angola e guiné ispoca

28
ÍNDICE CAPITULO I........................................................... 6 Epigrafe............................................................6 AGRADECIMENTO.......................................................8 RESUMO.............................................................10 CAPITULO II......................................................... 11 1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA.........................................11 1.2 PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO...................................11 1.2.1 PERGUNTAS GENÉRICAS OU PRINCIPAIS........................11 1.2.2 PERGUNTAS SECUNDÁRIAS....................................11 1.3 OBJECTIVO DA INVESTIGAÇÃO......................................11 1.3.1 OBJETIVOS GERAIS...........................................11 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................12 1.4 DELIMITAÇÃO....................................................12 1.5. SISTEMATIZAÇÃO................................................12 CAPITULO III........................................................ 14 1. RESENHA HISTÓRICA DA GUINE BISSAU..............................14 1.2 GOLPE DE ESTADO..............................................16 1.3 GEOGRAFIA....................................................17 1.4 POLÍTICA.....................................................17 CAPÍTULO IV......................................................... 18 2. A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA E SEGURANÇA ANGOLA E GUINE BISSAU 18 2.1 MISSANG........................................................19 2.3 COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR GUINÉ-BISSAU/ANGOLA.................20 2.4 O FIM DA COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR, ENTRE ANGOLA E A GUINÉ- BISSAU.............................................................21 CAPÍTULO V.......................................................... 24 1. CONCLUSÃO...................................................... 24

Upload: joaquim-paulo

Post on 24-Apr-2015

10 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Angola e Guiné ispoca

ÍNDICECAPITULO I..............................................................................................................................................6

Epigrafe..................................................................................................................................................6

AGRADECIMENTO..............................................................................................................................8

RESUMO.............................................................................................................................................10

CAPITULO II...........................................................................................................................................11

1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA..............................................................................................11

1.2 PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO.................................................................................11

1.2.1 PERGUNTAS GENÉRICAS OU PRINCIPAIS........................................................11

1.2.2 PERGUNTAS SECUNDÁRIAS.......................................................................................11

1.3 OBJECTIVO DA INVESTIGAÇÃO.............................................................................................11

1.3.1 OBJETIVOS GERAIS...........................................................................................................11

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................................12

1.4 DELIMITAÇÃO.............................................................................................................................12

1.5. SISTEMATIZAÇÃO.....................................................................................................................12

CAPITULO III..........................................................................................................................................14

1. RESENHA HISTÓRICA DA GUINE BISSAU..........................................................................14

1.2 GOLPE DE ESTADO...............................................................................................................16

1.3 GEOGRAFIA.............................................................................................................................17

1.4 POLÍTICA..................................................................................................................................17

CAPÍTULO IV..........................................................................................................................................18

2. A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA E SEGURANÇA ANGOLA E GUINE BISSAU18

2.1 MISSANG......................................................................................................................................19

2.3 COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR GUINÉ-BISSAU/ANGOLA..........................................20

2.4 O FIM DA COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR, ENTRE ANGOLA E A GUINÉ-BISSAU 21

CAPÍTULO V...........................................................................................................................................24

1. CONCLUSÃO..............................................................................................................................24

1.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................25

Page 2: Angola e Guiné ispoca

CAPITULO I Epigrafe

“O sucesso é ir de fracasso em

fracasso sem perder entusiasmo”.

Winston Churchill

Page 3: Angola e Guiné ispoca

AGRADECIMENTO

A Deus por nos guiar neste mundo, a nossa família pelo apoio e afeto que

tenham demostrado ao longo da nossa formação, aos nossos amigos e colegas que

participaram direita ou indiretamente na elaboração deste trabalho. Ao corpo docente e

discente do ISPOCA.

O nosso muito obrigado…

Page 4: Angola e Guiné ispoca

4

RESUMO

A Guiné-Bissau, oficialmente República da Guiné-Bissau, é um país da costa ocidental de África que se estende desde o cabo Roxo até à ponta Cagete. Faz fronteira a norte com o Senegal, a este e sudeste com a Guiné-Conacri (ex-francesa) e a sul e oeste com o oceano Atlântico. Além do território continental, integra ainda cerca de oitenta ilhas que constituem o Arquipélago dos Bijagós, separado do Continente pelos canais do rio Geba, de Pedro Álvares, de Bolama e de Canhabaque.

