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REUNIOES

Conferência Internacional deAplicação de Fibras de Carbono

Realizar-se-á no Instituto de Pes-qllisas e Desenvolvimento, do Cen-tro Técnico Aeroespacial, em SãoJosé dos Campos, Estado de SãoPaulo, no período de 5 a 7 de de-zembro deste ano, a primeira Con-ferência Internacional de Aplicaçãode Fibras de Carbono.

Esta é a iniciativa de um trabalhoem conjunto do Centro Técnico Ae-roespacial com o Sistema Financei-ro das Nações Unidas para a Ciên-cia e Tecnologia para o Desenvolvi-mento (UNFSSTD) e a Organizaçãodas Nações Unidas para o Desen-volvimento Industrial (UNIDO).

A referida Conferência terá o pro-pósito de demonstrar, não só o queeste Centro Técnico já conseguiucomo projeto de pesquisa "Otimiza-ção e Desenvolvimento da Tecnolo-gia da Fibra de Carbono", bem co-mo assistir aos países no estabele-cimento de tecnologia daquele ma-terial e seus compostos, além dediscutir com peritos de alto nível edemais participantes de países con-vidados, sobre o atual estágio daarte, visto que a fibra de carbono játem aplicação assegurada em diver-sos setores, tais como: aeronáutico,aeroespacial, naval, automobilísti-co, médico e muitos outros.

Os participantes da Conferência,um acontecimento de grande im-portância técnica e científica, terãoa oportunidade de tomar conheci-mento do atual estágio de pesquisasobre Fibras de Carbono no país,cujo trabalho vem sendo desenvol-vido pela Divisão de Materiais doInstituto de Pesquisas e Desenvolvi-mento do Centro Técnico Aeroes-pacial.

O trabalho da pesquisa decorreem condições de nível internacional.

PROGRAMA TÉCNICO

O programa científico incluiráabertura e palestras a respeito doestado da arte no campo dos plás-ticos reforçados:.Projeto, fabricação e ensaiosde corpos de provas reforçadoscom fibras de carbono

. Fibras de carbono e suas apli-cações

2

. Fibras de carbono e matrizespoliméricas

. Perspectivas futuras de usosmundiais para fibras de carbono

ESPECIALISTAS CONVIDADOS

Dr. E. Fitzer (Alemanha)Dr. Hastings (U.K.)Dr. D. F. Adams (USA)Dr. K. Brunsch (Alemanha)Dr. Hayes (U.K.)Dr. I. L. Kalnin (USA)Dr. H. W. Bergmann (Alemanha)Dr. R. J. Diefendorf (USA)Dr. Stezenberger (Alemanha)

IDIOMA

O idioma utilizado na Conferên-cia, escrito e falado, será o Inglês.

LOCAL

A Conferência será realizada noCentro Técnico Aeroespacial.

TAXA DE ADESAO

A participação será inteiramentegratuita.

COMISSAO ORGANIZADORADO CTA

Roberto Kessel, Ten Cel.Eng.,Presidente

Scyllas S. da Costa, Capo Eng.,Membro

Angelo E. Simionato, MembroJosé Luís G. da Silva, MembroMaria Masae Shimizu,Secretária

ESCRITÓRIO DA COMISsAoORGANIZADORA DO CTA

Divisãode Materiais- IPDIPMRRua Paraibuna, sln - CTA12 200 São José dos Campos SPBrasilTel.: (0123) 21-5742 Telex: 1133393

Comemorado o Dia dasMacromoléculas

No dia 27 de outubro último foicomemorado o Dia das Macromo-léculas, instituído pelo Instituto deMacromoléculas. O programs dascomemorações constou de:

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

Visita às instalações do Institutode Macromoléculas (IMA),da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro.

Sessão comemorativa dos 15anos de início das atividades depesquisa em Macromoléculas noBrasil - Criação do dia das Macro-moléculas.Local: Auditório do IMA,Centro deTecnologia, Bloco J - Ilha da Ci-dade Universitária.

Cocktail.Apresentação do Coral de Câmara

de Niterói. Música brasileira dos sé-culos XVIIIa XX, sob a regência deWally Borghoff Reis.

Declarações da Professora EloisaBiasotto Mano, Diretora do IMA

No dia 28 de outubro de 1983,completaram-se exatamente 15anos do início das atividades depesquisa em Macromoléculas nopaís - foi nessa data que o primei-ro auxílio financeiro para pesquisaem Polímeros foi assinado peloBNDE, com a designação de FUN-TEC-41. Éramos, então, uma profes-sora - eu própria - e nove estu-dantes, que iniciavam suas Teses deMestrado em Polímeros, além dopéssoal técnico e administrativo, to-dos vinculados à Cadeirade Quími-ca Orgânica 11do Instituto de Quími- .ca da Universidade Federal do Riode Janeiro, da qual eu era Titular.

Quinze anos passados, a situaçãoé completamente outra: o grupo depesquisa transformou-se no Institu-to de Macromoléculas da UFRJ,com sede própria de 2 500 rn2 deárea construída na Ilha da CidadeUniversitária, com um total de 70pessoas, das quais 9 professores, 6alunos iniciando aMestrado, 25 alu-nos realizando Tese de Mestrado, e12 alunos realizando Tese de Dou-torado, além de pessoal de apoiotécnico e administrativo, em núme-ro de 18.

Do IMA, já foram lançados nomercadó de trabalho 36 Mestres emCiência, além de diversos estagiá-rios com treinamento em Polímeros,e pessoal técnico e administrativo.

No momento difícil que o paísatravessa, impõe-se o registro esti-mulante desses 15 anos de realiza-ções, do qual participaram tantaspessoas e autoridades. Aproveitan-do-se a oportunidade, deseja-seconscientizá-Ias das suas responsa-

(cont. pág. 4)

Novembro de 1983 - 318

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CURSOS

111Curso de Especializaçãoem Operação e Gerência de

ProduÇão de Usinas Alcooleiras

Será realizado no período de 9 dejaneiro de 1984 a 19 de outubro de1984 na Faculdade de EngenhariaQuímica de Lorena - Fundação deTecnologia Industrial.

Há 30 vagas. Bolsa mensal deCr$ 130000,00. As inscrições reali-zam-se no período de 14 de novem-bro a 14 de dezembro do correnteano.

Informações: Tels.: (0125)52-3922,52-3252, 52-3113 e 52-3390. Telex:0122318.

Rodovia Itajubá-Lorena, km 74,5Lorena, SP

Curso Avançado deQuímica Orginica

Este Curso objetiva a atualizaçãodos pesquisadores brasileiros daárea de Química Orgânica e foi es-truturado com base no Curso "Ad-vanced Diploma" da Universidadede East-Anglia (Inglaterra), cujos te-mas e objetivos foram adaptados àsnecessidades da comunidade aca-dêmica do país. O Curso será minis-trado por professores da Universi-dade de East-Anglia em Brasília, de

16 de janeiro a 24 de fevereiro de1984.

Maiores informações com a Coor-denadora do Curso, Prof~ OlíviaCampos - Departamento de Quími-ca da Universidade de Brasília.CEP: 70910 - Brasília/DF - Tele-fone: 274-0022 - Ramal 2147.

Curso sobre Tecnologiade Uretana

Promovido pela Ass. Bras. de Quí-mica, Secção Reg. do RS, Rua Vi-gário José Inácio, 263-S.112 - Tel.:(0512)25-9461, em colaboração comDow Química SA

Será ministrado pelo Eng. Quim.Victor Hugo e realizado no períodode 16 a 17 de novembro.

Fibras de reforço paraplástico reforçado

Associação Brasileira de PlásticoReforçado ASPLARpromoveu a rea-lização de duas palestras sobreplástico reforçado, no Auditório daFIESP, Avenida Paulista, 1313 - 15~

CONFERÊNCIAS

andar, em São Paulo, no dia 24 denovembro, às 16 horas.

São elas: "A fibra de vidro e oplástico reforçado", pelo Eng. Antô-

nio Carvalho Filho, da OCFIBRAS;e"A fibra de carbono, Kevlar e outrosreforços", pelo Eng. Francisco J.Xavier de Carvalho, do CTA.

REGISTROS E COMENTÁRIOS

A televisão e como sedeve comportar

A preocupação com a exploração,pela televisão, das crendices popu-lares, com.a utilização sistemáticado grotesco como forma de entre-tenimento; com o charlatanismo, aviolência e a intencional 'mistura darealidade com a fantasia, motivou,nos Estados Unidos da América,uma pesquisa que durou 10 anos,custou um milhão de dólares e che-

gou ao conhecimento das autori-dades brasileiras em maio c;lesteano de 1983. De posse deste diag-nóstico, Television and Behavior(Televisão e Comportamento), umacomissão interministerial vem deba-tendo as mesmas preoc.upações.

A pesquisa do Instituto Nacionalde Saúde Mental, do Departamentode Saúde e Bem-Estar dos EUA, jáinspirou modificações no Códigode Ética da Radiodifusão Brasileira.Em outubro, o código da Associa-

ção Brasileira de Emissoras de Rá-dio e Televisão (ABERT) terá umnovo capítulo, o VI, tratando "doprocesso e das disposições discipli-nadoras" .

Ao Ministério da Educação eCultura, em especial, chamou aatenção o capítulo "Television Lite-racy", (capacidade de ler e escre-ver), um programa de "Educaçãopara o Uso da TV" já implantadonos Estados Unidos, e que seriafundamental na TV brasileira.

Como são elaborados os roteirosde filmes, novelas e desenhos, co-

(cont.pág. 8)

bilidades para com o Instituto deMacromoléculas, que tanto Ihes de-ve, a fim de que o IMAprossiga emsua trajetória ascendente, comoexemplo do que pode ser feito coma conjugação de esforços de todosos setores relacionados com as Ma-cromoléculas.

Pelas razões expostas, a Comis-são de Ensino e Pesquisa do IMA

4

decidiu instituir o Dia dasMacromo-léculas, que será bienalmente co-memorado em suas instalações, nodia 27 de ourubro, por ser ponto fa-cultativo federal o dia 28.

Da programação, consta uma ses-são solene, no Auditório do Institutode Macromoléculas, seguida decocktail, após o qual se apresentaráo Coral de Câmara de Niterói.

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

A fim de que se possa reunir noIMA naquela data o maior númeropossível de seus atuais e antigoscomponentes e amigos, ampla di-vulgação será feita no campo indus-trial e universitário, bem como juntoàs autoridades, que tanta confiançatêm depositado no IMAe a quem sedeve em grande parte o desenvolvi-mento que estamos conseguindo.

Novembro de 1983- 320

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICACarta da ASa

"O Brasil não pode parar" são palavras do presidentede uma das maiores empresas multinacionais estabele-cidas no país, em entrevista a uma publicação especia-lizada. A ABQ não só endossa esta afirmação, comochama a atenção do meio químico para o alerta contidona entrevista em questão: "o país não deve aceitar oreceituário ortodoxo do FMI".

Não se trata apenas das conseqüências de efeitoimediato, ou seja as que vêm recebendo ampla cober-tura por parte dos veículos de comunicação e já sãodiscutidas no meio político e junto ao público em geral.Estas estão ganhando, aos poucos, os níveis de trata-mento compatíveis com uma sociedade livre e aberta,como é o desejo da maioria dos brasileiros.

Mas será esta sociedade dona de seus destinos? Estaquestão encerra a segunda parte do problema: comosair da crise? Não há uma solução simples e não éadmissível que haja uma sucessão de acusações (eameaças) mútuas entre segmentos representativos dasociedade brasileira. Esta serve apenas aos interessesdaqueles que lançam mão daquela velha tática de "di-vidir para conquistar".

E hoje há muito a conquistar. Além das considera-ções de ordem geopolítica e do enorme potencial derecursos naturais que sempre credenciaram o Brasil aassumir uma posição mais vantajosa no cenário mun-dial, a postura de independência que o país adotou emanos recentes levou a novos conflitos de interesse anível mundial. A reserva de mercado (praticada ou pre-tendida), e a autonomia tecnológica são duas questõescentrais ao meio químico que, junto como acesso aomercado financeiro, são alguns dos pontos nevrálgicosdas pressões que o país vem sofrendo. Representam ocomplemento natural do acervo técnico-científico-inte-lectual que a sociedade brasileira acumulou para en-frentar situações como estas.

A discussão dos problemas aparentemente imediatosnão pode relegar questões como estas a um plano in-ferior sob pena de comprometer qualquer esperança dedias melhores no futuro. A ABQ convida as suas co-irmãs e demais interessados do meio químico para umaanálise crítica do problema e para fazer valer a sua opi-nião junto ao tratamento que vem sendo dado aos pro-blemas conjunturais.

Cordialmente,

Peter R. Seidl

Prêmio Nacional de Ciência e Tecnologia

Através do Decreto n~ 85880, de 8 de abril de 1981,foi instituído o "Prêmio Nacional de Ciência e Tecnolo-gia", como reconhecimento e estímulo a pesquisadorese cientistas brasileiros que venham prestando relevantecontribuição nos campos da Ciência e da Tecnologia.

O Art. 2~ desse Decreto determina que, anualmente,durante o mês de abril, serão concedidos 2 (dois) prê-mios, em sistema de rodízio, correspondentes a duasdas áreas de Ciência e Tecnologia ali enumeradas.

A Regulamentação do Prêmio, assim como o proces-so de seleção dos candidatos e de indicação dos pre-miados foram atribuídos ao Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, quedeterminou que, em 1984, serão contempladas as áreasde Ciências Matemáticas e de Ciências Químicas.

Foram indicados para integrar a Comissão de Espe-cialistas do Prêmio Nacional de Ciências e Tecnologia- 1984 correspondente a área de Ciências Químicas osseguintes pesquisadores:

- PASCHOAL ERNESTO AMÉRICO SENISE - USP- WALTER BAPTISTA MORS - UFRJ- FERNANDO GALEMBERCK - UNICAMP- GIULlO MASSARANI - UFRJ- JOSE FERREIRA FERNANDES - UFSCAR- WALTER BORZANI - IPT- MARCO ANTONIO GUGLlELMO CECCHINI- INPE- GILBERTO FERNANDES DE SÁ - UFPE- GEOVANE GERALDO DE OLIVEIRA - UFMG- HEBE LABARTHE MARTELLI - UFRJA ABQ congratula-se com o CNPq pela escolha da

química para 1984 e pela alta qualificação dos mem-bros da Comissão de Especialistas do Prêmio.

Comissão de Nomenclatura

A Subcomissão de Nomenclatura em Química Orgãni-ca iniciou suas reuniões regulares em maio de 1983, játendo preparado o primeiro elenco de sugestões. Estas,serão copiadas e distribuidas ao maior número possívelde profissionais da Química atuantes, influentes e inte-ressados no assunto. Deles se espera uma manifesta-ção construtiva, com observações, sugestões e críticasdevidamente justificativas. Todas as sugestões serãoanalisadas e levadas em conta na elaboração de um tra-balho definitivo.

