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CONFEDERAÇÃO ENSINA O CAMINHO DA GERAÇÃO DE RECEITAS PARA AS ENTIDADES Crise impõe mudanças no perfil do profissional de vendas Empresa Brasil Ano 13 l Número 129 l Abril de 2016

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Page 1: Ano 13 l Número 129 l Abril de 2016 Brasil · tem mais. O Brasil já é hoje o maior exportador mundial de café, cana de açúcar, laranja e tabaco. Além disso, desde 2003 passou

CONFEDERAÇÃO ENSINA O CAMINHO DA GERAÇÃO DE RECEITAS PARA AS ENTIDADES

Crise impõe mudanças no perfi l do profi ssional de vendas

Empresa Bras

il

Ano 13 l Número 129 l Abril de 2016

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Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doEstado do Acre – FEDERACREPresidente: Adem Araújo da SilvaAvenida Ceará, 2351 Bairro: CentroCidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado deAlagoas – FEDERALAGOASPresidente: Kennedy Davidson Pinaud CalheirosRua Sá e Albuquerque, 302 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.020-050

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIAPresidente: Nonato Altair Marques PereiraRua Eliéser Levy, 1122 Bairro CentroCidade: Macapá CEP: 68.900-083

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariaisdo Amazonas – FACEAPresidente: Valdemar PinheiroAv. Senador Álvaro Maia, 2166 Sala 01 – Praça 14 de JaneiroBairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.020-210

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado daBahia – FACEBPresidente: Clóves Lopes CedrazRua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACCPresidente: João Porto GuimarãesRua Doutor João Moreira, 207 Bairro: CentroCidade: Fortaleza CEP: 60.030-000

Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais eIndustriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDFPresidente: Francisco de Assis SilvaQuadra 01, Área Especial 03, Lote 01 – Setor Industrial Bernardo SayãoCidade: Núcleo Bandeirante/DF CEP: 71735-167

Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Espírito Santo – FACIAPESPresidente: Amarildo Selva LovatoAv. Nossa Senhora dos Navegantes, 955. Ed. Global Tower, sala 713, 7° andar - Bairro: Enseada do Suá - Cidade: Vitória - CEP: 29.050-335

Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEGPresidente: Ubiratan da Silva LopesRua 143 - A - Esquina com rua 148, Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110

Maranhão – Federação das Associações Empresariais doMaranhão – FAEMPresidente: Domingos Sousa Silva JúniorRua Inácio Xavier de Carvalho, 161, sala 05, Edifício Sant Louis.Bairro: São Francisco - São LuísCEP: 65.076-360

Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais do Estado do Mato Grosso – FACMATPresidente: Jonas Alves de SouzaRua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020

Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais doMato Grosso do Sul – FAEMSPresidente: Alfredo Zamlutti JúniorRua Piratininga, 399 – Jardim dos EstadosCidade: Campo Grande CEP: 79021-210

Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINASPresidente: Emílio César Ribeiro ParoliniAv. Afonso Pena, 726, 15º andarBairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-003

Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doPará – FACIAPAPresidente: Fábio Lúcio de Souza CostaAvenida Presidente Vargas, 158 - 2º andar, bloco 203Bairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000

Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais daParaíba – FACEPBPresidente: Alexandre José Beltrão MouraAvenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andarBairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doParaná – FACIAPPresidente: Guido BresolinRua: Heitor Stockler de Franca, 356Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais de Pernambuco – FACEPPresidente: Jussara Pereira BarbosaRua do Bom Jesus, 215 – 1º andarBairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACPPresidente: José Elias TajraRua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207.Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: CentroCidade: Teresina CEP: 64.001-060

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJPresidente: Jésus Mendes CostaRua Visconde de Inhaúma, 134 - Grupo 505 - Bairro: CentroCidade: Rio de Janeiro CEP: 20.091-007

Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do RioGrande do Norte – FACERNPresidente: Itamar Manso Maciel JúniorAvenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200

Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e deServiços do Rio Grande do Sul - FEDERASULPresidente: Ricardo RussowskyRua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andarPalácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110

Rondônia – Federação das Associações Comerciaise Industriais do Estado de Rondônia – FACERPresidente: Cícero Alves de Noronha FilhoRua Pio XII, 1061, Pedrinhas, 1º andar, Sl 01 Cidade: Porto Velho CEP: 76801-498

Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais deRoraima – FACIRPresidente: Joaquim Gonçalves Santiago FilhoAvenida Jaime Brasil, 223, 1º andarBairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350

Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISCPresidente: Ernesto João ReckRua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540

São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado deSão Paulo – FACESPPresidente: Alencar BurtiRua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001

Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Estado de Sergipe – FACIASEPresidente: Wladimir Alves TorresRua José do Prado Franco, 557 - Bairro: CentroCidade: Aracaju CEP: 49.010-110

Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriaisdo Estado de Tocantins – FACIETPresidente: Pedro José Ferreira103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA -Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversifi cada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às in-formações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

DIRETORIA DA CACBTRIÊNIO 2016/2018

PRESIDENTEGeorge Teixeira Pinheiro (AC)

1º VICE-PRESIDENTEJésus Mendes Costa (RJ)

VICE-PRESIDENTESAlencar Burti (SP)Emílio César Ribeiro Parolini (MG)Ernesto João Reck (SC)Francisco de Assis Silva (DF)Guido Bresolin (PR)Itamar Manso Maciel Júnior (RN)Jussara Pereira Barbosa (PE)Kennedy Davidson Pinaud Calheiros (AL)Olavo Rogério Bastos das Neves (PA)

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAISSérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

VICE-PRESIDENTE DA MICRO E PEQUENA EMPRESALuiz Carlos Furtado Neves (SC)

VICE-PRESIDENTE DE SERVIÇOSRainer Zielasko (PR)

DIRETOR–SECRETÁRIOJarbas Luis Meurer (TO)

DIRETOR FINANCEIROJonas Alves de Souza (MT)

CONSELHO FISCAL TITULARAmarildo Selva Lovato (ES)Valdemar Pinheiro (AM)Wladimir Alves Torres (SE)

CONSELHO FISCAL SUPLENTEDomingos Sousa Silva Júnior (MA)Ubiratan Silva Lopes (GO)Pedro José (TO)

CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIANeiva Suzete Dreger Kieling (SC)

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIOFernando Fagundes Milagre

SUPERINTENDENTE DA CACB Juliana Kämpf

GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIROCésar Augusto Silva

COORDENADOR DO EMPREENDERCarlos Alberto Rezende

COORDENADOR DA CBMAEEduardo Vieira

COORDENADOR DO PROGERECSLuiz Antônio Bortolin

COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIALfróes, berlato associadas

EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIALNeusa Galli FróesCyntia MenezesErick Arruda

SCS Quadra 3 Bloco ALote 126Edifício CACB61 3321-131161 3224-003470.313-916 Brasília - DF

Site: www.cacb.org.br

Federações CACB

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A matéria de capa desta edição de Empresa Brasil traz uma verdadeira lição para os dias de hoje, em que enfrentamos uma daquelas crises cujo desfecho é impossível prever. Enquanto grande parte dos em-presários brasileiros reclama da retração da economia, uma parcela

de empreendedores prefere acreditar no investimento profi ssional, convictos de que, para concretizar bons negócios, é preciso ter ótimos vendedores.

Uma pessoa proativa, como se sabe, enxerga longe e antecipa-se aos proble-mas, agindo para contorná-los antes mesmo que apareçam os primeiros sinto-mas. É uma qualidade de grande valor no mundo corporativo, mas não só nele.

Essa energia derivada das pessoas consideradas proativas, palavra que tam-bém pode signifi car a capacidade de se recuperar diante da má sorte ou das mu-danças como essas que estamos enfrentando no Brasil de hoje, remeteu-me a outra matéria desta edição. Em meio a uma das conjunturas mais conturbadas da História do nosso país, vamos comemorar, neste ano, mais um recorde de safra.

A produção de grãos estimada para a safra 2015/2016 deve chegar a 211 mi-lhões de toneladas, o que representa um salto de 1,5% sobre a safra anterior. Mas tem mais. O Brasil já é hoje o maior exportador mundial de café, cana de açúcar, laranja e tabaco. Além disso, desde 2003 passou a ser também o 1º em soja, fran-go e carne bovina. E é o 3º em produção de frutas e de milho. Esse é só o início de um enorme caminho. Segundo estimativas de especialistas, o Brasil deverá ultra-passar os Estados Unidos, como a maior potência agrícola do mundo, em 2020.

Esse enorme potencial do Brasil também se verifi ca em outras áreas. O país foi o quarto colocado no ranking mundial de expansão de potência eólica em 2014. O nosso potencial eólico está estimado em 140.000 MW, o que deve atrair gran-des investimentos. O mesmo ocorre na energia solar. O índice de radiação solar do Brasil é um dos mais altos do mundo.

A agroenergia é responsável por 32% da energia ofertada no Brasil, o que coloca o país na liderança mundial do setor. Quase 48% do total de energia ofer-tada são obtidos de fontes renováveis, como a biomassa, a energia hidroelétrica e os biocombustíveis. A situação brasileira destaca-se no cenário internacional, pois 85% da energia consumida no mundo vêm de fontes não renováveis, que se en-contram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a utilização. Uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas. Exemplos disso são o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.

Esses dados relacionados acima refl etem apenas alguns segmentos em que o país se destaca, mas servem para comprovar que o Brasil tem futuro, sim. É preciso acreditar. Não se trata de um otimismo sem fundamento. Mas de uma constatação de que, com pessoas proativas, temos tudo para nos constituirmos em uma grande Nação. Com tudo isso, é possível ser pessimista?

A propósito do pessimismo

PALAVRA DO PRESIDENTE George Teixeira Pinheiro

George Teixeira Pinheiro, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

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4 Empresa Brasil

3 PALAVRA DO PRESIDENTEUma pessoa proativa, como se sabe, enxerga longe e antecipa-se aos problemas, agindo para contorná-los antes mesmo que apareçam os primeiros sintomas. É uma qualidade de grande valor no mundo corporativo, mas não só nele.

5 PELO BRASILCACB mobiliza Federações a fi m de ampliar número de associados.

8 CAPACrise econômica provoca reciclagem no ofício de vendas.

12 INTERNACIONALO programa AL-Invest 5.0 foi ofi cialmente apresentado em 10 de março, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), nas instalações da Cainco, entidade coordenadora do projeto.

14 FINANÇASBanco do Brasil anuncia ampliação de agências exclusivas para as MPEs.

17 CONJUNTURATaxa de desemprego deve superar 11% em 2016.

18 ECONOMIAAnalistas preveem recuo no PIB e queda na arrecadação.

ÍNDICE

EXPE

DIE

NTE

Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróesfróes, berlato associadas escritório de comunicação Edição: Milton Wells - [email protected] gráfi co: Vinícius KraskinDiagramação: Kraskin ComunicaçãoFoto da capa: Sergey Nivens/fotolia.comRevisão: Press RevisãoColaboradores: Cyntia Menezes, Rosângela Garcia, Tagli Padilha e Erick Arruda.Execução: Editora Matita Perê Ltda.Comercialização: Fone: (61) 3321.1311 - [email protected] Impressão: Orby Gráfi ca Editora Com. Dist. Ltda.

