anexo iii parte 3 3.1 entidade: fusp - antt.gov.br · um seguro coletivo, com coberturas não...

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1 ANEXO III Consolidação das manifestações escritas recebidas durante o ato público presencial no âmbito da Audiência Pública nº 001/2015, referente à minuta de Resolução que trata da regulamentação da prestação do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de autorização. PARTE 3 Manifestações escritas recebidas durante o ato público presencial 3.1 Sr. Hélio Gonçalves Firmo Entidade: FUSP Federação dos Usuários de Transportes Coletivos Rodoviários, Ferroviários, Hidroviários, Metroviários e Aéreos do Estado de São Paulo. Entidade de representação dos usuários do serviço de transporte. Protocolo: 2449241 Apresenta pontos vistos como essenciais pelos usuários para a implementação das novas regras de regulação dos serviços, que seguem: 3.1.1 Sugere que seja feito um processo licitatório para a escolha dos prestadores do serviço, recaindo a escolha sobre o licitante que, atendidas as condições de praxe, apresente o menor valor para a tarifa. Afirma que “uma das bandeiras mais expressivas dos usuários tem sido a defesa, ao longo dos anos, do processo licitatório para a outorga da prestação dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, por entenderem salutar ao desenvolvimento do sistema nacional de transporte coletivo, a existência de competição e a possibilidade real do surgimento de novos prestadores dos serviços, com reflexo na qualidade e nos preços praticados. A licitação dos serviços, além de trazer os benefícios apontados, assegura que o procedimento de outorga será processado e julgado em estrita conformidade com os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moral idade, da publicidade, da igualdade, da probidade administrativa, do julgamento por critérios objetivos e vinculados ao edital”. RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito. JUSTIFICATIVA: a minuta de resolução disponibilizada na audiência pública dispõe sobre a regulamentação da prestação do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de autorização e, de acordo com o art. 13 da lei 10.233/2001, alterada pela Lei 12.996/2014, a prestação não regular de serviços de transporte

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ANEXO III

Consolidação das manifestações escritas recebidas durante o ato público presencial no âmbito

da Audiência Pública nº 001/2015, referente à minuta de Resolução que trata da regulamentação

da prestação do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de

passageiros, sob o regime de autorização.

PARTE 3 – Manifestações escritas recebidas durante o ato público presencial

3.1 Sr. Hélio Gonçalves Firmo

Entidade: FUSP – Federação dos Usuários de Transportes Coletivos Rodoviários,

Ferroviários, Hidroviários, Metroviários e Aéreos do Estado de São Paulo.

Entidade de representação dos usuários do serviço de transporte.

Protocolo: 2449241

Apresenta pontos vistos como essenciais pelos usuários para a implementação das novas regras

de regulação dos serviços, que seguem:

3.1.1 Sugere que seja feito um processo licitatório para a escolha dos prestadores do serviço,

recaindo a escolha sobre o licitante que, atendidas as condições de praxe, apresente o menor

valor para a tarifa. Afirma que “uma das bandeiras mais expressivas dos usuários tem sido a

defesa, ao longo dos anos, do processo licitatório para a outorga da prestação dos serviços de

transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, por entenderem salutar ao

desenvolvimento do sistema nacional de transporte coletivo, a existência de competição e a

possibilidade real do surgimento de novos prestadores dos serviços, com reflexo na qualidade e

nos preços praticados. A licitação dos serviços, além de trazer os benefícios apontados,

assegura que o procedimento de outorga será processado e julgado em estrita conformidade

com os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moral idade, da publicidade, da

igualdade, da probidade administrativa, do julgamento por critérios objetivos e vinculados ao

edital”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a minuta de resolução disponibilizada na audiência pública dispõe sobre a

regulamentação da prestação do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e

internacional de passageiros, sob o regime de autorização e, de acordo com o art. 13 da lei

10.233/2001, alterada pela Lei 12.996/2014, a prestação não regular de serviços de transporte

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terrestre coletivo de passageiros é outorgada mediante autorização, não cabendo falar em

licitação:

[...]

Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as outorgas a que se refere

o inciso I do caput do art. 12 serão realizadas sob a forma de:

I – concessão, quando se tratar de exploração de infra-estrutura de transporte

público, precedida ou não de obra pública, e de prestação de serviços de transporte

associados à exploração da infra-estrutura;

II – (VETADO)

III – (VETADO)

IV - permissão, quando se tratar de:

a) prestação regular de serviços de transporte terrestre coletivo interestadual

semiurbano de passageiros desvinculados da exploração da infraestrutura;

b) prestação regular de serviços de transporte ferroviário de passageiros

desvinculados da exploração de infraestrutura;

V - autorização, quando se tratar de:

a) prestação não regular de serviços de transporte terrestre coletivo de passageiros;

b) prestação de serviço de transporte aquaviário;

c) exploração de infraestrutura de uso privativo; e

d) transporte ferroviário de cargas não associado à exploração da infraestrutura

ferroviária, por operador ferroviário independente.

e) prestação regular de serviços de transporte terrestre coletivo interestadual e

internacional de passageiros desvinculados da exploração da infraestrutura.

[...] (grifo nosso)

3.1.2 Sugere a instituição de grupo de trabalho com a participação efetiva dos usuários ao

longo de todo o processo de escolha do modelo que vier a ser adotado, de forma a permitir a real

discussão do tema. Afirma que a participação dos usuários na fase de definição dos parâmetros

da nova regulamentação abreviaria muito a solução de potenciais conflitos que se seguirão a sua

edição. Salienta que, “dada a complexidade das modelagens propostas e das inúmeras variáveis

e informações envolvidas, diga-se, na sua grande parte de conhecimento exclusivo dos próprios

prestadores do serviço, torna-se insuficiente o instrumento da Consulta Pública como forma de

participação da sociedade, em especial dos usuários, neste processo de definições”. Assevera,

ainda, que “para que sejam levados em conta o direito e os interesses dos usuários, é

indispensável a participação de suas entidades de representação, formalmente, já nas

discussões iniciais, para que tenham acesso e possam criticar as informações e premissas que

serão utilizadas na formulação do modelo”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a Audiência Pública nº 01/2015 – AP nº15/2015 seguiu todos os trâmites e

procedimentos previstos na Resolução nº 3705/2011 que dispõe sobre instrumentos do Processo

de Participação e Controle Social no âmbito da ANTT. O objetivo da ANTT com a realização

da AP nº15/2015 foi coletar contribuições de diversos setores da sociedade, incluindo usuários,

agentes econômicos e órgãos de governo. Para tanto foram realizadas duas sessões públicas, em

São Paulo/SP e Brasília/DF e dada ampla divulgação da realização da AP, em rádios e jornais

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locais e jornais de circulação nacional. Como resultado a ANTT recebeu 264 contribuições que

se desdobraram em amis de 600 manifestações sobre os mais diversos aspectos tratados na

resolução. Portanto, a ANTT entende que cumpriu seu papel apresentando a documentação

necessária e divulgando à AP nº 01/2015 para estimular o recebimento de contribuições que

serão analisadas e, caso consideradas pertinentes, incorporadas ao texto final da resolução.

3.1.3 Sugere que seja previsto a existência de um conselho consultivo permanente junto à

ANTT, no qual tenha assento e voz a representação dos usuários, com o objetivo de propor

melhorias e acompanhar o desenvolvimento do transporte rodoviário de passageiros. Registra

que os usuários são auxiliares da fiscalização realizada pelo poder concedente, sendo pertinente

seu auxílio em comissões permanentes tripartites, compostas por representantes do poder

concedente, dos outorgados e dos usuários.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a contribuição aborda de assunto diverso do tratado na Audiência Pública

nº01/2015.

