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Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor Produto 3. Viabilidade Econômico-Financeira do Manejo, Beneficiamento e Comercialização MANEJO FLORESTAL MADEIREIRO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA

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Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor

Produto 3. Viabilidade Econômico-Financeira do Manejo, Beneficiamento e Comercialização

MANEJO FLORESTAL MADEIREIRO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA

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Ficha Técnica

WWF-BRASIL

CARLOS NOMOTOSecretário Geral

MAURO ARMELINSuperintendente de Conservação

ANTONIO CRISTIANO CEGANACoordenador do Programa Água Brasil

KARINA MARQUESINI KOLOSZUKCoordenadora de Finanças para Sustentabilidade

FÁBIO LUIZ GUIDOEspecialista em Finanças para Sustentabilidade

BANCO DO BRASIL

OSMAR FERNANDES DIASVice Presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas

ASCLEPIUS RAMATIZ LOPES SOARESGerente Geral Unidade Negócios Sociais e Desenvolvimento Sustentável

WAGNER DE SIQUEIRA PINTOGerente Executivo

ANA MARIA RODRIGUES BORRO MACEDOMARCIO LUIZ DA SILVA GAMAGerente de Divisão

JORGE ANDRE GILDI DOS SANTOSAssessor Empresarial

ColaboraçãoALVARO ROJO SANTAMARIA FILHOCHRISTIENY DIANESE ALVES DE MORAESDOROTÉA DA COSTA SOUZADiretoria de Agronegócios

Equipe Técnica ResponsávelCONSUFOR

Márcio Funchal - CoordenadorLuís Scheffler

CoordenaçãoFabio Luiz Guido

Jorge Andre Gildi dos Santos

Design e diagramaçãogknoronha.com

Emanoela Farias e Guilherme K. Noronha

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Sobre o Água Brasil

O Programa Água Brasil surgiu da parceria entre o Banco do Brasil, a Fundação Banco do Brasil, a Agência Nacional de Águas e a WWF-Bra-sil, em 2010, unidas por um objetivo comum: a preservação da água.

O Programa Água Brasil representa a consolidação do posicionamen-to em sustentabilidade do Banco do Brasil e sua missão é promover transformações socioambientais em diversas regiões do país a favor da conservação e da gestão adequada da água.

Por meio de boas práticas de recuperação e conservação ambiental, gestão integrada de resíduos sólidos e ações de inclusão e promoção social, o Programa Água Brasil desenvolveu projetos demonstrativos, com o intuito de testar tecnologias replicáveis em todo o país.

Com quatro eixos de atuação - Projetos Socioambientais, Comunicação e Engajamento, Mitigação de Riscos e Negócios Sustentáveis - o Pro-grama Água Brasil está presente em sete bacias hidrográficas e cinco cidades brasileiras.

O Programa desenvolve ainda estudos para mitigação de riscos na con-cessão de crédito do Banco do Brasil e incentivos para o financiamento de negócios sustentáveis, com vistas a atender às expectativas da so-ciedade, dos acionistas, dos clientes e do regulador.

A fim de promover a conservação da floresta amazônica, o Programa se debruçou sobre o tema do manejo florestal madeireiro de florestas nativas da Amazônia, por meio do entendimento da cadeia produtiva, coeficientes técnicos e econômicos, modelagem financeira, e análise das principais falhas que podem contribuir direta ou indiretamente na redução da competitividade da atividade.

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Nesse contexto, o Programa Água Brasil investiu na busca de alternati-vas que permitam compatibilizar a conservação ambiental e a geração de renda a partir da floresta em pé.

Para saber mais sobre o Água Brasil, acesse:

http://bbaguabrasil.com.br

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Sumário

Sobre o Água Brasil 2

1. Apresentação 121.1. Antecedentes 12

1.2. Objetivos 13

1.1.1. Objetivo Geral 13

1.1.2. Objetivos Específicos 13

1.3. Limitações e Abrangência 13

1.4. Participantes 15

1.4.1.Participantes Diretos 15

1.4.2. Participantes Indiretos 16

2. Metodologia 172.1. Abordagem Geral 17

2.2. Abordagem Específica 18

3. A Cadeia Produtiva, o Benchmarking e as Empresas 233.1. A Cadeia Produtiva do Manejo Florestal 23

3.2. O Benchmarking 27

3.3. Empresas Visitadas 28

3.3.1. Amata 30

3.3.2. Damiani 31

3.3.3. Gatto Madeiras 32

3.3.4. GTO Madeiras 33

3.3.5. Madeflona 34

3.3.6. Madeiranit 35

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3.3.7. Madvisa 36

3.3.8. Maze Madeireira Zeni 37

3.3.9. SM Madeiras e Laminados 38

3.3.10. Madeiras Artenorte 39

4. Referências de Custos e Preços 404.1. Aspectos Gerais 40

4.1.1. Segregação das Referências por Etapas 40

4.1.2. Demonstração dos Resultados 41

4.1.3. Referências de Custos Analisadas 42

4.2. Resultados Levantados no Benchmarking 44

4.2.1. Etapa do Manejo Florestal 44

4.2.2. Etapa de Industrialização 58

4.2.3. Etapa de Comercialização 71

4.3. Preços Levantados no Benchmarking 79

4.3.1. Preços de Madeira em Pé 80

4.3.2. Preços de Madeira Entregue na Indústria 81

4.3.3. Preços de Produto Primário 82

5. Análise de Lucratividade 855.1. Cenários de Análise 85

5.2. Análise dos Cenários 87

5.2.1. Cenário 1: Venda da Madeira em Pé 87

5.2.2. Cenário 2: Venda de Tora Posta da Indústria 89

5.2.3. Cenário 3: Venda de Produto Primário 90

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6. Análise de Viabilidade 946.1. Cenários de Análise 94

6.2. Descrição dos Cenários 103

6.2.1. Cenário 1 103

6.2.2. Cenário 2 104

6.2.3. Cenário 3 105

6.3. Análise dos Cenários 108

6.3.1. Investimentos 108

6.3.2. Volume de Produção e Receitas 110

6.3.3. Custos Operacionais 113

6.3.4. Indicadores de Viabilidade 115

6.4. Viabilidade Complementar ao Manejo Florestal 123

7. Conclusões e Recomendações 1287.1. Em relação ao Manejo Florestal 128

7.1.1. Agregação (Manejo Florestal / Madeira em pé) 128

7.1.2. Carência de Recursos Financeiros para a Atividade 130

7.2. Em Relação à Industrialização 132

7.2.1. Agregação (Industrialização / Tora Posta na Indústria) 132

7.3. Em Relação à Comercialização 135

7.3.1. Agregação (Comercialização / Madeira Serrada) 135

7.3.2. Aspectos Gerais 137

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8. Anexos 1398.1. Anexo I – Simulação Base: Análise de Viabilidade: Investimentos 139

8.1.1. Cenário 1 139

8.1.2. Cenário 2 140

8.1.3. Cenário 3 142

8.2. Anexo II – Simulação Base: Análise de Viabilidade: Custos Operacionais 143

8.2.1. Cenário 1 143

8.2.2. Cenário 2 144

8.2.3. Cenário 3 145

8.3. Anexo III – Simulação Base: Análise de Viabilidade: Fluxo de Caixa 146

8.3.1. Cenário 1 146

8.3.2. Cenário 2 147

8.3.3. Cenário 3 148

8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149

8.4.1. Condições 149

8.4.2. Lista das Simulações 151

8.4.3. Resultados 151

8.4.4. Fluxos de Caixa 152

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Lista de Figuras

Figura 1.01 – Abrangência geográfica do estudo 14

Figura 2.01 – Etapas previstas para a consecução do estudo 17

Figura 2.02 – Principais aspectos analisados da cadeia produtiva florestal 19

Figura 2.03 – Localização geral das empresas visitadas 22

Figura 3.01 – Representação da cadeia produtiva do manejo florestal 23

Figura 3.02 – Localização das empresas visitadas em Rondônia – Florestas públicas 29

Figura 3.03 – Localização das empresas visitadas em Mato Grosso – Florestas privadas 29

Figura 3.04 – Caracterísiticas gerais da empresa Damiani 31

Figura 3.05 – Caracterísiticas gerais da empresa Gatto Madeiras 32

Figura 3.06 – Características gerais da empresa GTO Madeiras 33

Figura 3.07 – Características gerais da empresa Madeflona 34

Figura 3.08 – Características gerais da empresa Madeiranit 35

Figura 3.09 – Características gerais da empresa Madvisa 36

Figura 3.10 – Características gerais da empresa Maze Madeireira Zeni 37

Figura 3.11 – Características gerais da empresa SM Madeiras e Laminados 38

Figura 4.01 – Sequência de agregação de custos considerada no benchmarking 42

Figura 4.02 – Composição dos Custos da tora posta no pátio industrial 57

Figura 4.03 – Custos e preços de tora praticados pelas indústrias do benchmarking 59

Figura 4.04 – Resultados da referência 6 – custos totais do desdobro primário 70

Figura 4.05 – Preços médios de compra de tora no mercado regional* 82

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Figura 4.06 – Preços médios potenciais de venda de produto primário* 83

Figura 5.01 – Cenários de Análise de Lucratividade 86

Figura 5.02 – Método de análise de lucratividade do Cenário 1 87

Figura 5.03 – Análise de lucratividade do Cenário 1 (R$/m³) 88

Figura 5.04 – Método de análise de lucratividade do Cenário 2 89

Figura 5.05 – Análise de Lucratividade DO Cenário 2 (R$/m³) 90

Figura 5.06 – método de análise de lucratividade do Cenário 3 91

Figura 5.07 – Análise de lucratividade do Cenário 3 (R$/m³) 91

Figura 6.01 – Cenários de Análise de VIABILIDADE 94

Figura 6.02 – Cenários de análise de viabilidade 95

Figura 6.03 – Etapas do Cenário 1 104

Figura 6.04 – Etapas componentes do Cenário 2 104

Figura 6.05 – Etapas componentes do Cenário 3 106

Figura 6.06 – Vista frontal dos cortes (serra-fita) – tora 107

Figura 6.07 – Vista frontal dos cortes (serra-fita dupla de desdobro) – tábuas 107

Figura 6.08 – Vista frontal dos cortes (refiladeira múltipla) – réguas 107

Figura 6.09 – Vista superior dos cortes (destopadeira) – réguas 108

Figura 6.10 – Síntese comparativa dos investimentos 109

Figura 6.11 – Síntese comparativa dos custos anuais 114

Figura 7.01 – Valor da madeira em pé e agregação de valor do manejo florestal 129

Figura 7.02 – Agregação da etapa de industrialização (em R$/m³) 133

Figura 7.03 – Variação Acumulada da Margem de Lucro 133

Figura 7.04 – Agregação da etapa de comercialização (em %) 135

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Lista de Tabelas

Tabela 1.01 – Participantes diretos (ordem alfabética) 16

Tabela 1.02 – Participantes indiretos 16

Tabela 2.01 – Empresas selecionadas 21

Tabela 3.01 – Dados básicos sobre os estados de Rondônia e Mato Grosso 30

Tabela 3.02 – Dados básicos sobre os municípios de referência 30

Tabela 4.01 – Conjunto de referências de custos analisadas 44

Tabela 4.02 – Resultados da referência 1 – etapa do manejo florestal 46

Tabela 4.03 – Resultados da referência 2 – etapa do manejo florestal 50

Tabela 4.04 – Resultados da referência 3 – etapa do manejo florestal 52

Tabela 4.05– Resultados da referência 4 – etapa do manejo florestal 54

Tabela 4.06 – Resultados da referência 5 – etapa do manejo florestal 56

Tabela 4.07 – Resultados da referência 1 – etapa da industrialização 61

Tabela 4.08 – Resultados da referência 2 – etapa da industrialização 62

Tabela 4.09 – Resultados da referência 3 – etapa da industrialização 64

Tabela 4.10 – Resultados da referência 4 – etapa da industrialização 66

Tabela 4.11 – Resultados da referência 5 – etapa da industrialização 68

Tabela 4.12 – Resultados da referência 1 – etapa da comercialização 73

Tabela 4.13 – Resultados da referência 2 – etapa da comercialização 76

Tabela 4.14 – Resultados da referência 3 – etapa da comercialização 77

Tabela 4.15 – Resultados da referência 4 – etapa da comercialização 79

Tabela 4.16 – Estimativa do preço potencial da madeira em pé 80

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Tabela 5.01 – Simulação da venda integral do produto primário (EM R$/m³) 92

Tabela 6.01 – Peculiaridades da análise dos cenários 102

Tabela 6.02 – Investimento por cenário 110

Tabela 6.03– Volume de produção anual por cenário 110

Tabela 6.04– Preços adotados por cenário 111

Tabela 6.05– Estimativa de receita anual (faturamento) por cenário 113

Tabela 6.06– Síntese dos custos por cenário de negócio 114

Tabela 6.07 – Síntese dos custos por cenário de negócio 115

Tabela 6.08– Síntese dos resultados por cenário de negócio – situação base 118

Tabela 6.09 – Sensibilidade do VPL para o cenário 3 119

Tabela 6.10 – Sensibilidade da TIR para o cenário 3 119

Tabela 6.11 – Resultados das simulações 122

Tabela 6.12– Aplicação das modalidades de remuneração para a Amazônia 127

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1. Apresentação

1.1. Antecedentes

O presente relatório trata da Viabilidade Econômico-Financeira do Manejo, Beneficiamento e Comercialização do estudo Análise dos Desafios e Oportunidades da Cadeia de Valor do Manejo Florestal Madeireiro Sustentável na Amazônia. Este produto foi formulado para atender às prerrogativas do objetivo específico nº. 3 (item 1.2.2. deste documento).

O referido estudo é uma demanda formulada pelo PROGRAMA ÁGUA BRASIL (PAB). O PROGRAMA ÁGUA BRASIL foi concebido pelo Banco do Brasil e tem como parceiros a Agência Nacional de Águas, a Funda-ção Banco do Brasil e o WWF-Brasil.

O PROGRAMA ÁGUA BRASIL estabelece diversas ações relaciona-das à conservação do meio ambiente com ênfase na água. Um de seus componentes, o EIXO 4 – NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS, objetiva apri-morar a oferta de produtos e serviços financeiros que fomentem práti-cas sustentáveis no setor de agronegócios e de resíduos sólidos.

Produtos e serviços financeiros induzem os empreendimentos à compe-titividade. Seja por meio da minimização ou adaptação aos processos produtivos, de seus efeitos nas mudanças climáticas, estimulação à re-dução ou extinção de emissões de gases de efeito estufa, promoção do uso eficiente dos recursos naturais e inclusão social. Assim, devem promover melhorias em cadeias produtivas já estruturadas e em outras ainda em estruturação.

O PROGRAMA ÁGUA BRASIL, nessa linha de trabalho, visa analisar os desafios e oportunidades da Cadeia de Valor do Manejo Florestal Ma-deireiro Sustentável (Florestas Nativas) para que se criem e aprimorem os instrumentos (produtos e serviços) financeiros adequados às boas práticas da sustentabilidade.

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1.2. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral

O objetivo geral do estudo é avaliar a dinâmica da cadeia de valor e as diretrizes técnicas e econômico-financeiras que possam subsidiar o aprimoramento e ou desenvolvimento de produtos e serviços financei-ros para o manejo florestal madeireiro sustentável da Amazônia.

1.1.2. Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo principal, o estudo desenvolverá várias atividades, tra-duzidas por objetivos específicos. São em número de oito e compreendem:

1. Levantamento bibliográfico;

2. Coeficientes técnicos do manejo, beneficiamento e comercialização;

3. Viabilidade econômico-financeira do manejo, beneficiamento e comercialização;

4. Sistematização e análise conclusiva de falhas de mercado;

5. Análise propositiva de mecanismos financeiros mais adequados;

6. Revisão das etapas 1 a 5 e produção de material para discussão;

7. Apresentação de seminários e participação em eventos promovi-dos pelo contratante;

8. Consolidação dos resultados das etapas 1 a 5 e das etapas 6 e 7.

1.3. Limitações e Abrangência

Geograficamente, a abrangência do estudo inclui os aspectos relaciona-dos ao mercado da Amazônia Legal Brasileira, no contexto da indústria flo-restal, com ênfase nos estados de Mato Grosso e Rondônia (Figura 1.01).

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Figura 1.01 – Abrangência geográfica do estudo

RO

MT

AC

AM

RR AP

PA MA

TO

RO

MT

Cuiabá

PortoVelho

Fonte: CONSUFOR.

A condução dos esforços foi direcionada para identificar as conexões entre as empresas ou empreendedores individuais de manejo flores-tal sustentável, companhias industriais verticalizadas ou não e diversos stakeholders envolvidos no mercado de atuação.

Os aspectos analisados no presente estudo foram obtidos por meio de consultas a fontes secundárias e primárias, e pelo know-how dos con-sultores da CONSUFOR em projetos similares na região Amazônica. Além disso, coube à CONSUFOR harmonizar dados e informações dis-crepantes obtidas pelas diversas fontes.

Importante frisar que as análises e resultados deste estudo são decorren-tes de um amplo debate entre a equipe de consultores da CONSUFOR, especialistas do PROGRAMA ÁGUA BRASIL e diversos analistas do mer-cado florestal, convidados a participar, discutir, contribuir e validar os co-nhecimentos e conclusões produzidas ao longo do seu desenvolvimento.

A base do levantamento de dados do estudo, sob a ótica do mercado florestal, foi concentrada na técnica do benchmarking. Todas as fontes consultadas tiveram sua identidade preservada, bem como foram omiti-das as informações de caráter sigiloso.

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Cabe salientar, todavia, que também foram consideradas as experiên-cias do mercado florestal de outros estados, com o intuito de agregar as melhores práticas atualmente empregadas. O resultado final do estudo, considerando os oito produtos previstos, não almeja se constituir na pa-lavra final sobre a atividade de manejo florestal sustentável na Amazônia Brasileira, assim como não tem a intenção de conter toda a informação disponível sobre tal.

Pelo fato do benchmarking ter sido realizado com base em informações prestadas pelos gestores das empresas, não se pode garantir a exati-dão ou integridade dos referidos dados. Apesar disso, as informações ora apresentadas foram revisadas pela CONSUFOR e se encontram, em princípio, alinhadas com a realidade de mercado florestal na região de abrangência do estudo.

Este documento foi elaborado para uso do PROGRAMA ÁGUA BRASIL (PAB), seus idealizadores e parceiros (Banco do Brasil, Agência Nacio-nal de Águas, Fundação Banco do Brasil e WWF-Brasil), no contexto da análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor que afetam a competitividade empresarial local. Inclina-se em identificar as diretrizes técnicas e econômico-financeiras da atividade de manejo florestal com foco nas áreas e microrregiões objeto do estudo.

Além disso, almeja ser utilizado como referência para o setor financeiro no fomento à cadeia produtiva do manejo florestal madeireiro sustentá-vel. Seu conteúdo pode ser utilizado desde que a fonte seja citada.

1.4. Participantes

1.4.1.Participantes Diretos

A participação direta na organização e compilação do respectivo pro-duto contou com a colaboração de participantes das instituições ideali-zadoras e da equipe técnica da CONSUFOR (Tabela 1.01).

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Tabela 1.01 – Participantes diretos (ordem alfabética)

Fabio Luiz Guido Jorge André G. dos Santos Luís SchefflerAngelica de Souza Griesinger Álvaro Rojo Santamaria Filho Angelo PachecoKarina Koloszuk Christieny Dianese A. Moraes Adriane RoglinLiliane Miranda Joels Daniela Sarkis Teixeira Alan SbardelottMauro Armelin Ederson de AlmeidaRicardo Russo Eugenio PitzahnSamuel Roiphe Barreto Francisco LopesVictorio Mattarozzi Neto Isabel Regis

Loarena LealMarcio Funchal

WWF - BRASIL BANCO DO BRASIL CONSUFOR

Fonte: CONSUFOR.

1.4.2. Participantes Indiretos

A colaboração indireta na divulgação do projeto e na obtenção dos dados deste produto contou com a participação de organizações, sindicatos e empresas do setor madeireiro da região de abrangência do estudo (Tabela 1.02).

Tabela 1.02 – Participantes indiretos

ParticipantesBANCO DO BRASIL* Edson AnelliSERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO Andre Luiz Campos de Andrade

Marcelo ArguelesCIPEM Silvia Regina Fernandes

Álvaro leiteRamiro Azambuja

SINDUSMAD Gleisson Omar TagliariSINDUSMAD/FAMAD Jaldes LangerSIMNO Roberto Rios LimaEmpresas do Benchmarking

AMATA Roberto WaakDAMIANI MADEIRAS Ivair Antônio DamianiGATTO MADEIRAS Luiz Carlos GattoGTO MADEIRAS Gleisson Omar TagliariMADEFLONA Jonas PeruttiMADEIRANIT José Eduardo PintoMADEIRAS ARTENORTE Carlos Gilberto PierdonáMADVISA MADEIRAS Roberto Rios LimaMAZE MADEIREIRA ZENI Lidiane ZeniSM MADEIRAS Rafael Mason

* Superintendência de Desenvolvimento Sustentável do Mato Grosso

Instituição

Fonte: CONSUFOR.

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2. Metodologia

2.1. Abordagem Geral

Para o desenvolvimento do projeto, a CONSUFOR adotou o modelo de trabalho apresentado na Figura 2.01.

Figura 2.01 – Etapas previstas para a consecução do estudo

• Rever os estudos realizados por instituições com renomado saber sobre mecanismos financeiros de apoio e políticas públicas relacionadas a instrumentos econômicos de gestão ambiental para o setor florestal, tais como normativos, subsídios, tributário, licenças negociáveis, impostos, taxas, licencia-mento e outros.

PRODUTO 1 Levantamento Bibliográfico

• Realizar análise setorial da cadeia levantando diretrizes técnicas/coeficientes de produção, consumo, comercialização, preço, produtividade, entre outros, de modo que possam subsidiar a análise de risco de financiamento das etapas de manejo florestal, beneficiamento e comercialização, em pequenos, médios e grandes empreendimentos, em concessões públicas e projetos privados, nas regiões sele-cionadas.• Na comercialização, apresentar fluxograma e avaliar como os diversos agentes da cadeia produtiva se relacionam.

PRODUTO 2 Coeficientes Técnicos do Manejo, Beneficiamento e Comercialização

• Realizar análise de viabilidade econômico-financeira, incluindo indicadores como VPL, TIR, Playback e Fluxo de Caixa, quando possível, de modo a subsidiar análise de risco de financiamento em todas as etapas de cadeia, em pequenos, médios e grandes empreendimentos, concessões públicas e projetos privados, nas regiões selecionadas.• Apresentar os referenciais de custo de produção para os diferentes empreendimentos, por item de custo, nas fases de investimento, custeio e comercialização, incluindo a certificação.

• Realizar seminário, palestras, eventos e reuniões com o Banco do Brasil e representantes do setor.

PRODUTO 7 Apresentação de Seminários e Participação em Eventos Promovidos pelo Contratante

• Identificar e analisar os mecanismos financeiros de apoio à cadeia produtiva: linhas de crédito, fluxos de financiamento existentes, melhores modelos e oportunidades de negócios em diferentes etapas da cadeia em pequenos, médios e grandes empreendimentos, concessões e projetos privados, nas regiões selecionadas.

• Sistematizar o resultado das análises em formato apropriado para apresentações, debates e seminá-rios, reuniões e eventos com representantes do setor.

• Sistematizar os produtos e eventos em documento final.

PRODUTO 5 Análise Propositiva de Mecanismos Financeiros mais Adequados

PRODUTO 6 Revisão das Etapas 1 a 5 e Produção de Material para Discussão

PRODUTO 8 Consolidação dos Resultados das Etapas 1 a 5 e das Etapas 6 e 7

• Identificar e analisar as falhas de mercado, tais como altos custos de transação, assimetria de in-formações, falha de governo, entre outros, que dificultam a alocação de recursos de forma eficien-te, a partir de entrevistas com intervenientes da cadeia (órgão públicos, comunidades e empresas).

PRODUTO 4 Sistematização e Análise Conclusiva de Falhas de Mercado

Fonte: PROGRAMA ÁGUA BRASIL.

PRODUTO 3 Viabilidade Econômico-Financeira do Manejo, Beneficiamento e Comercialização

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2.2. Abordagem Específica

Neste terceiro produto foi realizada uma análise setorial da cadeia pro-dutiva, evidenciando a viabilidade econômico-financeira do manejo flo-restal, industrialização e comercialização. O documento complementa o segundo produto, cujo foco foi a identificação de coeficientes técnicos.

A análise tomou por base os dados e informações disponíveis em fontes primárias, complementadas por fontes secundárias:

• Primárias: os dados e informações foram gerados por intermé-dio de entrevistas, pessoais e telefônicas, e visitação técnica às empresas selecionadas. Foram consultados gestores, técnicos e analistas, tanto do setor privado como de instituições públicas, além de pesquisadores e especialistas de mercado.

• Secundárias: foram considerados documentos de domínio público (artigos técnicos, publicações especializadas, planos de manejo, contratos de concessão, relatórios de certificação florestal, registros de agentes públicos e outros) e banco de dados da CONSUFOR.

A cadeia produtiva foi analisada em diferentes escalas de empreendi-mento (pequenos, médios e grandes operadores), considerando o su-primento a partir de manejo florestal empresarial privado e em florestas públicas concessionadas.

Uma das ferramentas utilizadas na caracterização da cadeia produtiva foi o benchmarking, processo de identificação de referenciais de exce-lência, realizado com empresas selecionadas e previamente elencadas conjuntamente entre os técnicos do PROGRAMA ÁGUA BRASIL (PAB), seus idealizadores e parceiros e a equipe técnica da CONSUFOR.

Como resultante e constituindo um panorama geral, foram reunidos os aspectos relacionados ao mercado e à operação empresarial. Assim, foi analisado o mercado e a operação de madeira tropical, em especial nos estados de Mato Grosso e Rondônia, considerando estratégias, players, caracterização da cadeia de agregação de valor – desde a madeira em pé

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até o consumidor final no Brasil e no exterior, ou seja, com a atuação dos diversos agentes da cadeia – coeficientes técnicos, econômicos e financei-ros e outros dados e informações mercadológicas relevantes (Figura 2.02).

Figura 2.02 – Principais aspectos analisados da cadeia produtiva florestal

Parâmetros Técnicos e Econômico-Financeiros

Manejo Florestal•Exploração•Certificação•Suprimento•Concessões•Serviços ambientais

Processamento industrial primário

•Produtos•Volumes•Porte•Rendimento

Comercialização•Sistemática•Canais de distribuição•Transporte•Outros

Fonte: CONSUFOR.

Diversos elementos serviram como base para essa caracterização. São eles:

• A participação das empresas e sua efetiva contribuição com o fornecimento de dados e informações fidedignos e condizentes com a realidade de mercado foi fundamental para esta etapa do estudo. A participação das empresas foi assegurada mediante termos de confidencialidade e impossibilidade de identificação ou relacionamento de suas atividades, assegurando o sigilo para informações estratégicas e preservação de identidades;

• Para selecionar as empresas participantes do benchmarking, os técnicos do PROGRAMA ÁGUA BRASIL (PAB), seus idealizado-res e parceiros e a equipe técnica da CONSUFOR elaboraram uma lista prévia com diversas empresas, localizadas em Mato Grosso e Rondônia. A partir dessa lista, foram selecionadas em caráter preliminar, aquelas que atendessem ao máximo aos se-guintes critérios específicos:

• Tradição na atividade;

• Operações exclusivamente de manejo florestal (comercian-tes de toras);

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• Operações de manejo florestal e industrialização da madei-ra (comerciantes de produtos industrializados);

• Operações comerciais de produtos industrializados para re-tirada no pátio (o comprador do produto industrial se encar-rega da logística);

• Operações comerciais de produtos industrializados distri-buídos em outras regiões do País ou do exterior (o vendedor se responsabiliza pela logística de comercialização), com envolvimento de diversos agentes da cadeia de comerciali-zação do produto comercializado.

• O acesso às empresas e a facilitação na obtenção de dados e in-formações foi fundamental e somente possibilitado graças à sinergia formada entre a equipe do estudo e os diversos agentes e institui-ções relacionadas à atividade florestal no País. É imprescindível que se mencione a colaboração e a presteza dos seguintes agentes:

• WWF-Brasil: Equipe participante do Programa Água Brasil (Eixo 4);

• Banco do Brasil: Unidade Negócios Sociais e Desenvolvi-mento Sustentável;

• CIPEM: Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso;

• SINDUSMAD: Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso;

• SIMNO: Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso.

• A coordenação e prerrogativa da equipe central do estudo (PRO-GRAMA ÁGUA BRASIL e CONSUFOR) catalisaram a integração, troca de conhecimentos, boas práticas e experiências positivas

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entre os diversos participantes, constituindo o arranjo institucional necessário à credibilidade do estudo;

• Seleção de empresas e realização de benchmarking, conside-rando um total de dez empresas, segmentadas a partir de:

• Suprimento com madeira oriunda de florestas públicas concessionadas;

• Suprimento a partir de madeira de manejo florestal empre-sarial privado.

As empresas que operam em ambos os segmentos são apresenta-das na Tabela 2.01.

Tabela 2.01 – Empresas selecionadas

Razão Social Nome FantasiaAmata S.A. AMATAMadeflona Industrial Madeireira Ltda. MADEFLONAMadvisa Madeiras Ltda-ME MADVISADamiani Comércio e Exportação de Madeiras Ltda- ME DAMIANIMaze Madeireira Zeni Ltda. MAZE MADEIREIRA ZENIGatto Comércio de Madeiras e Beneficiamento GATTO MADEIRASMadeiranit Madeiras Ltda. MADEIRANITArtenorte Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. MADEIRAS ARTENORTE Sinop/MTGTO Madeiras GTO MADEIRASSM Laminados de Madeira Ltda. SM MADEIRAS E LAMINADOS Várzea Grande/MT

EmpresaOrigem da Madeira

Concessão Pública

Floresta Privada

Localização

Itapuã do Oeste/RO

Juina/MT

Fonte: CONSUFOR.

As empresas que baseiam suas atividades em florestas públicas foram definidas por indicação prévia do PROGRAMA ÁGUA BRASIL (princi-palmente pela equipe do WWF- Brasil), mas com apoio também do Ser-viço Florestal Brasileiro.

Essas empresas que utilizam madeira de florestas privadas foram de-finidas a partir das indicações do CIPEM, SINDUSMAD e conforme as necessidades de abrangência do estudo (escala e segmentos de ope-ração dos empreendimentos). Atualmente, o CIPEM e o SINDUSMAD têm mais de 300 indústrias associadas.

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O estudo preliminar das empresas com o CIPEM e SINDUSMAD apontou empresas aptas à participação no estudo localizadas em Juína, Várzea Grande e Sinop (Figura 2.03). Uma observação: nenhuma das empre-sas associadas realiza exclusivamente a atividade de manejo florestal.

Figura 2.03 – Localização geral das empresas visitadas

MATO GROSSO

RONDÔNIA

Fonte: Adaptado por CONSUFOR.

A estrutura deste relatório compreende, além da apresentação e metodolo-gia, as informações de base florestal, industrial e de mercado, configuran-do os coeficientes técnicos do manejo, beneficiamento e comercialização.

O documento é conciso e direto. Como introdução ao essencial é apre-sentada uma abordagem expedita sobre a etapa em evidência. E, na sequência, a atenção recai sobre o foco do documento: a viabilidade econômico-financeira e as análises decorrentes.

