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ANO XVII DOMINGO, 11 D13 FEVEREIRO DE 1917 N.° 814 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Assiffiaísira Ano. iS; semestre. $ 5 o. Pagamento aaeantado. Para fóra: Ano. 1S20: semestre. S60; avuiso. $02 Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa forte). PKOPRIETARIQ-DIRETOR José Augusto Saloio Pufelieações ___ ÀLilÓi ADj UN í S i UAVAU D lli u u u a i u Anúncios—t.3 publicação. 304 a linha, nas seguintes. $02, fj (Cosssposição e iaupressão) Q Anúncios na d.3 pagina, contrato especial. Os autógrafos não ~ RUA CÂNDIDO DOS REIS — 126, 2.° g se restituemquer se,amou não publicados. g 5 administeadou-MAKUEL T. PAULADA editob-LUCIANO FORTUNATODA COSTA crueldade e a educação (Dedicado|aos dis- tintos educadores srs. Luiz. Leitão, J. Fon- tana da Silveira e Mário Rodrigues da Silveira): «A falta de consideração e a conduta ilegal sem sen- timentos para com os ani- maes, que facilmente dege- neram em verdadeira cru- eldade», diz a senhora D. Maria F. Lovell,' «mostra- nos em primeiro logar e principal, a impotência d a - queles para defender-se e o maior número de ocaziões que ezistem para semelhan- te proceder. Pode-se começar des- de novo. Uma inocente criança pode, no meio da sua felicidade apertar um pobre gatinho atéquazi a á- fogal-.o ou tratar de meter- lhe os deditos pelos olhos, porêm a inocência da cri- ança não é uma razão pa- ra permitir-lhe um passa- tempo que cauza dor a um sèr vivente. O gatinho tem direitos que ainda ao peti- zinho se lhe deve ensinar a respeitar, e a criança tem tambem direitos a que des- de os primeiros anos da vida se lhe dè aquele ensi- no que ha de mais tarde tornal-o um membro bené- volo e humano da socieda- de e não um ser egoista e desconsiderado». N um ou- tro trabalho, diz-se: «Pelas Sociedades cria- das para impedir atos de crueldade contra as crian- ças, nos inteirámos na fre- quencia com que estes são tratados cruelmente por a- queles que deviam prote- gel-os. Mas isto não é ou- tra coisa senãcf uma con- sequencia natural. Quando o pae era criança, ator- mentava o gatinho; quan- do rapaz, abuzava do cão; quando adolescente, mal- tratava os companheiros mais jovens e como mari- do ezerce agora tirania so- bre sua espoza e seus filhos. Nunca aprendeu a reprimir as suas paixões; nunca sou- be o que é proteger um débil; nunca aprendeu a respeitar os sentimentos dos outros. Que SC póde, pois, esperar d’ele? O sen- tido de justiça da criança é muito perspicaz e conhe- ce quando se o castiga sim- plesmente porque sua mãe ou seu pae estão de mau humor, e necessitam desfa- zer a cólera em alguem. Será extranho, pois, que esta criança cresça cruel e rancorosa que aprenda fa- cilmente a enganar e que a vida do pae se volte a re- petir na do filho? Muitas mães dão incons- cientemente a seus filhos a primeira lição de crueldade. Sentam a tenra criança no cavalinho e pondo-lhe nas mãos um chicote, dizem- lhe: «Agora fustiga o ca- valo velho e fai-o andar». Rosinha atormenta o gato e fal-o miar de dor, e a mãe exclama: «Não tires do co- lo o gato, que te vae arra- nhar». Tomazinho belisca o cão para vel-o fazer con- torsões, e a mamã diz-lhe.: «N ão lastimes o Conflor, Tomaz, que te póde mor- der». Oh! mães. Não com- preendeis que ensinaes aos vossos filhos a praticar o bem só mente quando o ser a quem. maltratam possa devolver-lhes o dano? João- sinho começa a correr pe- lo quarto, tropeça numa cadeira, cae, produz um fe- rimento na cabeça. Kompe a chorar, e a mãe exclama: «Cadeira má que fizeste que Joãosinho se ferisse, bate na cadeira má». Com isto se ensina a criança que em vez de refrear os ím- petos da cólera, lhes dê ré- dea solta, e que ao sofrer algum golpe, em logar de suportal-o como um ho- mem, trate de vingar-se em alguem, seja inocente ou culpado. Qual será o resultado de tal educação? Um pequenito de quatro anos puxava pda sáia de sua mãe e molestava-a querendo fazer com que |ela brincasse corii ele. «Não ;me atrapalhes agora», dis- ise a mãe, «vae para o jar- dim e corre atraz da gali-,é precisamente animar essa nha coxa até a agarrares.» E o rapaz saiu correndo radiante de alegria ante a p rspetiva de tal diversão. Quinze anos mais tarde, a- Natureza tao amoravel e boa». Pena é que nem todas as pessoas pensem assim, e que com a educação mora JOSE MIGUEL. chando-se esta mesma se- lisadora junto dos seus nhora enferma, estranha-j contribuam para a prática va-se bastante e lamenta-;dos preceitos da BONDA- va-se amargamente, como: DE que é o que mais se ne- era possivel que seu filho cessita para o progresso por quem ela tinha traba-jda colétividade*humana, lhado tanto e feito tantos sacrifícios, se mostrasse tão insensível ao sofrimen- to da sua boa mãe. A se- mente que ela plantou e c , j# T •« . regou tinha brotado e da- Sob ° t'tu,° de : I;eltl,ras do abundantes frutos, e a- Para e" as>>, quela mulher nem sequer £lanl' al. Geral de Instrução compreendia que estava Pnmana ,de, Par!s'.um V? recolhendo o fruto do seu! 9 ueno estudo acerca de A s doutrinas ite í otsíoi proprio trabalho,». Folstoi, onde se alude á tristeza que foi para o (.jpmo sei es 1 acionaes,; p.rancje apóstolo do Bem temos poigrande^obi iga-j n- Q ter comunicar ção deíendere proteger osguas crencas e. a sua mais fracos. Os animais de- an£-ra peElsar nem a vem merecer os ft°&SOa! sua mulber nem aos filhos. constantes disvelos porque contribuem bastante para a alegria da nossa vida. Qutm se não sentirá con- tente vendo um gatinho, o brincalhão habitual, cor- rendo atraz de nós pulan- do alegremente? Quem não sentirá alegria ouvin- do o cantar dos gaios? Quem não se extasiará ou- vindo os gorgeios? Sobre a educação a mi- nistrar ás criancas, tomâ- A mulher amava sem dúvida Tolstoi,, mas não pudéra nunca afinar o seu pensamento peio d’ele; com os filhos ainda 0 desacor- do era maior. M. A. Leroy Beauleeu, que permaneceu algum tempo em casa de Tolstoi conta que á meza, quando o pae faiava, os filhos mal conseguiam disfarçar o a- borrecimento que para eles . , , (era ouvil-o. Apenas duas mos a liberdade de trans-jou tre2 das fiHias> uma das crever algumas passagens j ajs ajj^s morreu, pare- d um artigo que ti ata d es-1 cjam. ínteressar-s alguma te importante as&unto, e ;c0jsa. com as doutrinas, e que lemos na «Revista do ag teor[as (j0 ancião.. Bem»:. «Demos o campo aos O autor escreve: «Tolstoi- sofria com êste nossos filhos com todas as;;soiamento intelectual, so- suas alegrias, as suas cia-1 fr ja nao menos, com as re~ ridades, os seus elementos j lações. da sociedade que o reconstitutivos do corpo, j mundo lhe impunha uma as suas sugestões^ podero-, vez p0r outra e que 0 0 - sas para a formação da al- j brigavam a receber visitas ma • j fatigantes vindas de toda a «Ponhâmol-os em con-iparte- principalmente da tacto com a Natureza, quej America; sofria com os é necessário amar acima restos de luxo de que a fa- de tudo: as plantas, o ar, j milia o rodeava e com os o ceo, as flores e os ani-, quais ele tinha forcosamen- mais, com a condição po- j te de conformar-sê. rêm de os convencer,--aosI «Esse luxo era de resto nossos filhos,— que os so-!tudo quanto havia de mais breditos animais não foram] simples, a julgar pelos re- feitos para nós os perse-j> latos d'aquelas pessoas que guirm oseos destruirmos, o iam surpreender, na sua pois que um dos fins deles! pequena e simples casa de u'm mobiliário quasi aus- téro, com o seu quarto es- treito para dormir com um pequeno leito de ferro, al- gumas cadeiras e paredes nuas. «Este conforto incomo- dava-o ainda assim consti- tuindo para ele um perma- nente, remorso». E’ estranho que as boas almas a quem não incomo- dam semelhantes escrupu- los de consciência estirar nhem o fim que teve o grande pensador. P arece comtudo faeil de compreender que esse ho- mem essencialmente reli- gioso> prezo constantemen- te de tais preocupações de espirito e, por outro lado sob a áção da idade, que nunca se faz sentir debal- de perdesse num momento o dominio sobe si e fizesse' aquilo que se costuma cha- mar— uma tolice. E fel-a realmente saindo absolutamente de casa e indo cair morte num- po- voado proeimo ao d ele en- tre gente não conhecida mas que, vindo a saber quem de era, o transpor- tou a casa, ao seio da sua não completamente- amiga familia. M. TALBOT. Comentários & Moficias «Sjssíí ®. « le F r e g u e s i a E m sessão de quinta feira pas^ sa.da da Jun.la de Freguezia d’es- ta vila,, foi deliberado,, por una- nimidade, oficiar á Associação, do- Registo Civil dando4he toda a solidariedade na campanha de protesto contra a ezistencia das «Filhas de Maria» no nosso paiz. — Tam bem foi deliberado,sub.%- crever cota a quota anual de um escudo para aquela associação, bem eorao com a: importancia de 2$õ0 para o Instituto Branco, Rodrigues, em harmonia, com um, oficio recebido.. ,4nto de fé Faz ôje 374 anos que se deu. um. auto de fé no Porto, no cam- po, junto á Porta do Sol. Arma- ram-se trez cadafalsos. Sahiram 84 penitentes,, a saber:; 4 qne- morreram, no fôgo, 21 que quei^ maraxn em estátua e 15 .condena.- dos a cárcere perpétuo, com sam,- benito, e 43, penitenciados a cár- cere temporal d’um até d,ez anos e duas testemunhas, falsas. E unico auto de fé que ba noticia,, eíetuado na capitai do noite.