SUPLEMENTO ESPECIAL

Startups de serviços são asque mais atraem investidores

22 COMÉRCIO

26 COMÉRCIO EXTERIOR

28 AGRONEGÓCIO

20 PROGERECSConfederação ensina o caminho de geração de receitas próprias às entidades.

22 COMÉRCIOCada vez mais brasileiros perdem o medo de comprar pela internet.

24 CBMAEConvênio da CBMAE-SP com TJSP para ampliação da Rede irá permitir a qualquer ACE do estado instalar um Pace em sua sede.

26 COMÉRCIO EXTERIORBrasil deve marcar passo nas exportações deste ano, com queda de 1%.

28 AGRONEGÓCIOSetor dribla a crise e bate novo recorde em 2016.

30 LIVROSNa onda da inovação, Bruno Perin aborda a revolução das startups.

31 ARTIGOEnquanto uns choram, outros agem. Por Luan Marin.

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PELO BRASIL

Em reunião com presidentes, diretores e colaboradores da Confe-deração das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), foram predefi nidas algumas diretrizes, como a missão, visão e valores da entidade. A partir disso, o presidente George Pinheiro pretende mobilizar as Federa-ções para que atuem mais ativamente em seus estados. Além disso, a CACB também se fará mais presente na vida do empresariado.

Entre as pautas discutidas, foram mencionados a necessidade de aumentar o número de associados para fortalecer a capilaridade da CACB e o aprimoramen-to da receita da entidade. “Precisamos defi nir metas factíveis e desafi adoras. A CACB tem um enorme potencial, e vamos aproveitá-lo de forma efi ciente e inteligente. Para isso, todos precisam participar”, mobilizou Pinheiro.

CACB mobiliza Federações a fi mde ampliar número de associados

Entidade participa de simpósio sobrevarejo e shopping centers

A fi m de debater abertamente as adversidades que permeiam o varejo em shopping, a Associação Brasileira de Logistas de Shopping (ALSHOP) promoveu o 1º Simpó-sio Nacional de Varejo e Shop-ping. “Nossa intenção é criar um plano de ação para os próximos 10 anos, de forma a profi ssiona-lizar, desburocratizar e fortalecer,

ainda mais, o varejo de shopping. É um projeto de interesse co-mum”, esclarece Nabil Sahyoun, presidente da entidade.

O encontro reuniu presidentes e diretores de redes de varejo, empreendedores e diretores de shoppings e autoridades públicas envolvidas com o setor varejista. George Pinheiro, presidente da

CACB, participou do evento que discutiu, entre outros temas, as perspectivas da indústria de shop-ping, a internacionalização de mar-cas brasileiras e o papel do governo na retomada do crescimento.

O Simpósio ocorreu de 31 de março a 3 de abril, no Conrad Punta Del Este Resort & Casino, no Uruguai.

Presidente George Pinheiro lançou desafi o durante reunião em Brasília

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6 Empresa Brasil

PELO BRASIL

Empreender inicia implantação de núcleos em municípios gaúchos

O estado do Rio Grande do Sul deu seu pontapé inicial para o Projeto Empreender, parceria da CACB com o Sebrae, em fevereiro, nas cidades de Pelotas e Vacaria. Em março, as cidades de Caxias do Sul e Farroupilha também tiveram lança-mento local. Em breve, as cidades de Lajeado e Santiago também terão o projeto lançado.

Os municípios contemplados com a participação no Empreender apre-sentaram projetos para implantar cin-co núcleos setoriais da cadeia produ-tiva local, com aporte fi nanceiro para sua implantação em até 18 meses.

Após a formação dos grupos, os próprios integrantes elaborarão um planejamento estratégico que defi nirá as ações prioritárias a serem implan-tadas de forma coletiva. As reuniões dos grupos devem ocorrer quinze-nalmente, com monitoramento de indicadores e análise de resultados.

CACB estuda a criação de Câmara de Comércio Internacional

Nos planos de ação da CACB, constam a criação da Câmara de Comércio Internacional e a mobili-zação das Federações para realizar o 11º Congresso Mundial de Câmaras de Comércio (World Chambers Congress – WCC), em 2019, evento promovido pela International Chamber of Commerce (ICC).

“Ao trazer esse evento para o Rio de Janeiro, abriremos as portas para muitas oportunidades aos empresários de nosso país. Por isso, precisamos fortalecer a imagem do Brasil e aumentar as chances de sediar o evento em 2019”, disse George Pinheiro, presidente da CACB.

Lançamento do programa em Pelotas

Empreender foi lançado em Vacaria

Assunto foi discutido em reunião de planejamento entre Federações e CACB

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A campanha “Um sonho de Natal” de 2016 terá premiação es-tadual no total de R$ 700 mil: uma casa no valor de R$ 300 mil e cinco carros na faixa de R$ 80 mil cada um, todos através de certifi cados de ouro. A campanha, promovida pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Esta-do de Minas Gerais (Federaminas), acontecerá entre 1º de novembro deste ano e 8 de janeiro de 2017. O sorteio, via internet, ocorrerá no fi m de janeiro.

Essas foram as principais decisões tomadas em reunião dos coordenadores do projeto nas associações comerciais, com o presidente da Federaminas, Emílio Parolini, e o superintendente de Negócios, Ricardo Lacerda.

O encontro na sede da entidade, em Belo Horizonte, destinou-se ao balanço da campanha realizada em 2015 e aos primeiros acertos com vistas à promoção neste ano.

Campanha da Federaminas distribuiráR$ 700 mil em prêmios

Sistema CACB apoia instituições que investigam crimes de corrupção

Apreensivas com os graves acontecimentos nacionais e preocu-padas com os desdobramentos da crise política brasileira, a CACB, as Federações das Associações Comerciais dos Estados Brasileiros e as Associações Comerciais do Brasil posicionam-se favoravelmente ao rigoroso processo de apuração contra a corrupção que assola o país, conduzido pelo Ministério Público, pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal, na Operação Lava Jato.

“A CACB acredita na necessidade de responsabilizar os culpados e valorizar a transparência de gestão, em todos os níveis”, diz George Pinheiro, presidente da entidade, em nota divulgada à imprensa.

Comissão analisa proposta do novo Código Comercial

A comissão especial da Câ-mara dos Deputados que analisa a proposta do novo Código Comercial (PL 1572/11) deba-teu, em 5 de abril, as sugestões recebidas para o parecer do relator-geral, deputado Paes Lan-dim (PTB-PI). O projeto de lei, do deputado Vicente Candido (PT-SP), tem por objetivo sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas.

Um dos pontos mais rele-vantes do texto é a permissão para que toda a documentação empresarial seja mantida em meio eletrônico, dispensando-se o uso de papel. George Pinheiro, presidente da CACB, defen-de que o comércio precisa de liberdade e modernização para funcionar bem. “As leis precisam se atualizar conforme a evolução da sociedade. A lei atual data de 1850. Precisamos usar a tecnolo-gia a nosso favor.”

Emílio Parolini, presidente da Federaminas

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8 Empresa Brasil

Enquanto grande parte dos empresários brasileiros recla-ma da retração da economia, uma parcela de empreende-

dores parece ter encontrado um ca-minho diferente para superar a crise. Em busca da fórmula secreta para alavancar as vendas, um dos cami-nhos pode ser o investimento profi s-sional. É isso mesmo! Eles acreditam que, para concretizar bons negócios, é preciso ter ótimos vendedores. Para isso, buscam no mercado de trabalho os melhores executivos de vendas.

Isso tudo porque, na maioria das empresas, nenhuma área é tão exigi-da quanto o Departamento de Ven-das, sempre cobrado por mais e mais resultados. Nada mais natural, uma vez que, sem um fl uxo contínuo de

novas negociações, nenhuma empre-sa consegue sobreviver.

E se o cenário continua com in-vestimentos menores e mais controle fi nanceiro, o cargo de executivo de vendas está, segundo a assessora de carreiras da Catho, Juliana Pereira, entre as profi ssões mais procuradas no mercado atual. “E esta procura se deve ao fato de que muitas empre-sas visam a alcançar e superar suas metas”, avalia e explica que este pro-fi ssional tem papel importante para atingir o sucesso nos negócios. “É im-prescindível para as organizações bus-car novas formas de realizar vendas”, completa a assessora.

Para o empresário cearense e con-sultor de marketing Paulo Angelim, as condições adversas do mercado es-

Emparedadas pela queda do nível de atividades, empresas buscam no mercado profissionais com perfil proativo, ao mesmo tempo em que investem em funcionários com capacidade comercial

CAPA

Crise econômicaprovoca reciclagemno ofício de vendas

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tão cumprindo o natural processo de depuração dos profi ssionais. Ele, que também é palestrante no Brasil e em Portugal sobre motivação e vendas, e autor de diversos livros sobre o assun-to, acredita que os executivos da área estão sendo colocados à prova. “A cri-se está separando os profi ssionais que perpetuam na mesmice daqueles que são criativos e audazes”, defende.

Angelim afi rma ainda que os es-pecialistas em vendas “que enxergam na crise a oportunidade de fazer a diferença estão sendo disputados a peso de ouro”. E garante que isso acontece porque eles conseguem fa-zer mais com menos. “Pelo conheci-mento que detêm, pelo rico arsenal de casos e soluções estudados que acumulam, pela experiência e pelo aprendizado com o erro dos outros, eles enxergam mais longe”, avalia.

PROFISSIONAIS QUALIFICADOSE se houve um tempo em que a

profi ssão de vendedor exigia pouco em função da escassez de recursos, a crescente crise econômica brasileira dá indícios claros que o mercado ago-

ra exige o especialista. O profi ssional com características específi cas para atrair e reter o cliente é a menina dos olhos de todo empresário.

A assessora de carreiras da Catho, Juliana Pereira, destaca que, dian-te do cenário econômico que o país enfrenta, as organizações buscam atingir as metas e os resultados espe-rados, que se tornam cada vez mais agressivos. “Tudo isso motiva as em-presas a buscarem profi ssionais com capacidade de negociação, capazes de explorar novos mercados, pensan-do estrategicamente na venda e ne-cessidades dos clientes”, afi rma.

Anna Cherubina, professora e co-ordenadora acadêmica do Curso Ana-lista RH da Fundação Getulio Vargas (FGV/RJ), compartilha da mesma opi-nião. E acrescenta que, para atuar na área, o profi ssional deve ter a clareza de que o seu ambiente de trabalho não é no interior de uma loja. “Aguar-dar os clientes baterem à porta não é mais o melhor caminho. É preciso ter estratégias para seduzir os comprado-res”, aconselha e lembra ainda que o desafi o do executivo de vendas está cada vez maior em função do desmo-ronamento do mercado provocado pela atual crise econômica.

Conforme Anna, que também é consultora e assessora em Gestão Estratégica de Pessoas em empresas, para ter sucesso é preciso ter ainda intimidade com a tecnologia. “Usá-la como aliada é fundamental para se desenvolver ações de marketing digital criativas e atraentes“, comen-ta. Ela sugere que o profi ssional deve reunir também conhecimento para elaborar estratégias específi cas, com vistas aos desejos dos consumidores.

