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Tratando de Oncologia Edição 1

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Page 1: Tratando Edição 1 Oncologia - Eurofarma · Para avaliar a evolução nos tratamentos, a Eurofarma foi ouvir o que têm a dizer enfermeiros e farmacêuticos que atuam em alguns dos

Tratando deOncologia

Edição 1

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A humanização do tratamento do câncer

Profi ssionais de centros de excelência oncológica falam sobre a evolução dos tratamentos quimioterápi-cos para a melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

Nos últimos anos, a oncologia tem avançado signifi ca-tivamente no que diz respeito à melhoria na qualidade de vida, à paliação e à comodidade dos pacientes sub-metidos aos tratamentos quimioterápicos para câncer colorretal e outros tipos de neoplasias.

A doença causa grande impacto no cotidiano dos paci-entes, acarretando profundas mudanças em seu modo de viver, além de efeitos secundários relacionados ao comprometimento da habilidade para a execução

on rasnep atsab oãn ,missA .sarienitor sedadivita edtratamento sem considerar o conforto, a comodidade e a preservação da qualidade de vida dos pacientes. A utilização de novas tecnologias em saúde e a preocu-pação com o seu bem estar são fatores levados cada vez mais em conta.

O câncer é um problema de saúde pública mundial. Segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), até o ano 2030 são estimados 27 milhões de casos de câncer, 17 milhões de mortes por causa da doença e 75 milhões de novos diagnósticos por ano.

Para avaliar a evolução nos tratamentos, a Eurofarma foi ouvir o que têm a dizer enfermeiros e farmacêuticos que atuam em alguns dos centros de oncologia concei-tuados do país.

Infusão domiciliar: mais conforto para os pacientes

Juntamente com a contribuição das terapias alvo (como cetuximabe, panitumumabe ou bevacizumabe) e da adição de esquemas quimioterápicos modifi cados ao tratamento (como FOLFOX ou FOLFIRI), um dos fatores que mais tem ajudado para a melhoria do tra-tamento do câncer colorretal e outros tipos, são os pro-cedimentos de infusão contínua. Graças a eles, hoje o paciente não precisa mais fi car internado para receber o medicamento.

Por ser menos agressivo, diminuindo a sensação de dependência e favorecendo a qualidade de vida dos pacientes, o tratamento feito em regime ambulatorial demonstra maior comodidade do que os tratamentos com internação. Como resultado, a melhoria na quali-dade de vida dos pacientes é signifi cativa, pois permite que ele receba a instalação do infusor na clínica ou no hospital e depois retorne a sua casa, onde pode desempenhar atividades diárias e até exercer funções laborais, conforme explica coordenadora do serviço

de enfermagem do CEHON (Centro de Hematologia e Oncologia), em Salvador (BA), Márcia Barbosa dos Santos.

Márcia Santos

Marcela Bechara

Coordenadora de enfermagem - CEHON

Supervisora de farmácia hospitalar Erasto Gaertner

O ambulatório de quimioterapia do CEHON atende uma média de 400 a 500 pessoas por mês. Além das especialidades em oncologia e hematologia, também trabalha com mastologistas, urologistas, cirurgiões gerais, cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões de toráx, infectologistas, proctologistas, reumatologistas e ginecologistas.

ed rotes od arosivrepus a ,oãçerid amsem aNfarmácia hospitalar do Hospital Erasto Gaertner, em

mébmat ,orienraC arahceB alecraM ,)RP( abitiruCchama a atenção para a comodidade proporcionada pela utilização de bombas de infusão contínua, tanto para os pacientes como para as clínicas, hospitais e ambulatórios.

“Antes do advento do infusor, o paciente precisava fi car internado de 48 horas até 7 dias para receber a medicação. Hoje em dia, ele pode trabalhar, ir ao supermercado ou ir ao cinema enquanto faz a quimiotera-pia. Praticamente todos os dias instalamos um novo infusor”, ressalta ela.

“Os infusores permitem que o paciente não precise mais fi car em ambiente hospi-talar durante o tratamento, correndo o risco de algum tipo de infecção. Tendo em vista sua imunossupressão, isso agravaria o estado da doença. Também acaba auxil-iando as próprias instituições de saúde, que conseguem otimizar seus leitos para quem realmente precisa ser internado”, comenta Marcela.