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Page 1: -MAKUEL T. PAULADA editob-LUCIANO FORTUNATO DA … · principal, a impotência da queles para defender-se e o maior número de ocaziões que ezistem para semelhan te proceder. Pode-se

ANO X V II DO M ING O , 11 D 13 F E V E R E IR O DE 1917 N.° 814

S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

AssiffiaísiraAno. iS; semestre. $5o. Pagamento aaeantado.Para fóra: Ano. 1S20: semestre. S60; avuiso. $02 Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa forte).

PKOPRIETARIQ-DIRETOR— J o s é A u g u s t o S a l o i o

Pufelieações„ ___ ÀLilÓi ADjU N í S i UAVAU D l l i u u u a i u Anúncios— t.3 publicação. 304 a linha, nas seguintes. $02,fj ( C o s s s p o s i ç ã o e i a u p r e s s ã o ) Q Anúncios na d.3 pagina, contrato especial. Os autógrafos não~ RUA CÂNDIDO DOS REIS — 126, 2.° g se restituem quer se,am ou não publicados.g 5 administeadou-MAKUEL T. PAULADA editob-LUCIANO FORTUNATO DA COSTA

crueldade e a educação( D e d i c a d o | a o s d i s ­

t i n t o s e d u c a d o re s srs. L u i z . L e i t ã o , J . F o n ­t a n a d a S i l v e i r a e M á r i o R o d r i g u e s da S i l v e i r a ) :

«A falta de consideração e a conduta ilegal sem sen­timentos para com os ani­maes, que facilmente dege­neram em verdadeira cru­eldade», diz a senhora D. Maria F. Lovell,' «mostra- nos em primeiro logar e principal, a impotência d a ­queles para defender-se e o maior número de ocaziões que ezistem para semelhan­te proceder.

Pode-se começar des­de novo. Uma inocente criança pode, no meio da sua felicidade apertar um pobre gatinho atéquazi a á- fogal-.o ou tratar de meter- lhe os deditos pelos olhos, porêm a inocência da cri­ança não é uma razão pa­ra permitir-lhe um passa­tempo que cauza dor a um sèr vivente. O gatinho tem direitos que ainda ao peti- zinho se lhe deve ensinar a respeitar, e a criança tem tambem direitos a que des­de os primeiros anos da vida se lhe dè aquele ensi­no que ha de mais tarde tornal-o um membro bené­volo e humano da socieda­de e não um ser egoista e desconsiderado». N um ou­tro trabalho, diz-se:

«Pelas Sociedades cria­das para impedir atos de crueldade contra as crian­ças, nos inteirámos na fre- quencia com que estes são tratados cruelmente por a- queles que deviam prote- gel-os. Mas isto não é ou­tra coisa senãcf uma con- sequencia natural. Quando o pae era criança, ator­mentava o gatinho; quan­do rapaz, abuzava do cão; quando adolescente, mal­tratava os companheiros mais jovens e como mari­do ezerce agora tirania so­bre sua espoza e seus filhos. Nunca aprendeu a reprimir as suas paixões; nunca sou­be o que é proteger um débil; nunca aprendeu a

respeitar os sentimentos dos outros. Que SC póde, pois, esperar d’ele? O sen­tido de justiça da criança é muito perspicaz e conhe­ce quando se o castiga sim­plesmente porque sua mãe ou seu pae estão de mau humor, e necessitam desfa­zer a cólera em alguem. Será extranho, pois, que esta criança cresça cruel e rancorosa que aprenda fa­cilmente a enganar e que a vida do pae se volte a re­petir na do filho?

