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Ano I Edição 05 Educação, Cultura e Meio Ambiente MAIO 2008 1985 2008 Educação—Cultura—Cidadania—Meio-Ambiente—Comportamento—Desenvolvimento —História 01 - Dia do trabalho. - Aniversário da Morte de Ayrton Sena da Silva (12 A- nos). 03-Dia mundial da “Liberdade de Imprensa” (Onu -1993). -Dia do Sertanejo. -Primeiro jogo de futebol oficial no Brasil (1902). -Nascimento de “Milton Santos” geógrafo. -Nascimento de Maquiavel, historiador e filósofo. 04 -Eleição de Margaret Thatc- ter (1979) - Nascimento de Herbert Viana (1961). 05 - Dia do Expedicionário. -Dia Nacional das Comuni- cações. -Nascimento de Marechal Rondon . 08 - Dia do Silêncio. - Nascimento de Rabindranat Tagore. - Morte de “Duque de Caxi- as” (1880). -Dia Mundial da Cruz Ver- melha. - Morte de Vital Brasil (1950). -Invasão Holandesa ao Bra- sil, em Salvador-BA (1624). 10 -Prisão de Tiradentes no ano de 1912. -Nascimento de Eurípedes de Jesus Zerbini (1912). -Nascimento do General Osório, patrono do exército bra- sileiro (1908). 13-Abolição da Escravatura (Princesa Isabel) no ano de 1888. 15 - Dia Internacional das Fa- mílias (1993). -Dia da Assistente Social. 17 -Dia internacional das Tele- comunicações. 18 -Nascimento de João Paulo II (Carol Jósef Wojtyla) no ano de 1920, consagrado o 264º Papa da Igreja Católica no ano de 1978. 20 - Morte de Cristóvão Colom- bo (1506). -Morte de Ana Nery (precursora da enfermagem no Brasil). 21 -Dia da Língua Nacional, a nossa linda Língua Portuguesa. -Comemoração de “Corpus Christi” 23-Nascimento de Epitácio Pes- soa 13º Presidente do Brasil . 24 -Dia do vestibulando. 26 -Dia do primeiro transplante de coração no Brasil, efetuado pelo Dr. Zerbini. -Nascimento de Irmã Dulce. 27 -Dia da Mata Atlântica. 28 -Dia Internacional de Luta Contra a Mortalidade Materna. - Criação do Supremo Tribu- nal Federal (1945). 29 -Inicio das atividades do IBJE, no ano de 1936. 31 - Dia Mundial Sem Tabaco. POEMA DE GRATIDÃO Lembra-me, Mãe querida, A glória que me destes, A alegria do lar no lençol de cravinas, a mesa, o Livro, o pão e as can- ções cristalinas. As preces de ninar, No humilde berço agreste. Chico Xavier 11 -2º Domingo de Maio, dia

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Ano I Edição 05 Educação, Cultura e Meio Ambiente MAIO 2008

1985

2008

Educação—Cultura—Cidadania—Meio-Ambiente—Comportamento—Desenvolvimento —História

01 - Dia do trabalho. - Aniversário da Morte de

Ayrton Sena da Silva (12 A-nos). 03-Dia mundial da “Liberdade de Imprensa” (Onu -1993). -Dia do Sertanejo. -Primeiro jogo de futebol oficial no Brasil (1902). -Nascimento de “Milton

Santos” geógrafo. -Nascimento de Maquiavel, historiador e filósofo. 04 -Eleição de Margaret Thatc-ter (1979) - Nascimento de Herbert Viana (1961). 05 - Dia do Expedicionário. -Dia Nacional das Comuni-cações. -Nascimento de Marechal Rondon . 08 - Dia do Silêncio. - Nascimento de Rabindranat Tagore. - Morte de “Duque de Caxi-as” (1880). -Dia Mundial da Cruz Ver-melha. - Morte de Vital Brasil (1950). -Invasão Holandesa ao Bra-sil, em Salvador-BA (1624). 10 -Prisão de Tiradentes no ano de 1912. -Nascimento de Eurípedes de Jesus Zerbini (1912). -Nascimento do General Osório, patrono do exército bra-sileiro (1908).

13-Abolição da Escravatura (Princesa Isabel) no ano de 1888. 15 - Dia Internacional das Fa-mílias (1993). -Dia da Assistente Social. 17 -Dia internacional das Tele-comunicações. 18 -Nascimento de João Paulo II (Carol Jósef Wojtyla) no ano de 1920, consagrado o 264º

Papa da Igreja Católica no ano de 1978. 20 - Morte de Cristóvão Colom-bo (1506). -Morte de Ana Nery (precursora da enfermagem no Brasil). 21 -Dia da Língua Nacional, a nossa linda Língua Portuguesa. -Comemoração de “Corpus Christi” 23-Nascimento de Epitácio Pes-soa 13º Presidente do Brasil . 24 -Dia do vestibulando. 26 -Dia do primeiro transplante de coração no Brasil, efetuado pelo Dr. Zerbini. -Nascimento de Irmã Dulce. 27 -Dia da Mata Atlântica. 28 -Dia Internacional de Luta Contra a Mortalidade Materna. - Criação do Supremo Tribu-nal Federal (1945). 29 -Inicio das atividades do IBJE, no ano de 1936. 31 - Dia Mundial Sem Tabaco.

POEMA DE GRATIDÃO Lembra-me, Mãe querida, A glória que me destes, A alegria do lar no lençol de cravinas, a mesa, o Livro, o pão e as can-ções cristalinas. As preces de ninar, No humilde berço agreste. Chico Xavier

11 -2º Domingo de Maio, dia

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 2

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“A descentralização da JUCESP” A descentralização e dinamização dos serviços prestados pela JUCESP iniciaram-se em 1996, através de parcerias com entida-des públicas e privadas sem fins lucrativos, conforme prevê a Lei nº. 8.943 de 18 de novembro de 1994, o Decreto nº.1.800 de 30 de janeiro de 1996 e a instrução normativa do DNRC nº. 71 de 28 de dezembro de 1998; estabelecendo critérios que garantam excelência no atendi-mento aos usuários. A “Junta Comercial do Estado de São Paulo” tem 51 Postos e 22 Escritórios Regionais. Os Escritórios Regionais têm uma base territorial que engloba vários Postos, tendo estes que encaminhar seus documentos sempre ao respectivo Escritório Regional, para se-rem lá julgados. Havendo impossibilidade técnica e, ou a pedido da parte, serão enviados para a sede da Junta. Compete ao Escritório: receber, protocolar documento, pro-ferir decisões singulares, protocolar pedidos de certidões sobre docu-mentos arquivados e fornecer busca de nome empresarial, entre ou-tros serviços. Já os Postos recebem documentos de empresas situadas em Municípios que não tenham Escritórios Regionais. Enfim, são proto-colos avançados, sendo sua competência estabelecida pela portaria JUCESP nº. 065/98, publicada no Diário Oficial de 14 de agosto de 1998. O Escritório Regional em SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, foi instalado em 09 de dezembro de 1997 e funciona no mesmo prédio da Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos.

O que é a “Junta Comercial do Estado de São Paulo”? A Junta Comercial do Estado de São Paulo JUCESP - é um órgão subordinado à Secretaria da Fazenda e seu objetivo consiste, basicamente, no Registro Público de Empresas Mercantis e Ativida-des Afins. Quais são as principais atividades da Junta Comercial? - Registro de atos de constituição, alteração e encerramento de em-presas; - Expedição de certidões, fotocópias de documentos, emissão de fi-chas cadastrais e atividades referentes aos Armazéns Gerais, Leiloei-ros, Tradutores Públicos e Intérpretes Comerciais. - Autenticação de registro de livros mercantis. Que tipos de Empresas podem se registrar na JUCESP? - Empresário (firma individual), Sociedade Empresárias: Limitada, Sociedade Anônima, Cooperativas, Consórcios, Grupos e Filiais de Sociedade Estrangeira. Matéria cedida pelo Dr. Cláudio Henrique Mendonça

JUCESP - São José dos Campos - SP

A morena (chega de perseguir as

loiras) volta para casa eufóri-ca após fazer as Provas da FUVEST.

· - Papai, papai ! Sabe da última? · - Não! · - Sou eu!

Utilidade Pública

Neste Editorial quero me dirigir aquela par-cela da população mais excluída de nossa sociedade. Aquele ser humano que luta no seu dia a dia pelos par-cos recursos, que lhe sejam suficientes, para levar para casa o pão e o leite que seu filhos reclamam. A responsabilidade do cidadão para a constituição de uma Família é somente do cidadão. O livre arbitro, a nossa Constituição Federal e as Leis da natureza lhe dão essa liberdade, essa escolha. No entanto, com todas essas liberdades e leis existem valores que nenhuma Constituição ou Lei consegue agregar ao cidadão. São esses os valores mo-rais e éticos, valores de conduta cidadã e responsável. Esses valores são acréscimos de geração após geração, de pai para filho. Mas esses valores só sobrevivem quando os exemplos que vêm de cima, de seus pais, governantes e dos responsáveis pela Educa-ção, também são de respeito, apresentando posturas éticas e morais. Num País do salve-se quem puder e em que prevaleça a” Lei de Gerson” (a Lei do mais forte) não poderemos almejar senão a desordem social e a confusão dessas liberdades, prevalecendo o livre arbi-tro e a vontade de cada um. Portanto a sociedade que se nos apresen-ta hoje não é senão aquela que criamos; as famílias que criamos; os exemplos que demos. Filipe de Sousa

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 3

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (S.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727 3003

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Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os ho-mens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamo-res da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está associando a sua marca ou o seu negócio a slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas necessidades mercadológicas. Regionalmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da socie-dade mundial ao qual a brasileira não é exceção. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine.

PREFÁCIO: Esta biografia quer mostrar como um só ser humano, consegue , com suas convicções mudar um país e uma socie-dade. A Inglaterra (Giram Bretanha) após ela, se tornou o país mais desen-volvido industrialmente e é até aos dias de hoje um país estável, de moeda forte e uma das sociedades mais cultas e or-ganizadas., do Mundo. Vitória foi, simultaneamente, Rainha da Inglaterra, Imperatriz das Índias e uma avó simples e cuidadosa, que se preocupava com as doenças dos vivos e recordava os aniversários dos mortos. Aos seus olhos os reinos da Europa e-ram meras propriedades de seus famili-ares. Aparentada com as casas Reais da Alemanha, Grécia, Romênia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Bélgica, fazia pouca destrinça entre as suas ligações pessoais com Monarcas e as relações da Grã-Bretanha com as potências estran-geiras. Em 1899, tinha então oitenta anos, continuava a ser, acima de tudo, uma mulher, e no seu conceito a histó-ria da sua época fundia-se com a sua própria vida. Quando, devido à questão do Sião, a França e a Inglaterra pareciam estar prestes a declarar-se guerra, a Rainha, que então se encontrava em Nice, escre-veu ao seu primeiro-ministro: << Espe-ro que a crise possa ser evitada por razões de interesse nacional e também porque, pessoalmente, seria constran-

gedor ter complicações com um país no qual me encontro agora a residir. >> Vitória identificava-se com seus súbdi-tos. Protestou, cheia de indignação, quando o Ministro das Finanças au-mentou o imposto sobre a cerveja que o << seu povo >> bebia. Quando falava do <<seu povo>>, tinha em mente a Classe Média que havia crescido ao longo do seu reinado. Na realidade, foi durante esse período que a Indústria Inglesa conquistou os mercados mundi-ais. Nem as classes trabalhadoras nem as rurais estavam sob o alcance da sua vista. Distribuir saiotes, em Balmoral, às velhotas que lhe pegavam na mão e sobre ela invocavam as bênçãos divinas era <<muito comovedor>>; no entanto, no seu espírito existia apenas uma vaga imagem dos desgraçados que viviam em casebres nos subúrbios de Londres. Ficou surpreendida com a eleição dos primeiros membros trabalhistas para a Câmara dos Comuns e, para que pu-dessem ser-lhe apresentados, decidiu convidá-los para o seu Castelo de Windsor, o qual, tal como anotou em seu diário, << lhes deu uma grande honra >>. Possuía as virtudes e os gostos da classe média e referia-se à aristocracia em tom de troça, chamando-lhe <<as clas-ses superiores>>. Por vezes, comparava a nobreza inglesa à da França nas vésperas da Revolução e estava crente de que o amor aos pra-zeres haveria de a levar à ruína. Em 1900, uma jovem americana, ao fazer a descrição de Londres à família, escrevi-a: << A Rainha Vitória não freqüenta a sociedade. >>. Era verdade. A socieda-de ressentia-se da vida retirada que a Viúva de Windsor levava. A corte tinha deixado de ser o centro da vida elegan-te. As idéias de Vitória acerca das Belas Artes eram, igualmente, as da classe média britânica. Durante muito tempo, recusou-se a ouvir a música de Wagner. << verda-deiramente incompreensível ! >>, de-clarou. E quando lhe observaram que era << a musica do futuro >>, retor-quiu: <<o futuro aborrece-me, não que-ro mais ouvir falar no assunto.>> Nunca se importava com a impressão que pudesse causar. Como não gostava de cerimônias religiosas prolongadas,

algumas vezes, na igreja, escandalizou o celebrante, levantando o leque para indicar que o sermão já estava tornan-do-se demasiado longo. Numa ocasião, alguém fez referência à opinião, sobre Sua Majestade, tinha um novo embaixador que acabara de lhe ser apresentado. << Por amor de Deus ! >>, disse, <<Não dei a menor importân-cia a isso. O que, na verdade, interessa é o que eu penso dele.>> Aquela total segurança emprestava-lhe uma naturalidade sem afectação. Muito pequena e muito forte, possuía, no en-tanto, uma notável dignidade. Mesmo já na velhice, os seus olhos azuis, ligei-ramente salientes, conservavam-se jo-vens e seus gestos mantinham ainda um certo encanto. A voz era bonita, o riso franco. Não se julgava dotada de gran-de inteligência nem sequer de vasta cultura, mas o seu senso comum atingia as raias do gênio. <<sempre tive para mim que conhecer a opinião da Rainha era ter a noção perfeita da opinião de seus súbditos, especialmente os da classe média >>, dizia Lorde Salisbury. Intransigente quanto á pontualidade, a Rainha gostava que os seus dias fossem ordenados, ininterruptos e cheios. To-das as manhãs, às nove e meia, saia na sua carruagem aberta, que ela própria conduzia . Ao lado, seguia sempre uma dama de companhia, que a informava de tudo o que se tinha passado em casa. Os mais insignificantes pormenores interessavam-na tanto como os negócios de Estado. Se, no dia anterior, uma jovem dama de companhia tinha estado em Portsmouth, a Rainha queria saber se ela havia regressado e se a travessia fora boa ou o mar estava bravo. Parava à porta de algumas casas para se infor-mar sobre o estado dos doentes, e se tinha a sorte de encontrar um tocador de realejo parava a carruagem e falava com ele, mostrando interesse pela saúde do macaquinho. Ocupava-se de tudo: da promoção dos chefes da banda de música, do envio de um disco à Rainha da Etiópia com a gravação de um discurso, ou de um telegrama dirigido ao estadista Chinês Li Hung Chang. A quantidade de docu-mentos que fazia questão de assinar com a própria mão era enorme.

