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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Análise da Variação da Resistência em Função da Intensidade da Luz e da Temperatura Projeto FEUP 1º Ano- Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores: Manuel Firmino da Silva Torres José Nuno Moura Marques Fidalgo Equipa EC 04: Supervisor: Nuno Almeida Monitor: Joana Fonseca Estudantes & Autores: André Fonseca [email protected] Miguel Macedo [email protected] Felipe Dantas [email protected] Murilo Nóbrega [email protected] João Garrido [email protected] Pedro Azevedo [email protected]

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Análise da Variação da Resistência em Função

da Intensidade da Luz e da Temperatura

Projeto FEUP 1º Ano- Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores:

Manuel Firmino da Silva Torres José Nuno Moura Marques Fidalgo

Equipa EC 04:

Supervisor: Nuno Almeida Monitor: Joana Fonseca

Estudantes & Autores:

André Fonseca [email protected] Miguel Macedo [email protected]

Felipe Dantas [email protected] Murilo Nóbrega [email protected]

João Garrido [email protected] Pedro Azevedo [email protected]

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Resumo

Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular "Projeto

FEUP", do 1º ano do mestrado integrado em engenharia eletrotécnica e

computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Os

principais objetivos deste trabalho eram:

Desenvolver competências pessoais ao nível de comunicação

Promover o trabalho em equipa

Aprender técnicas de trabalho e pesquisa de informação

Aprender a redigir um relatório científico, elaborar um póster e

realizar uma apresentação

Desenvolver e expor os temas apresentados

Os temas propostos foram a variação da resistência em função da intensidade

de luz e variação da resistência em função da temperatura.

Para a primeira experiência, foram-nos fornecidos dois LDR's (Light

Dependent Resistor), um grande, com maior precisão, e um pequeno com menor

precisão, num ambiente com luminosidade minimamente controlada. Medimos a

variação da resistência em ambos os LDR's em função da luz fornecida. Foram

registrados os resultados individuais e estes comparados entre si e com os

valores de referência do fabricante.

Na segunda experiencia, utilizamos um NTC (Negative Temperature

Coefficient) para verificar a variação da resistência em função da temperatura

utilizando uma chaleira para aquecer água, um recipiente e mergulhando o NTC

dentro do mesmo. Foram registados os valores e comparados com os valores

de referência do fabricante.

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Palavras-chave

Resistência

Luz

Temperatura

LDR

NTC

Variação

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Agradecimentos Sendo alunos do primeiro ano e visto que estar a entrar num novo mundo

que é a FEUP, gostaríamos de agradecer a todos coordenadores deste projeto

por nos darem a oportunidade de desenvolvermos capacidades que certamente

nos serão úteis no mercado de trabalho. Entre estas capacidades não estão só

a capacidade de desenvolver métodos de apresentação como relatórios,

apresentações orais ou posters científicos, mas também a capacidade de

trabalharmos em equipa para atingir um objetivo comum.

Gostaríamos de agradecer ao professor Nuno Almeida, que se

disponibilizou sempre a esclarecer as nossas dúvidas quanto ao projeto, e á

nossa monitora Joana Fonseca pela sua disponibilidade para nos ajudar e

orientar quando necessário.

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Índice

Resumo .......................................................................................................................................... 1

Palavras-chave ............................................................................................................................... 2

Agradecimentos ............................................................................................................................ 3

Lista de figuras .............................................................................................................................. 5

Lista de abreviaturas ..................................................................................................................... 5

Introdução ..................................................................................................................................... 6

Experiência NTC Resistência/Temperatura ................................................................................... 7

Material ..................................................................................................................................... 8

Procedimento ............................................................................................................................ 9

Resultados ............................................................................................................................... 10

Conclusões .............................................................................................................................. 11

Recomendações ...................................................................................................................... 11

Experiencia LDR Resistência/Luz ................................................................................................. 12

Material ................................................................................................................................... 13

Procedimento .......................................................................................................................... 13

LDR NORPS-12 ......................................................................................................................... 15

Resultados ........................................................................................................................... 15

Conclusões........................................................................................................................... 17

LDR VT935G ............................................................................................................................. 18

Resultados ........................................................................................................................... 18

Conclusões........................................................................................................................... 21

Conclusão ................................................................................................................................ 22

Recomendações ...................................................................................................................... 23

Bibliografia .................................................................................................................................. 24

