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FPB- FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAIBA CST GASTRONOMIA Professora: Tatiana Ramalho Barbosa Disciplina: Leitura e Produção de Textos Linguagem Oral e Linguagem Escrita Você já deve ter percebido que é possível se comunicar de forma oral e de forma escrita. Em alguns casos, dependendo do meio, essas formas se misturam. Mas que cuidados deve-se ter ao utilizar essas duas formas de comunicação? Se repararmos, falamos muita coisa que não se vê escrita, pelo menos, não em documentos oficiais, em textos acadêmicos, em notícias de jornal etc. Quer ver um exemplo? Você está procurando um amigo. No shopping, encontra outra pessoa, um amigo comum seu e do amigo que você procura. Imediatamente, ao ver esse amigo em comum, você pergunta: “Cê viu fulano?”. E seu amigo, prontamente, responde: “Nos últimos instantes, não o vi. Não obstante, ao vê-lo, digo-lhe que tu estás a sua procura”. Já imaginou como você se sentiria? Não teria vergonha de ter-lhe dito “Cê”? Você não acha que seu amigo é esnobe demais? Quem estava mais adequado ao se expressar nessa situação? Você, que se mostrou próximo, descontraído, camarada, ou seu amigo, que se pautou pela Gramática Normativa para se comunicar consigo em uma situação extremamente informal? Por certo, ambos fizeram escolhas, ambos estabeleceram parâmetros distintos para a comunicação, e isso ficou marcado pela forma com que tomaram a língua portuguesa, que algumas pessoas dizem ser escrita e falada de forma igual. Nesta aula vamos descobrir que a língua falada e escrita não são tão iguais assim e que, para se comunicar corretamente, embora possam se misturar uma na outra de vez em quando, não são comutáveis sem critérios específicos. Assim, não se pode usar uma em lugar de outra, sem que isso seja um procedimento realizado sob critérios que atendam a um propósito. A Soberania da Escrita Os valores sociais atribuídos à escrita são tantos que, na história da humanidade, são considerados dois períodos, a Pré-história e a História, separados por um divisor de águas: o surgimento da escrita. O período que chamamos de Pré-história é assim intitulado porque, naquele período, não existia a escrita. Na chamada Pré-história, os povos se valiam de figuras gravadas em pedras. Essa forma de comunicação, de expressar pensamentos e emoções por intermédio desses símbolos é conhecida como escrita pictórica, mas não era, exatamente, escrita. O próprio pensamento platônico aceita a importância da escrita ao dizer, em Fedro (1980, p.179), que, “uma vez escrito, um discurso sai a vagar por toda a parte”. Porém, esse discurso, como é proferido assincronicamente, ou seja, de forma que pode ser lido posteriormente por qualquer pessoa, é difundido “não só entre os conhecedores, mas também entre os que não o entendem” (Idem, p. 179). A escrita é entendida, por essa perspectiva, como uma forma de perpetuar o pensamento, o conhecimento, mas sua forma, por não se adequar a todos os interlocutores no momento da comunicação, pode dificultar o entendimento de muitos deles. Isso mostra que, ao se expressar por meio da oralidade, o locutor, quem fala, interage melhor com o interlocutor, quem escuta, porque faz as adequações concomitantemente à produção do discurso. Principais diferenças entre fala e escrita a) Quanto à forma a fala contém vários termos implícitos, ao passo que a escrita se mostra muito mais prolixa; a fala apresenta muitas repetições e redundâncias, enquanto a escrita é condensada, pouco repetitiva e com muitas retomadas feitas por elementos gramaticais, como os pronomes;

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Page 1: AnexoCorreioMensagem 29108 Aula 02 Lpt Tatiana

