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TÍTULO: ANÁLISE DAS CAUSAS DAS INUNDAÇÕES DO MUNICÍPIO DE ITAPEVI, SUB-REGIÃO OESTE DAREGIAO METROPOLITANA DE SÃO PAULO.
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
SUBÁREA: Arquitetura e Urbanismo
INSTITUIÇÃO: FIAM-FAAM - CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFIAM-FAAM
AUTOR(ES): NATHALYA DE OLIVEIRA SANTOS
ORIENTADOR(ES): JANAINA KROHLING PERUZZO
Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU
Nathalya de Oliveira Santos
ANÁLISE DAS CAUSAS DAS INUNDAÇÕES DO
MUNICÍPIO DE ITAPEVI, SUB-REGIÃO OESTE DA
REGIAO METROPOLITANA DE SÃO PAULO.
São Paulo
2019
Monografia apresentada como Trabalho
de Iniciação Científica do curso de
Arquitetura e Urbanismo orientada pela
Janaina K. Peruzzo.
São Paulo
2019
À minha irmã Nayza, a parte mais bonita que há em mim.
[...] rios e riachos sempre tem enchentes periódicas. Só ocorrem inundações
quando a área natural de passagem da enchente de um rio foi ocupada para
conter uma avenida (avenida de fundo de vale) ou foi ocupada por prédios.
Assim pode-se-á dizer que todo curso d’água tem enchente. Quando inunda é
porque a urbanização falhou.
(BOTELHO, 1998: pag. 4
RESUMO
Teve como objetivo analisar as causas dos inúmeros alagamentos ocorridos no
município de Itapevi, na sub-região oeste da Região Metropolitana de São
Paulo, a qual, tem um problema crônico de enchentes, principalmente nas
principais vias arteriais do município, as quais estão localizadas em fundos de
vale. Estes impactos dos alagamentos que afetam diretamente o município,
causando inúmeros transtornos e prejuízos, e neste, devem ser compreendidos
a partir das transformações territoriais, de análises do processo histórico de
desenvolvimento da cidade, com foco nas infraestruturas de escoamento do
curso de águas naturais e da urbanização da região da várzea onde situa-se o
Rio Barueri Mirim e o córrego Paim – por onde passam as principais artérias da
cidade. Esta pesquisa foi realizada a partir de obtenção de dados de artigos
auxiliares de bacias e cursos hídricos e pesquisa bibliográfica de eventos e
desenvolvimento da região. Estas consequências de um processo de
urbanização cuja ocupação territorial lidou com as condições morfológicas e
principalmente da presença dos rios, hoje são problemáticas em grande parte
das cidades da própria Região metropolitana.
Na execução do trabalho foi utilizado a ferramenta de geoprocessamento QGis
para produzir mapas a partir do cruzamento de dados de bases disponibilizados
pelos autores do artigo auxiliar "Gestão de risco de desastres e análise de bacias
hidrográficas: a carta geotécnica de aptidão à urbanização de Itapevi – SP,
Brasil". O resultado obtido foi o esclarecimento de alguns dos motivos que
causam tantos efeitos de alagamento na cidade estudada, a pesquisa tem como
foco, portanto, a questão dos alagamentos, a análise do o processo de
desenvolvimento urbano a partir da ocupação territorial ligada aos fundos de
vale, aos sistemas e infraestruturas urbanas viárias hídricos.
METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica e documental do processo de
urbanização, de construção de vias, de sistemas e infraestruturas de água e
esgoto, e de eventos históricos significativos, com a sistematização e
mapeamento das informações.
