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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DOS MOTIVOS DE CHURN DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL NO MERCADO DE CORPORATIVO NO SEGMENTO GRANDES CONTAS EM TELEFONIA MÓVEL DANIEL HASCHELEVICI ORIENTADORA: MARIA AUGUSTA SOARES MACHADO Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2005.

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO

ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DOS MOTIVOS DE CHURN DO CONSUMIDOR

ORGANIZACIONAL NO MERCADO DE CORPORATIVO NO SEGMENTO GRANDES

CONTAS EM TELEFONIA MÓVEL

DANIEL HASCHELEVICI

ORIENTADORA: MARIA AUGUSTA SOARES MACHADO

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2005.

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ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DOS MOTIVOS DE CHURN DO CONSU MIDOR ORGANIZACIONAL NO MERCADO CORPORATIVO NO SEGMENTO G RANDES

CONTAS EM TELEFONIA MÓVEL

DANIEL HASCHELEVICI

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Administração Geral

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________

PROFª MARIA AUGUSTA SOARES MACHADO (Orientadora) Instituição: Ibmec _____________________________________________________

PROF. JORGE ALBERTO GARCIA GOMEZ Instituição: Ibmec _____________________________________________________

PROF. HELDER COSTA Instituição: UFF

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2005.

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1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 3

2. PROBLEMA ..........................................................................................................

2.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...............................................................

2.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA.................................................

2.3 COMPLEXIDADE DO PROCESSO DE COMPRA.....................................

2.4 MODELO DE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

ORGANIZACIONAL................................................................................................

2.5 DEFINIÇÃO DE UM CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL....................

2.6 CLASSIFICANDO UM CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL................

2.7 CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO CORPORATIVO ..........................

2.8 CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL.............

2.9 MATRIZ DE CRITICIDADE DO SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL

POR SETORES DA ECONOMIA..............................................................................

8

8

8

12

13

13

16

18

19

20

3. OBJETIVO ............................................................................................................. 21

4. RELEVÂNCIA ....................................................................................................... 21

5. LIMITAÇÕES. 22

6. REVISÃO DE LITERATURA. 22

7. METODOLOGIA. 23

8. PESQUISA

EXPLORATÓRIA.................................................................................................

41

9 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 55

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Resumo

Este estudo visa entender e mapear o que motiva um cliente pessoa jurídica - do segmento

grandes contas do mercado corporativo - a trocar a sua operadora de telefonia móvel.

A forma de realização foi por intermédio de pesquisa de caráter exploratório, com o objetivo de

obter um maior conhecimento sobre o problema a ser estudado: os motivos que levam os

grandes clientes a trocar a operadora de telefonia móvel. O objetivo da dissertação é o de

entender os mecanismos que levam um cliente pessoa jurídica - do segmento grandes contas do

mercado corporativo de uma empresa de telefonia celular - a abandonar a atual operadora, que

poderá, portanto, fornecer subsídios para possíveis programas de fidelização e/ou retenção de

clientes. Foi realizada uma revisão da bibliografia, no tocante ao assunto em questão, e há um

levantamento das informações existentes no segmento estudado, de forma a oferecer um modelo

que permita às operadoras de telefonia móvel antever o CHURN de clientes-chave e rever, a

partir daí - estratégias comerciais para o segmento.

Palavras –chave: Telefonia Móvel, Consumidor Organizacional, Mercado Corporativo,

Fidelização, Churn .

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1. INTRODUÇÃO

“Cem passageiros decolaram em um vôo fretado de Nova Iorque para o Club Med de

Cancún. O vôo atrasou dez horas. A aterrissagem em Cancún, às duas horas da

madrugada, foi tão turbulenta, que máscaras de oxigênio caíram em cima dos assentos

e a bagagem despencou na cabeça dos passageiros. Um advogado entre eles até colhia

nomes para uma possível ação coletiva – até que ele e os outros se depararam com um

show preparado no terminal por Bertoli, na época o Chef de Village do Club Med.

Quando soube do atraso, decidiu preparar uma festa de boas vindas. Levou metade dos

funcionários ao aeroporto, onde cumprimentaram cada passageiro, levaram suas

bagagens e mostraram-se extremamente atenciosos. Pediram desculpas pela

inconveniência. Chegando ao hotel, um banquete os esperava. Outros hóspedes

também participaram da festa, que se estendeu até o nascer do sol. Mais do que

esquecer e perdoar aquele vôo aterrorizante, os hóspedes divertiram-se como nunca em

suas vidas! (dos Santos, 2000, pág 1)”.

A transformação contínua da economia mundial e suas profundas modificações impõem às

empresas um verdadeiro desafio de sobrevivência.

Hoje, indústrias de serviços e indústrias de fabricação estão cada vez mais interligadas.

Dialogam sobre gestão de serviços ou dos elementos do serviço no negócio, independentemente

da organização pertencer ao setor econômico de serviços ou ao setor econômico de manufatura

industrial.

Os componentes dos produtos se tornam cada vez mais similares entre os concorrentes

devido à oferta de tecnologia cada vez mais acessível. Isso provoca mudanças na postura de

empresas para enfrentar uma concorrência avassaladora de preços, por exemplo, e obriga as

corporações a buscar e encontrar formas de otimização de recursos para agregar valor aos

clientes.

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O acréscimo de serviços ou o aperfeiçoamento dos serviços existentes que visem a

excelência na oferta promovem uma relação de fidelidade dos clientes e pode, assim, constituir-

se em estratégia poderosa de diferenciação em relação à concorrência agressiva.

Os fatores que têm contribuído para uma constante adaptação das empresas são o meio, a

forma e a velocidade com que o conhecimento e as informações circulam dentro das empresas.

Isso para que a gestão do conhecimento seja a mais produtiva e eficaz possível.

Nesse cenário é que surgem as operadoras de telecomunicações, que fornecem as empresas -

consumidores organizacionais - transmissão de voz local e longa distância, transmissão de dados

e telefonia móvel. Nesta dissertação objetivaremos o estudo no mercado de grandes empresas de

consumidores organizacionais de telefonia móvel.

Nos últimos dez anos, o setor de telefonia celular no Brasil teve um estrondoso crescimento.

O crescimento em 2004 será o maior dos últimos 4 anos (veja o gráfico a seguir) e o Brasil

passará a ser o 5º maior mercado de celulares do mundo. A privatização, aliada à competição,

fez com que o número de usuários (assinantes) deste sistema ultrapassasse o número de

assinantes da telefonia fixa.

Crescimento Setor Telefonia Móvel 1994 a 2004

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

Milh

ares

Nº linhas

Nº linhas 755 1.416 2.744 4.550 7.368 15.033 23.188 28.746 34.881 46.373 64.000

Cresc % 88% 94% 66% 62% 104% 54% 24% 21% 33% 38%

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 20032004

(prev.)

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Com o advento da privatização, várias empresas nacionais e estrangeiras ingressaram nesse

setor. Isso resultou em grandes investimentos em infra-estrutura, sistemas e na construção de

canais de venda. O modelo adotado pelo Ministério das Comunicações, quando da privatização,

implicou na divisão do país em dez áreas de concessão com duas operadoras em cada área.

Mas ao longo dos últimos cinco anos, fusões e aquisições modificaram esse quadro, que

culminou em quatro grandes operadoras, Claro, Oi, Tim e Vivo. O acirramento da competição se

traduziu em uma guerra de preços, principalmente no momento da venda dos aparelhos, pois as

operadoras subsidiam o aparelho ao cliente, ou seja, elas vendem ao consumidor final por um

preço menor do que compram dos fabricantes. A guerra de preços também se estende às tarifas –

valor pago pelos minutos de conversação. A estratégia de preço baixo é, portanto, a utilizada por

todos que atuam nesse segmento.

Histórico do setor e formação dos principais grupos estratégicos

A reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro começou com a privatização do

Sistema Telebrás, monopólio estatal verticalmente integrado e organizado em diversas

subsidiárias, que fornecia serviços por meio de uma rede de telecomunicações interligada em

todo o território nacional. A idéia básica do modelo escolhido para privatização era a de adequar

o setor de telecomunicações ao novo contexto de globalização econômica, de evolução

tecnológica setorial, das novas exigências de diversificação e da modernização das redes e dos

serviços.

Dois aspectos devem ser realçados no processo de privatização: o primeiro é o fato de que a

privatização, ao contrário do que acontecera em diversos países em desenvolvimento e mesmo

em outros setores de infra-estrutura do Brasil, foi precedida da montagem de um detalhado

modelo institucional, dentro do qual se destacou a criação de uma agência reguladora

independente e com autonomia, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); o segundo é

o fato da reestruturação do setor de telecomunicações ter sido precedida por reformas setoriais

em diversos países, o que trouxe a vantajosa possibilidade de aprendizado com as experiências

anteriores.

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A banda é uma faixa de freqüência ou região do espectro de freqüências que uma operadora

pode utilizar para prestar serviços. A banda A era composta das empresas estatais de telefonia

celular (ou seja, as já existentes). Já a banda B foi licitada em julho de 1998, e, portanto, as

empresas compradoras tiveram que iniciar as operações do “zero”.

Em linhas gerais, a licitação das concessões para a Banda B da telefonia celular, posteriormente

a privatização das empresas do sistema Telebrás que faziam parte da Banda A, atraíram a

entrada de operadores internacionais de diversos países, aliados aos fundos de pensão e bancos.

Para a Banda B, o país foi dividido em dez áreas de atuação que quase correspondiam às áreas

da Banda A. Nota-se pela Figura 3, mostrada abaixo, que ocorreu uma grande pulverização de

competidores, sem que houvesse nenhum predomínio a ser destacado. A seguir são mostradas as

áreas de atuação por banda e as empresas acionistas que as adquiriram durante o leilão de venda

que aconteceu em julho de 1998.

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Fonte: Pires, 1999.

Figura 3 – Privatização da Telefonia Celular: grupos e áreas de atuação.