Paulo Angelim: “Especialistas em vendas ‘que fazem a diferença’ estão sendo disputados a peso de ouro”

Qualificações desejadas:■ Proatividade■ Qualifi cação■ Bom relacionamento

interpessoal■ Simpatia e cordialidade■ Comunicação■ Paciência■ Ser persistente, nunca

insistente■ Buscar a produtividade e

prezar pela qualidade■ Desenvolver parcerias■ Zelar pela autoestima■ Promover informação■ Realizar um bom

atendimento a clientes■ Buscar a realização

de metas.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO

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10 Empresa Brasil

CAPA

Tempos de penúria exigem a incorporação da matéria comercial em todos os graus para enfrentar o mercado

O vendedor que só vendia é um modelo esgotado; hoje, ele é responsável pelo desenvolvimento do negócio

“É preciso estar atento às inovações”Ao mesmo tempo em que a cri-

se acelera o desemprego no país e diminui o poder de compra dos bra-sileiros, faz crescer a busca por em-pregos no setor de varejo. Muitos candidatos com pouca ou nenhu-ma experiência em vendas procu-ram no comércio uma oportunida-de para recolocação no mercado de trabalho, ainda que, para isso, seja preciso deixar de lado a formação profi ssional de origem.

Hoje, não é difícil encontrar ve-terinários, engenheiros, arquitetos, preparadores físicos e educadores promovendo vendas, observa a es-pecialista da FGV Anna Cherubina. No entanto, ela alerta que, para se obter bons resultados, é preciso conhecer o produto, manter um bom relacionamento interpessoal e apostar no dom da negociação. “É essencial uma boa apresentação e uma linguagem adequada para cada atendimento”, enfatiza.

A assessora de carreiras da Ca-tho, Juliana Pereira, também adverte que, para conquistar esta oportuni-dade, é necessário que o profi ssional seja mais que um simples vendedor. “É necessário desenvolver a capaci-dade de negociação e de conven-cimento. Além disso, é preciso se aperfeiçoar e fi car cada vez mais atento às inovações e às tendências do mercado”, recomenda.

Da mesma forma, o consultor de marketing Paulo Angelim explica que, muitas vezes, as pessoas não têm perfi l, vocação e nem expecta-tiva para o cargo. “Acham até que

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Abril de 2016 11

ser vendedor é um desvio de rumo ou destino da existência. Já aque-les que se descobrem nas vendas e a enxergam como profi ssão nobre que move as economias capitalis-tas, esses avançam e fazem a dife-rença”, aponta.

De acordo com Angelim, os mercados são cíclicos. “Não é o mais forte que se destaca, mas o mais rápido em se adaptar às novas condições”, completa, indicando que é neste ponto que os execu-tivos se sobressaem e garantem as melhores oportunidades.

TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADESSem cursos específi cos na área,

a carreira de executivo de vendas, segundo a coordenadora acadêmi-ca do Curso Analista RH da FGV, Anna Cherubina, é dominada geral-mente por profi ssionais de comer-cial e marketing. Contudo, muitos especialistas em vendas em atuação

no mercado se descobriram por vo-cação e cresceram, garantindo lu-gares de destaque.

E o salário é atrativo, ainda que seja variável e dependa das caracte-rísticas de cada produto e do per-centual em comissões negociado. Conforme levantamento feito por Anna, o salário parte de R$ 3,5 mil, nas empresas de pequeno porte, podendo alcançar R$ 4,3 mil (nas médias empresas) a R$ 5 mil, nas grandes corporações.

E embora seja um mercado amplo e cheio de oportunidades, a assesso-ra de carreiras da Catho, Juliana Pe-reira, pondera que, dentre as carac-terísticas essenciais para se dar bem, estão ter capacidade de negociação, carisma, persuasão, entusiasmo e de-terminação. “Para o candidato a este cargo, é indispensável ter o conheci-mento do mercado em que vai atuar, entender o produto oferecido e o de-sejo do cliente”, explica.

“Sem cursos específi cos na área, a carreira de executivo de vendas é dominada geralmente por profi ssionais de comercial e marketing” Anna Cherubina, coordenadora acadêmica do Curso Analista RH da FGV

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12 Empresa Brasil

CACB selecionará ACEs parahabilitação ao Al Invest 5.0

Liderando a participação bra-sileira, a Confederação das Associações Comerciais e Em-presariais do Brasil (CACB) irá

selecionar cerca de 40 Associações Comerciais e Empresariais (ACEs) de diferentes regiões do país para atua-rem no projeto. A entidade assumiu 30% das metas a serem alcançadas e é responsável por 56 ações, que devem ser executadas nos próximos quatro anos. Lançado em 10 de mar-ço, em Santa Cruz de la Sierra, Bolí-via, o Al Invest 5.0 já se encontra em fase de execução.

Ao lado de 10 organizações in-ternacionais, a CACB é vencedora do

consórcio que irá atuar em 18 países da América Latina, com o fi m de con-tribuir para a redução da pobreza ao incentivar a produtividade das micro, pequenas e médias empresas (MP-MEs) e promover seu desenvolvimen-to sustentável. Para George Pinheiro, presidente da CACB, participar do Al Invest 5.0 “é um passo muito impor-tante para o reconhecimento de nos-sa entidade pela Comissão Europeia”.

Entre as metas gerais estabeleci-das, espera-se aumentar a produti-vidade e competitividade das MPEs, conectar empresas por meio das ACEs e reforçar a capacidade institu-cional das associações.

“Também pretendemos aprimo-rar o mercado de serviços de desen-volvimento empresarial na Améri-ca Latina, implementar serviços de apoio ao empreendedorismo susten-tável e criar uma plataforma de co-ordenação, integração e intercâmbio de experiências entre ACEs e entida-des internacionais”, enumera Carlos Rezende, coordenador do Programa Empreender e responsável pela par-ticipação da CACB no Al Invest 5.0.

Daniel Velasco, gerente da Cáma-ra de Industria, Comercio, Servicios y Turismo de Santa Cruz (Cainco), en-tidade líder do consórcio, afi rma que o programa deve benefi ciar cerca de

INTERNACIONAL

Aumentar a produtividade e competitividade das MPEs e conectar empresas, por meio das ACEs, são as principais metas do programa

Objetivo do Al Invest 5.0 é reduzir apobreza ao incentivar a produtividade das

micro, pequenas e médias empresas

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Abril de 2016 13

27 mil empresas de diversas catego-rias, as quais deverão solicitar apoio fi nanceiro por meio de uma câmara de comércio ou associação comercial. Jorge Arias, presidente da Cainco, destacou que o apoio da União Euro-peia chega em momento oportuno, tendo em vista a desaceleração eco-nômica que arrebata diversos países.

CONVOCATÓRIASFinanciado pela União Europeia, o

Al Invest 5.0 prevê o lançamento de dois editais dos quais podem partici-par organizações públicas (locais, na-cionais e regionais) ou organizações empresariais sem fi ns lucrativos. A pri-meira convocatória receberá propos-tas até 16 de maio deste ano. Podem participar entidades do Brasil, Argen-tina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Mé-xico, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Honduras, El Salvador e União Europeia.

Confi ra mais informações no portal da CACB: www.cacb.org.br.

Cerca de 6.500 empresas se consolidaram no exterior

Reunião com delegaçãoda União Europeia

No Al Invest 4.0, que durou de 2009 a 2013, mais de 23.700 empre-sas tiveram acesso a ferramentas de internacionalização, e quase 6.500 se consolidaram no exterior.

O Al Invest 5.0 é a quinta edição do programa, sendo que, até a última, a Comissão Europeia já havia investido 60 milhões de euros. “Na quarta edi-ção, houve três consórcios vencedores,

mas nesta quinta a Comissão Europeia preferiu contemplar um único consórcio na condição de ser integrado por pelo menos seis países”, esclarece Rezende.

Na fase atual, será investido um total de 25 milhões de euros, sendo 10 milhões aplicados pelas entidades participantes e 15 milhões por entida-des contempladas por editais na Amé-rica Latina.

O presidente da CACB, George Pinheiro, e outros representantes da entidade reuniram-se com a de-legação da União Europeia, em Bra-sília, para apresentar a participação da CACB no Al Invest 5.0.

Pinheiro afi rmou que a CACB é o sistema empresarial mais an-tigo do Brasil, presente em todos os municípios com mais de 60 mil habitantes. “O nosso diferencial é a tradição e a capilaridade. O Sistema CACB abrange empresários de to-dos os setores da economia, que se associam voluntariamente. Por isso e pelo poderio econômico do Brasil,

existe uma grande expectativa de liderança em nosso país no que diz respeito ao Al Invest.”

Luiz Carlos Furtado Neves, vice-presidente da MPE na CACB, de-clarou que a entidade é uma das responsáveis pelo sistema que gera emprego, renda e capacitação. “Termos sido contemplados mostra que, embora não tenhamos pro-paganda, temos o know-how para apoiar e desenvolver as MPEs. O Al Invest 5.0 será um desafi o, mas tenho certeza de que será também um sucesso, tendo em vista os nos-sos muitos anos de experiência.”

Na quinta fase do programa, serão investidos 25 milhões de euros

Presidente da CACB, George Pinheiro, e o embaixador João Gomes Cravinho, chefe da delegação da União Europeia no Brasil

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14 Empresa Brasil

Banco do Brasil anuncia ampliação de agências exclusivas para as MPEs

Em projeto pioneiro no país, o Banco do Brasil deverá con-tar, até o fi nal do ano, com 50 agências exclusivamente

dedicadas ao atendimento de micro e pequenos empresários. Atualmente, a instituição conta com 16. A primei-ra foi inaugurada em abril de 2012, em Campo Grande (MS). As agências possuem funcionários treinados nos produtos disponíveis para as MPEs, que fazem uma espécie de consulto-ria fi nanceira para os empresários.

Segundo Ilton Luís Schwaab, dire-tor da área de MPEs do Banco do Bra-sil, o objetivo é que os locais deixem de ser um espaço apenas para realizar transações e se tornem um ambiente de relacionamento com esses clientes.

Em entrevista exclusiva à Empresa Brasil, Schwaab anunciou também a inauguração de 28 escritórios de negócios MPE. Até o fi nal de 2016, o banco deverá operar com 32 es-critórios que, entre outros benefícios aos clientes, contam com gerentes de relacionamento especializados em consultoria fi nanceira. A seguir, leia os principais trechos da entrevista:

Como o senhor vê o cenário eco-nômico? É possível ter uma visão otimista, em especial para as MPEs?

O Banco do Brasil acredita no po-tencial das micro e pequenas empre-

FINANÇAS

Instituição está aprimorando a forma de se relacionar com as microempresas

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Abril de 2016 15

sas e na sua força geradora de em-pregos, renda e riquezas para o país. Ao longo dos anos, o segmento MPE vem evoluindo e passando por signifi -cativas transformações. O BB sempre se colocou ao lado dos empreendedo-res durante todo esse processo. E no momento atual, em que há desafi os a novas janelas de oportunidade, não poderia ser diferente. O Banco do Bra-sil continuará a oferecer todo apoio às empresas, principalmente por meio da oferta de crédito aderente às suas necessidades, para que elas se desen-volvam e incrementem os seus negó-cios. O Banco do Brasil acredita que o trabalho conjunto realizado com as entidades representativas das micro e pequenas empresas, como a Confe-deração das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), é fun-damental para desenvolver o segmen-to. Por isso, reafi rma a parceria com a CACB e com todas as entidades vincu-ladas à Confederação.