Foi uma colónia de Portugal desde o século XV até proclamar unilateralmente a sua independência, em 24 de Setembro de 1973, reconhecida internacionalmente - mas não pelo colonizador. Tal reconhecimento por parte de Portugal só veio em 10 de Setembro de 1974. A Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa no continente africano a ter a independência reconhecida por Portugal.

Actualmente faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), das Nações Unidas, dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e da União Africana.

Enquanto Angola, oficialmente chamada de República de Angola, é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena (território). Angola foi uma antiga colónia de Portugal, com o início da presença portuguesa no século XV, e permaneceu como colónia portuguesa até à independência em 1975. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. A capital e a maior cidade de Angola é Luanda.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo e exportador de diamantes da África Subsariana. A sua economia tem vindo a crescer fortemente, mas o índice de corrupção é um dos mais altos do mundo , e o seu Desenvolvimento Humano é muito baixo.

No ano de 2000 foi assinado um acordo de paz com a FLEC, uma frente de guerrilha que luta pela secessão de Cabinda e que ainda se encontra activa5 . É da região de Cabinda que sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.

CAPITULO II

Page 5: Angola e Guiné ispoca

5

1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMAA cooperação de Angola com a Guine Bissau no domínio da defesa e

segurança, é tema é muito importante. Porque muito se ouve falar de cooperação

de um país com outro, mas pouco se sabe o que uma cooperação. A bem pouco

isto é em 2012 depois do golpe de Estado que aquele país viveu em Abril, Angola

terminou a sua cooperação no domínio da defesa e segurança com a Guine

Bissau. E não só este tema ira nos ajudar a perceber com mais clareza o acordo

entre estes dois países de 2007 até o seu término em 2012.

1.2 PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO O que levou angola a assinar acordos no domínio da defesa e segurança

com a Guine Bissau desde 2007 a 2012? O que é a MISSANG?

1.2.1 PERGUNTAS GENÉRICAS OU PRINCIPAIS Que papel tinha a missão de angola na Guine Bissau? E como decorreu os

acordos assinados no domínio da defesa e segurança?

1.2.2 PERGUNTAS SECUNDÁRIASO que aconteceu com acordo assinado entre Angola e Guine Bissau no domínio da

Defesa e Segurança?

1.3 OBJECTIVO DA INVESTIGAÇÃO

1.3.1 OBJETIVOS GERAIS

O principal objetivo desta pesquisa é delinear as principais causas que levaram

angola e Guine Bissau a Assinarem Acordos nos domínios da defesa e segurança. E a

Criação da Missang.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOSDefinir a Missão de Angola no Domínio da Defesa e Segurança na Guine Bissau.

E a retirada das tropas angolanas na Guine Bissau.

Page 6: Angola e Guiné ispoca

6

1.4 DELIMITAÇÃOO presente trabalho será delimitado desde a formação da cooperação da Angola

com Guine Bissau desde 2007 à 2012. O processo que levaram os dois países

assinarem vários acordos em especial a da defesa e segurança.

1.5. SISTEMATIZAÇÃOO TRABALHO ESTÁ ORGANIZADO DA SEGUINTE FORMA:

1º Capitulo: traz. A epígrafe, acompanhado com um agradecimento e um

resumo onde destacamos resumidamente sobre a Guine Bissau.

2º Capitulo: traz descrição do problema, perguntas genéricas ou principais,

perguntas secundárias, objectivo da investigação, objectivo específicos,

delimitação, sistematização.

3º Capitulo: traz resenha histórica da Guine Bissau, Golpe de Estado,

Geografia, Politica.

4º Capitulo: traz a cooperação no Domínio da Defesa e Segurança Angola

e Guine Bissau, Missang, Cooperação Técnica-Militar Guine Bissau/Angola

e o fim da cooperação técnico-militar entre Angola e a guine Bissau.