FPB- FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAIBA

CST GASTRONOMIA

Professora: Tatiana Ramalho Barbosa

Disciplina: Leitura e Produção de Textos

Linguagem Oral e Linguagem Escrita

Você já deve ter percebido que é possível se comunicar de forma oral e de forma escrita. Em alguns casos, dependendo do meio, essas formas se misturam. Mas que cuidados deve-se ter ao utilizar essas duas formas de comunicação? Se repararmos, falamos muita coisa que não se vê escrita, pelo menos, não em documentos oficiais, em textos acadêmicos, em notícias de jornal etc. Quer ver um exemplo? Você está procurando um amigo. No shopping, encontra outra pessoa, um amigo comum seu e do amigo que você procura. Imediatamente, ao ver esse amigo em comum, você pergunta: “Cê viu fulano?”. E seu amigo, prontamente, responde: “Nos últimos instantes, não o vi. Não obstante, ao vê-lo, digo-lhe que tu estás a sua procura”. Já imaginou como você se sentiria? Não teria vergonha de ter-lhe dito “Cê”? Você não acha que seu amigo é esnobe demais? Quem estava mais adequado ao se expressar nessa situação? Você, que se mostrou próximo, descontraído, camarada, ou seu amigo, que se pautou pela Gramática Normativa para se comunicar consigo em uma situação extremamente informal? Por certo, ambos fizeram escolhas, ambos estabeleceram parâmetros distintos para a comunicação, e isso ficou marcado pela forma com que tomaram a língua portuguesa, que algumas pessoas dizem ser escrita e falada de forma igual. Nesta aula vamos descobrir que a língua falada e escrita não são tão iguais assim e que, para se comunicar corretamente, embora possam se misturar uma na outra de vez em quando, não são comutáveis sem critérios específicos. Assim, não se pode usar uma em lugar de outra, sem que isso seja um procedimento realizado sob critérios que atendam a um propósito.

A Soberania da Escrita

Os valores sociais atribuídos à escrita são tantos que, na história da humanidade, são considerados dois períodos, a Pré-história e a História, separados por um divisor de águas: o surgimento da escrita. O período que chamamos de Pré-história é assim intitulado porque, naquele período, não existia a escrita. Na chamada Pré-história, os povos se valiam de figuras gravadas em pedras. Essa forma de comunicação, de expressar pensamentos e emoções por intermédio desses símbolos é conhecida como escrita pictórica, mas não era, exatamente, escrita. O próprio pensamento platônico aceita a importância da escrita ao dizer, em Fedro (1980, p.179), que,

“uma vez escrito, um discurso sai a vagar por toda a parte”. Porém, esse discurso, como é proferido assincronicamente, ou seja, de forma que pode ser lido posteriormente por qualquer pessoa, é difundido “não só entre os conhecedores, mas também entre os que não o entendem” (Idem, p. 179). A escrita é entendida, por essa perspectiva, como uma forma de perpetuar o pensamento, o conhecimento, mas sua forma, por não se adequar a todos os interlocutores no momento da comunicação, pode dificultar o entendimento de muitos deles. Isso mostra que, ao se expressar por meio da oralidade, o locutor, quem fala, interage melhor com o interlocutor, quem escuta, porque faz as adequações concomitantemente à produção do discurso.

Principais diferenças entre fala e escrita a) Quanto à forma

a fala contém vários termos implícitos, ao passo que a escrita se mostra muito mais prolixa;

a fala apresenta muitas repetições e redundâncias, enquanto a escrita é condensada, pouco repetitiva

e com muitas retomadas feitas por elementos gramaticais, como os pronomes;

Page 2: AnexoCorreioMensagem 29108 Aula 02 Lpt Tatiana

a fala é menos elaborada, com frases curtas, ao passo que a escrita é elaborada em frases mais

longas e complexas; e

a fala se dá com o uso de palavras mais simples do cotidiano das pessoas, conquanto a escrita se

vale de léxico mais rebuscado. b) Quanto ao uso

a fala se dá em situações mais informais, e a escrita, em situações mais formais;

a fala é sincrônica, acontece no exato momento da interação, por sua vez, a escrita é assíncrona,

primeiro o texto é escrito e só depois ele é lido;

a fala contém menos informações e, por isso, é menos densa, à proporção que a escrita contém mais

informações, por isso, é mais densa, com textos mais longos. c) Quanto à produção

a fala é produzida no momento da interação e há pouco tempo para ser elaborada, enquanto a escrita