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P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 4

O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a mídea www.gazetavaleparaibana.com

Pedras e Metais Preciosos “ouro”

OURO símbolo de riqueza e ostenta-ção possuidor de um valor econômico inestimável, em todas as épocas, tendo mesmo sido padrão internacional de conversão de moedas por mais de um Século e, no fim do Século XX encontrou novas aplicações na industria eletrônica e espacial.O Ouro é de todos os metais, o conhecido á mais tempo, conhecendo-se sua aplicação desde o V milênio a.C.. Sua bela cor amarela, a sua inalterabili-dade e a raridade fazem dele o metal pre-cioso por excelência. É também o mais maleável e o mais dúctil deles, podendo ser reduzido a folhas de 1/10.000 mm de espessura, que deixam passar uma luz verde. É porém muito mole o que na in-dustria de joalheria necessita de ser mis-turado com cobre (Ouro Amarelo)com níquel (Ouro Branco) e também com pa-ládio ou platina, para ser trabalhável. A Liga com menor teor de Ouro é chamada de Ouro Baixo. O Ouro é considerado por Quilate ou seja o peso de cada uma das partes utilizadas na Liga. Uma liga de 12 Quilates contém 50% de ouro e os outros 50% podem ser cobre, níquel, paládio ou platina. O OURO 24 Quilates é Ouro em Estado Puro.Quando os Quila-tes são estipulados por Lei se diz que é Ouro de Lei. O Ouro durante muito tem-po foi extraído de depósitos secundários encontrados nos vales, nas encostas de montanha ou colinas e no leito dos rios. Mais recentemente tem-se extraído tam-bém dos veios de quartzo. Embora o ou-ro esteja presente em todas as regiões do planeta terra, sob as mais diversas condições de ocorrência, no Brasil, du-rante muitos anos os depósitos mais importantes estiveram ao longo da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais e na mi-na de Ouro Velho nas proximidades de Novo Horizonte (MG), considerada uma das mais profundas do Mundo. Entretan-to, na segunda metade do século XX a principal área de extração foi a Amazô-nia, com destaque para os garimpos de

Serra Pelada, Rio Tapajós, Rio Amam, Rio Paraguai e Rio Madeira.

Mais da metade do Ouro extraído no Mundo é adquirida pelos Bancos Cen-trais de todos os Países do Mundo, para constituir sua reserva monetária.

O Ouro, dado o seu alto custo e, com o fim de se popularizarem as bijuterias passou a ter papel importante, não só nessa industria como na cópia de jóias legítimas, cuja procura passou a ser alta em virtude da violência apresentada nos Países. No entanto, a Folheação a Ouro é Milenar, sendo encontrados exemplos em Igrejas, Objetos e utensílios da anti-guidade. No entanto, vamos falar hoje da FOLHEAÇÃO a ou na industria de Bijute-rias finas.

A Folheação a ouro é feito por ele-trodeposição, cuja industria hoje utiliza as mais modernas técnicas para Banho de Ouro Amarelo, Prata e Ouro Branco. O Banho de Ouro ou Flash é aplicável em Bijuterias finas, metais para banheiro, ferragens para portas, troféus, artigos promocionais e em qualquer superfície de Metal Nobre, com ótimos resultados de apresentação e durabilidade. No caso especifico das Semi-Jóias (Folheadas), pode-se encontrar diversas tonalidades de Ouro, tais como branco, amarelo, ver-melho, verde, rosa entre outras. A sua qualidade depende da quantidade de micros de ouro depositados na base me-tálica da peça. Hoje a maior parte das Empresas primam pela pela qualidade do produto final apresentado se diferencian-do entre elas no Designer das jóias e no seu adorno com as pedras preciosas e semi-preciosas mais diversas. Falemos um pouco mais sobre Folhea-ção a Ouro. O processo que proporciona o aspecto de jóia é chamado de Galvano-plastia. O que é Galvanoplastia? - Galva-noplastia a Ouro é um processo pelo qual se dá proteção superficial, através

de processos eletrolíticos a determina-das peças, fazendo com que as mesmas tenham maior durabilidade. Neste pro-cesso é feita uma eletrólise e deposita-se o Ouro na superfície de outro metal (nobre) para protegê-lo ou para efeito decorativo (Caso específico das Semi-J ó i a s F o l h e a d a s a O u r o ) . Todos os processos de Galvanoplastia empregam matérias-primas que, em pou-cas exceções, provocam resíduos extre-mamente venenosos para todos os seres vivos. Estes resíduos são representados, principalmente por metais pesados, que apresentam forte tendência a bioacumu-lação. Estes resíduos são constituídos aproximadamente por por 70% de Cobre e 20% de Níquel. Assim, o seu controle deve merecer por parte das industrias e não só as industrias de jóias, uma espe-cial atenção por seus enormes prejuízos ao meio-ambiente quando despejados no esgoto das redes públicas sem controle nem tratamento. A maior parte das in-dustrias, graças a Deus, armazenam es-tes resíduos em tanques de polietileno para deposição e seu reaproveitamento posterior. Infelizmente ainda não pode-mos dizer que 100% dessas industrias têm essa preocupação ambiental.

A industria de jóias brasileira alia em suas incrustações pedras brasi-leiras admiradas mundialmente. Tanto na arte de criar peças altamente sofistica-das para adorno pessoal, hoje se fazem

peças de grande subtilidade, entre as quais destacamos a arte de JOANA OL-LER, renomada designer catalã, que aos 84 anos continua a emprestar sua ener-

gia vibrante à projetos que são exemplos de bom gosto e sof is t ica- ção.

Neste e- x e m p l o de arte podere-mos apre- ciar que as pedras s e m p r e se encon- t r a m aliadas ao dourado, o que não q u e r dizer que algumas delas também não combinem com me-tais como a prata e o Ouro branco, uma combinação de Ouro in natura com plati-

na. Este exemplo é dado para mostrar a versatilidade do Ouro. Também na arte e até nas tecnologias mais modernas, o ouro tem sua aplica-ção na industria como complementos e

contatos e até nes-te “iPod” banhado a ouro (fig. ao lado.

Na arte da relojoari-a muitas marcas famosas também inseriram em seus designes o ouro tanto na sua forma maciça como folhe-

ada. Reis e Rainhas também abusaram da ostentação, seja em belas jóias in-crustadas com pedras preciosas quer em suas coroas de dinastias reais. Também o ouro se encontra incrustado sob a forma de folha na arte religiosa, sendo até motivo de grande admiração em cúplas de igrejas e altares religiosos.

Segundo consta de pesquisas, tem-se notícia de que o Ouro já na antiga Alexandria, Egito, 5.000 anos atrás era utilizado pelos egípcios para a purifica-ção da mente, do corpo e do espírito.

A crisoterapia, ou a terapia áurica, co-nhecida também como medicina pelo ouro, fez uso do mesmo como imunos-supressor, levando à redução da respos-ta imunológica mediante recursos artifi-ciais. Os estudos nessa área remontam aos trabalhos de Robert Kock. Bacterio-logista, Kock, que, em 1882 isolou pela primeira vez o mycobacterium tuberculo-sis, também conhecido como bacilo da tuberculose ou bacilo de Kock (BK). Nos Estados Unidos, três das maiores empresas americanas: a “Harmony Gold”, a “Gold Fields” e a “Anglo Gold Ashanti” foram reagrupadas junto com a Mintek (África do Sul) e par-ticipam de um projeto de nome “Au TEK”, cujo objetivo é propor novas apli-cações para o Ouro. O dinheiro investido neste projeto já alcança quantias superi-ores a 5 milhões de dólares. O braço bio-médico da Au TEK está interessado em moléculas ativas contendo ouro em sua formulação. Como se pode ver o Ouro sempre foi um mistério para os humanos e dele sempre tiraram idolatria e opulên-cia. Mas, voltando às pesquisas de Kock, que vira a receber o premio Nobel, no ano de 1890, graças à descoberta de que compostos feitos à base de ouro eram capazes de inibir o crescimento do baci-lo causador da tuberculose. O pesquisa-dor fez uso do tetracianoaurato de potás-sio. No entanto, foi necessário esperar o desenvolvimento, em 1985, da “Auranofina” para o tratamento de artri-tes reumatóides para se chegar às apli-cações comerciais. Graças às pesquisas, a AuTEK Research colocou-se à frente para a formulação medicamentosa con-tra tumores, AIDS e malária. A Empresa desenvolve complexos catiônicos de ouro I, que contam com uma vantagem em relação aos medicamentos antitumo-riais, já comercializados, à base de plati-na (carboplatina e cisplatina): age ao nível das mitocôndrias. Também se desenvolvem remédios para a cura da AIDS e da Malária.

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 5

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Comportamento e Cidadania

De tempos em tempos, todos nós de-veríamos investir num check-up emocio-nal. Assim como o check-up médico tem por objetivo fazer uma avaliação de nos-sa saúde física e detectar doenças ou sinais que indiquem que alguma enfermi-dade pode vir ou está se instalando, o check-up emocional faz o mesmo; só que em relação aos aspectos psicológi-cos. São muitas as “doenças” ou “indícios de enfermidade” que o check-up emocio-nal pode detectar, tais como desmotiva-ção, desânimo, desinteresse, falta de objetivos, insatisfação, etc.. Você pode fazer o check-up emocional sozinho. Basta se perguntar: - Estou me sentindo bem comigo mes-mo , com o meu trabalho, com o meu semelhante ? - Meu potencial está sendo aproveitado ao máximo? - Quais são minhas metas de vida e o que tenho feito para alcançá-las? - Estou me tornando ou já me tornei, a pessoa que eu queria ser? - Qual o meu envolvimento com o mundo e com a natureza que me cerca? - Qual a minha participação nas catástro-fes naturais que se evidenciam? Da mesma forma que o check-up mé-dico pode indicar a necessidade de se-guir certos tratamentos, o check-up emo-cional pode indicar a necessidade de providenciar certas mudanças de rumo ou mudanças na forma como lidar pro-dutivamente com os problemas detecta-dos. Evitar o check-up emocional para ca-muflar possíveis problemas é uma atitu-de destrutiva, que com o tempo cobrará seu preço. Afinal, ignorar o problema, escondê-lo não o faz desaparecer. Apenas o torna mais forte. Pense nisso...

Que bela seria a vida se todos pudés-semos ser generosos como as árvores... Da semente pequenina, emergirmos para o Mundo trazendo impresso em nós ape-nas o desejo de servir. Vamos observar: A Árvore cresce e, em torno de si, espa-lha sombra, perfume e cor. Doadora.

Em seu tronco adormece os insetos, aninham-se os animais da floresta. Por entre seus galhos, pássaros se abrigam, convivem e fazem seus ninhos, suas casas... para seus filhos nascerem. Nascem flores em seus brotos. E o Mun-do se perfuma ao seu redor. Acolhedora. Gentis árvores, que estendem sua som-bra aos que caminham sob sol forte, que oferecem frutos aos famintos, que ale-gram a existência de todos que de vós se aproximam. Que doam tuas flores, tuas cores e teus perfumes sem nada pedir em troca. A Arvore não escolhe a quem presentear com suas dádivas. Não discrimina, nem privilegia. Apenas serve. A Arvore segue o curso da natureza sem a agredir, una e cúmplice na sua evolu-ção. Sempre produtiva e útil. A Arvore não se detém para reparar o que os outros fazem. Se mantém sempre produtiva e útil. Não anota dificuldades para seu crescimento. Prossegue. Simples, precisa apenas de sol, água, ar e alimento. Nada exige. Cresce. E quan-do seus galhos se estendem em rama-gens fortes, oferece-os para brincadeiras e divertimentos. Nela crianças fazem casas de brinquedo e balanços. Doa-se aos mais jovens. Concede. A Arvore oferece tudo de si e nada pede em troca. Submete-se, mesmo aqueles, que para lhe retirarem seus frutos madu-ros, lhe atiram pedras, dão varadas for-tes e dolorosas. A seiva escorre pelo tronco ferido, mas ela... Ah, ela tolera. A Arvore, de raízes fortes e profundas, mostra-se firme; apesar da força dos ventos, das chuvas fortes... das tempes-tades... Resiste. E se o velho tronco se mostra cheio de nós, apertando suas veias, apontando idade avançada, sem-pre rebrotam nela galhos novos, de bro-tos verdes - claros. Renova-se... A Arvore cresce em toda a parte, até em encostas de montanhas, abismos perigo-sos, entre pedras e terrenos férteis. E mesmo em locais adversos, a Arvore cresce e permanece imponente, sem jamais perder a grandeza. Forte... Busca na terra escura, entre pequenos vermes, lodo e estrume, o material com que fecunda seus frutos; deliciosos, que saciam a fome e a sede de tantos. Transformadora... E se é abatida pelo machado da impieda-de, ainda assim, cai mas cai dignamen-te ! Forte... Silenciosamente, a arvore cumpre sua trajetória. E no final de sua vida, ainda empresta sua madeira, para fazer para aquele que a matou, linda urna; ai sim, sua ultima morada... Deveríamos todos nós buscar neste pe-queno exemplo da natureza, um roteiro de vida. Vale a pena viver assim. Pode crer. Você terá muito mas muito a ganhar e nada a perder. Empenhe-se em ser útil, sem se deixar abater pelas tempestades emocionais; oferecendo dádivas a todos os que lhe rodeiam. Firme, dócil, generoso. Lembre-se que hoje é mais um dia de sua vida, em que surgirão dezenas de oportunidades de servir alguém, de per-doar alguém, de ser útil e generoso, sim-ples e amoroso. Ai eu garanto: Não precisará fazer check-up emocional.

