angola desperta atenções na feira

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Angola desperta atenções na feira Josina de Carvalho|Cidade do Cabo - Hoje Ministro Joaquim David disse existirem condições para relançar a actividade mineira Fotografia: Santos Pedro A apresentação das possibilidades e oportunidades de investimento no país, feita ontem, na cidade do Cabo, pelo ministro da Geologia e Minas e da Indústria, Joaquim David, despertou o interesse de mais de duas centenas de participantes na Conferência Internacional de Investimentos Mineiros “Mining Indaba 2012”. Representantes de delegações governamentais, companhias de mineração, gestores de fundos de investimento e financiadores, quiseram obter mais informações sobre o sector mineiro em Angola. Sobre as potencialidades e os objectivos traçados para a diversificação da actividade mineira fora dos diamantes, o ministro salientou: “Queremos, primeiro, aumentar a nossa quota de diamantes e, depois, produzir outros minérios, como ferro, cobre, ouro, fosfato e zinco.” Joaquim David, que assegurou estarem criadas as condições para relançar a actividade nos próximos anos, falou do Plano Nacional de Geologia, que vai permitir obter conhecimentos profundos sobre o potencial geológico de Angola, elaborar um programa a longo prazo para identificar outros tipos de minerais e gerir a sua exploração. A comunicação, referiu o ministro, foi feita no sentido de convencer os delegados à conferência de que Angola é um

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Page 1: Angola Desperta AtençõEs Na Feira

Angola desperta atenções na feira

Josina de Carvalho|Cidade do Cabo - Hoje

Ministro Joaquim David disse existirem condições para relançar a actividade mineira

Fotografia: Santos Pedro

A apresentação das possibilidades e oportunidades de investimento no país, feita ontem, na cidade do Cabo, pelo ministro da Geologia e Minas e da Indústria, Joaquim David, despertou o interesse de mais de duas centenas de participantes na Conferência Internacional de Investimentos Mineiros “Mining Indaba 2012”.Representantes de delegações governamentais, companhias de mineração, gestores de fundos de investimento e financiadores, quiseram obter mais informações sobre o sector mineiro em Angola.Sobre as potencialidades e os objectivos traçados para a diversificação da actividade mineira fora dos diamantes, o ministro salientou: “Queremos, primeiro, aumentar a nossa quota de diamantes e, depois, produzir outros minérios, como ferro, cobre, ouro, fosfato e zinco.” Joaquim David, que assegurou estarem criadas as condições para relançar a actividade nos próximos anos, falou do Plano Nacional de Geologia, que vai permitir obter conhecimentos profundos sobre o potencial geológico de Angola, elaborar um programa a longo prazo para identificar outros tipos de minerais e gerir a sua exploração.A comunicação, referiu o ministro, foi feita no sentido de convencer os delegados à conferência de que Angola é um país livre, com altas taxas de crescimento em vários domínios da actividade social e económica, com oportunidades no domínio das minas, e um quadro legal equilibrado e vantajoso para os investidores e para o Estado. No final, vários participantes acompanharam Joaquim David até fora da sala para o saudar, trocar impressões e contactos para marcação de encontros, com o objectivo de analisar as possibilidades de cooperação. Além disso, concedeu entrevistas a vários jornalistas estrangeiros.

Várias audiências

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Antes de apresentar a sua comunicação, Joaquim David recebeu, no espaço de Angola, em audiências separadas, os presidentes da multinacional japonesa Marubeni Corporation, da empresa australiana Black Fire, da empresa Canadiana Rio Tinto, e de outras três empresas de mineração.O ministro destacou o interesse da multinacional japonesa na área da mineração e, também, a intenção do governo japonês em cooperar com Angola na abertura de uma linha de crédito para equipamento mineiro, no sentido de apetrechar os empresários angolanos e, desse modo, lhes permitir estarem em melhores condições de competir com parceiros estrangeiros.Joaquim David disse ainda que as companhias estão muito interessadas em saber as novidades da legislação para tornar mais atractiva a actividade mineira no país. “A conclusão a que chego é que há um interesse crescente das empresas em cooperar com Angola no domínio da indústria mineira. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para levar a bom termo este interesse que é comum”, sublinhou o ministro.