Além da normalização da nomenclatura, a Comissãose propõe apontar as incorreções e impropriedadesmais comuns adotadas nos meios químicos brasileiros,na linguagem e notação químicas, como as abaixo:

NotaçãoMesmo antes de entrar no mérito das regras de no-

menclatura, reconheceu-se a necessidade de uma dis-ciplinação da notação utilizada no registro de fórmulasquímicas. Observa-se, neste particular, uma grande fal-ta de uniformidade, devida, em parte, ao descaso e, emparte, à inexistência de regras de notação, em parti-cular para as substâncias orgânicas, com base na tradi-ção e no uso corrente em obras e revistas técnicas dereconhecida autoridade.

Símbolos dos elementos

A falta de uniformidade já começa na grafia dos sím-bolos dos elementos químicos. O símbolo de um ele-mento é a representação gráfica do átomo. Os símbolosforam retirados dos nomes, em latim, dos elementosque representam. Para muitos símbolos foi escolhidasomente a primeira letra, sempre maiúscula, do nomedo elemento a que se referem. Em outros casos, a

6 REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Novembro de 1983- 322

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICAinicial maiúscula é seguida de uma segunda letra, esta,minúscula.

Fórmulas de substáncias orgánicasDistinguem-se cinco tipos de fórmulas para a repre-

sentação de substâncias orgânicas:Fórmula centesimal,Fórmula molecular ou bruté:,Fórmula linear,Fórmula estrutural plana ou constitucional,Fórmula estrutural plana ou constitucional, conden-

sada,Fórmula estrutural espacial.

Definições e exemplosFórmula centesimal é aquela que indica a natureza

dos átomos por meio dos seus símbolos e sua relaçãoponderal na molécula.

Fórmula molecular ou bruta é aquela que indica,além da natureza, o número real de átomos de cadaelemento na molécula.

Fórmula linear é aquela que representa a moléculaem uma só linha, denotando a cadeia principal pelaseqüência dos símbolos de carbono e heteroátomospresentes acompanhados dos símbolos dos elementosdiretamente ligados a eles, com os respectivos índices.Ramificações e outras substituições são representadasentre parênteses.

A primeira circular da Comissão, contendo o deta-Ihamento destes tópicos está sendo preparada. Sugeri-mos aos interessados na circular ou nos trabalhos daComissão em geral que nos escrevam.

EducaçãoQuímica

Com o objetivo de incentivar a comunicação na áreade Educação Química, para difundir novas idéias e esti-mular iniciativas, estamos colocando à disposição dosinteressados as publicações que temos recebido daIUPAC/CTC. .

Estão relacionados, a seguir, os temas, autores e nú-mero de páginas dos materiais que dispomos.

As pessoas interessadas em receber cópias dos ma-teriais citados deverão escrever para:

Ernesto Giesbrecht

Instituto de Química da USP ou Reiko IsuyamaCaixa Postal 20780 CEP 01498 - São Paulo

05 - Actas dei Seminário sobre Ia Ensenanza de IaQuímica - UNESCO, 1972, 181 p.

06 - La Enseríanza de Ias Ciencias en America Latina- UNESCO, 1973, 113 p.

07 - Nuevos temas de Química en Ia Enseríanza Se-cundária - UNESCO, 1974, 163 p.

08 - Educational Technology in the Teaching Che-mistry, UNESCO/IUPAC, 1975, 225 p.

09 - Nuevas Tendencias en Ia Enseríanza de Ia Quí-mica. Vol. IV - UNESCO, 1975, 218 p.

10 - A Source Book of Chemical Experiments Vol. 1- UNESCO/IUPAC, 1976, 177 p.

11 - Chemical Education in the Coming Decades -Problems and Challenges A. Kornhauser, 1977,298 p.

12 - A Source Book of Chemical Experiments - Vol.2 UNESCO/University of Jordan/IUPAC, 1978,253 p.

13 - Laboratory Teaching in Tertiary Science - D.J.Bond, et ai, 1978, 107 p.

14 - Manual de Experimentos Químicos - Tomo 3 -UNESCO/IUPAC,1978, 723 p.

15 - International Conference on Chemical EducationProceedings, 1978, 176 p.

16 - Chemical Education in the seventies - A.Kornhauser, C.N.R. Rao and D.J. WaddingtonIUPAC/CTC, 1980, 328 p.

17 - An Integrating Approach to Science Education,1980, 60 p.

18 - Conference Proceedings - 6th InternationalConference on Chemical Education. UNESCO/ACS/IUPAC, 1981, 286 p.

19 - Source Book of Chemistry Teachers - 6th In-ternational Conference on Chemical Education.W.T. L.,ippincott and Henry Heillinen, 1981, 174 p.

20 - Problem solving in Chemistry, 1981, 19 p.21 - Problem of Conversion to SI Units and Its Effect

on the Theaching of Chemistry at University Le-vei - B.T. Newbold, IUPAC/CTC, 1982, 18 p.

22 - Chemistry International Suplement - 1982, 177 p.23 - . Journal of Science Education in Japan. Vol. 6,

n~ 2, 1982, 87 p. .24 - Chemical Education in Japan - 1982, 139 p.

Tendo sido nomeada representante nacional do"COMMITTEE ON TEACHING CHEMISTRY (CTC)" daIUPAC, sucedendo o Prof. Ernesto Giesbrecht,

- Coloco as minhas atividades, referentes ao cargo,à sua disposição;

- Peço colaboração, na forma de sugestões, paramelhor difundir novas idéias e estimular iniciativas naárea de Educação Química;

- Coloco as publicações que tenho recebido daIUPAC/CTC, referentes à Educação Química à sua dis-posição.

As despesas referentes a gastos com xerox e com ocorreio deverão ser remetidas após o recebimento danotificação.01 - Approach to Chemistry, R. F.oon and D.P. Grad-

don, 1968, 180 p.02 - Evaluation in Chemistry - Report of Internatio-

nal Workshop, UNESCO/IUPAC,1968, 160 p.03 - Approach to Chemistry, R. Foon and D.P. Grad-

don, 1969, 248 p. Reiko Isuyama04 - International Conference on Education in Che- Instituto de Química da USP

mistry - Division of Chemical Education, 1970. Caixa Postal 20780103 p. CEP 01498 - São Pau.kl . -.

Novembro de 1983 - 323 REVISTA DE QUIMICAINDUSTRIAL P~TID;:;:'1 nç' QUIM!~BiBLiOTECAI Universidade 1'i:d~raJ do Rio 115Janeire

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mo funcionam as câmaras, além dadistribuição de guias dos progra-mas e como assistí-Ios, compõem o"Television Literacy".

Acreditam os especialistas queprogramas do gênero, que o MECpretende incentivar, mostram, prin-cipalmente às crianças, a diferençaentre o real e a fantasia. Sem apretensão de criar normas, ou ofi-cializar um segmento delicado deseus estudos apoiados no Televi-sion and Behavior, o grupo de téc-nicos dos três Ministérios e daABERT vem acompanhando comatenção uma série de programas daTV brasileira.

São lastimáveis os programas queexploram a miséria, o charlatanis-mo, o racismo e o grotesco, acen-tuam os especialistas.

Melhoria dos jornais erevistas do Brasil

A tiragem dos principais jornaisbrasileiros aumentou, nos últimos

três anos, a taxas que variam de11% a 13% no eixo Rio-São Paulo ealcançaram picos de até 39%, comoem Salvador. A participação da mé-dia impressa (jornais e revistas) nadistribuição de verbas publicitáriastambém cresceu e atingiu 39,2% dototal, em 1981.

Estas informações foram divulga-das em 26.9.1983 pelo diretor demídia da CBBA- Castelo Branco eAssociados Propaganda, PauloChueri Gabriel, ao comentar o 1~Seminário de Mídia Impressa que oJornal do Brasil e a Editora JB pro-moveram a partir de 3 de outubro,no Rio de Janeiro e em São Paulo,com o apoio de Hotéis Othon SA"O hábito de leitura está crescendono Brasil e, hoje, os jornais cadavez mais usam marketing, afirmouGabriel.

Nem sempre o mercado brasileirofoi assim e o diretor da CBBA, Re-nato Castelo Branco, fez uma críticaà estratégia da mídia impressa, atétrês anos passados. Segundo ele, aqueda da participação dos jornais

no bolo publicitário, em favor daTV, foi em parte provocada por um"acomodamento" de suas áreas demarketing. .

- Só agora é que os jornais es-tão usando os instrumentos de mar-keting de que podem dispor; e amelhoria dos jornais não deve limi-tar-se à melhoria de sua participa-ção no bolo publicitário - disseCastelo Branco.

Paulo Chueri Gabriel cita o exem-plo dos Estados Unidos, onde, ape-sar da qualidade dos programas detelevisão, a maior parte da verbapublicitária concentra-se em jornaise revistas, em função tanto da dis-tribuição eficiente, como do fato de,a rigor, não existir naquele país, umjornal nacional.

Nota da Redação. Media, plural demedium (palavras do latim) foi adotadaem língua inglesa para significar osmeios de propaganda (jornais, revistas,etc.). A palavra latina Media pronuncia-se aproximadamente M/dia em inglês~Desta língua passou para o portuguêsMídia.

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REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

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Ao contrário das válvulas comuns,cujas roscas e acentos sofrem como tempo intenso desgaste devido aoatrito, um inovador sistema à basede um eixo central que se movecomo um pistão garante maior du-rabilidade e precisão.

Construídas de latão e/ou inoxsem a tradicional "Stúffing Box", asnovas válvulas dispensam a manu-tenção. Um exclusivo sistema deanéis assegura uma vedação abso-luta e durável.

As novas válvulas apresentam ummoderno formato anatômico em co-res padronizadas pelas normas OIN12920 para a identificação de fluidos.

. Revestidas externamente commaterial anti-ácido, as novas válvu-las são projetadas para resistir àsaltas temperaturas e pressões deaté 11 Kgf/Cm2.

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'Revista deQuímica IndustrialREDATOR PRINCIPAL: JAYME STA. ROSA

ANO 52 NUM. 619NOVEMBRO DE 1983

As nações se engrandecem pela aplicação dos bonsresultados da pesquisa tecnológica

Quando procuramos compreender o passado das na-ções, vemos que as conquistas da humanidade, boas oumás, se conseguiram pelo poder das decisões.

Empregaram-se variados recursos e processos para al-cançar objetivos. Entraram em ação forças criadoras. Porexemplo: a invenção do estribo deu à cavalaria novoimpulso; a pólvora aumentou os meios de ataque e defesa.

A tecnologia, que é o tratado das técnicas de jazer bemas coisas, atuou desde os primeiros tempos. O nome énovo, mas o fato é antigo. Ela imperou desde os primór-dios e aperfeiçoou-se no desenrolar dos séculos, tendobase hoje nas ciências, como a química, a física, a bio-logia.

Entretanto, as técnicas de criar, produzir, melhorar aqualidade e reduzir os custos têm de ser procuradas cominteresse. Então, já entramos no campo da pesquisa tec-nológica, atividade que requer um lastro de boa culturacientífica e um raciocínio claro para encontrar os cami-nhos certos.

A pesquisa tecnológica é a chave mestra que abre aporta do progresso e da fartura, da segurança e do bem-estar, tanto das pessoas, como das nações.

Poucos exemplos ilustram bem os fatos. Não é precisocitar os EUA, que nasceram e vivem na abastança, emvirtude da grandeza territorial, dos recursos naturais, daforça de união e de haver desde muito encontrado o cami-nho da investigação científica.

Nem a França, que por longos tempos centralizou acultura científica, a formação das técnicas e uma civiliza-ção cintilante, onímoda, que atraia e era exemplo. Mastoda a estrutura enfraqueceu: diminuiu o ímpeto da ciên-cia criadora.

A naçào alemã é prova evidente do valor da pesquisacientífica. Em certa época, quando não havia transporteaéreo, e a sua rival, a Grã-Bretanha, era a rainha dosmares, dominando, senhora dos transportes de matériasprimas procedentes de regiões distantes, e da distribuiçãode seus manufaturados, pregando o liberalismoccomercialde portos abertos, a Alemanha se encontrava praticamen-te encurralada do ponto de vista econômico.

Mas seu povo, chamado de "poetas e filósofos" pelosconcorrenies, era constituído também de pessoas cultas,práticas, meticulosas e de excepcionais qualidades criado-ras. A partir do começo do xéculo XVIII, este povo come-

çou a trabalhar em química em condições de escassez dematérias primas e mercados. Foram sem conta as inven-ções. Procuravam obter novos produtos retirados de plan-tas, minerais, lignito e carvão. Farmacêuticos pesquisa-vam nas próprias farmácias, algumas com jardins de plan-tas úteis para ensaios. Delas brotaram firmas notáveis,com E. Merck, I. D. Riedel, Schering.

Nesse "país sem espaço" não apareceu logo a grandeindústria química, mas surgiu, pela força da síntese quí-mica, num ambiente de organização e economia, variadaprodução de medicamentos, corantes, produtos fotográfi-cos, compostos orgânicos diversos.

Monopólios foram quebrados pela aplicação da pesquisatecnológica, como o do açúcar de cana pelo de beterraba,o do salitre natural pelo amoníaco e derivados.

A Alemanha passou a ser, utilizando Pesquisa & Desen-volvimento, uma nação da mais adiantada indústria quími-ca. E a sua economia era sustentada pela Química.

A Grã-Bretanha, que já dispôs da maior indústria quí-mica no mundo, criada e mantida pelos químicos investi-gadores, não prosseguiu com a mesma política. Sentiu adeficiência na I Guerra Mundial. Vinda a paz, reorganizou-se. Na II ~teve invencível, sobretudo contm os pesadosataques aéreos em setembro de 1940.

Nos dias atuais, o exemplo frisante do valor da pesquisatecnológica dá o Japão. Nação pobre de recursos naturais,de poucas terras agrícolas, densamente habitada, entroucom decisão no programa da Biotecnologia. De sua inten-sa pesquisa tecnológica conta receber matérias primas,alimentos, produtos químicos, fármacos, materiais deconstrução, gás metana, efluentes aproveitáveis, energia.Em Biotecnologia trabalham lá 12 000 químicos, que con-seguem produtos verdadeiramente revolucionários.

Não nos esqueçamos, para concluir, de que o Descobri-mento do Brasil resultou do trabalho de pesquisa tecnoló-gica dedicada à construção de navios de madeira e à na-vegação de longo curso. Esse trabalho foi realizado naconhecida Escola de Sagres, criada e dirigida pelo Prínci-pe Dom Henrique ainda no final da Idade Média, o maisimportante centro de estudos e investigações existente naépoca.