5º Capítulo: traz a conclusão do tema abordado e a bibliografia usada

neste trabalho.

Page 7: Angola e Guiné ispoca

7

1.6 INTRODUÇÃO

O nosso trabalho de investigação, tem importância para o aperfeiçoamento dos nossos conhecimentos. Sendo que qualquer país no mundo a sua primeira obrigação é a segurança dos cocidadãos. E Angola e Guine Bissau são países que pertencem ao mesmo continente, por isso desde 2007 que Angola e Guine Bissau estão preocupados com a defesa dos seus estados fez com que fosse Assinado um Acordo de Cooperação no Domínio da Defesa e Segurança, onde envolve a Formação Militar, Apoio Logístico, Engenharia Militar e intercambio entre as Forças Militar dos dois países. Por meio destes acordos foi criada uma força denominada MISSANG.

Page 8: Angola e Guiné ispoca

8

CAPITULO III

1. RESENHA HISTÓRICA DA GUINE BISSAU

O primeiro navegador e explorador europeu a chegar à costa da actual Guiné-Bissau foi o português Nuno Tristão, em 1446. A colonização só tem início em 1558, com a fundação da vila de Cacheu. A princípio somente as margens dos rios e o litoral foram exploradas. A colonização do interior só se dá a partir do século XIX. No século XVII, foi instituída a Capitania-Geral da Guiné Portuguesa. Mais tarde, durante o Estado Novo de Salazar, a colonia passaria a ter o estatuto de província ultramarina, com o nome de Guiné Portuguesa.

A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico de escravos. Posteriormente elevada a cidade, tornar-se-ia a capital colonial, estatuto que manteve após a independência da Guiné-Bissau.

Em 1956, Amílcar Cabral liderou fundação do PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde -, que, no início da década de 1960, iniciou a luta armada contra o regime colonial. Cabral foi assassinado em 1973, em Conacri, num atentado que o PAIGC atribuiu aos serviços secretos portugueses mas que, na verdade, fora perpetrado por um grupo de guineenses do próprio partido, que acusavam Cabral de estar dominado pela elite de origem cabo-verdiana. Apesar da morte do líder, a luta pela independência prosseguiu, e o PAIGC declarou unilateralmente a independência da Guiné-Bissau em 24 de Setembro de 1973. Nos meses que se seguiram, o ato foi reconhecido por vários países, sobretudo comunistas e africanos.

Todavia Portugal só reconheceu a independência da Guiné-Bissau em 10 de Setembro de 1974, após a Revolução dos Cravos - ela própria devida, em larga medida, ao impasse em que caíra o esforço bélico português na pequena colónia. Os portugueses começaram então a abandonar a capital, Bissau, ainda em seu poder.

Segundo o projecto político concebido pelo PAIGC, a Guiné e Cabo Verde, inicialmente constituídos como estados separados, tenderiam a formar uma unidade. Assim, após a independência, os dois países passaram a ser dirigidos por um único partido - o PAIGC - até 1980. Mas, em 14 de Novembro de 1980, um golpe de estado, empreendido pelo chamado Movimento Reajustador, sob a liderança do Primeiro-Ministro João Bernardo Vieira (Nino Vieira), um prestigiado veterano da guerra contra Portugal, derrubou o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau, Luís Cabral, irmão do falecido Amílcar, e suspendeu a Constituição da República, instituindo o

Page 9: Angola e Guiné ispoca

9

Conselho da Revolução, formado por militares e civis. Extinguia-se assim o projecto de unificação dos dois países.

Após a derrubada de Luís Cabral, os dirigentes políticos cabo-verdianos decidiram desvincular-se do PAIGC, formando um novo partido, designado por PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde), numa total ruptura política.

Até 1984, o país foi controlado por um conselho revolucionário sob a chefia de Nino Vieira.

