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Sucessão familiar nos negócios processo difícil, mas necessário Página 20 A sucessão familiar na agricultura é a transferência de poder e patrimônio entre os herdeiros naturais dos proprietários. Esse processo sucessório agronegócio preocupa, pois impacta no futuro do Brasil como país de vacação agrícola. Da velha “Prosdócimo” à frota de máquinas Página 22 Página 12 Na mais nova fronteira agrícola do País as oportunidades se multiplicam. Os três milhões de hectares de terras boas para o plantio de lavouras do Norte do Araguaia atraem produtores que querem ampliar os seus negócios. NORTE DO ARAGUAIA A NOVA FRONTEIRA Ano 4 - n° 16 - outubro/novembro de 2016 A Agro100 oferece as melhores opções para o plantio da safrinha Página 6 Pioneiro

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Sucessão familiar nos negóciosprocesso difícil, mas necessário

Página 20

A sucessão familiar na agricultura é a transferência de poder e patrimônio entre os herdeiros naturais dos proprietários. Esse processo sucessório agronegócio preocupa, pois impacta no futuro do Brasil como país de vacação agrícola.

Da velha “Prosdócimo”

à frota de máquinas

Página 22

Página 12

Na mais nova fronteira agrícola do País as oportunidades se multiplicam. Os três milhões de hectares de terras boas para o plantio de lavouras do Norte do Araguaia atraem

produtores que querem ampliar os seus negócios.

Norte Do ArAguAiA A NovA froNteirA

Ano 4 - n° 16 - outubro/novembro de 2016

A Agro100 oferece as melhores opções para o plantio da safrinha

Página 6

Pioneiro

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venda antecipada ajudano preço médio da safraFazer um bom

preço médio no final da

venda da safra é uma questão de estraté-gia, programação e acompanhamento do mercado e suas ten-dências. Para quem planta e colhe o ob-jetivo é garantir uma boa margem de lu-cro sobre os custos de produção da lavoura. Hoje o setor conta com ferramentas de monitoramento e ações de mercado. A venda antecipada da produção é uma das ferramentas mais eficientes para o pro-dutor se garantir contra as oscilações do mercado físico e da flutuação cambial, aproveitando as melhores oportunidades, buscando estabelecer uma boa média nas vendas durante o ano.

No entanto, nem sempre essa impor-tante ferramenta é utilizada pelos pro-dutores como deveria ser, constata o gerente de mercado da Agro100, Ro-nan Giuliangeli. Segundo ele, este ano até o momento os produtores venderam em torno de 15% a menos que na mes-ma época do ano passado. Na primei-ra quinzena de outubro, segundo dados das corretoras, cerca de 40% da safra 2015/2016 já havia sido comercializada antecipadamente. Este ano, apenas 25% da safra brasileira de soja 2016/2017, es-timada em 103 milhões de toneladas, foi comercializada.

Ronan Giuliangeli lembra que na re-gião de atuação da Agro100 esses núme-ros são mais ou menos parecidos com o número nacional. Ele avalia que em tor-no de 25% da safra foi comercializada an-tecipadamente. No ano passado, lembra, nesta mesma época, este número passava de 35% de negócios efetivados.

“Quem fez vendas em junho, por exemplo, fez um ótimo negócio. Foram fechados contratos de até R$ 85,00 a saca. Preço que não se alcança hoje. Estamos

num ano em que os Estados Unidos estão terminando de colher uma safra estimada em 118,6 milhões de toneladas. São qua-se 12 milhões de toneladas em relação à colheita do ano passado. E pode superar esta previsão pelos bons resultados das lavouras já colhidas até agora. E na Amé-rica do Sul temos uma ótima previsão de safra beneficiada pelo clima influenciado pelo fenômeno La Niña. A safra brasilei-ra tem uma previsão de colheita de 103 milhões de toneladas. contra pouco mais de 95 milhões de toneladas produzidas no ano passado”, lembra Ronan.

Ele acredita que o baixo volume de vendas antecipadas neste ano tem relação com o fato da economia brasileira estar mostrando perspectivas de estabilização. “O produtor está mais seguro. No entan-to, aconselhamos que a comercialização mesmo em épocas mais estáveis econo-micamente deve ser feita parceladamente e em várias ocasiões. Deve se comerciali-zar antecipadamente pelo menos o sufi-ciente para cobrir os custos de produção da safra e quanto mais cedo melhor. Com o dinheiro na mão ele tem oportunida-de de comprar os seus insumos à vista, tendo oportunidade de fazer os melhores negócios no mercado.”

Ronan Giuliangeli lembra que o se-tor de comercialização da Agro100 está à disposição dos produtores para ajudar no posicionamento das vendas. Podem ser consultados ainda nossos colaboradores nas filiais de grãos e insumos.

Órgão de divulgação da AGRO100E-mail de contato:[email protected] Responsável Nilson Herrero - MTB 2113 Colaboradores Gildo José GomesMarcelo Côrtes Programação VisualWilliam InumaruRevisãoMaria Christina Ribeiro BoniProdução

[email protected](43) 3024-4048 – (43) 9173-1659

Produção

[email protected]

Rolândia- PRMatriz e Terminal de TransbordoRod BR-369 - Cambé/Rolândia - (43) 3156-1600

Londrina - PR - MatrizAv. 10 de Dezembro, 6930 - (43) 3373-1100Alvorada do Sul - PRAv. Joaquim Alves Bento de Lima, 174 - (43) 3661-1439Andirá - PRRodovia BR 369, km 38 - Bairro Barreirão - (43) 99136-0144Assaí - PRAv. Paul Harris, 70 - (43) 3262-5289Bela Vista do Paraíso - PRRua Carlos Dias dos Reis, 15 - (43) 3242-3626Borrazópolis - PRRod. BR 466, Km 01, 1334 - (43) 3452-2116Cambé - PRAv. Inglaterra, 2013 - (43) 3154-0123Cornélio Procópio - PRRodovia Arthur Hoffi g, 1349 - (43) 99110-1684Eldorado - MSRua Rui Barbosa, 87 - (67) 3473-2000Iepê - SPRod. SP 457, Km 10, s/n - (43) 9183-7861Itambé - PRRua Doutor Lafayete Grenier, 22 - (44) 3231-2311Maracaí - SPRod. SP 457, Km 21, s/n - (18) 3379-1143Maringá - PRRua Pioneiro Victório Marcon de Souza, 120 - (44) 3029-3444Mauá da Serra - PRRua Projetada, 2 - (43) 3464-1623Naviraí - MSAv. Weimar Gonçalves Torres, 1093 - (67) 3461-5921Nova Santa Bárbara - PRRua João Jurandir de Moraes, 432 - (43) 3266 1134Primeiro de Maio - PRRod. PR 445, Km 448A, s/n - (43) 3235-1007Ponta Porã - MSRua Comandante Lincoln Paiva, 26 - (67) 3433-3000Sabáudia - PRRod. PR 218, Km 14 s/n - Pq. Industrial - (43) 3151-1300São Jorge do Ivaí - PRPR 554, Km 17,1, s/n - (44) 3243-1003Sertaneja - PRPR 160, Km 23 - (43) 99110-1684Sertanópolis - PRPR 323, Km 426,5, s/n - (43) 3232-2620Tamarana - PREstrada Marilândia do Sul, Km 02, s/n - (43) 3398-1600

INSUMOS

Londrina - PR - MatrizRodovia Celso Garcia Cid, 15.450 - (43) 3374-1100Borrazópolis - PRRodovia PR 274 KM 02 - S/N - Zona Rural - (43) 3452-2116Bela Vista do Paraíso - PRRodovia PR 090, Km 04 - (43) 9195-5927Cambé - PREstrada da Prata Km 04 - (43) 3251-5353Eldorado - MSRodovia BR 163 - Km 43,3 - (67) 3473-2000Guaravera - PRRodovia PR 538, Km 02 - (43) 3398-3330Iguatemi - MSRodovia MS 295, Km 01 - (44) 9136-6781Maracaí - SPAvenida Central, 447 - (18) 3264-1181Primeiro de Maio - PRRodovia PR 445, Km 448 - (43) 3235-1000Sertanópolis - PRRodovia PR 323, Km 426,5 - (43) 3232-5050Tamarana - PREstrada P/ Marilândia do Sul Km 02 - (43) 3398-0120Iepê - SPRodovia SP 457 S/N - Zona Rural - Iepê - (43) 9172-0484

GRÃOS

Comercialização

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Expansão

resistência aos agroquímicosgera prejuízo e preocupação

Em setembro, a Associação dos Enge-nheiros Agrônomos de Londrina re-alizou a sua 7ª Reunião de Tecnologia

de Soja. A reciclagem anual sobre as técnicas de manejo da cultura abordou este ano a resis-tência aos agroquímicos apresentada nas últi-mas safras por ervas invasoras, insetos, fungos e bactérias.