3.1.4 Sugere incluir a oferta do seguro coletivo complementar facultativo de viagem no rol

dos serviços complementares, a serem prestados pelas empresas transportadoras. Ou seja, que

seja considerado como direito do passageiro ter acesso à aquisição de seguro complementar

facultativo de viagem, estipulado por entidade representativa dos usuários legalmente

constituída e de abrangência nacional, bem como ser obrigação da empresa ofertar o seguro em

questão, sob pena de multa.

Afirma que os usuários devem ter o direito de adquirir, junto aos guichês de compra de

passagem ou outro ponto da fácil acesso que venha a ser indicado pela empresa transportadora,

um seguro coletivo, com coberturas não abrangidas pelos seguros obrigatórios, estipulado por

entidade representativa dos seus direitos. Registra que este seguro é facultativo e não integra a

tarifa. É custeado integralmente pelo usuário que exerce seu direito de livre escolha no

momento da aquisição da passagem, para melhor assegurar-se caso ocorram imprevistos.

Registra que no âmbito da Resolução ANTT nº 1.454/2006, “depreende-se que as empresas

ficaram apenas autorizadas a ofertar o seguro, dispondo da faculdade de ofertá-lo ou não, o

que, em termos práticos, tem se constituído em entrave ao exercício do direito de o passageiro

viajar sob coberturas mais amplas do que as previstas em seguros obrigatórios. Mesmo após

vários anos da vigência da atual regulamentação, é irrisório o número de passageiros que têm

acesso a oferta do seguro”.

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Salienta que a ABRATI “já se manifestou, pelo Of. 051/2012, de 10-07-2012, dirigido à ANTT,

ratificando sua posição histórica em favor da obrigatoriedade na oferta do seguro, pelas

empresas, quando da venda do bilhete de viagem. Em seus próprios termos: “como forma do

usuário poder exercer a sua opção de aquisição quando o desejar.”

Assim, sugere a inclusão de artigo com a seguinte redação: “a possibilidade de adquirir, junto

aos guichês ou sites de venda de passagem das empresas transportadoras, o Seguro Coletivo

Complementar de Viagem, de caráter facultativo, e viajar sob as coberturas não abrangidas

pelos seguros obrigatórios. A estipulação do seguro será exercida, nos termos da legislação

vigente, por entidades representativas dos direitos dos passageiros em âmbito nacional,

legalmente constituída”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: o assunto já é regulamentado no Título III da Resolução ANTT nº 19/2002,

que “dispõe sobre a contratação de seguro de responsabilidade civil pelas empresas

permissionárias e autorizatárias de serviços de transporte rodoviário interestadual e

internacional de passageiros, e dá outras providências”, na Resolução ANTT nº 1454/2006,

que “dispõe sobre a oferta de Seguro Facultativo Complementar de Viagem aos usuários de

serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e dá outras

providências” e na Resolução ANTT nº1383/2006 que “dispõe sobre direitos e deveres de

permissionárias e usuários dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional

de passageiros e dá outras providências”. Desta forma, não há necessidade de tratar do assunto

na minuta de Resolução submetida à Audiência Pública nº 01/2015, tendo em vista que os

regulamentos citados continuam em vigor.

3.2 Sr. Belmiro Zaffari

Entidade: Unesul de Transportes Ltda

Operador do serviço de transporte.

Protocolo: 2449268

Questiona se os veículos que operem em linhas com extensão superior a 150 quilômetros, nas

quais trafeguem em trechos superiores a 30 quilômetros de solo natural (implantado), poderão

ter potência de 210 CV, motor dianteiro, sem sanitário e sem ar-condicionado, definido como

tipo de ônibus. Acrescenta que a utilização de veículo com motor traseiro em estrada de solo

natural é incompatível por comprometer a mecânica do ônibus.

RESPOSTA: esclarecimentos.

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JUSTIFICATIVA: Inicialmente, ressalta-se que, conforme disposto no art. 24 da minuta posta

em Audiência Pública, linhas com extensão superior a 150 km devem ser operadas por veículos

com potência mínima de 300 cv. Adicionalmente, quanto às exigências estabelecidas nas tabelas

de indicadores técnicos dos ônibus do caput do art. 24, informa-se que, à exceção dos valores de

potência de acordo com a extensão da linha, todas as demais foram excluídas. Informa-se, ainda,

que as faixas de extensão foram revistas de modo a evitar lacunas em sua aplicação.

Quanto à posição do motor do veículo, registra-se que, conforme a Resolução ANTT nº

4130/2013, admite-se a adoção ônibus dotado de motor dianteiro, independentemente da

distância percorrida, desde que devidamente justificado à ANTT:

[...]

Art. 14. Com o objetivo de manter o padrão mínimo de conforto e segurança

do motorista e dos usuários, o motor deverá estar localizado no entre-eixo ou

na parte traseira do veículo.

[...]

§ 2º Excepcionalmente, a ANTT poderá autorizar o uso de veículos com

motor dianteiro, se devidamente justificado.

[...]

Quanto à utilização de veículo dotado ou não de sanitário e ar-condicionado, ressalta-se que o

serviço convencional pode ser realizado utilizando-se veículo com ou sem sanitário; com ou

sem ar-condicionado, independentemente da extensão. Contudo, caso o transportadora opte por

operar a linha com veículo sem sanitário, registra-se que, conforme previsto na Res. 18/2002,

Título V, art. 3º, § 2º, as paradas para lanche, refeição e descanso do motorista deverão

acontecer a cada intervalo de duas horas, sendo admitida uma tolerância de trinta minutos,

quando necessário, até atingir o próximo ponto de parada.

3.3 Sr. Abner Saraiva Grangeiro

Entidade: FUSP

Entidade de representação dos usuários do serviço de transporte

Protocolo: 2449309

3.3.1 Sugere que seja exigido ar-condicionado para os veículos da classe B – 300 CV –

extensão até 500 km.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a redação do art. 24 será ajustada para utilizar a definição de ônibus aos

termos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito - Contran e ao Código Brasileiro de

Trânsito – CTB. Quanto às exigências estabelecidas nas tabelas de indicadores técnicos dos

ônibus do caput do art. 24, informa-se que, à exceção dos valores de potência de acordo com a

extensão da linha, todas as demais serão excluídas, devendo ser observadas, quanto às

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características dos veículos, as disposições da Resolução ANTT nº 4130/2013. Por fim,

informa-se, ainda, que as faixas de extensão serão revistas de modo a evitar lacunas em sua

aplicação.

3.3.2 Sugere que seja acrescentada ao artigo 52 a seguinte redação: “A empresa se obriga a

oferecer o seguro complementar facultativo de viagem, com estipulação de representante dos

usuários de abrangência nacional”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: o assunto já é regulamentado no Título III da Resolução ANTT nº 19/2002,

que “dispõe sobre a contratação de seguro de responsabilidade civil pelas empresas

permissionárias e autorizatárias de serviços de transporte rodoviário interestadual e

internacional de passageiros, e dá outras providências”, na Resolução ANTT nº 1454/2006,

que “dispõe sobre a oferta de Seguro Facultativo Complementar de Viagem aos usuários de

serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e dá outras

providências” e na Resolução ANTT nº1383/2006 que “dispõe sobre direitos e deveres de

permissionárias e usuários dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional

de passageiros e dá outras providências”. Desta forma, não há necessidade de tratar do assunto

na minuta de Resolução submetida à Audiência Pública nº01/2015, tendo em vista que os

regulamentos citados continuam em vigor.