Em 1989, o presidente Nino Vieira começa o esboço de um programa de reformas e liberalização política, abrindo caminho para uma democracia multipartidária. Eliminaram-se vários artigos da Constituição que privilegiavam o papel de liderança do PAIGC, e foram ratificadas leis que permitiam a formação de outros partidos políticos, liberdade de imprensa, sindicatos independentes e direito à greve.

Em 1994, tiveram lugar as primeiras eleições multipartidárias para a presidência e o parlamento da Guiné-Bissau.

Em 1998, o presidente Nino Vieira foi derrubado por um golpe militar liderado pelo brigadeiro Ansumane Mané. Vieira parte para o exílio em Portugal, e, entre 1998 e 1999, o país mergulha praticamente numa guerra civil.

Logo após a guerra civil, novas eleições foram convocadas, com a vitória do líder oposicionista Kumba Yalá e do seu partido, PRS (Partido para a Renovação Social). Yalá assume o cargo de presidente da República em 2000. Conhecido como «o homem do barrete vermelho», o novo presidente não tardou a revelar-se uma nulidade a todos os títulos e afinal foi deposto por novo golpe militar, em Setembro de 2003, sob a alegação de inépcia para resolver os problemas do país. Henrique Rosa assumiu o posto interinamente.

Afinal, em Abril de 2004, tiveram lugar as eleições legislativas, adiadas inúmeras vezes. Em Outubro do mesmo ano, Ansumane Mané, comandante-mor das forças armadas, que nunca vira com bons olhos a ascensão de Kumba Yalá à presidência, protagonizou nova sublevação, mas acabou por ser morto por adversários (a pauladas, segundo fontes referidas por Jaime Nogueira Pinto na obra citada), o que causou uma forte comoção em todo o país.

Ainda que envoltas em polémica, as eleições presidenciais de 2005 reconduziram Nino Vieira ao mais alto cargo da nação. A situação geral continuou a degradar-se em todos os domínios: a Guiné-Bissau transformou-se num entreposto do narcotráfico internacional, ponto de distribuição para a América Latina e para a Europa.

Page 10: Angola e Guiné ispoca

10

A 1 de Março de 2009, Tagme Na Waie, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e antigo rival político de Nino Vieira, é assassinado num atentado bombista. Alguns militares que lhe eram próximos suspeitaram, embora sem provas, que o presidente estivesse envolvido neste atentado. Na manhã do dia seguinte, 2 de Março de 2009, atacaram o palácio presidencial e mataram Nino Vieira. A verdade é que Tagme Na Waie exigira repetidamente o desarmamento da milícia fiel a Nino Vieira, e que tinha havido uma rápida escalada nas disputas pelo governo da Guiné-Bissau.

A cúpula militar, que muitos analistas consideram o verdadeiro poder neste pequeno e paupérrimo país, afirmou que os direitos democráticos seriam mantidos e que não se tratava de um golpe de Estado. Mas muitos governos de todo o mundo condenaram o assassinato de Nino Vieira (sem prejuízo de críticas e reservas à sua actuação) e exprimiram séria apreensão com referência à estabilidade política da Guiné-Bissau.

O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Raimundo Pereira, assumiu a presidência interinamente, e os partidos políticos guineenses marcaram eleições presidenciais antecipadas para 28 de Junho de 2009, as quais foram vencidas por Malam Bacai Sanhá.

A transição da Guiné-Bissau para a democracia continua, no entanto, dificultada pela debilidade da sua economia, devastada pela guerra civil e pela instabilidade política. A 1 de Abril de 2010 assistiu-se a uma nova tentativa de golpe de estado, desta vez contra o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o chefe das Forças Armadas, tenente-general Zamora Induta.

A partir de 2009, quando do assassinato do presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, o Brasil tem-se comprometido com a pacificação do país. O Brasil preside a Configuração Específica da Guiné Bissau da Comissão de Consolidação da Paz (CCP) das Nações Unidas, criada por iniciativa brasileira. Há ainda o Centro de formação para as forças de segurança da Guiné-Bissau, patrocinado pelo Brasil, para limitar o papel das forças armadas às questões militares. A cooperação técnica brasileira em ciclos eleitorais, uma das mais avançadas do mundo, tem sido prestada por meio de cooperação triangular, a exemplo do Memorando de Entendimento Brasil-Estados Unidos-Guiné Bissau para apoio a atividades parlamentares.