é produzida anteriormente a sua leitura, o que lhe permite a reescrita, a busca de termos mais específicos, ou seja, o planejamento estratégico;

a fala é sempre individual, enquanto a escrita pode ser produzida por mais de uma pessoa;

A fala não permite ser apagada, o produtor tem de refrasear o que disse e, se for o caso, desculpar-se,

ao passo que a escrita permite o apagamento e o reajuste do texto. Percebemos que a fala não é desestruturada, como muitos podem alegar, mas tem características diferentes da escrita. O fato de a escrita poder ser mais complexa não implica, exatamente, que ela seja melhor do que a fala, mas que ela tem características diferentes. É fácil de explicar o porquê de isso se dar: se você não entender um texto escrito, basta que volte a ele e o releia. Já imaginou você pedir para alguém repetir exatamente o que acabou de dizer? Isso seria impossível, pois, depois de dita, a fala não é totalmente recuperável. O que vai acontecer, nessa situação, é que a pessoa vai tentar recuperar apenas o significado de o que disse e, para redizer, vai reelaborar a fala, e isso será um novo texto, com tom de voz diferente, com outras palavras e, muitas vezes, outro sentido.

Adaptação da Linguagem ao Falante “Pois é, mano, quando a gente vai numa entrevista dimprego a gente manera no vocabulário. A gente pensamo se as palavra tão de acordo com os sujeito da oração. A gente ajeita o jeito de falá as palavra, a gente fala mais alto, mais baixo.. essas coisa.”

Só de ler o parágrafo anterior, você percebe que a forma com que falamos interfere no significado do que dizemos e nos situa socialmente. Muitas das formas com que nos comunicamos nos identificam, nos colocam em uma posição social e nos situam em um contexto regional da produção linguística. Não é muito comum, por exemplo, vermos um homem falar: “Oi, lindo, como você está?”, nem uma mulher dizer: “Diga aí, macho, tudo bem?”.

A escolha lexical, a organização sintática e o sotaque, por exemplo, nos dão indícios do sexo do falante, de sua posição social, sua idade, de onde mora etc. Apesar de nós, brasileiros, utilizarmos um sistema linguístico único (o português), não é preciso ser especialista para perceber a imensa diversidade com que essa língua é empregada.

Além disso, mesmo dentro de cada grupo, o falante adapta (tenta adaptar) a linguagem utilizada para cada contexto. Estas são as chamadas variações linguísticas.

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Variações Linguísticas Sabemos que a língua é um fato social porque é um sistema de organização dos elementos lexicais e sintáticos, de acordo com a comunidade. O indivíduo social, então, adquire a língua durante seu convívio social. Pois bem, se o falante de uma língua a usa porque convive com outros falantes, podemos inferir que ele também absorve outros aspectos da produção desses falantes e os toma para si. Nós podemos constatar isso muito facilmente. Aqui no Brasil, no âmbito da família, temos um exemplo clássico. Nas regiões sul e sudeste, as crianças tratam sua mãe de “mamãe” no seio da família, no nordeste, a mãe é tratada por “mainha”. Esse uso representa um laço de afetividade existente entre os filhos e os pais, e cada região escolhe uma maneira de expressá-lo.

