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ANÁLISE DA LORDOSE LOMBAR EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE HÉRNIA DE DISCAL. Carvalho, MEI.M. * , Carvalho Junior, RM ** , Lúcio Filho, CEP *** . Carvalho,LIM**** Almeida, LC ** . RESUMO: O deslocamento do disco intervertebral lombar é a causa mais freqüente de dor lombar e em membro inferior de origem mecânica. Na coluna vertebral, a coluna lombar é a mais susceptível a lesões e à sobrecarga, sendo necessário para o seu bom funcionamento, além da integridade biomecânica, a harmonia entre as curvaturas antero-posteriores e a ausência de curvaturas laterais. O objetivo do presente trabalho foi analisar a lordose lombar em pacientes com hérnia de disco lombar. Este foi um estudo descritivo transversal de 30 pacientes com hérnia de disco lombar (18 homens e 12 mulheres) com idade entre 27 e 65 anos. Os pacientes foram submetidos a exame médico especializado, tendo exame de imagem e sintomatologia compatíveis. Submetidos a Avaliação Fisioterapêutica e a Escala Analógica de Dor. Todos realizaram Rx. simples de coluna lombar antero-posterior (AP) e em Perfil, na posição ortostática. Da amostra masculina, 13/18 pacientes (72%) tinham a curva lombar normal com valor absoluto compreendido entre 40º e 60º. Na amostragem feminina, 8/12 (66%) tiveram a curvatura lombar anatômica, com valores compreendidos entre 40º e 65º. Embora a curva vertebral lombar aparentasse estar anormal em 26 pacientes, as radiografias mostraram curva anormal em apenas nove. O presente estudo mostrou que a presença de lordose lombar anormal na maior parte dos pacientes com hérnia de disco lombar é apenas aparente e não anatômica. PALAVRAS-CHAVE: Lordose lombar. Hérnia de disco lombar. Postura *Maria Ester Ibiapina Mendes de Carvalho Fisioterapeuta Professora de Avaliação Clínica Fisioterapeutica e Fisioterapia Neurológica FACID. Coordenadora do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Professora do Curso de Especialização da Faculdade de Ciências Médicas MG. ** Reynaldo Mendes de Carvalho Junior Médico, especialista em Neurocirurgia, Professor de Neurologia FUFPI. ***Carlos Eduardo Pinheiro Lúcio Filho, Estudante de Medicina da FUFPI. ****Lorena Ibiapina Mendes de Carvalho- Estudante de Medicina da FUFPI.***** Laís Cristina de Almeida - Coordenadora e Professora Ministrante do Curso de Especialização em RPG/REPOSTURARSE Reestruturação Postural Sensoperceptiva, Professora de Recursos Terapêuticos Manuais da Faculdade de Ciências Médicas MG., e-mail: [email protected]

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ANÁLISE DA LORDOSE LOMBAR EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE HÉRNIA

DE DISCAL.

Carvalho, MEI.M. * , Carvalho Junior, RM**, Lúcio Filho, CEP***. Carvalho,LIM**** Almeida,

LC**.

RESUMO:

O deslocamento do disco intervertebral lombar é a causa mais freqüente de dor lombar e em

membro inferior de origem mecânica. Na coluna vertebral, a coluna lombar é a mais susceptível a

lesões e à sobrecarga, sendo necessário para o seu bom funcionamento, além da integridade

biomecânica, a harmonia entre as curvaturas antero-posteriores e a ausência de curvaturas laterais.

O objetivo do presente trabalho foi analisar a lordose lombar em pacientes com hérnia de disco

lombar. Este foi um estudo descritivo transversal de 30 pacientes com hérnia de disco lombar (18

homens e 12 mulheres) com idade entre 27 e 65 anos. Os pacientes foram submetidos a exame

médico especializado, tendo exame de imagem e sintomatologia compatíveis. Submetidos a

Avaliação Fisioterapêutica e a Escala Analógica de Dor. Todos realizaram Rx. simples de coluna

lombar antero-posterior (AP) e em Perfil, na posição ortostática. Da amostra masculina, 13/18

pacientes (72%) tinham a curva lombar normal com valor absoluto compreendido entre 40º e 60º.