Presidente confere posse a membros do Executivo

Kumuênho da Rosa | - Hoje

Presidente José Eduardo dos Santos cumprimenta o ministro de Estado e da Coordenação Económica Manuel Vicente

Fotografia: Francisco Bernardo

Manuel Domingos Vicente, Job Castelo Capapinha e Joaquim Ventura foram ontem empossados nos cargos de ministro de Estado e da Coordenação Económica, vice-ministro da Juventude e Desportos para a Juventude e secretário de Estado da Energia, respectivamente.A cerimónia, realizada do Salão Nobre do Palácio Presidencial da Cidade Alta, na presença do Vice-Presidente, Fernando da Piedade Dias dos Santos, ministros de Estado, responsáveis de gabinetes ministeriais e altos funcionários do Gabinete Presidencial, decorreu segundo os habituais actos protocolares: votos de fidelidade à Constituição e à Pátria, e o erguer da taça de champanhe em honra dos novos membros do Executivo.“Não venho para fazer qualquer discurso, apenas desejar saúde e êxitos [aos novos

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membros]”, disse o Chefe de Estado, antes de erguer a taça. Ao preterir o discurso, de certo modo esperado, o Presidente José Eduardo dos Santos procurou reiterar a máxima “mais trabalho, menos discursos”, por si enunciada em Outubro de 2008, aquando da investidura do Governo formado após as eleições legislativas. Formado em Engenharia Electrotécnica em 1983, pela Universidade Agostinho Neto, Manuel Vicente, 55 anos, junta-se aos ministros de Estado Carlos Maria Feijó e Hélder Vieira Dias, respectivamente chefe da Casa Civil e da Casa Militar do Presidente da República. O antigo presidente do Conselho de Administração da Sonangol passa a coadjuvar o Presidente da República na Comissão Económica, auxiliando-o na formulação, coordenação, execução e controlo da política do Executivo no domínio económico, com apoio do secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos. Um decreto presidencial recentemente apreciado pelo Conselho de Ministros atribui competência ao ministro de Estado e da Coordenação Económica para coordenar as comissões bilaterais Angola-Brasil, Angola-China, Angola-Cuba e Angola-França.

Chefe de Estado ajusta Executivo

29 de Janeiro, 2012

O Executivo vai sofrer, esta semana, um reajustamento a nível dos seus órgãos de coordenação, estando previstas alterações na actual estrutura dos departamentos ministeriais e dos órgãos do Conselho de Ministros, e na coordenação dos órgãos e instituições de segurança nacional.Uma nota dos órgãos essenciais do Presidente da República, a que o Jornal de Angola teve acesso, indica que uma das alterações previstas resulta na criação do cargo de ministro de Estado e da Coordenação Económica, cujo titular irá coadjuvar o Presidente da República, como “número um” da Comissão Económica e da Comissão para o Sector Produtivo.O Chefe do Executivo pretende, com este reajustamento, “reduzir a concentração de tarefas, agilizar a concretização de decisões e deliberações, bem como melhorar a articulação intersectorial, aumentando assim a eficiência e a eficácia da acção governativa”.Na mesma senda, o Vice-Presidente da República, que preside à Comissão para a Política Social, passa doravante a ser coadjuvado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, enquanto o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar passa a ser coadjutor do Presidente da República para o sector de Segurança Nacional. O documento acrescenta que o Presidente da República  pretende formalizar a entrada em funcionamento da Comissão de Mercado de Capitais e do Fundo Petrolífero, com a nomeação, em breve, dos respectivos Conselhos de Administração.

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Missão ajuda o país a ajustar profissões

Uma missão técnica da Organização Internacional do Trabalho (OIT) deixou ontem o país, após uma estadia de trabalho de três dias, no âmbito da actualização da classificação das profissões.Na visita efectuada ao CINFOTEC (Centro Integrado de Formação Tecnológica), o chefe de Estatística da OIT, David Hunter, reconheceu que o centro serve de referência para ajustar os cursos e profissões.Ao manifestar a sua satisfação em relação à qualidade das informações obtidas, o perito da OIT disse que o CINFOTEC constitui uma boa fonte de informação para actualização e classificação de profissões.“Tenho a impressão que Angola planificou um futuro risonho com estas infra-estruturas do CINFOTEC”, disse.David Hunter acrescentou que a sua missão consistiu na actualização e classificação das profissões, e que existe uma boa colaboração entre o Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social (MAPESS) e a Oorganização Internacional do Trabalho no apoio ao sistema de formação profissional.O responsável da OIT sublinhou que estava impressionado, porque ainda não tinha visto um centro igual em África, com um nível tão alto de formação profissional e tecnológica.O director-geral do CINFOTEC, José João Lourenço, disse que no quadro da relação entre o MAPESS e a OIT a missão constatou as potencialidades de formação existentes em Angola para facilitar a actualização do processo de classificação das profissões. A missão visitou igualmente a Escola Rural de Capacitação e Ofícios de Cabiri, na província Bengo, e teve encontros com técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do MAPESS. A actualização da classificação das profissões visa adequar o sistema nacional de profissões ao último quadro internacional, regido pela Organização Internacional do Trabalho. A preocupação é respeitar a realidade específica das profissões em Angola.