1.2 GOLPE DE ESTADO

A 12 de Abril de 2012, uma acção militar levada a cabo por militares guineenses atacam a residência do ex-primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior presidente do PAIGC, e ocuparam vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau, alegando defender as Forças Armadas de uma alegada agressão de

Page 11: Angola e Guiné ispoca

11

militares angolanos, que segundo o autodenominado Comando Militar, teria sido autorizada pelos chefes do Estado interino e do Governo. No entanto, no imediato o panorama é dos mais confusos quanto a actores e motivações. Enquanto a ONU, a União Africana e a União Europeia exigiram a restauração imediata da ordem constitucional, a CEDEAO impôs em 11 de Maio Manuel Serifo Nhamadjo, presidente da Assembleia Nacional, como Presidente Interino do país, com mandato para um ano.

1.3 GEOGRAFIA

Com uma área de 36 126 km², o país é maior que a Bélgica, Taiwan, Haiti ou mesmo os estados brasileiros de Alagoas e Sergipe.

O país estende-se por uma área de baixa altitude. O seu ponto mais elevado está 300 metros acima do nível do mar. O interior é formado por savanas e o litoral por uma planície pantanosa. O período chuvoso alterna com um período de seca, com ventos quentes vindos do deserto do Sahara. O arquipélago dos Bijagós situa-se a pouca distância da costa.

1.4 POLÍTICA

A Guiné-Bissau é uma república semi-presidencialista e democracia representativa.

O PRS ocupa actualmente 28 dos 102 assentos na Assembleia Nacional e 18 dos 25 gabinetes do governo.

Constituição: 16 de Maio de 1984, revista em: 4 de Maio de 1991, 4 de Dezembro de 1991, 26 de Fevereiro de 1993, 9 de Junho de 1993 e 1996.

Page 12: Angola e Guiné ispoca

12

CAPÍTULO IV

2. A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA E SEGURANÇA ANGOLA E GUINE BISSAU

A instabilidade política deste país, levou a assinarem um acordo com Angola, nos

Domínios da Defesa e Segurança, em Luanda, envolvendo a formação militar, apoio

logístico, engenharia militar e intercâmbio entre as forças armadas dos dois países.

A experiência angolana, é importante para as Forças Armadas da Guiné-Bissau

estarem ao serviço do povo e do desenvolvimento socio-económico do país.

A Guiné-Bissau tem a plena consciência da dimensão do trabalho a ser realizado

neste processo e que não se esgotaria apenas com a cooperação bilateral, daí a

importância de termos que associar outros parceiros bilaterais, regionais e

internacionais, nomeadamente a CEDEAO, a União africana, a União Europeia e as

Nações Unidas”, considerou o Chefe de Estado, Malam Bacai Sanhá durante a

cerimónia oficial do lançamento da missão angolana de ajuda técnica e militar à

reforma do sector da defesa e segurança no país.

A cerimónia realizada nas instalações do Palace hotel, actualmente propriedade

do Governo angolano, contou com a presença do ministro da Defesa de Angola,

Cândido Van Dunem que chefiou a delegação ministerial integrada pelos ministros da

comunicação social e da saúde.

O Presidente da República, Malam Bacai Sanhá na sua intervenção começou por

agradecer o povo angolano e o seu Governo, sobretudo na pessoa do Presidente de

Angola, José Eduardo dos Santos, pela disponibilidade e apoio constantes para

estabilização da Pátria de Amílcar Cabral e da Guiné-Bissau, mas particularmente para

o processo da reforma do sector da defesa e segurança.

Ainda conforme o Chefe de Estado, este acto marca o aprofundar da cooperação

que dista dos primórdios da epopeica e emancipadora luta dos povos de Angola e da

Guiné-Bissau do jugo colonial, realçando no entanto que o acto ilustra igualmente de

“forma eloquente” a determinação dos dois Estados a trabalharem para o processo da

Page 13: Angola e Guiné ispoca

13

reforma dos sectores da defesa e segurança do país, como condição “sine qua non”

para a construção do progresso e bem-estar da Guiné-Bissau.

