pódio - 26 de agosto de 2014

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FOTOS: DIVULGAÇÃO Cheio de histórias, o maior campeão brasileiro completa 100 anos hoje. O Palestra Itália, atualmente Sociedade Esportiva Palmeiras, foi fundado por imigrantes italianos que decidiram disputar a nova modalidade esportiva que acabara de chegar no Brasil. Pódio D4 e D5 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] Quando surge o ALVIVERDE IMPONENTE

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 26 de agosto de 2014

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Cheio de histórias, o maior campeão brasileiro completa 100 anos hoje. O Palestra Itália, atualmente Sociedade

Esportiva Palmeiras, foi fundado por imigrantes italianos que decidiram disputar a nova modalidade esportiva que

acabara de chegar no Brasil. Pódio D4 e D5

MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 [email protected]

Quando surge o ALVIVERDE IMPONENTE

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D2 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

Tabelas do Brasileirão 2014

SÉRIE A

Time PG J V E D GP GC SG1° Cruzeiro 39 17 12 3 2 34 13 212° São Paulo 32 17 9 5 3 28 19 93° Internacional 31 17 9 4 4 22 13 94° Corinthians 31 17 8 7 2 23 11 125° Fluminense 29 17 9 2 6 27 15 126° Atlético-MG 26 17 7 5 5 23 19 47° Grêmio 25 17 7 4 6 15 14 18° Sport 25 17 7 4 6 14 21 -79° Atlético-PR 24 17 6 6 5 23 22 110° Santos 23 17 6 5 6 18 13 511° Flamengo 22 17 6 4 7 14 21 -712° Figueirense 20 17 6 2 9 13 22 -913° Goiás 20 17 5 5 7 11 18 -714° Botafogo 19 17 5 4 8 18 18 015° Chapecoense 19 17 5 4 8 11 16 -516° Palmeiras 17 17 5 2 10 14 23 -917° Criciúma 17 17 4 5 8 9 23 -1418° Bahia 16 17 3 7 7 11 16 -519° Coritiba 15 17 3 6 8 14 18 -420° Vitória 15 17 3 6 8 15 22 -7

Zona de classifi cação para a LibertadoresZona de rebaixamento

SÉRIE B

Time PG J V E D GP GC SG1° América-MG 32 18 10 2 6 27 17 102° Ceará 32 18 9 5 4 30 25 53° Vasco 32 18 8 8 2 25 12 134° Avaí 31 18 9 4 5 20 15 55° Joinville 30 18 9 3 6 23 19 46° Luverdense 28 18 8 4 6 24 21 37° Ponte Preta 28 18 7 7 4 23 20 38° Náutico 27 18 8 3 7 22 23 -19° Sampaio Correa-MA 27 18 7 6 5 29 21 810° Atlético-GO 25 18 7 4 7 27 25 211° ABC 24 18 7 3 8 17 18 -112° Boa Esporte Clube 24 18 7 3 8 24 26 -213° Santa Cruz-PE 24 17 5 9 3 21 17 414° América-RN 23 18 7 2 9 25 26 -115° Paraná Clube 22 18 6 4 8 20 20 016° Icasa 19 18 5 4 9 14 20 -617° Oeste 19 18 4 7 7 18 28 -1018° Bragantino 16 17 4 4 9 18 26 -819° Vila Nova-GO 14 18 4 2 12 13 29 -1620° Portuguesa 14 18 2 8 8 16 28 -12

SÉRIE C

Time PG J 1° Fortaleza 23 112° Botafogo-PB 20 123° Salgueiro 19 124° Cuiabá-MT 18 125° CRB 18 126° ASA 15 127° Paysandu 13 128° Treze-PB 13 129° CRAC-GO 11 1210° Águia de Marabá 8 11

GRUPO A Time PG J1° Mogi Mirim 23 122° Madureira 19 123° Caxias 19 124° Macaé 18 125° Tupi 18 126° Juventude 17 127° Guaratinguetá 16 128° São Caetano 12 129° Guarani 12 1210° Duque de Caxias 6 12

CHARGE CLICK ESPORTIVO

Na tarde de ontem (25), o diretor de futebol do Princesa, Rone Barbosa, confi rmou a dispensa do lateral esquerdo Alberto (à dir.). Outro que também não faz mais parte do elenco é o lateral direito Magno, que não caiu nas graças da torcida e perdeu espaço no time de Charles Guerreiro

FRASE

Ele está no caminho certo. Com a bola nos pés é fenomenal. Se ele continuar ajudando na marcação, não tenho dúvida de que voltará

Do volante Denílson, do São Paulo, sobre a pos-sibilidade de Ganso voltar a seleção brasileira

ARTILHARIA

8Gols marcados

Ricardo Goulart

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GRUPO B

Time PG J V E D GP GC SG1° Rio Branco-AC 14 6 4 2 0 9 3 62º Princesa 10 6 3 1 2 7 4 33º Genus-RO 9 6 3 0 3 4 6 -24º Santos-AP 7 6 2 1 3 6 7 -15º São Raimundo-RR 6 6 2 0 4 5 9 -46º Atlético Acreano 5 6 1 2 3 5 7 -2

GRUPO A1

SÉRIE D

Treinadores perdem empregoChegando ao fi nal do pri-

meiro turno do Campeoanto Brasileiro, algumas equipes já começam a se preocupar com a sequência de mais resultados. Três delas decidiram mudar de treinadores para ver se a situação melhora. A primeira foi o Coritiba que deu um ponto fi nal a Era Celso Roth. Com o Coxa na zona de rebaixamen-to, com aproveitamento pífi o no Alto da Glória durante sua passagem – no Campeonato Brasileiro conquistou apenas uma vitória em casa – dire-toria e treinador, em comum acordo, anunciaram no último domingo (24) a mudança na comissão técnica. Marquinhos Santos volta à equipe.

A permanência de Roth no cargo já estava em risco nas

últimas semanas, especial-mente após os protestos dos torcedores no CT da Graciosa. Uma vitória no Couto Pereira, diante do Vitória, prorrogou sua permanência por mais alguns dias. Porém, a derro-ta para o Palmeiras, desper-diçando a oportunidade de afundar um adversário direto e sair da zona da degola foram a gota d’água.

Doriva caiDepois de Celso Roth, Do-

riva, do Atlético Paranaense, fi cou sem o emprego. O anún-cio foi feito pela diretoria do Furacão menos de uma hora após o término da partida diante do Bahia, que terminou em um empate sem gols na Arena da Baixada.

O treinador assumiu o Ru-bro-Negro durante a inter-temporada realizada na pau-sa do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa do Mundo. Após um início pro-missor, levando o time aos G4, seu trabalho passou a ser questionado a partir da derrota em casa para o Flumi-nense, quando insistiu em um esquema com três atacantes e viu o time ser envolvido. Para mudar a formação, optou pela saída artilheiro Douglas Coutinho da equipe. O empate diante do Tricolor de Aço foi o terceiro jogo seguido sem vitória de Doriva e distanciou a equipe do grupo dos quatro primeiros. Quem assumirá in-terinamente o Atlético, mais uma vez, será Leandro Ávila.

Criciúma demiteA sequência de sete jogos

sem conquistar uma vitória sequer, somada à entrada da equipe na zona de rebaixamen-to, bastou para que a diretoria do Criciúma comunicasse, on-tem (25), a demissão do técnico Wagner Lopes. Em 14 jogos no comando do Tigre, Lopes acumulou quatro vitórias, qua-tro empates e seis derrotas, somando apenas 38% de apro-veitamento dos pontos.