As empresas vencedoras das concessões de Banda B começaram a operar no início de 1999 e o

grande fator de sucesso de vendas foi o plano de preços pré-pago. A tecnologia escolhida foi a

TDMA, cujo principal atrativo era o custo mais baixo de implantação quando comparado à

tecnologia predominante na Banda A, denominada CDMA. Algumas empresas da Banda B

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chegaram a dominar 40% do mercado no ano de 2000, o que fez com que as empresas da Banda

A reagissem às promoções.

Nos dois primeiros anos após a privatização, o foco das empresas foi estabelecer a rede de

acesso, implementar sistemas para faturamento e atendimento, além de promover o aumento dos

canais de comercialização por intermédio de lojas próprias e parcerias com as grandes redes de

varejo.

Pela regulamentação da Lei Geral de Telecomunicações, era proibido a uma mesma pessoa

jurídica deter nos primeiros cinco anos da concessão, na mesma subfaixa de freqüência (bandas

A ou B), uma concessão na área nobre (áreas um a quatro na Banda A e áreas um a seis na

Banda B) e outra na área não-nobre (restante), como ilustra a figura 5. Foi permitido, no entanto,

que uma mesma empresa obtivesse duas concessões, em subfaixas diferentes, numa mesma área

nobre, desde que não houvesse superposição geográfica entre essas áreas.

No início de 2001, a Anatel realizou os leilões de concessão de telefonia celular para as Bandas

C, D e E. Para essas bandas, o país foi dividido em 3 grandes áreas que coincidiam com as áreas

de concessão da telefonia fixa. As áreas 2 e 3 da Banda D e área 1 da Banda E, foram vendidas

para a Telecom Itália, já a área 2 da Banda D foi arrematada pela Telemar, e as áreas 2 e 3 da

Banda E não tiveram lances ofertados no dia do leilão, o mesmo ocorrendo com a Banda C. A

Figura 4 mostra como ficaram divididas as reuniões.

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Figura 4 – resultados dos leilões das Bandas D e E

Ao longo de 2001, algumas alterações na composição dos acionistas de cada empresa

começaram a ocorrer, principalmente com a saída de alguns investidores nacionais. O

lançamento das operações dos novos “entrantes” – Telemar (cuja empresa foi denominada Oi) e

da Telecom Itália (ou simplesmente TIM) ocorreu ao longo de 2002 e marcou a entrada da

tecnologia GSM no país.

Essa tecnologia, já presente em mais de 200 países e com mais de um bilhão de assinantes

(GSMworld; 2004), permitiu a venda de aparelhos mais baratos, devido ao ganho de escala dos

fabricantes e também porque desassociou as características pessoais do assinante (número da

linha, agenda de telefones) do aparelho, a partir da introdução do SIM Card. Ao mesmo tempo, a

introdução do SIM Card representou uma dificuldade maior para o manuseio e estocagem desse

item, pois a comercialização da maioria dos aparelhos se dá por meio de kits, onde o SIM Card

pode estar na mesma embalagem do aparelho, ou até mesmo, já estar no handset.

A entrada da TIM em novas áreas consolidou a empresa como um dos principais competidores,

pois, com a compra de licenças, conseguiu cobrir todo o território nacional. O ano de 2002

também se caracterizou pela entrada de um outro competidor – a América Móvil, que comprou

as operações na ATL (RJ/ES), Tess (interior de SP), Claro Digital (RS) e Americel (Centro-

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Oeste e parte do Norte). A América Móvil é o braço da telefonia celular da Telmex, maior

empresa mexicana de telecomunicações, e detentora de mais de 70% do mercado de telefonia

fixa no México. No fim de 2002, a Telefônica e a Portugal Telecom resolveram juntar suas

forças no Brasil, criando uma nova empresa denominada Vivo. A Vivo, oriunda das empresas da

Banda A no Rio de Janeiro (Telefônica Celular) e em São Paulo (Telesp Celular), se tornou a

maior empresa em número de assinantes do país com a compra, no ano seguinte, das operações

da Global Telecom (PR/SC) e da Tele Centro-Oeste (Centro-Oeste e parte do norte).

Ainda no fim de 2002, a América Móvil, cuja operação viria se chamar Claro, comprou parte

das “sobras” do leilão das bandas D e E, conseguindo licenças para atuar no Paraná, Santa

Catarina, São Paulo (capital), Bahia e Sergipe. Nesse mesmo leilão, a Brasil Telecom, empresa

de telefonia fixa do Sul e Centro-Oeste do Brasil, adquiriu licenças para operação em sua

própria área, em uma estratégia semelhante à realizada pela Telemar (com a Oi).

Em 2003, com a compra das operações da BCP e BSE, a Claro se tornou a segunda maior

empresa de telefonia celular, atrás da Vivo, e foi obrigada a devolver parte das licenças

adquiridas no ano anterior. Esse grande movimento de aquisições em 2003 deveu-se ao fim do

prazo de cinco anos estabelecido pela Lei Geral de Telecomunicações, conforme mencionado

anteriormente.

As únicas empresas que não pertencem a um grande grupo - seja um operador internacional

ou uma empresa de telefonia fixa (como a Oi) - são a Telemig Celular e a Amazônia Celular,

cujos acionistas são os mesmos (Opportunity). Essas são as próximas candidatas a uma

aquisição, principalmente por parte da Vivo e da Claro, que não atuam nas áreas dessas

empresas. No segundo semestre de 2004 foi lançada a operação de telefonia celular da Brasil

Telecom (telefonia fixa) com o nome de Brasil Telecom Celular. O mapa, a seguir, apresentado

na Figura 5, mostra o panorama atual da telefonia celular no Brasil e as respectivas tecnologias

utilizadas.

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Fonte: Anatel, 2004.

Figura 5 – Operadoras de telefonia celular: Situação atual

Modelo de Porter Aplicado

Fornecedores: há dois tipos de fornecedores principais: fornecedores de aparelhos e

fornecedores de plataformas e servidores. O embate com os fornecedores de aparelhos é

relativamente equilibrado – as grandes empresas (Siemens, Nokia, Motorola, Samsung)

dominam o mercado, mas outras, menores, estão chegando (ZTE, Kyocera, Venko).

Fornecedores de plataformas e servidores: esse mercado é marcado por um oligopólio e o

processo decisório tende a ser mais técnico do que comercial. Também há um equilíbrio de

forças entre esses fornecedores e as principais operadoras.

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Novos entrantes: as barreiras de entrada nesse setor são altíssimas. O investimento de uma

operação de telefonia móvel com cobertura competitiva tende a inviabilizar novos entrantes. O

mercado demonstra-se consolidado.

Substitutos: os substitutos são serviços de mensagem instantânea (pela Internet),

radiocomunicação (Nextel), telefonia via Internet (Skype) e a evolução tecnológica do próprio

serviço, como a tecnologia 3G que permite transmissão de streaming de vídeo, o que possibilita

assistir a programas de televisão no celular. Os substitutos ainda não ameaçam o crescimento do

setor, mesmo porque os segmentos que têm acesso a esses serviços não prescindirão ao uso do

telefone móvel –celular -, apenas podem diminuir a utilização.

Clientes: o comportamento dos clientes está diretamente ligado à oferta e promoções de

aparelhos. Essa realidade provoca o acirramento da competição nesse mercado (estratégia de

preço mais baixo via subsídios nos aparelhos). Os clientes tendem a não comparar tarifas

(serviços). O cliente de telefonia móvel é extremamente infiel e a não portabilidade do número é

um fator determinante para manter a base de clientes.

As operadoras de telefonia móvel atravessam um grande desafio em virtude da baixa

rentabilidade do maior usuário desse setor que é o cliente pré-pago. Assim, as operadoras

tendem a desenvolver programas de fidelidade para os heavy users e partir em busca dos clientes

corporativos, formados – na integralidade - por um perfil pós-pago.

Rivalidade Interna: a rivalidade já está em um nível bem agressivo, onde as operadoras

aumentam cada vez mais os subsídios de aparelhos e entram na guerra de tarifas. A briga está

focada agora pelos usuários das classes D e E, pois nas outras, onde há um bom nível de renda, o

mercado já está bem ocupado. O problema é que as classes D e E tendem a contratar serviços

pré-pagos que geram uma baixa remuneração aos investimentos.

Possivelmente a rivalidade interna vai aumentar a oferta de serviços de valor agregado

(VAS), nas regiões do interior onde a cobertura ainda não é adequada e ainda na convergência

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de serviços de telefonia fixa, móvel, transmissão de dados e conteúdo de áudio e vídeo. A

possibilidade de novos entrantes é muito pequena.

Os “atores” críticos nesta análise são: a convergência de serviços de telecomunicações, a

conquista de espaço nas gôndolas das redes de varejo e o investimento em lojas próprias para

fugir da briga com as redes de varejo.

Concorrentes e Parcela de Mercado

Análise dos concorrentes

Para a análise dos concorrentes no setor de telefonia móvel, vamos analisar os pontos fortes

e as estratégias adotadas por cada um.

Vivo: a empresa é a única que utiliza a tecnologia CDMA. Seu ponto forte é a força (recursos)

de seus acionistas (Telefonia e Portugal Telecom) e uma base de pós-pago maior que seus

concorrentes, graças à herança de boa parte dos clientes das antigas empresas estatais nos

principais mercados (São Paulo e Rio de Janeiro). A marca Vivo foi lançada no início de 2003 e

a empresa tem procurado posicionar-se como uma empresa “jovem”, seguindo de perto o

conceito estabelecido pela Oi em 2002. A Vivo tem respondido à guerra de preços estabelecida

por seus concorrentes, mas está perdendo mercado gradativamente, conforme veremos a seguir.