Na amostragem feminina, 8/12 (66%) tiveram a curvatura lombar anatômica, com valores

compreendidos entre 40º e 65º. Embora a curva vertebral lombar aparentasse estar anormal em 26

pacientes, as radiografias mostraram curva anormal em apenas nove. O presente estudo mostrou

que a presença de lordose lombar anormal na maior parte dos pacientes com hérnia de disco lombar

é apenas aparente e não anatômica.

PALAVRAS-CHAVE: Lordose lombar. Hérnia de disco lombar. Postura

*Maria Ester Ibiapina Mendes de Carvalho Fisioterapeuta – Professora de Avaliação Clínica Fisioterapeutica e

Fisioterapia Neurológica FACID. Coordenadora do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí

(UESPI). Professora do Curso de Especialização da Faculdade de Ciências Médicas MG. **Reynaldo Mendes de

Carvalho Junior – Médico, especialista em Neurocirurgia, Professor de Neurologia FUFPI. ***Carlos Eduardo Pinheiro

Lúcio Filho, Estudante de Medicina da FUFPI. ****Lorena Ibiapina Mendes de Carvalho- Estudante de Medicina da

FUFPI.***** Laís Cristina de Almeida - Coordenadora e Professora Ministrante do Curso de Especialização em

RPG/REPOSTURARSE – Reestruturação Postural Sensoperceptiva, Professora de Recursos Terapêuticos Manuais da

Faculdade de Ciências Médicas MG., e-mail: [email protected]

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INTRODUÇÃO

A coluna vertebral, eixo de sustentação do corpo, é considerada a estrutura protetora do

neuro-eixo e concilia dois princípios mecânicos aparentemente contraditórios: rigidez e

flexibilidade (KAPANDJI, A . I. 2000).

Este segmento corporal tem sido fonte inesgotável de estudo por ser uma das estruturas que

mais sofrem com o sedentarismo e com as tensões cotidianas (MCKENZIE, R. A. 1981).

A dor lombar é um dos males do sistema mio-ósteo-articular que mais tem acometido a

população, especialmente nas últimas décadas. É impossível precisar o número exato de pessoas

que são acometidas por dor lombar. A dor nas costas em adultos é um dos problemas médicos mais

comuns e dispendiosos. Cerca de 80 a 90 % da população adulta sofre de dores nas costas durantes

suas vidas. Uma causa insidiosa dos sintomas, raramente percebida pelo paciente, é o desempenho

de trabalho estático contínuo, por exemplo, pelos músculos das costas das pessoas que

trabalham em computador (OLIVER, J. 1999).

Entre as causas da lombociatalgia mecânica, certamente a mais freqüente é a patologia do

disco lombar, que varia da protrusão a herniação extrusa do disco.

Na visão lateral de um paciente, pode-se constatar que quanto mais profundas forem as

concavidades da lordose lombar e cervical, maior será a convexidade da cifose dorsal.

Contrariamente, se tivermos uma lordose lombar pouco acentuada, a cifose dorsal e a lordose

cervical serão pouco acentuadas. Vemos, portanto que existe uma inter-relação quantitativa entre as

curvas da coluna. A harmonia entre as curvas fisiológicas da coluna vertebral (lordose cervical /

cifose dorsal / lordose lombar) contribui para a sua estabilidade e boa funcionalidade, sendo que, ao

fletir a coluna lombar, se observa à lordose transformar-se em cifose. As manifestações clínicas da

mesma podem ser lombalgia, lombociatalgia e síndrome da cauda eqüina. A causa mais comum de

radiculopatia lombar em pacientes com menos de 40 anos de idade é um núcleo pulposo protruso ou

herniado, enquanto que radiculopatia bilateral pode ser causada por deslocamento do material discal

centro-medial produzindo estenose espinhal (TARCÍSIO, E.P. 1999).