Fundando a navegação a grande distância, Dom Hen-rique criou também as bases para a formação do ImpérioPortuguês e para o estabelecimento da chamada Revolu-ção Com(Jrcial.

Jayme Sta. Rosa

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Alguns destaques

do VIII Simpósio Anual da ACIESP e

do XXIV Congresso Brasileiro de Química

o VIII Simpósio Anual da ACIESP(Academia de Ciências do Estadode São Paulo) e o XXIV CongressoBrasileiro de Química que foramrealizados na sede do Instituto dePesquisa Tecnológica do Estado deSão Paulo (IPT), no período de 9 a14 de outubro de 1983, contaramcom a participação da comunidadequímica.

Houve vários simpósios, confe-rências, cursos especializados, reu-niões e seSSõestécnicas. Um esfor-ço foi feito para manter o equilíbrioentre ciência e tecnologia e assimoferecendo os assuntos que interes-saram aos acadêmicos como tam-bém às indústrias e aos empre-sários.

A classe estudantil também parti-cipou com delegações de váriasuniversidades de diversos Estados.Os estudantes tiveram a oportunida-de de aproveitar bem o congressofreqüentando as sessões técnicas,palestras e os cursos. Oportuna-mente serão publicadas na íntegraalgumas palestras. Seguem-se al-guns destaques dos referidoseventos:

O Simpó~io sobre Pesquisa e De-senvolvimento de Insumos para aProdução de Fármacos foi coorde-nado pelo Praf. Rothschild, da USP,e moderado pelo Dr. Sakurai, daFarmilqu ímica.

Vários oradores participaram,abordando aspectos como: "Forma-ção de Recursos Humanos", enfati-zando escassez de pessoal técnicopara este campo; "Utilização deProdutos Naturais Abundantes naSíntese ou Extração de CompostosBiologicamente Ativos", mostrando-se a viabilidade de obtenção de pro-dutos biologicamente ativos prove-niente da flora brasileira e cónse-qüentemente seu uso eventual naindústria farmacêutica nacional.

Também foi abordado o assuntoda prática da medicina popular

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usando-se as plantas nas diversasformas e suas conseqüências paraelaboração de projetos viáveis paraprodução de novos fármacos.

"Desenvolvimento de Processosde Química Fina", destacando-seuma possível e viável interação en-tre setores governamentais, indús-tria e universidades na produção deinsumos para indústria farmacêu-tica;

"Implantação da Indústria de Quí-mica Fina", abordando a importân-cia desta indústria para o país e suapresente dependência do capital etecnologia estrangeiros.

E por fim "Problemas do Desen-volvimento Industrial", quando foifeito um depoimento sobre uma in-dústria em implantação no Polo Pe-troquímico de Camaçari, e suas difi-culdades em superar os problemasde natureza estrutural, dos insumose dos recursos humanos.

Os vários temas abordados forambem debatidos pelos participantes.

Foi proferida pelo Prof. Mariádas-sou Djegá, da Universidade de Pa-ris, uma conferência plenária intitu-lada: "Avanços Recentes em Catáli-se". O assunto abordado era um es-tudo de hidrocraqueamento do óleode soja sobre catalisador a 450°C.Este craqueamento produz misturaque após destilação fracionada for-nece um produto de maior propor-ção da mistura com característicasde Óleo Diesel comparado, por cro-matografia em fase gasosa com co-lunas capilares, com uma misturade óleo Diesel comercial. Uma pe-quena fração de gasolina tambémfoi produzida neste hidrocraquea-mento.

O método utilizado era compará-vel com o usado para liquidificaçãode carvão, um processo desenvolvi-do na França.

Ainda uma discussão em painel"Estrutura da Indústria Química

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

MA KHANIME

Brasileira" contou com a participa-ção de vários representantes: Nel-son Brasil de Oliveira (como mode-rador), Carlos Augusto Perlingeiro,da UFRJ; Paulo Ribeiro, da PETRO-QUISA e Ernesto Carrara, do CDI.Os vários aspectos da indústria, taiscomo: sectários, regionais, econô-micos e implantações e perspecti-vas, especialmente em vista deatuais dificuldades econômicas, eimportância nacional deste setor In-dustrial, foram abordados. Um es-forço grande para superar esta fasee fortalecer a indústria química na-cional foi o tema principal que en-riqueceu este painel.

A conferência plenária do Dr.Paulo Cunha, do Grupo Ultra, sobre"Problemas Atuais da Indústria Quí-mica Brasileira", abordou o assuntocom perspectivas históricas. O con-ferencista apresentou um perfil dedesenvolvimento da indústria quími-ca brasileira a partir de primeiro Po-10Petroquímico até o mais novo Po-10 Petroquímico do Rio Grande doSul. Destacaram-se as peculiarida-des de implantação destes Poloscomo uma interessante participaçãoconjunta das empresas estatais, na-cionais e estrangeiras nestes em-preendimentos, facilitando às vezesenquanto dificultando entendimen-tos e trabalhos nas outras ocasiões.Salientou-se que esta situação é ra-ra neste ramo das Indústrias. Os in-centivos dados na maioria das ve-zes são do Estado para encorajarinvestimento privado nacional paraeste setor. As dificuldades são a es-cassez de capital para implantaçãodas indústrias por motivos de altasde juros e por controle cada vezmais rigoroso da poluição ambiente.

Vários cursos foram oferecidosdurante este congresso que atraiuos estudantes de várias faculdades.Os cursos foram sobre: Eletroquí-mica e Eletroanalítica, Novas Apli-

cações de Detergentes, Cromato- INovembro de 1983 - 326

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OS SÁBIOS DO PASSADO

Cleópatra e os refrigerantesA química dos gases

Ao dissolver uma pérola emvinagre e bebê-Ia, Cleópatra es-tava preparando o 1<?refrigeran-te, a 1~ bebida gaseificada.

O gás carbônico melhora o sa-bor das bebidas e, até mesmo,da água, pois, a remoção do gástorna o produto "choco", insí-pido, sem graça. Daí a preferên-cia do público para os refrige-rantes ou bebidas gaseificadas(soft drinks ou carbonated drinksdos anglo-americanos) e para osfármacos efervescentes.

Em 1807 o médico P.C. Phy-sick, de Filadélfia, prescrevia a"água gasosa" para males doestômago.

A aceitação e difusão do refri-gerante é de tal ordem que só naAmérica do Norte, em 1928, avenda do produto alcançava acifra de 800 milhões de dólares.

O refrigerçmte está inserido nocontexto da nossa civilização.

A história do refrigerante fazparte da evolução da Química.

LUIZ RIBEIRO GUIMARÃES, LD.,D.Sc,INSTITUTO DE QUíMICA - UFRJ

INSTITUTO DE NUTRiÇÃO - UFRJ

Vejamos:Em 1630 Van Helmont desco-

briu um produto na fumaça re-sultante da queima do carvãovegetal e verificou que era idên-tico ao desprendido na fermen-tação Oll fàbricação do vinho. Oproduto foi por ele denominado"gás silvestre" e era a primeiravez que aparecia a expressão"gás" criada pelo alquimista.

A lenta descoberta e o estudodos gases que, até então, eramindistintamente consideradoscomo sendo apenas ar, abriramcaminho para o surto decisivoda Química moderna.

A química dos gases era ocomplemento indispensável daquímica das substãncias líqui-das e sólidas.

Em 1755 Joseph 81ack mos-trou as relações que existem en-tre os "álcalis cáusticos" (nojeconhecidos como hidróxidos),os "álcalis suaves ou brandos"(os carbonatos dos metais alcali-nos), o calcário e a cal viva.

Foi 81ack quem primeiro veri-ficou que, por aquecimento, oscarbonatos, ao invés de perde-

rem flogístico - imponderável eintangível - o que perdiam erauma substância aeriforme, bemdefinida e pesada, que podia sercolhida e estudada, e à qual deuo nome de "ar fixo" (gás carbô-nico), em decorrência do seguin-te: reconheceu, também, ser es-te gás absorvido pelas soluçõesalcalinas e precipitado, turvandoa água de cal, isto é, voltava a sesolidificar, a se "fixar".

Lavoisier mostrou que na quei-ma do carvão e do diamanteresultava o mesmo produto, ouseja, um óxido de carbono, porele designado "ácide carbo-nique" .

O anidrido carbônico é lique-feito com facilidade e deixandoo líquido expandir-se rapida-mente o resfriamento produz a"neve carbônica".

O gás carbônico não mantéma combustão, porém alguns ele-mentos como: o fósforo, o mag-nésio, o sódio e o potássio, con-tinuam a queimar no seio dogás. Daí o emprego do gás comoextintor de incêndio. *

grafia em Fase Gasosa, Poluição,Polímeros e Química Agrícola.

Além das conferências plenáriasmencionadas, tivemos participaçãode especialistas estrangeiros queproferiram outras conferências co-mo convidados deste congresso.

Outras atividades do congresso

foram as reuniões, das comissões

que discutiram os problemas de no-

Novembrode 1983- 327

menclaturas orgânica e inorgânicae a situação atual das SociedadesQuímicas do País.

Como é usual, no Congresso nãofaltaram sessões técnicas, onde osresuHados das pesquisas científicae tecnológica foram apresentadospor pesquisadores. Trabalhos dosvários aspectos de Química foramexclusivamente dedicados aos as-suntos, como, por exemplo, de Bio-

REVISTADE QUIMICAINDUSTRIAL

logia Celular e Química das TerrasRaras.

Por motivos óbvios de utilizaçãomáxima de tempo e duração docongresso, que sofreu com um fe-riado em meio da semana, não foipossível aproveitar além do possíveldeixando assim de frequentar váriostemas desenvolvidos simultanea-mente em locais diferentes.

Como uma nota final pessoal foi

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GORDURAS

,

Oleos e gorduras animais comercializadosEnsaio sobre o controle de qualidade

Resumo

Com auxílio da Cromatografiaem fase. gazosa, foram estuda-das as composições dos ácidosgraxos de 17 amostras de gor-duras animais comercializadasno Sul do País.

Tendo como base as retaçõesde Wolff &Audiau, constataram-se variações entre amostras, emalguns casos, além dos limitesesperados, o que indica defici-ente controle de qualidade.

Summary

The chemical composition infatty acids of seventeen samplesof animal fats was ascertainedusing GLC analysis.

The relative composition ba-sed on the Wolff & Audiau rela-tions was established and theirvariations were discussed.

The variation found in thecompositión of some samplesindicates that the products aresubmited to a very deficient qua-lity control.

*) Professor Livre Docente da Univer-sidade Federal de Pernambuco, De-partamento de Química, e estagiá-rio do Instituto deTecnologia deAlimentos no período de 1(H)8-1975a 10-02-1976, em Campinas, SãoPaulo. Professor da UniversidadeCatólica, PE.

**) Chefe da Seção de Lipídios e Protí-dios do Instituto de. Tecnologia deAlimentos, Campinas, São Paulo.

***) Chefe do Setor de Análises do Ins-tituto de Tecnologia de Alimentos,Campinas, São Paulo.

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GERSON PEREIRA PINTO*S. IRINEU DA COSTA**

IOVALDO BUENO FIGUEIREDO***

Introdução

o Brasit, possuidor de varia-das condições ecotógicas, tem,sem nenhuma dúvida, possibili-dades de diversificar sua produ-ção de alimentos.

Óleos e gorduras de alto valorenergético podem ser produzi-dos em larga escata, sejam flui-dos ou concretos, de origem ve-getal ou animal.

O uso de gorduras bovinas pa-ra fins alimentares, por exemplo,ainda é problema controvertidoentre os especialistas: a purezados sebos industriais e da es-tearina deve ser conhecida, afim de melhorar a demanda des-sas matérias primas pelas in-dústrias.

Em que pese possuirmos umdos maiores rebanhos do Mun-do, nossa taxa de desfrute é ain-da bastante reduzida4J. Por oútrolado, estimadas em 2000000 detoneladas anuais de pescado, acaptura vem-se mantendo ao re-dor de 600 000 t ou ~eja; apro-veitamos cerca de 30% de nos-sas reais possibilidades (Ioc. cit.).

Não basta, portanto, produzirsempre mais; é importante pro-duzir mais e melhor.

Com o intuito de avaliarmosamostras de produtos graxostransacionados em nosso co-mércio, foram analisadas, quan-to à composição em ácidos gra-xos, 17 amostras de gorduras esebos animais comercializadasno Sul do País.

Os resultados serão adiantetranscritos e discutidos, compa-rando-os com os de 5 amostrasestudadas em outros laborató-

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

rios, a fim de podermos ter umaidéia sobre a qualidade dasmesmas.

Materiais e métodos

Foram analizadas 12 amostrasde sebos industriais, 2 de gordu-ras bovinas, 1 amostra de gordu-ra de cavalo, 1 de óleo de moco-tó e 1 de banha de porco, exis-tentes no comércio.

A determinação dos ácidosg.raxos foi feita após saponifica-ção do material (previamentelimpo e homogeneizado) com hi-dróxido de potássio etanólico a4%, acidificação com ácido clo-rídrico, seguida da extração daparte acídica livre com éter depetróleo (ponto de ebulição até60°C).

Separando-se as fases, o sol-vente recuperado, cuidadosa-mente, o produto foi em seguidaesterificado com metanol emmeio acificado com ácido sulfú-rico concentrado; isolados osésteres por nova extração cométer de petróleo, este após serrecuperado deixou livre os deri-vados metHicos.

Em seguida, todos os ésteresmetílicos foram submetidos àcromatografia em fase gasosa,de acordo com o método Co1-66 da A.O.C.S.1)

Usamos a partição em croma-tógrafo C.G. - 17, da INSTRU-MENTOS CIENTíFICOS C.G.Ltda., com detetor de ionizaçãode chama; coluna de cobre com3 000 mm de comprimento por6,4 mm de diãmetro interno. Co-mo fase fixa, usou-se o polieti-

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leno glicol sucinato a 17,5% ecomo suporte o cromossorb W.

As determinações foram feitascom temperatura da coluna a150°C e do detetor e vaporizadora 200°C; os gases empregadosforam o nitrogênio e o hidrogê-nio com vazão de 60 ml/minutoe ar atmosférico com 250 milminuto.

Estas condições nos devemdar uma eficiência de aproxima-damente 3 000 pratos para a co-luna.

A composição percentual emácidos graxos nas amostras deóleos e gorduras animais estu-dados encontra-se no Quadro I,e foi calcudada pela moniçãodas áreas dos picos no croma-tograma.

