anestesia e técnicas de eutanásia completo

Download Anestesia e Técnicas de Eutanásia Completo

If you can't read please download the document

Upload: claudio-luis-venturini

Post on 28-Dec-2015

33 views

Category:

Documents


11 download

TRANSCRIPT

3 Anestesia e Tcnicas de Eutansia

3.1 - INTRODUO Os animais utilizados em procedimentos experimentais necessitam ser submetidos anestesia com a inteno de reduzir ou eliminar a dor e o sofrimento e, ainda, facilitar o ato operatrio. Os frmacos utilizados na Anestesiologia devem ser capazes de propiciar com segurana: amnsia, sedao, bloqueio autonmico, analgesia, anestesia, inconscincia e, quando necessrio, relaxamento da musculatura esqueltica. NOTA: Anestesia: reduo ou eliminao temporria e reversvel da sensibilidade e da motricidade. Sedao: reduo mnima do nvel de conscincia sem abolir os reflexos e a respirao automtica. Analgesia: reduo temporria da sensao de dor, acompanhada de diminuio da percepo do ambiente. Efetuar anestesia geral demanda conhecimento do mecanismo de ao e das vias de acesso dos anestsicos. Estes frmacos podem ser administrados por diversas vias: inalatria, intravenosa, intramuscular, intraperitoneal e subcutnea.

3.2 - ANESTSICO IDEAL Numerosas tm sido as substncias que mostram atividade anestsica; poucas, entretanto, conseguiram lugar no arsenal anestsico do passado e do presente. Se, por um lado, muitas apresentam propriedades que se ajustam s requeridas para um bom agente, por outro lado exibem outras caractersticas que as condenam. At o presente momento no foi encontrado o anestsico que preencha as qualidades que o identifiquem como ideal.

As caractersticas para um anestsico ideal so: Ser depressor reversvel do Sistema Nervoso Central (SNC); Ser essencialmente inerte, ou seja, no sofrer biotransformao no organismo; No possuir, em concentraes clnicas, toxicidade sistmica (principalmente em relao ao fgado, rins, sistema cardiovascular e sistema nervoso central); Possuir odor agradvel e no ser irritante para as vias areas, caso seja inalatrio; No estimular o centro do vmito, tambm denominado zona do gatilho (CTZ dos ingleses: central trigger zone); Ter baixa solubilidade em plsticos e borracha;

No ser inflamvel, nem explosivo nas concentraes usadas, permitindo o emprego do cautrio, raios X e outros aparelhos que liberem centelhas nas salas de cirurgia; Estado fsico preferencialmente lquido, pois a forma mais fcil de administrao;

9.Ser estvel na presena de ar, na luz e em contato com metais; 10.No possuir atividade convulsiva; 11.Ser de baixo custo e de fcil comercializao.

