ano 13 – nº 2282 – sÃo paulo, 26 de agosto a 01 de

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Depois de 50 anos de forma- tura da primeira turma, cerca de 500 ex-estudantes forma- dos entre 1960 e 1972 no Gi- násio Estadual “Professora Tsuya Ohno Kimura” (GEPTOK), de Bastos, final- mente vão concretizar o so- nho de realizar o I Encontro dos Ex -Alunos, após mais de um ano de planejamento. O evento que acontecerá entre os dias 4, 5 e 6 de setembro reunirá formandos e seus acompanhantes no Kaikan da 50 anos depois, formandos do GEPTOK promovem encontro inédito em Bastos ANO 13 – Nº 2282 – SÃO PAULO, 26 DE AGOSTO A 01 DE SETEMBRO DE 2010 – R$ 2,50 www.jornalnippak.com.br Associação Cultural e Espor- tiva Nipo-Brasileira de Bas- tos, onde o grupo participará de uma programação com ati- vidades culturais, visita, des- cerramento de placa come- morativa no ginásio, plantio de árvores e atividades esporti- vas no Bastos Golf Club. O encontro será prestigiado in- clusive por uma ex-estudante que atualmente está na Ingla- terra de onde virá exclusiva- mente para participar do acontecimento. –––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 05 Kibô-no-Iê festeja 40 anos de fundação e mira segurança Uma sessão solene organiza- da pela Câmara Municipal de São Paulo e uma solenidade comemorativa na sede da en- tidade em Itaquaquecetuba, zona Leste da capital, come- moraram nos dias 20 e 21 de agosto, respectivamente, os 40 anos de fundação da So- –––——––––––––——–––––—–––——–––—–| pág 10 ciedade Beneficente Casa da Esperança – Kibô-no-Iê. Para o presidente da entida- de, Jairo Uemura, comemo- rar 40 anos “é ultrapassar uma etapa de um sonho que não sabe quando terá condi- ções de terminar e executar 100%”. JORNAL NIPPAK/AFONSO JOSÉ DE SOUSA O Pavilhão Japonês, no Par- que Ibirapuera (Zona Sul de São Paulo) recebe neste fim de semana (28 e 29), o 2º Encon- tro Internacional de Bonsai Brasil- Argentina. Durante todo os dois dias, das 10h às Pavilhão Japonês recebe a 2ª edição do Encontro Internacional Brasil-Argentina –––——––––––––——–––––—–––——–––—–| pág 06 —–––––——––––––––––––––——–––––––––––––—–––––——–––––––––––——––––––—–| págs 02, 9 e 12 8º OKINAWA FESTIVAL – É comum usar a expres- são “superou as expectati- vas” para dimensionar a grandiosidade de um even- to. No caso do 8º Okinawa Festival, não se trata de exa- gero. Realizado pela Associ- ação Okinawa Vila Carrão em parceria com a Prefeitura de São Paulo e a SP Turis nos dias 21 e 22, no Clube Esco- la Vila Manchester, o evento atraiu um público “muito aci- ma” do esperado pelos orga- nizadores. Embora não haja uma estimativa oficial, calcu- la-se que, “seguramente”, mais de 30 mil pessoas pas- saram pelo local nos dois dias. A previsão inicial era superar o recorde de 2008 – ano das comemorações do Cen- tenário da Imigração Japo- nesa no Brasil – quando o clube registrou a presença de cerca de 20 mil visitan- tes. 17h, haverá uma extensa gra- de de atividades relacionadas ao bonsai, mostra de cerâmi- cas regionais do Japão e va- sos para bonsai e demonstra- ções, além de atrações artísti- cas da cultura japonesa. JORNAL NIPPAK/ALDO SHIGUTI

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Page 1: ANO 13 – Nº 2282 – SÃO PAULO, 26 DE AGOSTO A 01 DE

Depois de 50 anos de forma-tura da primeira turma, cercade 500 ex-estudantes forma-dos entre 1960 e 1972 no Gi-násio Estadual “ProfessoraTsuya Ohno Kimura”(GEPTOK), de Bastos, final-mente vão concretizar o so-nho de realizar o I Encontrodos Ex -Alunos, após mais deum ano de planejamento. Oevento que acontecerá entreos dias 4, 5 e 6 de setembroreunirá formandos e seusacompanhantes no Kaikan da

50 anos depois, formandos do GEPTOKpromovem encontro inédito em Bastos

ANO 13 – Nº 2282 – SÃO PAULO, 26 DE AGOSTO A 01 DE SETEMBRO DE 2010 – R$ 2,50www.jornalnippak.com.br

Associação Cultural e Espor-tiva Nipo-Brasileira de Bas-tos, onde o grupo participaráde uma programação com ati-vidades culturais, visita, des-cerramento de placa come-morativa no ginásio, plantio deárvores e atividades esporti-vas no Bastos Golf Club. Oencontro será prestigiado in-clusive por uma ex-estudanteque atualmente está na Ingla-terra de onde virá exclusiva-mente para participar doacontecimento.

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Kibô-no-Iê festeja 40 anos defundação e mira segurança

Uma sessão solene organiza-da pela Câmara Municipal deSão Paulo e uma solenidadecomemorativa na sede da en-tidade em Itaquaquecetuba,zona Leste da capital, come-moraram nos dias 20 e 21 deagosto, respectivamente, os40 anos de fundação da So-–––——––––––––——–––––—–––——–––—–| pág 10

ciedade Beneficente Casa daEsperança – Kibô-no-Iê.Para o presidente da entida-de, Jairo Uemura, comemo-rar 40 anos “é ultrapassaruma etapa de um sonho quenão sabe quando terá condi-ções de terminar e executar100%”.

JORNAL NIPPAK/AFONSO JOSÉ DE SOUSA

O Pavilhão Japonês, no Par-que Ibirapuera (Zona Sul deSão Paulo) recebe neste fim desemana (28 e 29), o 2º Encon-tro Internacional de BonsaiBrasil- Argentina. Durantetodo os dois dias, das 10h às

Pavilhão Japonês recebe a 2ª edição doEncontro Internacional Brasil-Argentina

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8º OKINAWA FESTIVAL– É comum usar a expres-são “superou as expectati-vas” para dimensionar agrandiosidade de um even-to. No caso do 8º OkinawaFestival, não se trata de exa-

gero. Realizado pela Associ-ação Okinawa Vila Carrãoem parceria com a Prefeiturade São Paulo e a SP Turis nosdias 21 e 22, no Clube Esco-la Vila Manchester, o eventoatraiu um público “muito aci-

ma” do esperado pelos orga-nizadores. Embora não hajauma estimativa oficial, calcu-la-se que, “seguramente”,mais de 30 mil pessoas pas-saram pelo local nos dois dias.A previsão inicial era superar

o recorde de 2008 – anodas comemorações do Cen-tenário da Imigração Japo-nesa no Brasil – quando oclube registrou a presençade cerca de 20 mil visitan-tes.

17h, haverá uma extensa gra-de de atividades relacionadasao bonsai, mostra de cerâmi-cas regionais do Japão e va-sos para bonsai e demonstra-ções, além de atrações artísti-cas da cultura japonesa.

JORNAL NIPPAK/ALDO SHIGUTI

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Afonso José de SousaColaboradores: Erika Tamura Sumida, Jorge Nagao,

Kuniei Kaneko (Registro),Shigueyuki Yoshikuni (Lins), Célia Kataoka (Campinas),

Paulo Maeda (Paraná) e Osmar Maeda (Zona Norte)Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,[email protected]

BODAS DE OURO – O casal Mário eMitsuko Kavano completou 50 anos de

casados no dia 22 de agosto. A celebraçãodas Bodas de Ouro foi marcada por muitas

alegrias e emoções durante um almoçoorganizado pelos filhos para os familiares e

amigos, que nesta data tão especialprestaram várias homenagens ao casal.

Momento em que o casal recebe dos filhos o Cer-tificado de Gratidão.

Casal Kavano com seus filhosCasal com a família Nishitani

1000 TSURUS – A equipe do candidato àdeputado estadual, Elzo Sigueta, iniciou a Cam-panha dos 1000 Tsurus, confeccionando pa-péis de origami com a orientação das dobrasnecessárias para fazer a dobradura e tam-bém um passo a passo para o origami. O par-ticipante pode montar seu origami e mandaruma foto para o endereço [email protected], com sua mensagem deapoio ao candidato. A foto será inserida nosite www.elzosigueta.com.br, na seção Cam-panha dos 1000 Tsurus.

BON ODORI DE REGIS-TRO – No dia 14 de agostofoi realizado o 50° Bon Odorina Praça Beira Rio de Regis-tro. O evento teve início há 50anos no pátio do Templo Bu-dista Nishi Honganji de Regis-tro, com a participação de pou-cas pessoas – a maioria adep-tos do budismo. Hoje, meioséculo depois, homens e mu-lheres de todas as idades, in-clusive não descendentes dejaponeses, participam destafesta. Atualmente, Bon Odorié realizado com a parceria deNishi Honganji de Registro,

Bunkyo, Prefeitura Municipale RBBC e com o apoio doBanco Real-Grupo Santander,

Associação Comercial, co-mércios locais e várias pesso-as. Foto: Kuniei Kaneko

KAERU – A psicóloga Kyoko Yanagida Na-kagawa lançou no dia 19 no Bunkyo, o livroProjeto Kaeru, em parceria com a FundaçãoMitsui Brasileira e com a Secretaria de Edu-cação do Estado de São Paulo. A cerimôniacontou com a presença de algumas autorida-des e durante o evento foi registrada a entregade livros doados para o projeto pelo RotaryOshanomitsu de Tóquio (Japão) e entreguespelo integrante do Rotary Aclimação, Yoshimi-tsu Abe.Fotos: Afonso José de Sousa.Leia mais à pág. 6

8º OKINAWA FESTIVAL –A Associação Okinawa de VilaCarrão realizou nos dias 21 e22, no Clube Escola Vila Man-chester, em São Paulo, em par-ceria com a Prefeitura de SãoPaulo e a SP Turis, o 8º Okina-wa Festival. Pela primeira vez,o evento aconteceu em dois

dias. E, pelo jeito, ainda foi pou-co. A expectativa inicial da Co-missão Organizadora – superaros 20 mil visitantes – segura-mente foi alcançada, e comsobras. Não à toa, o Festival,que faz parte do calendário deeventos do município, contoucom a presença do prefeito Gil-

berto Gilberto Kassab e de vá-rios políticos, como o deputadoWalter Ihoshi, os vereadoresUshitaro Kamia e Jooji Hato,além dos candidatos Hélio Ni-shimoto e Elzo Sigueta.Fotos: Aldo Shiguti.Leia mais nas páginas 9 e12

19ª EXPO AFLORD – A 19ª Exposição daAflord prossegue neste fim de semana (28 e29 de agosto) e nos dias 4, 5,6 e 7 de setembro.A cerimônia de abertura, no último dia 21, con-tou com as presenças do cônsul geral do Japãoem São Paulo, Kazuaki Obe, e da consulesa,Eiko Obe; do deputado federal William Woo(DEM-SP); do vereador de São Paulo, JoojiHato (PMDB); do prefeito de Arujá, AbelLarini; do presidente do Bunkyo, Kihatiro Kita;e do presidente do Kenren, Akeo Yogui; entreoutros.Fotos: Aldo Shiguti.Leia mais na página 11

ANDRADINA – Nos dias16 e 17 de agosto, o prefeitode Andradina, Jamil Ono (PT),esteve presente em uma reu-nião no Ceagesp (Companhiade Entrepostos e ArmazénsGerais de São Paulo), para dis-cutir o desenvolvimento dapesca e aqüicultura em An-dradina. Acompanhado peloassessor de Desenvolvimen-to Agrário, Rosivaldo de Paulae pelo Chefe de Gabinete, Sil-vio Antônio Spegiorin, o pre-feito participou da reunião embusca de soluções para o de-

senvolvimento do setor Agro-pecuário entre as famílias dazona rural da cidade, onde a mo-tivação à prática da pesca, pis-

cicultura e agricultura foramos principais focos para o de-senvolvimento e melhoria dequalidade de vida

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São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010 JORNAL NIPPAK 3

ELEIÇÕES 2010

Victor Kobayashi se baseia emações sociais do IPK para se eleger

Dar um posicionamentode como está a cam-panha eleitoral nas

eleições deste ano e apresen-tar os objetivos, foram dois dosmotivos que levaram o candi-dato a deputado estadual pelacoligação PSDB/DEM, VictorKobayashi, a visitar a redaçãodo Jornal Nippak na tarde dodia 19 de agosto. Na ocasiãoele destacou a importância dotrabalho desenvolvido pelo seupai, o ex-deputado estadualPaulo Kobayashi (in memori-am), que teve 30 anos de vidapolítica e após o seu falecimen-to o tucano se viu na obriga-ção de dar continuidade dasações realizadas pelo seu exparlamentar, de apoio a comu-nidade, as entidades sem finslucrativos e de realizações naárea social e comunitária.