A lordose, bem como as demais curvas da coluna vertebral, se modificam sob a ação de

vários fatores no decorrer da vida.

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A hiperlordose lombar é analisada através de radiografia em perfil, feita com o paciente de

pé. Para medi-la, traça-se uma linha que passa pela face superior de L1 e outra que passa pela base

do sacro. Então, traçam-se linhas perpendiculares a elas, que se cruzam formando o ângulo de

intercessão. Este ângulo deve estar compreendido entre 50º e 60º. Acima de 65º, a curva lombar,

caracteriza a hiperlordose (TARCÍSIO, E.P. 1999).

O objetivo deste estudo foi: analisar a relação entre o tipo de curva lombar e a hérnia de

disco deste segmento da coluna; avaliar a curvatura da coluna lombar em pacientes de ambos os

sexos e diferentes faixas etárias com a mesma afecção; analisar a curva lombar encontrada nestes

pacientes e comparar os dados qualitativos e quantitativos, e comparar os dados qualitativos da

lordose lombar com as demais curvas vertebrais.

MATERIAL E MÉTODOS

Este foi um estudo descritivo transversal, prospectivo, aleatório, em pacientes de ambos os

sexos, que procuraram o serviço de fisioterapia por lombalgia associada à dor radicular, ocasionada

por patologia do disco intervertebral lombar . Estes pacientes tiveram idade compreendida entre 27

e 65 anos.

Este estudo foi projetado de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de

Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde).

Todos assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .

A amostra foi selecionada baseando-se nos seguintes critérios de inclusão: 1) Foram

estudados pacientes com dor lombar associada à sintomatologia de dor radicular por

comprometimento do disco intervertebral lombar. 2) Pacientes, de ambos os sexos, com idade

compreendida entre 20 e 80 anos. 3) Todos os pacientes foram diagnosticados previamente por um

médico, ortopedista, neurologista, neurocirurgião ou reumatologista. 4) Ter realizado exames de

imagem (Tomografia computadorizada e/ou Ressonância Magnética) que comprovassem o

comprometimento discal. Foram considerados critérios de exclusão: pacientes foram

considerados inelegíveis para o estudo se: 1) Tivessem sofrido algum procedimento cirúrgico na

coluna lombar. 2) Existisse a presença de dor lombar sem dor radicular. 3) Na presença de

formação tumoral na coluna lombar. 4) Terem tido diagnóstico prévio de colagenose. 5) Ter

escoliose dorsolombar idiopática moderada ou severa.

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O estudo foi concluído com 30 pacientes onde o mais jovem tinha 27 anos e o mais idoso

65 anos. Destes pacientes, 18 eram do sexo masculino e 12 do sexo feminino. Não foi registrado

nenhum caso de lesão discal no espaço L1- L2. Apenas três pacientes do sexo feminino

apresentaram lesão discal no espaço de L2-L3, dois pacientes com comprometimento discal no

interespaço L3-L4. A maior incidência aconteceu no espaço intervertebral de L5-S1 com treze

pacientes, seguido pela lesão discal L4-L5 com doze pacientes.

Todos os pacientes foram examinados e diagnosticados previamente por médicos

ortopedistas, reumatologistas, neurologistas e neurocirurgião e encaminhados aos Serviços de

Fisioterapia do Hospital Getúlio Vargas (H.G.V.), a Clínica Recuperar em Teresina- Piauí ou ao

Centro de Fisioterapia Deputado Francisco Paes Landim, Campo Maior - Piauí. Todos tinham

realizado tomografia computadorizada e ou ressonância magnética da coluna lombar. Foram

catalogados e registrados pela ordem de atendimento, recebendo numeração de documentação

científica de 01 a 30.