Quais são as linhas de crédito que o BB dispõe para as MPEs?

O Banco do Brasil dispõe de am-plo portfólio de linhas de crédito que atendem às necessidades de capital de giro e fi nanciamento de investi-mentos das micro e pequenas empre-sas (MPE). As taxas de juros variam conforme a linha de crédito, as ga-rantias oferecidas pelo cliente e o ní-vel de relacionamento do cliente com o BB, além de outras condicionantes.

Quais são as linhas mais pro-curadas pelas MPEs?

Ao fi nal de dezembro de 2015, a carteira de crédito do Banco do Brasil com as micro e pequenas empresas

(MPE) atingiu saldo de R$ 93,6 bi-lhões. No BB, enquadram-se como clientes no segmento MPE as empre-sas com faturamento bruto anual de até R$ 25 milhões. As operações de capital de giro são as mais procuradas pelas micro e pequenas empresas, atingindo saldo de R$ 59,7 bilhões ao fi nal de dez/2015. Esse volume repre-senta quase 64% do saldo total da carteira de crédito MPE do BB.

Quais são as garantias exigidas? As garantias exigidas podem ser

reais ou pessoais, dependendo da li-nha de crédito contratada pelo clien-te. Também podem ser oferecidos como garantia de empréstimos os títulos (cheques, duplicatas e faturas de cartões de crédito) representati-vos de vendas a prazo da empresa. Nas operações de capital de giro e de fi nanciamento de investimentos com micro e pequenas empresas, os clientes podem utilizar o Fundo de Garantia de Operações (FGO) como complemento de garantias e para facilitar o acesso ao crédito. O FGO é um mecanismo que complementa em até 80% as garantias exigidas das pessoas jurídicas em empréstimos e fi -nanciamentos bancários, em especial as de micro e pequeno porte. Outro importante mecanismo para viabilizar a contratação de operações de fi nan-ciamentos de investimentos é o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Constituído com recursos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Fampe também complementa em até 80% o valor das garantias necessárias à reali-zação de operações com micro e pe-quenas empresas.

“O Banco do Brasil acredita que o trabalho conjunto realizado com as entidades representativas das micro e pequenas empresas, como a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), é fundamental para desenvolver o segmento”Ilton Luís Schwaab, diretor da área de MPEs do Banco do Brasil

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16 Empresa Brasil

FINANÇAS

Quais segmentos apresentam maior demanda por crédito en-tre as MPEs? É possível fazer uma análise a respeito?

Historicamente, no segmento de varejo, as empresas ligadas ao comér-cio são as que mais demandam crédi-to no Banco do Brasil.

Algum programa novo em 2016 para o setor das MPEs?

Neste ano, o Banco do Brasil con-tinuará ofertando suas soluções às MPEs. Listamos alguns diferenciais de mercado que BB oferece para o seg-mento. Bônus Parcela em Dia: com o benefício, os clientes que pagam em dia as prestações do seu emprésti-mo recebem de volta 10% do valor dos juros pagos, sendo creditado na conta-corrente no dia seguinte ao pagamento da prestação. O atribu-to é ofertado em duas das principais linhas de capital de giro. Em 2016, mais linhas de crédito passarão a con-tar com essa condição negocial.

Qual é a fase do programa de agências para as MPEs?

O projeto pioneiro do BB foi ini-ciado em 2012, com a inauguração de agência em Campo Grande (MS). Entre os diferenciais, estão agrega-dos: ambientação diferenciada e especialização do atendimento. 16 unidades já foram inauguradas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Paraná, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e Santa Catarina. Até o fi nal de 2016, a rede especializada deverá superar 50 unidades.

E os Escritórios de Negócios MPE?O Banco do Brasil está aprimo-

rando a forma de se relacionar com as microempresas. Já foram inau-gurados quatro escritórios de negó-cios MPE em Brasília (DF), Campinas (SP), Joinville (SC) e Ribeirão Preto (SP). Até o fi nal deste ano, outras unidades serão inauguradas, tota-lizando 32 Escritórios de Negócios MPE distribuídos no país. Apresen-tamos alguns benefícios oferecidos aos clientes: gerente de relaciona-mento especializado em consulto-ria fi nanceira, com a utilização de ferramentas digitais; atendimento em horário ampliado, em dias úteis, das 8h às 18h, por telefone, e-mail, mensagem instantânea, chat e vi-deochat; serviços expressos para transporte de documentos (courier); especialistas em investimentos, pre-vidência, seguridade, empréstimos e fi nanciamentos; realização de ne-gócios, inclusive operações de em-préstimos, por meio de ferramentas digitais, sem a necessidade de com-parecer a uma agência BB.

Linhas Limites – R$ Prazos

BB CapitalGiro Mix

Pasep

Conforme o limite decrédito do cliente.

Até 24 meses, com até 90 dias de carência para pagar

a 1ª parcela de capital.

BB Giro Rápido

Mínimo – R$ 1 mil.Máximo – até R$ 120 mil,

observado o limite decrédito do cliente.

Em 24 parcelas, com até 59 dias de carência para pagar

a 1ª parcela de capital.

BB Giro Empresa Flex

Mínimo – R$ 5 mil.Máximo – de acordo com o limite de crédito do cliente.

Até 36 meses, com carência de até 59 dias para pagar a

1ª parcela de capital.

BB Giro Empresa

Mínimo – R$ 10 mil.Máximo – de acordo com o limite de crédito do cliente.

Até 24 meses, com carência de até 4 meses para pagar a

1ª parcela de capital.

Capital de Giro

O Banco do Brasilcontinuará a oferecer todo apoioàs empresas, principalmente por meio da oferta de crédito aderente às suas necessidades, para que elas se desenvolvam e incrementem os seus negócios

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DIVERSIDADEDA PRODUÇÃO ARTESANAL NO BRASILCRAB é inaugurado no Rio de Janeiro com a proposta de valorizar peças elaboradas por artesãos

ABRIL/2016 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800A 20 6 S A CO 0800 0 0800ABRIL/2016 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

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2 EMPREENDER / SEBRAE

Brasileiros e estrangeiros que estiverem no Rio de Janeiro durante os Jogos poderão conhecer e comprar peças artesanais

CULTURA

CENTRO DE REFERÊNCIA DO ARTESANATO É OPÇÃO DE PROGRAMA NA OLIMPÍADA

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

O Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), mais uma opção de lazer no

coração cultural e histórico da capital carioca, foi aberto ao público no fi nal de março com uma exposição sobre a abrangente produção artesanal brasileira. No primeiro dia de funcio-namento, cerca de 200 pessoas passa-ram pelo CRAB, e a loja Brasil Original vendeu mais de R$ 7 mil em produtos. A mostra fi cará em cartaz até 11 de se-tembro e promete ser mais um progra-ma para os turistas nos intervalos dos Jogos Olímpicos. Os visitantes também poderão levar um pouco para casa, já que parte das peças da exposição está sendo vendida nessa loja.

Durante a Olimpíada, o Sebrae também pretende viabilizar ônibus que transportem os turistas dos pontos dos Jogos e das instalações onde estarão os atletas, como a Vila Olímpica, para o CRAB. “Vamos faci-litar o acesso dos turistas brasileiros

e estrangeiros ao CRAB para que eles conheçam o artesanato de todos os estados do país”, afi rmou o presidente do Sebrae, Guilherme Afi f Domingos.

DiversidadeNa inauguração, com curadoria de Adélia Borges e Jair de Souza, a ex-posição Origem Vegetal: a biodiversi-dade transformada apresentará cerca de 800 peças elaboradas por artesãos que atuam nas 27 unidades da Fede-ração. A exposição tem como escopo os objetos feitos com matérias-primas de origem vegetal, derivados de plan-tas e árvores, tais como madeiras, pa-lhas, sementes e resina. As tipologias de objetos selecionados incluem jogos americanos, luminárias, móveis, ces-tas, bolsas, talheres, joias, painéis de-corativos, fl ores, brinquedos, tecidos, tapetes, almofadas, chapéus, mantas e esculturas.

A lista de obras tem cerca de cem espécies vegetais que vêm sendo transformadas pelas mãos de nossos

Foto: Leandro Ribeiro Photography

Cerca de cem espécies vegetais vêm sendo transformadas pelas mãos dos artesãos brasileiros

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3ABRIL DE 2016

Foto: Leandro Ribeiro Photography

artesãos, entre elas fi bras vegetais de todos os tipos e texturas, sementes de várias cores e tamanhos, madeiras, borrachas. A pesquisa para a seleção das obras expostas envolveu uma vasta rede, com a participação dos gestores estaduais dos programas de artesanato do Sebrae. “A escolha dos objetos a serem expostos obedeceu a um critério de excelência, quebrando o paradigma da feira e do produto de baixo valor agregado para requalifi car o artesanato num patamar mais alto”, destacou a diretora-técnica do Sebrae, Heloisa Menezes.

As peças da exposição estão à ven-da por valores que variam entre R$ 30 e R$ 2 mil. A expectativa é que a loja (Brasil Original) gere R$ 1 milhão em negócios por ano. “Para impulsionar o artesanato brasileiro, é preciso ajudar o artesão a vender mais. O CRAB é o novo aliado dele, que terá um espaço para expor suas peças e comercializá-las”, apontou Guilherme Afi f Domin-gos. A mostra Origem Vegetal fi ca em cartaz até 24 de setembro. A entrada é gratuita.

EmpreendedorismoA exposição traz um painel transversal da produção artesanal do país. Na sele-ção, predominam trabalhos de autoria coletiva, elaborados por cerca de 50 as-sociações ou cooperativas artesanais, tanto rurais quanto urbanas, e por cerca de 20 etnias indígenas. Nessas comu-nidades espalhadas pelo Brasil, iniciati-vas marcadas pelo empreendedorismo e pela inovação social trazem um novo impulso ao desenvolvimento local. Além disso, estão expostos os trabalhos de 53 autores individuais, entre artesãos autô-nomos formalizados como Microempre-endedores Individuais (MEI) e artistas. Entre eles, há mestres reconhecidos, tais como: Véio, de Sergipe; Cunha, de Per-nambuco; Antônio de Dedé, de Alagoas; e Getúlio Damado, do Rio de Janeiro.

O CRAB é um espaço idealizado pelo Sebrae para promover a exposição, co-nhecimento e comercialização do arte-sanato brasileiro e tem como objetivo reposicioná-lo no mercado, melhorando a percepção do potencial consumidor em relação ao artesanato e possibilitando sua ampliação no acesso ao mercado. E

A mostra é mais uma opção de lazer na capital carioca e fi cará em cartaz até 11 de setembro deste ano

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4 EMPREENDER / SEBRAE

SUPORTE

Acordo de cooperação será válido por três anos

PEQUENOS NEGÓCIOS SERÃO ORIENTADOS A PROTEGER PATENTES, MARCAS E INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

Em março, o Sebrae e o Instituto Nacional da Propriedade Indus-trial (INPI) fi rmaram um Acordo

de Cooperação Técnica, válido por três anos, com o objetivo de ampliar o aces-so à proteção de patentes e ao registro de marcas e de indicações geográfi cas.

