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SALDO POSITIVO EM 2005 Balanço cooperativista em Goiás mostra avanços COOPERCREDIS O Presidente da Sicoob Goiás Cen- tral, José Salvino de Menezes, fala sobre o crescimen- to do cooperativismo de crédito em Goiás. PÁGINA 04 POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA COOPERA COOPERA COOPERA COOPERA COOPERATIVIST TIVIST TIVIST TIVIST TIVISTA O Sistema OCB/SESCOOP-GO inicia programa de visitas às cooperativas. Ob- jetivo é conhecer as necessidades re- ais, aprimorar os serviços prestados e traçar um raio-x da importância da ativi- dade cooperativista para o desenvolvi- mento social e econômico de Goiás. PÁGINA 06 Jornal do Sistema OCB/SESCOOP-GO Ano I - nº 01 Janeiro/Fevereiro - 2006 Apesar da crise que atinge a agricultura, o cooperativismo goiano tem motivos para comemorar no balanço do ano passado. Conquistas na legislação, ações sindicais e desempenho do SESCOOP foram os destaques A despeito da crise que se abateu no ano passado sobre a agricultura, ramo que lidera o cooperativismo em Goiás, o balanço que o Conselho de Administração do Sistema OCB/SESCOOP-GO faz não é animador. No geral, houve perdas consideráveis no faturamento das cooperativas agropecuárias, mas ganhos importantes do ponto de vista político-institucional e na política de capacitação e promoção social de todo o Sistema, avaliam os dirigentes cooperativistas goianos. Nesta conta entram a promulgação da Lei Estadual Cooperativista (15.109/2005), a autorização do código sindical para a Fecoop Centro-Oeste/TO começar a operar oficialmente e mais um belo resultado do SESCOOP-GO, que fechou o ano passado cumprindo 100% a meta de seu planejamento anual. PÁGINA 03 DEST DEST DEST DEST DESTAQUE COOPERA QUE COOPERA QUE COOPERA QUE COOPERA QUE COOPERATIVIST TIVIST TIVIST TIVIST TIVISTA EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA Cooperjovem a todo vapor em Goiás O cooperjovem ganha impulso em Goiás com apoio das cooperativas. Programa do SESCOOP que visa levar ensinamentos de cooperativismo e cidadania à sala de aula, já atende a cerca de 1000 crianças do ensino fundamental no estado, com ajuda da Comigo, Credirural-Comigo e Cooperbelgo. PÁGINA 06. Conheça a história da Coopmego, a Cooperativa dos Condutores de Motocicletas de Goiás que experimentou um rápido crescimento desde a sua fundação em 2001. Além do respeito institucional crescente, cooperados têm ganhos acima do mercado e vantagens como seguro de vida. Cooperativa deve crescer 30% este ano , prevê seu presidente Fábio Batista Veloso. PÁGINA 05

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SALDO POSITIVO EM 2005

Balanço cooperativista em Goiás mostra avanços

COOPERCREDISO Presidente daSicoob Goiás Cen-tral, José Salvinode Menezes, falasobre o crescimen-to docooperativismo decrédito em Goiás.PÁGINA 04

POLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICACOOPERACOOPERACOOPERACOOPERACOOPERATIVISTTIVISTTIVISTTIVISTTIVISTAAAAA

O Sistema OCB/SESCOOP-GO iniciaprograma de visitas às cooperativas. Ob-jetivo é conhecer as necessidades re-ais, aprimorar os serviços prestados etraçar um raio-x da importância da ativi-dade cooperativista para o desenvolvi-mento social e econômico de Goiás.PÁGINA 06

Jornal do Sistema OCB/SESCOOP-GOAno I - nº 01 Janeiro/Fevereiro - 2006

Apesar da crise que atinge a agricultura, o cooperativismo goiano tem motivos para comemorar no balanço do anopassado. Conquistas na legislação, ações sindicais e desempenho do SESCOOP foram os destaques

A despeito da crise que seabateu no ano passado sobre aagricultura, ramo que lidera ocooperativismo em Goiás, o balançoque o Conselho de Administração doSistema OCB/SESCOOP-GO faz nãoé animador. No geral, houve perdasconsideráveis no faturamento das

cooperativas agropecuárias, masganhos importantes do ponto de vistapolítico-institucional e na política decapacitação e promoção social de todoo Sistema, avaliam os dirigentescooperativistas goianos. Nesta contaentram a promulgação da Lei EstadualCooperativista (15.109/2005), a

autorização do código sindical para aFecoop Centro-Oeste/TO começar aoperar oficialmente e mais um beloresultado do SESCOOP-GO, quefechou o ano passado cumprindo 100%a meta de seu planejamento anual.PÁGINA 03

DESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUE COOPERAQUE COOPERAQUE COOPERAQUE COOPERAQUE COOPERATIVISTTIVISTTIVISTTIVISTTIVISTAAAAA

EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA

Cooperjovem a todo vapor em Goiás

O cooperjovem ganha impulso em Goiás com apoio das cooperativas. Programado SESCOOP que visa levar ensinamentos de cooperativismo e cidadania à salade aula, já atende a cerca de 1000 crianças do ensino fundamental no estado, comajuda da Comigo, Credirural-Comigo e Cooperbelgo. PÁGINA 06.

Conheça a história da Coopmego, a Cooperativa dos Condutores de Motocicletasde Goiás que experimentou um rápido crescimento desde a sua fundação em2001. Além do respeito institucional crescente, cooperados têm ganhos acima domercado e vantagens como seguro de vida. Cooperativa deve crescer 30% esteano , prevê seu presidente Fábio Batista Veloso. PÁGINA 05

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOEFETIVOS

Antonio Chavaglia - PresidenteAntonio Carlos BorgesCarlos Rubens SoaresLajose Alves Godinho

João Ferreira da Rocha FigueiraSizenando da Silva Campos

Haroldo Max de SouzaMarcos Mariath Rangel

Divino Vandomar R. de Jesus

CONSELHO FISCALEFETIVOS

Welber D'Assis Macedo e SilvaVictor Iacovelo FilhoRegis Silva Manata

SUPLENTESAnádio Rosa Ribeiro

Otávio D`Abadia Silva PintoEuclécio Dionízio de Mendonça

SUPERINTENDENTEValéria Mendes Elias

Sindicato e Organização das CooperativasBrasileiras no Estado de Goiás

Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 Jardim Goiás CEP: 74810-100 Goiânia-Goiás

Fone: (62) 3281-2633Fax: (62) 3281-6755

CNPJ: 01.269.612/0001-47e-mail: [email protected]

CONSELHO ADMINISTRATIVOEFETIVOS

Antonio Chavaglia - PresidenteAntonio Carlos Borges

José Abel XimenesPaulo Carneiro Junqueira

Celso Orlando Rosa

SUPLENTESJoão Gonçalves Vilela

Adalcino Francisco dos SantosAntonio Moraes Resende

Iran Chuquer

CONSELHO FISCALEFETIVOS

Welber D'Assis Macedo e SilvaAltran Gomes da SilvaAriomar Rezende Vilela

SUPLENTESAstrogildo Gonçalves Peixoto

Haroldo Max de SousaRomeu Natal Alves Andrade

SUPERINTENDENTEValéria Mendes Elias

Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 - Jardim Goiás CEP: 74810-100 Goiânia-Goiás

Fone: (62) 3281-8975Fax: (62) 3541-6796

CNPJ: 07.012.268/0001-92e-mail:[email protected]

Site: http://www.sescoopgo.org.br

Serviço Nacional de Aprendizagem doCooperativismo no Estado de Goiás

EXPEDIENTE

Este jornal é editado com a participação doMinistério da Agricultura Pecuária e Abaste-

cimento através do CONVÊNIO/CV/CR/TP420013200500102

Redação e Edição:Edson Wander

Jornalista responsável(Mtb 31.158/SP)

Diagramação e Ilustração:Bruno Neiva

Assessor de Comunicação doSistema OCB/SESCOOP-GO

Fotografias:Arquivo Sistema OCB/SESCOOP-GO

Impressão:Portograff – Fone: (62) 3271-6651

Revisão :Juslene Moreira Braga

Tiragem:6 mil exemplares

Distribuição: Publicação dirigida às cooperativase entidades ligadas direta ou indiretamente aocooperativismo no estado de Goiás.Os artigos publicados são de inteiraresponsabilidade de seus autores, nãocorrespondendo necessariamente à opinião doSistema OCB/SESCOOP-GO. Permitida areprodução total ou parcial dos textos destejornal, desde que citada a fonte.

Uma frase célebre que o escritorMário de Andrade colocou na boca deMacunaíma, seu famoso personagem,falava de uma agrura da agriculturabrasileira. “Ou o Brasil acaba com assaúvas ou as saúvas acabam com oBrasil”, disse Macunaímaalegoricamente sobre uma praga queassolava nossas lavouras. Quase cemanos depois, os produtores brasileirosestão às voltas com novos riscos eesses nada têm a ver com as saúvas.