Os pacientes foram submetidos à Avaliação da Coluna Lombar, tendo sido feito a história

clinica com destaque ao episódio inicial desencadeante da dor lomboradicular. Foram submetidos à

avaliação músculo- esquelética com testes para os músculos lombo-pélvico-trocanterianos:

iliopsoas e piriforme através do Teste de Thomas e do Piriforme respectivamente; testes de tensão

neural para avaliar o comprometimento radicular: Sinal de Lasègue e do Nervo Femoral

bilateralmente (GROSS,J. 2000). O comprimento dos músculos Isquiotibiais e Quadrado Lombar

foi avaliado através de técnicas especificas (CURSO REPOSTURARSE, 2000), e submetidos ao

Teste de Slump (MCKENZIE, R. A. 1999) e testes de mobilidade da coluna dorsolombar através

da flexão, extensão e flexão lateral da coluna toráco-lombar.

Também foi observada a simetria dos membros inferiores por meio da simetria dos maléolos

mediais e analisada a marcha: distribuição simétrica do peso corporal em ambas as pernas e a

presença ou não de claudicação. Por último, foi realizada a avaliação postural com análise

qualitativa das curvas vertebrais. As curvas da coluna vertebral foram analisadas com o paciente em

posição ortostática, numa visão de lateral, anterior e posterior, onde os parâmetros de lordose

cervical foram estabelecidos pelo alinhamento entre o lóbulo da orelha e articulação

acromioclavicular; os da cifose dorsal através do alinhamento entre occipital, escapulas e ilíacos e

por último a lordose lombar através da relação entre as espinhas ilíacas antero superiores (EIAS) e

espinha ilíaca póstero superiores (EIPS) e da anteversão e da retroversão pélvica, onde foi

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considerado a relação harmônica entre as três curvas o alinhamento ósseo entre a base do occipital,

as escapulas e os ilíacos.

Após a avaliação inicial todos os pacientes foram submetidos a exame radiológico

(Radiografia simples em AP e Perfil na posição ortóstatica).

O grau da curva lombar foi determinado através da medida padrão nos exames de

radiografia simples, em perfil, na posição ortóstatica. Neste estudo foram considerados com lordose

lombar retificada os pacientes que na medida do ângulo lombar: L1 – S1 apresentaram ângulo lombar

inferior à 40º e com hiperlordose os pacientes que apresentaram o angulo lombar superior a 65º na

posição ortostática . O procedimento utilizado para medir o ângulo lombar foi: traçar uma linha na

face superior da primeira vértebra lombar e uma segunda linha passando sobre a face superior do

sacro, foi traçada uma terceira linha paralela à linha da face superior do sacro, que no seu

prolongamento produz um ângulo de intersecção com a linha da face superior do corpo da primeira

vértebra lombar - L 1 (BOGDUK, N. 1977) .

Após a medição do ângulo da lordose lombar estudou-se a existência da relação entre o

tipo de curva encontrada com o sítio patológico da lesão do disco intervertebral lombar; a relação

do tipo de curva encontrada com a idade e o sexo do paciente em estudo; a incidência do tipo de

curva com a população em questão; a relação entre a patologia do disco intervertebral lombar e a

natureza da lordose lombar. Na radiografia simples (em perfil e na posição ortostática), foi

analisada a presença de escoliose lombar.

Os pacientes foram classificados segundo a localização patológica da lesão discal

intervertebral e segundo o tipo de curva lombar encontrada. Este estudo foi realizado no período de

12 meses, de maio de 2002 a maio de 2003.

RESULTADOS

Quanto à distribuição da patologia por sexo, 18 /30 pacientes (60%) eram do sexo

masculino e 12/30 (40%) eram do sexo feminino (Tabela 1).

Tabela 1: Relação entre o sexo e a localização da H.D

Sexo

Loc. HD M F TOTAL

L1-L2 - - -

L2-L3 - 3 3

L3-L4 1 1 2

L4-L5 10 2 12

L5-S1 7 6 13

TOTAL 18 12 30

Legenda: Loc. HD- Localização da Hérnia de Disco,

M-Masculino; F=Feminino. Fonte: Pesquisa direta, 2003.