3.4 Sr. Wilson Santos

Entidade: Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de São Paulo

Cargo: Diretor

Protocolo: 2449354

Solicita que a ANTT convide o Ministério Público do Trabalho – MPT para participar dessa

nova proposta, pois considera que os trabalhadores não tem nenhuma garantia de que

continuarão empregados, tampouco de que receberão seus direitos trabalhistas pela nova

autorizatária. Nesse sentido, considera que o motorista deve ser melhor assistido pelo novo

modelo, pois ele é o responsável por uma viagem segura.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a Audiência Pública, conforme o inciso IV do art. 2º da Resolução ANTT no

3.705/ 2011 é o “[...]instrumento utilizado para consolidar proposta final de ação regulatória,

aberto ao público, que possibilita participação oral ou escrita em sessões presenciais, sobre

matéria que afete restritivamente direitos de agentes econômicos e usuários.”.

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Neste sentido, a minuta de resolução que dispõe sobre a regulamentação da prestação do serviço

regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, sob o

regime de autorização, foi submetida à Audiência Pública nº 001/2015, no período de 12 de

março a 10 de abril de 2015, com realização de sessões presenciais nas cidades de São

Paulo(SP) e Brasília(DF).

No âmbito da Audiência, foram encaminhadas 264 (duzentas e sessenta e quatro) contribuições,

que se desdobraram em 622 (seiscentos e vinte e dois) tópicos de análise. Registra-se, ainda,

que todas as contribuições foram analisadas pela equipe técnica da ANTT e constam do

Relatório Final da Audiência, comprovando a efetividade de tal instrumento para permitir a

efetiva participação dos interessados em aperfeiçoar a regulamentação proposta por esta

Agência.

3.5 Sr. Eduardo Brunet

Entidade: Reunidas Paulista Transporte

Cargo: Procurador

Protocolo: 2475296

3.5.1 Questiona como é comprovado o desatendimento ao mercado com inobservância de

frequência mínima, previsto no art. 35 da minuta de resolução, uma vez que não há prazo e nem

descrição de procedimentos.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: o critério que caracteriza o desatendimento da frequência mínima será

incluído na minuta de Resolução.

3.5.2 Questiona o que difere o previsto no art. 43 da operação simultânea que consta no

art.45.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: considerando que o disposto nos arts. 43 e 45 já é tratado em resoluções

específicas, os citados artigos serão excluídos da minuta de resolução.

3.5.3 Sugere prever a possibilidade de ser liberada a operação simultânea, com a condição

de expressa anuência da outra transportadora, previsto no art. 45, inciso IV.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

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JUSTIFICATIVA: considerando que o disposto no art. 45 já é tratado em resolução específica,

o citados artigo será excluído da minuta de resolução.

3.6 Sr. Eduardo Brunet

Entidade: Unida Mansur Ltda

Cargo: Procurador

Protocolo: 2475368

3.6.1 Considera que a previsão do art. 48 amplia o benefício para além do serviço

convencional, o que inviabiliza o serviço diferenciado. Aduz que os beneficiários optarão pelo

serviço diferenciado e dispensarão o convencional.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: o disposto no art. 48 permite uma maior liberdade para a prestação dos

serviços pelas autorizatrárias, inclusive com a oferta de apenas serviços diferenciados em

determinada linha. Entretanto, caso tome tal decisão, a autorizatária deverá garantir, para os

usuários, a oferta dos benefícios tarifários legalmente estabelecidos, independentemente dos

serviços oferecidos na frequência mínima estabelecida pela ANTT. Cabe destacar que até o dia

18 de junho de 2019, período no qual a ANTT poderá fixar tarifas máximas para os serviços

regulares de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros conforme o art. 4º

da Lei nº 12.996/14, a frequência mínima deverá ser observada no serviço convencional e os

benefícios tarifários deverão ser observados no serviço convencional.

3.6.2 Em relação ao art. 53, inciso V, sugere prever a antecedência com aviso prévio de pelo

menos 24 horas. Apresenta como justificativa a disponibilização de documentos e pessoal da

empresa de forma organizada.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: considerando que o disposto no art. 53 já é tratado em resolução específica,

o citado artigo será excluído da minuta de resolução.

3.6.3 Cita a inclusão da penalidade de perdimento no art. 55, conforme norma específica

existente.

RESPOSTA: contribuição aceita.

JUSTIFICATIVA: a penalidade de perdimento do veículo, prevista no inciso VI do art. 78-A da

Lei nº10.233/2001, será incluída na Resolução.

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3.7 Sr. Eduardo Brunet

Entidade: Expresso União

Cargo: Procurador

Protocolo: 2475401

3.7.1 Informa que a obrigação de apresentar recursos de infraestrutura não contempla a

possibilidade de contrato com terceiros nas alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘e’, ‘g’, a exemplo do que ocorre

na alínea ‘d’ do art. 13. Justifica que em casos de garagens de apoio, alojamentos e guichês é

prática do mercado a contratação com terceiros.

RESPOSTA: contribuição parcialmente aceita.

JUSTIFICATIVA: as exigências previstas no art. 13 da minuta de resolução foram revistas com

o objetivo de torná-las mais claras e tornar sua apresentação mais simples:

Incisos I ao V (exceto inciso III) – estavam em duplicidade com documentos já previstos para

a emissão do Termo de Autorização, por isso foram excluídos. O inciso III, por sua vez, foi

incorporado ao artigo da nova resolução que trata da regularidade jurídica.

Inciso VI - considerando que as exigências constantes das alíneas “c”, “d”, “e”, e “h” são de

gestão interna da empresa, foram excluídas da resolução. Já as alíneas “i “e “j”, por tratarem de

assuntos já abordados em outros artigos da resolução, também foram excluídas. A manutenção

das alíneas “a”, “b”, “f ” e “g”, por sua vez, é necessária pois tratam de aspectos fundamentais

para a adequada prestação dos serviços. Essas exigências passarão a fazer parte da

documentação referente à Licença Operacional, ou seja, serão exigidas após a obtenção do

Termo de Autorização. Neste sentido, a transportadora deverá apresentar uma relação de

garagens, pontos de apoio, pontos de parada, terminais rodoviários e instalações para venda de

bilhetes de passagem nos pontos de origem, destino e seções das ligações a serem atendidas em

condições adequadas de funcionamento, mediante apresentação de declaração emitida por

engenheiro civil ou arquiteto, com registro nos respectivos Conselhos de Classe.

3.7.2 No âmbito do art. 13, alínea ‘f’, sugere que seja contemplada no texto a vinculação de

veículos de terceiros à frota, mesmo com limitação de percentual.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: as regras para utilização de veículos de terceiros já estão estabelecidas na

Resolução ANTT nº 1417/2006, que encontra-se em revisão, fazendo parte do Eixo Temático 3

da Agenda Regulatória 2014-2015 da ANTT.

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3.7.3 Afirma que o art. 21, § 2º limita a possibilidade de na classe, “visto que aumentar

passageiro.km só é viável por aquisição, fusão com outra empresa ou transferência de

direitos”. Afirma que a classificação engessa o sistema que deveria ser concorrencial.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: caso determinada empresa opere, por exemplo, diversas linhas de pequeno

porte ao longo de um ano, a somatória da produção de transportes (pass.km) destas diversas

linhas poderá ensejar a mudança sua mudança de classificação, habilitando-a, observadas todas

as exigências previstas na regulamentação, a operar em mercados maiores nos anos

subsequentes.

3.8 Sr. Ingo Stenger

Entidade: Federação dos Usuários de Transportes Coletivos, Rodoviário,

Ferroviário, Hidroviário e Aéreo do Estado do Paraná - FUSPAR

Cargo: Diretor

Protocolo: 2475433

Contribuição de idêntico teor à contribuição de Protocolo 2449309.

3.9 Sr. Peter Miranda

Entidade: Associação Brasileira dos Usuários de Transportes Coletivos Urbanos,

Semiurbanos, Metropolitanos, Intermunicipal, Interestadual e Internacional -

ABATRANS

Cargo: Diretor

Protocolo: 2475459

Contribuição de idêntico teor às contribuições de Protocolos 2449309 e 2475433.