Muitas mães dão incons­cientemente a seus filhos a primeira lição de crueldade. Sentam a tenra criança no cavalinho e pondo-lhe nas mãos um chicote, dizem- lhe: «Agora fustiga o ca­valo velho e fai-o andar». Rosinha atormenta o gato e fal-o miar de dor, e a mãe exclama: «Não tires do co­lo o gato, que te vae arra­nhar». Tomazinho belisca o cão para vel-o fazer con- torsões, e a mamã diz-lhe.: «N ão lastimes o Conflor, Tomaz, que te póde mor­der». Oh! mães. Não com­preendeis que ensinaes aos vossos filhos a praticar o bem só mente quando o ser a quem. maltratam possa devolver-lhes o dano? João­sinho começa a correr pe­lo quarto, tropeça numa cadeira, cae, produz um fe­rimento na cabeça. Kompe a chorar, e a mãe exclama: «Cadeira má que fizeste que Joãosinho se ferisse, bate na cadeira má». Com isto se ensina a criança que em vez de refrear os ím­petos da cólera, lhes dê ré­dea solta, e que ao sofrer algum golpe, em logar de suportal-o como um ho­mem, trate de vingar-se em alguem, seja inocente ou culpado. Qual será o resultado de tal educação?

Um pequenito de quatro anos puxava pda sáia de sua mãe e molestava-a querendo fazer com que

|ela brincasse corii ele. «Não ;me atrapalhes agora», dis- ise a mãe, «vae para o jar­

dim e corre atraz da gali-,é precisamente animar essanha coxa até a agarrares.» E o rapaz saiu correndo radiante de alegria ante a p rspetiva de tal diversão. Quinze anos mais tarde, a-

Natureza tao amoravel e boa».

Pena é que nem todas as pessoas pensem assim, e que com a educação mora

JOSE M IGUEL.

chando-se esta mesma se- lisadora junto dos seus nhora enferma, estranha-j contribuam para a prática va-se bastante e lamenta-;dos preceitos da BONDA- va-se amargamente, como: DE que é o que mais se ne- era possivel que seu filho cessita para o progresso por quem ela tinha traba-jda colétividade*humana, lhado tanto e feito tantos sacrifícios, se mostrasse tão insensível ao sofrimen­to da sua boa mãe. A se­mente que ela plantou e c , j# T •«.regou tinha brotado e da- Sob ° t'tu,° de : I;eltl,ras do abundantes frutos, e a- Para e" as>>, quela mulher nem sequer £lanl' al. Geral de Instruçãocompreendia que estava Pnmana ,de, Par!s'.um V? recolhendo o fruto do seu! 9ueno estudo acerca de

A s doutrinas ite í otsíoi

proprio trabalho,». Folstoi, onde se alude átristeza que foi para o

(.jpmo sei es 1 acionaes,; p.rancje apóstolo do Bemtemos poi grande^obi iga-j n- Q ter comunicarção deíendere proteger os guas crencas e. a suamais fracos. Os animais de- an£-ra peElsar nem avem merecer os ft°&SOa! sua mulber nem aos filhos.constantes disvelos porque contribuem bastante para a alegria da nossa vida. Qutm se não sentirá con­tente vendo um gatinho, o brincalhão habitual, cor­rendo atraz de nós pulan­do alegremente? Quem não sentirá alegria ouvin­do o cantar dos gaios? Quem não se extasiará ou­vindo os gorgeios?

Sobre a educação a mi­nistrar ás criancas, tomâ-

A mulher amava sem dúvida Tolstoi,, mas não pudéra nunca afinar o seu pensamento peio d’ele; com os filhos ainda 0 desacor­do era maior.

M. A. Leroy Beauleeu, que permaneceu algum tempo em casa de Tolstoi conta que á meza, quando o pae faiava, os filhos mal conseguiam disfarçar o a- borrecimento que para eles

. , , (era ouvil-o. Apenas duasmos a liberdade de trans-jou tre2 das fiHias> uma dascrever algumas passagens j ajs ajj^s morreu, pare-d um artigo que ti ata d es-1 cjam. ínteressar-s algumate importante as&unto, e ; c0jsa. com as doutrinas, eque lemos na «Revista do ag teor[as (j0 ancião..Bem»:.

«Demos o campo aosO autor escreve: «Tolstoi- sofria com êste

nossos filhos com todas as;;soiamento intelectual, so- suas alegrias, as suas cia-1 fr ja nao menos, com as re~ ridades, os seus elementos j lações. da sociedade que o reconstitutivos do corpo, j mundo lhe impunha uma as suas sugestões ̂podero-, vez p0r outra e que 0 0 - sas para a formação da al- j brigavam a receber visitas ma • • • j fatigantes vindas de toda a

«Ponhâmol-os em con-iparte- principalmente da tacto com a Natureza, quej America; sofria com os é necessário amar acima restos de luxo de que a fa­de tudo: as plantas, o ar, j milia o rodeava e com os o ceo, as flores e os ani-, quais ele tinha forcosamen- mais, com a condição po- j te de conformar-sê. rêm de os convencer,--aosI «Esse luxo era de resto nossos filhos,— que os so-!tudo quanto havia de mais breditos animais não foram] simples, a julgar pelos re­feitos para nós os perse-j> latos d'aquelas pessoas que guirm oseos destruirmos, o iam surpreender, na sua pois que um dos fins deles! pequena e simples casa de

u'm mobiliário quasi aus- téro, com o seu quarto es­treito para dormir com um pequeno leito de ferro, al­gumas cadeiras e paredes nuas.

«Este conforto incomo- dava-o ainda assim consti­tuindo para ele um perma­nente, remorso».

E’ estranho que as boas almas a quem não incomo­dam semelhantes escrupu- los de consciência estirar nhem o fim que teve o grande pensador.

P arece comtudo faeil de compreender que esse ho­mem essencialmente reli- gioso> prezo constantemen­te de tais preocupações de espirito e, por outro lado sob a áção da idade, que nunca se faz sentir debal­de perdesse num momento o dominio sobe si e fizesse' aquilo que se costuma cha­mar— uma tolice.