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3. A Cadeia Produtiva, o Benchmarking e as Empresas

3.1. A Cadeia Produtiva do Manejo Florestal

A cadeia de agregação de valor da madeira tropical, oriunda do manejo florestal sustentável, está representada sinteticamente na Figura 3.01. Cada uma das etapas de agregação de valor está descrita a seguir, de acordo com as características MAIS COMUNS ao setor florestal basea-do em madeira tropical no Brasil.

Figura 3.01 – Representação da cadeia produtiva do manejo florestal

Fonte: CONSUFOR.

Manejo Florestal

• Em regime sustentável, a madeira pode ser extraída da flo-resta por meio de um Plano de Manejo Florestal, concedido por Órgão Federal ou Estadual competente, que autoriza o corte seletivo de árvores da floresta natural.

• O plano de manejo é o documento, na etapa do licencia-mento de operação florestal, que determina o volume máxi-

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mo de retirada anual de madeira da floresta, considerando uma série de premissas pré-estabelecidas na legislação.

• O plano de manejo deve ser elaborado em nome do proprie-tário do imóvel rural, no caso dos planos de manejo priva-dos ou em nome do concessionário vencedor dos editais de licitação, na hipótese da concessão das florestas públicas.

• Os planos de manejo podem estar vinculados a um con-sumidor industrial específico (uma indústria que tem base florestal própria) ou não (proprietários rurais que não têm indústria). Dessa forma, as indústrias podem consumir toras oriundas de seu próprio manejo florestal ou adquiri-las no mercado regional. Já no caso das florestas públicas, por imposição dos contratos de concessão, obrigatoriamente o concessionário deve ter sua própria indústria.

• O corte da madeira é realizado segundo o planejamento do consumo industrial, o regime de chuvas e o planejamento, localização e capacidade de armazenamento das áreas de estoque. Em princípio, 100% da madeira prevista para corte anual é retirada da floresta. Entretanto, problemas operacio-nais no momento da colheita e aspectos de mercado (de-manda, custos e preços) podem fazer com que parte desse volume seja abandonado na floresta (a árvore é deixada em pé, não havendo assim sua derrubada). O estoque da ma-deira pode ser feito no local da colheita (beira da estrada), em pátios dentro da área de manejo (na floresta) e na indús-tria (pátio da serraria ou laminadora).

• O transporte da madeira em tora é feito por rios e/ou estradas (dependendo da logística regional), acompanhada pelo Do-cumento de Origem Florestal (DOF), que atesta a origem legal da madeira e deve acompanhar o seu transporte, obedecen-do quantidades, espécies e destino previamente informados.

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• Como regra geral, os estados da Amazônia Legal utilizam de subterfúgios tributários como tentativa de industrializar a atividade madeireira dentro de suas fronteiras. Como não há mecanismo legal que proíba o livre trânsito de mercadorias e produtos no território nacional, esses estados se utilizam da determinação de Pauta de Preços Mínimos para a cobrança do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).

• Embora os governos estaduais aleguem que a pauta de preços mínimos seja baseada em levantamentos regulares das transações reais do mercado regional, os empresários do setor florestal alegam que os valores praticados nos De-cretos Estaduais são mais elevados do que a prática real, diminuindo assim suas margens de lucro e competitividade. Por outro lado, isso aumenta os cofres do Poder Executivo via arrecadação de impostos (ICMS).

• Assim, quando a tora é retirada da floresta e transportada até uma indústria DENTRO do mesmo estado, o ICMS é pago com base no preço mínimo de referência (baseado em valores obtidos em pesquisa de preços regionais). Quando a mesma tora é remetida a uma indústria localizada FORA do estado, o ICMS é pago sobre um valor bastante superior (no Pará, por exemplo, equivale a 10x o preço mínimo de referência para venda dentro do estado).

Industrialização

• A industrialização pode ocorrer em empresas industriais que têm ou não base florestal própria. Essas empresas apresen-tam escalas diversas e nível tecnológico bastante distinto.

• A industrialização da tora pode ser feita em diferentes graus de agregação de valor. Um produto madeireiro de maior

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valor agregado passa por mais etapas industriais. O inverso também é verdadeiro.

• Assim, basicamente ocorrem duas etapas de processamen-to industrial da tora: o primário e o secundário. No processa-mento primário ocorre a primeira transformação da tora em produto acabado. Os produtos mais comuns são a madeira serrada e as lâminas de madeira, nas mais diversas formas e dimensões. No processamento secundário podem ocorrer diversas etapas de agregação de valor à madeira. Dessa forma, a quantidade de produtos oriunda de processamen-to secundário (também conhecido como beneficiamento) é imensa. Sinteticamente, são classificados como madei-ra aplainada, compensado, forros, pisos, decks, molduras, móveis, chapas de madeira reconstituída e outros diversos.

• As toras oriundas do manejo florestal sustentável podem ser industrializadas em companhias que têm apenas o desdo-bro primário (serrarias e laminadoras), cuja produção pode ser vendida a outras indústrias (que farão o desdobro se-cundário ou beneficiamento da madeira) ou ao consumidor. Por outro lado, há casos de empresas de porte médio a grande que têm atividades industriais tanto de desdobro primário como secundário.

Comercialização

• A venda do produto acabado, independentemente do grau de agregação de valor que essa madeira teve ao longo do seu processo fabril, pode ser feita resumidamente pela pró-pria indústria ou por meio de um agente de vendas/trader.

• As formas e operações comerciais são muito diversas e dependem diretamente do produto fabricado, do local da indústria, periodicidade do fornecimento e destino e aplica-ção final do produto.

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• Como regra geral, a produção industrial é encaminhada para centros distribuidores de produtos de madeira (depósitos atacadistas e redes de materiais de construção) ou para in-corporadoras da construção civil (construtoras que negociam grandes volumes de madeira para aplicação em suas obras).

• No primeiro caso de venda, independentemente de onde estiverem localizados (no Brasil ou no exterior), os gran-des depósitos atacadistas e grandes redes de materiais de construção operam como distribuidores do produto de madeira para os atacadistas e materiais de construção de pequeno e médio portes. Dessas empresas o produto che-ga então na sua aplicação final nas residências, comércio e demais empreendimentos empresariais.

• No segundo caso de venda, as incorporadoras da constru-ção civil adquirem altos volumes de produtos de madeira para aplicação direta em suas obras, sejam elas para fins residenciais, comerciais, industriais ou de infraestrutura.

3.2. O Benchmarking

Benchmarking pode ser entendido como a busca por melhores práticas na indústria, com objetivo de avaliar os processos, produtos e serviços, buscando melhorar o desempenho organizacional e aumentar a compe-titividade das empresas.

Neste estudo, o benchmarking foi utilizado como forma de compreender o funcionamento e organização de um empreendimento de industriali-zação da madeira tropical, desde a retirada das toras da floresta até a entrega do produto acabado/semiacabado ao consumidor.

Para tanto, foram selecionados 10 empreendimentos privados, de di-ferentes portes e estruturas, como forma de obter visões distintas em razão das diversidades de negócios disponíveis. Entretanto, a CONSU-

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FOR ressalta que não é verdadeira a hipótese de extrapolação dos re-sultados obtidos nesse benchmarking para a realidade de toda a indús-tria amazônica, até mesmo porque essa não é a finalidade do estudo.

Por outro lado, poucos estudos já realizados no setor industrial amazô-nico trataram a análise de desempenho das empresas de maneira pro-funda e ampla como o presente. A amplitude se deve ao fato de estarem sendo analisados aspectos ligados tanto ao horizonte estratégico dos negócios, como também da rotina diária do chão de fábrica.

Por esse motivo, alguns dos aspectos investigados pela equipe do pro-jeto não foram disponibilizados pelas empresas visitadas, por terem sido considerados estratégicos ou segredos do negócio.

Além disso, em outros casos, coube à equipe da CONSUFOR validar a veracidade dos números e informações prestadas. Essa precaução foi tomada no sentido de propiciar ao leitor uma análise pautada na veraci-dade dos fatos de negócio.

3.3. Empresas Visitadas

As empresas selecionadas estão localizadas em Itapuã do Oeste, em Rondônia e em Juína, Sinop e Várzea Grande, em Mato Grosso, confor-me mostram as Figuras 3.02 e 3.03.

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Figura 3.02 – Localização das empresas visitadas em Rondônia – Florestas públicas

AMATAMADEFLONA

Fonte: DNIT (Adaptado por CONSUFOR).

Figura 3.03 – Localização das empresas visitadas em Mato Grosso – Florestas privadas

GTO MADEIRASMADEIRANIT

MADEIRAS ARTENORTE

DAMIANIMADVISA

MAZÉ MADEIREIRA ZENIGATTO MADEIRAS

SM MADEIRAS E LAMINADOS

Fonte: DNIT (Adaptado por CONSUFOR).

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Para facilitar a contextualização do leitor, a CONSUFOR resume alguns dados básicos sobre os estados (Tabela 3.01) e sobre os municípios (Tabela 3.02), localizados nas regiões visitadas.

Tabela 3.01 – Dados básicos sobre os estados de Rondônia e Mato Grosso

Dados Estaduais Rondônia Mato Grosso

Capital Porto Velho CuiabáPopulação estimada (2013) 1.728.214 3.182.113Área (km²) 237.590,547 903.366,192Densidade demográfica (hab/km²) 6,58 3,36Número de municípios 52 141PIB (Em R$ 1.000.000) - 2011 27.839 71.418

Fonte: IBGE.

Tabela 3.02 – Dados básicos sobre os municípios de referência

Porto Velho (Capital)

Itapuã do Oeste

Cuiabá (Capital)

Várzea Grande

Juína Sinop

População estimada (2013) 484.992 9.661 569.830 262.880 39.592 123.634 Área da unidade territorial (km²) 34.096.338 4.081,583 3.495,424 1.048,212 26.189,963 3.942,231 Densidade demográfica (hab/km²) 12,57 2,10 157,66 240,98 1,50 28,69 PIB (Em R$ 1.000) - 2011 9.492.315 122.462 12.406.461 4.047,847 600.410 2.476,087

Dados MunicipaisRondônia Mato Grosso

Fonte: IBGE.

3.3.1. Amata

Há nove anos a AMATA atua no ramo madeireiro. Ela dispõe de uni-dades operacionais em Rondônia (Itapuã do Oeste), Pará (Castanhal, Paragominas e Ipixuna), Mato Grosso do Sul (Três Lagoas), São Paulo (capital e Valinhos) e no Paraná (Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Cerro Azul, Campo Largo, Castro, Palmeira e Ponta Grossa).

A empresa tem uma concessão pública na Floresta Nacional do Jamari em Itapuã do Oeste, Rondônia, com 46,0 mil ha. Além disso, dispõe de uma área plantada de 28,7 mil ha, distribuídas em vários estados, com espécies nativas, eucalipto e pinus.

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Neste estudo foi considerada a unidade florestal-industrial de Itapuã do Oeste, em Rondônia. A empresa AMATA não autorizou o registro foto-gráfico em suas dependências.

3.3.2. Damiani

A DAMIANI esta há mais de 20 anos em Juína, em Mato Grosso. Seu pro-prietário, o Sr. Ivair Antônio Damiani, é também conselheiro do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO).

A DAMIANI é uma empresa verticalizada, no sentido de manter uma área de manejo própria e dela extrair a matéria-prima para a indústria. A empresa conta com geração de energia elétrica a partir da queima dos resíduos, além de outras estruturas auxiliares e de apoio.

Figura 3.04 – Caracterísiticas gerais da empresa Damiani

Visão Geral do Pátio de Toras Estufa de Secagem da Madeira

Produto Final Geração de Energia

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.3. Gatto Madeiras

A empresa GATTO MADEIRAS está localizada em Juína. Opera há 14 anos sob a gerência do Sr. Luiz Carlos Gatto, que também acumula a função de tesoureiro do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Movelei-ras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO).

O Sr. Gatto é natural de Umuarama-PR, e, assim com os demais madei-reiros da região, vem ajudando a desenvolver o setor na região.

Trabalha com as espécies mais tradicionais e disponíveis na região: Cedri-nho (Erisma uncinatum), Cupiúba (Goupia glabra), Cumaru (Dipterryx odora-ta), Itaúba (Mezilaurus itauba) e Angelim Pedra (Hymenolobium excelsum).

Figura 3.05 – Caracterísiticas gerais da empresa Gatto Madeiras

Visão Geral do Pátio de Toras Matéria-Prima

Processo de Beneficiamento Equipamento de Corte

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.4. GTO Madeiras

Sediada em Sinop, a GTO MADEIRAS atua há 20 anos. É gerenciada pelo empresário Gleisson Omar Tagliari, que também preside o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (SINDUSMAD).

O Sr. Gleisson é natural de Maringá-PR. Entusiasmado com Sinop, em 1991, iniciou suas atividades no ramo madeireiro. No início, comparti-lhava o uso de uma indústria trabalhando à noite.

Atualmente se divide entre o comando da empresa e as atividades da presidência do SINDUSMAD.

Figura 3.06 – Características gerais da empresa GTO Madeiras

Visão Geral do Pátio de Toras Processamento Primário

Processo de Secagem Convencional Produto Final

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.5. Madeflona

A MADEFLONA – Industrial Madeireira Flona do Jamari Ltda. está loca-lizada em Itapuã do Oeste, distante 105 km da capital Porto Velho, em Rondônia. O acesso se dá pela rodovia federal BR-364. É a primeira empresa do País a operar uma área de floresta pública concessionada, na Floresta Nacional do Jamari.

A MADEFLONA opera a unidade de manejo florestal I, ou UMF I, com 17,2 mil ha, da Floresta Nacional, ou FLONA, do Jamari.

A MADEFLONA foi constituída em 2008, especificamente para a opera-ção com a concessão florestal.

Figura 3.07 – Características gerais da empresa Madeflona

Estrada de Acesso Pátio Florestal

Processamento Primário Produto Final

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.6. Madeiranit

O Grupo Madeiranit iniciou suas atividades em 1972 como empresa transportadora e distribuidora de madeiras. Atualmente também atua nas áreas de produtos e acessórios para linha moveleira e construção civil.

A MADEIRANIT Sinop realiza todo o ciclo produtivo, desde a extração da matéria-prima, industrialização da madeira, logística de entrega até a distribuição de seus produtos ao consumidor final.

A empresa é composta pela matriz, localizada em Sinop e de duas fi-liais, localizadas nas cidades de Cláudia e Juara, em Mato Grosso.

Faz parte do Grupo Madeiranit, o qual tem sua sede localizada em Leme (São Paulo), sendo composto de 14 empresas localizadas nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Pará. Atua no setor madei-reiro nas linhas moveleira, construção civil, fabricação de móveis plane-jados sob encomenda e exportação.

Figura 3.08 – Características gerais da empresa Madeiranit

Visão Geral do Pátio Processo de Beneficiamento

Geração de Energia Produto Final

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.7. Madvisa

Localizada em Juína, é comandada pelo empresário Roberto Rios Lima, que também preside o Sindicato das Indústrias Madeireiras e Movelei-ras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO).

A MADVISA atua no ramo madeireiro há nove anos, embora seu proprie-tário disponha de mais de 20 anos de conhecimento na atividade.

O Sr. Roberto é natural do Espírito Santo e iniciou suas atividades em Juína em 1985, não como madeireiro, mas como prestador de serviços e despachante. Já atuou em diversos segmentos da cadeia produtiva da madeira, a exemplo de laminadoras e fábricas de compensado.

Figura 3.09 – Características gerais da empresa Madvisa

Visão Geral do Pátio Matéria-Prima

Produto Final Convencional Produto Final de Maior Valor Agregado

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.8. Maze Madeireira Zeni

Desde 1981 no município de Juína, a família Zeni ajudou a construir o município e se divide entre os negócios da pecuária e da madeira.

Comandada pela família, na pessoa do Sr. Lírio, Sra. Liane e Lidiane Zeni, a MAZE Madeireira Zeni é tida como uma empresa de referência a todas as empresas do ramo.

A família possui também forte ligação ao sindicato local, o SIMNO, do qual a Sra. Liane Zeni já foi presidente e integrante da diretoria, conta-bilizando diversas conquistas para a indústria madeireira.

Figura 3.10 – Características gerais da empresa Maze Madeireira Zeni

Matéria-Prima para Processamento Matéria-Prima

Geração de Energia Produto Final

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.9. SM Madeiras e Laminados

A SM Madeiras e Laminados é composta por unidades industriais locali-zadas em Mato Grosso (municípios de Várzea Grande e Aripuanã), Pará (Castelo de Sonhos/Altamira) e Rondônia (Vilhena). Além disso, tem en-trepostos que são utilizados como pontos de venda e depósitos em São Paulo (Marília) e Paraná (São José dos Pinhais).

Atuante desde 1981, a SM Madeiras e Laminados é hoje comandada pelo Srs. Cesar e Rafael Mason, tradicional família do sul do País.

A unidade industrial considerada neste estudo produz lâminas faquea-das e se localiza em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, em Mato Grosso.

Figura 3.11 – Características gerais da empresa SM Madeiras e Laminados

Visão Geral do Pátio Processamento

Produto Final Produto em Elaboração

Fonte: CONSUFOR.

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3.3.10. Madeiras Artenorte

Apesar de selecionada e ter tido sua participação previamente confir-mada com o Banco do Brasil, CIPEM e SIMNO, a Madeiras Artenorte optou por não permitir a entrada da equipe da CONSUFOR quando esta estava realizando as visitas de campo. Todas as tentativas da equipe em realizar a visitação, sejam pessoalmente ou por telefone, não surti-ram efeito, uma vez que seus diretores optaram de última hora em não participar do estudo.

Assim, não foram incluídos nas análises os coeficientes técnicos da Madeiras Artenorte.

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4. Referências de Custos e Preços

4.1. Aspectos Gerais

4.1.1. Segregação das Referências por Etapas

Todas as Etapas da cadeia de agregação de valor da madeira – manejo florestal, industrialização e comercialização – tiveram seus referenciais de custos e preços analisados separadamente. Como prescrito, foram abordadas as referências dos aspectos de maior relevância dentro de cada uma das respectivas etapas.

Dessa forma, com o intuito de permitir a padronização e comparação dos resultados entre as empresas, as referências de custos e preços foram sintetizadas em aspectos comuns a todas as empresas, dentro de cada uma das etapas da cadeia de valor.

Isso é importante, no sentido em que as empresas participantes do ben-chmarking organizam sua gestão operacional e financeira de modo dis-tinto uma da outra. Assim, “grupos de custos” ou “contas de custos” são diferentes de uma empresa para outra. Ex.: algumas empresas contro-lam o custo do estoque de madeira no pátio (considerando o valor do estoque de madeira e as agregações de despesas com movimentação de cargas, pavimentação, etc.), enquanto outras não.

Os levantamentos relativos ao manejo, industrialização e comercialização foram levantados in loco, entre setembro/2013 e março/2014. Portanto, todas as referências de custos e preços dizem respeito a esse intervalo.

Sintetizando, na Etapa de MANEJO FLORESTAL, foram analisadas as referências de custos e preços relativos a todo o trâmite empresarial relacionado ao ativo florestal, desde o planejamento da operação, estu-dos, obtenção de licenças, etc., até a retirada da madeira em tora para entrega no pátio das indústrias.

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Para a Etapa de INDUSTRIALIZAÇÃO, foi necessário um cuidado especial para determinar o “ponto de parada” das análises. Isso ocorreu porque todas as empresas visitadas no benchmarking (assim como a maioria das empresas da região amazônica) têm algum tipo de processamento secun-dário da madeira, ou seja, o produto industrial final tem algum tipo de agre-gação de valor além do desdobro primário (madeira serrada ou lâmina), tais como portas, batentes, guarnições, pisos, assoalhos, forros, etc.

Assim, os referenciais analisados nessa etapa se resumem EXCLUSI-VAMENTE ao processamento industrial primário das empresas, mes-mo que o produto final das empresas seja um produto de maior valor agregado. Dessa forma, os referenciais de custos e preços podem ser comparados, conforme previsto na metodologia do estudo.

Finalmente, a etapa de COMERCIALIZAÇÃO reúne as referências téc-nicas específicas da operação mercantil dos produtos fabricados. Uma ressalva importante a ser feita é que as empresas do benchmarking co-mercializam pouca parte da sua produção na forma de produto primário (das nove empresas visitadas, apenas três vendem produtos primários e secundários, o que representa cerca de 6% do volume de produtos primários produzidos; os restantes 94% da produção são reindustriali-zados e, daí sim, comercializados).

4.1.2. Demonstração dos Resultados

É importante destacar nesse momento o aspecto do sigilo dos núme-ros e estratégia de cada empresa participante do benchmarking. Como forma de permitir as análises comparativas de seus desempenhos, sem comprometer o sigilo da informação, os nomes das empresas partici-pantes foram então substituídos por nomes genéricos: letras A até J. Cabe salientar que a correlação dos NOMES DAS EMPRESAS com suas correspondentes LETRAS deu-se ao acaso (aleatoriamente).

Ressalta-se também que cada empresa permaneceu com a mesma designação genérica (Letra A, Letra B, etc.) durante a análise de to-

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das as referências econômico-financeiras. Também é importante frisar que uma das 10 empresas desistiu da participação dos resultados, exata-mente durante o período de visitação de campo. Assim, na prática, são apresentadas a seguir análises relativas a apenas nove empresas.

4.1.3. Referências de Custos Analisadas

Para efeitos de organização da análise e resultados, se utilizou a se-paração das referências obtidas no benchmarking entre as etapas de Manejo Florestal, Industrialização e Comercialização. A Figura 4.01 demonstra a sequência de agregação e reúne cada um dos grupos de custos componentes das etapas em análise. Este agrupamento, ao mesmo tempo em que não pretere nenhum fato gerador, permite um en-tendimento conciso dos principais elementos de custo de cada etapa.

Figura 4.01 – Sequência de agregação de custos considerada no benchmarking

ETAPA:Industrialização

CUSTO DA MADEIRA EM PÉ

CUSTO COMINFRAESTRUTURA

CUSTO DE COLHEITA

CUSTO DE FRETE ATÉ INDÚSTRIA

CUSTO PONDERADO DA TORA POSTA NO

PÁTIO DA INDÚSTRIA (Fonte Própria +

Fontes de Mercado)

CUSTO DO DESDOBRO PRIMÁRIO CUSTO COM

VENDAS

CUSTO DO PRODUTO

PRIMÁRIO NA EXPEDIÇÃO

PRONTOPARA VENDA

CUSTO TOTAL DO PRODUTO PRIMÁRIOCUSTO DA TORA

POSTA NO PÁTIODA INDÚSTRIA

CUSTO DO PRODUTOPRIMÁRIO NA

EXPEDIÇÃO PRONTOPARA VENDA

ETAPA:Manejo Florestal

ETAPA:Comercialização

Fonte: CONSUFOR.

A etapa de Manejo Florestal compreende todos os custos para se co-

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locar a madeira em tora no pátio das indústrias. Por isso, esses cus-tos envolvem atividades de preparação e licenciamento da exploração florestal (estudos florísticos, censos florestais, mapeamento, cadastros, licenças e autorizações, planos de manejo e operativos, questões fundi-árias e legais, inventários, consultorias, etc.), gastos com infraestrutura da propriedade rural (abertura e construção de estradas, pátios, edifi-cações, alojamentos, pontes, sistemas de comunicação, etc.), além da retirada da madeira da floresta – colheita florestal (derrubada, arraste e operações de pátio) e transporte das toras até a indústria. O resultado dessa etapa – custo da tora posta no pátio da indústria – é o ponto de partida para a etapa seguinte, de Industrialização.

Na Industrialização, o benchmarking mostrou que há duas origens possíveis da madeira em tora: uma é o suprimento florestal próprio (to-ras retiradas de áreas de manejo florestal da própria empresa) e a outra é a compra de toras de fontes de mercado (empreendimentos de ma-nejo florestal que comercializam toras para indústrias de determinada região). Assim, cada empresa tem uma estratégia de abastecimento particular, em que as participações das duas fontes de suprimento va-riam de acordo com o ativo da empresa e correspondente estratégia.

A partir do custo ponderado da tora armazenada no pátio industrial, é agre-gado o custo do desdobro primário, aqui condensado em seus elementos mais importantes: mão de obra, energia elétrica, manutenção e despesas gerais. O resultado dessa etapa é o produto primário pronto na área de expedição, servindo de base para a Etapa de Comercialização. Cabe res-saltar que das dez indústrias inseridas no benchmarking, uma delas não permitiu a entrada da equipe no momento da visita. Das nove que foram efetivamente entrevistadas, oito têm base florestal própria.

Por fim, na Etapa de Comercialização, é agregado o custo com as ven-das, especificamente as comissões, impostos e custos administrativos. O resultado é o custo total do produto primário.

Ao todo, a CONSUFOR analisou 15 referências, sinteticamente reuni-das e organizadas conforme a Tabela 4.01.

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Tabela 4.01 – Conjunto de referências de custos analisadas

1 Custo de Manejo Florestal – Componente Madeira em Pé

1 Custo Médio Ponderado da Matéria-Prima Tora

1 Custo de Comercialização - Componente Comissões

2 Custo de Manejo Florestal – Componente Infraestrutura

2 Custo de Desdobro Primário - Componente Mão de Obra

2 Custo de Comercialização - Componente Impostos

3 Custo de Manejo Florestal – Componente Colheita

3 Custo de Desdobro Primário - Componente Energia Elétrica

3 Custo de Comercialização - Componente Custos

4 Custo de Manejo Florestal – Componente Frete até Indústria

4 Custo de Desdobro Primário - Componente Manutenção

4 Custo Total de Comercialização (1+2+3)

5 Custo Total do Manejo Florestal – Tora Posta no Pátio da Indústria (1+2+3+4)

5 Custo de Desdobro Primário - Componente Despesas Gerais

6 Custo Total do Desdobro Primário (2+3+4+5)

Industrialização ComercializaçãoManejo FlorestalEtapas

Fonte: CONSUFOR.

4.2. Resultados Levantados no Benchmarking

4.2.1. Etapa do Manejo Florestal

As Referências (R) da etapa de Manejo Florestal são em número de cin-co, analisadas a partir deste ponto:

R 1 – Custo de Manejo Florestal – Componente Madeira em Pé

• Conceito: compreende todos os desembolsos diretos e indiretos para que a propriedade esteja LEGALMENTE apta a operar seu PLANO DE MANEJO. Inclui os custos com estudos preliminares, mapeamento, inventários, censos, questões fundiárias e legais, li-cenças e autorizações, averbações, autorizações, planos de ma-nejo e operativos, etc. Cabe destacar que nesse custo NÃO ESTÁ CONSIDERADO o desembolso para a compra do imóvel rural, uma vez que essa análise extrapola o objetivo central do benchmarking.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de tora efetivamente explorada.

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• Características: aponta o custo da madeira, na condição em pé, ou seja, ainda na floresta, mas com a imputação de todos os cus-tos para torná-la disponível para exploração. Na prática, o valor da madeira em pé DEVERIA SER SIMILAR ao que o mercado paga pela COMPRA DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DO POA – Plano Operacional Anual.1 Entretanto, a realidade de mercado mostra que o comprador tem mais capacidade de definição do valor da “madeira em pé” do que o proprietário florestal. Além disso, o que se percebe é que o proprietário rural não leva em consideração uma apuração detalhada de seus custos nessa etapa da cadeira produtiva. Isso ajuda a explicar a sua menor capacidade de repas-sar todos os custos inseridos ao consumidor industrial. Cabe frisar que o Custo da Madeira em Pé NÃO CONTEMPLA desembolsos IMPORTANTES de infraestrutura das propriedades. É evidente que para a realização de atividades de mapeamento e inventá-rio são necessários gastos com acesso às fazendas, mas nessa etapa do processo ainda não são demandados investimentos vul-tosos para abertura de estradas, instalação de pontes para tráfe-go de caminhões com carga de madeira e demais estruturas de apoio para exploração da madeira (pátios, alojamentos e outros). Quando o proprietário vende o direito de exploração do POA, o comprador fica responsável pela retirada da madeira da floresta e pelos correspondentes custos envolvidos. Outra análise que se pode fazer é com relação ao recente “mercado” de florestas públi-cas criado pelo Governo Federal (sob a liderança do SFB – Servi-ço Florestal Brasileiro). Nesse “mercado”, operado sob a forma de concessão da exploração florestal, o vencedor do processo paga um preço pelo ESTOQUE MADEIRA. Entretanto, ainda assim, de-sembolsará valores para obtenção das licenças de operação, in-ventários, mapeamentos e demais processos administrativos até

1 Esse tipo de comércio de madeira ocorre quando o proprietário rural executa todas as atividades para a obtenção do Plano de Manejo, mas VENDE anualmente às indústrias da região o direito da retirada do estoque de madeira previsto no POA de cada ano do ciclo de exploração.

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obter definitivamente o seu Plano de Manejo e respectivos POAs para a área licenciada. Assim, o valor pago pelos vencedores dos editais de concessão equivale somente ao estoque de madeira, sendo inferiores ao que a CONSUFOR chama aqui de Custo da Madeira em Pé. Importante salientar que esse montante de Cus-tos NÃO TEM ATUALMENTE linha de crédito específica disponível no Brasil, uma vez que não há garantias reais disponíveis nessa etapa da cadeia de valor da madeira (além do título da terra ou re-gistros imobiliários). Dessa forma, quando necessitam de capital de terceiros para executar essas atividades preparatórias, muitos proprietários rurais obtêm linhas de crédito genéricas (capital de giro ou crédito pessoal, por exemplo), com custo financeiro pou-co atrativo quando comparado com linhas de crédito específicas para determinadas atividades produtivas.

• Resultados Obtidos:

Tabela 4.02 – Resultados da referência 1 – etapa do manejo florestal

EmpresaCusto da Madeira

em pé (R$/m³)

A 113B 96C 70D 126E 163F NPMG 138H 121I 142J NI

Máximo 163

Mínimo 70

Média Ponderada 106

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

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• Variando de R$ 70 até R$ 163/m³, o custo médio ponderado da tora em pé das empresas amostradas é de R$ 106/m³. Vale lembrar que esse é um valor que o mercado apelida como “a varrer”, ou seja, independe da classe de diâmetro, da espécie e da qualidade da árvore (se apresenta “ocos”, ataque de insetos, tortuosidades , etc.).

• A grande variação em torno da média (acima de 50%) mos-tra que as empresas se organizam de modo diferente na etapa do manejo florestal, e que encontram realidades bem distintas para a sua atividade florestal. Os fatores que mais interferem nesses valores se referem à escala do empreen-dimento e a facilidade de obtenção dos planos para explo-ração (Plano de Manejo e Planos Operacionais Anuais).

• Cabe salientar que das oito amostras de preços, duas delas se referem à concessão pública; dessa forma, encontra-se incluso o “custo de aquisição” do estoque de madeira re-tirado da floresta, conforme preço assinado com o SFB na época da licitação.

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BOX 1 – Investimento Florestal no Ano “zero” para um Novo Empreendimento

A CONSUFOR ressalta que o custo médio de R$ 106/m3 de tora ex-plorada ocorre anualmente e é relativo a uma operação de manejo já em andamento. Porém, a CONSUFOR identificou durante o levanta-mento qual o investimento necessário para dar início às operações de manejo de uma propriedade rural que ainda não tem Plano de Manejo aprovado (start up de novo projeto florestal).