De acordo com candidatodo PSDB a campanha estácaminhando bem, desde o anopassado ele vem fazendo umtrabalho de projetos sociais eapoios às entidades nikkeis decidades do interior de São Pau-lo. Desde janeiro de 2008quando acabou a campanha decandidato a vereador ao rece-ber 14.400 mil votos, VictorKobayashi percebeu que ostrabalhos que realizou atravésdo Instituto Paulo Kobayashi(IPK), deram resultado. Tan-to que muitas entidades no in-terior começaram a telefonarpara demandar projetos de aju-da nos eventos. Após retomara presidência do IPK começoua expandir as ações para o in-terior de São Paulo, onde teveuma receptividade muito boa.

Alckmin – “Conseguimos re-alizar ações sociais concretase efetivas apoiando as entida-des nikkeis desde 2009 e aspessoas começaram a ver ecomentar que se promovemosestes atos comunitários deapoio, quer dizer que quandoeleito pode-se realizar muitomais e isso ficou como um dosnossos objetivos. Ser candida-to para ampliar as ações queestão sendo feitas”, destacou.

Segundo ele, através doIPK foi possível a implantaçãode mais de cinco salas de in-formática no interior do Esta-do, uma no Bunkyo de Araça-tuba; no templo budista Oteráde Lins; no Centro Esportivo eCultural de Itapecerica (CECI),em Itapecerica da Serra; noNippon Country Club no Arujá.Bem como no Bunkyo de Bas-tos que será inaugurada no iní-cio de setembro; e outra emParaguaçu Paulista.

Atualmente ele está visi-tando as entidades para mos-trar o trabalho da sua candi-datura a deputado. “Já visiteimais de 110 cidades, a maioriadelas têm a participação ativada comunidade, digamos que80% delas têm associaçãonikkei. Agora vou revisitá-las,municípios que já fui mais decinco vezes e outras mais de15”, ressalta.

Victor Kobayashi temacompanhado o candidato Ge-raldo Alckmin (PSDB) ao go-verno de São Paulo em algu-mas ações promovidas por suaequipe, entre elas o convite da

convocação do tucano no Fes-tival das Cerejeiras no Parquedo Carmo, realizado no dia 1ºde agosto, onde permaneceupor mais de quatro horas co-nhecendo o evento; e sua vin-da junto com o candidato à pre-sidência da República, JoséSerra (PSDB), na Praça daLiberdade. “Foi uma bela deuma caminhada que virou tra-dição, trazer o candidato majo-ritário para vir no bairro Orien-tal e pintar o olho do Darumá, eisso virou costume dos candi-datos majoritários, pelo menosdo nosso partido”, afirmou.

Definição – Para Victor Ko-bayashi as eleições começama se consolidar, para isso mon-tou o comitê central na VilaMariana, o segundo comitê naSaúde e o terceiro na Praçada Liberdade, redutos essesonde centra as ações e tevemuitos votos para vereador, eainda dois comitês em Vinhe-do. “São cinco meses de pla-nejamento, sai da presidênciado IPK em abril quando refor-çamos as ações no interior e

na capital para poder atuarmais fortemente”, argumenta.

Desde janeiro deste ano otucano está licenciado do IPKe da Universidade Paulista(UNIP) da Chácara SantoAntonio, onde como professorleciona o curso de administra-ção de empresas para cercade 300 / 400 alunos, até por quenão consegue conciliar. “Que-ro consolidar as ações, vejo areceptividade muito grande,principalmente porque a comu-nidade não tem um represen-tante nikkei efetivo na Assem-bleia Legislativa há pratica-mente oito anos, se for pensarsão dez anos que a gente nãotem um deputado estadual querepresente a comunidadecomo um todo. Nosso traba-lho está focado em poder apoi-ar as associações e a comuni-dade Nikkei em São Paulo.Sendo eleito quero mostrar,conseguir e realizar muito maispara a comunidade”, finaliza.

(Afonso José de Sousa)

ARQUIVO/JORNAL NIPPAK

Victor Kobayashi com os candidatos Geraldo Alckmin (Governo de SP) e José Serra (Presidência)

Candidato aposta narenovação do quadro

de parlamentares

Questionado sobre sehaverá renovação na Câma-ra dos Deputados em Brasí-lia e nas AssembléiasLegislativas de São Paulo,Victor Kobayashi concordana mudança do conjunto depolíticos da casa parlamen-tar paulista. O tucano afir-ma que há uma grande pos-sibilidade de renovação, por-que a população quer mu-danças e ares novos. Segun-do ele partindo do princípiode que a alternância de po-der é uma das principais ca-racterísticas da democracia,cabe às pessoas escolher:renovar o legislativo estadu-al ou continuar da mesmamaneira que foram os qua-tro anos passados. “Nessaperspectiva, creio muito naprimeira opção”, afirma.

Na visão de Victor Ko-bayashi a eleição é movidapor um combustível denomi-nado confiança do eleitorpara com seu candidato.Nesse âmbito, todo o seu tra-balho desenvolvido ao longodos últimos cinco anos, sejaatravés de apoio e suporte aeventos culturais, projetossociais e de melhorias à po-pulação, servirão como basena parceria com os eleitores,por isso confia muito na vi-tória dessa parceria.

Para a comunidade nipo-brasileira Victor Kobayashiquer retomar a força das en-tidades e associações. Pro-mover a integração e o fo-mento de novos projetos, as-sim como preparar a novageração para mostrar que éessencial preservar os valo-res culturais dos pioneiros daimigração japonesa no Bra-sil, que completou 102 anos.

COLUNA DA ERIKA SUMIDA

Otimismo ePessimismo

A velha metáfora do copocom água pela metade nosensina que um mesmo fatopode ter duas interpretações,dependendo da visão de cadaum. Pois o otimista olha ocopo e diz: “Ainda tem me-tade!”, e o pessimista diz:“Só tem metade!”.

E a metáfora serve paraencaixarmos em diversos as-suntos que diz respeito aosbrasileiros que vivem no Ja-pão, a nossa condição pesso-al e emocional, o momentodelicado por qual passa o Ja-pão, a situação da nossa co-munidade, entre outros.

E para os otimistas, o Ja-pão está melhorando econo-micamente, pois tem se esta-bilizado em vários aspectos.Mas os pessimistas, achamque está tudo ruim, que nãovai melhorar e que o Japãoestá se afundando. Os otimis-tas sempre arranjam uma for-ma de integrar-se socialmen-te com a sociedade japonesa,mas os pessimistas preferemisolar-se dos japoneses e re-cusam-se a aprender o idio-ma, enfim limitam-se á ape-nas sobreviverem no Japão.

E uma vez me pergunta-ram o que eu acho sobre omovimento dekassegui nes-ses últimos 20 anos, se a co-munidade brasileira evoluiuou não, e parei para pensar ea resposta é: depende do pon-to de vista. Se for pelo ladopessimista, diria que em 20anos a comunidade poderiater evoluído muito mais, afi-nal nossos antecedentes fize-ram muito mais em duas dé-cadas no Japão. Mas pelolado otimista da situação, vejoque a comunidade brasileiratem evoluído muito dentro doJapão se compararmos comas conquistas de outros imi-grantes no país. Hoje vejoque poríamos ter evoluídomuito mais nesses vinte anossim, mas temos que valorizaras nossas conquistas.

E a minha opinião se ba-seia de que o mercado de tra-balho está retomando o seuaquecimento e voltam a sur-gir as ofertas de empregos,mas com uma ressalva: omercado de trabalho tornou-se muito mais exigente comuma considerável queda sa-larial. E essa retomada eco-nômica segue em passos len-tos, onde o pessimista diz queestá muito devagar e que amelhora econômica certa-mente não ocorrerá com esseritmo, mas os otimistas dizemque é melhor um crescimen-to devagar à estagnação!

O setor com o melhor de-senvolvimento econômico é oelétricos e eletro-eletrônicos,esse setor entrou 2010 comuma maior vantagem sobre osetor automobilístico. Isso sedeve à venda de televisorespor conta do fim das trans-missões analógicas em julhodo próximo ano.

Enquanto o Japão cresceem ritmo lento, a China vemdespontando em vários seto-res, o que a tornou um dosprimeiros países em cresci-mento econômico e produçãoindustrial.

E uma notícia, que não étão atual assim, vem sendomuito discutida aqui no Japão:O governo japonês acaba deanunciar que a expectativa devida da sua população bateuo recorde pelo quinto anoconsecutivo (com média de86,44). Notícia boa ou ruim?

A alta expectativa de vidada população japonesa podeser uma boa notícia para nós(pelo lado positivo), porque oenvelhecimento dos japone-ses é uma realidade inevitá-vel, e o país vai continuarprecisando de mão de obrajovem, ou seja, mão de obraestrangeira, visto que a quan-tidade de jovens vem diminu-indo consideravelmente acada ano.

Mas quem quiser enxer-gar a mesma notícia como umanúncio ruim, também vai termotivos de sobra (o lado pes-simista). Afinal um númeromaior de idosos significa umamaior onerosidade previden-ciário, portanto a populaçãoeconomicamente ativa, ondeincluem-se os trabalhadoresbrasileiros, terá que trabalharmais para sustentar a parce-la da população que nãotrabalha,ou seja, em outraspalavras e mais claramentefalando, significa aumento deimpostos. Pois ninguém podegarantir até quando o siste-ma previdenciário aguentaráarcar com as consequênciasde um envelhecimentopopulacional de um país, euma diminuição no númeroda população economica-mente ativa.

As realidades são essas,cabe a nós em como iremosenxergá-las, mas flexibilida-de talvez seja a palavra cha-ve para uma melhor sabedo-ria.

*Erika Sumida nasceu em Ara-çatuba (SP) e há 12 anos morano Japão, onde trabalha com de-senvolvimento de criação. E-mail: [email protected]

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010

CIDADES/BASTOS

Ex-alunos do Ginásio Estadual “Professora TsuyaOhno Kimura” promovem encontro inédito

Depois de 50 anos deformatura da primei-ra turma, cerca de 500

ex-estudantes formados entre1960 e 1972 no Ginásio Esta-dual “Professora Tsuya OhnoKimura” (GEPTOK), de Bas-tos – 549 quilômetros de SãoPaulo, finalmente vão concre-tizar o sonho de realizar o I En-contro dos Ex Alunos, apósmais de um ano de planeja-mento. O evento que aconte-cerá entre os dias 4, 5 e 6 desetembro reunirá formandos eseus acompanhantes noKaikan da Associação Cultu-ral e Esportiva Nipo-Brasilei-ra de Bastos (Acenba), ondeo grupo participará de umaprogramação com atividadesculturais, visita, descerramen-to de placa comemorativa noginásio, plantio de árvores eatividades esportivas no Bas-tos Golf Club.

Devido os ex-alunos esta-rem espalhados por várias ci-dades, totalizando 13 turmascom idades dos 53 aos 66 anos,a organização do evento foidividida em duas comissões, ade São Paulo e outra em Bas-tos, sendo que para cada tur-ma foi nomeado um represen-tante. O encontro será presti-giado inclusive por uma ex-es-tudante que atualmente estána Inglaterra de onde virá ex-clusivamente para participar

do acontecimento. Anualmen-te algumas das turmas já rea-lizam encontros e viagens parao exterior. O objetivo do en-contro de acordo com o coor-denador da comissão organi-zadora de São Paulo, JorgeMasatoshi Oki, é realizar umaconfraternização e agradeci-mento pela formação recebi-da, como a de engenheiro elé-trico que ele obteve.

Como parte da programa-ção várias atividades estãosendo organizadas para entre-ter os participantes durante ostrês dias do evento. No dia 4está prevista uma visita ao pré-dio onde ficava o ginásio origi-nal acompanhada por solenida-de na qual serão convidados aPrefeita de Bastos, VirgíniaPereira da Silva Fernandes(PSDB); a secretária da edu-

cação, Myriam Suely AssanoOno; e professores da época.As ações do dia serão encer-radas com um jantar festivo eum baile da saudade às 21h,que será animado pela BandaLeopoldo de Tupã e que toca-rá músicas da época.

No dia 5 será realizado umalmoço de confraternizaçãoonde os integrantes das turmasterão a oportunidade de con-

JORNAL NIPPAK/AFONSO JOSÉ DE SOUSA

A reportagem do Jornal Nippak acompanhou a última reunião da Comissão Organizadora de SP

COMISSÃO ORGANIZADORA DE SÃO PAULO

Coordenador: Jorge Masatoshi Oki (1967)Vice: Cecília Kobayashi (1965)Secretários: Gerson Yanaka (1966) / Izabel Ono (1967)Tesoureiros: Celso Norimitsu Mizumoto (1967) / FranciscoYanagiya (1964)Eventos: Cleonice Ono (1966) / Paulo Hashimoto (1965)Conselheiro: Iisei Watanabe (1960)

COMISSÃO ORGANIZADORA DE BASTOS

Coordenador: Yoshiharu Ono (1967)Vice: Eduardo Sakita (1965)Secretários: Eduardo e Marina Fujii (1968/1970)Tesouraria: Nelson Nagayoshi (1969) / Tadaaki Iwahashi(1961) / Helio Takata (1965)Eventos: Carlos k. Ikeda (1969)

tar fatos pitorescos da épocaque marcaram a vida de cadaum. No dia 6 haverá ativida-des esportivas no Bastos GolfClub como vôlei, futebol, golfee gincanas, “para todos volta-rem a ser jovens da época”,ressalta o engenheiro. A coor-denação e retaguarda em Bas-tos ficou a cargo de YoshiharuOno (Capaquinho - turma 67).