E fel-a realmente saindo absolutamente de casa e indo cair morte num- po­voado proeimo ao d ele en­tre gente não conhecida mas que, vindo a saber quem de era, o transpor­tou a casa, ao seio da sua não completamente- amiga familia.

M. TALBOT.

Comentários & M oficias

«Sjssíí®. «le F r e g u e s i aE m sessão de q u i n t a fe i ra pas^

sa.da da J u n .l a de F r e g u e z i a d ’ es- t a v i l a , , foi d e lib e ra d o , , p o r u n a ­n i m i d a d e , oficiar á As so ciaçã o , do- R e g i s t o C i v i l d a n d o 4 h e to d a a so lid a rie d a d e n a c a m p a n h a de pr o te sto c o n t r a a e ziste n c ia das « F i l h a s de M a r i a » no nosso p a i z .

— T a m b e m foi de liberado,sub.%- c r e v e r cota a q u o ta anual de u m escudo p a r a a quela a ssociação, be m eorao co m a: i m p o r t a n c i a de 2 $ õ 0 p a r a o I n s t i t u t o B r a n c o , R o d r i g u e s , e m h a r m o n i a , c o m u m , oficio re c e b i d o ..

, 4 n t o d e f éF a z ô je 3 7 4 anos q u e se deu.

u m . a uto de fé no P o r t o , no c a m ­p o , j u n t o á P o r t a d o S o l . A r m a ­ra m -s e t r e z cada fa ls os . S a h i r a m 8 4 p e n it e n te s, , a sa b e r: ; 4 qne- m o r r e r a m , no f ô g o , 21 q u e que i^ m a ra xn e m e stá tu a e 1 5 . condena.- dos a cárcere p e r p é t u o , com sam,- b e n it o , e 43, p e n it e n ciado s a c á r - cere t e m p o r a l d ’ u m até d,ez a n o s e d u a s te s t e m u n h a s , fa lsas. E ’ unico auto de fé q u e ba n oticia , , e í e t u a d o n a c a p i ta i do n o i t e .

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9 O D O M I N G O

A CARESTIA DA VIDA COFRB F E E D L ã S

São cada vez mais ne­gras as côres com que se nos apresenta a grave ques­tão da carestia da vida muito principalmente para o proletariado. Os géne ros de primeira necessida­de sobem dia a dia de pre ço duma maneira extraor- dinaria. A ganancia da maioria dos produtores não tem limites. Para eles as algibeiras do povo são elásticas. Para eles a guer­ra tem sido uma mina. E'| certo que a guerra, que ha perto de trez anos en­che de luto e morte os campos outrora fartos da Europa, espalhou por toda a parte o desequilíbrio e- conómico. Mas é certo tambem que a gravidade dos seus efeitos ainda não deu motivo de vir até nós com tanta violência principio, os gananciosos, desculpavam-se que os seus artigos haviam subi­do de preço porque eram de origem alemã e se es­tavam tornando raros no mercado. Mas agora per­guntámos nós: a lenha, o carvão, o leite, o queijo, o assucar, a carne, o peixe, tudo, emfim colhido ao pé da nossa porta tambem tem razão para estar trez, quatro vezes mais caro? Porque não ha de o go­vêrno obrigar as autorida­des de todo o paiz a pô' rem um dique a tais abu­sos que constituem verda deiros roubos á algibeira do pobre? Porque se não ha de ezigir o sacrifício de todos, n’esta hora terrivel,

Para ab rir um poemaAlma impotente, inerte, alma vencida,— vencida mal entraste a batalhar— eu vou mostrar-te aqueles que na vida ainda esperam um aia triunfar.

Vou rasgar mais sangrenta a tua frida. o teu segredo aos outros devassar.. .Se alguem na vida te souber amar é porque sente e compreende a vida.

Alma impotente! Ao teu sonho abatido, feito em cin%a, que o vento já varreu, quem pudéra de novo dar-lhe vida!

Aqueles que, como eu, lêem sofrido,aqueles cuja aima não venceu,de par em par eu te abro alma vencida!

J o ã o F o r t u n a .

p r o v á v e l , p ro b a b i l is s i m o até q u e E l e « r e i n e » m u i t o á v o n t a d e p a r a f a z e r v ê r q u a n t o póde n a v i l a « m a i s m a s s iç a m e n t e re p u b l ie a n a do p a i z » .

ConferenciaA e x . ma C a m a r a M u n i c i p a l

d ’ este c o n c e lh o t e v e d e m o r a d a co n fe re n c ia c o m o s r . m i n i s t r o d o i n t e r i o r n a pa s s a d a t e r ç a f e i ­r a .H oedas de prata

A s m o e d a s d e 5 0 0 réis com a efígie de D . C a r l o s , e D . M a ­n u e l , só t ê e m c u rs o le g a l até m a r ç o e d e z e m b r o , r e s p e t i v a m e n - t e , d ’ este a n o .

FogoP e l a s 2 3 h o ra s de a n t e - o n t e m ,

ao sinal de fô g o fe it o pelo sino d a f r e g u e z i a , m u i t o p o v o c o rre u á r u a a i n f o r m a r - s e do fa cto e até os b o m b e i r o s f o r a m , co m o de c o s t u m e , m u i t o p r o n t o s a p r e s ­t a r so c o rr o s . F i n a l m e n t e — e f e ­l i z m e n t e — n a d a ir.ais foi do que o susto d ’ u m a c r i a n ç a , ‘ fi lh o de A n t o n i o F e r r a l h ã o , que i m a g i ­n a n d o f ô g o e m sua casa co rreu ao s i n o . O q u e se' d e r a t i n h a si-

sobretudo dos ricos q u e 1 do p o u c a coisa q ue r a p i d a m e n t enada sofrem?

O govêrno é verdade que tem feito várias leis, e não duvidámos das suas boas intenções, mas o dia­bo é que elas têem sido mais de molde a encher a gaveta dos ricos açambar- cadores do que a servir as necessidades daqueles que passam a vida num cons­tante labutar

Pois é preciso, indispen-|nossas lellcltaÇ5es- savel mesmo, que se apa guem as cores negras da grave questão da carestia da vida.

fôra extinta.«Sosc d» Vaile

F o i u l t i m a m e n t e e n c a r r e g a d o d a se c r e t a ria d a re d a ç ã o do n os­so p re s a d o co le ga « O M u n d o » o nosso v e l h o a m i g o e i n c a n ç a v e l t r a b a l h a d o r das hostes r e p u b l ic a ­nas J o s é d o V a l l e . F o i a c e rt a d a a e s c o l h a , pois J o s é do V a l l e alia ao seu g r a n d e t a l e n t o , q u e m a ­n ife sta e m p r i m o r o s a e s c r it a , u m a h o n r a d e z e se rie d a d e g r a n ­des.

