análise sobre a guerrilha do araguaia

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Análise Sobre a Guerrilha do Araguaia (1N) Partido Comunista do Brasil (PC do B) "Camaradas Na ultima reunião do CC foi apresentado um relato objetivo do trabalho de preparação da luta armada em varias regiões do BRASIL, após a reorganização do Partido. Deu-se particular atenção aos preparativos, desencadeamento e desenvolvimento da resistência armada no ARAGUAIA. Nesta reunião, se discutira essa experiência. A guerrilha no Sul do PARÁ sobrevive há mais de 3 anos. Nenhuma luta com esse caráter em nosso país sustentou-se durante tanto tempo. As tentativas depois do golpe de 1964 fracassaram em poucos dias. É o caso do levante do Coronel CARDIM, no RIO GRANDE DO SUL, a preparação armada na Serra do CAPARAÓ , a guerrilha do VALE DA (sic) RIBEIRA, a guerrilha urbana dirigida por MARIGHELA , etc. Importância Política da Luta no Araguaia A resistência armada no ARAGUAIA verificou-se quando a ditadura já imperava há oito anos no pais. Na época, os militares consideravam como liquidada a oposição ao regime fascista. Acendeu-se então uma chama que ilumina a estrada que deve ser trilhada pelo nosso povo na busca de sua libertação. Este exemplo é um poderoso estímulo para todos os

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Análise do PcdoB sobre a guerrilha

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Anlise Sobre a Guerrilha doAraguaia(1N)Partido Comunista do Brasil (PC doB)"CamaradasNa ultima reunio do CC foi apresentado umrelatoobjetivo do trabalho de preparao da luta armada em variasregies do BRASI! ap"s a reorgani#ao do $artido% &eu'separti(ular ateno aos preparativos! desen(adeamento edesenvolvimento da resist)n(ia armada no ARA*+AIA% Nestareunio! se dis(utira essa e,peri)n(ia%A guerrilha no Sul do $AR- sobrevive h. mais de / anos%Nenhuma luta (om esse (ar.ter em nosso pa0s sustentou'sedurante tanto tempo% As tentativas depois do golpe de 1234fra(assaram em pou(os dias% 5 o (aso do levante do CoronelCAR&I6! no RI7 *RAN&8 &7 S+! a preparao armada naSerra do CA$ARA9 ! a guerrilha do :A8 &A ;si(< RIB8IRA! aguerrilha urbana dirigida por 6ARI*=8A ! et(%Importncia Poltica da !uta no AraguaiaA resist)n(ia armada no ARA*+AIA verifi(ou'se >uando aditaduraj.imperavah.oitoanos nopais% Na?po(a! osmilitares (onsideravam (omo li>uidada a oposio ao regimefas(ista% A(endeu'se ento uma (hama >ue ilumina a estrada>ue deve ser trilhada pelo nosso povo na bus(a de sualibertao% 8ste e,emplo ? um poderoso est0mulo para todosos patriotas e revolu(ion.rios% 7 $C do BRASI! a frente dessaluta! (olo(a'se (omo a fora mais (onse>@ente na luta (ontraa ditadura% Comisto aumenta seu prest0gio no seio das(orrentes progressistas do pa0s e no e,terior%Aato pol0ti(o a assinalar ? >ue na .rea onde se desenvolvea luta guerrilheira! mais de 2BCda populao passouaapoiar os (ombatentes do povo% A prin(ipio! Apoio 6oral% Amassa mostrava'sesimp.ti(a aos guerrilheiros! apesar detodootrabalhoreali#adopeloinimigo(omoobjetivodeamedronta'laeengan.'la% Aseguir!aajudapassouasermaisativa% Al?mdosalimentos! au,ilionatransmissodeinformaes e na a>uisio de objetos ne(ess.rios% 8ra(omum! a massa (olo(ar sua roa a disposio dosguerrilheiros% Sua integrao (om os guerrilheiros (res(eu atal ponto >ue estes reali#avam trabalho produtivo junto (omosmoradoresemsuasroas% $opularesfa#iampropagandada guerrilha% 7 povo lo(al to' DAC+NA NA R8$R7&+EF7 &77RI*INAG (ombatentes% Numa fase mais adiantada da luta!organi#aram'se nH(leos da +&$;IN< alguns posseirosingressam nas foras guerrilheiras e (er(a de 4B elementoshaviamse(omprometidoaistofa#er >uandoos militaresini(iassem a /a! (ampanha% Nove parti(ipam de aesguerrilheiras sem perten(er aos &esta(amentos%"7 povo mata" uniu em torno de si pessoas de todas as(renase(amadasso(iaisJ(at"li(os! (rentes! tere(o#eiros!posseiros pobres! (amponeses m?dios! (omer(iantes! algunsfa#endeirosemesmodonosde(astanhais! Alutaelevoua(ons(i)n(iapol0ti(adasmassas! ajudou'aaver >uemsoseus amigos e seus inimigos! despertou'a para as (ausas dasituao de mis?ria em >ue vive% A ditadura no (onseguiumobili#ar e organi#ar o povo no (ombate K guerrilha% Liveramimensas difi(uldades em (onseguir guias% Lodas as tentativasde ganhar as massas (om o %%% INCRA e 7peraesA(iso;/N< fra(assaram%Aoi! portanto! noterrenopol0ti(o! fundamentalmentenotrabalho de massas! >ue residiu o ),ito prin(ipal daresist)n(ia armada no Sul do $ARA%Constitui fato relevante a guerrilha ter resistido longoper0odo! apesar do 8,?r(ito ter reali#ado