Especialistas nesse assunto proferiram pa-lestras e participaram dos debates com produ-tores, engenheiros agrônomos, técnicos agrí-colas e estudantes de agronomia.

A resistência é uma das grandes preocu-pações atuais de produtores, técnicos e pes-quisadores. Produtos químicos utilizados no controle de pragas (doenças, insetos-praga e plantas daninhas) em culturas agrícolas como a soja estão perdendo a e� ciência a campo. O problema ocorre, principalmente, em função do uso excessivo e frequente do mesmo pro-duto e na mesma área.

Os prejuízos com a resistência são grandes para a agricultura brasileira. Somente com a Ferrugem asiática foram de mais R$ 3 bilhões na safra passada. Em lavouras infestadas com buva e amargoso os prejuízos � cam somente nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, os prejuízos chegam à média de 10 sacas de soja por hectare, alcançando R$ 10 bi-lhões por ano. A pesquisa já identi� cou qua-tro espécies de buva e duas de capim-amar-goso resistentes ao glifosato. Mais de 90% dos 34 milhões de hectares cultivados com soja no Brasil utilizam sementes de plantas gene-ticamente modi� cadas para a resistência a este herbicida. Atualmente, estima-se que a resistência ao glifosato esteja disseminada em aproximadamente um terço desta área. Um dado alarmante, pois ano após ano a resistên-cia vem aumentando.

A utilização indiscriminada de agrotóxi-cos para controle de insetos também favore-

ce a seleção de populações resistentes. Os in-setos que apresentam maior potencial para adquirir resistência aos químicos são: o per-cevejo-marrom (Euschistus heros), a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), a lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera), a mosca branca (Bemisia tabaci) e alguns ácaros.

Pesquisadores e técnicos do governo e ini-ciativa privada buscam constantemente so-luções para reduzir a resistência das pragas e ervas invasoras aos agroquímicos. Para o pro-dutor as soluções passam pelo uso correto des-ses produtos de acordo com a recomendação dos técnicos, rotação de culturas e alternância de variedades de plantadas e produtos usados no controle das pragas e ervas daninhas.

Os produtores parceiros da Agro100 têm os técnicos da empresa à disposição. Todos es-tão treinados e atualizados para ajudar no en-frentamento destes problemas da resistência. Consulte-os!

Agro100 abre três novas filiaisna região de Cornélio Procópio

Criada este ano, dentro do plano de ex-pansão da empresa, a gerência regio-nal de Cornélio Procópio já está im-

plantando suas três primeiras � liais. As novas unidades estão sendo instaladas nas cidades de Cornélio Procópio, Sertaneja e Andirá para atender os produtores que cultivam suas lavou-ras nas bacias dos rios Tibagi e Paranapanema.

Segundo Sergio Fraga, engenheiro agrôno-mo, com MBA em gestão empresarial, vindo da gerência regional da Monsanto no Norte

do Paraná, para comandar a nova regional da Agro100, nas três novas � liais a empresa pro-jeta investimentos de R$ 3 milhões e a abertu-ra de mais 30 empregos diretos.

Além de atender os clientes de Cornélio Procópio, Sertaneja e Andirá, essas � liais atu-arão também no atendimento aos produtores de Cambará, Abatiá, Bandeirantes, Itambara-cá, Santa Amélia, Leópolis, Nova América da Colina, Rancho Alegre, Santa Mariana, Uraí, Congonhinhas, Nova Fátima, Ribeirão do Pi-

nhal, Santo Antônio do Paraíso, Sapopema e São Jerônimo da Serra, Figueira, Jacarezinho, Santo Antônio da Platina, Jundiaí do Sul e Guapirama.

Segundo dados da Secretaria da Agricul-tura, na última safra foram plantados cerca de 350 mil hectares de soja nesta região. “Como canal de distribuição de soluções tecnológicas e insumos, a empresa acredita neste potencial e nas parcerias que estão sendo estabelecidas com os produtores”, diz Sergio Fraga.

Filial de SertanejaFilial em Cornélio Procópio

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Comemoração

os 20 anos do grupo Agro100Para comemorar os 20 anos de fundação da Agro100 a

empresa reuniu seus fornecedores no Empório Gui-marães, em Londrina, no dia 19 de agosto. Uma con-

fraternização informal de agradecimento às pessoas e enti-dades que participaram desta caminhada de lutas, parcerias e sucesso!

Superagro2017

A Agro100 realiza nos dias 17, 18 e 19 de janeiro a terceira edição do Su-peragro, evento de referência agro-

negócio, reunindo mais de 4.500 agriculto-res do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, na fazenda Cegonha, em Londrina.

Este ano o tema do encontro será “O Fu-turo na Agricultura”. Mais de 60 empresas estarão mostrando as suas novas tecnolo-gias e produtos, soluções para a agricultura

moderna. Dentro deste tema terá destaque a era digital que chegou ao campo, trazen-do tecnologias das mais modernas que dão rapidez às informações como: uso de dro-ne, agricultura de precisão, programas de controle na aplicação de produtos, uso de aplicativos e so� wares que bene� ciam os produtores rurais.

Procure a � lial da Agro100 mais próxima de você e agende a visita ao Superagro 2017.

Diretores e técnicos da Agro100 se reuniram com diretores e gerentes da Bayer para um en-

contro de integração entre as duas em-presas. realizado no mês de agosto. O evento buscou reforçar a parceria entre as empresas, demonstrando, aos colabo-radores da Agro100, os desa� os e obje-tivos de ambas as empresas diante das novas tendências do mercado agrícola, frente ao cenário de mudanças e expec-tativas vividas atualmente. Também foi apresentada à equipe a nova campanha de negócios do Veritas, pelo diretor de negócios e marketing, da Plant Impact, Marconi José Vaz e Dias.

integração com a Bayer

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Safra

A Agro100 oferece as melhoresopções para o plantio da safrinha

Todas as � liais da Agro100 já estão dis-ponibilizando para os produtores o melhor pacote tecnológico e de insu-

mos para o plantio da próxima safra de in-verno e seus técnicos estão à disposição para fazer o planejamento e a reserva de sementes e insumos antecipadamente.

O foco principal é o milho safrinha. E a empresa está com todo seu portfólio à dis-posição dos produtores, desde os fertilizan-tes convencionais aos adubos das linhas Pre-mium, sementes e agroquímicos.

Segundo os diretores do Grupo Agro100 esta é a melhor hora para se realizar as ne-gociações da próxima safra de inverno, ga-rantindo uma ótima negociação no custo de produção das lavouras e garantir a reserva das melhores variedades para o plantio.

A Agro100 é a maior distribuidora nacio-nal das Sementes Agroceres, com mais de 100

sacas distribuídas para o plantio das safras de verão e inverno. A Agroceres, empresa da multinacional Monsanto, detém a tecnologia mais avançada dos híbridos convencionais e transgênicos. Tecnologia que oferece aos pro-dutores segurança e produtividade no plantio de inverno da cultura.

Arquimedes Lorga, engenheiro agrônomo e representante técnico de vendas da Agro-ceres, lembra que é muito importante o pro-dutor fazer um bom planejamento da safra de acordo com o clima, solos, tamanho e es-trutura de suas propriedades. “O portfólio da Agroceres oferece as melhores opções para o produtor. Temos material genético para con-templar as mais diferentes condições de culti-vo. Nossos híbridos precoces e superprecoces ajudam a dar mais segurança à safra. É evi-dente que a lavoura depende muito dos fenô-menos climáticos como seca e geada. E até o

excesso de chuva durante o plantio e germi-nação podem afetar as plantas, como é o caso do chamado espelhamento que prejudica o desenvolvimento das raízes”, diz Arquimedes.

Ainda segundo o técnico, historicamente no Paraná têm ocorrido períodos de estia-gem nos meses de maio e junho e as geadas têm vindo geralmente em junho; este ano ela ocorreu no dia 12 de junho e no ano passado no dia 27, também de junho. Com o plantio de variedades precoces e superprecoces a cul-tura pode escapar destes períodos de maior probabilidade destes eventos. Períodos secos durante a � oração e polinização das plantas são extremamente limitantes para a produ-ção de grãos. “Por isso é muito importante o plantio mais cedo possível e com variedades mais precoces e, é claro, com boa capacidade produtiva, híbridos que a Agroceres tem”, ga-rante Arquimedes.

