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CEM NORTE DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) SETEMBRO • 1ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • N o 17 1. Em que consiste? A Lei nº 61/2014 aprova o regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados. A exposição de motivos da proposta de lei n.º 235/ XII/3.ª (GOV), de 9 de julho de 2014, refere que a par- tir do ano de 2005, e por força da adoção obrigatória das Normas Internacionais de Relato Financeiro e das Normas de Contabilidade Ajustadas, o montante de ativos por impostos diferidos reconhecidos aumentou significativamente. Por outro lado, com a entrada em vigor do Regula- mento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativo aos requisitos prudenciais para as instituições de crédito e para as em- presas de investimento, e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho, esta matéria passou a assumir especial importância, uma vez que, a partir de 1 de janeiro de 2014, aqueles ativos por impostos diferidos passaram, por regra, a ser passíveis de dedução aos fundos pró- prios principais de nível 1 das instituições de crédito com especiais implicações negativas sobre os níveis de solvência das instituições de crédito. Análise à Lei nº 61/2014, de 26 de agosto Regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos NESTE NÚMERO: • IRC - Ativos por impostos diferidos (Lei nº 61/2014, de 26 de agosto) • Medida Estágios Emprego • Tribunal Constitucional chumba a Contribuição de Sustentabilidade (Continua na pág. 565) SUMÁRIO Legislação Lei nº 61/2014, de 26.8 (IRC - Regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos ) . 589 Port. nº 149-B/2014, de 24.7 (Incentivos ao emprego - medida Estágios Emprego - alteração da Portaria n.º 204-B/2013, de 18.6) ................................. 577 Port. nº 204-B/2013, de 18.6 (Medida Estágios Emprego) ......................................................... 583 a 588 Resoluções administrativas e Inf. vinculativas IRS: transmissão não onerosa de partes sociais de micro ou pequena empresa - Artigo 43º, nºs 3 e 4 do Código do IRS ...................................... 572 Alfandegas: aperfeiçoamento ativo e importação temporária - taxa de juros compensatórios; importação de madeira e produtos da madeira: condicionalismos ............................................. 573 IVA: fusão por incorporação - regularizações..... 575 Obrigações fiscais do mês e informações diversas ........................................................ 562 a 571 Sistemas de Incentivos e Apoios ...................... 571 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho .................... 589 a 593 Sumários do Diário da República.......................... 596

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Page 1: Análise à Lei nº 61/2014, de 26 de agosto Regime …...ativos por impostos diferidos reconhecidos aumentou signifi cativamente. Por outro lado, com a entrada em vigor do Regula-mento

CEM NORTEDE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

SETEMBRO • 1ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • No 17

1. Em que consiste?A Lei nº 61/2014 aprova o regime especial aplicável

aos ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados.

A exposição de motivos da proposta de lei n.º 235/XII/3.ª (GOV), de 9 de julho de 2014, refere que a par-

tir do ano de 2005, e por força da adoção obrigatória das Normas Internacionais de Relato Financeiro e das Normas de Contabilidade Ajustadas, o montante de ativos por impostos diferidos reconhecidos aumentou signifi cativamente.

Por outro lado, com a entrada em vigor do Regula-mento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativo aos requisitos prudenciais para as instituições de crédito e para as em-presas de investimento, e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho, esta matéria passou a assumir especial importância, uma vez que, a partir de 1 de janeiro de 2014, aqueles ativos por impostos diferidos passaram, por regra, a ser passíveis de dedução aos fundos pró-prios principais de nível 1 das instituições de crédito com especiais implicações negativas sobre os níveis de solvência das instituições de crédito.

Análise à Lei nº 61/2014, de 26 de agosto

Regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos

NESTE NÚMERO:• IRC - Ativos por impostos diferidos (Lei nº 61/2014, de 26 de agosto) • Medida Estágios Emprego• Tribunal Constitucional chumba a Contribuição de Sustentabilidade

(Continua na pág. 565)

SUMÁRIOLegislaçãoLei nº 61/2014, de 26.8 (IRC - Regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos ) . 589Port. nº 149-B/2014, de 24.7 (Incentivos ao emprego - medida Estágios Emprego - alteração da Portaria n.º 204-B/2013, de 18.6) ................................. 577Port. nº 204-B/2013, de 18.6 (Medida Estágios Emprego) ......................................................... 583 a 588Resoluções administrativas e Inf. vinculativas IRS: transmissão não onerosa de partes sociais de micro ou pequena empresa - Artigo 43º, nºs 3 e 4 do Código do IRS ...................................... 572Alfandegas: aperfeiçoamento ativo e importação temporária - taxa de juros compensatórios; importação de madeira e produtos da madeira: condicionalismos ............................................. 573IVA: fusão por incorporação - regularizações..... 575Obrigações fi scais do mês e informações diversas ........................................................ 562 a 571Sistemas de Incentivos e Apoios ...................... 571Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho .................... 589 a 593Sumários do Diário da República .......................... 596

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Boletim do Contribuinte562SETEMBRO 2014 - Nº 17

IRSDeclaração Mensal de Remunerações

Entrega, até ao dia 10 de setembro, da Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimen-tos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

IRS Declaração modelo 11

Entrega, até ao dia 15 de setembro, da Declaração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos Notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos atos praticados no mês anterior suscetíveis de produzir rendimentos.

IVA - Declaração periódica

Envio da declaração periódica do IVA, até ao dia 10 de se-tembro, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em setembro.

IVA

Declaração recapitulativa

Regime normal mensal

Entrega até ao dia 22 de setembro da declaração recapitula-tiva por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmis-sões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

PAGAMENTOSEM SETEMBRO

I R S (Até ao dia 22 de Setembro)

- Entrega do imposto retido no mês de agosto sobre rendi-mentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

- Entrega do imposto retido no mês de agosto sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pen-sões – com excepção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente).

[Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS]

- 2º pagamento por conta do imposto referente a 2014. (Art. 102º do Código do IRS, nºs 2 e 3)

I R C

- Entrega das importâncias retidas no mês de agosto por retenção na fonte de IRC. (Até ao dia 22 de setembro)

(Arts. 88º, 89º e 90º do Código do IRC)

- 2º pagamento por conta do imposto referente a 2014. (Até ao dia 30 de Setembro)

(Arts. 96º e 97º do Código do IRC)

- 2º pagamento adicional por conta da derrama estadual devido por entidades residentes que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e por não residentes com estabelecimento estável que tenham no exercício anterior um lucro tributável superior a 1 500 000 €. (Até ao dia 30 de setembro)

IVA (Até ao dia 10 de setembro)- Pagamento do IVA, a efetuar nos balcões dos serviços

de fi nanças ou dos CTT ou ainda (para as importâncias não superiores a 10 000,00 €) através do multibanco, correspondente ao imposto apurado na declaração respeitante a julho, pelos sujeitos passivos enquadrados no regime mensal.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 30 de setembro)

– Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de setembro.

SEGURANÇA SOCIAL (De 12 a 20 de setembro)- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao

mês de agosto de 2013.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de setembro)

Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no mês de agosto.

(Arts. 43º e 44º do Código do Imposto do Selo)

OBRIGAÇÕESEM SETEMBRO

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Boletim do Contribuinte 563SETEMBRO 2014 - Nº 17

IVADeclaração recapitulativa

Sujeitos passivos isentos

Entrega, até ao dia 22 de setembro, da declaração reca-pitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº. 53º. que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês an-terior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA.

IVA

Pedido de restituição do reembolso

Durante este mês de setembro deverá ser entregue, por transmissão eletrónica de dados, o pedido de restituição IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50, tal como refere o Decreto-Lei nº 186/2009 de 12.8.

IVA

Comunicação de faturas

Comunicação, até ao dia 25 de setembro, por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

IVA

Pedido de restituição do IVA

Entrega, até ao dia 30 de setembro, por transmissão eletrónica de dados, do pedido de restituição IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50, tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

OBRIGAÇÕESEM SETEMBRO

Serviços da Administração PúblicaSenha 001

A Senha 001 é um novo site que permite o acesso fácil e rápido a uma vasta rede de serviços da Administração Pública.

Este novo serviço público online está acessível em http://www.senha001.gov.pt/ e permite efectuar com o Cartão de Cidadão um conjunto de operações electrónicas junto de serviços públicos.

Depois de aceder ao Senha 001, os utilizadores podem escolher o tipo de serviço que pretendem consultar/alterar.

O acesso a alguns dos serviços exige o leitor do cartão de cidadão.

O Cartão de Cidadão garante o acesso aos serviços electrónicos de uma forma segura, fi ável e cómoda.

Com a Senha 001 o cidadão pode identifi car-se perante entida-des públicas e privadas, realizar serviços electrónicos protegidos por códigos pessoais de autenticação, assinar digitalmente docu-mentos electrónicos, com valor legal igual à assinatura em papel.

O Cartão de Cidadão deve ser ligado ao computador através da porta USB, depois de descarregar o software de aplicação e seguir as indicações de instalação.

Depois deve introduzir o cartão de cidadão no leitor e proceder à consulta dos serviços electrónicos disponíveis.

Alguns do serviços disponíveis no Senha 001são os seguintes:• Alterar a morada;• Marcar uma consulta médica;• Realizar serviços das Finanças;• Efectuar o registo predial;• Revalidar a Carta de Condução;• Realizar serviços da Segurança Social;• Criar uma empresa.O serviço Senha 001 permite:• Identifi car-se perante entidades públicas e privadas.• Realizar serviços electrónicos protegidos por códigos pes-

soais de autenticação.• Assinar digitalmente documentos electrónicos, com igual

valor legal à assinatura em papel.• Aceder à informação disponível no seu cartão

Habitação social - Preço por m2

A Portaria nº 156/2014, de 12.8, fi xou, para vigorar em 2014, o preço da habitação por metro quadrado de área útil, bem como as condições de alienação e a fórmula de cálculo do preço de venda dos terrenos destinados a programas de habitação de custos controlados.

Assim, no ano de 2014, os preços da habitação por metro quadrado de área útil (Pc), a que se refere o art. 5º do Decreto-Lei nº 141/88, de 22.4, são, consoante as zonas do país, de € 679,35, € 602,92 e € 557,91.

Nos termos da Portaria nº 156/2014, entre 1 de janeiro e 13 de agosto de 2014 continua a aplicar-se às matérias por esta reguladas, o disposto na Portaria nº 79/2013, de 19.2.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte564SETEMBRO 2014 - Nº 17

Exploração e prática do jogo onlineJogos de fortuna ou azar

Apostas hípicas, apostas de base territorial e outras

Imposto especial de jogo online

A Lei nº 73/2014, de 2.9, autorizou o Governo a legislar sobre o regime jurídico da exploração e prática do jogo online.

Esta Lei concede ao Governo autorização para, nomea-damente:

- legislar sobre o regime jurídico da exploração e prática dos jogos de fortuna ou azar, das apostas hípicas, mú-tuas e à cota, e das apostas desportivas à cota, quando praticadas à distância através de suportes eletrónicos, informáticos, telemáticos e interativos, ou de quaisquer outros meios (jogos e apostas online);

- legislar sobre o regime jurídico da exploração e prática das apostas hípicas, mútuas e à cota, e das apostas desportivas à cota, de base territorial (apostas de base territorial);

- legislar sobre as matérias necessárias à salvaguarda dos direitos dos jogadores e de terceiros;

- legislar sobre o regime dos ilícitos penais e de mera ordenação social, aplicável às referidas atividades de jogo online;

- legislar sobre o regime de tributação aplicável às ativi-dades de jogo online;

- alterar o Código do IRC;- alterar o Código da Publicidade;- alterar a Tabela Geral do Imposto do Selo;- alterar o Decreto-Lei nº 31/2011, de 4.3, que regula o

exercício da atividade de exploração do jogo do bingo e o funcionamento das salas onde o mesmo é praticado.

Sentido e extensão quanto ao regime de tributaçãoNo uso da autorização legislativa, o Governo pode estabe-

lecer o regime de tributação aplicável ao exercício da atividade de exploração de jogos e apostas online e de base territorial, nos seguintes termos:

- determinar que aos rendimentos diretamente resultantes do exercício da atividade de jogos e apostas online é aplicado o imposto especial de jogo online (IEJO);

- defi nir que aos rendimentos diretamente resultantes das apostas hípicas de base territorial é aplicado o imposto especial de jogo (IEJ);

- defi nir que as apostas desportivas à cota de base territorial são tributadas em imposto de selo (IS);

- determinar que os rendimentos sujeitos a impostos es-peciais de jogo não estão sujeitos a IRC, nem ao IS;

- determinar que as apostas online e as apostas hípicas de base territorial não estão sujeitas ao IS;

- determinar que os sujeitos passivos do IEJO e do IEJ são, respetivamente, as entidades exploradoras de jogos e apostas online e as entidades exploradoras de apostas de base territorial;

- determinar que a base de incidência do IEJO nos jogos de fortuna ou azar é a receita bruta, que corresponde ao montante da aposta deduzido o valor dos prémios, e sobre a qual incide uma taxa entre 15% e 30%;

- determinar que a base de incidência do IEJO nas apos-tas desportivas à cota é o volume das apostas, nele se incluindo eventuais comissões cobradas, sobre o qual incide uma taxa entre 8% e 16%.

Moeda electrónica

No passado dia 23 de Julho entrou em vigor o Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2014, que determina a aplicação dos seus anteriores avisos n.ºs 3/2008, 10/2008 e 8/2009 às insti-tuições de moeda electrónica.

Esses avisos:- Determinaram a obrigatoriedade da prestação de informa-

ção clara e precisa aos clientes sobre o saldo disponível nas contas de depósitos à ordem, quer esta seja prestada aos balcões, nos terminais automáticos, nos portais bancários ou em linhas de atendimento telefónico;

- Estabeleceram os deveres de informação e transparência que devem ser observados pelas instituições de crédito e sociedades fi nanceiras nas mensagens publicitárias de produtos e serviços fi nanceiros;

- Estabeleceram os requisitos mínimos de informação que devem ser satisfeitos na divulgação das condições ge-rais com efeitos patrimoniais dos produtos e serviços fi nanceiros disponibilizados ao público pelas institui-ções de crédito e sociedades fi nanceiras com sede ou sucursal em território nacional.

Recorde-se que em 2012 foi aprovado (pelo DL 242/2012, de 7,11) o Regime Jurídico dos Serviços de Pagamento e da Moeda Electrónica, regulando-se o acesso à actividade das instituições de moeda electrónica e a prestação de serviços de emissão de moeda electrónica.

De referir que compete ao Banco de Portugal exercer a supervisão comportamental das actividades desenvolvidas pelas instituições de moeda electrónica.

Nova linha de crédito para o sector da pesca

Foi aprovada em Conselho de Ministros a criação de uma linha de crédito com juros bonifi cados dirigida às empresas do sector da pesca.

Com uma dotação de 20 milhões de euros, a linha de cré-dito visa o apoio às empresas do sector afectadas pelas más condições climatéricas dos últimos meses.

A linha de crédito prevê uma bonifi cação da taxa de juro de 100% para as empresas com facturação igual ou inferior a 250.000 euros e de 90% para as restantes.

O período de amortização previsto é de cinco anos.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 565SETEMBRO 2014 - Nº 17

Regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas

com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós-emprego ou a longo

prazo de empregados

(Continuação da pág. 561)Tendo em vista, em particular, obviar às implicações ne-

gativas sobre a solvência das instituições de crédito, vários Estados-Membros da União Europeia procederam já a ajus-tamentos das respetivas legislações internas. Neste sentido, e de modo a assegurar que as instituições de crédito nacionais possam operar em condições de competitividade semelhantes às suas congéneres europeias, importa proceder, também, à adaptação da legislação portuguesa.

De modo a assegurar o reforço da estrutura de capital das sociedades que optem pelo recurso ao regime agora aprovado, prevê-se a adoção obrigatória, por parte destas entidades, de medidas de capitalização por via da emissão de direitos de conversão transacionáveis em mercado.

2. Quais são os ativos por impostos diferidos enquadráveis?Nos termos previstos na norma internacional de contabili-

dade IAS 12 – Impostos sobre o Rendimento, os ativos por im-postos diferidos em análise são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a diferenças temporárias dedutíveis. Signifi ca que; para efeitos contabilísticos, as entidades devem reconhecer determinados gastos ou variações patrimoniais negativas, mas do ponto de

vista fi scal a dedução de tais gastos só ocorrerá em momento ulterior, conduzindo ao pagamento antecipado de imposto sobre o rendimento, que só será recuperável no futuro depen-dendo da verifi cação das condições de dedutibilidade fi scal constantes no Código do IRC (ver quadro abaixo).

Na audição sobre esta matéria na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia da Republica, realizada no dia 3 de julho de 2014, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) apresentou, entre outros, os seguintes escla-recimentos acerca da origem dos ativos por impostos diferidos suscetíveis de enquadramento:

• Com a adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e das Normas de Contabilidade Ajustadas (NCAs) (aplicáveis às contas individuais) a partir do exercício de 2005, as instituições passaram a ter de reconhecer nos seus balanços montantes de activos por impostos diferidos relacionados com cus-tos com imparidades devido ao afastamento entre o tratamento contabilístico e o tratamento fi scal dessas imparidades (IAS 12 – Impostos sobre o Rendimento).

• Os impostos diferidos activos registados por referência às diferenças de tratamento acima referidas apresen-tam um elevado grau de permanência nos balanços das instituições não só pelo facto de estarem a ser gerados de uma forma contínua, mas também porque grande parte das diferenças temporárias só é revertida quando, em período subsequente, se concretizarem efectivamente perdas no respeitante ao provisiona-mento constituído.

• No caso das instituições de crédito, os activos por impostos diferidos apresentam o elevado grau de per-manência em balanço já mencionado como ainda um montante de acentuada expressão no que respeita, em particular, a perdas por imparidade em créditos, e que resulta da conjugação de dois factores adicionais.

• O primeiro, de natureza estrutural, prende-se com a especifi cidade do negócio bancário. A concessão de crédito é uma das actividades básicas do objecto so-cial das instituições bancárias, pelo que incorrer em imparidades está natural e directamente associado a essa actividade.

• O segundo, de natureza conjuntural, prende-se com o contexto económico e fi nanceiro recente e ainda actualmente vivido em Portugal. A di-fícil situação económica que o País atravessa desde 2011 tem-se refl ectido num aumento substancial do crédito em incumprimento e do crédito em risco, com a concomitante neces-sidade de reforço crescente de imparidades.• Como é do conhecimento geral, as insti-tuições de crédito avaliam regularmente, através dos seus modelos de avaliação de risco, se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidades identifi cadas numa base individual e colectiva são registadas contabilisticamente por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas

(Continua na pág. seguinte)

Lucro Fiscal(Tributável)

Contabilístico

Diferençaspermanentes

Diferençastemporárias

Tributáveis Dedutíveis

Passivos porimpostosdiferidos

Ativos porimpostosdiferidos

Base diferente

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte566SETEMBRO 2014 - Nº 17

por resultados caso, num período posterior, o montante estimado da perda se reduza ou se anule.

• Entretanto, o Aviso nº 1 /2005, do Banco de Portugal, que determina as regras pelas quais se rege a contabilidade a nível individual das instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, prevê que, na valorimetria dos créditos a clientes e valores a receber de outros deve-dores, o respectivo valor deva ser objecto de correcção, de acordo com critérios de rigor e prudência, por forma a refl ectir, a todo o momento, o seu valor realizável. E adianta que esta correcção de valor (imparidade) não pode ser inferior ao que for determinado de acordo com o Aviso nº 3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões específi cas e genéricas.

• Do ponto de vista fi scal, e ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos 28º-A e 28º-C do CIRC, no caso das imparidades de crédito só os custos associados à constituição de provisões para risco específi co de crédito e risco-país são aceites fi scalmente, e apenas na parte em que não ultrapassem os limites mínimos constantes do Aviso nº 3/95 e não sejam abrangidos pelas excepções previstas na lei (como é o caso dos créditos cobertos por direitos reais sobre imóveis).

• Em suma, do afastamento actualmente existente entre a contabilidade e a fi scalidade, em concreto, pelo não reconhecimento total, para efeitos fi scais, das provisões no momento em que as mesmas são obrigatoriamente relevadas de acordo com as normas contabilísticas, decorre o montante acumulado de DTAs nos balan-ços das instituições bancárias. Em termos práticos, se um banco constituir uma provisão, no ano N, por imparidade num crédito e a mesma só for reconhecida fi scalmente em N+2, irá existir uma diferença temporal (que tem de ser registada entretanto, em balanço da instituição, como um activo por imposto diferido por força do actual normativo contabilístico) que se traduz numa antecipação de pagamento de IRC ao Estado por parte da instituição fi nanceira e que só será re-cuperado pela mesma instituição passados dois anos.

• Também os impostos diferidos activos associados a be-nefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados assumem uma expressão relevante e, à semelhança da imparidade em créditos, apresentam um elevado grau de permanência em balanço.

• Estes activos resultam fundamentalmente do facto de tra-dicionalmente as pensões de reforma dos trabalhadores do sector bancário serem asseguradas através de fundos de pensões e de haver uma divergência entre o momento em que, para efeitos contabilísticos, os encargos com os mesmos são reconhecidos e o momento em que o são

para efeitos fi scais. Em fi nais de 2011 ocorreu a trans-ferência parcial dos fundos de pensões dos bancos para a segurança social, sendo os gastos decorrentes dessa transferência imediatamente reconhecidos para efeitos contabilísticos e, nos termos da lei que a operou, diferi-dos no tempo para efeitos fi scais. Adicionalmente, foi alterada a regra de contabilização das perdas e ganhos actuariais no balanço dos bancos relativas aos fundos de pensões, o que implicou o imediato reconhecimento contabilísticos de perdas que, nos termos da lei aplicá-vel, só serão deduzidas para efeitos fi scais em 10 anos. Por último, o reconhecimento para efeitos fi scais de uma parte dos encargos com pensões só ocorre quando as mesmas são pagas enquanto contabilisticamente os custos têm de ser registados quando do reconhecimento da respectiva responsabilidade por parte dos bancos.

Obviamente que esta posição tem toda a pertinência, dado que, se analisada a situação à data, verifi ca-se que os ativos por impostos diferidos registados nos balanços da generalidade das instituições fi nanceiras têm vindo a registar um crescimento efetivo desde 2005.