Palavras-chave: Itapevi; Alagamento; Inundação; Enchente; Fundo de vale;
Barueri; Mirim; Bacias hidrográficas; Desenvolvimento urbano;
ENCHENTE, ALAGAMENTO E INUNDAÇÃO
Segundo Santos (2010), autor de um dos artigos bases para elaboração desta
pesquisa, a dissertação ”Alagamento e inundação urbana: modelo experimental
de avaliação de risco”, os problemas de enchentes, inundações e alagamentos
que muito atingem as populações que estão localizadas em áreas urbanas e
rurais são decorrentes de fenômenos naturais de caráter hidrometeorológico ou
hidrológico. Esses desastres são quase sempre deflagrados por chuvas
rápidas e fortes ou intensas de longa duração. Geralmente esses tipos de
fenômenos são intensificados pelas alterações provocadas pelo homem ao
meio ambiente, como por exemplo, a impermeabilização do solo e as
retificações dos cursos d’águas decorrente das intervenções urbanas.
Os problemas de enchentes, inundações e alagamentos são frequentes nas
maiorias das cidades brasileiras, entretanto, se tornam mais intensos e graves
nas regiões metropolitanas devido às ocupações irregulares dos terrenos
marginais de cursos d’água feitas pelas populações de baixo poder aquisitivo.
Por muitas vezes os termos “enchente”, “inundação” e “alagamento” são
tratadas como sinônimos tanto em trabalhos científicos quanto em dicionários
da língua portuguesa, entretanto, aqui iremos considerar que as mesmas têm
significados diferentes.
Fonte: Ministério das Cidades, Instituto de Pesquisa Tecnológica, 2007.
A palavra “enchente” procede do latim “plenus” que significa “cheio”, e
segundo Aurélio (2008), sua definição é “ocupar o vão, a capacidade ou a
superfície de; tornar cheio ou repleto”. Este fenômeno é conhecido pela
elevação temporária do nível d’água ao longo de um canal de drenagem
decorrente ao aumento da vazão ou descarga. Já “inundação” deriva do verbo
inundar, que tem como significado “ação ou efeito de inundar; transbordamento
da águas, cobrindo certa extensão do terreno” (AURÉLIO, 2008). Já a
terminologia “Alagamento” é utilizada para definir os processos decorrentes ou
não dos problemas de natureza fluvial, causando o acúmulo momentâneo de
águas em um dado local por problemas de deficiência no sistema de drenagem
devido a seu baixo coeficiente de escoamento superficial. Desta maneira, as
terminologias inundação e alagamento, consistem nas palavras mais
adequadas para se descrever o fenômeno abordado nesse estudo, pois, trata-
se das águas que transpõe os limites dos canais, invadindo ruas, terrenos,
áreas públicas e edificações.
Coelho (2001, p.28) menciona que “...A incidência das inundações motivou as
classes média e alta a se afastarem das áreas urbanas delimitadas como área
risco. As inundações continuam a vitimar as classes baixa”. Isto evidencia que
as inundações não estão associadas somente com os aspectos do meio físico,
mas também, com a questão socioeconômica da população
(MONTEIRO,1991).
ITAPEVI
Itapevi é um município da Microrregião de Osasco, situado na Região
Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo (Brasil). Pertence a Zona
Oeste da Grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de
16 de junho de 2011 e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento
Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI)
O município Está limitado pelo município de Santana de Parnaíba ao norte e
noroeste, Barueri a nordeste, Jandira a leste, Cotia ao sul e sudeste, Vargem
Grande Paulista a sudoeste e São Roque a oeste.
Encontra-se sob o domínio do Planalto Atlântico, onde podemos verificar os
seguintes tipos de relevo: várzeas, planícies aluviais, colinas, morros e serras.
A altitude varia entre 740m no centro da cidade, junto ao leito do rio Barueri-
mirim, à aproximadamente 1035m no alto da Serra do Itaqui, na divisa com o
município de Santana de Parnaíba (Aldeia da Serra).
A Serra do Itaqui estende-se ao longo do limite com o município de Santana de
Parnaíba, onde se encontra a região de Aldeia da Serra. O marco zero da cidade
está situado 35 quilômetros a oeste da capital paulista, e o atual centro urbano
se localiza na várzea do rio Barueri-Mirim, afluente do rio Tietê.
Por sua condição geográfica e climática, Itapevi apresenta resquícios de
cobertura vegetal primitiva nativa representada pela Floresta Ombrófila Densa
(Mata Atlântica), além de fragmentos da Floresta Ombrófila Mista (Mata de
Araucárias). Com a expansão populacional e industrial do município nas últimas
décadas, infelizmente, essas duas coberturas vegetais sofreram grandes
perdas.