Nessa situação, para uma área de efetivo manejo florestal entre 15 mil e 20 mil ha, as empresas gastam em média entre R$ 600 mil R$ 700 mil (licenças, autorizações, inventário, cadastros e elaboração do Plano de Manejo, bem como o investimento mínimo nas fazendas, tais como acessos, portões, alojamentos, galpões para máquinas, etc.). Assim, o proprietário rural tem um custo médio para estar apto a operar de apro-ximadamente R$ 52 a R$ 65/m3 de madeira em tora a ser efetivamente explorada. Na média, a CONSUFOR estima para essa escala de negó-cio um valor de investimento da ordem de R$ 59/m3 de tora.

O importante dessa colocação é que somente após a obtenção do Plano de Manejo, o proprietário rural está apto a oferecer a “produção florestal” como garantia real na obtenção de linhas de crédito. Assim, esse proprietário florestal, caso não conte com recurso próprio, deve-rá acessar linhas de crédito de outras finalidades (tais como crédito pessoal ou capital de giro, se enquadrado como pessoa jurídica) para financiar esse montante de recurso “pré-exploratório”.

Apenas com a finalidade de dimensionar a representatividade dessa medida, tome- se como premissa o caso das nove indústrias do ben-chmarking em questão. Caso toda a madeira em tora por elas consu-mida tivesse que ser licenciada em uma nova área florestal ainda sem autorização de funcionamento, o investimento necessário para estar apta a operar o manejo florestal seria da ordem de R$ 9,2milhões.

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R 2 – Custo de Manejo Florestal – Componente Infraestrutura

• Conceito: reúne todos os custos com a preparação da infraestru-tura de exploração florestal da propriedade, tais como abertura e manutenção de estradas, pátios e obras de arte (pontes, valetões, sumidouros de água e outros), direcionados a acessar fisicamente a matéria-prima. Além disso, contempla os gastos com a infraes-trutura física de apoio para a operação, tais como alojamentos e vilas, geração de energia, saneamento básico (fossas sépticas, banheiros, aterros sanitários, etc.), placas de sinalização, demar-cação de divisas, porteiras, guaritas, torres de observação, siste-mas de comunicação e outros gastos diversos.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de tora efetivamente explorada.

• Características: os gastos com infraestrutura na Amazônia ocor-rem principalmente durante o período seco, por uma questão de logística. Assim como outras atividades da Etapa de Manejo Flo-restal, podem ser executadas com equipamento e maquinário pró-prios ou por empreiteiros terceirizados. Quando executadas pelas próprias empresas, requerem um grande aporte de capital em máquinas e equipamentos. Como forma de diluir os custos fixos e reduzir a ociosidade, essas máquinas e equipamentos são nor-malmente divididos com as atividades na indústria (quando possí-vel), visando à otimização do capital investido – visto que inevita-velmente ficam ociosas durante o período de chuvas. A legislação do Manejo Florestal prevê diversos parâmetros a serem adota-dos pelas empresas com relação à infraestrutura de exploração, principalmente no que tange às estradas, ramais de exploração e pátios (há limites com relação ao adensamento da malha viária e as correspondentes dimensões de cada intervenção). Apesar disso, veem-se estratégias bastante distintas entre as empresas, o que permite afirmar que a logística é um componente de cus-to a ser estruturado em detalhes. Pela ótica simplista e de curto

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prazo, a melhor logística é aquela que permite o transporte do maior volume de produtos com o menor desembolso. Entretanto, alguns gastos iniciais normalmente são mais representativos, pois são necessários para a garantia da operação em longo prazo (tais como pátio e estradas principais).

• Resultados Obtidos:

Tabela 4.03 – Resultados da referência 2 – etapa do manejo florestal

EmpresaCusto com

Infraestrutura (R$/m³)

A 89B 20C 126D 73E 88F NPMG 64H 48I 44J NI

Máximo 126

Mínimo 20

Média Ponderada 54

NPM: Não Possui Manejo FlorestalNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Com grandes variações, a média ponderada dos custos com infraestrutura se situa em R$ 54/m³, oscilando entre R$ 20 e R$ 126/m³, o que denota um grande impacto da com-petitividade entre as empresas.

• Os principais impactos sobre as variações de custos se de-vem à escala do manejo florestal e ao volume de madeira efetivamente explorado. Quanto menor a escala do empre-endimento e menor o volume de madeira retirado por uni-

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dade de produção (hectare de efetivo manejo), menor é a capacidade de diluir os custos fixos da operação.

• Os custos relacionados às distâncias dentro da proprieda-de e ao emprego / intensidade de máquinas, equipamentos e mão de obra, além de refletir as dificuldades climáticas, revelam os esforços para a obtenção da matéria-prima de cada empresa. Isso é explicado pela postura empresarial adotada: se por um lado há empresas que investem grandes somas em infraestrutura, visando à continuidade e perpetui-dade do negócio, por outro, há empresas que se restringem ao estritamente necessário para obter seus recursos e ma-ximizar resultados em curto prazo.

R 3 – Custo de Manejo Florestal – Componente Colheita

• Conceito: Os chamados custos de colheita compreendem a der-rubada/abate da árvore, o arraste destas até as esplanadas, além das operações de pátio (seção, catalogação e carregamento das toras nos caminhões de transporte).

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de tora efetivamente explorada.

• Características: Esse grupo de custos é também fortemente in-fluenciado pelas condições climáticas e correspondente período de operação. O maior volume de operações na floresta é exe-cutado nesta etapa, a qual demanda mão de obra, máquinas e equipamentos intensivamente. Nesta etapa, normalmente a mão de obra é remunerada também por produtividade. O custo da co-lheita é diretamente influenciado pela escala do empreendimento (volume explorado por unidade de produção – hectare de efetivo manejo), pelo planejamento logístico e pela disponibilidade de in-fraestrutura dentro da fazenda. Em síntese, o custo de colheita é menor quando se transporta um alto volume de produto com o menor desembolso possível. Os fatores que mais colaboram com

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a melhoria do planejamento da logística é realizar o menor número possível de movimentações da tora (quanto mais movimentação da tora, mais agregação de custo). Como há periodização da ex-ploração florestal (destacados nos Produtos I e II), as empresas precisam conceber um plano logístico otimizado para ao mesmo tempo suprir a indústria com o estoque adequado, trabalhar com o menor estoque de toras possível (tanto na indústria como na floresta industrial – otimização do capital fixo em estoques de ma-téria-prima) e menor quantidade de movimentação de toras entre o local de derrubada e o pátio florestal principal. As atividades necessárias para a operação de colheita florestal podem ser reali-zadas com equipe e estrutura própria, ou mediante a contratação de prestador(es) de serviço especializado(s).

• Resultados obtidos:

Tabela 4.04 – Resultados da referência 3 – etapa do manejo florestal

EmpresaCusto de Colheita

(R$/m³)

A 87B 146C 171D 142E 110F NPMG 68H 81I 74J NI

Máximo 171

Mínimo 68

Média Ponderada 126

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

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• A média ponderada dos custos de colheita obtidos no ben-chmarking se situa em R$ 126/m³, oscilando entre R$ 68 e R$ 171/m³, o que demonstra uma grande variação no perfil do manejo das empresas entrevistada.

• Pelos coeficientes técnicos apresentados no Produto II des-se Estudo, já era esperada uma grande variação dos custos operacionais do manejo florestal, principalmente relativos à colheita florestal. As explicações mais representativas são a escala da operação (e consequente volume de madeira retirada da floresta) e a quantidade de máquinas e equipa-mentos envolvidos em cada operação logística.

• É importante frisar que as empresas visitadas têm boas opor-tunidades para redução dos seus custos de colheita, princi-palmente via racionalização da logística de exploração flo-restal. É ainda mais representativo considerar que a redução de custos é possível com pequeno volume de investimentos.

R 4 – Custo de Manejo Florestal – Componente Frete até a Indústria

• Conceito: Autoexplicativo, o custo de frete representa o gasto ne-cessário para o transporte das toras entre a floresta e a indústria (carregamento da tora no caminhão no pátio principal da floresta, transporte rodoviário até a indústria e descarregamento da tora no local de armazenamento no pátio industrial). É importante res-saltar que na Amazônia o transporte das toras entre a floresta e o consumidor industrial dá-se por meio rodoviário, fluvial e pela combinação de ambos. No caso específico das empresas do ben-chmarking, TODAS UTILIZAM EXCLUSIVAMENTE O TRANSPOR-TE RODOVIÁRIO para o abastecimento de matéria-prima.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de tora efetivamente explorada.

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• Características: Uma vez abatida e estocada temporariamente em pátios no interior das florestas, a tora compulsoriamente precisa ser transportada à indústria. O clima também impõe condições que obrigam a adoção de janelas de operação (aspectos já abordados nos Produtos I e II desse Estudo). Ademais, o custo de frete é di-retamente relacionado ao modelo da operação de transporte: dis-tância total (dentro da propriedade mais a externa à propriedade) entre as fazendas e a indústria, quantidade e capacidade de carga dos caminhões adotados para transporte, quantidade de viagens de abastecimento por período e por turno (por dia, por mês, etc.), dentre outros aspectos. O transporte da tora da floresta para a in-dústria pode ser feito com equipe e estrutura próprias, ou mediante a contratação de prestador(es) de serviço especializado(s).

• Resultados obtidos:

Tabela 4.05– Resultados da referência 4 – etapa do manejo florestal

EmpresaCusto com

Transporte até Indústria (R$/m³)

A 24B 40C 39D 45E 18F NPMG 30H 30I 30J NI

Máximo 45

Mínimo 18

Média Ponderada 34

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

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• Os custos de transporte verificados no benchmarking re-presentam em média R$ 34/m³ de madeira transportada. A variação ficou entre R$ 18 e R$ 45/m³.

• Nesse componente de custo, o aspecto que mais influen-ciou os valores obtidos foi a escala do empreendimento e a distância de transporte. Na maioria dos casos, a distância do transporte tem mais peso do que o próprio aspecto do volume de transporte. A explicação é dada pela otimização do número de viagens que é possível realizar com uma de-terminada estrutura de caminhões. Nas distâncias menores, algumas empresas relataram ser possível fazer duas via-gens de abastecimento com um mesmo caminhão. Em ou-tras empresas, esse aspecto não é verdadeiro, uma vez que é possível apenas uma viagem de abastecimento por dia. No primeiro caso, é possível que a empresa tenha metade da frota das empresas do segundo caso para transportar o mesmo volume de madeira.

• Além disso, o dimensionamento da carga transportada e a escolha dos veículos de transporte têm influência direta nos custos de transporte. Em princípio, não foi visto um exer-cício profundo para determinar otimizações dos meios de transporte nas empresas visitadas.

R 5 – Custo Total do Manejo Florestal – Custo da Tora Posta no Pátio da Indústria

• Conceito: somatório dos custos de toda a Etapa de Manejo Flo-restal, ou seja, (i) custo da madeira em pé, (ii) custo com infraes-trutura, (iii) custo de colheita e (iv) custo de frete até a indústria.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de tora efetivamente explorada.

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• Características: A competitividade das indústrias começa a ser efetivamente comparada a partir deste componente de custo. Quanto maior for a incorporação de custos nesta Etapa (manejo florestal), obviamente maior será o custo da matéria-prima PRÓ-PRIA para a indústria. Vale ressaltar que o custo total da tora co-locada no pátio da indústria tem influência direta dos vários as-pectos destacados ao longo deste capítulo (escala do manejo, volume de madeira efetivamente retirado da floresta, planejamen-to logístico, infraestrutura florestal disponível e vários outros), não sendo possível destacar apenas um fator preponderante.

• Resultados obtidos:

Tabela 4.06 – Resultados da referência 5 – etapa do manejo florestal

EmpresaCusto da Tora Posta

no Pátio da Indústria (R$/m³)

A 313B 302C 405D 386E 379F NPMG 300H 280I 290J NI

Máximo 405

Mínimo 280

Média Ponderada 320

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Nas empresas visitadas, o custo da tora posta no pátio in-dustrial variou entre R$ 280/m³ e R$ 405/m³. A média pon-derada foi de R$ 320/m³. Isso comprova a grande variação

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entre os modelos e condições de operação entre as em-presas do benchmarking. Para ilustrar como esses custos foram compostos, a Figura 4.02 mostra como cada empresa se comportou em termos de desembolsos ao longo de toda a Etapa de Manejo Florestal.

Figura 4.02 – Composição dos Custos da tora posta no pátio industrial

Em R$/m³ Em %

113

96 70

126 16

3

138

121 142

106

89

20

126 73

88

64

48

44

54

87

146

171

142 11

0

68

81 74 126

24

40

39

45 18

30

30 30

34

313

302

405

386

379

300

280

290 32

0

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

A B C D E F G H I J

MÉD

IA

R$/

Madeira em pé Infraestrutura

Colheita Transporte

Custo Posto Indústria

NPM N

I

36% 32%17%

33%43% 46% 43% 49%

33%

28%

7% 31%

19%

23% 21%17%

15%

17%

28%

48%42% 37%

29% 23%29% 25%

39%

8% 13% 10% 12% 5% 10% 11% 10% 11%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

A B C D E F G H I J

MÉD

IA

Madeira em pé Infraestrutura

Colheita Transporte

NPM N

I

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Essa composição mostra que, para as empresas do ben-chmarking, os custos (i) de colheita e os (ii) da madeira em pé são os mais impactantes no custo total da madeira coloca-da no pátio industrial. Juntos, esses custos representam em média mais de 70% do custo da tora entregue na indústria.

• Por outro lado, na média, os custos com (i) transporte da tora da floresta até a indústria e (ii) gastos com infraestrutu-ra não alcançam 30% do custo total.

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58

4.2.2. Etapa de Industrialização

As Referências de custos da etapa de Industrialização são em número de seis, analisadas a seguir.

R 1 – Custo Médio Ponderado da Matéria-Prima Tora

• Conceito: indica o custo médio ponderado de toda a matéria-pri-ma em tora utilizada pela indústria. Esse indicador é importante uma vez que as indústrias do benchmarking têm três estratégias de abastecimento de tora distintas: (i) suprimento integral com fonte de tora de manejo florestal próprio; (ii) suprimento de toras de manejo florestal próprio complementado por toras adquiridas de outros manejos florestais (fontes de mercado); e (iii) suprimen-to integral de toras adquiridas no mercado regional. A composi-ção do mix de abastecimento das empresas do benchmarking já foi apresentada no Produto 2 deste Estudo.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de tora entregue no pátio da indústria, ou por R$/m³ de tora necessária para fabricar 1 m³ de produto primário. É determinada pela compo-sição entre o custo da tora própria e o preço pago pela tora de mer-cado, ambas entregues no pátio industrial, com valores ponderados pelos respectivos volumes. As referências de preços de compra de toras estão demonstradas mais adiante neste mesmo capítulo.

• Características: o custo médio ponderado da matéria-prima é um fator importante para a gestão operacional da indústria. A princi-pal decisão que pode ser tomada no dia a dia é com relação ao mix de abastecimento (fontes próprias em relação às fontes de mercado). Na decisão econômica, a indústria tem vantagem com-petitiva quando o seu custo operacional entrega toras no pátio em valores inferiores aos cobrados pela tora adquirida no mercado regional, oriunda de outros manejos florestais. Pelo lado estraté-gico, a indústria deve pesar a possibilidade de “resguardar” es-toques de madeira própria, adquirindo madeira no mercado com

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59

maior ou menor intensidade. Entretanto, essa possibilidade impli-ca em atenção à garantia de fornecimento em médio e longo pra-zos. Além disso, os órgãos ambientais impõem restrições legais para que a postergação de colheita não venha a contribuir nega-tivamente no desenvolvimento da floresta.

• Resultados obtidos: Figura 4.03 – Custos e preços de tora praticados pelas indústrias do

benchmarking

313 302

405386 379

300280 290

320350 350

300

200

375

280

350

308324

302

405

367

319

200

374

280

346

312

150

200

250

300

350

400

450

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

m³ P

osto

no

Páti

o da

Indú

stri

a

Empresa

Custo da Fonte Própria Preço da Fonte de Mercado Custo Médio Ponderado

Fonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Variando desde R$ 200 até R$ 405/m³, o custo da matéria--prima (de fontes próprias) para a etapa de industrialização atinge um custo médio ponderado de R$ 312/m³. Cabe res-saltar que esse é o custo médio ponderado de abastecimen-to de tora entregue no pátio da indústria das nove empresas visitadas, considerando todas as fontes de abastecimento disponíveis: fontes próprias e de mercado.

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60

• Tomando como base apenas os preços de madeira com-prada no mercado regional, o valor médio é de R$ 308/m³ de tora entregue no pátio da indústria.

• Considerando toda a amostra, o custo médio ponderado para todas as fontes de abastecimento é ligeiramente supe-rior ao custo da madeira oriunda do manejo florestal próprio (2,5% acima – R$ 320/m³ contra os R$ 312/m³).

• Cabe salientar que essa variação se reflete sobre um preço “médio” da tora (como já citado, é um valor a “varrer”), consi-derando todas as espécies trabalhadas pelas indústrias, seus diferentes diâmetros, comprimentos e qualidades da madeira.

• Entretanto, cada indústria tem um determinado “rendimen-to” industrial na conversão da tora em produto primário. Esses rendimentos operacionais já foram demonstrados no Produto 2 deste estudo. Na média da amostra, o rendimento é de 38%. Assim, para se produzir 1 m³ de produto primá-rio é necessário em média 2,63 m³ de tora. Aplicando-se os rendimentos operacionais individuais de cada empresa sobre o custo médio ponderado de tora posta no pátio da indústria, tem-se então o custo total de matéria-prima em tora para cada m³ de produto primário fabricado.

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61

Tabela 4.07 – Resultados da referência 1 – etapa da industrialização

Em Relação ao Volume de Tora Em Relação ao Volume de Produto Primário

Empresa

Custo Médio Ponderado da Matéria-prima Tora (R$/m³ de tora no pátio

da Indústria)

A 324B 302C 405D 367E 319F 200G 374H 280I 346J NI

Máximo 405

Mínimo 200

Média Ponderada 312

Empresa

Custo Médio Ponderado da

Matéria-prima Tora (R$/m³ de produto

fabricado)A 1.047B 774C 844D 1.067E 974F 532G 934H 814I 833J NI

Máximo 1.067

Mínimo 532

Média Ponderada 833

NI: Não InformadoFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

R 2 – Custo de Industrialização – Componente Mão de obra

• Conceito: Refere-se aos gastos com força de trabalho utilizada na Etapa de Industrialização (salários com encargos sociais). É derivada de duas referências importantes: a quantidade e valor da mão de obra, em relação ao volume produzido.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado.

• Características: A referência é reflexo de duas variáveis de ele-vada significância para a composição do custo do produto: quan-tidade e valor da mão de obra, em relação ao volume de produ-to primário produzido. Assim, quanto maior a produção, menor será o custo que a mão de obra representará unitariamente ao produto. Mas o inverso também é verdadeiro: quanto maior o nú-

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62

mero de funcionários ou a massa salarial, maior será o impacto no custo do produto. A quantidade de trabalhadores na indústria (e sua qualificação) também está diretamente relacionada com o processo de fabricação disponível. Em geral, a produção de pro-dutos primários envolve maior quantidade de trabalhadores bra-çais quando a linha de produção é pouco integrada, com baixa tecnologia embarcada e o trabalhador é quem normalmente faz a “movimentação” dos produtos entre as máquinas. Quanto maior a tecnologia envolvida no processo produtivo, menor quantidade de trabalhadores é necessária, porém obriga-se a ter mão de obra mais qualificada. O ponto de equilíbrio entre o investimento em processos mais automatizados ou emprego mais intensivo de mão de obra menos qualificada é uma decisão exclusiva do industrial.

• Resultados Obtidos:

Tabela 4.08 – Resultados da referência 2 – etapa da industrialização

Empresa

Custo de Desdobro Primário - Componente Mão de obra (R$/m³ de

produto fabricado)

A 129B 106C 553D 164E 274F 291G 455H 64I 83J NI

Máximo 553

Mínimo 64

Média Ponderada 181

NI: Não InformadoFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

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• Entre os custos de desdobro, o custo com a mão de obra é o mais representativo. Considerando toda a amostra do benchmarking, o custo médio ponderado foi de R$ 181/m³ de produto primário fabricado, variando entre R$ 64/m³ e R$ 553/m³ (considerando salários com encargos). A gran-de amplitude de variação demonstra empresas com duas situações: com uso intensivo de mão de obra e outras bem mais enxutas. Há ainda casos de elevada remuneração da mão de obra (cargos de chefia), mas essa é uma opção que não ocorre com frequência nas empresas visitadas.

• Outro aspecto que é possível depreender dessa análise é com relação à ausência de elementos de mecanização em seus processos produtivos: a maioria delas tem pouco ou nenhum grau de mecanização incorporada. A automação é praticamente inexistente, como já abordado no Produto 2 do presente estudo.

R 3 – Custo de Industrialização – Componente Energia elétrica

• Conceito: quantifica o gasto com a compra de energia elétrica na rede para uso na indústria.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado.

• Características: Historicamente a energia elétrica se destaca em qualquer estrutura de custos de produção industrial na Amazônia. No caso da produção madeireira, sempre teve uma significativa participação. Atualmente, dadas às facilidades de infraestrutura e de equipamentos, o custo com energia elétrica vem assumin-do proporções cada vez mais diminutas. Isso decorre em razão da maior eficiência energética incorporada nos motores elétricos mais recentes, principalmente nos últimos 20 anos (idade média do parque fabril madeireiro em operação hoje na Amazônia; ape-sar disso, ainda é possível ver em funcionamento em alguns po-

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64

los industriais maquinário da década de 1960). Ademais, algumas empresas entrevistadas geram a sua própria energia a partir dos resíduos de madeira do processo industrial, resolvendo também o problema do descarte e disposição adequada destes.

• Resultados obtidos:

Tabela 4.09 – Resultados da referência 3 – etapa da industrialização

Empresa

Custo de Desdobro Primário - Componente Energia elétrica (R$/m³ de produto fabricado)

A 22B 15C 146D 26E 5F 65G 3H 2I 18J NI

Máximo 146

Mínimo 2

Média Ponderada 23

NI: Não InformadoFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Algumas empresas geram a sua própria energia elétrica a partir da queima de resíduos do processo industrial. É im-portante ressaltar que, nesses casos, o custo de energia elétrica é muito reduzido. Em outras empresas, a geração de energia própria é apenas parcial, tendo que ser comple-mentada por compra na rede.

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65

• No cômputo entre as empresas da amostra, o custo médio ponderado de energia elétrica alcança R$ 22/m³ de produto primário fabricado, variando a partir de R$ 15 até R$ 146/m³.

• Embora com uma pequena significância, a preocupação com a energia elétrica na região amazônica é histórica. Exa-tamente por isso, algumas empresas optam por gerar o in-sumo. Além disso, eliminam grande parte ou a totalidade de seus resíduos, solucionando assim um “passivo” ambiental da operação de suas indústrias.

R 4 – Custo de Industrialização – Componente Manutenção

• Conceito: Custos para a manutenção (preventiva e corretiva) das condições normais de funcionamento das máquinas, equipamen-tos e instalações.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado.

• Características: Tradicionalmente – e mesmo pelas condições infra-estruturais – a manutenção de máquinas, equipamentos e instalações na Amazônia é de caráter estritamente corretivo. Por essa caracte-rística, os custos para manter as condições ideais de funcionamen-to são bem representativos, pois as distâncias até o revendedor / representante da máquina/equipamento mais próximo são bastante elevadas. Dessa forma, as indústrias são obrigadas a manter esto-ques de peças de reposição mais altos, inclusive para itens que não são considerados de “consumo” (com troca/substituição permanen-te). Não é rara a situação de determinada máquina ou equipamento permanecer desligada por dias até que uma peça de substituição seja enviada em regime de urgência (e com sobrecustos). O resul-tado disso é que as empresas normalmente trabalham com um nível de manutenção abaixo do ideal ou recomendado pelo fabricante, exigindo além do limite, muitas vezes, componentes e peças, como forma de reduzir os gastos totais com manutenção.

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• Resultados obtidos:

Tabela 4.10 – Resultados da referência 4 – etapa da industrialização

Empresa

Custo de Desdobro Primário - Componente Manutenção (R$/m³ de

produto fabricado)

A 3B 4C 15D 6E 5F 10G 12H 6I 3J NI

Máximo 15

Mínimo 3

Média Ponderada 6

NI: Não InformadoFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Embora representem menos de 1% dos custos totais com a industrialização, os custos com manutenção ocultam um fato preocupante: a cultura da manutenção prioritariamente corretiva e o desconhecimento de conceitos como a manu-tenção preventiva ou preditiva.

• Não se pode generalizar, é verdade, os aspectos cultu-rais amazônicos para as nove empresas visitadas no ben-chmarking. Entretanto, boa parte das empresas visitadas adota o “conceito” geral de reduzir ao máximo as interven-ções de manutenção.

• O custo médio ponderado de manutenção foi de R$ 6/m³ de pro-duto primário produzido, tendo variado entre R$ 3 e R$ 15/m³.

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R 5 – Custo de Industrialização – Componente Despesas gerais

• Conceito: Como a própria rubrica generaliza, consideram-se nes-te grupo todos os demais custos que não se refiram à mão de obra, energia elétrica ou manutenção. Dentre eles se destacam os gastos com a movimentação da madeira em tora no pátio e do produto primário na expedição, gastos com visitas e consultorias técnicas, despesas com seguros prediais, reformas das instala-ções, galpões, pátios, etc.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado.

• Características: Dependendo da estrutura da empresa, as des-pesas gerais assumem características comumente classificadas como leves. Em outros casos, entretanto, as despesas gerais ca-recem de rigor e reclassificação. Não são preponderantes, mas canalizam custos que merecem atenção. Nas empresas incluídas no benchmarking não foram identificados altas participações de “despesas gerais” na industrialização que não fossem diretamen-te ligadas com o processo industrial, ou seja, alguma “classifica-ção” de custos industriais indevida.

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68

• Resultados obtidos:

Tabela 4.11 – Resultados da referência 5 – etapa da industrialização

Empresa

Custo de Desdobro Primário - Componente Despesas gerais (R$/m³ de produto fabricado)

A 3B 13C 14D 4E 6F 7G 9H 1I 2J NI

Máximo 14

Mínimo 1

Média Ponderada 6

NI: Não InformadoFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Com pequena representatividade ante os custos totais de industrialização, eles representam na média cerca de R$ 6/m³ de produto primário fabricado, tendo variado entre R$ 1 e R$ 14/m³.

• A principal explicação para tal flutuação de valores se deve ao “modelo” de alocação de custos de cada empresa, visto que algumas têm um detalhamento da composição de seus custos, enquanto outras alocam em uma conta mais “gené-rica”. Cabe salientar que não há uma situação boa ou ruim entre cada opção, pois isso é uma prerrogativa exclusiva da empresa, de acordo com suas próprias necessidades.

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R 6 – Custo Total do Desdobro Primário

• Conceito: este custo sintetiza todos os quatro componentes de custos do processo de desdobro primário já apresentados indivi-dualmente: (i) custo de mão de obra, (ii) custo de energia elétrica, (iii) custo de manutenção e (iv) e despesas gerais. Cabe destacar que não foram computados aqui os custos com depreciação de máquinas, equipamentos e obras civis, uma vez que a análise se baseia no efeito do “custo caixa”, e a depreciação tem um efeito meramente contábil. Além disso, o parque industrial das empre-sas visitadas tem idade média de 12 anos, ou seja, todo o investi-mento já está praticamente amortizado.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado.

• Características: O custo total de desdobro primário envolve os quatro grupos de custos citados e impacta diretamente na compe-titividade da empresa e o seu resultado. Não pode ser analisado de modo independente do produto que se estiver fabricando. Isso ocorre porque é necessário analisar o custo total de fabricação do produto (custo da matéria-prima e o custo industrial), em compara-ção com o preço de venda do produto fabricado. Assim, um custo da fabricação baixo não é necessariamente sinônimo de elevada lucratividade, ou vice-versa. A comparação correta é avaliar se o custo de industrialização está adequado ao nível de agregação de valor que se quer dar à matéria-prima, para se fabricar um deter-minado produto industrial. A partir daí sim é lógico buscar o menor custo de fabricação para produzir o bem industrial em questão.

• Resultados obtidos:

• As análises apontam que o custo médio ponderado de fabri-cação do produto primário, nas empresas do benchmarking, foi de R$ 215/m³ de produto primário fabricado. A amplitude dos custos industriais é bastante expressiva: entre R$ 72

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70

e R$ 727/m³. Cabe lembrar que esses custos representam APENAS o processo industrial.

• Incluindo-se os custos com matéria-prima, o custo total do desdobro primário sobe para um valor médio de R$ 1.049/m³, com variações entre R$ 886/m³ e R$ 1.571/m³.

• Isso evidencia as diferentes formas de arranjos produtivos existentes nas empresas visitadas, conforme já foi previa-mente abordado com relação às grandes variações dos co-eficientes técnicos apresentados no Produto 2 deste estudo.

• Do custo total do desdobro industrial primário, os desem-bolsos com matéria-prima são de longe os mais importantes (quase 80% do montante, considerando-se toda a amostra).

• Levando-se em conta apenas os custos industriais (retiran-do-se do cômputo os custos com matéria-prima), o compo-nente mais representativo é a mão de obra, que representa próximo de 85% do gasto industrial total.

Figura 4.04 – Resultados da referência 6 – custos totais do desdobro primário

Apenas Processo Industrial – SEM a Matéria-PrimaComposição do Custo Total de Desdobro

Primário (em R$/m³ de produto primário produzido)

Composição do Custo Total de Desdobro Primário

(em % do produto primário produzido)

158 138

727

199

290

373

480

72105

215

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0

100

200

300

400

500

600

700

800

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

Mão de obra Energia elétrica

Manutenção Despesas gerais

Custo do Desdobro

NI

82%77% 76%

82%

95%

78%

95%88%

79%84%

14%

11%20%

13%

2%

17%

1%

2%17%

11%

2%

3%

2% 3% 2% 3% 3%8%

2% 3%2%

9%2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 3%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

A B C D E F G H I J

Méd

ia

Mão de obra Energia elétrica

Manutenção Despesas gerais

NI

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71

Processo Industrial Completo – COM a Matéria-PrimaComposição do Custo Total de Desdobro

Primário (em R$/m³ de produto primário produzido)

Composição do Custo Total de Desdobro Primário

(em % do produto primário produzido)

1.047

774

844 1.0

67

974

532

934

814

833

833

158

138

727

199

290

373

480

72 105 21

5

1.205

912

1.571

1.266

1.264

905

1.414

886 938 1.0

49

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

Custo Médio Ponderado da Tora PI

Custo do Desdobro Primário

Custo do Produto Primário Acabado

NI

87% 85%

54%

84%77%

59%66%

92% 89%79%

13% 15%

46%

16%23%

41%34%

8% 11%21%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

A B C D E F G H I J

Méd

ia

Custo Médio Ponderado da Tora PI

Custo do Desdobro Primário

NI

NI: Não InformadoFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

4.2.3. Etapa de Comercialização

Nas páginas a seguir estão reunidas as análises das quatro referências da Etapa de Comercialização. Importante ressaltar que nas empresas do benchmarking, apenas 6% do volume de produção de produtos primá-rios é destinado à venda, uma vez que os restantes 94% são destinados para reprocessamento nas próprias indústrias. Em síntese, o foco das in-dústrias entrevistadas é agregar valor à produção madeireira, vendendo no mercado produtos de maior valor agregado do que o produto primário.

Dessa forma, os custos totais da Etapa de Comercialização de cada empresa foram reorganizados de maneira a representar APENAS o montante de custos relacionados à produção de produtos primários. No contexto geral das indústrias, considerando todos os seus produtos fa-bricados, o montante de custos é bem superior aos aqui apresentados.