3. Âmbito temporal de aplicação do regime especialO regime especial aprovado pela presente lei, que entra em

vigor no dia seguinte ao da sua publicação (27 de agosto de 2014), é aplicável aos gastos e variações patrimoniais negativas contabilizadas nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015, bem como aos ativos por impostos diferidos que se encontrem registados nas contas anuais do sujeito passivo relativas ao último período de tributação ante-rior àquela data e à parte dos gastos e variações patrimoniais negativas que lhes estejam associados.

4. Quais as entidades que podem aderir ao regime es-pecial aplicável aos ativos por impostos diferidos?

Não obstante a criação do regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos tenha na sua génese a situação particular das instituições de crédito, a medida acaba por ser extensiva aos demais sujeitos passivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). Com efeito, podem aderir ao presente regime especial:

• Quaisquer sociedades comerciais e empresas públicas;• Caixas económicas, desde que adotem previamente a

forma de sociedade anónima;• Caixas de crédito agrícola mútuo e a Caixa Central de

Crédito Agrícola Mútuo.As entidades aderentes devem ter sede ou direção efetiva

em território português e exercer, a título principal, uma ativi-dade de natureza comercial, industrial ou agrícola, aplicando--se ainda aos estabelecimentos estáveis situados em território português de entidades de natureza idêntica ou similar àquelas, residentes noutro Estado membro da União Europeia ou num Estado membro do Espaço Económico Europeu que esteja vin-culado a troca de informações para efeitos fi scais equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia.

5. Como é formalizada a adesão ao regime?Os sujeitos passivos de IRC que pretendam aderir ao

regime especial em anexo à presente lei, devem manifestar

(Continuação da pág. anterior)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 567SETEMBRO 2014 - Nº 17

essa intenção através de comunicação dirigida ao membro do Governo responsável pela área das fi nanças, a apresentar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até ao 10.º dia posterior à publicação da presente lei, ou seja, até ao dia 5 de setembro de 2014. A comunicação deve conter a aprovação pela assembleia geral da entidade aderente, que deve aprovar igualmente o cumprimento dos demais requisitos legais do regime especial.

Os requisitos legais de adesão ao regime especial devem verifi car-se ao longo de todo o período de tributação do sujeito passivo em que o regime se aplique. No entanto, após adesão ao regime, os sujeitos passivos podem renunciar à aplicação do mesmo até ao fi nal do período de tributação imediatamente anterior àquele em que se pretende que essa renúncia produza efeitos, através de comunicação dirigida ao membro do Go-verno responsável pela área das fi nanças, a apresentar à AT.

No caso de instituições de crédito e sociedades fi nanceiras, a renúncia prevista anteriormente depende de prévia autori-zação da autoridade competente, nos termos do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento e do Conselho, de 26 de junho de 2013.

Em caso de renúncia, os gastos e variações patrimoniais que não eram dedutíveis fi scalmente em resultado da aplicação do regime são deduzidos ao lucro tributável do período em que essa renúncia produza efeitos.

6. Dedução de perdas por imparidade em créditos e benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados

Os gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos previstas nos n.ºs 1 e 2 do artigo 28.º-A do Código do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, bem como com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados, de cuja não dedução para efeitos de apuramento do lucro tributável no período em que foram incorridos ou registadas tenha resul-tado o reconhecimento de ativos por impostos diferidos nas demonstrações fi nanceiras, são dedutíveis no período de tributação em que se verifi quem as condições para o efeito previstas no Código do IRC, no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 127/2011, de 31 de dezembro, alterado pelas Leis n.ºs 20/2012, de 14 de maio, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, ou no artigo 183.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, alterada pelas Leis n.ºs 20/2012, de 14 de maio, 64/2012, de 20 de dezembro, e 83/2013, de 9 de dezembro, com o limite do montante do lucro tributável desse período de tributação calculado antes da dedução destes gastos e variações patrimoniais negativas.

Os gastos e as variações patrimoniais negativas que não sejam deduzidos na determinação do lucro tributável em re-sultado da aplicação do disposto anteriormente são dedutíveis na determinação do lucro tributável dos períodos de tributação subsequentes, com o limite nele previsto, sendo deduzidos em primeiro lugar os gastos incorridos ou as variações pa-

trimoniais negativas registadas há mais tempo. No entanto, verifi cam-se as seguintes exclusões:

• Perdas por imparidade e variações patrimoniais negati-vas previstas na alínea c) do n.º 1 do artigo 28.º-B do Código do IRC, ou relativas a créditos sobre pessoas singulares ou coletivas que detenham, direta ou indire-tamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º do referido Código, mais de 2 % do capital do sujeito passivo ou sobre membros dos seus órgãos sociais, bem como os que não decorram do exercício, a título profi ssional, da atividade normal do sujeito passivo.

• Perdas por imparidade e variações patrimoniais negativas relativas a créditos sobre empresas participadas, direta ou indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º do Código do IRC, em mais de 10 % do capital ou entida-des com as quais o sujeito passivo se encontre numa situação de relações especiais nos termos das alíneas a) a g) do n.º 4 do artigo 63.º do referido Código, quando daquelas perdas por imparidade ou variações patrimo-niais negativas tenha resultado o reconhecimento de ativos por impostos diferidos em momento posterior ao da aquisição da participação ou verifi cação da condição da qual resulta a situação de relação especial.

Os sujeitos passivos devem integrar no processo de docu-mentação fi scal a que se refere o artigo 130.º do Código do IRC (dossier fi scal) a informação e documentação respeitantes, designadamente, aos métodos utilizados na determinação das perdas por imparidade em créditos e das responsabilidades com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados, bem como as políticas contabilísticas adotadas em matéria de impostos diferidos, devendo tais políticas e os métodos contabilísticos ser certifi cados por revisor ofi cial de contas.

7. Conversão de ativos por impostos diferidos em cré-dito tributário

Os ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós--emprego ou a longo prazo de empregados são convertidos em créditos tributários quando o sujeito passivo:

a) Registe um resultado líquido negativo do período nas suas contas anuais, depois de aprovadas pelos órgãos sociais, nos termos da legislação aplicável. Neste caso, o montante dos ativos por impostos diferidos a conver-ter em crédito tributário é o correspondente à proporção entre o montante do resultado líquido negativo do período e o total dos capitais próprios do sujeito pas-sivo, devendo o sujeito passivo constituir uma reserva especial no montante do crédito tributário apurado, majorado de 10 %, a qual se destina exclusivamente a ser incorporada no capital social e, se for caso disso, em reserva constituída pelos ágios a que haja lugar e sujeita ao regime da reserva legal, através de aumento do capital social do sujeito passivo na modalidade especial prevista no presente regime.

b) Entre em liquidação por dissolução voluntária, insolvên-cia decretada por sentença judicial ou, quando aplicá-

(Continua na pág. seguinte)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte568SETEMBRO 2014 - Nº 17

vel, revogação da respetiva autorização por autoridade de supervisão competente.

Quando o total dos capitais próprios for negativo ou in-ferior ao resultado líquido negativo do período, bem como nas situações em que o sujeito passivo entre em liquidação, é convertida em crédito tributário a totalidade do montante dos ativos por impostos diferidos enquadráveis na presente lei.

No total dos capitais próprios exclui-se o resultado líquido negativo do período, e incluem-se o capital social e prémios de emissão associados, as reservas, os resultados transitados e, quando aplicável, os instrumentos referidos no artigo 26.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento e do Conse-lho, de 26 de junho de 2013, e os instrumentos cuja inclusão seja permitida para o cálculo dos fundos próprios principais de nível 1 de acordo com as disposições da parte X do título I do capítulo 2 do mesmo Regulamento.

Os rendimentos e as variações patrimoniais positivas resul-tantes da reversão de perdas por imparidade em créditos, na parte associada aos correspondentes ativos por impostos diferidos que tenham sido objeto de conversão, consideram-se componentes positivas do lucro tributável do respetivo período de tributação.

8. Utilização do crédito tributárioO crédito tributário resultante da conversão de ativos por

impostos diferidos pode ser utilizado, por iniciativa do sujeito passivo, na compensação com dívidas deste ou de qualquer entidade com sede em Portugal integrada no mesmo grupo de sociedades ao qual se aplique o regime especial previsto no artigo 69.º do Código do IRC ou, quando aplicável, no mesmo perímetro de consolidação prudencial para efeitos do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013.

A utilização do crédito tributário abrange as dívidas rela-tivas a impostos estaduais sobre o rendimento e o património que constituam seu encargo e cujo facto gerador não ocorra posteriormente à data daquela conversão, desde que o termo do prazo de pagamento voluntário ocorra até ao último dia do período de tributação seguinte àquele em que se verifi que

o facto determinante da conversão de ativos por impostos diferidos. O montante que não seja compensado com dívidas tributárias, no prazo referido, é imediatamente reembolsado ao sujeito passivo.

9. Direitos de conversão atribuídos ao EstadoA constituição da reserva especial implica a constituição

simultânea de direitos de conversão atribuídos ao Estado, os quais são valores mobiliários que conferem ao respetivo titu-lar o direito a exigir ao sujeito passivo o respetivo aumento do capital através da incorporação do montante da reserva especial e consequente emissão e entrega gratuita de ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo (ver quadro abaixo).

No caso dos sujeitos passivos emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, o valor de referên-cia dos direitos de conversão corresponde ao preço médio ponderado pelo volume de ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo apurado durante o período de negociação entre a data da apresentação da proposta de deliberação de aplicação de resultados e a deliberação da assembleia geral que aprove as contas anuais.

Para os restantes sujeitos passivos, o valor de referência dos direitos de conversão corresponde ao valor contabilístico ajustado das ações ordinárias representativas do capital so-cial do sujeito passivo, entendido como o quociente entre os capitais próprios deduzidos do montante do crédito tributário majorado de 10 % e o número de ações representativas do capital social deduzido das ações próprias, à data e de acordo com as últimas contas anuais aprovadas pelos órgãos sociais competentes nos termos da legislação aplicável.

10. Regime e exercício dos direitos de conversãoO Estado, ou outros entes públicos a quem o Estado tenha

transmitido os direitos de conversão, pode dispor livremente deles.

Os acionistas à data da constituição dos direitos de conver-são atribuídos ao Estado têm o direito potestativo de adquirir os direitos de conversão ao Estado na proporção das respeti-vas participações no capital do sujeito passivo nas condições procedimentais defi nidas por portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças.

O exercício dos direitos de conversão implica o aumento do capital social do sujeito passivo na modalidade especial prevista na presente lei, a que corresponde a emissão de novas ações ordinárias representativas do respetivo capital social.

O órgão de administração do sujei-to passivo está obrigado a promover imediatamente o registo do aumento do capital da sociedade pelo montante que resultar do exercício dos direitos de conversão após o decurso do prazo para esse exercício, devendo o pedido de re-gisto ser instruído, entre outros exigidos por lei, com os seguintes documentos:a) Ata da deliberação da assembleia geral de constituição da reserva espe-cial e que, consequentemente, aprovou a emissão dos diretos de conversão

(Continuação da pág. anterior)

•Conversão deativos porimpostosdiferidos

Constituição dereserva especial

•Valores mobiliários•Conferem direito aparticipar noaumento de capital

Direitos de conversãoatribuídos ao Estado

•Aquisição gratuítade ações peloEstado

Aumento de capitalpor incorporação dareserva especial

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 569SETEMBRO 2014 - Nº 17

e o aumento do capital decorrente do exercício dos mesmos;

b) Caso este não se encontre já depositado na conservató-ria, balanço do sujeito passivo, aprovado pelo respetivo órgão de administração, cuja data de referência diste menos de seis meses da data do pedido do registo, no qual fi gure a reserva especial a incorporar;

c) Declaração emitida pelo órgão de administração do su-jeito passivo, na qual se indique o número de direitos de conversão exercidos, o número de novas ações ordiná-rias representativas do capital social do sujeito passivo a emitir em consequência do exercício dos direitos de conversão, o seu valor nominal ou valor de emissão, o montante do aumento do capital social e o montante do capital social do sujeito passivo após o aumento;

d) Contrato de sociedade do sujeito passivo em que fi gure o novo montante do capital social após o aumento e o novo número de ações que o representam.

Certifi cação por ROC

Montante dos ati-vos por impostos diferidos conver-tidos em crédito

tributário

Consti-tuição da reserva especial

Emissão e atribuição ao Estado dos direitos de conversão

Demais requisi-tos legais relati-vos à adesão ao regime especial

11. Certifi cação por revisor ofi cial de contasO montante dos ativos por impostos diferidos convertidos

em crédito tributário deve ser certifi cado por revisor ofi cial de contas, devendo este certifi car ainda a constituição da reserva especial e a emissão e atribuição ao Estado dos direitos de conversão, bem como os demais requisitos legais relativos à adesão ao regime especial previsto na presente lei.

12. Montantes de ativos por impostos diferidos reconhe-cidos nos balanços consolidados de algumas instituições de crédito nacionais

A título meramente ilustrativo, apresenta-se em seguida um quadro resumo com informação acerca dos ativos por impostos diferidos reconhecidos nos balanços consolidados de 2012 e 2013 de algumas instituições de crédito nacionais (BES, CGD, BST, BCP, BPI, BANIF e MONTEPIO)1, pese embora tais ativos por impostos diferidos (AID) englobem também outras realidades, para além das diferenças temporárias resultantes da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós--emprego ou a longo prazo de empregados, comtempladas na presente lei.

1. Informação constante nos relatórios e contas consolidados das respetivas instituições de crédito, disponíveis na Internet (consulta em 2014/07/31).

( )Instituição de

crédito (dadosa31de dezembro)

Ativos porimpostosdiferidos

Ativo totalCapitaispróprios

AID / AtivoAID /Capitaispróprios

Capitaispróprios /Ativo

BES

2013 1.034.318 80.608.016 7.049.296 1,28% 14,67% 8,75%

2012 728.905 83.690.828 7.732.744 0,87% 9,43% 9,24%

BST

2013 540.675 38.810.528 2.730.363 1,39% 19,80% 7,04%

2012 631.578 38.527.243 2.325.091 1,64% 27,16% 6,03%

CGD

2013 1.377.932 112.962.840 6.821.167 1,22% 20,20% 6,04%

2012 1.467.789 116.858.628 7.280.046 1,26% 20,16% 6,23%

BPI

2013 517.455 42.699.750 2.306.330 1,21% 22,44% 5,40%

2012 608.483 44.564.581 2.060.644 1,37% 29,53% 4,62%

BCP

2013 2.181.405 82.007.033 3.275.808 2,66% 66,59% 3,99%

2012 1.755.411 89.744.039 4.000.188 1,96% 43,88% 4,46%

BANIF

2013 240.447 13.603.492 879.573 1,77% 27,34% 6,47%

2012 251.756 13.986.852 365.578 1,80% 68,87% 2,61%

MONTEPIO

2013 336.264 23.039.203 1.647.343 1,46% 20,41% 7,15%

2012 265.987 20.972.731 1.634.970 1,27% 16,27% 7,80%

1,28% 1,39% 1,22% 1,21% 2,66% 1,77% 1,46%

14,67%19,80% 20,20% 22,44%

66,59%

27,34%20,41%

BES BST CGD BPI BCP BANIF MONTEPIO

Indicadores em 31 de dezembro de 2013

AID / Ativo AID / Capitais próprios

Da informação disponível nos relatórios e contas das dife-rentes instituições fi nanceiras, apresenta-se de seguida, e a título meramente ilustrativo, um quadro resumo com a evolução veri-fi cada no registo de AID nos balanços das diferentes entidades.

(Valores emmilhares de Euros)

AID 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

BES 79.767 23.946 141.753 336.877 540.686 712.157 728.905 1.034.318

BST 245.064 489.442 746.820 631.578 540.675

CGD 1.066.937 950.601 1.131.101 1.928.680 1.467.789 1.377.932

BPI 135.827 246.301 192.317 500.591 894.754 608.483 517.455

BCP 628.355 650.636 586.952 584.250 688.630 1.564.538 1.755.411 2.181.405

BANIF 13.017 20.022 41.874 59.535 72.697 151.179 251.756 240.447

MONTEPIO 80.693 265.987 336.264

Total 721.139 830.431 2.083.817 2.368.644 3.423.147 6.078.821 5.709.909 6.228.496

Ativos Impostos Diferidos

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Valores

emmilh

ares

deEu

ros

Evolução dos AID

BES BST CGD BPI BCP BANIF MONTEPIO

Artigo elaborado em 27 de agosto de 2014, por João Gomes e Jorge Pires

Membros dos Comités Contabilístico e Fiscal do grupo Moneris

N.R. Cfr. Lei nº 61/2014, de 26.8, na pág. 577 deste número.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte570SETEMBRO 2014 - Nº 17

Veículos pesados de mercadoriasAlargado o âmbito de aplicação das regras

relativas aos sistemas de portagens

Foi aprovado em Conselho de Ministros o alargamento do âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 60/2010, de 08-06, diploma que estabeleceu os princípios a que deve obedecer a fi xação dos valores das portagens a cobrar a veículos pesados de mercadorias pela utilização das infraestruturas rodoviárias.

Por força deste alargamento, a aplicação das regras relativas aos sistemas de portagens passa a abranger toda a rede nacional de autoestradas, nos lanços ou sublanços sujeitos ao regime de cobrança de portagem, e não apenas as vias rodoviárias incluídas na rede transeuropeia.

Por outro lado, são também alteradas as regras relativas à modulação das taxas de portagem, tornando obrigatória a diferenciação da taxa em função da classe de emissão EURO dos veículos pesados de mercadorias, sendo todavia ressalvados desta obrigação os contratos de concessão existentes, a menos que sejam renovados.

Ensino superiorCandidaturas à bolsa para o ano letivo 2014/2015 decorrem até 30 de setembro

Aprovado o Regulamento do Programa Retomar

Foi aprovado, através do Despacho normativo n.º 8-A/2014, de 17.07, o regulamento do Programa Retomar.

Trata-se de uma iniciativa integrada no âmbito do Plano Nacional de Implementação de

Uma Garantia Jovem (PNI -GJ) e que prevê a atribuição de apoios fi nanceiros a estudantes e a estabelecimentos de ensino superior, nomeadamente:

- A «Bolsa Retomar», que se traduz num apoio fi nanceiro anual para comparticipação nos encargos com a fre-quência de um curso, destinado a estudantes que pre-tendam completar formações anteriormente iniciadas ou realizar uma formação em área diferente;

- O «Apoio à graduação», que consiste num apoio fi nan-ceiro ao estabelecimento de ensino superior em que o estudante está inscrito, caso este conclua o curso na sua duração máxima, e destinado a comparticipar os custos relativos à implementação de um plano de acompanha-mento individual do jovem abrangido.

A bolsa Retomar tem um valor de mil e duzentos euros, ao passo que o apoio à graduação tem um valor anual de trezentos euros.

Só pode benefi ciar da bolsa Retomar, o estudante que, cumulativamente:

- Seja nacional de um Estado-membro da União Europeia;- Tenha estado matriculado num estabelecimento de ensino

superior e inscrito num curso e não o tenha concluído;- Tenha interrompido a inscrição no curso em momento

anterior a 1 de março do ano civil em que é requerida a atribuição da bolsa;

- Tenha regressado aos estudos superiores até 15 de outubro e efetivado a respetiva inscrição;

- Possa concluir o curso com idade inferior a 30 anos;- Esteja desempregado;- Não se encontre a frequentar quaisquer programas de

aprendizagem ou de formação profi ssional.Os candidatos devem apresentar um requerimento, que deve

ser preenchido e submetido exclusivamente online através da plataforma Retomar - www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudan-tes/Retomar -, instruído com os documentos probatórios das informações prestadas.

Para o ano letivo 2014/2015, o prazo de submissão do requerimento de atribuição da bolsa Retomar decorre entre 21 de julho e 30 de Setembro. Em futuros anos letivos, o prazo será entre 1 de abril e 31 de Julho.

Cobranças por débito directo e interbancárias

No passado dia 1 de Agosto entrou em vigor o Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2014, que determina a revogação dos seus anteriores aviso n.ºs 1/2002, 10/2003 e 10/2005.

Estes avisos constituíram o quadro regulamentar nacional relativo às cobranças por débito directo e às cobranças intra-bancárias por débito em conta durante os primeiros anos de funcionamento do SDD.

Recorde-se que o Sistema de Débitos Diretos Nacional (SDD) foi instituído no ano de 2000 pelo Banco de Portugal.

O Regime Jurídico que regula o Acesso à Actividade das Instituições de Pagamento e a Prestação de Serviços de Pagamento, veio instituir um quadro legal novo para imple-mentação e prestação de determinados serviços de pagamento à escala da SEPA (Single Euro Payments Area), entre os quais os débitos directos.

Os débitos directos do modelo nacional tradicional serão obrigatoriamente substituídos pelos débitos directos do modelo SEPA, o que justifi ca as revogações ora determinadas.

Administração pública mais próxima dos cidadãos

Foi aprovado em Conselho de Ministros, no dia 31 de Julho, o programa Aproximar - Estratégia para a Reorganização dos Serviços de Atendimento da Administração Pública.

Trata-se de um modelo estratégico assente numa reorganiza-ção da rede dos serviços públicos de atendimento, traduzida na integração dos serviços em Lojas do Cidadão, na reorganização

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Boletim do Contribuinte 571SETEMBRO 2014 - Nº 17

SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS(Período de 1 de agosto a 31 de agosto)

EMPREGO E FORMAÇÃOBolsa de material de estudo

- Despacho n.º 10339/2014, de 11 de Agosto (DR n.º 153, II Série, págs. 20683 a 20684)

Fixa o montante a atribuir a título de bolsa de material de estudo para o ano escolar de 2013-2014.

Estágios Profissionais

- Despacho n.º 10442/2014, de 12 de Agosto(DR n.º 154, II Série, págs. 20831 a 20834)

Introduz alterações ao Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 5.2 - Estágios Profissionais, do POPH.

PESCASLinha de crédito com juros bonificados

- Decreto-Lei n.º 116/2014, de 5 de agosto(DR n.º 149, I Série, págs. 4063 a 4065)

Cria uma linha de crédito com juros bonificados dirigida às empresas do setor da pesca do continente.

SAÚDEFundo para a Investigação em Saúde

- Portaria n.º 153/2014, de 4 de agosto(DR n.º 148, I Série, págs. 4046 a 4049)

Aprova o Regulamento do Fundo para a Investigação em Saúde.

dos back offi ces e rede complementar dos Espaços do Cidadão, no sistema de transporte a pedido («Portugal Porta-a-Porta») e nos «Espaços do Cidadão Móveis».