Iniciativa – Jorge Oki lembraque a idéia de promover o en-contro surgiu em julho 2009baseado na realização de umreencontro de ex-alunos doColégio São José (particular),em 2008, quando o professorde matemática Minoru Sasakisugeriu que os colegas da ins-tituição estadual realizassemum encontro nos mesmos mol-des. Como Oki é da turma in-termediária de 1967, Minoruachou que Oki tomasse a fren-te da organização do evento econtatasse os colegas para pro-mover o encontro. “Em no-vembro de 2009 a primeira pro-vidência foi consultar a listados alunos, mas como passa-ram quase 50 anos a escoladescartou o fichário, essa foià dificuldade que tivemos.Com isso o contato foi boca aboca, o sucesso foi tanto queo pessoal se empolgou e emtrês meses tivemos mais dametade de adesões confirma-das, com o passar do tempo450 pessoas de São Paulo,Paraná e Mato Grosso confir-maram participação”, desta-cou.

Para a realização do en-contro o grupo da capital rea-lizou dez reuniões (a primeiraaconteceu em novembro de2009), sempre no RestaurantePei Hai – Praça da Árvore,zona Sul de São Paulo, ondeem cada uma delas idéias fo-ram reunidas. Na última reu-nião promovida no dia 16 deagosto, o grupo da capital dis-cutiu os últimos detalhes e co-lheu várias sugestões. “As reu-niões que foram abertas con-taram com no mínimo 30 pes-soas e todos puderam sugerir.Hoje foram discutidos a ali-mentação como os pratos dojantar e do almoço de domin-go, as atividades esportivas ecomemorações”, revela JorgeOki.

Perguntado se a idéia é re-alizar o encontro todos os anos,ele disse que “vai depender das

adesões e do pessoal solicitar,o ideal é a cada dois ou trêsanos e não anualmente quepode ser complicado, indepen-dente disso cada turma fazencontros anuais”, atesta. Comrelação aos custos cada ex-alu-no pagará R$ 100,00 que in-clui o jantar de sábado, o baile,o almoço e o jantar de domin-go, lembranças em acrílico emagradecimento aos professo-res, a diretoria e a prefeita, bemcomo crachás que serão dis-tribuídas para os participantes.

Para levar o grupo da ca-pital até Bastos foram freta-dos dois ônibus com saída nodia 3 às 22h em frente do Res-taurante Pei Hai, o retornoserá feito de duas maneiras, oprimeiro ônibus voltará no dia5 e o segundo no dia 6, ambostambém com saída às 22h. Amaioria dos ex-alunos vai sehospedar na casa de parentese amigos, porém os hotéis deBastos estão com as vagasesgotadas desde a marcaçãodo encontro, obrigando algunsa pernoitar em Tupã.

Questionado sobre o signi-ficado e a importância do en-contro, Jorge Oki assegura que“Será uma reunião de amigos,tem gente que tem 45 anos quenunca mais retornou a Bastose não reencontrou os colegas,será uma oportunidade pararetornar a terra e visitar os lo-cais onde passou, jogava bolae pescava”, argumenta. Umareunião já foi marcada para odia 18 de outubro quando seráfeito um balanço do encontrono restaurante Pei Hai, com oobjetivo de realizar um levan-tamento de “bom e ruim” queaconteceu, para quando hou-ver outro evento parecido, osorganizadores tomem a fren-te, saberão qual rumo seguir eterão um respaldo adequado.

(Afonso José de Sousa)

Jorge Oki afirma que aescola foi fundada em 1957sendo que a primeira turmase formou em 1960, e que naépoca 90% dos alunos eramnikkeis. Das turmas de ex-alunos se formaram grandesprofissionais que hoje atuamem várias áreas como dire-tores de empresas, médicos,engenheiros, advogados, psi-cólogas, geólogas, autônomos,pessoas que ocuparam car-gos em multinacionais, todosprofissionalmente bem-suce-dido. Ele recorda que o pre-cursor do encontro, o profes-sor Minoru Sasaki era muitorigoroso na época e exigiamuito dos alunos, mas o quesurpreendeu foi a memóriado mestre por lembrar-se decada aluno. “Foi uma lem-brança fantástica, meu ape-lido era Pintado que eu mes-mo não lembrava, ele come-çou a contar detalhes da épo-ca que me surpreendeu. Eleque deu a sugestão de fazero encontro com a turma de1960 que completava 50 anosem Bastos”, afirma.

Para ele aconteceram fa-tos marcantes com a turmade Bastos, em 1964, porexemplo, a professora de por-tuguês Tsuya Kimura, quesofreu um acidente duranteuma viagem após levar a fi-lha para um curso de pianoem Tupã (30 quilômetros deBastos), na volta ela perdeua direção e capotou o carro

Encontro também é uma homenagempara a professora Tsuya Kimura

ram as mangas e começarama construção da tão sonhadaquadra. “Todos os dias, cadaaluno trazia alguma ferra-menta, de enxadas, pás, pi-caretas, martelos, serrotes, ecom a ajuda dos professores,trabalharam meses a fio. En-fim, nascia ali, o fruto de umtrabalho comunitário, e o maisimportante, iniciava se ali, aconstrução de um sonho, deum aluno melhor para a soci-edade”, frisou.

O analista de sistemasCarlos Ossamu Mizuno, daturma de 1968, também recor-dou que em 1967, para reali-zar uma viagem de excursãoou participar de eventos nacidade os alunos tinham quearrecadar dinheiro. Para issocomo Bastos é uma cidadecom muitas granjas de gali-nhas, os estudantes andavamcerca de oito quilômetros dacidade até um sítio paraensacar esterco (keifun).“Também fazíamos trabalhosmanuais, entre eles bonequi-nhos de bicho de seda paravender como lembrança da ci-dade. Conseguimos fazer anossa viagem pagando todasas despesas, um ônibus com46 pessoas saiu de Bastos, fo-mos para Poços de Caldas,Belo Horizonte, Ouro Preto(MG), depois descemos paraPetrópolis (RJ) e São Paulo.Foi a primeira turma para fa-zer esse tipo de viagem”, fi-naliza. (AJS)

vindo a falecer enquanto a fi-lha se machucou, aconteci-mento este que se transformounum fato marcante na opiniãode Jorge Oki.

“O ginásio em 1964 foi in-terditado no segundo semestrepor causa de infiltração (o pré-dio foi construído no governode Carvalho Pinto), não sei oque aconteceu, problema es-trutural. Naquela época fomosestudar no Hotel Ikedadesativado, em 65 estudamosno clube da Associação Cul-tural Mocidade Bastense(ACM), que cedeu o local parafazermos a segunda série doginásio; a terceira série estu-damos no prédio do jardim deinfância em frente do Correioem 66, e em 67 na quarta sé-rie estudamos ginásio São Joséque cedeu uma sala para o

pessoal do estado, estávamossem teto”, esclarece.

A construção de um sonho– O formando de 1965 e hojeengenheiro químico Paulo Yo-shinori Hashimoto, contou umfato marcante em 1962, quan-do estudar no então GinásioEstadual de Bastos era umsonho. Para ele bons temposde escola pública foram aque-les, o prédio era novo em fo-lha, recém inaugurado. Falta-va, porém, alguma coisa para“ser o máximo”, ou seja, aconstrução de uma quadra po-liesportiva. A escola não dis-punha de verbas suficientes,mas a vontade de ter uma pra-ça de esportes era maior quea falta de dinheiro.

Em sistema de mutirão, osalunos, literalmente arregaça-

O coordenador da Comissão Organizadora de São Paulo, Jorge Oki

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São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010 JORNAL NIPPAK 5

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

Festival de Orquídeas antecipachegada da primavera em Mogi

O vereador Sadao Nakai(PSDB) apresentou requeri-mento à Prefeitura de Santose à Companhia Docas do Es-tado de São Paulo Santos SP(Codesp), solicitando informa-ções sobre o processo dadragagem do porto e suas con-seqüências para o município.O avanço da maré na Pontada Praia pode ter sido causa-do pelos efeitos da dragagemdo porto, de acordo com ma-téria veiculada no Jornal A Tri-buna e Metro. “Este cenárioé inédito no Brasil e precisaser bem discutido e esclare-cido para a populaçãosantista. Não basta somentepensar no lado econômico, énecessário avaliar os impac-tos ambientais que estas ope-

rações acarretam para San-tos. Será que um projeto des-ta proporção não previa umpossível desaparecimento dafaixa de areia da Ponta daPraia?”, questiona o parlamen-tar santista.

CIDADES/SANTOS

Sadao Nakai cobra explicaçõessobre dragagem do porto

Um dos assessores do de-putado federal William Woo, doPPS (Partido Popular Socialis-ta), foi morto a tiros na frenteda esposa e do neto, de 4 anos,durante uma tentativa de rou-bo em Cotia, na Grande SãoPaulo. O crime aconteceu porvolta das 21h de domingo (22).

José Carlos Soares, de 54anos, foi abordado por três ho-mens armados enquanto se diri-gia à garagem de casa em seucarro, um Renault Clio. Ele foisurpreendido pelo trio logo quea mulher e a criança desceramdo veículo para abrir o portão daresidência. A polícia ainda apu-

ra a possibilidade de que a víti-ma tenha reagido, já que duran-te a tentativa de roubo um dosbandidos disparou três vezescontra o assessor. Após o tiro-teio, os homens fugiram sem le-var nada. Soares foi atingido naregião do peito e levado ao pron-to-socorro do Hospital Univer-sitário, onde morreu enquantopassava por cirurgia.

O corpo foi enterrado noCemitério do Morumbi.

A Missa de Sétimo Diaserá neste sábado (28), às 19horas, na Igreja Nossa Senho-ra do Brasil (Km 26 da Rodo-via Raposo Tavares)

VIOLÊNCIA

Assessor do deputadoWilliam Woo é morto em SP

A barraca Agena venceu afase final do concurso do Me-lhor Pastel de Feira de SãoPaulo. A eleição foi realizadano último dia 23 na PraçaCharles Miller, no Pacaembu.Na disputa pela primeira vez,a Agena superou o Pastel daMaria, vencedor da edição de2009 e que ficou na segundacolocação. O Pastel Yamashi-ro completou o pódio.

O prefeito de São Pauloesteve no evento. Ele entregouo cheque de R$ 8 mil para oproprietário dos PastéisAgena, Benedito Paulino daSilva. Também foram premia-dos os donos do Pastel daMaria (R$ 2 mil) e do PastelYamashiro (R$ 1 mil). Após asolenidade, o chefe do Execu-tivo Municipal saudou as 10barracas que participaram daetapa decisiva do concurso.

“O concurso teve uma par-ticipação muito grande. Elemostra o quanto a cidade seidentifica com as barracas evice-versa”, observou o prefei-to, sem esquecer do motivoprincipal da eleição. “Quere-mos que os comerciantes depastéis tenham uma consciên-cia bastante intensa em rela-ção à higiene e conforto. Issotem acontecido”.

A intenção da Prefeitura éa de que todas a barracas depastéis da cidade se sensibili-zem com a reutilização do óleoda fritura. As participantes do

SÃO PAULO

Barraca Agena é eleito o “Melhor Pastel de Feira de SãoPaulo”; Pastel da Maria fica em 2º e Pastel Yamashiro em 3º

No próximo dia 4 terá iní-cio o Festival de Orquí-deas – Primavera

2010, promovido pelosorquidários da região do Itapeti,em Mogi das Cruzes, a maiorprodutora nacional da flor.Com cursos diários sobre ocultivo e atrações diferencia-das, como passeios pelas es-tufas, o evento traz as varie-dades de orquídeas típicas daestação das flores, com des-taque para a espécie Dendro-bium, popularmente conhecidacomo “Olho de Boneca”.

O Festival de Orquídeas dePrimavera está na sua tercei-ra edição e poderá ser confe-rido nos dias 4, 5, 6 e 7; 11 e12; 18 e 19 de setembro, comentrada franca e estaciona-mento gratuito ao ParqueHana No Mori, um dos circui-tos turísticos de Mogi.

As exposições acontecemdas 8 às 17 horas e, além dasorquídeas, que são a atraçãoprincipal, o público tem à dis-posição uma praça de alimen-tação - com pratos típicos ori-entais e também da cozinhabrasileira -, feira de artesana-to e, aos domingos, a opção decafé da manhã no campo, combolos e compotas preparadoscom frutas cultivadas no po-mar.

Na área da exposição,montada pelos orquidários doItapeti, são mais de 100 varie-dades de flores, sendo que osdestaques da estação são asespécies Cattleya, Vanda,

Epidedrum, Phlaenopsis e aestrela Dendobrium ou, se pre-ferir, “Olho de Boneca”.

