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Ano 6 n o 74 janeiro/2013

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Page 1: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Ano 6 no 74 janeiro/2013

Page 2: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Embrapa Gado de Leite

Rua Eugênio do Nascimento, 610 – Bairro Dom Bosco 36038-330 Juiz de Fora/MG Telefone: (32) 3311-7494 Fax: (32) 3311-7499 e-mail: [email protected] home page: http//www.cnpgl.embrapa.br Coordenação geral

Kennya Beatriz Siqueira Rosangela Zoccal Equipe técnica

Kennya Beatriz Siqueira, Engenheira de Alimentos, D.Sc. – Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Rosangela Zoccal, Zootecnista, M.Sc. – Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Eduardo da Silva Mercês - Estudante de Economia da UFJF Marielli Cristina de Pinho - Estudante de Economia da UFJF Ficha técnica

Supervisão editorial: Kennya Beatriz Siqueira Normalização bibliográfica: Inês Maria Rodrigues Capa: Adriana Barros Guimarães Colaboração: Pedro Gomide

Ano 5 no 41 abril/2012

Page 3: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Sumário

1. ICPLeite/Embrapa teve alta de 1,43% em dezembro de 2012 ..........................01

2. Consumo de leite e derivados no Brasil .............................................................05

3. Pecuária leiteira de precisão ..............................................................................11

4. Poder de compra do leite ...................................................................................13

Page 4: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

ICPLeite/Embrapa teve

No mês de dezembro deste ano, o

produção do leite, foi 230,08. No mês de novembro, o índice variou positivamente 3,52%. Em dezembro, o

ICPLeite/Embrapa manteve a tendência de crescimento, apresentando inflação de 1,43% comparado ao

mês anterior. Durante todo o ano de 2012, o

nos últimos 12 meses pode ser visualizada na Figura 1. A base, igual a 100, refere

2006.

Figura 1. Evolução do Índice de Custo de Produção de Ldezembro/2011 a dezembro/2012. Base: abr./2006 = 100.

O ICPLeite/Embrapa, índice de custo de produção de leite

utilizado para estimar a variação mensal do custo de manutenção de propriedades de produção leiteira

localizadas no Estado de Minas Gerais. Trata

variação mensal do custo de vida de uma família típica. Para o cálculo desse indicador são realizados

levantamentos mensais de preços de insumos e serviços junto a cooperativas e empresas que atuam

nesse segmento comercial. A estrutura de ponderação para o cálculo do

percentuais calculadas para o mês de dezembro e para o ano de 2012 pode ser visualizada na Tabela 1. A

175

185

195

205

215

225

235

de

z/1

1

fev/

12

ICPLeite /Embrapa

PLeite/Embrapa teve alta de 1,43% em dezembro

Alziro Vasconcelos Carneiro - Analista da Embrapa Gado de Leite

Manuela Sampaio Lana - Analista da Embrapa Gado de Leite

Glazihelle Oliveira Fernandes – Estudante de Ciências Contábeis da UFJF

No mês de dezembro deste ano, o ICPLeite/Embrapa, índice que mede a variação do custo de

produção do leite, foi 230,08. No mês de novembro, o índice variou positivamente 3,52%. Em dezembro, o

manteve a tendência de crescimento, apresentando inflação de 1,43% comparado ao

urante todo o ano de 2012, o ICPLeite/Embrapa aumentou 27,37%. A evolução do índice

nos últimos 12 meses pode ser visualizada na Figura 1. A base, igual a 100, refere

e de Custo de Produção de Leite, ICPLeite/Embrapa/2012. Base: abr./2006 = 100.