O novo modelo reforça o papel das entidades locais, nomeadamente os municípios e entidades do terceiro sector, na organização de uma rede de serviços públicos sustentável e próxima do cidadão, sendo seleccionados quatro projetos--piloto nos territórios das comunidades intermunicipais de Alto Tâmega, Oeste, Região de Leiria e Viseu Dão Lafões.

Fundos Europeus para o período 2014-2020

Aprovado modelo de governação

O Governo aprovou recentemente o modelo de governa-ção dos fundos europeus estruturais e de investimento, para

o período de 2014-2020, que têm como principal objetivo a promoção do crescimento económico e do emprego.

O novo modelo de governação, pela primeira vez reunido num único diploma, aplica-se ao Fundo Europeu de Desen-volvimento Regional (FEDER), ao Fundo Social Europeu (FSE), ao Fundo de Coesão (FC), ao Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) e aos respetivos programas operacionais (PO) e programas de desenvolvimento rural (PDR).

Estabeleceu-se a estrutura orgânica respeitante ao exercício das competências de apoio, monitorização, gestão, acompa-nhamento e avaliação, certifi cação, auditoria e controlo, nos termos, designadamente, do respetivo Regulamento da União Europeia – Regulamento (UE) nº 1303/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013.

Segundo o Executivo, a intervenção no território nacional dos fundos europeus estruturais e de investimento é subordinada às prioridades de promoção da competitividade e internacio-nalização da economia, de formação de capital humano, de promoção da coesão social e territorial, da reforma do Estado, no quadro do desenvolvimento sustentável e das exigências do processo de consolidação das contas públicas.

O diploma que aprova o referido modelo deverá ser en-tretanto publicado em Diário da República.

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572 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

SETEMBRO 2014 - Nº 17

IRSTransmissão onerosa de partes sociais

- Mais-valiasDefi nição de Micro ou Pequena Empresa

Artigo 43º, nºs 3 e 4 do Código do IRS

Razão das instruçõesTendo sido suscitadas dúvidas sobre a aferição dos pres-

supostos do conceito de micro e pequenas empresas, para efeitos do disposto nos nºs 3 e 4 do artigo 43º do Código do IRS (CIRS), na redação dada pela Lei n.º 15/2010, de 26 de julho, foi, por despacho do Diretor-Geral de 2014-04-24, sancionado o entendimento que a seguir se divulga:

1. O n.º 3 do artigo 43º do CIRS, na redação dada pela Lei n.º 15/2010, de 26 de julho, prevê que o saldo apurado entre as mais-valias e as menos-valias realizadas no mesmo ano, respeitante às transmissões onerosas de partes sociais de micro e pequenas empresas não cotadas nos mercados regulamentado ou não regulamentado da bolsa de valores, quando positivo, seja considerado apenas em 50% do seu valor.

Enquadramento normativo2. Por remissão expressa do nº 4 do artigo 43º do CIRS,

entende-se por micro e pequenas empresas as entidades defi -nidas nos termos do anexo ao Decreto-Lei nº 372/2007, de 6 de novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 143/2009, de 16 de julho), diploma que defi ne o procedimento de certifi cação por via eletrónica de micro, pequena e média empresas (“PME”), da competência do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P. (IAPMEI).

3. O Decreto-Lei em referência não contém no seu articu-lado uma defi nição de PME, dispondo apenas que os conceitos e os critérios a utilizar, para aferir o respetivo estatuto de PME para efeitos de certifi cação, constam do anexo ao diploma legal, que dele faz parte integrante.

4. Nos termos do artigo 22 deste anexo, verifi ca-se que a qualidade de PME depende, essencialmente, da verifi cação de um conjunto de requisitos materiais - (i) os efetivos e (ii) os limiares fi nanceiros – tendo como referência os dados do último exercício contabilístico encerrado, calculados numa base anual (cfr. artigo 4ºdo anexo ao Decreto-Lei nº 373/2007).

Qualidade de micro ou pequena empresa5. Assim, a qualifi cação de micro ou pequena empresa, para

efeitos de aplicação dos nºs 3 e 4 artigo 43º do CIRS, deve assentar na realidade material das entidades cujas partes sociais foram objeto de transmissão onerosa, com base na verifi cação dos requisitos materiais vertidos no anexo ao Decreto-Lei nº

372/2007, de 6 de novembro, à data da alienação, impenden-do sobre os sujeitos passivos o respetivo ónus da prova, nos termos do nº 1 do artigo 74º da Lei Geral Tributária.

6. Por conseguinte:a) A existência de certifi cação emitida pelo IAPMEI, válida

à data da alienação das partes sociais, faz presumir a verifi cação dos requisitos materiais constantes do anexo ao Decreto-Lei nº 372/2007, de 6 de novembro, pelo que releva como prova bastante do estatuto de micro ou pequena empresa para efeitos do regime previsto nos nºs 3 e 4 do artigo 43º do CIRS.

b) Caso a empresa não seja detentora de certifi cação como micro ou pequena empresa, nos termos antes referidos, cumpre, ainda assim, aferir se a entidade, à data da alienação das partes sociais, preenchia os re-quisitos materiais constantes do anexo ao Decreto-Lei nº 372/2007, de 6 de novembro, com a consequente e eventual qualifi cação da entidade como micro ou pequena empresa para efeitos do nº 3 do artigo 43º do CIRS.

(Circular n° 7/2014, de 29.7.2014, da Direção de Serviços do IRS, da AT)

Aperfeiçoamento ativo e importação temporária

Taxa de juros compensatórios

Para conhecimento abaixo se identifi cam as taxas de juro aplicáveis às dívidas constituídas em cada um dos meses re-feridos, no caso de operações realizadas em Portugal ou em outros países da zona EURO, conforme estabelece o artigo 519.º das DAC.

No caso de parte das operações terem sido realizadas fora da zona EURO, deverá ser contactada a DSRA.

ANO: 2014MÊS TAXA APLICÁVEL (ZONA EURO)

JANEIRO 0,22FEVEREIRO 0,27MARÇO 0,29ABRIL 0,29MAIO 0,31JUNHO 0,33JULHO 0,32AGOSTO 0,24SETEMBRO 0,21OUTUBRONOVEMBRODEZEMBRO

(Ofício Circulado nº 15283/2014, de 28.08.2104, Direção de Serviços de Regulação Aduaneira, da AT)

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Boletim do Contribuinte 573SETEMBRO 2014 - Nº 17

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

AlfândegasImportação de madeira e produtos da madeira

Condicionalismos

Considerando o disposto no Regulamento (UE) n.º 995/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de outubro de 2010, que fi xa as obrigações dos operadores que colocam no mercado madeira e produtos da madeira;

Considerando que as Alfândegas, na sua missão de controlo da fronteira externa, podem desempenhar um papel fundamental no combate à desfl orestação e à degradação fl orestal, impedindo assim as alterações climáticas e a perda de biodiversidade;

Tendo em conta o teor do Decreto-Lei n.º 76/2013, de 5 de junho, que cria o registo de operador e estabelece o sistema sancionatório aplicável às infrações ao Regulamento (UE) n.º 995/2010, defi nindo as medidas de controlo e fi scalização da sua aplicação no território nacional e que atribui competências específi cas às Alfândegas nesta matéria;

Ouvido o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF); e

Tendo em conta que importa clarifi car e uniformizar os procedimentos aduaneiros, neste âmbito;

Determina-se o seguinte:1. O âmbito de aplicação do disposto no presente ofício

circulado engloba as madeiras e os produtos da madeira que constam do Anexo ao Regulamento (UE) n.º 995/2010, que constitui o ANEXO I * deste Ofício Circulado.

2. Aquando da introdução em livre prática e no consumo das madeiras ou dos produtos da madeira identifi cados no ponto anterior – código de regime 40 00 –, as Alfândegas de-vem exigir a indicação na “ Casa 44 – Referências Especiais / Documentos Apresentados / Certifi cados e Autorizações” do respetivo documento administrativo único ou no campo correspondente da declaração eletrónica ou da declaração verbal, o código 3Z51 identifi cativo do Registo inicial do operador emitido pelo ICNF, nos termos da cópia que consta no ANEXO II * deste Ofício Circulado.

Deve ser igualmente indicado o número de ordem do referido registo e a data em que foi emitido.

3. Se se tratar de uma importação de embalagens de madeira é obrigatória a apresentação do Registo inicial do operador, nas situações identifi cadas no ponto 4 deste Ofício Circulado.

Se se tratar de uma importação de mercadorias (que não sejam madeiras ou produtos derivados) cujas embalagens sejam de madeira não é necessária a apresentação do Registo inicial do operador.

4. Aquando da importação das madeiras ou produtos da madeira, o documento exigível acima mencionado, deve ser obrigatoriamente apresentado à Alfândega, quando o Sistema de Seleção Automática selecionar a declaração aduaneira em causa para controlo documental ou físico.

5. Quando as Alfândegas, ao efetuarem os respetivos controlos de desalfandegamento, designadamente controlo

documental e verifi cação física, tiverem sérias e fundamen-tadas dúvidas na identifi cação das madeiras ou produtos da madeira ou na veracidade do documento apresentado, devem suspender a autorização de saída dos produtos, comunicando de imediato ao ICNF a suspensão de desalfandegamento, in-dicando as quantidades, qualidades e descrição das madeiras ou produtos derivados, bem como o nome do importador e o seu endereço, solicitando o respetivo parecer.

6. O procedimento previsto no n.º anterior deverá ser adotado quando, na importação dos produtos em causa, identifi cados com os códigos pautais indicados, não for apresentado o Re-gisto inicial do operador exigível.

7. Nesta situação de suspensão de desalfandegamento as Alfândegas deverão contactar o ICNF, cujos contactos são:

Eng.ª Cristina Santos, Eng.ª Graça Louro ou Eng.º Manuel Joaquim Rebelo

E-mail: [email protected]@icnf.ptTelef: 962001656 961098606.8. A suspensão do desalfandegamento deve igualmente

ser comunicada ao operador económico pela Alfândega onde ocorra.

9. Após a suspensão de desalfandegamento dos produtos referidos, o ICNF terá que enviar o seu parecer à Alfândega no prazo de três dias úteis a contar da data da suspensão do desalfandegamento.

Na ausência de resposta do ICNF, as mercadorias serão desalfandegadas, entrando em livre prática e no consumo.

10. O prazo dos três dias úteis deverá ser controlado pelo verifi cador interveniente.

11. Nas situações em que a introdução em livre prática e no con-sumo não se concretize, a declaração aduaneira deverá ser anulada.

12. Mensalmente, as Alfândegas deverão comunicar à Direção de Serviços de Tributação Aduaneira e à Direção de Serviços de Regulação Aduaneira as situações em que ocorreu a suspensão de desalfandegamento de madeiras ou produtos derivados, especifi cando as que foram comunicadas ao ICNF e qual a decisão desta entidade, caso tenha havido.

Deverão também comunicar as situações em que não ob-tiveram qualquer resposta daquele Organismo.

Nestas comunicações deverão ser indicados os elementos mencionados no ponto 5.

13. Pontos de ContactoPara o esclarecimento de dúvidas que possam ocorrer na

aplicação destas normas, indicam-se os seguintes pontos de contacto:

AT / DSRA – Reverifi cadora Assessora Principal Ana Isabel Pires

Telefs. 21 8813906 /21 8813890 e Fax: 21 8813984E-mail: [email protected]@at.gov.ptICNF – Eng.ª Cristina Santos, Eng.ª Graça Louro ou Eng.º

Manuel Joaquim RebeloE-mail: [email protected]@icnf.ptTelefs: 962001656 / 961098606.

(Ofício Circulado nº 15 280/2014, de 29.7.2014, Direção de Serviços de Regulação Aduaneira, da AT)

N.R. * Os anexos I e II são reproduzidos na página seguinte.

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574 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

SETEMBRO 2014 - Nº 17

ANEXO I(Anexo ao Regulamento (UE) n.º 995/2010,

de 20 de outubro de 2010)

Madeira e produtos da madeira de acordo com a classifi cação da Nomenclatura Combinada, aos quais se aplica o presente Regulamento

– 4401 Lenha em qualquer estado; madeira em estilhas ou partículas; serradura, desperdícios e resíduos de madeira, mesmo aglomerados em bolas, briquetes, pellets ou em formas semelhantes

– 4403 Madeira em bruto, mesmo descascada, desalburnada ou esquadriada

– 4406 Dormentes de madeira para vias-férreas ou semelhantes– 4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente,

cortada ou desenrolada, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm

– 4408 Folhas para folheados (incluindo as obtidas por corte de madeira estratifi cada), folhas para contraplacados ou com-pensados ou para outras madeiras estratifi cadas semelhantes e madeira serrada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, mesmo aplainadas, polidas ou unidas longitudinalmente ou pelas extremidades, de espessura não superior a 6 mm

– 4409 Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados) perfi lada (com espigas, ranhuras, fi letes, enta-lhes, chanfrada, com juntas em V, com cercadura, boleada ou semelhantes) ao longo de uma ou mais bordas, faces

ou extremidades, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades

– 4410 Painéis de partículas, painéis denominados oriented strand board (OSB) e painéis semelhantes (por exemplo, waferboard), de madeira ou de outras matérias lenhosas, mesmo aglomeradas com resinas ou com outros aglutinantes orgânicos

– 4411 Painéis de fi bras de madeira ou de outras matérias lenhosas, mesmo aglomeradas com resinas ou com outros aglutinantes orgânicos

– 4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratifi cadas semelhantes

– 4413 00 00 Madeira «densifi cada», em blocos, pranchas, lâminas ou perfi s

– 4414 00 Molduras de madeira para quadros, fotografi as, espelhos ou objetos semelhantes

– 4415 Caixotes, caixas, engradados, barricas e embalagens semelhantes, de madeira; carretéis para cabos, de madeira; paletes simples, paletes-caixas e outros estrados para carga, de madeira; taipais de paletes de madeira

(Material que não seja de embalagem utilizado exclusiva-mente como material de embalagem para sustentar, proteger ou transportar outro produto colocado no mercado)

– 4416 00 00 Barris, cubas, balsas, dornas, selhas e outras obras de tanoeiro e respetivas partes, incluídas as aduelas

– 4418 Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluindo painéis celulares, painéis montados para reves-timento de pavimentos (pisos) e fasquias para telhados (shingles e shakes), de madeira

– Pasta e papel dos capítulos 47 e 48 da Nomenclatura Com-binada, com exceção dos produtos de bambu e do papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas)

– 9403 30, 9403 40, 9403 50 00, 9403 60, 9403 90 30 Móveis de madeira

– 9406 00 20 Construções prefabricadas

ANEXO I I(Registo Inicial de Operador)

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Boletim do Contribuinte 575

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

SETEMBRO 2014 - Nº 17

IVAFusão por incorporação

Créditos incobráveis - Regularizações

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 78º e seguintesAssunto: Regularizações - Fusão – Soc. incorporante regulariza

o IVA (da parte que não foi paga) respeitante aos créditos da soc. incorporada, reclamados no PER, e não impugnados, homologados pelo Juiz

Processo: nº 7148, por despacho de 2014-08-01, do SDG do IVA, por delegação do Director Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vincu-lativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por XXX, presta-se a seguinte informação.

OS FACTOS 1. A requerente solicita informação vinculativa sobre

a seguinte situação: 1.1. «Na sequência de um processo de fusão por

incorporação nos termos do artigo 116.º do Código das Sociedades Comerciais, a XXX integrou nas suas contas à data de 31/05/2013 a totalidade do património da sociedade ZZZ.

1.2. Tendo a ZZZ sido extinta por incorporação (Fusão) na entidade XXX, vem esta, nos termos dos artigos 59.º, n.º 3, alínea e), e 68.º, da Lei Geral Tributária, requerer informação vinculativa sobre a seguinte situação:

a) A 22/11/2012 a ZZZ iniciou o processo conten-cioso de cobrança da totalidade da dívida do cliente Construções. O processo transitou em julgado em Agosto de 2013, tendo sido deliberado e aprovado o pagamento de 10% do montante reclamado.

b) Em Novembro de 2013 foi obtida a certidão do Tribunal nos termos da alínea b) do n.º 7 do artigo 78.º do CIVA, para efeitos fi scais, da incobrabilidade da restante dívida e recuperação do IVA incluído na parte da dívida perdida;

c) Em 31/05/2013 a ZZZ, encerrou a sua actividade em sede de IVA, na sequência do processo de fusão ocorrido.

1.3. A XXX, como sociedade incorporante da socie-dade fundida e extinta ZZZ, pretende saber se pode efectuar a dedução do IVA considerado incobrável em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º 7 do artigo 78.º do CIVA, ou se apenas a ZZZ o poderá fazer».

O PEDIDO 2. A requerente, XXX, como sociedade incorporante

da sociedade fundida e extinta, a ZZZ, solicita o enquadramento fi scal da situação exposta, preten-dendo « (…) saber se pode efetuar a dedução do IVA considerado incobrável em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º 7 do artigo 78.º do CIVA, ou se apenas a ZZZ o poderá fazer».

ENQUADRAMENTO 3. No CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMER-

CIAIS (CSC), a «noção e modalidades de fusão de sociedades» está prevista no Artigo 97.º que estabelece:

«1 - Duas ou mais sociedades, ainda que de tipo diver-so, podem fundir-se mediante a sua reunião numa só. 2 - As sociedades dissolvidas podem fundir-se com outras sociedades, dissolvidas ou não, ainda que a liquidação seja feita judicialmente, se preencherem os requisitos de que depende o regresso ao exercício da actividade social. 3 - Não é permitido a uma sociedade fundir-se a partir da data da petição de apresentação à insolvência ou do pedido de declaração desta. 4 - A fusão pode realizar-se: a) Mediante a transferência global do património de uma ou mais sociedades para outra e a atribuição aos sócios daquelas de partes, acções ou quotas desta; b) Mediante a constituição de uma nova sociedade, para a qual se transferem globalmente os patrimónios das sociedades fundidas, sendo aos sócios destas atribuídas partes, acções ou quotas da nova sociedade. 5 - Além das partes, acções ou quotas da sociedade incorporante ou da nova sociedade referidas no número anterior, podem ser atribuídas aos sócios da sociedade incorporada ou das sociedades fundidas quantias em dinheiro que não excedam 10% do valor nominal das participações que lhes forem atribuídas».

4. Quanto à forma e disposições aplicáveis, estabelece o Artigo 106.º do CSC:

«1 - O acto de fusão deve revestir a forma exigida para a transmissão dos bens das sociedades incorporadas ou, no caso de constituição de nova sociedade, das sociedades participantes nessa fusão. 2 - Sem pre-juízo do disposto no número anterior, se a fusão se realizar mediante a constituição de nova sociedade, devem observar-se as disposições que regem essa constituição, salvo se outra coisa resultar da sua própria razão de ser».

5. Determina o artigo 111.º do CSC sob a epígrafe “registo de fusão” que, “Deliberada a fusão por todas as sociedades participantes sem que tenha sido dedu-zida oposição no prazo previsto no artigo 101.º-A ou, tendo esta sido deduzida, se tenha verifi cado algum dos factos referidos no n.º 1 do artigo 101.º-B, deve ser requerida a inscrição da fusão no registo comercial por qualquer dos administradores das sociedades participantes na fusão ou da nova sociedade”.

6. Relativamente aos “efeitos do registo”, estabe-lece o artigo 112.º do CSC, que “Com a inscrição da fusão no registo comercial; a) Extinguem-se as sociedades incorporadas ou, no caso de constituição

(Continua na pág. seguinte)

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576 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

SETEMBRO 2014 - Nº 17

de nova sociedade, todas as sociedades fundidas, transmitindo-se os seus direitos e obrigações para a sociedade incorporante ou para a nova sociedade”; b) Os sócios das sociedades extintas tornam-se sócios da sociedade incorporante ou da nova sociedade”.

7. Na apreciação desta questão, tem-se em conta o tratamento fi scal, muito particular, da transferência do património nos casos da fusão. Na fusão de sociedades transmite-se um conjunto patrimonial constituído por ativo e passivo, integrando não só elementos corpóreos (ex: máquinas, edifícios, viaturas, mercadorias, etc.), mas também direitos e deveres relativos à vida das empresas.

8. Na fusão de sociedades os elementos essenciais são o contrato de fusão, a dissolução com extinção da personalidade anterior, ausência de liquidação, transmissão do património ou patrimónios a título universal, considerando-se que, a sociedade incor-porada continua na incorporante. Há como que um fenómeno sucessório com a respetiva transmissão de direitos e obrigações na qual se inclui o direito à dedução/regularização prevista no artº 78.º do CIVA.

9. Relativamente aos créditos de IVA que a incor-porante pretende regularizar, respeitantes a créditos considerados incobráveis pertencentes à sociedade incorporada, tal é possível desde que reúna os re-quisitos legais para o efeito previstos no normativo respetivo.

10. Para a eventual regularização, refere-se que, para que os sujeitos passivos de imposto com direito à regularização/dedução possam regularizar o IVA que entregaram ao Estado, que não foi pago pelos seus clientes e que conste de faturas emitidas na forma legal (cf. determina o artº 36º do CIVA), devem reunir os requisitos estabelecidos no normativo que lhes dá base (artº 78º ou artºs 78º-A a 78º-D), cumprir com as obrigações neles previstas e, ainda, com o condicionalismo de ordem temporal.

11. Em primeiro lugar há que apurar qual o normativo legal a aplicar, uma vez que a Lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro (Orçamento de Estado para 2013, com a redação dada pela Declaração de Retifi cação n.º 11/2013, de 28 de fevereiro), alterou o artº 78º do CIVA e aditou um novo regime para créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis previsto nos artigos 78.º - A a 78.º- D do CIVA.

12. Para aplicação da citada Lei, há ainda que aten-der ao que estabelecem os nºs 6 e 7 do artº 198.º. Determina o nº 6 do artº 198.º que “O disposto nos nºs 7 a 12, 16 e 17 do artigo 78.º do Código do IVA aplica-se apenas aos créditos vencidos antes de 1 de janeiro de 2013”. E, nos termos do nº 7, “O disposto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do Código do

IVA aplica-se aos créditos vencidos após a entrada em vigor da presente lei”.

13. A certidão judicial emitida pelo Tribunal Judicial de ……., relativa ao Procº Especial de Revitalização (PER) com o nº ……., em que é mencionado como devedor, Construções, e credor, YYY, certifi ca que a sentença transitou em julgado em …/08/2013, e, na página respeitante às conclusões com data de …/08/2013, que foi homologado o plano de recupe-ração de pessoa coletiva, nos termos do artº 17-F, nº 5 do CIRE. Mais certifi ca que «a presente certidão foi requerida pela sociedade credora ZZZ».