3.3 - ANESTSICOS INALATRIOS A) xido nitroso: um anestsico gasoso e incolor temperatura e presso ambientes. Possui um baixo potencial anestsico, sendo incapaz de produzir anestesia cirrgica e perda de conscincia no animal sem causar uma hipxia severa. Entretanto, o xido nitroso possui pequena ao analgsica, podendo ser usado com outros agentes em um regime balanceado de anestesia. B) Halotano: Foi o primeiro anestsico a ser utilizado em humanos. Possui um alto potencial anestsico, no sendo inflamvel nem explosivo e no irritante para vias areas. depressor dos sistemas cardiovascular e respiratrio em uma relao dose-efeito. metabolizado principalmente pelo fgado, ocorrendo induo das enzimas microssomais hepticas ps-anestesia.C) Enflurano: Lembra o Halotano em muitas de suas caractersticas, porm sua induo e recuperao so levemente mais rpidas. Sofre metabolismo heptico menor que o do Halotano, podendo ser usado para uma anestesia segura e efetiva no rato. D) Isoflurano: Produz uma induo e recuperao ainda mais rpida que a do Halotano, mas tambm causa depresso nos sistemas respiratrio e cardiovascular. um anestsico inalatrio no irritante, no inflamvel e no explosivo, no sendo metabolizado no fgado. Pelo seu alto custo, pouco usado. E) Sevoflurano: o mais utilizado clinicamente em muitos pases, pois no causa alteraes cardiovasculares importantes e permite um rpido despertar. Sabe-se que, quando metabolizado, se torna nefrotxico para ratos, mas no est comprovado que isso acontece em humanos. F) ter: um lquido incolor, inflamvel, voltil, relativamente inerte e de baixo custo. Possui carter cido, causando aumento da secreo de muco traqueobrnquico e pode exacerbar qualquer condio subclnica pr-existente no sistema respiratrio. metabolizado pelo fgado, induzindo enzimas microssomais. O ter tem sido utilizado na preparao de animais para a induo anestsica, mas, progressivamente, est sendo substitudo por outros frmacos. Tem sido contra-indicado para cirurgia experimental por alguns Comits de tica. Permanece, porm, como um anestsico popular em alguns institutos por poder ser utilizado diretamente em simples cmaras de anestesia. Efeitos do terEfeitos:1- Quando o ter entra em contato com o trato respiratrio do animal, por possuir carter cido, provoca aumento da secreo de muco traqueobrnquico e broncodilatao, na tentativa de defender o organismo a essa agresso. Quando alcana grandes concentraes nos alvolos, percebe-se broncoconstrico, salivao abundante e at mesmo parada respiratria.2- Depois de inalado, ele absorvido pelos capilares alveolares e alcana a circulao. Provoca taquicardia, porm, posteriormente percebe-se um retorno da freqncia para nveis normais.3- Primeiramente, a freqncia respiratria aumenta devido aos efeitos estimulantes do vapor de ter na mucosa traqueobrnquica e estimulao do centro respiratrio. Com o aprofundamento da anestesia, a freqncia respiratria diminui, podendo levar parada respiratria.4- Agindo no sistema nervoso central, o ter induz analgesia, seguida de excitao, e, depois, anestesia; o relaxamento muscular que se verifica resultante da depresso do SNC.5- O ter estimula a medula da supra-renal e o sistema nervoso simptico, gerando a liberao de adrenalina e noradrenalina, que tem como conseqncia a degradao do glicognio heptico e muscular em glicose, aumentando a glicemia. Alm disso, a estimulao simptica contribui para o aumento da freqncia cardaca, dilatao do intestino, diminuio do peristaltismo, dilatao brnquica e aumento da freqncia respiratria.6- O ter, mesmo em altas concentraes, no hepatotxico e no metabolizado, tendo a sua eliminao realizada principalmente pelos pulmes e pela pele (90%), e somente uma pequena porcentagem pela saliva e pelos rins (5 a 10%)

Vaporizador artesanal de ter

No LabCEMA, freqente a utilizao do vaporizador artesanal de ter para realizao dos procedimentos cirrgicos. O vaporizador artesanal de ter foi descrito por BRITO e col. (1997), sendo uma modificao de um modelo pr-existente montado por WAYNFORTH e FLECKNELL (1992). Em 1999, ainda por BRITO e col., foi adicionada uma cmara de induo de fluxo contnuo. Esse aparelho foi elaborado com o intuito de reduzir a poluio do ambiente que ocorre com o uso da anestesia inalatria, proporcionar nveis anestsicos mais homogneos e quantificar o volume anestsico consumido pelo animal.