O presidente do Sebrae, Guilherme Afi f Domingos, e o presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel, assinaram acordo na Associação Comercial do Rio de Janeiro. “Registrar uma marca ou proteger uma patente é uma segurança a mais para o empreendedor, que, em meio à selva burocrática para montar o seu negócio, muitas vezes se esquece ou considera des-necessário resguardar o nome da empresa ou a sua invenção”, avalia Afi f Domingos.

Por sua vez, Pimentel ressalta que a propriedade industrial pode repre-sentar um diferencial competitivo fun-damental para que os novos negócios ganhem espaço no mercado.

Os pedidos de patentes entre MEI, microempresas e empresas de pequeno porte representaram 11% do total dos

pedidos depositados por residentes no Brasil em 2015, um crescimento de 8,7% em relação ao ano anterior. Já os mais de 64 mil pedidos para registro de marcas de pequenos negócios representaram quase 50% do total de solicitações de residentes no ano passado, mas esse número tem potencial para crescer, principalmente com o tratamento dife-renciado defi nido pelo INPI para o exame prioritário para pequenos negócios.

O objetivo geral do acordo é tornar os pequenos negócios mais competiti-vos e inovadores, estimulando o desen-volvimento de tecnologias e o uso das informações tecnológicas contidas em patentes. O plano de trabalho para os três anos de acordo de cooperação prevê o desenvolvimento do selo brasileiro de In-dicação Geográfi ca, além da produção de guias, catálogos e cartilhas, entre outros materiais de divulgação sobre proprie-dade industrial. Eles serão usados para orientar as micro e pequenas empresas sobre o uso desses ativos para alavancar seus negócios e capacitar o Sebrae no te-ma da propriedade industrial. E

Foto: Leandro Ribeiro Photography

Tornar os pequenos negócios mais competitivos e inovadores é o objetivo geral do acordo

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5ABRIL DE 2016sebrae.com.br facebook.com/sebrae twitter.com/sebrae youtube.com/tvsebrae plus.google.com/sebrae

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

O Sebrae esteve presente na 12ª edição da Abradilanfarma, maior feira do setor farmacêu-

tico do país , que aconteceu no mês de março, em Curitiba (PR). No estande da instituição, onde os empresários do segmento receberam orientação, foram lançadas três cartilhas que com-põem o guia de farmácias, elaboradas especialmente para ajudar os donos de pequenos negócios a solucionar pro-blemas rotineiros dessas empresas.

Em 2013, o Sebrae elegeu o seg-mento de drogarias e farmácias como área prioritária para atendimento no comércio e esta será a primeira vez que a instituição participa de um evento do setor farmacêutico. A Abradilan (Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos) foi a feira escolhida por ter seu público composto prin-cipalmente por donos de farmácia – segmento formado basicamente por micro e pequenas empresas (90%). Atualmente, existem no Brasil 70,5 mil farmácias e drogarias.

ConteúdoA primeira cartilha apresenta os direcionamentos necessários para entender como funciona o setor de farmácia e drogaria, além dos aspec-tos legais e fi scais dos negócios desse segmento. O segundo guia explica como acontece o gerenciamento por categoria e ensina como o empreen-dedor pode implementá-lo. Trata-se de uma ferramenta desenvolvida para apoiar o processo de tomada de decisão dos empresários, visando estruturar, planejar e avaliar as estra-tégias defi nidas no plano de negócios, o que pode otimizar os investimentos tanto em estoque quanto em publi-cidade e na melhoria do relaciona-mento com clientes, trazendo bons resultados econômico-fi nanceiro e operacional. No terceiro documen-to, é possível encontrar ações para potencializar a comercialização de produtos vendidos em farmácias e drogarias. O objetivo da publicação é orientar empreendedores a utilizar as melhores ferramentas de marketing estratégico para o segmento. E

CERCA DE 90% DO SEGMENTO DE FARMÁCIA É COMPOSTO POR MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

ORIENTAÇÃO

Cartilhas elaboradas pelo Sebrae foram lançadas em feira do setor farmacêutico, em Curitiba (PR)

GUIA DE FARMÁCIAS TRAZ DICAS PARA TER SUCESSO NO SEGMENTO

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6 EMPREENDERINFORME SEBRAEPresidente do Conselho Deliberativo Nacional: Robson Braga de Andrade. Diretor-Presidente: Guilherme Afi f Domingos.Diretora Técnica: Heloísa Guimarães de Menezes. Diretor de Administração e Finanças: Luiz Barretto. Gerente de Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo.

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

As startups do setor de Serviços são aquelas que mais atraem aporte fi nanceiro dos investido-

res, principalmente as que atuam nos segmentos de educação, tecnologia e saúde. Essa é uma das informações reve-ladas por uma pesquisa inédita realizada pelo Sebrae em São Paulo, que desvenda alguns segredos da relação entre esses novos empreendedores e aqueles que investem seus recursos em um negócio de risco, conhecidos como “anjos”.

O estudo “Lado A e Lado B – Star-tups” mostra que 97% dos investidores buscam startups de Serviços para for-mar sua carteira de investimentos. Em seguida, os setores mais procurados são Comércio (50%), Indústria (47%) e Agro-negócio (23%). Em relação aos segmen-tos, os preferidos são educação (alvo de 30% dos investidores), tecnologia (30%), saúde (27%), transporte/mobilidade ur-bana (20%) e serviços fi nanceiros (17%).

A maioria dos investidores (80%) procura startups já em fase de operação, mas 63% também declararam buscar empreendedores na ideação, ou seja,

ainda estruturando seu negócio. Sobre o valor dos investimentos, os aportes variam de R$ 50 mil a R$ 3 milhões. A pesquisa confi rma que existe uma busca mútua no mercado entre empreendedo-res e investidores, mas a percepção dos pontos fracos no relacionamento muda de acordo com o lado: empreendedores apontam a interferência dos investido-res no negócio como a principal queixa; os investidores, por sua vez, citam as difi culdades do dia a dia e a falta de com-prometimento dos empreendedores.

“O que os une é a perspectiva de ter retorno fi nanceiro no negócio, mas o investidor quer ver engajamento e proatividade para ter confi ança na star-tup. O empreendedor dessa área deve ser um ‘caçador de respostas’, alguém proativo, que está sempre atrás de so-luções”, afi rma Renato Fonseca, gerente de Acesso à Informação e Tecnologia do Sebrae em São Paulo.

DescriçãoA pesquisa também faz um perfi l do ecossistema das startups. Em geral, os empreendedores são jovens (média de

33 anos) e têm alto grau de escolarida-de; os investidores não chegam a ser de uma geração distante: a média de idade deles é de 41 anos. Quase meta-de (48%) dos empreendedores tinha emprego antes de iniciar a startup; depois disso, 73% passaram a dedicar seu tempo integralmente a ela.

Foram entrevistados 113 empreen-dedores de startup, representando o Lado A, e 36 investidores/apoiadores, responsáveis pelo Lado B da relação. To-dos atuam no estado de São Paulo, e as entrevistas (quantitativas e qualitativas) foram feitas entre setembro e novembro de 2015. A íntegra da pesquisa também identifi cou pilares do ecossistema e os principais desafi os para implementar uma cultura empreendedora entre do-nos de startups no Brasil. E

97% dos investidores buscam startups do setor para formar carteira de investimentos

STARTUPS DE SERVIÇOS SÃO AS QUE MAIS ATRAEM INVESTIDORES

TECNOLOGIA

Veja a versão completa da pesquisa aqui.

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Abril de 2016 17

A taxa de desemprego no Bra-sil disparou e fechou o ano passado em 8,5%, segundo os dados da Pesquisa Na-

cional por Amostra de Domicílios Con-tínua (Pnad). A taxa de desocupação média de 8,5% representa um salto em relação à de 2014, que foi de 6,8%. Também é a maior desde que o Insti-tuto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) começou, em 2012, a fazer essa pesquisa que inclui dados de todos os estados brasileiros. Oito milhões e seis-centas mil pessoas estavam à procura de um trabalho no ano passado. São quase dois milhões de pessoas a mais: um aumento de 27% no número de desempregados em um ano.

Se, em 2015, o país teve taxas de desemprego recordes, com mais de 8 milhões de desempregados, este novo ano será pior, com taxa de desemprego batendo os dois dígitos. A previsão é do economista Fabio Giambiagi, chefe do Departamento de Gestão de Risco de Mercado do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES).

Para o economista, os trabalhado-res irão sentir ainda mais o efeito da crise econômica em 2016. “Vai ultra-passar os 10%”, sobre a taxa de de-semprego medida pelo IBGE.

Se a alta se confi rmar, esta seria a maior taxa de desemprego já regis-

trada pelo IBGE. Contudo, Giambiagi pondera um ponto fundamental: a PME (Pesquisa Mensal do Emprego) vai parar de ser divulgada pelo IBGE, subs-tituída inteiramente pela Pnad Contí-nua, iniciada em 2012. Até 2015, as duas pesquisas eram publicadas, sendo que a Pnad, na média histórica, sempre divulgou uma taxa mais elevada que a PME. “Enquanto a PME daria uma taxa de desemprego entre 9% e 10% em 2016, a Pnad daria entre 11% e 12%.”

Mesmo assim, o percentual é bem preocupante. No terceiro trimestre de 2015, a taxa de desemprego me-dida pela Pnad fi cou em 8,9%.Em números absolutos, a população de-socupada no país, mas à procura de emprego, chegava a nove milhões de

pessoas. Se a taxa subir para 12%, se-rão aproximadamente 12 milhões de desempregados. “Nível de dois dígitos é um elemento muito emblemático.” O desemprego tem avançado a níveis históricos por conta da delicada situa-ção econômica no Brasil. Fatores como infl ação, juros altos, dólar valorizado diante do real, confi ança dos consu-midores e empresários, além da queda de investimentos no país, infl uenciam o índice. Um exemplo simples: com a infl ação alta, o consumo das famílias tende a cair e, portanto, a produtivi-dade de uma empresa também, para a produção se equilibrar com a oferta. Se a empresa produz menos, ela vai ter lucro menor e, consequentemente, cortar empregos.

CONJUNTURA

Taxa de desempregodeve superar 11% em 2016Se, em 2015, o país teve taxas de desemprego recordes, com mais de 8 milhões de desempregados, este novo ano será pior, com taxa de desemprego batendo os dois dígitos

Em números absolutos, a população desocupada no país, mas à procura de emprego, chegava a nove milhões ao fi nal de 2015

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18 Empresa Brasil

Analistas preveem recuo no PIB e queda na arrecadação

Com previsões pessimistas para o Produto Interno Bru-to (PIB) e expectativa de ar-recadação menor, enquanto

gastos e dívidas crescem, a esperança de uma melhora na economia vai en-trando em choque com a realidade. Adolfo Sachsida, doutor e pesquisa-dor do Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (IPEA), acredita que o país está à beira de um colapso fi scal.

“A situação da União é péssima, mas estados e municípios estão em condições ainda piores. Se nada for feito, alguns estados, como Rio de Ja-neiro e Rio Grande do Sul, não terão como pagar salários a partir do meio do ano,” alerta.

De imediato, para corrigir a situ-ação fi scal e evitar um cenário mais desastroso, é necessário realizar a Reforma Previdenciária. “É disso que o Brasil precisa em curto prazo. No longo prazo, o país também precisa de Reforma Tributária, Trabalhista, Administrativa e mais abertura eco-nômica”, aponta Sachsida.