A ó nosso q u e r id o a m i g o as

posto e x c l u s i v a m e n t e p o r m usi cos a m a d o r e s d ’ esta v i l a , t a m b e m e z e c u t a r á v a r i a d o s n u m e ros do seu b e m p r e p a r a d o re p o r t o rio .

E de e s p e r a r , v i s t o o g r a n d io so do p r o g r a m a , g r a n d e c o n co r re n cia ao R e c r e i o n ’ estas d u as n oites.

Feira dc ISordeusO « D i a r i o do G o v ê r n o » pu b li

cou h a dias o a vis o de qu e se re a lis ará de 1 a 1 5 de s e t e m b ro do ano c o r r e n t e , c o m o se realisou no ano pa ssa do , a F e i r a de B o r d e u s , a q u e p o d e m c o n c o r r e r os i n d u s tr ia i s e c o m e r c ia n te s dos p a ize s aliado s d a I n g l a t e r r a e os n e u t r o s , e q n e , s e g u n d o in fo r maçõ es do. consul p o r t u g u e z , de v e i n te re s s a r p r i n c i p a l m e n t e aos p r o d u t o r e s d e v i n h o s , c o n s e rv a s e c o r t i ç a .

Evasão de p resosD a s cadeias d ’ esta v i l a e v a d i ­

r a m se sêsta fe ira p a s s a d a os cé lebre s g a t u n o s d a q u a d r il h a « R ô l a » M a n u e l E s p a n h o l , C u s t o dio S a p a t e i r o e João M a r i a n o . N ã o t e m q u e v ê r , p o r estes si- tios os l ad rõ es t ê e m a lib e rd a d e g a r a n t i d a . E ’ q u e s tã o de uns dias e de pois sa e m m u i t o á sua v o n t a d e até S a r i l h o s G r a n d e s , fi c a m ali n a i g r e j a , e n t r a m em

co-

Criuies de alemãesT e l e g r a m a s de P a r i s d i z e m

q u e agen te s ale m ãe s o fe re c e m ás cria n ças d o s e x o m a s c u l i n o , á s a h i d a das e scolas, bolos e n ­v e n e n a d o s .

P o r m o t i v o de m u i t a s os te ­r e m ace ita do e c o m i d o se e n ­c o n t r a m nos h o spitais.

A po licia e stá r e v e n d o as cé- ulas do s e x t r a n g e i r o s r e s i d e n ­

tes n ’ a q ú e la cidade p o r se c a l ­c u l a r q u e h a e ntre eles a g e n t e s jale m ãe s.

O c r i m e é r e p u g n a n t e , m e r e ce n do p o r isso u m s e v e r o c a s t i ­g o os seus a u t o r e s .

O pãoO s r . m i n i s t r o d o t r a b a l h o

r e u n i u n a p assada q u i n t a fe i ra o o m m o a g e ir o s , p a n i fi c a d o r e s , os sr s . V a s c o n c e l o s D i a s , d i r é t o r d a M a n u t e n ç ã o M i l i t a r e d r . L o ­pes F i d a l g o , g o v e r n a d o r c i v i l de L i s b ô a , a fi m d e e s t u d a r a f ó r ­m a de r e s o l v e r a que stã o do p ã o . T r a t o u se l a r g a m e n t e do a s s u n t o , a s s e n ta n d o se em e la ­b o r a r u m t r a b a l h o q u e s e rá p r e ­sente c o m t o d a a b r e v i d a d e ao

m in is tro do t r a b a l h o , a fim do ilu s tr e e stad is ta e l a b o r a r u m de c re to q u e solucione a q u e s tã o .

COMISSÃO EZECUTIVa

Carnaval' P a r e c e e s t a r p r o h i b i d o de sair

á r u a êste a n o , o rei da f o l i a , o p o r q u i s s i m o e e r r i t a n t e C a r n a ­v a l . D e sa ir á r u a e , não sabe­m o s , de e n t r a r até nos te atro s o n d e , á lê m do q ue d e i x á m o s d i ­t o , é m a l c r i a d o , p r o v o c a d o r e d e s o r d e i r o . P a r a t e r m i n a r c o m os seus p é s s im o s co s tu m e s de « r e i ­n a r » , que são a lt a m e n te o fe n s i ­v o s da g r a v i d a d e de ocasião que a t r a v e s s á m o s , foi necessário a ph c a r-lh e o «colete de f ô r ç a s » .

E m A l d e g a l e g a , co m o ca da u m f a z o q u e m u i t o b e m lh e p a r e c e ,

T eatro Ifiecrcio Popular« A c h a v e m e s t r a » q u e t a n to

a g ra d o u ao p u b lic o q u a n d o , u l t i ­m a m e n t e , foi p r o j e t a d a no « e c r a n » d ’ este s a l ã o , c o m e ç a r á ô je a se r e z i b i d a p e la se g u n d a v e z .

M u i t o s dos q u e n ão p o d e r a m v ê r êste e m o c io n a n te « f i l m » , q u a n ­do cá o tro u c e o e r a p r e z a r i o d ’ es- te t e a t r o , m a n i f e s t a r a m o seu d e ­sejo d e o p o d ê r a p r e c i a r e p o r isto ele v o l t a a p r o j e c t a r se no R e c r e i o P o p u l a r . D o s 1 5 episo- dios de q u e se c o m p o e « A ch a v e m e s t r a » 6 se rã o ô je p r o j e c t a ­do s, ficando pa ra a p r ó c i m a q u i n ­ta f e i r a os re s t a n t e s .

O s p re ço s dos l u g a r e s , n ’ este t e a t r o , p a r a ôje e q u i n t a fe ira são r e d u z i d í s s i m o s não d e v e n d o p o r isso, os q ue a i n d a n ã o v i r a m ião i m p o r t a n t e « f i l m » , p e r d e r a oca sião . O q u a r t e t o , q u e é c o m -

q u a l q u e r e s t a b e l e c i m e n t o , m e m e b e b e m e d e p o is conti n ú a m « h o n r a d a m e n t e n a v i d i - n h a » até que a lg u m a a u t o r i d a d e lh es deite a m ã o p a r a e n t r a r e m nas prisõ e s d ’ esta v i l a e sa íre m n o v a m e n t e . E ’ q u e nas cadeias d ’ esta v i l a , q u a n d o e n t r a m g r a n des c rim in o s o s , p a re c e h a v e r l o g o q u e m lhes o fe re ç a to das as c o m o d i d a d e s e até lhes p e r m i t a escoiher prisões e e s t a r e m j u n ­tos. E d ’ a q ui o re s u lt a d o de saí­r e m d a s cadeias q u a n d o d ’ elas estão a b o r r e c i d o s .