14. Na questão apresentada (cf. ponto 1-1.2, a) da presente informação, «A 22/11/2012 a ZZZ iniciou o processo contencioso de cobrança da totalidade da dívida do cliente Construções»), entendendo-se que o vencimento dos créditos ocorreu antes de 01/01/2013, é de aplicar o artº 78º do CIVA, e, dado que a sentença transitou em julgado em 27/08/2013, há obrigatoriedade da certifi cação dos créditos por revisor ofi cial de contas (ROC), a que se refere o nº 9 do artº 78º do CIVA, na redação dada pela Lei nº 66-B/2012.

15. Estabelece o n.º 9 do art.º 78.º do CIVA (com a redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12), que “O valor global dos créditos referidos no nú-mero anterior, o valor global do imposto a deduzir, a realização de diligências de cobrança por parte do credor e o insucesso, total ou parcial, de tais diligências devem encontrar-se documentalmente comprovados e ser certifi cados por revisor ofi cial de contas, devendo este certifi car, ainda, que se encontram verifi cados os requisitos legais para a dedução do imposto respeitante a créditos conside-rados incobráveis nos termos do n.º 7 deste artigo”.

16. Determina o nº 11 do artº 78º do CIVA que, “No caso previsto no n.º 7 e na alínea d) do n.º 8 é comunicada ao adquirente do bem ou serviço, que seja um sujeito passivo do imposto, a anulação total ou parcial do imposto, para efeitos de retifi cação da dedução inicialmente efetuada”.

17. Note-se, porém, que no caso de se verifi car a recuperação dos créditos, total ou parcialmente, o nº 12 do artº 78º do CIVA, obriga os sujeitos passivos a proceder à entrega do imposto, no período em que se verifi car o seu recebimento, sem observância, neste caso, do prazo previsto no n.º 1 do artigo 94.º”.

18. Ainda de acordo com o nº 16 do artº 78º do CIVA, os documentos, certifi cados e comunicações a que se referem os nºs 7 a 11 do presente artigo devem integrar o processo de documentação fi scal previsto nos artigos 121.º do Código do IRC e 129.º do Código do IRS”.

19. Face ao exposto, desde que reunidos os requisitos legais, os quais devem estar certifi cados por ROC, é possível à sociedade incorporante regularizar o IVA (da parte que não foi paga) respeitante aos créditos da soc. incorporada, reclamados no PER (cf. artº 17º-D, nº 2 do CIRE), e não impugnados, homologados pelo Juiz (cf certidão judicial).

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 577SETEMBRO 2014 - Nº 17

LEGISLAÇÃO

IRCRegime especial aplicável aos ativos

por impostos diferidos Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto

(in DR nº 163, I série, de 26.8.2014)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

A presente lei aprova em anexo, que dela faz parte integrante, o regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados.

ARTIGO 2.ºAdesão ao regime

1 - Os sujeitos passivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), que pretendam aderir ao regime especial aprovado em anexo à presente lei devem manifestar essa intenção através de comunicação dirigida ao membro do Governo responsável pela área das fi nanças, a apresentar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até ao décimo dia posterior ao da publicação da presente lei.

2 - A adesão ao regime depende da manifestação de intenção referida no número anterior, bem como da respetiva aprova-ção pela assembleia geral, a qual deve aprovar igualmente o cumprimento dos demais requisitos legais do regime especial.

3 - Os requisitos legais de adesão ao regime especial devem verifi car-se ao longo de todo o período de tributação do sujeito passivo em que o regime se aplique.

4 - Após adesão ao regime, os sujeitos passivos podem renunciar à aplicação do mesmo até ao fi nal do período de tributação imediatamente anterior àquele em que se pretende que essa renúncia produza efeitos, através de comunicação dirigida ao membro do Governo responsável pela área das fi nanças, a apresentar à AT.

5 - No caso de instituições de crédito e sociedades fi nan-ceiras, a renúncia prevista no número anterior depende de prévia autorização da autoridade competente, nos termos do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativo aos requisitos prudenciais para as instituições de crédito e para as empresas de investimento e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012.

6 - O pedido de renúncia previsto no n.º 4 deve ser acompa-nhado da autorização concedida nos termos do número anterior.

7 - Em caso de renúncia, os gastos e variações patrimoniais que não eram dedutíveis fi scalmente em resultado da aplicação do regime são deduzidos ao lucro tributável do período em que essa renúncia produza efeitos.

ARTIGO 3.ºÂmbito temporal

O regime aprovado pela presente lei é aplicável aos gastos e variações patrimoniais negativas contabilizadas nos perío-dos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015, bem como aos ativos por impostos diferidos que se encontrem registados nas contas anuais do sujeito passivo relativas ao último período de tributação anterior àquela data e à parte dos gastos e variações patrimoniais negativas que lhes estejam associados.

ARTIGO 4.ºEntrada em vigor

A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 - O regime aprovado pela presente lei é publicado nas páginas seguintes. 2 - Sobre este regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos ver a análise explicativa detalhada que se publica na pág. 565 a 569 deste número.

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Boletim do Contribuinte578SETEMBRO 2014 - Nº 17

IRC - REGIME ESPECIAL APLICÁVEL AOS ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

(Aprovado pela Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto)

ARTIGO 1.ºObjeto

O presente regime especial é aplicável aos ativos por im-postos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados.

ARTIGO 2.ºÂmbito subjetivo

1 - Podem aderir ao presente regime especial quaisquer sociedades comerciais e empresas públicas, bem como caixas económicas, caixas de crédito agrícola mútuo e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, com sede ou direção efetiva em território português que exerçam, a título principal, uma ati-vidade de natureza comercial, industrial ou agrícola, ou ainda estabelecimentos estáveis situados em território português de entidades de natureza idêntica ou similar àquelas, residentes nou-tro Estado membro da União Europeia ou num Estado membro do Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a troca de informações para efeitos fi scais equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia.

2 - A adesão ao regime especial pelas caixas económicas implica a adoção prévia da forma de sociedade anónima, não se aplicando o disposto no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de maio, alterado pelos Decretos-Leis n.os 79/81, de 20 de abril, 49/86, de 14 de março, 212/86, de 1 de agosto, 182/90, de 6 de junho, 319/97, de 25 de novembro, e 188/2007, de 11 de maio.

3 - No caso da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e das caixas de crédito agrícola mútuo, os direitos de conversão a que se refere o presente regime conferem direito, nos mesmos termos que as ações, à atribuição gratuita de títulos de capital representativos do capital social daquelas instituições e, desse modo, da qualidade de associado.

4 - Em caso de exercício pelo Estado dos direitos de conver-são nas situações previstas no número anterior, não são aplicáveis o artigo 16.º e os n.os 2 e 4 do artigo 53.º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91, de 11 de janeiro, consoante os casos, podendo o Estado exonerar-se da qualidade de associa-do por alienação aos demais associados ou outros terceiros que reúnam os requisitos legais para o ser.

ARTIGO 3.ºAprovação pela assembleia geral

1 - A adesão ao regime especial deve ser aprovada por de-liberação da assembleia geral do sujeito passivo, tomada pela maioria exigida para alteração do contrato de sociedade, que deve incluir especifi camente:

a) A decisão de adesão ao presente regime especial;b) A constituição da reserva especial, a executar pelo órgão

de administração, no montante que resulte do disposto no artigo 8.º, e a forma de a constituir, com recurso, se estritamente necessário, a prévia redução do capital;

c) A fi nalidade única da reserva especial para incorporação, ao abrigo do presente regime, no capital social da socie-dade e, quando seja o caso, em reserva constituída pelos ágios a que haja lugar.

2 - O órgão de administração do sujeito passivo deve elaborar um relatório sobre a adesão ao regime especial e as possíveis consequências financeiras para os acionistas, que deve ser colocado à disposição dos mesmos no âmbito das informações preparatórias da assembleia geral.

3 - A deliberação de constituição da reserva especial prevista no artigo 8.º implica a aprovação da emissão e atribuição ao Es-tado dos direitos de conversão a que se refere o artigo 9.º, bem como a aprovação do aumento do capital social da sociedade por incorporação da reserva especial, no montante e nas condições que vierem a ser necessárias para satisfazer o exercício dos direitos de conversão.

ARTIGO 4.ºPerdas por imparidade em créditos e benefícios pós-em-

prego ou a longo prazo de empregados

1 - Os gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 28.º-A do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, bem como com benefícios pós--emprego ou a longo prazo de empregados, de cuja não dedução para efeitos de apuramento do lucro tributável no período em que foram incorridos ou registadas tenha resultado o reconhecimento de ativos por impostos diferidos nas demonstrações fi nanceiras, são dedutíveis no período de tributação em que se verifi quem as condições para o efeito previstas no Código do IRC, no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 127/2011, de 31 de dezembro, alterado pelas Leis n.os 20/2012, de 14 de maio, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, ou no artigo 183.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 20/2012, de 14 de maio, 64/2012, de 20 de dezembro, e 83/2013, de 9 de dezembro, com o limite do montante do lucro tributável desse período de tributação calculado antes da dedução destes gastos e variações patrimoniais negativas.

2 - Os gastos e as variações patrimoniais negativas que não sejam deduzidos na determinação do lucro tributável em resul-tado da aplicação do disposto no número anterior são dedutíveis na determinação do lucro tributável dos períodos de tributação subsequentes, com o limite nele previsto.

3 - Excluem-se do disposto nos números anteriores as perdas por imparidade e variações patrimoniais negativas previstas na alínea c) do n.º 1 do artigo 28.º-B do Código do IRC ou relativas a créditos sobre pessoas singulares ou coletivas que detenham, direta ou indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º do referido Código, mais de 2 % do capital do sujeito passivo ou sobre membros dos seus órgãos sociais, bem como os que não decorram do exercício, a título profi ssional, da atividade normal do sujeito passivo.

4 - Excluem-se ainda do disposto nos n.os 1 e 2 as perdas por imparidade e variações patrimoniais negativas relativas a créditos sobre empresas participadas, direta ou indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º do Código do IRC, em mais de 10 % do capital ou entidades com as quais o sujeito passivo se encontre numa situação de relações especiais nos termos das alíneas a) a g) do n.º 4 do artigo 63.º do referido Código, quando daquelas perdas por imparidade ou variações patrimoniais negativas tenha resultado o reconhecimento de ativos por impostos diferidos em momento posterior ao da aquisição da participação ou verifi cação da condição da qual resulta a situação de relação especial.

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Boletim do Contribuinte 579SETEMBRO 2014 - Nº 17

IRC - REGIME ESPECIAL APLICÁVEL AOS ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

(Aprovado pela Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto)

5 - Para efeitos do disposto no n.º 2 são deduzidos em pri-meiro lugar os gastos incorridos ou as variações patrimoniais negativas registadas há mais tempo.

6 - Os gastos incorridos e as variações patrimoniais regista-das pelas sociedades fundidas, e por estas ainda não deduzidos na determinação do lucro tributável em resultado da aplicação do disposto no n.º 1, podem ser deduzidos, nos mesmos termos e condições, na determinação do lucro tributável da sociedade benefi ciária numa operação de fusão a que seja aplicado o regime especial estabelecido no artigo 74.º do Código do IRC.

7 - Os sujeitos passivos devem integrar no processo de docu-mentação fi scal a que se refere o artigo 130.º do Código do IRC a informação e documentação respeitantes, designadamente, aos métodos utilizados na determinação das perdas por imparidade em créditos e das responsabilidades com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados, bem como as políticas conta-bilísticas adotadas em matéria de impostos diferidos.

8 - As políticas e os métodos contabilísticos referidos no número anterior são certifi cados por revisor ofi cial de contas.

ARTIGO 5.ºRegras aplicáveis no âmbito do regime especial

de tributação dos grupos de sociedades

1 - Nos períodos de tributação em que o sujeito passivo seja abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de so-ciedades previsto nos artigos 69.º e seguintes do Código do IRC, a dedução dos gastos e das variações patrimoniais negativas a que se refere o n.º 1 do artigo anterior não pode exceder o menor dos seguintes montantes:

a) Lucro tributável do sujeito passivo calculado antes da dedução daqueles gastos e variações patrimoniais nega-tivas; ou

b) Soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fi scais a que se refere o artigo 70.º do Código do IRC calculados antes da dedução daqueles gastos e variações patrimoniais negativas.

2 - Os gastos e as variações patrimoniais negativas não deduzidos na determinação do lucro tributável em resultado da aplicação do disposto no número anterior são dedutíveis na determinação do lucro tributável dos períodos de tributação subsequentes, com o limite previsto no mesmo número.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, são dedu-zidos em primeiro lugar os gastos ou as variações patrimoniais incorridos ou registadas há mais tempo ou, quando tenham sido incorridos ou registadas no mesmo período de tributação, na proporção entre o montante destes gastos e variações patrimoniais negativas de cada sociedade e o total dos gastos e variações pa-trimoniais negativas relevantes de todas as sociedades do grupo incorridos ou registadas nesse período.

4 - Terminada a aplicação do regime relativamente a uma sociedade do grupo, os gastos e as variações patrimoniais negati-vas por ela incorridos ou registadas e que ainda não tenham sido totalmente deduzidos são dedutíveis na determinação do lucro tributável da sociedade a que respeitam, nos termos e condições previstos no artigo anterior.

5 - Quando, durante a aplicação do regime, haja lugar a operações de fusão entre sociedades do grupo ou uma sociedade incorpore uma ou mais sociedades não pertencentes ao grupo, os gastos e variações patrimoniais negativas ainda não deduzidos na

determinação do lucro tributável em resultado da aplicação do disposto no n.º 1 são dedutíveis, nos mesmos termos e condições, na determinação do lucro tributável do grupo até ao limite do lucro tributável da nova sociedade ou da sociedade incorporante, desde que a essas operações seja aplicado o regime especial estabelecido no artigo 74.º do Código do IRC.

ARTIGO 6.ºConversão de ativos por impostos diferidos em crédito

tributário

1 - Os ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós--emprego ou a longo prazo de empregados, a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º, são convertidos em créditos tributários quando o sujeito passivo:

a) Registe um resultado líquido negativo do período nas suas contas anuais, depois de aprovadas pelos órgãos sociais, nos termos da legislação aplicável;

b) Entre em liquidação por dissolução voluntária, insolvên-cia decretada por sentença judicial ou, quando aplicável, revogação da respetiva autorização por autoridade de supervisão competente.

2 - Nos casos previstos na alínea a) do número anterior, o montante dos ativos por impostos diferidos a converter em cré-dito tributário é o correspondente à proporção entre o montante do resultado líquido negativo do período e o total dos capitais próprios do sujeito passivo.

3 - Quando o total dos capitais próprios referidos no número anterior for negativo ou inferior ao resultado líquido negativo do período, bem como nas situações previstas na alínea b) do n.º 1, é convertida em crédito tributário a totalidade do montante dos ativos por impostos diferidos a que se refere o n.º 1.

4 - Nos casos previstos na alínea b) do n.º 1, o sujeito passivo não pode retomar a sua atividade.

5 - Para efeitos do disposto no n.º 2, no total dos capitais próprios exclui-se o resultado líquido negativo do período e incluem-se o capital social e prémios de emissão associados, as reservas, os resultados transitados e, quando aplicável, os instrumentos referidos no artigo 26.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento e do Conselho, de 26 de junho de 2013, e os instrumentos cuja inclusão seja permitida para o cálculo dos fundos próprios principais de nível 1 de acordo com as disposi-ções da parte X do título I do capítulo 2 do mesmo Regulamento.

6 - A conversão em crédito tributário prevista nos números anteriores abrange os ativos por impostos diferidos a que se referem o n.º 1 do artigo 4.º e o n.º 1 do artigo 5.º que se encon-trem registados nas demonstrações fi nanceiras do sujeito passivo relativas ao período em que se verifi que a situação prevista na alínea a) do n.º 1 ou na data da entrada em liquidação prevista na alínea b) do n.º 1, consoante os casos.

7 - O sujeito passivo deve inscrever na declaração periódica de rendimentos prevista no artigo 120.º do Código do IRC relativa ao período de tributação em que se verifi que alguma das situações previstas no n.º 1, o montante do crédito tributário apurado nos termos dos números anteriores.

8 - Os gastos e as variações patrimoniais negativas ainda não deduzidos na determinação do lucro tributável por não se terem verifi cado as condições para o efeito previstas no Código do IRC,

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Boletim do Contribuinte580SETEMBRO 2014 - Nº 17

IRC - REGIME ESPECIAL APLICÁVEL AOS ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

(Aprovado pela Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto)

no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 127/2011, de 31 de dezembro, alterado pelas Leis n.os 20/2012, de 14 de maio, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, no artigo 183.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 20/2012, de 14 de maio, 64/2012, de 20 de dezembro, e 83/2013, de 9 de dezembro, no n.º 2 do artigo 4.º ou no n.º 2 do artigo 5.º, não concorrem para a dedução ao lucro tributável, na parte associada aos correspon-dentes ativos por impostos diferidos que tenham sido objeto de conversão nos termos do presente artigo.

9 - Os rendimentos e as variações patrimoniais positivas resultantes da reversão de perdas por imparidade em créditos, na parte associada aos correspondentes ativos por impostos diferidos que tenham sido objeto de conversão nos termos do presente artigo, consideram-se componentes positivas do lucro tributável do respetivo período de tributação.

ARTIGO 7.ºUtilização do crédito tributário

1 - O crédito tributário resultante da conversão de ativos por impostos diferidos nos termos do artigo anterior pode ser utiliza-do, por iniciativa do sujeito passivo, na compensação com dívidas deste ou de qualquer entidade com sede em Portugal integrada no mesmo grupo de sociedades ao qual se aplique o regime especial previsto no artigo 69.º do Código do IRC ou, quando aplicável, no mesmo perímetro de consolidação prudencial para efeitos do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013.

2 - O disposto no número anterior abrange as dívidas relati-vas a impostos estaduais sobre o rendimento e o património que constituam seu encargo e cujo facto gerador não ocorra poste-riormente à data daquela conversão, desde que o termo do prazo de pagamento voluntário ocorra até ao último dia do período de tributação seguinte àquele em que se verifi que o facto previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo anterior.

3 - O montante que não seja compensado com dívidas tri-butárias no prazo previsto no número anterior é imediatamente reembolsado ao sujeito passivo.

ARTIGO 8.ºReserva especial

1 - Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º, o sujeito passivo constitui uma reserva especial no montante do crédito tributário apurado nos termos daquele artigo, majorado de 10 %, sem prejuízo do ajustamento previsto no n.º 3 do artigo 11.º

2 - A reserva especial destina-se exclusivamente a ser incor-porada no capital social e, se for caso disso, em reserva consti-tuída pelos ágios a que haja lugar e sujeita ao regime da reserva legal, através de aumento do capital social do sujeito passivo na modalidade especial prevista no presente regime.

ARTIGO 9.ºDireitos de conversão

1 - A constituição da reserva especial implica a constituição simultânea de direitos de conversão atribuídos ao Estado.

2 - Os direitos de conversão referidos no número anterior são valores mobiliários que conferem ao respetivo titular o direito a

exigir ao sujeito passivo o respetivo aumento do capital através da incorporação do montante da reserva especial e consequente emissão e entrega gratuita de ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo.

3 - O número de direitos a emitir e atribuir ao Estado cor-responde ao resultado do quociente entre o montante da reserva especial e o valor de referência dos direitos de conversão calcu-lado nos termos dos números seguintes.

4 - No caso dos sujeitos passivos emitentes de ações ad-mitidas à negociação em mercado regulamentado, o valor de referência dos direitos de conversão corresponde ao preço médio ponderado pelo volume das ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo apurado durante o período de negociação entre a data da apresentação da proposta de delibe-ração de aplicação de resultados e a deliberação da assembleia geral que aprove as contas anuais.

5 - No caso dos sujeitos passivos não abrangidos pelo número anterior, o valor de referência dos direitos de conversão corres-ponde ao valor contabilístico ajustado das ações ordinárias repre-sentativas do capital social do sujeito passivo, entendido como o quociente entre os capitais próprios deduzidos do montante do crédito tributário apurado nos termos do artigo 6.º majorado de 10 % e o número de ações representativas do capital social deduzido das ações próprias, à data e de acordo com as últimas contas anuais aprovadas pelos órgãos sociais competentes nos termos da legislação aplicável.

6 - Para efeitos do disposto no número anterior, no total dos capitais próprios incluem-se o capital social, prémios de emissão associados, as reservas e os resultados transitados.

7 - Sempre que do disposto nos n.os 5 e 6 resultar um valor contabilístico ajustado das ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo que seja nulo ou negativo, para efeitos de apuramento do valor de referência dos direitos de conversão considera-se que o valor contabilístico ajustado de cada ação ordinária corresponde a (euro) 0,01.

ARTIGO 10.ºRegime dos direitos de conversão

1 - O Estado, ou outros entes públicos a quem o Estado tenha transmitido os direitos de conversão, pode dispor livre-mente deles.

2 - Os acionistas à data da constituição dos direitos de con-versão atribuídos ao Estado têm o direito potestativo de adquirir os direitos de conversão ao Estado na proporção das respeti-vas participações no capital do sujeito passivo nas condições procedimentais defi nidas por portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças.

3 - Não é considerado oferta pública de distribuição o exercício ou a alienação pelo Estado dos direitos de conversão, designadamente por exercício do direito potestativo de aquisição referido no número anterior ou por venda a terceiros.

4 - No caso de emitente de ações ordinárias admitidas à ne-gociação em mercado regulamentado, a admissão à negociação das novas ações emitidas por exercício dos direitos de conversão não carece, independentemente do número de ações da mesma

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Boletim do Contribuinte 581SETEMBRO 2014 - Nº 17

IRC - REGIME ESPECIAL APLICÁVEL AOS ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

(Aprovado pela Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto)

categoria já admitidas à negociação no mesmo mercado regula-mentado, da aprovação de prospeto.

ARTIGO 11.ºExercício dos direitos de conversão

1 - O exercício dos direitos de conversão implica o aumento do capital social do sujeito passivo na modalidade especial pre-vista na presente lei, a que corresponde a emissão de novas ações ordinárias representativas do respetivo capital social.