Claro: a marca Claro foi lançada no final de 2003 para abranger todas as empresas do grupo

mexicano América Móvil (Telmex). A empresa adotou o GSM nesse mesmo ano e desde então

tem migrado uma parcela de clientes da tecnologia TDMA para a tecnologia GSM, e ao mesmo

tempo vem enfrentando problemas no seu sistema de tarifas e emissão de contas. O ponto forte

da Claro é a força (recursos) do acionista e principalmente uma futura convergência com a

Embratel – pertencente ao mesmo acionista. A possibilidade da oferta de pacotes integrados de

telefonia celular com telefonia local e de longa distância abre boas perspectivas para a empresa,

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principalmente no mercado corporativo. Os problemas enfrentados pela Claro foram decisivos

na perda de share ao longo de 2004, mesmo com a estratégia de preço adotada pela empresa.

TIM: a empresa está presente desde a privatização e em 2003 também realizou a migração da

tecnologia TDMA para GSM. Os seus pontos fortes são a sua cobertura – é a única empresa com

cobertura nacional e a força de seu acionista (Telecom Itália Móbile). A TIM vem se

aproximando da Claro e pela tendência, deve ocupar a segunda posição de mercado no início de

2005. Apesar de também recorrer à estratégia de preços (subsídios nos aparelhos), a empresa

mostra-se menos agressiva que a Claro e a Vivo nas promoções.

Oi: a empresa é a mais nova no mercado – iniciou suas operações em junho de 2002 e desde o

início adotou a tecnologia GSM. Seu posicionamento foi considerado inovador por ter

introduzido uma linguagem “jovem” de comunicação e por ofertas diferentes das demais. Essas

ofertas são baseadas na convergência com a Telemar (sua acionista), o que representa seu ponto

forte. Apesar de atuar em 16 estados brasileiros, a Oi conquistou quase 7 milhões de clientes em

2 anos e meio de operação. Seu acionista é o único das principais empresas que não é um

operador de telefonia móvel fora do Brasil. Da mesma forma que a TIM, ela recorre à estratégia

de preços, mas também de forma menos agressiva do que a Claro e Vivo.

Telemig Celular e Amazônia Celular – as empresas pertencem ao grupo Opportunity e não estão

ligadas a nenhum operador de telefonia seja móvel ou fixa. O principal ponto forte é ter herdado

clientes da antiga estatal e dessa forma possuir uma base de clientes pós-pagos melhor que os

concorrentes. Minas Gerais é único estado onde a Vivo e a Claro não possuem operações e,

devido a isso, muitos analistas de mercado consideram que essas empresas estão interessadas em

comprar a Telemig Celular. Ambas adotaram recentemente a tecnologia GSM, o que torna a

Claro favorita na compra devido à utilização da mesma tecnologia.

Brasil Telecom Celular – a Brasil Telecom Celular iniciou as operações no último trimestre de

2004 e, portanto, não se pode avaliar detidamente seu posicionamento. A empresa pertence a

Brasil Telecom (telefonia fixa) e adotou a tecnologia GSM. Sua estratégia é a mesma da Oi, ou

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seja, ofertar produtos que conciliem a telefonia móvel e fixa e dessa forma estancar a perda de

assinantes que a telefonia fixa vem registrando.

A receita média por usuário (conhecida pela sigla em inglês ARPU) e o percentual de

assinantes pré-pagos para cada operadora está demonstrada na tabela a seguir:

Operadora ARPU (R$) % Pré-pago

Vivo 32 79,3

Claro 28 81,3

TIM 38 71,5

Oi 23 85,5

Telemig e Amazônia 31 70,0

Nota-se que as empresas que compraram as estatais que atuavam na banda A (Vivo, TIM e

Telemig) possuem um melhor ARPU devido a uma maior base de pós-pago (ou a uma menor

base de pré-pago). A Oi - que é a operadora mais recente no mercado - está baseada fortemente

no assinante pré-pago e possui o menor ARPU – seu crescimento foi principalmente nas classes

C e D. Isso serve de alerta para futuros investidores do setor.

Parcela de Mercado

A divisão de mercado entre as operadoras de telefonia celular estava assim em outubro de 2004:

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Já a divisão de mercado por área (considerando do Serviço Móvel Pessoal) é:

Set 2004 Região I Região II Região III Brasil

Vivo 25% 55% 58% 42%

Claro 15% 23% 26% 21%

Tim 23% 21% 15% 20%

Oi 22% 0% 0% 10%

Amazônia Celular e

Telemig 14% 0% 0% 6%

Outras 1% 1% 1% 1%

Total Celulares

(milhões) 26,0 16,9 15,2 58,2

Para o cálculo da Parcela Relativa de Mercado (PRM), vamos considerar a Vivo como a maior

concorrente para as principais operadoras; assim teremos:

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PRM Claro = 20,45% / 41,9% = 0,488

PRM Tim = 20,40% / 41,9% = 0,487

PRM Oi = 10,03% / 41,9% = 0,239

No caso da própria Vivo, consideramos a Tim sua maior rival no setor, pois possui abrangência

nacional e foi, também, a operadora de maior crescimento nos últimos meses. Assim, o PRM da

Vivo é:

PRM Vivo = 41.9% / 20,4% = 2,05 (maior que 1, pois a Vivo é a líder do mercado)

Participação no PIB e RPL médio

Em dezembro de 2003, o Brasil registrava 46,3 milhões de aparelhos de telefonia celular. Na

época, ocupava a sétima posição mundial em comparação com o total de acessos em serviços em

outros países. O país estava atrás apenas da China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Itália e

Inglaterra. Com a perspectiva de alcançar 64 milhões de acessos no fim de 2005, segundo a

Anatel, poderá saltar para a quinta posição no ranking mundial.

O Brasil apresentava em fins de 2003 uma densidade média de 28,1 celulares em cada grupo

de cem habitantes, com base nos indicadores de dez estados, mais o Distrito Federal, região de

maior densidade. O Distrito Federal lidera hoje não só o PIB (Produto Interno Bruto) per capita,

mas também o número de celulares em serviço no País, com o total de 77,5 celulares em cada

grupo de 100 habitantes. (Na segunda colocação está o Rio de Janeiro (3º no PIB/per capita),

com 45,9 celular, seguido pelo Rio Grande do Sul (4º PIB/per capita), com 42,4. Depois aparece

Mato Grosso do Sul (9º PIB/per capita), com 35,7; São Paulo (2º PIB/per capita), com 33,9;

Mato Grosso (10º PIB/per capita), com 30,1; Santa Catarina (5º PIB/per capita), com 29,8;

Goiás (11º PIB/per capita), com 28,6); Minas Gerais (8º PIB/per capita), com 26,8; Paraná (7º

PIB/per capita), com 26,0; e o Espírito Santo (6º PIB/per capita), com 25,1 em cada 100

habitantes.

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Em dezembro de 2003, 45,76% dos 5.600 municípios brasileiros já estavam atendidos, e o

serviço já chegava a 84,66% da população desses municípios. Mas a densidade de celulares,

segundo a Anatel, evidencia o grande potencial de crescimento do serviço que ainda existe no

Brasil. Isso é a demonstração da importância do compartilhamento de infra-estrutura e da

utilização de redes, um ponto que ainda sofre muita resistência por parte das operadoras.

Para demonstrar o crescimento do mercado, entre janeiro e agosto de 2003, foram ativados

5,212 milhões de celulares no país. No mesmo período de 2004, o número subiu para 10,638

milhões, um aumento de 104,11%. No fim de agosto, o país tinha 57.011.762 de aparelhos,

28,64% usando tecnologia GSM, 28,86%, CDMA, e 41,92%, TDMA. Desse total, 79,42% eram

pré-pagos e 20,58%, pós-pagos. A conta média mensal do telefone pré-pago era de R$ 23 e a do

pós-pago, de R$ 47.

A participação das atividades de comunicação no PIB, segundo o IBGE, é a seguinte:

2002 2003

Valor adicionado ao PIB a preços básicos 2,72% 3,16%

Pessoal ocupado 266.800 269.900

O IBGE não separa a participação da telefonia móvel da participação da telefonia fixa, mas

os dados disponíveis mostram que o crescimento de 2002 para 2003 foi sustentado pelo

crescimento da telefonia móvel, já que não houve crescimento da planta de telefonia fixa.

A Tabela seguinte apresenta uma comparação entre PIB per capita e a densidade de telefones

para essas áreas.

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Dens.2002* Dens. out/04*

2002*

Renda per capita

Tel. Fixos Celular Tel. Fixos Celular

São Paulo 11.353 33,34 24,06 31,59 38,85

RJ/ES 10.773 30,29 33,58 30,02 46,31

Minas Gerais 6.775 20,54 17,98 19,62 30,60

PR/SC 8.613 24,35 19,00 24,34 34,00

Rio Gde Sul 9.958 23,52 30,37 23,68 48,66

Centro Oeste 7.275 20,68 21,83 20,73 41,87

Amazônia 4.061 8,65 10,48 8,47 20,00

BA/SE 4.685 12,2 10,54 11,77 18,31

Nordeste 3.520 11,76 11,93 10,59 21,25

Brasil 7.631 21,64 19,77 20,92 32,86

Região I 5.785 16,47 16,69 15,80 27,07

Região II 8.451 22,76 22,93 22,81 40,65

Região III 11.353 33,34 24,06 31,59 38,85

* Calculados com a estimativa de população do IBGE de set/04

São Paulo possuía em 2002 a maior renda per capita, era o 1º em densidade de telefones

fixos e o 3º em densidade de celulares. Em termos de unidades da federação São Paulo era

superado em 2002 em renda per capita pelo Distrito Federal (R$ 16.361) e Rio de Janeiro (R$

11.459).

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Em outubro de 2004, São Paulo ainda apresentava a maior densidade de telefones fixos, mas

era o 4º em densidade de celulares. Uma das explicações para o baixo crescimento pode ser o

preço do serviço como exemplificado na tabela a seguir.