índice de custo de produção de leite, é divulgado mensalmente sendo

utilizado para estimar a variação mensal do custo de manutenção de propriedades de produção leiteira

localizadas no Estado de Minas Gerais. Trata-se de um índice semelhante ao utilizado para medir a

e vida de uma família típica. Para o cálculo desse indicador são realizados

levantamentos mensais de preços de insumos e serviços junto a cooperativas e empresas que atuam

comercial. A estrutura de ponderação para o cálculo do ICPLeite/Embra

percentuais calculadas para o mês de dezembro e para o ano de 2012 pode ser visualizada na Tabela 1. A

ab

r/1

2

jun

/12

ag

o/1

2

ou

t/1

2

ICPLeite /Embrapa

1

dezembro de 2012

Analista da Embrapa Gado de Leite

Analista da Embrapa Gado de Leite

Estudante de Ciências Contábeis da UFJF

, índice que mede a variação do custo de

produção do leite, foi 230,08. No mês de novembro, o índice variou positivamente 3,52%. Em dezembro, o

manteve a tendência de crescimento, apresentando inflação de 1,43% comparado ao

aumentou 27,37%. A evolução do índice

nos últimos 12 meses pode ser visualizada na Figura 1. A base, igual a 100, refere-se ao mês de abril de

ICPLeite/Embrapa, no período de

é divulgado mensalmente sendo

utilizado para estimar a variação mensal do custo de manutenção de propriedades de produção leiteira

se de um índice semelhante ao utilizado para medir a

e vida de uma família típica. Para o cálculo desse indicador são realizados

levantamentos mensais de preços de insumos e serviços junto a cooperativas e empresas que atuam

ICPLeite/Embrapa e as variações

percentuais calculadas para o mês de dezembro e para o ano de 2012 pode ser visualizada na Tabela 1. A

de

z/1

2

Page 5: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

2

metodologia completa poder ser consultada na edição 21 do Panorama do Leite no link

http://www.cileite.com.br/panorama/edicao21.html.

Tabela 1. Estrutura de ponderação do índice do ICPLeite/Embrapa e variações percentuais de dezembro/2012 em relação a novembro/2012, e o acumulado no ano e nos últimos 12 meses.

Variação (%)

Índice geral e grupos Pesos Dez/12 Acumulado no ano Acumulado 12 meses

ICPLeite/Embrapa 100,00 1,43 27,37 27,37

Mão de obra 8,49 0,00 13,18 13,18

Produção e compra de volumosos 21,03 0,95 10,13 10,13

Concentrado 57,54 2,12 39,60 39,60

Sal Mineral 2,24 1,05 16,75 16,75

Sanidade 4,40 -0,03 14,68 14,68

Qualidade do leite 1,21 -1,21 14,98 14,98

Reprodução 1,50 0,00 30,74 30,74

Energia e combustível 3,57 -0,01 4,67 4,67

Variações do ICPLeite/Embrapa em dezembro de 2012

Em dezembro, o ICPLeite/Embrapa foi 230,08 ante 226,84 em novembro de 2012, ou seja, houve

uma variação positiva de 1,43% em relação aos preços praticados no mês anterior. Neste mês, as

variações dos grupos foram diversas. Alguns com retração nos preços, outros com pequenas inflações e

ainda, houve grupos que não sofreram alterações em seus preços. A maior alta ocorreu no grupo

Concentrados, de 2,12%, cujo peso é o mais representativo na ponderação. Em seguida, o grupo Sal

mineral, de 1,05% e Produção e compra de volumosos, 0,95%. Não houve variação nos grupos Mão de

Obra e Reprodução. Os grupos que apresentaram deflação foram Qualidade do Leite, -1,21%, Sal Mineral,

-0,03% e Energia e combustível, -0,01%.

O grupo Concentrados foi o que mais subiu este mês. Sua maior alta, porém, ocorreu em agosto,

apresentando a significativa variação de 13,18%. No mês de dezembro, os produtos que mais

influenciaram seu aumento foram o fubá e o farelo de soja. A poupa cítrica e o farelo de algodão, quando

comparado a novembro, mantiveram os preços. O grupo Sal Mineral, que em outubro subiu 11,70%,

representando a maior alta daquele mês e em novembro, 3,33%, este mês apresentou um aumento de

1,05%, mantendo a tendência decrescente de inflação no último trimestre de 2012. Alguns insumos que

compõem o grupo Produção e compra de volumosos continuam a apresentar trajetória crescente nos

preços, principalmente os adubos.