2 - O exercício de cada direito de conversão atribui gra-tuitamente ao seu titular uma ação ordinária representativa do capital social do sujeito passivo emitida ao preço de subscrição equivalente ao valor de referência dos direitos de conversão apurado nos termos dos n.os 4 e 5 do artigo 9.º

3 - Caso o preço de subscrição referido no número anterior seja inferior ao valor nominal das ações ordinárias representati-vas do capital social do sujeito passivo, o preço de subscrição é ajustado para corresponder àquele valor nominal, devendo nesse caso o montante da reserva especial a que se refere o artigo 8.º ser proporcionalmente ajustado através da multiplicação do montante do crédito tributário apurado nos termos do artigo 6.º, majorado de 10 %, pelo quociente entre o valor nominal e os valores referidos nos n.os 4 e 5 do artigo 9.º

4 - Caso o preço de subscrição referido no n.º 2 seja superior ao valor nominal das ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo, a diferença para mais entre o preço de subscrição e o valor nominal de cada ação consiste em ágio que é incorporado numa reserva especial sujeita ao regime da reserva legal nos termos do artigo 295.º do Código das Socie-dades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro.

5 - O órgão de administração do sujeito passivo está obrigado a promover imediatamente o registo do aumento do capital da sociedade pelo montante que resultar do exercício dos direitos de conversão após o decurso do prazo para exercício do direito previsto no n.º 2 do artigo 10.º

6 - O pedido do registo do aumento do capital é instruído, entre outros exigidos por lei, com os seguintes documentos:

a) Ata da deliberação da assembleia geral de constituição da reserva especial e que, consequentemente, nos termos do n.º 3 do artigo 3.º, aprovou a emissão dos direitos de conversão e o aumento do capital decorrente do exercício dos mesmos;

b) Caso este não se encontre já depositado na conservatória, balanço do sujeito passivo, aprovado pelo respetivo órgão de administração, cuja data de referência diste menos de seis meses da data do pedido de registo, no qual fi gure a reserva especial a incorporar;

c) Declaração escrita emitida pelo órgão de administração do sujeito passivo, na qual se indique o número de direitos de conversão exercidos, o número de novas ações ordinárias representativas do capital social do sujeito passivo a emitir em consequência do exercício dos direitos de conversão, o seu valor nominal ou valor de emissão, o montante do

aumento do capital social e o montante do capital social do sujeito passivo após o aumento;

d) Contrato de sociedade do sujeito passivo em que fi gure o novo montante do capital social após o aumento e o novo número de ações que o representam.

ARTIGO 12.ºCertifi cação por revisor ofi cial de contas

O montante dos ativos por impostos diferidos convertidos em crédito tributário nos termos do artigo 6.º deve ser certifi -cado por revisor ofi cial de contas, devendo este certifi car ainda a constituição da reserva especial e a emissão e atribuição ao Estado dos direitos de conversão, de acordo com os artigos 8.º a 11.º, bem como os demais requisitos legais relativos à adesão ao regime especial previsto na presente lei.

ARTIGO 13.ºRegras aplicáveis a estabelecimentos estáveis de entidades

não residentes

No caso de estabelecimento estável situado em território português de entidade residente noutro Estado membro da União Europeia ou num Estado membro do Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a troca de informações para efeitos fi scais equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia, o pre-sente regime é aplicável com as seguintes adaptações:

a) As referências a capitais próprios e a deliberação da as-sembleia geral do sujeito passivo dizem respeito à entidade residente noutro Estado membro da União Europeia ou num Estado membro do Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a troca de informações para efeitos fi scais equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia, sendo as obrigações de constituição da reserva especial e de constituição simultânea de direitos de conversão aplicáveis com as devidas adaptações;

b) Os gastos elegíveis para o regime devem verifi car-se ao nível do estabelecimento estável;

c) Os créditos tributários gerados são exclusivamente utili-zados pelo estabelecimento estável ou qualquer entidade com sede em Portugal integrada no mesmo grupo de sociedades ao qual se aplique o regime especial previsto no artigo 69.º do Código do IRC ou, quando aplicável, no mesmo perímetro de consolidação prudencial para efeitos do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Euro-peu e do Conselho, de 26 de junho de 2013.

ARTIGO 14.ºRegulamentação

Os procedimentos para a compensação do crédito tributário com dívidas tributárias e para o respetivo reembolso, bem como as condições e procedimentos para a aplicação do disposto no n.º 4 do artigo 5.º, no n.º 7 do artigo 6.º, no artigo 7.º e no n.º 2 do artigo 10.º são estabelecidos por portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças.

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Boletim do Contribuinte582

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

INCENTIVOS AO EMPREGOMedida Estágios Emprego

Alteração da Portaria n.º 204-B/2013, de 18.6Portaria n.º 149-B/2014, de 24 de julho

(in DR nº 141, I série, 1ª Suplemento, de 24.7.2014)

Na Recomendação aos Estados-Membros relativa a um Quadro de Qualidade para os Estágios (Recomendação 2014/C 88/01, de 10 de março), o Conselho da União Europeia defi niu um conjunto de princípios que visam melhorar a qualidade dos estágios, em especial no que respeita ao conteúdo de aprendizagem e de formação e às condições de trabalho, com o objetivo de facilitar a transição da escola, do desemprego ou da inatividade para a vida ativa.

A aplicação pelos Estados-Membros deste Quadro de Qualidade para os Estágios constitui um desses princípios, o que passa nomeada-mente pela tomada das medidas adequadas para o efeito.

Neste sentido, a presente alteração à regu-lamentação dos Estágios-Emprego constitui, sobretudo, uma das medidas do governo portu-guês para assegurar o cumprimento do Quadro de Qualidade para os Estágios, considerando em particular que a regulamentação em vigor até esta data não respeita um dos princípios enunciados na Recomendação do Conselho: o da duração razoável. Nesse princípio é recomen-dado aos Estados-Membros que garantam “uma duração razoável do estágio que, em princípio, não deverá exceder os seis meses, exceto nos casos em que se justifi que uma duração mais longa, tendo em conta as práticas nacionais”, quando atualmente a duração dos Estágios--Emprego está fi xada, em regra, nos doze meses. A experiência de implementação deste tipo de medidas em Portugal aconselha a uma duração superior à recomendada como princípio a ser seguido pelos Estados-Membros, mas aponta também para as vantagens de reduzir essa du-ração face à situação presente, considerando: i) que no passado a duração deste tipo de medidas em Portugal já foi em regra de nove meses e que os resultados de estudos de avaliação re-alizados apontam para efeitos muito positivos na empregabilidade dos seus benefi ciários; ii) que se diagnosticam, porém, riscos em matéria de qualidade dos estágios e, por essa razão, de capacidade de promover uma mais efi caz inserção na vida ativa dos seus benefi ciários, se a opção fosse a de restringir essa duração aos seis meses. Neste contexto, considera-se que a duração dos Estágios Emprego deverá, em regra, ser fi xada em nove meses, reduzindo-se também a duração máxima admissível no regime especial

de projetos de interesse estratégico.Por outro lado, tendo em conta que a Reso-

lução do Conselho de Ministros n.º 104/2013, de 31 de dezembro, que aprovou o Plano Nacional de Implementação de uma Garantia para a Ju-ventude (Garantia Jovem), prevê a dinamização de Programas específi cos de Estágios na Admi-nistração Pública, nomeadamente do Programa de Estágios Profissionais na Administração Local (PEPAL), ajustam-se, em consequência as entidades promotoras que podem benefi ciar da Medida Estágios Emprego, vocacionada para entidades de natureza privada.

O regime reforçado de comparticipação nas bolsas de estágio que foi defi nido num contexto económico particularmente desfavorável é re-visto, face aos sinais de melhoria da conjuntura económica, no entanto, cabe referir que, com esta alteração são também previstas majorações, alargando-as a algumas tipologias de públicos, como as vítimas de violência doméstica, os ex--reclusos e os toxicodependentes em processos de recuperação, atentas às suas especifi cidades e à sua maior vulnerabilidade de inserção na vida ativa. Nestes casos, considera-se pertinente manter os 12 meses de duração do estágio, bem como que as entidades promotoras possam bene-fi ciar de apoios fi nanceiros acrescidos.

Sublinhe-se igualmente a referência aos critérios de apreciação de candidaturas aos estágios, valorizando em particular nos mesmos o nível de empregabilidade dos estagiários apoiados após o fi nal do mesmo, como forma de promover uma maior focalização da medida nos resultados e, por essa via, evitar também riscos de utilização abusiva deste tipo de medida, no-meadamente como meio de substituir emprego regulares, mesmo que de natureza temporária, sempre que a mesma entidade promotora se apresente a vários períodos de candidatura à medida.

Através da presente alteração, introduzem--se ainda ajustamentos pontuais decorrentes da implementação da Medida, de natureza essen-cialmente formal.

Foram ouvidos os parceiros sociais com assento na Comissão Permanente de Concer-tação Social.

Assim:Ao abrigo do disposto na alínea h) do artigo

2.º, na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º, na alínea d) do artigo 12.º e no n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 132/99, de 21 de abril, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do Emprego, o seguinte:

ARTIGO 1.ºAlteração da Portaria n.º 204-

B/2013, de 18 de junho

Os artigos 1.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 9.º,10.º, 11.º, 13.º, 14.º, 15.º, 17.º, 19.º, 20.º e 22.º da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, alterada pelas Portarias n.º 375/2013, de 27 de dezembro e 20-A/2014, de 30 de janeiro, passam a ter a seguinte redação:(ver a republicação da Port. nº 204-B/2013, de

18.6, na página seguinte)

ARTIGO 2.ºAditamento à Portaria n.º 204-

B/2013, de 18 de junho

É aditado à Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, o artigo 10.º-A, com a seguinte redação:(ver a republicação da Port. nº 204-B/2013, de

18.6, na página seguinte)

ARTIGO 3.ºNorma revogatória

São revogadas a alínea d) do n.º 1 do artigo 15.º, o n.º 2 do artigo 22.º e o artigo 24.º.

ARTIGO 4.ºAplicação no tempo

A presente portaria aplica-se às can-didaturas apresentadas após a sua entrada em vigor.

ARTIGO 5.ºRepublicação

É republicada em anexo à presente portaria, da qual faz parte integrante, a Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com a redação atual.

ARTIGO 6.ºEntrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 - A Port. nº 204-B/2013, de 18.6, que criou a medida Estágios Emprego, foi transcrita no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 519. 2 - A Port. nº 375/2013, de 27.12, foi publicada no Bol. do Contrib., 2014, pág. 24. 3 - Ver sobre estas e outras medidas de in-centivos ao emprego a informação publicada nas págs. 554 a 556 do último número do Bol. do Contribuinte. 4 - A Port. nº 149-A/2014 de 24.7, transcrita na pág. 549 do último número, aprovou a Medida Estímulo Emprego.

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Boletim do Contribuinte 583SETEMBRO 2014 - Nº 17

MEDIDA ESTÁGIOS EMPREGO(Republicação da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com as alterações da Portaria nº 149-B/2014, de 24 de julho)

ARTIGO 1.ºObjeto

1 - A presente portaria cria a medida Estágios Emprego, doravante designada por Medida.

2 - Para efeitos da presente portaria, entende-se por estágio o desenvolvimento de uma experiência prática em contexto de trabalho com o objetivo de promover a inser-ção de jovens no mercado de trabalho ou a reconversão profi ssional de desempregados, não podendo consistir na ocupação de postos de trabalho.

3 - Não são abrangidos pela presente portaria os estágios curriculares de quaisquer cursos.

4 - Não são igualmente abrangidos pela presente portaria os estágios cujo plano re-queira perfi l de formação e competências nas áreas da medicina e da enfermagem.

5 - Esta Medida poderá ser utilizada no desenvolvimento de estágios para acesso a profissões reguladas, sem prejuízo de decisões próprias das Associações Públicas Profi ssionais.

ARTIGO 2.ºObjetivos

A Medida tem como objetivos, nomea-damente:

a) Complementar e desenvolver as com-petências dos jovens que procuram um primeiro ou um novo emprego, de forma a melhorar o seu perfi l de empregabilidade;

b) Promover a integração profi ssional de desempregados em situação mais desprotegida;

c) Apoiar a transição entre o sistema de qualifi cações e o mercado de trabalho;

d) Promover o conhecimento sobre novas formações e competências junto das empresas e promover a criação de emprego em novas áreas;

e) Apoiar a melhoria das qualifi cações e a reconversão da estrutura produtiva.

ARTIGO 3.ºDestinatários

1 - São destinatários da Medida os ins-critos como desempregados no Instituto do Emprego e da Formação Profi ssional, I. P. (IEFP), que reúnam os seguintes requisitos:

a) Os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, inclusive, detentores de uma qualificação de

nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), nos termos da Portaria n.º 782/2009, de 23 de julho;

b) As pessoas com idade superior a 30 anos, desde que tenham obtido há menos de três anos uma qualifi cação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do QNQ, estejam à procura de novo emprego e não tenham desenvolvido atividade profi ssional nos 12 meses anteriores à data da seleção pelo IEFP;

c) As pessoas com defi ciência e inca-pacidade;

d) As pessoas que integrem família mo-noparental;

e) As pessoas cujos cônjuges ou pessoas com quem vivam em união de facto se encontrem igualmente inscritos como desempregados no IEFP;

f) As vítimas de violência doméstica;g) Ex-reclusos e aqueles que cumpram ou

tenham cumprido penas ou medidas judiciais não privativas de liberdade, em condições de se inserirem na vida ativa;

h) Toxicodependentes em processo de recuperação.

2 - Até 31 de dezembro de 2014 e no caso de estágios que se enquadrem nas áreas identifi cadas no anexo I da presente portaria, são ainda destinatários da Medida os jovens entre os 31 e os 35 anos, inclusive, inscritos como desempregados no IEFP e detentores de uma qualifi cação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do QNQ.

3 - São equiparadas a desempregados, para efeitos da presente Medida, as pessoas inscritas no IEFP como trabalhadores com contrato de trabalho suspenso com fundamen-to no não pagamento pontual da retribuição.

4 - Os destinatários que tenham frequen-tado um estágio profi ssional fi nanciado, total ou parcialmente, pelo Estado português, só podem frequentar um novo estágio ao abrigo da presente portaria no caso de, após o início do anterior estágio, terem:

a) Obtido um novo nível de qualifi cação nos termos do QNQ;

b) Obtida uma qualifi cação em área dife-rente e o novo estágio seja nessa área.

5 - Não é abrangida pela alínea a) do número anterior a obtenção de novo nível de qualifi cação que resulte da situação prevista no n.º 2 do artigo 10.º

6 - Os níveis do QNQ constam do anexo II da presente portaria.

7 - A entidade promotora fi ca impedida de indicar destinatários com quem tenha

estabelecido, nos 12 meses que precedem a data de apresentação da respetiva candidatura e até à data da seleção pelo IEFP, uma relação de trabalho, de prestação de serviços ou de estágio de qualquer natureza, exceto estágios curriculares ou obrigatórios para acesso a profi ssão.

8 - As condições de elegibilidade dos destinatários são aferidas à data da seleção pelo IEFP, sem prejuízo do disposto no nú-mero seguinte.

9 - Consideram-se ainda elegíveis os destinatários identificados pela entidade promotora que reúnam condições à data da apresentação da candidatura, salvo se a não elegibilidade, na data referida no número an-terior, decorrer de incumprimento imputável ao destinatário.

ARTIGO 4.ºEntidade promotora

1 - Podem candidatar-se à Medida pesso-as singulares ou coletivas de natureza privada, com ou sem fi ns lucrativos.

2 - Podem, ainda, candidatar-se à presente Medida as empresas que iniciaram processo especial de revitalização, previsto no Código da Insolvência e da Recuperação de Empre-sas (CIRE), devendo entregar ao IEFP cópia certifi cada da decisão a que se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 17.º-C do CIRE.

3 - Podem também candidatar-se aos apoios da presente Medida as empresas que iniciaram o processo no Sistema de Recu-peração de Empresas por Via Extrajudicial, criado pelo Decreto-Lei n.º 178/2012, de 3 de agosto, devendo entregar ao IEFP cópia cer-tifi cada do despacho a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 6.º do referido diploma.

ARTIGO 5.ºRequisitos gerais da entidade promotora

1 - A entidade promotora deve reunir os seguintes requisitos:

a) Estar regularmente constituída e registada;

b) Preencher os requisitos legais exigidos para o exercício da atividade ou apre-sentar comprovativo de ter iniciado o processo aplicável;

c) Ter a situação contributiva regulariza-da perante a administração fi scal e a segurança social;

d) Não se encontrar em situação de in-cumprimento no que respeita a apoios fi nanceiros concedidos pelo IEFP;

(Continua na pág. seguinte)

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SETEMBRO 2014 - Nº 17

Boletim do Contribuinte584

MEDIDA ESTÁGIOS EMPREGO(Republicação da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com as alterações da Portaria nº 149-B/2014, de 24 de julho)

e) Não ter situações respeitantes a sa-lários em atraso, com a exceção das situações previstas nos n.os 2 e 3 do artigo 4.º;

f) Ter a situação regularizada em matéria de restituições no âmbito do fi nancia-mento pelo Fundo Social Europeu;

g) Dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei, quando aplicável

h) Não ter sido condenada em processo--crime ou contraordenacional por violação, praticada com dolo ou negligência grosseira, de legislação de trabalho sobre discriminação no trabalho e emprego, nos últimos 2 anos, salvo se, de sanção aplicada no âmbito desse processo resultar o prazo superior, caso em que se aplica este último.

2 - A observância dos requisitos previstos nos números anteriores é exigida no momento da apresentação da candidatura e durante o período de duração do apoio fi nanceiro.

ARTIGO 6.ºCandidatura

1 - A candidatura deve ser apresentada pela entidade promotora no portal eletrónico do IEFP www.netemprego.gov.pt.

2 - O estagiário pode ser identifi cado na candidatura ou ser posteriormente sele-cionado pelo IEFP de acordo com o perfi l indicado pela entidade promotora na respetiva candidatura.

3 - Os critérios de apreciação de candida-turas, entre os quais o nível de empregabilida-de após a realização de estágios fi nanciados pelo IEFP, são definidos no regulamento específi co previsto no n.º 1 do artigo 20.º.

4 - O IEFP decide a candidatura no prazo de 30 dias úteis, contados a partir da data da sua apresentação.

5 - A contagem do prazo referido no número anterior é suspensa nas situações em que sejam solicitados pelo IEFP elementos adicionais à instrução da candidatura, desde que os mesmos se revelem imprescindíveis para a decisão a proferir.

6 - Podem, apenas, ser aprovadas candi-daturas até ao limite da dotação orçamental afeta à presente Medida.

7 - O IEFP defi ne e publicita os períodos de candidatura à presente Medida.

ARTIGO 7.ºContrato de estágio

1 - Previamente ao início do estágio é celebrado entre a entidade promotora e o

estagiário um contrato de estágio, reduzido a escrito, conforme modelo definido em regulamento específi co aprovado pelo IEFP.

2 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, durante o decurso do estágio, é apli-cável ao estagiário o regime da duração e horá-rio de trabalho, dos descansos diário e semanal, dos feriados, das faltas e da segurança, higiene e saúde no trabalho aplicável à generalidade dos trabalhadores da entidade promotora.

3 - Mediante autorização do IEFP, a ser concedida no prazo de 8 dias úteis contados a partir da data da apresentação do pedido, a entidade promotora pode suspender o estágio, adiando a data do termo do mesmo, quando ocorra uma das seguintes situações:

a) Por facto que lhe seja imputável, no-meadamente encerramento temporário do estabelecimento onde o mesmo se realiza, por período não superior a um mês;

b) Por facto imputável ao estagiário, nomeadamente em caso de doença ou licenças por parentalidade, durante um período não superior a seis meses.

4 - O contrato de estágio cessa por cadu-cidade, por acordo das partes e por denúncia de alguma delas, conforme previsto nos números seguintes e nos termos e condições estabelecidos no mesmo contrato.

5 - A cessação do contrato por caduci-dade ocorre quando se verifi que alguma das seguintes situações:

a) No termo do prazo correspondente ao seu período de duração;

b) Por impossibilidade superveniente, absoluta e defi nitiva, de o estagiário poder frequentar o estágio ou de a entidade promotora lho poder pro-porcionar;

c) No momento em que o estagiário atin-gir o número de cinco dias seguidos ou interpolados de faltas injustifi cadas;

d) No momento em que o estagiário, ainda que justifi cadamente, atinja o número de 15 dias de faltas seguidos ou interpolados, não relevando o perí-odo de suspensão do estágio previsto na alínea b) do n.º 3 deste artigo;

e) Decorrido o prazo de duração do estágio acrescido de seis meses, nele se incluindo os períodos de tempo de suspensão a que se refere o n.º 3 deste artigo.

ARTIGO 8.ºOrientador de estágio

1 - Todos os estágios devem ter um orientador de estágio, designado pela entidade promotora.

2 - Compete ao orientador de estágio, nomeadamente:

a) Realizar o acompanhamento técnico e pedagógico do estagiário, supervi-sionando o seu progresso face às ati-vidades indicadas no plano individual de estágio;

b) Avaliar os resultados obtidos pelo estagiário no fi nal do estágio.

3 - Cada orientador de estágio não deve ter mais de cinco estagiários sob sua orien-tação.

ARTIGO 9.ºDuração do estágio

1 - O estágio tem a duração de 9 meses, sem prejuízo do regime especial de projetos de interesse estratégico e do previsto nos números seguintes.

2 - Os estágios promovidos por entidades promotoras, não abrangidas pelo regime espe-cial nos termos do artigo 17.º, que integrem destinatários previstos nas alíneas c), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 3.º têm a duração de 12 meses, não prorrogáveis.

3 - A duração prevista no nº 1 poderá ser prorrogável até 12 meses em situações devidamente fundamentadas a apreciar pelo IEFP, a suscitar durante a realização do es-tágio, em função do cumprimento do plano de estágio ou de situações que relevem para a empregabilidade futura.

ARTIGO 10.ºCertifi cação

1 - No termo do estágio a entidade promo-tora deve entregar ao estagiário um certifi cado comprovativo de frequência e avaliação fi nal, de acordo com modelo defi nido no regula-mento específi co aprovado pelo IEFP.

2 - No caso dos destinatários que sejam detentores de qualificação de nível 3 do QNQ, a conclusão do estágio com avaliação fi nal positiva dá lugar à obtenção do nível 4 de qualificação do QNQ, devendo este processo ser validado por um Centro para a Qualifi cação e o Ensino Profi ssional (CQEP), nos termos da Portaria n.º 782/2009, de 23 de julho e demais legislação aplicável, ou por disposições equivalentes que eventualmente as venham a substituir.