Celular Operadoras

(out/04)

Cresc.

jan-out/04

Preço médio Pré-pago

(R$/min)

% valor licenças

Banda B

São Paulo 3 26,7% 1,26 47,8

RJ/ES 4 14,3% 1,20 18,1

Minas

Gerais 3 28,2% 1,02 6,3

PR/SC 4 40,6% 1,08 9,3

Rio Gde Sul 4 24,0% 1,17 4,0

Centro

Oeste 4 37,2% 0,95 4,1

Amazônia 4 37,1% 0,98 0,7

BA/SE 4 39,8% 1,02 3,0

Nordeste 3 28,7% 0,78 6,7

* chamada fixo/móvel em planos pré-pagos.

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Análise dos Resultados de Operadoras de Telefonia Móvel (2003)

Milhões de R$ Vivo Claro Tim* Oi Telemig

e Amaz.

EBITDA 3.748 1.104 522 107 63

Margem EBITDA 37,6% 26% 11,8% 7,3% 39%

Lucro Líquido (310) N.D. N.D. (840) 152

* segundo normas contábeis italianas.

A Margem EBITDA é o indicador de rentabilidade mais utilizado entre estes três. O lucro

líquido é influenciado por receitas/despesas não operacionais, que não fazem parte das

operações normais da companhia. Na telefonia celular as operadoras que não adquiriram novas

licenças - Vivo, Telemig e Amazônia Celular - apresentam margens de EBITDA superiores às

demais, na faixa de 35-40%. A Margem EBITDA da Tim, por exemplo, seria de 41% sem

considerar a Tim Celular que engloba as novas licenças.

Cabe observar que margens inferiores às das operadoras de telefonia fixa são uma

característica do mercado celular em quase todo o mundo. O crescimento e a competição intensa

obrigam as operadoras a investir na aquisição de clientes com impacto na Margem EBITDA.

Por exemplo, a Margem EBITDA da Claro no 2º trimestre de 2004 foi de 0,3%. A margem

EBITDA média no segundo trimestre de 2004 foi de 18%, o que mostra o acirramento da

competição e o aumento dos custos de aquisição de clientes (subsídios, comissões para o

varejo).

Tendências

Aparelhos - Desde 2004, os aparelhos com câmeras têm encontrado boa receptividade junto

ao público jovem, consumidores em potencial desse tipo de novidade. A resolução das fotos

produzidas pelos aparelhos de telefonia celular melhora a cada dia e o preço desse tipo de

aparelho está em queda. A TIM promete para 2005 o lançamento do Blackberry, um aparelho de

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muito sucesso nos Estados Unidos que permite o acesso a e-mails e – desde já - mostra-se como

a melhor alternativa para a tão esperada convergência entre os assistentes pessoais (conhecidos

como PDAs) e o aparelho celular. O preço não deverá ser acessível à maioria, mas o foco

principal será o mercado corporativo, onde executivos poderão consultar os e-mails, receber

informações (planilhas e apresentações) e aprovar contas nos sistemas corporativos (ERP) de

empresas. Cada vez mais, o aparelho celular se parece com um acessório de moda – cores

diferentes, design arrojado, personalização de displays. Os fornecedores de aparelhos buscam

criar uma necessidade de troca constante de modelos nos consumidores das operadoras – quem

não tem o lançamento mais recente (que seja máquina fotográfica, tenha rádio, faça pequenos

filmes, possua tecnologia Bluetooth e até sirva para falar...) está fora de moda.

Velocidade – cada tecnologia possui um determinado caminho a trilhar a fim de oferecer maior

velocidade no acesso de dados aos clientes, principalmente, os clientes corporativos. Com a

grande oferta de aparelhos que acessam a Internet e que podem enviar fotos e receber vídeos, a

velocidade de acesso / transmissão torna-se crucial. Para as empresas de tecnologia GSM, o

primeiro passo foi o de oferecer o GPRS (tecnologia de transmissão em pacotes). O ano de 2005

ainda não será o ano da introdução da tecnologia EGDE que possibilitaria o 3G no Brasil, pois

os investimentos são elevados para fazer um upgrade na rede de telecomunicações. Com o 3G, o

usuário teria uma velocidade de acesso praticamente igual à obtida em sua residência (com

banda larga) ou escritório. Para a Vivo, única empresa com tecnologia CDMA (cuja proprietária

é a Qualcomm), o caminho é a tecnologia 1xRTT, já oferecida em São Paulo e Rio de Janeiro.

Essa tecnologia oferece velocidades superiores a GPRS, mas a Vivo tem que conviver com um

problema do CMDA – enquanto os celulares GSM não podem ser copiados (até o momento,

pelo menos), os celulares da Vivo podem, o que traz vários e sérios transtornos aos assinantes. A

evolução seguinte do 1xRTT são as tecnologias UMTS e EV-DO e as operadoras americanas

Verizon Wireless e Cingular as estarão testando ao longo deste ano.

Mercado – a competição continuará acirrada em 2005, com o desenvolvimento de várias ofertas

que incentivam o chamado churn – a migração do usuário de uma operadora para a outra. De

acordo com os dados de balanços das operadoras de capital aberto, o churn em 2004 está em

torno de 20 a 25% ao ano, ou seja, em um ano, quase um quarto da base de clientes de uma

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operadora é perdida para outra. Essa grande movimentação de clientes de um lado para outro e o

desejo de manter uma base de clientes crescente (recuperando a perda e acrescentando novos)

faz com que o custo de aquisição de um cliente chegue a R$ 150,00. Nesse custo são

computados os subsídios ao aparelho, comissões pagas ao canal de venda, minutos de

conversação gratuitos, dentre outros. Já há operadoras que pagam comissão para os grandes

varejistas com base nos estoques, ou seja, antes de concretizar a venda. Há uma tendência das

operadoras abrirem mais lojas próprias como forma de fugir do poderio das grandes redes (as

Casas Bahia vendem mais de 7 milhões de aparelhos por ano) e também como forma de ter um

local para demonstração das novas tecnologias.

Para atrair clientes e ter maior exposição na mídia, as operadoras deverão aumentar os

investimentos em marketing, patrocinar eventos e até camarotes em desfiles de carnaval. Essa

“guerra” nos faz lembrar a “guerra no mercado de cervejas”, que experimentou o auge há

praticamente 10 anos. Naquela época, o mais importante era a visibilidade garantida na mídia,

mesmo a custo de alguns milhões de dólares. A história da “guerra das cervejas” talvez devesse

servir de aviso para as empresas de telefonia celular e mostrar a inexorável concentração de

mercado que está por vir.

Saúde financeira – as operadoras de telefonia celular tiveram um ano de deterioração em seus

balanços de 2004. A entrada de novos assinantes aconteceu – majoritariamente - pela via pré-

paga, onde a receita por usuário é bem menor, mas – paradoxalmente - os investimentos em

cobertura e manutenção da rede continuam a escoar os recursos. A Claro - que teve um péssimo

desempenho - deve recuperar parte de sua rentabilidade graças à sinergia com a Embratel e a

Vésper, e principalmente pela contenção de custos a ser imposta pelo acionista mexicano. A Oi

está no vermelho, mas a aposta da Telemar continua na oferta de pacotes integrados de celular

com telefonia fixa. A idéia da Telemar é que se alguma concorrente seduzir clientes de telefonia

fixa, que esse concorrente seja a sua própria operadora de telefonia celular. Da mesma forma

será o desempenho da Brasil Telecom Celular. Vivo e TIM apresentam melhor saúde financeira,

mas a competição entre eles (a TIM deverá passar a ocupar a segunda posição em market-share)

mostra tendência a ser mais aberta, o que significará perda de mais alguns pontos de EBITDA.

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Ao mesmo tempo, as operadoras começam, mesmo que lentamente, a olhar para a operação

interna e perceber que existem possibilidades de melhoria que levam a maior eficiência com

menores custos. Entre as medidas que serão implementadas estão a racionalização de depósitos e

estoques, melhoria no processo de assistência técnica e o compartilhamento de antenas.

Convergência – e cada vez a crença na convergência dos meios de telecomunicações, mas ainda

estamos longe de vê-la em prática em 2005. Não só pela falta de uma regulamentação mais

elaborada pela Anatel, mas também pela indecisão das operadoras em como operacionalizar essa

convergência. De qualquer maneira, a Claro se mostra como potencial player de serviços

convergentes. A compra da Embratel (telefonia fixa de longa distância e local por intermédio da

Vésper) e de uma participação na operadora NET de televisão por assinatura, possibilita a oferta

de pacotes que incluem telefonia móvel, fixa, TV a cabo e Internet – tudo isso com uma única

conta e um único interlocutor (isso se os problemas hoje existentes na Claro forem sanados). A

Oi e a Brasil Telecom, devido aos seus acionistas, também estão bem posicionadas para a futura

convergência. Já a Vivo, apesar de ter um acionista (Telefônica) que também é uma operadora

de telefonia fixa, teria que resolver – em primeiro lugar - a questão societária (com a Portugal

Telecom), se pretende - de fato – o ingresso na oferta de pacotes convergentes.

Antes da privatização apenas uma elite da sociedade tinha acesso à telefonia móvel. O preço dos

serviços era altíssimo. Uma realidade impensável para os dias de hoje, em razão do mercado

paralelo que se criou diante da demanda reprimida originada desde 1994.

Com a regulamentação do setor de telecomunicações e ainda com o advento da privatização,

vieram as concessões para prestação de telefonia móvel nas bandas B, C, D, e E, o que provocou

uma corrida aos clientes visando suprir a demanda reprimida.

O primeiro movimento foi de aumentar a oferta de telefonia móvel pós-paga para as classes A e

B. Mais tarde houve uma corrida às classes C e D.

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Porém por falta de uma distribuição de renda que garantisse a adimplência e mesmo a

adesão dessa segunda faixa de consumidores, foram lançadas as plataformas de telefonia móvel

pré-paga.

Nesse momento, houve uma verdadeira massificação da oferta de telefonia móvel e

atualmente até 80% dos consumidores utilizam essa plataforma de telefonia móvel pré-

paga.Algumas operadoras de telefonia móvel têm até 93% do total dos assinantes na modalidade

pré-paga.