Considerada a orquídeamais popular entre as muitasespécies existentes, aDendobrium apresenta a suabeleza de forma bastante rús-tica e hoje pode ser encontra-da nas mais variadas cores. Amais tradicional, porém, é a decor branca, com as extremida-des rosadas e o centro de umroxo bem escuro, passando aimpressão de um olho, de ondevem o seu nome popular.

Nos dias de Festival, das 13às 15 horas, são ministradostambém cursos que abordam

o cultivo das orquídeas. Os vi-sitantes têm, ainda, a oportu-nidade de participar de passei-os rurais, a bordo de um trator,pelas estufas onde podem con-ferir de perto o processo decultivo das flores.

Trem – O endereço do Festi-val de Orquídeas Primavera2010 é Estrada São Bento-Lambari, km 27, Bairro doItapeti. Uma das opções parachegar ao local é através daagência de turismo Javatur,que oferece transporte e gui-as até o Parque Hana No Mori.O pacote pode ser adquirido naEstação da Luz para quem

deseja viajar pelo Trem Turís-tico, que percorre o trecho en-tre a Capital e o Município emlocomotivas especiais, ou dire-tamente na Javatur (telefone4798-2220).

O Festival de OrquídeasPrimavera 2010 conta comorganização do OrquidárioOriental e participação deNobile Flores, Orquidácea,Orquidário Suzuki, Orchiland,Circuito Paulista de Orquidó-filos (CPO), Flora Sakamoto eEditora Brasil Orquídeas.

Mais informações sobre oevento no telefone 4795-3060e no site www.festivaldeorqui-deas.com.br.

DIVULGAÇÃO

Área de exposição deve reunir mais de 100 variedades de flores; Festival é opção para o feriado

sextas-feiras. Com o prêmiorecebido pelo título, Beneditoespera melhorar ainda mais oserviço prestado. “A gente pre-tende melhorar o nosso equipa-mento, o nosso trabalho”.

Além de levar o grandeprêmio, os Pastéis Agena fica-ram com o título de melhorpastel da região Leste I. Naregião Leste II, a melhor foi aPastelaria Elenito. A MiutaPastéis levou o primeiro lugarna região Centro-Oeste. Naregião Sul, a campeã foi a bar-raca Yamashiro, enquanto oPastel da Maria triunfou naZona Norte.

(do site da PMSP)concurso se comprometeramcom a medida. Elas tambémpassaram pela votação popu-lar, pelo júri técnico secretoformado por 35 pessoas e pelojúri VIP, que contou com 70integrantes.

Surpresa – Os Pastéis Agenaconvenceram a todos da suaqualidade. O proprietário dabarraca, Benedito Paulino daSilva, reconheceu que ficousurpreso com a vitória. “A gen-te nunca havia participado deum concurso, foi a primeiravez. O que alegra muito a gen-te é o reconhecimento do pú-blico. Dessa vez caiu para nós,graças a Deus”, comemorouBenedito.

A barraca campeã tem 35anos de história e atua na ZonaLeste. Ela participa de uma fei-ra na Vila Císper, na esquina da

Avenida Luiz Imparato com aRua José Gomes de Faria às

O prefeito Gilberto Kassab entrega prêmios aos vencedores

DIVULGAÇÃO

A Associação Fukuoka re-aliza neste domingo (29), apartir das 10 horas, no EspaçoHakka de Eventos, em SãoPaulo, cerimônia comemorati-va do 80º aniversário de fun-dação da entidade e homena-gem ao Centenário da Imigra-ção dos Provincianos de Fu-kuoka. A solenidade contarácom a presença de comitivasvindas do Japão e lideradaspelo governador da Provínciade Fukuoka, Wataru Aso, e

pelo presidente da AssembleiaLegislativa, Kyu Imahayashi,respectivamente, além de au-toridades brasileiras e lideran-ças da comunidade nipo-bra-sileira.

80º ANIVERSÁRIO DEFUNDAÇÃO DA ASSOCIAÇÃOFUKUOKAQUANDO: DIA 29 DE AGOSTO, A PARTIR

DAS 10 HORAS

ONDE: ESPAÇO HAKKA (RUA SÃO

JOAQUIM, 460, LIBERDADE)

COMUNIDADE

Fukuoka recebe governadorpara festejar 80º aniversário

CIDADES/RIBEIRÃO PIRES

Joe Hirata se apresenta no6º Festival do Chocolate

Mais de 60 mil pessoas jácompareceram ao 6º Festivaldo Chocolate, que prossegueaté domingo (29), no Comple-xo Ayrton Senna, em RibeirãoPires (SP). Grandes atraçõesmusicais e as delícias gastro-nômicas da festa atraíram vi-sitantes de toda a região. Noúltimo sábado, dia 21, a bandade pop rock Jota Quest inter-pretou antigos e novos suces-sos para cerca de 15 mil pes-soas. Os sertanejos MichelTelo, Christian e Cristiano eJoão Neto e Frederico comple-taram a programação de gran-des shows do 2º final de se-mana do Festival.

No próximo final de sema-na, o Festival será encerradocom shows do cantor Edson eda dupla Fernando & Soroca-ba na sexta-feira, dia 27, dossertanejos Maria Cecília &Rodolfo no sábado e de

Jammil e Uma Noites, no do-mingo.

Também no domingo, aAssociação Nipo-Brasileira deRibeirão Pires programou umasérie de shows dedicados àcomunidade nikkei.

Programação para o dia 29de agosto (domingo) no 6º Fes-tival do Chocolate:

12H30: Escola EstadualJoão Roncon

13H: Taikô de Fukuhaku13H30: Michael Tamura -

cantor musica sertaneja14.H10: Cia de Dança

Viviane Johara14H30: PL Baston Dance15H15: Taikô Bunka de

Santo André15H45: Cia de Dança

Viviane Johara16H: Camila Sakihara16H30: Show do Leão Tai

chi chuan18H15: Joe Hirata

DIVULGAÇÃO

O cantor Joe Hirata sobe ao palco do evento neste domingo

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BONSAI

Pavilhão Japonês recebe o2º Encontro Brasil-Argentina

OPavilhão Japonês, noParque Ibirapuera(Zona Sul de São Pau-

lo) recebe neste fim de sema-na (28 e 29), o 2º Encontro In-ternacional de Bonsai Brasil-Argentina. Durante todo osdois dias, das 10h às 17h, ha-verá uma extensa grade deatividades relacionadas aobonsai, com exposição crono-lógica de bonsais, exposiçãoem diversos estilos, mostra decerâmicas regionais do Japãoe vasos para bonsai e demons-trações, além de atrações ar-tísticas da cultura japonesa,como: apresentações de taikô,shibu/kenbu, shakuhachi emini-workshop de oshibana.Haverá vendas de bonsais eacessórios para cultivos.

O bonsai, uma manifesta-ção da cultura japonesa dasmais disseminadas no mundo,ao lado do judô e da culinária,é resultado de uma técnica uti-lizada em árvores com o obje-tivo de obter uma árvore mini-atura, inspirada em formasexistentes na natureza. Criarum Bonsai é elaborar umaobra de arte viva, que vai mu-dado ao longo do tempo, ex-pressando na silhueta o trata-mento aplicado pelo artista.

A primeira edição do even-to aconteceu na Argentina em2009. Este ano, a EEB-Brasil– Escola Européia de Bonsai -Brasil, em parceria com o Bun-kyo (Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e de Assis-tência Social), trazem paraSão Paulo a segunda edição,que homenageará o mestremais influente da arte, OsamuHidaka.

Outros mestres, com reco-nhecimento internacional, es-tarão prestigiando o evento,

como: Xec Fenandez – argen-tino radicado na Espanha, osargentinos Sergio Luciani,Sebastián Ferlini, RosanaGotuzzo, e os brasileiros Pe-dro Stumm, Charles White,Roberto Gerpe e DanielHaetinger. Eles farão demons-trações de cultivo básico debonsai ao público em geral e,participarão de workshops vol-tados aos participantes técni-cos.

Está programado ainda,durante o sábado e domingo,em diferentes horários, alémdas demonstrações de cultivode bonsai, tours com um espe-cialista que comentará sobredetalhes teóricos e práticos dosbonsais que estarão expostosem vários pontos do PavilhãoJaponês.

Quem é – Osamu Hidakanascido na província de Miya-zaki, no sul do Japão, formou-se na escola agrícola KenritsuTakanabe Nogyo Kotogakko,com especialização em flores,frutas, bonsais e orquídeas.Realizou um estágio no Brasilpor meio do Governo japonêse, no início dos anos 60, voltouao Brasil onde reside desdeentão. Em 1968 montou umviveiro de pinheiro-negro,Pinus thunbergii, planta muitopresente no Japão. Hoje,Hidaka é considerado uma re-ferência no Brasil e, portanto,é muito procurado por adep-tos da Arte Bonsai.

EEB-Brasil foi fundadapelo Mestre InternacionalSalvatore Liporace, considera-do o melhor discípulo do Gran-

de Mestre Japonês MassaikoKimura, e o maior artista vivoda Arte Bonsai. A Escola Eu-ropéia de Bonsai – Brasil temcomo objetivo formar mestresda Arte Bonsai abordando osaspectos técnicos, práticos, fi-losóficos e espirituais.

2º ENCONTROINTERNACIONAL DE BONSAIBRASIL-ARGENTINAQUANDO: DIAS 28 E 29 DE AGOSTO, DAS

10 ÀS 17H

ONDE: PAVILHÃO JAPONÊS DO PARQUE

IBIRAPUERA (ENTRADA PELO PORTÃO 10):AVENIDA PEDRO ÁLVARES CABRAL, S/NÚINGRESSOS: R$ 4,00 (ACIMA DE 12ANOS), R$ 2,00 (CRIANÇAS DE 5 A 12ANOS, ESTUDANTES E IDOSOS DE 60 A 65ANOS). GRÁTIS PARA CRIANÇAS COM ATÉ 4ANOS DE IDADE PESSOAS COM MAIS DE 65ANOS

DIVULGAÇÃO

Encontro acontece neste fim de semana no Pavilhão Japonês com a presença de mestres

COLUNA DO JORGE NAGAO

Erica Mizutani voando alto

JORGE NAGAO

“Uma profusão de cores eformas. Traços que passei-am sem preconceitos porreferências ocidentais eorientais” (Débora Izola,jornalista)

Tive a sorte e o privilégiode ter mytexts ilustrados pelaErica Miss Utani, no livro“Damas de Ouro e ValetesEspada”, da MGuarnieri Edi-torial. Se em P&B ficou umabeleza, fiquei imaginando oque ela faria com as cores.Fui conferir no www.erica-mizutani.com.br e me encan-tei com sua arte.

Sua obra É rica de cores.Ela mizutura todas as nuan-ces e o resultado é sempremuito mizutanizado, digo,muito inusitado. Eri kamika-zemente se lança destemida-mente às telas, papéis ou pa-redes, e deixa traços leves egraciosos que seduzem osolhares mais atentos e sensí-veis. Como um samurai em-punha a espada, Erica, em-punhando o seu lápis ou pin-cel, deixa a sua imaginaçãovoar em movimentos ora len-tos, suaves ou mais ousadosque resultam em peças cadavez mais valorizadas.

Arteira desde menina,Erica é veríssima, Mizutani émuito espontânea. Conservaa alegria da infância e o bri-lho no olhar. Desde pequeninaadora desenhar. Nunca teveaula de desenho porque nun-ca quis perder o seu traço ori-ginal. Que não é perfeito, elacompleta, rindo. Gosta de de-senhar mulheres e árvores.Usa caneta de ponta fina paradesenhar e depois brinca comas cores no photoshop.

Antes de pintar, Erica foiartista gráfica. Trabalhou emrevistas e ilustrou livros infan-tis. Quando se mudou de SãoPaulo para cuidar dos filhos,arriscou os primeiros traçose gostou. Percebeu que eralivre para fazer o que bementendesse. Assim, Erica co-meçou a voar no céu da artenesse instante.

Artisticamente, ela diz queé filha de Frida Khalo, mexi-cana, e de Gustav Klimt, pin-tor austríaco. Frida tinha umpouco de oriental na arte,constata Erica. Como Frida,

esta japapop, através de co-res vibrantes, busca transmi-tir sensações intensas em te-mas felizes ou tristes. A cortoca o coração da pessoamais do que a mensagem,explica Erica. Seus trabalhostanto podem ser apreciadosde perto como à distância.

Mizutani é uma misstiça:mãe brasileira, artista plásti-ca, e pai nissei, publicitário.Ela se orienta acidentalmen-te ou se ocidentaliza commuita orientação. E as coisasincidentais também são incor-poradas à sua obra. A misci-genação, longe de ser um pro-blema para ela, ampliou seushorizontes. Além da misturacultural dentro de casa, foicriada por uma babá deVitória(ES) que fazia pratosjaponeses mas com toquecapixaba. Moqueca de sashi-mi deve ser bom...