A chegada da esquerda ao poderno Brasil parece mostrar de formadefinitiva que, indiferente de coloraçãoideológica, o desdém com o campo é omesmo. Ainda que o agronegócio tenhasido o grande propulsor do equilíbrio dascontas correntes do país, liderandorecordes sucessivos na pauta deexportações, o produtor rural brasileirocontinua arcando sozinho com todos osriscos de sua nobre e social tarefa. Osprejuízos dos produtores atingiram aassustadora cifrade R$ 17,2 bilhões em2005. É contra essa conjunturadesfavorável que os produtoresbrasileiros estão em luto. Em Goiás, aOCB-GO se irmana com a FAEG parabuscar soluções urgentes para esteflagelo, como mostramos em uma dasmatérias da estréia deste jornal doSistema OCB/SECOOP-GO.

Como nem tudo é sofrimento,apresentamos na capa desta edição osbons resultados que o Sistema teve em2005. É com alegria que apresentamoso plano de visitas às cooperativas,aproximação que faremos freqüente nacaminhada pelo desenvolvimento docooperativismo no estado. O balançodas ações do Sistema também revelaque tivemos avanços importantes em2005, tanto do ponto de vista políticoquanto no programa de formação e

promoção social realizado peloSESCOOP/GO.

No primeiro quesito destacamosa criação da lei cooperativista goiana,um ato de sensibilidade do governoestadual ao assinar a Lei 15.109/2005.Listamos também nesse item o registrosindical do Ministério do Trabalho parao início efetivo da Federação dosSindicatos das Cooperativas do DistritoFederal e dos Estados de Goiás, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins(Fecoop Centro-Oeste e Tocantins),cujas primeiras ações temos o desafiode sediar. O cooperativismo de créditogoiano também rendeu bons dividendosa seus associados, como nos nos contaem entrevista o presidente do SicoobGoiás Central, José Salvino deMenezes. Por fim, nos orgulhamos deexibir o balanço do SESCOOP/GO, queem 2005 voltou a fechar com 100% deaproveitamento seu plano anual deatividades. Que este 2006, um anoespecial para a OCB pela chegada deseus 50 anos de lutas pelocooperativismo, seja um ano em quenossas agruras se resumam apenas àsoutroras malfadadas saúvas.Boa Leitura.

Antonio ChavagliaPresidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO

EDITORIAL

O campo está a perigo e não é por causa das saúvas

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Balanço Cooperativista

Ramo agropecuário sofreu, mas cooperativismo goiano cresceu no ano passado puxado por ganhos institucionaise fôlego continuado das cooperativas de crédito. SESCOOP/GO repetiu ótimo desempenho do plano de metas.

A despeito da crise que se abateu noano passado sobre a agricultura, ramoque lidera o cooperativismo em Goiás,o balanço que o Conselho deAdministração do Sistema OCB/SESCOOP-GO faz não é animador. Nogeral, houve perdas no faturamento dascooperativas agropecuárias, masganhos importantes do ponto de vistapolítico-institucional e na política decapacitação e promoção social de todoo Sistema, avaliam os dirigentescooperativistas goianos. Nesta contaentram a promulgação da Lei Estadual

Cooperativista (15.109/2005), aautorização do código sindical para aFecoop Centro-Oeste/TO começar aoperar oficialmente e mais um beloresultado do SESCOOP/GO, que fechouo ano passado cumprindo 100% a metade seu planejamento anual. Ascooperativas de crédito voltaram aemplacar bons números numa escaladade crescimento que já dura quatro anosininterruptos. Do ponto de vistaorganizacional, vale ressaltar que oSistema OCB/SESCOOP-GO iniciouem 2005 um processo de

COOPERACOOPERACOOPERACOOPERACOOPERATIVISMO GOIANO DRIBLOU CRISE EM 2005TIVISMO GOIANO DRIBLOU CRISE EM 2005TIVISMO GOIANO DRIBLOU CRISE EM 2005TIVISMO GOIANO DRIBLOU CRISE EM 2005TIVISMO GOIANO DRIBLOU CRISE EM 2005

reestruturação que culminou na fusãodas superintendências das duasentidades retomou programasimportantes como o de Autogestão.Vários eventos de formação ecapacitação cooperativistas foramrealizados e as parcerias comuniversidades continuam (a sétima turmado curso de especialização em gestãocooperativista, iniciada no ano passado,será concluída este ano). Veja emtópicos, o balanço das ações da OCB-GO e do SESCOOP/GO em 2005:

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Entrevista:

“CRÉDITO NO BRASIL PASSA PELO COOPERATIVISMO”José Salvino de Menezes, presidente do Sicoob Goiás Central

À frente do ramo cooperativistaque mais cresce hoje em Goiás, JoséSalvino de Menezes vem de duasgestões no Sistema de CréditoCooperativo de Goiás, CrediGoiásCentral, que passou a adotar a siglaSicoob Goiás Central. Dirigente formadono meio cooperativista de crédito,Salvino é superintendente daCooperativa de Crédito Rural dosPlantadores de Cana do Vale do SãoPatrício (Coopercred, em Goianésia) edivide com seu vice, Lajose AlvesGodinho, a tarefa de tocar o dia-a-diado Sicoob Goiás Central. Nestaentrevista, concedida em sua sala nasede do Sicoob Goiás Central, Salvinofalou do crescimento que ascoopercredis goianas tiveram no anopassado, dos avanços e entraves dalegislação cooperativista e dasperspectivas do ramo para este ano.

Segundo a OCB, as cooperativas decrédito movimentaram no Brasil em2005 cerca de R$ 4,3 bilhões. ComoGoiás se inseriu neste contexto?

Goiás contribuiu com umaparcela razoável mesmo tendo poucascooperativas de crédito em relação aoutros estados. Temos hoje 24 edevemos chegar a 30 cooperativas esteano e mais alguns postos deatendimento. Mesmo assim tivemosum crescimento razoável, se falarmosem sobras, por exemplo, que é um bomtermômetro. Em 2004 fechamos comum volume de sobras no valor de R$29 milhões e em 2005 chegamos a

R$ 40 milhões em sobras líquidas doSistema Sicoob CrediGoiás Central.

Quais os setores que puxam essecrescimento no cooperativismo decrédito goiano?

Basicamente predomina o setoragropecuário ainda, mas essatendência está se modificando com osurgimento de muitas cooperativasurbanas, especialmente agora com aabertura da lei, permitindo ofuncionamento de cooperativas decrédito de micro empresários. Acreditoque isso vai dar um incentivo grande equebrar um pouco a história de umcooperativismo de crédito muitosegmentado. Agora poderemos terprofissionais e empreendedores dediferentes ramos podendo se juntar emuma cooperativa de crédito, isso vai sermuito positivo.

Quais as principais operações decrédito do cooperativismo emGoiás?

As operações de crédito ruralpredominam, se bem que é limitadoporque quem tem que destinarrecursos de crédito rural a jurosubsidiado é o governo e ele não temdado conta disso. Vale ressaltar que ascooperativas têm feito muitos negóciosmediando as linhas de crédito oferecidaspelo BNDES, como Finame, Pró-Solo,Moderfrota, Moderagro e outras. Na áreaurbana, as cooperativas trabalham como crédito ao consumidor e entramostambém no crédito consiginado, dodesconto em folha. Então ascooperativas de crédito hoje não ficamdevendo nada em relação aos bancoscomerciais, porque fazem todas asoperações de crédito do mercadofinanceiro tradicional. E trabalhandosempre com uma taxa bem menor. Eudiria que hoje as cooperativas de créditode Goiás cobram entre 2% e 2,8% nomáximo, o que fica bem abaixo dos 10%,

12% que os bancos cobram,dependendo da linha de crédito.

E a legislação do cooperativismode crédito no Brasil, como está ?

Nos últimos anos temosavançado muito, mas precisa melhorarmais. A legislação ainda é fechada, ocooperativismo de crédito é muitosegmentado, não temos acesso àCâmara de Compensação do SistemaFinanceiro. Isto significa que paratermos acesso a essa Câmara, tivemosque abrir um banco comercial, que é oBancoob. Sem isso, o cooperado nãoteria talão de cheque, cartão de créditofidelizado, acesso a serviços que alegislação não permite. Outra restriçãoé que cooperativa de crédito urbanonão pode captar poupança, mas asrurais podem, o que é estranho. Entãotem essas limitações que precisammudar e acho que vão mudar.

O cooperativismo de crédito sofrepressão dos bancos comerciais?

Diretamente não sentimos essapressão, mas acreditamos queindiretamente sim. A própria lei é hojemuito fechada em função da pressãoque existe do sistema bancário. Ocooperativismo é mais ágil, maisbarato e se for um sistema aberto, elevai ser um forte concorrente dosbancos comerciais.

Qual a perspectiva e limite docooperativismo de crédito?