A demissão de Lopes acar-retou no desligamento dos outros membros da comissão técnica. Além do treinador, o preparador físico Benê Lima, o auxiliar técnico Sandro Rosa e o analista de desem-penho Rafael Cotta deixaram o Oeste catarinense.Celso Roth foi um comandante que perdeu o emprego

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D3MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

A decisão fi cou para hojeClubes se reuniram na Federação Amazonense de Futebol (FAF), mas não chegaram à uma decisão sobre como vai ser disputada a seletiva para a Copa Verde 2015. Jogadores profi ssionais manifestaram descontentamento

Em reunião que aconte-ceu na tarde de ontem (25) na sede da Fede-ração Amazonense de

Futebol (FAF), as sete equipes que disputarão a seletiva da Copa Verde - Fast, Princesa do Solimões, São Raimundo, Penarol, Nacional Borbense e Iranduba - não chegaram a um acordo sobre como vai ser disputada a competição. Primeiramente, foi decidido que o torneio seria sub-21. Porém, a diretoria do Princesa do Solimões não aceitou e propôs que todas as agremia-ções entrassem com equipes formadas por profi ssionais.

“A seletiva existe para que se tenha uma competição no segundo semestre no Ama-zonas. Agora querem colocar sub-21. O Princesa do Soli-mões não apoia essa ideia. Os jogadores profi ssionais devem fi car na ativa. Eles têm todo o direito de protestar porque estão sendo prejudi-cados. São pais de família e têm contas para pagar”, disse o diretor de futebol do Princesa, Rone Barbosa.

Porém, a proposta feita pela equipe de Manacapuru não foi aceita pelos outros clubes. O gerente de futebol do Manaus FC propôs que o campeonato fosse disputado semelhante às Olimpíadas. Os elencos sub-21 poderiam

ter até três jogadores acima dessa idade. A ideia também não agradou a diretoria do Fast e do Penarol.

Como não conseguiram chegar à uma decisão unâ-nime, uma nova reunião foi marcada para a tarde de hoje. Outra proposta que ganhou força foi a de que a seletiva seja disputada em janeiro de 2015 e funcione como uma pré-temporada para as equi-pes do Amazonas.

“Fizemos uma reunião sex-ta-feira (22) e ouve um acordo com os clubes presentes que seria com profi ssionais até sub-21. Mas, na reunião de hoje, o Princesa se posicionou contrário com que fosse usado só jogadores sub-21. O que inviabiliza porque você não pode impedir nenhum pro-fi ssional de trabalhar. Então, durante a discussão, surgiu a ideia de se fazer com quatro jogadores como é nas Olim-píadas. Não se chegou a um

acordo. Outra ideia foi fazer a seletiva como pré-temporada a partir do dia 10 de janeiro. O Campeonato Amazonense deve começar em fevereiro e a Copa Verde apenas dia 15 do mesmo mês. Vou consultar a CBF para ver se é possível informar o segundo indicado do Estado até o dia 30 de janeiro para que a gente possa amanhã, com os sete clubes que vão jogar a competição, defi nir isso”, explicou Dissica Valério, presidente da FAF.

O dirigente falou sobre o movimento dos jogadores profi ssionais do Amazonas que se posicionaram contra o fato de o torneio ser sub-21. Apesar de entender o lado dos atletas que estão protestando, Dissica afi rma que a decisão de limitar idade ajuda a valorizar os jogadores das categorias de base do Amazonas.

“Eles têm suas razões, po-rém são em número bem me-nor que a centena de atletas, que teriam a oportunidade de serem mostrados para os torcedores. Não se pode im-pedir nenhum trabalhador de trabalhar. É importante esses jogadores saibam que foi eu, no início do ano quando reuni-mos no conselho técnico, que sugeri o acontecimento dessa seletiva para que tivéssemos, pelo menos, sete clubes com seus atletas profi ssionais tra-balhando no segundo semes-tre”, concluiu Dissica.

Cerca de 30 jogadores se reuniram e estão dispostos a brigarem para que a se-letiva da Copa Verde não tenha limites de idade. A maior indignação desses atletas é que fi carão oitos meses sem jogar no Ama-zonas porque não aconte-cerá nenhuma competição no Estado. Vale lembrar que a Segundinha do Estadual foi cancelada. Um dos lí-deres do movimento é o lateral esquerdo Carlinhos, que atuou pelo Manaus FC nesta temporada. O atleta explicou qual a principal in-dignação da classe.

“A principal indignação dos jogadores é sobre a

seletiva que vai aconte-cer e contará apenas com atletas sub-21. Não estou criticando o presidente da Federação, nem os demais clubes que aprovaram isso. A minha reivindicação é falar sobre os atletas que foram excluídos deste cam-peonato. Porque botaram apenas Sub-21? Somos pais de família e depende-mos do futebol. Eles estão nos excluindo de trabalhar. Hoje, o futebol amador é muito mais organizado e lucrativo que o profi ssio-nal”, disse o atleta.

Carlinhos confi rmou que nem todos os clubes do Estado concordaram

com a decisão tomada pela FAF. O jogador res-saltou que Nacional Bor-bense e São Raimundo já estavam se organizando para a competição.

“O São Raimundo era uma equipe que entraria com profi ssionais. Tenho certeza disso porque já havia sido procurado. Tinha outros jo-gadores apalavrados. Tinha um técnico apalavrado. Eles já formariam uma base for-te que seria mantida para o ano que vem. Quando viram essa situação, decidiram não disputar a competição”, informou o lateral esquerdo que espera que a federação reverta essa decisão.

Jogadores querem trabalhar

DIEGO JANATÃ

RICARDO OLIVEIRA

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

BASEDas sete equipes que disputarão a seletiva para a Copa Verde no ano que vem, apenas o Manaus FC disputou o Campeonato Ama-zonense Juvenil desta temporada. Time fi cou com o vice-campeonato

Princesa do Solimões representou o Ama-zonas na Copa Verde

Dos trinta jogadores, quatro se reuniram para manifestar descontentamento

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Page 4: Pódio - 26 de agosto de 2014

D4 D5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

Palestra Itália nasceu por iniciativa de italianos

Oberdan Cattani foi o primeiro grande ídolo do Palmeiras

Mais novo, Ademir da Guia fez história com a camisa do Verdão

Fundado por imigrantes italianos, o maior campeão brasileiro completa hoje 100 anos de existência. Neste período, equipe acumulou conquistas

Um dos últimos países da Europa a se unifi car, a Itália o fez em 1861. No fi nal do século XIX,

milhares de famílias imigraram para o Brasil. O Palestra Itália, criado no dia 26 de agosto de 1914, surgiu para congregar os integrantes da numerosa colô-nia em São Paulo.

Luigi Cervo foi o mentor da nova agremiação. Fã de fute-bol, ele era sócio do extinto Sport Club Internacional-SP e também participava da Socie-dade Dramática e Recreativa Bella Estrella, da qual saiu ao lado de alguns companheiros, após um incidente, disposto a iniciar uma nova instituição.

A recente passagem do Torino por São Paulo foi ins-piradora para Cervo. “Aquela visita fi rmou, em mim e nos meus companheiros da so-ciedade Bella Estrella, a ideia de fundar uma sociedade es-portiva da colônia italiana. Nossos propósitos entusias-maram numerosos moços, fi -lhos de nossos italianos, que já militavam nas equipes de futebol”, disse o imigrante em discurso proferido durante os festejos pelos 25 anos do Palestra Itália, em 1939.