Casa Bi. da Cunha i t SáD ’ esta i m p o r t a n t e casa co m

e s c r ito rio na R . de S . M a r c h a i 5 1 , 1 . ° , e m L i s b ô a , re c e b e m o s os s e gu inte s l i v r o s p o r ela edita dos m u i t o uteis a q u e m se d e d i ­ca ao estud o da fi s io lo g ia : H i g i e ­ne p r a t i c a do c a s a m e n t o » , « M i s terios d a a lc ô v a m i p l i a l » e « T r i b a d ís m o e S a f i s m o » . R e c e b e m o s a in d a « D o h i p n o t i s m o á a v i a ç ã o » , q u e é u m b o m g u ia dos h ip n o lo g o s , « P a t r i a e P e p u b l i c a » u m fo- Ih e te d e p r o p a g a n d a re p u b l ic a n a p o r M a n u e l J o a q u i m G o n ç a l v e s de C a s t r o v a r i a s leis da R e p u b l i ca e « A f a r m a e i a em c a s a » , u ti­líssim o m a n u a l de h ig ie n e

A g r a d e c e m o s a o f e r t a .

Padre «9osé A gostinho de Slacedo.F a z ôje 1 2 5 a nos q u e o p a d re

J o s é A g o s t i n h o de M a c e d o , p o e ­ta i l u s t r e , n a t u r a l de B e j a , foi e x p u l s o da o r d e m do s a g o s tin h o s . O b t e v e de R o m a u m b r e v e de secu laris açã o , c o m o s im ple s pre s b íte ro . E r a u m t e r r i v e l m ig u e iis t a , i n im ig o figa dal d o p o e ta r e ­v o l u c i o n á ri o B o c a g e .

O «bloco»A f i n a l o « b l o c o » de q u e t a n t o

se fa lo u e de q ue a in d a se fa l a , não é n a d a , a b s o l u t a m e n t e n a d a . D e p o i s de t a n ta s re u niõ e s de p re p a r o v ê se q u e só d o z e « b l o - q u i s ta s » a p a r e c e r a m a v o t a r c o n tr a o g o v ê r n o . O r a não seria m e l h o r e s ta r e m q u i e t i n h o s a vi r e m f a z e r r i r o g o v ê r n o ? A s s i m estam os a v ê r q u e o « b l c c o » foi-se ás m a l v a s . . . do V a l l e .

Milagre de K^ourdcs5 9 anos f a z ôje que B e r n a d e t -

te S o u b i s r o u s , r a p a r i g a p a s t o r a , e n t r a n d o na g r u t a de M a s s a b ie l- l e , e m L o u r d e s , e n c o n t r o u e m colóquio a m o ro s o u m a d a m a m u i ­to c o n he cida e u m oficial d e ca v a ia r i a q u e , a s s u s ta d o s , a p r o v e i ­t a r a m o re c u rs o o r i g i n a l d e a d a m a r e p r e s e n t a r de v i r g e m . « E u sou a I m m a c u l a d a C o n c e i ­çã o . D i r á s aos pa d re s que c o n s­t r u a m a q u i u m a c a p e l a » . B e r n a d e tte S o u h i s r o u s foi e n c e r r a d a n o c o n v e n t o das U r s u l i n a s d e N e v e r s .

Como d’antesO nosso c o le g u a « O M u n d o »

de sêsta fe i ra p u b l ic a e c o m e n t a u m a c i r c u l a r q u e os m o n á r q u i c o s m a n d a r a m d i s t r i b u i r n o s e n tido d e c o n s e g u ir a d e p to s .

N ó s , filh os e re side n tes n a v i ­la « m a i s m a s s iç a m e n t e r e p u b l i ­c a n a do p a i z » o u v i m o s na noite de 1 9 de a b r i l de 1 9 1 5 d a r v i ­v a s á m o n a r q u i a e e s tiv e m o s c o n d e n a d o s á m o r t e pelo fa c t o de a in da serm os re p u b lic a n o s . I s t o em a bril de 1 9 1 5 . S e o c o ­lega o bse rva sse o q u e a g o r â p o r cá se p a s s a , v e r i a q u e a i n d a e s ­t a m o s m u i t o p e i o r . A g o r a q u e m m a n d a são os m o n á r q u i c o s .

Pensam entoO fim dos esforç os da v i d a

d o s h o m e n s e do s a n i m a i s é a fe lic id a d e , é a sa tisfa ção de suas necessidade o fisicas e m o r a i s . — B o u r d e t r

Em sessão ordinaria de 7 do corrente sob a presi- dencia do sr. Joaquim Ma­ria Gregorio e estando presentes os vereadores, srs. Antonio Cristiano Sa­loio, José da Silva Lino Va- reiro e José Teodosio da Silva, foi lido o seguinte expediente:

Postal de Inez Pinto Gonçalves pedindo os do­cumentos com que con­correu ao logar de profes­sora da escola oficial mas­culina d’esta vila.

Requerimento de Anto­nio Sabino Junior pedindo autorisação para colocar uma grade de ferro na se­pultura de sua sogra Ana da Piedade.

Oficio da professora o- ficial do sexo feminino na vila de Canha pedindo a cedencia do subsidio para renda de casa.

Idem da Diréção Geral do Trabalho pedindo para serem preenchidos uns ver­betes de estatistica indus­trial que remete juntos

Idem do Comandante do Batalhão n.° 3 da guar­da Nacional Republicana pedindo reparos no edifi­cio que serve de posto n’esta vila.

Vários pedidos de sub­sídios de lactação.

Várias notas de faltas e de aproyeitamento das es­colas do concelho.

Em seguida foram to­madas as seguintes delibe­rações:

Remeter os documentos pedidos por Inez Pinto Gonçalves.

Deferir o requerimento de Antonio Sabino Junior.

Comunicar ao Coman­dante do Batalhão n.° 3 da Guarda Nacional Re­publicana que os reparos pedidos já estavam em e- zecução.

Não atender os pedidos de lactação por falta de informações e fazer saber por meio de publicação a todas as interessadas que devem comparecer na pró­cima quarta feira na sala das sessões da Camara para aquele efeito.

Consultar o Ministério do Interior sobre a situa­ção do médico de Canha.

Oficiar ao Internato In­fantil Dr. Afonso Costa pedindo resposta a um ofi­cio enviado por esta Ca­mara.

Intimar os proprietários de prédios em ruas onde haja canalisação a fazerem os respétivos canos, sob pena de procedimento da camara.

Aprovar ordens de pa­gamento.