Vaporizador Artesanal de ter (BRITO e col., 1997) O aparelho constitudo por um compressor de ar acoplado a um equipo de soro, e este vlvula reguladora de fluxo. Nesta vlvula conectada uma sonda naso-gstrica nmero 8 cuja ponta inserida num tubo de ensaio laboratorial, fechado hermeticamente com uma rolha de borracha. Outra sonda sai da rolha de borracha, sendo acoplada a uma torneira de trs vias. Esta liga-se a uma cmara de induo de fluxo contnuo e a uma campnula. O funcionamento do sistema simples, o compressor produz um fluxo de ar contnuo que ser levado ao tubo de ensaio que contm o anestsico. Este ser vaporizado e ser conduzido pelo equipo de soro at a torneira de trs vias. Da, poder ser conduzido at a cmara de induo ou at a campnula. 3.4 - ANESTSICOS INJETVEIS A maioria dos anestsicos injetveis, em cirurgia experimental, administrada pelas vias intraperitoneal e intramuscular em dose nica. Tambm so utilizadas as vias intravenosa e subcutnea.Intraperitoneal (IP): permite a infuso de maiores volumes do anestsico e causa um mnimo de dor e estresse para o animal quando a tcnica realizada corretamente.Intramuscular (IM): proporciona uma absoro mais confivel. Alguns anestsicos, porm, produzem dano muscular quando realizados por essa via. Ambos os mtodos possuem algumas desvantagens: uma dose nica alta de anestsico deve ser dada para produzir o efeito desejado; absoro lenta; e efeitos residuais prolongados.Intravenosa (IV): possui vantagens em termos de controle da profundidade da anestesia, alm de diminuir o nmero de agentes anestsicos utilizados. Entre as desvantagens esto a dificuldade de conteno e de aplicao da tcnica.Subcutnea (SC): A injeo subcutnea permite uma administrao medicamentosa mais lenta e gradual que a injeo intramuscular. Provoca um mnimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguneos de grande calibre e nervos.

3.4.1 Anestsicos de Curta Durao (at 10 minutos)A) Propofol: aproximadamente 5 minutos de anestesia cirrgica (IV). Possui recuperao rpida, causa grau mdio de hipotenso e moderada depresso do sistema cardiorrespiratrio. Devido sua rpida redistribuio e metabolismo seus efeitos desaparecem em poucos minutos.B) Tiopental: barbitrico de ao curta, produz aproximadamente 10 minutos de anestesia cirrgica (IV) com rpida recuperao. Causa depresso moderada no sistema cardiorrespiratrio. Este agente ineficaz quando administrado pelas vias intraperitoneal e intramuscular.3.4.2 Anestsicos de Mdia Durao (at 1 hora) A) Fentanil/ Medetomidina: fentanil um potente opiide que produz excelente analgesia no rato. Medetomidina um agonista alfa-adrenrgico que promove perda de conscincia e algum grau de analgesia. Quando combinados e administrados em uma nica injeo IP, estes dois componentes produzem anestesia cirrgica por aproximadamente 45 minutos. A recuperao prolongada.B) Quetamina/ Xilazina: a combinao de quetamina mais utilizada (IP). Isoladamente, a quetamina promove apenas imobilizao, acompanhada de rigidez muscular. Em doses rotineiras, induz analgesia superficial (pele, musculatura), aumenta a secreo salivar e mantm reflexos protetores presentes no permitindo adequada monitorizao da anestesia. Para atenuar seus efeitos colaterais, a quetamina deve ser associada a xilazina, que possui propriedades analgsicas. Produzem queda da presso arterial, depresso respiratria, hiperglicemia alm de efeito diurtico. As doses recomendadas para promover anestesia em ratos so de 90mg/kg de quetamina + 10mg/kg de xilazina((IP). 3.4.3 Neuroleptoanalgsicos Combinao de um potente analgsico opiide com um calmante fenotiaznico ou butirofenona.A) Fentanil/ Droperidol: sua administrao (IM) produz anestesia profunda, porm associada com um grau de rigidez muscular. Doses mais altas causam depresso respiratria. Usado somente para promover conteno em cirurgias superficiais.3.4.4 Outros AgentesA) Hidrato de Cloral: promove uma anestesia cirrgica (IP) de 45 a 60 minutos. Um aumento da dose acima das necessidades para produzir hipnose pode levar a um estado de anestesia geral. Em doses ainda mais altas pode deprimir os centros respiratrios e vasomotor, ambos no bulbo, produzindo coma e morte.Possui efeito mnimo sobre o sistema cardiovascular e sobre reflexos de baroreceptores, sendo associado com ileus ps-anestsico e lceras gstricas.