Cervo era funcionário das In-dústrias Matarazzo e dissemi-nou a ideia entre os conhecidos. Na tentativa de ampliar a divul-gação do projeto, ele visitou a sede do Fanfulla, jornal voltado à numerosa colônia italiana em São Paulo. Dias depois, o então estudante Vicente Ragognetti escreveu uma carta a ser pu-blicada pelo periódico.

“Nós temos em São Paulo o clube de futebol dos alemães, dos ingleses, dos portugue-ses, dos estrangeiros e por fi m dos católicos e protestantes. Mas um clube que seja com-posto somente de esportistas italianos, apesar de nossa co-lônia ser grande, não existe e nem sequer foi tentado”, diz a carta inicial, datada do dia 13 de agosto.

Atraídos por um novo comu-nicado publicado pelo Fanfulla, veículo que segue vivo por meio de seu site na Internet, cerca de 46 pessoas, a maioria fun-cionárias das Indústrias Ma-tarazzo, se reuniram no Salão Alhambra, na antiga rua Ma-rechal Deodoro, para efetiva-mente fundar o novo clube, no dia 26 de agosto de 1914.

Na época, o futebol ainda dava seus primeiros passos no Brasil – Charles Miller introdu-zira o esporte na capital paulis-ta em 1894. Para formar uma entidade dedicada à modalida-de, os idealizadores do novo clube precisaram defender o projeto de maneira incisiva nas primeiras reuniões.

“Havia quem se batesse para uma sociedade dramá-tica-recreativa e quem de-

fendesse uma sociedade pu-ramente esportiva. Eu, que era o secretário-geral, e ocupei tal cargo durante longos anos consecutivamente, consegui conciliar as diferentes tendên-cias propondo uma sociedade mista”, contou Cervo.

A proposta de incluir a práti-ca do futebol venceu, e a nova agremiação ganhou o nome de Palestra Itália, sugerido por Cervo – a palavra, de origem grega, signifi ca “academia ou escola onde se pratica ativida-des físicas”. Foram adotadas as mesmas cores da bandeira italiana e Ezequiel Simone tor-nou-se o primeiro presidente e Luigi Marzo, o vice.

AproximaçãoCom a unifi cação da Itália

relativamente recente, ainda era perceptível em São Paulo o agrupamento de imigrantes oriundos de uma mesma re-gião, como calabrases, sici-lianos, vênetos e napolitanos,

falando os próprios dialetos. A criação do clube para re-presentar a colônia, desta forma, serviu para aproximar os compatriotas.

“A unifi cação da Itália ainda era algo novo. Não se tinha uma ideia de unidade. Através do Palestra Itália e pela prática do futebol, um esporte em franca popularização, toda a massa de imigrantes da épo-ca passou a se aglutinar e se ver representada”, explica Fernando Galuppo, estudioso da história do clube.

Com a agremiação constitu-ída, uma das primeiras provi-dências foi buscar jogadores para formar a equipe de fute-bol. Naturalmente, os imigran-tes e descendentes que de-fendiam outras agremiações foram atraídos. Ainda assim, sempre pelo jornal Fanfulla, o clube recrutou novos atletas.

De acordo com o historia-dor palmeirense Miro Moraes, aproximadamente 32 pessoas atenderam ao chamado feito por meio do periódico e se apresentaram no Largo São Bento interessadas em defen-der o clube. Um dos funcioná-rios das Indústrias Matarazzo sabia da existência de um descampado no bairro da Vila Mariana, para onde seguiram os candidatos a jogadores.

JUNTOSA criação do Pales-tra Itália fez com que os italianos que moravam no Brasil se aproximassem, enquanto que no seu país de origem, a unificação era algo relativamente novo

O estádio Parque Antártica foi a casa do Verdão durante anos

Antes de efetivamen-te entrar em campo para enfrentar um adversário, o Palestra Itália passou me-ses treinando no campo da rua Major Maragliano, hoje ocupado por um hospital psiquiátrico. Os insucessos nos primeiros jogos desmo-tivaram muitos times, algo que a recém-criada agre-miação desejava evitar.

O Palestra Itália foi direta-mente afetado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e quase encerrou suas ativi-dades de forma precoce. A

agremiação perdeu sócios e jogadores, convocados para lutar pelo país de origem, mas sobreviveu.

Em seu primeiro jogo, dis-putado no dia 24 de janeiro de 1915, o Palestra Itália venceu o Savoia por 2 a 0, em Sorocaba, com gols de Bianco e Alegretti. Represen-taram o novo clube Stillitano, Bonato e Fúlvio; Police, Bian-co e Valle; Cavinato, Américo, Alegretti, Amílcar e Ferré. A Taça Savoia, conquistada na ocasião, permanece no acer-vo da agremiação.

O primeiro jogo da história

Depois de disputar ape-nas amistosos em seu primeiro ano de vida, o Palestra Itália conseguiu se fi liar à Associação Pau-lista de Esportes Atléticos (Apea) em 1916 - a ex-tinta Associação Atlética das Palmeiras colaborou com a inclusão do novo clube, fato que seria im-portante anos depois. Na estreia em um torneio ofi -cial, o time empatou por 1 a 1 com o Mackenzie, pelo Campeonato Paulista.

Em 1917, houve o pri-meiro confronto com o Corinthians, vencido por 3 a 0 com gols de Ca-etano. Seis anos após a fundação, o Palestra Itália iniciou seu caminho de títulos ao conquistar o Campeonato Paulista pela primeira vez com um triunfo por 2 a 1 sobre o poderoso Paulistano, então tetracampeão.

Troféu só veio em 1923

Fundado em 1914, o Pa-lestra Itália alcançou su-cesso precoce, mas acabou obrigado a mudar de nome apenas 28 anos depois. O ex-goleiro Oberdan Catta-ni, falecido recentemente, tornou-se um símbolo do clube original e será home-nageado em breve com a inauguração de um busto.

Quatro anos depois de disputar o Campeonato Paulista pela primeira vez, o Palestra Itália conquis-

tou o torneio ao vencer o poderoso Paulistano, então tetracampeão. O atacante Heitor Marcelino Domin-gues, primeiro grande ídolo, participou da campanha.

Com o número expressi-vo de imigrantes italianos em São Paulo, o Palestra formou uma grande massa de torcedores rapidamente, o que contribuiu com a po-pularização do futebol, no começo restrito às elites. O clube foi campeão do Torneio

Rio-São Paulo em 1933 e repetiu os títulos estaduais em 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1938 e 1940.

Nascido em 1919, Ober-dan Cattani trabalhou na juventude como caminho-neiro, transportando frutas de Sorocaba, sua cidade natal, para São Paulo. Ele iniciou a carreira de golei-ro da equipe principal do Palestra Itália em 1941, com o time respeitado pelo sucesso do ano anterior.

De Palestra Itália a Palmeiras

Ademir da Guia disputou, recentemente, um torneio que fazia parte das comemorações do clube

Como protagonista, Ober-dan participou da histórica temporada de 1942. Com a entrada do Brasil, então go-vernado por Getúlio Vargas, na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados, agre-miações de origem italiana, alemã e japonesa foram obri-gadas a mudar de nome.

O clube tentou minimizar o prejuízo com o uso de “Palestra de São Paulo”, o que não foi sufi ciente. Seis dias antes do jogo contra o São Paulo pelo título do Campeonato Paulista de 1942, a instituição adotou o nome de Palmeiras.