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72

Assim, não puderam ser organizados e contabilizados os custos de-sembolsados pelas indústrias relativamente aos canais de distribuição, esforço comercial (publicidade e propaganda), visitação de clientes, etc., pois esses só ocorrem atualmente para impulsionar a venda do produto com valor agregado (e não do produto primário).

Além disso, as indústrias visitadas não disponibilizaram seus custos co-merciais totais com um detalhamento suficiente para que fossem de-compostos entre produtos primários e secundários. Portanto, é impor-tante ressaltar que os custos comerciais aqui apresentados podem ser levemente diferentes daqueles vistos por uma indústria dimensionada exclusivamente para a comercialização de produtos primários. Porém, no contexto geral, atendem plenamente às expectativas e aos objetivos do presente benchmarking.

R 1 – Custo de Comercialização – Componente Comissões

• Conceito: Comissões pagas aos agentes encarregados das vendas.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado/comercializado.

• Características: É habitual que as empresas industriais se sirvam de uma estrutura comercial para promover e executar as suas ven-das. Independentemente dessa prática ser executada com equipe e estrutura próprias ou terceirizada, ocorre normalmente alguma remuneração por performance, ou seja, essa equipe/estrutura é re-munerada por um valor fixo e um prêmio de produtividade (bonifica-ção percentual aplicada sobre o valor do produto comercializado). Esse modelo de operação é aplicado por todas as empresas do benchmarking, variando apenas os percentuais do prêmio.

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73

• Resultados obtidos:

Tabela 4.12 – Resultados da referência 1 – etapa da comercialização

Empresa

Custo de Comercialização -

Componente Comissões (R$/m³)

A 74B 79C 130D 78E 62F 71G 79H 56I 54J NI

Máximo 130

Mínimo 54

Média Ponderada 69

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Em termos relativos, os custos com comissões nas empre-sas do benchmarking giram em torno de 5% do valor do produto comercializado.

• Em termos nominais, os custos com comissões de vendas representam uma média ponderada de R$ 69/m³ de produto primário comercializado. A variação deu-se entre os pata-mares de R$ 54 e R$ 130/m³ de produto primário vendido.

• Apesar da variação nominal ser importante, em termos re-lativos, vê-se pouca diferença entre as empresas. Assim, conclui-se que os causadores das variações são o preço de venda adotado pelas respectivas indústrias e os correspon-dentes volumes de comercialização.

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R 2 – Custo de Comercialização – Componente Impostos

• Conceito: Custos relativos à carga tributária imputada às empre-sas. Aqui constam impostos incidentes sobre o produto e sobre o lucro (IR, PIS, CONFINS e CSLL)2. Não foram computados os custos com o ICMS, uma vez que as alíquotas desse imposto são variáveis em razão do destino da mercadoria (se é para venda para consumidor industrial dentro ou fora do estado, se é para consumidor final ou se é para exportação). Além disso, os estados amazônicos aplicam as alíquotas do ICMS de produtos madeirei-ros sobre o preço informado pelo produtor ou sobre uma Pauta de Preços Mínimos, ou seja, uma lista de preços de referência para a determinação do valor do ICMS a recolher. A alíquota será aplica-da SEMPRE SOBRE O MAIOR VALOR, seja ele o valor do produto destacado na Nota Fiscal de venda emitida pela indústria, seja o valor do produto contido na Paula de Preços do respectivo Gover-no Estadual onde a empresa produtora está instalada.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado/comercializado.

• Características: o recolhimento dos impostos é compulsório, se-jam eles recolhidos mediante detalhamento na Nota Fiscal, sejam recolhidos após apuração de resultados em período pré-defini-do, de acordo com o regime tributário escolhido pela empresa. É importante salientar como ocorreu a análise dessa referência de custo. A maioria das indústrias apontou que seu regime tributá-rio era o Simples Nacional. Esse regime prevê o recolhimento de todos os impostos federais em uma única guia, aplicando-se um fator percentual sobre o seu faturamento, de acordo com o enqua-dramento a que estiver sujeita. Entretanto, o faturamento dessas

2 ICMS: Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. IR: Imposto de Renda. PIS: Programas de Integração Social. COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

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indústrias é, via de regra, superior ao limite legal para o Simples, o que as obrigaria a adotar o regime de tributação normal do Lucro Real ou Lucro Presumido. Como o objetivo do benchmarking não é realizar uma AUDITORIA nas empresas, a CONSUFOR optou por simular os custos com impostos de todas as nove indústrias visitadas pelo regime do Lucro Presumido. Além disso, essa esco-lha encontra respaldo também no fato de que 94% do volume de produto primário fabricado por essas mesmas empresas ser inte-gralmente reindustrializado, em vez de serem vendidos no merca-do. Assim, os custos com impostos (IR, CSLL, PIS e COFINS) de-vem ser encarados como uma simulação, ou seja, uma estimativa do valor que essas indústrias estariam sujeitas, caso operassem exclusivamente como indústrias de processamento primário.

• Resultados obtidos:

Tabela 4.13 – Resultados da referência 2 – etapa da comercialização

Empresa

Custo de Comercialização -

Componente Impostos (R$/m³)

A 100B 107C 175D 105E 98F 96G 106H 76I 72J NI

Máximo 175

Mínimo 72

Média Ponderada 94

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

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• As análises apontam que o custo médio ponderado poten-cial com impostos (IR, CSLL, PIS e COFINS) é da ordem de R$ 94/m³ de produto primário comercializado, com varia-ções entre R$ 72 e R$ 175/m³.

• Esses valores são bem representativos e se constituem como os maiores da Etapa de Comercialização. A grande variação é explicada por duas razões principais: o preço de venda adotado pelas empresas e o corresponde volume de vendas.

R 3 – Custo de Comercialização – Componente Custos Administrativos

• Conceito: representa a soma das despesas de gestão do negó-cio, tais como remuneração da equipe e estrutura administrativa, remuneração fixa da equipe comercial, despesas gerais indireta-mente relacionadas ao negócio fabril e outros gastos diversos.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado/comercializado.

• Características: Refere-se aos gastos para a administração da estrutura dedicada ao manejo florestal, industrialização e comer-cialização. Em síntese, deve-se buscar a estrutura de suporte mais simples possível para a gestão geral do empreendimento, de forma a imputar o menor custo indireto ao negócio e, em con-sequência, ao produto.

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• Resultados obtidos:

Tabela 4.14 – Resultados da referência 3 – etapa da comercialização

Empresa

Custo de Comercialização -

Componente Custos Administrativos

(R$/m³)A 30B 32C 52D 16E 15F 14G 31H 23I 11J NI

Máximo 52

Mínimo 11

Média Ponderada 23

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Os custos administrativos são a menor parcela dos cus-tos da Etapa de Comercialização, variando desde R$ 11 a R$ 52/m³, com média ponderada de R$ 23/m³ de produto comercializado.

• Nesse componente pode-se perceber a influência de como estruturas maiores e mais complexas imputam mais custo unitário ao produto. Por um lado, vê-se que no caso das estruturas mais caras a qualidade da gestão é um pouco mais refinada. Assim, nessas empresas, são utilizados mais indicadores de gestão, e também medidos e controlados mais aspectos do negócio. Entretanto, nas visitas feitas, não se pode opinar se essas estruturas mais caras se justificam em termos de resultado gerencial, estratégico e econômico

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para cada empresa. Tal constatação só é possível com um estudo próprio e aprofundado sobre o tema.

• Outro aspecto que impacta diretamente o custo desse com-ponente é a escala de produção. Assim, indústrias com escala de produção menor demandam uma estrutura de apoio mais enxuta. Isso explica o fato do largo emprego da reindustrialização do produto primário nas empresas do benchmarking. Essa escolha de agregar valor ao produto acabado eleva os patamares de preços do produto vendi-do, diminuindo o efeito dos custos impostos pela estrutura de apoio sobre a produção primária.

R 4 – Custo Total de Comercialização

• Conceito: Composto pelo somatório dos custos simulados com comissões, impostos e custos administrativos.

• Unidade de Medida: referência quantitativa, medida em R$/m³ de produto primário fabricado/comercializado.

• Características: o custo total da Etapa de Comercialização di-mensiona o impacto que o custo total de matéria-prima, somado aos custos de industrialização, imputarão às margens da empresa.

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• Resultados obtidos:

Tabela 4.15 – Resultados da referência 4 – etapa da comercialização

EmpresaCusto Total de

Comercialização (R$/m³)

A 203B 218C 356D 198E 175F 182G 216H 155I 136J NI

Máximo 356

Mínimo 136

Média Ponderada 186

NPM: Não Apresenta Manejo FlorestalFonte: CONSUFOR – levantamento de campo.

• Segundo as simulações da CONSUFOR, o custo médio pon-derado da Etapa de Comercialização alcança R$ 186/m³ de produto primário comercializado. A amplitude desse custo é bastante expressiva, ocorrendo entre R$ 136 e R$ 356/m³.

4.3. Preços Levantados no Benchmarking

Durante as visitas às empresas nos estados de Rondônia e Mato Grosso, a equipe da CONSUFOR identificou referências de preços de compra e ven-da de produtos que podem ser úteis para as análises do presente produto.

Para auxiliar a compreensão, a CONSUFOR organizou as referências de preços segundo três categorias distintas: (i) preços de madeira em pé, (ii) preços de tora entregue no pátio das indústrias consumidoras e (iii) preços de produtos de desdobro primário.

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4.3.1. Preços de Madeira em Pé

Nenhuma empresa incluída no benchmarking adquire toras de outros manejos florestais na modalidade em pé, tampouco vende a madeira de seu próprio manejo para terceiros, na mesma modalidade.

Dessa forma, a CONSUFOR estimou o preço potencial de venda de ma-deira em pé para a região de influência das indústrias visitadas com base no MÉTODO DO VALOR RESIDUAL. Nessa abordagem, foi con-siderado que a floresta em pé pode ser remunerada NO MÁXIMO pelo valor residual resultante do (i) preço médio de mercado de comercializa-ção de toras entregues no pátio da indústria consumidora, reduzido dos custos com (ii) transporte da tora da floresta até a indústria, (iii) custos de colheita e (iv) de infraestrutura, conforme mostra a Tabela 4.16.

Tabela 4.16 – Estimativa do preço potencial da madeira em pé

Valor (R$/m³)1 Preço Médio de Comercialização de Tora Posta na Indústria (a) 308

( - )2 Custo Médio de Transporte da Floresta até Indústria (b) 34

( - )3 Custo Médio de Colheita (b) 126

( - )4 Custo Médio de Infraestrutura (b) 54

( = )5 Valor Residual = Preço Máximo da Madeira em Pé (c) 94

a: preço médio ponderado pago pelas indústriasb: custo médio ponderado apontado pelas indústriasc: preço hipotético máximo para a madeira em pé

Componente

Fonte: CONSUFOR – Levantamento de campo.

Considerando os preços de compra de tora posta no pátio da indústria (madeira adquirida no mercado), com os custos médios apontados pe-las mesmas empresas, tem-se que o preço máximo (potencial) de ven-da da madeira em pé seria de aproximadamente R$ 94/m³ de madeira efetivamente explorada.

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Ressalta-se que esse é um valor APENAS de referência, considerando dados da região de influência das indústrias do benchmarking. Para a formação efetiva do preço de venda da madeira em pé, o produto florestal precisa levar em consideração, além da formação da floresta (volumes, espécies, etc.), as questões de logística (distâncias, quali-dade dos acessos, etc.) e as questões de oferta e demanda regional (pressões ou não sobre preços).

Contudo, para fins deste estudo, a referência é completamente válida e suficiente, visto que a metodologia encontra amplo amparo em estudos de mercado em diversos setores da economia, inclusive o de base florestal. Apenas em caráter ilustrativo, o próprio Serviço Florestal Brasileiro determina o preço do estoque de madeira em pé para os Editais de Concessões Florestais empregando o Método do Valor Residual.

4.3.2. Preços de Madeira Entregue na Indústria

Essa é provavelmente a modalidade de venda de madeira em tora mais utilizada atualmente na Amazônia Brasileira, por produtores florestais inde-pendentes. Considerando a média das empresas do benchmarking, essa prática responde por cerca de 2/3 do volume de tora consumido nas indús-trias (apenas 1/3 da tora processada é oriunda de manejo florestal próprio).

As referências de preços de toras entregues no pátio industrial, obtidos no benchmarking, estão apresentadas na Figura 4.05. Cabe lembrar que esses preços são valores médios, a varrer, pois consideram todas as classes de diâmetros de toras, comprimentos, espécies e qualidades de madeira (ataque de insetos, tortuosidade, presença de ocos, volume de brancal, etc.).

As grandes variações de preços devem-se principalmente à qualida-de da madeira comercializada (comprimentos, diâmetros e espécies) e também ao volume de compra.

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Figura 4.05 – Preços médios de compra de tora no mercado regional*

350 350

300

200

375

280

350

308

150

200

250

300

350

400

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/m

³ Pos

to n

o Pá

tio d

a Ind

ústr

ia

Empresa

NÃO

COM

PRA

NÃO

COM

PRA

NÃO

INFO

RMOU

*Valores em R$/m³ entregue na indústria, a varrerFonte: CONSUFOR – Levantamento de campo.

4.3.3. Preços de Produto Primário

Conforme já detalhado no Produto 2 deste estudo, e ao longo deste relatório, as empresas do benchmarking têm a estratégia principal de agregar valor à produção, ou seja, realizam o processamento primário das toras, mas também realizam agregação de valor por meio da rein-dustrialização (processamento secundário).

Na média, apenas 6% a produção primária é vendida no mercado. Os demais 94% da produção são reindustrializados. Dessa forma, uma parte das empresas tem preço de venda de produto primário formalizado e em utilização. Para outra parte das empresas, o preço de venda do produto primário foi estimado pelas próprias indústrias com base no seu “poten-cial valor”, uma vez que esse tipo de comercialização não ocorre nessas indústrias ou acontece em quantidades muito pouco representativas.

Na Figura 4.06, a CONSUFOR mostra os preços de venda potenciais de produtos primários identificados no benchmarking, considerando a modalidade de venda ex-works, ou seja, a mercadoria está disponí-

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vel para ser retirada pelo comprador na expedição do fabricante, COM IMPOSTOS, exceto o ICMS. Dessa forma, foram retiradas quais-quer influências ou distorções de valores causados por custos de fretes ou descontos especiais para clientes importantes.

Figura 4.06 – Preços médios potenciais de venda de produto primário*

1.4801.587

2.595

1.556 1.458 1.4261.572

1.126 1.0721.398

150

650

1.150

1.650

2.150

2.650

3.150

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/m

³ Ex-

Wor

ks

Empresa

NÃO

INFO

RMO

U

*Valores em R$/m³ pra retirar na indústria (ex-works) com impostos (IR, CSLL, PIS e COFINS). O ICMS não foi considerado em razão das inúmeras possibilidades de

alíquotas e pauta de preços. Fonte: CONSUFOR – Levantamento de campo.

Com relação aos impostos, foram considerados os impostos do regime de tributação do lucro presumido, cuja alíquota soma 6,73% com o Im-posto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financia-mento da Seguridade Social (COFINS).

Por outro lado, não foi considerada a incidência do ICMS, que apresenta alíquotas variando normalmente entre 12% e 17%, dependendo da locali-zação da indústria consumidora (12% para indústria consumidora fora do estado e 17% para indústria localizada no mesmo estado do produtor). No caso de exportação, a venda é isenta de recolhimento de ICMS.

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Como esse imposto é estadual, pode haver alguma tratativa especial com relação à alíquota. Na Amazônia é normal que os produtos madeireiros trabalhem atrelados a uma lista de preços mínimos (Pauta de Preços).

Nesses casos (a exemplo do que ocorre em Mato Grosso), o estado de-termina que a alíquota do imposto deva ser calculada pelo valor descri-minado na Nota Fiscal de venda, a não ser que ele seja inferior ao preço mínimo estabelecido para o mesmo produto na correspondente Pauta de Preços. Em síntese, a Receita Estadual obriga o industrial a recolher imposto pelo MAIOR valor, seja ele o efetivo de venda, seja o apontado na Pauta de Preços. Isso exemplifica porque analisar o preço de venda do produto primário SEM o efeito do ICMS.

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85

5. Análise de Lucratividade

5.1. Cenários de Análise

A análise de lucratividade apresentada a seguir utilizou como bases os custos e preços fornecidos e/ou identificados durante as visitas de campo do benchmarking. Portanto, o que a CONSUFOR chama de LUCRATIVI-DADE consiste em uma análise HIPOTÉTICA de um POTENCIAL LUCRO BRUTO QUE AS EMPRESAS ESTARIAM VIVENCIANDO, caso desem-penhassem suas operações com os custos e preços ora apresentados.

Para melhor explicar a análise, vale lembrar que a CONSUFOR estimou a abertura e equalização de custos para algumas empresas, pois estes foram fornecidos de forma agregada, como mencionado no capítulo 4 deste relatório. Além disso, todas as indústrias consideradas trabalham com o desdobro primário com algum nível de agregação de valor da madeira (desdobro secundário).

Dessa forma, boa parte dos custos industriais e de comercialização foram reorganizados (com maior ou menor auxílio das próprias empre-sas) para refletir exclusivamente o que é relativo ao desdobro primário. Mesmo assim, é provável que ocorram incorreções na imputação de valores, até porque o benchmarking não teve o objetivo de auditoria de custos e processos.

Outro aspecto de ressalva na análise de lucratividade diz respeito ao regime jurídico e tributário adotado pelas empresas. Como não se teve acesso em detalhes a essas questões (pois são assuntos estratégicos) nas entrevistas, a CONSUFOR optou por estimar os resultados das empresas com base no regime de tributação do lucro presumido. Entretanto, como já apresentado no Item 4 deste relatório, foram reti-radas das análises os efeitos do ICMS sobre o resultado potencial das empresas, em razão de sua grande variabilidade de alíquotas e de pre-ços de referência (Pauta de Preços Mínimos).

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Sobre o aspecto hipotético dessa análise, a CONSUFOR relembra que as empresas do benchmarking têm uma estrutura operacional e estraté-gica dimensionada para um empreendimento industrial para produção e venda de um produto com valor agregado. Portanto, a lucratividade de cada cenário de análise é apenas hipotética, pois a empresa na prática não tem a estrutura e estratégia dimensionadas para os res-pectivos cenários de análise, demonstrados a seguir.

A CONSUFOR considerou três cenários de análise, como forma de com-parar o desempenho de custos das empresas, com as referências de preços em três diferentes situações dentro da cadeia de valor da ma-deira: (i) venda da madeira em pé, (ii) venda da tora posta no pátio da indústria consumidora e (iii) venda do produto do desdobro primário.

Os cenários de análise relativos à lucratividade compreendem três op-ções básicas, ilustradas pela Figura 5.01.

Figura 5.01 – Cenários de Análise de Lucratividade

Fonte: CONSUFOR.

A seguir são apresentadas as análises para cada um dos cenários citados.

CENÁRIO1Vendada

MadeiraemPé

CENÁRIO2VendadeTora

PostoIndústri

a

CENÁRIO3Vendado

Produtodo

Desdobro

Primário

Floresta

POA - PlanoOperacionalAnual

Comercialização

IndústriasdaRegião

Floresta

Tora

Comercialização

IndústriasdaRegião

Floresta

ProdutoPrimário

Indústria

Tora

Comercialização

CENÁRIO 1

Venda da Madeira em Pé

CENÁRIO 2

Venda da Tora Posto Indústria

CENÁRIO 3

Venda do Produto do Desdobro Primário

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5.2. Análise dos Cenários

5.2.1. Cenário 1: Venda da Madeira em Pé

Essa situação de negócios prevê que o proprietário rural realiza toda a atividade de licenciamento de sua propriedade para a exploração de manejo florestal sustentável, obtendo como resultado dessa autorização de funcionamento o Plano de Manejo e o POA.

Assim, ele vende para compradores regionais o “direito de exploração” do volume previsto no POA, ou seja, o volume de madeira em pé dispo-nível na referida autorização de exploração. O comprador (normalmente uma indústria de região) se encarrega de fazer os investimentos para acesso à madeira (estradas, ramais, etc.), bem como da retirada das toras e transporte destas até o destino industrial.

Algumas modificações quanto à responsabilidade pelo custeamento da infraestrutura podem ocorrer (principalmente nas estradas principais e nas grandes obras de arte), ocorrendo então uma renegociação sobre o preço da madeira em pé a ser pago.

A análise de lucratividade potencial para esse cenário levou em conta a diferença entre o preço potencial da madeira em pé na região e o custo total da madeira em pé observado pelas empresas (Figura 5.02).

Figura 5.02 – Método de análise de lucratividade do Cenário 1

LUCRO POTENCIALDA OPERAÇÃO

CUSTO TOTAL DAMADEIRA EM PÉ

PREÇO POTENCIALMADEIRA EM PÉ

Fonte: CONSUFOR.

No benchmarking, a CONSUFOR não identificou referências de preços de madeira em pé, negociados nas regiões de abrangência das indús-trias visitadas. Portanto, a CONSUFOR estimou no item 4.3 deste relatório um preço potencial de comercialização de madeira em pé de R$ 94/m³ (a

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varrer, considerando todas as classes de diâmetro, comprimentos, espé-cies, qualidade da madeira, etc., obtido pelo Método do Valor Residual).

Comparando-se esse preço com os custos da madeira em pé verificados de cada empresa (item 4.2 deste relatório), vê-se que na média geral (Figu-ra 5.03), considerando o modelo de precificação projetado pela CONSU-FOR, as empresas poderiam ter uma lucratividade bruta NEGATIVA esti-mada de R$ 12/m³ de madeira em pé (-12%). Considerando-se a aplicação de impostos sobre a venda da tora, essa margem seria ainda pior.

Figura 5.03 – Análise de lucratividade do Cenário 1 (R$/m³)

Comparação do Preço Potencial e Custos Individuais

Estimativa da Lucratividade Potencial Bruta

113

96

70

126

163

138

121 14

2

106

94

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

m³ d

e M

adei

ra e

m P

é

Empresas

Custo da Madeira em PéPreço Potencial da Madeira em Pé

NPM NI

-19

-2

24

-32

-69

-44

-27

-48

-12A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

m³d

e M

adei

ra e

m P

é

Empresas

NPM NI

NPM: Não apresenta manejo florestal próprio / NI: não informadoFonte: CONSUFOR.

As análises apontam também situações de lucratividade potencial dis-tintas entre as empresas pesquisadas. Entretanto, cabe lembrar que as empresas não estão estruturadas atualmente como vendedoras de madeira em pé, o que certamente as faria rever a estrutura operacional para racionalizar os recursos para esse “novo negócio”. Contudo, pelo cenário proposto, as empresas não estariam de modo geral em uma boa oportunidade de negócios.

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5.2.2. Cenário 2: Venda de Tora Posta da Indústria

Ainda atuando como produtor florestal, o Cenário 2 analisa que o pro-prietário rural passa a vender o seu estoque de madeira na modalidade “tora entregue no pátio industrial”.

O critério de análise, conforme mostra a Figura 5.04, estima o lucro po-tencial que a operação de venda de tora posta na indústria poderia ter, por meio de diferença entre o preço médio de tora posto indústria iden-tificado no benchmarking (Item 4.3 deste relatório) e o custo total obser-vado pelas empresas para colocar as toras de seus manejos próprios nos respectivos pátios industriais (Item 4.2 deste documento).

Figura 5.04 – Método de análise de lucratividade do Cenário 2

LUCRO POTENCIALDA OPERAÇÃO

CUSTO TOTAL DATORA POSTA NA

INDÚSTRIA CONSUMIDORA

PREÇO POTENCIALDA TORA POSTA NA INDÚSTRIA

CONSUMIDORA

Fonte: CONSUFOR.

Considerando os dados citados de preços e custos, a Figura 5.05 simu-la a lucratividade bruta para as empresas. Conforme os dados, na mé-dia geral, essa oportunidade de negócios não é atrativa, pois apresenta lucratividade bruta negativa de R$ 12/m³ de tora (caso fossem inclusos os impostos de produto rural, o resultado seria ainda pior).

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Figura 5.05 – Análise de Lucratividade DO Cenário 2 (R$/m³)

Comparação do Preço Potencial e Custos Individuais

Estimativa da Lucratividade Potencial Bruta

313

302 40

5

386

379

300

280

290

320

308

050

100150200250300350400450

A B C D E F G H I J

Méd

iaR$/

m³ d

e To

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osto

Ind

ústr

ia

Empresas

Custo da Tora Posta na IndústriaPreço Regional de Tora Entregue na Indústria

NPM N

I

-5

6

-97

-78 -72

8

2818

-12

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

m³d

e To

ra P

osto

Ind

ústr

ia

Empresas

NPM

NI

NPM: Não apresenta manejo florestal próprio / NI: não informadoFonte: CONSUFOR.

Mais uma vez é importante ressaltar que esse cenário é apenas hipotético, uma vez que as empresas não estão estruturadas para operar como “vende-doras de madeira em tora”, seja ela em pé, seja ela entregue no pátio indus-trial do comprador. Caso essa opção de negócio viesse a ser adotada, cer-tamente seria realizada uma reorganização da estrutura de cada empresa.

5.2.3. Cenário 3: Venda de Produto Primário

O cenário final de análise considera a incorporação do negócio indus-trial ao componente florestal. Nesse cenário se considera a venda do produto do desdobro primário.

O método de análise (Figura 5.06) estima o lucro bruto potencial das empresas do benchmarking considerando a diferença entre os preços de venda de produto primário informados pela indústria (Item 4.3 deste documento), e o custo total de produção identificado nas visitas (item 4.2 desde relatório). O custo total do produto primário foi obtido pela soma dos custos de matéria-prima em tora (fontes própria e de merca-do), dos custos de desdobro primário e dos custos de comercialização.

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91

Figura 5.06 – método de análise de lucratividade do Cenário 3

LUCRO POTENCIALDA OPERAÇÃO

CUSTO TOTAL DO PRODUTO PRIMÁRIO

PREÇO POTENCIALDO PRODUTO

PRIMÁRIO

Fonte: CONSUFOR.

Segundo o cenário proposto, a Figura 5.07 mostra que na média geral as empresas apresentariam uma lucratividade potencial de R$ 163/m³ de produto primário vendido (12%), já considerando o efeito dos impostos do lucro presumido (IR, CSLL, PIS e COFINS), menos o ICMS.

Figura 5.07 – Análise de lucratividade do Cenário 3 (R$/m³)

Comparação dos Preços Estimados e Custos Individuais

Estimativa da Lucratividade Potencial Bruta

1.40

8

1.13

0 1.92

7

1.46

4

1.43

9

1.08

7

1.63

0

1.04

1

1.07

4

0 1.23

5

1.480

1.587

2.59

5

1.556

1.458

1.426 1.5

72

1.126

1.072 1.2

35 1.398

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

m³ d

e Pr

odut

o Pr

imár

io

Empresas

Custo Total do Produto Primário

Preço Estimado de Venda do Produto Primário

NI

71

457

667

9120

339

-58

85

-2

163

A B C D E F G H I J

Méd

ia

R$/

m³d

e Pr

odut

o Pr

imár

io

Empresas

NI

NI: não informadoFonte: CONSUFOR.

É interessante destacar que o cenário 3 é o mais perto da realidade das indústrias do benchmarking, mas mesmo assim não representa o cenário de negócio destas, pois todas têm foco na agregação de valor ao pro-duto fabricado (94% do volume de produto primário é reindustrializado).

A Tabela 5.01 mostra com mais detalhes e lucratividade estimada das empre-sas do benchmarking, considerando o cenário proposto pela CONSUFOR.

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Tabela 5.01 – Simulação da venda integral do produto primário (EM R$/m³)

A B C D E F G H I J MédiaPreço Estimado de Venda do Produto Primário 1.480 1.587 2.595 1.556 1.458 1.426 1.572 1.126 1.072 NI 1.398Custo da Matéria-prima 1.047 774 844 1.067 974 532 934 814 833 NI 833Custo do Desdobro 158 138 727 199 290 373 480 72 105 NI 215Custos de Comercialização (menos os impostos) 104 111 182 93 77 86 110 79 64 NI 92Impostos (IR, CSLL, PIS e COFINS) 100 107 175 105 98 96 106 76 72 NI 94Lucratividade 71 457 667 91 20 339 -58 85 -2 NI 163Lucratividade (%) 5% 29% 26% 6% 1% 24% -4% 8% -0,2% NI 12%

EMPRESASItem (R$/m³ de produto primário)

Fonte: CONSUFOR.

Os números mostram que apenas 3 indústrias, das 9 estudadas, têm uma lucratividade potencial acima de 20%. Todas as demais estariam vivenciando uma lucratividade bastante limitada, menor do que 10% ou até mesma negativa. A questão da limitação da lucratividade é a princi-pal explicação para a decisão de agregar valor à produção.

Mesmo que os dados da presente análise tenham as suas limitações de aplicação, é latente perceber que boa parte das empresas teria resultado ruim, caso operasse exclusivamente como produtor de produto primário.

Cabe ressaltar, entretanto, que a análise desse cenário não permite concluir que as empresa do benchmarking têm hoje uma operação economicamente positiva ou deficitária, conforme cada caso. Como já explicado no início deste capítulo, todos os cenários de análise são hipo-téticos, visto que o resultado econômico real das empresas se dá no con-junto de atividades, ou seja: na venda do produto industrial secundário.

Entretanto, a simulação específica do Cenário 3 justifica o conceito de agregação de valor para as indústrias de base florestal da Amazônia, caso os resultados fossem extrapolados para o nível nacional. Visto que o componente econômico não é tão atrativo para boa parte das indús-trias, a alternativa identificada por elas é produzir um produto de desdo-bro secundário, com maior valor de venda.

Ademais, é importante salientar que todas as indústrias do benchmarking têm parque fabril com idade superior a 10 anos (como abordado no

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Produto 2 deste Estudo). Assim, todas as indústrias têm “empreendi-mentos plenamente em andamento”, ou seja, já superaram as eta-pas de curvas de aprendizado, já conquistaram seus mercados-alvo e têm quase a totalidade de investimentos já depreciada. Por esse motivo as empresas não relataram custos financeiros importantes, justificando porque esses tipos de desembolso (investimentos e depre-ciação) ficaram de fora das análises.

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6. Análise de Viabilidade

6.1. Cenários de Análise

O objetivo de conduzir esta análise de viabilidade é mensurar o resultado econômico-financeiro de um empreendimento florestal-industrial baseado em madeira tropical, NOVO, propiciando uma visão comparativa aos atuais empreendimentos da região, principalmente com a lucratividade potencial projetada para as empresas do benchmarking (ver capítulo 5 deste relatório).

A mensuração de viabilidade se dá pela determinação dos indicadores econômicos e financeiros do empreendimento.

A CONSUFOR considerou três cenários representativos da cadeia de valor da madeira: (i) venda da madeira em pé, (ii) venda da tora posta no pátio da indústria consumidora, e (iii) venda do produto do desdobro primário (madeira serrada).

Estes cenários coincidem com os da análise de lucratividade, apresen-tada no capítulo 5 deste documento. Os cenários também são represen-tados na Figura 6.01.