Consultados pelo Banco Central, analistas do mercado fi nanceiro pio-raram pela nona vez este ano a previ-são para o desempenho da economia em 2016 e 2017. Para este ano, a perspectiva é de um recuo de 3,60% – na previsão anterior eram 3,54%.

Em 2017, o crescimento, que seria de 0,50%, deve ser de 0,44%.

Enquanto a expectativa de arreca-dação demonstra queda, os gastos, dívidas e défi cit devem ser maiores. Conforme pesquisa feita pelo Minis-tério da Fazenda com as principais instituições fi nanceiras do país, o rombo das contas do governo fede-ral expandirá de R$ 70,8 bilhões para R$ 79,5 bilhões em 2016. No pró-ximo ano, a previsão aumenta de R$ 42,1 bilhões para R$ 71,3 bilhões.

Para o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a incerteza políti-

ca atrasa a economia. “Temos de discutir os problemas políticos, ao mesmo tempo em que devemos discutir os econômicos”, afi rmou durante o Fórum Brasil, realizado em São Paulo.

De acordo com o ministro, o de-safi o é estabilizar a economia em to-dos os sentidos: fi scal, internacional, controle da infl ação e, sobretudo, a renda e o emprego. Barbosa avalia as projeções como incertas e acredi-ta ser possível estabilizar o nível de renda até meados do ano para reto-mar o crescimento no fi nal de 2016.

ECONOMIA

De imediato, para corrigir a situação fiscal e evitar um cenário mais desastroso, é necessário realizar a Reforma Previdenciária, depois a tributária, trabalhista, administrativa e mais abertura econômica

Para o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a incerteza política atrasa a economia

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Abril de 2016 19

“Defendemos a posição de que a recessão continuada é inimiga de empresários e trabalhadores, e neste momento todos esperam que o governo brasileiro comece a reagir,defi nitivamente”Frente Parlamentar do Comércio

Em 2016, estimativa do Tesouro é que dívida poderá chegar a R$ 3,3 trilhões

A dívida pública federal brasileira, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, subiu 2,5% em fevereiro deste ano, para R$ 2,81 tri-lhões. Em fevereiro, foram resgatados R$ 16,68 bilhões em papéis, enquan-to que as emissões de títulos da dívida somaram R$ 55,75 bilhões. A alta da dívida também está relacionada com as despesas com juros, que totali-

zaram R$ 30,51 bilhões.No caso da dívida interna, houve alta de 2,73% em fevereiro, para R$ 2,67 trilhões. A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continuará avançando em 2016 e deverá ultra-passar a barreira dos R$ 3 trilhões no fi m deste ano, podendo chegar a R$ 3,3 trilhões. Em valores correntes, o PIB de 2015 fi cou em R$ 5,9 trilhões.

Frente Parlamentar cobra ações responsáveis do governo

A Frente Parlamentar do Comér-cio, Serviços e Empreendedorismo (CSE) lançou, em 16 de março, um manifesto cobrando medidas respon-sáveis do governo e atitudes concre-tas para retomar o crescimento eco-nômico. “Defendemos a posição de que a recessão continuada é inimiga de empresários e trabalhadores, e neste momento todos esperam que o governo brasileiro comece a reagir, defi nitivamente”, diz o texto.

Redigido em conjunto pelos parla-mentares da Frente CSE, o manifesto requer a Reforma da Previdência, a revisão e modernização da legislação trabalhista, a simplifi cação tributária, a regulamentação adequada dos meios de pagamentos e uma política de fi -nanciamento dos investimentos pro-dutivos privados. O texto pede ainda o enxugamento da máquina pública, desburocratização do Estado, mais

transparência na contratação de pro-dutos e serviços do governo e cumpri-mento do teto máximo constitucional para salários e aposentadorias.

Em apoio à Frente CSE, a Confe-deração das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) tam-bém cobra medidas mais fi rmes dos governantes. “O PIB brasileiro tem

apresentado queda preocupante, en-quanto o PIB mundial cresceu 3% no ano passado. Precisamos tomar de-cisões responsáveis e urgentes para mudar essa situação. O caminho não é sobrecarregando o setor produtivo com mais tributos”, declara George Pinheiro, presidente da CACB.

Integrante da Frente CSE, o depu-tado federal Evandro Roman (PSD/PR) afi rma que “o aumento de impostos é como enxugar o chão enquanto a torneira ainda está aberta”.

Também fazem parte da Frente os deputados Rogério Marinho (PMDB/RN), Joaquim Passarinho (PSD/PA), Evair de Melo (PV/ES), Luís Carlos Bu-sato (PTB/RS), Carlos Marun (PMDB/MS), Odorico Monteiro (PT/CE), Te-reza Cristina (PSB/MS), Goulart (PSD/SP), Geovânia de Sá (PSDB/SC), Wal-dir Collato (PMDB/SC) e Jerônimo Georgen (PP/RS).

Roman: “O aumento de impostos é como enxugar o chão enquanto a torneira ainda está aberta”.

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20 Empresa Brasil

Em março, o Programa de Geração de Receitas e Ser-viços da CACB (Progerecs) realizou, em Brasília, o X

Encontro Nacional dos Presidentes, Executivos, Comerciais e Gestores das Autoridades de Registro (ARs) da Rede AC CACB de Certifi ca-ção Digital. Durante o encontro, 50 executivos de todo o país tiveram a oportunidade de tirar dúvidas, saber como funcionam os serviços, além de discutirem oportunidades a serem implantadas em suas entidades.

O Progerecs oferece 12 tipos de serviços ao sistema CACB, com o objetivo de gerar receitas às entida-des ligadas à Confederação. Um dos principais deles é a emissão de certi-fi cados digitais, que entre março de 2015 e o mesmo mês deste ano emi-tiu 125.989 documentos.

Durante o encontro realizado em Brasília, duas entidades da rede fo-ram premiadas por terem se desta-cado nas emissões de certifi cado em 2015. A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Esta-do do Paraná (Faciap), que possui

111 agentes de registro no estado, representa 40% das emissões bra-sileiras. Já a Associação Comercial e Empresarial de Rondonópolis-MT (Acir) teve a maior média de emis-sões: 400 por dia.

Na abertura do evento, George Pinheiro, presidente da CACB, falou sobre o desafi o de ousar e ampliar o número de emissões em 2016. “Não tenho medo de ousar e pen-sar grande. A CACB vai pensar mui-to maior do que tem pensado até aqui. Esse trabalho é ousado e só vai acontecer com o apoio e o esfor-ço de vocês, que estão na ponta e

fazem os serviços da Confederação acontecerem”, destacou.

Outro serviço de destaque é a emissão do Certifi cado de Origem, que atesta a procedência da merca-doria do país exportador, além de es-pecifi car as normas de origem nego-ciadas nos acordos comerciais entre o Brasil e outros países. O documento serve para concessão de reduções ou isenções tarifárias e para garantir o acesso preferencial das mercadorias brasileiras no mercado externo, prin-cipalmente para aqueles países com os quais o Brasil mantém acordos in-ternacionais de comércio.

PROGERECS

Confederação ensina o caminho de geração de receitas às entidadesAumentar a produtividade e competitividade das MPEs e conectar empresas, por meio das ACEs, são as principais metas do programa

Paulo Batista e Rainer Zielasko, representantes da Faciap, recebendo prêmio das mãos de George Pinheiro

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Abril de 2016 21

• DIGITALIZAÇÃO DE

DOCUMENTOS

Em parceria com a empresa

ByeByePaper, a CACB oferecerá

a partir deste ano um serviço de

digitalização, gerenciamento e

compartilhamento de documentos

em mais de 400 municípios do

país, inicialmente. O objetivo

é, além da economia de papel,

dinamizar os serviços que

dependem do arquivamento de

muitos documentos.

• PORTAL DE ASSINATURAS

Lançado recentemente, o Portal

de Assinaturas da CACB tem

por objetivo substituir contratos

físicos por documentos digitais.

As partes envolvidas na fi rmação

do contrato poderão realizar todo

o trâmite virtualmente, inclusive

assinando o documento através

de um certifi cado digital, sem

necessidade de deslocamentos ou

reconhecimento de fi rma.

• SOLUÇÕES FISCAIS ELETRÔNICAS

Oferece um conjunto de

soluções fi scais eletrônicas

para organização, emissão e

controle de arquivos XML -

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e

Conhecimento de Transporte

Eletrônico (CT-e) – e Speed.

• PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SCPC)

Em parceria com a Boa Vista

Serviços, administradora do

SCPC (Serviço Central de

Proteção ao Crédito), a CACB

disponibiliza produtos que

possibilitam conhecer o histórico

de pagamento do seu cliente

para conceder crédito com toda

a segurança necessária neste tipo

de operação, com informações

confi áveis e atualizadas sobre

empresas de todo o país.

• ESCOLA EMPRESARIAL

O projeto foi criado com o objetivo

de oferecer educação com ensino

à distância, com baixo preço, alta

qualidade e adequado às mais

diversas necessidades.

• GESTÃO DE BENEFÍCIOS

O ACCredito é um cartão

de benefícios com foco nos

funcionários das empresas

associadas ao sistema CACB. Com

ele, através de quatro modalidades

de cartão, os funcionários

poderão realizar compras em rede

credenciada local. A fi nalidade

é fomentar a economia local e

criar um serviço para que as ACEs

se fortaleçam e seus associados

ampliem os negócios e fi delizem

seus clientes.

• GARANTIDORA DE RECEBÍVEIS

A CACB oferece condições para

que as ACEs disponibilizem

ferramentas para a

rentabilidade dos negócios de

seus associados, através de

uma parceria com as empresas

TeleCheque e MultiCrédito,

oferecendo mais segurança,

oportunidade de incremento

de vendas, além de eliminar

a inadimplência e reduzir os

custos operacionais.

• REDE CELULAR

O serviço permite ao

associado falar de graça e

ilimitadamente com todos

os usuários do plano de

sua região, com isenção de

deslocamento nacional.

• B2B PARA EXPORTAÇÃO

A CACB, em parceria com

a B2Brazil, oferece produtos

e aplicativos voltados para a

promoção internacional, de

maneira simples e efi ciente.

• REDE-SHOP

O projeto visa elevar as ACEs a

uma posição de destaque no

comércio eletrônico, fazendo

com que as entidades se

tornem referência no assunto.

Outros serviços oferecidos pelo Progerecs:

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22 Empresa Brasil

Apesar da crise, da infl ação e do desemprego, cada vez mais brasileiros estão per-dendo o medo de comprar

pela internet. De acordo com a 33ª edição do relatório WebShoppers, o e-commerce registrou, no ano passa-do, um crescimento nominal de 15% no faturamento, movimentando R$ 41,3 bilhões. A previsão é de que, até o fi nal do ano, o e-commerce na-

cional fature R$ 44,6 bilhões, o que representa um acréscimo nominal de 8% em relação ao período anterior.