Oberdan Cattani faleceu em função de uma infecção pulmonar há dois meses. Em junho de 2011, a convite da Gazeta Esportiva, na véspera de seu 92º aniversário, ele visitou as obras do antigo Palestra Itália e recordou os principais momentos da lon-ga passagem pelo clube.

“Antes do jogo contra o São Paulo, chegou um diretor e disse: ‘Fomos obrigados a mudar o nome de Palestra Itália para Palmeiras’. Teve

jogador que chorou, eu mes-mo cheguei a derramar uma lágrima”, recordou.

Ao ver o novo uniforme, Oberdan fi cou incomodado. “A gente estava acostumado a vestir a camisa do Palestra Itália, com o PI no peito. Quando olhei a nova camisa, pensei: ‘Puxa vida, mas que diferente’. Fomos obrigados a aguentar isso. Eu, como fi lho de italiano, senti muito a mudança”, declarou.

Os jogadores do Palmei-ras, vistos por alguns como “inimigos da pátria”, entra-ram em campo no Paca-embu para enfrentar o São Paulo com uma bandeira do Brasil, entre eles Ober-dan Cattani, adotando uma ideia sugerida pelo militar Adalberto Mendes.

O jogo foi marcado por uma confusão em campo. Inconformado com a marca-ção de um pênalti para o Pal-meiras no segundo tempo, quando já perdia por 3 a 1, o São Paulo se recusou a pros-seguir com a partida, perdeu o título e ganhou o apelido de “fujão” dos rivais.

Temporada histórica em 1942

De 1941 a 1954, o goleiro disputou 351 jogos pela equipe. Neste período, foi te-tracampeão paulista (1942, 1944, 1947 e 1950), além de ter conquistado o Rio-São Paulo e a Copa Rio de 1951. Oberdan tinha potencial para brigar por uma vaga nas Copas do Mundo de 1942 e 1946, não realizadas em função da Guerra.

Até o fi nal da vida, ele falou com raiva sobre sua saída do Palmeiras e costu-mava culpar o então presidente Paschoal Walter Byron Giulia-no. Oberdan encerrou a carreira no Juventus e chegou a enfrentar o ex-time, o que acabou usado, indevidamen-te, como justifi cativa para descartar a con-fecção de um busto em sua homenagem.

O ex-jogador não admitia, mas era fácil perceber a profunda mágoa em torno do assunto. Ainda as-sim, Oberdan fez do Palmeiras sua casa e tornou-se conselhei-ro do clube.

Trajetória do maior ídolo

O estatuto do Pal-meiras não impede a confecção de uma estátua para um jo-gador que já tenha enfrentado o clube – Ademir da Guia, ho-menageado com um busto, jogou contra a agremiação pelo Ban-gu, em 1960. Desta forma, na gestão de Paulo Nobre, o tributo a Oberdan Cattani foi enfi m aprovado ofi -cialmente.

A data exata da inauguração do so-nhado busto ainda não foi defi nida, mas deve ocorrer em 2014. A Sociedade Esportiva Palmeiras teve 60 anos para homenagear Ober-dan Cattani da forma como ele mais dese-java. Quando fi nal-mente resolveu fazê-lo, foi tarde demais.

Palmeiras retribuirá amor

D5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

por por

Em 1915, Amilcar atuou

Oberdan fez história

Bianco fez o primeiro gol

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D4 D5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

Palestra Itália nasceu por iniciativa de italianos

Oberdan Cattani foi o primeiro grande ídolo do Palmeiras

Mais novo, Ademir da Guia fez história com a camisa do Verdão

Fundado por imigrantes italianos, o maior campeão brasileiro completa hoje 100 anos de existência. Neste período, equipe acumulou conquistas

Um dos últimos países da Europa a se unifi car, a Itália o fez em 1861. No fi nal do século XIX,

milhares de famílias imigraram para o Brasil. O Palestra Itália, criado no dia 26 de agosto de 1914, surgiu para congregar os integrantes da numerosa colô-nia em São Paulo.

Luigi Cervo foi o mentor da nova agremiação. Fã de fute-bol, ele era sócio do extinto Sport Club Internacional-SP e também participava da Socie-dade Dramática e Recreativa Bella Estrella, da qual saiu ao lado de alguns companheiros, após um incidente, disposto a iniciar uma nova instituição.

A recente passagem do Torino por São Paulo foi ins-piradora para Cervo. “Aquela visita fi rmou, em mim e nos meus companheiros da so-ciedade Bella Estrella, a ideia de fundar uma sociedade es-portiva da colônia italiana. Nossos propósitos entusias-maram numerosos moços, fi -lhos de nossos italianos, que já militavam nas equipes de futebol”, disse o imigrante em discurso proferido durante os festejos pelos 25 anos do Palestra Itália, em 1939.

Cervo era funcionário das In-dústrias Matarazzo e dissemi-nou a ideia entre os conhecidos. Na tentativa de ampliar a divul-gação do projeto, ele visitou a sede do Fanfulla, jornal voltado à numerosa colônia italiana em São Paulo. Dias depois, o então estudante Vicente Ragognetti escreveu uma carta a ser pu-blicada pelo periódico.

“Nós temos em São Paulo o clube de futebol dos alemães, dos ingleses, dos portugue-ses, dos estrangeiros e por fi m dos católicos e protestantes. Mas um clube que seja com-posto somente de esportistas italianos, apesar de nossa co-lônia ser grande, não existe e nem sequer foi tentado”, diz a carta inicial, datada do dia 13 de agosto.

Atraídos por um novo comu-nicado publicado pelo Fanfulla, veículo que segue vivo por meio de seu site na Internet, cerca de 46 pessoas, a maioria fun-cionárias das Indústrias Ma-tarazzo, se reuniram no Salão Alhambra, na antiga rua Ma-rechal Deodoro, para efetiva-mente fundar o novo clube, no dia 26 de agosto de 1914.

Na época, o futebol ainda dava seus primeiros passos no Brasil – Charles Miller introdu-zira o esporte na capital paulis-ta em 1894. Para formar uma entidade dedicada à modalida-de, os idealizadores do novo clube precisaram defender o projeto de maneira incisiva nas primeiras reuniões.

“Havia quem se batesse para uma sociedade dramá-tica-recreativa e quem de-

fendesse uma sociedade pu-ramente esportiva. Eu, que era o secretário-geral, e ocupei tal cargo durante longos anos consecutivamente, consegui conciliar as diferentes tendên-cias propondo uma sociedade mista”, contou Cervo.

A proposta de incluir a práti-ca do futebol venceu, e a nova agremiação ganhou o nome de Palestra Itália, sugerido por Cervo – a palavra, de origem grega, signifi ca “academia ou escola onde se pratica ativida-des físicas”. Foram adotadas as mesmas cores da bandeira italiana e Ezequiel Simone tor-nou-se o primeiro presidente e Luigi Marzo, o vice.

AproximaçãoCom a unifi cação da Itália

relativamente recente, ainda era perceptível em São Paulo o agrupamento de imigrantes oriundos de uma mesma re-gião, como calabrases, sici-lianos, vênetos e napolitanos,

falando os próprios dialetos. A criação do clube para re-presentar a colônia, desta forma, serviu para aproximar os compatriotas.

“A unifi cação da Itália ainda era algo novo. Não se tinha uma ideia de unidade. Através do Palestra Itália e pela prática do futebol, um esporte em franca popularização, toda a massa de imigrantes da épo-ca passou a se aglutinar e se ver representada”, explica Fernando Galuppo, estudioso da história do clube.