ARTIGO 10.º-AReconhecimento, validação e certifi cação

de competências

As competências desenvolvidas ao longo do estágio, em particular por estagiários com

(Continuação da pág. anterior)

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MEDIDA ESTÁGIOS EMPREGO(Republicação da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com as alterações da Portaria nº 149-B/2014, de 24 de julho)

nível 2 ou 3, devem ser objeto de reconheci-mento, validação e certifi cação de competên-cias, nos termos da Portaria n.º 135-A/2013, de 28 de março.

ARTIGO 11.ºDireitos do estagiário

1 - O estagiário tem direito a:a) Bolsa de estágio mensal;b) Refeição ou subsídio de alimentação;c) Transporte ou subsídio de transporte

no caso de destinatários previstos nas alíneas c), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 3.º;

d) Seguro de acidentes de trabalho.2 - No caso de estágios com duração de

12 meses, previstos nos n.os 2 e 3 do artigo 9.º e no n.º 1 do artigo 17.º, o estagiário tem direito a um período de dispensa até 22 dias úteis, adiando a data de fi m do estágio.

3 - O estagiário pode renunciar ao direito referido no número anterior, com exceção da suspensão prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 7.º.

4 - No caso de suspensão referido na alínea a) do n.º 3 do artigo 7.º, os dias de suspensão são contabilizados como dias de dispensa para efeitos do n.º 2.

5 - Nas situações de dispensa previstas no n.º 2 e nas situações de suspensão previstas no artigo 7.º não são devidos os apoios referidos nas alíneas a) a c) do n.º 1.

6 - O pagamento dos apoios previstos no presente artigo é da responsabilidade da entidade promotora.

ARTIGO 12.ºBolsa de estágio

1 - Ao estagiário é concedida, mensal-mente, em função do nível de qualifi cação de que é detentor, uma bolsa de estágio, cujo valor é o seguinte:

a) O valor correspondente ao indexante dos apoios sociais (IAS), para o es-tagiário com qualifi cação de nível 2 do QNQ;

b) 1,2 vezes do valor correspondente ao IAS, para o estagiário com qualifi ca-ção de nível 3 do QNQ;

c) 1,3 vezes do valor correspondente ao IAS, para o estagiário com qualifi ca-ção de nível 4 do QNQ;

d) 1,4 vezes do valor correspondente ao IAS, para o estagiário com qualifi ca-ção de nível 5 do QNQ;

e) 1,65 vezes do valor correspondente ao IAS, para o estagiário com qualifi ca-ção de nível 6, 7 ou 8 do QNQ.

2 - Nos casos não previstos no número anterior, é concedida ao estagiário uma bolsa mensal de valor correspondente ao IAS.

ARTIGO 13.ºAlimentação

1 - O estagiário tem direito a refeição ou a subsídio de alimentação, conforme praticado para a generalidade dos trabalhadores da entidade promotora.

2 - Na ausência de atribuição de refeição ou de subsídio de alimentação por parte da entidade promotora aos seus trabalhadores, a entidade deve pagar ao estagiário subsídio de valor idêntico ao fi xado para a generalidade dos trabalhadores que exercem funções públicas.

ARTIGO 14.ºTransporte

Os estagiários previstos nas alíneas c), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 3.º têm direito a que a entidade promotora assegure o respetivo transporte entre a sua residência habitual e o local do estágio ou, quando esta não o possa assegurar, têm direito ao pagamento de des-pesas de transporte em montante equivalente ao custo das viagens realizadas em transporte coletivo ou, se não for possível a sua utili-zação, ao subsídio de transporte mensal no montante equivalente a 10% do IAS.

ARTIGO 15.ºComparticipação fi nanceira

1 - O custo com as bolsas de estágio re-feridas no artigo 12.º é comparticipado pelo IEFP em 80% nas seguintes situações:

a) Pessoas coletivas de natureza privada sem fi ns lucrativos;

b) Estágios no âmbito do regime previsto no artigo 17.º

c) No primeiro estágio, desenvolvido por entidade promotora com 10 ou menos trabalhadores, referente à primeira candidatura a esta Medida e desde que não tenha já obtido condições de apoio mais favoráveis noutro estágio fi nanciado pelo IEFP;

d) [Revogada].2 - Em todas as situações não abrangidas

pelo disposto no número anterior, o custo com as bolsas de estágio referidas no artigo 12.º é comparticipado pelo IEFP em 65 % do respetivo valor.

3 - As percentagens de comparticipação referidas nos números anteriores são acres-cidas de 15 pontos percentuais, no caso de estagiários previstos nas alíneas c), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 3.º

4 - O IEFP comparticipa:a) Alimentação;b) Transporte, nas situações previstas no

artigo 14.º;c) Seguro de acidentes de trabalho.5 - A comparticipação fi nanceira do IEFP

prevista no presente artigo é efetuada com base na modalidade de custos unitários, por mês e por estágio, nos termos defi nidos por despacho do membro do Governo responsá-vel pela área do emprego.

ARTIGO 16.ºImpostos e segurança social

1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 7.º, a relação jurídica decorrente da ce-lebração de um contrato de estágio ao abrigo da presente portaria é equiparada a trabalho por conta de outrem para efeitos de segurança social, estando sujeita, ainda, ao disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.

2 - O IEFP não comparticipa as contribui-ções devidas à segurança social.

ARTIGO 17.ºRegime especial de projetos de interesse

estratégico

1 - Os estágios desenvolvidos no âmbito de projetos reconhecidos pelo IEFP como de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região podem ter duração de 6, 9 ou 12 meses.

2 - Para benefi ciarem do regime especial de projetos de interesse estratégico, podem as entidades promotoras apresentar em conjunto projetos de estágios.

3 - São ainda considerados como de interesse estratégico para a economia nacio-nal os projetos reconhecidos como Projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN), nos termos da legislação aplicável.

ARTIGO 18.ºAcompanhamento, verifi cação

ou auditoria

No decurso do estágio podem ser reali-zadas ações de acompanhamento, de verifi -cação, de auditoria ou de inspeção por parte dos serviços do IEFP ou de outras entidades

(Continua na pag. seguinte)

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Boletim do Contribuinte586

MEDIDA ESTÁGIOS EMPREGO(Republicação da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com as alterações da Portaria nº 149-B/2014, de 24 de julho)

com competências para o efeito, tendo em vista garantir e acautelar o cumprimento do previsto na presente portaria e demais regu-lamentação aplicável.

ARTIGO 19.ºIncumprimento

1 - O incumprimento por parte da enti-dade promotora das obrigações relativas à atribuição das comparticipações e dos apoios fi nanceiros concedidos no âmbito da presente portaria, sem prejuízo, se for caso disso, de participação criminal que venha a ser efetuada por eventuais indícios da prática do crime de fraude na obtenção de subsídio de natureza pública, implica a imediata cessação da atri-buição de todas as comparticipações e apoios previstos na presente Medida e a restituição do montante correspondente aos apoios e comparticipações entretanto recebidos, relati-vamente a cada contrato de estágio associado e objeto de apoio.

2 - Se o incumprimento for parcial, há lugar à restituição proporcional dos apoios e comparticipações recebidos.

3 - A restituição deve ser efetuada no prazo de 60 dias consecutivos, contados a partir da notifi cação à entidade promotora,

após o decurso do qual, sem que a restituição se mostre efetuada, são devidos juros de mora à taxa legal.

4 - A entidade promotora fi ca impedida, durante dois anos, a contar da notifi cação referida no número anterior, de benefi ciar de qualquer apoio ou comparticipação do Estado com a mesma natureza e fi nalidade.

5 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, compete ao IEFP apreciar e deter-minar a cessação dos apoios e comparticipa-ções atribuídos ou determinar a restituição proporcional em caso de incumprimento parcial do projeto.

ARTIGO 20.ºExecução, regulamentação e avaliação

1 - O IEFP é responsável pela execução da Medida e elabora o respetivo regulamento específi co no prazo de 30 dias.

2 - A presente Medida será objeto de avaliação em sede da Comissão Permanente de Concertação Social a partir do décimo oitavo mês de vigência da mesma.

ARTIGO 21.ºFinanciamento comunitário

A presente Medida é passível de fi nancia-mento comunitário, sendo-lhe aplicáveis as

respetivas disposições do direito comunitário e nacional.

ARTIGO 22.ºNorma revogatória

1 - Com a entrada em vigor da presente portaria são revogadas:

a) A Portaria n.º 92/2011, de 28 de fe-vereiro, alterada pelas Portarias n.os 309/2012, de 9 de outubro, 3-B/2013, de 4 de janeiro e 120/2013, de 26 de março;

b) A Portaria n.º 225-A/2012, de 31 de julho, alterada pela Portaria n.º 65-B/2013, de 13 de fevereiro;

c) A alínea a) do n.º 2 do artigo 1.º, o n.º 1 do artigo 5.º e os artigos 7.º a 16.º da Portaria n.º 33/2013, de 29 de janeiro.

2 - [Revogado].

ARTIGO 23.ºNorma transitória

As candidaturas apresentadas ao abrigo dos diplomas referidos no artigo anterior são pelos mesmos diplomas reguladas até ao fi nal da conclusão dos respetivos estágios.

ARTIGO 24.º[Revogado]

Secção Divisão Grupo Classe Subclasse Designação

A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca.01 Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados.

011 Culturas temporárias.0111 Cerealicultura (exceto arroz), leguminosas secas e sementes oleaginosas.

01111 Cerealicultura (exceto arroz).01112 Cultura de leguminosas secas e sementes oleaginosas.

0112 01120 Cultura de arroz.0113 01130 Cultura de produtos hortícolas, raízes e tubérculos.0114 01140 Cultura de cana -de -açúcar.0115 01150 Cultura de tabaco.0116 01160 Cultura de plantas têxteis.0119 Outras culturas temporárias.

01191 Cultura de flores e de plantas ornamentais.01192 Outras culturas temporárias, n. e.

012 Culturas permanentes.0121 01210 Viticultura.0122 01220 Cultura de frutos tropicais e subtropicais.0123 01230 Cultura de citrinos.0124 01240 Cultura de pomóideas e prunóideas.0125 Cultura de outros frutos (inclui casca rija), em árvores e arbustos.

01251 Cultura de frutos de casca rija.01252 Cultura de outros frutos em árvores e arbustos.

ANEXO IÁreas no âmbito da agricultura (CAE)

(Continuação da pág. anterior)

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MEDIDA ESTÁGIOS EMPREGO(Republicação da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com as alterações da Portaria nº 149-B/2014, de 24 de julho)

Secção Divisão Grupo Classe Subclasse Designação

0126 Cultura de frutos oleaginosos.01261 Olivicultura.01262 Cultura de outros frutos oleaginosos.

0127 01270 Cultura de plantas destinadas à preparação de bebidas.0128 01280 Cultura de especiarias, plantas aromáticas, medicinais e farmacêuticas.0129 01290 Outras culturas permanentes.

013 0130 01300 Cultura de materiais de propagação vegetativa.014 Produção animal.

0141 01410 Criação de bovinos para produção de leite.0142 01420 Criação de outros bovinos (exceto para produção de leite) e búfalos.0143 01430 Criação de equinos, asininos e muares.0144 01440 Criação de camelos e camelídeos.0145 01450 Criação de ovinos e caprinos.0146 01460 Suinicultura.0147 01470 Avicultura.0149 Outra produção animal.

01491 Apicultura.01492 Cunicultura.01493 Criação de animais de companhia.01494 Outra produção animal, n. e.

015 0150 01500 Agricultura e produção animal combinadas.016 Atividades dos serviços relacionados com a agricultura e com a produção animal.

0161 01610 Atividades dos serviços relacionados com a agricultura.0162 01620 Atividades dos serviços relacionados com a produção animal, exceto serviços de

veterinária0163 01630 Preparação de produtos agrícolas para venda.0164 01640 Preparação e tratamento de sementes para propagação.

017 0170 Caça, repovoamento cinegético e atividades dos serviços relacionados.01701 Caça e repovoamento cinegético.01702 Atividades dos serviços relacionados com caça e repovoamento cinegético.

02 Silvicultura e exploração florestal.021 0210 02100 Silvicultura e outras atividades florestais.022 0220 02200 Exploração florestal.023 0230 02300 Extração de cortiça, resina e apanha de outros produtos florestais, exceto madeira.024 0240 02400 Atividades dos serviços relacionados com a silvicultura e exploração florestal.

C Indústrias transformadoras.10 Indústrias alimentares.

101 Abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne.1011 10110 Abate de gado (produção de carne).1012 10120 Abate de aves (produção de carne).

103 Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas.1031 10310 Preparação e conservação de batatas.1032 10320 Fabricação de sumos de frutos e de produtos hortícolas.1039 Outra preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas.

10391 Congelação de frutos e de produtos hortícolas.10392 Secagem e desidratação de frutos e de produtos hortícolas.10393 Fabricação de doces, compotas, geleias e marmelada.10394 Descasque e transformação de frutos de casca rija comestíveis.10395 Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas por outros processos.

104 Produção de óleos e gorduras animais e vegetais.1041 Produção de óleos e gorduras.

10411 Produção de óleos e gorduras animais brutos.10412 Produção de azeite.10413 Produção de óleos vegetais brutos (exceto azeite).10414 Refinação de azeite, óleos e gorduras.

1042 10420 Fabricação de margarinas e de gorduras alimentares similares.105 Indústria de laticínios.

1051 10510 Indústrias do leite e derivados.1052 10520 Fabricação de gelados e sorvetes.

106 Transformação de cereais e leguminosas; fabricação de amidos, de féculas e de pro-dutos afins.

1061 Transformação de cereais e leguminosas.10611 Moagem de cereais.10612 Descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz.10613 Transformação de cereais e leguminosas, n. e.

11 110 Indústria das bebidas.1101 Fabricação de bebidas alcoólicas destiladas.

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SETEMBRO 2014 - Nº 17

Boletim do Contribuinte588

MEDIDA ESTÁGIOS EMPREGO(Republicação da Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, com as alterações da Portaria nº 149-B/2014, de 24 de julho)

Secção Divisão Grupo Classe Subclasse Designaçãoç

11011 Fabricação de aguardentes preparadas.11012 Fabricação de aguardentes não preparadas.11013 Produção de licores e de outras bebidas destiladas.

1102 Indústria do vinho.11021 Produção de vinhos comuns e licorosos.11022 Produção de vinhos espumantes e espumosos.

G Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos.46 Comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos.

462 Comércio por grosso de produtos agrícolas brutos e animais vivos.4621 Comércio por grosso de cereais, tabaco e cortiça em bruto, sementes, outras matérias

-primas agrícolas e alimentos para animais.46211 Comércio por grosso de alimentos para animais.46212 Comércio por grosso de tabaco em bruto.46213 Comércio por grosso de cortiça em bruto.46214 Comércio por grosso de cereais, sementes, leguminosas, oleaginosas e outras

matérias -primas agrícolas.4622 46220 Comércio por grosso de flores e plantas.4623 46230 Comércio por grosso de animais vivos.4624 46240 Comércio por grosso de peles e couro.

463 Comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco.4631 Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas.

46311 Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas, exceto batata.46312 Comércio por grosso de batata.

4632 46320 Comércio por grosso de carne e produtos à base de carne.4633 Comércio por grosso de leite e derivados, ovos, azeite, óleos e gorduras alimen-

tares.46331 Comércio por grosso de leite, seus derivados e ovos.46332 Comércio por grosso de azeite, óleos e gorduras alimentares.

S Outras atividades de serviços.94 Atividades das organizações associativas.

941 Atividades de organizações económicas, patronais e profissionais.9411 94110 Atividades de organizações económicas e patronais.9412 94120 Atividades de organizações profissionais.

942 9420 94200 Atividades de organizações sindicais.94995 Outras atividades associativas, n. e.

* Fonte: Anexo ao Decreto -Lei n 381/2007, de 14 de novembro

ANEXO II

Quadro Nacional de Qualificações

Nível Qualificações

1 2.º ciclo do ensino básico2 3.º ciclo do ensino básico obtido no ensino regular ou por

percursos de dupla certificação3 Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de

estudos de nível superior4 Ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação

ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profis-sional — mínimo de seis meses

5 Qualificação de nível pós -secundário não superior com créditos para o prosseguimento de estudos de nível su-perior (1)

Nível Qualificações

6 Licenciatura (2)7 Mestrado (3)8 Doutoramento (4)

(1) Corresponde aos cursos de especialização tecnológica regulados pelo Decreto -Lei n.º 88/2006, de 23 de maio.

(2) Corresponde ao 1.º ciclo de estudos do Quadro de Qualificações do Espaço Europeu do Ensino Superior, acordado pelos ministros do ensino superior na sua reunião em Bergen, em maio de 2005, no âmbito do processo de Bolonha. cf. especialmente o artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelo Decreto -Lei n.º 107/2008, de 25 de junho.

(3) Corresponde ao segundo ciclo de estudos do Quadro de Qualificações do Espaço Europeu do Ensino Superior, acordado pelos ministros do ensino superior na sua reunião em Bergen, em maio de 2005 no âmbito do processo de Bolonha. cf. especialmente o artigo 15.º do Decreto -Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelo Decreto -Lei n.º 107/2008, de 25 de junho.

(4) Corresponde ao terceiro ciclo de estudos do Quadro de Qualificações do Espaço Europeu do Ensino Superior, acordado pelos ministros do ensino superior na sua reunião em Bergen, em maio de 2005 no âmbito do processo de Bolonha. cf. especialmente o artigo 28.º do Decreto -Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelo Decreto -Lei n.º 107/2008, de 25 de junho.

ANEXO IIQuadro Nacional de Qualifi cações

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Boletim do Contribuinte 589

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

A Lei nº 55/2014, de 25.8, em vigor a 1 de setembro de 2014, alterou os arts. 501º e 502º do Código do Trabalho, tendo procedido à redução dos prazos de cadu-cidade e sobrevigência das convenções coletivas de trabalho, de 5 para 3 anos e de 18 para 12 meses, respetivamente, atribuindo-se deste modo, segundo o Governo nova dinâmica à contratação coletiva.

O art. 501º do Código do Trabalho, que prevê o regime de sobrevigência e de caducidade de convenção coletiva de trabalho, estabelece que a cláusula de convenção que faça depender a cessação da vigência desta da substituição por outro instrumento de regulamentação coletiva de trabalho caduca passados 3 anos (antes eram 5 anos) sobre a verifi cação de um dos seguintes factos:

• última publicação integral da con-venção;

• denúncia da convenção;• apresentação de proposta de revisão

da convenção que contenha a revi-são da citada cláusula.

Verifi cando-se denúncia, segundo o mesmo preceito do Código do Trabalho, a convenção mantém-se em regime de sobrevigência durante o período em que decorra a negociação, incluindo concilia-ção, mediação ou arbitragem voluntária, ou no mínimo durante 12 meses (antes eram 18 meses).

Sempre que se verifi que uma inter-rupção da negociação, por um período superior a 30 dias, o prazo de sobrevi-gência suspende-se.

No entanto, o período de negociação, com suspensão, não pode exceder o prazo de 18 meses.

Decorridos os períodos referidos de 12 meses (regime de sobrevigência) e de 18 meses (período de negociação, com suspensão), a convenção mantém-se em vigor durante 45 dias (antes eram 60 dias) após qualquer das partes comunicar à Au-

toridade para as Condições do Trabalho (ACT) e à outra parte que o processo de negociação terminou sem acordo, após o que caduca.

Esta alteração no prazo de caducidade de convenção coletiva para 3 anos não se aplica às convenções coletivas denun-ciadas até 31 de maio do corrente ano.

Suspensão das convenções coletivasO mesmo diploma prevê ainda a

possibilidade de suspensão temporária da aplicação de convenção coletiva ou parte dela, em situação de crise empresarial, por motivos de mercado, estruturais ou tecnológicos, catástrofes ou outras ocor-rências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa, desde que tal medida seja indispensável para assegurar a viabilidade da empresa e a manutenção dos postos de trabalho, por acordo escrito entre as associações de empregadores e as associações sindicais subscritoras, sem prejuízo da possibili-dade de delegação.

Tal acordo deve indicar expressamen-te a fundamentação e estipular o prazo de aplicação da suspensão e os efeitos decorrentes da mesma.

A suspensão e a revogação prejudicam os direitos decorrentes da convenção, exceto se na mesma forem expressamente ressalvados pelas partes.

Nos termos da nova redação do art. 502º do Código do Trabalho, a Auto-ridade para as Condições do Trabalho (ACT) procede à publicação no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) de aviso sobre a data da suspensão e da cessação da vigência de convenção coletiva.

Nova redução dos prazos de caducida-de e sobrevigência

Segundo a Lei nº 55/2014, até 1 de setembro de 2015 deve ser promovida a alteração do Código do Trabalho no sentido da redução dos prazos de cadu-cidade e sobrevigência das convenções coletivas para, respetivamente, dois anos e seis meses, após avaliação positiva pelos parceiros sociais em sede de Comissão Permanente de Concertação Social.

Deve entender-se por avaliação po-sitiva a que resulte do parecer favorável de pelo menos metade das associações sindicais e de pelo menos metade das confederações patronais, com assento permanente naquela Comissão.

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHORedução dos prazos de caducidade e sobrevigência

das convenções coletivas

O Código do Trabalho prevê a possibilidade de o empregador alterar (antecipando ou adiando), o período de férias já marcado ou interromper as férias já iniciadas por exigências imperiosas do funcionamento da empresa, tendo o trabalhador direito a ser indemnizado pelos prejuízos sofridos por deixar de gozar as férias no período marcado. Note-se que a interrupção das férias deve permitir o gozo seguido de metade do período a que o trabalhador tem direito.

CÓDIGO DO TRABALHOAlteração do período de férias

Como exemplo de adiamento do gozo de férias pode referir-se o caso de a entidade empregadora necessitar de trabalhadores para satisfazer uma encomenda urgente de um cliente.

A propósito de alteração do pe-ríodo de férias, importa ter presente que, em caso de cessação do contrato de trabalho sujeita a aviso prévio, o empregador pode alterar a marcação das férias para o momento anterior à data da cessação.

(Código do Trabalho, art. 243º)

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Boletim do Contribuinte590

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

www.BoletimdoContribuinte.ptA informação fi scal na Internet.