Ela misturou proposital-mente a cultura ocidentalcom a oriental. Morou no Ja-pão e se inspira em gravurasjaponesas e chinesas. Para ascores, detém-se também emmurais mexicanos. Batizoude liberdade cosmopolitropi-cal essa mistura que gera qua-dros como “Três mulatas dequimono com Nossa Senho-ra, no leque”. Ou “Japonesacom fita do Senhor do Bon-fim”. Essa fase durou até2007.

A ampla gama de super-fícies trabalhadas pela artis-ta vai de paredes de até 60m, como a que realizou naagencia Pontomobi; shapesde skates; páginas de livros;ou ainda sites e revistas. Emtodos eles é possível perce-ber a sua facilidade em cap-tar o ritmo do ambiente e apersonalidade do cliente, in-forma o seu site.

Erica Mizutani está na Ex-posição Internacional de Arte,United in Art, organizada pelaWard-Nasse Gallery deNY,com outros renomados ar-tistas nacionais e internacio-nais, no Edifício Villa LobosCultural, Av. Nações Unidas,4777,pertinho do ShoppingVilla Lobos. A vernissage énesta quarta, dia 26, à noite.

Voa, Erica, voa. Para-béns!

*Jorge Nagao é colunista dosite Primeiro Programa(www.primeiroprograma.com.br)

ARQUIVO PESSOAL

Em setembro, a AliançaCultural Brasil-Japão ofereceos Cursos Semi-Intensivos deJaponês Básico, que possuemuma frequência diferenciada,acelerando o aprendizado dalíngua japonesa. Os CursosSemi-Intensivos trazem aulasmais dinâmicas e objetivas,com carga horária diferencia-da e várias opções para esco-lha de horários nas unidadesSão Joaquim e Vergueiro da

Aliança.As aulas estão mais dinâ-

micas, atraentes e objetivas,com apresentação de aspec-tos culturais do Japão e práti-ca da conversação em japonêsdesde a primeira aula.

Horários e turmas dos Cur-sos Semi-Intensivos de Japo-nês:

Unidade VergueiroSegunda e quarta (08/09 a 08/

CURSOS

Aliança Cultural oferece cursos semi-intensivos de japonês12) - 16h00 às 18h15Terça e quinta (09/09 a 09/12)– 14h00 às 16h15

Unidade São JoaquimSegunda e quarta (08/09 a 08/12) – 19h30 às 21h45Terça e quinta (09/09 a 09/12)– 09h30 às 11h45Sábado (28/08 a 11/12) –14h30 às 18h30

ENDEREÇOSUnidade Vergueiro: Rua

Vergueiro, 727, 5º andar - Li-berdade - São Paulo – [email protected].: (11) 3209-6630Unidade São Joaquim: RuaSão Joaquim, 381, 6º andar -Liberdade - São Paulo – [email protected].: (11) 3209-9998www.aliancacultural.org.brwww.twitter.com/brasiljapaowww.youtube.com/aliancacul-tural

Após a excelente participa-ção do Brasil no CampeonatoLatino-Americano Adulto emCancun (México), em 2010, nomês de março, quando a equi-pe brasileira masculina (ThiagoMonteiro, Gustavo Tsuboi,Cazuo Matsumoto e HugoHoyama) e feminina (Ligia Sil-va, Jéssica Yamada, KarinSako e Livia Gomes) ficaramcom a medalha de ouro, am-bos garantiram o direito de re-presentar a América Latinanesta importante competiçãoque é a Copa do Mundo, com-petição que acontece de 28 a1 de outubro de 2010, na cida-de de Dubai, Emirados Ára-bes. A premiação total doevento será de US$ 289 mil

A Equipe Brasileira seráformada por Gustavo Tsuboi,Cazuo Matsumoto e HugoHoyama, já a feminina por Li-gia Silva, Jéssica Yamada eMariany Nonaka.

A Comissão Organizadoraoferece a equipe brasileiraUS$ 16 mil para passagensaéreas, mais hospedagem ealimentação grátis para quatroatletas em hotel 4 estrelas.

TÊNIS DE MESA

Brasil representa o continente na Copa do Mundo em Dubailente fase – Após brilhanteatuação no Mundial Adulto emMoscou, vencendo cinco par-tidas seguidas e perdendo ape-nas duas, subindo mais de 100posições no Ranking Mundial,a atleta Jéssica Yamada daADR Itaim Keiko Guarulhos,venceu os últimos sete tornei-os que participou, na seqüên-cia – Ranking Paulista emLorena, Copa Brasil no RJ,Jogos Regionais, individual,equipe e dupla e o mais o im-portante ranking paulista nacidade de Santos, na Catego-ria Especial com premio emdinheiro, quando venceu a nu-mero um do ranking nacionalLigia Silva por 3 a 2, 11 a 9 noultimo set. O detalhe é que,após estar vencendo por 10 a4, deixou a atleta Ligia chegarao 9º ponto, fechando o setcom uma quina de mesa (cas-quinha). A sorte também fazparte e nesse jogo Jéssica le-vou a melhor.

*Engenheiro Marcos Yamada,cosultor especialista e coordenadordo clube referência na América La-tina - ADR Itaim Keiko Guarulhos.

Após disputar uma compe-tição intercontinental (África,Oceania, América do Norte eAmérica Latina), caso vença,os atletas passam a integrar achave principal do torneio comas 8 melhores equipes do mun-do e recebem um prêmio quevaria entre US$ 3.500 (11º lu-gar - último colocado da com-petição) e US$ 53.000 (Cam-peão), o qual será entregue in-dividualmente aos componen-tes da equipe.

No masculino já estão clas-

sificados: China, Alemanha,Coréia do Sul, Hong Kong,Japão, Áustria, Emirados Ára-bes e o campeão do TorneioIntercontinental entre Nigéria,Brasil, Canadá e Austrália.

No feminino já estão clas-sificadas: China, Cingapura,Coréia do Sul, Japão, HongKong, Hungria, Alemanha e acampeã do Torneio qualifica-tório entre Brasil, EUA, Aus-trália e Congo Brazaville.

Jéssica Yamada em exce-

DIVULGAÇÃO

Destaque em Moscou, Jéssica continua brilhando no tênis de mesa

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São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010 JORNAL NIPPAK 7

EDUCAÇÃO

Psicóloga Kyoko Nakagawalança livro sobre o Projeto Kaeru

Canto do

Bacuri

FRANCISCO HANDA

Em sua valise de chapade madeira, dividido em com-partimentos, Akihito Nobuha-ra levava todas as espéciesde mercadorias como abridorde garrafa, agulha e linha,cosméticos baratos, leques ebalas, lenços bordados, isquei-ro e cigarros, enfim aquiloque podia ser útil. Alguns dositens podia ser totalmente inú-til mas, aos olhos e narizes,agradava as moçoilas e se-nhoras depois da menopau-sa. Comprados em grandeparte da região da Cantarei-ra, concentração de armari-nhos de turcos e libaneses,próximo ao Mercado Central.Morava nas cercanias, paraser mais exato num porão darua Conde de Sarzedas.

Nunca se deu muito bemcom a enxada nas mãos.Veio criança ao Brasil, agre-gado de uma família aparen-tada pelo lado materno. Des-pojado de brinquedos e alheioàs brincadeiras dos peque-nos, acordava cedo e seguiao caminho tortuoso dos ca-fezais. Da terra natal nenhu-ma lembrança, senão um en-velope com uma mecha doscabelos da mãe. O pai ca-sou-se novamente, vieram osirmãos menores e ele ficouesquecido no canto do quar-to. Sobrava naquela casa. Foium alívio quando disseramque poderia ir, se quisesse,para a longínqua pátria dosnegros, depois da África,onde havia riqueza e pujançana lavoura do café.

Quando fez dezesseteanos, tomou a decisão: fugi-ria da fazenda de café. Comas economias que pode jun-tar, uma parte deixou sobre amesa da cozinha, a outradava para pagar uma passa-gem de ônibus até São Pau-lo. Não apenas ele, mas ou-tros seguiram o exemplo mal-dito, evadindo-se na surdinae deixando atrás a poeira desuas botas, cujas pegadasapagaram-se na terra verme-lha e suja. Nunca mais a fa-mília que o adotara soubedele. Esta sentiu-se confor-mada, apesar de uma mão-de-obra preciosa ter abando-nado a lavra.

As más línguas trataramlogo de alcunhá-los de “va-gabundos”, sujeitos espertospouco chegado ao trabalho,vivendo a custa dos outros,fazendo barganhas e outrasnegociatas de lucro duvido-so. Bem, era bem isso o queacontecia com o jovem No-buhara. Quando o dinheirofaltava, ele ia para o interiorvender suas quinquilharias.Retornava à capital com osbolsos recheados, que davapara passar dois meses, ouaté três, sem fazer nada.Nobuhara não era diferente.Esta era a sua vida.

A desilusão docaixeiro viajante

Numa destas ida e vindas,acabou se interessando poruma viúva rica de ascendên-cia judaica. Era loira, olhosazuis e pele pálida comopapel arroz. Chamava-seHanna.

– Hanna é flor em línguajaponesa – explicou, deixan-do a mostra os dentes ama-relados de nicotina. Mas elanão se importava com isso.Ficaram amigos, mais do queisso. Toda vez que passavapor aquela cidade do interiorpaulista, antes de ir até a co-lônia, também na volta, visi-tava Hanna. Certa vez reti-rou de sua mala um estojo demaquilagem e deu-a de pre-sente. Que de imediato, osorriso riscou o seu rosto ova-lado. Sentiu seu hálito agra-dável de hortelã.

Ela lhe preparava fartarefeição, com outras gulo-seimas jamais experimenta-dos. Na sala havia enfeitesdelicadamente confecciona-dos por mãos hábeis de umartesão. Eram as bonequi-nhas russas chamadas ma-trioshkas. Lembravam es-tas seus similares japoneses,a kokeshi ningyo. Ficoutão encantado com elas queseus olhos vibraram, dei-xando Hanna sem jeito.

– Se gostou tanto delas,eu posso lhe dar – disse coma sua voz aveludada.

Como ela se recusava aouvir uma negativa, sem mui-to jeito, concordou mas nãoescondendo certa precipita-ção. Mais tarde se lamenta-ria.

No quarto escuro em quemorava, numa pequena es-tante próxima à janela colo-cou o enfeite. Eram três bo-necas, que cabiam exata-mente um no outro. De vezem quanto ficava com duasbonecas, pois a menor esta-va no interior da maior. Sequisesse, ficava apenas comuma boneca apenas, escon-dendo as duas outras em seuinterior. Ficou a pensar emseu significado: as grandescomem as menores. No fi-nal, somente resta a bonecagrande. Achou tudo aquilouma bobagem. Não seriaisso, pensou. “Talvez eu sejaesta boneca hoje, para ama-nhã ser outra, e depois ou-tra”.

Aquela mulher sedutorade seios fartos e olhos atlân-ticos continuou convidando oamigo japonês para o chá das5 horas. Não eram muito defalar. Não precisava. Elamergulhava o biscoito no chá,adocicado com pequenas pe-dras de açúcar. Ele fazia omesmo, imitando seus movi-mentos. Não se sabia quantoia durar aquela amizade, quedeixava saudades no coraçãode ambos

[email protected]

Apsicóloga KyokoYanagida Nakagawalançou no dia 19 de

agosto na Sociedade Brasilei-ra de Cultura Japonesa e deAssistência Social (Bunkyo), olivro Projeto Kaeru, sob patro-cínio da Fundação MitsuiBussan do Brasil e parceria daSecretaria de Educação doEstado de São Paulo. A publi-cação divulga o trabalho de-senvolvido pela equipe do pro-jeto, com estatísticas dos aten-dimentos realizados pela pro-fissional, análises, além de reu-nir os resultados de pesquisas,apontando as dificuldades paraatender os adolescentes e ascrianças retornados – filhos dedekasseguis até o final de2009. A solenidade contou comas presenças de profissionaiscomo o presidente da Mitsuino Brasil, Tatsuo Nakayama;a vide-presidente do Bunkyo,Harumi Goya; Roberto Nishio,do Instituto Brasil Japão de In-tegração; do diretor técnico daCoordenadoria de Estudos eNormas Pedagógicas da Se-cretaria da Educação, HiroyukiHino; do presidente da Assis-tência Social Dom JoséGaspar “Ikoi-no-Sono”, Rei-mei Yoshioka; da diretora daEscola Estadual Anna Pontes,Tieko Fujiye; do editorialistaJorge J. Okubaro; do desem-bargador Kazuo Watanabe.

Na publicação dirigida paraprofissionais que lidam com cri-anças como pesquisadores,Kyoko Nakagawa relata aconstatação de uma série dedificuldades da adaptação dos“retornados”, como baixa naauto-estima das crianças, e nasua inserção na vida escolarbrasileira; ansiedade em buscada aceitação social. Bem comotimidez em meio ao ambientebarulhento de uma escola pú-blica brasileira, distúrbios com-portamentais esses que levama crianças brasileiras que pas-saram pelo Japão à apatia e aoisolamento na nova realidadebrasileira.