Com o intuito de esclarecer-mos a identidade e qualidadedas amostras submetidas à aná-lise, efetuamos os cálculos dasrelações apresentadas por Wolff

&AudiauSl,que se encontram noQuadro 11.As equações para R,;~; ~; F\; Rs; S e S' acham-sedescritas no referido trabalho emais recentemente no BoletimTécnico n~ 2, do Centro de Tec-nologia Agrícola e Alimentar, doMinistério da Agricultura, con-forme Laszlo et. a1.2)

A título de ilustração temos asrelações acima mencionadas -R1 = 100 (C14 insaturadas + C15ramificadas)/C14; R2 = 100 xC14 totais + C15 totais)/C16; f\= 100(C18:3)/16; R4 = 10 x.(C18:2 + C18:3)/C14; Rs = 100(C18:3)/C18; S = R, + ~; e S'=~+~.

Resultados e discussão

Os quadros a seguir apresen-tados encerram os dados obti-dos. Quadro I - Composiçãoem ácidos graxos % de algumas

amostras de óleos e gordurasanimais comercializados.

Os valores correspondentesaos ácidos: i-tridecanóico, pen-tadecanoico bem com a somahexadecadienóico + i-heptade-canóico, são apresentados sobreserva, indicando a ordem desaída dos mesmos da colunacromatográfica, porém em ,quan-tidades reduzidíssimas, o que di-ficultou sobremodo a identifica-ção exata.

Face ao pequeno número deamostras analisadas, devemosesclarecer que se torna impos-sível fazer generalizações; noentanto, algumas consideraçõessão necessárias.

No Quadro I, acham-se os re-sultados da cromatografia dosácidos graxos, podendo-se veri-ficar que a gordura de cavalopossui maiores teores do C12:0e de C18:2 + C18:3 e menorpercentagem de C18:0 que as

QUADRO1- Composição sem Ácidos Graxos de algumas amostras de óleos e gorduras animais comercializadas

OB5: I) Amostras 1 e 2 = Gordura de cavaloAmostras 3 a 5 = Gordura de boiAmostras 6 a 13 = Sêbo industrialAmostras 14 a 15 = Óleo de mocotóAmostras 16 e 17 = Banha de porcoAmostras 18 a 22 = Sêbo industrial

Novembro de 1983- 329

11)Amostra 2* = Composição tipica de gordura de cavalo, para comparação: C14:i=O,05 /IC14:1+C15:i~0,4 11 C16:i=0,1 11 C16:2+C17=0,2 11 C17:0=0,41 11 C2O+C2O:1=O,55)

Amostra 5* = Gordura bovina brasileira, para comparação: C14:i=0,18 11 C15:ai= 0,4311C16:i=0,86 11 C17:ai=0,88 11 C17:0=1,62 11 C19:0=2,07 11 N.id.=0,5g21

Amostra 13*= Sêbo industrial; para comparação: C16:2=0,10 11 C17:0=0,5 111,7% trans31Amostra 15* = Óleo de mocotó, para comparação.Amostra 17* = Banha de porco, para comparação.HMTD = Ácido hexametilenotetradecanoicoTMTD = Ácido tetrametilenotetradecanoico

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL 13

AmostrasÁcidos

Graxos 1 2* 3 4 5* 6 7 8 9 10 11 12 13* 14 15* 16 17* 18 19 20 21 22

C8:0 - - - - - - - - - 0,02 - 0,08 - - - - - - - - - -C10:0 - 0,05 - - 0,08 0,07 0,04 0,04 0,03 - - - 0,10 - - - - 0,04 tra. 0,04 0,04 0,08C12:0 0,19 0,15 0,08 0,07 0,12 0,07 0,09 0,10 0,10 0,04 - 0,01 0,20 - - - - 0,06 0,09 0,09 0,10 0,09C13:1(?) - - - - - 8,20 0,20 0,11 0,28 0,12 - 0,02 ....:. - - - - - - - - -C14:0 3,24 4,20 2,62 3,90 3,90 3,92 3,53 3,43 3,62 3,60 3,24 2,42 2,50 1,08 0,70 1,41 1,30 3,62 3,97 3,93 3,89 3,93C14:1 0,30 - 1,24 1,52 1,10 0,43 0,40 0,35 0,50 1,79 0,88 2,97 O,SO 1,SO 1,20 - 0,20 2,41 2,31 2,28 2,59 2,45C15:0 - - - - 0,64 - - - - - - - 0,20 - - - - - - - - -C15:1(?) - - - - - 1,35 1,44 1,46 1,39 0,29 0,11 0,15 0,10 0,09 - - - - - - - -C16:0 . 30,1427,90 28,55 29,56 24,70 27,91 28,97 26,95 26,58 24,88 25,32 5,42 22,80 16,97 16,90 22,71 28,30 28,48 26,64 26,15 26,98 25,04C16:1 3,80 6,10 4,11 3,53 2,87 3,76 4,26 4,57 3,34 4,09 3,09 5,72 2,50 6,97 9,40 5,20 2,70 6,89 6,91 7,22 8,99 7,35HMTD - - 0,76 0,92 - 1,10 1,22 1,24 1,10 - - - - - - - - - - - - -C16:2+C17:1(?) - - - - - 0,42 0,30 0,10 0,66 - - - - - - - - - - - - -TMTD - - - - - - - - - 1,24 1,05 0,77 - 0,72 - - - - - - - -C17:1 - 0,60 - - 0,37 - - - - 0,23 0,20 0,55 0,20 0,94 - - - - - - - -C18:0 5,07 6,00 23,33 27,38 26,00 30,25 29,39 29,92 30,92 30,87 22,71 2,16 17;10 4,46 2,70 12,84 11,90 12,78 11,70 12,78 12,10 11,49C18:1 24,58 37,00 37,90 30,94 33,70 29,33 29,33 30,56 30,72 30,31 35,72 7,90 45,SO 64,17 64,40 45,94 47,SO 44,04 43,69 45,72 42,13 46,56C18:2 12,93 7,30 1,09 0,95 2,07 1,19 0,83 1,19 0,76 1,09 - - 7,20 1,37 2,30 11,90 8,10 0,99 3,27 1,53 1,75 1,79C18:3 19,73 9,30 0,30 1,18 0,38 - - - - - - - 0,20 - 0,70 - - 0,46 0,93 0,47 0,84 0,76C20:0 - - - - - - - - - 0,95 2,52 1,02 0,10 1,00 0,10 - - - - - - -C20:1 - - - - - - - - - 0,51 5,04 0,82 0,20 0,68 1,60 - - 0,24 0,50 - 0,58 0,45

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demais matérias graxas, exce-ção do óleo de mocotó, conse-quentemente é mais insaturada.

As gorduras bovinas apresen-taram teor em ácido hexameti-leno tetradecanoico (HMTD)in-ferior a 1%, como também baixovalor para o C18:3, exceção danúmero 4 em comparação com agordura industrial.

As amostras de sebo industrialanalisadas mostraram variaçõesque certamente depõem contra

o controle de qualidade do pro-duto. Assim as amostras n~ 10,11 e 12 não contiveram o C10:0porém C8:0 exceto a de núme-ro 11.

Os valores registrados comoC13:1 não puderam sofrer con-firmação; o mesmo ocorreu emrelação ao C15:1. Vale sal ientarque a amostra 13, tomada comotermo de comparação, foi a úni-ca (como sebo industrial) quemostrou a presença de C15:0;

QUADRO 11- Relações de Wolff & Audiau.

todas as demais apresentaramteores mais elevados de C14:0.

Os resultados indicam que osvalores para o C18:0 variaramentre 12 e 30%.

Quanto ao denominado óleode mocotó, apresentou valoresacima de 60% para o C18:1, e, oC14:0 inferior ao C14:1, fatosque parecem caracterizar o refe-rido óleo e também a gordura deossos. .

14 REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Novembro de 1983- 330

AMOSTRA DE: R1 R2 Rs R4 Rs S S1 R1/R C2 16/C18

1 - Gordura de cavalo 9,3 11,7 65,5 100,8 389,5 21,0 77,2 0,8 5,9

2 - Gordura de cavalo 9,5 17,5 33,3 39,5 155,0 27,0 50,8 0,5 4,6

3 - Gordura bovina 47,3 23,9 1,0 5,3 1,3 60,8 14,5 3,5 1,2

4 - Gordura bovina 31,0 10,3 4,0 5,5 4,3 49,3 14,3 3,0 1,1

5 - Gordurabovina 20,2 20,2 1,5 6,3 1,5 40,4 21,7 1,0 1,0

6 - Sêbo industrial 11,0 16,3 - 3,0 - 27,3 16,3 0,7 0,9

7 - Sêbo industrial 11,3 14,3 - 2,4 - 25,6 14,3 0,8 1,0

8 - Sêbo industrial 10,2 14,4 - 3,5 - 24,6 14,4 0,7 0,9

9 - Sêbo industrial 13,8 16,6 - 2,1 - 30,4 16,6 0,8 0,9

, 10 - Sêbo industrial 49,7 22,2 - 3,0 - 71,9 22,2 2,2 0,8

11 - Sêbo industrial 27,2 12,2 - - - 39,4 12,2 2,2 1,1

12 - Sêbo industrial 122,7 21,2 - - - 143,9 21,2 5,8 2,1

13 - Sêbo industrial 20,0 14,5 0,9 2,9 1,2 34,5 15,4 1,4 1,3

14 - Óleo de mocotó 138,9 15,2 0,0 12,7 0,0 154,6 15,2 9,2 3,8

15 - Oleo de mocotó 171,4 11,2 4,1 42,8 25,9 182,6 15,3 15,3 6,3

16 - Banha de porco - 6,2 0,0 84,4 0,0 6,2 6,2 0,0 1,8

17 - Banha de porco 15,4 5,3 - 62,0 - 20,7 5,3 2,9 2,4

18 - Sêbo industrial q6,6 21,2 1,6 4,0 3,6 87,8 22,8 3,1 2,2

19 - Sêbo industrial 58,2 23,6 3,5 10,6 7,9 81,8 27,1 2,5 2,3

20 - Sêbo industrial 58,0 23,7 1,8 5,1 3,7 81,7 25,5 2,4 2,1

21 - Sêbo industrial 66,6 24,0 2,8 0,7 6,9 90,6 26,8 2,8 2,2

22 - Sêbo industrial 62,3 25,5 3,0 6,5 6,6 87,8 28,5 2,4 2,2

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A banha de porco encerra bai-xos teores de C14:0 + C14:1 emrelação a todas as demais gra-xas analisadas.

O Quadro 11contém as rela-ções calculadas, convindo sali-entar que os índices originaisbaseiam-se em material graxoeuropeu; este fato levou Laszloet a1.2)a sugerir alteração de al-guns valores no trabalho men-cionado, como por exemplo, oíndice R2.

Como base para apreciação,devemos tecer algumas conside-rações sobre as relações do re-ferido quadro.

Os valores de R1 variam muitode acordo com a localizaçãoanatômica do tecido adiposod'onde foi obtida a gordura.

O R2 no entanto tem valorescom menores oscilações, e bai-xos (em geral menores que 16,0para a gordura de mocotó e abanha de porco). Como conclu-são, verifica-se que a relaçãoR1/R2varia também com a locali-zação anatômica original dagraxa.

O valor F\ é função da relaçãoC18/C16 sendo maior que 4,0 nagordura de cavalo e raramenteultrapassandO 4,0 com os sebosde boi. Estes últimos podem ser

facilmente diferenciados das de-mais gorduras, pelos índices R3e Rs, consequentemente por S'.

O sebo industrial também pos-sue a relação C16/C18 baixa, in-ferior a 2,2 com raras exceções.Com base nestas relações, exis-tem suspeitas (?) das amostrasde números 18 a 21 possuíremcerca de 20% de outra gorduraanimal misturada.

Conclusões

a) A gordura de cavalo enqua-dra-se dentro de suas caracte-rísticas;

b) As gorduras bovinas tam-bém não se afastam dos valoresindicados por Wolff & Audiau(Ioc. cit.);

c) As amostras de sebo indus-trial número 6 a 11 possuemrazoáveis características, sendoprovenientes de sebos de "altotítulo";

d) A de número 12 mostra-se, suspeita (?) de impurificação

com outra gordura animal emproporção que pode variar entre10 a 30%;

e) As de óleo de mocotóacham-se razoavelmente puras,sendo obtidas possivelmente devacas (R1/R2elevado).

f) Os valores encontrados paraa banha encontram-se dentrodos limites, salvo a relaçãoC16/C18 e o R1/R2 um poucoacima do esperado.

g) As amostras de número 17a 21 devem merecer idêntico re-paro feito no item d), tratando-sede sebos industriais de "baixotítulo".

Literatura

1) A.O.C.S. - Official and Tentative Me-thods of the American Oil Chemist'sSociety - 3d. Ed. (1974).

2) LASZLO, H. & D. A. Pereira & M.H.L.de Mello - Controle da origem e pu-reza de gordura bovina comercial bra-sileira, visando sua possível partici-pação no mercado internacional -

Boi. Téc. n~ 2, do Centro de Tecnolo-gia Agrícola e Alimentar do Ministérioda Agricultura, Rio (1972).

3) SCREENIVASAN, B. - ComponentFatty Acids and Composition of someOils and Fats - The Journal of theAmerican Oil Chemist's Society, 45,259, April (1968).

4) TEIXEIRA, C.G. - Importâncía daTecnologia de Alimentos, como fatorproporcional do melhor aproveita-mento dos recursos alimentares -Boi. Informativo n~ 3, da A.B.I.A.,L-21, set. (1975).

5) WOLFF, J.P. & Audiau - Controle deI'origine des suifs par Chromatogra-phie en phase gazeuse - Rev. Franc.des CorpsGras, n~ 2, 77, fev. (1964).

SAL COMUM

As sementes da indÚstria químicaplantadas no Brasil

As salinas naturais, perto do mar,e os "Iambedores" e "barreiras", nos sertões

Sal comum, calcário, ácidosulfúrico e soda cáustica foramos primeiros produtos que semostraram importantes e neces-sários quando no Brasil se pro-Novembro de 1983 - 331

JAYME DA NÓBREGA SANTA ROSAREDATOR DA REV. DE QUIM. IND.

curou realizar um trabalho deprocesso econômico, primeira-mente para assentar os funda-mentos e por último para asse-gurar com a indústria química odesenvolvimento regular.

REVISTA DE QU/MICA INDUSTRIAL

O início do arcabouço daindústria química

Os dois primeiros produtosatuaram logo a partir do alvore-cer dos tempos coloniais, na

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conservação de alimentos e naconstrução de edifícios e deobras de maior segurança.

Os dois últimos produtos, emais os primeiros, todos indis-pensáveis a inúmeras produ-ções, deram início à implanta-ção, no fim do século XIX,dosarcabouços ainda modestos dasfábricas mecanizadas.

Como material de construção,a cal foi substituída em grandeparte pelo cimento portland, apartir do século passado. Comomatéria-prima, a cal permanececomo um dos pilares da indús-tria química.