Itapevi conta com um parque industrial bem diversificado, com destaque para a
indústria farmacêutica. Grandes empresas estão instaladas dentro do município,
tais como: Henkel, Jaraguá, Cacau Show, Casa Suíça, Eurofarma, Alpla, Wyeth,
Blanver, B2W Digital, Bomi Brasil e New Italian. Entre os anos 60 e 80, uma das
principais indústrias era a Fábrica de Cimento Santa Rita, hoje pertencente ao
Grupo Votorantim e desativada.
O município é servido pelos trens da linha 8 da CPTM, antigo Tronco Oeste da
Sorocabana. São duas estações na linha principal e mais duas estações na
extensão operacional
As duas principais rodovias que passam por Itapevi e ligam a cidade a outros
pontos do estado de São Paulo são à Rodovia Castello Branco (SP-280) e
Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Entre essas duas rodovias que cortam o
município nos seus extremos norte e sul, há uma via de ligação chamada
Rodovia Coronel PM Nelson Tranchesi (SP-029). Além desta via, há uma outra
rodovia que corta a cidade de leste à oeste, até chegar à Rodovia Raposo
Tavares em São Roque (Mailasqui), chamada (SP-274). (Rodovia Eng. Renê
Benedito Silva).
ZONEAMENTO
A interação entre a ocupação antrópica e o ambiente é uma questão que vem se
tornando complexa e de difícil equacionamento, em especial quando se verifica
a intensificação da demanda por espaços, os quais, muitas vezes, não possuem
capacidade de suporte e resiliência frente às alterações do uso do solo. A
ocupação de áreas ambientalmente frágeis acaba se tornando alternativa viável,
principalmente à população de menor renda. Assim, em um curto espaço de
tempo são criadas condições críticas de instabilidade, já que os processos e
riscos geomorfológicos locais acabam induzidos e intensificados. No município
de Itapevi, se observa atual tendência à expansão periférica para áreas de
encostas e planícies de inundação. Esse cenário é resultado da busca por lotes
e construções de baixo custo, bem como da saturação demográfica e imobiliária
da região central da cidade.
O zoneamento desta cidade de expande em torno de dois elementos principais:
a linha férrea e alguns cursos d’agua. Dentre as áreas alvo dessa nova demanda
habitacional, está a bacia hidrográfica do Ribeirão Sapiantã, que possui a maior
parte de sua área de drenagem inserida no município de Itapevi, e cujo corpo
hídrico principal desagua em afluente direto do Rio Tietê.
BACIAS HIDROGRAFICAS
Conceitualmente uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é uma área de
captação natural da água da chuva que faz convergir os escoamentos para um
único ponto de saída. A formação das bacias hidrográficas ocorre devido aos
desníveis do 29 terreno que orientam a drenagem das águas numa determinada
direção. Todas as bacias hidrográficas de uma determinada região estão
separadas topograficamente entre si pelos chamados divisores de águas, sendo
possível dividir, através desses divisores, todo o território em bacias
hidrográficas. Segundo Tucci (2001), a bacia hidrográfica pode ser considerada
um sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o
volume que escoa pelo exutório, considerando-se como perdas intermediárias
os volumes evaporados e transpirados e também os infiltrados profundamente.
O papel hidrológico da bacia hidrográfica consiste em transformar uma entrada
de volume concentrada no tempo (precipitação) em uma saída de água
(escoamento), de forma mais distribuída no tempo (SANTOS, 2010)
Mapa retirado do artigo base “ANÁLISE COMPARATIVA DE
PARÂMETROS MORFOMÉTRICOS DE DUAS SUB-BACIAS COMO
INSTRUMENTO AO PLANEJAMENTO TERRITORIAL NO MUNICÍPIO
DE ITAPEVI/SP” de Fernanda Sota Salomão e Alexandre Marco da
Silva.