tr)s (ampanhasmilitares! empregando (er(a do IB mil homens% 7s&esta(amentos armados fi#eram algumas aes militares >uetiveram grande reper(usso pol0ti(a na regio% Conseguiramalgumas armas! provises e li>uidaram soldados e bate'paus%No ARA*+AIA forjaram'se verdadeiros revolu(ion.rios% Aalta (ons(i)n(ia pol0ti(a! as difi(uldades da luta! fi#eram surgir(ombatentes firmas! eais ao $artido e ao $ovo! dispostos aosmaiores sa(rif0(ios% Com raras e,(ees! >uase todosavanaram na sua formao revolu(ion.ria! dando e,emplosde(oragem! abnegao! firme#aedis(iplina% 7ARA*+AIA(onstituiu'se numa es(ola de >uadros% &esta>ue espe(ialmere(em as mulheres >ue em todas as tarefas se igualavamaos homens% 7s >ue ali tombaram so m.rtires da luta para>ue o nosso povo tenha um futuro mais feli#% Cumpriram (omhonraseudever de(omunistas% 7s >ueaindamant?ma(hama a(esa da luta no ARA*+AIA mere(em a nossa grandeadmirao! respeito! solidariedade prolet.ria%*rande importMn(ia pol0ti(a teve a luta do ARA*+AIA no(onjunto do pa0s% 8la ? insepar.vel do esforo de nosso povopara se ver livre da ditadura% Como forma mais alta de luta!ondesetorna(onhe(ida! ganhaadeptose?saudada(omentusiasmo% $ode'se (onsidera'la (omo umgolpe potentesobre o regime dos militares fas(istas%Lamb?mno e,terior! a resist)n(ia armada teve umagrande reper(usso% Aoi en(arada (omo parte da grande lutados povos oprimidos por sua verdadeira eman' DAC+NA NAR8$R7&+EF7 &7 7RI*INAG " #ue Nos $nsino o AraguaiaCamaradas% 7 ARA*+AIA! >ual>uer >ue seja a sua sorte!tra# inHmeros ensinamentos paraonossopovoeparaonosso $artido >ue ? a sua vanguarda% &urante a luta tivemos),itos signifi(ativos etamb?merros edefi(i)n(ias% At? oin0(io da /a% (ampanha j. hav0amos notado diversas falhas!embora! no(onjunto! fossebastantepositivoosresultadosal(anados% 7s insu(essos mais graves o(orreram no (urso da/a% (ampanha% Sofremos uma derrota tempor.ria% &evemosa>ui fa#er ume,ame(r0ti(oeauto(r0ti(odetodaanossaatuaonoARA*+AIA! aprender(omase,peri)n(iastantopositivas (omo negativas% A dis(usso se fa# baseada numae,peri)n(ia vivida% 8ntretanto! os dados >ue temos referem'se ao per0odo >ue vai at? janeiro de 12N4% &e l. para (.! asinformaes >ue possu0mos so pre(.rias% No sabemos >ualfoi a (onse>@)n(ia do ata>ue do inimigo sobre oa(ampamento em >ue se en(ontrava a C6;4N< e elementos dedois desta(amentos! o B e o C! ata>ue reali#ado em IO dede#embro de 12N/% Lampou(o sabemos (omo reagiu a massadiante da ofensiva do 8,?r(ito% As not0(ias re(entes di#em >ueo 8,?r(ito (ontinua na .rea reali#ando operaesantiguerrilha% 8 o *eneral *eisel! em maro! tornou pHbli(a ae,ist)n(iadasguerrilhasde6ARAB-'PI6BI7-% &edu#imos!pelo>uesabemos! >uealuta(ontinua! apesar doss?riosgolpes >ue sofremos%A luta no Sul do $AR- ini(iou'se por ini(iativa do inimigo%As Aoras *uerrilheiras ainda no haviamterminado suapreparaoemtodososterrenos! >uandoforamata(adas%&iante da agresso! t0nhamos duas opesQ a< abandonar a.reaJ b< resistir de armas nas mos% $referiu'se a segundapelo fato de >ue j. havia um m0nimo de preparao e a lutase ini(iava politi(amente de maneira favor.vel% 7s resistentesapare(iam(omo v0timas da viol)n(ia da ditadura e osmilitares apresentavam'se perante o povo (om suaverdadeirafa(e de instrumento dos mais poderosos e doregime fas(ista%!$or>uealutaarmadanoARA*+AIAmanteve'sea(esadurante os vinte primeiros mesesR $or >ue ganhou o apoio demais de 2BC da populaoR Isto foi poss0vel por uma s?rie defatores dos >uais desta(amos os seguintesQ1 % IN&$G'A()" C"* AS *ASSASReali#ou'se umbomtrabalho de integrao (omosmoradores da regio% 7s guerrilheiros no eram estranhos aopovo! no (a0ram de para>uedas% Alguns viviam l. h. uns 3ou N anos% 7s laos de ami#ade entre os (ombatentes e asmassaseramestreitos! 8fetuou'seumtrabalhodeserviropovo atrav?s de atividades de assist)n(ia m?di(a!farma()uti(a! dent.ria! alfabeti#ao! (om?r(io! trabalhoprodutivo em (omum! visitas! et(% 7 trabalho pol0ti(o no eraaberto antes de (omear a luta e se o fosse no h. dHvida de>ue sofrer0amos golpes antes de nos firmar na .rea% Amaioria da populao (onhe(ia bem os nossos (amaradas os>uais eramrespeitados e>ueridos pelopovo% $or isso! aditadura no (onseguiu mobili#ar as massas (ontra osguerrilheiros%+ % "'I$N&A()" P"!,&ICA C"''$&AA orientao pol0ti(a foi (erta desde o per0odo dapreparao! ini(io e desenvolvimento da luta armada%Baseava'se na orientao program.ti(a! e t.ti(a do $artido e>ue se e,pressava! na regio! no do(umento "86 &8A8SA &7$7:7 $7BR8 8 $87 $R7*R8SS7 &7 INL8RI7R"% 7 (onflitoarmadoapresentou'se(omoresist)n(iados moradores