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De 30 casos (100%) desta amostragem, 22 pacientes (73,33%) tiveram idade compreendida

entre 31 e 60 anos, 4 casos (13,33%) estavam entre 20 e 30 anos. Foram registrados 4 casos

(13,33%) entre 61 e 70 anos de idade(Tabela 2).

Nas lesões discais nos espaços L3-L4, L4-L5 e L5-S1, o sexo masculino foi mais acometido

que o feminino, numa proporção de 2/ 1 (Tabela 3).

Tabela 3: Relação entre localização da lesão do disco lombar X Sexo X Faixa Etária.

Idade 21-30 31-40 41-50 51-60 61-70

TOTAL Loc. Sexo M F M F M F M F M F

HD

L1-L2 - - - - - - - - - - -

L2-L3 - - - 1 - 1 - 1 - - 3

L3-L4 - - 1 - - - - - 1 - 2

L4-L5 1 1 2 - 2 1 3 - 2 - 12

L5-S1 1 1 2 2 3 1 1 1 - 1 13

TOTAL 2 2 5 3 5 3 4 2 3 1 30

Legenda: Loc. HD= Localização da Hérnia de Disco; M=Masculino; F=Feminino

Fonte: Pesquisa direta. 2003.

A população masculina nesta amostra foi de 18 pacientes. Neste estudo, 13/18 pacientes (72%)

tiveram a curva lombar compreendida entre 40 e 60º. Apenas 4 pacientes (22% da amostragem)

tiveram a curva lombar abaixo de 40º, estando classificada como retificada. Apenas 1/18 pacientes

(5,5%) teve a curva lombar aumentada (acima de 65º), estando classificado como hiperlordose

lombar (Tabela 4).

Na avaliação do ângulo da lordose lombar (L1-S1), no sexo feminino, 8/12 pacientes neste estudo

(66%) tiveram a curva lombar com lordose anatômica ou normal, com ângulo compreendido entre

40º e 65º. 1/12 (8,3 % da amostragem) teve curva lombar com hiperlordose com ângulo L1-S1

Tabela 2 : Relação entre Lesão do Disco Lombar X Faixa Etária.

Idade Loc.

HD 21-30 31-40 41-50 51-60 61-70 71-80 TOTAL

L1-L2 - - - - - - -

L2-L3 - 1 1 1 - - 3

L3-L4 - 1 - - 1 - 2

L4-L5 2 2 3 3 2 - 12

L5-S1 2 4 4 2 1 - 13

TOTAL 4 8 8 6 4 - 30

Fonte: Pesquisa direta 2003.

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acima de 65º, apenas 3 pacientes (3/12 ou 25% da amostragem) tiveram a curva lombar retificada

com ângulo L1 / S1 inferior a 40º.

Tabela 4: Relação entre a localização da lesão do disco lombar X o ângulo da lordose

lombar (L1-S1) no sexo masculino.

Grau LL (°)

Loc. HD 15-30 31-39 40-50 51-65 66-75 >75 TOTAL

L1-L2 - - - - - - -

L2-L3 - - - - - - -

L3-L4 - - - 1 - - 1

L4-L5 2 1 2 5 - - 10

L5-S1 1 1 4 1 - 7

TOTAL 3 1 3 10 1 - 18

Legenda: Grau LL= Grau de Lordose Lombar; Loc. HD= Localização da Hérnia de Disco.

Fonte: Pesquisa direta 2003

Das 3 pacientes do sexo feminino com lesão discal em L1-L3, 2 pacientes (2/3 ou 63,3 %)

tinham a curva lordótica lombar dentro dos limites de normalidade e 1 paciente (1/3 tinha ou

33,3%) apresentou a curva característica de hiperlordose lombar. Dois pacientes com lesão do disco

L 3-L 4, um do sexo masculino e outro do sexo feminino tiveram as suas curvas lombares dentro do

parâmetro normal da lordose lombar .(Tabela 5)..