Figura 6.01 – Cenários de Análise de VIABILIDADE

Fonte: CONSUFOR

CENÁRIO1Vendada

MadeiraemPé

CENÁRIO2VendadeTora

PostoIndústri

a

CENÁRIO3Vendado

Produtodo

Desdobro

Primário

Floresta

POA - PlanoOperacionalAnual

Comercialização

IndústriasdaRegião

Floresta

Tora

Comercialização

IndústriasdaRegião

Floresta

ProdutoPrimário

Indústria

Tora

Comercialização

CENÁRIO 1

Venda da Madeira em Pé

CENÁRIO 2

Venda da Tora Posto Indústria

CENÁRIO 3

Venda do Produto do Desdobro Primário

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É importante ressaltar que as análises foram conduzidas segundo cada um dos cenários, mas pressupõem a visão integrada da cadeia produ-tiva. Assim, enquanto o Cenário 1 é analisado isoladamente, o Cenário 2 considera também as atividades realizadas no Cenário 1. E para o Cenário 3, este considera os Cenários 1 e 2 adicionados. Essa premissa é ilustrada pela Figura 6.02, em que a disposição dos cenários permite entender a forma de análise da viabilidade.

Figura 6.02 – Cenários de análise de viabilidade

Cenário 1Estrutura

para oCenário 1

Cenário 2Estrutura

para oCenário 1

Estruturapara o

Cenário 2

Cenário 3Estrutura

para oCenário 1

Estruturapara o

Cenário 2

Estruturapara o

Cenário 3

Fonte: CONSUFOR.

Estes cenários representam as instâncias as quais coincidem com as oportunidades vinculadas à cadeia produtiva da madeira tropical:

• Em um primeiro momento, a possibilidade de comercialização de “madeira em pé”, acrescida de todos os custos necessários para torná-la legal e apta para o comércio;

• Com um nível de agregação mediano, a venda de toras na condi-ção “posta na indústria” compreende a situação de intermediária para análise, em que a venda da matéria-prima (madeira em tora), legalmente autorizada do cenário anterior passa a ser entregue no pátio do comprador;

• O cenário final considera a agregação de valor dada pela indus-trialização. Aqui se considera apenas a transformação primária tora-madeira serrada.

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Premissas Básicas

Para que os cenários possam ser compreendidos em termos de di-mensionamento, a CONSUFOR reúne, a seguir, as principais premis-sas consideradas para realizar as análises de viabilidade econômica. O exercício de benchmarking, conduzido durante os levantamentos de campo, identificou referenciais médios de operação das empresas. Es-ses referenciais foram utilizados aqui como ponto de partida para os dimensionamentos em termos de volumes, escalas de produção, produ-tividade, custos, preços e outros. As premissas são:

Localização

• Em relação à localização, as condições vistas no benchmarking foram mantidas. Assim, os novos empreendimentos em análi-se se situam em uma região amazônica genérica, represen-tativa das condições climáticas, de infraestrutura e mercado similares às vistas pela CONSUFOR no benchmarking.

Escala do empreendimento

• As condições vistas no benchmarking também se estendem à determinação da escala dos empreendimentos, produtos a ela-borar e comercializar e em relação às necessidades estruturais (estruturas temporárias, dedicadas à colheita e ao transporte, escritórios, áreas industriais, pátios e demais áreas físicas de instalação e de terreno) e de mão de obra aqui consideradas.

• O dimensionamento dos cenários teve início no dimensio-namento do porte da indústria. O volume de produção mé-dio das 9 indústrias visitadas é da ordem de 6,5 mil m³ de produto primário ao ano. Para esse volume de produção, as indústrias consomem aproximadamente 15 mil m³/ano de toras. Na média do benchmarking, esse volume provém de fontes próprias (1/3 do total ou o equivalente a 5,0 mil m³/ano) e de fontes de mercado (10,0 mil m³/ano ou 2/3 do

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total). Assim, o dimensionamento do Cenário 3 reproduziu exatamente essas condições.

• A referência de 6.500 m³/ano de madeira serrada foi ado-tada como um parâmetro representativo e comparável com a média das condições das atuais empresas visitadas. Po-rém, todas as necessidades dos novos empreendimentos (Cenários 1, 2, e 3) foram dimensionadas para racionalizar um negócio iniciado da plataforma “zero”. Essas necessida-des abrangem a demanda de matéria-prima, estrutura físi-ca, recursos financeiros e outros.

• Para manter o escopo de análise previsto nas Figuras 6.01 e 6.02, os Cenários 1 e 2 tiveram a escala florestal do Ce-nário 3 mantida. No Cenário 3, previu-se um abastecimento industrial com 5 mil m³ de tora oriundo de manejo florestal próprio (complementado com outros 10 mil m³ de manejo de terceiros). Para suprir esse volume de madeira própria, considerou-se que a área de efetivo manejo necessária seja equivalente a 250 ha por ano, levando em conta a explora-ção efetiva de 20 m³/ha/ano. Dessa forma, a área total de efetivo manejo necessária equivale a 7,5mil ha de efetivo manejo, considerando um ciclo de exploração de 30 anos.

• Assim, a necessidade de madeira em tora, tanto em volu-me como em origem, representam o status quo verificado nas visitas (composição entre toras de origem própria e de mercado, que permitem a produção do volume de madeira serrada a analisar).

Eficiência operacional

• A implantação de um novo empreendimento pressupõe a me-lhoria de determinados aspectos intrínsecos, quando com-parado com empreendimentos atuais (em funcionamento). As melhorias podem ser vistas principalmente via ganhos

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de eficiência, produtividade e rendimento operacional, ex-tensivamente à floresta, transformação e comercialização.

• Importante aqui destacar a formação da floresta tropical: as espécies são agrupadas por reboleiras, ou seja, as ár-vores “filhas” crescem em um raio de dispersão de suas “mães” (dispersão por animais, vento, chuvas, etc.). Então a floresta tropical tem infinitas composições de número de espécies e volumetria por hectare. A questão da espécie ser comercial ou não está atrelada ao volume dessa madei-ra disponível na área de manejo (quantidade de árvores e sua dispersão) e as suas características físico-mecânicas e químicas. Isso explica o enquadramento comercial das espécies em 4 grupos: as madeiras duras (muito nobres e nobres) e as madeiras brancas (com maior e com menor vo-lume disponível). Essa composição florestal é um dos com-ponentes que explica as variações de volume de madeira extraído da floresta: tipo de madeira, volumetria por espécie e dispersão na área de manejo.

• O input do lado do uso da madeira vem da indústria. O tipo de indústria e o tipo de produto fabricado também explicam porque algumas empresas retiram mais ou menos volume por hectare da floresta. Se é uma empresa especializa-da em fabricar apenas produtos de grande dimensão (em comprimento, largura e espessura, como os pranchões ou assoalhos) apenas de madeira dura, o volume retirado da floresta será pequeno. Por outro lado, se a empresa fabricar produtos variados e de pequenas dimensões (pisos do tipo parquet, parquetone, decks de pequena e média dimensão, componentes de móveis, esquadrias, etc.), ela poderá ex-trair um volume bem maior de madeira da floresta, pois po-derá usar toras grossas, finas (desde que maiores do que o diâmetro mínimo exigido por lei), tortas, ocas, bifurcadas,

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tanto de madeira dura como branca. Além disso, empre-sas mais especializadas também usam a madeira branca de menor valor agregado para interior de produtos prontos (miolo de portas, miolo de compensado, etc.). Em resumo, quanto menor a dimensão do produto e mais variado for o mix de produtos fabricados, maior a quantidade de espé-cies que essa empresa irá retirar da floresta.

• Sabe-se que na região onde foi realizado o benchmarking (vide Produto 2), foi identificado que a exploração média ponderada é de 14,7 m³/ha (variando entre 9,6 e 22,2 m³/ha). O número de espécies manejadas (Produto 2) mostrou que a média ponde-rada é de 24 espécies (variando entre 5 e 42 espécies).

• Para realizar a simulação de viabilidade de um empreendi-mento NOVO, é necessário considerar um ganho de capaci-dade empresarial, de gestão e planejamento. Dessa forma, em um empreendimento partindo do ZERO (greenfield) será organizado com melhor capacidade técnica do que um ne-gócio já em andamento. Não faz sentido, portanto, simular a reprodução de um negócio NOVO baseado integralmente em uma tecnologia de processos e gestão obsoletos.

Origem da matéria-prima

• Em todos os 3 cenários de análise, a única matéria-prima considerada é a madeira em tora. Nos Cenários 1 e 2 não há processamento industrial, como pode ser visto no Cenário 3. Assim, ressalva-se, foi utilizada a nomenclatura de “ma-téria-prima” apenas para padronizar a análise de entradas e saídas (input- output);

• Nos Cenários 1 e 2, a origem da matéria-prima é plenamen-te própria. No Cenário 3, pressupõe fontes próprias e de mercado, na proporção 1/3 do total sendo própria e 2/3 do total, de terceiros. Em todos os cenários, a matéria-prima

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provém de fontes sustentáveis (planos de manejo florestal sustentável) e legalmente autorizadas.

Produtos a comercializar

• As instâncias de comercialização refletem exatamente a no-menclatura dada aos cenários. No Cenário 1, o produto é a autorização para exploração/Plano Operativo Anual, que concede ao dono da terra o direito de retirada de madeira em tora no volume e condições previstas no seu respectivo Plano de Manejo Florestal. Considerou-se a comercialização de toda a produção florestal: toras para serraria e laminação, tanto de madeiras de alto como de baixo valor comercial.

• No Cenário 2, o produto a comercializar são toras de madeira entregues no pátio das indústrias consumidoras (serrarias e/ou laminadoras), no volume autorizado e condições previs-tas no Plano de Manejo e respectivos Planos Operacionais.

• O último Cenário (3) considera a madeira serrada como o produto a ser comercializado. Em termos de características, considerou-se a fabricação de réguas de madeira nas di-mensões 15 mm X 175 mm X 2.200 mm, 100% secas em estufa, com elevada qualidade dimensional. Esse produto apesar de simples é a base para a produção de pisos e as-soalhos de madeira, um dos produtos secundários de maior demanda para a madeira amazônica. A fabricação de pro-dutos de pequena dimensão é uma escolha estratégica, pois se pode trabalhar com toras curtas (2,5 m de comprimento) e de menor diâmetro (o ideal para este empreendimento é em torno de 80 cm de diâmetro), maximizando assim o ren-dimento industrial (conversão tora-produto serrado).

Destino da produção

• Os Cenário 1 e 2 destinarão sua produção às indústrias lo-cais (serrarias, laminadoras e/ou fábricas de compensado)

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na região de influência dos respectivos ativos florestais, dentro do mesmo estado.

• No Cenário 3, o produto industrializado será destinado às indústrias de reprocessamento industrial. Para fins de análi-se, considerou-se que 100% dessa produção será vendida no mercado interno, fora do estado de fabricação primária.

Desembolso para a Aquisição de Propriedade Rural e Industrial

• Não é analisada aqui a questão dos investimentos para a aquisição de área rural para a implantação de manejo flo-restal sustentável, tampouco a aquisição de terreno urbano para a implantação do empreendimento industrial.

• Como esta é uma análise preliminar, de caráter comparati-vo, em localização indeterminada dentro da Amazônia Le-gal, não faz sentido considerar esse tipo de investimento para os empreendimentos em questão. Além disso, a CON-SUFOR entende que esses valores podem ser muito variá-veis de região para região, em decorrência de aspectos de infraestrutura local, da situação fundiária da região e outros aspectos relacionados ao mercado de madeira em si (esca-la do polo produtor e consumidor, competição com outros setores econômicos – agronegócio, mineração, etc.).

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Resumidamente, as principais peculiaridades acerca de cada cenário estão expostas na Tabela 6.01.

Tabela 6.01 – Peculiaridades da análise dos cenários

Item Unid. Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

DescriçãoVenda da Madeira

em PéVenda de Tora Posta

na IndústriaVenda do Produto do

Desdobro Primário

Localização

Escala do EmpreendimentoVolume Total de Consumo de Toras

m³/ano 5.000 5.000 15.000

Matéria-primaFloresta e

Proprietário (dados)

Floresta apta para a comercialização (documentação)

Tora Posta na Indústria

ProcessoLicenciamento do

manejo e Venda da madeira em pé

Licenciamento do manejo, Exploração

e Transporte da madeira até a

indústria (venda da tora posta na

indústria)

Licenciamento do manejo,

Abastecimento industrial com

florestas próprias e de mercado,

Processamento industrial e Venda do

produto Primário

Produto Madeira em péTora Posta na

Indústria

Produto do Desdobro Primário (madeira serrada)

Volume de Produção m³/ano 5.000 5.000 6.500

Eficiência Operacional

Origem da Matéria-prima Manejo próprio Manejo próprio Manejo próprio e de terceiros

Produtos a Comercializar

Floresta apta para a comercialização (documentação: autorização para

exploração / Plano Operativo Anual)

Tora Posta na Indústria

Produto do Desdobro Primário (madeira serrada)

Destino da ProduçãoInteressados em

explorar a madeira em pé

Indústrias da região

Indústrias de reprocessamento ou

mercado consumidor regional

Desembolso para a Aquisição de Propriedade Rural e Industrial

Região amazônica, representativa das condições vistas no benchmarking

Não analisada

Melhorados (ganhos de eficiência, produtividade e rendimento operacional)

Fonte: CONSUFOR.

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6.2. Descrição dos Cenários

6.2.1. Cenário 1

Em termos pragmáticos, compreende as atividades necessárias para tornar a floresta apta e legal para a comercialização da madeira, sob a condição “em pé”. Depende de serviços que podem ser realizados de forma própria ou por terceiros. Nessa análise, será considerada a forma própria para a obtenção da madeira nessas condições.

Todos os desembolsos necessários são classificados como investi-mentos. Esses investimentos vão compor o custo da madeira em pé. Compreende, normalmente, a regularização fundiária, inventário diag-nóstico, realização de estruturas temporárias para a elaboração do in-ventário, ferramentas, utensílios e equipamentos de proteção, insumos e consumíveis durante o inventário e serviços de consultoria para a ela-boração dos documentos de Autorização Prévia à Análise Técnica do Plano de Manejo (APAT), Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), Plano Operativo Anual (POA) e para a obtenção da Autorização para Exploração Florestal (AUTEX).

Nesse cenário, todos os desembolsos são computados sob a rubrica de matéria-prima. Os custos não pressupõem mão de obra, combustível, manutenção, seguros, insumos, energia elétrica ou quaisquer outros, visto que todas as atividades serão feitas por empresas terceirizadas.

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A Figura 6.03 representa as etapas que compõem o Cenário 1.Figura 6.03 – Etapas do Cenário 1

ESTUDOS PRELIMINARES

OBTENÇÃO DE LICENÇAS

ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DO PMFS

OBTENÇÃO DE LICENÇAS E AUTORIZAÇÃO DE

EXPLORAÇÃO ANUAL

5.000 m³/anoMADEIRA EM PÉ

POA

INDÚSTRIAS CONSUMIDORAS

DA REGIÃO

FASE DE PREPARAÇÃO FASE DE OPERAÇÃO

MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL PRÓPRIO

Fonte: CONSUFOR.

6.2.2. Cenário 2

O Cenário 2 pressupõe a realização de todas as etapas previstas no Cenário 1 e, em adição, a exploração da madeira e transporte das toras até o pátio da indústria consumidora. A Figura 6.04 representa em es-quema, as etapas deste cenário.

Figura 6.04 – Etapas componentes do Cenário 2

5.000 m³/anoTORA

INDÚSTRIAS CONSUMIDORAS

DA REGIÃOOPERAÇÃO DE COLHEITA E TRANSPORTE

MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL PRÓPRIO

ESTUDOS PRELIMINARES

OBTENÇÃO DE LICENÇAS

ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DO PMFS

OBTENÇÃO DE LICENÇAS E AUTORIZAÇÃO DE

EXPLORAÇÃO ANUAL

5.000 m³/anoMADEIRA EM PÉ

POA

FASE DE PREPARAÇÃO

FASE DE OPERAÇÃO

Cenário 1

Cenário 2

Fonte: CONSUFOR.

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105

Este empreendimento depende dos investimentos e custos vistos no Cenário 1, acrescidos de investimentos em máquinas e equipamentos, obras civis e contingências, além de custos com a mão de obra, insu-mos e outros específicos do Cenário 2. Tais investimentos e custos per-manecerão dedicados à abertura de estradas e esplanadas, corte sele-tivo (derrubada ou abate), arraste, operações de pátio, carregamento, transporte de toras até a indústria e a gestão das operações.

6.2.3. Cenário 3

Como já explanado, no Cenário 3, será realizada a industrialização das toras, comercializadas em pé no Cenário 1 e, abatidas e trans-portadas, no Cenário 2.

Este negócio depende de investimentos e custos apresentados no Ce-nário 2 (relativos ao manejo florestal), investimentos em máquinas e equipamentos, obras civis e contingências, além de custos com a ma-téria-prima, mão de obra, energia elétrica, insumos e outros especifica-mente relacionados ao desdobro industrial.

Neste Cenário 3, que pressupõe os Cenários 1 e 2, é também acrescido o su-primento de toras advindo de manejo de terceiros ou de mercado, necessá-rios para suprir a demanda de toras da indústria, na escala pré-determinada.

Este Cenário representa, portanto, a forma, o tamanho e os volumes de operação exatamente como vistos no benchmarking, em que as empre-sas se abastecem de fontes próprias e de mercado, realizam a indus-trialização segundo essa sequência e produzem tais volumes médios de produto primário.

O processo de fabricação de madeira serrada, especialmente na Ama-zônia, não apresenta variações significativas em termos de processo industrial. As serrarias são normalmente dotadas de carro porta-toras, serra-fita, serra-fita dupla ou refiladeira e destopadeira. Entre os equi-pamentos principais podem existir estruturas auxiliares transportadoras

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e de manuseio. A Figura 6.05 representa o fluxograma produtivo que representa este cenário. O detalhamento dos equipamentos em quanti-dade e especificações é apresentado adiante.

Figura 6.05 – Etapas componentes do Cenário 3

5.000 m³/anoTORA

OPERAÇÃO DE COLHEITA E TRANSPORTE

MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL PRÓPRIO

ESTUDOS PRELIMINARES

OBTENÇÃO DE LICENÇAS

ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DO PMFS

OBTENÇÃO DE LICENÇAS E AUTORIZAÇÃO DE

EXPLORAÇÃO ANUAL

5.000 m³/anoMADEIRA EM PÉ

POA

FASE DE PREPARAÇÃO

FASE DE OPERAÇÃO

MESA DE ENTRADA

Bloco

Pó de Serra Refilos Destopos

Resíduos de Madeira Costaneiras

RESÍDUOS

VAPOR

Pátio de Classificação de Toras

SERRA FITA

FITA DE DESDOBROCostaneiras

Pranchas

1

2

3

REFILADEIRA

DESTOPADEIRA

MESA DE CLASSIFICAÇÃO

GRADEAMENTOESTUFAS

EXPEDIÇÃO

PICADORSILO

CALDEIRA

FLORESTAS DE MERCADO

10.000 m³/anoTORA

MANEJO DE TERCEIROS

PROCESSO INDUSTRIAL

VENDA DE PRODUTO INDUSTRIAL PRIMÁRIO

6.500 m³/ano

Cenário 1

Cenário 2

Cenário 3

Fonte: CONSUFOR.

O processo produtivo industrial se inicia no pátio de toras, de onde as toras são transportadas para a mesa de recepção e alimentação, a qual abastece o carro porta-toras. Esse carro se movimenta em direção à serra-fita para a realização dos cortes longitudinais verticais.

Após formação da primeira face, com retirada da primeira costaneira, as toras são giradas para serem apoiadas na primeira face (Figura 6.06). Em seguida, é formada a segunda face (retirada a segunda costanei-ra). Novamente as toras são viradas para a formação da terceira face e seguindo para o corte nas espessuras desejadas, formando pranchas (normalmente com 30 mm ou múltiplos).

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Figura 6.06 – Vista frontal dos cortes (serra-fita) – tora

1º tomb. 2º tomb. 3º tomb.

Fonte: CONSUFOR.

Depois de deixarem a serra-fita, as pranchas passam pela serra-fita du-pla de desdobro, formando as tábuas (Figura 6.07). Em seguida, pas-sam pela refiladeira múltipla, formando as réguas com larguras variá-veis, de acordo com a necessidade de produção (Figura 6.08).

Figura 6.07 – Vista frontal dos cortes (serra-fita dupla de desdobro) – tábuas

1

2

3

Fonte: CONSUFOR.

Figura 6.08 – Vista frontal dos cortes (refiladeira múltipla) – réguas

Peças Grandes

Peças Médias

Fonte: CONSUFOR.

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Na sequência, as réguas seguem para a mesa de destopo, onde são secionadas com os comprimentos desejados (Figura 6.09).

Figura 6.09 – Vista superior dos cortes (destopadeira) – réguas

Produto 1

Produto 2 Produto 3

Fonte: CONSUFOR.

Em seguida, as réguas são gradeadas com o auxílio de gabarito. Essas grades são transportadas por carregadeira frontal para áreas de seca-gem nas estufas. Permanecem em secagem (em estufa industrial) por cerca de 10 dias.

6.3. Análise dos Cenários

6.3.1. Investimentos

Para cada cenário avaliado, os investimentos são mostrados em cinco grandes grupos:

• Autorização para Exploração Florestal: compreende os trâmites – atividades e documentos (APAT, PMFS, POA e AUTEX) necessá-rios para tornar a floresta apta para a comercialização sob a forma de “madeira em pé”;

• Obras Civis: compreendem os investimentos em terraplenagem, abertura de estradas, edificações e demais estruturas necessá-rias para cada uma das opções analisadas;

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• Máquinas e Equipamentos: são os investimentos diretos na aqui-sição, montagem e instalação das máquinas e equipamentos de cada opção estudada;

• Outros: são os desembolsos necessários com serviços comple-mentares, tais como instalações elétricas, hidráulicas e pneumáti-cas, além de instalações de suporte;

• Contingências: é uma estimativa de investimentos a fim de cobrir itens não previstos no projeto (margem de segurança). Nesse caso foi con-siderada uma margem de 20% sobre os demais itens de investimento.

Com base nesses aspectos, a Figura 6.10 mostra o investimento total para cada cenário. O detalhamento dos investimentos é apresentado no Anexo I.

Figura 6.10 – Síntese comparativa dos investimentos

83%

17%

Cenário 1

Autorização para Exploração Florestal

Contingencias

1%

39%39%

4%17%

Cenário 3Autorização para Exploração Florestal

Obras Civis

Maquinas e Equipamentos

Outros

Contingencias

2%

47%

33%

1%17%

Cenário 2Autorização para Exploração Florestal

Obras Civis

Maquinas e Equipamentos

Outros

Contingencias

Fonte: CONSUFOR.

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A Tabela 6.02 mostra a composição dos investimentos em cada cenário de Negócio avaliado.

Tabela 6.02 – Investimento por cenário

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3Autorização para Exploração Florestal 185.750 185.750 185.750Obras Civis 3.790.765 5.365.565Maquinas e Equipamentos 2.718.708 5.384.027Outros 62.600 542.600Contingencias 37.150 1.351.565 2.295.588Total 222.900 8.109.387 13.773.530

DescriçãoValor (R$)

Investimentos

Fonte: CONSUFOR.

6.3.2. Volume de Produção e Receitas

O volume de produção refere-se à quantidade de cada produto a ser fa-bricado para cada cenário de análise estudado. No Cenário 1, a produ-ção se destinará aos interessados locais em explorar a madeira em pé. No Cenário 2, cujo produto é a tora posta na indústria, a produção se destinará às indústrias da região. E, finalmente, os produtos do Cenário 3 serão destinados às indústrias de reprocessamento ou ao mercado consumidor regional. A Tabela 6.03 mostra o volume de produção anual para cada cenário estudado.

Tabela 6.03– Volume de produção anual por cenário

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Cenário 1 Madeira em pé 5.000Cenário 2 Tora Posta na Indústria 5.000Cenário 3 Produto Primário (madeira serrada) 6.500Total 5.000 5.000 6.500

CenárioVolume (m³/ano)

Produto

Fonte: CONSUFOR.

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Os preços de venda adotados nesta análise refletem tanto os aspectos de mercado verificados nas visitas do benchmarking, quanto parâme-tros gerais de mercado para produtos madeireiros na Amazônia, em especial, na região de influência das empresas visitadas. Esses aspec-tos foram retratados no item 4.3 do presente relatório. Ressalta-se que todos os preços são sem ICMS. A Tabela 6.04 mostra os preços consi-derados para cada um dos cenários.

Tabela 6.04– Preços adotados por cenário

Preço Unitário

(Em R$/m³)

Cenário 1 Madeira em pé 94,00Cenário 2 Tora Posta na Indústria 308,00Cenário 3 Produto Primário (madeira serrada) 1.550,00

Cenário Produto

Fonte: CONSUFOR.

Na adoção dos preços mostrados em cada cenário, observaram-se os seguintes aspectos:

• Cenário 1 – preço da madeira em pé: utilizou-se o MÉTODO DO VALOR RESIDUAL. Nessa abordagem, foi considerado que a flo-resta em pé pode ser remunerada NO MÁXIMO pelo valor residual resultante do (i) preço médio de mercado de comercialização de toras entregues no pátio da indústria consumidora, reduzido dos custos com (ii) transporte da tora da floresta até a indústria, (iii) custos de colheita e (iv) de infraestrutura. Segundo essa aborda-gem, o preço considerado é de R$ 94/m³ (vide mais detalhes no item 4.3 deste relatório).

• Cenário 2 - Essa é provavelmente a modalidade de venda de ma-deira em tora mais utilizada atualmente na Amazônia Brasileira, por produtores florestais independentes. Considerando a média das empresas do benchmarking, essa prática responde por cerca de 2/3 do volume de tora consumido nas indústrias (apenas 1/3 da tora processada é oriunda de manejo florestal próprio). As re-

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ferências de preços de toras entregues no pátio industrial, obtidos no benchmarking alcançam R$ 308/m³. Cabe lembrar que esses preços são valores médios, a varrer, pois consideram todas as classes de diâmetros de toras, comprimentos, espécies e quali-dades de madeira (ataque de insetos, tortuosidade, presença de ocos, volume de brancal , etc.).

• Cenário 3 – As empresas do benchmarking têm a estratégia prin-cipal de agregar valor à produção, ou seja, realizam o processa-mento primário das toras, mas também realizam agregação de valor por meio da reindustrialização (processamento secundário). Assim, o preço de venda potencial, com base nos produtos primá-rios identificados no benchmarking, considerando a modalidade de venda ex-works, ou seja, a mercadoria está disponível para ser retirada pelo comprador na expedição do fabricante, COM IM-POSTOS, exceto o ICMS, alcançando no benchmarking um va-lor médio de ponderado de R$ 1.398/m³. No projeto industrial em análise, a CONSUFOR projetou um indústria com tecnologia de produção mais atualizada, o que permitirá fabricar uma madeira serrada com mais qualidade dimensional e 100% seca em estufa. Assim, considerou-se um bônus de preço (média de 11%) devido à diferenciação: R$ 1.550,00/m³.

As estimativas de receitas (faturamento), por sua vez, são resultado da multiplicação dos preços de venda unitários adotados para cada pro-duto considerado, pelo volume de produção correspondente em cada Cenário de Negócio avaliado (Tabela 6.05).

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Tabela 6.05– Estimativa de receita anual (faturamento) por cenário

Preço Unitário

(Em R$/m³) Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Cenário 1 Madeira em pé 94,00 470.000Cenário 2 Tora Posta na Indústria 308,00 1.540.000Cenário 3 Produto Primário (madeira serrada) 1.550,00 10.075.000Total 470.000 1.540.000 10.075.000

Valores (Em R$)Cenário Produto

Fonte: CONSUFOR.

6.3.3. Custos Operacionais

Para cada Cenário de Negócio, os custos são mostrados em cinco gran-des grupos. São eles:

• Mão de obra: refere-se ao desembolso com salários e encargos sociais (estimados em 100% sobre a remuneração básica). Os custos com mão de obra foram determinados para os Cenários 2 e 3. No Cenário 1 não se considerou a necessidade de equipe própria, uma vez que todas as atividades podem ser terceirizadas para empresas especializadas. No Anexo II são apresentadas as necessidades e o custo detalhado da mão de obra, por cenário;

• Matéria-Prima: em todos os cenários de análise, a tora foi con-siderada como a única matéria-prima disponível. No Cenário 1, a matéria-prima corresponde apenas ao “estoque” de madeira dis-ponível e autorizado para manejo. No Cenário 2, a transformação é apenas da madeira em pé para a condição em tora (sem perdas de volume no processo). E, no Cenário 3, a matéria-prima passa por transformação em processamento industrial.

• Energia Elétrica e Combustível: valor referente ao desembolso com energia elétrica adquirida no mercado (rede pública) e com o combustível utilizado para as máquinas e equipamentos na extra-ção, transporte e movimentação da madeira em tora.

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• Manutenção, Seguros e Insumos: autoexplicativa, a rubrica refe-re-se aos desembolsos necessários para que as condições físicas dos investimentos estejam plenamente operacionais;

• Administração: desembolsos para a gestão do negócio, inclusive despesas gerais. Calculado com base em 1% dos demais custos.

Para melhor amparar a análise, a Tabela 6.06 e Figura 6.11 mostram um comparativo de custos anuais entre todas as opções analisadas.

Tabela 6.06– Síntese dos custos por cenário de negócio

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3Mão de Obra 499.200 1.584.000Materia Prima 380.750 384.558 2.884.323Energia Elétrica e Combustível 315.840 652.333Manutenção, Seguros e Insumos 37.901 418.351Administração, Despesas Gerais e outros 3.808 12.375 54.042Total 384.558 1.249.873 5.593.049

DescriçãoValor (R$)

Custos

Fonte: CONSUFOR.

Figura 6.11 – Síntese comparativa dos custos anuais

99%

1% Cenário 1

Materia Prima

Administração, Despesas Gerais e outros

28%

52%

12%

7%

1% Cenário 3 Mão de Obra

Materia Prima

Energia Elétrica e Combustível

Manutenção, Seguros e Insumos

Administração, Despesas Gerais e outros

40%

31%

25%

3%

1% Cenário 2 Mão de Obra

Materia Prima

Energia Elétrica e Combustível

Manutenção, Seguros e Insumos

Administração, Despesas Gerais e outros

Fonte: CONSUFOR.

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6.3.4. Indicadores de Viabilidade

O presente capítulo apresenta a análise econômico-financeira de pré--viabilidade dos cenários estudados. Os indicadores foram gerados com base em fluxos de caixas projetados para um horizonte de 15 anos (ver Anexo III). Cabe ressaltar que no 15°. ano foi considerado um valor residual referente ao valor de venda do empreendimento com base na perpetuidade do negócio, considerando uma taxa de desconto de 12%.

Além das estimativas de investimentos, custos e receitas, foram consi-deradas as seguintes premissas:

• Regime tributário: foi adotado o regime tributário do lucro pre-sumido. Neste regime o imposto é calculado com base em um percentual legalmente estabelecido sobre o valor das vendas rea-lizadas, independentemente da apuração do lucro e variando con-forme a natureza da atividade. A composição dos custos com im-postos no regime de lucro presumido é mostrada na Tabela 6.07.

Tabela 6.07 – Síntese dos custos por cenário de negócio

Item AlíquotaPIS 0,65%COFINS 3,00%CSLL 1,08%IR 1,20%IR - Adicional 0,80%Mercado Interno 6,73%

Fonte: CONSUFOR.

• Custos Comerciais: Calculado à razão de 5% sobre o faturamen-to, nesse custo são consideradas as remunerações de vendedo-res e ações de marketing.