3.10 Sr. Hugo Justiniano da Silva Júnior

Entidade: Expresso Transporte Turismo e Eventos Ltda

Cargo: Advogado

Protocolo: 2476666

Sugere a alteração do § 3º do art. 68 da minuta de Resolução, de modo a incluir as linhas

operadas por meio de decisão judicial, uma vez que já há a infraestrutura para a exploração.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

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JUSTIFICATIVA: As linhas operadas com base em decisões judiciais foram autorizadas pelo

Poder Judiciário sem a devida avaliação por parte do Poder Concedente, afastando a

Administração do legítimo juízo discricionário de conveniência e oportunidade na fixação de

trecho a ser explorado diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, do serviço

de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. Nesse sentido, a existência

por si só de decisão judicial não é suficiente para garantir o direito à autorização do serviço

como o é das empresas que operam com base em autorização administrativa, de forma que,

após o período inicial da transição, qualquer empresa, incluindo aquelas que atualmente operam

com base em decisões judiciais, poderão solicitar a operação de mercados interestaduais e

internacionais de transporte rodoviário de passageiros, submetendo-se às exigências técnicas

estabelecidas pela ANTT para a obtenção do Termo de Autorização e da Licença Operacional.

3.11 Sr. Hugo Justiniano da Silva Júnior

Entidade: Focus Turismo Ltda

Cargo: Advogado

Protocolo: 2476682

Sugere a supressão do art. 74, uma vez que viola o direito constitucional de peticionamento.

Justifica alegando que o particular não pode responder pela omissão do poder público.

RESPOSTA: contribuição parcialmente aceita.

JUSTIFICATIVA: o texto do artigo será alterado, de forma a deixar claro que qualquer

requerimento para implantação de seção que implique na autorização para operar novos

mercados, nos termos da Resolução nº 18/2002 e de autorização especial com base na

Deliberação nº 93/2015, protocolados a partir da data de publicação desta Resolução serão

arquivados.

3.12 Sr. Hugo Justiniano da Silva Júnior

Entidade: Gengsi Turismo Ltda

Cargo: Advogado

Protocolo: 2476716

Afirma não haver prazos para que a ANTT responda às manifestações formuladas por

interessados, configurando discricionariedade exagerada.

RESPOSTA: contribuição parcialmente aceita.

12

JUSTIFICATIVA: a ANTT estabelecerá o prazo de análise do Termo de Autorização,

documento que torna a transportadora apta a solicitar os mercados e as linhas para a prestação

de serviços regulares de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de

passageiros.

3.13 Sr. Flávio Oliva

Cargo: Arquiteto de Sistemas

Protocolo: 2475683

Contribuição de idêntico teor às contribuições de Protocolos 2443128 e 2443133, consolidadas

no Anexo I do Relatório Final.

3.14 Sr. Remídio Monai

Entidade: Câmara dos Deputados

Cargo: Deputado Federal – PR/RR

Protocolo: 2476729

3.14.1 No âmbito do art. 10, sugere a inclusão de tabela referente ao capital social mínimo

com o seguinte teor:

I - R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), quando a frota for constituída por, no máximo, 10

(dez) ônibus;

II - R$ 3.000.0000,00 (três milhões de reais) quando a frota for constituída por mais de 11

(onze) e até 30 (trinta) ônibus;

III - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) quando a frota for constituída por mais de 31

(trinta e um) e até 50 (cinquenta) ônibus;

IV - R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) quando a frota for constituída por mais de 51

(cinquenta e um) a 100 (cem) ônibus;

V - 15.000.000,00 (quinze milhões de reais) quando a frota for constituída por mais de 100

(cem) ônibus.

Justifica que a sugestão se adéqua à realidade do capital social das empresas de pequeno e

médio porte, e tem como objetivo flexibilizar a maior participação no certame.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a exigência de capital social serve como garantia para as obrigações

assumidas pela empresa, devendo ser adequado e compatível com suas atividades de forma a

sustentar suas operações no mercado.

13

O estabelecimento de um valor mínimo para o capital social traz o suporte necessário à agência

reguladora para habilitar empresas compromissadas com a continuidade da prestação dos

serviços. Nesse sentido os valores apresentados foram obtidos com base nos investimentos

necessários e nos custos operacionais para a realização dos serviços.

Assim, com base no valor do veículo convencional com idade média de 5 anos foi calculado o

montante para os pontos médios de cada faixa pré-estabelecida e um adicional correspondente

ao custo da prestação dos serviços relativos a um mês de operação.

Considerando-se o valor do veículo rodoviário convencional de R$ 555.000, obtém-se para um

veículo de 5 anos de utilização o valor de R$ 294.150 (de acordo com a metodologia da soma

dos dígitos). Com esse valor calculou-se o montante para 6 veículos (1.764 mil), 30 veículos

(8.824 mil) e 50 veículos (14.707 mil), referindo-se à quantidade de veículos do intervalo médio

das faixas pré-definidas. Ainda, foi acrescentado ao montante acima o valor dos custos

operacionais a título de capital de giro necessário à manutenção das atividades, nos montantes

de R$ 208 mil e R$ 885 mil para a classe de até 10 veículos e nas duas acima de 10 veículos,

respectivamente.

A evolução não constante dos valores quando verificado o valor unitário por veículo dá-se em

função de que os custos operacionais são decrescentes com a maior produtividade,

principalmente nas faixas de menor escala, bem como ao fato de que quando a empresa atinge

um porte maior, a sua estrutura organizacional é mais bem preparada e não carece de se haver

uma exigência de mesma proporção para que estejam comprometidas com a continuidade da

prestação dos serviços, além do fato que os valores dos veículos quando adquiridos em

quantidades maiores também possuem redução em função de descontos concedidos na

aquisição.

Também deve-se esclarecer que a formação do capital social não se dá unicamente com a

imobilização dos veículos, mas sim com qualquer espécie de bem suscetível de avaliação

pecuniária, conforme estabelecido pelo Código Civil.

3.14.2 Sugere a supressão ou restrição do art. 22, uma vez que a autorização é um ato

precário.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: conforme o Parecer Nº. 5.098/2015/PF-ANTT/PGF/AGU:

[...]

23. [...] a autorização é instrumento jurídico de outorga mais simplificado em

relação à concessão e à permissão, e estas duas podem ser transferidas, nos

termos da Lei de Concessões. Assim, não se justificaria obstar a transferência

de autorização (“quem pode o mais, pode o menos”)

24. Ademais, vale ressaltar que o Decreto nº2.521/1998 também prevê a

transferência (em termos genéricos, sem especificar o instrumento jurídico da

14

outorga) e, como não foi revogado, o disciplinamento ali previsto em relação

à transferência continua vigente.

[...]

3.14.3 Sugere o enquadramento dos tipos de ônibus nas classes de habilitação da

autorizatária, observado o critério da extensão da linha a ser operada. Assim, na tabela abaixo,

sugere alterar a extensão de 801 km para 501 km.

Classe de Linhas I II III IV

Extensão até 150 km A A A A

Extensão de 151 a 500 km B B B B

Extensão acima de 801 km C C C C

RESPOSTA: contribuição parcialmente aceita.

JUSTIFICATIVA: a redação do art. 24 será ajustada para utilizar a definição de ônibus aos

termos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito - Contran e ao Código Brasileiro de

Trânsito – CTB. Quanto às exigências estabelecidas nas tabelas de indicadores técnicos dos

ônibus do caput do art. 24, informa-se que, à exceção dos valores de potência de acordo com a

extensão da linha, todas as demais serão excluídas, devendo ser observadas, quanto às

características dos veículos, as disposições da Resolução ANTT nº 4130/2013. Por fim,

informa-se, ainda, que as faixas de extensão serão revistas de modo a evitar lacunas em sua

aplicação.