As primeiras salinas, que fun-cionaram de modo precário econtra os regulamentos; as con-chas calcárias apanhadas naspraias; bem como as primeirasfábricas de ácido sulfúrico; e desoda cáustica e cloro podemconsiderar-se como os pontosde partida para a moderna in-dústria química do Brasil.

Elas são, em verdade, as se-mentes das fábricas de hoje.

Neste trabalho, no entanto, sónos ocuparemos das salinas na-turais, perto do mar; e dos "Iam-bedores", "barreiros", nossertões.

As primeiras fontes de salcomum no Brasil

Nos primeiros tempos havia apossibilidade de se colher sal noNordeste, tanto o "sal da terra"em certos lugares do vale do rioSão Francisco, como o sal ma-rinho das salinas naturais do RioGrande do Norte.

Os habitantes do Brasil, entre-tanto, em sua maioria, para opreparo de alimentos serviam-sedo produto importado, o "Sal doReino", de acordo com o histo-riador Lycurgo Santos Filho(1).

Proibia. a Metrópole a explo-tação comercial das salinas nati-vas, como proteção ao produtodas salinas portuguesas.

Em meados do século XVII,osal passou a ser gênero estan-cado, isto é, monopolizado, per-manecendo seu comércio até

16

fins do século XVIII,como mo-nopólio da Coroa, que arrenda-va, a quem mais desse, o con-trato de importação, venda e re-venda, por período nunca supe-rior a dez anos(1).

Havia clamor contra o privilé-gio. Está-se a ver, em virtude dasdificuldades de comunicação,que a fiscalização era pratica-mente nula; tanto se obtinha ecomercializava o sal marinho,como o "sal da terra", o sal ge-ma que aflorava à superfície dosolo. A região do aparecimentodo sal é a mesma onde em par-tes dela se extrae o sal gema,em Sergipe, Alagoas e Bahia,evidenciado nas sondagens exe-cutadas em 1940 e depois.

Por fim, nos últimos anos domonopólio as autoridades daColônia fechavam os olhos àprodução do sal de fontes na-tivas.

A Coroa dispunha de outrasrendas: os contratos das ba-leias, dos dízimos do gado, dosvinhos

A respeito dos "barreiros" dossertões (lugares baixos e húmi-dos onde ocorrem eflorescên-cias salinas) também chamados"Iambedores", que atraem ani-mais, sobretudo gado bovino,para lamber o solo salgado, oQuímico Sylvio Fróes AbreU<2)manifestou-se em trabalhá degeografia mineral:

"No vale do São Francisco hávárias salinas naturais, de pe-quena importãncia e conhecidasdesdê a mais remota antigüida-de. A produção delas nos tem-pos coloniais tinha certo vulto esatisfazia às necessidades dossertões. Atualmente essa ativi-dade está quase desaparecida,pelo menos perdeu a importãn-cia que tinha outrora, não tendopodido resistir à concorrênciado sal produzido no litoral.

A origem dessas eflorescên-cias salinas do vale do rio SãoFrancisco nos municípios de Pi-lão Arcado, Sento Sé, Juazeiro,Casa Nova, etc., ainda não foibem esclarecida. Freqüentemen-te o sal ocorre contaminado por

REVISTA DE QUIMICAINDUSTRIAL -

pequenas quantidades de ni-tratos" .

De acordo com Capistrano deAbreu(3), historiador esclarecidoe bem documentado, a extensãoconhecida da linha de sal co-mum da terra ia de Juazeiro daBahia até São Romão, em MinasGerais: "No Rio São Francisco,desde a barra do Salitre até SãoRomão, descobriram jazidas naextensão de três gráus geográfi-cos, que preparado com algumtrabalho provou excelente. Gra-ças a estas circunstâncias, for-mou-se no trajeto do gado umapopulação relativamente densa,tão densa como só houve igualdepois de descobertas as minas,nas cercanias do Rio".

O sal que se apanhava nosbarreiros encontrava-se impurifi-cado. Realizava-se, então, umalavagem para purificá.lo, em de-pósitos ou côchos de couro cruchamados bangüês. Capistranode Abreu, tratando da época docouro, menciona: "... os ban-güês para curtume ou para apu-rar saI"<3).

"De tudo pagava-se apenasem sal; forneciam suficiente salos numerosos barreiros dosertão' '(3).

Nos últimos anos do séculoXVIIIe em todo o século XVIII,entretanto, não havia condiçõespara distribuir o sal do reino e oda terra nas zonas de trabalhodo sul e do oeste do país.

O sal comum era escasso e,por isso mesmo, muito valori-zado.

"Em 1725 chegou-se a dar porum frasco de sal meia libra deouro"(3). Isso aconteceu emCuiabá, na mineração de ouro.Em 1729... sal não havia nempara batizado(3).

"De tudo pagava-se emsal... "(3) nos sertões da Bahia,com o desenvolvimento da cria-ção de gado.

No sul, porém, continuava aescassez. "Aos poucos, a gentese desacostumou do sal..,<3).

Desde os primeiros temposcoloniais se colhia sal nas sali-nas naturais nas áreas próximas

Novembro de 1983 - 332

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das desembocaduras dos riosApoli e Piranhas, onde hoje seencontram as cidades de Mosso-ró-Areia Branca e Macau.

Montes de sal em cristais, la-vados pelas chuvas, formavambancos à beira d'água, confun-dindo a sua aparência com obranco puro das areias.

Em 1614, os filhos de Jerôni-mo d'Albuquerque, o primeiroCapitão-mór da Capitania do RioGrande, tinham umas salinasque se encontravam para o nor-te de Natal, distante 40 léguas,provavelmente em Macau. Elesafirmavam que "o sal per si secria", conforme Cascudo, histo-riador norte-rio-g randensel4).

Ele informa que antes do do-mínio holandês, "extraiam salem Guamarél5).

Durante a ocupação, os holan-deses retiravam sal marinho dacosta norte da Capitania, confor-me as verificações, a seguirmencionadas, do historiador Câ-mara Cascudo, na sua "Históriado Rio Grande do Norte"(5).

"Mas a zona das salinas, sabi-damente identificada pelo portu-guês desde fins do século XVI,éque teve rápida ocupação indus-trial pela mão batava, ajudadapela indiada que depois se revol-tou e matou os brancos".

"Os rios que delimitam a pro-dução salineira de Gedeon Mor-ris deJonge e seus continuado-res, pseudos descobridores dassalinas, são.o... Upanema... oMeiritupe, um desaparecido aflu-ente do rio Mossoró, morto peloavanço das dunas de areia sol-ta... e o rio Morro Branco, outro-ra desaguando no mar e presen-temente no rio Mossoró".

"Essa era a zona das únicassalinas holandesas, terras litorâ-neas no município de AreiaBranca. As salinas de Macau nãoforam trabalhadas pelo fla-mengo" .

A ocupação regular e normalnão alcançava cinco a seis lé-guas, partindo do litoral".

No seu livro "Geografia doBrasil Holandês", Cascudo dáoutras informaçõe94).Novembro de 1983- 333

"Na ilha da Tapera ainda hávestíg,ios de fortificação. Devemser apenas construções de abri-go de Gedeon Morris e de seusprepostos, feitoriando a tarefaindígena na colheita do sal".

"O Wararocuri, com sua salinacinco léguas rio acima e no bra-ço mais ocidental dele, talvezfosse o rio Morro Branco, outro-ra desaguando no mar..."

"O Meiritupe, com salina... se-ria um afluente do Mossoró..."

"A salina Huys der Woestyne(Casa do Deserto)... Essa é umadas salinas que Elbert Smientencontrou" .

"A salina-grande ou Carwara-tama fica a cinco ou seis léguasda Casa do Deserto... Seria a sa-lina do Guamoré".

"Elbert Smient descobriu ou-tra salina no Rio Maritombo...julgo ser a de Galinhos".

"Não foram utilizadas as duasúltimas" (Wararocuri e Meiritu-pe). "Upanema satisfazia às exi-gências do consumo e envio pa-ra Recife".

O interesse pelo sal doRio Grande

Os holandeses da CompanhiaPrivilegiada das índias Ociden-tais chegaram a Natal, saltandona praia de Ponta Negra, ou umpouco ao norte, no dia 8 de de-zembro de 1633. Conquistaramantes Pernambuco e lá se en-contravam desde fevereiro de1630. Dominaram praticamentetodo o litoral do Nordeste.

Na Capitania do Rio Grandeficaram pouco mais de 20 anos esomente a deixaram pela força,quando todos. vencidos militar-mente, capitularam em 26 de ja-neiro de 1654, na Campina doTaborda. Francisco Barreto deMenezes, o mestre de campo,recebeu as chaves da cidade doRecife, e entrou com seus gene-rais e capitães na cidade.

O domínio da Capitania do RioGrande pelos holandeses daCompanhia era necessário por-que, entre outras razões, consti-tuia a maior fornecedora de ga-

REVISTA DE QU/MICA INDUSTRIAL

do bovino para produção de car-nes e de bois mansos para car-ros e engenhos. Eles obrigavamos habitantes daquele territórioa mandar a Pernambuco a maiorquantidade de farinha de man-dioca, alimento básico na época,e de cavalhada para o serviço detração.

Certamente a existência de salcomum já pronto nas salinasdespertava interesse aos con-quistadores. No grupo de admi-nistradores da conquista haviahomens de grande e variadacultura, como o Conde Mauríciode Nassau (Johannes Mauritiusvon Nassau-Siegen), nascido naAlemanha o oficial superior Ar-ciszeweski (Christoff Artiszews-ki), nascido na Polônia, cientis-tas como Marggraf e Piso, e in-telectuais.

Eles conheceriam bem a histó-ria dos caminhos do sal na Euro-pa, que proporcionaram a cria-ção de empórios, a fundação decidades, como Londres (algu-mas carregam denominaçõesque lembram o sal) e estimula-ram as trocas e desenvolveram ocomércio.

Consideravam o açúcar umariqueza nova de valor imediato,e o sal sem dúvida uma riquezaem potencial.

Conclusão

Em conclusão, pode-se afir-mar que no Brasil seutilizava saldas fontes internas desde os pri-meiros tempos da Colonização:na Bahia, o sal gema dos barrei-ros; no Rio Grande do Norte, osal marinho já cristalizado nosbancos à beira das águas sal-gadas.

Na Bahia e mercados por elaservidos, muita gente salgoucouros e carnes, temperou co-midas e deu remédios de águasalgada com sal gema, o sal daterra, isto é, do país.

REFERÊNCIASBIBLlOGRAFICAS

(1) Lycurgo Santos Filho,"Uma comunidade rural do Bra-sil antigo", 447 páginas, Cia.

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Editora Nacional, São Paulo,1956 (Pg. 308-385).

(2) S. Fróes Abreu, "Funda-mentos geográficos da minera-ção brasileira", 125 páginas, ummapa organizado pelo autor, fo-ra do texto, Instituto Brasileirode Geografia e Estatística, Riode Janeiro, 1945 (pg. 62).

(3) Capistrano de Abreu, "Ca-pítulos de História Colonial", 6~edição, 259 páginas, Editora Ci-vilização Brasileira SA, Rio deJaneiro, 1976 (pg. 128, 127, 124,139, 140, 124,201).

(4) Luís da Câmara Cascudo,"Geografia do Brasil Holandês,307 páginas, Livraria José Olym-pio Editora, Rio de Janeiro, 1956(pg. 232).

(5) Luís da Câmara Cascudo,"História do Rio Grande do Nor-te", 525 páginas, Ministério daEducação e Cultura, Rio de Ja-neiro, 1955 (pg. 59, 89, 89, 89).

TRABALHOS DO AUTORSOBRE SAL COMUM

1. Indústria do Sal Comum, ca-pítulo 2 do traba1ho "A In-dústria Química no Brasil. ASituação Atual e os Rumosde seu Progresso", EstudosEconómicos, Conf. Nac. daInd., Ano 2, pág. 125-222,mar. e jun. de 1951; Ano 3,pág. 235-326, mar. e jun. de1952; e Ano 5, pág. 95-192,jan.-jun. de 1954. O Capítulo2 saiu em Est. Econ., Ano 2,pág. 138-151, mar. e jun. de1951.

2. Eletro-diálise para Produçãode Concentrados de Sal-moura a partir da Água doMar. Produção de sal co-mum. Correção de águas sa-lobras. Fabricação das mem-branas separadoras. Rev.Quim. Ind., Ano 35, pág. 59,fev. de 1966.

3. Sal Marinho sob o Aspectoda Tecnologia, conferênciarealizada sob os auspíciosdo Instituto Brasileiro do Salno Centro Norte-Riogran-dense, do Rio de Janeiro,

18

em 21 de setembro de 1966.Roteiro: 1. Antigüidade dosal nas civilizações; 2. O salno Brasil dos tempos colo-niais; 3. Condições para aindústria do sal comum; 4.Concorrência entre o salmarinho e o sal gema; 5.Dessalga da água do marcom produção de sal; 6. Dis-cernimento na utilização daságuas-mães; 7. O sal comomatéria-prima da indústriaquímica; 8. Quando são in-viáveis os projetos de indús-trias; 9. Quando são viáveisos projetos de indústrias; 10.É possível obter sal marinhobom e barato? Um resumoda conferência foi publicadona Rev. Quim. Ind., Ano 36,pág. 193, jul. de 1967.

4. Possibilidade de expansãoda indústria do sal. Em pers-pectiva alguns mercados ex-ternos. Rev. Quim. Ind., Ano40, pág. 99-100, abrode 1971.

5. O sal como matéria-prima,Rev. Quim. Ind., Ano 40,pág. 225, setembro de 1971.

6. Novo modo de obter sal ma-rinho. O processo da mem-brana de permuta de íons. OJapão produzirá um milhãode t, Rev. Quim. Ind., Ano40, pág. 300-301, novo de1971.

7. Sal Marinho de EvaporaçãoSolar. A necessidade deboas características, BoI. daCom. Exec. do Sal N<?1, fo-lhas 6-12, jan.-abr. de 1972(Rev. Quim. Ind., Ano 43,pág. 100-102,abrode 1974).

8. A Indústria de Sal Marinhono Brasil. Necessidade deproduto de boa qualidade(Parecer em 25 de abril de1972, sobre documento en-caminhado a uma entidadeda indústria pela Federaçãodas Indústrias do Estado doRio de Janeiro), Rev. Quim.Ind., Ano 42, pág. 294-295,novo de 1973.

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL.

9. Política Salineira Nacional.Critério a seguir quando aosal fluminense, Com. Exec.do Sal, folheto mimeografa-do de 9 pág., 10 de jul. de1972. (Rev. Quim. Ind., Ano43, pág. 16-19, janeiro de1974).