As operadoras começaram a realizar resultados de receita que não suportavam seus business

plans e começaram a buscar fontes que acelerassem ou até mesmo recuperassem o pay back dos

investimentos, estima-se que uma quantia próxima de 20 bilhões de dólares tenha sido investida

no segmento de telefonia móvel nos últimos 10 anos.

A grande oportunidade que surgiu foi ofertar aos “heavy users” um nível de serviço

diferenciado e nesse grupo de “heavy users” estavam os usuários de linhas contratadas por

empresas por meio do CNPJ, surgindo assim o mercado do consumidor organizacional de

telefonia móvel que demandava um nível de serviço de pré-venda, venda e pós-venda

completamente diferenciada do até ali oferecido.

Alguém conseguiria imaginar o presidente de uma grande empresa numa fila de atendimento

para habilitar uma linha ou consertar o telefone móvel? Imagine que essa pessoa possa ter um

gasto mensal de R$ 2.000,00 e ainda a empresa que comanda tem um gasto mensal de R$

1.000.000,00. Esse é o gasto mensal aproximado de uma grande empresa do ramo de petróleo

em telefonia móvel.Agora imagine esse cliente insatisfeito tendo como opções outras três

operadoras que prestam um serviço quase que exclusivamente por sistema de comodities.

Esse mercado de consumidores organizacionais está dividido em três segmentos: SOHO

(small Office home Office), PME (pequena e média empresa) e grandes contas.

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Para conquista e fidelização desse mercado surge a necessidade de uma venda de serviços

focada no segmento e assim focada no cliente, uma venda conhecida como “Taylor made”. Esse

tipo de cliente passa a ser tão disputado que a venda deixa de ser passiva e passa a ser ativa, com

as operadoras de telefonia móvel formando equipes de vendas para realizar vendas diretamente

às empresas.

Aparecem assim duas variáveis determinantes:

1) Venda de serviços com foco no cliente

2) Mudança da figura do vendedor tradicional como ferramenta de interação entre prestador de

serviços e o cliente para uma figura com escopo mais amplo, que aqui chamarei de profissional

de relacionamento e resultados.

Esse profissional recebe uma denominação diferente em cada empresa. Gerente de contas,

Executivo de Vendas, Key Account Manager (KAM) etc. No entanto, esse profissional tem

como papel principal ser o “negociador” ou seja, o profissional de relacionamento com os

prospects e ou clientes e de resultados. Seus objetivos principais são: manter o cliente no longo

prazo, ampliar o wallet share, garantir a satisfação do cliente e otimizar a receita.

Para o que obtenha sucesso, exige-se um novo perfil desse vendedor.

Esse novo perfil inclui entre outras habilidades:

• Adquirir confiança e fidelidade dos clientes;

• Saber ouvir;

• Ser perspicaz na captação e na compreensão das necessidades;

• Comunicar-se bem;

• Ser um articulador;

• Aplicar seus conhecimentos e habilidades;

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• Organizar as atividades de trabalho de forma eficiente e ordenada, a fim de proporcionar

um amplo atendimento;

• Decidir sobre as prioridades e as soluções simultâneas de problemas;

• Trabalhar em equipe;

• Demonstrar motivação pessoal;

• Atingir de forma constante e sustentada as metas e resultados.

O negociador não está limitado a apenas visitar clientes e realizar ofertas.Ele precisa ir além

do negociar. Precisa coordenar as atividades junto aos clientes e fazer a interação de forma

holística de todas as áreas que envolvem o processo de venda. É por isso que o preparo desse

profissional tem que ser o mais completo e focado na prestação de serviços possível, para que

seja percebido pelo cliente como uma solução para um problema que tenha alto impacto no core

business desse cliente.

Essa gestão de vendas não pode ser exercida somente por intermédio de contatos, que

geralmente são feitos por um suporte de telemarketing. Esse trabalho deverá ser exercido

diretamente pelo negociador, com visitas periódicas programadas para detectar oportunidades,

objeções, desinformações sobre o produto, alem de reclamações de qualquer natureza.

A gestão de vendas é uma atividade que consiste em dar continuidade à negociação já

realizada e garantir a fidelidade do cliente.

Atualmente, mais que qualidade total nos produtos, deseja-se qualidade total no atendimento

ao cliente. Isso é constatado na prática. Conforme citação em Almeida (1994, contracapa), o US

News and World Report afirmaram que "68% da perda de clientes têm como razão a má-

qualidade do serviço"; a American Management Association enfatizou que "65% dos negócios

de uma empresa vêm de clientes já existentes" e Claus Moller, na mesma linha, disse que "custa

5 a 6 vezes mais caro conquistar um novo cliente do que manter um cliente existente", ambos

destacam e justificam a grande relevância no aspecto de conquistar a fidelidade dos clientes.

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Alguns autores diferenciam clientes de consumidores, onde os clientes são os merecedores

de atendimento com excelência e personalização. Outros autores ainda defendem que

consumidores são aqueles que consomem os produtos/serviços e clientes são aqueles afetados

pelos produtos/serviços ou clientes potenciais, podendo vir a se tornar consumidores ou não.

Frente a essas perspectivas, seria mais adequada a conotação de clientes para os ensejos

desse estudo. Não obstante, utilizar-se-á as duas conotações, desconsiderando-se as diferenças

destacadas até aqui. Em resumo, dentre os fatores críticos que determinam o sucesso

empresarial, como velocidade de resposta, capacidade de inovar, estratégias de redução de

custos e tecnologia; a prestação de serviços com excelência aos clientes já conquistou notável

destaque.

2. O PROBLEMA

A pergunta formulada e que orienta este trabalho é:

Que motivo leva uma empresa - consumidora organizacional - com mais de 500 empregados a

trocar a operadora de telefonia móvel, ou seja, como acontece o churn do consumidor

organizacional de telefonia móvel?

2.2 Contextualização do Problema

No mercado de telecomunicações e especificamente no mercado de telefonia móvel, as

operadoras de telefonia móvel nasceram vocacionadas para a construção de bases de clientes e

assim focaram os esforços em resultados de curtíssimo prazo e assim focaram na venda de

telefones pré-pagos para a pessoa física que não teve no passado acesso ao telefone fixo ou aos

planos pós-pagos de telefonia móvel.

Em determinado momento essa base de clientes pessoa física com planos pré-pagos não vem

atingindo um nível de receita média individual (ARPU) que remunere e sustente o investimento

na construção das redes.

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Diferentemente do mercado de telefonia fixa onde o monopólio não foi quebrado pela

privatização no mercado de telefonia móvel do Brasil, nos últimos anos, os consumidores têm

presenciado verdadeiras guerras comerciais. Foram realizados vultosos investimentos em mídia

para destacar campanhas promocionais para esses serviços.

No caso específico de Telefonia Celular, onde o cliente não tem atrelado fisicamente um

aparelho fixo à sua residência, ou seja, a instalação de equipamentos não é tão problemática

quanto no caso da telefonia fixa, a migração do cliente para outra companhia concorrente pode

ocorrer sem maiores problemas.

Dessa forma, a fidelização de clientes e a satisfação dos consumidores tornam-se

fundamentais, uma vez que para as operadoras já instaladas, os fatores indispensáveis para a

manutenção do serviço, como área de cobertura e qualidade de equipamentos, já podem ser

considerados commodities, ou seja, já não são fatores diferenciadores. Em telecomunicações –

churn - é o termo técnico para definir a perda de um cliente.

O que é CHURN?

Termo usado para descrever a rotatividade da clientela de serviços de uma determinada

empresa. No caso dos provedores de acesso à Internet e das operadoras de telecomunicação e de

TV por assinatura, mede a quantidade de usuários que deixam de ser clientes desses serviços e

optam pela concorrência.

Este estudo é baseado em dados coletados junto a consumidores organizacionais do mercado

corporativo sendo o segmento de grandes contas do RJ.Um consumidor organizacional é

caracterizado pela compra por intermédio do CNPJ de uma empresa.

Um grande consumidor organizacional é caracterizado por ter mais de 500 funcionários, ter

alta intensidade no uso de telefonia móvel, despesa superior a R$ 20.000,00 mensais em

telefonia móvel ou potencial para esse nível de gasto, além de ter alta visibilidade estratégica no

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mercado local ou nacional, normalmente usa-se a lista dos 500 maiores grupos econômicos da

revista Exame ou do jornal Valor Econômico.

A perda ou conquista de um grande consumidor organizacional gera uma grande alavancagem

positiva ou negativa na receita da operadora de telefonia móvel.

Existe uma grande tendência no crescimento da base de telefonia móvel pré-paga no

mercado de pessoa física ou consumer e usualmente um cliente organizacional ou pessoa

jurídica do segmento grandes contas do mercado corporativo é um cliente pós-pago. Assim, com

a entrada ou perda de cliente pessoa jurídica do segmento grandes contas do mercado

corporativo de telefonia móvel pós-paga, os índices de ARPU e MOU são otimizados. Isso

melhora – sensivelmente - os índices de medição de uma operadora de telefonia móvel para o

mercado de ações.

Fase 1 - Demanda reprimida entre 1993 e 1998, o foco das operadoras de telefonia móvel é o de

atender o consumidor final, onde estava a maior fatia do mercado não atendido. Não existe

diferenciação entre consumidor organizacional e o consumidor comum, pessoa física.

Fase 2 – Busca de novos desafios – 1999 - Com a redução da taxa de crescimento, as operadoras

de telefonia móvel começam a buscar oportunidades em segmentos específicos. Surgem as

primeiras ofertas corporativas para o consumidor organizacional baseadas somente em

descontos por volume, assim começa um processo predatório interno da própria base de clientes

pessoa física.

Fase 3 – Serviços Agregados – 2000 – Aumenta a necessidade de diferenciação por meio de

novos serviços com foco na produtividade. Ingressa no mercado de telefonia móvel a Nextel

com serviço de trunking digital com forte apelo à comunicação imediata intragrupo.