Page 6: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Figura 2. Variações percentuais do Índice de Custo de Produção de Ldezembro de 2012 em relação a novembro

Variação do ICPLeite/Embrapa

Na Figura 3 é possível observar as variações acumuladas em 2012, dos preços dos insumos por

grupos que compõem o índice. Durante 2012, o

Concentrado liderou o “ranking” da inflação acumulando

Reprodução, com alta de 30,74%; Sal mineral,

Mão de obra, 13,18%; Produção e compra de volumosos

ICPLeite/Embrapa

Mão de obra

Produção e compra de volumosos

Concentrado

Sal mineral

Sanidade

Qualidade do leite

Reprodução

Energia e combustível

Percentual no mês de Dezembro de 2012

ndice de Custo de Produção de Leite, geral e por grupos, no mês de novembro de 2012.

Variação do ICPLeite/Embrapa em 2012

Na Figura 3 é possível observar as variações acumuladas em 2012, dos preços dos insumos por

grupos que compõem o índice. Durante 2012, o ICPLeite/Embrapa apresentou alta de 27,37%.

liderou o “ranking” da inflação acumulando alta de 39,60% no ano que acabou.

Sal mineral, 16,75%; Qualidade do leite, 14,98%,

Produção e compra de volumosos, 10,13% e Energia e combustível

-1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5

ICPLeite/Embrapa

Mão de obra

Produção e compra de volumosos

Concentrado

Sal mineral

Sanidade

Qualidade do leite

Reprodução

Energia e combustível

Percentual no mês de Dezembro de 2012

3

eite, geral e por grupos, no mês de

Na Figura 3 é possível observar as variações acumuladas em 2012, dos preços dos insumos por

apresentou alta de 27,37%. O grupo

no ano que acabou. Em seguida,

, 14,98%, Sanidade, 14,68%;

a e combustível, 4,67%.

2,0 2,5

Percentual no mês de Dezembro de 2012

Page 7: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Figura 3. Variações percentuais do Índice de Custo de Produção de Leite, geral e por grupos, acumulado em 2012.

A alta do grupo Concentrados

da soja e do trigo, causada especialmente pela seca ocorrida nos Estados Unidos que diminuiu a oferta

destes grãos no mercado mundial. Reprodução

e em novembro apresentou um reajuste menor. Nos demais meses, não houve variação neste grupo. Em

Sal mineral, a variação foi consequência da elevação dos preços dos ingredientes que participam da

formulação da mistura mineral. O acumulado do ano

quando comparado com o ano de 2011

estimulada pelo realinhamento dos preços de vacinas e carrapaticidas ao longo do período.

Mão de obra, o reajuste do salário mínimo ocorrido no iní

Produção e compra de volumosos, a inflação foi causada pela elevação dos preços de insumos utilizados

no plantio de milho, sorgo para silagem e manutenção de can

herbicidas e sementes. A variação verificada no grupo

realinhamentos nos preços da gasolina, óleo diesel e energia elétrica ocorridos ao longo de 2012.

ICPLeite/Embrapa

Mão de obra

Produção e compra de volumosos

Concentrado

Sal mineral

Sanidade

Qualidade do leite

Reprodução

Energia e combustível

Percentual acumulado no ano

ndice de Custo de Produção de Leite, geral e por grupos, acumulado

foi consequência, principalmente, da variação dos preços do milho,

da soja e do trigo, causada especialmente pela seca ocorrida nos Estados Unidos que diminuiu a oferta

Reprodução teve seu ponto alto em maio deste ano, como já

e em novembro apresentou um reajuste menor. Nos demais meses, não houve variação neste grupo. Em

, a variação foi consequência da elevação dos preços dos ingredientes que participam da

O acumulado do ano de 2012 no grupo Qualidade do leite

quando comparado com o ano de 2011 - 14,98% (2012) contra 31,89% (2011). A alta em

realinhamento dos preços de vacinas e carrapaticidas ao longo do período.

o salário mínimo ocorrido no início do ano justificou a variação. No grupo

, a inflação foi causada pela elevação dos preços de insumos utilizados

no plantio de milho, sorgo para silagem e manutenção de canaviais e pastagens, tais como fertilizantes,

variação verificada no grupo Energia e combustível

realinhamentos nos preços da gasolina, óleo diesel e energia elétrica ocorridos ao longo de 2012.