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Lista de figuras

Figura 1 - Esquema da montagem da experiência com o NTC (João Paulo de Sousa e

Nuno Almeida, 2016) ................................................................................................................. 9

Figura 2 - Tabela de resultados da experiência com o NTC ............................................. 10

Figura 3 – Gráfico da variação da resistência de um NTC em função da sua temperatura

..................................................................................................................................................... 10

Figura 4 - Esquema da montagem da experiência com o LDR (João Paulo de Sousa e

Nuno Almeida, 2016) ............................................................................................................... 13

Figura 5 - Tabela de resultados da experiência com .......................................................... 15

Figura 6 - Gráfico da variação da resistência em função da luminosidade para .......... 16

Figura 7 - Gráfico de referência do fabricante da variação da resistência em função da

luminosidade para o LDR NORPS-12 (RS Components, 1998) ....................................... 16

Figura 8 - Tabela de resultados da experiência do LDR VT935G .................................... 18

Figura 9 - Tabela com os valores de referência para o LDR VT935G e LDR's da mesma

família ......................................................................................................................................... 19

Figura 10 - Gráfico da variação da resistência em função da luminosidade para o LDR

VT935G ...................................................................................................................................... 20

Figura 11 - Gráfico de referência do fabricante da variação da resistência em função da

luminosidade para o LDR VT935G (Photoconductive Cells and Analog Optoisolators

(Vactrols®),2016) ..................................................................................................................... 20

Lista de abreviaturas

LDR - Light Dependent Resistor

NTC - Negative Temperature Coefficient

Ftc – Foot-Candle

Lux - Luminous emittance

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Introdução

A resistência é um objeto que tem como finalidade criar uma oposição à

passagem da corrente elétrica através de seu material, ou seja, a resistência tem

como objetivo a criação de resistência elétrica.

Essa criação de resistência elétrica pode ter algumas finalidades, como

transformar energia elétrica em energia térmica (através do efeito Joule), ou

limitar a corrente elétrica de um circuito.

Uma resistência nunca causa queda de corrente elétrica num circuito. Na

verdade, uma resistência atua na queda da tensão numa parte do circuito. Isto

significa que a corrente elétrica que entra num terminal da resistência é a mesma

que sai pelo outro terminal. No entanto, há uma queda da tensão, o que nos

permite controlar a corrente elétrica dos componentes desejados.

A resistência elétrica foi criada em meados do século XIX, quando físico

e matemático alemão George Simon Ohm iniciou estudos e pesquisas com

células eletroquímicas. Ohm começou a estudar o comportamento da

eletricidade em vários tipos de metais, utilizando equipamentos por si

construídos.

Ohm desenvolveu a primeira teoria matemática da condução elétrica nos

circuitos, baseando-se no estudo da condução de calor de Fourier, fabricando

fios metálicos de diferentes comprimentos e raio usados nos seus estudos da

condução elétrica.

Em 1827, publicou as suas descobertas e estabeleceu uma relação entre

resistência, corrente elétrica e diferença de potencial, o que atualmente

chamamos de “lei de Ohm”.

Estes estudos foram extremamente importantes para a criação das

primeiras resistências.

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Experiência NTC Resistência/Temperatura

Esta experiência pretende demonstrar a variação da resistência do NTC

em função da temperatura da água onde o NTC está colocado e comparar os

dados obtidos com os valores referência fornecidos pelo fabricante do NTC

(Negative Thermal Cooeficient).

Um NTC é um tipo de termístor. Os termístores são componentes

eletrónicos que variam a sua resistência elétrica em função da temperatura a

que se encontram. Os NTC’s por sua vez diminuem a resistência oferecida à

corrente quando a temperatura aumenta. Os NTC's são na sua maioria

produzidos com semicondutores sintetizados em laboratório e são utilizados, por

norma, num intervalo de temperaturas entre os -90°C e 130°C. Os NTC's

funcionam, pois, quando a temperatura aumenta o numero de partículas livres

com capacidade de transportar cargas elétricas o que aumenta o fluxo de

eletrões e leva à diminuição da resistência com a subida da temperatura.

No entanto os NTC's apresentam um problema denominado de auto

aquecimento, ou seja, a resistência oferecida pelo NTC à corrente elétrica leva

a um ligeiro aumento de temperatura. Isto pode levar a erros de medição e alterar

resultados experimentais.