Fase 4 – Refinamento da oferta ao consumidor organizacional – 2001- a oferta de planos de

telefonia móvel ao consumidor organizacional ganha em sofisticação por intermédio de planos

com pacotes ou franquias de minutos com tarifas muito agressivas, e surgem planos específicos

para comunicação intragrupo para bloquear o crescimento da Nextel.

Fase 5 – Integração da oferta aos consumidores organizacionais – 2002 a 2003 – os planos

oferecidos começam a ganhar maior complexidade e a convergência de serviços começa a tomar

corpo. As operadoras de telefonia móvel entregam uma solução com telefonia local fixa. A

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plataforma de telefonia móvel começa a ser usada para a transmissão de dados e surgem os

primeiros serviços de valor agregado como o SMS (short message service) ou popularmente

conhecido como torpedo.

Fase 6 Integração comercial – 2004 – As operadoras de telefonia móvel começam a ofertar

tarifas cada vez mais baixas e muitas vezes abaixo do próprio custo do serviço, ou seja, começa

a disputa predatória por clientes e por resultados de curto prazo, foco crescente na transmissão

de dados e serviços de valor agregado para criar diferenciação, afim de evitar o processo

predatório no valor das tarifas.

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2.3 Complexidade do processo de compra, segundo Rocha (1992).

O processo de compra do consumidor organizacional é de extrema complexidade, uma vez

que todo o processo passa por diversos setores da empresa compradora e em cada setor existem

influenciadores, decisores, compradores e usuários. Cabe ao negociador “navegar” por cada

setor e entender qual o peso de influência que cada pessoa tem no processo decisório de compra

e diagnosticar quem é o guardião do processo. No caso da telefonia móvel esse papel é exercido

normalmente pelo gerente de telecomunicações.

depto 1 depto 2 depto 3 depto 4 depto niniciador iniciador iniciador iniciador iniciador

influenciador influenciador influenciador influenciador influenciadordecisor decisor decisor decisor decisor

comprador comprador comprador comprador compradorusuário usuário usuário usuário usuário

guardião

consumidor organizacional

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2.4 Modelo de comportamento do consumidor organizacional segundo Webster & Wind

(1975)

Esse modelo defende que o processo decisório de compra do consumidor organizacional é

composto de cinco fases:

1. Identificação da necessidade, ou seja, o que me falta em termos de benefícios;

2. Estabelecimento de objetivos e especificações, ou seja, quais são as características

técnicas que traduzem os benefícios e quando e por quanto devo comprar;

3. Identificação de alternativas de compras, ou seja, de quem ou quais as opções eu tenho

para poder comprar o produto que tenha as características que trazem os benefícios;

4. Avaliação das alternativas de compra, ou seja, quais produtos e fornecedores atendem as

especificações;

5. Escolha do fornecedor.

O modelo defende que fatores ambientais, organizacionais, interpessoais e fatores

individuais do comprador também influenciam cada etapa descrita acima.

2.5 Características usuais para definição do consumidor organizacional do segmento

corporativo.

A seguir, as características que diferenciam o consumidor organizacional do consumidor

comum:

� Consome por intermédio do CNPJ da empresa;

� Pertencer aos 500 maiores grupos empresariais do país, conforme Revista

Valor Econômico;

� Atuação Nacional e Regional;

� Receita Bruta acima de R$ 400 milhões/ano;

� Nº de funcionários acima de 500;

� Empresas Estratégicas;

� Empresas de importância política e formadores de opinião;

� Empresas com necessidades de customização de serviços e com alto

potencial para aquisição de volume de serviços.

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Figura 1 - Exemplos de grandes consumidores organizacionais nacionais

Razão Sede Segmento Razão Sede Segmento

1 PETROBRAS RJ Indústria 42 PERDIGÃO SP Indústria2 BRADESCO SP Finanças 43 KLABIN SP Indústria3 BANCO BRASIL DF Finanças 44 PIRELLI SP Indústria4 ITAUSA SP Finanças 45 BAYER SP Indústria5 CAIXA FEDERAL DF Finanças 46 PORTO SEGURO SP Finanças6 UNIBANCO SP Finanças 47 KRAFT FOODS PR Indústria7 SANTANDER SP Finanças 48 BOSH SP Indústria8 IPIRANGA RJ Comércio 49 TELECOM ITALIA SP Serviços9 CVRD RJ Indústria 50 ARACRUZ ES Indústria

10 AMBEV SP Indústria 51 ALCOA SP Indústria11 FIAT MG Indústria 52 SILVIO SANTOS SP Serviços12 ODEBRECHT BA Indústria 53 ABRIL SP Serviços13 VOLKSWAGEN SP Indústria 54 REUNAULT PR Indústria14 BUNGE SP Indústria 55 HP SP Indústria15 VOTORANTIN SP Indústria 56 KAISER SP Indústria16 ABN SP Finanças 57 RHODIA SP Indústria17 GERDAU RS Indústria 58 DUPONT SP Indústria18 SHELL RJ Comércio 59 VICUNHA TEXTIL SP Indústria19 GM SP Indústria 60 WHITE MARTINS RJ Indústria20 EMBRATEL RJ Serviços 61 ERICSSON SP Indústria21 USIMINAS MG Indústria 62 LG ELETRONICS SP Indústria22 NESTLE SP Indústria 63 ROCHE SP Indústria23 EMBRAER SP Indústria 64 DOUX FRANGOSUL SP Indústria24 AES RJ Serviços 65 TIGRE SC Indústria25 CARGILL SP Indústria 66 BANCO SANTOS SP Finanças26 UNILEVER SP Indústria 67 DANA SP Indústria27 VARIG SP Serviços 68 ACCOR SP Serviços28 CHEVRON TEXACO RJ Comércio 69 SHINCARIOL SP Indústria29 CAMARGO CORREA SP Serviços 70 RIPASA SP Indústria30 SOUZA CRUZ RJ Indústria 71 RENNER HERMANN RS Indústria31 CSN RJ Indústria 72 AGF RS Finanças32 BRASMOTOR SP Indústria 73 REPSOL YPF RJ Comércio33 SULAMERICA RJ Finanças 74 DIXIE TOGA SP Indústria34 SADIA SC Indústria 75 ACHE SP Indústria35 AGIP SP Comércio 76 ATLAS-SHINDLER SP Indústria36 SIEMENS SP Indústria 77 OESP SP Serviços37 BELGO MG Indústria 78 PREDILETO ALIMENTOS SP Indústria38 SUZANO SP Indústria 79 VIGOR SP Indústria39 TAM SP Serviços 80 ORGANIZAÇÕES GLOBO RJ Serviços40 ANDRADE GUTIERREZ MG Serviços 81 ULTRAPAR SP Comércio41 SAINT-GOBAIN SP Indústria 82 MARTINS MG Comércio

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Figura 2 Exemplos de grandes consumidores organizacionais do Rio de Janeiro

Razão Sede Segmento Razão Sede Segmento

1 ELETROBRAS DF Serviços 55 GRENDENE RS Indústria2 USIMINAS MG Indústria 56 AZALÉIA RS Indústria3 SAFRA SP Finanças 57 CEB RS Serviços4 COPERSUCAR SP Indústria 58 MAPFRE VERACRUZ SP Finanças5 GUARANIANA RJ Serviços 59 CCE SP Indústria6 COIMBRA SP Indústria 60 PACTUAL RJ Finanças7 VBC SP Serviços 61 MAGNESITA MG Indústria8 DOW SP Indústria 62 INEPAR RJ Serviços9 ALFA SP Finanças 63 DRESDNER BANK SP Finanças

10 REDE SP Serviços 64 DIEBOLD SP Indústria11 JP MORGAN SP Finanças 65 SUPERGASBRAS RJ Comércio12 ACESITA MG Indústria 66 BANCO FIBRA SP Finanças13 JEREISSATI SP Serviços 67 N.DIAS BRANCO CE Indústria14 EDP SP Serviços 68 CARLOS LYRA AL Indústria15 PQU SP Indústria 69 ALL AMERICA LOG PR Serviços16 AMIL RJ Serviços 70 NOVA AMERICA SP Indústria17 LASA RJ Comércio 71 BICBANCO SP Finanças18 ABB SP Indústria 72 MARITIMA SP Finanças19 ABC BRASIL SP Finanças 73 FERTIBRAS SP Indústria20 AVIPAL RS Indústria 74 GRADIENTE AM Indústria21 PARANAPANEMA RJ Indústria 75 CACIQUE SP Finanças22 QUEIROZ GALVÃO RJ Serviços 76 BOMBRIL SP Indústria23 TECHLINT SP Indústria 77 BRB DF Finanças24 MARCOPOLO RS Indústria 78 MONTEIRO ARANHA RJ Serviços25 ALCAN SP Indústria 79 LIGNA SP Comércio26 LATASA RJ Indústria 80 RIGESA SP Indústria27 RURAL RJ Finanças 81 NOTRE DAME SP Serviços28 UNIPAR RJ Indústria 82 BANCO BMC SP Finanças29 COSAN SP Indústria 83 CP CIMENTO RJ Indústria30 WEG SC Indústria 84 PORTOBELLO SC Indústria31 TRACTBEL RJ Serviços 85 SOARES PENIDO SP Indústria32 CAIXA SEGUROS DF Finanças 86 EUCATEX SP Indústria33 DEUTSCHE BANK SP Finanças 87 IOCHPE-MAXION SP Indústria34 ARTHUR LUNDGREN SP Comércio 88 JOSAPAR RS Indústria35 ALE COMBUSTIVEIS MG Comércio 89 MPE RJ Serviços36 SIDENOR SP Indústria 90 TERCIO WANDERLEY AL Indústria37 MAHLE SP Indústria 91 PROMON SP Serviços38 ANDRE MAGGI MT Indústria 92 BESC SC Finanças39 MERCANTIL BRASIL MG Finanças 93 SLC RS Indústria40 WESTLB SP Finanças 94 JOHN DEERE RS Indústria41 ELECTROLUX PR Indústria 95 CORSAN RS Serviços42 GUARARAPES RN Comércio 96 BANRISUL RS Serviços43 MOSSI GHISOLFI SP Indústria 97 RBS RS Serviços44 COTEMINAS MG Indústria 98 PANVEL RS Comércio45 CATAGUAZES MG Serviços 99 INDESA RJ Serviços46 VASP SP Serviços 100 COPEL PR Serviços47 MINASGÁS RJ Comércio 101 BOMPREÇO PE Comércio48 V&M BRASIL MG Indústria 102 SONAE RS Comércio49 RANDON RS Indústria 103 PONTO FRIO RJ Comércio50 POLITENO BA Indústria 104 SENDAS RJ Comércio51 TRAMONTINA RS Indústria 105 COIMEX ES Comércio52 MANGUINHOS RJ Indústria 106 LASA RJ Comércio53 TUPI SC Indústria 107 CEMIG MG Serviços54 COTIA TRADING ES Comércio 108 LIGHT RJ Serviços

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2.6 Classificação dos consumidores organizacionais entre pequenas, médias e grandes para

o mercado de telefonia móvel.