A história se repete. Tanta gente “presa” em sua própria vida, suportando cotidia-nos estressantes ou entediantes. É uma espécie de síndrome da cegueira. As pes-soas simplesmente não enxergam que a vida recomeça a cada manhã e que, sim, tudo pode mudar ! Largar aquele emprego que não te faz bem, sair de uma relação que não te en-grandece, mudar os hábitos, simples-mente... Tudo bem, aí você vai dizer: - Como viverei sem meu emprego? Bom, não precisa largar de um dia para o outro, mas você pode pelo menos se permitir buscar outros rumos, outras satisfações, realizações; não é mesmo? Eu não sei porque soa tão clara para mim essa possibilidade. Talvez porque eu creia que as coisas se arrumam de um modo ou de outro, que elas se encaixam para nosso bem. Principalmente, quan-do respeitamos nossos verdadeiros dese-jos. Parece que tudo flui melhor. É aquela máxima “Positivo atraí positi-vo”. Funciona mesmo, porque é uma Lei natural. Nós temos a mania de encurtar demais nossa fronteiras, como se só enxergásse-mos um caminho. É como pensar, agora que comecei nesse caminho, não posso mais mudar, nem voltar. Por medo... Por covardia... Mas quem disse que é assim? Fica parecendo que vai mudar alguma coisa, vai surgir algo muito ruim. Eu falo isso por mim, porque sou uma pessoa que adora a estabilidade e uma rotina. Mas, tem um detalhe, eu gosto de me sentir dona da minha liberdade. Não abdico de minha felicidade. Se a gente não muda a vida mudará a gente. É fato, é real... Quem lhe garante que amanhã estará vivo?

Então pergunto: Porque é tão crimi-noso mudar? Neste caso, na mor-te, você teria um dia seguinte muito dife-rente, não ´verdade? Cadê a família? ; Os relatórios e os com-promissos de seu

emprego estariam lá por ser feitos e al-guém iria resolver no seu lugar. Isto não é apologia à inconseqüência mas, sim à disposição de encontrar o seu verdadeiro caminho. Aquele que lhe faz bem, que preenche os seus espaços, fa-zendo você se sentir completo e saudá-vel. Aquele que você ao acordar de ma-nhã feliz, por o ter escolhido. Aquele que te dá vontade e felicidade no fazer.

O nosso planeta “TERRA” é tão lin-do visto do espaço: uma esfera azul flutuando sobre a imensidão do Uni-verso. Infelizmente, quando nos aproxima-mos deste lindo planeta, podemos notar a destruição das florestas e o aumento contínuo da poluição como resultado do trabalho irracional do ser humano. Na verdade, poucas sociedades hu-manas estão voltadas para o equilíbrio entre o homem e a natureza. A maioria de nossas sociedades estão voltadas para a desnutrição da natureza, ou seja, voltadas para o consumismo insa-ciável de bens materiais onde o poder e o dinheiro estão acima de tudo. Conse-quentemente, o homem está se tornan-do cada vez mais egoísta e individualis-ta. Qual o sentido de vivermos numa sociedade onde não podemos viver? Onde o ar, água e terra estão poluídos; onde o sol é escaldante devido à destru-ição da camada de ozônio, onde temos medo de nos aproximar das pessoas devido à violência e onde a pobreza é cada vez maior. É importante que a humanidade pare e pense para onde estamos cami-nhando e mude os parâmetros de valo-res da sociedade como respeito à natu-reza e ao próximo. ANA

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6

O Planeta e você “Reciclar”

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Por vezes, o simples ato de jogar um guardanapo no chão, a ponta de um cigar-ro eu já estou agredindo a natureza. Afi-nal, a natureza não fuma. Respeitar é um dever do cidadão e para que esse respeito seja continuado o habito fará com que a consciência ecológi-ca se torne mais aflorada no pensamento do ser humano. A repetitividade traz o hábito.

RECICLANDO O PNEU. O lixo que é depositado nos aterros sanitários, é um problema tanto para a saúde pública como um desperdício de dinheiro para os Municípios. Um projeto “Earthship” baseia-se no rea-proveitamento de pneus e latinhas de cer-veja e refrigerante para a construção de casas. Verdadeiras habitações ecológicas pois aliam a facilidade de construção, soli-dez e economia de energia elétrica.

Os pneus são usados como base (alicerce) para as paredes da casa, que sobrepostos e cheios de terra, formam o alicerce da ca-sa. Para subir as paredes da casa são usa-dos blocos cuja composição é “entulho triturado” e cimento. Internamente, as paredes são forradas com latinhas de cer-veja e refrigerante, alternando-se com camadas de concreto. Estas latas têm a função de reter o calor, fazendo com que

em dias de frio a casa se mantenha aqueci-da e em dias de calor a casa se mantenha fresca.

As janelas são largas e altas e sempre di-recionadas para o nascente e para o poen-te do sol, afim de que durante todo o dia a claridade se espalhe pelas dependências economizando energia elétrica. Neste projeto se usa na cozinha o fogão a lenha que, também fornece a água quente necessária para o uso no chuveiro.

A energia usada na geladeira e nas lâmpadas é cap-tada através de um simples siste-ma de captação de energia solar.,

que em lugares com ventos contínuos pode ser o catavento (energia eólica). Sistemas simples de uma hélice (tipo elicie de caminhão) com um gerador acoplado tipo gerador de carro e uma bateria de caminhão (uma ou várias baterias de a-cordo com s de consu-mo). Outra opção de econo-mia significativa é o uso de placas de capta-ção de energia solar, cujo custo também se torna insignificante comparado à economia feita com a conta de energia elétrica e cujo custo se paga em poucos meses. Sobraram pneus !!! - Não não jogue fora, de jeito nenhum, você pode construir com

eles lindas floreiras que irão produzir flo-res e aromas que contribuirão para a sua completa felicidade. FEIRA TODA A SEMANA. Para que? Mesmo assim, você estava passeando com seu carro viu um pneu usado, vai carre-gando e guardando. Quanto já tiver bas-tantes, escolha um lugar lá no quintal.

Corte os pneus ao meio de forma que cada pneu dê duas meias luas; junte-as umas ás outras igual à figura cin-co, a figura da flo-reira que é feita da

mesma forma, encha de terra e cultive suas hortaliças e seus temperos. Uma vida natural vai-lhe fazer muito bem à alma, ao espírito e sobretudo à sua consciência ecológica.

Basta chegar o final do ano e sem-pre as mesmas catástrofes se repetem. As enchentes, gente perdendo tudo que con-quistou com muito trabalho e suor. Co-bramos o Governo mas, nem sempre o governo é o culpado. Basta darmos uma olhada pelas margens de nossa represas, pelos riachos que cortam nosso quintal e lá veremos montes e montes de lixo. Nos terrenos abandonados a mesma coisa. O que acontece? Vêm as chuvas fortes e carregam esse lixo para rios, riachos, pa-ra as ruas entupindo bueiros e provocan-do o acumulo de água que não tendo por onde sair vai parar dentro de nossas casa. O Lixo é para ser jogado no lixo. Reciclar também é uma forma de ajudar a nature-za pois a maior parte dele pode ser rea-proveitado.

Vejam que ca-deira mais ori-ginal, feita com a PET do refri-gerante que jogamos fora. V o c ê s a b e quantos anos demora para um pneu ou uma PET se decompor? Pense nisso !! Filipe de Sousa

Colaboração: Ana Renó

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 7

História que faz parte da nossa história “ Os Jesuítas ”

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A “Companhia de Jesus “(em latim, Societas Jesu), cujos membros são conhecidos como JESUÍTAS, é uma ordem, religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudan-tes da Universida-de de Paris, lide-

rados pelo bispo Iñigo López de Loyola (Santo Inácio de Loyola). Hoje é conheci-da principalmente por seu trabalho mis-sionário e educacional. FUNDAÇÃO Em 15 de Agosto de 1534, Inácio e seis outros estudantes (Pedro Fabro, Francis-co Xavier, Afonso Salmeron, Diego Lay-nez e Nicolau Bobedilha - Espanhóis, e Simão Rodrigues - Português) encontra-ram-se na Igreja de Santa Maria, Mont-martre e fundaram a “Companhia de Jesus” - para “desenvolver trabalho de acompanhamento hospitalar e missioná-rio em Jerusalém, ou para ir aonde o Papa nos enviar, sem questionar”. Em 1537 viajaram até à Itália em busca de aprovação papal da sua nova ordem. O Papa Paulo III concedeu-lhes a reco-mendação e autorizou que fossem orde-nados padres, o que aconteceu em Vene-za (Itália) pelo Bispo de Arbe, em 24 de Junho desse mesmo ano. Devotaram-se inicialmente a pregar em obras de cari-dade na Itália. A guerra relatada entre o Imperador, Veneza, o Papa e os Turcos ( Seljuk , tor-nava qualquer viagem até Jerusalém pouco aconselhável.

Na companhia de Faber e Lainez, Inácio viajou até Roma em Outubro de 1538, pedir ao Papa a aprovação da ordem. A congregação de Cardeais deu parecer positivo à constituição apresentada, e em 27 de Setembro de 1540, Paulo III confir-mou a ordem (Figura acima, Paulo III, Inácio e Faber) através da Bula “Regimini militantis Ecclesiae”, que inte-

gra a “Fórmula do Instituto” onde está contida a legislação substancial da Or-dem, cujo número de membros foi limita-da a 60 (sessenta). A limitação foi porém posteriormente abolida pela bula “Injunctum nobis” de 14 de Março de 1543. Inácio de Loyola foi escolhido para servir como primeiro superior geral. Ele enviou os seus companheiros e missioná-rios para vários países europeus, com o fim de criar escolas, liceus e seminários. Inácio de Loyola escreveu as constitui-ções jesuítas, adotadas em 1554, que de-ram origem a uma organização rigida-mente disciplinada, enfatizando a absolu-ta auto-abnegação e a obediência ao Papa e os superiores hierárquicos ( perinde ac cadáver, disciplinando como um cadáver, nas palavras de Inácio ). O seu grande principio tornou-se o LEMA dos JESUÍ-TAS. “Ad Najorem Dei Gloriam” (Tudo por uma maior glória a Deus). OBRA INICIAL Os Jesuítas foram fundados no seguimen-to da reforma Católica (também chama-da Contra-Reforma), um movimento reacionário à Reforma Protestante, cujas doutrinas se tornavam cada vez mais conhecidas através da Europa, em parte graças à recente invenção da imprensa. Os Jesuítas pregaram a obediência total às escrituras e à doutrina da igreja, tendo Inácio de Loyola declarado: “Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado”. Uma das principais ferramentas dos Je-suítas era o retiro espiritual de Inácio. Neste, várias pessoas reúnem-se sob a orientação de um padre durante uma semana ou mais, permanecendo em silên-cio enquanto atendendo a palestras e submetendo-se a exercícios espirituais para se tornarem pessoas melhores. Por exemplo, houve uma conferência e medi-tações acerca das nossas mortes iminen-tes, entre outras. Também pregaram que as decorações e a ostentação em geral nas cerimônias do catolicismo (desprezadas pelos luteranos) deviam ser acentuadas e abundantemen-te financiadas. Os Jesuítas conseguiram obter grande influência na sociedade nos períodos ini-ciais da idade moderna (Séculos XVI e XVII) porque os padres Jesuítas foram por muitas vezes os educadores e confes-sores dos Reis dessa altura. ( por exemplo o Rei Dom Sebastião de Portugal). Os Jesuítas foram uma força líder da Con-tra-Reforma, em parte devido à sua es-trutura relativamente livre (sem os re-querimentos da vida entra a comunidade nem do ofício sagrado), o que lhes permi-tiu uma certa flexibilidade operacional. Em cidades alemãs, por exemplo, os Je-suítas tiveram um papel batalhador, con-tribuindo para a repressão de quaisquer revoltas inspiradas pela doutrina de Martinho Lutero. Veja-se Munique ou Bona por exemplo, cidades que apesar de inicialmente tinham simpatia por Lutero, permaneceram um bastião católico, em grande parte pelo empenho dos Jesuítas. EXPANSÃO Em Portugal - o caráter de milícia era evidente, acabando a Companhia por se tornar a arma mais poderosa da Contra-

Reforma. D. João III, aconselhado por André de Gou-veia, solicitou a Loyola o envio de irmãos para a e-vangelização do

Oriente, tendo chegado a Portu-gal, ainda em 1540, o basco Francisco Xavier (mais tarde São Francisco Xavier) e o português Si-mão Rodrigues. Este permaneceu no reino e Francis-co Xavier partiu para o Oriente em

missão evangélica, tendo chegado a Cei-lão e às Molucas em 1548, tocando a Chi-na em 1552. As mis-sões iniciais ao Japão obtiveram como re-sultado a concessão aos Jesuítas do en-clave feudal em NA-GASAKI em 1580. No entanto, o receio em relação à cres-cente influência da ordem, fez com que este privilégio fosse abolido no ano de 1587. Dois Jesuítas missionários, Gruber e D’Orville, chegaram a Lassa, no Tibet, em 1661. Na China do século XVIII, os Jesuítas estiveram envol-vidos na chamada ques-tão dos ritos chineses. Os Jesuítas penetraram no Congo no ano de 1547, no Marrocos no ano de 1548 e na Etiópia no ano de 1555. Simão Rodrigues, enquanto

isso, criara a primeira casa em Portugal em 1542, con-cretamente o Colégio de San-to Antão o Ve-lho, em Lisboa, logo se seguin-do outros em C o i m b r a (1542), Évora

(1551) e de novo Lisboa (1553). Em 1555 foi-lhe entregue o Colégio das Artes em Coimbra e em 1559 a Universidade de Évora. Depressa muitos poderosos passa-ram a querer Jesuítas como confessores. Na “AMÉRICA DO SUL” Desde 1549 chegara ao Brasil (Bahia) o

p r i m e i r o grupo de seis missio-nários lide-rados por Manuel da N ó b r e g a ,

trazidos pelo governador-geral Tomé de Sousa. As missões Jesuítas na América Latina foram controversas na Europa, especial-mente na Espanha e em Portugal, onde eram vistas como interferência com a ação dos reinos governantes. Os Jesuítas opuseram-se várias vezes à escravidão indígena. Eles Fundaram uma série de aldeamentos missionários, chamados Missões ou “Missiones” no sul do Brasil, ou ainda “Reducciones”, no Paraguai, que eram organizados de acordo com o ideal católico, mais tarde destruídos pelos Espanhóis, e principalmente Portugueses, à cata de escravos. Segundo o historiador Manuel Mauricio de Almeida, desde o fim do século XVI houve expansão hispano - jesuítica a par-tir de Assunção no atual Paraguai, em três frentes pioneiras: 1 - Rumo ao sul de Mato Grosso. Funda-da a vila de Santiago do Jerez, que seria o centro da Província de Nueva Vizcaya, havia missões que aldeavam os represen-tantes das comunidades primitivas do Itatim. Projeto com apoio do Estado e da Igreja, para assegurar o controle do vale do rio Paraguai e articular as missões do Itatim com as de Mojos e Chiquitos, de modo a assegurar proteção altiplano mi-neiro na atual Bolívia. 2 - em trechos do atual território do Esta-do do Rio Grande do Sul, no Brasil, al-deias de Tape, Uruguai e Sierra. 3 - do Paraná, onde se fundou a Província Del Guairá e a Vila Real Del Espiritu San-to. As missões na América do Sul eram uni-dades de produção auto-suficientes, com relação de produção do tipo feudal. Cada família cultivava em regime de posse in-dividual e coletiva porções de terra. A retribuição era sempre representada por produtos, realizados coletivamente (tupambaé, “parte de Deus”) ou nas ter-ras de posse familiar (abambaé, “parte das pessoas”). O que era reservado à re-produção do sistema econômico, ou co-mércio, constituía tabambaé ou “parte da aldeia”. Havia um cabido rudimentar, presidido por um corregedor indígena eleito pela comunidade. A ideologia reli-giosa era católica. Com a ocupação dos portos negreiros na África, São Jorge de Mina, São Tomé e São Paulo de Luanda, pelos holandeses, o apresamento de Índios se expandiu na segunda metade do século XVII para muito além das vizinhanças do planalto de Piratininga, força de trabalho escrava mais lucrativa - principalmente Guaiará. Autoridades Espanholas favoreceram mesmo, na vigência da União Ibérica, a destruição das missões. Em 30 de Julho de 1609, uma lei de Filipe

III decla-rou livres todos os Índios. Sob a influ-ência da Companhia de Jesus , a escravidão era proble-

ma mas se mantinha sobre eles a jurisdi-ção dos Jesuítas.