Com a agremiação constitu-ída, uma das primeiras provi-dências foi buscar jogadores para formar a equipe de fute-bol. Naturalmente, os imigran-tes e descendentes que de-fendiam outras agremiações foram atraídos. Ainda assim, sempre pelo jornal Fanfulla, o clube recrutou novos atletas.

De acordo com o historia-dor palmeirense Miro Moraes, aproximadamente 32 pessoas atenderam ao chamado feito por meio do periódico e se apresentaram no Largo São Bento interessadas em defen-der o clube. Um dos funcioná-rios das Indústrias Matarazzo sabia da existência de um descampado no bairro da Vila Mariana, para onde seguiram os candidatos a jogadores.

JUNTOSA criação do Pales-tra Itália fez com que os italianos que moravam no Brasil se aproximassem, enquanto que no seu país de origem, a unificação era algo relativamente novo

O estádio Parque Antártica foi a casa do Verdão durante anos

Antes de efetivamen-te entrar em campo para enfrentar um adversário, o Palestra Itália passou me-ses treinando no campo da rua Major Maragliano, hoje ocupado por um hospital psiquiátrico. Os insucessos nos primeiros jogos desmo-tivaram muitos times, algo que a recém-criada agre-miação desejava evitar.

O Palestra Itália foi direta-mente afetado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e quase encerrou suas ativi-dades de forma precoce. A

agremiação perdeu sócios e jogadores, convocados para lutar pelo país de origem, mas sobreviveu.

Em seu primeiro jogo, dis-putado no dia 24 de janeiro de 1915, o Palestra Itália venceu o Savoia por 2 a 0, em Sorocaba, com gols de Bianco e Alegretti. Represen-taram o novo clube Stillitano, Bonato e Fúlvio; Police, Bian-co e Valle; Cavinato, Américo, Alegretti, Amílcar e Ferré. A Taça Savoia, conquistada na ocasião, permanece no acer-vo da agremiação.

O primeiro jogo da história

Depois de disputar ape-nas amistosos em seu primeiro ano de vida, o Palestra Itália conseguiu se fi liar à Associação Pau-lista de Esportes Atléticos (Apea) em 1916 - a ex-tinta Associação Atlética das Palmeiras colaborou com a inclusão do novo clube, fato que seria im-portante anos depois. Na estreia em um torneio ofi -cial, o time empatou por 1 a 1 com o Mackenzie, pelo Campeonato Paulista.

Em 1917, houve o pri-meiro confronto com o Corinthians, vencido por 3 a 0 com gols de Ca-etano. Seis anos após a fundação, o Palestra Itália iniciou seu caminho de títulos ao conquistar o Campeonato Paulista pela primeira vez com um triunfo por 2 a 1 sobre o poderoso Paulistano, então tetracampeão.

Troféu só veio em 1923

Fundado em 1914, o Pa-lestra Itália alcançou su-cesso precoce, mas acabou obrigado a mudar de nome apenas 28 anos depois. O ex-goleiro Oberdan Catta-ni, falecido recentemente, tornou-se um símbolo do clube original e será home-nageado em breve com a inauguração de um busto.

Quatro anos depois de disputar o Campeonato Paulista pela primeira vez, o Palestra Itália conquis-

tou o torneio ao vencer o poderoso Paulistano, então tetracampeão. O atacante Heitor Marcelino Domin-gues, primeiro grande ídolo, participou da campanha.

Com o número expressi-vo de imigrantes italianos em São Paulo, o Palestra formou uma grande massa de torcedores rapidamente, o que contribuiu com a po-pularização do futebol, no começo restrito às elites. O clube foi campeão do Torneio

Rio-São Paulo em 1933 e repetiu os títulos estaduais em 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1938 e 1940.

Nascido em 1919, Ober-dan Cattani trabalhou na juventude como caminho-neiro, transportando frutas de Sorocaba, sua cidade natal, para São Paulo. Ele iniciou a carreira de golei-ro da equipe principal do Palestra Itália em 1941, com o time respeitado pelo sucesso do ano anterior.

De Palestra Itália a Palmeiras

Ademir da Guia disputou, recentemente, um torneio que fazia parte das comemorações do clube

Como protagonista, Ober-dan participou da histórica temporada de 1942. Com a entrada do Brasil, então go-vernado por Getúlio Vargas, na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados, agre-miações de origem italiana, alemã e japonesa foram obri-gadas a mudar de nome.

O clube tentou minimizar o prejuízo com o uso de “Palestra de São Paulo”, o que não foi sufi ciente. Seis dias antes do jogo contra o São Paulo pelo título do Campeonato Paulista de 1942, a instituição adotou o nome de Palmeiras.

Oberdan Cattani faleceu em função de uma infecção pulmonar há dois meses. Em junho de 2011, a convite da Gazeta Esportiva, na véspera de seu 92º aniversário, ele visitou as obras do antigo Palestra Itália e recordou os principais momentos da lon-ga passagem pelo clube.

“Antes do jogo contra o São Paulo, chegou um diretor e disse: ‘Fomos obrigados a mudar o nome de Palestra Itália para Palmeiras’. Teve

jogador que chorou, eu mes-mo cheguei a derramar uma lágrima”, recordou.

Ao ver o novo uniforme, Oberdan fi cou incomodado. “A gente estava acostumado a vestir a camisa do Palestra Itália, com o PI no peito. Quando olhei a nova camisa, pensei: ‘Puxa vida, mas que diferente’. Fomos obrigados a aguentar isso. Eu, como fi lho de italiano, senti muito a mudança”, declarou.

Os jogadores do Palmei-ras, vistos por alguns como “inimigos da pátria”, entra-ram em campo no Paca-embu para enfrentar o São Paulo com uma bandeira do Brasil, entre eles Ober-dan Cattani, adotando uma ideia sugerida pelo militar Adalberto Mendes.

O jogo foi marcado por uma confusão em campo. Inconformado com a marca-ção de um pênalti para o Pal-meiras no segundo tempo, quando já perdia por 3 a 1, o São Paulo se recusou a pros-seguir com a partida, perdeu o título e ganhou o apelido de “fujão” dos rivais.

Temporada histórica em 1942

De 1941 a 1954, o goleiro disputou 351 jogos pela equipe. Neste período, foi te-tracampeão paulista (1942, 1944, 1947 e 1950), além de ter conquistado o Rio-São Paulo e a Copa Rio de 1951. Oberdan tinha potencial para brigar por uma vaga nas Copas do Mundo de 1942 e 1946, não realizadas em função da Guerra.

Até o fi nal da vida, ele falou com raiva sobre sua saída do Palmeiras e costu-mava culpar o então presidente Paschoal Walter Byron Giulia-no. Oberdan encerrou a carreira no Juventus e chegou a enfrentar o ex-time, o que acabou usado, indevidamen-te, como justifi cativa para descartar a con-fecção de um busto em sua homenagem.

O ex-jogador não admitia, mas era fácil perceber a profunda mágoa em torno do assunto. Ainda as-sim, Oberdan fez do Palmeiras sua casa e tornou-se conselhei-ro do clube.

Trajetória do maior ídolo

O estatuto do Pal-meiras não impede a confecção de uma estátua para um jo-gador que já tenha enfrentado o clube – Ademir da Guia, ho-menageado com um busto, jogou contra a agremiação pelo Ban-gu, em 1960. Desta forma, na gestão de Paulo Nobre, o tributo a Oberdan Cattani foi enfi m aprovado ofi -cialmente.

