de Loubet, por ocasião da sua estada em Lisbôa:

oNão empregou agora (a imprensa), nem costuma empregar noutras ocasiões a sua áção civilisadora pa­ra corrigir o desvairamen- to do espirito público e a tendencia que o povo tem para semelhantes espétácu- los, porque em regra evi­ta esse austero procedi­mento para não provocar impopularidades».

Depois acentuava que os culpados de haver ain­da touradas em Portugal, álêm da imprensa, eram as camadas mais altas da sociedade, que se dispen* savam da massada enorme de dar bons ezemplos.

Que fez depois a Repu­blica?

Põe-se ela tambem, a frequentar as praças de touros!

Não deveria, talvez, pro- hibil-as como aliás ajguem pretendeu no parlamento; mas parece que tinha obri­gação moral de conservar- se alheia a semelhante coi­sa.

«Uma tourada escreveu tambem por aquele tempo o «Povo da Murtoza» re­presenta um enorme re­trocesso e um perigo na educação de um povo.

«Se em lugar de se le­vantarem grandes circos para vermos a luta desi­gual e cruel de um homem com um touro, eles servis­sem para expor êsse e ou­tros animaes que ajudam o homem no seu trabalho, refletindo essas exposiçõeso carinho e a protéção que devemos ter por eles, duas. coisas aproveitaveis d’ahi

COM ISSÃO EZECUTIVA

Em sessão ordinaria de14 de Março sob a presi- dencia do sr. Antonio Cris­tiano Saloio e estando pre­sentes os veriadores, srs. José Teodosio da Silva e José da Silva Lino Vareiro foi lido o seguinte:

Requerimento de Julio Pereira Nepomuceno so­bre obras n’um predio seu.■ Oficio da Empreza de Elétricidade sobre as fal­tas na iluminação.

Telegrama do Sr. Go­vernador Civil de Lisbôa comunicando que deu i 5 dias de licença ao Admi­nistrador.

Circular do Govêrno Civil de Lisbôa so.bre a letra designada para a afe­rição no ano corrente.

Idem, idem sobre a ezis- tencia de terrenos proprios para a aterragem de aero­planos.

Em seguida foram toma­das as seguintes delibera­ções:

Deferir o requerimento de Julio Pereira Nepomu­ceno.

Tomar na devida consi­deração a restante corres­pondencia.

reno para uma habitaçãona rua Serpa Pinto, 55. Trata- se' nesta vila com José da Fonseca Onofre.

VENDEM-SEDois toneis de oito pi­

pas, em muito bom esta­do.

N’esta redação se diz.

FIGODestilado, encontra-se á

yenda desde Janeiro em diante na fábrica de alcool de Gregorio Gil. 820

ANUNCIOS-

VENDE-SE

Caldeira de distilação, de capacete e ccluna, com respétiva serpentina, tudo em bom uso. Capacidade:. 200 litros. Quem preten­der dirija-se a Manuel José Salgueiro — Canha.

VENDE-SEUma porção de grades

para condução de carnes (latas de 25 kilos],.

Nesta redação se diz.

CASAVende-se uma de habi­

tação com quintal, pôço e casa de arrecadação e ter­

v*”"” ***** ’• ifíjVv • •■ .. •-•••• - • ; -

AgradecimentoManuel dos Santos Ma­

chado e sua filha Maria Antonia Ma”chado, Augus­to Domingos Jacob, Do­mingos Maria Jacob, José Domingos. Jacob, Leopol- dino Domingos Jacob,Can- dida Jacob Otero e, sobri­nhos, Maria Joaquina Ma­chado e Iria Machado e so­brinhos vêem, por êste meiot agradecer, penhora- dissimos, a todas as pes­soas que se dignaram a- companhar á última mora­da os restos mortais de sua estremecida mulher, mãe, irmã, cunhada e tia Guilhe.rmina Jacob Macha­do e bem assim a todas a- quelas que pessoalmente ou por cartões lhes apre­sentaram pêsames. Não pó- dem, tambem, deixar de agradecer aos ilustres cli­nicos, Ex.mrs Srs. Drs. Ma­nuel da Cruz Junior e Na­varro de Paiva pela ma­neira pronta e deligente por que acudiram a pres­tar todos os socorros que a ciência aconselha.

A todos, pois, o seu inol vidavel agradecimento.