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33

ICPLeite/Embrapa

Mão de obra

Produção e compra de volumosos

Concentrado

Sal mineral

Sanidade

Qualidade do leite

Reprodução

Energia e combustível

Percentual acumulado no ano

4

ndice de Custo de Produção de Leite, geral e por grupos, acumulado

consequência, principalmente, da variação dos preços do milho,

da soja e do trigo, causada especialmente pela seca ocorrida nos Estados Unidos que diminuiu a oferta

teve seu ponto alto em maio deste ano, como já analisado

e em novembro apresentou um reajuste menor. Nos demais meses, não houve variação neste grupo. Em

, a variação foi consequência da elevação dos preços dos ingredientes que participam da

Qualidade do leite foi bem inferior

14,98% (2012) contra 31,89% (2011). A alta em Sanidade foi

realinhamento dos preços de vacinas e carrapaticidas ao longo do período. No caso da

cio do ano justificou a variação. No grupo

, a inflação foi causada pela elevação dos preços de insumos utilizados

aviais e pastagens, tais como fertilizantes,

Energia e combustível foi reflexo dos

realinhamentos nos preços da gasolina, óleo diesel e energia elétrica ocorridos ao longo de 2012.

33 36 39 42

Page 8: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Consumo

O Ministério da Saúde recomenda três porções diárias de leite ou de derivados lácteos, por

conterem cálcio e serem alimentos mais ricos em proteínas. No Brasil a quan

as importações, menos as exportações, resultam numa disponibilidade de leite ao redor de 178 litros por

habitante por ano. Essa quantidade ainda é baixa quando comparada a países como Argentina, que é de

215 kg e Uruguai, 310 kg, ou Estados Unidos com 259 kg e França com 298 kg, que são países

importantes na produção.

O consumo de leite está relacionado com a renda da população. É fácil observar o aumento do

consumo de lácteos quando aumenta a renda familiar. Dados do IBGE, da

Familiar de 2008, mostram o consumo de laticínios em geral em duas classes de renda da população

brasileira, para os que receberam até R$ 1.245,00/mês e acima de R$ 4.150,0 por mês nas diferentes

regiões brasileiras. A média nacional

maior. Na Região Sul está a população que mais consome laticínios no País.

É interessante verificar que o consumo médio de lácteos da população de mais baixa renda no Sul

é mais alto que o grupo com maior poder aquisitivo da Região Norte e semelhante a do Nordeste. O

consumo de laticínios da população com menor renda do Norte e Nordeste são os mais baixos do País,

quando comparado com o mesmo nível de renda familiar de outras regiões.

Fonte: IBGE/POF, 2013. Figura 1. Consumo médio de laticínios com dois níveis de renda familiar, R$ 1.245,00 e R$ 4.150,00, nas regiões brasileira, 2008.

30,6

18,2

63,6

44,8

Consumo de leite e derivados no Brasil

Rosangela Zoccal – Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite

O Ministério da Saúde recomenda três porções diárias de leite ou de derivados lácteos, por

alimentos mais ricos em proteínas. No Brasil a quantidade de leite produzida mais

as importações, menos as exportações, resultam numa disponibilidade de leite ao redor de 178 litros por

habitante por ano. Essa quantidade ainda é baixa quando comparada a países como Argentina, que é de

kg, ou Estados Unidos com 259 kg e França com 298 kg, que são países

O consumo de leite está relacionado com a renda da população. É fácil observar o aumento do

consumo de lácteos quando aumenta a renda familiar. Dados do IBGE, da Pesquisa de Orçamento

Familiar de 2008, mostram o consumo de laticínios em geral em duas classes de renda da população

brasileira, para os que receberam até R$ 1.245,00/mês e acima de R$ 4.150,0 por mês nas diferentes

é de 30,6 kg per capita na classe de menor renda e de 63,6 kg na

maior. Na Região Sul está a população que mais consome laticínios no País.