Ksarbitrariedades do 8,?r(ito% 7 povo era vitima da ao militare apelava para as armas (omo o Hni(o re(urso para defenderseusdireitos% 7 (omuni(adonS% 1 das AA%**! es(lare(eKsmassas sobre o motivo da luta! seus objetivos e apela para>ue estas se unam! se organi#em e enfrentem o inimigo% Lodaapropagandaverbal ees(rita(on(entrava'senoata>ueKditadura militar! (ontra os grileiros e tamb?m(ontra osimperialistas norte'ameri(anos% igou'se a luta pelasreivindi(aeslo(ais(omalutapelasreivindi(aesna(io'&enun(iou'se as manobras do INCRA! da 7perao ACIS7! avenda de grandes e,tenses de terra aos ameri(anos! aentrega do min?rio da Serra dos CARAT-S! et(% Nas relaes(om as massas! respeit.vamos seus (ostumes e suas(renas! no se dis(utia religio e se tomava parte nas suassesses de re#as! respeit.vamos as mulheres e as filhas dos(amponeses! tudo>uese(ompravasepagava% 8ssanossa(onduta nos distinguia! dos militares >ue! por ondepassavam! (ometiam as maiores brutalidades% Nossa pol0ti(afoi uma pol0ti(a de massas!>uese apoiava noprin(0pio deunir todos os >ue possamser unidos! neutrali#ar os >uepossamser neutrali#ados! e ata(ar os >ue devemserata(ados% 7 resultado dessa orientao (orreta foi a (riaode uma base pol0ti(a na regio! embora elementar! o ingressode elementos de massa na guerrilha! a organi#ao denH(leos da +&$ e o apoio de mais de 2BC dos moradores%- % A '$GI)" B$* $SC"!.I/AA regio es(olhida para se preparar e desen(adear a lutaarmada era boa! do ponto de vista de massa! mata e re(ursosnaturais% =ouve uma justa (ombinao do fator mata emassa%Apopulao?(onstitu0daporposseiros!sendo>uemais de UBCera gente pobre% Alguns vierampara ali!e,pulsos de outras regies% 8mborafosse uma populaopoliti(amente atra#ada! odiava os grileiros! a pol0(ia epro(urava ter a sua terra% $oten(ialmente ? uma massafavor.vel K Revoluo demo(r.ti(a e antiimperialista% Na .reae na periferia o(orriam (ho>ues (om os grileiros! por motivode terras% A densidade popula(ional era regular! in(luindo'se aperiferia% As maiores (on(entraes esto na beira doARA*+AIA! diminuindo K medida em >ue dela se afasta parao interior da mata% A regio liga'se (om *7I-S e 6ARAN=F7!tamb?m (om 6AL7 *R7SS7! podendo por isso e(oar nesses8stados a luta travada no ARA*+AIA% 5 toda (oberta de mata%8sta foi umaliado poderoso da guerrilha! sobretudo naprimeira e segunda (ampanhas% A .rea tinha pou(as estradas!muita (aa! frutos! palmito e era auto sufi(iente em produtosagr0(olas% 7fatodeaguerrilhaestarlo(ali#adanuma.rea(oberta de mata! (om pou(as estradas! (om re(ursos naturaise aliment0(ios foi fator favor.vel a sua sobreviv)n(ia% Na faseini(ial! tratando'se de uma fora pe>uena! (om pou(ae,peri)n(ia e armas inefi(ientes! a mata tem enormeimportMn(ia% $rotege a guerrilha dos ata>ues a?reos! dosblindados edaartilharia% Ae,ist)n(iadepou(asestradasdifi(ulta o (er(o do inimigo%0 % "rienta12o *ilitar3 no 4undamental3 Correta(At5 o incio da -a6 campanha)6Aorientaopartiadofatode>ueaguerrilhaeraumaforape>uena! (ompou(ae,peri)n(iamilitar!mal armada!respons.vel peloHni(ofo(odelutaarmadanopa0s% 8oinimigo era forte militarmente% Loda a ao militar foie,aminada de um ponto'de'vista pol0ti(oJ se (ontribuiria ounoparamaior ligaoda guerrilha(omas massas% 8ms0ntese a orientao foi a seguinteQ >uando o inimigo entravana#onadaguerrilha! dev0amosre(uar e(on(entrar nossafora em (ada &esta(amentoJ a partir de informaes(on(retas! adotar alinhadeao% Seoinimigoreali#asseuma grande operao! dev0amos fi(ar re(uados nos refHgios%Seaoperao?demenor envergadura! sedeviareali#aralgumas aes militares e trabalho de massa% Admitimos(omo prin(0pio estrat?gi(o fundamental ' a sobreviv)n(ia%8sta signifi(avano reali#ar aes >ue levassemaperdadesne(ess.ria de (ompanheiros! evitar (ombates frontais!(onhe(er bem o terreno e ter .reas de refHgio% 7 prin(ipio dasobreviv)n(ia estava ligado K perspe(tiva de >ue a luta seriaprolongadae>ueae,ist)n(iadeumfo(oarmadojogavapapel relevante na situao na(ional% Como forma prin(ipal delutaarmada! adotou'seapropagandaarmada% Ae#'semaispropaganda pol0ti(a e menos aes militares% A propagandavisava e,pli(ar Ks massas os objetivos da luta! elevar a sua(ons(i)n(iapol0ti(a! ganhar oseuapoio! estender anossainflu)n(ia e (riar uma base pol0ti(a na regio% A (riao dessabase tinha enorme importMn(ia na ampliao da luta armada%$ode se afirmar >ue (riamos uma base pol0ti(a! pois(ont.vamos (om o apoio e a imensa simpatia do povo%7 % Prepara12o dos Combatentes7s (ombatentes tinham uma ra#o.vel preparao pol0ti(a!ideol"gi(a e militar% Lodos (onhe(iam a orientao do $artidoeesforavam'se paraapli(a'la naregio% 7s do(umentospartid.rioseramdis(utidas! tendo'seom.,imode(uidado(om a segurana% Aa#iam'se debates sobre problemasna(ionais e interna(ionais% A R.dio prestou uma grande ajudana formao pol0ti(a dos (ombatentes% 7 preparo ideol"gi(oeraen(arado(omofundamental paraos guerrilheiros% Naseleo do pessoal! (onsiderava'se emprimeiro lugar oaspe(to ideol"gi(o% Cer(a de 2BCdos >ue foramparaoARA*+AIA (omportaram'se dignamente e honraram a tarefa>ue re(eberam% 8mbora em sua imensa maioria no tivessem(onhe(imentos militares! >uando l. (hegaram! esforaram'separa ad>uiri'los% Lodos aprenderam a atirar! alguns (hegarama ser bons atiradores! aprenderam a (aminhar bem na mata!a orientar'se! sobreviver! et(% 7Curso 6ilitar >ue foi alielaborado e ministrado! (ontribuiu muito para oaperfeioamentodopessoal% 8depoisalutaensinoumaisainda% Sem esse m0nimo de preparao militar e de(onhe(imento do terreno! seria muito dif0(il enfrentar oinimigo%8 % A 'eser9a de Pro9is:es=avia uma (erta preparao log0sti(a% Ainda! >ue naregio houvesse re(ursos aliment0(ios! organi#aram'se! antesda luta! v.rios dep"sitos (ommedi(amentos! alimentos!roupas! p"lvora! et(% Istoserviudeapoioaosguerrilheiros>uandoforamata(adospelosmilitares% Aguerrilhare(uoupara .reas de refHgio e durante algumas semanas evitou deter >ueseapro,imar da(asadosposseirosapro(urade(omida! o >ue seria perigoso! por>ue o inimigo vigiava esseslo(ais% No desenvolvimento da luta! foram(riados novosdep"sitos de alimentos >ue desempenharam importantepapel% Se faltasse esse m0nimo de proviso a sobreviv)n(ia daguerrilha tornar'se'ia dif0(il% =. momento em >ue a pressodo inimigo ? grande! obrigando a guerrilha a sumir durantemesesparaes(aparaosgolpesdoadvers.rio%$orissosone(ess.rios a (riao de dep"sitos (landestinos e pontos deapoio (landestinos >ue ajudemno abaste(imento% A lutaarmada no BRASI no (onta (om pa0ses vi#inhos amigos% &aia ne(essidade de (uidar atentamente de uma rede interna deabaste(imentos%; % Inimigo Carente de $uedevemos analisar! os >uais nos (ondu#iama sofrer umaderrota tempor.ria no (urso da ter(eira (ampanha%7 prin(ipal erro foi no ter e,pandido a base guerrilheira esimt)'larestringido%Ler(on(entradodemaisnossasforasao inv?s de disper.'las% &esde o in0(io da luta era grande onumero de (ombatente a em relao ao terreno e a massa%=aviam(er(a de NB elementos numa e,tenso de 1/B>uilVmetros por OB de fundo% No de(orrer da luta! a .rea foiaindamaisredu#ida! em(onse>u)n(iadasbai,assofridaspelo&esta(amento"C"% 8ste! apartir demarode12N/apro,imou'se mais da .rea do &esta(amento B! restringindo'se assim a sua .rea de atuao% A partir de agosto! passou aatuar junto (om o B% 7 &esta(amento A tamb?m fi(ou muitotempo preso a .rea de A7RLA8WA! >uando podia terampliado mais seu (ampo de in(urses% Ai(ou'se demasiadoamarrado ao territ"rio j. trabalhado politi(amente% Neste j.no seria ne(ess.rio fi(ar tanta gente! uma ve# >ue asmassas nos apoiavamabertamente% Lratava'se de dei,aralguns elementos para(onsolidar otrabalhodemassas eorgani#ar mais o povo% 7utros elementos podiam deslo(ar'separa outras .reas tendo em vista a abertura de novas frentesguerrilheiras% 8sta hip"tese j. vinha sendo dis(utida mas nofoi levada K prati(a% A(hava'se >ue era ne(ess.rio (onsolidarmais o trabalho de massa! pois muitos moradores ainda notinham sido atingidos (om a nossa propaganda% =aviatamb?ma perspe(tiva de >ue o 8,?r(ito podia voltar a>ual>uer momentoeerane(ess.rioter opessoal amao%Alem disto! haviam as promessas da entrada de (er(a de 4Belementos depois da volta do 8,?r(ito% 7 deslo(amento paraoutras .reas seriainteiramente(orreto! por>ueestenderiaainda mais nossa influen(ia pol0ti(a! nosso (ampo de manobratornar'se'ia maior! obrigando o inimigo a dispersar mais suasforas%8ste erro se agravou (om a de(iso da C6! em novembrode12N/! defundir os/desta(amentos% Aid?iadafusopartiu do fato de >ue! reunidos! os / teriam mais poder defogo! melhores (ondies para reali#ar aes armadas e um(omando mais atuante a efi(iente% Al?m disso! as foras dos &esta(amentosBeCtinham'seredu#idoe(omasbai,assofridas% 7C(ontava somente (om 14 elementos e o B (om 1I elementos%A de(iso de fundir os / no (hegou a se (on(reti#ar% Apesardisto! aC6fi(ou"amarrada" aessaresoluo% Xuandooinimigo! na /a! (ampanha a(ossou fortemente osguerrilheiros! a C6 manteve unidos os desta(amentos B ( C erumou para a .rea de A (om vista a unir toda a fora% Comisto! redu#iu'se enormemente a .rea de manobra! fa(ilitandoa perseguio do inimigo% Cometeu'se umerro t.ti(o aomanter as foras (on(entradas numa pe>uena .rea ao inv?sde dispers.'las numa grande .rea% 8m (onse>@)n(ia! no diaIO de de#embro sofremos um s?rio golpe% 7 inimigo ata(ou(om grande superioridade de fora o agrupamentoguerrilheiro de 1O elementos! onde se en(ontrava a C6! Nosabemos o >ue o(orreu (om on#e dos (ompanheiros >ue a0estavam! in(lusive tr)s elementos da C6% &epois dessa ao!o 8,?r(ito (on(entrou mais fora na .rea do A! (riandoproblemas s?rios para o &esta(amento >ue h. mais de doismeses no mantinha (ontato (om o inimigo%5 admiss0vel a (on(entrao de v.rios desta(amentos paraaes de maior vulto! mas esta (on(entrao deve serespor.di(a e no permanente% Na>uela situao (on(reta!essade(isofoi in(orreta% 8mfa(edaofensivainimiga! o(erto seria a disperso% +mgrupo grande torna'se maisvulner.vel! mais lento! dei,a mais rastros! temmaioresdifi(uldades para se abaste(er% &ispondo de tropas m"veis ebemarmados! o inimigo temmaior fa(ilidade para obter(ontato (om os desta(amentos! parti(ularmente seguindo osrastros! o >ue o(orreu varias ve#es%A e,peri)n(ia mostrou >ue! se tiv?ssemos ampliado maisa nossa .rea de atuao e dispersado nossas foras ter0amosevitado ou pelo menos diminu0do os golpes sofridos%7utroerro! podeser (onsideradoodenotermosnosprevenido (om refHgios distantes para a hip"tese de ter >uesair da .rea no (aso de forte presso inimiga% 8mborativ?ssemosv.riosrefHgiosdentroda.reaguerrilheira! no(uidamos de prepara'los em lugares bem afastados da #onaondeatu.vamose>uepoderiamser usadosnos(asosdee,trema ne(essidade% A (riao desses refHgios distantes foidis(utida! mas no (hegoua se, (on(reti#ada por>ue sea(reditava >ue os refHgios e,istentes seriamsufi(ientes%A(onte(e >ue o 8,?r(ito na /a% (ampanha vas(ulhou toda a.rea! in(lusive as de refHgio! espalhou patrulhas em todas asdirees pro(urando estabele(er (ontato (oma guerrilha%Nestas (ondies tornou'se dif0(il a situao dos (ombatentes>ue fi(aram sem lo(ais seguros onde se refugiar%7utras falhas se verifi(aram% 8ntre estas a de no termosli>uidadoalgunsbate'paus(onhe(idosee,pulsadoda.reaelementos suspeitos de >ue para l. foramenviados peloinimigo% 8mbora tivessemos li>uidado tr)s bate'paus! outrosbem (onhe(idosJ no o foram! apesar de prati(amente teremestadoemnossas mos% 8sses bate'paus! >ue(onhe(iammuito bem a regio! a(abaram (riando s?rios problemas paran"s% 8leseramguiase(olaboradoresefetivosdo8,?r(ito%Xuantoaos elementos suspeitos! eles estavamlo(ali#adosdentroda.reaeserviriamdepontodeapoioaoinimigo%Nossa pol0ti(a (om eles foi tolerante% &ev0amos t)'lose,pulsados% Chegou'se a tomar ama de(iso a esse respeito!mas muito tardiamente%Consideramos tamb?m >ue nem sempre fi#emos um justoaproveitamento dos elementos de massa na guerrilha% =ouvede nossa parte pre(ipitao em tra#er para o grupo armado(ertos elementos >ue poderiam prestar maior servio fora dosdesta(amentos% $odiam ter fi(ado! aparentemente neutros! afimdeajudardiversostiposdetrabalhoJprestariammaior(olaborao na infra'estrutura! por e,emplo% A luta mostrou>ue (om uma pol0ti(a (orreta ganha'se muitos (ombatenteslo(ais% 5ne(ess.riotrat.'lossemdis(riminaes! levar em(ontaseu% n0vel de(ons(i)n(ia! ajuda'losasetornarbons(ombatentes em todos os sentidos% Isto a(onte(eu (om v.rioselementos% Aprenderamaler!eavanarampoliti(amenteeajudaram bastante (om sua e,peri)n(ia de mata e de roa%7utros! por?m! no aprovaram plenamente% 5 o (aso de tr)sjovensre(rutados% 8lesvieramnoper0ododatr?guaenabase do entusiasmo% 6as diante das difi(uldades! surgidas na/a% (ampanha! desistiram de (ontinuar% No &esta(amento B!a desero de um desses jovens (riou s?rios problemas pois(onhe(ia a .rea! alguns amigos e os dep"sitos% Aoi erro dei,a'lo (onhe(er dep"sitos% Alem disto! a desero pode reper(utirmal no meio da populao e ser aproveitada pelo inimigo% =.ne(essidade de tra#er os jovens! mas (onv?m! primeiro!(onhe()'losmelhor efa#)'lospassar por (ertoest.giodepreparao% Na fase mais avanada! ser. mais f.(il a entradasem preparao desses jovens% 6as na fase ini(ial! ? pre(isofa#er melhor seleo%Aresist)n(ia armada revelou! igualmente! defi(i)n(ias%+mas e,istiam j. antes da lutaJ outras manifestaram'se no(urso da resit)n(ia% :ejamos algumasQ1) ?IGI!