3.14.4 No art. 31, § 1º sugere a supressão do termo “salvo os já utilizados”, “porque aqueles

que já são autorizados não precisam disso”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: tendo em vista a necessidade de uniformizar as exigências para utilização de

terminais, pontos de apoio e pontos de parada, a ANTT criou uma seção específica para tratar

do assunto na minuta de Resolução.

3.14.5 Tendo como base o art. 63 sugere a inclusão de parágrafo único, de forma a proteger

as empresas regionais, condicionando a existência de matriz na região, seguindo o exemplo da

reciprocidade já existente entre empresas de transporte internacional. Sugere também a

definição de uma quilometragem padrão, além do limite de 500 km, estabelecendo em cláusula

a existência de matriz tanto na saída quanto na chegada da linha.

Por fim, sugere tornar obrigatória a existência de garagem própria na origem e no destino, em

distâncias que superem "X" Km, visando a geração de emprego e renda e o desenvolvimento

15

local. Justifica alegando que a contribuição visa fomentar a participação das transportadoras

regionais, visando o desenvolvimento econômico de cada mercado.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: o art. 43 da Lei nº10.233/2001 apresenta as características da autorização:

[...] Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica, será

outorgada segundo as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta as

seguintes características:

I – independe de licitação; II – é exercida em liberdade de preços dos serviços, tarifas e fretes, e em

ambiente de livre e aberta competição; III – não prevê prazo de vigência ou termo final, extinguindo-se pela sua

plena eficácia, por renúncia, anulação ou cassação. [...]

Desta forma, devem ser evitadas barreiras injustificadas à entrada de forma que possam limitar a

concorrência

3.14.6 Sugere que no art. 68 seja estabelecido critério de seleção de empresas interessadas em

uma mesma linha. Cita como exemplo a existência de matriz ou garagem na região.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: a ANTT divulgará os critérios para a processo seletivo público nos casos em

que for identificada a inviabilidade operacional em determinado mercado.

3.14.7 No art. 68 sugere a inclusão de cláusula/disposto que proteja as linhas operadas por

meio de decisão judicial, até que a matéria seja definitivamente regulada pela ANTT. Assim,

sugere a seguinte redação: “§ 3° Na primeira fase da transição dos serviços regulares,

atualmente em execução, mediante autorização anterior ou por autorização judicial, para o

regime jurídico de que trata esta Resolução, somente as atuais transportadoras poderão fazê-lo

e limitadas às ligações que já operem”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: As linhas operadas com base em decisões judiciais foram autorizadas pelo

Poder Judiciário sem a devida avaliação por parte do Poder Concedente, afastando a

Administração do legítimo juízo discricionário de conveniência e oportunidade na fixação de

trecho a ser explorado diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, do serviço

de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. Nesse sentido, a existência

por si só de decisão judicial não é suficiente para garantir o direito à autorização do serviço

como o é das empresas que operam com base em autorização administrativa, de forma que,

após o período inicial da transição, qualquer empresa, incluindo aquelas que atualmente operam

com base em decisões judiciais, poderão solicitar a operação de mercados interestaduais e

16

internacionais de transporte rodoviário de passageiros, submetendo-se às exigências técnicas

estabelecidas pela ANTT para a obtenção do Termo de Autorização e da Licença Operacional.

3.15 Sr. Carlos Henrique Pastro Pereira

Entidade: Santo Anjo da Guarda Ltda

Cargo: Administrador

Protocolo: 2475592

3.15.1 Com relação ao caput do art. 10, afirma que o valor exigido é muito alto como

patrimônio líquido, uma vez que neste erário não são debitados os veículos que estão

financiados. Registra ser imprescindível considerar que a maioria das empresas atuantes no

setor não atenderia à exigência.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a exigência de capital social serve como garantia para as obrigações

assumidas pela empresa, devendo ser adequado e compatível com suas atividades de forma a

sustentar suas operações no mercado.

O estabelecimento de um valor mínimo para o capital social traz o suporte necessário à agência

reguladora para habilitar empresas compromissadas com a continuidade da prestação dos

serviços. Nesse sentido os valores apresentados foram obtidos com base nos investimentos

necessários e nos custos operacionais para a realização dos serviços.

Assim, com base no valor do veículo convencional com idade média de 5 anos foi calculado o

montante para os pontos médios de cada faixa pré-estabelecida e um adicional correspondente

ao custo da prestação dos serviços relativos a um mês de operação.

Considerando-se o valor do veículo rodoviário convencional de R$ 555.000, obtém-se para um

veículo de 5 anos de utilização o valor de R$ 294.150 (de acordo com a metodologia da soma

dos dígitos). Com esse valor calculou-se o montante para 6 veículos (1.764 mil), 30 veículos

(8.824 mil) e 50 veículos (14.707 mil), referindo-se à quantidade de veículos do intervalo médio

das faixas pré-definidas. Ainda, foi acrescentado ao montante acima o valor dos custos

operacionais a título de capital de giro necessário à manutenção das atividades, nos montantes

de R$ 208 mil e R$ 885 mil para a classe de até 10 veículos e nas duas acima de 10 veículos,

respectivamente.

A evolução não constante dos valores quando verificado o valor unitário por veículo dá-se em

função de que os custos operacionais são decrescentes com a maior produtividade,

principalmente nas faixas de menor escala, bem como ao fato de que quando a empresa atinge

um porte maior, a sua estrutura organizacional é mais bem preparada e não carece de se haver

17

uma exigência de mesma proporção para que estejam comprometidas com a continuidade da

prestação dos serviços, além do fato que os valores dos veículos quando adquiridos em

quantidades maiores também possuem redução em função de descontos concedidos na

aquisição.

Também deve-se esclarecer que a formação do capital social não se dá unicamente com a

imobilização dos veículos, mas sim com qualquer espécie de bem suscetível de avaliação

pecuniária, conforme estabelecido pelo Código Civil.

3.15.2 No inciso I do art. 10 aponta erro material no seguinte trecho “R$ 2.000.00,00 (dois

milhões, cento de mil reais)...”.

RESPOSTA: contribuição aceita.

JUSTIFICATIVA: o erro material apontado na contribuição será corrigido.

3.15.3 No inciso II do art. 10 afirma que considerando que para atuar no setor as atuais

operadoras não precisavam cumprir tal exigência, sugere que seja estabelecido um prazo para a

empresa constituir patrimônio líquido e positivo, tendo em vista que a exigência parte do último

ano social. Indaga, ainda, se no ano seguinte a autorizatária precisar de mais de cinquenta

veículos se poderá ser modificado o capital social e a operação, ou se pode ser modificado o

enquadramento na empresa a qualquer tempo.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: o Patrimônio Líquido positivo deverá ser comprovado por meio do Balanço

Patrimonial e demonstração de resultado do exercício do último exercício social. Em relação ao

capital social, a empresa poderá fazer uma alteração contratual no ato constitutivo que

comprove os novos valores de capital social de acordo com a frota que pretende cadastrar na

ANTT qualquer.

3.15.4 No âmbito do art. 13, aponta questionamentos atinentes às seguintes alíneas:

3.15.4.1 a) Garagens para guarda, manutenção e higienização da frota, com área de pátios

equivalente a 100 m² por veículo a ser atendido pela respectiva instalação. Registra que a frota

de uma empresa não permanece parada em uma garagem, sendo que a grande maioria dos

veículos está em constante circulação. Diante disso, questiona como determinar o espaço físico

de uma garagem e a partir de qual quantidade de veículos que se deve fazer a conta da

metragem.

RESPOSTA: esclarecimentos.

18

JUSTIFICATIVA: as exigências previstas no art. 13 da minuta de resolução foram revistas com

o objetivo de torná-las mais claras e tornar sua apresentação mais simples:

Incisos I ao V (exceto inciso III) – estavam em duplicidade com documentos já previstos para

a emissão do Termo de Autorização, por isso foram excluídos. O inciso III, por sua vez, foi

incorporado ao artigo da nova resolução que trata da regularidade jurídica.