Os NTC's são utilizados em sistemas de ativação regulados para intervalos

de temperaturas e para a medição de temperatura

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Material

NTC

Água

Multímetro (com função de ohmímetro)

Termómetro

Cafeteira elétrica

Recipiente para água

Relógio

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Procedimento

Para realizar a atividade experimental foi necessário montar um circuito

que ligava o NTC ao multímetro, utilizando cabos com ponta de crocodilo.

Posteriormente foi aquecida agua numa cafeteira elétrica ate ser atingida a

temperatura de 40,8°C e vertida para um recipiente onde juntamente com o NTC

foi colocado um termómetro de modo a verificar de que forma variava a

resistência do NTC à medida que a temperatura da água diminuía e se

aproximava da temperatura ambiente.

No momento que iniciamos a experiência iniciamos também um cronómetro que

nos permitiu avaliar a taxa de variação da temperatura da agua. Conforme tempo

passava foram registados os valores de resistência e temperatura de modo a

poderem ser tiradas conclusões no final da experiência. Quando a temperatura

teve uma variação significativa a experiência foi terminada e os resultados

discutidos pelos membros do grupo.

Figura 1 - Esquema da montagem da experiência com o NTC (João Paulo de Sousa e Nuno Almeida, 2016)

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Resultados

Tabela de resultados da experiência com o NTC:

Tempo(s) Temperatura(ºC) Resistência(kOhm)

0 40,8 12,14

30 40,5 12,63

60 40,1 13,07

90 40,1 13,08

120 39,8 13,02

150 39,4 13,09

180 39,2 13,2

210 39,0 13,7

240 38,7 13,46

270 38,4 13,67

300 38,1 13,9

330 37,8 13,79

360 37,4 14,31

390 37,1 14,51

420 36,8 14,47 Figura 2 - Tabela de resultados da experiência com o NTC

Com os dados presentes na tabela acima elaborou-se o gráfico que se segue:

Figura 3 – Gráfico da variação da resistência de um NTC em função da sua temperatura

12

12,5

13

13,5

14

14,5

15

36 37 38 39 40 41

Res

istê

nci

a(kO

hm

)

Temperatura (ºC)

Variação da resistência do NTC em função da temperatura

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Conclusões

Após a analise e discussão dos resultados com o apoio visual dos gráficos

concluiu-se o que era pretendido e esperado de acordo com o funcionamento

teórico de um NTC. Isto é, quando a temperatura diminui em geral verificou-se

um aumento na resistência. No entanto em certas situações ocorreram

anomalias que podem ser explicadas pelo facto de o NTC em certos momentos

ter tocado as beiras do recipiente que por ser de plástico não se encontrava à

mesma temperatura que a água provocando assim alterações inesperadas nos

resultados.

Recomendações

Após a realização da experiência achamos que de modo a esta ser

cientificamente mais precisa deveríamos ter tomado algumas precauções que,

devido ao curto prazo de que tínhamos para realizar a experiência e aos poucos

recursos que tínhamos, não poderam ser implementados. Estes aspetos são

alguns como:

Utilizar algum suporte rígido para segurar a resistência e evitar que esta

tocasse no recipiente para não causar anomalias como as verificadas nos

resultados;

A temperatura inicial da água era bastante baixa o que levou a

temperatura a variar de forma bastante lenta e não permitiu a

apresentação de resultados numa gama elevada de temperaturas:

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Experiência LDR Resistência/Luz

Esta experiência pretende demostrar a variação do LDR em função da

intensidade de luz e comparar os dados obtidos com os dados referência do

LDR. Podemos ainda comparar os dois LDR’s utilizados relativamente à

sensibilidade e precisão.

O LDR é uma resistência variável em função da intensidade de luz, ou

seja, tal como uma resistência elétrica típica diminui a passagem de corrente

elétrica, contudo fá-lo em função da intensidade de luz.

O LDR é construído com materiais semicondutores que oferecem

resistência elétrica e ao incidir uma luz com uma determinada frequência, os

fotões ao atingirem o semicondutor libertam eletrões, melhorando a

condutividade e diminuindo a resistência.

Um LDR pode ser sensível a um diferente intervalo de frequência podendo

funcionar com luz visível, infravermelhos(IV) e ultravioleta(UV). Normalmente

quando a luminosidade aumenta a resistência diminui.

Os LDR têm diversas utilizações no dia a dia, passando por telemóveis,

rádios, controladores de iluminação, entre outros.