@NCIA $ $SP,'I&" *I!I&A'A maioria dos (ompanheiros tombados na luta! morrerampor falta de vigilMn(ia% Na mata! o (ampo de viso ? pe>ueno!asurpresaest.presentea(adamomento% Nasuamaiorparte os (ho>ues se do de modo repentino% $or isso! impe'se uma aguda vigilMn(ia% Xual>uer des(uido! (o(hilo ou ru0dopode signifi(ar a morte de (ombatentes% Xuando se ini(iou a/a% (ampanha! perdemos O bons (ompanheiros nodesta(amento A! por falta de vigilMn(ia! j. durante a 1a! e aIa! (ampanhas t0nhamos perdidos v.rios elementos no&esta(amento C pelo mesmo motivo% Nem todos os(ombatentes tinham a vigilMn(ia aguada% 8sta e,ige >ue oguerrilheiro esteja! sempre atento e nun(a es>uea >ue estaemguerrae>ue>uem?surpreendidolevadesvantagens%Livemos e,emplos positivos! (omo o de 7S:A&7e de6+N&IC7 >ue! por estarem vigilantes e atentos! li>uidaram oinimigo de surpresa%Isto se forja prin(ipalmente na luta! ainda >ue otreinamento ajude a ad>uiri'lo% 7s longos per0odos de tr?gua!em (erto sentido des(ondi(iona o (ombatente! se no houver(onstante e,er(0(io% Compreendemos >ue ter esp0rito militar ?estar sempre pronto para o (ombate! (om a arma na mo oupr",ima! em (ondies de usarJ e estar todo tempo de olhosabertos e ouvidos atentosJ falar bai,o e >uando houverne(essidade! no fa#er ru0do no a(ampamento ou >uando emmar(haJ no dei,ar rastro% 5 obede(er imediatamente ordensdo (omando! ter refle,os r.pidos! atirar (om rapide#! andarligeiro >uando a situao e,igir! e ter (oragem ao enfrentar oinimigo! et(% Nossos (ompanheiros vinham ad>uirindo todasestas >ualidades guerrilheiras! porem! ainda faltavamuitopara se tornaram mais >ualifi(ados!+) CA'>NCIA /$ '$/$ /$ IN4"'*A(A$S5 sabido >ue o ),ito das aes guerrilheiras depende deinformaes pre(isas e oportunas! A sobreviv)n(ia daguerrilha subordina'se emparte a umbomservio deinformaes (apa# de forne(er dados sobre o movimento e seposs0vel dos planos do inimigo% Nossas informaes eramforne(idas pela massa! de maneira espor.di(a% No t0nhamosumarededeinformaesorgani#ada% Naperiferiasomentepou(o antes da /a% (ampanha ? >ue obtivemos algumasinformaessobreoinimigo% AC6talve#tivesseadotadooutra t.ti(a se tivesse not0(ias mais pre(isas sobre amovimentao e o numero de soldados inimigos% $ensava'se>ue o numero de soldados era pe>ueno% Atuar seminformaes ou (om informaes tardias ? o mesmo >ue agirno es(uro! semsegurana% A e,peri)n(ia indi(ou >ue oservio de informaes organi#ado ? essen(ial para aguerrilha% &ela muito depende a sobreviv)n(ia e seus ),itosnas aes militares%-B '$/$ /$ C"*CNICA(A$S8m abril de NI! >uando fomos ata(ados! est.vamos dandoos primeiros passos paraa organi#ao de uma rede de(omuni(aes% 7 >ue e,istia era muito pre(.rio% $or isso! aresist)n(ia fi(ou sem (ontato (om o CC durante a maior partedo tempo! e hoje sofremos as (onse>@)n(ias disto% 8sta faltademaior (ontatoimpediu>ueaguerrilhare(ebessemaisajuda pol0ti(a e material% =avia pou(o dinheiro em mos dos(ombatentes% A massa ajudava (om alimentos! roupas! redes!et(%! masela?muitopobre% Nater(eira(ampanha! havia(ar)n(ia de bHssolas! roupas! sapatos! pl.sti(os e algunsrem?dios% 8sse desligamento tamb?m no permitiu >ue novos(ombatentes (hegassemdas (idades! os >uais poderiam(ontribuir paraampliar mais a .rea daluta epreen(her oslugares va#ios dei,ados pelos >ue morreram% Livemos um anode tr?gua no >ual poder0amos ter (ompletado o >ue no foifeitonafasepreparat"ria% Infeli#menteos golpes sofridospelo $artido nas (idades tamb?m(ontribuiu para isso% 7(ontato(omadireopossibilitariaaestare(ebermaioresinformaes sobre a luta! permitiria maior e melhorpropaganda% &eoutraparte! (onv)mdesta(ar >uenossas(omuni(aes internas na .rea eram feitas por mensageiros ap?! a (ada IB ou IO dias havia (ontato entre osdesta(amentos e a C6% 7s mensageiros levavam! ida e volta!de 4 a U dias% Nesses (ontatos havia o ris(o de haver (ho>ues(omsoldados% A demora nas (omuni(aes difi(ultava ore(ebimento de informes valiosos e a (oordenao de nossasforas% 7 inimigo! porem! dispunha de (omuni(aes r.pidase efi(ientes! usando r.dios e outros re(ursos% A e,peri)n(iamostrou >ue ne(essitamos de meios de (omuni(ao r.pidos!efi(ientes e seguros! tanto internos (omo (om o e,terior% 5ne(ess.rio (uidar atentamente desse problema pois a t.ti(adoinimigovisaemprimeirolugar aisolar aguerrilhadamassaedos(entrosdesustentao% Sabe>ueimpedindoessas (omuni(aes! a tarefa de li>uidar a guerrilha torna'semais f.(il% %0) A'*AS $ $DP!"SI?"S /$4ICI$N&$SNossasarmasdeummodogeral noeramboaseseupoder de fogo bem pe>ueno% 8n>uanto d.vamos um tiro! oinimigo podia dar IB no mesmo tempo! 