Inciso VI - considerando que as exigências constantes das alíneas “c”, “d”, “e”, e “h” são de

gestão interna da empresa, foram excluídas da resolução. Já as alíneas “i “e “j”, por tratarem de

assuntos já abordados em outros artigos da resolução, também foram excluídas. A manutenção

das alíneas “a”, “b”, “f ” e “g”, por sua vez, é necessária pois tratam de aspectos fundamentais

para a adequada prestação dos serviços. Essas exigências passarão a fazer parte da

documentação referente à Licença Operacional, ou seja, serão exigidas após a obtenção do

Termo de Autorização. Neste sentido, a transportadora deverá apresentar uma relação de

garagens, pontos de apoio, pontos de parada, terminais rodoviários e instalações para venda de

bilhetes de passagem nos pontos de origem, destino e seções das ligações a serem atendidas em

condições adequadas de funcionamento, mediante apresentação de declaração emitida por

engenheiro civil ou arquiteto, com registro nos respectivos Conselhos de Classe.

3.15.4.2 b) Pontos de apoio e de parada para atendimento aos passageiros e tripulações

proporcionais aos serviços a serem operados. Solicita maiores esclarecimentos sobre os pontos

de apoio. Indaga se quando encaminhar o requerimento para a concessão de autorização, deve

ser apresentada a rota da viagem, declinando os locais (nome e endereço) dos pontos de apoio e

de parada, próprios ou terceirizados. A viagem deverá ser de quantos quilômetros de distância

para o cumprimento dessa exigência? Afirma ser incabível para toda e qualquer viagem, mas

apenas para aquelas mais longas, como por exemplo, em viagem internacional.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: a regulamentação da distância entre pontos de apoio não foi modificada em

relação à que atualmente é adotada, constante do Título V da Resolução ANTT nº 18/2002, que

“define o conteúdo e estabelece regras e procedimentos para elaboração e manutenção do

Esquema Operacional dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros”.

3.15.4.3 c) Instalações para as atividades administrativas e operacionais vinculadas à outorga,

em cada localidade dedicada à prestação dos serviços a serem operados. Solicita

esclarecimentos acerca de "atividades administrativas". Questiona se o terminal rodoviário, no

guichê de venda de passagens estaria cumprindo esta exigência. Afirma que, na prática, muitas

19

autorizatárias possuem a prestação de serviços em localidades muito próximas, com menos de

80 km de distância. Não se mostra necessário para a operação haver, em cada local, a instalação

exigida neste dispositivo, assim como nas alíneas sequentes.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: contribuição já analisada no item 3.15.4.1.

3.15.4.4 d) Instalações, próprias ou de terceiros, para armazenamento e abastecimento de

combustível, peças de reposição e espaço com rampa para execução dos serviços de reparos e

manutenção dos veículos. Afirma ser necessário compreender se a exigência se dá em cada local

que disponibiliza o serviço ou apenas na sede da empresa.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: contribuição já analisada no item 3.15.4.1.

3.15.4.5 e) Instalações apropriadas para alojamento de motoristas nos locais onde haja

necessidade de descanso nos intervalos intrajornada, com recursos para alimentação e lazer dos

trabalhadores, nos termos da Lei n° 12.619/2012. Sugere a exclusão total dessa alínea, uma vez

que a Lei 12.619/2012 foi revogada pela Lei 13.103/2015 e possui dispositivo claro de que o

descanso do motorista poderá ser realizado dentro do veículo, ainda que em movimento.

Ademais, no que se refere a este intervalo intrajornada, que é para higiene e alimentação, pode

ser feito quando na viagem é realizada a parada para o almoço dos passageiros, nos locais

previamente mapeados pela empresa. Finaliza alegando que a empresa não tem obrigação de

resguardar um espaço destinado ao descanso e lazer.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: contribuição já analisada no item 3.15.4.1.

3.15.4.6 f) Equipe de profissionais, com experiência na prestação dos serviços, capaz de

cumprir todas as obrigações previstas nesta Resolução e demais normas regulamentares

pertinentes, com experiência mínima de vinte e quatro meses devidamente comprovadas.

Questiona se esta exigência abarca "toda" a equipe da empresa, incluindo mecânicos, motoristas

etc.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: a comprovação da qualificação técnico-profissional da transportadora, no

que se refere à equipe de profissionais foi modificada, se limitando à indicação do responsável

pela gestão, que deverá ter experiência mínima de 12 (doze) meses em gestão de transporte

coletivo rodoviário de passageiros.

20

3.15.5 Quanto à validade do Termo de Autorização, de 3 anos, afirma que tal prazo é muito

exíguo diante do investimento e das exigências burocráticas. Registra haver incompatibilidade

de tempo de uso da frota (dez anos) com a autorização da operação (três anos). Acrescenta,

ainda, que de acordo com o art. 24, § 1º, a idade máxima da frota é de dez anos, ao passo que o

§ 2º estabelece que frota acima de dez veículos deve ter idade média de cinco anos. Assim,

registra haver incoerência entre os dispositivos e falta de isonomia nas exigências. Sugere, ao

final, que o Termo de Autorização tenha prazo de cinco anos, ao invés de três, sendo que a cada

três anos seja realizada a atualização dos documentos.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a atualização da documentação necessária para a emissão do Termo de

Autorização a cada três anos visa garantir a manutenção das condições de regularidade jurídica,

financeira, fiscal e trabalhista, bem como à qualificação técnico-profissional e técnico-

operacional da empresa que ensejaram a emissão do documento. Empresas que encaminhem a

documentação adequada e em estrita observância ao disposto na resolução manterão seu Termo

de Autorização vigente.

3.15.6 Solicita esclarecimentos acerca do art. 15, por meio da qual se exige a atualização da

documentação do Termo de Autorização a cada 3 anos. Registra que o caput do art. 14 “afirma

que o Termo de Autorização será de três anos”, e questiona porque o art. 15 exige que a

documentação seja atualizada após três anos, sob pena de extinção. Por fim, questiona se é

correto o entendimento de que “a cada três anos deve ser atualizada a documentação e então é

renovada a autorização por mais três anos e assim sucessivamente”.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: a atualização da documentação necessária para a emissão do Termo de

Autorização a cada três anos visa garantir a manutenção das condições de regularidade jurídica,

financeira, fiscal e trabalhista, bem como à qualificação técnico-profissional e técnico-

operacional da empresa que ensejaram a emissão do documento. Empresas que encaminhem a

documentação adequada e em estrita observância ao disposto na resolução manterão seu Termo

de Autorização vigente.

3.15.7 Quanto à exigência prevista no § 4° do art. 17, de que nos estudos para implantação de

nova linha deverão ser considerados os mercados de outros serviços já em execução para que

não seja produzido o desequilíbrio e a inviabilidade dos mesmos, registra que “para melhor

compreensão, necessário lembrar que na aviação são as empresas que estabelecem a

21

necessidade de mercado”. E indaga: “no transporte de passageiros, é a empresa quem vai

apresentar este plano, considerando a hipótese de no mercado não existir hoje uma linha e,

consequentemente, não tendo serviço em execução”?

RESPOSTA: esclarecimentos

JUSTIFICATIVA: conforme a Lei nº10.233/2001:

[...]

Art. 47-B. Não haverá limite para o número de autorizações para o serviço

regular de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros,

salvo no caso de inviabilidade operacional.

Parágrafo único. Na hipótese do caput, a ANTT poderá realizar processo

seletivo público para outorga da autorização, observados os princípios da

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, na forma do

regulamento.

[...]