• Reinvestimentos: no sentido de manter as condições de opera-ção dos empreendimentos ao longo do tempo, considerou-se que a partir do 5°. ano de operação ocorrerão reinvestimentos pro-porcionais a 1% do valor inicial investido. Essa premissa não foi

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adotada no Cenário 1, no qual os investimentos se referem unica-mente aos serviços para a autorização para a exploração florestal, mas apenas nos Cenários 2 e 3, que pressupõem investimentos em máquinas, equipamentos e obras civis permanentes.

• Capital de Giro: o investimento em capital de giro se fará neces-sário nos primeiros anos de operação, até que o empreendimento atinja sua capacidade máxima de produção. No cálculo do capital de giro considerou-se um prazo médio de pagamento de 30 dias e um prazo médio de recebimento de 90 dias.

• Curva de Aprendizado: tendo em vista as necessidades ope-racionais iniciais de um novo empreendimento e as barreiras de mercado para novos entrantes, adotou-se uma curva de apren-dizado de 75% para o primeiro ano e 100% a partir do segundo ano, em relação ao volume máximo de produção. Essa premissa é válida apenas no Cenário 3, que pressupõe o aprendizado e o do-mínio das técnicas industriais e de penetração no mercado (não aplicável nos Cenários 1 e 2).

• Indicador de Viabilidade Econômica: os indicadores seleciona-dos para demonstrar a viabilidade econômica do empreendimen-to em análise são:

• Valor Presente Líquido (VPL): são os valores dos fluxos de caixa futuros trazidos para o momento presente, por meio do desconto a uma taxa mínima de atratividade pré-definida para esta análise em 12%. Para verificar a viabilidade de um projeto em função do VPL, tem-se o seguinte critério:

q Se VPL > 0 → projeto viável

q Se VPL < 0 → projeto inviável

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• Índice Benefício-Custo (IBC): é uma medida de quanto se ganha por unidade de capital investido. É na verdade uma variante do método VPL. Para verificar a viabilidade de um projeto em função do IBC, tem-se o seguinte critério.

q Se IBC > 1 → projeto viável

q Se IBC < 1 → projeto inviável

• Taxa Interna de Retorno (TIR): indicador de rentabilidade re-lativa que representa a taxa de desconto que torna a soma dos valores presentes de todos os fluxos de caixa líquidos esperados iguais ao investimento original. Para verificar a viabilidade de um projeto em função da TIR, tem-se o se-guinte critério.

q Se TIR > TMA (Taxa Mínima de Atratividade) → projeto viável

q Se TIR < TMA (Taxa Mínima de Atratividade) → projeto inviável

• Prazo de retorno dos investimentos (payback): revela o tem-po necessário para recuperar o investimento realizado em anos. Quanto menor for o prazo para o retorno dos investi-mentos, mais atrativo é o investimento.

A Tabela 6.08 condensa os resultados determinados para os cenários, considerando a situação base.

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Tabela 6.08– Síntese dos resultados por cenário de negócio – situação base

Indicador Unidade Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

VPL R$ (51.546) (7.881.871) 8.724.860 IBC - 0,8 0,0 1,6 TIR % 5,5% - 16,8%Pay-Back Anos 11 - 6

Conclusão Inviável Inviável Viável, com ressalvas

Fonte: CONSUFOR.

Apenas o Cenário 3 apresentou condições de viabilidade. Nos Cenários 1 e 2, o Cálculo do VPL resultou em um indicador negativo, demonstran-do retorno aquém dos investimentos realizados. Isso também é verifica-do na análise do IBC, situado abaixo de 1,0 e na TIR, não calculada (por não dispor de condições financeiras mínimas) ou inferior à taxa mínima de atratividade. O prazo de retorno do investimento é de 10 anos para o Cenário 1 (não calculada no Cenário 2).

Isso atesta a inviabilidade desses cenários, nos quais a opção de co-mercializar a madeira em pé (Cenário 1) ou a madeira em tora posta na indústria (Cenário 2) se demonstram como opções insatisfatórias, sob o ponto de vista econômico-financeiro.

Já no Cenário 3, o VPL determinado alcança R$ 8,7 milhões e represen-ta, como previamente explanado, o somatório dos fluxos de caixa no momento presente (instante zero).

Não se pode dizer que este resultado seja extremamente satisfatório a um empreendedor – mesmo que hipotético – haja vista que os montan-tes envolvidos em termos de receitas, custos e principalmente, de inves-timentos, são vultosos. É preciso dizer ainda que oscilações mínimas, tanto em receitas como em custos, são capazes de provocar mudanças extremas nesses resultados primariamente determinados.

O mesmo ocorre a partir da análise do resultado da TIR, calculada em 16,8%. A TIR, nesse cenário, é superior à taxa mínima de atratividade

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estabelecida para o estudo, fixada em 12%, o que classifica o empre-endimento como viável.

Essas duas resultantes podem ser entendidas como muito próximas da condição satisfatória.

Isso se ampara também na análise de sensibilidade de ambos indica-dores, apresentada nas Tabelas 6.09 e 6.10. Uma pequena variação negativa das variáveis de receita ou custo total afetam de forma extrema os resultados do VPL e da TIR, levando a entender que o empreendi-mento é altamente sensível.

Tabela 6.09 – Sensibilidade do VPL para o cenário 3

11,05 -10% -5% 0% 5% 10%-10% 6,4 7,8 9,2 10,6 12,0

-5% 6,2 7,6 9,0 10,4 11,8

0% 5,9 7,3 8,7 10,1 11,5

5% 5,7 7,1 8,5 9,9 11,310% 5,4 6,8 8,2 9,6 11,0Va

r. no

s Cu

stos

Tot

ais

Variação nas Receitas

Valor com as premissas do relatório.

Tabela 6.10 – Sensibilidade da TIR para o cenário 3

0,11 -10% -5% 0% 5% 10%-10% 14,9% 16,2% 17,5% 18,7% 20,0%

-5% 14,6% 15,9% 17,1% 18,4% 19,7%

0% 14,3% 15,6% 16,8% 18,1% 19,3%

5% 14,0% 15,2% 16,5% 17,8% 19,1%10% 13,7% 15,0% 16,2% 17,4% 18,7%Va

r. no

s Cu

stos

Tot

ais

Variação nas Receitas

Valor com as premissas do relatório.Um aspecto que merece atenção à condição de viabilidade é com rela-ção à necessidade de capital de giro do empreendimento. Nesse cená-rio, o capital de giro alcança um montante de R$ 2,1 milhões e necessita ser aportado durante os anos iniciais de operação. O capital de giro, pela sua rápida renovação e condição essencial, foi dimensionado para

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atender ao ciclo completo da operação do empreendimento, engloban-do desde a aquisição da matéria-prima até a venda e o recebimento dos produtos vendidos.

Outro fato diz respeito à origem do capital: nessas simulações foi consi-derada apenas a fonte própria de capital. Existe a possibilidade de con-siderar fontes de terceiros na composição dos recursos, o que, de acor-do com o custo, favorece a média de rentabilidade do empreendimento. Ressalta-se que existem fontes de recursos apropriadas a empreendi-mentos dessa natureza (financiamento de projetos), cujas finalidades, taxas, limites, garantias e condições gerais de operação favorecem os indicadores e resultados econômicos e financeiros.

Colaborando positivamente com a análise, o índice IBC, variante do VPL, registra 1,4 e atesta a viabilidade do Cenário 3, demonstrando a medida de quanto se ganha por unidade de capital investido.

E como indicador final, o prazo de retorno do investimento (payback) chega a seis anos, representando também uma medida classificada como razoável para o porte do empreendimento analisado.

Em suma, o Cenário 3, analisado, acaba por representar com grande similaridade a situação atual verificada nos levantamentos de campo: a necessidade de agregação de valor ao produto primário, já realizada pelas empresas.

Flexibilização da Análise de Viabilidade

Os Cenários 1 e 2, na simulação base, não alcançam a condição mínima para serem enquadrados como viáveis. Mesmo o Cenário 3 apresenta ressalvas que se referem às possíveis variações de receitas e custos e que concomitantemente podem comprometer a condição de viabilidade.

Para atender à demanda de explorar as condições de viabilidade, a CONSUFOR elaborou um pacote comparativo – e hipotético – de si-mulações que tornariam viáveis os cenários aqui vistos. São apre-sentados no Anexo IV e consideram diversas flexibilizações na simula-ção de base ora apresentados.

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Trata-se de um comparativo hipotético por algumas razões: não é possí-vel, por exemplo, vislumbrar a possibilidade de operação de um empre-endimento com uma escala de 300%, por exemplo, nas contas variáveis, sem a previsão de alteração dos investimentos. Ou ainda, um determina-do investimento não suportaria triplicar a sua operação, sem as devidas medidas de manutenção e reposição desse investimento. Mas tal com-parativo serve aqui para fornecer uma noção acerca do esforço que o empreendedor teria de fazer para viabilizar sua empreitada.

Outra adição às comparações é a incorporação de linhas e instrumen-tos de financiamento, que permitem vislumbrar o comportamento da ca-pacidade de pagamento dos empreendimentos.

No total foram geradas sete simulações para cada um dos cenários inicialmente desenvolvidos: Essas sete simulações contam com a incor-poração dos ajustes à escala do empreendimento, variações na com-posição da estrutura de capital, forma de desembolso dos recursos e variações na extensão do fluxo de caixa.

O Anexo IV expõe a caracterização de cada uma das simulações e apresenta uma matriz com todos os resultados em termos de viabilida-de dos cenários originalmente apresentados.

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Essa mesma matriz com os resultados é apresentada aqui, na Tabela 6.11.

Tabela 6.11 – Resultados das simulações

# Simulação Fonte de Recursos Indicador Unidade Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

VPL R$ -51.546 -7.881.871 8.724.860 IBC - 0,8 0,0 1,6 TIR % 5,5% - 16,8%Payback Anos 11 - 6Ajuste - Operação a 300% Operação a 400% Operação a 110%VPL R$ 291.161 6.173.689 14.995.965 IBC - 2,3 1,8 2,1 TIR % 19,3% 19,3% 21,6%Payback Anos 6 5 5Ajuste - Operação a 300% Operação a 300% Operação a 100%VPL R$ 303.703 2.026.486 9.262.843 IBC - 2,4 1,2 1,7 TIR % Inexistente 18,4% 21,3%Payback Anos 8 3 4Ajuste - Operação a 5.000% Operação a 500% Operação a 110%VPL R$ 1.931.070 4.447.585 8.816.947 IBC - 9,7 1,5 1,6 TIR % 15,6% 16,4% 17,2%Payback Anos 8 3 4Ajuste - Operação a 1.500% Operação a 300% Operação a 110%VPL R$ 1.049.848 2.432.337 9.188.791 IBC - 5,7 1,3 1,7 TIR % Inexistente 15,9% 18,8%Payback Anos Inexistente 5 5Ajuste - Operação a 100% Operação a 200% Operação a 110%VPL R$ 77.238 1.214.692 17.507.491 IBC - 1,3 1,1 2,3 TIR % 45,6% 70,0% 189,3%Payback Anos 6 4 5Ajuste - Operação a 3.000% Operação a 300% Operação a 100%VPL R$ 1.907.190 3.355.896 12.534.665 IBC - 9,6 1,4 1,9 TIR % 43,3% 175,1% 102,0%Payback Anos 6 4 3Ajuste - Operação a 850% Operação a 300% Operação a 100%VPL R$ 814.537 14.884.164 25.806.932 IBC - 4,7 2,8 2,9 TIR % 52,5% Inexistente 252,5%Payback Anos 4 3 3

2

1

7

6

5

4

3

Ajustada - 35 anos / 11 tranches

Capital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Ajustada - 35 anosCapital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Ajustada - 35 anos

Ajustada - 30 anosCapital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Ajustada

Ajustada - 35 anos / 15 tranches

Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Base Capital Próprio

Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Capital PróprioAjustada

Legenda: Não Atrativo

Atrativo

Fonte: CONSUFOR.

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6.4. Viabilidade Complementar ao Manejo Florestal

Em adição à viabilidade do manejo florestal, é possível vislumbrar op-ções de alternativa ou de complementação da atividade madeireira por três diferentes aspectos:

• A utilização da terra por outras atividades e, para isso, verificou-se o custo de oportunidade da terra. Assim, nesta opção, qualquer outra atividade exclui a possibilidade de realização do manejo flo-restal sustentável;

• O emprego de atividades não madeireiras, mas de forma com-plementar ao manejo, como forma de inclusão das comunidades e povos tradicionais, além da possibilidade de maximização dos ganhos com a remuneração dos produtos não madeireiros;

• Remuneração dos serviços ambientais, como adicional às ati-vidades de manejo, os projetos de proteção dos recursos hídri-cos, a comercialização de créditos de carbono, ICMS Ecológico e REDD podem reforçar os resultados do manejo.

Na sequência, se apresentam as alternativas.

Custo de Oportunidade da Terra

O custo de oportunidade da terra representa a possibilidade de utiliza-ção da terra atualmente empregada para o manejo em outra atividade similar e com afinidade com a região. Para o caso em questão, as ativi-dades afins com as regiões visitadas no benchmarking seriam a conver-são das áreas de manejo para atividades de pecuária ou de agricultura.

As áreas empregadas para manejo têm um patamar de valor situado en-tre R$ 1.500/ha e R$ 2.500/ha, resultando em uma média de R$ 2.000/ha, segundo a Informa Economics FNP3, referência nacional em preços

3 Informa Economics FNP: Análise do Mercado de Terras – Relatório Bimestral nov./dez./2014 nº. 62.

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de terras no Brasil. Assim, considerando a conversão de apenas 20% da área, por situar-se no bioma amazônico, o valor médio do hectare útil alcança o valor médio de R$ 10.000/ha (R$ 2.000 / 20%), o que inviabiliza qualquer empreitada no sentido de conversão da área e utilização para pecuária ou agricultura, sem contar com os próprios custos de conversão.

Atividade Não Madeireira

A sobrevivência das comunidades rurais depende do uso sustentável dos recursos naturais. Uma forma encontrada para manter a floresta é utilizar os produtos e serviços, cuja exploração sustentável atenda às necessidades de seus consumidores, perpetuando as espécies, como é o caso dos Produtos Florestais Não Madeireiros – PFNMs.

PFNMs são recursos ou produtos biológicos da flora – que não a madeira – obtidos das florestas para subsistência ou para comercialização. Eles podem vir de florestas naturais, primárias ou secundárias, florestas plan-tadas ou sistemas agroflorestais. PFNMs descrevem uma ampla gama de produtos, incluindo plantas medicinais, fibras, resinas, tipos de látex, óleos, gomas, frutas, castanhas, temperos, tinturas, rattan, bambu, etc.

Uma das formas para a determinação do valor líquido dos produtos não madeireiros de uma floresta, quando a extração é sustentável, pode ser obtida por:

Σ ni = Qi ( Pi– Ci ) onde,

Qi = quantidade de bens extraídosPi = preço do bem (deve ser equivalente ao preço em um mercado

competitivo, sem nenhuma externalidade)Ci = custo da extração

i = produto não madeireiro

A quantificação dos produtos extraídos normalmente se dá por meio de inventários. E a determinação dos custos pressupõe o custo dos materiais usados, o tempo de trabalho diretamente associado com a procura, ex-tração, processamento e transporte dos bens da floresta até o mercado.

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Remuneração por Serviços Ambientais

Os serviços ambientais, embora essenciais, nunca foram calculados porque nunca se chegou a um nível de degradação ambiental tão sig-nificativo quanto nas últimas décadas. A ideia básica dos Pagamentos por Serviços Ambientais, PSA, é remunerar quem preserva (direta ou indiretamente) o meio ambiente.

Para que o PSA tenha sentido, a preservação do meio ambiente, do ponto de vista do empreendedor privado, tem de ser, evidentemente, mais lucrativa do que sua destruição. Ou seja, os ganhos auferidos pelo prestador de serviços ambientais têm de ser mais significativos do que os que seriam potencialmente obtidos com outras atividades econômi-cas. Essa equação, contudo, não é tão fácil de resolver e exige inúme-ros estudos multidisciplinares para cada situação.

O mercado de créditos de carbono, implementado pelo Protocolo de Kyoto de 1997, é atualmente o esquema de PSA mais difundido no mun-do e tem impactos diretos na mitigação do aquecimento global. Mas, existem em curso, no Brasil e no mundo, diversos outros projetos e po-líticas públicas de conservação baseados no PSA.

A Tabela 6.12 da sequência reúne uma aplicação prática das moda-lidades de remuneração, embora, inúmeras variáveis necessitem ser quantificadas e qualificadas. Apesar disso, não invalida e nem deixa de se constituir numa recomendação.

A pré-existência de mercados e, por consequência, de preços de mer-cado, é que define valores para os pagamentos. Mas para muitos servi-ços ambientais os preços de mercado não existem e, portanto, é difícil quantificar sua importância ou estimar seu valor.

Existem diferentes esquemas de pagamento por serviços ambientais (PSA), sendo os esquemas de pagamento direto o tipo mais comum. Nesses casos, o governo, em nome da sociedade civil, remunera pro-prietários de terras pela adoção de tecnologias capazes de possibilitar

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melhor gestão do solo e, assim, resolver um problema ambiental espe-cífico. Normalmente esses esquemas são financiados inteiramente pelo governo, em benefício da sociedade, mas podem também incluir contri-buições do setor privado.

Também existem esquemas de PSA baseados em produtos, em que consumidores pagam um adicional sobre o preço de mercado de um produto ou serviço, para garantir um processo de produção ambiental-mente sustentável.

De toda forma, os adicionais eventualmente criados pelos serviços am-bientais na região contribuem – certamente – para a melhoria dos re-sultados até então determinados pela simples viabilidade do manejo florestal na Amazônia, contribuindo para a melhoria dos resultados em nível empresarial.

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Tabela 6.12– Aplicação das modalidades de remuneração para a AmazôniaTipo Conceito Bases e Considerações Métrica Resultado Nota

Mercado de Carbono

Realização de transações de créditos de carbono em mercados regulamentados pelo Protocolo de Quioto e mercados voluntários

Apenas no bioma Amazônia, o estoque de carbono na floresta é da ordem de 68,8 milhões de toneladas. O carbono representa 50% da biomassa e encontra-se encerrado na biomassa viva (acima e abaixo do solo), biomassa morta e na matéria orgânica do solo.

O estoque de carbono é utilizado para estimar a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que é liberada para a atmosfera durante o processo de queima da biomassa. O fator de conversão de carbono (C) para dióxido de carbono (CO2) é de 3,67

As emissões evitadas apenas no bioma Amazônia alcançam 252 milhões de toneladas de CO2.

Os projetos de carbono, também chamados de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, MDL, estão gradualmente sendo implementados, principalmente pelo apoio dos países desenvolvidos que necessitam reduzir suas emissões

ICMS EcológicoMunicípios recebem parte dos recursos financeiros arrecadados através do ICMS com base em critérios ambientais

Os municípios com unidades de conservação fazem jus a uma parte do ICMS do Estado

Área ou quantidade de unidades de conservação x Fator de repasse do ICMS

Variável, em função das áreas em unidades de conservação e da geração de ICMS no Estado

Na Amazônia, os Estados do Amazonas, Roraima e Maranhão ainda não instituíram o ICMS Ecológico

REDD*

Definição de valor financeiro para carbono retido nas florestas e aplicação de incentivos para que países em desenvolvimento possam adotar medidas de redução de gases estufa

Atualmente, a área remanescente da Amazônia é de 3.339.449 km² (ou, 334 milhões de ha), segundo dados do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

334 milhões de ha x remuneração variável - calculada com base na parcela da renda atualmente percebida pelos proprietários, destinada a evitar novos desmatamentos

Variável, em função das áreas evitadas de desmatamento e da parcela de renda destinada a evitar novos desmatamentos

Considerando a taxa média de desmatamento dos últimos 10 anos (9,2 km²/ano), o Brasil levaria mais de 360 mil anos para desmatar a área remanescente da Amazônia.De toda forma, não

Projetos de Proteção de Recursos Hídricos

Modalidade de pagamento por serviços ambientais que envolve remuneração pela proteção de bacias hidrográficas responsáveis pelo abastecimento de cidades ou alimentação de hidrelétricas

A restauração ecológica (proteção de nascentes ou recuperação de matas ciliares ) e a conservação do solo (recuperação de áreas degradadas) são as principais modalidades dos projetos.Em princípio, as áreas desmatadas ou com necessidade de recuperação são elegíveis para compor os projetos.Atualmente, a área desmatada na Amazônia é de 760.551 km² (ou, 76 milhões de ha)

76 milhões de ha x remuneração variável - atualmente praticada nos Estado de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (entre R$ 120 e R$ 720/ha/ano), com eventuais limitantes

Entre R$ 9,1 e R$ 54,8 bilhões, para a proteção de nascentes ou recuperação de matas ciliares e a conservação do solo recuperação de áreas degradadas (considerando apenas a área desmatada e os valores atualmente praticados como bases para o cálculo)

Somente alguns municípios dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro possuem instrumentos de pagamentos por serviços ambientais

* Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation, ou, em português, Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas

Fonte: CONSUFOR.

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7. Conclusões e Recomendações

Embora este relatório tenha analisado o manejo, a industrialização e a comercialização de forma isolada, é possível afirmar – de acordo com as visitas nas empresas – que tais etapas são indissociadas. E é assim também para o restante da Amazônia.

As conclusões e recomendações que se apresentam, também seguem essa observação. Ou seja, não são separadas as conclusões e recomen-dações segundo cada uma das referências de custos e de preços pela forte inter-relação entre as etapas e as próprias referências analisadas.

A partir de um exemplo é possível melhor entender essa condição: quando se toma o custo unitário de exploração com a intenção de otimi-zá-lo, a recomendação é que se efetue a operação com o menor gasto possível e com a extração máxima de volume permitida. O resultado, expresso também sob a forma de custo unitário, será, matemática e praticamente, menor.

Embora óbvia, a recomendação é pertinente no sentido da busca pela efi-ciência: e não apenas para a referência de custo relacionada ao custo da exploração, mas irrestritamente a todas as referências, de todas as etapas.

Assim, optou-se por concluir e recomendar de forma geral, sem apontar referências específicas, visto que as recomendações não se alterariam.

7.1. Em relação ao Manejo Florestal

7.1.1. Agregação (Manejo Florestal / Madeira em pé)

Conclusões

A parcela adicionada à madeira em pé pelo manejo florestal é significa-tiva e bastante variável em relação às empresas visitadas.

No mínimo, o manejo florestal duplica o valor da madeira em pé, e essa

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base – a madeira em pé – já considera os custos intrínsecos para torná--la apta ao abate e comercialização. Os valores médios da agregação do manejo florestal situam-se na faixa dos 250% em relação à madeira em pé. E em alguns casos alcança valores extremos, cuja agregação ultrapassa 400% em relação à madeira em pé. Entende-se que são casos específicos, os quais logicamente “puxam” a média para patamares mais elevados.

Figura 7.01 – Valor da madeira em pé e agregação de valor do manejo florestal

NPM NI0%

100%

200%

300%

400%

500%

A B C D E F G H I JEmpresas do Benchmarking

Agregação - Manejo Florestal (%)

NPM NI0

25

50

75

100

125

150

175

A B C D E F G H I JEmpresas do Benchmarking

Madeira em pé (R$/m³)

NPM: Não Apresenta ManejoNI: Não Informado

Fonte: CONSUFOR.

A agregação de valor protagonizada pela etapa de manejo florestal está alicerçada na decisão estratégica de realizar a atividade, em vez de tercei-rizá-la. Isso se estende à industrialização e à comercialização, ao imprimir segurança. Logicamente estão envolvidos os aspectos relacionados aos custos, mas a oportunidade em si é que gera a decisão no empresário.

Se executar a exploração florestal por conta própria, assim como reali-zar a industrialização da madeira, que são atividades em que o empre-sário é capaz de ser mais competitivo, logicamente sua decisão será de executá-las. Em caso contrário, pode optar por terceirizar.

Recomendações

A missão do gestor de qualquer empresa, enquanto atividade econô-mica exercida por meio da articulação dos fatores produtivos para a

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produção ou circulação de bens ou de serviços, é gerar lucro. Para que isso ocorra, algumas condições necessitam ser atendidas:

• Redução dos gastos, com a manutenção dos níveis de receita;

• Aumento nas receitas, mantendo-se constantes os custos;

• Conjunção de ambas as condições, ou seja, redução de gastos e aumento de receitas de forma concomitante.

A melhoria do resultado econômico, decorrente de qualquer uma das três condições preestabelecidas, é, portanto, coincidente com a missão dos gestores e das próprias empresas.

Qualquer que seja a recomendação, independentemente da etapa em análi-se ou da referência em questão, nela estará embutida uma dessas condições.

Por ser o custo unitário uma razão entre dois componentes (o custo, a expressão monetária em si, e o volume), quanto menor for o gasto e, concomitantemente, quanto maior for o volume, menor será o custo uni-tário. Matematicamente é perfeito. Na prática, as empresas buscam a satisfação dessa premissa de acordo com suas formas de organização e condições gerais de operação.

7.1.2. Carência de Recursos Financeiros para a Atividade

Conclusões

A atividade de manejo florestal na Amazônia, como se viu, carece do emprego de grandes volumes de recursos para a sua consecução. Além disso, requer grande parte de sua execução realizada por um agente industrial – o demandante do produto da floresta.

Essas duas condições, aliadas à falta de apoio financeiro de quaisquer agentes que fomentem a obtenção da madeira em pé, acabam por re-legar a atividade ao setor industrial privado, obrigado a desenvolver por conta própria ou por terceiros, a obtenção de sua matéria-prima.

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Desde 2009, a área anual aprovada em novos planos de manejo al-cança a média de 36 mil ha, segundo os registros do SFB – Serviço Flo-restal Brasileiro. Pressupondo que uma área com essa dimensão tenha um volume de 20,0 m³/ha, o volume médio de madeira aprovado supera o patamar de 700 mil m³ por ano. Em um exercício simplista, esse volume representa um montante superior a R$ 85,0 milhões por ano que os agentes financeiros poderiam traduzir em apoio ou partici-pação na atividade. Entretanto, os agentes de crédito se limitam a apoiar o setor somente após a fase de obtenção da matéria-prima, ou seja, somente após a aprovação dos planos de manejo e operati-vos anuais e após a emissão das autorizações para exploração flo-restal. Não que sejam etapas menores na cadeia produtiva, mas nesse momento, grande parte do recurso empresarial já foi aportado.

Recomendações

Em situação desejada, de apoio financeiro irrestrito às atividades que compõem a cadeia produtiva do manejo florestal, é possível antever o desenvolvimento de duas opções de solução para o apoio financeiro:

• O autofinanciamento ou financiamento interno, com recursos do próprio empreendimento;

• Os financiamentos externos.

Na primeira opção, pela baixa capacidade de gestão e de autogeração do empreendimento e, pelas condições culturais, se configura uma con-dição extremamente complexa e de difícil implementação.

Para os financiamentos externos, dependentes de agentes financeiros e de crédito, as dificuldades remetem às condições econômicas e fi-nanceiras das empresas, além dos prazos, garantias e principalmente, pelos montantes envolvidos.

De qualquer forma, o aporte de recursos financeiros para qualquer empre-endimento necessita ser estudado no sentido de indicar os possíveis re-sultados. A modalidade de financiamento, prazos, custos e, principalmen-

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te, as condições da empresa, devem suportar a tomada de recursos, sob pena de inviabilizar por completo o negócio, seja o corrente ou pretendido.

7.2. Em Relação à Industrialização

7.2.1. Agregação (Industrialização / Tora Posta na Indústria)

Conclusões

Tomando por base a tora posta na indústria, a agregação média impu-tada pela etapa de industrialização é da ordem de 133%, variando entre 110% (mínimo) e 202% (máximo).

Isso representa um acréscimo médio de 2,3 vezes em termos de valores absolutos à tora. A variação nas empresas visitadas não foi tão ampla quanto na etapa de manejo florestal, permanecendo entre 110% e 202% ao valor da tora posta na indústria (Figura 7.02).

Grande parte dessa parcela de agregação se explica pela conversão tora-madeira serrada. De forma pragmática, a etapa é responsável por separar da tora o produto madeira serrada, descartando o restante sob a forma de resíduos. A taxa de conversão – também chamada de ren-dimento na transformação – entre a tora e a madeira serrada, nas empresas visitadas é de 38%. Esse percentual representa a parcela da tora que é aproveitada e se torna madeira serrada. Assim, para produzir 1 m³ de madeira serrada são necessários 2,6 m³ de tora. O restante se traduz em resíduos.

Na Amazônia esse rendimento é tradicionalmente situado na faixa entre 30 e 40%, de acordo com vários estudos e levantamentos já con-duzidos. Com as indústrias visitadas, também não é diferente. Os fatores inerentes à qualidade, classe diamétrica das toras, tipo de processamen-to e produto final pretendido influenciam sobremaneira nos valores de rendimento. É importante destacar que o fator rendimento é fundamental na determinação da margem de lucro das indústrias da região.

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Figura 7.02 – Agregação da etapa de industrialização (em R$/m³)

1.047774 844

1.067 974

532

934 814 833

231

269

857215 356

513

516

82 120

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

A B C D E F G H I

R$/

Empresas do Benchmarking

Matéria-prima Desdobro

Fonte: CONSUFOR.

Apesar de atualmente a indústria apresentar rendimentos baixos, é plenamente possível melhorá-los via investimentos direcionados, conforme a necessidade de cada empresa, considerando não só a tecnologia de processamento industrial (máquinas, equipamentos, layout, etc.), mas também, a gestão do negócio como um todo, in-cluindo o treinamento da mão de obra operacional e gerencial.

Para efeito de análise, apresenta-se a seguir simulações de impactos na margem de lucro da indústria de madeira serrada da região via melhoria de rendimento, considerando um rendimento base de 35% (Figura 7.03).

Figura 7.03 – Variação Acumulada da Margem de Lucro

17%33%

48%63%

76%89%

102%114%

125%136%

146% 156% 165% 175% 183% 192% 200% 208% 215% 222%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

35% 36% 37% 38% 39% 40% 41% 42% 43% 44% 45% 46% 47% 48% 49% 50% 51% 52% 53% 54% 55%

Va

ria

çã

o A

cu

mu

lad

a d

aM

arg

em

de

Lu

cro

Rendimento

Fonte: CONSUFOR.

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Na referida simulação, é possível observar que quando uma indústria consegue melhorar seu rendimento de 35% para 36%, a margem de lucro pode aumentar em aproximadamente 17%. Indústrias que me-lhoram seu rendimento de 36% para 37% podem apresentar um in-cremento da margem de lucro da ordem de 14%. Isso ocorre uma vez que o lucro unitário das empresas com rendimentos abaixo de 40% é relativamente baixo, assim, qualquer incremento de produtividade resulta em ganhos significativos.

Para indústrias com rendimentos maiores (45% por exemplo), o impacto do aumento da produtividade na margem de lucro é significativamente menor (5%), quando comparado com indústria de rendimentos menores.

O simples direcionamento das dimensões geométricas das toras para aqueles efetivamente necessários à obtenção do produto final já per-mite um ganho em rendimento, superior a 15 ou 20 pontos percentuais.

Dessa forma, é possível notar que à medida que o rendimento aumenta, o incremento de produtividade resulta em variações marginais do lucro de menor escala. Isso demonstra a importância do investimento em tec-nologia principalmente para empresas com baixo rendimento.

Recomendações

Genericamente, as recomendações são as já citadas e de certo ponto de vista, óbvias: ora, quanto menor for o gasto, e, quanto maior for o volume, menor será o custo unitário.