Problemática – “Cada crian-ça apresenta uma problemáticaparticular” destaca. “A readap-tação no Brasil depende de mui-

tos fatores importantes e inter-dependentes: a fase em queemigrou ao Japão, tempo de es-tada, mudanças de domicílio, tipode escola que freqüentou, aco-lhimento nas escolas, relaciona-mentos interpessoais, estruturae dinâmica familiares, e outros”,avalia ela ao informar que osdados estatísticos do projeto des-te ano não consta no livro.

Kyoko Nakagawa afirmaque não tem a pretensão deproduzir conhecimento, massim um pouco do que conse-guiu ver da quantidade grandede crianças atendidas no Bra-sil desde junho de 2008, ano daassinatura do projeto.

“Deu pra ver como elasreagem para ver como traba-lhar com elas, o que dá resul-tado, um pouquinho disso agente queria compartilhar,principalmente para as pesso-as do interior já que não temosconseguido sair da capital.Como as pessoas têm feitomuitas perguntas e muitas de-las são as mesmas, ao invésde repetirmos as mesmas res-postas para todos eu achei queescrevendo resolveria essaquestão. Esse livro eu batalheibastante para que ele saíssecom uma distribuição gratuita

para todos terem acesso”, des-taca.

De acordo com a psicóloga,tanto os pais como professoresacham a transição dos alunosmuito fácil, mas o livro é um aler-ta sobre tudo o que ela encon-trou atrás das crianças com di-ficuldades que os professores epais disseram que não tinhamproblemas. “Eu tomei bastantecuidado para escrever o livro emuma linguagem bastante simples,não fosse técnica, eu não queriaque fosse uma coisa acadêmi-ca, para que todos possam ler eentender o que eu estava que-rendo dizer”, ressalta.

Divulgação – Segundo Kyo-ko Nakagawa o orçamento dolivro foi aprovado em 2008,ano em que não tinha experi-ência para contar sobre o pro-jeto. Ela começou a escrevera publicação em fevereirodeste ano e levou pouco maisde dois meses para finalizarao juntar os dados, tabular emais um mês e meio para re-visão e diagramação e depoisimprimir. “Quanto mais pes-soas ficam sabendo através damídia, mais pessoas procurama gente. Eu vejo muitas pes-soas telefonarem dizendo es-

tar procurando o nosso traba-lho, também fico imaginandoquantas delas ainda não sa-bem que existe o meu traba-lho gratuito, tanto a aula de al-fabetização, do apoio psicoló-gico, encaminhamentos. Umtrabalho que todos tem aces-so, mas não sabem que exis-te”, salienta.

Conforme dados do Minis-tério do Trabalho, Saúde e Bem-Estar Social do Japão e do Mi-nistério das Relações Exterio-res do Brasil (MRE) – Itama-raty, em conseqüência da criseeconômica, 65 mil nipo-brasilei-ros retornou do Japão, desses,20 mil receberam auxílio dogoverno japonês - 300 mil ienspara o “chefe” de família e 200mil para cada dependente -, coma condição de não retornar aoJapão durante três anos.

Do contingente, 13 mil indi-víduos são crianças e adoles-centes, cidadãos brasileiros nas-cidos no Japão, consideradosagentes passivos da migração.Embora cidadãos brasileiros,muitos dessa faixa etária, nas-cidos no Japão, não conhecemo Brasil, e chegam não na con-dição de “retornados”, mas denovos imigrantes.

(Afonso José de Sousa)

AFONSO JOSÉ DE SOUSA

A psicóloga Kyoko Nakagawa e o psiquiatra Décio Nakagawa: publicação dirigida para profissionais

MISSA DE 7º DIA

A família de

HISASHI TAKANOAgradece as manifestações de carinho e convidaparentes e amigos para a Missa do 7º Dia queserá realizada no dia 27 (sexta-feira), às 19h30,na Igreja São Francisco de Assis (Rua Borges La-goa, 1209 – Vila Mariana – São Paulo).

O Projeto Saberes dos Sa-bores da Fundação Japão pro-move gratuitamente ao públi-co uma palestra com a chef-pâtissier Cristina Makibuchi,sobre a influência japonesa naconfeitaria, no dia 31 de agos-to, das 19h30, no Espaço Cul-tural Fundação Japão.

Os wagashi (doce tradicio-nal japonês) são preparadoscom esmero e carinho, não sópara obterem um melhor saborcomo também uma bonita apa-rência. Esses doces têm umarelação profunda com a artetradicional da cerimônia do chá,na qual as mudanças sutis dasestações desempenham umpapel vital, bem como os reci-pientes nos quais eles são colo-

SABERES DOS SABORES

A influência japonesa na confeitaria ocidental é tema de palestrade 1 ano até conseguir adap-tar as suas receitas e técnicasaos ingredientes brasileiros.Mas, com o tempo, o sucessode seu trabalho e o aumentode pedidos fizeram com quesurgisse a Piquenique e umconvite para lecionar módulosde confeitaria na Faculdade deGastronomia do Senac.

Os doces de textura leve,com menos açúcar e, muitasvezes, com um toque japonês,fazem muito sucesso e con-quistaram o paladar dos pau-listanos. Atualmente, os docessão fornecidos à Loja do Chá,e aos restaurantes como Shin-tory, Rangetsu of Tokyo e JunSakamoto.

PALESTRA – CHÁ VERDE COM AÇÚCAR:A INFLUÊNCIA JAPONESA NA CONFEITARIA

OCIDENTAL, COM CHEF PÂTISSIER

CRISTINA MAKIBUCHI

QUANDO: DIA 31 DE AGOSTO (TERÇA-FEIRA), DAS 19H30 ÀS 21H30ONDE: ESPAÇO CULTURAL FUNDAÇÃO

JAPÃO (AV. PAULISTA, 37- 1º ANDAR –PARAÍSO)ENTRADA GRATUITA

É NECESSÁRIO EFETUAR INSCRIÇÃO PRÉVIA,ENVIANDO NOME COMPLETO E TELEFONE

PARA: [email protected]

VAGAS: 100 LUGARES

ACESSO PARA PORTADORES DE

NECESSIDADES ESPECIAIS

INFORMAÇÕES:(11) 3141-0110/3141-0843

cados. Assim sendo, os docese o chá verde tornaram-se parasempre ligados um com o ou-tro. Com o tempo, os naviosestrangeiros levaram novos in-gredientes e técnicas que influ-enciaram a produção de docesno Japão. Assim surge o termoyogashi para definir os docesocidentais.

Perfil – Cristina Makibuchigraduou-se em Ciências Con-tábeis, mas acabou se dedican-do à sua paixão: os doces. Em1996, foi ao Japão como bol-sista, onde trabalhou em umafábrica de pães, wagashi e

yogashi, na província de Fukui.Durante 1 ano, fez um rodíziopor essas três áreas, com ên-fase em yogashi, formando abase para suas técnicas.

Em 1998, fez um curso deentremets na Ècole LenÔtre eLe Cordon Bleu, em Paris. Nomesmo ano, retornou ao Japãopara aperfeiçoamento na áreade confeitaria , em Fukui, erealizou um curso de escultu-ra em açúcar, em Tóquio.

Ao retornar do Japão, Cris-tina estagiou no bistrô Payarde no Rubaiyat e começou aatender sob encomenda. Se-gundo a chef, demorou cerca

DIVULGAÇÃO

A chef Cristina Makibuchi

Os wagashi são preparados para obterem o melhor sabor e visual

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COMUNIDADE

8ª edição do Okinawa Festival supera expectativas

Écomum usar a expres-são “superou as expec-tativas” para dimensio-

nar a grandiosidade de umevento. No caso do 8º Okina-wa Festival, não se trata deexagero. Realizado pela Asso-ciação Okinawa Vila Carrãoem parceria com a Prefeiturade São Paulo e a SP Turis nosdias 21 e 22, no Clube EscolaVila Manchester, o eventoatraiu um público “muito aci-ma” do esperado pelos orga-nizadores. Embora não hajauma estimativa oficial, calcu-la-se que, “seguramente”, maisde 30 mil pessoas passarampelo local nos dois dias. A pre-visão inicial era superar o re-corde de 2008 – ano das co-memorações do Centenário daImigração Japonesa no Brasil– quando o clube registrou apresença de cerca de 20 milvisitantes.

A expectativa não era paramenos. Este ano, foi a primei-ra vez que o evento ocorreuem dois dias. “Estávamos re-almente preocupados. No sá-bado, como já esperávamos, opúblico correspondeu as nos-sas expectativas. Nossa preo-cupação era quanto ao domin-go, mas felizmente fomos sur-preendidos de forma positivacom um público igual ou atésuperior ao de sábado”, expli-cou um eufórico presidente daAOVC, Rui Chibana, lembran-do que o evento foi realizadono sábado e domingo atenden-do a um pedido dos parceiroscomo forma de proporcionarmaior comodidade aos visitan-tes.

Considerado pelas autori-dades municipais como o maiorevento da região Sudeste deSão Paulo, o Okinawa Festi-val faz parte do CalendárioOficial de Eventos do Municí-pio e mantém seu caráter fi-

lantrópico desde sua primeiraedição. Por solicitação dos or-ganizadores, o público é incen-tivado a contribuir com a doa-ção de um quilo de alimentonão perecível. Este ano, foramcontempladas seis entidadesassistenciais.

Abertura – No sábado, a ce-rimônia oficial de abertura con-tou com a presença dos vere-adores de São Paulo UshitaroKamia e Jooji Hato, e de Cam-pinas, Luis Yabiku, dosubprefeito de Aricanduva/VilaFormosa/Vila Carrão, Eduar-do Haddad, de candidatos àAssembleia paulista como Hé-lio Nishimoto, Mauricio Miyae Elzo Sigueta, além do presi-dente do Bunkyo, KihatiroKita, e do presidente doKenren, Akeo Yogui, entre ou-tros.

No domingo, pouco antesdo meio-dia, quem marcou

presença foi o prefeito Gilber-to Kassab (DEM). Ele esteveacompanhado do deputado fe-deral Walter Ihoshi (DEM-SP)e do secretário de Esportes,Lazer e Turismo da Cidade deSão Paulo, Valter Rocha.Kassab cumprimentou os fre-qüentadores e atendeu a im-prensa.

Kassab – Indagado pelo Jor-nal Nippak o que o OkinawaFestival representava para acidade de São Paulo, o prefei-to disse se tratar de um doseventos mais tradicionais inse-ridos no calendário municipalrealizado por uma comunida-de, “comunidade essa que éuma das mais queridas, repre-sentativas e expressivas deSão Paulo”. “O evento nos dáa oportunidade de mostrar acultura japonesa a quem aindanão a conhece, como os pró-prios filhos e netos de japone-

DIVULGAÇÃO

Vereador Ushitaro Kamia (2º à esquerda) e Comissão Organizadora do 8º Okinawa Festival

ses, e aos avós e bisavós depromover um reencontro comsuas raízes”, explicou Kassab,que elogiou o trabalho do de-putado federal Walter Ihoshi edo vereador Ushitaro Kamia.

“Independentemente deposição partidária, são pesso-

as que, ao longo dos anos, tra-balham em parceria servindode elo entre a comunidade e opoder público para fazer deSão Paulo uma grande cidade”,destacou Kassab.

Já o secretário Valter Ro-cha destacou o trabalho de seuantecessor na pasta, WalterFeldman. “Na verdade, ao fir-mar esta parceria com a co-munidade nipo-brasileira, es-tou dando continuidade ao tra-balho iniciado pelo Feldman.Estou estreitando e até melho-

rando essa relação ao promo-ver melhorias em equipamen-tos que possam receber festi-vais como esses”, disse o se-cretário. Para o subprefeito deAricanduva/Vila Formosa/Vila Carrão, Eduardo Haddad,“é uma grande honra não sóapoiar como também fazerparte desta festa, que, além demostrar a cultura e a culiná-ria, também tem caráter be-neficente”.

(Aldo Shiguti)Leia mais nas páginas 2 e 12

O Ryukyu Koku Matsuri Daikô agradece público do Festival

ALDO SHIGUTI

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010

COMUNIDADE

Kibô-no-Iê comemora seu 40º aniversário defundação preocupada com a segurança

Uma sessão solene or-ganizada pela CâmaraMunicipal de São Pau-

lo e uma solenidade comemo-rativa na sede da entidade emItaquaquecetuba, zona Lesteda capital, comemoraram nosdias 20 e 21 de agosto respec-tivamente, os 40 anos de fun-dação da Sociedade Benefi-cente Casa da Esperança –Kibô-no-Iê. No entanto as co-memorações das quatro déca-das da entidade não foramofuscadas diretamente por pro-blemas que estão sendo prati-cados por familiares dos pre-sidiários que visitam os meno-res infratores, detidos na Fun-dação Casa, recentemente ins-talada na vizinhança da insti-tuição beneficente.