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Material

LDR NORPS-12

LDR VT935G

Breadboard

Luxímetro

Luxímetro do telemóvel

Multímetro (em função ohmímetro)

Lâmpada

Trimmer

Isolante de luz

Procedimento

Montamos o LDR (NORPS-12 em primeiro lugar) na breadboard e depois

com o multímetro em função ohmímetro ligado à linha correspondente de cada

pino medimos o valor da resistência.

Este circuito juntamente com o telemóvel utilizando a aplicação “lux meter”

que mede a luminosidade em lux, ou seja, função de um luxímetro e uma

lâmpada foram colocados dentro de uma caixa de plástico com uma abertura

para podermos registar os valores do luxímetro.

Figura 4 - Esquema da montagem da experiência com o LDR (João Paulo de Sousa e Nuno Almeida, 2016)

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A experiência iniciou-se analisando a resistência do LDR quando se

encontrava num ambiente desprovido de luz, isto é quando o valor do luxímetro

lia zero. Em seguida ligamos a lâmpada e, com ajuda de um trimmer (variador

da intensidade de corrente), fomos aumentando gradualmente a intensidade da

luz da lâmpada e registando os valores em lux e Ohm que o luxímetro e o LDR

assumiam, respetivamente, para o mesmo instante.

Depois de registados os dados desta experiência, repetimos a mesma

com o LDR VT935G (mais pequeno) e com um luxímetro mais preciso.

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LDR NORPS-12

Resultados

A partir da 1ª experiência do LDR realizamos esta tabela com os dados:

Lux Ftc Ohm kOhm

0,1 0,01 200000 200

5 0,46 3025 3,03

12 1,12 2650 2,65

50 4,65 1920 1,92

80 7,43 1544 1,54

115 10,69 1286 1,29

170 15,80 1012 1,01

200 18,59 873 0,87

255 23,70 770 0,77

305 28,35 711 0,71

350 32,53 659 0,66

440 40,89 595 0,60

535 49,72 536 0,54

630 58,55 470 0,47

720 66,91 437 0,44

860 79,93 404 0,40

1000 92,94 376 0,38

1230 114,31 326 0,33

1380 128,25 310 0,31

1500 139,41 303 0,30

2700 250,93 154 0,15

4700 436,80 140 0,14

6600 613,38 125 0,13

7000 650,56 119 0,12 Figura 5 - Tabela de resultados da experiência com o LDR NORPS-12

Note-se: 1Ftc=10,74 Lux

Ignoramos a primeira entrada na tabela visto que o mesmo distorcia a

escala e tornava o gráfico irrelevante para além de não se tratar de um valor real

visto que na escuridão total os valores foram bastante inconstantes indo de 20k

para 200k em condições teoricamente iguais.

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Através da tabela anterior produzimos o seguinte gráfico em Ftc e kOhm

uma vez que os dados referência que utilizamos encontravam-se nessas

unidades. Para além disso usamos escala logarítmica visto que o gráfico

referência que encontramos também se encontrava em escala logarítmica.

Assim produzimos o seguinte gráfico:

Figura 6 - Gráfico da variação da resistência em função da luminosidade para LDR NORPS-12

Esse gráfico produzido pode ser comparado com o seguinte de referência:

0,10

1,00

10,00

0,10 1,00 10,00 100,00 1000,00

Res

istê

nci

a (k

Oh

m)

Luminosidade(Ftc)

Figura 7 - Gráfico de referência do fabricante da variação da resistência em função da luminosidade para o LDR NORPS-12 (RS Components, 1998)

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Conclusões

Em relação aos dados do LDR NORPS-12, podemos observar, através da

comparação do gráfico da experiência com do gráfico referência, que a curva é

bastante semelhante, logo o comportamento teórico do LDR NORPS-12 é

bastante próximo do observado na nossa experiência, contudo os valores

verificados para luminosidades mais baixas não são semelhantes aos dados

referência. Esta diferença tem diversas explicações, sendo a principal a falta de

leituras para luminosidades mais baixas devido à imensa sensibilidade do LDR

resultante da sua baixa precisão. Todas as outras diferenças entre o gráfico

experimental e o teórico podem ser justificadas por erros de leitura, a utilização

de um ambiente que não é 100% controlado, com intrusões de luz exterior e

variações devido aos próprios objetos utilizados, o ângulo de incidência de luz

do luxímetro ser diferente do ângulo do LDR e pela utilização de um luxímetro

pouco preciso.