Bacai Sanha disse estar convicto que a paz e a estabilidade constituem as

premissas indispensáveis para o desenvolvimento sócio-económico dos dois países,

pelo que, segundo ele, “quis com a minha presença neste evento demonstrar a

determinação do Estado da Guiné-Bissau e das suas instituições democráticas perante

o programa de reforma”.

O Governo angolano à Bissau cerca de 120 efectivos militares e policiais, no

quadro da MISSANG (Missão de Segurança Angolana na Guiné-Bissau), com o intuito

de apoiar o processo da reforma do sector da defesa e segurança na Guiné-Bissau.

Conforme as informações apuradas, o Governo angolano disponibilizou o montante de

30 milhões de dólares norte-americanos para a implementação deste processo e dos

quais, 23 milhões para o sector da defesa e 7 milhões destinados ao sector de

segurança.

2.1 MISSANG

A MISSANG “é uma missão que decorre da vontade política dos dois Estados a

fim de responder as aspirações do povo, em particular, no que concerne a edificação

das bases estruturantes do desenvolvimento socio-económico.

“Essas vontades são determinantes e se traduzem na assinatura do acordo no

domínio da defesa entre os nossos dois países seguido de um protocolo para a

implementação de um programa da assistência técnica militar e de segurança. Esses

instrumentos foram devidamente aprovados, ratificados e promulgados pelas

instituições competentes e democráticas dos nossos dois países. E a sua

implementação teve inicio efectivamente em Janeiro, explicou o ministro da defesa

para de seguida enfatizar que este programa para ele, é uma “expressão concreta” do

Bacai Sanhá e do chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior.

Aristides Ocante assegurou que o executivo vai prosseguir com determinação a

sua acção no sentido de dinamizar as energias existentes e combater os

estrangulamentos internos ao processo como, por exemplo, o sistema de

aprovisionamento em géneros alimentares e combustíveis às forças da defesa e

Page 14: Angola e Guiné ispoca

14

segurança nacional na base de orientações claras que já foram dadas pelo chefe do

Governo e que serão objecto de um cumprimento rigoroso.

O titular do pelouro da defesa angolana, General Cândido Pereira Van-Dunem,

disse por sua vez, que a República de Angola, no âmbito da sua política externa e de

cooperação bilateral com variados países do mundo, tem dado prioridade à

normalização da situação política e militar na Guiné-Bissau, com base na solidariedade

institucional e técnica, que visa efectivamente a reposição da segurança e da

estabilidade no país.

2.3 COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR GUINÉ-BISSAU/ANGOLA

Cândido Pereira Van-Dunem enfatizou que por esse motivo estão no país no

quadro da implementação do programa da cooperação técnico-militar e segurança

assinado entre a República de Angola e a Guiné-Bissau, bem como fazer a

apresentação formal da missão militar angolana neste país que “vai entrar

imediatamente em funções”. Porém, frisou que trata-se de uma missão das forças

armadas angolanas que será desempenhada com “muito rigor e competência, espírito

de entreajuda, cooperação mútua e pragmatismo” para que possam ajudar a Guiné-

Bissau a fim de ultrapassar as sucessivas crises que a tinham abalado.

Este general na reserva vincou que com a apresentação formal da missão

angolana neste país abre-se uma nova era no reforço da cooperação com a Guiné-

Bissau, onde a reforma nas forças armadas e segurança é o alvo das suas maiores

atenção de formas que, conforme disse é necessário que elas se constituem de facto

num dos principais garantis da estabilidade, da segurança e da integridade do país.

Afirmou ainda que a entrada em função da MISSANG permite dar um passo

importantíssimo no apoio que Angola aceitou prestar sem reservas ao processo das

reformas, reestruturações, desenvolvimento e funcionamento dos órgãos da defesa e

segurança na Guiné-Bissau, augurando que esta se estabelece numa estreita ligação

entre os militares angolanos e os militares guineenses num relacionamento de

entendimento perfeito e profícuo quer do ponto de vista institucional, quer profissional e

pessoal.