O ano de 2015 reservou resul-tados positivos para o setor. Entre os pontos fortes, está o crescimen-to expressivo das vendas feitas por dispositivos móveis, que passaram a representar 12% do faturamen-to, na média do ano, e 14,3%, em dezembro. O número de consumi-

COMÉRCIO

Cada vez mais brasileiros perdem o medo decomprar pela internetMesmo com as incertezas ao longo de 2015, o e-commerce se mostrou uma excelente alternativa na busca de bons negócios para o consumidor

Viagens e turismo, eletrônicos e assinatura de revistas são as categorias

mais procuradas no comércio online

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Abril de 2016 23

dores que realizaram pelo menos uma compra via internet chegou a 39,1 milhões, volume 3% maior, se comparado a 2014. A quantidade de pedidos cresceu 3%, atingindo 106,2 milhões. Já o tíquete médio das compras fi cou em R$ 388, va-lor 12% mais alto, se comparado ao ano anterior. Para 2016, estima-se que o tíquete médio das compras gire em torno de R$ 419, o que re-presenta um crescimento de 8% em relação ao ano passado.

O estudo revela que, no meio online, as categorias mais populares são “Viagens e Turismo”, “Eletrôni-cos” e “Assinatura de Revistas”. Isso acontece muito em virtude do alto valor agregado dos produtos, que faz com que os consumidores usem a internet como ferramenta de pes-quisa e busca pelo melhor preço. A preferência pelo varejo físico ocorre nas categorias “Petshop”, “Alimen-tos e Bebidas” e “Joalheria” pelo fato de muitos produtos requererem a necessidade de visualização ou por causa da difi culdade na logística

para produtos alimentícios perecí-veis, por exemplo.

Entretanto, existem categorias nas quais não há muita distinção entre canal digital e tradicional. É o caso de “Ingressos”, “Brinquedos e Games” e “Esporte e Lazer”, que já têm uma boa participação online, mas que, de acordo com os partici-pantes da pesquisa, ainda carecem de investimentos com foco em me-lhorias, como redução dos prazos de entrega e maior facilidade para troca e devolução dos produtos.

ALTA NOS PREÇOSNo ano de 2015, a alta dos pre-

ços no varejo atingiu também o co-mércio eletrônico brasileiro. O Índice FIPE/Buscapé registrou valores 8,94% mais caros que o ano anterior. A alta da infl ação ajudou a diminuir o po-der de compra dos trabalhadores, principalmente os de menor renda. A classe C terminou o ano com 39% de participação nas compras (dezem-bro/2015), diferentemente dos 54% anteriores (novembro/2013).

Produzido pela E-bit/Buscapé, unidade especializada em informações de comércio eletrônico do Buscapé Company, a 33ª edição do relatório WebShoppers traz um panorama completo do comércio eletrônico em 2015 e aponta as expectativas para 2016

DISTRIBUIÇÃO DE VENDASPOR REGIÕES DO BRASIL

SÃO PAULO 37,7%

RIO DE JANEIRO 12,3%

MINAS GERAIS 12,0%

PARANÁ 5,4%

RIO GRANDE DO SUL 5,3%

BAHIA 3,9%

SANTA CATARINA 3,3%

PERNAMBUCO 2,8%

DISTRITO FEDERAL 2,3%

OUTRAS REGIÕES 15,0%

CATEGORIAS MAIS VENDIDAS EM 2015: EM VOLUME DE PEDIDOS

MODA E ACESSÓRIOS 14%

ELETRODOMÉSTICOS 13%

TELEFONIA/CELULARES 11%

COSMÉTICOS E PERFUMARIA/ CUIDADOS PESSOAIS 10%

ASSINATURAS DE REVISTAS/LIVROS 9%

CASA E DECORAÇÃO 9%

INFORMÁTICA 7%

ELETRÔNICOS 4%

ESPORTE E LAZER 4%

BRINQUEDOS E GAMES 4%

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24 Empresa Brasil

A CACB, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Fa-cesp) e o Tribunal de Jus-

tiça de São Paulo (TJ-SP) assinaram recentemente um acordo de coope-ração, que visa à instalação e ao fun-cionamento de Postos Avançados de Conciliação Extraprocessual (Pace) em todos os municípios paulistas que possuam associação comercial. O projeto foi desenvolvido em par-ceria com o Sebrae.

Conforme Eduardo Vieira, co-ordenador da Câmara Brasileira de

Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), esta é a segunda vez que o sistema CACB realiza convênio com o TJ-SP. O primeiro, fi rmado em 2008, deu origem ao primeiro Pace brasileiro, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

“Pioneiro no nosso Sistema, o convênio de oito anos atrás colaborou com a edição da Resolução 125, do Conselho Nacional de Justiça, que deu início à política pública judiciária de re-solução de confl itos”, conta Vieira.

A partir daí, segundo o coordena-dor, a CACB, por meio da CBMAE,

CBMAE

CACB e Facesp fi rmam acordo com TJ-SP para ampliação da rede PaceDocumento prevê a instalação de Postos Avançados de Conciliação Extraprocessual em todos os municípios paulistas que possuam associação comercial em funcionamento

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Abril de 2016 25

O plano de trabalho fi rmado entre as partes, o termo de cooperação visa proporcionar maior acesso à conciliação tanto à população carente quanto aos micro e pequenos empresários

Eduardo Vieira: “A instalação de novos postos fi gura em oportunizar ao empresário ambientes para a solução de seus confl itos com menor custo e com mais agilidade”

fi rmou outras parcerias semelhan-tes, que levou o serviço a outros es-tados, como Acre, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. “A instalação de no-vos postos fi gura em oportunizar ao empresário ambientes para que con-sigam resolver os seus confl itos com menor custo e com mais agilidade”, declara Vieira.

Tal iniciativa, completa, se coadu-na com as premissas estabelecidas na Resolução 125 do CNJ, com a Lei da Mediação, a qual entrou em vigor em dezembro do ano passado, e com o novo Código de Processo Civil (CPC), que vigora desde o dia 18 de março.

O CONVÊNIODe acordo com o plano de tra-

balho fi rmado entre as partes, o ter-mo de cooperação visa proporcionar maior acesso à conciliação tanto à população carente quanto aos micro e pequenos empresários.

A Facesp, em conjunto com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), fará a articulação entre o es-tado e as entidades associadas, a fi m

de encontrar parceiros e locais ade-quados para a instalação dos postos.

Caberá ao TJ-SP se responsabili-zar pela autorização para a instalação dos postos, selecionar e capacitar funcionários responsáveis pelo aten-dimento dos jurisdicionados, além de capacitar, selecionar e cadastrar con-ciliadores e mediadores.

O acordo tem validade de dez anos, a contar da data de assinatura.

PACEA parceria com o TJ-SP para a ins-

talação de novos Postos Avançados de Conciliação Extraprocessual e a amplia-ção dos serviços, para Eduardo Vieira, tem sua importância no fato de o es-tado, além de trabalhar em parceria, credenciar a rede CBMAE na oferta do serviço. “Para o empresário, trata-se de agilidade e legitimidade nos resul-tados colhidos, quando se busca uma autocomposição. O Sistema existe em função dos empresários. Então, quan-do levamos alternativas para resolver questões empresariais, estamos cum-prindo nossa missão enquanto entida-de de representação empresarial.”

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26 Empresa Brasil

COMÉRCIO EXTERIOR

Ainda sem uma política agressiva de comércio ex-terior, o Brasil deverá mar-car passo novamente em

2016 nas exportações. Vera Thors-tensen, professora e pesquisadora da Escola de Economia de São Paulo (EESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que o país precisa mudar sua mentalidade e começar a investir em acordos com países de economia desenvolvida, com produção de tec-nologia. Hoje, de acordo com Vera, o Brasil está fora das cadeias globais de valor e importa poucos insumos

para exportar. “Se o Brasil fi zer acor-dos com a Europa, não faz sentido não fazer acordos com os Estados Unidos. Se o Brasil fi zer acordos com os dois, haverá um boom de expor-tações”, avaliou.

David Kupfer, coordenador do Grupo de Indústria e Competitivida-de da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que o Brasil não avança na competitividade des-de 2007, antes da crise internacional. “O país exportaria US$ 29 bilhões a mais por ano a partir do momento em que resolver esses problemas: car-

Brasil deve marcar passonas exportações de 2016,com queda de 1%A falta de uma política agressiva no comércio, além de entraves como elevada carga tributária, rigidez trabalhista e corrupção deixam o país na companhia dos mais atrasados

Brasil é a oitava maior economia do mundo, mas sua participação no comércio

internacional não refl ete essa posição

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ga tributária excessiva, complexida-de da regulação, rigidez trabalhista, burocracia e corrupção.”

Segundo as projeções da As-sociação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações brasileiras devem somar US$ 187 bilhões neste ano. O resultado re-presenta uma queda de 1% em relação ao ano anterior. As impor-tações apresentarão recuo ainda maior. A previsão da entidade é que somem US$ 145 bilhões, ante os US$ 172 bilhões do ano passa-do. Como consequência, a AEB es-pera que o país tenha um superávit de US$ 42 bilhões em 2016, dian-te de US$ 19,6 bilhões de 2015.

PREVISIBILIDADEJosé Augusto de Castro, pre-

sidente da AEB, lamentou que o superávit é baseado na queda das importações que têm efeito nulo na geração de empregos. E acrescen-tou que não é somente o câmbio favorável que irá salvar as exporta-ções do Brasil. “É preciso previsibili-dade na economia.”

Em sua opinião, o Plano Na-cional da Cultura Exportadora (PNCE), lançado pelo ministro Armando Monteiro, do Desenvol-vimento, tem boas ideias, mas a conjuntura não ajuda. “É um con-junto de boas intenções que estão prejudicadas pelo atual momento político do Brasil.”

Ele comentou ainda que o Re-gime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empre-sas Exportadoras (Reintegra) tem por objetivo devolver parcial ou in-tegralmente o resíduo tributário re-

manescente da cadeia de produção de bens exportados. Conforme ele, a medida poderia servir de estímulo aos exportadores. Contudo, o go-verno deve hoje entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões justamente para aquelas empresas que não têm dé-bitos, o que vem em prejuízo dos mais efi cientes, acrescentou.

BRASIL PARTICIPA COM 0,98% DO COMÉRCIO MUNDIAL

O Brasil é a oitava maior econo-mia do mundo, mas sua participa-ção no comércio internacional não refl ete essa posição. Em 2015, a participação do Brasil correspondeu a apenas 0,98% no volume total de exportações de bens no mundo, o que representou uma queda de 0,21 pontos percentuais em com-paração ao ano anterior.

A representatividade do co-mércio exterior de bens e serviços na economia brasileira – 27,6% do PIB em 2013 – também é con-siderada moderada. Nas seis maio-res economias do mundo, a média desse indicador alcança 53,4% do PIB. Países emergentes do grupo do Brics, do qual o Brasil faz parte, também apresentam maior espa-ço do comércio exterior em suas economias: África do Sul (64,2%), Índia (53,3%), Rússia (50,9%) e China (50,2%). “As commodi-ties têm carregado o piano das exportações brasileiras, e o maior problema é a falta de uma políti-ca para o bom uso desses recur-sos. Os Estados Unidos foram um grande exportador de commodi-ties e, com isso, fi nanciaram sua industrialização”, diz Castro.

