Ano VIII | Dezembro de 2017

ESPECIAL PESQUISADORES VISITANTES

O investimento em pesquisa e inovação ao longo de 2017 já traz benefícios ao Instituto de Tecnologia de Per-nambuco (ITEP). Novas tecnologias, produtos, oportuni-dades de negócios e metodologias nasceram graças ao trabalho desenvolvido pelos pesquisadores visitantes vinculados ao instituto via edital da Facepe. Um trabalho pioneiro no Estado que terá continuidade no ano que vem. Os resultados alcançados até então e o planeja-mento das próximas ações foram debatidos em reunião com o presidente do ITEP, Antonio Vaz, no dia 27 de no-vembro. Ao todo, cinco projetos estão sendo executados em parceria com gestores de áreas afins.

Na área de Gestão de Tecnologia e Inovação, o traba-lho da pesquisadora Roberta Medeiros está pautado

na introdução de novas práticas de gestão que possam contribuir para a transferência de tecnologia entre os agentes do Sistema Territorial de Inovação. Implementa-do de forma piloto no Centro Tecnológico de Laticínios, em Garanhuns, o projeto deve ser expandido para ou-tras áreas do ITEP. Antonio Vaz ressaltou a importância do trabalho no momento de redirecionamento por que passam os centros e reforçou o caráter de integração e diálogo que permeia as ações. “Ao longo do ano, foram identificados os gargalos tecnológicos existentes, bem como as relações exitosas. As informações irão compor um banco de dados e subsidiarão a concepção de pacotes de transferência de conhecimento para os CTs”, explica Roberta.

Pesquisadores visitantes apresentam resultados iniciais dos trabalhos

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Quem passa pelo rio Capibaribe percebe facilmente a poluição. Garrafas pet, sacolas plásticas e até móveis são encontrados boiando livremente. A contaminação do rio vem sendo estudada por Gilvan Takeshi Yogui, pesquisa-dor associado do Instituto de Tecnologia de Pernambuco ITEP). A equipe vem analisando a presença de metais e hidrocarbonetos aromáticos na água do estuário do Ca-pibaribe e a influência da maré e das chuvas na diluição dos contaminantes.

As coletas realizadas em dez pontos do rio revelaram que as áreas mais críticas encontram-se no bairro da Tor-re e na ponte da Capunga. Para analisar o material cole-tado, a equipe do ITEP foi capacitada nas metodologias HPA e BTEX, resultando em um novo serviço ofertado pelo Núcleo de Sustentabilidade em Matrizes Ambien-tais. O próximo passo do trabalho é realizar uma coleta de esgoto, tratar os dados e avaliar os resultados iniciais. “No próximo ano, pretendemos expandir o projeto, en-globando análises de solo e sedimento do rio”, revela o Gilvan Yogui.

A sustentabilidade também está presente no projeto do professor Antônio Acácio de Melo em parceria com engenheiro do ITEP Carlos Welligton. A dupla está focada no aproveitamento do lodo proveniente de Estações de

Tratamento de Esgoto (ETE) para fabricação do cimento na construção civil. Os primeiros testes mostraram-se sa-tisfatórios. “Há indicativos suficientes para que o lodo de ETE possa ser viável como material de substituição par-cial do cimento Portland. No entanto, ainda é necessário um maior número de amostras para uma validação mais segura”, aponta o professor. Para o próximo ano, a ideia é incluir o lodo de ETA (Estação de Tratamento de Água) no projeto.

Novas tecnologias e serviços para o ITEP

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Expediente: O Informe Itep é uma publicação semanal da Coordenação de Comunicação do Itep. Equipe: Giselle Silvério - jornalistas; Laís Patrício - designer | email: comunicacao@itep.br; fone: (81) 3183.4273.

Na área de Engenharia e Operação de Redes, o pesqui-sador Carlos André Ferraz vem trabalhando em parceria com a gestora Zuleika Tenório para otimizar a eficiência da Rede Metropolitana, com foco no anel formado pelas redes do ITEP, IFPE, Fundaj e CPOR. Tendo como base a computação sensível a contexto, os pesquisadores de-finiram diversos cenários realistas para a rede, que per-mitiram buscar soluções para problemas como conexão lenta e congestionamento. A rede interliga 34 institui-

ções em Pernambuco, incluindo a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Ce-sar), a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Es-tado de Pernambuco (Facepe) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

As próximas atividades são a análise de dados e mo-delagem e consolidação da qualidade da informação e contexto com foco na melhoria da gerência das redes de larga escala sensíveis a contexto. Em 2018, o pesqui-sador quer ampliar o projeto para aplicação da RePEPE - Rede Pernambucana de Pesquisa e Educação.

O presidente Antonio Vaz destacou a importância do projeto pioneiro dos pesquisadores associados para o Sistema Territorial de Inovação em Pernambu-co: “A realização de um trabalho como esse é essencial para o desenvolvimento das organizações de pesquisa tecnológica no Estado. Certamente, os resultados alcançados trarão benefícios para setores estratégicos da economia de Pernambuco”. O resultado dos trabalhos de todos os pesquisadores visitantes será apresentado em seminário no ITEP previsto para o final de fevereiro.

Um upgrade na gestão de redes na Região Metropolitana