Observe, na tira, a fala da mulher, no primeiro quadro, as marcas “meu querido” e “cafezinho”, no diminutivo, são características marcadamente femininas de falar. O garçom, por sua vez, tem uma linguagem de subserviência, de prestatividade, que é marcada pela interrogação, neste caso, e também pelo uso de “pois não”, uma característica social marcada por aqueles que prestam serviços e servem os outros. O homem, no segundo quadro, além de ter uma cara “fechada”, diz apenas “Capuccino!” e nos permite inferir certa objetividade no falar, sem muitos rodeios, sem muita gentileza. No terceiro quadro, então, temos outra variação: a da intimidade, a da repreensão, permitida por quem tem proximidade maior com o falante e se coloca em condição de repreender. Apresenta, também, um indício de ciúme, que se instaura por uma questão do desconhecimento do uso linguístico das pessoas do sexo feminino. Por certo, em nenhum momento a mulher vê o garçom como “querido”, como o homem entende, ela apenas faz uso da língua como seu sexo, seu lugar social de falante, lhe permite, sem que isso seja, de fato, uma forma de ser “íntima” do garçom. E isso ocorre em diversas situações, basta que você mesmo verifique os falares a sua volta. Por isso, devemos tomar esse aspecto como base para perceber que há características intrínsecas dos falantes, adquiridas por razões diversas como discutimos acima. É preciso, também que entendamos que o processo de uso da língua nos identifica como seres de determinado sexo, de determinada idade, de determinada posição social e de determinada região. Estas variações na forma de falar, de pessoa para pessoa, não devem ser vistas como certas ou erradas, nem mal interpretadas. Apenas compreendidas como uma variação linguística. É claro que, visando prevenir mal-entendidos, a mulher da tira em destaque, pode, se assim achar conveniente, evitar o uso de sua linguagem comum, adotando o “padrão” de linguagem do ambiente em que ela se encontra. Isto, é claro, se ela tiver consciência desse processo.

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Os Planos de Ocorrência da Variação Linguística a) Plano lexical Ocorre variação linguística no plano lexical, quando determinado conceito é expresso diferentemente, isto é, por meio de palavras ou expressões distintas, dependendo da localidade ou de outros fatores, como o nível cultural ou a situação comunicativa. Uma evidência disso está nas variadas formas de se referir à brincadeira de “soltar pipa”, “brincar de arraia”, “empinar papagaio” etc., as quais diferem de uma região para outra. A mesma coisa acontece quanto à designação de “pinha”, “ata” ou “fruta de conde”, ou quanto ao grau de (in)formalidade, como em “vir a óbito”, “falecer”, “morrer”, “ir pro andar de cima”, “bater as botas”, dentre outras. b) Plano fonético A variação linguística no plano fonético tem a ver com os variados modos de pronúncia das palavras. Um exemplo disso é a palavra “tia”, que, em algumas localidades, é pronunciada com chiado na consoante /t/ (“tchia”); c) Plano morfológico Esse tipo refere-se à variação na forma da palavra. Uma evidência para esse caso é a diferença entre

as formas “está” (conforme o padrão culto) e “tá” (da linguagem coloquial). Percebe-se aí a alteração no radical da palavra. Outro exemplo disso pode ser observado em sentenças do tipo “Se eu tivesse dinheiro, eu lhe emprestava agora mesmo”, na qual a forma do futuro do pretérito “emprestaria” é normalmente substituída pela do pretérito imperfeito “emprestava”.

d) Plano sintático Trata-se da variação encontrada nas relações entre palavras na sentença, tais como a posição de um termo em relação a outro, a concordância entre termos, a regência nominal ou verbal etc. Como prova disso, podemos citar a colocação do pronome oblíquo, que, segundo a norma culta, não deve iniciar a frase, por exemplo: “Empreste-me seu livro” (emprego da ênclise). No entanto, na conversa informal, é bastante comum dizermos: “Me empreste seu livro” (emprego da próclise). Pode-se também citar como exemplo a distinção entre “assistir ao filme” (padrão culto – com preposição) e “assistir o filme” (uso

popular – sem preposição). e) Plano semântico Existe, ainda, a variação no plano semântico que, em geral, não é considerada em muitas abordagens