7 (ombatente (omuma arma boa tem mais (onfiana em si% +ma boametralhadora pode paralisar um grupo inimigo! porem! umaespingardano% :ariasve#esnoseli>uidousoldadospordefeitodaarma% 7inimigosabia>uenossasarmaserampre(.rias% Se re(ebessem algumas rajadas de metralhadoras!viriam (om mais (uidado! t0nhamos alguns fu#is e no assaltoao$osto$oli(ial (onseguimosmaisseis% 8ramantigoseamaior parte se perdeu na luta% A arma no ? o fator de(isivo!mas jogaumpapel important0ssimo% :alemuitomais umguerrilheiro preparado ideologi(amente e armado de fu#il AAdo >ue (om uma espingarda de (artu(ho% A orientao atualdo 8,?r(ito ? ata(ar em resposta ao tiro >ue re(ebe e noimobili#ar'se! isto por>ue possuemarmas autom.ti(as% Afalta de e,plosivos! p"lvora! dinamite! et(% impediu >uefabri(.ssemos minas% 7 uso de minas (riaria s?riasdifi(uldadesaoinimigo%L0nhamospou(ap"lvora! emgeral!reservadapara(artu(hos deespingarda% $ou(as foramasarmas >ue (onseguimos no (urso da luta% No pegamos umas" metralhadora%7) " PA'&I/" NA P$'I4$'IANo havia $artido no 8stado de *7I-S! $ARA e no6ARAN=F7! e,istia somente um pe>ueno nH(leo% &urante apreparaonoforam(riadasorgani#aespartid.riasnas(idadesperif?ri(asda#onaguerrilheira% &opontodevistaorgMni(o! a guerrilha fi(ou isolada do (onjunto do $artido% Aaus)n(iadeorgani#aes do$artidonas pro,imidades da.rea! refletiu negativamente na ampliao da luta! no terrenode massas e em todos os sentidos% A e,ist)n(ia do $artidopoderia ajudar nas informaes! (omuni(aes!es(lare(imento do povo! elevao de sua (ons(i)n(ia! pol0ti(a!re(rutamento para a guerrilha e na abertura de outrasfrentes% Com um trabalho do $artido entre o povo! a ajudadeste seria maior e tamb?ma reper(usso da luta naperiferia% A e,peri)n(ia mostra >ue ? ne(ess.rio aorgani#ao do $artido nessas .reas nevr.lgi(as! semae,ist)n(iadelasoinimigotemmais fa(ilidadedeisolar aguerrilha! territorialmente%8ssas! (m linhas gerais! foram nossas defi(i)n(iasprin(ipais e >ue influen(iaram negativamente nodesenvolvimento da luta armada no Sul do $ARA%Camaradas% $or>ue (ometeram'se esses erros R Xuais assuas (ausas R A derrota era inevit.vel R$ensamos >ue no era inevit.vel% 7s golpes poderiam tersido evitados se a C6 no (ometesse algumas faltas s?rias%7s erros se devem! a algumas (on(epes falsas em nossomeioeanossafaltadee,peri)n(iamilitar%=ouvegrandesubestimao do inimigo% 8sta subestimao aumentou (om ofra(asso das duas primeiras (ampanhas do 8,?r(ito nas >uaisos soldados somente andavam nas estradas! (aminhos! roasou beirando grotas! (ampanhas de (urta durao! no per0ododase(a% L0nhamosa(ompreensode>ueo8,?r(itonoentrariaafundonamatae>uenestaestar0amosseguros!>uenoentrariamna?po(ada(huva! >uenopoderiamfa#er longas (ampanhas por difi(uldades log0sti(a! >ue seria!muito dif0(ilreali#ar o (er(o! pois nosso (ampo de manobraera favor.vel% 8stes pontos de vistas >ue avaliavamdemaneirain(orretaaspossibilidadesdoinimigo!influ0ramnatomada de algumas medidas >ue a vida mostrou seremindispens.veis! (ondu#iram ao rela,amento da vigilMn(ia e a(ometer algumas fa(ilidades% A t.ti(a empregada pelo inimigona /a% (ampanha nos surpreendeu% Alem disto! a (ampanhaestendeu'se por todo o per0odo das (huvas%=ouve de parte da C6 (erta tend)n(ia a (entrali#ao o>ue tolhia umpou(o a ini(iativa dos desta(amentos% 7s(ontatos de IB e IO dias amarravam demais osdesta(amentos K C6% A (entrali#ao ? ne(ess.ria! mas deveser fle,0vel% A nossa falta de e,peri)n(ia militar tamb?m noslevou a (ometer erros% A resist)n(ia do ARA*+AIA foi a nossaprimeira e,peri)n(ia pr.ti(a! o nosso primeiro ensaio! e nessesentido muitos erros so inevit.veis%S"B'$ A &E&ICA /" INI*IG"DAC+NA NA R8$R7&+EF7 &7 7RI*INAG tati(a usada pelo inimigo%7 8,?r(ito ini(iou a primeira (ampanha ata(ando ospontos de apoio (ompe>uenos efetivos% Linha! porem!mobili#ado na #ona efetivos de (er(a de O mil homens%Xueimavaasmoradias! ospai"isdearro#emilho!(ortavaarvores frut0feras! et(% $ropagou na regio >ue osguerrilheiros eram terroristas! assaltantes de ban(os!ma(onheiros! (ubanos! russos! et(% 6ontarambases emfa#endas! sedes de (astanhais e nas (idades e povoados daperiferia% $renderamalgumasde#enasdemoradoras(omosuspeitos de ligao (om os guerrilheiros% Soltou'os depois dealguns dias% 8ssa (ampanha durou (er(a de / meses% Ao ladodas medidas militares! proibiu a difuso de >ual>uer noti(iasobre a luta ;na imprensa! radio! televisoue haviatamb?malgunsbemmaiores% 8stavambemarmados(ommetralhadoras e fu#is AA% +savam roupa (ivil na mata! tenise mo(hilas% evavam rao para passar varies dias na mata!sem depender da base de operaes% 8mpregaram em grandees(ala o heli("ptero e o avio% *eralmente! os dois tipos deaparelhos operavamjuntos e (oordenados (omas forasterrestres% 8ssesaparelhoseramusadosparaotransporte!deslo(amento de tropas! (omuni(ao (ompatrulhas namata! in>uietao! et(% &e modo geral! no lo(alem >ue osheli("pteros voavam haviam tropas em bai,o! oues>uadrinhando a .rea% =ouve (asos