A bacia hidrográfica do Ribeirão Sapiantã abrange área de 39,25 km2, inserindo-
se em maior parte no município de Itapevi (80,7%), sendo o percentual restante
(19,3 %), dentro dos limites do município de Vargem Grande Paulista, onde se
encontram parte das nascentes que originam o canal principal, cujo nome
denomina a bacia. Limita-se ainda com os municípios de São Roque, a noroeste,
e Cotia, a sudeste.
O Ribeirão Sapiantã é afluente direto da margem direita do rio Barueri-Mirim, o
qual, corta os bairros do Jardim Dona Elvira e Jardim Vitápolis, que desemboca
sob a via Engenheiro Renê Benedito da Silva (SP-274). O Rio Sapiantã nasce
em Vargem Grande Paulista, se entende por aproximadamente 10,4km até sua
foz, cruzando os bairros do Sapiantã, Vila Nova Esperança e Vila Santa Rita,
dentre outros.
HIDROVIAS
O córrego Paim (elemento significativo neste estudo) se estende da Estrada da
Roselãndia (SP-029), segue o perímetro da margem da Avenida Rubens
Caramez, chegando a via Engenheiro Renê Benedito da Silva onde se localiza
a
rotatória da COHAB do município de Itapevi.
Hidrografias e áreas de alagamento
A FORMAÇÃO DE ITAPEVI
Em meados do século XIX, a província de São Paulo começava a dar seus
primeiros passos rumo ao desenvolvimento que faria dela a capital econômica
do Brasil. O motivo eram as plantações de café que se expandiam rapidamente
pelo oeste paulista. Em pouco tempo, o café se tornou o principal produto de
exportação do Brasil e seu plantio trouxe a necessidade de se investir em
ferrovias, pois elas significavam o meio de transporte mais econômico e eficaz
para levar as sacas das fazendas paulistas até o porto de Santos, de onde eram
embarcadas para o exterior.
Uma dessas linhas que ligavam o interior ao litoral foi construída pela Estrada
de Ferro Sorocaba, a qual partia de Sorocaba e morria na capital paulista. Entre
suas várias paradas, uma delas ficava em Cotia, a 6 quilômetros da região
central. A partir de então, a região próxima a parada do trem deveria começar a
se povoada, Itapevi então, anos mais tarde, nasceria ao redor dessa Estação de
Cotia
Figura 2- Antiga estação de trem
de cotia
Originalmente, Itapevi surgiu em 1875, como um núcleo urbanizado de Cotia. A
construção da estação em 1875 fez com que, aos poucos, aumentasse a
população ao seu redor, pois muitos desses novos moradores eram ferroviários
cujas vidas giravam em torno da Estrada de Ferro Sorocabana. A imigração
também contribuiu com grande parcela desse povoamento, uma vez que o
Brasil, ao final do século XIX, abolira a escravidão e necessitava de um grande
número de mão-de-obra para trabalhar na lavoura e na indústria que começava
a dar os seus primeiros passos.
Posteriormente, em 19 de outubro de 1920, Itapevi tornou-se um distrito de Cotia,
faltava ainda muito para a conquista da condição de município, mas isso já era
um primeiro passo. O crescimento populacional do novo distrito, entretanto, só
viria acontecer duas décadas mais tarde em 1941.
Nesse período, casas foram construídas, armazéns e pequenas lojas instalaram-
se na região e uma vida social, com festas e atividades religiosas começou a se
constituir em torno da estação de trem.
A Estrada de Ferro Sorocabana continuava sendo a principal fonte de renda da
população, mas havia também as pedreiras, a agricultura, bem como o serviço
de transporte de madeiras de carro-de-boi que garantiam o sustento de muitas
famílias itapevienses.
Figura 1 - Estrada de ferro Sorocabana, final do século XIX
Dono de uma imobiliária no centro de São Paulo, Carlos de Castro colocou em
prática um plano que já havia sido esboçado por Joaquim Nunes, mas que a
morte o impedira de executar: o loteamento e a venda de todo o terreno que
cercava a estação de trens. Esse negócio revelou-se um sucesso e, em pouco
tempo, o que mais se via em Itapevi era a construção de casas. Então o distrito
de Cotia ficou conhecido como “a cidade dos telhados novos”.