Ela destaca ainda a importância da parceria com os fornecedores no treinamento e no acompanhamento do uso desses produtos.

Marcela trabalha no Hospital Erasto Gaertner desde 2003 e há quatro anos atua como supervisora do setor de farmácia hospitalar, que compreende uma farmá-cia satélite de centro cirúrgico, uma farmácia central, uma farmácia ambulatorial e uma central de misturas intravenosas. Por mês, o hospital prepara aproxima-damente 4.700 doses injetáveis, atende uma média de 900 pacientes, e diagnostica em torno de mil novos casos de câncer.

O farmacêutico do Instituto do Radium de Campinas (SP), Tadeu Picinato Gregório, acredita que a tendên-cia é a indústria apostar cada vez mais em produtos que garantam a sobrevida com qualidade e com menos efeitos colaterais possíveis. Ele explica as vantagens

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“Humanizar é um exercício constante: sensibilizar a si mes-mo para compreender o semelhante. Agradecemos aos profi ssionais de saúde que dispensaram um pouco do seu tempo para nos relatarem vivências reais, experiências únicas e sentimentos individuais”.

Acolhimento, comunicação, sinceridade e empatia

Conhecer os anseios e as demandas dos pacientes oncológicos são fatores indispensáveis na atuação dos profi ssionais de saúde. Essa atitude possibilita que se-jam formuladas estratégias de orientação aos usuários, facilitando o processo de aceitação e a colaboração do paciente, com maior possibilidade de êxito na terapia.

“O paciente não pode ter um tratamento superfi cial. Ele tem que ir para casa sem nenhuma dúvida. O far-macêutico não pode cuidar só da manipulação, precisa dar uma atenção ao paciente, com orientações espe-cífi cas para cada protocolo. As instruções para o câncer colorretal, por exemplo, são diferentes das instruções para o de mama”, acrescenta Tadeu.

Tadeu atua como farmacêutico desde 2003 e há três anos e meio atende no Instituto do Radium de Campi-nas, por onde passam em torno de 30 pacientes por dia com câncer de mama, cabeça, pescoço, fígado, pâncreas, colorretal e hematológico, entre outros. Aliados a esses cuidados, o acolhimento, a comuni-cação, a sinceridade e a empatia formam os elemen-tos chave para a atuação dos profi ssionais de saúde, como explica a farmacêutica e coordenadora do Cetus, hospital especializado em oncologia clínica em Minas Gerais, Carolina Bicalho.

Tadeu Picinato

Farmacêutico - Instituto do Radium

do infusor elastométrico e como a utilização dessetipo de tecnologia favorece a sua rotina de trabalho.

“Há um tempo atrás, não se imaginava fazer a infusão contínua em ambiente domiciliar. Isso aumentou o nível de satisfação dos pacientes, permitindo que eles não desistam do tratamento.”

Com sede em Betim e fi liais em Belo Horizonte e Contagem, o Cetus também oferece serviços de hema-tologia, radioterapia, braquiterapia, assistência social, psicologia e nutrição.

É justamente nessa abordagem terapêutica multidis-ciplinar e em um tratamento mais “humanizado”, que muitos centros de saúde têm apostado para conseguir melhores resultados.

Enquanto os laboratórios trabalham em terapias alvo que utilizam anticorpos monoclonais e desenvolvem novas tecnologias para aumentar as chances de cura da doença, a tendência é que a medicina oncológica atue ainda mais na redução dos efeitos colaterais e dos sintomas inconvenientes advindos do tratamento.

“Hoje ainda existem muitos efeitos colaterais que causam impacto na vida das pessoas submetidas ao tratamento. Acredito que as tecnologias devem avançar para minimizar esses efeitos e reações adver-sas, aumentando a sobrevida dos pacientes com mais comodidade. Essa é uma preocupação que será cada vez mais constante”, fi naliza Carolina.

Farmacêutica e coordenadora - Cetus

Carolina Bicalho

“Não podemos ser apenas farmacêuticos ou enfermeiros. Precisamos lidar com cada particularidade do paciente, enten-dendo sua sensibilidade, sua debilidade, saber quando ele já está exausto do tratamento. Em nossa rotina aqui no hospital, procuramos ser profi ssionais humanizados, implementando um tratamento diferenciado para cada um deles. Nosso diferencial é a gentileza”, atesta Carolina.

Projeto editorial e redação: Gustavo GardeMTB 0078862/SP

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