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8

CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E REGRAS DE CIDADANIA NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM

Histórias e Lendas do Litoral

Cesídio Ambrogi No mais alto da serra, junto à estrada, no ermo do sertão, na paz silenciosa, por crentes mãos, um dia ali plantada, a Cruz de Ferro se ergue majestosa. E cansado de longa caminhada, ante a cruz solitária e misteriosa, o viandante, ao passar, susta a jornada, orando aos céus, em prece fervorosa. E a grande Cruz de Ferro, negra e muda, insensível aos tempos, a ação ruda, serena, sempre a mesma olhando o mar... E - milagre - em abril, contam viajores, se lhe enroscam nos braços rubras flores, como se fossem rosas a sangrar ... Vai todo o soneto de Cesídio Ambrogi como titulo da nossa estória. Apossamo-nos dele para um prefácio luminoso, que nunca nos seria dado pro-duzir. Foi em Cunha. Pouco distante daquela cidade, para os lados de Campos Novos, morava o Juca Mineira, com sua adorá-vel companheira, preocupado unicamen-te com o desenvolvimento do sítio. En-quanto isso, murmurava-se algo pelos arredores, sobre a graça e a beleza de Mariazinha que, alheia a tudo o que o-corria, avivava cada vez mais aquela pai-xão cabocla no íntimo do moço que a foi buscar na casa de sua madrinha nos ar-redores de Alfenas, numa noite de luar. Mariazinha foi a primeira que notou a freqüente passagem de Basílio de Cam-pos pelo sítio: ora, para ver o cafezal; ora para pedir uma caneca de água; e muitas - quantas ! - sem um pretexto plausível, razoável. Notou, logo depois, o modo pe-netrante e interessado como era encarada pelo forasteiro, e pensamentos atordoan-tes passaram a povoar-lhe o cérebro até então casto e indiferente. A má fama de Basílio era comentada, não só em Cunha como em toda a Região do

Vale do Paraíba, onde assinalava com proezas várias a sua passagem. Isto veio oprimir ainda mais o coração da caboclinha amante e fiel ao companheiro. Por vezes abraçou Gregório, ou melhor, Gorinho. Beijava-lhe as faces acetinadas, vendo naquela criança o fruto de sua paixão por Juca. E quantas vezes este não a surpreendeu naquelas carícias, notando-lhe a mágoa que a pungia e o embaraço com que respondia às suas perguntas. Um dia o mineiro voltou do campo e pro-curou Mariazinha por toda a casa. En-trou em indagações e espalhou emissá-rios. Nada !! Dias depois, um tropeiro vindo de Guaratinguetá informou o in-consolável Juca que a vira cavalgando na garupa de tordilho de Basílio. Pobre Juca ! Daqueles tempos ditosos em que a sua alma selvagem extasiava-se ante as carícias ingênuas da morena in-grata, nada mais lhe restava senão Gori-nho, a lembrança querida a amargurar-lhe o coração ferido. Com o filho nos braços chorou, e depois procurou disfar-çar sua dor, voltando-se atento e carinho-so à criança querida e ignorante. Sim, ignorante. Juca fez tudo para que o Gori-nho nunca viesse a saber quem fora sua mãe e como esta procedera. De fato, aos doze anos, de sua mãe Gori-nho sabia apenas que “tinha morrido”, sem saber como e quando. Não a tinha conhecido, portanto não sentia sua falta, mas à sua morte atribuía a profunda tris-teza que dominava seu pai. Este, numa romaria à Basílica de Apare-cida, deparou com a execrável presença de Basílio, que nele veio esbarrar, em nítida atitude de provocação. Levou a mão à cintura procurando a lâmina afia-da que ali trazia, mas tremeu. A seu lado estava o filho querido. Se desferisse o golpe, daí em diante Gorinho seria apon-tado ao mesmo tempo, como filho de uma adúltera e de um assassino. Não ! Gori-nho havia de ignorar tudo! Resolveu mudar-se para Ubatuba. Veio aqui, adquiriu um sítio. Voltou a Cunha, vendeu o de lá e partiu em companhia do filho. à beira-mar - pensou - viveria mais despreocupado, sem temer encontrar-se com Basílio, ou com algum indiscreto que revelasse a Gorinho o que este devia ig-norar por toda a vida. Ao chegar ao alto da serra, falou: - Gorinho, vês aquele verde azulado, lá em baixo? È o mar. Lá às margens do oceano é que vamos morar. Lança um ultimo olhar para estas regiões de serra - acima e jura a teu pai que nunca mais

passarás por este caminho. Juras? - Mas, por que, meu pai? - Não indagues, filho. Prometes que não mais transporás esta serra? - Prometo, pai. Juca Mineiro deu rédeas ao animal e co-meçaram a descer silenciosamente. Em dado momento, cortando as conjeturas de Gorinho, surgiu por entre densas ra-magens, numa curva do caminho, a figu-ra de um homem irado, que bradou for-temente: - Juca, você precisa morrer, desgraçado... E, sem mais demora, desfechou-lhe a pe-quena distância um tiro de garrucha. Um grito doloroso e agudo partiu do co-ração de Gorinho, enquanto o miserável desaparecia no matagal da serra. Juca, ferido de morte, levou a mão crispada ao peito ensangüentado, tombando pesada-mente do animal que cavalgava. Gorinho, lívido, alucinado, correu para o pai, não compreendendo o que se passava. - Meu filho - falou o moribundo - vais perder teu pai...não chores...antes, po-rém, vou contar-te a minha história... Com voz entrecortada narrou toda a in-felicidade que pairou sobre ele com a ingratidão de Mariazinha. E terminou: - Meu filho... um dia... vingarás teu pai... Deus te abençoe... E expirou. Gorinho plantou ali uma cruz tosca que depois foi substituída pela “grande Cruz de Ferro, negra e muda”. Assinalou as-sim o lugar onde um dia viria trazer o testemunho de sua vindita. Onze anos depois. Gorinho é um belo rapaz de vinte e três anos, delicadamente moreno, cabelos pretos e ondulados, for-te, alto, mas sempre cingido por uma nuvem de tristeza. A todo o instante seu comportamento denunciava profundo pesar. Certo dia, numa fresca manhã de abril, deparando a figura odiada de Basílio num dos Armazéns Comerciais da Prai-nha, a idéia de vingança prometida fer-veu-lhe no peito. Célere, partiu pela es-trada do Mato Dentro, levando nos lábios um sorriso contrafeito. Ia vingar o pai ! Vingar ! Pouco antes da Cachoeira Grande, no pé da serra, sentou-se numa pedra para des-cansar um pouco. Basílio, no armazém, pedira pressa, para viajar ainda naquele dia, portanto não deveria demorar-se. Gorinho, a qualquer rumor, escondia-se no denso matagal que beirava a estrada, espreitando, até que, na curva do cami-nho, surgiram algumas bestas trotando em direção a Serra - acima. Logo atrás

vinha Basílio montando um cavalo baio, fumando despreocupadamente, esqueci-do talvez do hediondo crime que pratica-ra, onze anos antes, um pouco mais adi-ante. Gorinho estremeceu. Sacou de um pu-nhal, saltou na estrada e gritou: - Pára miserável ! Salta do cavalo ! - Que queres? Eu não trago dinheiro. Levo apenas minhas bestas, respondeu Basílio, deixando com moleza a sela, não reconhecendo no “ladrão” o filho de suas vítimas. - Lembras-te de minha mãe? - Tua mãe? Não sei, não. Quem era tua mãe? - Tens razão, eu nunca tive mãe... Lem-bras-te da desgraçada que roubaste de meu pai? - Ah! És tu, Gorinho? Mariazinha... Basílio ainda quis falar mas uma lâmina fria varou-lhe o coração. Gorinho imperturbável, olhou o céu nu-ma atitude de suplica e, lançando-se so-bre o cadáver, com violência arrancou farrapos da camisa ensangüentada, mon-tou no cavalo da própria vítima e partiu em disparada para a serra. Ao transpor a Volta Grande avistou a “cruz solitária e misteriosa”. De um salto deixou a alimá-ria e, correndo em sua direção, com os olhos rasos de lágrimas, falou baixinho: - Pai! Estás vingado! Eis aqui ainda quente o sangue de quem te fez desgraça-do... E, como no cumprimento do dever, depôs nos braços da Cruz de Ferro os farrapos ensangüentados. Osculou-se e ia retirar-se, quando observou viandantes que des-ciam, vencendo a longa caminhada, pare-cendo extasiados, na contemplação do maravilhoso cenário que dali se descorti-na. O rapaz tremeu. Estavam já a poucos passos. Rápido, vol-veu os olhos para a cruz onde pusera os farrapos ensangüentados. Milagre ! Viam-se agora nos braços cor-roídos o enroscado caprichoso de uma planta silvestre e balouçando à fresca aragem da tarde rubras corolas de flores perfumadas ! É por isso que tão bem disse Cesídio Am-brogi: É milagre - em abril, contam viajores, se lhe enroscam nos braços rubras flores, como se fossem rosas a sangrar... Do Livro: “Ubatuba - Lendas e Estórias” Autor: Washington de Oliveira

Culinária Típica do Litoral INGREDIENTES: 1 quilo e meio de peixe (badejo, robalo, dourado, namorado ou cherne); 3 maços de coentro; 3 maços de cebolinha verde; 1 cebola média; 3 dentes de alho; 4 to-mates; pimenta malagueta (agosto); azei-te de oliva; urucum em pó; óleo de soja. MODO DE PREPARO: Escame bem o peixe, tire as vísceras e

corte-o em postas de 5 cm de largura. Lave bem com limão e deixe descansan-do em um prato com água misturada com um pouco de sal. Soque o alho, três rodelas de cebola, um maço de coentro picado, um maço de cebolinha verde e sal a gosto. Esfregue no fundo da panela de barro um pouco de óleo de soja (2 colheres de sopa) e azeite de oliva (1 colher). Adicio-ne à panela a massa socada dos tempe-ros, passando-a no fundo.Retire as pos-tas de peixe do prato com água e sal.

Vire as postas de um lado para o outro nos temperos da panela. Arrume-as de modo que não fiquem umas por cima das outras. Corte o resto do coentro, da cebolinha verde, do tomate, da cebola e coloque nesta mesma ordem por cima das postas de peixe que estão na panela. Regue com um pouco de azeite e suco de limão. Deixe tudo descansando por 20 ou 40 minutos . Derreta em um pouco de óleo três colheres de sopa de urucum. Na hora de levar ao fogo para cozinhar, despeje um pouco deste caldo por cima

da moqueca. Quando começarv a abrir fervura , verifique o sal. Não coloque mais água, não vire as postas e deixe cozinhar com a panela sem tampa. Vá verificando o paladar do sal e do limão e se necessário adicione mais. Deixe no fogo forte por 20 a 25 minutos. Balance, de vez em quando a panela com o auxilio de um pano grosso, para que as postas de peixe não agarrem no fundo. Sirva com arroz branco, um belo pirão e um b e l o m o l h o .

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3ª Idade - Saúde e bem estar.

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A sociedade é evolutiva. Nossas crianças e jovens representam o futuro de nossa sociedade. Nossos idosos representam a continuidade da construção evolutiva desta mesma sociedade. Foram eles que produziram aquilo que hoje nossa crian-ças usufruem e por isso merecem aten-ção, amparo e respeito. A diferença entre o Novo e o Velho está na forma como essa mesma sociedade encara essas responsabilidades. Nessa sociedade tudo se envolve na co-responsabilidade de amparo e solidarie-dade quanto ao velho. Mas, não é isso que vem se aplicando no que toca à sociedade Brasileira pela mai-oria das Empresas e mídea tanto escrita como falada: Enquanto os jovens repre-sentam consumidores para toda uma vida que se inicia e por isso são merece-dores de toda a atenção como mercado alvo, o idoso é visto como consumidor terminal no qual não compensa investir. Este conceito perverso já foi superado na maioria dos países desenvolvidos. Nesses Países, o idoso, cuja vida se vê prolonga-da pela atenção que lhe é dispensada, estão merecendo cada vez mais atenção do mercado e da mídia, pois, represen-tam um capital potencial e uma possibili-dade maior de consumo. Nos países subdesenvolvidos, econômica e socialmente, isso ainda não acontece. A grande maioria dos idosos interrompe sua vida de trabalho aos 40 anos, quando já é considerado velho para o mercado de trabalho e, nessa idade se vê ou dispensa-do de um serviço ou na rua da amargura pela falência ou fechamento da empresa em que trabalhava. Assim sobrevive de bicos até conseguir chegar na possibilida-de de aposentadoria. Aposentado, com uma mísera aposentadoria pois, rara-mente tem condições de pagar individual-mente sobre mais que um salário míni-mo, nessa condição de trabalho esporádi-co. Assim, fica na dependência da família cujas necessidades e preocupações serão outras ou pior, se verá sozinho, sem con-dições físicas ou financeiras de usufruir de uma vida no mínimo digna. Solidão e doença: Não se pode isolar o fator alimentação das outras circunstâncias que cercam o envelhecimento. Envelhecer é um proces-so que implica desde a história psíco-social de cada um, suas relações familia-res e suas condições financeiras e de saú-