A data exata da inauguração do so-nhado busto ainda não foi defi nida, mas deve ocorrer em 2014. A Sociedade Esportiva Palmeiras teve 60 anos para homenagear Ober-dan Cattani da forma como ele mais dese-java. Quando fi nal-mente resolveu fazê-lo, foi tarde demais.

Palmeiras retribuirá amor

D5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

por por

Em 1915, Amilcar atuou

Oberdan fez história

Bianco fez o primeiro gol

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D6 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

Real começa com o pé direitoApós perder a Supercopa da

Espanha, o Real Madrid cum-priu sua obrigação ao vencer o recém-promovido Córdoba por 2 a 0, na estreia do Cam-peonato Espanhol. Mais de 70 mil torcedores acompanharam a vitória no Santiago Bernabéu, garantida pelo gols de Benze-ma e Cristiano Ronaldo.

Com o resultado, a equipe merengue ocupa a terceira colocação, com três pontos, junto ao Villarreal. O adversá-rio desta tarde, por sua vez, aparece na 19ª posição, sem pontos somados, na compa-nhia do Levante.

No próximo domingo, o Real Madrid visita o Real Sociedad, às 15h (de Manaus), enquanto o Córdoba recebe o Celta de Vigo no sábado, às 13h.

Córdoba assustaIncrivelmente, quem come-

çou levando perigo ao gol ad-versário foi o Córdoba. Silva colocou a bola entre as pernas de Marcelo e acabou desarma-do por Pepe. Porém, Havenaar

aproveitou e, da entrada da área, chutou rente à trave di-reita da meta de Casillas.

Apesar de ter tido a pri-meira boa chance da partida, o time visitante começou a ceder espaços para o Real, que aproveitou para pressionar e, aos 29 minutos, abrir o placar no Santiago Bernabéu.

Após cobrança de escanteio de Kroos pela direita, Benzema subiu para cabecear e balançar as redes de Juan Carlos.

Mesmo após o gol, o time de Madrid continuava no seu campo ofensivo, enquanto o Córdoba mal conseguia passar do meio-de-campo.

Porém, numa das poucas vezes que Casillas trabalhou no primeiro tempo, a equi-pe recém-promovida quase igualou o placar. Aos 43, em cobrança de escanteio pela esquerda, Casillas saiu mal, Havenaar se antecipou, mas cabeceou para fora.

Na segunda etapa, o Cór-doba voltou disposto a bus-car o empate e, logo aos

3 minutos, aproveitou saída errada do Real. Ryder Ma-tos, brasileiro revelado pelo Bahia e emprestado ao clu-be espanhol pela Fiorentina, avançou pela esquerda, inva-diu a área e chutou rasteiro para a defesa de Casillas.

Depois de bronca do técnico Ancelotti, o Real Madrid fi cou mais atento e, aos 14, quase ampliou o marcador. Após co-brança de escanteio de Kroos, James Rodríguez fi cou com a sobra na entrada da área e chutou forte, obrigando Juan Carlos a trabalhar.

No entanto, os merengues voltaram a se acomodar nova-mente e deixaram o Córdoba dominar a partida no meio da etapa complementar.

O Real Madrid decidiu acordar aos 44 minutos, quando ampliou com Cris-tiano Ronaldo. O craque português pegou sobra na entrada da área e fi nalizou com força no canto direito da meta de Juan Carlos para selar a vitória merengue.

ESPANHOL

Com todas as estrelas em campo, o Real venceu por 2 a 0, com gols de Benzema e CR7

DIVULGAÇÃO/LIGABBVA

Em duelo que marcou o reencontro entre os dois melhores times da última temporada, City levou a melhor

Manchester City bate Liverpool e mantém 100%

O atual campeão in-glês mostrou que continua favoritís-simo ao título da

disputa nacional. Em jogo válido pela segunda rodada, os Citzens trituraram o Liver-pool por 3 a 1, com dois gols de Jovetic e um tento relâmpago de Aguero – com apenas 27 segundos em campo na etapa fi nal. Os Reds ainda descon-taram no City of Manchester com gol contra de Zabaleta, após iniciativa de Lambert. O gol sofrido tirou dos donos da casa a possibilidade de liderar o campeonato, posto ocupado pelo Tottenham.

A próxima partida do Man-chester City também será em casa, contra o Stoke City. O Liverpool, por sua vez, segue jogando longe de seus domí-nios. A equipe do brasileiro Philippe Coutinho terá pela frente o Tottenham. O resul-tado negativo veio para os Reds no mesmo dia do anúncio da contratação do atacante italiano Mario Balotelli, que esteve no estádio para acom-panhar a partida.

Equipes ofensivasO ritmo de jogo do primei-

ro tempo aumentou a cada minuto a mais no placar. As duas equipes foram ao City of Manchester decididas a vencer a partida. Melhor para os donos da casa. Com boas descidas de Gerrard e do brasileiro Coutinho, o Li-verpool esteve presente em seu campo de ataque durante grande parte da etapa inicial, mas não conseguiu converter a presença em gols. A melhor chance veio aos 32 minutos, com Sturridge, que recebeu na grande área, parou, olhou e fez o drible. Na hora do chute, ele mandou uma bomba, mas viu Hart bem posicionado. Bela

defesa do camisa 1.Com Aguero no banco de re-

servas, Jovetic resolveu mos-trar serviço e jogou um balde de água fria na boa estreia que fazia o lateral esquerdo dos Reds, o espanhol Alberto Moreno. Aos 40 minutos, o avançado não teve dó algum do defensor e roubou a bola na grande área, fuzilando o goleiro Mignolet, que nada pôde fazer para evitar o gol dos donos da casa.

Personagem da partida, a estrela de Jovetic brilhou mais uma vez logo no início do segundo tempo: após fazer boa jogada, ele deixou Nasri em ótimas condições para cruzar. O francês não tar-dou em mandar a bola para o meio da grande área dos Reds. Esperto, Jovetic viu a bola passar por Zabaleta e, livre, fuzilou Mignolet.

Se o jogo foi equilibrado no primeiro tempo, na etapa fi nal só teve futebol dos do-nos da casa. Preocupado com o banco de reservas, Aguero precisou de 27 segundos para marcar o seu gol quando in-gressou na partida. Depois de entrar no lugar de Dzeko, o argentino recebeu belo lan-çamento de Jesus Navas, ga-nhou na corrida do marcador e chutou forte para ampliar o placar aos 24 minutos.

Quando o Liverpool pa-recia totalmente entregue, Lambert entrou no jogo para dar um gás a mais ao time vermelho. Sturridge brigou pela jogada, disputou com o lateral adversário, cruzou de três dedos e encontrou a cabeça do companheiro. Na primeira tentativa, o recém-chegado à partida cabeceou e Hart defendeu já dentro do gol. No rebote, Zabaleta pressionado mandou para o fundo das redes. 3 a 1.