É interessante verificar que o consumo médio de lácteos da população de mais baixa renda no Sul

rupo com maior poder aquisitivo da Região Norte e semelhante a do Nordeste. O

consumo de laticínios da população com menor renda do Norte e Nordeste são os mais baixos do País,

quando comparado com o mesmo nível de renda familiar de outras regiões.

Consumo médio de laticínios com dois níveis de renda familiar, R$ 1.245,00 e R$ 4.150,00, nas

22,7

40,348,4

31,8

44,849,3

62,2

86,6

56,8

Laticínios

5

Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite

O Ministério da Saúde recomenda três porções diárias de leite ou de derivados lácteos, por

tidade de leite produzida mais

as importações, menos as exportações, resultam numa disponibilidade de leite ao redor de 178 litros por

habitante por ano. Essa quantidade ainda é baixa quando comparada a países como Argentina, que é de

kg, ou Estados Unidos com 259 kg e França com 298 kg, que são países

O consumo de leite está relacionado com a renda da população. É fácil observar o aumento do

Pesquisa de Orçamento

Familiar de 2008, mostram o consumo de laticínios em geral em duas classes de renda da população

brasileira, para os que receberam até R$ 1.245,00/mês e acima de R$ 4.150,0 por mês nas diferentes

na classe de menor renda e de 63,6 kg na

É interessante verificar que o consumo médio de lácteos da população de mais baixa renda no Sul

rupo com maior poder aquisitivo da Região Norte e semelhante a do Nordeste. O

consumo de laticínios da população com menor renda do Norte e Nordeste são os mais baixos do País,

Consumo médio de laticínios com dois níveis de renda familiar, R$ 1.245,00 e R$ 4.150,00, nas

56,8

Page 9: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

A média nacional de consumo de laticínios, independentemente da renda, é de 43,7 kg

entre os derivados, o leite é o produto mais consumido, representando 88% do consumo total de lácteos

(Figura 2). A quantidade de queijo e de iogurte é semelhante, de aproximadamente 2 kg

ano. Em menor quantidade está o leite fermentado, com 718

de apenas 273 g por ano.

Fonte: IBGE/POF, 2013. Figura 2. Consumo médio de laticínios, kg/

Na categoria de leite estão incluídos vários produtos tais como leite fresco de vaca, leite

pasteurizado, leite em pó integral e desnatado, creme de leite e leite condensado. O consumo médio de

leite do brasileiro é de 28,0 kg per capita

kg na classe de maior renda, de R$ 4150,00. Em termos percentuais a maior elevação de consumo,

quando eleva a renda familiar, acontece na Região Norte, de 120%, passa de 16,8 kg para 37,0 kg

capita ano. A menor diferença percentual, 38%, ocorre na Região Sudeste (Figura 3).

Laticínios Leite

43,707

38,433

A média nacional de consumo de laticínios, independentemente da renda, é de 43,7 kg

os derivados, o leite é o produto mais consumido, representando 88% do consumo total de lácteos

(Figura 2). A quantidade de queijo e de iogurte é semelhante, de aproximadamente 2 kg

ano. Em menor quantidade está o leite fermentado, com 718 g, sendo o consumo de manteiga muito baixo,

. Consumo médio de laticínios, kg/per capita/ano, 2008.

Na categoria de leite estão incluídos vários produtos tais como leite fresco de vaca, leite

pasteurizado, leite em pó integral e desnatado, creme de leite e leite condensado. O consumo médio de

per capita /ano na classe de renda familiar menor, de R$ 1.245,00 e de 52,6

kg na classe de maior renda, de R$ 4150,00. Em termos percentuais a maior elevação de consumo,

quando eleva a renda familiar, acontece na Região Norte, de 120%, passa de 16,8 kg para 37,0 kg

menor diferença percentual, 38%, ocorre na Região Sudeste (Figura 3).