de. Certo que aqueles que tiveram uma vida adulta rica e gratificante, se lembra de seu passado com satisfação, terão mais facilidade de se adaptar ao envelhecimen-to As condições financeiras têm tudo a ver com a qualidade de vida neste proces-so de envelhecer. O idoso que tem recur-sos próprios pode arcar com os custo da ajuda profissional, desde o lazer, saúde e alimentação. Nos Países desenvolvidos o idoso recebe do Estado recursos suficien-tes para que arque com as custas de um “abrigo” ou possa fazer face às suas ne-cessidades, desde o aluguel de sua casa, compras e necessidades de tratamento. Isso faz com que o idoso sinta um maior bem estar mas, não evita a solidão e a desnutrição, itens que se mantém como causas principais de óbito entre idosos. No Brasil a maior parte dos aposentados recebe um mísero salário mínimo que não lhes garante nem a farmácia nem a compra mensal de que necessitaria para se nutrir convenientemente e muito me-nos para pagar um aluguel. Assim, hoje, envelhecer no Brasil, para a maior parte dessa classe, é um suplício e a constata-ção de que sua vida foi em vão. Ai, apare-cem as doenças que têm sua origem no seu espírito e nos desgostos pelo abando-no e menosprezo. Assim, ao idoso não resta outra alternati-va senão ser acolhido pelos filhos, quando os tenha e eles tiverem espaço, consciên-cia e consideração ou, então, recolherem-se a “asilos” privados mas, que com o valor de que pode dispor, a experiência nos mostra que dignidade e respeito, es-ses mesmos asilos a que tem acesso, não oferecem. Nos “asilos públicos” quando encontra a vaga (e muitas filas terá que enfrentar) , a tendência é que a auto-estima e a dignidade que merecem, esses idosos vejam esses itens reduzidos a qua-se nada. Sem vontade nem motivações para viver, o idoso limitará sua alimenta-ção ao mínimo necessário para continuar vivendo. Assim, cai doente, será hospita-lizado e seu fim não tardará. A desnutrição: Este quadro da desnutrição é mais pre-sente e dramático, nos grandes centros, com idosos que vivem sozinhos, onde o morador não sabe o que está acontecendo com o visinho do lado. Segundo alguns amigos, na França, em edifícios onde há grande acumulo de idosos que vivem so-zinhos em seus apartamentos, os portei-

ros têm a função de bater na porta dos moradores para se certificarem se estes estão precisando de ajuda ou se estão vivos e com boa saúde. A cultura de nossa sociedade, pelo menos fora dos grandes centros, não comparti-lha de tanta frieza. Embora os asilos este-jam repletos, e as filas para os asilos se-jam intermináveis, a maioria das famílias tende a ser solidária com seus idosos. O que não quer dizer que com essa solidari-edade estejam cuidando bem deles. É neste ponto que eu gostaria de dar en-foque. Mesmo quando as famílias estão dispostas a recebê-los e a ampará-los, não significa que saibamos fazer o melhor por eles. A falta de conhecimento e até de recursos, faz com que o mal da desnutri-ção atinge cada vez mais os nossos velhi-nhos. Nos EUA, por exemplo, 5 a 22% dos idosos que moram com a família so-frem de desnutrição protéico-energética. Nos idosos que estão em instituições (Abrigos) essa percentagem sobre para 59% e, entre aqueles que se encontram hospitalizados, esse percentagem sobre para 65%. No Brasil, estima-se que 1,3 milhão de idosos estejam com baixo peso, devido à desnutrição e, que mais de 15% dos ido-sos, nesta situação, consomem cerca de mil calorias-dia, menos da metade do necessário. A dificuldade da Mastigação: Não podemos esquecer da dificuldade que nosso idosos possuem no processo de mastigação e deglutição dos alimentos. É muito comum nos idosos a perda de sua dentição, a colocação de próteses que não se ajustam, além da redução das se-creções salivares, da diminuição do olfato e da dificuldade de engolir os alimentos. Um trabalho efetuado na cidade geriátri-ca, em Piracicaba (SP) pela equipe da Dra. Jocelem Mastrodi Salgado. ESALQ, em parceria com a Fundação de Gastro-enterologia e Nutrição de São Paulo (Fugesp), uma das primeiras constata-ções foi a dificuldade de mastigação, nes-se grupo de idosos, estudado. Quando os alimentos passaram a ser oferecidos em pedaços menores, e muito bem cozidos, os moradores dessa casa, passaram a comer mais e a ganhar peso. Outras mudanças foram feitas; os pratos passaram a ter mais variações, mais equi-librados sob o ponto de vista de valores protéicos, com elementos de diferentes

cores e com sabores não repetitivos. A solidão alimentar também foi aborda-da e, os idosos até então habituados a ingerir suas refeições em seu quarto, fo-ram incentivados a fazê-lo no refeitório, compartilhando assim da companhia de seus colegas. Com isso a alimentação dei-xou de ser uma obrigação, transforman-do-se num momento de prazer e de con-vívio. Portanto, sem um aumento de cus-tos mas com um aumento de cuidados, poderemos administrar os recursos e de certo iremos economizar e muito em cus-tos com internações e no consumo de me-dicamentos. Depressão e desnutrição: Seria por bem lembrar outros aspetos com relação à alimentação e saúde de nosso idosos. Há alguns sinais que podem indicar u possível inicio de desnutrição ou que apontem para uma doença que pode estar sendo instalada. Um desses sinais é a perda de peso, que pode estar associada à dificuldade de mastigação mas, que pode indicar tam-bém outros problemas de saúde. Outro sinal de alarme são os indicadores psíco-sociais. Aqui entram estados como depressão, tristeza por perda de um con-jugue ou ente-querido e, até mesmo a solidão ou a vida solitária. Casos de alco-olismo e de abandono total de cuidados são comuns nessa fase. Essas situações podem ainda ser agrava-das pela falta de dinheiro para a compra de alimentos e pelas precárias condições em que vive o idoso. Mesmo que sua situação financeira lhe seja mais favorável, mesmo assim ele terá que ir ao supermercado, escolher seus alimentos. prepará-los e preparar sua própria mesa. Precisará de conhecimen-tos mínimos sobre nutrição, alimentação balanceada, saber como armazenar devi-damente os alimentos e garantir que sua geladeira esteja funcionando corretamen-te. “Desrespeitar alguém mais velho é a ma-neira mais ordinária de desrespeitar nos-sa própria relação com a vida”. Filipe de Sousa Fonte: Profa. Dra. Jocelem Mastrodi Salgado, professora Titular de Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP). contato: < [email protected] >

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Datas Especiais

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Nascido na cida-de de São Paulo, capital do Esta-do de mesmo nome, em 21 de Março de 1960, filho de um rico empresário Pau-

lista. Desde cedo se interessou por auto-móveis, incentivado por seu pai, um entu-siasta de competições automobilísticas. Aos 4 anos ganhou o seu primeiro Kart construído por seu pai Sr. Milton e cujo motor era o motor de uma máquina de cortar grama. Aos treze anos já competia em provas oficiais de Kart. A partir daí sua ascensão foi se sucedendo vindo a se sagrar campeão Mundial na fórmula 1 e ganho o seu primeiro título em 1985 no Autódromo de Estoril - PT, o Grande prêmio de Portugal de Formula 1. Sua última vitória foi o Grande Prêmio da Austrália em 1993 e sua ultima e fatal corrida foi ao correr o Grande Prêmio de San Marino no ano de 1994. Máxima de Ayrton: “Ser o segundo é o mesmo que ser o pri-meiro dos perdedores...”.

De origem indígena por parte de seus bisavós maternos (Bororo e Terena) e bisavó paterna (Guará), Rondon ficou órfão precocemente, tendo sido criado pelo avô. Após sua morte transferiu-se para o Rio de Janeiro para Ingressar na Escola Militar. Entre outros cursos fez Matemática e Ciências Físicas e Naturais da Escola Superior de Guerra. Entre os inúmeros serviços prestados ao País, desbravador do interior do Brasil, criou o SPI (Serviço de Proteção ao Ín-dio). Seus primeiros contatos com os Ín-dios se deram quando da construção das linhas telegráficas que ligaram os Esta-dos de Goiás e Mato Grosso. A essa altura tornou-se também colabo-rador de Getúlio Vargas. Cândido Mariano da Silva Rondon nas-ceu em 05 de Maio de 1955 e quando fez 90 anos, em seu aniversário, recebeu o título de Marechal do Exército Brasileiro concedido pelo Congresso Nacional. Em 17 de fevereiro de 1956, o território Fede-ral do Guaporé teve seu nome alterado

em sua homenagem para Território Fe-deral de Rondônia e em 1981 elevado a Estado. Em 1957 foi indicado para p prê-mio Nobel da Paz, pelo Explorer’s Club, de Nova York (EUA). Cândido Mariano da Silva Rondon nas-ceu em Mimoso, 5 de Maio de 1865 e fale-ceu no Rio de Janeiro em 19 de Janeiro de 1958, foi um Militar e Sertanista Bra-sileiro.

Luís Alves de Lima e Silva (DUQUE DE CAXIAS) nasceu em Porto de Estrela a 25 de Agosto de 1803 e fale-ceu em Desengano a 7 de Maio de 1883. Foi um dos mais importantes militares e estadistas da história do Brasil, responsá-vel por importantes ações militares paci-fistas em momentos revoltosos internos. No dia 25 de Agosto de 1923, data de seu aniversário natalício 25 de Agosto passou a ser considerado o “Dia do Soldado Bra-sileiro”. O Decreto Federal de 13 de Março de 1962 imortalizou o nome do invicto DU-QUE DE CAXIAS como o “PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO”.

Cientes da vulnerabilidade das povoações portuguesas no litoral nordes-te brasileiro, os administradores da Com-panhia Neerlandesa das Índias Ociden-tais, decidiram pelo ataque à então Capi-tal do Estado do Brasil, a cidade de Sal-vador, na Capitania da Bahia. Assim, uma armada dessa Companhia, trans-portando um efetivo de 1.700 homens sob o comando do almirante Jacob Wille-kens, em 10 de Maio de 1924, atacaram e conquistaram a Capital, aprisionando o então Governador-Geral Diogo de Men-donça Furtado. Assim o Governo da ci-dade passou a ser exercido pelo Fidalgo Holandês Johan Van Dorth. A ocupação Holandesa e o conflito com os Espanhóis

só foi resolvido definitivamente com a assinatura do tratado de Haia pelo qual a República Holandesa reconheceu a sobe-rania portuguesa sobre o Nordeste Brasi-leiro, no ano de 1661.

Manuel Luís Osório, primeiro e único Barão, Visconde e Marquês de Erval nasceu em Concei-ção do Arroio a 10 de Maio de 1808 e faleceu no Rio de Janeiro em 04 de outubro de 1879. Foi

um militar e político Brasileiro, herói da Guerra da Tríplice Aliança. É o patrono de CAVALARIA do EXÉRCITO BRA-SILEIRO. Filho de um pião humilde, nascido em Santa Catarina de nome Ma-nuel Luis, descendente de um casal açori-ano, e de Ana Joaquina Luisa Osório, natural de Santo Antônio da Patrulha de família abastada e proprietária de terras. No ano de 1877 Osório é nomeado Sena-dor do Império e em 1878 ocupa a pasta de Ministro da Guerra. Na cidade do Rio de Janeiro existe uma unidade escolar federal denominada “Fundação Osório” em sua memória.

Dona “Isabel Cristina Leopoldi-na Augusta Mi-guela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon” a Prin-cesa Imperial do Brasil, nasceu na cidade do Rio de

Janeiro em 29 de Julho de 1846 e faleceu em Eu, na Normandia em 14 de novem-bro de 1921. Filha de D. Pedro II e de Dª. Teresa Cristina. Em 13 de Maio de 1888, num domingo, aconteceram as últimas votações de um projeto de abolição total da escravatura no Brasil. Certa da vitó-ria a regente desceu de Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no palácio Impe-rial o momento de assinar a Lei Áurea. Cotegipe, da elite cafeeira, descontentes claro com esta Lei, falou para a Princesa: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas per-deu o trono”. De pensamento arrojado para a época, Dona Isabel era partidária de idéias modernas, como o sufrágio fe-minino e a reforma agrária. Documentos recentemente descobertos revelam que a Princesa Isabel chegou a estudar uma forma de indenizar os Escravos com re-cursos do Banco Mauá. Pouco depois de

testemunhar o júbilo popular com a abo-lição, Dona Isabel veria a monarquia no Brasil ser extinta. Instigados pelos Cafe-eiros e os radicais positivistas os militares depuseram o gabinete do Visconde de Ouro Preto e instauraram uma ditadura Militar.

A data certa de seu nascimento bem co-mo o local são muito discutidos, aliás como toda a trajetória de vida deste navegador e explo-rador que alcançou a

América em 12 de Outubro de 1492. No entanto a data de seu nascimento se cal-cula entre o ano de 1437 e 1448 mas o de sua morte é conhecido, 20 de Maio de 1506 na cidade de Valladolid na Espa-nha. Esta descoberta foi por acaso pois, a sua missão era atingir a Índia, cuja expedição estava sob as ordens dos Reis Católicos da Espanha. No entanto o que ele descobriu foram as Ilhas das Caraí-bas (Antilhas) e, mais tarde a Costa do Golfo do México (América Central).

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, nas-ce u em Umbuzeiro em 23 de maio de 1865 e faleceu em Petrópolis em 23 de maio de 1942. Foi um político e jurista brasileiro, presiden-te da República no período entre 1919 e

1922, depois que Rodrigues Alves, eleito em 1918, não tomou posse por motivo de doença. Seu período de governo foi foi marcado por revoltas militares que aca-bariam na Revolução de 30, a qual levou Getúlio Vargas ao poder.

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador (Bahia) no dia 26 de Maio de 1914 e faleceu mesta mesma cidade em 13 de março de 1992. Ficou conheci-da como “Irmã Dulce, o Anjo bom

da Bahia”. Sua vida foi dedicada à cari-dade. Começou sua missão ocupando um barracão abandonado para abrigar men-digos. Recebeu a visita do Papa João Paulo II, quando de sua visita ao Brasil, em virtude de seu trabalho com os ido-sos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Filha de um funcionário bem remunerado abriu mão de uma vida tri-vial para se dedicar a seu semelhante.

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CERRADO BRASILEIRO Livre para

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O “Cerrado Brasileiro” é a se-gunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km2, abrangendo dez Es-tados do Brasil Central. Hoje, restam ape-nas 20% desse total. Típico das regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas; Inverno seco e Verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrien-tes ricos em ferro e alumínio, abriga plan-tas de aparência seca, entre arbustos dis-persos e gramíneas e, o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação

florestal. A pre-sença das três mai-ores bacias hidro-gráficas da Améri-c a d o S u l ( T o c a n t i n s -Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece a sua biodiversi-dade.

Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos, vivam aí. Essa riqueza biológica porém, é seriamen-te afetada pela caça e pelo comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é

majoritaria-mente urba-na e enfrenta graves pro-blemas histó-ricos de de-s e m p r e g o . Falta de ha-bitação, sa-n e a m e n t o básico, polui-ção motivada pelas quei-madas, entre outros. A atividade de

garimpo, intensa na região, por exemplo, contaminou os rios com mercúrio e metais pesados e contribuiu para seu assorea-mento. A mineração forneceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da déca-da de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cer-rado. Hoje, menos de 2% está protegido por reservas e parques. Pequenas árvores de troncos retorcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira,

misturando-se, às vezes com campos lim-pos ou matas de matas de arvores não muito altas - esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi consi-derada uma área perdida para a economi-a do país.

Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600 metros acima do nível do mar, e ape-nas 5,5% atingem uma altitude acima de 900 metros. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca. Seu solo esconde um grande manan-cial de água, que alimenta seus rios. Entre as espécies vegetais que alimentam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a

sucupi-ra, o p a u -terra, a c a t u a -ba e o indaiá. Debai-xo des-

sa árvores crescem diferentes tipos de ca-pim, como capim-flecha que pode atingir uma altura de 2,5 metros. Onde corre um rio ou córrego, encon-tram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cur-sos d’água. Nos brejos, p r ó x i mo s às nascen-tes de á-gua, o bu-riti domina a paisagem e forma as veredas de buriti. A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, no entanto em apenas 30 anos o homem conseguiu des-truir 80% do ecossistema natural da regi-ão. Com o aparecimento de grupos de ca-

çadores ilegais, garimpeiros e a agropecu-ária motorizada o ecossistema do cerrado foi-se degradando e a ameaça de sua total extinção paira no ar, conforme matéria que nas próximas edições iremos abordar. CARACTERIZAÇÃO DO CERRADO

A província do Cerrado, como deno-minado por George Eitein, englobando 1/3 da biota brasileira e 5% da flora e da fau-na mundiais é caracterizada por uma ve-getação savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos e arvores esparsas, que dão origem a varia-dos tipos fisionômicos, caracterizados pela heterogeneidade de sua distribuição. Muitos autores aceitam a hipótese do oli-gotrofismo distrófico para formação do Cerrado, sua vegetação com marcantes características adaptativas a ambientes áridos, folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente suberizado, etc. Con-tudo apesar de sua experiência xeromórfi-ca , a vegetação do Cerrado situa-se em regiões com precipitação média anual de 1.500mm, estações bem definidas, em mé-dia com seis meses de seca, solos extrema-

mente áci-dos, profun-dos, com deficiência nutricional e alto teor de alumino. S e g u n d o

EITEN os tipos fisionômicos do Cerrado (latu senso) se distribuem de acordo com três aspectos de substrato onde se desen-volvem: a fertilidade e o teor de alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada superficial e subsurpeficial. Os principais tipos de ve-getação são: CERRADO - É a vegetação característica do cerrado, composta por exemplares arbus-tivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos de forma ligeira-mente esparsa, intercalados por uma co-bertura de ervas gramíneas e espécies se-mi-arbustivas. FLORESTA MESÓFITICA DE INTERFLÚVIO (Cerradão) - Este tipo de vegetação cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas das árvores, que medem em média de 8 a 10 metros de altura, tocam-se o que denota um aspeto fechado a esta vegetação. CAMPO RUPESTRE - Encontrado Em áreas de contato do Cerrado com a catinga e floresta atlântica; os solos deste tipo fisio-nômico são quase sempre rasos e sofrem bruscas variações em relação a profundi-dade, drenagem e conteúdo nutricional. É caracteristicamente, composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou fechada. CAMPOS LITOSSÓLICOS MISCELÂNEOS - São caracterizados pela presença de um substrato duro, rocha mãe, e a quase ine-xistência de solo macio; este quando pre-sente não ocupa mais que poucos centíme-tros de profundidade até se deparar com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. Sua flora é ca-racterizada por um tapete de ervas latifo-liadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral a ausência de exemplares arbus-tivos, ou a presença de raríssimos espéci-mes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada rochosa. VEGETAÇÃO DE AFLORAMENTO DE ROCHA- Representada por cactos, musgos, bromé-lias, ervas e raríssimas árvores e arbus-tos, creche sob penhascos e morros rocho-sos.

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Voltamos a falar da importância do Tri-ângulo: ”A Escola, a Família e a Criança” e de sua importância no seu contexto soci-edade. Nesse triângulo é absolutamente necessário que suas pontas se encontrem unidas e que se tenha em mente sempre o bem da criança, deixando de lado certas convicções particulares e tratando o as-sunto de uma forma harmoniosa e justa; cada um assumindo a sua parte e a sua responsabilidade. Certo que os Governos têm a sua quota de responsabilidade no processo mas, não poderemos esquecer que sem uma base familiar forte não tem instituição de ensino e nem governo que consiga sozinho sanar os problemas com que nos defrontamos. Hoje iremos abordar o relacionamento familiar, seus vínculos e seus reflexos. Filipe de Sousa “No inicio da vida, o bebe e a mãe estão num relacionamento muito próximo, qua-se como numa extensão da vida intra-uterina; não existe ainda para o bebe u-ma diferenciação entre ele e a mãe. É necessário que seja assim, pois é esta proximidade que mantém a mãe e o pai também, tão atentos e disponíveis para atender às necessidades do bebe. A partir desta primeira relação a criança vai co-meçar a se diferenciar da mãe e pode se ver separada dela, com uma existência própria mas, para que isto ocorra, muito tempo e condições favoráveis serão neces-sárias. Também a mãe, se tudo correu bem, pode voltar a encarar sua vida e suas ocupações, quanto mais a dupla mãe-bebê tenha sido capaz de desfrutar da sua relação inicial, tanto mais prová-vel que ocorra a gradativa separação em duas pessoas. Isto porque a criança pode ir formando dentro dela, em sua mente, uma imagem segura de uma mãe amiga e protetora. Essa imagem interior pode confortar a criança nos períodos de au-sência da mãe. As relações familiares, os mundos conhecidos da rotina da casa se tornam as primeiras referências da crian-ça. A ida para a escola maternal pode significar uma ruptura com este mundo conhecido e por isso se tornar muito as-sustador para a criança, assim como para seus pais. É natural que uma situação nova e desconhecida suscite medos, ansie-dades e insegurança por isto é importante que os educadores possam considerar essas emoções como algo esperado nesta situação e, na medida do possível ir con-versando com a criança e com seus pais a respeito da repercussão destas vivencias. A intensidade com que cada um vai ex-perimentar essa situação depende muito de aspectos particulares da personalidade e também da dinâmica familiar. Essas vivencias podem ter um caráter bastante primitivo e fogem de qualquer tentativa de explicação racional. Vamos procurar descrever algumas das fantasias e angüstias que podem estar envolvidas nestas experiências de separação. Estes sentimentos e fantasias podem refe-rir-se à idéia de que o crescimento e a

conseqüente separação impliquem numa ruptura muito brusca e sem volta. Se for assim, a mãe pode não tolerar que o filho se afaste dela, tenha seus amigos e inte-resses particulares dos quais ela não faz parte, pois esse fato passa a ser ameaça-dor. Da mesma forma é muito comum os sentimentos possessivos, ciumentos e o desejo de controlar a mãe, presentes na mente infantil. A criança pode ter medo de que a mãe não voltará e que portanto está diante de um abandono. Nestes momentos, em fun-ção das fantasias inconscientes, a separa-ção pode ser sentida como algo terrível, por ambas as partes, e pode tentar ser evitada. O comportamento de muito agarramento pode também estar relacionado com as fantasias e com desejos de posse, exclusi-vidade e controle sobre o objeto, sem po-der aceitar que a outra pessoa tenha uma vida própria, decida suas ações com liber-dade, tenha seus pensamentos, enfim, seja uma pessoa em separado. O fato é que a separação é inevitável na vida de cada um de nós, para que haja crescimento é necessário que a separação seja tolerada, mesmo considerando que é muitas vezes um processo doloroso pois implica em mudanças, em perdas por situações conhecidas e no enfrentamento das angústias e fantasias decorrentes des-sas vivências. Outro aspecto presente é a crença de que o filho é como uma extensão dos pais, sem uma diferenciação. Alguns pais se relacio-nam com o filho como se fosse um eterno bebê sem reconhecer as condições e os recursos da criança, dessa forma infanti-lizam seus filhos. Podem ser alertados e orientados pela escola, podendo repensar sua conduta e agir mais de acordo com a realidade da criança. Quem observou muito bem esses fenôme-nos psíquicos infantis foi a psicanalista inglesa Melanie Klein. Notou o quanto a separação pode também despertar o ódio na criança e como conseqüência surgirem fantasias muito primitivas e hostis como as que relatamos acima, dificultando mui-tas vezes a separação com a mãe e o in-gresso no maternal. A experiência da criança no maternal e na pré-escola pode ter pouca semelhança com a educação e o aprendizado formais dos anos seguintes, entretanto o que ela aprender pode ser de grande valor para sua vida. Além de ter espaço e liberdade para brincar, pode começar a aprender a conviver com outras crianças, que é ao nosso ver um aspecto muito importante. Pode experimentar o dar e receber dos relacionamentos sociais, aprender que é possível experimentar raiva sem fazer muito mal, descobrir que as outras crian-ças podem ser amistosas ao mesmo tempo em que são hostis. O papel do educador é fundamental, pois pode propiciar um ambiente seguro aonde estas descobertas vão ocorrendo. Quanto mais cedo uma criança com difi-culdades puder ser ajudada, mais possibi-lidades de se desenvolver de forma satis-fatória ala terá; progredindo em sua au-toconfiança e desenvolvendo sentimentos de segurança. Estes sentimentos são na maior parte das vezes inconscientes e a mãe não se dá con-ta, mas a criança pode estar reagindo a algum tipo de comunicação sem palavras. Os aspectos inconscientes estão sempre

presentes nas relações humanas, é da na-tureza deles que não tenham um sentido lógico nem coerente. A maior contribuição de “Freud” foi mostrar que estes processos inconscientes além de existirem têm uma força conside-rável em nossas ações e comportamentos. Tanto é que na maior parte das vezes nos vemos tendo certas atitudes sem que sai-bamos porque. às vezes procuramos dar explicações racionais e lógicas, mas não podemos captar o real sentido, pois não nos é acessível. Estamos sempre diante de situações, so-bretudo nas relações humanas, onde a presença do desconhecido se faz presente. A crença no poder da razão e na força dos processos da consciência foi profun-damente abalada depois das descobertas de Freud e seus seguidores. Essas fantasias descritas por nós anteri-ormente são inconscientes, elas surgem na mente de cada um de nós independente-mente da nossa vontade, da nossa razão e mesmo do nosso controle. Esta visão com-preensiva dos processo psíquicos pode ajudar o educador a olhar para os acon-tecimentos cotidianos ao qual está expos-to na Escola sem o vértice moral ou críti-co, pois os pais não agem de forma inade-quada com os filhos por maldade. A Escola pode ajudar a incentivar com que os pais façam uma relação sobre os aspectos emocionais envolvidos na rela-ção com os filhos e perceber o quanto esses aspectos se fazem presentes e influ-em no desenvolvimento, crescimento e socialização das crianças; desta forma tomando consciência das suas próprias emoções e atitudes possam ser orientados a adotar uma conduta mais adequada e realista com relação ao filho. Alguns pais são mais abertos e maleáveis o que facilita muito a comunicação; ou-tros são mais rígidos, fechados e impene-tráveis. Podem se mostrar muito sensí-veis às observações e comentários sentin-do-se criticados. Por isto a função da Es-cola não é fácil e exige habilidade para lidar com estas situações”. Objeto transicional Qual sua função no desenvolvimento in-fantil e sua importância como suporte e apoio para a criança, quando falamos de novas situações, angústias e medos. “Quem nos apresentou este conceito foi o pediatra e psicanalista Inglês, D. W. Win-nicott que observou e trabalhou com cri-anças. Segundo ele, este objeto é escolhido pela criança, não é imposto pela mãe, e nem por nada externo a ela, ao seu desejo e vontade. às vezes uma fralda velha, um pedaço de roupa dos pais, um cobertor, possui características muito particulares, como por exemplo o cheiro, por isto não pode ser lavado. Este objeto não é auto-erótico, como por exemplo, chupar o dedo ou enrolar o cabelo; é externo ao corpo da criança, por isto dizemos que é uma ponte que faz a ligação entre a criança e o Mundo externo. Para cada criança tem um sentido, sente como algo seu que lhe passa segurança, pois é algo muito familiar, pode sentir que tem a posse e o controle e pode levar para onde quer. Tem poderes sobre este objeto, é seu e não varia independente de seu desejo como tantas outras coisas so-bre as quais não pode ter controle ne-nhum. Até uma certa idade o uso desse objeto é

esperado e faz parte, ajuda a criança a levar consigo algo que pode lhe tranqüili-zar e a lidar com a ausência-presença da mãe, mas, depois de certa idade a necessi-dade premente da presença deste objeto pode indicar que algo não vai bem com a criança. O papel do Educador é poder ajudar a criança pequena a criar outros interesses, mostrando que não está em situação de perigo ou ameaça que precise se agarrar a este único objeto como tábua de salva-ção. Esta passagem deve ser gradual, o objeto fica por perto e mais tarde pode ser devolvido à criança. Se a retirada des-se objeto “apoio” for brusca sem respeito ao ritmo pessoal de cada criança, corre-se o risco de criar um clima de angústia e insegurança o que só pode dificultar o processo de adaptação. Assim, participar de uma atividade, inte-ragir com outras crianças podem ser situ-ações novas e desconhecidas para as cri-anças pequenas, causadoras de ansieda-des, mas que paulatinamente, com a aju-da do educador, podem se encorajar e experimentar e por fim tirar muito pro-veito da situação. Outro aspecto que vamos abordar hoje é a presença dos sintomas e o sentido que podem ter como expressão de conflitos internos. As dificuldades não se expres-sam de forma clara e direta, mas sim, com disfarces para que possam ser acei-tas pela consciência e causar o mínimo de dor psíquica possível. Esse fato é que pode dar o caráter estra-nho e bizarro a certos sintomas. Como falávamos anteriormente da presença das fantasias e processos inconscientes pode-mos agora compreender que os sintomas têm sempre um sentido que está relacio-nado com as fantasias inconscientes. Vamos pensar num exemplo; uma crian-ça não quer ir à escola, apresenta isto de forma muito intensa que chega a se ex-pressar como uma fobia. Não há razão aparente para este tipo de medo e terror. Aqui os fatores são internos e desconheci-dos para a própria criança que está so-frendo e não sabe porque, para os pais e educadores. Não há portanto uma expli-cação lógica nem racional. Como a criança não pode tomar contato com o real sentido desses medos, expressa sua angústia projetando, ou seja, colocan-do seu terror num objeto externo a ela mesma, neste caso a Escola. Dessa forma pode temporariamente se esquivar de uma dor se afastando da escola. Este me-do de estar na Escola pode estar relacio-nado com as fantasias inconscientes que descremos atrás, sendo preciso paciência até que estas fantasias possam ir natural-mente sendo elaboradas. Neste sentido os sintomas se apresentam como arranjos entre forças mentais antagônicas e confli-tantes com o intuito de evitar percepções dolorosas; só que a pessoa sem se dar conta acaba criando situações muito difí-ceis e sofridas para ela mesma.”. Fonte: www.miriamalt.psc.br/criança.htm Assim, esperamos que A Escola e os Pais, estando atentos ao desenvolvi-mento das crianças, possam observar seus comportamentos e administrá-los. Tem esta o fim de colaborar para a compreen-são das complexas interações entre a cri-ança, a Escola e sua Família. Filipe de Sousa