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Manchester City bate Liverpool e mantém 100%

Atacante sérvio Jovetic marcou dois gols e ajudou o time azul de Man-chester a conquis-tar os três pontos na segunda rodada da Premier

DIVULGAÇÃO/BPL

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D7 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

FERNANDO SOUTELLO/AGIF/GAZETA PRESS

FICHA TÉCNICAVASCO-RJABC-RN

Local:

Horário:

Árbitro:

São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)

18h30 (de Ma-naus)Wagner Reway (MT)

Vasco: Martín Silva, Carlos Cesar, Rodrigo, Douglas Silva e Marlon; Pablo Guiñazu, Fabrício, Montoya e Douglas; Maxi Rodriguez e Kleber Gladiador Técnico: Adilson Batista

Abc: Gilvan, Patrick, Sueliton, Marlon e Luciano Amaral;

Fábio Bahia, Daniel Amora, Michel e Júnior Timbó; Denis Marques e João Paulo Técnico: Zé Teodoro

Porto espera confi rmar vaga hojeCHAMPIONS

O meio de semana pro-mete muitas emoções na defi nição dos últimos classi-fi cados para a fase de gru-pos da Liga dos Campeões da Europa, que se inicia em setembro. Nesta terça-feira o principal time a entrar em campo é o Porto, que não deverá encontrar maiores difi culdades para confi rmar a classifi cação. Os portu-gueses recebem o Lille, da França, no Estádio do Dra-gão, na Cidade do Porto, precisando de um empate para avançar. Isso porque na ida os lusitanos ganharam por 1 a 0, mesmo longe de casa, e estão em situação muito confortável na atual fase da competição.

Como o tento marcado como visitante vale para critério de desempate, o Lille poderá forçar a disputa de pênaltis devolvendo o 1 a 0 ou se classificar de ma-neira direta ganhando por qualquer marcador. Mesmo em vantagem, os portugue-ses prometem uma postura ofensiva e tentar, mais uma vez, derrotar os franceses.

Também nesta terça-feira o Zenit, do atacante brasileiro Hulk, recebe, na Rússia, o Standart Liege, da

Bélgica, em situação idênti-ca à do Porto. Isso porque os russos, na ida, também venceram por 1 a 0 como visitantes os belgas.

Amanhã o Arsenal rece-be o Besiktas, da Turquia, em Londres, na Inglaterra, pressionado pela necessi-

dade de ganhar. Isso porque, na ida, os dois times em-pataram sem gols e quem ganhar agora segue na dis-puta. Para piorar a situação dos ingleses, empate sem gols leva a disputa para os pênaltis e qualquer outra igualdade classifi ca os tur-cos. A tranquilidade é a arma dos anfi triões para tenta-

rem atingir seus objetivos e surpreender os Gunners, no Emirates Stadium.

“Sabemos que o resultado da ida não foi o esperado, mas não vejo motivos para desespero, pois nosso time depende apenas de uma vi-tória em casa para seguir na disputa. O apenas não uso para tentar demonstrar facilidade, pois os Besiktas tem um grande time. O ape-nas porque ganhar em casa é o mínimo que se espera de uma equipe que dese-ja avançar em um mata-mata”, analisou o francês Arsène Wenger, técnico do favorito Arsenal.

Favorito na sua chave, o Bayer Leverkusen, da Ale-manha, recebe o Copenha-gen, da Dinamarca, e deve se classificar, pois ganhou na ida por 3 a 2 e pode até mesmo perder por 1 a 0 ou 2 a 1 que vai seguir vivo.

Outro jogo que chama a atenção na quarta-feira é o duelo entre Athletic Bilbao e Napoli, que se enfrentam na Espanha. Na ida houve empate por 1 a 1 e agora os espanhóis têm a vantagem do 0 a 0 para seguirem adian-te, eliminando os italianos. Jogo será na Espanha.

Sabemos que o resul-tado da ida não foi

o esperado, mas não vejo motivos para

desespero, pois nosso time depende apenas

de uma vitória

Arsène Wenger,técnico do Arsenal

DIVULGAÇÃO/FCP

CONFRONTOS VÁLIDOS PELOS PLAY-OFFS DA CHAMPIOSHoje

12h Zenit-RUS x Standart Liege-BEL (0X1)14h45 APOEL-CHP x Aalborg-DIN (1x1)

14h45 Porto-POR x Lille-FRA (1X0)14h45 Celtic-ESC x Maribor-ELV (1x1)

14h45 BATE-BIE x Slovan Bratislava-ESQ (1x1)

Amanhã14h45 Arsenal-ING x Besiktas-TUR (0X0)

14h45 Bayer Leverkusen-ALE x Copenhagen-DIN (3X2)14h45 Athletic Bilbao-ESP x Napoli-ITA (1x1)

14h45 Malmo-SUE x Salzburg-AUT (1X2)14h45 Ludogorets-BUL x Steaua Bucuresti-ROM (0X1)14h45 Ludogorets-BUL x Steaua Bucuresti-ROM (0X1)

Copa do Brasil: Vasco encara ABC pelas oitavasAmbos times da Série B, agora se enfrentam na primeira partida válida pelas oitavas de fi nal da Copa do Brasil

O Vasco abre as oi-tavas de fi nal da Copa do Brasil nes-ta terça-feira, às

18h30(de Manaus), quando recebe o ABC em São Januá-rio, no Rio de Janeiro (RJ). As duas equipes estão disputan-do a Série B do Campeonato Brasileiro, onde vivem situa-ções diferentes. O Cruz-Mal-tino, mesmo empatando por 1 a 1 com o Icasa na sexta-feira, aparece na zona de acesso para a elite do futebol nacional. Já o representante potiguar, que foi derrotado em casa pelo Vila Nova no fi m de semana, perambula pela parte intermediária da tabela de classifi cação.

A situação acima já serviria para apontar o favoritismo ao Vasco, que tem ainda a vantagem de jogar em casa. O Cruz-Maltino chega ainda mais forte se for levado em consideração que os dois times já se enfrentaram pela Série B esse ano e, mesmo atuando em Natal (RN), os cariocas ganharam por 2 a 1, com gols de Douglas e Kleber Gladiador. Denis Marques descontou.

O favoritismo vascaíno au-menta se levar em considera-ção que o time eliminou com facilidade a Ponte Preta na etapa anterior da Copa do Brasil, ganhando os dois jogos. Já o ABC acabou eliminado em campo pelo Novo Ham-burgo-RS, conseguindo a vaga apenas no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), benefi ciado pelo fato de os gaúchos terem inscrito um atleta de forma irregular.

Apesar de todo esse favori-tismo, os vascaínos pregam respeito ao rival e não espe-

r a m f a c i -l i d a -d e s . “ T r a -ta-se de um mata-mata. Dois jo-gos onde tudo pode acon-tecer. Se você não entrar bem um dia em campo a competição toda pode ser jo-gada fora. Nessas condições não dá muito para apontar favoritismo. Além disso, o

ABC tem um bom time e me-rece nosso respeito”, disse o técnico Adilson Batista.

Os jogadores vascaínos compartilham da opinião do treinador e, já prevendo problemas, querem um bom resultado em casa. “Jogando em São Januário precisamos deixar a classifi cação bem encaminhada, pois é muito complicado ganhar do ABC em Natal. Temos que ven-cer no Rio de Janeiro e de preferência sem levar gols”, analisou o zagueiro Rodrigo, já pensando no jogo da volta, dia 2 de setembro, no Rio Grande do Norte.

Para este jogo o Vasco terá apenas uma mudança em re-lação ao time que empatou

c o m o Icasa. O meia Dou-glas, que cumpriu sus-pensão, reaparece na vaga de Jhon Cley. De-pois de perder alguns jogos por estar a serviço da seleção brasileiro sub-20, o atacante Thalles volta a fi car à disposição, mas vai iniciar o duelo no banco de reservas.