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O D O M I N G O 1 3

s e r m ã e :com sua áção inconscien­temente prejudicial? Só as-

Quando penso no que ha de grande, de belo, de sagrado na' missão duma Mulher que é e sabe ser Mãe; na responsabilidade tremenda que, como um pesado fardo, pesa sobre os hombros da Mulher que passou; uma ou mais ve­zes, pela crise santa da maternidade; e no quão raro é o encontrar-se uma Mulher que, tendo filhos, esteja devéras á altura do seu papel, saiba, real _e conscientemente, ser a Mãe desses filhos:— minha al­ma se confrange numa dôr íntima e profunda em que vai envolta toda a de­cepção dum ideal sempre irrealisado e o meu velho, indestrutível amor á ver­dade e á humanidade.

Bem sei que cada qual faz na vida o melhor que póde; que tudo e todos o- cupam, na grande cadeia da Evolução, o logar que lhes toca; que ninguém merece censuras por não poder ainda desempenhar um cargo ou ezecutar um acto com a perfeição que não está ainda na esfera dos seus méritos ou do seu desenvolvimento. A grande e verdadeira tole- rancia consiste em não pe­dir a uma alma o que ela não póde dar num deter­minado estado evolutivo, em ter em linha de conta, nas relações com o seme­lhante, misericordiosamen­te, a sua falta de instrução, a sua má saúde, a sua ta- canhez e cegueira espiri­tual.

Eu sei isso: mas quão doloroso é aspirar á luz e só ver trevas ainda que estas não sejam coisa em si mesma, e apenas degráu de transição para a plena claridade!

Quão reduzido é o nú­mero das Mães que real­mente, o saibam ser; que compreendam a rigor o que é educar; que possuam as qualidades morais e mentais indispensáveis á sua missão santíssima!

Ser Mãe não é dar luz: é educar. Não é formar cor­pos, só, mas, principalmen­te, formar almas. E a mai­or parte das mulheres— dolorosa verdade!— não faz d'isto a menor idéia.

Sois capazes de avaliaro suplicio moral d’um pai que tenha ácèrca de Edu­cação, quaisquer luzes, que ame a valer seus filhos e anceie devéras pelo seu pro­gresso e bem-estar, e se veja ao lado d’uma esposa incompetente, incapaz de lhe prestar valiosa coope­ração, antes estorvando-o

sim tereis podido saber em que consiste um dos tormentos do inferno dan- tesco.

E o caso é mais comum do que se vos póde figu­rar, desgraçadamente!

Ninguém póde ser obri­gado a ser pai ou a tor­nar-se mãe, certamente; mas quando, de seu livre arbítrio, de quem assume tão pesada obrigação, de estimar seria que soubesse desempenhal-a a preceito, mesmo porque a consciên­cia da ignorancia não ate­nua o crime de quem lan­ça filhos ao mundo sem os tornar, pela Educação, pu­ros, fortes, saudaveis e ho­nestos, uteis a eles pro­prios e á sociedade!

Quantas Mães sabem sê- lo? Pouquíssimas... A’ maioria das mulheres fal­tam as qualidades ezigidas para educadoras da infan­da. Nem energia para se fazerem obedecer, nem fôr­ça moral para se tornarem respeitadas, nem tolerân­cia, senso, aprumo moral para se fazerem amar; pa­ra educarem, amando, pa­ra amarem, educando.

Para ser obedecido, é preciso saber mandar: ins­pirar confiança pela calma e serena justiça, e pela re­al compreensão da psico­logia infantil; mandar pou­co e só quando, for indis­pensável, mas obrigar, en­tão,brandamente mascom firmeza, as crianças a obe­decer. E a maior parte das Mães não sabem mandar: mandam demais, a torto e a direito, sem curarem de saber se a ordem dada foi cumprida ou não, herram de continuo na ilusão du­ma força moral que não possuem, ralham, resin- gam, tornam o viver das crianças insuportável e tris­te.

Não são respeitadas pe­los filhos, porque eles, com a sagacidade espanto­sa das crianças, conhecem perfeitamente a fraqueza das mães, as suas irresolu- ções, contrasensos, injusti­ças. Não são amadas como deviam ser porque não sa­bem fazer-se amar, pois bem certo, eziomatico é que nós dependemos dos proprios esforços e temos no mundo ezatamente a «sorte» que merecemos. Aquele que chora e se la­múria continuamente;éum mal aventurado, ser anti- magnetico sem qualidades atractivas, votado ao insu­cesso fatal.. .

Ser Mãe* ser a modeia-

dora de almas, a alquimis­ta que dos baixos metais da tnfancia inconsciente tem de fazer o ouro da virtude e da inteligencia: — como isso é difícil, esca­broso, e tão raramente eze- cutado como devia ser!

E’ que, para formar al­mas; é preciso, antes, pos­suir alma; para dar, é pre­ciso ter; para ensinar, é in­dispensável saber; para e- ducar, é necessário ter-se sido educado; á maior par­te das nossas mulheres fal­ta tudo isso, porque nós outros, homens, homens, só as olhamos ainda como corpos e não comos espí­ritos, porque queremos so­mente gosar e não amar, porque os actos mais no­bres e grandes da Vida me­recem ainda a quasi todos, uma atenção ligeirissima, nula em confronto com a que se dedica aos prazeres tornam-se enganosos do ser animal.

Pobres mulheres! pobres crianças! pobres de nós to­dos!. ..

ANGELO JORGE.

Com entários & M oficias

Um noine de D eusN ’ u t r a v i t r i n e d ’ iim a das sa­

las d a B i b l i o t e c a d ’ E v o r a oDde se e n c o n t r a e x p o s t o o p e n d ão da In q u i s i ç ã o , está a f i x a d o o s e ­g u i n t e « p l a c a r d » ;

L E I A S EN o t a i n c o m p l e t a das pe ssoas

q u e e m n o m e de C R I S T O e á s o m b r a d ’ este p e n d ã o , sa íra m nos A u t o s de F é do S a n t o O f i c i o d a I n q u i s i ç ã o d ’ e sta c i d a d e , d e s ­de 1 5 4 o até 1 7 6 . 7 c o m indicação dos r e l a x a d o s e m ca rn e (q u e i m a d o s ) dos q u e i m a d o s e m e stá ­t u a ou p o r m o r t o s nos cá rc ere s ou p o r a u z e n t e s , c o m o cu rio sid a - d e s , t i ra d o s das re la çõe s r e u n i ­das p o r D i o g o B a r b o s a M a c h a d o no C o d i c e C V I — 1 — 3 7 d ’ esta B i b l i o t é c a :

D e a m b o s os se xo s sahidos c o m v á r i a s p e n a s , 7 9 2 1 ; r e l a x a ­do s e m c a r n e : h o m e n s , 1 8 3 . m u lh e r e s , 1 8 9 ; r e l a x a d o s em e s tá ­t u a : h o m e n s , 1 0 3 , m u l h e r e s , 3 3 ; a fo g u e a d o s (?) , 4 ; d e s e n te r ra d o s e q u e i m a d o s seus ossos, 2'y re ce ­b i d o s (os q u e d e po is de m o rt o s nos cá rce re s p o d i a m t e r su fra g i o s ) , 1 9 ; presos e m B e j a e m u m só d i a , 8 7 : — 8 5 4 1 .