Aumenta aposta na humanização

Sexta, 10 de Fevereiro 201218:53

Director: José RibeiroDirector Adjunto: Filomeno Manaças

Pesquisa Avançada

Início Política Regiões Mundo Economia Reportagem Sociedade Cultura Desporto Opinião Gente

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Aumenta aposta na humanização

Sampaio Júnior | Benguela - Hoje

As autoridades penitenciárias de Benguela estão a desenvolver um programa que visa a futura reintegração social dos presos

Fotografia: Sampaio Júnior

O director provincial de Benguela dos Serviços Prisionais, Feliciano Soma, afirmou em entrevista ao Jornal de Angola que a humanização é a “palavra chave” para consolidar, a médio prazo, a ordem, o respeito e a disciplina na comunidade carcerária de Benguela.Os serviços prisionais de Benguela têm uma população penal estimada em mais de dois mil elementos de ambos sexos. Segundo Feliciano Soma, as unidades prisionais já se tornaram pequenas para o universo de reclusos.O director provincial fez saber que os serviços prisionais estão a implementar um conjunto de novas medidas para dar mais dinâmica à socialização da população penal.“Temos a certeza que o homem tratado com dignidade, no cumprimento de dois ou três anos de prisão, não pensará em insistir no erro depois de solto. Queremos que, depois de cumprida a pena, os homens saiam com dignidade, prontos a enfrentar a sociedade sem o mínimo constrangimento”, disse.Entre as acções voltadas para a humanização e dignificação dos presidiários, Feliciano Soma apontou a formação pedagógica permanente dos profissionais dos serviços prisionais, o trabalho comunitário e o incentivo ao estudo, leitura, lazer e desporto. “A viver com estes princípios, um homicida, traficante ou assaltante, condenado a três ou quatro anos, quando sair da cadeia pode reintegrar-se na sociedade e nunca mais pensar em cometer um delito”, assegurou.Para o responsável, os profissionais dos serviços prisionais devem ser treinados para lidar com o detido, concedendo-lhe todos os direitos previstos nas normas jurídicas constitucionais e noutras em vigor no quadro do sistema prisional. “Torna-se necessário salientar que o programa de socialização encontra-se em fase evolutiva. As etapas percorridas até à presente data já nos permitem dizer que as condições da população penal estão a melhorar”, assinalou.Feliciano Soma garantiu que a comunidade carcerária de Benguela é tratada “com todo o respeito”, dispondo de espaço para actividades físicas, alimentação, material de higiene e assistência sanitária.

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O responsável deu a conhecer que o Executivo tem programas para minimizar as dificuldades existentes nos estabelecimentos prisionais. “Com apoio institucional, vamos reactivar os pólos agro-pecuários, carpintarias, tipografias e oficinas. Tudo isso vai gerar receitas que podem reverter para o bem-estar social dos reclusos”.Entre os problemas que afectam o bom funcionamento dos estabelecimentos prisionais, Feliciano Soma aponta a entrada de liamba e telemóveis.“É uma situação grave. Temos de fazer um trabalho secreto de maior fiscalização policial junto das famílias que levam alimentação aos entes queridos privados de liberdade. Vai ser redobrada a vigilância nos dias de visita, para evitarmos que as substâncias proibidas por lei entrem nas cadeias”, assegurou. Questionado sobre as causas do aumento da população prisional, Feliciano Soma referiu: “Existem transformações que ocorreram de forma muito rápida, gerando um grande impacto social, com destaque para o agravamento das desigualdades sociais resultantes do desemprego e da pobreza. Todo este contexto contribui para o aumento da criminalidade.

Mais refugiados chegam ao Zaire

J. MAVINGA e F. NETO | Mbanza Congo - Hoje

Cidadãos regressados aguardam pelo registo e identificação oficial que lhes vai facilitar a reinserção nas zonas de destino

Fotografia: Garcia Mayatoco

Mais 125 angolanos, de 52 famílias, que residiam, como refugiados no Congo Democrático, chegaram esta semana ao Zaire, pela fronteira do Luvo, no âmbito do processo de repatriamento voluntário e organizado.À chegada, estes refugiados, como todos os que entraram por aquela fronteira, foram acolhidos no Centro do Kiowa, onde permaneceram três dias para o processo de registo e de identificação oficial, que lhes facilita a reinserção nas zonas de destino. Até terça-feira tinham chegado 2.147 pessoas de 843 famílias, mas as autoridades calculam, que até ao fim do processo, em Junho, mais cerca de 43 mil angolanos regressem pela mesma fronteira.O responsável pela Organização Internacional de Migração no Zaire, disse, ao Jornal de Angola, que está a ser feito tudo para os angolanos oriundos da República Democrática

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do Congo regressarem ao país no prazo estipulado.Afonso Cordeiro afirmou que tem havido algumas dificuldades no encaminhamento dos refugiados para as suas zonas de destino pela demora no registo civil na Conservatória de Mbanza Congo.A equipa de registo civil destacada no Kiowa, referiu, é pequena para o número de pessoas que acorre ao centro.