sobre o assunto. É o caso de uma mesma palavra receber diferentes significados, de acordo com a comunidade de fala. Por exemplo, no sudeste do país, principalmente entre os cariocas, é normal chamar um menino de “moleque”. Entretanto, no nordeste, isso seria considerado uma ofensa, pois esse termo tem conotação extremamente negativa. Em Portugal, alguém dizer que “pegou uma tremenda bicha”, será interpretado que “enfrentou uma fila imensa”. Aqui, no Brasil, no entanto, esse mesmo enunciado teria uma conotação sexual, exatamente por causa do sentido do termo “bicha” para nós, brasileiros. Observe que esses planos de variação de que tratamos aqui ocorrem no cotidiano das pessoas sem que elas se deem conta disso. A língua vai sendo utilizada pelo falante para produzir significados, e esse processo é natural da aquisição e do desenvolvimento da linguagem humana. Durante a produção comunicativa, ninguém, exceto os estudiosos do assunto, fica pensando muito nisso, seja porque desconhece o assunto e sua complexidade, seja porque esse conhecimento não é necessário para os objetivos que o usuário tem naquele momento, mas as variações acontecem, mesmo assim. Para finalizar, ressalto que as diversidades linguísticas não variam de um indivíduo para outro (variante sociocultural), mas também pode nascer do comportamento linguístico de um mesmo indivíduo. Este não utiliza a mesma variante em todas as suas atividades linguísticas: no meio de sua família, utilizará uma variante, enquanto no meio social usará outra; no exercício de sua atividade profissional, manifestar-se-á de modo diferente daquele utilizado nas conversas de roda de bar.

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Adequação da Linguagem ao Destinatário

Tendo em mente o exposto anteriormente, fica fácil perceber que cada falante, caso queira se comunicar com eficácia, pode (e deve) escolher qual a melhor forma de linguagem que deverá utilizar. Para tanto, deve basear-se não só no seu background, mas também no contexto que esteja inserido e, principalmente, no seu interlocutor, o destinatário. Usar o português rígido e sério (linguagem formal escrita) em uma comunicação informal, descontraída é falar de forma inadequada. Soa como pretensioso, artificial. Da mesma forma, é inadequado utilizar gírias, termos chulos e desrespeitosos em uma situação formal. Dino Preti, no seu livro Sociolinguística: os níveis da fala, classifica os níveis de linguagem do ponto de vista sociolinguístico considerando três divisões: nível culto, nível comum e popular. O nível culto caracteriza-se como uma linguagem que se utiliza da língua-padrão, desfruta de prestígio, é utilizada em situações formais e os falantes são altamente escolarizados. É a linguagem usada pela literatura e modalidades variadas da língua escrita; apresenta sintaxe complexa, vocabulário amplo e técnico; é gramatical. Já o nível popular ocupa o outro extremo do eixo. São suas características: subpadrão linguístico, ausência de prestígio, uso em situações informais, falantes pouco ou não escolarizados, simplificação sintática, vocabulário restrito, uso de gíria e linguagem obscena; neste caso a linguagem distancia-se da gramática. Intermediando essas duas categorias, culto e popular, há o nível comum, uma variante da linguagem nem tão tensa nem tão distensa, empregada por falantes medianamente escolarizados e pelos meios de comunicação de massa. Evidentemente tal caracterização não pode ser rígida, pois não há limites estanques entre um nível e outro. Ao se falar de variantes é preciso não perder de vista que a língua é um código de comunicação e também um fato com repercussões sociais. Existem muitas formas de comunicar que não perturbam a comunicação, mas afetam a imagem social do comunicador. Para concluir, vejamos o seguinte texto encontrado numa rede social e façamos uma reflexão: Que impressão você tem do emissor desse texto? Ele/a Conseguiu transmitir sua mensagem? Sua forma de comunicar foi eficaz? Perturbou a comunicação? Foi a mais apropriada para o meio? Discuta com o colega e elaborem um texto de 10 linhas com suas conclusões.

Para mais informações sobre o assunto: Medeiros, Joao Bosco Correspondência: Técnicas de Comunicação Criativa Silva, Silvio Luis da. Leitura e Produção de Texto Naldólskis, Hêndricas. Comunicação Redacional