O Paraná deverá apresentar um au-mento na produção de soja e milho nesta safra de verão. A estimativa é

de uma produção de 22,54 milhões de tone-ladas, 14% superior ao obtido na safra de ve-rão 2015/2016 quando foram colhidos 20,2 milhões de toneladas.

O Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria da Agricultu-ra do Estado, estima alta de 17 por cento na área plantada de milho, passando de 413.775 hectares na safra passada para 484.940 hec-tares na safra 2016/2017. E um recuo na

área de soja, diminuindo de 5,28 milhões de hectares plantados no ano passado para 5,23 milhões de hectares neste ano.

No caso da soja, mesmo com a redução da área plantada, a estimativa é de que se re-gistre um aumento na produção. Na safra passada a lavoura foi duramente prejudica-da pelo clima desfavorável, principalmente em função do excesso de chuva no período de colheita, contabilizando cerca de 1,8 mi-lhão de toneladas a menos que a expectati-va. Este ano a previsão é de colheita de 18,3 milhões de toneladas, com produtividade de

3.491 kg/ha, em média. Já a produção de milho nesta safra de

verão deverá alcançar 4,24 milhões de to-neladas, ante 3,3 milhões de toneladas em 2015/16. E a produtividade esperada para as lavouras de milho neste verão é de 8.742 kg/ha.

Vigiar é fundamentalA Agro100 recomenda que os produtores

� quem de olho nestas culturas, controlan-do pragas e doenças e recorrendo aos seus mais de 80 técnicos de campo que atuam no

A hora de produzir

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Safra

A safra foi boa, ruim é o preço!Depois de duas safras ruins o Brasil e

principalmente o Paraná, o seu maior produtor do País, volta a ter uma boa

safra de trigo. No entanto a insegurança dos produtores com relação aos preços não os en-tusiasmam muito. Segundo o Departamento de Economia Rural, a safra do Estado, planta-da numa área de 1,35 milhão de hectares, deve render em torno de 4 milhões de toneladas. O Brasil deve produzir pouco mais de 6 milhões de toneladas. Com a safra encerrada, o Deral calcula que 77% da produção é considerada boa, 21% média e apenas 2% ruim.

Na concorrência com a cultura do milho safrinha a cultura leva grande desvantagem em função da política de comercialização e dos preços que concorrem principalmente com o produto importado da Argentina.

Conrado Mayer de Araújo, da Fazenda São Gregório, localizada ao Sul de Londrina, plan-tou 120 alqueires de sua área com trigo e co-lheu em média 150 sacas por alqueire. “Planto milho até onde consigo, dentro da ‘janela’ mais

aconselhável. O trigo, apesar do risco do pre-ço e do clima, é uma cultura interessante para se fazer a rotação de culturas e me possibilita uma boa adubação para a soja no verão. O tri-go distribui o fósforo a 17 centímetros e ajuda no controle das ervas daninhas, principalmen-te a buva”, diz ele.

Neste inverno, além dos 300 hectares de tri-go, ele plantou mais 250 hectares de milho e 250 hectares de aveia para cobertura, colhei-ta de grãos e pastoreio do seu gado da raça montana, num projeto de integração lavoura/pecuária.

Conrado Mayer de Araujo

Colheita de milho da safra de inverno na Fazenda Santo Antonio, propriedade do cliente Agro100, José Luiz Babugia. Na foto André Soares (Agro100), José Luiz Babugia, Walace Galbiati Lucas (Agro100) e Marcelo Babugia, � lho do produtor.

Paraná, Sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essa equipe é constantemente treinada e atualizada para ajudar os produtores na condução da safra do planejamento e plan-tio até a colheita e comercialização.

A empresa tem as melhores e mais avan-çadas soluções tecnológicas e insumos para que as lavouras apresentem a melhor pro-dutividade possível dentro da realidade de cada produtor parceiro.

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Bom exemplo

o pequeno produtor que criouuma feira de tecnologia de sucessoClaudio Vicente D’Agostini foi pe-

dreiro e caminhoneiro, mas sua paixão sempre foi a agricultura.

Voltou pra roça e criou há 23 anos a Ex-potécnica, a feira de tecnologia de Sa-báudia visitada por mais de 3 mil pessoas com o objetivo de difundir anualmente novas tecnologias aos produtores.

Claudio nasceu e se criou no sítio, mas aos 15 anos de idade teve que ir morar na cidade onde foi pedreiro, dono de serraria no Pará e caminhoneiro. Juntou dinheiro e comprou o sítio São José, em Sabáudia, há 40 anos. Arrancou o café e começou a plantar soja e trigo. Continuou viajan-do com seu caminhão. Durante as épocas de plantio e colheita parava com as via-gens e se dedicava ao trabalho no sítio. Há 30 anos construiu uma casa e mudou-se para o sítio, com a esposa, Maria Ce-sarina Pegorer D’Agostini. Só tinha um tratorzinho Massey Ferguson 65. Buscou novas técnicas de cultivo e se orgulha de ser um dos primeiros a fazer plantio dire-to no Norte do Paraná.

Começou com máquinas adaptadas com a ajuda do técnico Marcelo Ague-ro Fernandes, da Emater no município, e do engenheiro Benjamim Dalla Rosa, que na época fazia reparos e adaptações em equipamentos agrícolas na sua pe-quena Tornearia Gaúcha em Sarandi, era o início da atual Planti Center, uma das maiores fabricantes de plantadeiras do País.

Com os bons resultados na lavoura e com o incentivo de Marcelo Aguero re-alizou em 1974 o dia de campo no Sí-tio São José. Com o sucesso, o evento aconteceu nos anos seguintes, transfor-

mando-se na Expotécnica, que este ano foi realizada pelo 23º ano consecutivo, atualmente realizada pela Emater com apoio da Prefeitura, órgãos estaduais e empresas privadas. “No primeiro reuni-mos cerca de 200 pessoas e foi apenas uma demonstração das lavouras plan-tadas e alguns equipamentos de plantio direto fabricados ou adaptados na re-gião. Este ano mais de três mil pessoas passaram pela Expotécnica para ver no-vas tecnologias, máquinas, equipamen-tos e produtos para grandes produtores e agricultores familiares”, fala com orgu-lho, Claudio D’Agostini.

Para a realização da exposição ele ce-deu gratuitamente quatro alqueires do seu sítio. “Nunca cobrei nada, quando sobram recursos a Emater me repassa alguma coisa. Deus tem me dado o que

mereço. Aqui vivo feliz, criei minha fa-mília num ambiente sadio e agradável. Tenho muito orgulho de ter contribuí-do para o desenvolvimento da técnica de plantio direto no município. Hoje, 100% das lavouras da região são cultiva-das com esta técnica que preserva o solo, meio ambiente e aumenta a produtivida-de dos agricultores”, diz.

Atualmente com a ajuda das duas fi-lhas, Angela e Cláudia, que operam com maestria tratores, colheitadeiras, má-quinas e caminhões, a família D’Agostini planta 170 alqueires em terras próprias e arrendadas. E é cliente fiel da Agro100.

Mais um ano a Agro100 esteve pre-sente na Expotécnica. A participação fi-cou na responsabilidade da sua filial em Sabáudia e em conjunto com os parcei-ros Oro Agri e Minorgan.

Equipe Agro100 e Oro Agri no estande na Expotécnica

Angela, Claudio, Dona Maria e Claudia, a família D’Agostini no

estande da Agro100

Marcelo Luciano Pigaiani, gerente da � lial de Sabáudia, e Claudio Vicente D’Agostini

Equipamentos, produtos e tecnologias para pequenos e grandes produtores

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Lançamento

Nanotecnologia aumentaeficiência de fertilizantes

A Microxisto lançou em Londrina, num encontro com clientes e téc-nicos da Agro100, os seus mais

novos fertilizantes foliares com a nova tecnologia Nano-X que associam o poder da nanotecnologia às eficientes proprie-dades nutricionais dos fertilizantes com extrato de xisto.

O Complex e o S-Max são processados em equipamentos especiais de alta tecno-logia que quebram as partículas mecani-camente até que elas alcancem a escala nanométrica, proporcionando maior ve-locidade de absorção. Com isso reduz a dosagem de fertilizante utilizada, dimi-nuindo os custos logísticos e o consumo de embalagens. Por serem matérias-pri-mas menos solúveis e reativas, formuladas de forma inovadora e em tamanho reduzi-do, há redução do risco de incompatibili-dade nas misturas de calda e de problemas de aplicação.