O sistema cooperativista decrédito é uma solução para o país , hajavisto que uma grande fatia dapopulação não tem acesso a banco,não possui conta corrente. Ospequenos municípios não possuembanco e não vão ter pelas vias demercado. Se o governo permitisse umaabertura das cooperativas, a soluçãoseria esta para garantir acesso aocrédito a essa faixa excluída dosistema financeiro. O sistema decrédito no Brasil passa pelacooperativa de crédito, mas tem queser aberto por que você não vaiconseguir ter uma cooperativasegmentada numa cidade que possui10 advogados, cinco médicos etc.

Obrigado pela entrevista.

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Destaque Cooperativista

Com apenas quatro anos deconstituição, a Cooperativa dos Con-dutores de Motocicletas do Estado deGoiás (Coopmego) mostra um traba-lho sólido tanto no mercado quantopara seus cooperados. Única coopera-tiva do gênero na capital (e uma dasduas poucas no estado), a Coopmegojá tem área para iniciar a construçãoda sede própria e prepara um plano dedistribuição de sobras. Além disso, os

280 cooperados conseguem um rendi-mento mensal que chega a ser 25%acima da média do mercado.

As vantagens não param por aí.O cooperado Coopmego conta com umseguro contra acidentes e tem à dis-posição uma oficina que presta servi-ços gratuitos e peças de reposição apreço de custo. Esse conjunto de van-tagens, associado à boa imagem que

a Coopmego vem construindo ao lon-go dos anos, é o que tem atraído cadavez mais candidatos a uma vaga decooperado. “Temos em média uma pro-cura de 70 interessados a cada etapade seleção que abrimos, mas depoisda triagem esse número cai para cin-co no máximo”, diz o presidente FábioBatista Veloso. Ninguém entra na coo-perativa sem saber os princípios queregem um trabalho cooperado, expli-ca Veloso dizendo que muitos chegampensando em conseguir um empregocom carteira assinada.

Além de ter conquistado prestigiono mercado de entregas rápidas dacapital (a cooperativa tem contrato com89 empresas, entre concessionárias deautomóveis, farmácias, pizzarias,lanchonetes etc), a Coopmego vemganhando prestígio também narepresentação da categoria demotociclistas. Depois de participar devárias campanhas públicas de educaçãopara o trânsito e outras atividadessociais, a Coopmego foi convidada pelaprefeitura de Goiânia a participar dasdiscussões que culminaram naelaboração do projeto de lei queregulamenta a atividade de mototaxistana capital (Lei 8.300/2004, aprovada naCâmara). “Nossa briga maior foi noArtigo 8º, para que as cooperativasrepassem aos condutores as taxas deregularização impostas pelo poderpúblico com valores menores”, afirmou

o jovem presidente da Coopmego,condutor profissional há 10 anos.

O presidente avalia que ocrescimento da Coopmego tem sidomotivado pelo “foco” no transportesobre duas rodas. “Visitei várias

cooperativas de transporte e notei quemisturar carro, caminhão e moto nãodá certo. São realidades diferentes”,teoriza Veloso. O presidente daCoopmego estima que neste ano acooperativa deva crescer cerca de 30%no seu quadro de cooperados. Dentreos novos projetos, Veloso cita ainstalação de uma bomba própria decombustível e a instalação da primeirafilial da Coopmego. “Deve ser emAnápolis, onde muitos dos nossosclientes têm unidades. É uma demandadeles e estamos nos organizando paraatender”, arrematou o presidente dacooperativa.

Coopmego vira referência em entregas rápidas com qualidade e segurança na capital em apenas quatro anos.Cooperados têm renda maior e benefícios atrativos como seguro de vida e oficina própria

COOPERAÇÃO VELOZ

A Comigo está diversificando sualinha de produção de rações com aHappy Dog, nova ração para cachorro.A Premium é voltada tanto para filhotes( nos tamanhos de 3 e 8 kg) quanto paracães adultos (pacotes de 8 e 15 kg). AFriend Dog vem em pacotes de 25 kg.As duas linhas são raçõessuplementadas com minerais orgânicos,sem aromatizantes artificiais.

Vitrine Cooperativista : Produtos e serviços das cooperativas em destaque

A Cooperativa de Economia eCrédito Mútuo dos Corretores deSeguro, de Capitalização e dePrevidência Privada da Micro Regiãode Goiânia (Credicor-GO) lançou oserviço de “Custódia Simples deCheques”. Por ele, os cheques pré-datados dos cooperados ficamcustodiados na cooperativa e nasrespectivas datas são depositados naconta-corrente indicada. O serviço valepara cheques de pessoa física e jurídica(exceto cheques nominais à cias deseguros). O prazo da custódia é decinco a 90 dias.