Pelo lado do ABC, o técnico Zé Teodoro pede que seus jogadores ten-tem um bom resultado já na ida. “Não podemos apostar apenas no se-gundo jogo. Temos que ir a campo pensando em fazer um bom resulta-do, buscar a vitória. Mas, para isso, vamos ter que errar muito menos do que erra-mos em alguns jogos da Série B. Apesar disso estou confi ante no bom trabalho que podemos de-sempenhar em São Januá-rio. Confi o no meu grupo”, disse o ex-lateral.

O ABC tem desfalques para este jogo. O lateral-direito Renato e o meia Ro-gerinho deixaram a partida contra o Vila Nova com lesão na coxa direita e foram ve-tados. Assim, Patrick entra na lateral e Júnior Timbó ganha uma oportunidade no meio-de-campo.

RETORNOAusente da última partida do Vasco pelo Campeonato Brasi-leiro da Série B, o meia Douglas está de volta ao time titular do Cruz-Maltino. Jhon Cley volta para o ban-co de reservas

Meio-campista Douglas está de volta ao time titular do Vasco, pronto para ajudar a equipe no jogo diante do ABC

FERNANDO SOUTELLO/AGIF/GAZETA PRESS

FICHA TÉCNICAVASCO-RJABC-RN

Local:

Horário:

Árbitro:

São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)

18h30 (de Ma-naus)Wagner Reway (MT)

Vasco: Martín Silva, Carlos Cesar, Rodrigo, Douglas Silva e Marlon; Pablo Guiñazu, Fabrício, Montoya e Douglas; Maxi Rodriguez e Kleber Gladiador Técnico: Adilson Batista

Abc: Gilvan, Patrick, Sueliton, Marlon e Luciano Amaral;

Fábio Bahia, Daniel Amora, Michel e Júnior Timbó; Denis Marques e João Paulo Técnico:

Copa do Brasil: Vasco encara ABC pelas oitavasAmbos times da Série B, agora se enfrentam na primeira partida válida pelas oitavas de fi nal da Copa do Brasil

r a m f a c i -l i d a -d e s . “ T r a -ta-se de um mata-mata. Dois jo-gos onde tudo pode acon-tecer. Se você não entrar bem um dia em campo a competição toda pode ser jo-gada fora. Nessas condições não dá muito para apontar favoritismo. Além disso, o

ABC tem um bom time e me-rece nosso respeito”, disse o técnico Adilson Batista.

Os jogadores vascaínos compartilham da opinião do treinador e, já prevendo problemas, querem um bom resultado em casa. “Jogando em São Januário precisamos deixar a classifi cação bem encaminhada, pois é muito complicado ganhar do ABC em Natal. Temos que ven-

c o m o Icasa. O meia Dou-glas, que cumpriu sus-pensão, reaparece na vaga de Jhon Cley. De-pois de perder alguns jogos por estar a serviço da seleção brasileiro sub-20, o atacante Thalles volta a fi car à disposição, mas vai iniciar o duelo no banco de reservas.

Pelo lado do ABC, o técnico Zé Teodoro pede que seus jogadores ten-tem um bom resultado já na ida. “Não podemos apostar apenas no se-gundo jogo. Temos que ir a campo pensando em fazer um bom resulta-do, buscar a vitória. Mas, para isso, vamos ter que errar muito menos do que erra-mos em alguns jogos da Série B. Apesar disso estou confi ante no bom trabalho que podemos de-sempenhar em São Januá-rio. Confi o no meu grupo”, disse o ex-lateral.

O ABC tem desfalques

RETORNOAusente da última partida do Vasco pelo Campeonato Brasi-leiro da Série B, o meia Douglas está de volta ao time titular do Cruz-Maltino. Jhon Cley volta para o ban-co de reservas

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Page 8: Pódio - 26 de agosto de 2014

D8 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014

Atual campeã olímpica, Sarah Menezes não conseguiu passar pela francesa Amandine Buchard e perdeu logo na estreia do Mundial

As esperanças de me-dalhas brasileiras no Mundial de Judô, dispu-tado em Chelyabinsk,

na Rússia, diminuíram drastica-mente logo no primeiro dia de disputa. Candidatos ao pódio, os medalhistas olímpicos Felipe Kitadai e Sarah Menezes perde-ram logo na estreia do torneio, na madrugada de ontem.

Kitadai, bronze nos Jogos de Londres, em 2012, entrou no tatame para enfrentar o uzbe-que Dyorbek Urozboev na ca-tegoria até 60 kg. O brasileiro,

no entanto, foi surpreendido por um yuko no início, o que o fez correr mais riscos para tentar descontar a desvantagem. Com isso, acabou levando um ippon do adversário e se despedindo precocemente da disputa.

Já a campeã olímpica Sarah Menezes, na categoria até 48 kg, perdeu para a jovem de 19 anos Amandine Buchard, também em sua estreia no Mundial deste ano. A derrota da brasileira foi semelhante à de Kitadai: sofreu um yuko da francesa e não conse-

guiu reverter a desvantagem, apesar de não ter sofrido ip-pon. Buchard acabou fi cando com o bronze na disputa do terceiro lugar.

O outro brasileiro a entrar no tatame nesta segunda-feira foi Eric Takabatake, estreante em Mundiais, que conseguiu chegar mais longe. Na mesma categoria de Kitadai, o judoca bateu o suíço Ludovic Cham-martin por ippon e o ucraniano Hervorh Hevorhyan por puni-ções. Nas oitavas, porém, foi eliminado com um ippon do

russo Beslan Mudranov.Érika Miranda (52 kg), prata

em 2013, tentará o pódio na madrugada desta terça-feira pelo feminino, assim como Charles Chibana (66 kg), no masculino. Ainda integram a delegação brasileira os judo-cas Alex Pombo, Victor Pe-nalber Tiago Camilo, Luciano Corrêa, Rafael Silva, David Moura, Sarah Menezes, Ra-faela Silva, Ketleyn Quadros, Mariana Silva, Bárbara Timo, Mayra Aguiar, Maria S. Althe-man e Rochele Nunes.

Três brasileiras entre as melhores do Grand Prix

Após a 10ª conquista brasileira no Grand Prix de vôlei, que veio no do-mingo após a vitória por 3 sets a 0 sobre as anfi triãs japonesas, a Federação Internacional de Voleibol divulgou a seleção ideal da competição, com a in-clusão de três campeãs.

Dani Lins foi escolhida como a melhor levanta-dora, Fabiana eleita uma das melhores centrais e Sheilla a melhor oposto. Completam a lista as pon-teiras Liu Xiaotong, da China, e Miyu Nagaoka, do Japão, a central russa Irina Fetisova e a líbero nipônica Yuko Sano.

A líbero, apesar do vice-

campeonato, se destacou e venceu o prêmio de Jogadora Mais Valiosa (MVP) da edição 2014 do Grand Prix. Já a pre-miação de melhor técnico fi cou com o brasileiro José Roberto Guimarães, que ainda recebeu uma me-dalha de honra por seu sétimo título da compe-tição internacional.

Além do troféu, as premiadas ganharam um cheque de 5 mil dó-lares (R$ 11,4 mil) por cada premiação. No ano passado, quando o Bra-sil também ficou com o título do Grand Prix, a MVP do torneio foi a central Thaísa.

Meninas conquistaram o décimo título do Grand Prix

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O início do Mundial de Judô não foi nada animador para o Brasil. Felipe Kitadai e Sarah Menezes perderam logo na estreia

Chances de ouro diminuem após primeiro dia

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