Queijos Iogurte Leite

fermentado

Manteiga

38,433

2,154 2,051 0,718 0,273

6

A média nacional de consumo de laticínios, independentemente da renda, é de 43,7 kg per capita e,

os derivados, o leite é o produto mais consumido, representando 88% do consumo total de lácteos

(Figura 2). A quantidade de queijo e de iogurte é semelhante, de aproximadamente 2 kg per capita por

g, sendo o consumo de manteiga muito baixo,

Na categoria de leite estão incluídos vários produtos tais como leite fresco de vaca, leite

pasteurizado, leite em pó integral e desnatado, creme de leite e leite condensado. O consumo médio de

renda familiar menor, de R$ 1.245,00 e de 52,6

kg na classe de maior renda, de R$ 4150,00. Em termos percentuais a maior elevação de consumo,

quando eleva a renda familiar, acontece na Região Norte, de 120%, passa de 16,8 kg para 37,0 kg per

menor diferença percentual, 38%, ocorre na Região Sudeste (Figura 3).

Manteiga

0,273

Page 10: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Fonte: IBGE/POF, 2013. Figura 3. Consumo de leite, em kg per capita4.150,00, nas regiões brasileiras, 2008.

Quando se considera apenas o consumo de leite fluido, a ingestão média nacional é de 25,6 kg

capita de leite pasteurizado e de 9,8 kg de leite fresco de vaca. As Regiões Sul e Sudeste são as que mais

consomem leite no País. Ao observar a Figura 3 algun

fresco de vaca é semelhante em todas as regiões brasileiras, variando de 10,7 kg a 14,2 kg

exceto no Sudeste que é de 5,7 kg; b) o consumo de leite fresco no Norte e Nordeste é maior que a

quantidade de leite pasteurizado; c) a Região Sul é a que consome mais leite pasteurizado e fresco; d) o

consumo de leite fresco de vaca no Sul supera o do Norte e Nordeste.

Fonte: IBGE/POF, 2013. Figura 3. Consumo de leite fresco e pasteurizado, em kg

Brasil Norte Nordeste

28,0

52,6

16,8

37,0

9,811,8

25,6

6,0

Brasil Norte

Fresco Pasteurizado

per capita/ano, em duas classes de renda familiar, de R$ 1.245,00 e R$ 4.150,00, nas regiões brasileiras, 2008.

Quando se considera apenas o consumo de leite fluido, a ingestão média nacional é de 25,6 kg

de leite pasteurizado e de 9,8 kg de leite fresco de vaca. As Regiões Sul e Sudeste são as que mais

consomem leite no País. Ao observar a Figura 3 alguns pontos chamam a atenção: a) o consumo de leite

fresco de vaca é semelhante em todas as regiões brasileiras, variando de 10,7 kg a 14,2 kg

exceto no Sudeste que é de 5,7 kg; b) o consumo de leite fresco no Norte e Nordeste é maior que a

dade de leite pasteurizado; c) a Região Sul é a que consome mais leite pasteurizado e fresco; d) o

consumo de leite fresco de vaca no Sul supera o do Norte e Nordeste.

. Consumo de leite fresco e pasteurizado, em kg per capita/ano, nas regiões brasileiras, 2008.

Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

20,3

37,3 37,3

51,5

44,8

74,5

29,7

46,3

Leite

12,9

5,7

14,210,7

6,07,5

35,7

43,1

Nordeste Sudeste Sul Centro

Pasteurizado

7

/ano, em duas classes de renda familiar, de R$ 1.245,00 e R$

Quando se considera apenas o consumo de leite fluido, a ingestão média nacional é de 25,6 kg per

de leite pasteurizado e de 9,8 kg de leite fresco de vaca. As Regiões Sul e Sudeste são as que mais

s pontos chamam a atenção: a) o consumo de leite

fresco de vaca é semelhante em todas as regiões brasileiras, variando de 10,7 kg a 14,2 kg per capita,

exceto no Sudeste que é de 5,7 kg; b) o consumo de leite fresco no Norte e Nordeste é maior que a

dade de leite pasteurizado; c) a Região Sul é a que consome mais leite pasteurizado e fresco; d) o

/ano, nas regiões brasileiras, 2008.