Nova ração da marca comigo

Credicor-GO: Custódia de Cheques

A Unimed conta com um serviço simplespara horas difíceis. O UniTransporteAeromédico é um serviço de transporteaéreo que atende em regime de plantão24 horas. Conta com equipe formada pormédicos e enfermeiros especializadosem atendimento de urgência. Paradistâncias acima de 50 km, o serviçoatende somente casos de transporteinter-horpitalar e retorno ao domicílio,mediante indicação médica.Informações , ligue (62) 3216 8383

Transporte aéreo Unimed

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Política Cooperativista

OCBOCBOCBOCBOCB-----GOGOGOGOGO VVVVVAI ONDE O COOPERAAI ONDE O COOPERAAI ONDE O COOPERAAI ONDE O COOPERAAI ONDE O COOPERATIVISMO ESTÁTIVISMO ESTÁTIVISMO ESTÁTIVISMO ESTÁTIVISMO ESTÁPlano de visitas pretende conhecer de perto os problemas e atender melhor às necessidades das cooperativas,além de manter atualizado o quadro representativo sócio-econômico do cooperativismo no estado

O Sistema OCB/SESCOOP-GOiniciou neste mês um ambicioso planode aproximação de sua baserepresentativa. Dentro do processo dereestruturação iniciado há oito meses,com a fusão das superintendências daOCB e do SESCOOP, o Sistema vaibater à porta das cooperativas paraestabelecer contato direto epermanente. O objetivo, ressalta opresidente do Sistema AntonioChavaglia, é ouvir as cooperativas emseus respectivos locais de atuação,avaliar e melhorar os serviços que oSistema presta a elas.

O projeto será realizado em cincoetapas, iniciando-se com as visitas queprevêem a realização de entrevistas comos dirigentes e executivos e coleta dedados das cooperativas. Os passos

seguintes serão analisar o resultado dasvisitas e colocar em ação um plano deatendimento às necessidadadesapontadas pelos dirigentescooperativistas. As entrevistas compresidentes e executivos abordamdiversos itens do cotidiano da gestãodas cooperativas.

Os entrevistadores sãoprofissionais do Departamento deFomento do Sistema, que abordarãodesde o histórico da constituição,formação dos conselhos deadministração e fiscal, até dados sócio-econômicos das cooperativas. Asquestões variam de acordo com o ramoa que a cooperativa pertença. Aexpectativa do presidente Chavaglia éque o programa de visitas possaconseguir boa receptividade junto aosdirigentes cooperativas e chegar ao fim

do ano com um resultado satisfatóriotanto do ponto de vista de traçar um raio-x da importânacia e representatividade

do cooperativismo para Goiás quanto deobter um termômetro do que precisamelhorar nos serviços que o Sistemapresta às cooperativas.

Educação Cooperativista

COOPERJOVEM COLHE BONS FRUTOS EM GOIÁSCOOPERJOVEM COLHE BONS FRUTOS EM GOIÁSCOOPERJOVEM COLHE BONS FRUTOS EM GOIÁSCOOPERJOVEM COLHE BONS FRUTOS EM GOIÁSCOOPERJOVEM COLHE BONS FRUTOS EM GOIÁSHá dois anos, a Cooperativa

Agroindustrial dos Produtores Ruraisdo Sudoeste Goiano (Comigo) adotaduas escolas públicas de Rio Verdepara o desenvolvimento doCooperjovem, projeto de educação quevisa levar à sala de aula noções decooperativismo e cidadania. O mesmocaminho vem sendo trilhado pelaCredirural Comigo e pela CooperativaAgropecuária de Bela Vista de Goiás(Cooperbelgo), que apadrinha

praticamente todo o contigente dealunos do ensino público fundamental dacidade (apóia cinco escolas). Todo estetrabalho de educação cooperativista emGoiás é realizado com o apoiofundamental do SESCOOP/GO. Em RioVerde, as escolas apoiadas pelascooperativas estão ampliando osensinamentos cooperativistas nosconteúdos programáticos estudadospelos alunos das séries iniciais doensino fundamental (1ª a 4ª). Emdezembro passado, dirigentes da

Comigo presenciaram os bons frutosque este trabalho vem colhendo durantea 2ª Mostra Cultural Juventude eCooperação.