tamb?m em >ue ondeno havia heli("pteros voando! e,istia tropa semovimentando% 7 heli("ptero! em (erto sentido! in>uietava atropa guerrilheira pois esta nun(a sabia ao (erto se tinha ouno tropa onde ela voava ou se era uma operao dedespistamento%$elos dados >ue (onhe(emos! podemos resumir! noseguinte! a orientao em pregada pelo 8,?r(itoQ aue no invalida o(aminho traado pelo nosso $artido para a (on>uista do$oder% A derrota se deve a erros na (onduo da luta e asdefi(i)n(ias>uej.foramassinaladas% Nas(ondiesatuaisdo BRASI! a (on>uista do $oder pelas foras revolu(ion.riasse far. atrav?s da luta armada no (ampo! ou seja! o (aminhodo (er(o das (idades pelo (ampo% As parti(ularidades dasituao brasileira >ue indi(avam esse (aminho nomudaram! mas ao (ontrario se aprofundaram% A ditadura setornou mais fero#! a depend)n(ia ao imperialismo (res(eu% "interior continua a ser o ponto mais d5bil da rea12o% A0as foras revolu(ionarias t)mmais (ampo de manobra!melhores(ondiesparasobreviver!sedesenvolver e(riarseu 8,?r(ito revolu(ion.rio% &evido ao desenvolvimentodesigual do nosso pa0s! tanto no plano pol0ti(o (omoe(onVmi(o! a revoluo tamb?m se desenvolver. de maneiradesigual! noamadure(eramsimultaneamenteas(ondiesparaarevoluoemtodoo(onjuntodopais% No(ampo!(res(em os (ho>ues entre os (amponeses >ue >uerem terrapara trabalhar! de umlado! e do outro os grileiros elatifundi.rios! e as empresas agro'pastoril% Asituao no(ampo ? grave do ponto de vista e(onVmi(o e so(ial% 5ne(ess.rio aproveitar essas (ondies favor.veis K revoluoparaseligarmaisaos(amponesese(riarbasepol0ti(ano(ampo% A luta armada nessa regio far. (om >ueamaduream mais rapidamente as (ondies para a revoluono resto do pais% A luta no ser. f.(il! ter. vit"rias e derrotase ser. prolongada% A par da luta armada no (ampo! ? pre(isodesenvolver a luta de massas nas (idades e tamb?mno(ampoJ (on(entrar esforos na (lasse operaria! mobili#ar osestudantes! por em movimento os (amponeses e assalariadosagr0(olas% 7 res(imento e o fortale(imento do $artido ? uma(ondione(ess.riapara(onseguir ),itonaluta! tantona(idade (omo no (ampo% 6as a revoluo no ? obra somentedo $artido ' a revoluo ? obra das massas! se as massas noestiverem (onven(idas da ne(essidade da revoluo! se elasnosepreparam! nosemobili#amenoseorgani#am!nenhumarevoluopodetriunfar%5ne(ess.riodaratenoespe(ial ao trabalho no (ampo! pro(urar estabele(er (ontato(om as bases (amponesas! para re(rutar (amponeses para o$artido%Camaradas% Como prosseguir no (aminho da preparao edesen(adeamento da luta armadaR A e,peri)n(ia doARA*+AIA tem ou no validadeR 8m suas linhas gerais temvalidade% 5 pre(iso aproveitar a e,peri)n(ia positiva! doARA*+AIA! (orrigir os erros e as defi(i)n(ias% Nas (ondiesatuais do BRASI! (om o inimigo atento! esse ? o (aminhomais indi(ado% Isto no signifi(a ser o Hni(o (aminho vi.vel% 5poss0vel >ue no esforo para levar K pr.ti(a a orientao daguerra popular apaream novas e,peri)n(ias%Sugerimos ao CC >ue se deve por em pr.ti(a medidas tais(omoQ1< 8s(olher .reas boas do ponto de vista pol0ti(o! massasemata>ueofeream(oberturaeabrigoaos(ombatentes!>ue tenha re(ursos naturais e seja auto'sufi(iente emalimentos% 8stas.reasdevemestar lo(ali#adasdemaneira>ue o inimigo no (onsiga isol.'las e >ue tenhampossibilidades de e,er(er influen(ia sobre .reas vi#inhas% &eprefer)n(ia! .reas onde haFamdisputas de terras ouatritos locais%Iue reali#amessetrabalhoespe(ial devemter"tima(oberturae n2ode9emGaHer trabalhopolticoaberto % Nestafaseaintegrao(om as massas da regio se deve fa#er atrav?s do trabalho deami#ade! respeito aos (amponeses! aos seus (ostumes!religio! et(%! assim(omo trabalho produtivo em(omum%&eve'se apli(ar o prin(0pio de S8R:IR 7 $7:7! em tudo% Atarefadeveser reali#ada(omprud)n(iaesem(hamar aateno do inimigo! Aa#'se ne(ess.rio (onhe(er bemapopulao!suas reivindi(aes! o terrenoonde operaronofuturo! et(% Na fase seguinte! as tarefas sero reali#adas dea(ordo (om a situao (on(reta% &esde >ue estejamasseguradas as (ondies para a sobreviv)n(ia e a resist)n(iano (aso de ata>ue do inimigo! ? poss0vel se fa#er um trabalhomais aberto% 5 prefer0vel >ue a luta se ini(ie (om aparti(ipao da massa! ou seja! em torno de problemas >ueela sente%/< Adisposiodos(ompanheirosnoterrenodevesermais dispersa do >ue foi no ARA*+AIA% 7s grupos podem sermenores e espalhados numa .rea maior% T. no deslo(amentodos (ompanheiros! ir definindo (om (lare#a as tarefas de (adaum! isto ?! >uem vai para os grupos armados e os >ue fi(arona infra'estrutura%8stas diferentes tarefas devem ser reali#adassimultaneamente%4