Complex fornece um complexo de nu-trientes essenciais ao desenvolvimento da maioria das culturas. Os ácidos húmicos presentes na formulação melhoram a ab-sorção e o aproveitamento de nutrientes pelas plantas.

S-Max é formulado à base de enxo-fre, nutriente essencial a processos como: fotossíntese, respiração, síntese de ami-noácidos e proteínas, fundamental na transformação do nitrogênio mineral em

orgânico (forma utilizada pelas plantas).Os dois produtos são recomendados

para as culturas de soja, arroz, milho, fei-jão e trigo.

A Microxisto, parceira da Agro100, tem 17 anos no mercado de fertilizantes. Com sua fábrica instalada em São Mateus do Sul-PR, ao lado da refinaria de Xisto da Petrobras, detém tecnologias exclusi-vas na utilização da água de xisto em seus produtos. É pioneira na utilização da na-notecnologia no Brasil.

Em 2014, a empresa tratou pouco mais de dois milhões de hectares de lavouras no Brasil. Neste ano a empresa forneceu seus produtos para os produtores trata-rem dez milhões de hectares. Na soja a empresa tratou 600 mil hectares este ano e a previsão é chegar ao tratamento de cin-co milhões de hectares desta lavoura até 2020. As lavouras de soja tratadas e acom-panhadas pela empresa apresentaram um aumento de 5,2 sacas por hectare e mais 7,1 sacas por hectare no cultivo de milho.

Diretores da Agro100 com a equipe da Microxisto

Casa cheia no lançamento dos produtos da Microxisto em Londrina

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unizeb.com.br

Proteção indispensável para a sua lavoura, com ganhos de produtividade comprovados,UNIZEB GOLD é fundamental para o manejo de resistência de fungos de difícil controle.

FORMULAÇÃO

WGEFEITO

V E R D E

O FUNGICIDA PROTETORMULTISSITIO DE VERDADE.

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As oportunidades na Nova fronteira agrícola brasileira

Os sotaques se misturam na mais nova e a última fronteira agrícola do País, nos movimentados hotéis e nas

ruas dos 14 municípios do Araguaia Norte, microrregião do Nordeste do Mato Grosso. Assim como os sotaques carregados de erres dos sulistas ou arrastados dos brasileiros do Leste, Centro Oeste, Norte e Nordeste mis-turam-se na diversidade de procedências das placas dos veículos que circulam pela região.

A região está sendo ocupada com mui-ta velocidade. Os negócios acontecem todos os dias. As cidades e a economia se expan-dem, parece um canteiro de obras, longe de qualquer crise. Em Confresa, cidade polo da região, a população em 2010 era de pouco mais de 25 mil, hoje ultrapassa os 40 mil ha-bitantes. Em cada quadra observam-se várias construções e nas ruas um vai e vem de veí-culos transportando material de construção. Semanalmente se inauguram novas empre-sas na cidade. “Está sendo um ótimo negócio investir nas cidades da região e na área rural ainda se compra terras boas para o plantio e bem localizadas a preços que variam entre R$ 10 mil e R$ 12 mil por hectare. E se tem mui-ta terra para arrendamento em ótimas con-dições variando de 6 a 10 sacas por hectare, com contrato de 10 anos”, garante Birajá Mei-reles Capuzzo, o Bira, produtor rural, dono da imobiliária Arco-Íris e presidente do Sin-dicato Rural de Confresa.

São mais de 8,5 milhões de hectares de terras nesta área de transição entre o Cerra-do e a Floresta Amazônica. São mais de seis milhões de hectares de áreas aproveitáveis para a exploração e mais de três milhões de hectares agricultáveis, metade da área de soja plantada no Paraná. “São terras de Latosso-lo Vermelho Amarelo Distró� co, de textura

e arenosidade médias, com relevo plano e su-avemente ondulado, ideal para o plantio de lavouras. A fertilidade é muita heterogênea, com teores médios de argila entre 25% e 35%, algumas áreas um pouco menos e outras um pouco mais argilosa,” garante Cleiton Lima, engenheiro agrônomo, dono da Vale Enge-nharia, que desde 2013 presta consultoria e assistência técnica aos produtores da região.

O clima da região é quente e úmido, com temperaturas médias elevadas durante todo o ano, com precipitação pluviométrica em média de 2.200 mm/ano. Aproximadamen-

te 80% das chuvas ocorridas durante todo o ano, se concentram entre os meses de setem-bro a abril. O período de seca, compreendido de maio a agosto, caracteriza-se pelo dé� cit hídrico e índices pluviométricos inferiores a 65 mm/mês e é comum um fenômeno carac-terístico na região, o da névoa seca. A umi-dade relativa do ar é de aproximadamente 80% no verão, sendo esses valores inferiores no período de inverno, compreendido como período seco. A média climatológica anual da velocidade do vento é de 13 km/hora. A tem-peratura média anual de 24º a 28ºc.

Nova Fronteira

Imobiliária Arco-Íris, investindo em condomínios e loteamentos em

Confresa-MTO comércio é

movimentado em ConfresaO ritmo das

construções é acelerado

Rebanho na estação da seca em Vila Rica-MT

Rebanho de mais de três milhões de bovinos abre a possibilidade da

integração lavoura-pecuária na região

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No sentido Norte-Sul a região Ara-guaia Norte é servida pela BR 158, rodovia que está pavimenta-

da de Marabá, no Pará, até Santana do Li-vramento, divisa com o Uruguai, passando pelo interior dos estados de Goiás (Jataí), Mato Grosso do Sul (Paranaíba) São Paulo (Dracena), Paraná (Campo Mourão) Santa Catarina (Campo Erê), Rio Grande do Sul (Santa Maria), chegando à fronteira com o Uruguai, além de Pará e Mato Grosso. Neste trecho de mais de 3.500 quilômetros somen-te não estão pavimentados 130 quilômetros entre Ribeirão Cascalheira e Canabrava do Norte. Esse trecho está dentro da Terra In-dígena Marãiwatsede, reserva composta por 165 mil hectares desmembrados dos mais de 700 mil hectares da Fazenda Suiá Missu, área controlada pela Agip do Brasil S/A, em-presa do grupo italiano ENI, distribuidor de combustíveis.

A região tem acesso por várias outras, saindo pela BR 158. A capital do Tocantins, Palmas, está a 585 km. Goiânia a 1.040 km e até Cuiabá são 1.160 km.

Não são somente os produtores que acre-ditam que a Região Norte será um grande produtor de grãos. A poderosa mineradora Vale aceitou pagar, em 2007, R$ 1,5 bilhão para explorar o trecho da Ferrovia Norte-Sul entre Açailândia no Pará e Palmas no Tocantins, com 722 km de extensão. A Vale

interligou a Ferrovia Norte-Sul à Estrada de Ferro Carajás, sua principal ferrovia que liga as minas da companhia em Parauapeba, no Pará, ao porto de Itaqui, em São Luiz do Ma-ranhão. O objetivo é o transporte da produ-ção agrícola do Centro Oeste e Norte para o Porto de Itaqui, em São Luiz, que, entre os portos brasileiros capazes de receber gran-des embarcações, é o que � ca mais próximo dos mercados das Américas Central e do Norte, Europa e Ásia.

O acesso da produção do Norte do Ara-guaia ao porto é feito através do terminal de

transbordo multimodal em Colinas, muni-cípio do Maranhão por onde passa a Ferro-via Norte-Sul. Principalmente a soja, viaja em caminhões por 700 km até Colinas do Tocantins, onde é transferida para os vagões da Ferrovia Norte-Sul, viajando mais 1.020 km pelos trilhos até o embarque no Porto de Itaqui, fazendo conexão com a Estrada de Ferro Carajás em Açailândia.

Esse frete � ca até R$ 70,00 por tonela-da mais barato do que se a soja � zesse os caminhos da exportação por Santos ou Paranaguá.

O clima e os solos da região são favoráveis à agricultura, segundo Cleiton Lima. “No Ara-guaia Norte ainda temos microrregiões onde é possível se fazer até três safras por ano com plantios de soja, milho segunda safra e braqui-ária no terceiro cultivo para a integração la-voura/pecuária.” E gado para engorda é o que não falta na região, segundo levantamento do IBGE, os 14 municípios possuem um rebanho de 3,3 milhões de cabeças de bovinos. Só o

município de Vila Rica tem 800 mil animais. As produtividades das lavouras são exce-

lentes. Em áreas de primeiro plantio, segundo Bira, variam, em média, de 52 sacas a 55 sa-cas de soja por hectare. Já as áreas corrigidas mantêm a média de 65 sacas de soja por hec-tare e entre 120 sacas e 130 sacas de milho por hectare.