46,3

10,7

24,8

Centro-Oeste

Page 11: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

8

Em um país de dimensões continentais, como é o Brasil, com dificuldades de transporte e logística,

a existência de leite não pasteurizado é um problema complexo. Além desse fato, existe a crença de que o

leite fresco é “mais puro”, “mais gordo”, “mais gostoso” e conta com a comodidade de receber o produto na

porta de casa e o pagamento é feito mensalmente.

Fonte: R.Zoccal. Figura 4. Venda de leite fresco de vaca na Região Nordeste, 2009.

O consumo de leite em pó integral e desnatado é maior nos estados da Região Norte, média de 2,2

kg per capita por ano, exceto em Rondônia e Tocantins. Nos Estados do Nordeste, a ingestão é de

aproximadamente 1,7 kg com destaque para o Piauí, que é o estado que mais consome leite em pó do

País, média de 2,6 kg por ano. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul o consumo é menor que meio quilo por

pessoa por ano, exceto no Espírito Santo que é de 1,1 kg (Figura 5).

Page 12: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

9

Fonte: IBGE/POF, 2013. Figura 5. Consumo de leite em pó nos estados brasileiros, kg/per capita/ano, 2008.

Na Figura 6 se observa o consumo de leite em pó desnatado ou integral nas regiões brasileiras

com dois níveis de renda familiar, de até R$ 1,245 e acima de R$ 4.150. A ingestão nas Regiões Norte e

Nordeste é superior as regiões Sul Sudeste e Centro-Oeste. Considerando a média nacional e a

população existente, o consumo de leite em pó praticamente se mantém em torno 2 kg per capita

independentemente da renda, porém quando se observa o comportamento do consumo nas diferentes

regiões, nota-se que a maioria dobra o consumo se a renda aumenta, exceto na Região Sul, que é a que

menos consume leite em pó no Brasil.

2,1

1,90,8

2,2

2,0

2,5

2,41,4

2,6

1,1

1,60,3

1,5

0,2 0,5

1,61,9

1,41,70,5

0,3

0,30,3

0,3

0,3

0,3

< 0,5

> 0,5 a 1,0

> 1,0 a 1,5

> 1,5 a 2,0

> 2,0 a 2,5

> 2,5 a 3,0

Consumo de leite em pó kg/ /anoper capita

Page 13: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Fonte: IBGE/POF, 2013. Figura 6. Consumo de leite em pó nas regiões brasileiras, kg/familiar.

2,0

3,4

2,2

6,7

. Consumo de leite em pó nas regiões brasileiras, kg/per capita/ano, com dois níveis de renda

3,2

0,7 0,6 0,5

6,76,2

1,50,8

1,3

<R$ 1.245 >R$ 4.150

10

/ano, com dois níveis de renda

1,3

>R$ 4.150

Page 14: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

11

Pecuária leiteira de precisão

Fernanda Samarini Machado – Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite

Mariana Magalhães Campos- Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite

Luiz Gustavo Pereira – Pesquisador da Embrapa Gado de Leite

Sandra Gesteira Coelho – Professora da Universidade Federal de Minas Gerais

Marcelo Neves Ribas – Bolsista CNPq RHAE Integrado

Nos últimos anos, a pecuária leiteira nacional vem lidando com novos desafios. Neste cenário de

desafios e margens de lucro reduzidas, só existe um caminho a ser seguido: o aumento da eficiência dos

sistemas de produção de leite.

No processo de busca pelo aumento da eficiência produtiva e ambiental, a aplicação do conceito de

zootecnia de precisão vem se tornado cada vez mais frequente, e pode ser definido como: uso de

tecnologias para mensurar indicadores produtivos, fisiológicos e comportamentais dos animais, de forma

individualizada. Algumas tecnologias de precisão já vêm sendo utilizadas em fazendas leiteiras, como o

registro diário da produção de leite e do peso vivo, o uso detectores de estro e monitores da condutividade

do leite. Outras tecnologias de precisão também têm sido propostas para mensurar consumo de alimentos

e água, comportamento alimentar, batimento cardíaco, frequência respiratória, temperatura da superfície

corporal, pH ruminal, atividade e posição dos animais, entre outras.