Na sequência do pedido do Pre-sidente da República de fiscalização preventiva da constitucionalidade de dois diplomas aprovados na Assembleia da República, que consagravam a desig-nada Contribuição de Sustentabilidade (CS) e procediam a cortes salariais dos titulares de cargos públicos, veio o Tri-bunal Constitucional pronunciar-se pela inconstitucionalidade dos Decretos da Assembleia da República nºs 262/XII e 264/XII, respetivamente.

Redução das remuneraçõesO Decreto nº 264/XII estabelecia uma

redução remuneratória para os trabalha-dores da Administração Pública, para o ano de 2014 semelhante à estabelecida no art. 19º da Lei nº 55-A/2010, de 31.12, que aprovou o Orçamento de Estado para 2011:

Previa-se uma redução das remu-nerações totais ilíquidas mensais dos titulares de cargos públicos, de valor superior a € 1500, nos seguintes termos:

• 3,5% sobre o valor total das re-munerações superiores a € 1500 e inferiores a € 2000;

• 3,5 % sobre o valor de € 2 000 acrescido de 16% sobre o valor da remuneração total que exceda os € 2 000, perfazendo uma redução global que varia entre 3,5% e 10%, no caso das remunerações iguais ou superiores a € 2000 até € 4 165;

• 10% sobre o valor total das remune-rações superiores a € 4165.

Consagrava-se legalmente a possibi-lidade de aplicação de reduções remune-ratórias até 2018.

Para 2015 determinava-se uma redução remuneratória igual a 80% da aplicável no corrente ano.

Assim, as referidas reduções remu-neratórias seriam revertidas em 20% a partir de 1 de janeiro de 2015.

Por último, previa-se uma redução remuneratória ao longo dos anos que compõem o triénio 2016-2018 entre a aplicável em 2015 e zero, nada se con-

cretizando quanto à diminuição anual da redução em cada um dos três anos que compõem o triénio.

Assim, no Orçamento do Estado para 2016 e nos orçamentos subsequentes seria fi xada a percentagem de reversão da redução remuneratória, em função da disponibilidade orçamental.

Acórdão do TC nº 574/2014, de 14.8O Tribunal Constitucional considerou

que os cortes aplicados aos salários dos funcionários públicos previstos para 2014 e 2015 não violavam qualquer norma da Constituição.

No entanto, aquele mesmo tribunal entendeu que o diploma em causa garante aos destinatários das suas normas uma redução salarial incerta, de percentagem decrescente absolutamente variável entre 80% da prevista para 2014 e zero, no período entre 2016 e 2018.

Segundo o Tribunal, a regra estipula-da de reversão da redução remuneratória permite a subsistência, por mais três anos, de uma redução remuneratória que pode ser igual a 80% daquela que vem vi-gorando desde 2011, pelo que “ultrapassa os limites do sacrifício adicional exigí-vel aos trabalhadores pagos por verbas públicas, nada havendo de comparável que afete outros tipos de rendimentos. Nesta medida, não é possível deixar de considerar que ofende o princípio da igualdade.”

Contribuição de Sustentabilidade (CS)A prevista Contribuição de Sustenta-

bilidade (CS), que iria substituir a Con-tribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), seria aplicada aos benefi ciários da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações com rendimentos de

pensões superiores a € 1000 mensais, do seguinte modo:

• 2% sobre a totalidade das pensões de valor mensal até € 2 000;

• 2% sobre o valor de € 2 000 e 5,5 % sobre o remanescente das pensões de valor mensal até € 3 500;

• 3,5% sobre a totalidade das pensões de valor mensal superior a € 3 500.

Acórdão do TC nº 575/2014, de 14.8O Tribunal entendeu que “a mera

redução do valor da pensão por aplicação de uma taxa percentual, à semelhança do que sucedeu com a antiga CES, não tem senão um efeito orçamental de diminuição de despesa a curto prazo sem qualquer capacidade de adaptação a modifi cações que, no futuro, resultem de alterações demográfi cas ou económi-cas. E a que o legislador apenas poderá responder, no futuro, na ausência de uma verdadeira reforma estrutural, por via de novas medidas conjunturais de agravamento da taxa ou de alargamento do universo dos destinatários afetados.

Nestas circunstâncias, o interesse da sustentabilidade do sistema público de pensões, realizado através de uma mera medida de redução do valor da pensão, (...) e desacompanhado também de uma sufi ciente justifi cação que possa esbater as dúvidas quanto à adequação e necessi-dade da medida, não pode ser tido como um interesse público prevalecente face à intensidade do sacrifício que é imposto aos particulares.

Em suma, a contribuição de sus-tentabilidade (...) é uma medida que afeta desproporcionadamente o princípio constitucional da proteção da confi ança ínsito no princípio do Estado de Direito Democrático plasmado no art. 2º da Constituição.”

Nota: Importa ter presente que os acórdãos do Tribunal Constitucional nºs 574/2014, e 575/2014, de 14.8, foram ambos publicados no Diário da Repú-blica do dia 3 de setembro.

TRIBUNAL CONSTITUCIONAL CHUMBA A CONTRIBUIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE E CORTES SALARIAIS ENTRE 2016 E 2018

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Boletim do Contribuinte 591

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

A proposta de Lei de Orçamento Retifi cativo, apresentada recentemente pelo Governo e já enviada à Assembleia da República, alarga a majoração de 10% atribuída aos casais desempregados com fi lhos aos ex-trabalhadores independen-tes (“recibos verdes”) que estão a receber subsídio de desemprego por cessação de atividade.

Assim, segundo tal proposta, o mon-tante diário do subsídio de desemprego (trabalhadores por conta de outrem) e do subsídio por cessação de atividade (tra-balhadores independentes), é majorado em 10% nas situações seguintes:

- quando, no mesmo agregado fami-liar, ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união de facto sejam titulares do subsídio de desemprego e tenham fi lhos ou equiparados a cargo;

- quando, no agregado monoparental, o parente único seja titular do sub-sídio de desemprego e não aufi ra pensão de alimentos decretada ou homologada pelo tribunal.

Assim, cada um dos membros do casal receberá o seu subsídio de desem-prego, medida que irá abranger quem já está a receber e quem tem o seu processo pendente de decisão dos serviços com-petentes da Segurança Social.

O regime de majoração não sofre alterações e continua a ser concedida ao outro membro do casal, mesmo quando um deles deixa de receber o subsídio e continua desempregado, ou quando passa a receber o subsídio social de desemprego.

Importa ainda referir que o Ministério da Solidariedade e Segurança Social nun-ca divulgou o número de trabalhadores independentes a receber subsídio de desemprego.

Proteção no desemprego dos trabalha-dores independentes

O regime de proteção social na eventualidade de desemprego dos traba-

lhadores independentes que prestam ser-viços maioritariamente a uma entidade contratante, criado pelo Decreto-Lei nº 65/2012, de 15.3 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 272), vigora desde o dia 1 de julho de 2012.

Estão abrangidos pelo regime de atribuição de subsídio de desemprego, os trabalhadores independentes que, no mesmo ano civil, obtenham da mesma empresa, quer seja pessoa coletiva ou pessoa singular com atividade empresa-rial, independentemente da sua natureza e das fi nalidades que prossigam, 80% ou mais do valor total anual dos rendimentos obtidos na atividade independente.

O acesso ao subsídio depende da verificação cumulativa das seguintes condições:

- cessação involuntária do vínculo contratual celebrado com a entidade contratante;

- cumprimento do prazo de garantia: 720 dias de exercício de atividade independente, economicamente dependente, com o correspondente pagamento efetivo de contribui-ções, num período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação involuntária do contrato de prestação de serviços;

- o trabalhador independente ter sido considerado economicamente de-pendente de entidades contratantes em pelo menos dois anos civis, sen-do um deles o ano imediatamente anterior ao da cessação do contrato de prestação de serviços;

- o trabalhador independente ser considerado economicamente de-pendente à data da cessação do contrato de prestação de serviços;

- inscrição no centro de emprego da área de residência, para efeitos de emprego.

DESEMPREGO DE TRABALHADORES INDEPENDENTESMajoração do subsídio

O trabalhador independente pode fi -car isento do pagamento de contribuições à Segurança Social quando:

• acumule a sua atividade profi ssional com o exercício de atividade por conta de outrem, desde que, cumulativamente:

- o exercício das duas atividades pro-fi ssionais seja prestado a entidades empregadoras distintas e que não tenham entre si uma relação de domínio ou de grupo;

- o exercício de atividade por conta de outrem determine o enquadramento obrigatório noutro regime de pro-teção social que cubra a totalidade das eventualidades abrangidas pelo regime dos trabalhadores indepen-dentes;

- o valor da remuneração média mensal considerada para o outro regime de proteção social, nos 12

CÓDIGO CONTRIBUTIVOTrabalhadores independentes: isenção de pagamento

de contribuições

meses com remuneração anteriores à fixação da base de incidência contributiva, seja igual ou superior a 419,22 euros (valor do Indexante dos Apoios Sociais - IAS);

• seja simultaneamente pensionista de invalidez ou de velhice de regimes de proteção social, nacionais ou es-trangeiros e a atividade profi ssional seja legalmente cumulável com a respetiva pensão;

• seja simultaneamente titular de pensão resultante da verificação de risco profi ssional e que sofra de incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70%;

• tenha pago contribuições pelo perí-odo de um ano resultantes de ren-dimento relevante igual ou inferior a 2 515,32 euros (6 vezes o IAS).

(Código Contributivo, art. 157º)

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Boletim do Contribuinte592

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

O Programa Investe Jovem, criado pela Portaria nº 151/2014, de 30.7, e a vigorar a partir de 28 de setembro, destina-se a promover a criação de novas empresas por jovens desempregados, através do apoio à criação do próprio emprego e micronegócios.

O Programa (que será publicado no próximo número) tem por objetivo pro-mover o empreendedorismo, através das seguintes medidas:

- apoio fi nanceiro ao investimento; - apoio fi nanceiro à criação do próprio

emprego dos promotores; - apoio técnico na área do empreende-

dorismo para reforço de competên-cias e para a estruturação do projeto, bem como à consolidação do mesmo.

Destinatários São destinatários do Programa, jo-

vens que se encontrem inscritos como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP), com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30 anos e que possuam uma ideia de negócio viável e formação adequada para o desen-volvimento do negócio.

A verifi cação da idade efetua-se à data da entrega da candidatura ao pedido de fi nanciamento do projeto.

O IEFP terá a iniciativa e o encargo de proporcionar formação adequada ao desenvolvimento do negócio aos desti-natários promotores de projetos, que não a possuem, na sequência de apreciação pelo IEFP.

Requisitos do projetoOs projetos de criação de empresas de-

vem respeitar, nomeadamente, os seguintes requisitos:

•apresentar um investimento total entre 2,5 e 100 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS = 419,22 euros).

•apresentar viabilidade económico--fi nanceira;

•não incluir, no investimento a realizar, a compra de capital social de empresa existente.

Notas: a realização do investimento e a criação dos postos de trabalho dos promotores associados ao projeto devem estar concluídas no prazo de 6 meses a contar da data da disponibilização inicial do apoio fi nanceiro, exceto impedimento devidamente justifi cado e aceite pelo IEFP.

Os projetos devem manter a atividade da empresa e, necessariamente, assegurar a cria-ção do respetivo posto de trabalho a tempo inteiro dos promotores, durante um período mínimo de três anos.

Podem participar no capital social outras pessoas desde que 51% do capital social seja detido pelos destinatários promotores.

Requisitos das novas empresas Desde a data da contratualização dos

apoios e até à extinção das obrigações associadas à execução do projeto, as novas empresas devem reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos:

- encontrarem-se regularmente consti-tuídas e registadas;

- disporem de licenciamento e outros requisitos legais exigidos para o exer-cício da atividade ou apresentarem comprovativo de terem iniciado o processo aplicável;

- terem a situação contributiva regula-rizada perante a Administração Fiscal e a Segurança Social;

- não se encontrarem em situação de incumprimento no que se refere a apoios financeiros atribuídos pelo IEFP;

- terem a situação regularizada em matéria de restituições no âmbito dos fundos estruturais;

- disporem de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei.

CandidaturasO período de candidaturas é fi xado

pelo Instituto do Emprego e divulgado em www.iefp.pt.

A concessão dos apoios fi nanceiros está dependente das disponibilidades fi nancei-ras do IEFP, aprovadas anualmente para tal Programa.

I. Apoio fi nanceiroAos projetos de criação de empresas é

atribuído um apoio fi nanceiro até 75% do investimento total elegível (entre 2,5 e 100 vezes o IAS).

O apoio fi nanceiro é atribuído sob a forma de empréstimo sem juros, amor-tizável no prazo máximo de 54 meses, nas condições indicadas na tabela abaixo apresentada.

Nota: O reembolso do apoio concedido é realizado através de prestações mensais, constantes e sucessivas, salvo amortização antecipada do empréstimo.

II. Apoio fi nanceiro à criação do próprio emprego dos promotores

Aos projetos de criação de empresas que cumpram os requisitos legais supra--referidos é atribuído um apoio fi nanceiro, sob a forma de subsídio não reembolsável, até ao montante de 6 vezes o IAS (2515,32 euros) por destinatário promotor que crie o seu posto de trabalho a tempo inteiro, até ao limite de quatro postos de trabalho objeto de apoio.

III. Apoio técnico Os projetos de criação de empresas que

obtenham aprovação, podem benefi ciar de apoio técnico:

•para desenvolvimento de competên-cias na área do empreendedorismo e na estruturação do projeto – apoio assegurado por iniciativa e responsa-bilidade do IEFP;

•para consolidação de projetos - apoio assegurado pela Rede de Entida-des Prestadoras de Apoio Técnico (EPAT), credenciadas pelo IEFP.

INCENTIVOS AO EMPREGOPrograma Investe Jovem

Investimento total aprovado Prazos

≥ 2,5 x IAS e ≤ 10 x IAS - Período de diferimento de 6 meses, a contar da data da contratualização do apoio- Reembolso nos 18 meses imediatamente subsequentes ao término do período de diferimento

> 10 x IAS e ≤ 50 x IAS - Período de diferimento de 12 meses, a contar da data da contratualização do apoio- Reembolso nos 36 meses imediatamente subsequentes ao término do período de diferimento

> 50 x IAS e < 100 x IAS - Período de diferimento de 12 meses, a contar da data da contratualização do apoio- Reembolso nos 48 meses imediatamente subsequentes ao término do período de diferimento

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Boletim do Contribuinte 593

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 29, 30, 31 e 32, de 2014

Auto-Estradas- Acordo coletivo entre a BRISA - Auto-

-Estradas de Portugal, SA e outras e o Sindicato da Construção, Obras Públicas e Serviços - SETAC-COP e outras - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 32, de 29.8.2014)- Acordo de empresa entre a EUROSCUT -

Sociedade Concessionária da SCUT do Algarve, SA e o Sindicato da Construção, Obras Públicas e Serviços - SETACCOP - Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 32, de 29.8.2014)Carne de Aves

- Aviso de projeto de portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a ANCAVE - Associação Nacional dos Centros de Abate e Indústrias Transformadoras de Carne de Aves e o SETAA - Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas

(Bol. do TE, nº 31, de 22.8.2014)Celulose

- Acordo de empresa entre a Caima - Indús-tria de Celulose, SA e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - Revisão global

(Bol. do TE, nº 30, de 15.8.2014)Cerâmica, cimentos e vidro

- Contrato coletivo entre a Associação Indus-trial do Minho - AIM e o Sindicato Independente dos Trabalhadores do Sector Empresarial da Cerâmica, dos Cimentos, do Vidro e Actividades Conexas dos Distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo - Alteração

(Bol. do TE, nº 31, de 22.8.2014)Combustíveis e Lubrificantes

- Acordo coletivo entre a BP Portugal - Co-mércio de Combustíveis e Lubrificantes, SA e outras empresas petrolíferas e a COFESINT

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo coletivo entre a BP Portugal - Co-

mércio de Combustíveis e Lubrificantes, SA e outras empresas petrolíferas e a FETESE - Fe-deração dos Sindicatos da Indústria e Serviços e outro - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)Comércio, Escritórios e Serviços

- Contrato coletivo entre a Associação dos Comerciantes do Porto e outras e o CESP - Sindi-cato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro - Revisão global

(Bol. do TE, nº 30, de 15.8.2014)Cortiça

- Contrato coletivo entre a APCOR - As-sociação Portuguesa da Cortiça e a FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Cons-trução, Cerâmica e Vidro e outros (pessoal fabril) - Alteração salarial

(Bol. do TE, nº 32, de 29.8.2014)Construção Civil e Obras Públicas

- Acordo de empresa entre o CICCOPN - Centro de Formação Profissional da Indústria da

Construção Civil e Obras Públicas do Norte e o STFPSN - Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)Empresas de Segurança

- Contrato coletivo entre a AES - Associação de Empresas de Segurança e outra e a FETESE e outro - Revisão global

(Bol. do TE, nº 32, de 29.8.2014)Ensino Particular e Cooperativo

- Contrato coletivo entre a AEEP - Associa-ção dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e a FNE – Federação Nacional da Educação e outros - Revisão global

(Bol. do TE, nº 30, de 15.8.2014)Hotelaria e turismo

- Acordo coletivo entre a Tomaz do Douro - Empreendimentos Turísticos, Lda e outra e a FES-MAR - Federação de Sindicatos dos Trabalhadores do Mar - Alteração

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo coletivo entre a Tomaz do Douro

- Empreendimentos Turísticos, Lda e outra e a FESMAR - Federação de Sindicatos dos Trabalha-dores do Mar - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)Indústria Farmacêutica

- Contrato coletivo entre a APIFARMA - As-sociação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e a FIEQUIMETAL – Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas e outro - Revisão global

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)Industriais de Bolachas

- Aviso de projeto de portaria de extensão das alterações dos contratos coletivos entre a AIBA - Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a COFESINT – Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e entre a mesma associação de empregadores e o SINTAB - Sindica-to dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal e outros (pessoal fabril, de apoio e manutenção)

(Bol. do TE, nº 31, de 22.8.2014)Lanifícios

- Contrato coletivo entre a ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios e outra e a COFESINT - Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Contrato coletivo entre a ANIL - Associação

Nacional dos Industriais de Lanifícios e outra e a FESETE - Federação dos Sindicatos dos Traba-lhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal - Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)Leite

- Acordo coletivo entre a LACTICOOP - União das Cooperativas de Produtores de Leite

de Entre Douro e Mondego, UCRL e outra e o SETAA - Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo coletivo entre a LACTICOOP e

outra e o Sindicato dos Profissionais de Lacticínios, Alimentação, Agricultura, Escritórios, Comércio, Serviços, Transportes Rodoviários, Metalomecâ-nica, Metalurgia, Construção Civil e Madeiras e outro - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 32, de 29.8.2014)Metalúrgia e metalomecânica

- Contrato coletivo entre a AIMMAP - Associa-ção dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal e o SINDEL - Sindicato Nacional da Indústria e da Energia e outros - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 32, de 29.8.2014)Papel e Cartão

- Contrato coletivo entre a ANIPC - Associa-ção Nacional dos Industriais de Papel e Cartão e a FETESE - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 31, de 22.8.2014)Produtos Químicos e Farmacêuticos- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -

Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a COFESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - Revisão global

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR e a

FETESE - Revisão global(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -

(serviços de desinfestação/aplicação de pesticidas) e a FIEQUIMETAL - Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 31, de 22.8.2014)Transportes Fluviais

- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO - Transportes Tejo, SA e a FETESE - Alteração e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO -

Transportes Tejo, SA e o SIMAMEVIP - Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca - Alteração e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO e o

Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante - Alteração e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO -

Transportes Tejo, SA e o SITEMAQ - Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra - Alteração e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO e

o SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Trans-portes - Alteração e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)

(Continua na pág. seguinte)

Page 34: Análise à Lei nº 61/2014, de 26 de agosto Regime …...ativos por impostos diferidos reconhecidos aumentou signifi cativamente. Por outro lado, com a entrada em vigor do Regula-mento

Boletim do Contribuinte594

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2014 - Nº 17

Vidro- Acordo de empresa entre a Santos Barosa

- Vidros, SA e a COFESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - Alteração

(Bol. do TE, nº 29, de 8.8.2014)- Acordo coletivo entre a NORMAX - Fábri-

ca de Vidro Científico, Lda e outra e a FEVIC-COM - Federação Portuguesa dos Sindicatos

da Construção, Cerâmica e Vidro - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 30, de 15.8.2014)

- Acordo de empresa entre a Santos Barosa - Vidros, SA e a FEVICCOM e outras – Alteração

(Bol. do TE, nº 30, de 15.8.2014)

(Continuação da pág. 596)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

(Continuação da pág. anterior)

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - AGOSTO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª E 2ª QUINZENAS (De 1 a 31 de agosto de 2014)

estabelece regras relativas à restrição da utilização de determinadas substâncias perigosas em equipamen-tos elétricos e eletrónicos, transpondo as Diretivas Delegadas n.os 2014/1/UE, 2014/2/UE, 2014/3/UE, 2014/4/UE, 2014/5/UE, 2014/6/UE, 2014/7/UE, 2014/8/UE, 2014/9/UE, 2014/10/UE, 2014/11/UE, 2014/12/UE, 2014/13/UE, 2014/14/UE, 2014/15/UE e 2014/16/UE, todas da Comissão, de 18 de outubro de 2013, e as Diretivas Delegadas n.os 2014/69/UE, 2014/70/UE, 2014/71/UE, 2014/72/UE, 2014/73/UE, 2014/74/UE, 2014/75/UE e 2014/76/UE, todas da Comissão, de 13 de março de 2014Estabelecimentos de alojamento local

DL n.º 128/2014, de 29.8 - Aprova o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento localFormação profissional – Qualificação

Lei n.º 49/2014, de 11.8 - Estabelece o regime de acesso e de exercício da profissão de auditor de se-gurança rodoviária, de emissão dos respetivos títulos profissionais e de acesso e exercício da atividade de formação profissional dos auditores, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, e do DL n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpuseram as Diretivas n.os 2005/36/CE, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais, e 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativa aos serviços no mercado internoFreguesias – reorganização administrativa

Lei n.º 54/2014, de 25.8 - Integração da tota-lidade do lugar de Lagoa na União das Freguesias de Aboim, Felgueiras, Gontim e Pedraído (alteração aos limites da União das Freguesias de Aboim, Felgueiras, Gontim e Pedraído e da União das Freguesias de Moreira do Rei e Várzea Cova)