Os três milhões de hectares que podem ser agricultáveis no Araguaia Norte são constitu-

ídos quase que na sua maioria de pastagens degradadas. E o quanto desta área já foi des-tocada, preparada e cultivada pelos produto-res ainda não se sabe. Técnicos como Cleiton Lima calculam em 20%, cerca de 600 mil hec-tares. Já Bira, o presidente do sindicato rural, fala em 1,2 milhão de hectares já em estágio de plantio. No entanto eles concordam que o crescimento da área incorporada anualmente pela agricultura é de 5% a 10%.

Nova Fronteira

130 km de terra entre Ribeirão Cascalheira e Canabrava do Norte

Porto de Barcarena no Pará Terminal intermodal de Colina-TO Porto de Itaqui no Maranhão

Logística

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Nova Fronteira

‘Quem vem acaba ficando’Ismael Ferreira Martins, mi-

neiro de Ituiutaba, chegou a Porto Alegre do Norte com

21 anos de idade, em 1988. Pro-tético de profissão, veio para fi-car 90 dias ajudando o seu pai Manoel Martins Cardoso, en-tão dentista da antiga Destilaria Gameleira que funcionava em Confresa e acabou ficando pra sempre. “Todos que vêm pra cá acabam ficando”, confessa.

Falante e com facilidade de relacionamento entrou para a política. Foi vereador na cidade de 1993 a 2005. “Com a políti-ca acabei me relacionando com o agronegócio. Participei para trazer o campo experimental da Embrapa para a região. Com a proximidade com os pro-dutores iniciei a corretagem de terras na região e é o que faço até hoje”, conta.

Ele calcula que já intermediou a venda de pelo menos 35 mil hectares de terras para plantio. “São compradores de vários estados fora do Mato Grosso. E funciona assim, vem um ver, gosta e compra, logo

depois vem uma fila de outros produto-res do mesmo estado interessados em in-vestir na região”, diz.

Porto Alegre do Norte teve uma gran-de expansão na década de 90, quando foi um dos maiores produtores de banana do Mato Grosso. Mas veio a Sigatoka Negra, o “mal do panamá”, que liquidou a cultu-ra na região e não sobrou nem seus re-gistros na história. Depois vieram as cul-

turas do gergelim, feijão e por último o capim, que ocupa atu-almente a quase a totalidade das terras do município.

Ismael acompanhou estes ci-clos e lembra que há 10 anos, as terras no município de Confresa eram vendidas entre R$ 1 mil e R$ 5 mil por hectare, com a en-trada da soja, hoje essas mesmas áreas valem até dez vezes mais.

Ele diz que todos os com-pradores querem o “filé”, ter-ras boas, planas, sem pedra ou alagados e às margens das ro-dovias. Mas que na região tem terra para todos os gostos e bol-

sos. Tem áreas que variam de R$ 3 mil a R$ 20 mil por hectare que dá para fazer agricultura.

O corretor diz que não tem terra. Já teve. “Quando entrei na política, já pos-suía 100 alqueires e 12 anos depois de ser vereador saí sem nada. A política me ti-rou o foco dos negócios”, conta. Hoje ele tem imóveis urbanos e uma vida estabili-zada em Porto Alegre do Norte.

Ismael Ferreira Martins, corretor em Porto Alegre do Norte-MT

o goiano não perdeu a oportunidadeO empresário Savio

Guimarães Barbosa, goiano de Mineiros,

onde planta soja e cria gado e tem revenda de produtos agrícolas, é um dos novos investidores na região Ara-guaia Norte.

Ele chegou a Confresa há cinco anos. Começou plan-tando em 400 hectares em pastagens degradadas e hoje está cultivando 4.100 hecta-res com soja, milho e criação de gado em terras próprias e arrendadas. “Foi uma opor-tunidade de expandir nossos negócios. Na região de mi-neiros a terra está muito valorizada e aqui ainda encontramos muita terra de plantio para comprar ou arrendar”, conta Savio.

“Nesses cinco anos temos consegui-

do fazer tranquilamente duas safras, com produtividade média de 132 sacas de soja e 260 sacas de milho por alqueire. A terra é boa para ser cultivada, planto em terras

argilosas com boas chuvas, em média de 2.200 mm con-centradas de setembro a abril. Além da logística, nossas di-� culdade aqui são a falta de peças para máquinas e insu-mos com maior tecnologia”, diz ele.

“Temos problemas no transporte da fazenda até os armazéns, as estradas não são boas. Já do armazém até os portos a situação melho-ra. Temos duas opções para exportar. Pelo Porto de Ita-qui, no Maranhão, com parte do caminho feito por rodo-vias e o restante por ferrovia.

E pelo porto de Bacarena, em Belém do Pará, com 1.264 km por via rodoviária”, diz Savio que aposta firme nesta frontei-ra agrícola.

Sávio Guimarães Barbosa e Walter Bussadori Junior, parceiros no Araguaia Norte

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Do Paraná para o MS e agora no “nortão”O paranaense Marcelo Peli-

zaro acabou de plantar sua quarta safra a 25 quilôme-

tros de Confresa. Ele está na região desde 2013 e pretende ampliar seus negócios na Nova Fronteira.

Até 2003 ele plantava 600 hec-tares de lavouras na região de Lon-drina, foi para o Mato Grosso do Sul onde se � xou e ainda planta 1.700 hectares em Aral Moreira. Em 2013, em busca de ampliação da área de plantio, acabou indo visitar algumas regiões do Mato Grosso. Primeiro passou por Sor-riso e Sinop, mas por in� uência de um ami-go acabou indo para Confresa. Viu, gostou e resolveu investir na região. Planta 2 mil hec-tares a 25 quilômetros da cidade e pretende ampliar a área.

Segundo Marcelo a produtividade das la-vouras nas três safras anteriores foi boa. “No ano passado tivemos um pequeno veranico,

mas a produtividade da soja tem � cado en-tre 60 sacas e 62 sacas por hectare e no mi-lho a média � cou em 125 sacas por hectare. As terras são novas, acredito que essa pro-dutividade vai melhorar nas próximas sa-fras. As terras são boas para a agricultura e ainda estão com preços acessíveis”, garante.

Sobre a região ele diz que tudo vem me-

lhorando. A comercialização é tranquila. A estrutura de armaze-nagem e comercialização vem me-lhorando e a exportação vem sen-do feita pelos portos de Itaqui, no Maranhão e Bacarena, no Pará. Os preços algumas vezes são menores que os recebidos pelos produtores do Sul, mas na maioria das vezes se equipara. Outro fator que ele diz que também melhorou foi a ofer-ta de insumos e peças de reposição para as máquinas”, diz.

Para administrar os seus negó-cios ele viaja 1.850 quilômetros de

Amambai no MS até Confresa. Outros pon-tos negativos que ele enumera é a estrutura das cidades, como falta de médicos e hos-pitais e boas escolas. “Tenho planos de me mudar com a família para cá no ano que vem, mas como tenho três � lhas para entrar na faculdade, tenho que resolver o futuro delas primeiro”, conta Marcelo.

Marcelo Pelizaro

Nova Fronteira

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Nova Fronteira

o paranaense no novo desafioOs irmãos Galo, Bruno e Da-

vino eram pequenos produ-tores em Santa Helena, no

Paraná. Produziam soja, milho e trigo numa área de 50 alqueires. Em 1985, compraram uma fazenda de mil al-queires em Lucas do Rio Verde, no Norte do Mato Grosso. “Em Lucas não tinha nada, poucas estradas, sem asfalto e luz elétrica.Tudo era difícil, foi um desbravamento. Nos primeiros três anos nos dedicamos à criação de gado, mas logo o negócio da pecuária piorou e então arriscamos no plantio de soja e milho. Deu certo”, conta.

Em 2006, com os � lhos criados ele e o irmão separaram a sociedade. E há quatro

anos Bruno Galo comprou uma área de pouco mais de 450 hectares em Confresa. No começo arrendou a área para o Grupo Agro100 plantar. Gos-tou da região e, este ano, comprou uma área quase 10 vezes maior no Distrito de Santo Antônio do Fontou-ra, município de São José do Xingu, a 75 km de Confresa. Seu � lho, Alen-car Galo, está preparando a área para o plantio. “Esta foi uma forma de ex-pandirmos os negócios, aumentando a produção. Lá em Lucas do Rio Ver-de as terras estão muito caras. Aqui podemos trabalhar numa área maior,

com boas terras que produzem bem”, diz ele.