Tabela 5: Relação entre a localização da lesão do disco lombar X ângulo da lordose lombar

(L1-S1) no sexo feminino

Grau LL (°)

Loc. HD 15-30 31-39 40-50 51-65 66-75 >75 TOTAL

L1-L2 - - - - - - -

L2-L3 - - 2 - 1 - 3

L3-L4 - - 1 - - - 1

L4-L5 - 1 - 1 - - 2

L5-S1 1 1 - 4 - - 6

TOTAL 1 2 3 5 1 - 12

Legenda: Grau LL= Grau de Lordose Lombar; Loc. HD= Localização da Hérnia de Disco

Fonte: Pesquisa direta 2003

A população masculina nesta amostra foi de 18 pacientes, 13 pacientes ou 72% tiveram a

curva lombar compreendida entre 40 e 60º, apenas 4 pacientes 22% da amostragem tiveram a curva

lombar abaixo de 40º, estando classificada como retificada. Apenas 1 paciente (5,5%) dos 18

pacientes estudados teve a curva lombar aumentada acima de 65º, estando classificado como

hiperlordótico. Dos 13 pacientes com lesão do disco L5-S1, 9 pacientes (9/13 ou 69,2 %) tiveram a

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lordose lombar dentro dos parâmetros de normalidade com grau compreendido entre 40º a 65º.

Apenas 3 pacientes (3 /13 ou 23%) tiveram a coluna lombar retificada com a curva lombar num grau

inferior à normalidade (< 40º) e apenas 1 paciente (1/13 ou 7,6 %) teve lordose lombar aumentada

ou hiperlordose lombar acima de 65º .

Dos 30 pacientes estudados com doença discogênica, 19 pacientes (19/30 ou 63,3%)

tiveram escoliose lombar comprovada em radiografia simples da região lombosacra ortostática em

posição antero-posterior.

Neste estudo, a análise qualitativa da lordose lombar diferiu do estudo quantitativo. Dos 30

pacientes estudados, 15 pacientes (15/30 ou 50%) apresentaram lordose lombar aumentada Destes

15 pacientes com lordose aumentada 4 pacientes (4/15 ou 26,6%) tinham lordose diafragmática

(vértice da curva em T12 ) e 4 (4/15 ou 26,6%) tinham lordose global (lordose lombar que continua

com a curva torácica, apresentando-se esta de forma invertida, denomina-se de lordose geral10 ) e 3

pacientes sacro horizontalizado (lordose lombosacra – vértice da curva lombar em L5). Entretanto,

na analise quantitativa apenas 1 paciente (1/30 ou 3,3%) tinha realmente hiperlordose lombar com

ângulo L1 / S1 superior a 65º.

A lordose lombar normal foi evidenciada em apenas 3 pacientes (3/30 ou 10% da amostra)

na análise qualitativa, enquanto na análise quantitativa foram registrados 13 pacientes (13/30 ou

43,3%) com curva compreendida entre 40º e 65º.

Na analise qualitativa 12 casos (12/30 ou 40%) apresentaram lordose lombar reduzida ou

retificada quando analisados de forma qualitativa, enquanto que, na analise quantitativa, apenas 4

pacientes (4/30 ou 13,3% da amostra) tiveram a curva lombar inferior à 40º, sendo o mais reduzido

com 15º e o menos reduzido com 39º (Tabela 6),.

Tabela 6: Avaliação qualitativa das curvas da coluna vertebral no

episódio álgico.

C. Vertebral

Sit. Epis. Algico L. cervical Cif. Dorsal L. Lombar

Normal 5 0 3

Reduzida 21 21 12

Aumentada 4 9 15

Total 30 30 30

Legenda:Sit. Epis. Algico = situação no episódio algico.

C. vertebral = coluna vertebral. L=lordose. Cif.= cifose

Fonte: Pesquisa direta. 2003

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Com alterações congênitas associadas, foram registrados 3 pacientes (3/30 ou 10% da

amostra), sendo 1 paciente com mega-apófise de L5, 1 paciente com Espinha Bífida de S1 e o

último com hemangioma no corpo de L5.