10. Sal Marinho sob o Aspecto daTecnologia. Capítulo 1: An-tigüidade do sal nas civiliza-ções; Capítulo 2: O sal noBrasil dos tempos coloniais,Rev. Quim. Ind., Ano 41,pág. 241-244, sel. de 1972.

11. 'Sal Marinho sob o Aspectoda Tecnologia. Capítulo 3:Condições para a indústriado sal marinho. Capítulo 4:Concorrência entre o salmarinho e o sal gema; Ca-pítulo 5: Dessalga da águado mar com produção desal, Rev. Quim. Ind., Ano 41.pág. 259-260, oul. de 1972.

12. Sal iodado. Para fins alimen-tares, com recomendaçãopara consumo por habitan-tes das zonas com deficiên-cia de iodo, Rev. Quim. Ind.,Ano 41. pág. 273-274, oul.de 1972.

13. Obtenção de Sal Marinho.Princípios gerais, Com. Exec.do Sal, folheto mimeografa-do em formato ofício, 5 pág.dez. de 1972.

14. Sal gema no Brasil. Dadoshistóricos. As primeirasgrandes jazidas. As iniciati-vas para aproveitar o sal ge-ma. Sal gema e sal marinho,janeiro de 1973. Rev. Quim.Ind., Ano 42, pág. 203-205,ago. 73.

15. O Terminal Salineiro do RN.Uma Ilha artificial a 14 kmda costa, Rev. Quim. Ind.,Ano 43, pág. 82, 84, 86 e 88,1 foto no texto e 1 foto colo-rida na capa, abril de 1974.

Novembro de 1983 - 334

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ETANOL

Fermentação contínua de álcoolInter-Uhde lança processo

A Inter-Uhde, atendendo aoapelo do governo brasileiro nosentido de participar do Progra-ma Nacional do Álcool (Proál-cool), está lançando ao mercadoo seu processo de fermentaçãocontínua do álcool intitulado"Inter-Loop", baseada em tecno-logia inédita da Hoechst/Uhde,que utiliza leveduras floculantes.

Por meio deste processo, osubstrato proveniente das moen-das e tratamento de caldo, livrede impurezas, com pH ajustadoe contendo os sais nutrientes, éalimentado em forma contínuapela bomba ao fermentador.

Aqui os açúcares são imedia-tamente fermentados, sendotransformados em etanol porprocesso contínuo. Uma deter-minada quantidade de mosto éretirada do fermentador e a leve-dura floculante decantada emum sedimentador, resultandouma fase rica e outra pobre emlevedura.

A fase rica em levedura retor-na ao fermentado r pela bomba,passando por um resfriador, as-

CORPO TÉCNICO DEINTER-UHDE

segurando, desta forma, umatemperatura ótima no fermenta-dor. A fase pobre em levedura,com um teor alcoólico de apro-ximadamente 7% em volume, fluipara o segundo sedimentador,onde a levedura restante é sepa-rada e retirada do processo co-mo subproduto.

O vinho é enviado pela bombapara a destilação. A regeneraçãocontínua do levedo se processapor meio de injeção controladade ar no fermentador.

Vantagens do "Inter-Ioop"

Grande flexibilidade no uso dematérias-primas: caldo, xaropeou melaço.

Fermentação em regime contí-nuo de um só estágio: unidadecompacta, espaço reduzido; flu-xo constante de insumos; mini-mização das perdas de açúcar;crescimento controlado de leve-duras; eliminação constante <lesólidos e infecções.

Outras vantagens são as se-guintes: maior produtividade;

maximização de rendimento; eli-minação das centrífugas; opera-ção simples, controles conven-cionais; fácil adaptação às des-tilarias existentes; minimizaçãodos custos operacionais normaise assistência permanente (ga-rantia de fornecimento gratuitode cepas e garantia operacionalHoechst/Uhde/lnter-Uhde) .

Dados gerais

Capacidade por fermentador:15 000 a 75000 litros etanol/dia;

Rendimento: 45 a 47 kg eta-nol/100 kg glicose;

Temperatura de fermentação:32°-35°C;

Taxa de produção de levedu-ra: 20 kg/1 000 litros etanol;

pH:4;Açúcar residual no vinho:

0,01%;Concentração de células no

fermentado r: 30-40 gll, . baseseca;

Concentração de etanol no vi-nho: 7-7,5°GL. *

16. Aproveitamento Industrialdas Aguas-Mães das Salinas.Estudos realizados no Bra-sil. Tentativas e realizaçõesna zona de Cabo Frio. A tec-nologia da costa francesa doMediterrâneo. Estudo do La-boratório da Produção Mi-neral. O processo da dipicri-lamina. Projeto de instala-ção de um complexo indus-trial em Macau. Desenvolvi-mento do projeto da CCN.Conclusão, Rev. Quim. Ind.;

Novembro de 1983 - 335

Ano 43, pág. 148-153, jun. 'de1974.

17. A indústria de Carbonato deSódio no Brasil. Com sal ge-ma ou sal marinho? Com salmarinho: por isso, a escolhada segunda fábrica da Cia.Nacional de Álcalis em Ma-cau, Rev. Quim. Ind., Ano43, pág. 181-182, jul. de 1974.

18. A Fábrica da Álcalis em Ca-bo Frio. A produção de sal

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

comum: processo da com-bustão submersa, viávelagora segundo a CNA, e fa-tores negativos na zona deAraruama, Rev. Quim. Ind.,Ano 44, pág. 245, set. de1975.

19. As sementes da indústriaquímica plantadas no Brasil.As salinas naturais, perto domar; e os "Iambedores" e"barrei ros", nos sertões,Rev. Quim. Ind., Ano 52. N~619, novo de 1983. *

19

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BIBLIOGRAFIA QUIMICA

Bibliografia química moderna

Introd ução

A pesquisa bibliográfica anteo progresso vertiginoso da Quí-mica e da informática constituisério desafio à argúcia do quí-mico de nível técnico ou supe-rior, na atualidade.

Para se manter atualizado oupara fazer o levantamento de da-dos de fabricação, preparação,análise, aplicação, toxicologiaou propriedades de um determi-nado produto químico, o interes-sado deve consultar inicialmenteas chamadas obras básicas e so-mente depois as obras especí-ficas.

1. OBRAS BAsICAS:Utilizar de preferência os di-

cionários de química, que são,na verdade enciclopédias resu-midas de química, como:

1.1 The Merck Index, 9.ed.,Merck, USA (1978)

1.2 The Condensed ChemicalDictionary, HAWLEY, 10th.ed.

1.3 Rom1Jp Chemie Lexicon(em alemão)

1.4 Guide de Ia Chimie Inter-nationale, Ed. SEP, Paris (e, so-mente depois, as grandes enci-clopédias) como:

1.5 Enc. of Chemical Techno-logy, Kirk-Othmer, 3th.ed., Ed.Wiley

1.6 Ullmann, 3~ ed. (em ale-mão) ou 4~ed. (em alemão), comíndice em inglês (há 2~ ed. emespanhol)

1.7 Enc. of Chemical Proces-sing, McKETTA, Ed. Marcel Dek-ker, USA

1.8 Enc. of Polymer Science,MARK, et aI., 1~ ed. e supl. 1,2,Ed. Wiley

20

C.S. PIMENTELQUíMICO, USP

2. OBRAS ESPECIFICAS:Muitas vezes o químico, ou o

técnico, tem necessidade de fa-zer uma pesquisa bibliográfica,chamada exaustiva ou detalha-da; então recorrerá às obras es-pecíficas, por exemplo:

2.1 Chemical Abstracts, Ed.American Chemical Society(ACS), o repertório mais comple-to de química, do mundo, ini-ciado em 1907.

2.2 Beilstein, para produtosorgãnicos, em alemão.

2.3 Gmelin, para produtosinorgânicos, também em alemâo.

2.4 Organic Synthesis ou Inor-ganic Synthesis, ambos de Ed.Wiley

O Chemical Abstracts e oBeilstein merecem comentárioespecial tal a sua grandiosidadee utilidade para químicos.

O chamado simplesmente C.A.moderno tornou-se difícil de semanusear devido o progresso danomenclatura química e o eon-sulente é obrigado inicialmentea usar o "Index Guide", para sa-ber com que nome um certocomposto químico aparece nacoleção. Às vezes, em casoscomplexos é preferível utilizar oFormula Index, em vez do Subs-tance Chemical Index. Assim,por exemplo: ceteno (ketene)aparecerá como "ethenone" ouna fórmula bruta C2H2O.Outrosíndices úteis são Author Index,Patent Index e o General Index,quando não se tratar de nomequímico. Com o aparecimentodo Collective Index cada 5 anos,o interessado obterá uma rápidabibliografia utilizando-os, porexemplo o 10'! C.L, que abrangeos anos de 1977 a 1981.

O Beilstein, apesar de ser emalemão, tem grandes vantagens

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

sobre o C.A., este somente indi-ca pequenos resumos de traba-lhos originais, das milhares re-vistas e documentos existentes,mas o Beilstein já fornece umabibliografia química de um certocomposto orgânico. Para isso épreciso usar o índice de fórmulaou de nome químico. A parteprincipal (Haupt) dá bibliografiasaté 1909, o 1'! Suplemento de1910 a 1919, o 2'! Suplemento de1920 a 1929, o 3'! Suplemento de1930 a 1949 e o 4'! Suplementode 1950 a 1959. A coleção após1960 está sendo preparada, de-vido o atraso motivado pela 2~guerra mundial.

Coleções úteis existentes in-cluem o "Traité de Chimie Or-ganique", de GRIGNARD, Ed.Masson, que fornece, apesar deser antiga, uma bibliografia com-pleta de uma substância quími-ca, o "Dictionary of OrganicCompounds", HEILBRON, 5~ed.,1982, em 7 vols. e muitas outrasque bons livreiros podem for-necer.

Na pesquisa de constantes fí-sicas há também muitas obras,sendo clássicas as seguintes:Handbook of Chemistry and Phy-sics, da CRC; Handbook of Che-mistry, LANCE; "Taschenbuch",de D'ANS-LAX; Constantes Phy-sico-chimiques da edição 'Tech-nique de I'ingénieur", Paris, etc.,além do clássico "InternationalCritical Table", e em alemão oLandolt.

É muito comum o interessadonecessitar de uma análise quími-ca qualitativa ou quantitativa;neste campo há extensa do-cumentação publicada em formadê livros, abstratos ou revistas.

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LIVROS:

1. Enc. of Industrial ChemicalAnalysis, Snell-Etre, Ed. Wiley

2. Mises au Point de ChimieAnalytique, Ed. Masson, Paris

3. Treatise of Analytical Che-mistry, Kohlthoff, grande cole-ção, ainda não terminada, da Ed.Wiley

4. Obras clás'sicas de Vogel,inglês ou traduzidas para verná-culo ultimamente (inclue análiseinorgânica e orgânica)

Obras pequenas, para rápidaconsulta há também uma grandevariedade, e citamos somente al-gumas a título de exemplo:

5. Treadwell, que aparece eminglês, francês, alemão, espa-nhol e português.

6. Handbook of AnalyticalChemistry, MEITES

7. Organic Analysis (em 6vols.)

8. Spot Tests, FEIGL, F., Ed.Elsevier, (orgânico e inorgânico)

ABSTRA TOS:Há poucos, como Analytical

Abstracts (de Londres), Chroma-tographic Abstracts, etc.

REVISTAS:A lista é grande e citaremos as

mais importantes como: TheAnalyst (Londres), AnalyticalChemistry (USA), Analusis (deParis), Zeits. Anal Chemie (Ale-manha), etc.

Azeótropos e equilíbrios (ousistemas) - Ultimamente os en-genheiros e químicos para seuscálculos de equilíbrio e de des-tilação necessitam de azeótro-poso O mais usado é o Azeotro-pic Data (da ACS), 3~ ed., ouobras mais recentes encontra-das nos livros de sistema líqui-do-vapor. Para tabelas ou curvasde equilíbrio líquido-vapor, cita-mos: HALA, Vapour-liquid equi-librium, (ed. Pergamon) e WICH-TERLE, HALA et aI., Vapor-liquidequilibrium data bibliography,(da Elsevier) ou Computer databook of vapour-liquid equilibria,HIRATA (da Elsevier).

Os dados de equilíbrio líquido-líquido se encontram em obrasde solubilidade, seja dos váriosHandbooks of chemistry ou emSTEPHEN, Solubilities, ou Li-quid-liquid equilibrium data col-lection, da Dechema (Alemanha).

Finalmente, na parte da mo-derna toxicologia a obra clássi-ca é Industrial and Hygiene To-xicology de PATTY, já na 3~ ed.,ainda em publicação. Para infor-mações rápidas o interessadousará o Merck Index, ou o dicio-nário de SAX, na parte industrial.

O químico moderno somentecom muita perspicácia poderáobter uma realmente útil biblio-grafia química. Há vários centrosde documentação do país, comodas grandes Universidades (S.Paulo, Rio, Brasília, UNICAMP,Campinas) e Institutos como IPT,Butantan, do Nacional de Tecno-logia (do Rio), etc. sem contar oIBICT (CNP) do Rio e Brasília,especializado em documentaçãoe informacão. *

Santo André,04 de novembro de 1983.

ALCOOLQuíMICA

Produtos derivados de AlcoolquímicaRhodia exportará no valor de US$ 9,5 milhões

Primeira empresa instalada noBrasil a investir na Alcoolquími-ca, a Rhodia exportará, nos pró-ximos 15 meses, cerca de 16 500toneladas de acetato de etila eoutras 1 200 de triacetina. A ex-portação desses dois produtosderivados do álcool etílico signi-ficará uma receita de divisas novalor aproximado de US$ 9,5milhões.

Estas vendas no mercado ex-terno - que estão sendo reto-madas agora pela Rhodia - só,se tornaram possíveis graças à

Novembro de 1983- 337

W. N.GERENCIA DE COMUNICACOES

recente decisão do Governo deassegurar à indústria alcoolqui-mica brasileira, durante o perío-do de setembro/83 a novembro/84, quantidades e preços de ga-rantia para o álcool consumidona fabricação de produtos desti-nados exclusivamente à expor-tação.

Paralelamente, e para essa fi-nalidade específica, o Governoconcedeu a isenção do paga-mento da taxa de contribuiçãocobrada pelo IAA - Instituto doAçúcar e do Álcool.

REVISTA DE QU/MICA INDUSTRIAL

Estas duas medidas permiti-ram à indústria alcoolquímicabrasileira - que utiliza comomatéria-prima principal o álcooletílico - recuperar a competiti-vidade de seus preços no mer-cado internacional, onde a qua-se totalidade dos concorrentesopera com produtos derivadosdo petróleo.