Walter Bussadori Junior com Bruno Galo em Confresa-MT

o porta-voz da regiãoBirajá Meireles Capuzzo, pecuarista,

imobiliarista e presidente do sindi-cato rural de Confresa, se tornou ao

longo dos anos o porta-voz da região Norte Araguaia.

O goiano Bira Capuzzo, como é conhe-cido, chegou à região em 2000 à procura de pastagens para arrendar e engordar boi, sua atividade principal. Viu futuro no lugar, am-pliou seus negócios e comprou uma fazenda junto à área urbana de Confresa.

Tornou-se um dos grandes defensores apaixonados da região e principalmente por Confresa, onde vive e mantém a maioria dos seus negócios. Bira acredita que a cidade vai ser uma das mais importantes do Estado do

Mato Grosso passando, por exemplo, Bar-ra do Garça em população e importância econômica.

E é sob seus olhos que miram este fu-turo que nas suas terras ele vem implan-tando vários empreendimentos. São lotea-mentos e condomínio fechado. A partir de suas ideias a cidade se desenvolve com certo planejamento.

Na comunidade ele tenta dar da melhor forma possível a sua contribuição e como presidente do Sindicato Rural de Confresa é uma voz em defesa da melhoria da infraes-trutura e em defesa dos produtores rurais do Araguaia Norte.

Birajá Meireles Capuzzo, o Bira

Da escola para o NorteO engenheiro agrônomo Cleiton

Lima é natural de Cristalina, no Estado de Goiás e formou-se pela

Faculdade Superior de Agronomia de Para-guaçu Paulista, em São Paulo, em 2012. Não perdeu tempo, com o diploma na mão, em janeiro de 2013 já estava em Confresa com a sua empresa de planejamento e consulto-ria, a Vale Engenharia Agrícola, montada em Confresa.

A empresa de Cleiton atende a região do Araguaia Norte e Sul do estado do Pará como representante APMax, sistema de agricultura de precisão e também presta serviços de pla-

nejamento e projetos de viabilidade técnica e econômica, licenciamento ambiental, topo-gra� a e auditoria na produção.

“Acreditei no potencial da região e hoje já diria que começo a colher os frutos do traba-lho que iniciei há quatro anos na região”, diz Cleiton. Pioneiro em levar a agricultura de precisão para a região, ele calcula que nesta safra sua empresa atenda com esta tecnologia mais de 15 mil hectares de plantio, incluin-do as lavouras do Grupo Agro100 no Norte do Araguaia. A Agro100 utiliza esta e� ciente tecnologia da APMax há anos nas suas lavou-ras no Paraná e Mato Grosso do Sul.

O agrônomo Cleiton Lima na assessoria dos produtores

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O nome de Confresa derivou da Colonizadora Frenova Sapeva, mas o ene do “con”, ninguém

conseguiu explicar. Os empresários mi-neiros radicados em São Paulo José Car-los Pires Carneiro e José Augusto Leite de Medeiros, proprietários das Fazendas Reunidas Nova Amazônia, com várias fa-zendas na região, vislumbraram na déca-da de 70 a possibilidade de criarem uma cidade na região e para vender os lotes urbanos e as áreas rurais criaram a colo-nizadora. Primeiramente deram o nome de Tapiraguaia, a junção dos nomes dos rios Tapirapé e Araguaia. Mas o povoa-do passou a ser conhecido mesmo como Confresa, passando à categoria de muni-cípio em 1990.

Por que Confresa?

O grupo Agro100 vem acredi-tando no futuro do Araguaia Norte como fronteira agríco-

la. Adquiriu terras na região e este ano está plantando mais de mil hectares em sua fazenda Garapeira no município de Bela Vista. Centralizou suas atividades em Confresa onde também adquiriu imóveis para apoio a esta atividade na região.

Walter Bussadori Júnior, diretor do Grupo, se diz um apaixonado pela re-gião e todos os meses sobe os 1.770 km para o Norte para coordenar as ativi-dades lá. “Não vejo uma rua em Con-fresa que não tenha várias construções. É tudo novo e a economia por aqui se mostra pujante, alheia à crise que afeta o País. É um lugar de futuro e que ofe-rece muitas oportunidades a todas as camadas sociais. Parece um outro Bra-sil”, diz entusiasmado.

“Vejo aqui uma oportunidade para produtores do Sul que têm os filhos crescendo e precisam ampliar os seus negócios. O clima é propício para a agricultura, as terras são boas e ainda muito acessíveis para compra ou ar-rendamentos. No Paraná, por exemplo é difícil ampliar as áreas por causa dos preços da terra”, resume Walter.

A Agro100 na Nova fronteira

Terra pronta para o plantio na Fazenda Garapeira do Grupo Agro100, em Vila Rica-MT

Limpando a capoeira das pastagens degradadas para o plantio da soja

Nova Fronteira

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Tecnologia

Já está implantado o campo tecnológico da Agro100 em Bela Vista do Paraíso. O es-paço que conta com quase um hectare de

experimentos � ca ao lado da unidade de rece-bimento e armazenagem de grãos da empresa, na BR 090, km 4, local onde nos últimos anos foram realizados os dias de campo de inverno.

Segundo o gerente da � lial de Bela Vista, Adilson Franco, idealizador do campo, além dos experimentos da Agro100, estão partici-

pando do projeto as empresas Sementes Agro-ceres, Basf, Bayer, Ballagro, Dupont, FMC, Microxisto, Minorgan, Mosaic, Monsanto, Oro Agri, TMG, UPL e Unopar (Universidade do Norte do Paraná).

“O objetivo é ter um campo tecnológico permanente para mostrar o desenvolvimento das culturas e a e� ciência dos insumos e das tecnologias que colocamos à disposição dos produtores. E este centro não é só para aten-

der os produtores que estão na área da nos-sa � lial, mas de toda a empresa”, diz Adilson Franco.

Adilson diz que a intenção é fazer vários eventos durante o desenvolvimento das cul-turas e em janeiro um grande evento, reunin-do os produtores da região. Durante o plan-tio já foi realizado um dos primeiros destes eventos sobre o tratamento de sementes da Basf (fotos).

Bela vista do Paraísotem campo tecnológico

O centro tecnológico

Produtores na DuPont

15 produtores clientes da Agro100 vi-sitaram o Centro de Inovação Brasil instalado junto ao Centro de Pesqui-

sa e Desenvolvimento da DuPont (Paulínia - SP). Esse centro permite o contato direto de cliente e parceiros da empresa com os pesquisadores que atuam no Brasil. Des-de a sua inauguração, o espaço já recebeu mais de seis mil visitantes.

A unidade brasileira faz parte de uma cadeia global composta por outros 12 Cen-tros de Inovação. Além de estimular ativi-dades de colaboração entre clientes, aca-

dêmicos e demais parceiros comerciais, o CIB permite uma importante troca de ex-periência com os mais de 10 mil cientis-tas que integram a rede de pesquisadores da DuPont no mundo. Durante as visitas, técnicos, pesquisadores e pro� ssionais de marketing da empresa discutem com os clientes os principais desa� os enfrentados e aplicações que poderiam ser desenvolvi-das para atender às demandas atuais ou fu-turas. Nos três primeiros anos de operação do CIB, 531 ideias foram geradas, resultan-do em 91 projetos de novas aplicações.

Um grupo de produtores parceiros da Agro100 do Mato Grosso do Sul viajou para o Rio de Janeiro

participando de programação turística e de conhecimento. Visitaram os principais pontos turísticos da “cidade maravilhosa” e conhecerem a fábrica da Bayer, em Belford Roxo, onde puderam conhecer a tecnologia utilizada para a fabricação dos agroquími-cos que chegam aos campos de produção. Da Agro100 acompanharam o grupo de produtores o diretor Roger Bolsoni e o ge-rente da � lial de Eldorado, Ricardo Vanin.

Na Bayer em Belford roxo

Demonstração de sementes tratadas

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Ação social

Peixada em apoio à illuminariA � lial de Rolândia, da Agro100, pro-

moveu a Peixada Solidária para ar-recadar fundos para a Associação

Cultural e Esportiva Illuminari, do Distrito de São Martinho.