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LDR VT935G

Resultados

A partir da 2ª experiência do LDR realizamos esta tabela com os dados:

Lux Ftc Ohm

13 1,208 18640

21 1,952 16810

29 2,695 14860

39 3,625 9370

50 4,647 6880

61 5,669 7210

75 6,970 6120

93 8,643 4780

120 11,152 3700

164 15,242 3030

190 17,658 2640

240 22,305 2220

360 33,457 1600

435 40,428 1610

495 46,004 1520

560 52,045 1220

610 56,691 1090

700 65,056 980

770 71,561 1000

820 76,208 960

890 82,714 880

950 88,290 860

970 90,149 840 Figura 8 - Tabela de resultados da experiência do LDR VT935G

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Tal como informa o documento que utilizamos para obter os dados

referência do LDR VT935G, devemos comparar o nosso valor com o valor

referência na tabela para 2 Ftc.

Figura 9 - Tabela com os valores de referência para o LDR VT935G e LDR's da mesma família

Sendo assim observamos que na tabela que produzimos, a 2ª e 3ª

entradas apresentam valores próximos dos 2 Ftc que correspondiam a

aproximadamente 15 kOhm. Assim, comparando com o gráfico referência,

usamos a 2ª linha a contar debaixo do gráfico referência.

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Devido ao gráfico referência se encontrar em Ftc (Fc é o mesmo que Ftc)

e apresentar uma escala logarítmica, utilizamos as Ohm para a resistência e Ftc

para a luminosidade.

Assim produzimos o seguinte gráfico:

Figura 10 - Gráfico da variação da resistência em função da luminosidade para o LDR VT935G

Esse gráfico produzido pode ser comparado com a 2ª linha a contar de

baixo do seguinte gráfico referência:

Figura 11 - Gráfico de referência do fabricante da variação da resistência em função da luminosidade para

o LDR VT935G (Photoconductive Cells and Analog Optoisolators (Vactrols®),2016)

1

10

100

1000

10000

100000

1 10 100

Res

istê

nci

a(O

hm

)

Luminosidade(Ftc)

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Conclusões

Em relação aos dados do LDR VT935G, observamos uma aparente

grande diferença na curva, contudo, com um olhar mais atento, podemos

observar que para valores da escala logarítmica na ordem dos 1k Ohm os

valores dos dados de referência e da atividade experimental são bastante

semelhantes assim como para valores na ordem dos 10k Ohm. Essa aparente

diferença deve-se à falta de leituras para valores de luminosidade mais baixos

que torna a curva do gráfico bastante diferente. Para além dessa, as razões que

justificam as diferenças nos gráficos são semelhantes às do outro LDR: ambiente

que não é 100% controlado, variações devido aos próprios objetos utilizados e o

ângulo de incidência de luz do luxímetro ser diferente do ângulo do LDR.

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Conclusão

Relativamente à comparação entre os dois LDR’s, podemos observar que

o VT935G tem uma variação bastante superior como se pode observar pela

tabela, por exemplo no LDR NORPS-12 para uma variação de 13 Lux para 50

Lux, o valor da resistência diminui 700 Ohm, no entanto no LDR VT935G para

uma variação de 12 Lux para 50 Lux o valor da resistência diminui

aproximadamente 12000 Ohm. Assim podemos concluir que para uma área

menor observamos uma menor exatidão visto que há uma discrepância gigante

para uma variação tão pequena.

Apesar de o máximo do LDR VT935G ser superior (isto ignorando a

primeira entrada na tabela do LDR NORPS-12 pois a mesma foi feita em

condições completamente extremas e para um valor de luminosidade bastante

menor), o seu mínimo é bastante superior e para a leitura máxima do LDR

VT935G de 970 Lux temos um valor de resistência de 840 Ohm enquanto o LDR

NORPS-12 para um valor de luminosidade semelhante (1000 Lux) apresenta um

valor de resistência de apenas 376 Ohm.

Através desta experiência, podemos escolher o LDR mais adequado à

situação que necessitarmos e perceber as diferenças entre os LDR.

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Recomendações

As principais recomendações que retiramos deste trabalho são:

Utilizar um luxímetro preciso para conseguir valores mais próximos dos

reais

Usar um suporto fixo para diminuir fatores externos

Verificar se a inclinação com que a luz embate no LDR é semelhante à

com que embate no luxímetro

Usar um ambiente o mais controlado possível

Fazer o maior número de leituras possíveis para obter uma curva o mais

fidedigna possível

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