As empresas buscam a satisfação dessa premissa de acordo com suas formas de organização e condições gerais de operação. A missão do ges-tor de qualquer empresa é gerar lucro. Para que isso ocorra, é necessário:

• Reduzir os gastos e manter os níveis de receita;

• Aumentar as receitas e manter os custos constantes;

• Combinar ambas as condições, ou seja, reduzir os gastos e au-mentar as receitas.

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A melhoria do resultado econômico é, portanto, coincidente com a mis-são dos gestores e das próprias empresas. Qualquer que seja a reco-mendação, independentemente da etapa em análise ou da referência em questão, nela estará embutida uma dessas condições.

7.3. Em Relação à Comercialização

7.3.1. Agregação (Comercialização / Madeira Serrada)

Conclusões

A etapa final de comercialização agrega em média, 22% ao valor da etapa anterior. Essa variação oscila entre 18% e 27% nesta etapa, nas empresas visitadas (Figura 7.04).

Figura 7.04 – Agregação da etapa de comercialização (em %)

NI0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

A B C D E F G H I J

Fonte: CONSUFOR.

O nível de tecnologia empregada nas empresas madeireiras da região está intimamente atrelado à disponibilidade de capital interno e à cultu-ra de negócios do empresariado. Em geral, vê-se uma clara distinção entre as pequenas empresas do setor madeireiro e as grandes e verti-calizadas companhias.

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No primeiro caso, o nível tecnológico é bastante limitado, tanto em ter-mos de equipamentos mais simples, processos industriais de baixa performance e processos de gestão do negócio pouco estruturados ou mesmo informais. Isso resulta em um baixo grau de rendimento opera-cional, impactando negativamente no rendimento nos processos “pla-nejamento de exploração” vs. “tora” vs. “produto final”.

Em geral, nessas empresas o maquinário empregado apresenta ida-de média acima de 15 anos, com grandes desgastes mecânicos, com adaptações caseiras e pouco produtivas em um processo fabril com baixo grau de mecanização ou automação (mecânica ou mesmo eletrô-nica). Esses fatores proporcionam um produto final de qualidade dimen-sional limitada, baixa estabilidade mecânica, sem contar a questão de acabamento e aparência prejudicadas.

Em razão disso, normalmente tal tipo de empresa fabrica produtos de pro-cessamento primário, de baixo valor agregado, por não reunir fatores qua-litativos para entregar um produto de maior preço no mercado consumidor.

Já nas empresas de maior porte a situação é um pouco melhor. O acesso a recursos financeiros proporciona a compra de maquinário mais ade-quado às toras existentes na sua floresta e ao produto final que se deseja produzir. Além disso, normalmente a automação da linha de produção faz parte do processo produtivo seja em termos mecânicos como eletrônicos.

A redução dos níveis de perdas muitas vezes é fruto de estudos de me-lhorias de processamento, estudos de layout físico e readequação de linhas de produtos em razão da qualidade das madeiras disponibiliza-das pelo manejo florestal.

Nesse padrão de empresas, nota-se uma estrutura corporativa mais desenvolvida, até mesmo em razão da escala do empreendimento, em que a tecnologia também é mais ou menos desenvolvida para a ges-tão do empreendimento. Destaca-se nesse sentido os esforços para leitura, acompanhamento e monitoramento do mercado de atuação,

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com a utilização de ferramentas de inteligência competitiva de um se-tor pobre em estatísticas e amplamente complexo.

Recomendações

Novamente, as recomendações são as já citadas: quanto menor for o gasto e, quanto maior for o volume, menor será o custo unitário.

As empresas buscam a satisfação dessa premissa de acordo com suas formas de organização e condições gerais de operação. A missão do ges-tor de qualquer empresa é gerar lucro. Para que isso ocorra, é necessário:

• Reduzir os gastos e manter os níveis de receita;

• Aumentar as receitas e manter os custos constantes;

• Combinar ambas as condições, ou seja, reduzir os gastos e au-mentar as receitas.

A melhoria do resultado econômico é, portanto, coincidente com a mis-são dos gestores e das próprias empresas. Qualquer que seja a reco-mendação, independentemente da etapa em análise ou da referência em questão, nela estará embutida uma dessas condições.

7.3.2. Aspectos Gerais

De maneira geral e em relação ao mercado de madeira tropical da Ama-zônia, os principais desafios evidenciados são:

• Concorrência com produtos substitutos, PVC, aço, vidro e em especial florestas plantadas: esse movimento já é bastante evi-dente nos últimos anos e tende a fortalecer-se nos próximos anos reduzindo o market share dos produtos de madeira tropical, no mercado nacional e internacional.

• Crescente demanda por produtos de fontes legais: esse pro-cesso torna-se cada vez mais evidente e presente na sociedade brasileira e mundial. A exigência de comprovação de que os pro-

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dutos são de origem sustentáveis cada vez mais faz parte da de-cisão de compra do consumidor final e tem levado muitos países a adotarem legislações específicas que restringem a comerciali-zação de produtos sem origem sustentável. No entanto, no caso de produtos de madeira tropical da região amazônica, a compro-vação de origem, legalidade e principalmente sustentabilidade, mesmo com a regulamentação existente, é uma situação muito mais difícil de ser obtida. Dessa forma, a certificação surge como uma ferramenta importante nesse processo para demonstrar aos mercados, consumidores conscientes e instituições financeiras que a gestão florestal está em conformidade com os princípios da gestão florestal sustentável. Entretanto, apesar de nos últimos anos a certificação florestal ter avançado no Brasil, a área de flo-restas tropicais certificada é muito pequena diante da estimativa de área manejável do País. Além disso, estima-se que ainda 40% da produção madeireira da Amazônia é baseada em fonte ilegal, mostrando que o País ainda tem um grande desafio diante das demandas de sustentabilidade.

• Concorrência com os produtores internacionais, em especial asiáticos: o mercado internacional é um importante destino da produção madeireira brasileira. Com custos mais competitivos, regiões, como por exemplo, a asiática, tem conseguido mostrar uma melhor competitividade que os produtos brasileiros. Parte da produção madeireira brasileira de baixo valor agregado (por exemplo, serrados) é exportada para China que após um repro-cessamento secundário, exporta para países consumidores finais.

• Aspectos operacionais: entre os aspectos operacionais que afetam o desempenho do mercado brasileiro de produtos tropicais destacam-se:

• A não consideração, por parte das empresas brasileiras, do mercado nas estratégias e nos investimentos, tanto no pla-nejamento da operação florestal, processamento industrial, produtos a fabricar e canais de venda e pós-venda e carên-

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cia de mão de obra especializada em mercado e marketing, que entenda a complexidade do uso múltiplo da floresta e das possibilidades de produtos a produzir;

• Falta de existência de um sistema de informação e de inte-ligência de mercado, que permita ao empresário desenvol-ver internamente um programa preditivo de monitoramento e tendências do consumidor e de seus concorrentes.

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8. Anexos

8.1. Anexo I – Simulação Base: Análise de Viabilidade: Investimentos

8.1.1. Cenário 1

Investimentos – Total

Cenário 1Valor (R$)

Autorização para Exploração Florestal 185.750 83%Obras CivisMaquinas e EquipamentosOutrosContingencias 37.150 17%Total 222.900 100%

Descrição %

Investimentos

Investimentos – Composição

Unitário TotalCustos de regularização fundiária e titulaçãoServiços de Inventário DiagnósticoEstruturas temporárias (acampamentos)Ferramentas, utensílios e equipamentos de proteção individual (EPIs)Insumos e consumíveisServiços de ConsultoriaObtenção da Autorização Prévia à Análise Técnica do Plano de Manejo (APAT)Elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS)Elaboração do Plano Operativo Anual (POA)Obtenção da Autorização para Exploração Florestal (AUTEX)

Valor (Em R$/m³)

37,15 185.750

Descrição

Autorização para Exploração Florestal

8.1.2. Cenário 2

Investimentos – Total

Cenário 1 Cenário 2Valor (R$) Valor (R$)

Autorização para Exploração Florestal 185.750 185.750 2,3%Obras Civis 3.790.765 3.790.765 46,7%Maquinas e Equipamentos 2.718.708 2.718.708 33,5%Outros 62.600 62.600 0,8%Contingencias 37.150 1.314.415 1.351.565 16,7%Total 222.900 7.886.487 8.109.387 100,0%

Investimentos

Descrição %Total

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Investimentos – Composição

Unit. TotalAbertura de estrada principal 45 19.378 872.032Abertura de estrada secundária 90 9.689 872.032Abertura de pátios 30 9.689 290.677Manutenção estradas 135 9.689 1.308.047Manutenção pátios 30 9.689 290.677Total 3.633.465

Obras Civis - Abertura e manutenção de estradas

Descrição Valor (Em R$)Extensão (Em km)

Unit. TotalGuarita 12 600 7.200Almoxarifado 12 450 5.400Poço Artesiano 25.000 25.000Instalações sanitárias 6.000 6.000Oficina 30 450 13.500Depósito 20 450 9.000Casa de força (gerador) 8 450 3.600Depósito combustível e lubrificantes 8 450 3.600Refeitório 40 600 24.000Cozinha 12 600 7.200Despensa 12 600 7.200Sala recreação 20 600 12.000Vestiários 20 600 12.000Lavanderia 8 450 3.600Alojamento 40 450 18.000Total 157.300

Item

Obras civis - Instalações

Valor (R$)Quant.

Unit. TotalMotosserra 2 2.200 4.400Limas 4 11 45Sabre 2 189 378Corrente 2 53 105Mapa de exploração 2 25 50Ficha de IF 100% 2 100 200Ficha de abate 2 50 100Lápis 4 2 8Giz 4 1 2Plaquetas 10 500 5.000Jogo de cunhas 2 500 1.000Marreta 2 50 100Facão 4 30 120Garrafa de água 4 25 100Galão de gasolina e óleo 2 50 100EPIs 2 3.500 7.000Skidder 1 710.000 710.000Carregadeira 2 450.000 900.000Caminhão 6x4 2 450.000 900.000Veículo apoio 2 95.000 190.000Total 2.718.708

Descrição

Máquinas e Equipamentos

Quant. Valor (R$)

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Unit. TotalGeladeira 1 1.200 1.200Freezer 1 1.500 1.500Filtro p/ torneira 1 1.500 1.500Bebedouro 1 450 450Fogão industrial 1 1.200 1.200Grupo gerador (12kva) 1 12.000 12.000Televisão 1 2.000 2.000Antena parabólica 1 1.500 1.500Internet 1 2.000 2.000Sistema de telefonia rural 1 10.000 10.000Computador 3 2.000 6.000Camas/beliches 16 450 7.200Armários 16 150 2.400Mesas refeitório 5 250 1.250Mesas recreação 5 250 1.250Mesas escritório 5 400 2.000Cadeiras 20 120 2.400Termonebulizador 1 6.000 6.000Depósito de lixo 5 150 750Total 62.600

Outros - Móveis, utensílios e outros

Item Quant. Valor (R$)

8.1.3. Cenário 3

Investimentos – Total

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Autorização para Exploração Florestal 185.750 185.750 1,3%Obras Civis 3.790.765 1.574.800 5.365.565 39,0%Maquinas e Equipamentos 2.718.708 2.665.319 5.384.027 39,1%Outros 62.600 480.000 542.600 3,9%Contingencias 37.150 1.314.415 944.024 2.295.588 16,7%Total 222.900 7.886.487 5.664.143 13.773.530 100%

Investimentos

Descrição Total %

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Investimentos – Composição

Terraplenagem e arruamentos 150.000Serraria 1.000 181 181.000Piso em concreto 15 MPA espessura 8 cm 1.000 120 120.000Classificação / gradeamento 600 181 108.600Piso em concreto 15 MPA espessura 8 cm 600 120 72.000Alvenaria das estufas com cobertura em laje de concreto 212 700 148.400Piso em concreto da área das estufas 15 MPA espessura 8 cm 382 100 38.200Área de estocagem de produtos secos 600 181 108.600Piso em concreto 15 MPA espessura 8 cm 72.000Fechamento lateral em telha de aço galvanizado 12.600Embalagem / expedição 400 181 72.400Piso em concreto 15 MPA espessura 8 cm 48.000Fechamento lateral 360 35 12.600Sala de afiação em alvenaria, no corpo da serraria 32 1.200 38.400Sanitários e vestiário, no corpo da serraria 32 1.300 41.600Sala de ar comprimido 12 1.300 15.600Guarita da portaria em alvenaria 4 1.200 4.800Escritório administrativo 120 1.500 180.000Refeitório com sanitários externos 50 1.500 75.000Poço semi-artesiano p/ 10.000 lts/hora com bomba submersa 25.000Caixa d’água elevada metálica de 100.000 litros 30.000Rede de proteção contra incêndios 20.000Total 1.574.800

Valor (R$)Obras Civis - Galpão da Serraria (Produção: 6.500 m³/ano)

UnitárioÁrea (m²) TotalConstrução Civil

Nota: as obras civis consideram uma área total de 36.000 m² para a implantação da indústria. É composta de pátio de toras (12.000 m²), área da indústria com serraria, classificação e gradeamento, estufas, estoque, embalagem e expedição (3.000 m²), área para disposição de silo, caldeira, caixa d’água e poço (3.000 m²), áreas de portaria, refeitório e escritório (2.000 m²) e áreas comuns, arruamento, estacionamento, de circulação e eventual expansão (16.000 m²). Assim, considerando necessidades de expansões futuras e a potencial implementação de etapas de desdobro secundário/ beneficiamento da madeira, a área total do terreno industrial seria de aproximadamente 80.000 m².

`

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Mesa de recepção e alimentação de toras no carro porta toras; 86.680 Carro porta toras pneumático para diâmetros até 120 cm e compr. de até 4,00m 177.672 Serra-fita de 12” e volantes de 1,80m de diâmetro; 175.350 Mesa receptora de serrados; 41.830 Transportador longitudinal de rolos acionados; 31.614 Mesa transportadora transversal de correntes acionadas, com espera; 38.500 Serra-fita dupla de desdobro; 245.600 Transportador longitudinal de rolos acionados; 31.614 Mesa transportadora transversal de correntes acionadas, com espera; 38.515 Refiladeira múltipla para até 6 serras circulares; 173.800 Mesa transportadora transversal de correntes acionadas, com espera; 31.475 Destopador pneumático com gabaritos; 25.300 Mesa transportadora transversal de correntes acionadas, com espera; 31.475 Destopador pneumático com gabaritos; 25.300 Mesa de classificação / gradeamento; 46.794 Esteiras transportadoras de resíduos; 195.000 Picador 12 ton/h; 75.000 Silo completo para 300 m³ com moega, transportadores e peneira. 350.000 Caldeira; 286.300 3 Estufas de 75 m³ cada uma 322.500 Compressor de ar. 25.000 Carregadeira frontal instalada em trator agrícola, com acessórios. 210.000Total 2.665.319

Valor Total (R$)

Máquinas e Equipamentos (Produção: 6.500 m³/ano)

Descrição

Instalações água, vapor e ar comprimido. 270.000Instalações elétricas e hidráulicas 210.000Total 480.000

Valor Total (R$)

Outros - Serviços complementares - instalações e outros (Produção: 6.500 m³/ano)

Outros

8.2. Anexo II – Simulação Base: Análise de Viabilidade: Custos Operacionais

8.2.1. Cenário 1

Custos Operacionais – Total

Cenário 1Valor (R$)

Mão de ObraMateria Prima 380.750 99%Energia Elétrica e CombustívelManutenção, Seguros e InsumosAdministração, Despesas Gerais e outros 3.808 1%Total 384.558 100%

Descrição %

Custos

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Custos Operacionais – Composição

Unitário TotalTreinamento e capacitaçãoAbertura de picadas e marcação de áreasInventário Florestal (IF) a 100%Corte de cipósEdição do Plano Operativo Anual (POA)Equipamentos de Proteção Individual (EPI)Gestão

Autorização para Exploração Florestal - Matéria-prima

DescriçãoValor (Em R$/m³)

76,15 380.750

8.2.2. Cenário 2

Custos Operacionais – Total

Cenário 1 Cenário 2Valor (R$) Valor (R$)

Mão de Obra 499.200 499.200 39,8%Materia Prima 380.750 384.558 384.558 30,7%Energia Elétrica e Combustível 315.840 315.840 25,2%Manutenção, Seguros e Insumos 37.901 37.901 3,0%Administração, Despesas Gerais e outros 3.808 12.375 16.182 1,3%Total 384.558 1.249.873 1.253.681 1,00

Descrição Total %

Custos

Custos Operacionais – Composição

Coordenador Engenheiro 3.500 3.500 7.000 1 84.000Abertura e Manutenção de Estradas Técnico em estradas 1.500 1.500 3.000 1 36.000

Operador máquina 1.500 1.500 3.000 1 36.000Motosserrista 1.000 1.000 2.000 2 48.000Auxiliar 900 900 1.800 2 43.200

Corte e Arraste Operador máquina 1.500 1.500 3.000 1 36.000Motosserrista 1.000 1.000 2.000 1 24.000Auxiliar 900 900 1.800 4 86.400

Operações de Pátiio Motosserrista 1.000 1.000 2.000 1 24.000Auxiliar 900 900 1.800 1 21.600

Transporte Motorista 1.500 1.500 3.000 1 36.000Auxiliar 1.000 1.000 2.000 1 24.000

Total 17 499.200

Mão de obra

Quant.QualificaçãoEncargos

Sociais (100%)Custo Mensal

(R$)Custo Anual

(R$)EquipeSalário

Mensal (R$)

Unitário TotalMotosserra 1.344 2 2 5.376 2,50 13.440Skidder 1.344 20 1 26.880 2,50 67.200Carregadeira 1.344 20 2 53.760 2,50 134.400Caminhão 6x4 1.344 12 2 32.256 2,50 80.640Veículo apoio 1.344 3 2 8.064 2,50 20.160Total 126.336 315.840

Combustível

Máquina/equipamento CustoHoras Consumo/hora Quant. Litros

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Custo com Combustível 315.840Manutenção de máquinas e equipamentos (% s/ custos c/ combustível) 12%Total 37.901Inclui óleo lubrificante, graxa, manutenção e segurosCalculada a 12% sobre o custo do combustível

Manutenção, Seguros e Insumos

8.2.3. Cenário 3

Custos Operacionais – Total

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Mão de Obra 499.200 1.084.800 1.584.000 28%Materia Prima 380.750 384.558 2.884.323 2.884.323 52%Energia Elétrica e Combustível 315.840 336.493 652.333 12%Manutenção, Seguros e Insumos 37.901 380.450 418.351 7%Administração, Despesas Gerais e outros 3.808 12.375 37.861 54.043 1%Total 384.558 1.249.873 4.723.927 5.593.050 100%

Descrição Total %

Custos

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Custos Operacionais – Composição

Gerente de serraria 4.500 4.500 9.000 1 108.000Encarregado da serraria 3.500 3.500 7.000 1 84.000Encarregado da secagem 2.500 2.500 5.000 1 60.000Encarregado da expedição / faturista 2.200 2.200 4.400 1 52.800Encarregado de escritório e RH 2.200 2.200 4.400 1 52.800Auxiliar de escritório 1.000 1.000 2.000 1 24.000Porteiro 900 900 1.800 1 21.600Operador de serra-fita 1.500 1.500 3.000 1 36.000Auxiliar de serra-fita (alimentação) 900 900 1.800 1 21.600Auxiliar de serra-fita (pé de serra) 900 900 1.800 1 21.600Operador de serra-fita dupla de desdobro 1.300 1.300 2.600 1 31.200Auxiliar de serra-fita de desdobro 900 900 1.800 1 21.600Operador de refiladeira 1.300 1.300 2.600 1 31.200Auxiliar de refiladeira (saída) 900 900 1.800 1 21.600Operador de destopadeira pneumática 900 900 1.800 2 43.200Auxiliar de destopador 900 900 1.800 2 43.200Classificador 1.000 1.000 2.000 1 24.000Gradeador 900 900 1.800 4 86.400Mecânico de manutenção 2.200 2.200 4.400 1 52.800Operador do picador 1.000 1.000 2.000 1 24.000Afiador 1.700 1.700 3.400 1 40.800Operador de carregadeira 1.300 1.300 2.600 1 31.200Operador de caldeira 900 900 1.800 5 108.000Auxiliar de serviços gerais 900 900 1.800 2 43.200Total 34 1.084.800

Mão de Obra - Serraria (Produção: 6.500 m³/ano)

Quant.FunçãoSalário Mensal

(R$)Encargos Sociais

(100%)Custo Mensal (R$) Custo Anual (R$)

Energia elétrica (produtção e secagem) 6.500 43,97 285.805Combustível (consumo x h x R$/unit) 9,6 2.112 2,50 50.688Total 336.493

Eneregia Elétrica e Combustível

Manutenção (% s/ Investimentos) 3% 171.167Seguros (% s/ Investimentos) 2% 113.283Insumos (Verba anual) 96.000Total 380.450

Manutenção, Seguros e Insumos

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8.3. Anexo III – Simulação Base: Análise de Viabilidade: Fluxo de Caixa

8.3.1. Cenário 1

Cenário 1 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 Custos Comerciais 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 Receita Líquida 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869

Investimentos 222.900 85.454 - - - - - - - - - - - - - -

Inicial Fixo 222.900 - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 85.454 - - - - - - - - - - - - - - Custos de Produção - 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - Administração 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 Fluxo de Caixa Livre -222.900 -55.142 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312 30.312

TIR 5,5%

VPL -51.546

Page 150: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

149

8.3.2. Cenário 2

Cenário 2 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 1.540.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 103.642 Custos Comerciais 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 77.000 Receita Líquida 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358 1.359.358

Investimentos 8.109.387 280.844 - - - 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094

Inicial Fixo 8.109.387 - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 Capital de Giro - 280.844 - - - - - - - - - - - - - - Custos de Produção - 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873 1.249.873

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 384.558 Energia elétrica e combustível 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 315.840 Manutenção, seguros e insumos 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 37.901 Administração 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 12.375 Fluxo de Caixa Livre -8.109.387 -171.359 109.485 109.485 109.485 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391 28.391

TIR #DIV/0!

VPL -7.881.871

Page 151: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

150

8.3.3. Cenário 3

Cenário 3 75% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 7.556.250 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 Custos Comerciais 377.813 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 Receita Líquida 6.669.902 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

Investimentos 13.773.530 1.422.975 629.688 - - 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735

Inicial Fixo 13.773.530 - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 Capital de Giro - 1.422.975 629.688 - - - - - - - - - - - - - Custos de Produção - 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Fluxo de Caixa Livre -13.773.530 -346.122 2.670.466 3.300.153 3.300.153 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418 3.162.418

TIR 16,8%

VPL 8.724.860

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151

8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade

8.4.1. Condições

As simulações de viabilidade consideram a flexibilização de diversas condições. Nestas simulações foram consideradas as seguintes:

• Operação;

• Estrutura de Capital e Condições das Linhas de Financiamento;

• Forma de Desembolso;

• Prazo.

Operação

Variáveis Consideradas Condição Observação

Operação

(Receita bru-ta e Custos variáveis)

Tanto as receitas como os custos va-riáveis foram ajusta-dos (em variações percentuais) para tornar as simula-ções viáveis

Matematicamente é possível variar as receitas e os custos com vistas a gerar resultados que compensem os investimentos e gerem medidas viá-veis aos empreendimentos

Tecnicamente, entretanto, não é pos-sível considerar a variação na opera-ção como factível. Os investimentos, por exemplo, necessitariam ser redi-mensionados, assim como as próprias variáveis de receitas e custos

Fonte: CONSUFOR.

Estrutura de Capital

Variáveis Consideradas Condição Observação

Fonte de recursos

Capital próprio ou capital próprio complementado por recursos de terceiros (financiamentos)

Foram consideradas as linhas de financia-mento Programa ABC e Fundo Clima, com condições especifica-das adiante

Fonte: CONSUFOR.

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152

Condições das Linhas de Financiamento

Condições Fundo Clima Programa ABCLimite de Fi-nanciamento 90% do Investimento Teto de R$ 5.000.000Prazo de Carência Anos 5 1Prazo de Amortização Anos 25 14Prazo Total Anos 30 15Custeio Associado % 30 30Taxa de Juros % a.a. 4,6 8,75

Fonte: CONSUFOR.

Forma de Desembolso

Variáveis Consideradas Condição Observação

Momento do desembol-so dos financiamentos

De forma única (desem-bolso único, no início do fluxo) ou múltiplos de-sembolsos (em tranches, ao longo do fluxo, con-forme a necessidade do empreendimento)

A grande influência desta variável se reflete no serviço da dívida (incidência de juros sobre o saldo devedor)

Fonte: CONSUFOR.

Prazo

Variáveis Consideradas Condição Observação

Prazo de análise dos empreendimentos

Indicativo para compara-ção da atividade florestal sob concessão, de forma a acomodar por inteiro o período de amortização dos financiamentos

A dilatação dos pra-zos não representa uma contribuição proporcional à viabi-lidade dos negócios

Fonte: CONSUFOR.

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153

8.4.2. Lista das Simulações

As seguintes simulações foram elaboradas, de forma a atender à de-manda de explorar as condições de viabilidade:

1. Simulação Ajustada – Capital Próprio;

2. Simulação Ajustada – Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC;

3. Simulação Ajustada: prazo de 35 anos – Capital Próprio + Finan-ciamento: Programa ABC;

4. Simulação Ajustada: prazo de 35 anos / 15 tranches – Capital Pró-prio + Financiamento: Programa ABC;

5. Simulação Ajustada: prazo de 30 anos – Capital Próprio + Finan-ciamento: Fundo Clima;

6. Simulação Ajustada: prazo de 35 anos – Capital Próprio + Finan-ciamento: Fundo Clima, e,

7. Simulação Ajustada: prazo de 35 anos / 11 tranches – Capital Pró-prio + Financiamento: Fundo Clima.

8.4.3. Resultados

A tabela de resultados referentes às simulações é mostrada na sequência.

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154

# Simulação Fonte de Recursos Indicador Unidade Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

VPL R$ -51.546 -7.881.871 8.724.860 IBC - 0,8 0,0 1,6 TIR % 5,5% - 16,8%Payback Anos 11 - 6Ajuste - Operação a 300% Operação a 400% Operação a 110%VPL R$ 291.161 6.173.689 14.995.965 IBC - 2,3 1,8 2,1 TIR % 19,3% 19,3% 21,6%Payback Anos 6 5 5Ajuste - Operação a 300% Operação a 300% Operação a 100%VPL R$ 303.703 2.026.486 9.262.843 IBC - 2,4 1,2 1,7 TIR % Inexistente 18,4% 21,3%Payback Anos 8 3 4Ajuste - Operação a 5.000% Operação a 500% Operação a 110%VPL R$ 1.931.070 4.447.585 8.816.947 IBC - 9,7 1,5 1,6 TIR % 15,6% 16,4% 17,2%Payback Anos 8 3 4Ajuste - Operação a 1.500% Operação a 300% Operação a 110%VPL R$ 1.049.848 2.432.337 9.188.791 IBC - 5,7 1,3 1,7 TIR % Inexistente 15,9% 18,8%Payback Anos Inexistente 5 5Ajuste - Operação a 100% Operação a 200% Operação a 110%VPL R$ 77.238 1.214.692 17.507.491 IBC - 1,3 1,1 2,3 TIR % 45,6% 70,0% 189,3%Payback Anos 6 4 5Ajuste - Operação a 3.000% Operação a 300% Operação a 100%VPL R$ 1.907.190 3.355.896 12.534.665 IBC - 9,6 1,4 1,9 TIR % 43,3% 175,1% 102,0%Payback Anos 6 4 3Ajuste - Operação a 850% Operação a 300% Operação a 100%VPL R$ 814.537 14.884.164 25.806.932 IBC - 4,7 2,8 2,9 TIR % 52,5% Inexistente 252,5%Payback Anos 4 3 3

2

1

7

6

5

4

3

Ajustada - 35 anos / 11 tranches

Capital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Ajustada - 35 anosCapital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Ajustada - 35 anos

Ajustada - 30 anosCapital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Ajustada

Ajustada - 35 anos / 15 tranches

Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Base Capital Próprio

Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Capital PróprioAjustada

Legenda: Não Atrativo

Atrativo

Fonte: CONSUFOR.

8.4.4. Fluxos de Caixa

A sequência de fluxos de caixa – 21 no total – é ordenada pela simula-ção a que se referem e, em seguida, pelos cenários de análise.