Page 15: Angola e Guiné ispoca

15

“Estamos certos que com este espírito de grande abertura e cooperação recíproca

que caracterizam as nossas relações vamos efectivamente contribuir para garantir a

segurança e estabilidade neste país irmão, reforçando assim os laços de irmandade e

da solidariedade”, precisou o governante angolano que entretanto, lembrou as palavras

do Presidente da República de Angola, aquando da visita do chefe do governo

guineense, disse que “Angola tem um especial dever de solidarizar com a Guiné-

Bissau em nome do passado de lutas históricas e heróicas contra o inimigo comum”.

Sublinhou por outro lado que hoje provaram, mais uma vez, que com o diálogo a

concertação e a cooperação, é possível encontrar as vias acertadas e os mecanismos

necessários para solucionar os problemas ou situações que criam instabilidade, bem

como ameaçam a paz e a segurança de qualquer país. Nesta perspectiva, assegurou

que a República de Angola pretende continuar a conjugar esforços e não só, como

também, estabelecer uma forte parceria com a Guiné-Bissau nos domínios da defesa e

respectivas forças armadas a fim de contribuir para o progresso, o bem-estar dos dois

povos, e, o estreitamento dos laços históricos que os unem.

2.4 O FIM DA COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR, ENTRE ANGOLA E A GUINÉ-BISSAU

 O fim da Missão Militar Angolana em Guiné-Bissau se concretizou com a retirada

integral das forças de Angola do território guineense no último mês de junho de 2012, esse fato se deve fundamentalmente ao golpe de Estado de 12 de Abril último que depôs o governo do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Contudo, antes do referido golpe já era perceptível, se não visível um cenário de profundo mal-estar entre as forças armadas locais e a missão militar angolana (MISSANG). Á propósito disso o porta-voz dos militares guineenses fez seguinte declaração à Rádio Notícias TSF:

 Tudo começou através de um clima de mal-estar que começou desde a chegada

dos primeiros armamentos da MISSANG [força militar angolana] a Bissau, passando por várias etapas até chegar ao momento em que embaixador de Angola teve a veleidade de ir ao Estado Maior General e acusar o Chefe do Estado Maior diretamente de estar a preparar um golpe de Estado», explicou o porta-voz (RÁDIO NOTÍCIAS TSF, 2012).

Page 16: Angola e Guiné ispoca

16

 Esse clima de déficit de confiança entre as forças armadas da Guiné-Bissau de um lado e a MISSANG e o então governo do PAIGC do outro se agravava até que no dia 12 de Abril viesse a registrar o golpe de Estado levado a cabo por autodenominado “comando militar” tendo sua liderança integrada por oficiais militares, forjando efetivamente dias depois a oficialização do fim da Cooperação Técnico-militar entre a Guiné-Bissau e a Angola, tal cooperação que havia sido instituída se seguiu à instalação de militares angolanos no território guineense em Março de 2011 cujo objetivo formal assentava-se resumidamente em seguinte:

 A Missão Militar Angolana em Guiné-Bissau (MISSANG), segundo as autoridades

dos dois países objetiva fundamentalmente apoiar a Guiné-Bissau na realização da reforma nos setores da defesa e segurança, portanto a presença dos homens armados angolanos no território guineense é no sentido de viabilizar esse processo (M’BUNDE, 2012).

 A Cooperação Técnico-Militar entre esses dois países africanos, não obstante a

sua essência ser de caráter militar, ganhou efeito afetando setores económicos, comerciais entre outros. E seu fracasso, não afeta apenas setor militar, mas outras dimensões também.

Portanto, o fim dessa cooperação Bissau-Luanda gerou desdobramentos em dimensões económica e diplomáticas relacionadas à República de Angola enquanto uma das partes.