Realizada no estacionamento daComigo, o presidente da cooperativa,Antonio Chavaglia, foi homenageadopelas crianças das duas escolasmunicipais atendidas no programa, asEMEFs Edsel Emerich Portilho Dr.Checo e Dona Josefina. Na abertura,duas alunas leram textos emhomenagem ao presidente da Comigo,chamando-o de “Antonio ChavagliaEsperança”.

“Este projeto tem transformado arealidade das crianças por meio dosconceitos de cooperação e solidariedadeque o cooperativismo inspira”, comentouLeonice Leão, gerente de RecursosHumanos da Comigo e coordenadora doCooperjovem. Na mostra, os alunosexibiram em stands os conhecimentosadquiridos, incluindo duas mini-cooperativas. Participaram do eventoalunos, professores e diretores dasescolas envolvidas. No final, Chavagliafalou da vontade de ver o projeto crescerpara as séries subseqüentes do ensinoregular público de Rio Verde e Goiás.

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Capacitação cooperativista

Reforma da Lei Cooperativista

TRÊS QUESTÕES PARA O SENADOR DEMÓSTENES TORRES

Senador por Goiás, Demóstenes Torres(PFL) é o relator do Projeto de Lei 171/99do senador Osmar Dias que trata dareforma da legislação cooperativistabrasileira. Ele respondeu por email aoGOIÁS COOPERATIVO a três questõessobre a tramitação do projeto.

1 - O que há por trás da polêmicaentre os grupos que atacam edefendem o Projeto de Lei dosenador Osmar Dias ?

O que existe são posições políticas,filosóficas e até históricas, estasatreladas a doutrina e sistemas jáextintos. O que se precisa é avançarna regulamentação, oferecendo àsociedade uma legislação que atendaaos interesses nacionais, visando o

desenvolvimento econômico e social danação, sem olvidar de proteger osinteresses difusos, coletivos eindividuais homogêneos. Respeitandoa capilaridade das segmentações quedesejam se desenvolver através dosistema cooperativo, não perdendo devista a unidade doutrinária do sistema. 2 - Que tratamento o senhorpretende dar no seu relatório àsquestões da representatividade dosistema cooperativista e àpossibilidade de abertura dascooperativas a aportes de capital ?

Quanto à representação, é precisoseparar a representação política dasdiversas segmentações, da

representação do sistema, que deveocorrer preservando a unidadedoutrinária. No que se refere ao aportede capital, está preservado porque namoderna economia deve haverflexibilidade operacional, em face dadinâmica do mercado e da evoluçãonas relações humanas e negociais. 3 - As eleições deste ano podematrapalhar a votação da matéria ?

Depois de apresentado o relatório,surgiram várias ponderações acerca dealguns pontos. Achei por bem, emconsenso com a Comissão deAgricultura, ouvir as partes envolvidas,discutir os pontos controvertidos ebuscar, na medida do possível,consensualizar as divergências, semcom isso alterar a estrutura do projeto.Portanto, o projeto se encontra em fasede reexame e com pauta de votaçãopara o dia 14 de fevereiro, dentro doperíodo de convocação extraordinária.

Numa reunião em meados defevereiro, os senadores fecharamacordo com os líderes cooperativistaspara adiar novamente a votação paramarço. O objetivo é costurar um acordoque contemple os setores da chamadaeconomia solidária, como a Unicafs,que vinham travando as negociaçõespara a aprovação da reforma proposta.

NOVO ADIAMENTO

Está marcado para os dias 13 e 14 demarço a realização, na sede do SistemaOCB/SESCOOP-GO, em Goiânia, doEncontro de Contadores dasSociedades Cooperativistas de Goiás.O objetivo, segundo a superintendentedo Sistema, Valéria Mendes Elias, éaprimorar e atualizar conhecimentossobre os aspectos legais, tributários econtábeis das sociedades cooperativas.O evento é voltado para contadores,dirigentes e funcionários dascooperativas goianas e demaiscolaboradores que operem na áreacontábil e afins. O instrutor do encontro

Sistema OCB/SESCOOP-GO realiza Encontro de Contadores Cooperativistas em março

será José Aparecido Moreno dosSantos, da Moreno, Sugigan & FortesAssessoria e Consultoria Jurídica eEmpresarial, do Paraná. Nos dois dias,o instrutor tratará de um extensoconteúdo programático trabalhandoquestões fundamentais ao dia-a-diacontábil das cooperativas como atocooperativo, Imposto de Renda dePessoa Jurídica, demonstrações decomo tratar sobras e perdas, operações

com não-associados, análises eindicadores de gestão, entre outrosassuntos. O valor da inscrição vai de R$50 (decrescente para mais de umparticipante por cooperativa registradae adimplente com o Sistema) a R$ 80(para não-cooperados). Para maisinformações, entre em contato com oDepartamento de Capacitação doSistema pelo telefone (62) 2381 8975