Foram registrados neste estudo: 1 paciente (1/30 ou 3,3% da amostra) com fratura do corpo

de L1 e 2 pacientes (2/30 ou 6,6 %) com retrolistese de L5 sobre S1. Com artrose nas vértebras

lombares foram notificados 3 pacientes (3/30 ou 10 % da amostragem).

Caso ilustrativo

Paciente do sexo masculino, 31 anos de idade, com achados clínicos e radiológicos de

hérniação discal focal L5/S1 á direita (Fig.1), sintomatologia aguda na região lombar e parte

posterior do membro inferior direito. Avaliação qualitativa das curvas da coluna vertebral revelou:

retificação cervical, cifose dorsal e lordose lombar normal. Presença de lordose lombo sacra. À

avaliação quantitativa do ângulo da lordose lombar L1/S1 70º (Fig. 2) compatível com hiperlordose

lombar.

Fig.2 Radiografia Simples da coluna tóraco –

lombar, incidência em perfil em posição

ortostática.(20/01/2003) em paciente do sexo

masculino, 31 anos. Medida do ângulo lordose

lombar 70º.

Fig.1 Ressonância Magnética (20/01/2003) de

paciente do sexo masculino, 31 anos. Achados

Radiológicos: Discopatia degenerativa associada á

herniação discal focal, localizada posteriormente em

situação centro lateral direita em L5-S1,

determinando leve compressão no saco dural.

Fonte: Pesquisa direta, 2003 Fonte: Pesquisa direta, 2003

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DISCUSSÃO

Num total de 30 pacientes com idade compreendida entre 27 e 65 anos, totalizando 18

homens e 12 mulheres, todos com discopatia lombar do tipo abaulamento difuso, protrusão ou

extrusão, foram incluídos neste estudo.

As características clínicas destes pacientes no momento da entrada no estudo eram de dor

lombar com componente radicular, com sinais e sintomas compatíveis com doença discogênica do

tipo hérnia discal, abaulamento difuso, protrusão ou extrusão. Houve comprovação recente de

Fig. 4 Observação das curvas da coluna em vista

lateral em paciente do sexo masculino, 31 anos:

Retificação cervical, Cifose dorsal e lordose lombar

normais.Lordose lombo-sacra.

Fig. 3 Observação das curvas da coluna em

vista posterior em paciente do sexo

masculino, 31 anos: Retificação cervical,

Cifose dorsal e lordose lombar

normais.Lordose lombo-sacra

Fonte: Pesquisa direta, 2003 Fonte: Pesquisa direta, 2003

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exames de imagem do tipo tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética, radiografia

simples antero-posterior e em perfil na posição ortostática. Todos os pacientes realizaram

avaliação clínica fisioterapeutica e avaliação postural .

Este estudo mostrou que nos pacientes com discopatias lombares, a avaliação quantitativa da

lordose lombar diverge consideravelmente da avaliação quantitativa. Esta divergência poderá ter

como conseqüência às alterações musculares e espasmódicas sofridas pela musculatura durante os

episódios álgicos, bem como as compensações posturais que acontecem ao longo da vida .

Pacientes que eram aparentemente hiperlordóticos ou retificados mostravam uma curva

lombar anatomicamente normal. No episódio álgico, a aparência da lordose lombar poderá estar

modificada pelo comprometimento da musculatura lombar e pélvico - trocanteriana, sem que isto

implique necessariamente em uma coluna lombar com curvatura anormal.

Dos 30 pacientes estudados, 15 pacientes (15/30 ou 50%) apresentaram lordose lombar

aumentada. Destes 15 pacientes com lordose aumentada 4 pacientes (4/15 ou 26.6%) tinham

lordose diafragmática (vértice da curva em T12 ) e 4 (4/15 ou 26,6%) tinham lordose global

(lordose lombar que continua com a curva torácica, apresentando-se esta de forma invertida,

denomina-se de lordose geral ).