Figura 3 - Centro de Itapevi no
começo dos anos 30
Mas a compra dos lotes também significou um problema para a região: em um
espaço de tempo muito pequeno, a população de Itapevi aumentou em uma
velocidade extremamente rápida, com esse crescimento, tendo sido, até certo
ponto, desordenado, o distrito não contava com infraestrutura capaz de atender
tamanha demanda.
A então bucólica Itapevi sofria agora com a falta de rede de esgotos, como
também não havia água encanada. A população se abastecia de água de poços.
Além disso, a energia elétrica ainda não chegara a todos e maior parte das ruas
não tinha asfalto.
A construção de tantas residências incentivou o comércio local e diversos
estabelecimentos ligados à construção civil – como depósitos de matérias de
construção, empreiteiras, construtoras, olarias – passaram a abrir portas no
distrito.
O crescimento populacional de Itapevi fez com que seus moradores entrassem
na década de 1950 sonhando em ganhar autonomia. Prova disso é que, desde
1945, a estação de trem não se chamava mais Estação de Cotia e fora batizada
com o nome de Estação de Itapevi.
Conquistando a emancipação em 1959 e tornando-se um município, as primeiras
medidas governamentais visavam colocar em prática uma política de incentivo à
industrialização do município. Eram dois seus principais objetivos: as empresas
que se estabelecessem em Itapevi não só trariam maiores recursos para a
cidade, como também abririam novas frentes de trabalho para a população local.
Essa primeira determinação do novo governo municipal de Itapevi de fato deu
resultado: instalaram-se na região o Frigorífico Itapevi (posteriormente vendido
ao Frigorífico Seara), a Fábrica de Cimento Santa Rita (adquirida mais tarde pelo
grupo Votorantim), a Indústria Paulista de Explosivos S.A., entre outras.
Neste mapa de 1963 da região de Itapevi e Barueri, podemos observar o
desenvolvimento do zoneamento em torno da linha férrea.
Essa primeira determinação do novo governo municipal de Itapevi de fato deu
resultado, ao mesmo tempo, Itapevi viu sua população aumentar rapidamente,
muitas vezes de forma desordenada. Para se ter uma ideia, em 1970 morava em
Itapevi aproximadamente 27 mil pessoas, em comparação, segundo dados do
censo demográfico de 1970, as cidades vizinhas como Osasco, possuía 283073
de população urbana, Barueri: 17500 e Jandira:12499. Em dez anos, esse
número praticamente dobrou. Em função do aumento populacional, novos
bairros surgiram, entretanto, carentes de infraestrutura.
Os maiores incrementos de população do município ocorreram na década de
1980, com a chegada de um grande úmero de pessoas vindas de outras cidades.
Nessa época foram construídos diversos conjuntos habitacionais pelo poder
público, com o objetivo de abrigar os significativos fluxos de migrantes existentes
na RMSP neste período. A prefeitura de São Paulo decidiu também construir no
local vários prédios da COHAB, destinados a moradores de baixa renda, os quais
começaram a ser entregues em 1983 e, como foram colocados à venda na
capital paulista, isso fez com que o número de moradores de Itapevi desse um
salto muito grande. Afinal, em apenas três anos, mais de 30 mil pessoas
passaram a morar no Conjunto Habitacional Tancredo Neves. A cidade,
entretanto, não conseguiu desenvolver-se na mesma velocidade com que
aumentava a sua população.
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- Alagamento e inundação urbana: modelo experimental de avaliação de risco
de SANTOS, Flávio Augusto Altieri dos
http://www.repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10977
“ANÁLISE COMPARATIVA DE PARÂMETROS MORFOMÉTRICOS DE DUAS
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MUNICÍPIO DE ITAPEVI/SP” de Fernanda Sota Salomão e Alexandre Marco da
Silva. http://www.schenautomacao.com.br/cbge/envio/files/trabalho_46.pdf