Desta forma, a ANTT somente limitará o número de entrantes nos casos em que for identificada

inviabilidade operacional, nos termos da regulamentação a ser estabelecida pela ANTT. Assim,

a redação do parágrafo 4º do art. 17 será alterada e preverá que na outorga de novos mercados

deverão ser considerados possíveis impactos nos mercados já existentes, para que não seja

caracterizada sua inviabilidade operacional. Ressalta-se, ainda, que a ANTT realizará estudo

para detalhar as hipóteses em que se configurarão os casos de inviabilidade operacional, com o

objetivo de garantir um atendimento adequado aos usuários.

3.15.8 Quanto à exigência de que a transportadora apresente a relação dos mercados que

pretende atender, prevista no art. 18, questiona se além dos mercados já atendidos, poderá a

transportadora requerer nova linha e se o pedido se dará mediante processo simplificado.

Indaga, ainda, se no caso de a empresa autorizatária já habilitada pelos procedimentos previstos

na Resolução constatar que há novo mercado que não é operado, em quanto tempo poderá

requerer a autorização para a criação e operação da linha devidamente publicada pela ANTT.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: em um primeiro momento, durante o período de transição, somente as

autorizatárias especiais poderão apresentar a documentação referente à Licença Operacional

para pleitear a autorização para os mercados outorgados, por elas já atendidos. Após este

período inicial, necessário para que as autorizatárias especiais apresentem seus pleitos e a

ANTT realize a avaliação da documentação apresentada, estimado em 210 dias, contados da

vigência da Resolução, qualquer transportadora que possua Termo de Autorização vigente

poderá pleitear novos mercados, devendo apresentar a documentação necessária para emitir as

Licenças Operacionais pertinentes.

22

3.15.9 Nos casos de inviabilidade operacional, tratada no § 1º do art. 19, solicita

esclarecimentos, “uma vez que na seleção pública simplificada pode ocorrer de várias

empresas já autorizatárias de outras linhas, que cumpram todas as exigências desta Resolução,

concorrer para uma mesma licença”. Assim, questiona como será o critério de avaliação e de

desempate.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: os critérios para a seleção pública simplificada serão divulgados em

momento oportuno pela ANTT.

3.15.10 No que concerne à exigência do art. 21, questiona por que a autorizatária não poderia

atender classe com menos passageiros se ela tem capacidade de atender mais de 100 milhões de

passageiros.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: a transportadora poderá operar linhas com produção de passageiro-

quilômetro/ano que se enquadre na classe correspondente à sua capacidade técnico-operacional

ou de classes inferiores. Para tornar a interpretação mais clara serão feitos ajustes no texto da

resolução.

3.15.11 Na tabela onde é apresentado o enquadramento dos tipos de ônibus nas classes de

habilitação da autorizatária (art. 24), aponta erro, uma vez que não há a “previsão entre 501 a

800”.

RESPOSTA: contribuição aceita.

JUSTIFICATIVA: a redação do art. 24 será ajustada para utilizar a definição de ônibus aos

termos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito - Contran e ao Código Brasileiro de

Trânsito – CTB. Quanto às exigências estabelecidas nas tabelas de indicadores técnicos dos

ônibus do caput do art. 24, informa-se que, à exceção dos valores de potência de acordo com a

extensão da linha, todas as demais serão excluídas, devendo ser observadas, quanto às

características dos veículos, as disposições da Resolução ANTT nº 4130/2013. Por fim,

informa-se, ainda, que as faixas de extensão serão revistas de modo a evitar lacunas em sua

aplicação.

3.15.12 Com relação à idade máxima da frota, sugere a revisão desta exigência, e consigna que

a vida útil do veículo é bem maior que dez anos. Assim, sugere que para os veículos tipo C, que

possuem maior valor de investimento, seja admita uma idade além de dez anos.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

23

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo no disposto

no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a prestação de um serviço

adequado, entre os quais a atualidade:

[...]

Art. 4º A delegação para a exploração dos serviços previstos neste Decreto

pressupõe a observância do princípio da prestação de serviço adequado ao

pleno atendimento dos usuários.

Parágrafo único. Serviço adequado é o que satisfaz as condições de

pontualidade, regularidade, continuidade, segurança, eficiência, atualidade,

generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas, conforme

estabelecido neste Decreto, nas normas complementares e no respectivo

contrato.

[...] (grifo nosso)

Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a

atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.

Nesse contexto, o estabelecimento da idade máxima de 10 anos vem ao encontro do disposto

nos regulamentos supracitados, uma vez que veículos com idade mais avançada, aliados à falta

de manutenção, tendem a sofrer maiores quebras que, por sua vez, ocasionam falta de

regularidade na prestação do serviço, atrasos e, inclusive problemas de segurança. Por outro

lado a exigência da idade de 10 anos permite que se incorpore à frota utilizada na prestação dos

serviços avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade aos

portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do ponto de vista

energético e de consumo de combustíveis.

3.15.13 Com relação à exigência de idade média para autorizatárias que possuam frota

cadastrada de mais de 10 ônibus, afirma haver incoerência entre os dispositivos e falta de

isonomia nas exigências. Registra que a vida útil de um ônibus é superior a cinco anos, além de

o retorno do investimento não se dar em apenas cinco anos.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: a adoção da idade média de 5 anos tem respaldo no disposto no art. 4º do

Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a prestação de um serviço adequado,

entre os quais a atualidade:

[...]

Art. 4º A delegação para a exploração dos serviços previstos neste Decreto

pressupõe a observância do princípio da prestação de serviço adequado ao

pleno atendimento dos usuários.

Parágrafo único. Serviço adequado é o que satisfaz as condições de

pontualidade, regularidade, continuidade, segurança, eficiência, atualidade,

generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas, conforme

estabelecido neste Decreto, nas normas complementares e no respectivo

contrato.

[...] (grifo nosso)

24

Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a

atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.

Nesse contexto, o estabelecimento da idade média de 5 anos permite que se incorpore à frota

utilizada na prestação dos serviços avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança,

acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes

do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.

Ressalte-se que, durante o período de transição, a ANTT já prevê prazo para adaptação às regras

que estabelecem a idade média de 5 anos. Assim, no primeiro ano, a idade média da frota

cadastrada poderá ser de até 10 (dez) anos; no segundo ano, poderá ser de até 8 (oito) anos e no

terceiro ano, poderá ser de até 6 (seis) anos. Apenas a partir do 4º ano será exigida a idade

média de 5 anos como pré-requisito para operar.

3.15.14 Afirma que não há infraestrutura adequada para pontos de apoio e parada, e que, em

cumprimento à Lei do Motorista, há o prazo de cinco anos para que a União faça parcerias com

a iniciativa privada e viabilize pontos de parada e apoio (art. 10, inciso V, parágrafo único).

Assim, registra não ser plausível que a ANTT normatize, fiscalize e autue, sendo que a realidade

nacional é outra e as autorizatária não possuem condições de assumir todo o ônus e

responsabilidade.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: para que uma empresa se candidate a operar linhas regulares de transporte

deve dispor da infraestrutura necessária para garantir a adequada prestação dos serviços.

Cabe destacar que a ANTT está revendo todas as exigências previstas no art. 13, VI da minuta

de resolução disponibilizada na Audiência Pública. Dessa forma, considerando que as

exigências constantes nas alíneas c, d, e, e h são de gestão exclusiva da empresa, serão excluídas

da resolução. Quanto às alíneas i e j, por tratarem de assuntos já abordados em outros artigos da

resolução, também serão excluídas da resolução. A manutenção das alíneas a, b, f e g é

necessária pois tratam de aspectos operacionais fundamentais para a operação dos serviços.