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Internacional raio de sol

Não fique só

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COMUNICAÇÃO E AUTO ESTIMA Um palco de integração so-cial, onde ensina-mos a noção de solidariedade e d fraternidade e o resgate da auto-estima e inclusão social. O discurso da instrutora de

linguagem Márcia Souza do Nascimento, da Paraí-ba, através de seu intérprete - ela é deficiente au-ditiva - mostra que nenhuma dessas funções será bem executada pela Escola se faltar a ela um único instrumento: a comunicação. A função da Escola começa a ser delineada. Para o surdo, tudo é muito mais difícil. Posso falar de modo particular da Paraíba. Os Professores têm o costume de querer que o SURDO “oralize” as palavras. As Escolas não pagam o intérprete. Quem tem que pagar é o aluno, que arca com duas passagens de ônibus. Por essas e outras, o surdo deixa de estudar, criando assim um mal estar na família. Não podemos esquecer que a comunicação é fundamental na questão da educação. Como vai ser minha vida profissional sem esta inclusão? Os professores dizem que o problema é meu e não têm nada a ver com isso. Mas eu ainda não sei ler completamente. Como vai haver educação sem nenhuma ajuda? Os professores pensam que, por ser surda, eu sou bobinha. E se eu passar no Vesti-bular? E se eu me formar? NOTE-SE que reproduzimos as frases na integra do falado e dito e da forma que se expressam os alunos. Fernando Almeida (mediador) diz que Márcia vai ao cerne da questão. “Temos agora a questão do isolamento dentro da Escola. Para que serve a Escola então? Ela me permite, primeiramente, comunicar. Ela tem que me ensinar a ler. Essa é a questão prioritária da Escola. E ler não é só as letras, mas entender as palavras, para poder en-tender o Mundo”. Márcia cita melhorias desenvolvidas pela Secreta-ria de Educação e Cultura do Município de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, onde mora. Na época em que a titular da pasta era a Sra. Elisa Gonçalves, destaque em Brasília durante o 2º Se-minário Nacional de Formação de Gestores e Edu-cadores, realizado em Abril de 2005, cujo tema foi EDUCAÇÃO INCLUSIVA; direito à diversidade, promovido pelo Ministério da Educação em parce-ria com a UNICEF e a ONG “Sorri Brasil”. Elisa Gonçalves nomeou Mônica Lima, uma portadora

de deficiência auditiva, como coordenadora de Educação Especial da Secretaria.. Pedagoga, especialista em Linguagem Brasileira de sinais (Libras) -sinais utilizados para a comuni-cação de deficientes auditivos (Surdos) - Mônica promoveu uma verdadeira revolução no Ensino na Cidade. Oficializada na Lei Federal 10.436/02, a linguagem das “Libras” foi adotada como matéria em uma escola da Rede Municipal, que conta com oito intérpretes e 16 surdos ( das então 90 Escolas da Rede Municipal, seis possuíam intérpretes ). “Da quinta à oitava série, a prefeitura de João Pessoa, na época, arcou com os custos do intérpre-te. Essa comunicação só aconteceu porque uma surda (deficiente auditiva) assumiu a coordenação de Educação Especial do Estado. Depois disso, a coisa melhorou. Falta agora a iniciativa Munici-pal, chegar ao Estado”. Márcia salienta, porém, que ainda há muito o que se fazer para que os direitos dos portadores de deficiências sejam atendidos. “No Magistério, têm muitos surdos agora. Não existe intérprete”. Para ela o que atrapalha no Ministério é a pena que se tem dos surdos. “Eles passam de ano por-que os professores têm dó deles. Não é nem arqui-vada a nota que ele tirou. A escrita do português deve ser ensinada integralmente, para que o surdo possa desenvolver de maneira correta, seriamente. Não com simplicidade, como o que vem sendo fei-to. Eu preciso aprender o português, não preciso de pena. Preciso aprender a ler e a escrever. Assim não conseguem ajudar, porque o surdo fica com muita raiva deste destrato. Ele não consegue a profissionalização, nem a integração social. É só um suportável na sociedade. Um exemplo, é que eu não consegui ler a carta que chegou da DNA (Direção Nacional de Ensino) para mim. E olha que estou na OITAVA SÉRIE. A história do surdo é marcada por expressões da juventude, da infân-cia. Eu preciso aprender o português para me co-municar melhor, saber escrever. Mas muitas vezes o surdo passa por bobinho. Ele vai chegar aonde, se não sabe escrever ou ler?”. Tânia toma novamente a palavra para explicar como funciona a linguagem das Libras. “ Só uma informação adicional: a questão não é só no caso do nordeste, mas do Brasil. Hoje existe a Lei da Linguagem Brasileira de Sinais. Isso foi uma con-quista dos surdos. O que existe ainda são muitos regionalismos. Assim como em cada estado as coi-sas têm nomes diferentes, como macaxeira, mandi-oca, aipim, na linguagem do surdo também existe este regionalismo. O que a “LIBRA” tenta é jun-tar e fazer uma linguagem única no Brasil. O MEC proporcionou o Curso de Língua Portugue-sa para Surdos, que foi para o Brasil todo. Todas

as Secretarias têm esse material. No caso de São Paulo, fizemos a capacitação de todas as Diretori-as de Ensino para passar à frente esta idéia. Com ela, o surdo vai ler e ter o entendimento. O que se releva é que numa redação, o que a gente reco-menda, até para concursos públicos, é que tenham algumas adaptações. Por exemplo, é muito difícil para o surdo entender a virgula, porque é a respi-ração nossa. Isso ele não conhece, não faz parte da linguagem dele. Por isso, não é que ele seja o coita-dinho, a ortografia tem que ser correta, sim, mas é uma questão visual. Tem que escrever correto, mas a estrutura do pensamento é diferente da nos-sa. Existe todo um trabalho da Secretaria de Edu-cação em São Paulo, voltado para isso”. Falando que, quando Márcia traz essa questão para debate, “ela mostra que nós estamos fazendo História”. Ele explica: “Nem sempre temos a no-ção de que cada momento de nossa vida não é ape-nas atividades que se perderão nos raios dos acon-tecimentos. Os exemplos da Tânia e da Márcia mostram isso. Essas conquistas vêm acontecendo há mais de quinze anos. A inclusão das pessoas portadoras de deficiência física começa a entrar na sociedade Brasileira. Por exemplo, a guia rebai-xada na calçada. Quando alguém arrebenta uma guia para fazer passarela para a cadeira de rodas e não se permite que a escola seja inaugurada sem esse acesso, estamos fazendo história. Até pouco tempo não existia isso. É fruto de discussões como esta que estamos tendo agora. É possível surgir idéias aqui para construirmos a nossa história”. Márcia conta que, recentemente, houve um en-contro de surdos e instrutores para estudar for-mas de se difundir a questão do português e bilin-güismo. Em determinado momento, segundo ela, os surdos se perguntaram: “Vocês sabem Portu-guês?” Todos responderam que mais ou menos. “Todos queriam enxergar o Português. Não que-remos aportuguesar as “LIBRAS”. Mas vamos fazer com que o português seja português e valori-zado. É importante para comunicação saber es-crever certo. O científico vai dar base para o Ves-tibular (ano de 2005) e a universidade. Temos que unificar a linguagem das Libras. Algumas palavras não têm sinais. Não moro em Brasília para saber o que se passa por lá (Falta de Comunicação ! ) e nem sou obrigada a aceitar que eles me ensinem o nome de coisas que não existem na Paraíba; assim como tem coisas na Paraíba que não existem em Brasília. Algumas palavras não têm sinais. Temos que respeitar a questão cultural dos surdos”.

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Aquecimento global “Mudanças de Clima...Mudanças de vida”

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Segundo dados mais recentes e depoi-mentos de pessoas das comunidades afe-tadas e algumas análises de cientistas, o aquecimento global já provoca vitimas, doenças e prejuízos materiais em todo o Brasil. A imagem das cataratas do Igua-çu com quedas minguadas de água e em alguns locais completamente secas ainda está recente na memória dos brasileiros. A diminuição do volume de água, que chegou a chegar a 1 décimo do normal naquele mês de Julho, foi provocada por uma das piores estiagens já vistas na re-gião. Para nós termos uma idéia da des-truição acelerada de nossos mananciais demos atrás na matéria sobre o Cerrado brasileiro uma idéia de destruição em 30 anos de uma área que habitada há mais de 12 mil anos, até então conservada, hoje se limita a menos de 20% a sua bio-diversidade. Ainda em 2005, um tornado devastou o município de Muitos Capões (RS), no mesmo dia em que o furacão Katrina arrasou Nova Orleans, nos Estados Uni-dos. No final de março de 2004, o fura-cão Catarina, o primeiro registrado na

América do Sul , matou 11 pessoas e cau-sou destruição em dezenas de municípios da região Sul do Brasil. Apenas em San-ta Catarina danificou mais de 32 mil ca-sas, com prejuízos de mais de 1 bilhão de Reais. Depoimentos dos pesquisadores Carlos Nobre (IMPE) e Francisco Aqui-no (UFRGS) revelam que estas catástro-fes são evidências claras de que o Mundo e várias regiões do Brasil são vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Pesquisas feitas junto a vitimas do aque-

cimento global na Amazônia, no Nordes-te, no Sul e no litoral brasileiro, revelam que essas pessoas tiveram ou sentiram alguns dos efeitos das mudanças, tais como casas destruídas em virtude de ventos ou inundações, lavouras perdidas por excesso ou falta de chuva e ventos fora do comum, seus animais, etc. Existe uma relação evidente entre o desmata-mento na Amazônia e o aquecimento global mas as queimadas fazem do Brasil o quarto maior emissor de gás carbônico do planeta. IMPACTOS NO BRASIL Saúde pública: Os casos de doenças in-fecto contagiosas transmissíveis tais co-mo a Dengue e a Malária tendem a au-mentar de intensidade e a se alastrar pelo País e a proliferação do mosquito tende a aumentar nas áreas urbanas. Isto se deve em parte ao avanço urbanístico sobre as áreas verdes e à falta de um con-trole sanitário eficiente, aliado ás altas temperaturas. Tempestades Violentas: A tendência é a

um aumento substancial dos índices plu-viométricos violentos contrastando com períodos de seca e altas temperaturas. Deslocamentos de ar mais violentos (ventos fortes); aumento das enchentes, alagamentos e desmoronamentos, especi-almente nas áreas críticas das encostas. Recursos hídricos: A redução das chu-vas nas nascentes ou cabeceiras de rios aliados à conseqüente diminuição da va-zão de seus rios e afluentes, vão delimitar a diluição dos esgotos. Podem acontecer transbordamentos das Estações de Tra-tamento e do Sistema de Esgoto Sanitá-rio. A geração de energia elétrica ficará comprometida com a falta de chuva em algumas regiões do país. Agricultura: Culturas perenes tais como café e laranja, tendem a se deslocar para áreas com temperaturas máximas mais amenas e o eixo de produção terá uma tendência de deslocamento para o sul do país. As culturas do arroz, feijão, milho, soja, entre outras terão uma tendência de deslocamento para a região centro—

oeste do Brasil, provocando um forte deslocamento do atual eixo de produção atual. Grandes centros: Regiões Metropolita-nas ficarão ainda mais quentes e vulne-ráveis a fortes inundações, enchentes e desmoronamentos em áreas de risco. Para agravar mais ainda o foco de polui-ção, os grandes congestionamentos levam a uma queima significativa de combustí-veis fósseis o que provoca um aumento

de gás carbônico na atmosfera, prejudi-cando a saúde de seus habitantes, au-mentando todos os riscos de doenças pul-monares e cardiovasculares, entre ou-tras. Com as enchentes o lixo acumulado, que provoca a infestação de ratos trás consigo doenças e a contaminação de rios e do meio ambiente como um todo. Segundo um estudo recente em cinco anos, continuando do jeito que se apre-senta a situação na cidade de São Paulo, o trânsito ficará impossível e parará de vez. Deficiências no transporte coletivo aliadas ao histórico individualismo e à procura do conforto da condução pró-pria farão com que se torne cada vez mais difícil o deslocamento levando a doenças psicológicas e outras tais como o stress e a diminuição da atividade produ-tiva do cidadão. SOLUÇÕES: O furacão Catarina, que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004, e a seca na Amazônia, que surpreendeu o mundo em 2006, já são suficientemente elucida-tivas da vulnerabilidade do Brasil e pior, que não está preparado para enfrentar as conseqüência do aquecimento global. A principal medida a ser tomada de ime-diato é o estancamento da destruição da floresta Amazônica; os desmatamentos e as queimadas fazem do País o quarto emissor de gases do efeito estufa do pla-neta. Neste ano de 2008 houve um au-mento significativo no desmatamento da floresta, mesmo com todas estas evidên-cias. Não podemos esquecer da impor-tância desta floresta para o Mundo e pa-ra o Brasil.

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Filosofias e religiões

CONTINUAÇÃO DA MÁTÉRIA SOBRE BUDHISMO

1 - Escolas (Edição de Fevereiro 08)) 2 - Origens (Edição de Março 08) 3 - Principais Doutrinas 3.1 - As Quatro Nobres Verdades 3.2 - O Nobre Caminho Óctuplo 4 -Cosmologia(Edição:(Mar/ Abr/Maio 08) 5 - Escrituras 6 - Difusão do Budismo 6.1 - Índia 6.2 - Sri Lanka e Sudeste Asiático 6.3 - China 6.4 - Coréia e Japão 6.5 - Tibet

.... O reino seguinte é o dos Asura (termo traduzido como “Titãs” ou antideu-ses).Os seus habitantes ali nasceram em resultado de ações positivas realizadas com um sentimento de inveja e competi-ção e vivem em guerra constante com os Deuses. O Quinto Reino é o dos seres humanos. É considerado como um reino de nascimen-to desejável, mas ao mesmo temo difícil. A vida enquanto humano é vista como uma via intermediária nesta cosmologia, sendo caracterizada pela alternância das alegrias e dos sofrimentos, o que de acor-do com a perspectiva budista favorece a tomada de consciência sobre a condição samsárica. O ultimo reino é o dos deuses (deva) e é composto por vários níveis ou residên-cias. Nos níveis mais próximos do reino humano vivem seres que devido à prática de boas ações levaram uma ação harmo-niosa. Os níveis situados entre o vigésimo terceiro e vigésimo sétimo são denomina-dos como “Residências Ruras”, sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a iluminação e não volta-rão a renascer entre os humanos.