A entidade oferece formação musical e aulas de cidadania durante os sábados a 150 crianças, com oito professores contratados. É ligada à pa-róquia da igreja católica na comunidade e foi fundada há cinco anos por um grupo de pes-soas preocupadas com as crianças que � cavam pelas ruas do distrito assediadas por tra� cantes de drogas e cometendo pequenos furtos. Ed-mundo Tiedt, presidente da Associação, conta que aconteciam de cinco a dez invasões de ca-

sas por dia. Hoje o número é praticamente zero.A associação Illuminari tem uma despe-

sa mensal de aproximadamente R$ 5.000,00, com o pagamento dos professores, compra e manutenção de instrumentos, mas só recebe pouco mais de R$ 2.000,00 da Prefeitura de Rolândia. A complementação vem de pro-moções, segundo Edmundo Tiedt.

A Peixada, realizada no barracão da � -lial da Agro100, em Rolândia, foi totalmente custeada pela empresa e seus parceiros Bayer, Dupont e UPL. Os convites foram vendidos pela Associação. Foram preparadas mais de 100 anchovas no fogo de chão e servidas com complemento. O evento contou com a apre-

sentação da orquestra de câmara da entidade.Josmar Reis, gerente da � lial, agradeceu

a todos que se empenharam nesta iniciativa social, em especial ao engenheiro agrônomo Osvaldo Fustinoni que preparou a peixada voluntariamente.

Apresentação da Orquestra de Cãmara da Associação Illuminari

Walter Bussadori Junior, diretor da Agro100; Edmundo Tiedt, presidente

da Illuminari; e Josmar Reis, gerente da � lial da Agro100 em Rolândia

Osvaldo Fustinoni, preparando as anchovas

Mais uma vez foi um sucesso a “Pa-ella Solidária”, promovida por vo-luntários em prol do Instituto Vi-

toria da União. Como vem acontecendo nos últimos anos, o evento realizado no Parque Ney Braga, em Londrina, foi um grande su-

cesso, graças ao empenho de todos. O Instituto atende mais de 150 crianças e

adolescentes do bairro União da Vitória, um dos mais carentes de Londrina, no contra-turno escolar. A entidade conta com o apoio do Grupo Agro100 para sua manutenção.

Paella solidária

Na campanha do “Outubro Rosa”, o departamento de recursos huma-nos da Agro100 promoveu palestras

de conscientização do câncer de mama para os funcionários em parceria com a Unimed. Agora é a vez do “Novembro Azul”, a campa-nha de prevenção do câncer de próstata.

“outubro rosa”Com o objetivo de ajudar o Instituto de Hematologia de Londrina a manter o seu estoque regular de sangue, a � lial da

Agro100 em Londrina promoveu um dia de co-leta entre os funcionários da empresa, fornece-dores e clientes. “Ao longo da manhã 36 pesso-as doaram sangue na Unidade Móvel do IHEL, estacionada na � lial. É importante constatar a solidariedade de todos para esta causa humani-tária. Vamos repetir esta ação em outras opor-tunidades”, disse o gerente da � lial, João Benito.

Doação

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Sucessão familiar nos negócios,processo difícil, mas necessário

Sucessão

A sucessão familiar na agricultura é a transferência de poder e patrimônio entre os herdeiros naturais dos pro-

prietários. Esse processo sucessório no agro-negócio preocupa, pois impacta no futuro do Brasil como país de vacação agrícola.

A preocupação vem de constatações de pesquisas recentes. Dados do Sistema Ema-ter, por exemplo, dão conta de que 54% dos homens e 74% das mulheres não pretendem continuar na zona rural. Já estudos da Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) indicam que 40% dos produtores ru-rais deixarão sua atividade no Brasil até 2030. Lembrando que o Brasil tem cinco milhões de estabelecimentos rurais. A esmagadora maio-ria é composta de empresas familiares e a úni-ca solução para a continuidade é a sucessão dentro da própria família. E o Serviço Brasi-leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) garante que apenas 25% das empresas familiares conseguem chegar à segunda gera-ção de seus proprietários.

Mas esse não é um privilégio do Brasil. A falta de interesse das novas gerações em ge-rir os negócios familiares no campo é um fe-nômeno global. No nosso caso é mais preo-cupante porque o Brasil depende muito do agronegócio e temos a necessidade do seu desenvolvimento.

Essa preocupação tem levado órgãos go-vernamentais, entidades de classe e empresas do setor à realização de inúmeras palestras e cursos tentando reverter esta tendência e des-pertar os agricultores a investirem na forma-ção e motivação dos seus herdeiros para a con-

tinuidade de seus negócios.Segundo Francisco Vila, consultor e espe-

cialista em sucessão familiar, apesar de o agro-negócio ser o melhor negócio do Brasil, al-guns fatores geram a desistência do trabalho no campo como, por exemplo, a diferença de � loso� a entre a experiência do pai e as inova-ções que o � lho quer adotar na propriedade, além de certas contradições, como o pai exi-gir trabalhar muitas horas e o � lho querer tra-balhar poucas horas, mas com resultados que julga melhor.

Para reter os jovens no negócio, a trans-missão deve ser feita de maneira clara e pro-� ssional. Ao invés de herdeiros, pense em su-cessores. Em primeiro lugar, é importante que objetivos como manter a empresa na família, preservar a rentabilidade e mirar no cresci-mento contínuo sejam ideais compartilhados

por aqueles que atualmente dirigem o negócio e por aqueles que o pretendem assumir. Outro desa� o é conservar as experiências tradicio-nais válidas dos pais e complementá-las com novas soluções, frutos do progresso tecnológi-co e do vigor da juventude dos seus sucessores.

Mas o mais importante é muito diálogo, transparência, paciência, delegação de poder e principalmente não falar mal ou reclamar do negócio da família. Como é que o pai quer que o � lho abrace um negócio que ao longo da sua vida ouviu dizer que é uma droga?

ExemplosOs irmãos Osmar e Lucismar Longhi, pro-

dutores rurais e clientes da Agro100 em Ser-tanópolis, são um bom exemplo de sucessão familiar no agronegócio. Trabalhando desde muito pequenos com o pai, Rico Longhi, as-

Luiz Carlos Morilha, com a esposa, Eliane, e os � lhos Leandro e Wagner

Reunião da diretoria do Grupo Agro100. À esquerda João Fernando Garcia, Roger Alberto Bolsoni,

Walter Bussadori Junior e seu � lho, Rodrigo Bussadori. À direita, Carlos Henrique Arrabal Garcia e Antonio

Luiz Giuliangeli, com seu � lho, Ronan Giuliangeli

Rico Longui com os � lhos Osmar e Lucismar e os netos Jean e Leandro Augusto

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Sucessão

sumiram os negócios da família e já estão pas-sando para os � lhos.

Rico Longhi nasceu e se criou na roça, na Água do Cerne, em Sertanópolis. Tinha um sítio com café. Depois de várias geadas acabou formando pasto e mais tarde, em 1973, pas-sou a cultivar soja. Sempre com a ajuda dos � lhos. O genro, Antonio Martins Matesco, ca-sado com sua � lha Shirlei, também participa da sociedade.

Agora já estão passando a responsabilidade para os � lhos. Jean Henrique Longhi, � lho de Osmar, formado em administração é um dos netos de Rico Longhi incorporado no proces-so sucessório da família. Ele trabalha na ad-ministração da empresa de recebimento e ar-mazenagem de grãos que os Longhi têm em parceria outros produtores. Leandro Augusto Longhi, outro neto, está fazendo faculdade de agronomia e já trabalha com os 170 alqueires onde a família cultiva soja e milho. Assim a fa-mília vem garantindo a continuidade dos ne-gócios da família.

Luiz Carlos Morilha teve oportunidades de trabalhar em outras atividades, mas preferiu � car com o pai, João Morilha Filho (falecido há quase dois anos). Eles cultivavam café, cria-vam gado e prestavam serviços de mecaniza-

ção a outros produtores em Sertanópolis. Co-meçaram a plantar soja e milho e não pararam mais e Luiz Carlos faz questão de lembrar que é parceiro da Agro100 há 17 anos.

Casado com Eliane Gobato Morilha, tem três � lhos, Wagner, com 28 anos; Leandro, com 24; e Laiany, com 17 anos. Criou os seus � lhos no mesmo ritmo, com todos partici-pando das atividades da família. O mais velho Wagner Gobato Morilha é engenheiro agrô-nomo, trabalha para uma multinacional, mas participa ativamente da gestão dos 200 hecta-res de lavouras de soja e milho que cultivam.O mais novo, Leandro, preferiu acompanhar o pai na lida diária dos negócios.

Luiz Carlos se enche de orgulho. “80% dos � lhos dos produtores acabam indo para outras atividades. Os meus � caram na atividade e me acompanham no trabalho. Assim a família � ca tranquila porque nossos negócios vão ter con-tinuidade”, diz.