De acordo com o Diretor-Presidente da Kibô-no-Iê, JairoMegumi Uemura, os freqüen-tadores do vizinho indesejávelestão constantemente invadin-do e roubando objetos da enti-dade, provocando prejuízos.Para resolver ou minimizar oproblema o dirigente informouque a administração está ten-do que murar as divisas daentidade para evitar problemasmaiores. “A situação tem cau-sado transtornos constantes,uma preocupação a mais paraos administradores e funcioná-rios que começam a temer achegada de pessoas que setornam agressivas, por contada necessidade que passam”,destaca.

Segundo o dirigente porenquanto todas as noites pes-soas estranhas tem promovi-do roubos de pequenas mon-tas como carrinhos e ferramen-tas para transportar “frutos deroubos que fazem na vizinhan-ça”. O problema já foi regis-trado por meio de boletim deocorrência na delegacia depolícia de Itaquaquecetuba.“Na somatória de tudo, todoutensílio que é subtraído daquiacaba virando um custo one-roso para a entidade. O que agente pede para que os nos-sos funcionários não façam éa abordagem, não é funçãodeles, pedimos que acionem aparte da segurança. Estamoslidando com pessoas que nadatem a perder”, esclarece.

Jairo Uemura afirma queproblema por hora ficou res-trito a uma reclamação na de-legacia policial e o que temfeito é tomar providências paraevitar que isso ocorra, e aconstrução do muro é funda-mental para evitar a questão.“Estamos desenvolvendo umacampanha de forma que a nos-sa instituição consiga construir1810 metros lineares de muroem toda a extensão. Mais umavez vamos contar com a ajudade amigos e empresas parcei-ras e deles aceitarem essa pro-posta que será colocada paraa sociedade. Iremos lotear omuro em módulos de formaque tenha um custo acessívelpara quem queira nos ajudar”,ressalta.

Para Jairo Uemura peloque a Kibo-no-Iê representa epara a sociedade conhecer aentidade, ele tem certeza que

tro décadas de atividades o di-rigente afirma que a grandeconquista é ter a sede própria,e o legado de voluntários queacredita no trabalho e destinamum tempo para ajudar a enti-dade. Há um ano e meio nocargo de presidente ele infor-ma que a sede sempre precisade melhoria e benfeitoria.

O evento contou com a pre-sença de várias autoridades,como a participação ilustre dosuperintendente da organiza-ção Seirei Gakuen do Japão,Ruka Horiguchi, do cônsul-ge-ral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe e a consulesaEiko Obe; o Diretor-Presiden-te da Kibô-no-Iê, JairoMegumi Uemura; o presiden-te da Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e de Assis-tência Social (Bunkyo), Kiha-tiro Kita; o candidato a depu-tado estadual Victor Kobaya-shi (PSDB/DEM); e outros.

A programação do aconte-cimento contou com hastea-mento das bandeiras do Japão,

a campanha encerrará rapida-mente e em seis meses o murodeverá estar em pé. “Mais uns30 dias a gente está concluin-do o objetivo da campanha”,avalia. Por outro lado, parasuperar as dificuldades a enti-dade desenvolve diversoseventos com o intuito de an-gariar fundos para minimizar ocusto de R$ 1.900,00 por in-terno/mês. “A Festa do Verdeé a nossa principal festa, ka-raokê shien kayo-sai que agre-ga 300 cantores, chá e jantarbeneficente, bingo encontro eesperança, enfim vários even-tos que os amigos nos permi-tem a suportar essa dificulda-de que vem pela frente”, ex-plica.

Festejos – Um céu azulensolarado com temperaturaagradável na manhã do dia 21de agosto favoreceu positiva-mente para a realização dasolenidade comemorativa dos40 anos de atividades da Kibô-no-Iê na sede da entidade emItaquaquecetuba. Para JairoUemura, comemorar 40 anosé ultrapassar uma etapa de umsonho que não sabe quandoterá condições de terminar eexecutar 100%, mas com aajuda dos amigos, das empre-sas parceiras que tem apoiadoe acreditado no trabalho daentidade, ele imagina que es-tará visualizando pelo menosdez anos adiante. “Falar dospróximos 40 anos é muito vago,

mas temos plena certeza quea luta será árdua e bastanteconstante”, destaca. Após qua-

JORNAL NIPPAK/AFONSO JOSÉ DE SOUSA

Cônsul Kazuaki Obe e a consulesa Eiko Obe (esquerda) cortam o bolo com dirigentes da Kibô-no-Iê

do Brasil e da entidade, pala-vras do presidente, culto religi-oso do pastor japonês KyoichiroMorita da Igreja Unida de Cris-to do Japão. Além de homena-gens aos fundadores e colabo-radores como Komei Tomioka,Toyohiro Shimura e outras 19pessoas. Também foram pro-movidos shows com musicote-rapia com os internos da fun-dação, e dos cantores TamiresRegine, Juliane Okabe, Karene Sayuri Taira, Joe Hirata eEdson Saito.

Fundação – A Casa da Espe-rança - Kibô-no-Iê foi funda-da por Koko Ichikawa, quenasceu no Japão em 1927. Aos31 anos, ela chegou ao Brasile trouxe sua experiência detrabalho em uma instituiçãoeducacional especializada noensino de excepcionais. Apóstrabalhar na Kodomo-no-Sono,ela resolveu iniciar seu própriotrabalho em uma casa na VilaBrasilândia, recebendo em1963 o seu primeiro interno.Começava a obra da Kibô-no-Iê, marcada pela união da de-dicação de Koko com a soli-dariedade de muitos amigos.Sem fins lucrativos a entidadeque tem como missão prestarassistência e amparo às crian-ças e adultos com deficiênciaintelectual, abriga atualmente91 pacientes que realizam tra-balhos manuais e o dinheiroarrecadado é revertido direta-mente para eles.

Na próxima edição, o Jor-nal Nippak estará publicandomais fotos das comemoraçõesdos 40 anos da Kibô-no-Iê

(Afonso José de Sousa)

A sessão solene em ho-menagem aos 40 anos daKibô-no-Iê organizada pelaCâmara Municipal de SãoPaulo contou com a iniciati-va dos vereadores Jooji Hato(PMDB), Ushitaro Kamia(DEM) e Antonio Goulart(PMDB). O presidente dasessão Jooji Hato estavamuito emocionado com a co-memoração, ao homenagearo público presente ele comomédico disse que sabe o queé dar de si para o próximo, etodos os presentes na sessãosacrificaram finais de sema-na, trabalhando para angari-ar fundos e tiveram váriasnoites de preocupação. “Nãoé fácil para um presidentetrabalhar dioturnamente ecom dedicação, largando osafazeres, a família para sededicar à Kibô-no-Iê. Souvereador há 28 anos e acre-dito que essa é a sessão maisimportante que participo. São40 anos dessa Casa sagrada,quem ajuda o próximo mere-ce nosso carinho e respeito.Presidir uma sessão dessasnos dá uma honra muito gran-de”, disse o parlamentar.

Na ocasião o vereadorUshitaro Kamia exaltou queao longo dos 40 anos se so-mam vitórias e trabalho que

substituem as dificuldades eobstáculos que foram e aindasão enfrentadas até hoje. Paraele na matemática há ainda amultiplicação do sentimento defazer um mundo melhor para simesmo e para o próximo, mo-vendo centenas de pessoaspara fazer parte de uma cor-rente. Voluntários de todas asidades, especialmente os jovensque doam não só a mão-de-obra, mas ainda a alegria de sedivertirem e o orgulho de prati-car o bem por meio de açõesbeneficentes. “Sem o apoio decada um que se dedicou emprol do próximo, seria quaseimpossível manter em ativida-

de todos os cuidados que essaspessoas tanto necessitam”, afir-mou Ushitaro Kamia, outro pro-ponente da sessão.

Em seu discurso o presi-dente da Kibô-no-Iê, JairoUemura assegurou que aos 40anos está se conquistandomais uma etapa do sonho dafundadora Koko Ichikawa deajudar o próximo e o necessi-tado, transformando e mudan-do completamente a vida demuitas pessoas. Como presi-dente ele disse que tem muitoque fazer, muitos objetivospara conquistar e defendeuque o comprometimento temque ser absoluto, porque vidas

humanas dependem disso.“Apesar das adversidades quenos aguardam, reconhecemosa importância dos colaborado-res e parceiros. Estamos uni-dos num único propósito deproporcionar uma vida dignaaos nossos internos. Diante deeventuais injustiças podemoshomenagear a todos aquelesque um dia estenderam asmãos, peço além das sincerasdesculpas que não deixem decontribuir com a entidade, paraque consigamos realizar o so-nho daqueles que juntamentecom Deus estão nos abenço-ando. Amigos, obrigado porexistirem e fazerem uma enor-me diferença na vida dos nos-sos internos”, frisou.

Para Jairo Uemura a ho-menagem da Câmara é o re-conhecimento de um trabalhoárduo, de uma luta sem fim queinfelizmente não há vencedorporque os internos da entida-de têm muito poucas possibili-dades de recuperação e me-lhora. “A maioria deles sãohóspedes perpétuos e precisa-mos com a ajuda de todos osamigos e empresas patrocina-doras levar carinho e alentopara eles”, completou.

Durante a comemoraçãoforam homenageados várioscolaboradores, patrocinadores,

Vereadores exaltam a sessão em homenagem à Kibô-no-Iêcomo a mais importante da casa parlamentar

voluntários e ex-diretores dainstituição, entre eles a Or-ganização EducacionalSeirei; Arujá Golfe Clube;Associação Paranaense deCultura (APC); SociedadeBrasileira e Japonesa de Be-neficência Santa Cruz; Asso-ciação dos Floricultores daRegião da Via Dutra –Aflord; Banco SantanderBrasil; Jô Tatsumi; JoséTakaesso; Felícia Watanabe;Akihisa Kitagawa; TonyHuang; Nelson Nakada;Fumio Horii; Kihatiro Kita; eShiozo Matsumoto.

Além dos proponentes amesa da sessão solene foicomposta pelo presidente daCasa da Esperança - Kibô-no-Iê, Jairo Megumi Uemura;cônsul do Japão para assun-tos políticos, Toshinori Matsu-shiro; deputado federal WillianWoo (PPS/SP); vereador deGuarulhos Eduardo KameiYukisaki (PSDB); presidenteda Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e Assistên-cia Social, Kihatiro Kita; su-perintendente da SeireiGakuen, Ruka Horiguchi; evice-presidente da Federaçãodas Associações de Provínci-as do Japão no Brasil(Kenren), Satio Oyamada.

(AJS)

Sessão na Câmara homenageou colaboradores e patrocinadores

AFONSO JOSÉ DE SOUSA

Convidados assistiram apresentação de musicoterapia dos internos

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São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010 JORNAL NIPPAK 11

COMUNIDADE

“A exposição da Aflord embeleza a alma e ocoração do arujaense”, afirma o prefeito Abel Larini

Já está virando rotina. Acada cerimônia de abertura da Expo Aflord, a con-

sulesa Eiko Obe conquista no-vos admiradores. Foi assim noano passado, quando o esfor-ço da simpática consulesa paracantar o hino brasileiro, em por-tuguês, não passou desperce-bido. Nem quando saudou ospresentes, também em portu-guês. Na ocasião, o JornalNippak destacou o empenhoda consulesa. Desta vez, nacerimônia de abertura da 19ªExpo Aflord, no último dia 21,na sede da entidade, em Arujá(SP), não foi diferente. Acom-panhada pelo cônsul geral doJapão em São Paulo, KazuakiObe, a consulesa foi alvode´novos elogios.

Antes, aproveitou paraconferir as barracas dos expo-sitores e, como “qualquer ca-sal normal”, fez questão de re-gistrar o momento para seu ál-bum de recordações e tirouuma foto do cônsul – cenaflagrada pela reportagem doJornal Nippak.

Em português e japonês,o cônsul destacou a grandecontribuição que os imigran-tes japoneses deram ao de-senvolvimento da agriculturae agradeceu a acolhida dedi-cada à consulesa em 2009.“Fui representando pela con-sulesa Eiko Obe, que cantouo hino melhor que eu, e que-ro agradecer as palavraselogiosas do prefeito AbelLarini [de Arujá]. Entendoque os imigrantes contribuí-ram grandemente para o de-senvolvimento da agriculturaatravés do intercâmbio tec-nológico e hoje a Aflord sim-boliza a amizade entre os doispaíses”, discursou o cônsul nasolenidade que contou aindacom as presenças da direto-ria da Aflord através de seupresidente, Hirotaka Hayashi,do deputado federal WalterIhoshi (DEM-SP); do verea-dor Jooji Hato (PMDB); dopresidente do Bunkyo (Soci-edade Brasileira de CulturaJaponesa e de AssistênciaSocial), Kihatiro Kita; do pre-sidente do Kenren (Federa-ção das Associações de Pro-víncias do Japão no Brasil),Akeo Yogui; e dos candida-tos Junji Abe (a deputado fe-deral) e Elzo Sigueta (a de-putado estadual).

Para Abel Larini, a ExpoAflord é motivo de orgulhopara o município que contacom uma população estima-da em 80 mil moradores.“Trata-se de um evento queembeleza a alma e o coraçãode todos os arujaenses”, afir-mou o prefeito, acrescentan-do que “perguntei ao cônsulKazuaki Obe o que ele acha-va de Arujá e ele respondeuque é um dos lugares mais lin-dos que já conheceu”.