«ffnlgamentoS e g u n d a f e i r a passada r e s p o n ­

d e u n o t r i b u n a l d ’ esta v i l a , á b e i r a - m a r p l a n t a d a , o c o n he cido c u r a n d e i r o E n r i q u e S a n t o s a c u ­sado. d e , em A l c o c h e t e , c e g a r u m a c r i a n ç a de t e n r a i d a d e .

F O I A B S O L V I D O .

<4 in q u is iç ã o cm P o r tm gal»..D a i m p o r t a n t e e a c re d it a d a

B i b l i o t e c a do P o v o , de E n r i q u e B . T o r r e s , rua. de S . B e n t o , 2 7 9 — L i s b ô a , re c e b e m o s os to-, m o s 2 1 e 2:2 do h isto rico r o m a n - c » « A I n q u i s i ç ã o era, P o r t u g a l » d e v i d o á p & n n a b r i l h a n t e de C é ­s a r d a S i l v a , A g r a d e c e m o s .

CASAVende-se uma de habi­

tação com quintal, pôço e casa de arrecadação e ter­reno para uma habitaçãona rua Serpa Pinto, 55. Trãta- se nesta vila com José da Fonseca Onofre.

GREGORIO GrlL

C o m f á b r i c a d e distilação n a t r a v e s s a d o L a g a r d a C e r a (na p o n t i n h a ) oferece á sua n u m e r o ­sa c lie n te la , á lé m de a g u a r d e n t e b a g a c e i r a m u i t o bo a de q u e s e m ­p r e t e m g r a n d e q u a n t i d a d e p a r a v e n d a , fi n is s im a a g u a r d e n t e de p r o v a ( 3 0 * ) p a r a m e l h o r a m e n t o de v i n h o s , a ssim c o m o a g u a r ­d e n t e a n i z a d a m u i t o m e l h o r q u e a c h a m a d a d e E v o r a . O s preços são s e m p re in fe ri o r e s aos de q u a l q u e r p a r t e e as q u a lid a d e s m u i t o s u p e r i o s e r .

Urra util aa comercio

MANUALns

CORRESPONDENCIA COMERCIALem

Portuguez e inglez por Augusto de Castro.

Entre os diversos livros da mesma índole que ha publicados, nenhum como êste está ao alcance de to­das as inteligencias, ne­nhum é de tão facil assimi­lação.

0 negociante, o guar- da-livros, o mais simples empregado no comercio nele encontrarão um guia e explicador seguro que lhes garante adquirir den­tro de pouco tempo um conhecimento muito apre- ciavel da lingua ingleza.

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Ou subarrenda-se por o seu dono não poder estar á testa, um estabelecimento bem localisado, nesta vila*

Trata-se com José Soa­res.

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ATLANTIDAMensario artistico, literário e social para Porisagatie

BrazilAdsuinistração; L. do Conde Barão, 4 9 - L I S B O A

UMA SAMPAMMA SE AÇAOO D O G M A D A O P I N I Ã O P Ú B L I C A

A. artificialidade e a deshonestidade da opinião publica. Os trafican­tes da lgtra redqnda. criadores da fprça tiçticia da opinião. A força do jo r­nal in d e p e n d e m " e o envenenamento subtil causado peias suas infotmaçóes Manifestações esPontâneas preparadas na som bra: o ezem plo do caso Ferrer* A crueldade patológica das massas populares. A formaçíro da opinião na época do T e rro r. O poderio da opinião pública é o poderia da ignorancia^ A. com petência profissio nal causa de inaptioão para a crític dos factos p o - lincos. Necessidade de dar á. patria ura poder que seja independente da o» pinião.

E n t r a r a n este n ú m e r o fr a d e s , f r e i r a s , p a d r e s , m é d i c o s , c i r u r ­g i ã e s , b o t i c á r io s , a d v o g a d o s , es t u d a n t e s , m ú s i c o s * m e s tre de p r i m e i r a s l e t r a s , t a b a l i ã e s , m i l i ­t a r e s e u m ca rra sco..

Page 4: -MAKUEL T. PAULADA editob-LUCIANO FORTUNATO DA … · principal, a impotência da queles para defender-se e o maior número de ocaziões que ezistem para semelhan te proceder. Pode-se

4 O D O M I N G O

BORRAS E SARROS

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Henrique Bregante Torres

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.JULGAR DEUSi taba lho i)e aíía íranscenòencia íiíosôíica

A verdade, a razão e a ciesacla esnaagando os prc- con ceiío s bjfolicos e os dogsnas absurdos

das reíigiões rçíse tècna dom inado o nusctto c ess&ravado o progresso

A lus iluminando uma era nova, libertando o espírito da mulher e da criança da tutela nefasta dos jesuí­tas e das congregações religiosas.

TITDLOS DOS CAPÍTULOS

Divagando— Onde principia e onde acaba D eus=A preocupação da humanidade=A Biblia, a Historia da Filosofia— A terra segundo os sabios=O s crimes e o Deus Bíblico— O diluvio dos hebreus=A Biblia é o livro mais immoral que ha=Julgamcnto do Deus da Guerra=Eurech!-Jerichó= 0 egíto historico até ao exodo do povo de Moysés=Filosofando— Filosofando e continuando— Deuzes e religiões=Autos de fé, tor­mentos, morticínios e assassinos erfi nome de Deu;-

cristão=A separação da igreja do Estado’O livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão

D R . A FO N S O COST A . e é uma homenagem ao gran e propagandista re ­publicano D R. M A G A L H Ã E S L IM A . Grão-Mestre da. Maçonaria Portugue- z<>, á Maçonaria m undial e aqs livres pensadores.

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a pronuncia figurada em son s da Fingua portugueza

POR

NI. Gonçalves PereiraVocabularios,

Cartas comerciaes e de amisade Diálogos e frades úteis

- O O O O O -

UMA C A M P A N HA P E A Ç AO N A C I O N A LO LEVANTAMENTO NACIO N AL

IV

A D EG RAD AÇ ÃO DO PO D ER R E A L

Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pre­goeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza

Jjo rei constitucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia no­va». A «monarquia noya», menos monarquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional não é preferível ao regimen republicano. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder arbitrário. O falso equilíbrio social resultante do casamento do po­der real com o poder do povo. O poder real, inde­pendente dos súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, governae ousadamente». O ezemplo que nos vem ’de França.

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