No Grupo Agro100A sucessão também vem ocorrendo no Gru-

po Agro100. Os cinco sócios sabem da impor-tância dos � lhos se dedicarem aos negócios para que um dia eles assumam os rumos dos empre-endimentos. Rodrigo Bussadori, � lho mais velho do sócio Walter Bussadori Junior, está na empre-sa desde adolescente. Organizado e dedicado ao trabalho, formou-se em administração de em-presa e é o gerente de fertilizantes da empresa.

Ronan Giuliangeli, � lho do sócio Antonio Luiz Giuliangeli, também trabalha no Grupo desde menino. Estudou, se preparou para fun-ções dentro da Agro100 e hoje é o gerente de mercado, responsável por toda a comercializa-ção do setor de grãos.

Matheus Garcia, � lho do sócio João Fer-nando Garcia, também está na lida dentro da empresa. Trabalha no departamento de marketing e vem procurando o seu espaço dentro dos negócios do pai.

Matheus acompanhando seu pai, João Fernando Garcia, nas

atividades da Agro100

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Aos 84 anos, o pioneiro de Sertanó-polis, Antônio José Terassi, cultiva com os � lhos Maurílio e Jair seus

200 alqueires de lavouras. Em meio à fro-ta de tratores, caminhões e colheitadeiras, guarda a bicicleta Prosdócimo que foi seu único meio de transporte.

Em 1935, Pedro Terassi, paulista de San-ta Rita do Passa Quatro, desembarcava com esposa e seus oito � lhos, na Água do Cerne, em Sertanópolis. Família grande, ideal para derrubar os 15 alqueires de terra e formar lavoura de café. Entre os oito irmãos esta-va Antonio José Terassi, com pouco mais de três anos de idade.

Os irmãos e as irmãs casaram-se e segui-ram suas vidas. Ele continuou com os pais e por causa da idade deles, mudou-se para a cidade. Mas continuou trabalhando na la-voura. Todos os dias fazia o trajeto de cinco quilômetros entre a cidade e o seu primei-ro sítio pedalando sua bicicleta da marca Prosdócimo, seu único meio de transporte, conservada com carinho e ainda rodando perfeitamente.

Continuou cultivando café e cereais. Com os � lhos, Maurílio e Jair, foi tocando a vida. Em 1976, se associou aos sobrinhos Mauro Terassi e Osvaldo Terassi e compraram um sítio em Rolândia. Nesse mesmo ano, con-ta Antonio José Terassi que comprou o seu primeiro trator, um Massey Ferguson 65X, ano 1969. Os equipamentos eram um arado e uma gradinha e foi o começo de tudo.

O café estava em decadência. Mas ele e

os dois � lhos teimaram mais um pouco com a lavoura. Mas se rendeu ao plantio de soja. Separou a sociedade com os sobrinhos. E com a cultura, muito trabalho e economia foram comprando mais terras. “Todos os anos a gente conseguia comprar mais um sí-tio”, lembra Maurílio. Hoje eles plantam 200 alqueires de soja e milho, sem nenhum � -nanciamento, comprando somente à vista.

Antonio José Terassi conta como eles conseguiram acabar com a dependência dos � nanciamentos bancários. Ele tinha � nan-ciado uma lavoura de trigo, a safra frustrou e ele acionou o Proagro. O técnico do ban-co foi na lavoura e fez a avaliação. Tudo que ele conseguiu na área entregou para o Go-

verno e no � nal, quando foi fazer o acerto, ainda devia dinheiro no banco. Reclamou e garantiu que tudo que tinha colhido tinha sido entregue para quitar o � nanciamento. Não adiantou, o que contou para o banco foi a avaliação do seu técnico. Pagou a conta in-devida e jurou que nunca mais pegaria um tostão de � nanciamento.

“Nos primeiros anos foram difíceis. Com pouco dinheiro tivemos que nos virar com o que tínhamos. Guardávamos parte da co-lheita ensacada, sutávamos os grãos de soja e trigo da safra anterior para usá-los como semente. Assim, conseguimos plantar e co-lher sem precisar de � nanciamento. Hoje nos orgulhamos de não precisar de banco para plantar as lavouras ou comprar nos-sos equipamentos. Compramos à vista e as-sim conseguimos os melhores preços para baixar nossos custos de produção. Pra nós, agência de banco só serve para esconder da chuva e descontar cheques que recebemos de terceiros”, diz Maurílio.

A família Terassi vive para o trabalho, exemplo do “seo” Antônio José Terassi, que não precisa mais pedalar os cinco quilôme-tros na sua velha Prosdócimo para traba-lhar, mas acompanha diariamente o traba-lho dos � lhos Maurílio e Jair e do neto, José Mario Terassi, de 16 anos, � lho de Maurílio, que aprendeu desde cedo lidar com máqui-nas e é um apaixonado pelo que faz.

Da velha “Prosdócimo” à frota de máquinas

Pioneiro

Antônio José Terassi e a sua Prosdócimo

Antônio José, Jair, Maurílio e José Mario Terassi

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Nossa Gente

Jair corre atrás da “papelada”Em 2001, Jair de Oli-

veira Branco foi con-tratado como conta-

dor da Agro100. Na época a empresa tinha 12 funcioná-rios na sede, em Londrina e um pequeno quadro de ser-vidores nas oito filiais que estavam começando no Pa-raná e no Mato Grosso do Sul. Além da contabilidade, tinha mais os setores de fa-turamento, cobrança, finan-ceiro, estoque e vendas. Mas todos os funcionários faziam de tudo um pouco.

Jair ficou até 2008 como responsável pela contabili-dade, aí passou a ser assessor da diretoria. Passou a cuidar dos licenciamentos do Gru-po Agro100 junto aos órgãos oficiais, dos contratos de arrendamentos de área para plantio, financiamentos, escrituras e registros. Toda a parte legal, incluindo

os negócios particulares dos sócios do Grupo.

Esse trabalho requer muita organiza-ção, confiança da diretoria da empresa

e bom relacionamento junto aos órgãos públicos, bancos e clientes.

Ele diz que gosta muito do que faz. “Meu trabalho não tem rotina. Cada dia faço coisas diferentes. Trato com assuntos variados e com mui-tas pessoas. Não me estressa nunca. Diferente do que fa-zia na época que trabalhava somente na contabilidade.”

Quanto à empresa, Jair diz que trabalhar na Agro100 é muito bom. “Primeiro tenho muito orgulho de ter parti-cipado do crescimento do Grupo Agro100. E hoje te-nho liberdade e confiança dos diretores para trabalhar. Como profissional me sinto

realizado”, finaliza.Jair é casado com a senhora Mari Car-

men e tem uma filha, Stephanie, de 25 anos.

Cesar, da roça para estoquistaCesar Correa Gomes,

nosso estoquista na fi-lial de Sertanópolis,

trabalhou duro na roça, no sítio da família na Água do Piza, até os 18 anos, quando se mudou para a cidade para morar com uma moça, sua companheira até hoje.

Ele conta que na cidade, com pouco estudo, teve que enfren-tar de tudo na diária. Até que arrumou um emprego com o produtor José Luiz Babugia, mudou-se para a Setilha e pas-sou a fazer de tudo na lavoura. “O Babugia foi como um pai pra mim, aprendi muito com ele.”

Seis anos depois, em 2001, saiu da fazenda e voltou para a cida-de. Sem emprego, passou na filial da Agro100, pediu emprego para Anto-nio Luiz Giuliangeli, o sócio da empre-sa que ficava em Sertanópolis e recebeu

a resposta que poderia começar no dia seguinte. Ficou um tempo de ajudante do Celso Pazinato, no estoque da filial. Serviço braçal. “Um dia precisava levar produtos para Londrina e o Celso sabia

que eu dirigia e pediu para eu ir com o caminhão. Passei a ser motorista da filial, buscando produtos em Londrina ou car-regando no depósito de Serta-nópolis e entregando nas pro-priedades dos clientes”, conta.

Mas continuava a fazer de tudo, inclusive ajudando no plantio das lavouras do Gru-po Agro100, quando o serviço apertava. Em 2008, passou a ser estoquista do depósito de agro-químicos e Celso ficou no de fertilizantes.

Aos 43 anos de idade e mais de 15 na empresa, Cesar é cate-górico: “fiz minha vida aqui na Agro100”.

Cesar é casado com Edilelsa dos San-tos, com quem tem três filhos, Júnior Cesar Correa Gomes, com 21 anos; Joice Correa Gomes, com 20; e Cesar Correa Gomes Filho, de 8 anos.

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