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155

1 – Simulação Ajustada – Capital Próprio

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 300% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 Custos Comerciais 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 Receita Líquida 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607

Investimentos 222.900 256.361 - - - - - - - - - - - - - -

Inicial Fixo 222.900 - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 256.361 - - - - - - - - - - - - - - Custos de Produção - 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - Administração 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 Fluxo de Caixa Livre -222.900 -165.426 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935 90.935

TIR 19,3%

VPL 291.161

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria

Cenário 2 400% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 6.160.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 414.568 Custos Comerciais 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 308.000 Receita Líquida 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432 5.437.432

Investimentos 8.109.387 1.248.176 - - - 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094

Inicial Fixo 8.109.387 - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 81.094 Capital de Giro - 1.248.176 - - - - - - - - - - - - - - Custos de Produção - 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893 3.501.893

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 1.538.230 Energia elétrica e combustível 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 1.263.360 Manutenção, seguros e insumos 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 151.603 Administração 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 49.500 Fluxo de Caixa Livre -8.109.387 687.363 1.935.539 1.935.539 1.935.539 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445 1.854.445

TIR 19,3%

VPL 6.173.689

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156

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 110% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 7.556.250 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 Custos Comerciais 377.813 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 Receita Líquida 6.669.902 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523

Investimentos 13.773.530 1.422.975 881.563 - - 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735

Inicial Fixo 13.773.530 - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 137.735 Capital de Giro - 1.422.975 881.563 - - - - - - - - - - - - - Custos de Produção - 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Fluxo de Caixa Livre -13.773.530 -346.122 3.307.911 4.189.474 4.189.474 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738 4.051.738

TIR 21,6%

VPL 14.995.965

2 – Simulação Ajustada – Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 300% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 1.410.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 94.893 Custos Comerciais 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 70.500 Receita Líquida 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607 1.244.607

Investimentos - 187.865 2.212- 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151

Inicial Fixo - Capital Próprio - 66.870- - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 254.735 2.212- 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 151 Custos de Produção - 1.173.176 1.199.725 1.197.914 1.196.103 1.194.292 1.192.481 1.190.670 1.188.859 1.187.048 1.185.237 1.183.426 1.181.615 1.179.804 1.177.992 1.176.181

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 1.142.250 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - Administração 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 11.423 Juros s/ Financiamento - 19.504 25.355 23.544 21.733 19.922 18.111 16.300 14.489 12.677 10.866 9.055 7.244 5.433 3.622 1.811 Amortização - - 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 20.698 Fluxo de Caixa Livre 0 -116.435 47.094 46.542 48.353 50.164 51.975 53.786 55.597 57.408 59.219 61.030 62.841 64.653 66.464 68.275

TIR InexistenteVPL 303.703

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157

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria+B71

Cenário 2 300% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 Custos Comerciais 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 Receita Líquida 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074

Investimentos 3.109.387 610.727- 49.628- 3.385 3.385 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479 34.479

Inicial Fixo - Capital Próprio 3.109.387 1.500.000- - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 31.094 Capital de Giro - 889.273 49.628- 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 Custos de Produção - 3.188.720 3.784.256 3.743.631 3.703.006 3.662.381 3.621.756 3.581.131 3.540.506 3.499.881 3.459.256 3.418.631 3.378.006 3.337.381 3.296.756 3.256.131

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 Energia elétrica e combustível 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 Manutenção, seguros e insumos 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 Administração 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 528.125 487.500 446.875 406.250 365.625 325.000 284.375 243.750 203.125 162.500 121.875 81.250 40.625 Amortização - - 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 Fluxo de Caixa Livre -3.109.387 1.500.081 343.446 331.058 371.683 381.214 421.839 462.464 503.089 543.714 584.339 624.964 665.589 706.214 746.839 787.464

TIR 18,4%

VPL 2.026.486

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 7.556.250 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 Custos Comerciais 377.813 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 Receita Líquida 6.669.902 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

Investimentos 8.773.530 113.483- 580.060 3.385 3.385 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121 91.121

Inicial Fixo - Capital Próprio 8.773.530 1.500.000- - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 87.735 Capital de Giro - 1.386.517 580.060 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 Custos de Produção - 6.030.549 6.626.085 6.585.460 6.544.835 6.504.210 6.463.585 6.422.960 6.382.335 6.341.710 6.301.085 6.260.460 6.219.835 6.179.210 6.138.585 6.097.960

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 528.125 487.500 446.875 406.250 365.625 325.000 284.375 243.750 203.125 162.500 121.875 81.250 40.625 Amortização - - 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 Fluxo de Caixa Livre -8.773.530 752.836 1.687.058 2.304.357 2.344.982 2.297.872 2.338.497 2.379.122 2.419.747 2.460.372 2.500.997 2.541.622 2.582.247 2.622.872 2.663.497 2.704.122

TIR 21,3%

VPL 9.262.843

Page 159: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

158

3 – Simulação Ajustada: 35 anos – Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 5000% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

Receita Bruta 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 Custos Comerciais 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 Receita Líquida 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450

Investimentos 2.801.500 2.736.219 49.628- 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 42.076 -

Inicial Fixo - Capital Próprio 2.801.500 1.500.000- - - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 4.236.219 49.628- 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 42.076 - Custos de Produção - 19.665.375 20.260.911 20.220.286 20.179.661 20.139.036 20.098.411 20.057.786 20.017.161 19.976.536 19.935.911 19.895.286 19.854.661 19.814.036 19.773.411 19.732.786 19.227.875 19.227.875

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - - - Administração 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 528.125 487.500 446.875 406.250 365.625 325.000 284.375 243.750 203.125 162.500 121.875 81.250 40.625 - - Amortização - - 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 - - Fluxo de Caixa Livre -2.801.500 -1.658.144 532.167 519.779 560.404 601.029 641.654 682.279 722.904 763.529 804.154 844.779 885.404 926.029 966.654 1.007.279 1.473.499 1.515.575

TIR 15,6%

VPL 1.931.070

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 23.500.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - -

1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.581.550 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000 1.175.000

20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450 20.743.450

- - - - - - - - - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875 19.227.875

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500 19.037.500

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 190.375 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575 1.515.575

Page 160: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

159

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria

Cenário 2 500% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

Receita Bruta 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 Custos Comerciais 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 Receita Líquida 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790

Investimentos 10.687.987 34.161 49.628- 3.385 3.385 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 110.265 148.956 106.880

Inicial Fixo - Capital Próprio 10.687.987 1.500.000- - - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 Capital de Giro - 1.534.161 49.628- 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 42.076 - Custos de Produção - 4.690.066 5.285.602 5.244.977 5.204.352 5.163.727 5.123.102 5.082.477 5.041.852 5.001.227 4.960.602 4.919.977 4.879.352 4.838.727 4.798.102 4.757.477 4.252.566 4.252.566

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 Energia elétrica e combustível 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 Manutenção, seguros e insumos 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 Administração 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 528.125 487.500 446.875 406.250 365.625 325.000 284.375 243.750 203.125 162.500 121.875 81.250 40.625 - - Amortização - - 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 - - Fluxo de Caixa Livre -10.687.987 2.072.562 1.560.816 1.548.427 1.589.052 1.522.798 1.563.423 1.604.048 1.644.673 1.685.298 1.725.923 1.766.548 1.807.173 1.847.798 1.888.423 1.929.048 2.395.268 2.437.344

TIR 16,4%

VPL 4.447.585

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 7.700.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - -

518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 518.210 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000 385.000

6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790 6.796.790

106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566 4.252.566

499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.922.788 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200 1.579.200

189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 189.504 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875 61.875

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344 2.437.344

Page 161: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

160

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 110% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

Receita Bruta 7.556.250 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 Custos Comerciais 377.813 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 Receita Líquida 6.669.902 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523

Investimentos 16.352.130 113.483- 831.935 3.385 3.385 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 166.907 205.597 163.521

Inicial Fixo - Capital Próprio 16.352.130 1.500.000- - - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 Capital de Giro - 1.386.517 831.935 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 3.385 42.076 - Custos de Produção - 6.030.549 6.626.085 6.585.460 6.544.835 6.504.210 6.463.585 6.422.960 6.382.335 6.341.710 6.301.085 6.260.460 6.219.835 6.179.210 6.138.585 6.097.960 5.593.049 5.593.049

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 528.125 487.500 446.875 406.250 365.625 325.000 284.375 243.750 203.125 162.500 121.875 81.250 40.625 - - Amortização - - 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 464.286 - - Fluxo de Caixa Livre -16.352.130 752.836 2.324.503 3.193.678 3.234.303 3.111.406 3.152.031 3.192.656 3.233.281 3.273.906 3.314.531 3.355.156 3.395.781 3.436.406 3.477.031 3.517.656 3.983.877 4.025.952

TIR 17,2%

VPL 8.816.947

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 - - - - - - - - - - - - - - - - - -

745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125

9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523

163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049

1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323

652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952

Page 162: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

161

4 – Simulação Ajustada: 35 anos / 15 tranches – Capital Próprio + Financiamento: Programa ABC

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 1500% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

Receita Bruta 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 Custos Comerciais 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 Receita Líquida 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035

Investimentos - 1.213.308 72.269- 70.708- 70.715- 70.742- 70.799- 70.900- 71.067- 71.340- 71.793- 72.577- 74.061- 77.382- 88.399- 58.805 26.260 -

Inicial Fixo - Capital Próprio - 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- 66.870- - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 1.280.178 5.399- 3.838- 3.845- 3.872- 3.929- 4.030- 4.197- 4.470- 4.923- 5.707- 7.191- 10.512- 21.529- 58.805 26.260 - Custos de Produção - 5.787.866 5.852.657 5.898.709 5.944.843 5.991.306 6.038.454 6.086.809 6.137.169 6.190.806 6.249.876 6.318.364 6.404.661 6.530.801 6.789.148 6.083.487 5.768.363 5.768.363

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - - - Administração 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 Juros s/ Financiamento - 19.504 44.859 66.763 86.554 104.040 118.991 131.125 140.089 145.431 146.548 142.593 132.300 113.555 82.132 25.355 - - Amortização - - 39.436 63.584 89.926 118.903 151.100 187.321 228.717 277.012 334.966 407.409 503.999 648.884 938.654 289.770 - - Fluxo de Caixa Livre 0 -778.139 442.647 395.034 348.906 302.471 255.380 207.126 156.933 103.569 44.951 -22.752 -107.564 -230.384 -477.714 80.743 428.412 454.673

TIR InexistenteVPL 1.049.848

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 7.050.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - -

474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 474.465 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500 352.500

6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035 6.223.035

- - - - - - - - - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363 5.768.363

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250 5.711.250

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 57.113 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673 454.673

Page 163: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

162

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria

Cenário 2 450% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

Receita Bruta 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 Custos Comerciais 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 Receita Líquida 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111

Investimentos 10.687.987 127.061- 1.552.604- 1.517.708- 1.517.744- 1.411.006- 1.411.301- 1.411.822- 1.412.687- 1.414.101- 1.416.444- 1.420.507- 1.428.189- 1.445.377- 1.502.408- 438.098 242.817 106.880

Inicial Fixo - Capital Próprio 10.687.987 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- - - - Reinvestimentos - - - - - 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 Capital de Giro - 1.372.939 52.604- 17.708- 17.744- 17.886- 18.181- 18.702- 19.567- 20.981- 23.324- 27.387- 35.069- 52.257- 109.288- 331.218 135.938 - Custos de Produção - 4.314.730 4.945.980 5.158.480 5.371.406 5.586.037 5.804.209 6.028.631 6.263.433 6.515.199 6.795.090 7.123.731 7.544.560 8.171.639 9.483.092 5.508.480 3.877.230 3.877.230

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 Energia elétrica e combustível 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 Manutenção, seguros e insumos 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 Administração 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 656.250 732.813 797.443 848.949 885.871 906.387 908.153 888.045 841.686 762.514 639.593 451.046 131.250 - - Amortização - - 500.000 625.000 761.364 911.364 1.078.030 1.265.530 1.479.816 1.729.816 2.029.816 2.404.816 2.904.816 3.654.816 5.154.816 1.500.000 - - Fluxo de Caixa Livre -10.687.987 1.929.442 2.723.735 2.476.340 2.263.449 1.942.080 1.724.203 1.500.302 1.266.365 1.016.012 738.465 413.886 740 -609.151 -1.863.573 170.534 1.997.064 2.133.001

TIR 15,9%

VPL 2.432.337

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - -

466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111

106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880 106.880

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230

499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280

170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001 2.133.001

Page 164: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

163

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 110% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

Receita Bruta 7.556.250 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 Custos Comerciais 377.813 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 Receita Líquida 6.669.902 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523

Investimentos 16.352.130 113.483- 671.042- 1.517.708- 1.517.744- 1.354.365- 1.354.660- 1.355.181- 1.356.046- 1.357.459- 1.359.803- 1.363.865- 1.371.548- 1.388.735- 1.445.767- 494.739 299.459 163.521

Inicial Fixo - Capital Próprio 16.352.130 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- 1.500.000- - - - Reinvestimentos - - - - - 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 Capital de Giro - 1.386.517 828.958 17.708- 17.744- 17.886- 18.181- 18.702- 19.567- 20.981- 23.324- 27.387- 35.069- 52.257- 109.288- 331.218 135.938 - Custos de Produção - 6.030.549 6.661.799 6.874.299 7.087.225 7.301.856 7.520.028 7.744.451 7.979.252 8.231.018 8.510.910 8.839.551 9.260.379 9.887.458 11.198.911 7.224.299 5.593.049 5.593.049

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Juros s/ Financiamento - 437.500 568.750 656.250 732.813 797.443 848.949 885.871 906.387 908.153 888.045 841.686 762.514 639.593 451.046 131.250 - - Amortização - - 500.000 625.000 761.364 911.364 1.078.030 1.265.530 1.479.816 1.729.816 2.029.816 2.404.816 2.904.816 3.654.816 5.154.816 1.500.000 - - Fluxo de Caixa Livre -16.352.130 752.836 3.791.765 4.425.932 4.213.041 3.835.031 3.617.154 3.393.253 3.159.316 2.908.963 2.631.416 2.306.838 1.893.691 1.283.800 29.378 2.063.485 3.890.015 4.025.952

TIR 18,8%

VPL 9.188.791

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 11.082.500 - - - - - - - - - - - - - - - - - -

745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 745.852 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125 554.125

9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523 9.782.523

163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521 163.521

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049

1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323

652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952 4.025.952

Page 165: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

164

5 – Simulação Ajustada: 30 anos – Capital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13

Receita Bruta 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 Custos Comerciais 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 Receita Líquida 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869

Investimentos 22.290 24.502 231- - - - 869- 40 40 40 40 40 40 40

Inicial Fixo - Capital Próprio 22.290 60.183- - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 84.685 231- - - - 869- 40 40 40 40 40 40 40 Custos de Produção - 393.786 396.554 396.554 396.554 396.554 406.986 406.506 406.026 405.546 405.066 404.586 404.107 403.627

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - Administração 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 Juros s/ Financiamento - 9.228 11.996 11.996 11.996 11.996 11.996 11.517 11.037 10.557 10.077 9.597 9.117 8.637 Amortização - - - - - - 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 Fluxo de Caixa Livre -22.290 -3.418 18.546 18.315 18.315 18.315 8.753 8.323 8.803 9.283 9.763 10.243 10.722 11.202

TIR 45,6%

VPL 77.238

Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 470.000 - - - - - - - - - - - - - - - - -

31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 31.631 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500 23.500

414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869 414.869

40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

403.147 402.667 402.187 401.707 401.227 400.748 400.268 399.788 399.308 398.828 398.348 397.868 397.389 396.909 396.429 395.949 395.469

- - - - - - - - - - - - - - - - - 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750 380.750

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 3.808 8.158 7.678 7.198 6.718 6.238 5.758 5.278 4.799 4.319 3.839 3.359 2.879 2.399 1.919 1.440 960 480

10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 10.432 11.682 12.162 12.642 13.122 13.602 14.081 14.561 15.041 15.521 16.001 16.481 16.961 17.440 17.920 18.400 18.880 19.360

Page 166: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

165

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria

Cenário 2 200% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13

Receita Bruta 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 Custos Comerciais 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 Receita Líquida 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716

Investimentos 1.377.353 1.614.224- 8.393- - - 13.774 17.853- 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228

Inicial Fixo - Capital Próprio 1.377.353 2.189.535- - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 Capital de Giro - 575.310 8.393- - - - 31.627- 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 Custos de Produção - 2.336.275 2.436.994 2.436.994 2.436.994 2.436.994 2.816.513 2.799.055 2.781.597 2.764.139 2.746.682 2.729.224 2.711.766 2.694.308

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 Energia elétrica e combustível 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 Manutenção, seguros e insumos 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 Administração 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 Juros s/ Financiamento - 335.729 436.447 436.447 436.447 436.447 436.447 418.989 401.531 384.074 366.616 349.158 331.700 314.242 Amortização - - - - - - 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 Fluxo de Caixa Livre -1.377.353 1.996.665 290.115 281.722 281.722 267.949 -79.944 -95.568 -78.110 -60.652 -43.194 -25.736 -8.278 9.180

TIR 70,0%

VPL 1.214.692

Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 3.080.000 - - - - - - - - - - - - - - - - -

207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 207.284 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000 154.000

2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716 2.718.716

15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228 15.228

- - - - - - - - - - - - - - - - - 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774

1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 1.455 2.676.850 2.659.392 2.641.934 2.624.476 2.607.018 2.589.561 2.572.103 2.554.645 2.537.187 2.519.729 2.502.271 2.484.813 2.467.355 2.449.897 2.432.440 2.414.982 2.397.524

499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115 769.115

631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 631.680 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 75.802 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750 24.750

296.784 279.326 261.868 244.410 226.953 209.495 192.037 174.579 157.121 139.663 122.205 104.747 87.289 69.832 52.374 34.916 17.458 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 379.519 26.638 44.096 61.553 79.011 96.469 113.927 131.385 148.843 166.301 183.759 201.217 218.674 236.132 253.590 271.048 288.506 305.964

Page 167: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

166

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13

Receita Bruta 7.556.250 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 Custos Comerciais 377.813 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 Receita Líquida 6.669.902 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

Investimentos 1.377.353 2.343.397- 615.432 - - 13.774 39.943- 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245

Inicial Fixo - Capital Próprio 1.377.353 3.718.853- - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 Capital de Giro - 1.375.456 615.432 - - - 53.717- 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 Custos de Produção - 6.163.273 6.334.340 6.334.340 6.334.340 6.334.340 6.978.942 6.949.290 6.919.638 6.889.987 6.860.335 6.830.683 6.801.032 6.771.380

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Juros s/ Financiamento - 570.224 741.291 741.291 741.291 741.291 741.291 711.640 681.988 652.336 622.685 593.033 563.381 533.730 Amortização - - - - - - 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 Fluxo de Caixa Livre -1.377.353 2.850.025 1.943.430 2.558.862 2.558.862 2.545.089 1.954.204 1.927.668 1.957.320 1.986.971 2.016.623 2.046.275 2.075.926 2.105.578

TIR 189,3%

VPL 17.507.491

Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 - - - - - - - - - - - - - - - - -

678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750

8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245 16.245

- - - - - - - - - - - - - - - - - 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774 13.774

2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 2.471 6.741.728 6.712.077 6.682.425 6.652.773 6.623.122 6.593.470 6.563.818 6.534.167 6.504.515 6.474.863 6.445.212 6.415.560 6.385.909 6.356.257 6.326.605 6.296.954 6.267.302

1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323

652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042

504.078 474.426 444.775 415.123 385.472 355.820 326.168 296.517 266.865 237.213 207.562 177.910 148.258 118.607 88.955 59.303 29.652 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601 644.601

2.135.230 2.164.881 2.194.533 2.224.185 2.253.836 2.283.488 2.313.140 2.342.791 2.372.443 2.402.095 2.431.746 2.461.398 2.491.049 2.520.701 2.550.353 2.580.004 2.609.656

Page 168: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

167

6 – Simulação Ajustada: 35 anos – Capital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 3000% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16

Receita Bruta 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 Custos Comerciais 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 Receita Líquida 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070

Investimentos 780.150 430.286 8.075- - - - 30.426- 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400

Inicial Fixo - Capital Próprio 780.150 2.106.405- - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro - 2.536.691 8.075- - - - 30.426- 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 Custos de Produção - 11.859.707 11.956.602 11.956.602 11.956.602 11.956.602 12.321.712 12.304.917 12.288.122 12.271.327 12.254.532 12.237.737 12.220.942 12.204.146 12.187.351 12.170.556 12.153.761

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - - Administração 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 Juros s/ Financiamento - 322.982 419.877 419.877 419.877 419.877 419.877 403.082 386.287 369.492 352.696 335.901 319.106 302.311 285.516 268.721 251.926 Amortização - - - - - - 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 Fluxo de Caixa Livre -780.150 156.077 497.543 489.468 489.468 489.468 154.784 139.754 156.549 173.344 190.139 206.934 223.729 240.524 257.319 274.114 290.909

TIR 43,3%

VPL 1.907.190

Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 14.100.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 948.930 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000 705.000

12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070 12.446.070

1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 31.825 - - - -

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 1.400 31.825 - - - - 12.136.966 12.120.171 12.103.376 12.086.581 12.069.786 12.052.991 12.036.196 12.019.401 12.002.606 11.985.811 11.969.015 11.952.220 11.935.425 11.918.630 11.536.725 11.536.725 11.536.725 11.536.725 11.536.725

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500 11.422.500

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 114.225 235.131 218.336 201.541 184.746 167.951 151.156 134.361 117.565 100.770 83.975 67.180 50.385 33.590 16.795 - - - - - 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 365.110 - - - - -

307.704 324.499 341.294 358.089 374.885 391.680 408.475 425.270 442.065 458.860 475.655 492.450 509.245 526.040 877.520 909.345 909.345 909.345 909.345

Page 169: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

168

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria

Cenário 2 300% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16

Receita Bruta 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 Custos Comerciais 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 Receita Líquida 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074

Investimentos 1.568.799 3.364.148- 16.237- - - 15.688 45.495- 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502

Inicial Fixo - Capital Próprio 1.568.799 4.235.757- - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 Capital de Giro - 871.608 16.237- - - - 61.183- 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 Custos de Produção - 3.400.703 3.595.547 3.595.547 3.595.547 3.595.547 4.329.745 4.295.972 4.262.199 4.228.426 4.194.653 4.160.880 4.127.107 4.093.333 4.059.560 4.025.787 3.992.014

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 Energia elétrica e combustível 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 Manutenção, seguros e insumos 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 Administração 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 Juros s/ Financiamento - 649.483 844.327 844.327 844.327 844.327 844.327 810.554 776.781 743.008 709.235 675.462 641.689 607.916 574.143 540.370 506.596 Amortização - - - - - - 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 Fluxo de Caixa Livre -1.568.799 4.041.520 498.764 482.527 482.527 466.839 -206.176 -236.400 -202.627 -168.854 -135.081 -101.308 -67.535 -33.762 11 33.784 67.557

TIR 175,1%

VPL 3.355.896

Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 4.620.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 310.926 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000 231.000

4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074 4.078.074

18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 18.502 79.686 15.688 15.688 15.688 15.688

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688

2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 2.814 63.998 - - - - 3.958.241 3.924.468 3.890.695 3.856.922 3.823.149 3.789.376 3.755.602 3.721.829 3.688.056 3.654.283 3.620.510 3.586.737 3.552.964 3.519.191 2.751.220 2.751.220 2.751.220 2.751.220 2.751.220

499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 1.153.673 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 947.520 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702 113.702

37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 37.125 472.823 439.050 405.277 371.504 337.731 303.958 270.185 236.412 202.639 168.865 135.092 101.319 67.546 33.773 - - - - - 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 734.198 - - - - -

101.331 135.104 168.877 202.650 236.423 270.196 303.969 337.742 371.515 405.288 439.062 472.835 506.608 540.381 1.247.169 1.311.166 1.311.166 1.311.166 1.311.166

Page 170: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

169

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16

Receita Bruta 7.556.250 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 Custos Comerciais 377.813 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 Receita Líquida 6.669.902 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

Investimentos 2.135.213 2.369.543- 607.588 - - 21.352 61.921- 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183

Inicial Fixo - Capital Próprio 2.135.213 3.718.853- - - - - - - - - - - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 Capital de Giro - 1.349.310 607.588 - - - 83.273- 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 Custos de Produção - 6.477.027 6.742.221 6.742.221 6.742.221 6.742.221 7.741.500 7.695.534 7.649.567 7.603.600 7.557.633 7.511.666 7.465.699 7.419.732 7.373.765 7.327.799 7.281.832

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Juros s/ Financiamento - 883.978 1.149.172 1.149.172 1.149.172 1.149.172 1.149.172 1.103.205 1.057.238 1.011.271 965.304 919.337 873.370 827.404 781.437 735.470 689.503 Amortização - - - - - - 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 Fluxo de Caixa Livre -2.135.213 2.562.418 1.543.394 2.150.982 2.150.982 2.129.630 1.213.623 1.172.486 1.218.453 1.264.420 1.310.387 1.356.354 1.402.321 1.448.287 1.494.254 1.540.221 1.586.188

TIR 102,0%

VPL 12.534.665

Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750

8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 25.183 108.456 21.352 21.352 21.352 21.352

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 3.831 87.104 - - - -

7.235.865 7.189.898 7.143.931 7.097.964 7.051.997 7.006.031 6.960.064 6.914.097 6.868.130 6.822.163 6.776.196 6.730.229 6.684.262 6.638.296 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049

1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323

652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042

643.536 597.569 551.602 505.636 459.669 413.702 367.735 321.768 275.801 229.834 183.867 137.901 91.934 45.967 - - - - - 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 999.280 - - - - - 1.632.155 1.678.122 1.724.089 1.770.056 1.816.022 1.861.989 1.907.956 1.953.923 1.999.890 2.045.857 2.091.824 2.137.790 2.183.757 2.229.724 3.191.697 3.278.801 3.278.801 3.278.801 3.278.801

Page 171: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

170

7 – Simulação Ajustada: 35 anos / 11 tranches – Capital Próprio + Financiamento: Fundo Clima

Cenário 1 - Venda da Madeira em Pé

Cenário 1 850% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16

Receita Bruta 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 Custos Comerciais 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 Receita Líquida 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387

Investimentos 21.521 665.172 61.183- 61.183- 61.183- 61.183- 65.967- 61.816- 61.812- 61.809- 61.809- 628- 459 459 459 459 459

Inicial Fixo - Capital Próprio 22.290 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- 60.183- - - - - - - Reinvestimentos - - - - - - - - - - - - - - - - - Capital de Giro 769- 725.355 1.000- 1.000- 1.000- 1.000- 5.784- 1.633- 1.629- 1.626- 1.626- 628- 459 459 459 459 459 Custos de Produção 9.228 3.289.963 3.301.960 3.313.956 3.325.953 3.337.949 3.407.360 3.426.955 3.446.500 3.466.016 3.485.525 3.493.058 3.487.552 3.482.046 3.476.539 3.471.033 3.465.527

Mão de obra - - - - - - - - - - - - - - - - Matéria-prima 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 Energia elétrica e combustível - - - - - - - - - - - - - - - - Manutenção, seguros e insumos - - - - - - - - - - - - - - - - Administração 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 Juros s/ Financiamento 9.228 21.225 33.221 45.217 57.214 69.210 78.439 87.167 95.373 103.035 110.125 104.618 99.112 93.606 88.100 82.594 77.087 Amortização - - - - - - 60.183 71.049 82.388 94.242 106.661 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 Fluxo de Caixa Livre -30.749 -428.749 285.609 273.613 261.616 249.620 184.993 161.248 141.698 122.180 102.671 33.956 38.376 43.882 49.388 54.895 60.401

TIR 52,5%

VPL 814.537

Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 3.995.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 268.864 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750 199.750

3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387 3.526.387

459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 9.975 - - - -

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 459 9.975 - - - - 3.460.021 3.454.514 3.449.008 3.443.502 3.437.996 3.432.489 3.426.983 3.421.477 3.415.971 3.410.464 3.404.958 3.399.452 3.393.946 3.388.440 3.268.739 3.268.739 3.268.739 3.268.739 3.268.739

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375 3.236.375

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 32.364 71.581 66.075 60.569 55.062 49.556 44.050 38.544 33.037 27.531 22.025 16.519 11.012 5.506 - - - - - -

119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 119.701 - - - - - 65.907 71.413 76.920 82.426 87.932 93.438 98.944 104.451 109.957 115.463 120.969 126.476 131.982 137.488 247.673 257.648 257.648 257.648 257.648

Page 172: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

171

Cenário 2 - Venda da Tora Posta na Indústria

Cenário 2 450% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16

Receita Bruta 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 Custos Comerciais 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 Receita Líquida 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111

Investimentos 1.568.799 2.900.024- 4.257.856- 4.257.856- 4.257.856- 4.242.168- 4.359.828- 4.249.509- 4.249.228- 4.248.964- 4.248.724- 12.755- 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098

Inicial Fixo - Capital Próprio 1.568.799 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- 4.235.757- - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 Capital de Giro - 1.335.733 22.099- 22.099- 22.099- 22.099- 139.759- 29.440- 29.159- 28.896- 28.655- 28.443- 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 Custos de Produção - 4.761.208 5.026.401 5.291.595 5.556.788 5.821.982 7.499.094 7.852.380 8.202.289 8.549.039 8.892.903 9.234.224 9.085.304 8.936.384 8.787.465 8.638.545 8.489.625

Mão de obra 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 Matéria-prima 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 Energia elétrica e combustível 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 Manutenção, seguros e insumos 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 Administração 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 Juros s/ Financiamento - 883.978 1.149.172 1.414.365 1.679.559 1.944.752 2.209.945 2.386.741 2.552.487 2.706.703 2.848.864 2.978.398 2.829.478 2.680.558 2.531.638 2.382.718 2.233.798 Amortização - - - - - - 1.411.919 1.588.409 1.772.572 1.965.106 2.166.809 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 Fluxo de Caixa Livre -1.568.799 4.255.927 5.348.566 5.083.372 4.818.179 4.537.297 2.977.845 2.514.240 2.164.050 1.817.036 1.472.932 -3.104.358 -2.996.291 -2.847.371 -2.698.452 -2.549.532 -2.400.612

TIR #DIV/0!

VPL 14.884.164

Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 6.930.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 466.389 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 346.500 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111 6.117.111

28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 28.098 226.314 15.688 15.688 15.688 15.688

- - - - - - - - - - - - - - - - - - 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 15.688 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 210.626 - - - -

8.340.705 8.191.785 8.042.865 7.893.945 7.745.025 7.596.106 7.447.186 7.298.266 7.149.346 7.000.426 6.851.506 6.702.586 6.553.666 6.404.747 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230 3.877.230

499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 499.200 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.730.509 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280 1.421.280

170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 170.554 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687 55.687

2.084.878 1.935.958 1.787.039 1.638.119 1.489.199 1.340.279 1.191.359 1.042.439 893.519 744.599 595.680 446.760 297.840 148.920 - - - - - 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 2.378.597 - - - - - -2.251.692 -2.102.772 -1.953.852 -1.804.932 -1.656.012 -1.507.093 -1.358.173 -1.209.253 -1.060.333 -911.413 -762.493 -613.573 -464.653 -315.734 2.013.567 2.224.193 2.224.193 2.224.193 2.224.193

Page 173: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações

172

Cenário 3 - Venda do Produto do Desdobro Primário

Cenário 3 75% 100% Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16

Receita Bruta 7.556.250 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 ICMS - - - - - - - - - - - - - - - - Outros Impostos S/ receita 508.536 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 Custos Comerciais 377.813 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 Receita Líquida 6.669.902 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

Investimentos 2.135.213 4.415.765- 5.157.487- 5.787.175- 5.787.175- 5.765.822- 5.925.963- 5.778.474- 5.778.423- 5.778.412- 5.778.447- 13.463- 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762

Inicial Fixo - Capital Próprio 2.135.213 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- 5.765.075- - - - - - - Reinvestimentos - - - - - 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 Capital de Giro - 1.349.310 607.588 22.099- 22.099- 22.099- 182.240- 34.751- 34.700- 34.689- 34.724- 34.816- 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 Custos de Produção - 6.477.027 6.742.221 7.007.414 7.272.608 7.537.801 9.724.686 10.141.693 10.558.095 10.974.359 11.391.048 11.808.835 11.659.915 11.510.995 11.362.076 11.213.156 11.064.236

Mão de obra 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 Matéria-prima 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 Energia elétrica e combustível 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 Manutenção, seguros e insumos 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 Administração 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 Juros s/ Financiamento - 883.978 1.149.172 1.414.365 1.679.559 1.944.752 2.209.945 2.386.741 2.552.487 2.706.703 2.848.864 2.978.398 2.829.478 2.680.558 2.531.638 2.382.718 2.233.798 Amortização - - - - - - 1.921.692 2.161.903 2.412.559 2.674.607 2.949.135 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 Fluxo de Caixa Livre -2.135.213 4.608.640 7.308.469 7.672.963 7.407.769 7.121.224 5.094.480 4.529.983 4.113.531 3.697.255 3.280.601 -2.902.169 -2.800.475 -2.651.555 -2.502.635 -2.353.715 -2.204.795

TIR 252,5%

VPL 25.806.932

Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Ano 31 Ano 32 Ano 33 Ano 34 Ano 35

10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 10.075.000 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 678.048 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750 503.750

8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203 8.893.203

33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 33.762 303.545 21.352 21.352 21.352 21.352

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 21.352 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 12.410 282.192 - - - -

10.915.316 10.766.396 10.617.476 10.468.556 10.319.636 10.170.717 10.021.797 9.872.877 9.723.957 9.575.037 9.426.117 9.277.197 9.128.277 8.979.358 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049 5.593.049

1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 1.584.000 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323 2.884.323

652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 652.333 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 418.351 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042 54.042

2.084.878 1.935.958 1.787.039 1.638.119 1.489.199 1.340.279 1.191.359 1.042.439 893.519 744.599 595.680 446.760 297.840 148.920 - - - - - 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 3.237.389 - - - - -

-2.055.876 -1.906.956 -1.758.036 -1.609.116 -1.460.196 -1.311.276 -1.162.356 -1.013.436 -864.517 -715.597 -566.677 -417.757 -268.837 -119.917 2.996.609 3.278.801 3.278.801 3.278.801 3.278.801

Page 174: Análise dos desafios e oportunidades da cadeia de valor · 8.4. Anexo IV – Flexibilização da Análise de Viabilidade 149 8.4.1. Condições 149 8.4.2. Lista das Simulações