Lei n.º 56/2014, de 25.8 - Alteração da deno-minação da freguesia de «Sande e São Lourenço», no município do Marco de Canaveses, para «Sande e São Lourenço do Douro»

Lei n.º 57/2014, de 25.8 - Alteração da deno-minação da freguesia de «Livração», no município do Marco de Canaveses, para «Santo Isidoro e Livração»

Lei n.º 60/2014, de 26.8 - Alteração da deno-minação da «União das Freguesias de Gouveia (São Pedro e São Julião)», no município de Gouveia, para «Gouveia»

Função PúblicaDecl. de Retific. n.º 37-A/2014, de 19.8 –

(Supl.) - Decl. de Retificação à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, sobre “Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas”GNR – regulamento de disciplina

Lei n.º 66/2014, de 28.8 - Procede à primeira alteração ao Regulamento de Disciplina da Guarda Nacional Republicana, aprovado em anexo à Lei n.º 145/99, de 1 de setembroHabitação – Preço por m2

Port. n.º 156/2014, de 12.8 - Fixa, para vigorar em 2014, o preço da habitação por metro quadrado de área útil, bem como as condições de alienação e a fórmula de cálculo do preço de venda dos terrenos destinados a programas de habitação de custos controladosInstituições de Crédito e Sociedades Financeiras

DL n.º 114-A/2014, de 1.8 – (Supl.) - Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Socie-dades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31.12, procedendo a alterações ao regime previsto no Título VIII relativo à aplicação de medidas de resolução, e transpondo parcialmente a Diretiva n.º 2014/59/UE, do PE e do Conselho, de 15.5, que estabelece um enquadramento para a recuperação e a resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento

DL n.º 114-B/2014, de 4.8 – (Supl.) - Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Socie-dades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31.12, procedendo a alterações ao regime previsto no Título VIII (aplicação de medidas de resolução)IRC - ativos por impostos diferidos

Lei n.º 61/2014(1), de 26.8 - Aprova o regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidosLei de Defesa Nacional

Lei Orgânica n.º 5/2014, de 29.8 - Procede à primeira alteração à Lei de Defesa Nacional, aprovada pela Lei Orgânica n.º 1-B/2009, de 7 de julhoMadeira

Dec. Leg. Reg. n.º 11/2014/M, de 20.8 - Adap-ta à Região Autónoma da Madeira o DL n.º 167/2008, de 26 de agosto, que estabelece o regime jurídico aplicável à concessão de subvenções públicasMulheres, Paz e Segurança – Plano Nacional de Ação

Resol. Cons. de Min. n.º 50/2014, de 26.8 - Aprova o II Plano Nacional de Ação para a Imple-

mentação da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1325 (2000) sobre Mulheres, Paz e Segurança (2014-2018)Ordenamento do território

Lei n.º 67/2014, de 28.8 - Limites territoriais entre os concelhos de Sesimbra e do Seixal, no distrito de SetúbalPartidos políticos - financiamento

Lei n.º 62/2014, de 26.8 - Procede à inter-pretação autêntica do n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 55/2010, de 24 de dezembro, que reduz as subven-ções públicas e os limites máximos dos gastos nas campanhas eleitorais, na redação dada pela Lei n.º 1/2013, de 3 de janeiroPesca

DL n.º 116/2014, de 5.8 - Cria uma linha de crédito com juros bonificados dirigida às empresas do setor da pesca do continente

Port. n.º 170/2014, de 22.8 - Altera o anexo à Port. n.º 27/2001, de 15 de janeiro, que fixa os ta-manhos mínimos dos peixes, crustáceos e moluscos, de acordo com o previsto no artigo 48.º do Decreto Regulamentar n.º 43/87, de 17 de julho, na redação dada pelo Decreto Regulamentar n.º 7/2000, de 30 de maio

Port. n.º 170-A/2014, de 27.8 – (Supl.) - Segun-da alteração à Port. n.º 629/2009, de 8 de junho, que define os condicionalismos a que fica sujeita a pesca de bivalves com ganchorra na zona ocidental norte, e primeira alteração à Port. n.º 171/2011, de 27 de abril, que define os condicionalismos a que fica sujeita a pesca com ganchorra na zona sul

Decreto n.º 21/2014, de 8.8 - Aprova o Acordo Sobre as Condições de Exercício da Atividade das Frotas Portuguesa e Espanhola nas Águas de Ambos os Países entre Portugal e Espanha, assinado, em Bruxelas, em 24.3.2014Privatização dos CTT - Correios de Portugal

DL n.º 124/2014, de 18.8 - Permite que a privatização da participação remanescente da PARPÚBLICA-Participações Públicas, SGPS, S.A., no capital social da CTT - Correios de Portugal, S.A., possa também concretizar-se através de uma ou mais operações de venda direta institucional com vista à dispersão das ações por investidores qualificados, nacionais ou internacionaisQualificações profissionais - Nadador-salvador

Lei n.º 68/2014, de 29.8 - Aprova o regime jurí-dico aplicável ao nadador-salvador em todo o territó-

Page 35: Análise à Lei nº 61/2014, de 26 de agosto Regime …...ativos por impostos diferidos reconhecidos aumentou signifi cativamente. Por outro lado, com a entrada em vigor do Regula-mento

Boletim do Contribuinte 595SETEMBRO 2014 - Nº 17

1 - Transcrito neste número.

rio nacional, em conformidade com o DL n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpôs a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa aos serviços no mercado interno, com a Lei n.º 9/2009, de 4 de março, que transpôs a Diretiva n.º 2005/36/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de setembro, relativa ao reco-nhecimento das qualificações profissionais, e com o DL n.º 92/2011, de 27 de julho, que cria o Sistema de Regulação de Acesso a Profissões, e revoga o DL n.º 118/2008, de 10 de julhoSaúde

Lei n.º 52/2014, de 25.8 - Estabelece normas de acesso a cuidados de saúde transfronteiriços e pro-move a cooperação em matéria de cuidados de saúde transfronteiriços, transpondo a Diretiva n.º 2011/24/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011, e a Diretiva de Execução n.º 2012/52/UE da Comissão, de 20 de dezembro de 2012

DL n.º 117/2014, de 5.8 - Procede à quarta alteração ao DL n.º 113/2011, de 29 de novembro, que regula o acesso às prestações do Serviço Nacio-nal de Saúde por parte dos utentes, no que respeita ao regime de taxas moderadoras e à aplicação dos regimes especiais de benefícios

DL n.º 118/2014, de 5.8 - Estabelece os princí-pios e o enquadramento da atividade do enfermeiro de família no âmbito das unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde primários, nomea-damente nas Unidades de Saúde Familiar e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados

DL n.º 126/2014, de 22.8 - Procede à adaptação da Entidade Reguladora da Saúde, ao regime estabe-lecido na lei-quadro das entidades reguladoras, apro-vada em anexo à Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto

DL n.º 127/2014, de 22.8 - Estabelece o regime jurídico a que ficam sujeitos a abertura, a modificação e o funcionamento dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde

DL n.º 126/2014, de 22.8 - Procede à adap-tação da Entidade Reguladora da Saúde, ao regime estabelecido na lei-quadro das entidades reguladoras, aprovada em anexo à Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto

DL n.º 131/2014, de 29.8 - Regulamenta a Lei n.º 12/2005, de 26 de janeiro, no que se refere à proteção e confidencialidade da informação genética, às bases de dados genéticos humanos com fins de prestação de cuidados de saúde e investigação em saúde, às condições de oferta e realização de testes genéticos e aos termos em que é assegurada a con-sulta de genética médica

Port. n.º 157/2014, de 19.8 - Primeira alteração à Port. n.º 247/2000, de 8 de maio que aprova o regulamento arquivístico para os hospitais e demais serviços do Ministério da Saúde, no que se refere à avaliação, seleção, transferência, incorporação em arquivo definitivo, substituição do suporte e elimina-ção da documentação

Port. n.º 165/2014, de 21.8 - Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcio-namento, recursos humanos e instalações técnicas dos laboratórios de anatomia patológica

Port. n.º 166/2014, de 21.8 - Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcio-namento, recursos humanos e instalações técnicas dos laboratórios de patologia clínica/análises clínicas e, bem assim dos respetivos postos de colheitas

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - AGOSTO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª E 2ª QUINZENAS (De 1 a 31 de agosto de 2014)

Port. n.º 167/2014, de 21.8 - Estabelece os requisitos mínimos relativos ao licenciamento, instala-ção, organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas das unidades privadas que pros-sigam atividades laboratoriais de genética médica e, bem assim dos respetivos postos de colheitas

Port. n.º 167-A/2014, de 21.8 – (Supl.) - Pri-meira alteração à Port. n.º 268/2010, de 12 de maio, que estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da atividade das clínicas e dos consultórios dentários

Port. n.º 153/2014, de 4.8 - Aprova o Regula-mento do Fundo para a Investigação em SaúdeSaúde e medicamentos

Lei n.º 51/2014, de 25.8 - Procede à quinta alteração ao DL n.º 189/2000, de 12 de agosto, à segunda alteração ao DL n.º 134/2005, de 16 de agosto, à nona alteração ao DL n.º 176/2006, de 30 de agosto, à sexta alteração ao DL n.º 307/2007, de 31 de agosto, à quinta alteração ao DL n.º 189/2008, de 24 de setembro, à segunda alteração ao DL n.º 145/2009, de 17 de junho, e à quinta alteração ao regime geral das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos, aprovado em anexo ao DL n.º 48-A/2010, de 13 de maioSegredo de Estado

Lei Orgânica n.º 2/2014, de 6.8 - Aprova o Regime do Segredo de Estado, procede à vigésima primeira alteração ao Código de Processo Penal e à trigésima primeira alteração ao Código Penal e revoga a Lei n.º 6/94, de 7 de Abril

Lei Orgânica n.º 3/2014, de 6.8 - Cria a Enti-dade Fiscalizadora do Segredo de EstadoSegurança Rodoviária

Lei n.º 49/2014, de 11.8 - Estabelece o regime de acesso e de exercício da profissão de auditor de se-gurança rodoviária, de emissão dos respetivos títulos profissionais e de acesso e exercício da atividade de formação profissional dos auditores, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, e do DL n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpuseram as Diretivas n.os 2005/36/CE, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais, e 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativa aos serviços no mercado interno

DL n.º 122/2014, de 11.8 - Estabelece o regime jurídico aplicável à realização das auditorias de segurança rodoviária, no que respeita às regras de exercício da atividade, ao respetivo quadro fisca-lizador e sancionatório e às atribuições da entidade certificadora, conforme previsto no DL n.º 138/2010, de 28 de dezembro, que transpôs a Diretiva n.º 2008/96/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro, relativa à gestão da segurança da infraestrutura rodoviária

DL n.º 123/2014, de 11.8 - Estabelece o regime jurídico aplicável à realização das inspeções de segu-rança nas rodovias em operação, nomeadamente no que respeita às regras de exercício da atividade, ao respetivo quadro fiscalizador e sancionatório e às atribuições da entidade certificadoraSistema de Informações da República

Lei Orgânica n.º 4/2014, de 13.8 - Quinta alteração à Lei n.º 30/84, de 5 de setembro, que

aprova a Lei Quadro do Sistema de Informações da República Portuguesa

Lei n.º 50/2014, de 13.8 - Primeira alteração à Lei n.º 9/2007, de 19.2, que estabelece a orgânica do Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do Serviço de Infor-mações de Segurança (SIS) e revoga os Decretos-Leis nºs 225/85, de 4 .7 e 254/95, de 30.9Terrorismo

Dec. do Pres. da Rep. n.º 64/2014, de 28.8 - Ratifica a Convenção Internacional para a Eliminação dos Atos de Terrorismo Nuclear (Convenção), adotada em Nova Iorque, em 13 de abril de 2005

Res. Assemb. Rep. n.º 77/2014, de 28.8 - Aprova a Convenção Internacional para a Eliminação dos Atos de Terrorismo Nuclear, adotada em Nova Iorque, em 13 de abril de 2005Trabalho e Segurança Social

Decl. de Retificação n.º 37-A/2014, de 19.8 – (Supl.) - Decl. de Retificação à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, sobre “Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas”

Lei n.º 55/2014, de 25.8 - Procede à sétima alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro

Lei n.º 65/2014, de 28.8 - Estabelece o regime de acesso e de exercício da profissão de podologista, com ou sem fins lucrativos, bem como da emissão do respetivo título profissionalTribunais

Port. n.º 161/2014, de 21.8 - Aprova os mapas de pessoal das secretarias dos tribunais judiciais de primeira instância e fixa as regras de transição e de afetação dos oficiais de justiça e demais trabalhadores

Port. n.º 162/2014, de 21.8 - Homologa a cria-ção dos departamentos de investigação e ação penal de Porto Este, de Santarém e de Viana do Castelo

Port. n.º 163/2014, de 21.8 - Homologa o regulamento, aprovado pelo Centro de Estudos Judiciários, do primeiro curso de formação específico para o exercício de funções de presidente do tribunal, de magistrado do Ministério Público coordenador e de administrador judiciário

Port. n.º 164/2014, de 21.8 - Estabelece os critérios objetivos para a distribuição do pessoal oficial de justiça e demais trabalhadores, também aplicáveis aos casos de recolocação transitória de oficiais de justiçaVinhos

Port. n.º 155/2014, de 7.8 - Define o regime de produção e comércio dos vinhos com indicação geográfica (IG) «Terras do Dão» mantém o reconheci-mento da IG «Terras do Dão» e da sub-região «Terras de Lafões» como indicação complementar e revoga a Port. nº 593/2010, de 29 de julho

Port. n.º 159/2014, de 19.8 - Procede à primei-ra alteração à Port. n.º 379/2012, de 2 de novembro que define o regime para a produção e comércio de vinhos e demais produtos vitivinícolas da indicação ge-ográfica (IG) «Minho», aditando ao seu anexo II novas castas e adotando os sinónimos de algumas ainda não previstos no referido anexo, em conformidade com a nomenclatura constante da Port. n.º 380/2012, de 22 de novembro

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SETEMBRO 2014 - Nº 17

Boletim do Contribuinte596

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - AGOSTO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª E 2ª QUINZENAS (De 1 a 31 de agosto de 2014)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

Acordo de Cooperação Portugal-MarrocosAviso n.º 72/2014, de 13.8 - Torna público

que foram recebidas notas em que se comunica terem sido concluídos os requisitos constitucionais necessários para manifestação do seu consentimento de estarem vinculados ao Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação entre a República Portu-guesa e o Reino de Marrocos, assinado em Rabat, a 30 de maio de 1994Açores

Dec. Leg. Reg. n.º 14/2014/A, de 1.8 - Revoga o artigo 43.º do Dec. Leg. Reg. n.º 2/2014/A, de 29 de janeiro, que aprovou o Orçamento da Região Autónoma dos Açores para o ano de 2014

Dec. Leg. Reg. n.º 15/2014/A, de 20.8 - Es-tabelece o Sistema de Fiscalização e Controlo do Abastecimento de Gasóleo à Agricultura e à Pesca da Região Autónoma dos AçoresAdministrador judiciário

Port. n.º 163/2014, de 21.8 - Homologa o regulamento, aprovado pelo Centro de Estudos Judiciários, do primeiro curso de formação específico para o exercício de funções de presidente do tribunal, de magistrado do Ministério Público coordenador e de administrador judiciárioAgricultura

DL n.º 115/2014, de 5.8 - Transpõe a Diretiva de Execução n.º 2014/19/UE, da Comissão, de 6 de fevereiro de 2014, que altera o anexo I da Diretiva n.º 2000/29/CE, do Conselho de 8 de maio, relativa às medidas de proteção contra a introdução no espaço europeu de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais e contra a sua propagação no inte-rior da União Europeia, procedendo à oitava alteração ao DL n.º 154/2005, de 6 de setembro

DL n.º 120/2014, de 6.8 - Procede à 11.ª alteração ao DL n.º 154/2004, de 30 de junho, que estabelece o regime geral do Catálogo Nacional de Variedades de Espécies Agrícolas e de Espécies Hortí-colas, transpondo a Diretiva de Execução n.º 2013/57/UE, da Comissão, de 20 de novembro de 2013Água

Port. n.º 152/2014, de 4.8 - Primeira alteração à Port. n.º 217/2013, de 3 de julho, que aprova a delimitação dos perímetros de proteção de captações localizadas no concelho de Sintra

Port. n.º 154/2014, de 5.8 - Aprova a delimita-ção dos perímetros de proteção de várias captações de águas subterrâneas localizadas no concelho do Barreiro e revoga a Port. n.º 963/2010, de 23 de setembroAlojamento local

DL n.º 128/2014, de 29.8 - Aprova o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento localAmbiente e ordenamento do território

Port. n.º 158/2014, de 19.8 - Aprova a delimi-tação da Reserva Ecológica Nacional do município de Oliveira do HospitalArmas - Tratado de Comércio de Armas

Dec. do Pres. da Rep. n.º 61/2014, de 18.8 - Ratifica o Tratado de Comércio de Armas, adotado em Nova Iorque, a 2 de abril de 2013Autarquias - Fundo de Apoio Municipal

Lei n.º 53/2014, de 25.8 - Aprova o regime jurídico da recuperação financeira municipal regula-mentando o Fundo de Apoio Municipal, e procede à primeira alteração à Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto,

que aprova o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locaisAutoridade da concorrência

DL n.º 125/2014, de 18.8 - Aprova os estatutos da Autoridade da Concorrência, adaptando-os ao regime estabelecido na lei-quadro das entidades reguladoras, aprovada pela Lei n.º 67/2013, de 28.8Autoridade marítima – Portos e concessões balneares

DL n.º 121/2014, de 7.8 - Procede à segunda alteração o DL n.º 44/2002, de 2 de março, e ao DL n.º 135/2009, de 3 de junho, com o objetivo de clarificar e regulamentar, respetivamente, as competências do capitão de porto, e os termos em que é admissível o funcionamento das concessões balneares e respetivos serviços complementares e ou acessórios, fora da época balnearBanca - Instituições de crédito e sociedades financeiras

DL n.º 114-A/2014, de 1.8 – (Supl.) - Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Socie-dades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31.12, procedendo a alterações ao regime previsto no Título VIII relativo à aplicação de medidas de reso-lução, e transpondo parcialmente a Dir. n.º 2014/59/UE, do PE e do Conselho, de 15.5, que estabelece um enquadramento para a recuperação e a resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento

DL n.º 114-B/2014, de 4.8 – (Supl.) - Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Socie-dades Financeiras, aprovado pelo DL n.º 298/92, de 31.21, procedendo a alterações ao regime previsto no Título VIII relativo à aplicação de medidas de resoluçãoCódigo do Trabalho

Lei n.º 55/2014, de 25.8 - Procede à sétima alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiroCódigo Penal

Lei Orgânica n.º 2/2014, de 6.8 - Aprova o Regime do Segredo de Estado, procede à vigésima primeira alteração ao Código de Processo Penal e à trigésima primeira alteração ao Código Penal e revoga a Lei n.º 6/94, de 7 de Abril

Lei n.º 59/2014, de 26.8 - Procede à trigésima segunda alteração ao Código Penal, qualificando os crimes de homicídio e de ofensas à integridade física cometidos contra solicitadores, agentes de execução e administradores judiciais

Lei n.º 69/2014, de 29.8 - Procede à trigésima terceira alteração ao Código Penal, criminalizando os maus tratos a animais de companhia, e à segunda alteração à Lei n.º 92/95, de 12.9, sobre proteção aos animais, alargando os direitos das associações zoófilasContabilidade - IRC

Lei n.º 61/2014(1), de 26.8 - Aprova o regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos

Contrato fiscal de investimentoResol. Cons. de Min. n.º 48/2014, de 20.8 -

Aprova a minuta do contrato fiscal de investimento, e respetivos anexos, a celebrar entre o Estado Português, a Papeles y Cartones de Europa, S. A., a Europa&c Portugal, SGPS, S. A., e a Europa&c Kraft Viana, S. A.Crédito à habitação

Lei n.º 58/2014, de 25.8 - Primeira alteração à Lei n.º 58/2012, de 9.11, que cria um regime ex-traordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação económica muito difícil

Lei n.º 63/2014, de 26.8 - Estabelece as condições aplicáveis aos empréstimos destinados à aquisição ou construção de habitação própria de deficientes das forças armadas e procede à primeira alteração ao DL n.º 230/80, de 16 de julho

Lei n.º 64/2014, de 26.8 - Aprova o regime de concessão de crédito bonificado à habitação a pes-soa com deficiência e revoga os Decretos-Leis n.os 541/80, de 10 de novembro, e 98/86, de 17 de maioDireito de Autor e dos Direitos Conexos

Resol. Cons. de Min. n.º 52-A/2014, de 29.8 - (Supl.) - Aprova o Plano Estratégico de Combate à Violação do Direito de Autor e dos Direitos ConexosEnfermeiro de família

DL n.º 118/2014, de 5.8 - Estabelece os princí-pios e o enquadramento da atividade do enfermeiro de família no âmbito das unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde primários, nomea-damente nas Unidades de Saúde Familiar e Unidades de Cuidados de Saúde PersonalizadosEnsino

Port. n.º 154-A/2014, de 6.8 – (Supl.) - Fixa o número de vagas a preencher pelo concurso ex-terno extraordinário destinado aos professores do ensino artístico especializado das artes visuais e dos audiovisuais dos estabelecimentos públicos de ensino artístico António Arroio e Soares dos Reis

Port. n.º 154-B/2014, de 6.8 – (Supl.) - Fixa o número de vagas a preencher pelo concurso exter-no extraordinário do ensino artístico especializado da música e da dança para os estabelecimentos de ensino públicos

Dec. Leg. Reg. n.º 9/2014/M, de 14.8 - Adapta à RA da Madeira o DL n.º 176/2012, de 2.8 que regula o regime de matrícula e de frequência no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos e estabelece medidas que devem ser adotadas no âmbito dos percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o abandono escolaresEntidade Reguladora da Saúde

DL n.º 126/2014, de 22.8 - Procede à adap-tação da Entidade Reguladora da Saúde, ao regime estabelecido na lei-quadro das entidades reguladoras, aprovada em anexo à Lei n.º 67/2013, de 28 de agostoEquipamentos elétricos e eletrónicos

DL n.º 119/2014, de 6.8 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 79/2013, de 11 de junho, que

(Continua na pág. 594)

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No contexto atual, a pressão sobre a tesouraria das empresas é bastante mais elevada, em virtude da restrição do crédito bancário às

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