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O Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás comemora 50anos em 2006. A OCB-GO é uma das mais antigas organizações do Brasil, fundada em 2 de outubrode 1956 primeiro como União das Cooperativas no Estado de Goiás (UCEG). Para marcar a data, oSistema OCB/SESCOOP-GO está preparando uma série de atividades que terão o selo ao ladocomo símbolo de uma história de trabalho em prol da representação política e formação profissionalcontinuada do cooperativismo goiano. Aguarde.

OCB-GO comemora 50 anos em 2006

Frente ampla contra a crise

FRENTE AMPLA CONTRA A CRISEOCB e FAEG mobilizam produtores contra crise no campo. Articulação luta por políticas como seguro rural erenegociação de dívidas, mas também incentiva mais participação dos produtores em suas bases sindicais

2006 começa sem perspectivas demudança no quadro de encolhimento derenda do produtor rural. A combinaçãodólar desvalorizado frente ao real, quebrade safra e dívidas de custeio deve fazercom que a economia agrícola sofra umnovo baque de cerca de R$ 4 bilhões.Este cenário levou o Sindicato e

Organização das CooperativasBrasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO) e a Federação da Agricultura doEstado de Goiás (FAEG) a se juntar aoutras entidades do setor paraconclamar os produtores a lutar porsoluções para a crise no campo nomovimento chamado de “Nova Posturae Atuação do Setor Agropecuário”.No último dia 1º de fevereiro, na sededa FAEG, cerca de 200 líderes deprodutores se reuniram para traçar aslinhas de atuação do movimento,proposto em duas frentes: uma que vaireivindicar do governo federal mudançasna política de financiamento daagricultura e outra no incremento daparticipação dos produtores em suasrespectivas bases sindicais. “O caminhoé político e tem que ter consistência.

Se não tivermos uma ação conjunta eorganizada, o governo vai continuar nosempurrando com a barriga”, afirmouAntonio Chavaglia, presidente da OCB-GO. Segundo Chavaglia, a elevação doscustos para o produtor rural nãoencontrou guarida na política agrícola dogoverno, que acenou com liberação de

R$ 3 bilhões em recursos enquanto adívida do setor produtivo nacionalaproxima-se dos R$ 14 bilhões.Para Macel Caixeta, presidente daFAEG, a crise não é particularidade dosprodutores de grãos mas de todossetores e se abate de maneira especialno Centro-Oeste. “Para nós essasituação está ficando dramática porque90% de nossas exportações vêm dosetor agrícola”, afirmou Caixeta.Dentre as propostas apresentadas ecorroboradas pelos produtores, estãoa liberação imediata de recursos doFundo de Amparo ao Trabalhador (FAT),com dois anos de prazo e encargos deTJLP mais 4% ao ano. As entidadespropõem ainda que todos os recursospara custeio sejam equalizados, com

encargos fixos de 3% ao ano e liberadosaté o maio. Para a comercialização, aproposta é de que os recursos estejamliberados de imediato e que os preçosdos produtos previstos em mecanismoscomo AGF e contratos de opção cubrampelo menos os custos de produção.No dia 17 de fevereiro, o movimento sereuniu com parlamentares goianos embusca de apoio. A reunião na FAEGcontou com a presença de deputadoscomo Ronaldo Caiado e Leonardo Vilela.Os políticos receberam o documento domovimento que registra a crise emnúmeros. Antonio Chavaglia ressaltou anecessidade de “formar uma baseconsistente” para reivindicar do governomedidas eficazes de auxílio ao produtor.O deputado federal Leonardo Vilela(PSDB) disse que o governo passou adividir a agricultura brasileira em doispólos. “Para eles existe a agriculturaformada por produtores ‘ricos’, que nãoprecisam de dinheiro, e a familiar, paraonde o governo carreia a maior parte dosrecursos”, afirmou Vilela. Já RonaldoCaiado (PFL) anunciou como uma dassaídas a criação da Câmara Arbitral ouAgência Reguladora do Agronegócio,

estruturada com apoio da FundaçãoGetúlio Vargas, OCB e Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA)e será “um mecanismo ágil e capaz deatender aos produtores brasileiros”.