Ao mesmo tempo, a garantiade suprimento mediante a defi-nição de quotas criou condiçõespara que as empresas possamestabelecer cQntrat()s d~. médio "

.,.,.."21"

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e longo prazos com seus clien-tes no exterior, eliminando o ris-co de oscilações na disponibili-dade da matéria-prima no mer-cado interno.

CONSUMO DE ALCOOL

Atualmente, a Rhodia conso-me cerca de 25% dos 400 mi-lhões de litros de álcool destina-dos anualmente à indústria alco-olquímica na fabricação de pro-dutos como aldeído acético,acetato de etila, éter sulfúrico,ácido acético e vários acetatos(isobutila, vinila monõmero, ace-tato de celulose, entre outros).

Com as exportações de aceta-to de etila e triacetina, utilizadosna produção de solventes paraas indústrias de tintas e vernizese de acetatos de segunda gera-ção para produtos têxteis sintéti-cos, a Rhodia aumentará em27,1 milhões de litros o seu con-sumo de álcool etílico durante operíodo de setembro/83 a no-vembro/84.

A empresa conserva umagrande tradição no desenvolvi-mento da Alcoolquímica, tendoiniciado suas atividades no Bra-

sil em 1921 com a utilização deálcool na fabricação de ácidoacético, cloreto de etila e éteretílico, entre outros produtos.

Em 1942, em função das difi-culdades de abastecimento des-sa matéria-prima, adquiriu umafazenda no município de Paulí-nia para o plantio de cana-de-açúcar voltado para a produçãode álcool industrial.

No final da década de 50, aRhodia instalou nesse local asunidades industriais para a fa-bricação de aldeído acético, áci-do acético, acetato de vinila mo-nõmero e emulsões vinílicas,que deram origem à formaçãodo primeiro grande complexo al-coolquímico do País.

EXPANSÃO

O consumo de álcool pelaRhodia, que passou dos 56 mi-lhões de litros em 1977 para osatuais 100 milhões, deverá apre-sentar uma taxa de crescimentomais moderada nos próximosanos, uma vez que a empresaestá operando a plena carga nasáreas tradicionais. A expansão

futura se dará em função dosnovos projetos de Química Fina,da exportação e dos ganhos deprodutividade nas atuais insta-lações.

Hoje, particularmente após osucesso comprovado do Proál-cool, a Rhodia tem maiores ra-zões para acreditar na evoluçãoda Alcoolquímica, até como es-tratégia econõmica nacional, namedida em que o Brasil é omaior produtor mundial e o paísmais desenvolvido nesse setor, adespeito dos fatores de ordemeconõmica presentes no mo-mento atual que inibem uma no-va escalada de investimentos.

A importância do álcool para aRhodia pode ser dimensionadapelos aproximadamente 20% departicipação da linha de acéti-cos no faturamento líquido daDivisão Química, sem incluir asignificativa parcela correspon-dente .aos produtos intermediá-rios que são utilizados pela Divi-são Têxtil da empresa.

Cabe destacar ainda que 21%da receita de exportação da Di-visão Química têm sido prove-nientes dessa linha. *

CROMA TOGRAFIA

Cromatografia líquida de alta eficiênciaGrupo de discussão em reuniões científicas

Resumo da 1~Reunião Cientí-fica. Realizada no Instituto deQuímica da UFRJ em 13/06/83com a presença de representan-tes das seguintes Instituições/Empresas:

Instituto de Química UFRJ;Grupo Química Indl. Ltda.; Pe-trobrás (CENPES); Senai (CE-TIQT); Schering S.A. Ind. Quim.e Farm.; Sidney Ross Co.; For-

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EFETUARAM-SE, AQUI NO RIO DE JANEIRO, ALGUMAS REUNiÕES PARADISCUTIR O ASSUNTO QUE FIGURA NO TíTULO.

miplac; Souza Cruz; Lab. SilvaAraújo (SARSA); CEPEL; Inst.Cient. C.G.

Cada participante descreveuresumidamente suas atividades,definindo as áreas de interesse.Iniciado cadastramento formaldos membros do Grupo, estandoas informações à disposição dosdemais componentes.

Decidiu-se que a próxima reu-REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

L.A. D'AVILAIQ DAUFRJ

nião se realizará no dia 30/06/83,no Instituto de Química da UFRJ(Ilha do Fundão - Bloco A -C.T. - sala 601) às 17:30 hs coma seguinte programação:

Apresentação e cadastramen-to dos membros novos; Apresen-tação dos trabalhos: "Filosofiade análise de traços em HPLC";Godfrey H. W. Deane - Petro-brás - Cenpes (parte do traba-

Novembro de 1983 - 338

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lho foi apresentado no VII En-contro Nacional de Analistas deResíduos de Pesticidas, 15, 16,17 de junho de 1983, S. Paulo);"Análise de resíduos de pestici-das por HPLC; Moacir HorácioMacedo de Oliveira, Souza Cruz.

Resumo da ~ Reunião Cientí-fica de 30/06/83.' Local: I.Q./UFRJ;

Participantes: 22 representan-tes de Instituto 'de Química;UFRJ; Grupo Química Ind. Ltda.;Souza Cruz; Sidney Ross Co.;Lab. Silva Araujo Roussel S/A;Formiplac; Ind. Biofísica-UFRJ;INCQS; SENAI/CETIQT; ROCHE;MERK; Petrobrás/CENPES; CE-PEL; C.G. Inst. Científicos.

Foram apresentados os se-guintes trabalhos: "Filosofia deanálise de traços em HPLC",Godfrey H-W. Deane, do CEN-PES/Petrobrás; e "Análise de re-síduos de pesticidas por HPLC",Moacir Horácio Macedo de Oli-veira, Souza Cruz.

Resumo da ~ Reunião Cientí-fica de 28/07/83. Local: IQ/UFRJ;

Participantes: 27 representan-

tes de Instituto de Química,UFRJ; Grupo Química Indl.Ltda.; Núcleo de Pesquisas deProdutos Naturais, UFRJ; Sche-ring; Sydney Ross; Souza Cruz;CEPEL; CETIQT-SENAI; C.G. Ins-trumentos Científicos; Lab. SilvaAraújo-Roussel; Formiplac; Inst.de Biofísica, UFRJ; Roche;GETEC.

F.oi apresentado o seguintetrabalho: "Uso de metais emHPLC", L.A. d'Avila, do IQ./UFRJe Grupo Química Indl. Ltda.Foidiscutida a necessidade de nãorestringir as atividades do Grupoà apresentação e discussão detrabalhos científicos, no estilode seminários. Enfatizada a im-portância da discussão dos pro-blemas cotidianos envolvendo aCLAE, fomentando uma partici-pação mais ativa de todos ospresentes.

Resumo da 4~ Reunião Científicade 25/08/83. Local: IQ./UFRJ;

Participantes: 16 representan-tes de Instituto de Química,UFRJ, Grupo Química Indl. Ltda.;

Cia. de Cigarros Souza Cruz;Formiplac; Instituto de Biofísicada UFRJ: Sydnei Ross; Sche-ring; Perkin Elmer; Petrobrás-Cenpes; Lab. Silva Araújo Rous-sei; Getec; Haarmann & Rear.

Foram discutidos aspectos re-lacionados com a separação equantificação, no controle dequalidade de produtos farma-cêuticos, pelos representantesda Schering. Da ampla partici-pação dos presentes surgiramdiversas sugestões que serãocomentadas e reavaliadas naspróximas reuniões.

Reunião Científica de 29/09/83.Local: Instituto de Química, daUFRJ- Bloco A - C.T. - sala601, às 17:30 h com a segu inteprogramação:

Apresentação e discussão dealguns problemas envolvendoCromatografia por Permeaçãode Gel (GPC), pelos representan-tes da Formiplac. Continuaçãoda discussão dos problemas en-volvendo a CLAE na indústriafarmacêutica. *

SODA CÁUSTICA

Soda cáustica.

Capacidade diária de produção nos EUA e no Brasil

Segundo dados apresentadospelo folheto ABICLOR, da Asso-ciação Brasileira da Indústria deÁlcalis, Cloro e Derivados, deabril-junho de 1983, a capacida-de instalada das fábricas nos Es-tados Unidos da América é de41 511 toneladas por dia.

O consumo americano foi, em1982, de 9 300 000 t de sodacáustica.

Por produtor a capacidadeinstalada é a seguinte, por t/dia.1. Dow 122502. P.P.G. 4730

Novembro de 1983- 339

APY ABA TORYBARIODEJANEIRO

3. Diamond Shamrock.. 38504. Hooker . 34005. Olin 28606. L C P 1 8507. Georgia-Pacific 1 6438. Vulcan 1 4689. Convent 1 265

10. Stauffer 1 17211. DuPont 1 10012. Pennwalt 1 05013. BASF 1 03614. F MO 83215. Kaiser 66716. Otherst 60017. Formosa Plastics 600

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

18. Weyerhauser ............19. Alcoa ..........................20. Shell ..........................

425398315

41511

Assinala ABICLOR que a capa-cidade instalada dos 14 fabri-cantes de soda cáustica no Bra-sil é de 2514 toneladas por dia.

Com relação ao consumo, oamericano era, em 1982, de9300000 t, contra o brasileirode 638 698 t, no mesmo ano. *

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ETILENO

Ensaio de novo processopara produzir etileno a partir de metana

No mundo há muita metana. Ogás natural encontrado na EuropaOcidental. à parte certas impure-zas, é composto essencialmentede metana. Há outras abundantesfontes deste gás.

Vem-se procurando obter eco-nomicamente etileno partindo demetana. Espera-se que se consigaeste objetivo dentro de poucotempo.

Há um processo chamado Ben-son desenvolvido por Uebert-Si-

As flores de piretro (Chrysan-temum cineriaejolium), cujo habi-tat é a Dalmácia. cultivado em vá-rios países, inclusive no Brasil,têm sido utilizadas em preparaçõesinseticidas.

Contêm um óleo volátil (1-1,5%),piretrina, piretrol e outros com-postos.

O piretro é inócuo para o serhumano e animais domésticos.Devido ao seu valor como inseti-cida. tem sido objeto de conside-ráveis estudos.

Os inseticidas com base de pi-retro foram usados largamente.Depois foram sendo substituídospor produtoS químicos muito enér-gicos como inseticidas, mas comefeitos perniciosos para o ser hu-

mon Intemational (LSI), que tra-balha segundo o esquema tra-çado.

Um reator protótipo para en-saiar o novo processo tem. opera-do nos Laboratórios Battelle doNoroeste, em Richland, Washing-ton, após estudos de viabilidadeconduzidos em setembro de 1982.

Os resultados obtidos no Battel-le "indicam um substancial retor-no no investimento, no caso de

uma companhia petroquímica,nos negócios de derivados de 00-leno".

LSI tem correntemente negocia-do com certo número de compa-nhias, inclusive duas no Japão efirmas no Canadá, na Suiça, naAlemanha Ocidental e nos PaísesBaixos, para a conversão de pe-quenos craqueadores para o pro-cesso de metana.

Esta conversão custará 10 a 15milhões de dólares e levará 12-14meses.

O processo Benson, que utilizacloro num sistema de reciclagema 1 700-2 ooooC e pressão atmos-férica, afigunt-se muito promissorpara a produção de cIoreto de vi-nila (monômero) numa simplesfase. *

PIRETRÓIDES

Piretro, piretróides e fábricas

mano e animais, e ainda para oambiente.

Ultimamente, têm voltado os pi-retros (em pequena escala) e che-gam os piretróideS<1).

* * *

Na Índia, a Sear1e India Ltd.está montando a primeira fábricaindiana de um piretróide sintético:em Gujarat, oeste da Índia.

PROCESSO POR MEMBRANA

Membrana para a indústria eletrolíticade cloro-soda cáustica

O fabricante japonês de produ-tos químicos Nikkei Kako Com-pany obteve licença da Asahi Che-mical para usar o processo da24

I,

tecnologia pela membrana sepa-radora no processo cloro-álcali.

A firma que recebeu a licençafabrica na base de 12 000 t/ano

_REVISTADEQUIMICAINDUSTRIAL.

A companhia obteve licença pa-ra uma indústria que produza 100t/ano.

Outras companhias químicas,como a Hoechst Pharmaceuticals,a National Organic Chemical In-dustries, a Rallis India, também secandidataram a produzir lá pire-tróides sintéticos. *

(1) O sufixo-oide (do gr. eidos) denotasemelhança. Piretróide-semelhante a pi-retro.

correntemente cloro e soda cáusti-ca para a firma do grupo a NipponUght Metal.

A nova unidade tem capacidadenominal de 36 000 t/ano.

Esta é a primeira licença con-cedida pela Asahi Chemical desdeque recebeu a patente de invençãoem outubro de 1982 no Japão.

Asahi Chemical mantém dispu-ta legal a respeito de invenção demembranas separadoras com aAsahi Glass. *

Novembrode 1983- 340

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METANA

Resíduos que contenham açúcar eamido produzem metana

Lehrter Zucker AG, fabricantede açúcar, perto de Hannover, R.F. da Alemanha, há meses deuinício ao funcionamento de umainstalação de tratamento de águaresidual que concomitantementeproduz o gás metana, tanto ma-téria prima química, como com-bustível de múltiplas aplicações.

A instalação foi financiada àparte, com aplicação de 1,8 mi-lhão de DM (marcos alemães), um

Há pouco tempo, foi lançado aomar, antes do prazo, o navio-tan-que Jacuhy de 24 000 dwt paraprodutos químicos, dos estaleirosde Dunquerque, bem ao norte daFrança, os Chantiers du Nord etde Ia Mediterranée.

A construção do navio foi auto-rizada em fevereiro de 1982 pelafirma brasileira Empresa de Nave-gação Mercantil.

Ao mesmo tempo foi encomen-dado o Japery, navio-tanque paraprodutos químicos, também coma tonelagem bruta de 24 000 dwt(dead weigth ton). O navio-tan-que, para ser lançado ao mar em

prêmio do Ministério para a Pes-quisa e a Tecnologia.

De acordo com a companhiaaçucareira (açúcar de beterraba),até 1()() metros cúbicos de água-resíduo, provenientes da produçãode açúcar, podem ser purificadospor hora, ao mesmo tempo que seconseguem 50-80 metros cúbicosde metana. Esta deriva da bio-massa obtida na purificação.

Este procedimento de aprovei-tar restos permite economia de

energia na secagem de beterrabaaçucare ira para forragem deanimais.

O processo é aplicável tambémem outros casos de aproveitamen-to de restos que contenham açú-car e amido.

Nota da Redação. Este modelode aproveitar economicamenteprodutos residuais e matérias pri-mas em pequena escala, e quepara muitos constituem restossem importância, é bem uma fa-ceta do modo tradicional alemãode trabalhar na indústria. Comboa organização e a melhor técni-ca, o alemão tira do pouco o mui-to que caracteriza a tecnologia daverdadeira prosperidade. *

NAVIO-TANQUE PARA QUÍMICOS

Lançado ao mar o Jacuhy e quasepronto o Japery

junho de 1984, possivelmente ain-da o será no corrente ano.