Segundo o prefeito, embo-ra o “forte” de Arujá seja a in-dústria, que gera ICMS, quegera riqueza, a Expo Aflord éum evento especial, pois aliaencantamento e receita, quecontribuem para o índice dedesenvolvimento humano”.

vas gerações devem percorrerpara chegar aos 200 anos?Digo que não precisamos fazernada de diferente, basta conti-nuarmos cultivando as tradi-ções que nossos ancestraistrouxeram como o karaokê, asartes marciais e nas atividadeseconômicas que os descenden-tes e japoneses praticam commuita dedicação e competên-cia, como na produção de fru-tas e hortaliças e, mais recen-temente, no desenvolvimento epesquisa que inclui plantas or-namentais e orquídeas”.

“E neste setor específico,a região de Arujá é uma sen-sação porque todos os anos osprodutores estão inovando emtermos de tecnologia e se ade-quando às exigências de mer-cado. Graças ao trabalho daAflord as plantas ornamentaise as orquídeas que outroraeram privilégios da classe mé-dia alta, hoje são acessíveis aosmais humildes”, destaca JunjiAbe, que aproveita para “pa-rabenizar os mais velhos porentregarem o comando aosmais novos”.

Orgulho – Segundo o funda-dor do Instituto Paulo Koba-yashi, Victor Kobayashi, “aExpo Aflord é um dos princi-pais eventos da comunidadenikkei que contribui, inclusive,para preservar e divulgar acultura japonesa”. “São even-tos como esses que enchem acomunidade de orgulho pormostrar a influência e o traba-lho dos imigrantes na agricul-tura”, diz o candidato tucano auma vaga à Assembleia Legis-lativa do Estado de São Paulo.

Para o vereador e candida-to a deputado estadual peloPMDB, Jooji Hato, “a agroin-dústria é familiar para mim”.“Nasci em Pacaembu, na re-gião da Alta Paulista e sei oque é agroindústria. Quando ogoverno investe na produçãode alimentos está investindotambém na geração de empre-gos e ajudando a combater aviolência”, constata Hato, afir-mando que o desenvolvimentoda agricultura, “bem como fa-zer com que as ferrovias vol-

ALDO SHIGUTI

Cerimônia de abertura contou com a presença do cônsul Kazuaki Obe e da consulesa Eiko Obe

Realizada pela Aflord (As-sociação dos Floricultores daregião da Via Dutra), em suasede, em Arujá (SP), a 19ªExpo Aflord – Feira de Flores,prossegue neste fim de sema-na (28 e 29) e nos dias 4, 5,6 e7 de setembro.

O evento, que reúne maisde 2000 variedades de florese plantas, tem como caracte-rística antecipar e lançar asnovas tendências da estação.Este ano o tema escolhido pelaorganização para apresentaras flores e plantas é “Parquede Diversão”. Com o públicoformado principalmente porfamílias, o objetivo é homena-gear as crianças e conseguirfazer com que os adultos tam-bém revivam os bons momen-tos dessa fase da vida.

Os produtos estarão expos-tos em meio a decoraçõesmontadas em réplicas dos brin-quedos mais concorridos emparques, como montanha rus-sa, carrosel, roda gigante e axícara.

O destaque deste ano seráa flor Ciclame (em latim,Cyclamen). Com origem nasilhas gregas e na região domar mediterrâneo, ela se dife-re das outras por apresentar aspétalas torcidas (ver foto) epoderá ser encontrada em qua-

tro cores: rosa, branca, lilás evermelha.

Além da Ciclame, o even-to contará com mais de 2000variedades de flores, 60 ape-nas de Orquídeas. As plantasornamentais, famosas por se-rem utilizadas na arquitetura deinteriores, também terão des-taque na exposição: serão 40tipos de plantas expostas.

Culinária – Comidas típicasjaponesas, música, jardins de-corados, shows de mágica, en-tre outras atrações, são opçõespara a família poder curtir nafeira. Para comer, os visitantespoderão saborear o melhor daculinária japonesa, como tem-purá, udon, missoshiro, sashimi,sushi, dentre outros.

19ª EXPO AFLORDQUANDO: DIAS 28 E 29 DE AGOSTO E 4,5, 6 E 7 DE SETEMBRO

ONDE: SEDE DA AFLORD: AVENIDA PLDO BRASIL, KM 4,5, FAZENDA VELHA -ARUJÁ (SP).INGRESSOS: R$ 15,00 (BILHETERIA), R$12,00 (CONVITE ANTECIPADO E EXCURSÕES

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Feira prossegue nestefim de semana

RAIO X: CICLÂME

Nome popular: CiclâmeNome científico (espécie): CyclamenFamília: MyrsinaceaeOrigem: Planta originária das ilhas gregas e da região domar mediterrâneoCaracterísticas: A planta é de pequeno porte e não ultra-passa 20 centímetros . Ela costuma ser cultivada em vasos.As flores nascem no verão. É uma planta que deve ser cul-tivada em um clima ameno (de meia sombra), mas necessitade sol direto durante quatro horas por dia. Por isso, é reco-mendado colocá-la próxima à janela, mas não se esqueça deprotegê-la do vento. O ideal é regá-la por, pelo menos, duasvezes na semana.

Fundada em 1981,Aflord reúne 77 produtores

Fundada em dezembro de 1981, a Aflord (Associação dosFloricultores da região da Via Dutra) foi criada por KatsuyaAraki com objetivo de reunir os diversos produtores que man-tinham propriedades às margens da Via Dutra para trocar in-formações sobre cultivo, comercialização e padronização dosprodutos, além de facilitar o acesso à assistência técnica.

Hoje, a entidade é formada por 77 produtores das cidades deTaubaté, São Jose dos Campos, Jacareí, Guararema, Mogidas Cruzes, Biritiba Mirim, Santa Isabel, Guarulhos e Arujá.A associação tem como principal exponencial de seu traba-lho a Expo Aflord.

tem a ser o que eram antespara que possam escoar nos-sos produtos, são bandeirasque pretendemos levantar”.

Crescimento – Para o vice-presidente da Aflord, Luiz Ishi-kawa, são esperados cerca de40 mil visitantes nos oito diasde evento. O número represen-ta um aumento de cerca de15% em relação a 2009, quan-do 34 mil pessoas passarampelo local. “Este ano foi mais

Tradição – Elzo Sigueta des-tacou a importância “histórica”da Expo Aflord. “Os imigran-tes vieram ao Brasil e acaba-ram indo para a agricultura, queaos poucos foi substituindo amão de obra pelas máquinas.Mas ainda há setores da agri-cultura que exigem paciência econhecimento técnico, atributosda comunidade nipo-brasileira”,observou Sigueta, acrescentan-

do que “a flor representa ale-gria e amor ao próximo”. “Porisso é fundamental apoiarmosentidades como a Aflord, quecultivam esse trabalho”.

Para o ex-prefeito de Mogidas Cruzes e candidato a de-putado federal, Junji Abe, “102anos se passaram desde que osprimeiros imigrantes japonesesaqui chegaram”. “Todos se per-guntam qual o caminho as no-

Batidas do taikô chamaram a atenção dos convidados

Apresentações artísticas agradaram o público no primeiro dia

Visitantes aproveitaram para registrar as estrelas da festa Este ano, evento tem como tema “Parque de Diversão” e presta uma homenagem às crianças, onde os adultos também tem vez

difícil que os anos anterioresporque tivemos que realizar afeira sem a ajuda de emendasparlamentares. Mas graças aoempenho de todos os associa-dos, todos procuraram trabalharda melhor forma possível paraque isso não afetasse a belezado evento”, explica Ishikawa,que destaca, principalmente, adecoração do Pavilhão de Ex-posições, que este ano prestauma homenagem às crianças.

(Aldo Shiguti)

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 26 de agosto a 01 de setembro de 2010

COMUNIDADE

Público aprova novo formato do Okinawa Festival;evento arrecada 11 toneladas de alimentos

Épossível constatar o su-cesso de um evento devárias maneiras. Uma

delas é através do fluxo denikkeis indo para uma mesmadireção. Outra, é pedir infor-mações a algum morador daregião. Se ele te devolver coma pergunta: ‘é naquele lugaronde está tendo uma festa ja-ponesa?’, é sinal que o evento“extrapolou” os limites da co-munidade e virou referência nobairro. E quando o evento re-cebe a visita da principal auto-ridade da cidade, então, é mo-tivo mais que suficiente paranão duvidar que a empreitadaobteve êxito.

O 8º Okinawa Festival, re-alizado pela Associação Oki-nawa Vila Carrão, em conjun-to com a Prefeitura Municipalde São Paulo e SP Turis, nosdias 21 e 22, no Clube EscolaVila Manchester, é um exem-plo clássico.

“O Okinawa Festival é osucesso que é hoje graças aoapoio da Prefeitura Municipalde São Paulo, através da SPTuris e da Anhembi”, admite overeador Ushitaro Kamia, pre-sente desde a primeira ediçãodo evento. “O Festival cresceutanto que faz parte do calen-dário municipal”, conta Kamia.

Para o deputado federalWalter Ihoshi (DEM-SP), oOkinawa Festival “já é uma re-alidade”. “Participo desde o pri-meiro e sei o quanto é impor-tante o apoio do poder público,principalmente da Prefeitura.Antes, não existia essa estrutu-ra”, contou o parlamentar, lem-brando que este ano, por ser anoeleitoral, não foi possível con-templar o evento com umaemenda, como ocorreu em2009. “Mas o sucesso do Festi-val mostra que a comunidadeestá no caminho certo”, afirmou.

Otimizando espaços – Queo diga o vice-presidente daAOVC, Tério Uehara. “A rea-lização deste Festival, em parti-cular, era um desafio por ser oprimeiro em dois dias. Mas fi-camos surpresos com o resulta-do”, disse Uehara, lembrandoque, diferentemente de outroseventos do gênero, “que costu-mam esvaziar lá pelas 17 horas,o Okinawa Festival é obrigadoa estender seu horário”.

“Acho que essa caracterís-tica deve-se ao fato de o even-to ser freqüentado, basicamen-te, por moradores da região, queé formado, principalmente, porcomerciantes, que muitas vezestrabalham em outras regiões. E

quem veio no sábado acabouretornando no domingo”, disseUehara, acrescentando queeste ano a Comissão Organi-zadora aumentou o número debarracas, de 82 em 2009 para104. “Utilizamos, também oespaço depois do alambradopara deixar as barracas de ali-mentação mais distantes dopalco”, conta ele, revelando quepara 2011a ideia é otimizar osespaços para proporcionarmais comodidade aos visitantes.“Nosso desafio é nos superar-mos a cada Festival”.

“A própria presença doprefeito mostra o prestígio quealcançamos. Começamos comapenas 12 barracas, numa par-ceria com a Igreja Santa Ma-rina. Na época, o evento foi re-alizado como 1º Festival daPrimavera e do Bon Odori. Apartir do segundo é que pas-

sou a se chamar Okinawa Fes-tival”, conta Uehara, acrescen-tando que este ano foram ar-recadadas 11 toneladas dedonatidos – quase o dobro de2009 – que serão doados a seisentidades beneficentes.

Repercussão – Se depender daopinião dos freqüentadores en-trevistados pelo Jornal Nippak,a festa ainda terá muitos anospela frente. O representanteMassao Ishikawa, de 72 anos,percorreu o trajeto entre SãoMateus – onde mora – até o lo-cal em 20 minutos. Sabia que oevento seria realizado em doisdias, mas não sabia a programa-ção. Tanto que chegou cedo praconferir todas as atrações. “É aprimeira vez que venho. Decididar um pulo de tanto meus cole-gas de trabalho falarem que erabom”, disse. Kuniko Ichitani, de

57 anos, moradora de SãoVicente, no litoral paulista, esta-va como acompanhante deHaru Miaira, de 81 anos, quemora próxima ao clube. “Esti-vemos aqui no sábado e decidi-mos voltar hoje (domingo)”, ex-plicou a cuidadora de idosos, queficou até o encerramento e apro-vou todas as atrações.

“Veterano”, o feirante Sil-vio Arakaki, de 49 anos, esta-va no Festival por um motivoespecial. Os filhos, FábioKenji, de 6 anos, e André Ka-zuo, de 9, alunos da EscolaHeisei, iam se apresentar nopalco no número de YosakoiSoran. “Costumava vir no sá-bado à tardezinha e ficava atéo encerramento. Mas hojeaproveitei para passear commais calma”, disse Arakaki.

(Aldo Shiguti)Leia mais nas páginas 2 e 9

FOTOS: ALDO SHIGUTI

Clube Escola Vila Manchester ficou lotado nos dois dias do evento

Apresentações de danças típicas também atraíram o público

Este ano foram arrecadados 11 toneladas de alimentos

Rui Chibana, Gilberto Kassab, Walter Ihoshi e Ushitaro Kamia: prefeito fez questão de participar