Grandes e médias empresas: são as empresas de grande porte (alto poder de barganha) que

geram um alto grau de competição entre as operadoras para aquisição / manutenção da conta,

conseqüentemente resultam em margens cada vez menores em cada negociação. Existem

grandes e médias empresas regionais de porte considerável onde o nível de competição é menor

do que nas grandes empresas nacionais, que acaba por gerar oportunidades de negócios uma vez

que o assédio nesse segmento é menor. Nesse mercado, a compra é racionalizada com base nas

análises de atributos técnicos e na relação custos versus benefícios onde o acompanhamento

técnico / consultivo é fundamental para aumentar a densidade dentro dessas corporações.

As negociações nesse segmento exigem um alto grau de componentes políticos, portanto faz-se

necessário um foco em relacionamento com níveis hierárquicos de alto nível.

Pequenas e Micro empresas: O mercado de pequenas e micro empresas é abrangente e

geograficamente disperso. Isso exige uma rede de vendedores com capilaridade e presença no

mercado até na realização do corpo a corpo com os clientes em potencial.

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A seguir, as características que segmentam o consumidor organizacional em pequeno, médio

grande

consumidor.

A segmentação adota foi por número de funcionários. Entende-se como mercado corporativo as pequenas, médias e grandes empresas

Figura 3 - Mercado Corporativo – Tamanho por segmentação – RAIS

Pequenas Empresas entre 10 e 49 funcionários

Micro-Empresa entre 01 e 09 funcionários

SOHO 0 funcionário

Médias Empresas entre 50 e 499 funcionários

Fonte: RAIS/02

Grandes Empresas - LA mais de 500 funcionários

3.6

55

301

1.781

3.733

( x 1.000)

Micro-Empresa Empregados: 5.081

Peq. Médias Empresas : Empregados 5.878

Médias Empresas Empregados 8.054

Grandes Empresas - LA Empregados 9.671

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2.7 Caracterizando o mercado corporativo por intensidade de consumo em telefonia móvel

A seguir, a segmentação do mercado corporativo classificado por gasto médio em telefonia

móvel.

Menos de R$ 2.000 9%

De R$ 2.000 a 4.000 17%

De R$ 4.000 a 10.000 32%

De R$ 10.000 a 20.000 20%

De R$ 20.000 a 50.000 16%

Mais de R$ 50.000 6%

Até R$ 100

13%

R$ 101 a R$200

31%

R$ 201 a R$300

22%

R$ 300 a R$500

20%

R$ 500 ou +

14%

Por empresa (média)

Por Empregado (média)

Governo 471

Indústria de bens de consumo 346

Indústria de tecnologia

Setor Atacadista 300

Serviços profissionais 293

Indústria de manufatura 283

Redes de varejo 263

Transporte 241

Mídia 213

Setor financeiro 195

Educação 175

Energia Elétrica/Gás/Petróleo 155

Saúde 118

Serviços comerciais 117

Fonte: Mobilizing the Enterprise Survey (MTE), realizada com 500 gestores de empresas médias e grandes no Brasil – Novembro 2003

Valores em Reais por Mês

Por segmento (média)

Analisando o gasto médio por segmento, verificamos que o Governo é o ramo que possui o maior gasto médio mensal com serviço de telefonia celular no Brasil (R$ 471,00). Este segmento possui aproximadamente 22 mil empresas no Brasil.

Figura 4 - Mercado Corporativo – Gasto médio por segmento

Dentre os setores de maior potencial, os que detêm a maior capacidade de geração de receitas são: Governo, Indústria, Setor Atacadista e Serviços.

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2.8 Caracterizando os consumidores organizacionais por distribuição de empregados

A seguir, as características que diferenciam o consumidor organizacional por porte de empresa

por quantidade de funcionários e por segmento de atuação.

Figura 5 - Mercado Corporativo – Distribuição por Empregado

57% dos empregados estão em Serviços e Governo, 33% e 24%, respectivamente. Quando analisamos, isoladamente, o segmento de grandes empresas, verificamos que Governo aumenta em

11%

24%

40%

26%

15%

29%

42%

14%

43%

35%

20%

2%

19%

24%

32%

25%

0%

1%

17%

82%

42%

24%

22%

12%

INDUSTRIA CONSTR CIVIL COMERCIO SERVICOS GOVERNO AGROPECUARIA

MICRO PEQUENA MÉDIA GRANDE

RAMO DE ATIVIDADE

MICRO PEQUENA MÉDIA GRANDE TOTAL

SERVICOS 1.791.401 2.245.771 3.061.823 2.393.923 9.492.918 GOVERNO 15.808 41.563 1.181.148 5.548.783 6.787.302 INDUSTRIA 569.521 1.274.511 2.126.809 1.361.734 5.332.575 COMERCIO 2.069.636 1.707.490 969.440 79.967 4.826.533 AGROPECUARIA 478.776 272.295 253.029 134.135 1.138.235 CONSTR CIVIL 171.073 320.486 462.421 152.370 1.106.350

TOTAL 5.096.215 5.862.116 8.054.670 9.670.912 28.683.913

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2.9 Matriz de criticidade do serviço de Telefonia Móvel por setores da economia

A seguir, é demonstrado no gráfico qual segmento da indústria demanda mais por serviços de

telefonia móvel.

Matriz de criticidade de Telecom por setores

Criticidade de Telecom para o

negócio

Alta

Baixa

Despesa com Serviços de telefonia movel (c omo % do faturamento)

0% 0,25%

Indústria Extrativa

Utilidade Pública

Manufatura

Administr. Pública

Construção

Serv. Diversos

Financeiro

Comércio

Transportes

Mídia & Comunicação

Fontes: IBGE, Computer Economics, Análise Accenture/02

Tamanho dos contratos = Representatividade do setor no PIB brasileiro

Figura 6 - Mercado Corporativo – Distribuição/Ramo de Atividade

Fontes: Rais /02

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3. Objetivo

Esta dissertação tem como objetivo estudar o grau de fidelidade do consumidor de telefonia

móvel com foco voltado para o consumidor organizacional do segmento grandes contas e assim

entender o que motiva um consumidor organizacional com um altíssimo nível de gasto em

telefonia móvel a trocar de operadora.

O estudo, também, visa fornecer subsídios para possíveis programas de fidelização e/ou retenção

de clientes.

Está sendo feita uma revisão da bibliografia, no tocante ao assunto em questão, e existe um

levantamento das informações existentes no segmento a ser estudado, de forma que no futuro

possa ser preparado um modelo que permita às operadoras de telefonia móvel antever o CHURN

de clientes-chave e, assim, rever a estratégia comercial para esse segmento.

4. Relevância do Estudo

Este estudo será realizado para proporcionar uma ferramenta pró-ativa que anteveja um

cliente pessoa jurídica “infiel”, minimizando perdas de receitas.

O entendimento do perfil do cliente infiel é de grande interesse para todas as empresas do

segmento de serviços. Por observação pessoal, quando analisei o segmento de grandes contas, na

verdade estudei 5% das empresas que representam até 40% da receita das operadoras de

telefonia móvel e uma receita até três vezes mais lucrativa do que a receita oriunda do mercado

pessoa física.

Considere uma operadora de telefonia móvel, que mantém na sua carteira um determinado

grupo de clientes que representa até 40% de sua receita. Logicamente, para conquistar a

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fidelidade do cliente de forma eficiente, algumas questões precisam ser respondidas, tais como:

Quem fidelizar? Quando fidelizar? Como fidelizar? Quanto custa a fidelização? Qual o melhor

plano de fidelização? Qual a taxa interna de retorno desses clientes? Qual o impacto nos

resultados das operadoras na perda ou na conquista de um cliente desse porte? Quem são essas

mega contas?

5 . Delimitação do Estudo

Este estudo não tem o objetivo de caracterizar todo o mercado de consumidores

organizacionais e tampouco gerar uma prescrição de como tratar esse mercado. Este trabalho

está limitado ao mercado de 400 grandes empresas, consumidores organizacionais e com

poder de decisão dentro de estado do Rio de Janeiro e, portanto, apenas as operadoras de

telefonia móvel que atuam neste segmento e nesta região podem ser alvo dessa avaliação.

6 . Revisão de literatura

O objetivo desta revisão bibliográfica foi:

♦ Pesquisar e entender o segmento de serviços como um todo;

♦ Pesquisar e entender o segmento de prestação de serviços em telecomunicações;

♦ Pesquisar e entender o consumidor organizacional e suas peculiaridades;

♦ Pesquisar e entender as melhores práticas para conquistar e fidelizar um consumidor

organizacional.

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7 - Metodologia A forma de realização aconteceu por meio de pesquisa de caráter exploratório, com o

objetivo de obter um maior conhecimento sobre o problema a ser estudado: os motivos que

levam os grandes clientes a trocar a operadora de telefonia móvel.