O estaleiro está também cons-truindo dois cargueiros químicos,um com 23 170 dwt, para a Pe-trobrás, e outro de 24 dwt (navio-tanque) para a Cia. Brasileira deTransporte de Granéis.

Outro estaleiro francês, Rochel-le-Pallice, está construindo dois

NITROGÊNIO

Microrganismo do solo que permiteàs plantas fixarem melhor

nitrogênio do ar

Nova companhia constituída hácerca de um ano no Canadá paraoperar em biotecnologia, denomi-nada abreviadamente ALLELIX,assinou um contrato importante,para pesquisa.

Novembrode 1983- 341

O contrato de 2,2 milhões dedólares canadenses por cinco anosfoi realizado com a McGill Uni-versity - Grupo de EngenhariaGenética, para estudar e deSenvol-ver um microrganismo do solo que

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

navios-tanques de 10000 dwt pa-RA a Flumar do Brasil.

O Brasil considera-se, ou seconsiderava, o terceiro maiorconstrutor de navios do mundo.Entretanto, as encomendas aquimencionadas foram colocadas naFrança. O nosso país tem cons-truído navios para outras nações.Isto é o comércio livre. *

melhore a propriedade, de qUE:plantas dispõem, para fixar nitro-gênio, de modo a aumentar osrendimentos das safras e possamreduzir o consumo de adubos mi-nerais.

O trabalho no Grupo iniciou-sefocalizando a bactéria Rhizobiumjaponicum, que especialmente éinterativo com soja.

ALLELIX é propriedade do go-verno provincial de Ontario, dogrupo cervejeiro Ontario, de JohLabbatt e de Canada DevelopmentCorporation. *

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Segundo o trabalho "8io-technology of Oils and Fats", re-ferido no fim deste artigo, a pro-dução de óleos e gorduras atingiráaproximadamente 63 milhões detoneladas no corrente ano de 1983.

Óleos e gorduras encontram-seentre as matérias primas mais ba-ratas para a indústria qtúmica.Encontrarão consumo sempremaior.

Observa-se pouco incentivo eco-nômico e técnico para aumentar aquantidade destes artigos.

Por exemplo: há pouco estimuloao emprego de microrganismos na

ÓLEOS E GORDURAS

Conforme estudo, a indú~ químicaconsumirá mais óleos glicerídios e gorduras

substituição do processo de ex-tração.

Pode-se esper~, como progres-so, a produção de óleos e 'gorduraspor meio de microganismos, fican-do mais estável e mais segura.

Várias técnicas podem ser utili-zadas para produção, como inter-esterificação para fornecer gordu-ra de cacau ou rompimento de

ADUBOS NITROGENADOS

Estagnado o consumo mundial defertilizantes nitrogenados em 1981-82

De acordo com relatório anualrecente da. Ruhr Stickstoff, o con-sumo mundial de adubos nitroge-nados estacionou.

Na verdade, ele baixou de 60,56milhões de t de N para 60,44milhões de N, em virtude do débilconsumo nos países em desenvol-

Uhde, da R. F. da Alemanha,oferece um processo de obtençãode metanol a partir de metana.

Este processo, de baixo consu-mo de energia, baseia-se na tecno-logia de reforma a vapor, na sín-tese a baixa pressão da ICI (Im-perial Chemica1 Industries) e natecnologia de destilaria da Ho-echst-Uhde.

O consumo de energia é de 7,0GcaI/t do produto e não necessitade dióxido de carbono.

26

vimento e da queda acentuada nosEUA, do período anterior, para1981-82.

Uma análise da situação ocorri-da em grandes regiões moStraque, muito embora o consumo deadubo nitrogenado tenha aumen-tado na Ámca e Oceania cerca de

moléculas de gordp.ras por en-zimas. . .

Aquisições da 8iotecnologia po-derãq orientar a produção de no-vos ácidos gordurosos, surfatantese intermediários para a indústriaquimica. *

Fonte: "Bioteétmology oi 0& and Fats";M. K Schwitzer, 33 Shepherd's HiII,Lon-don N6 5QJ, Reino Unido.

4,1 % e 3,5%, respectivamente,não foi suficiente para contraba-lançar a queda de consumo ameri-cano da' ordem de pouco mais de11 milhões de t, ou seja, umaqueda de 6,3%.

A França permanece como omaior consumidor da EEC (Co-munidade Econômica Européia).

O comércio internacional de fer-tilizantes . nitrogenados tambémdecresceu ligeiramente de 11,8milhões de t para 10,3 milhões.

O consumo mundial de adubose nutrientes caiu de 116,3 milhõesno período anterior para 115,3 mi-lhões em 1981-82. *

METANOL

De metana a metanol

A unidade de destilação é oprincipal fator de economia ener-gética no pacote do processo.Também permite alto rendimento- cerca de 99,6% são obtidos.

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

Os subprodutos, inclusive águaresidual, são reciclados.

Resulta como único produto 0-met8Ool. Há instalações com C3-pacidade de 2 500 t/8Oo. *

Novembro de 1983 - 342

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Subsidiária da Enichimica. aEnichimica Secondaria. empresadedicada à química fina. concluiuhá algum tempO um acordo comNordeste Química S.A. NORQUI-SA no campo dos agroquímicos.

Trata o acordo da organizaçãode uma empresa. denominada Ni-trodor Produtos Químicos. con-trolada pela NORQUISA comações também para Liquipar(30%) e PETROQUISA (20%).

DERIVADOS DO BENZENO

Derivados clorados, nitrogenados eaminados da Norquisa-Nitroclor

Providenciará a Enichimica Se-condaria o projeto básico a a tec-nologia para a nova companhia.que deverá produzir derivados clo-

HIDROGÊNIO

Processo da Caloric, da R. F. da Alemanha

A firma de engenharia de pro-cessos Caloric. da República Fe-deral da Alemanha. desenvolveuum processo de oxidação parcial

Vem sendo construida pela Nip-pon Zeon. nas instalações de Ta-kaoka. uma fábrica para produçãode borracha nitn1ica especial comcapacidade anual de 1 000 tone-ladas

O estabelecimento será comple-tado e entrará em plena produ-ção no mês de abril de 1984. de-pois de um ensaio de funciona-mento. O custo ficará em quantiasuperior a dojs bilhões de ienes.

O produto será uma borracha. nitrilica altamente saturada feita

principalmente de acrilonitrila ebutadieno. O produto vai atenderà procura crescente deste tipo de

para a obtenção de hidrogênio. dealta pureza (99.~99%). ou em mis-tura com nitrogênio. quando pro-cedente de amoníaco (NHs).

rados. nitrogenados e aminadosdo benzeno.

As instalações produtotas fica-rão em Camaçari. Babia. *

A Caloric encontra no proc~a vantagem de emprego quandose dispõe economicamente deamoníaco. e também quando senecessita de hidrogênio periodica-mente.

Uma instalàção deste processocusta aproximadamente a metadede uma pela reforma a vapor. damesma capacidade. *

BORRACHA NITRÍLICA

Nova fábrica de especial borrachanitrilica de alta saturação

borracha para componentes usa-dos em automóveis.

Tem apreciável resistência aoóleo. ozônio quente ou mo, a pro-dutos químicos e desgaste pelouso.

Possui alta qualidade de mol-dar. como a S8R (borracha deestireno-butadieno) e NBR (borra-

ETANOL

Novo processo contínuo estudado na Austrália

Pesquisadores que trabalhamna Sydney University, Austrália.estudaram um processo contínuopara produção de álcool etílico. a

Novembro de 1983- 343

partir de beterraba. ou de cana deaçúcar.

O chefe do grupo de pesquisa-dores é o Dr. John Barford. do

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

cha de butadieno-nitrila). A vulca-nização com enxofre ou peróxido épossíveL

Serão três os tipos de borracha.

A produção destinar-se-á à in-dústria de automóveis, aviões, àperfuração de poços petrolíferos.etc. *

Departamento de Engenharia Quí-mica da Universidade.

Já foi financiado com duas sub-venções governamentais o estudo.

No meado deste ano havia ne-gociações. Companhias particula-res e o governo australiano levan-taram fundos para financiar aconstrução de uma fábrica piloto afim de ensaiar o processo. *

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INFORMADOR INDUSTRIAL

Ácido Acético e AcetatosCloroetil Solventes Acéticos SARua Senador Flaquer, 45 - 3'?04744 SÃO PAULO- SP -Te!.: (011) 440-8722

ÁcidosCasa Wolff Com. Ind. Prod. QuímicosEstrada do Timbó, 20821061 - Rio - Te!.: 260-7183

AdesivosAdesivos IndustriaisGerlinger & Cia..Ltda.Rua Porena, 113 - Ramos21040 - Rio - Te!.: 260-0949

Água e efluentesTratamento e Instrumento paracontrole operaciona!. InstitutoTécnico Cientifico Ind. eCom. Ltda.Rua Sebastião Guimarães Correia, 1 B04304 - São PauloTels.: 276-3543 e 578-3512

AmidoAmido para fins IndustriaisIndústrias de Fécula Cia. LorenzAv. Preso Vargas, 446/180520071 - Rio - Te!.: 233-0631

Al'J1'Olasde VidroIndústria e Comércio Vitronac SARua José dos Reis, 658

. 20770- Rio- Te!.:269-7552

AnticorrosivosJatos de areia Pinturas especiaisLithcote SARua General Gurjão, 220931 - Te!.: 254-4338

Aquecimento de Água a ArHidrosolar SA Energia SolarRua Teõxeira Ribeiro, 61921040 - Rio -;- Te!.: 230-9244

AutoclavesOmnium Cientifico Imp. e Com. Ltda.Rua da Lapa, 293 loja B20021 - Rio - Te!.: 242-9294

BalançasBalança Ensacadeira AutomáticaMATISA.Solicite catálogosMatisa S.A. Caixa Postal 17513480 - Limeira - SP-Te!.: (0194) 41-2105

CaldeirasDe Johnston BoilerJaraguá S.A. Ind. MecânicasAv. Mofarrej, 711 Dept. Calde as05311 - São Paulo - SP --Te!.: (011) 260-4011

Carronato de BárioQuín\:ca Geral do Nordeste S.A.Av. Preso Wilson, 165/102020030- Rio- Te!.: 240-0212

28

Carbonato de CálcioCia. Industrial Barra do Piraí SARua Senador Dantas, 71/40120031 - Rio - Te!.: 220-4596

Cloreto de Alumínio"ANIDRO".Clorallnd. Prod. Químicos Ltda.Estrada do Pedregoso, 400023000 - Rio - Te!.:394-5177

Energia SolarAquecedores Projetos, Venda,Montagens Aqualar Metais Ltda.Rua São Luiz Gonzaga, 170120910 - Rio - Te!.:228-7120

EstufasEstufas para indústria e laboratóriosCalefação Elétrica Ltda.Rua Eloi Mendes, 8125000 - Caxias - Te!.: 771-3434

Fibras CeranicasBabcock Wilcox Fibras Cerâmicas Ltda.Rua Figueiredo Magalhães, 286/122031 - Rio - Te!.: 256-2636

FomosIndústrias Químicas e outrasSigma SA Metalurgia e CalefaçãoAv. Franklin Roosevelt, 39/50120021 - Rio - Te!.:220-0576

GaxetasDe vários tipos para diferentes finsAsberit SAAv. Automóvel Club, 893921530 - Rio - Te!.:391-7155

GessoGesso Brasil Ltda.Rua Ana Neri, 612, Gr. 320911 - Rio - Te!.: 261-1106

GrafiteRingscarbon Prod. de Carvão eGrafite Ltda.Anéis, Tarugos, Placas, BuchasPeças mediante especificaçãoAv.Miruna,520 -04084 - São Paulo - SP -Te!.: (011) 241-0011

ImpermeabilizantesProdutos químicos Sika p. construçãoVendas: Montana - Te!.: (021) 233-4022Rio de Janeiro - RJ

ImpermeabilizantesProd. para argamassas e concreto'Isolamentos Modernos Ltda.Av. Carlos Marques Rolo, 99526000 - Nova Iguaçu - RJTels.: 796-1674 - 796-1665

ImpermeabilizantesAditivo concentrado que não deixavazarSoco Ind. de Impermeabilizantes DryLtda.Te!.: (021) 220-6585 - Rio de Janeiro- RJ

REVISTA DE QUIMICAINDUSTRIAL

Instrumental CientíficoInstrumentos p. ensaios não destrutivosinstrumentos Kern do Brasil SAAv. Rio Branco, 14 - 2'?e3'?20090 - Rio - Te!.: 253-2722

Instrumentos/SistemasBristol Babcock Instr. do Brasil S.A.Rua Diamantina, 831Vila Maria - Te!.:291-624402117 - Telex (011) 21807

Instrumentos Técnicos e CientíficosInstrumentos Técnicos e CientíficosPolilab Ind. e Com. Ltda.Rua Sebastião Guimarães Correia, 1 B04304 - S. PauloTels.: 276-3543 e 578-3512

Laboratórios - Projetos e FabricaçaoVIDYFabricação de Laboratórios Ltda.Rod. Regis Bittencourt, km 272,5n'? 336006750 - Taboão da Serra - SPTe!.: (011) 491-5511- Telex 25600

LaninadosProdutos e Materiais "Formiplac"Cia. Química Industrial de LaminadosAy. Automóvel Clube, 10976-Te!.: 371-292121530 - Rio de Janeiro - RJ

Matérias Primas FarmacêuticasAlquim Indústria e Comérciode Produtos Químicos Ltda.Rua Ourique, 115021011 - Rio - Te!.: 351-1788

Papel para Embalagem FinaBrasilcote Indústria de Papéis Ltda.Av. Fabio Eduardo Ramos Esquível, 43009900 - Diadema - SP -Te!.: 445-1211

Prevençao de incêndioServiços técnicos ProtecRua Camerino, 128 - 8'?e 12~20080 - Rio - PA8X 263-6383Te!.: (021) 283-2487

Sulfeto de SódioQuímica Geral do Nordeste SAAv. Preso Wilson, 165/102020030 - Rio - Te!.: 240-0212

Termo-telhaRevestimentos ligados p. poli-uretano.Tupiniquim Termotécnica SARua Albano Schmidt, 275089200 - Joinville - SCPA8X (0474) 22-3066

TransportesDe Produtos QuímicosTransulta SAAv. Graça Aranha, 206/50520030 - Rio - Te!.: 242-5911

Tubos e conexOesMarca TigreRua Xavantes, 5489200 - Joinville- SC

Novembro de 1983- 344

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