Analisando-se a amostra de modo qualitativo, obtém-se um resultado, enquanto que o

levantamento de dados numéricos mostra resultados bem diferentes.

Com escoliose lombar foram evidenciados 19 pacientes de um total de 30 (63,33 % da

amostra), evidenciada em exame radiológico em posição ortostática e antero-posterior. No entanto,

a alta incidência de escoliose lombar associada a episódios álgicos reforça o parâmetro qualitativo

da “lordose funcional ou aparente”, que explica a escoliose ocasionada durante o episódio de dor

é produzida por um espasmo anti-álgico do músculo eretor da espinha, levando a uma curvatura

lateral da coluna lombar (escoliose antálgica) e encurtamento secundário das raízes que formam o

nervo ciático .

Uma outra observação é que hiperlordose lombar, sem aumento do ângulo L1-S1, foi mais

freqüente em pacientes com discopatia no segmento L5- S1, enquanto que pacientes com discopatia

acima do segmento L3-L4 apresentavam colunas aparentemente retificadas. Ao relacionar a grande

incidência, na avaliação qualitativa, de retificação da coluna dorsal entende-se que os seguimentos

mais altos da coluna lombar sofrem uma maior influencia da curva dorsal retificada .

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Foi constatado neste estudo que nos pacientes analisados com patologia do disco

intervertebral não havia a relação harmônica e fisiológica entre a lordose cervical, cifose dorsal e

lordose lombar

CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a avaliação qualitativa é de pouca confiabilidade para a determinação

da lordose lombar no episódio álgico por patologia do disco intervertebral, sendo necessário à

avaliação radiológica para que seja confirmado ou não alguma alteração da curva lombar.

Algumas conclusões que muito contribuem para a prática clínica, podem ser tiradas do

presente trabalho: dos 30 pacientes nenhum teve uma relação harmônica de normalidade entre as 3

curvas vertebrais; como anatomicamente a lordose lombar esta normal na maioria dos pacientes e

existe uma aparente desarmonia entre as curvas da coluna vertebral, torna-se relevante um trabalho

não apenas da coluna lombar e sim de uma harmonização global entre os três seguimentos: cervical,

dorsal e lombar e os membros superiores e inferiores.

A maior dificuldade deste trabalho cientifico foi a carência de publicações e de uma

bibliografia sobre o assunto, o estudo da curva lombar em pacientes com patologia do disco lombar.

ABSTRACT

ANALYZE THE LUMBAR LORDOSIS IN PATIENTS WITH LUMBAR HERNIATED

DISCS.

The dislocation of the lumbar intervertebral disc is the most frequent cause of lumbar pain

and of mechanical origin in the inferior members. In the vertebral column, the lumbar column is

the most susceptible to lesions and to overload. For it to function well, it is necessary to have

harmony between its anteriorposterior curves and the absence of lateral curvatures besides

biomechanical integrity.

The objective of this study was analyze the lumbar lordosis in patients with lumbar

herniated discs. It was a transversal descriptive study of 30 patients with hernia of the

lumbar discs (18 men and 12 women) between the ages of 27 to 65. The patients were

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submitted to a specialized medical exam and were image and symtomology compatible.

They underwent a physiotherapy evaluation and were given the questionnaires of Rolland

Moris and the Analogical Scale for Pain. All had a simple AP and Lateral x-ray of the

lumbar spine in a standing position. In this study 13 of the 18 male patients (72%) had a

normal lumbar curve with the comprehensive absolute value between 40 and 60. In the

females, 8 of the 12 (66%) had an anatomic lumbar curvature with comprehensive values

between 40 and 65. Even though the lumbar vertebral curve appeared to be normal in 26

patients, the x-rays showed an abnormal curve in only 9. The present study shows that the

presence of abnormal lumbar lordosis in the majority of the patients with a hernia of the

lumbar disc is only apparent and not anatomic.

KEY- WORDS: Lumbar lordosis. Lumbar herniated discs. Posture.

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