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Pedro dos Santos Correia

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1 *1O D O G M A D A O P I N I Ã O P U B L I C A

A artificialidade e a. deshonestidíjde da opinião puMica. Os trafican». tes da letra redonda, criadores, da fòrça tiçticia da opinião. A força do jor­nal ladapendent™ e o envenenamento subtil causado pelas suas infotmações Manifestações esPontâneas preparadas na sombra;, o ezemplo do caso Ferrer.. A crueldade patológica das massas populares.. A formação, da opinião na- época do Terror. O poderio da opin.ão } ública é o poderia da ignorancia,. A competencia profissional causa de inaptidão para a crítjc dos iactos po* lit.cos.. Necessidade de dar á patria. um p o d |r q,ue seja- indapea.denje. da .Or pinião».

4 O D O M I N G O

BORRAS E SARROS

Gregorio Gil, com fá­brica de distilação, previpe os ex.mjS lavradores e mais pessoas interessadas que compra quaisquer quanti­dades de Sarros, Borras espremidas e secas, e em especial Borras em líquido por preços muito elevados. Péde para não ligarem ne­gocio com outras pessoas sem antes consultarem os seus preços. 800

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SUMARIO: Licor deparativo ou purgante, clistéres e seu préstimo- vomitorio e seu emprego., chás e co simentos, elixir estomacal e seu em­prego, leite e lambeaores peitoraes. óleos e caldos, dieta rasoavel. imagi naçáo curativa, banho de fogo suuo- rifico, banhos frígidos, lavagens, fri cçóes e compressas estimulantes, si- napismo e outros tópicos distrativos. rellexóes ácêrca dos vermes e cura das sezões, remedio paia os olhos, ouvidos, fauces e dentes, contra.a epilepsia, dôres de cabeça, icterícia, diarreia, astma, saluços, incómodos na bexiga, gangrena, envenenamento, frieiras, sarna, escaldaduras, foga- gens, unheiro, pa, aricio, antraz, fe­bre intermitente, febre renutente. outras febres, febre amarela, cólera- morbus e tifo consequente, febre lenta da tisica, moléstias na cabeça, nos olhos, nos ouvidos. íossas nasaes, bôca, dentes, moléstias no pescoço internas e externas, angina, esqui- nencia, escrófuias, intuipescencia das parótidas, moléstias no peito, cora­ção, pulmão, ligado, estômago, ven­tre. remedio contra a soh.tána, cóli­ca, iópico de açáo diurética, molés­tias nas vias superiores e suas depen­das, \iia posteru r. via anterior, intu- mescencia testicular, hernia, moles tias venéieas. gonorréia. blenorréia. blenorragia, cubóes, moléstias nas extremidades das pernas e braços, frátúras, torceduras, reumatismo, gô- ta, ciática, varizes, calos, pés sujos, cravos, morfeia, bexigas, tinha, eri­sipela, feridas, tumores, úlceras, fe­ridas r&çen-es. feridas estacionarias cancros, aneutisma. tétano, kisto cachexia e rachitis, nevralgias, insó nia, sonolência, loucura e delírio apoplexia, hidrofobía e biofobía.

' LISBOA /Henrique Bregante' Torres

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A luç iluminando uma era nova, libertando 0 espírito da mulher e da criança da, tutela nefasta dos jesuí­tas e das congregações religiosas.

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Divagando=Onde principia e oftde acaba D eus=A preocupação da humanidade=A Biblia, a Historia da Filosofia— A terra segundo os sabios‘= O s crimes e 0 Deus Bíblico — O diluvio dos^hebreus=A Biblia é o livro mais immoral que ha=Julgamcnto do Deus da Guerra— Eurech!-Jerichóf= 0 egíto historico até ao exodo do povo de Moysés=Filosofando= Filosofando e continuando— Deuzes e religiões=Autos de fé, tor­mentos, morticínios e assassinos em nome de Deu>

cristão— A separação da igreja do EstadoO livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão

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IV

A D EG RAD AÇ ÃO DO PO D ER R E A L

Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pre­goeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza do rei constitucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia no­va». A «monarquia nova», menos monarquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional n ã o é preferível ao regimen republicado. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder arbitrário. O falso equilíbrio social resultante do casamento do po­der real com o poder do povo. O poder real, inde­pendente dós súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, governa^ ousadamente». O ezemplo que nos vem ’de França.

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