A pesquisa é de natureza quantitativa e foi realizada na cidade do Rio de Janeiro entre os meses

de agosto/2004 e outubro/2004.

As variáveis que mais contribuem para o diagnóstico do churn foram tratadas,

separadamente, utilizando-se estatística descritiva.

8 – Pesquisa

Esta pesquisa tem como objetivo entender e mapear o que motiva ou motivou clientes corporativos de telefonia celular a trocar de operadora 1- O(a) Sr.(a) poderia dedicar alguns minutos para responder a algumas perguntas sobre o serviço de telefonia móvel utilizado por sua empresa ? 1 sim □ 2 não □ ENCERRAR entrevista

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1

sim

não

Análise: diante do relacionamento com os executivos de vendas e a força da marca TIM, 100% dos clientes foram receptivos em responder à pesquisa

Gostaria de ressaltar que as suas respostas à pesquisa devem refletir a visão de sua empresa e não sua visão como consumidor individual

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Sua empresa é usuária de serviços de telefonia móvel? 1 sim □ 2 não □ ENCERRAR entrevista

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1

sim

não

Análise: Apenas uma empresa das pesquisadas não usa plano corporativo de telefonia móvel, isso demonstra que este tipo de contratação não é uma tendência e sim, uma realidade.

Qual a operadora utilizada? TIM □ VIVO□ CLARO□ OI□ NEXTEL□

tim

vivo

claro oi nextel

0%

10%

20%

30%

40%

Análise: a operadora de banda A continua forte na liderança. A TIM mostra sua força principalmente impulsionada pelo roaming e pela tecnologia GSM

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Qual a modalidade de pagamento das chamadas? (Ler opções) 1-pré-pago□ 2-pós-pago□

pos; 98%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1

Análise: O impacto do plano pré-pago para esse segmento é irrelevante, porém todas as empresas fizeram uma ressalva de que existe uma relevante necessidade de controle e limitação do consumo via web. 5- Sua empresa trocou de operadora de telefonia móvel nos últimos 3 anos ? 1 sim □ 2 não □ PULE PARA PERG. 12

sim; 30%

não; 70%

0%

10%

20%

30%40%

50%

60%

70%

80%

1

sim

não

Análise: esse gráfico demonstra claramente uma forte fidelização dos clientes do segmento. Onde houve churn ocorreu por falhas no pós-venda e no faturamento, ou seja, por descontentamento com a operadora anterior.

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6 – (SE SIM) Qual ERA a operadora utilizada antes da______ (Resposta da Perg.3) ? TIM □ VIVO□ CLARO□ OI□ NEXTEL□

0%

56%

28%

6%11%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Análise: Onde houve churn a Vivo foi a operadora que mais perdeu clientes seguido da Claro. Em nenhum cliente entrevistado a TIM perdeu clientes 7- Qual ERA a modalidade de pagamento da operadora_____ (Resposta da Perg.6 )? (Ler opções) 1-pré- paga, ou 2-pós-paga□

pos; 100%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1

Análise: esse gráfico reforça bem que esse segmento ignora o plano pré-pago

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8 – Antes de mudar, sua empresa comunicou o cancelamento à operadora? 1 sim □ 2 não □ PULE PARA PERG.10

sim; 71%

não; 29%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

1

sim

não

Análise: esse gráfico demonstra que o churn pode ser evitado, pois os clientes dão sinais evidentes do grau de insatisfação. 8a) – Após comunicar a troca, a operadora tentou reverter o cancelamento do serviço, oferecendo alguma vantagem ? 1 sim □ 2 não □ PULE PARA PERG.10

sim; 42%

não; 58%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1

Análise: Esse gráfico demonstra que na maioria das vezes em que as operadoras perderam clientes não esboçaram reação alguma.

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9 – Qual foi a oferta proposta? 1-desconto pontual □ 2-repactuação de preços e tarifas para baixo □ 3-troca dos aparelhos □ 4-mudou o vendedor □ 5-renovou o contrato com tarifas menores □ 6-renovou o contrato com troca de aparelhos □ 7-renovou o contrato sem aplicar índice de reajuste □ 8- Outra oferta (especificar)___________

0%5%

10%15%20%25%30%35%40%45%50%

desconto pontual repactuação de preços e tarifas ofereceu tarifa intra grupo gratis

Análise: basicamente, quando houve reação em reter o cliente, a oferta de retenção se baseou em abrir mão de receita recorrente.

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10- Qual o PRINCIPAL motivo que influenciou a troca de operadora? (Resposta espontânea). Caso responda simplesmente INSATISFAÇÃO com a operadora, peça para especificar a PRINCIPAL razão de insatisfação.

1- cobranças indevidas □ 2- problemas de faturamento□ 3- reposição de aparelhos□ 4- assistência técnica□ 5- cobertura□ 6- atendimento do vendedor□ 7- atendimento do pos venda□ 8- oferta de tarifas preços□ 9- melhor oferta de aparelhos □ 10- preços altos das tarifas 11- Outra operadora ofereceu um pacote de benefícios mais atraente (PULE PERG.10A E FAÇA PERG.11) 12- Outro motivo (especificar)____________________

0%

5%

10%

15%

20%

25%

cobranç

as in

devid

as

assis

tenc

ia tecn

ica

melho

r oferta

de ap

arelho

s

preç

os alto

s de tarifa

cobe

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aten

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to do ve

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or

aten

dimen

to do po

s ve

nda

prob

lemas

de fatura

men

to

repo

sição

de ap

arelhos

ofer

ta de

tarifas

roam

ing

clona

gem

mud

ar para

GSM

Análise: esse gráfico mostra que quando houve troca de operadora, ocorreu por questões de oferta financeira e em segundo plano por motivos de pós-venda.

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10A)– Mais algum motivo foi relevante na decisão de troca de operadora ? Qual? 1- cobrança□

2- faturamento□ 3- reposição de aparelhos□ 4- assistência técnica□ 5- cobertura□ 6- atendimento do vendedor□ 7- atendimento do pós-venda□ 8- oferta de tarifas preços□ 9- melhor oferta de aparelhos □ 10- preços altos das tarifas

11- Outra operadora ofereceu um pacote de benefícios mais atraente (FAÇA PERG.11) 12- Outro motivo (especificar)____________________ 13- NÃO HÁ OUTRO MOTIVO

cobrança

atendimento do vendedor

atendimento do pos venda

preço alto de tarifa

faturamento

oferta de aparelhos

oferta de tarifas

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Análise: esse gráfico mostra que quando o cliente é incitado a explicar melhor os motivos do churn, há um reforço de que quando houve troca de operadora ocorreu por questões financeiras e em segundo plano por motivos de pós-venda.

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11- Qual a oferta/ pacote de benefícios oferecido influenciou sua empresa a mudar para a operadora__________ (Resposta da Perg.3) Listar possíveis ofertas e incluir opção “outras ofertas (especificar)____”

plano de tarifas customizado; 60%

roaming; 40%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Análise: esse gráfico mostra claramente que este segmento demanda uma oferta de preços customizada e que existe um nicho de serviços de roaming, porém para o topo da pirâmide das empresas para usuários que possuem um perfil de viajar com freqüência.

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12- A sua empresa pretende mudar de operadora nos próximos meses? 1 sim □ 2 não □ PULE PARA PERG. 14

sim; 35%

não; 65%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Análise: Esse gráfico mais uma vez reforça que nesse segmento o nível de fidelização é alto, porém com oportunidades pontuais. Esse ponto reforça que a presença constante do representante da operadora com alto nível de relacionamento com o cliente é fundamental para que quando houver a oportunidade de conquistar um cliente a operadora seja lembrada.

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12A) (SE SIM) Para qual operadora pretende mudar ? TIM □ VIVO□ CLARO□ OI□ NEXTEL□

tim

vivo

claro oi

nextel

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Análise: esse gráfico demonstra que as empresas que mencionam intenção de migrar de operadora tendem a migrar para a TIM, em razão da cobertura nacional e da tecnologia GSM que garante a segurança e a mobilidade nacional e internacional.

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13- E qual a modalidade de pagamento que pretende adotar? (Ler opções) 1-pré-paga□ 2-pós-paga□

pos

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1

pre

pos

Análise: mais uma vez aparece o reforço de que para esse segmento o pré-pago é irrelevante. 14 – Caso os números dos telefones móveis pudessem ser mantidos, sua empresa pensaria em trocar a operadora atual? 1 sim □ 2 não □

sim

não

0%10%20%30%40%50%60%70%

1

Análise: esse gráfico demonstra que a polêmica sobre a portabilidade dos números não é barreira para troca de operadora, assim, um grande paradigma de telefonia móvel é quebrado.

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AGORA PENSANDO EM SUA ATUAL OPERADORA DE TELEFONIA MÓVEL 15- Relate um fato ou uma experiência POSITIVA na sua relação comercial com a atual operadora de telefonia móvel.

21%

2% 2% 2%

5%

21%

5%

11%

21%

5% 5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

cobe

rtura

serv

iços

de

dado

s

gest

ão v

ia w

eb

exte

nção

do

plan

o co

rpor

ativo

a fa

mili

apo

litic

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reno

vaçã

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end i

men

to d

o ve

nded

or

desb

uroc

ratiz

ado

roam

ing

auto

mat

ico

tarif

as

adoç

ão d

a te

cnol

oggi

a G

SM

repo

siçã

o de

apa

relh

o

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16-Relate um fato ou uma experiência NEGATIVA na sua relação comercial com a atual operadora de telefonia móvel.

tarifas

problemas de faturamento/cobrança

reposição de aparelho

pos venda ruim

cobertura de dados

clonagem

tecnlogia cdma

excesso de burocracia

atendimento por funcionarios terceirizados

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Análise: esse gráfico demonstra que a relação entre o vendedor e o cliente precisa ser mais próxima e que o vendedor precisa trabalhar focado no cliente, atuando para garantir a satisfação dos clientes.

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