A observação dos animais pelos funcionários da fazenda como única estratégia para definir o

manejo do rebanho vem se tornando cada vez mais inviável, diante da intensificação dos sistemas de

produção e dos problemas com escassez de mão de obra. Com isso, vem se acentuando a demanda por

tecnologias de precisão para o monitoramento automático de parâmetros individuais dos animais.

Entretanto, para que tais tecnologias possam auxiliar a rápida tomada de decisões pelos produtores, os

dados registrados precisam ser interpretados e utilizados para a otimização da eficiência produtiva, para a

detecção precoce de doenças, bem como para a avaliação do bem-estar dos animais.

Pesquisas em zootecnia de precisão já estão sendo conduzidas na Embrapa Gado de Leite, em

parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a empresa nacional Intergado, para avaliação da

eficiência alimentar em vacas em lactação, bem como para o estudo da associação da eficiência alimentar

com fertilidade e saúde animal. Inicialmente, vacas da raça holandês em lactação estão sendo diariamente

monitoradas quanto ao consumo de alimentos, água e peso vivo. Estas mensurações estão sendo

realizadas por um sistema automático, composto por doze cochos eletrônicos e dois bebedouros

eletrônicos, com estações de pesagem corporal dos animais (Figura 1). Além de fornecer informações de

consumo de alimento e água, o sistema permite monitorar a frequência de visitas ao cocho e ao

bebedouro, bem como a duração destas visitas; os horários preferenciais de alimentação; a taxa de

Page 15: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

12

ocupação dos cochos; os horários dos tratos; o monitoramento das sobras e a pesagem corporal

automática cada vez que o animal acessa o bebedouro.

Figura 1. Vacas em lactação nos cochos eletrônicos: mensuração da dinâmica de consumo ao longo do dia e do tempo de permanência no cocho.

O campo de estudo nesta área é muito abrangente e promissor. As pesquisas podem focar em

resultados a longo prazo, visando à seleção de animais mais eficientes e à geração de marcadores

moleculares e valor genético para parâmetros de eficiência alimentar, como consumo alimentar residual.

Outro foco de pesquisa, com resultado a curto e médio prazo, é o estabelecimento de estratégias de

manejo, a partir do melhor entendimento do comportamento dos animais, que possam aumentar a

eficiência produtiva, bem como gerar índices de bem-estar e saúde.

Nas próximas edições do Panorama do Leite serão evidenciadas pesquisas em eficiência e

comportamento alimentar usando a zootecnia de precisão.

Page 16: Ano 6 no 74 janeiro/2013 - Embrapa

Poder de compra do leite

Litros de leite necessários para comprar insumos e serviços utilizados na pecuária de leite

Insumos / Serviços

Vaca em lactação (+12 litros)

Diarista

Ração para vaca lactação (saco 50kg)

Farelo de algodão (saco 50kg)

Sal comum (saco 25kg)

Neguvon

Tintura de iodo a 10% (litro)

Remédio mastite (mastilac)

Vacina Aftosa (dose)

Uréia pecuária

Sulfato de amônia (sc de 50 kg)

Detergente alcalino (limpeza ordenhadeira)

Óleo diesel (litro)

* Preço médio do leite pago ao produtor

Poder de compra do leite

Alziro Vasconcelos Carneiro- Analista da Embrapa Gado de Leite

Manuela Sampaio Lana – Analista da Embrapa Gado de Leite

para comprar insumos e serviços utilizados na pecuária de leite

Litros de leite necessários

OUT/12 a R$0,88* NOV/12 a R$0,89*

3478 3727

49 46

49 50

66 64

12 12

36 34

37 37

4,6 5,2

1,4 1,5

65 67

60 62

35 39

2,4 2,5

* Preço médio do leite pago ao produtor

13

alista da Embrapa Gado de Leite

alista da Embrapa Gado de Leite

para comprar insumos e serviços utilizados na pecuária de leite.

Litros de leite necessários

DEZ/12 a R$0,89*

3774

48

53

67

12

35

40

4,6

1,6

69

63

41

2,5