Escrituras: à semelhança de Jesus Cristo o Buda não dei-xou nada escrito. De acordo com a tradição budista, ainda no pró-prio ano que o Buda faleceu teria sido reali-zado um concílio na cidade de Rajaghra onde discípulos do Buda recitaram os ensinamentos perante uma assembléia de monges que os transmitiram de forma oral aos seus discípulos. Porém, a histori-cidade deste concílio é alvo de debate:

para alguns este relato não passa de uma forma de legitimação posterior da auten-ticidade das escrituras. Por volta do século I a.C. os ensinamen-tos do Buda começaram a ser escritos. Um dos primeiros lugares onde se escre-veram esses ensinamentos foi no Siri Lanka, onde se constitui o denominado “Cânone Pali”. O Cânone Pali é conside-rado pela tradição Theravada como con-tendo os textos que se aproximam mais dos ensinamentos do Buda. Não existe contudo no budismo um livro sagrado como a Bíblia ou o Alcorão que seja igual para todos os crentes; para além do Câ-none Pali, existem outros cânones budis-tas, como o chinês e o tibetano. O “Cânone budista” divide-se em três grupos de textos, denominado “Triplo Cesto de Flores” (tipitaka em pali e tripi-traka em sânscrito): 1 - Sutra Pitaka: Agrupa os discursos do Buda tais como teriam sido recitados por Anandda no primeiro concílio. Divi-de-se por sua vez em vários subgrupos; 2 - Vinaya Pitaka: Reúne o conjunto de regras que os monges budistas devem seguir e cuja transgressão é alvo de uma penitência. Contém textos que mostram como surgiu determinada regra monásti-ca e formas rituais usadas, por exemplo, na ordenação. Estas regras teriam sido relatadas no primeiro concílio por Upali; 3 - Abdhidharma Pitaka: Trata do aspecto filosófico e psicológico contido nos ensinamentos do Buda, incluindo listas de termos técnicos. Quando se verificou a ascensão do budis-mo Mahayana esta tradição alegou que o Buda ensinou outras doutrinas que per-manecem ocultas até que o mundo esti-vesse pronto para recebê-las; desta forma a tradição Mahayana inclui outros textos que não se encontram no Theravada.

Difusão do Budismo ÍNDIA

“Taj Mahal”

A partir do seu local de nascimento no nordeste indiano, o budismo espalhou-se para outras partes do norte e para o cen-tro da Índia. Durante o reinado do Impe-rador mauria ASOKA, que se converteu ao budismo e que governou uma área semelhante à Índia contemporânea (com exceção do sul), esta região consolidou-se. Após ter conquistado a região de Kalinga pela força, ASOKA decidiu que a partir de então governaria com base nos precei-tos budistas. O Imperador ordenou a construção de hospedarias para os via-jantes e que fosse proporcionado trata-mento médico não só aos humanos, mas

também aos animais. o rei aboliu tam-bém a tortura e provavelmente a pena de morte. A caça, desporto tradicional dos reis, foi substituído pela peregrinação a locais budistas. Apesar de ter favorecido o budismo, ASOKA revelou-se também tolerante para com o “Hinduísmo” e o “Jainismo”. Akota pretendeu também divulgar o bu-dismo pelo mundo, como revelam seus éditos. Segundo estes foram enviados emissários com destino à Síria, Egito e Macedônia (embora não se saiba se che-garam a seus destinos) e para oriente para uma terra de nome Suvarnabhumi (Terra do Ouro) que não se conseguiu identificar com segurança. O Império MAURIA chegou ao fim em finais do Século II a. C.. A Índia foi então dominada pelas dinastias locais dos SUN-GA (c.185-173 a.C.) e dos KANVA (c.73-25 a.C.), que perseguiram o budismo, embora este conseguisse prevalecer. Per-to do inicio da era atual o noroeste da Índia foi invadido pelos CITAS que for-mariam a dinastia dos KUCHANS. Um dos mais importantes reis desta dinastia, KANISHKA (c. 127-147 a.C.), foi um grande proselitista do budismo. Durante a era da dinastia GUPTA (320-540) os monarcas favorecem o Budismo, mas também o HINDUÍSMO. Em mea-dos do século VI, os HUNOS BRANCOS oriundos da Ásia Central, invadem o no-roeste da Índia, provocando a destruição de inúmeros mosteiros budistas. A partir de 750 a dinastia PALA governou no nor-deste da Índia até ao século XII, apoian-do os grandes centros monásticos budis-tas, entre os quais o de Nalanda. Contudo a partir do século XII o budismo entra em declínio definido devido a vários fato-res. Entre eles encontrava-se o revivalis-mo hindu que se manisfestou com figuras como ADI SHANKARA e pelas invasões dos muçulmanos do século XII e XIII.

Sri Lanka e Sudeste da Ásia A tradição cingalesa atribui a introdução do budismo no Sri Lanka ao monge MA-HINDA, filho de ASOKA, que teria che-gado à ilha em meados do século III a.C. acompanhado por outros missionários. Este grupo teria convertido ao budismo o rei DEVANAMPIYA TISSA e grande parte da nobreza local. O rei orde-nou a construção do MAHAVIHA-RA (Grande Mosteiro em pali) na então capital do Sri Lanka, Anuradhapura. Este mos-teiro foi o grande centro budista da Ilha nos séculos seguintes. Foi no Sri Lanka que por volta do ano 80 a.C. se redigiu o Cânone Pali, a coletânea mais antiga de textos que refletem os en-sinamentos de Buda. No século V d.C. chegou à ilha o Monge BUDDHAGHOSA que foi responsável por coligir e editar os primeiros comentários feitos ao Cânone, traduzindo-os para o pali. Na Tailândia o budismo lançou raizes no século VII nos reinos de DVARAVATI (no sul, na regi-ão da atual BANGUECOQUE) e de HA-RIPUNJAYA (no norte, na região de LAMPHUN), ambos reinos da etnia

MON. No século XII o povo TAI, que chegou ao território vindo do sudeste da China, adoptou o budismo THERAVA-DA como a sua religião. A presença do Budismo na Península Malaia está atestada desde o século IV d.C>, assim como nas Ilhas de JAVA e SUMATRA. Nestas regiões verificou-se um sincretismo entre o budismo MAHA-YANA e o XIVAÍSMO que está ainda presente em locais como a Ilha de BALI. Entre o século VII e o século IX a dinasti-a budista dos XAILENDRA governou partes da Indonésia e a Península Malaia, tendo sido responsável pela construção do BOROBODUR, uma enorme stupa que é o maior mo-numento existente no hemisfério Sul. O islão chegou à

Indonésia no século XIV tra-zido pelos mer-cadores, aca-bando por subs-tituir o budismo como religião

dominante. Atualmente o budismo é principalmente praticado pela comunida-de Chinesa da região.

CHINA A tradição atribui a introdução do budis-mo na China ao Imperador HAN MING-TI. Este Impe-rador teve um sonho no qual viu um ser voa-dor dourado, i n t e r p r e t a d o como uma visão do Buda, e orde-nou que fossem enviados emissários à Índia para que trouxessem a doutrina. Independentemente da tradição, o budis-mo só se espalhou na China nos séculos V e VI com o apoio da dinastia WEI e TANG. Durante este período estabelece-ram-se na China escolas budistas de ori-gem Indiana ao mesmo tempo que se de-senvolvem Escolas ´próprias Chinesas.

Coréia e Japão O budismo penetrou na coréia no século IV. Nesta altura a Coréia não era territó-rio unificado e encontrava-se dividida em três reinos rivais: O Reino KOGURYO, ao norete; o Reino PAEKCHE, ao sudes-te e o Reino SILLA, no sudeste. Estes três reinos reconheceriam o budismo como religião oficial, tendo sido o primeiro a fazê-lo o Reino PAEKCHE (384), seguin-do-se o KOGURYO (392) e SILLA (528). Em 668 o reino de SILLA unificou a Co-réia sob o seu poder e o budismo conhe-ceu uma era de desenvolvimento. Foi neste período que viveu o Monge Wonh-yo Daisa (617-686), que tentou promover um budismo do qual fizessem parte ele-mentos de todas as seitas. No século VII foi difundido na Coréia o budismo da Escola Chinesa CHAN, que teve desen-volvimentos próprios na Coréia com o nome de SON (ou SEON) e que se tornou a Escola dominante.

Informação, Cultura Nacional,Mundial e Regiliosa

Cânone Pali

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MAIO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 16

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A bacia do Rio Parnaíba é uma das doze regiões hidrográficas do territó-rio brasileiro, abrangendo quase total-mente o Estado do Piauí, parte do Estado do Maranhão e uma pequena área do Estado do Ceará, totalizando 344.112 Km2. O Rio Parnaíba é o principal da região, com aproximadamente 1.400 km de ex-tensão. Apesar de o bioma predominante na bacia ser a Caatinga, está é uma regi-ão de transição entre a catinga, a floresta tropical e a vegetação litorânea. O maior adensamento urbano da região é a capital piauiense Teresina. Toda a regi-ão é caracterizada por índices críticos de abastecimento de água potável, esgota-mento sanitário cuja quase totalidade é despejado em natura em riachos, rios e afluentes. A escassez hídrica é historicamente apon-tada como causa do atraso econômico e social da região, aliada ao completo a-bandono dos Governos Municipais, Esta-duais e Federais, no empenho no trata-mento de esgotos e à falta de obras sani-tárias. Bacia do “Atlântico Nordeste Oriental” é uma das regiões hidrográfi-cas do território Brasileiro. Possui uma área de 287.348 km2, abran-gendo em seu território 5 importantes capitais da Região Nordeste do Brasil;

Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Maceió. Esta região sofreu, ao longo da história Brasileira, grandes pressões antrópicas responsáveis não só pelo não só pelo des-matamento da Mata Atlântica para a implantação da cultura da cana - de –açúcar, como também pela degradação dos manguezais e lagoas da Zona Costei-ra decorrente do avanço da urbanização e pela devastação da caatinga em virtude da expansão da atividade pecuária no sertão brasileiro. A Bacia do Atlântico Nordeste Oriental caracteriza-se pela ausência de grandes rios, configurando um cenário de baixa disponibilidade hídrica com relação às demandas, principalmente nos períodos de estiagem. A vazão média conjunta da bacia é de cerca de 813 m3/s. Destacam-se os rios Capibaribe (foto), Paraíba e Jaguaribe.

A “Bacia do Rio São Francisco” é uma das doze regiões hidrográficas do território Brasileiro, abrange 521 municí-pios, distribuídos em sete unidades da Federação, a saber: Alagoas, Pernambu-co, Bahia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. O Rio São Francisco é o princi-pal curso d’água da bacia, com cerca de 2.700 km de extensão e 168 afluentes. Os principais biomas da região são a caa-tinga no nordeste do Brasil, o Cerrado entre Minas Gerais e o sudoeste baiano, e

a Mata Atlântica, onde se encontram as nascentes do Rio São Francisco na Serra da Canastra. Em virtude da forte ocupa-ção da bacia, e da falta de conscientiza-ção ambiental estes biomas se encontram

ameaçados. O principal adensamento populacional da bacia do São Francisco corresponde à Região Metropolitana de Novo Horizonte, na região do Alto do São Francisco. Uma das curiosidades em re-lação à hidrografia brasileira é o fato do Rio São Francisco ser conhecido como o “Nilo Brasileiro”, devido à similaridade entre os dois.; ambos passam por regiões de clima árido e beneficiam as regiões onde passam com suas cheias, sendo estas importantes economicamente para as localidades por onde o carinhosamente apelidado de “Velho Chico” passa.

A “Bacia do Atlântico Leste”, é uma das doze regiões hidrográficas do território Brasileiro e possui uma área de 374.677 km2, englobando 526 municípios dos Estados do Sergipe, leste da Bahia, nordeste de Minas Gerais e norte do Es-pírito Santo. Dentro de seus limites encontra-se a Re-gião Metropolitana de Salvador e a capi-tal do Sergipe, Aracajú, além de outros centros regionais importantes. Sua vazão média conjunta é de 1.400 m3/s, englobando as bacias hidrográficas dos rios Paraguaçu, de Contas, Salinas, Par-do, Jequitinhonha, Mucuri, entre outros.

de menor caudal. Os biomas característi-cos da bacia do Atlântico Leste são a Ma-ta Atlântica e Caatinga, além de peque-nas porções de Cerrado, devastado para a produção de carvão e como alimento para os fogões a lenha de seus habitantes. Em virtude da grande pressão atrópica

sofrida historicamente pela região; a Ma-ta Atlântica encontra-se atualmente ame-açada pela expansão urbana sem qual-quer controle e pela cultura de cana - de - açúcar; a Caatinga pelas atividades pe-cuárias. Mas o mais desesperador é que os Rios Jequitinhonha, Salinas e Pardo apresen-tam altas concentrações de metais pesa-dos, resultado dos garimpos e da draga-gem para mineração. A “Bacia do Atlântico Sudeste” é uma das doze bacias hidrográficas bra-sileiras e possuí uma área de 229.972

km2, distribuídos pelos Estados do Espí-rito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e o Litoral do Paraná. As principais bacias hidrográficas desta região são as dos Rios Paraíba do Sul e Rio Doce. Outras bacias inseridas na Região do Atlântico Sudeste são as dos Rios São Mateus, Itapemirim, Itabapoa-na e a Ribeira de Iguape. A região do Atlântico Sudeste é caracte-rizada por seu expressivo contingente populacional, localizando-se em uma das regiões mais industrializadas e urbaniza-

das do Brasil. Possui importantes adensamentos popu-lacionais, dentro dos quais se destacam as regiões metropolitanas de Vitória, da Baixada Santista, do Vale do Paraíba até ao Rio de Janeiro, chegando a ultrapas-sar a fabulosa quantia de 13.000 habitan-tes por km2 em São João do Meriti na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro. o bioma principal da região é a Mata Atlântica, já fortemente devastada. As áresa mais preservadas da Mata Atlânti-ca se encontram nas encostas da Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, nos Es-tados de São Paulo e Rio de Janeiro. As áreas mais degradadas são as Bacias de Santos, da Guanabara e de Vitória.

Bacias Hidrográficas Brasileiras

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