Ressalta-se, contudo, que tais exigências passarão a fazer parte da documentação referente à

Licença Operacional, ou seja, após a obtenção do Termo de Autorização. Nesse sentido, será

exigido que a transportadora apresente a relação das garagens, pontos de apoio, pontos de

parada, terminais rodoviários e das instalações para venda de bilhetes de passagem nos pontos

de origem, destino e seções das ligações a serem atendidas em condições adequadas de

funcionamento.

25

3.15.15 Com relação ao intervalo máximo de 4 horas entre os pontos de parada, afirma ser

imprescindível rever tal intervalo, uma vez que a Lei 13.103/2015 prevê a possibilidade de

elastecimento da viagem diante da falta de locais seguro de parada, viabilizando prosseguir a

viagem tanto quanto for necessário, desde que justificado e anotado na ficha de controle.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: Inicialmente, esclarece-se que as exigências relativas ao esquema

operacional das linhas, o que inclui a localização dos pontos de parada, bem como o tempo de

percurso entre esses pontos, já estão previstas no Título V da Resolução nº 18/2002 e no

Decreto nº 2521/98. Nesse sentido, informa-se que o detalhamento do intervalo entre paradas,

por sua vez, será retirado da resolução por constar do Título V da Resolução ANTT nº18/2002,

que “define o conteúdo e estabelece regras e procedimentos para elaboração e manutenção do

Esquema Operacional dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros”.

3.15.16 Quanto à exigência de os pontos de apoio estar localizados a uma distância máxima de

quatrocentos quilômetros entre si ou em relação aos terminais, afirma que a nova Lei do

Motorista prevê a possibilidade de a transportadora ter contratos para disponibilizar locais em

estrutura para ponto de apoio. Assim, sugere que o art. 31, § 3º seja revisto, uma “a União

precisa viabilizar e apoiar o incentivo à instalação de mais pontos de apoio para a realização

dos intervalos”.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: contribuição já analisada no item 3.15.15.

3.15.17 Afirma que o prazo máximo de 30 dias, após a obtenção da Licença Operacional, para

iniciar a operação é muito exíguo, pois haverá toda a frota para organizar, quadro de pessoal etc.

RESPOSTA: contribuição parcialmente aceita.

JUSTIFICATIVA: a ANTT entende que para que a empresa solicite a Licença Operacional

deve estar com todos os fatores de produção disponíveis para iniciar a operação, estando o prazo

adequado em tais condições. Ressalte-se, porém, que será admitida a prorrogação de tal prazo, a

juízo da ANTT, desde que a transportadora motive adequadamente sua solicitação.

3.15.18 Com relação à paralisação do atendimento do mercado pela autorizatária, solicita

esclarecimentos acerca do que acontecerá diante da situação: haverá licitação? Haverá

preferência de empresa eventualmente que tenha a linha compartilhada para executar o serviço?

RESPOSTA: esclarecimentos.

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JUSTIFICATIVA: em caso de paralisação do mercado será seguido todo o trâmite constante da

Resolução. Conforme disposto na Lei nº 10.233/01, a licitação será realizada nos casos em que

ficar configurada a inviabilidade operacional.

3.15.19 No tocante ao exercício da tarifa em liberdade de preços, afirma ser indispensável

estabelecer um coeficiente mínimo para que não ocorra concorrência desleal.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: não há possibilidade de se estabelecer tarifa mínima para os serviços, tendo

em vista que a autorização “[...] é exercida em liberdade de preços dos serviços, tarifas e fretes,

e em ambiente de livre e aberta competição”, conforme inciso I, art. 43 da Lei nº 10.233/2001.

Ressalte-se, porém, que a ANTT poderá intervir no mercado de serviços regulares, com o

objetivo de cessar abuso de direito ou infração contra a ordem econômica, inclusive com a

estipulação de obrigações específicas para a autorização, sem prejuízo do disposto no art. 31 da

Lei nº 10.233/2001.

3.15.20 Com relação a requerimentos para modificações dos serviços, afirma não ter detectado

os critérios para análise de tais requerimentos questões, como por exemplo, quem já opera,

quais valores e quais critérios de desempate etc.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: o disposto nos art. 43 da minuta submetida à Audiência pública nº1/2015

trata de regramento para alteração operacional do serviço prestado. Nesse sentido, tendo em

vista o assunto estar incluído no tema “Reavaliação das Regras de Alteração e Modificação

Operacional”, incluído no Eixo Temático 3 da Agenda Regulatória 2015-2016 da ANTT, o art.

43 será excluído do minuta de resolução e o assunto será submetido à audiência pública em

momento oportuno.

3.15.21 No âmbito dos deveres da autorizatária, afirma que o inciso XIII do art. 53, ao exigir

que a autorizatária assegure, nos pontos de parada, alimentação, conforto, segurança e descanso

aos passageiros e à tripulação, incumbe tão somente à autorizatária essa obrigação, enquanto

que a União também é responsável pela viabilização e/ou incentivo para a criação dos pontos de

paradas, haja vista a escassez e falta de condições nas estradas.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: considerando que o disposto no art. 53 já é tratado em resolução específica,

o citado artigo será excluído da minuta de resolução.

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3.15.22 Com relação à primeira fase do período de transição, questiona: “e se o mercado

necessitar de uma linha que não existe e está dentro do raio de atuação da autorizatária que já

possui o serviço regular? É licitado? Faz pedido? Apresenta relatório da necessidade? Como

proceder?”.

RESPOSTA: esclarecimentos.

JUSTIFICATIVA: em um primeiro momento, durante o período de transição, somente as

autorizatárias especiais poderão apresentar a documentação referente à Licença Operacional

para pleitear a autorização para os mercados outorgados, por elas já atendidos. Após este

período inicial, necessário para que as autorizatárias especiais apresentem seus pleitos e a

ANTT realize a avaliação da documentação apresentada, estimado em 210 dias, contados da

vigência da Resolução, qualquer transportadora que possua Termo de Autorização vigente

poderá pleitear novos mercados, devendo apresentar a documentação necessária para emitir as

Licenças Operacionais pertinentes.

3.15.23 Tendo como base o art. 69, que estabelece que os coeficientes tarifários máximos a

serem adotados pelos serviços regulares de transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros serão reajustados anualmente pela ANTT até o dia 18 de junho de 2019, quando a

tarifa passará a ser exercida em liberdade de preços, registra ser imperiosa a necessidade de

existir tarifa mínima para não favorecer a concorrência desleal.

RESPOSTA: contribuição rejeitada por análise de mérito.

JUSTIFICATIVA: não há possibilidade de se estabelecer tarifa mínima para os serviços, tendo

em vista que a autorização “[...] é exercida em liberdade de preços dos serviços, tarifas e fretes,

e em ambiente de livre e aberta competição”, conforme inciso I, art. 43 da Lei nº 10.233/2001.

Ressalte-se, porém, que a ANTT poderá intervir no mercado de serviços regulares, com o

objetivo de cessar abuso de direito ou infração contra a ordem econômica, inclusive com a

estipulação de obrigações específicas para a autorização, sem prejuízo do disposto no art. 31 da

Lei nº 10.233/2001.

3.15.24 Solicita esclarecimento quanto ao disposto no art. 70, que prevê que a idade média de

que trata o § 2º, do art. 24, deverá ser observada a partir do quarto ano, contado da data de

publicação desta Resolução. Questiona se a situação prevista no dispositivo se aplica à

renovação do Termo de Autorização após o prazo de 3 anos. Salienta, por fim, que adequar a

frota em três anos gera alto custo e a exigência de idade média é inaplicável.

RESPOSTA: esclarecimentos.

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JUSTIFICATIVA: a contagem dos prazos em relação à idade média da frota remete à

publicação da Resolução, independentemente de quando foi emitido o Termo de Autorização.

Assim, a partir do quarto ano da publicação da Resolução a idade média da frota deverá ser de 5

anos, observadas as regras de transição estabelecidas no documento.