O que se pode dizer é que a nível económico, pelo menos em curto prazo, a Angola perde com o fim da MISSANG, isso em função dos acordos e articulações económico-comerciais que vinha fazendo com o deposto governo guineense, arranjos acompanhados por investimentos financeiros significantes de Angola a favor da Guiné-Bissau com expectativas de retornos em médio prazo (M’bunde, 2012).

As projeções de âmbito económico e comercial anteriormente articuladas entre os dois países ficam comprometidas, pelo menos, em curto prazo, principalmente uma vez que a República de Angola se radicaliza em não reconhecer o atual governo de transição pós-golpe de último 12 de Abril.

A medida angolana de não reconhecimento do executivo guineense pós-golpe e a busca efetiva em influenciar seu não reconhecimento no cenário internacional, se deve provavelmente, entre outros fatores, à desconfiança de Angola em não conseguir com nova configuração do poder em Guiné-Bissau perseguir e alcançar seus interesses econômicos preconizados com o antigo regime liderado por Carlos Gomes Júnior. O Estado angolano, como qualquer outro Estado, volta sua política externa em busca de seus interesses, (MORGENTHAU, 2003, p. 225).

A exploração de bauxite em Guiné-Bissau em grande escala, a construção de Porto de Buba, (Sul da Guiné) entre outros, são objetivos do governo de Angola projetados com seu antigo homólogo guineense (MACAUHUB apud M’BUNDE, 2012).

Page 17: Angola e Guiné ispoca

17

Com a queda do governo de PAIGC, o cenário que se desenha é que haja afastamento em termos cooperativos (pelo menos ao nível e intensidade que vinha sendo registrado) entre o governo do MPLA e o executivo de transição guineense, e tal cenário poderá perdurar com relação ao próximo governo democrático que se resultará das eleições do ano que vem em Guiné-Bissau, dependendo de quem ganhá-las, obviamente.

Já no âmbito diplomático, apesar de contrair um mal-estar diplomático com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Nigéria e Senegal principalmente, em decorrência do Golpe de Estado em Guiné-Bissau e sua consequente e imediata retirada da Guiné-Bissau, associado a tudo isso, a sua posição extremamente contraria a da CEDEAO (que reconhece o governo de transição resultante do golpe de 12 de Abril e o apoia) enquanto a CPLP, presidida até (julho de 2012) pela própria Angola, não reconhece o executivo pós-golpe, a República de Angola em termos globais, apesar das acusações das forças armadas guineenses à MISSANG e o fracasso da mesma, acumulou ganhos diplomáticos significantes comparativamente a imagem da sua diplomacia no período precedente a MISSANG.                                                                                                          

Page 18: Angola e Guiné ispoca

18

CAPÍTULO V

1. CONCLUSÃOEm suma, a Cooperação técnico-militar entre Angola e Guiné-Bissau, (MISSANG)

não gerou ganhos económico-financeiros reais a favor de Angola, pelo contrário esse país perdeu nesse quesito (pelo menos em curto prazo). Por outro lado, não obstante a um mal-estar que se instalou entre esse país e alguns principais atores estatais de África Ocidental nesse processo, Nigéria e Senegal principalmente, tal Cooperação Técnico-militar, independentemente de seu resultado, nesse caso seu fracasso, gerou resgate, elogios e novo fôlego à diplomacia angolana que até então vinham em baixa e sob desconfiança e crítica no âmbito internacional, uma Cooperação cuja natureza foi concebida praticamente por toda a comunidade internacional enquanto um mecanismo de solidariedade de Angola para com a Guiné-Bissau, marginalizando outros possíveis fatores determinantes. Sendo assim, a Angola perde no plano económico, mas ganha diplomaticamente no plano global na já extinta Cooperação técnico-militar com seu homólogo, Guiné-Bissau.

Page 19: Angola e Guiné ispoca

19

1.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

MORGENTHAU, H. J. A Política entre as Nações: a luta pelo poder e pela paz, Brasília: Und, 2003.

ESTEVES, P. L. (org). Instituições Internacionais: Segurança, Comércio e Integração, MINAS Gerais, Belo horizonte: PUC - Minas, 2003.

NOGUEIRA, J. P e MESSARI, N. Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2005.