Brasil deve cair para a 29ª posição no ranking mundial de exportaçãoDepois de ocupar a 22ª posição em 2013, o país fi cou na 25ª posição em 2014 e em 2015. Caso venha a se confi rmar para 2016 uma parti-cipação de apenas 0,98% em todo o volume exportado globalmente, o Brasil cairá para a 29ª posição no ranking mundial de exportação. De acordo com os dados da Organiza-ção Mundial do Comércio (OMC), em 2014, o Brasil fi cou atrás não apenas das grandes potências do comércio exterior, mas também ocu-pou posições inferiores a países com um Produto Interno Bruto (PIB) infe-rior. Naquele ano, a China liderou o ranking dos exportadores mundiais com uma participação de 12,71%, seguida pelos Estados Unidos (8,81%), Alemanha (8,20%), Japão (3,71%), Países Baixos (3,65%) e Coreia do Sul (3,11%), entre outros.

Castro: “As commodities têm carregado o piano das exportações brasileiras”

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28 Empresa Brasil

Apesar da retração da eco-nomia, o agronegócio bra-sileiro deverá bater novo recorde em 2016. A pro-

dução de grãos estimada para a safra 2015/2016 deve chegar a 211 milhões de toneladas, o que representa um sal-to de 1,5% sobre a safra anterior.

Na classifi cação por produtos, o segmento de soja deverá ser o de maior crescimento absoluto, com es-timativa de um acréscimo de 6,2 mi-lhões sobre 2015. No total, a estima-tiva é de que sejam produzidas 102,5 toneladas de soja na safra atual.

Conforme o ex-ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, o Brasil conta com a melhor tecnologia tropical do mundo, o que pode ser comprova-do pelo aumento da produtividade de grãos nos últimos anos. “A área plantada, nos últimos 25 anos, cres-ceu 53%, enquanto a produção cresceu 260% e a produtividade aumentou 135%. Se tivéssemos as condições tecnológicas de 25 anos atrás, seriam necessários mais 78 mi-lhões de hectares para atingir nossa produção atual.”

AGRICULTURA

Uma das preocupações do setor é a possibilidade de cortes no orçamento do Plano Safra 2016/2017, que deve ser anunciado em junho

Agronegócio brasileiro dribla a crise e bate novo recorde em 2016

Brasil conta com a melhor tecnologia tropical do mundo

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Rodrigues ressalva, porém, que o Brasil ainda carece de uma estra-tégia consistente para o agronegó-cio. “Temos gargalos que precisam ser resolvidos e por isso nosso hori-zonte é dúbio.”

TECNOLOGIAGraças à tecnologia, o Brasil deve

garantir uma safra recorde, mesmo com as complicações climáticas causa-das pelo fenômeno climático conheci-do como El Niño. “A questão climáti-ca é manejada pelos produtores e por tecnologia, de modo que se consegue corrigir, ao longo do desenvolvimento vegetativo, essas preocupações dos impactos climáticos”, disse o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini.

Uma das preocupações do setor é a possibilidade de cortes no orçamen-

to do Plano Safra 2016/2017, que deve ser anunciado em junho. Isso porque houve um aumento do custo de produção das principais commo-dities agrícolas do país, sobretudo em razão da alta do dólar, dos gastos com defensivos agrários e da retração do mercado chinês.

O Brasil conta há mais de 15 anos com um conjunto de instru-mentos de apoio aos agricultores, com créditos subsidiados à produ-ção e à comercialização, seguro rural e o Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM). No entanto, a perspectiva é de que o Plano Sa-fra 2016/2017 virá com restrição de recursos e que é preciso estabelecer prioridades nas ações do governo no sentido de priorizar a equaliza-ção de preços de venda, em vez da compra de estoques.

Foto Raul Moreira / Divulgação

O país já fi gura entre os líderes em algumas das principais culturas. É o segundo maior produtor de soja (atrás dos Estados Unidos) e o ter-ceiro de milho (depois de Estados Unidos e China). É destaque ainda em uma variedade de produtos, de café e carnes a frutas.

Entretanto, diferentemente de outros líderes nesse setor, que es-tão limitados em área e produtividade, o Brasil ainda tem muito a avançar, segundo analistas.”O Brasil está perfeitamente habilitado a, nos próximos 10 anos, chegar a 300 milhões de toneladas”, diz o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.

“A demanda por produtos agrícolas vai crescer bastante nos próxi-mos anos e poucos países têm condições de atender a essa demanda como o Brasil.”

Brasil pode chegar a 2020 como a maior potência agrícola do mundo

Rodrigues: “Brasil carece de estratégia consistente para o agronegócio”

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30 Empresa Brasil

Em A revolução das startups (Alta Books, 2015), Bruno Pe-rin, graduado em Administra-ção de Empresas pela Univer-

sidade Federal de Santa Maria (UFSM), aborda o impacto gerado por essas empresas na economia, o funciona-mento de novos modelos de negócio, as condições propícias a um ambiente dinâmico e criativo de desenvolvimen-to de ideias, além de discutir sobre investimentos e o que tem se destaca-do no mundo do empreendedorismo atualmente.

Muitos defi nem uma startup como uma pequena empresa em seu período inicial. Outros defendem que é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores.

O termo startup se popularizou na década de 1990 nos Estados Unidos quando surgiu a bolha de internet, vindo para o Brasil apenas nos anos 2000, quando começou a atuação de empresas .com no mercado eletrônico. As palavras Start (iniciar) Up (para cima) estão ligadas diretamente ao conceito de empreender e inovar.

No mundo da internet, rapidamen-te o empreendedorismo digital tomou conta de todos os empreendedores tra-dicionais. Assim, surgiram as startups, empresas pequenas de tecnologia. A mais conhecida é o Facebook, mas elas não são apenas empresas de internet. Elas só são mais frequentes na internet porque é bem menos dispendioso criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma

patente inovadora pode enquadrar-se no conceito.

Em seis capítulos, o livro foca desde o conceito, seus desafi os, e uma lista de investidores. Traz ainda como são os novos ambientes dos empreendedores, suas ideias inspiradoras e como funcio-nam seus investimentos e competições.

Com prefácio de Victor W. Ha-wang, autor de Rainforest – livro que discute a viabilidade de ser criado um novo Vale do Silício em outra locali-dade –, a publicação se diferencia de outras sobre o mesmo tema, pela ma-neira como aprofunda o estudo dos ecossistesmas das startups.

Um ecossistema empreendedor tem como diferencial a reunião de fa-tores que criam um meio favorável ao empreendedorismo em qualquer está-gio, do empreendedor que possui uma ideia para o desenvolvimento de uma nova tecnologia, ao empreendedor que já está em uma segunda rodada de investimentos. Esses fatores podem ser agrupados em diversos domínios. Mercado que abrange contato com os clientes no mercado doméstico e internacional e redes de empreende-dores; capital fi nanceiro: acesso a fi -nanciamentos e contatos com investi-dores e fundos; políticas: pela atuação governamental por políticas públicas e incentivos; capital humano: pela ca-pacitação dos empreendedores e co-laboradores e promoção de educação empreendedora por centros de ensino; suporte: que engloba desde serviços de suporte (contabilidade, jurídico) até incubadoras, aceleradoras e redes de mentores e cultura que abrange com-portamentos e valores que surgem entre os atores do ecossistema para inspirar e apoiar o empreendedorismo.

LIVRO

Na onda da inovaçãoO termo startup se popularizou na década de 1990 nos Estados Unidos quando surgiu a bolha de internet, vindo para o Brasil apenas nos anos 2000, quando começou a atuação de empresas .com no mercado eletrônico. As palavras Start (iniciar) Up (para cima) estão ligadas diretamente ao conceito de empreender e inovar

A REVOLUÇÃO DAS STARTUPSAutor: Bruno PerinGênero: AdministraçãoPáginas: 192Formato: 17cm x 24cmEditora: Alta BooksPreço: R$ 54,90

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Luan Marin*

Não é segredo para nin-guém que o nosso país vem atravessando, nos últimos tempos, um mo-

mento um tanto quanto delicado em nossa economia: infl ação alta, poder de compra das pessoas cada vez menor, desemprego batendo a casa de 10 milhões, conforme dados do IBGE, e um cenário de muitas in-certezas. Empresários, e especialistas no assunto não veem uma boa pers-pectiva de futuro. Cálculos realizados por diferentes economistas mostram que, quando esta recessão econômi-ca for superada, o PIB anual (Produ-to Interno Bruto, ou seja, a soma de tudo que o país produziu durante o ano) só conseguirá subir 1% ao ano.

Através deste cenário, muitos questionamentos são feitos ao atual governo, muitas justifi cativas como, por exemplo, os escândalos da Petro-bras, o mascaramento da economia por parte do próprio governo, fazen-do a população crer que a economia estava indo de vento em popa e a conta chegando momentos mais tar-de (nesse caso, no fi nal de 2014 para cá), enfi m, questionamentos e justifi -cativas naturais em um momento tão conturbado que estamos passando.

Em contrapartida, existem pes-soas e empresas que, diante desta situação tão temerosa, veem a crise como uma oportunidade de cres-cimento. E não pensem vocês que para eles o país não está em crise, muito pelo contrário; para eles, essa

situação é um momento de oportu-nidade de crescimento.

A Gazeta, jornal do estado do Espírito Santo, do dia 25/03/2016 fez uma reportagem com cinco em-presas que, além de sobreviverem à crise, estão expandindo os seus ne-gócios. Outro exemplo interessante é uma reportagem de A tribuna, tam-bém do Espírito Santo, sobre uma

Autoescola, no mercado há 12 anos, que possui sedes em duas cidades no Espírito Santo, até em 2017 quer mais duas fi liais em duas cidades do estado e, futuramente, abranger toda a Grande Vitória.

Saindo um pouco do ramo do em-preendedorismo, podemos citar pes-soas que estão utilizando a crise para se destacar no mercado de trabalho. Segundo especialistas, as empresas, em um momento conturbado como este, procuram profi ssionais versáteis, fl exíveis, que demonstrem empenho, vontade de crescer, que tenham ideias

inovadoras e que focam em resulta-dos. Assim sendo, as pessoas estão buscando aprimorar essas característi-cas para se destacarem no mercado de trabalho e estão colhendo os frutos. É o caso de um gerente de inovação de uma empresa de tecnologia que conseguiu este cargo após apresentar um produto que garante segurança às empresas que oferecem internet aos clientes e que está em conformidade com o novo Marco Civil da Internet; outro caso é de uma ex-vendedora que, após ser demitida devido ao fe-chamento da empresa em que traba-lhava, atua hoje como doméstica. Em alguns casos, a pessoa aproveita a ha-bilidade em determinado ramo para abrir um negócio.

O que podemos analisar através desse cenário é que essas empre-sas e pessoas têm algo em comum para poderem se destacar durante a crise. Características como plane-jamento, visão de futuro, perseve-rança, foco, busca da inovação e ousadia são nítidas nas que buscam o crescimento e, apesar de enten-derem e saberem a situação que es-tamos vivendo, procuram trabalhar e crescer, tudo, claro, analisando muito bem o cenário e os riscos.

Enfi m, a conclusão que podemos chegar é que a crise existe e não há como fugir dela, nos resta escolher se vamos reclamar ou agir para que esse cenário mude o quanto antes, mes-mo que algumas coisas não estejam ao nosso alcance.

*Consultor

ARTIGO

Enquanto uns choram, outros agem

Em um momento conturbado comoeste, as empresas procuram profi ssionais versáteis, fl exíveis, que demonstrem empenho, vontade de crescer, que tenham ideias inovadoras e que focam em resultados

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