Tcnica de aplicao intraperitoneal/ muscular:A. Aplica-se no quadrante inferior direito do abdome. B. Aps alcanar a cavidade peritoneal, aspira-se para verificao de possvel leso de rgos ou vasos. C. Caso no haja leso, injeta-se a droga, caso contrrio, repita o procedimento.

Via de administrao intraperitoneal

Foto JoelColocar foto muscular3.5 -ESTGIOS E SINAIS DE ANESTESIA O anestesista deve confiar numa srie de sinais clnicos para indicar o incio e a profundidade da anestesia. Isto foi apreciado pelos primeiros anestesistas, incluindo John Snow (que descreveu "os cinco estgios de narcotismo") e Francis Plonley. Mas s quando Guedel desenvolveu seu clssico quadro de sinais de anestesia com diviso em estgios e planos, que um sistema detalhado tornou-se realmente aceito. 3.5.1 - Estgios de anestesia 1)Primeiro estgio: Analgesia: do comeo da induo perda de conscincia. Tambm conhecido como "estgio de desorientao". 2)Segundo estgio:Delrio e excitao (resposta desinibida): da perda de conscincia ao incio da respirao automtica. 3)Terceiro estgio:Anestesia cirrgica ou Plano anestsico: do incio de respirao automtica at paralisia respiratria. 4)Quarto estgio:Anestesia profunda ou Sobredosagem: do incio da paralisia respiratria at a morte. Todos os reflexos j esto perdidos e pupilas extremamente dilatadas. 3.5.2. - Sinais clnicos de anestesia Os sinais clnicos de anestesia so: aumento progressivo de paralisia muscular (msculos orbitais, intercostais, diafragma) e abolio progressiva de resposta reflexa. 3.6 -TCNICA ANESTSICA indispensvel que a tcnica anestsica e as tcnicas operatrias sejam obrigatoriamente executadas por pessoas distintas. Isto se faz necessrio j que ao longo da anestesia deve haver monitorizao constante do animal pelo anestesista, ou seja, a verificao contnua de seus sinais vitais, ficando a ateno do cirurgio dispensada apenas ao ato operatrio. O jejum pr-operatrio muito importante; a regurgitao de alimentos pode levar a quadro grave de pneumonia por aspirao. A temperatura deve ser controlada para favorecer a manuteno das condies fisiolgicas de homeostasia. O ato anestsico divide-se em trs tempos: induo, manuteno e recuperao anestsicas.

3.6.1. Induo anestsica Perodo que se estende do incio do fornecimento de ter ao animal at que haja perda dos sentidos e ele adormea.

Induo anestsica Para que se confirme a induo anestsica, os sinais a seguir devem ser verificados: a) Incapacidade de movimentao da cabea b) Relaxamento do corpo, atravs da perda do reflexo de retrao da pata e perda do tnus muscular abdominal. c) Perda dos reflexos palpebral e do bigode, presso interdigital e digito-presso da cauda.

Reflexo interdigitalReflexo da cauda

d) Freqncia respiratria, que deve situar-se entre 80-100 ipm (incurses por minuto). e) Colorao das patas, orelhas e focinho. Quando cianticas, podem indicar hipoxemia no animal. 3.6.2 - Manuteno anestsica

Perodo que tem incio com a perda dos sentidos do animal. Pode-se aprofundar ou superficializar a anestesia de acordo com a necessidade utilizando-se o vaporizador artesanal de ter (BRITO e col., 1997). Isso pode ser feito atravs do controle da intensidade de borbulhamento pela vlvula controladora de fluxo. Trs nveis de borbulhamento foram padronizados: Finas bolhas: fluxo aproximado de 2 mL/h de ter etlico. Usado no incio ou ao final da cirurgia, visando, respectivamente, a induo e a recuperao anestsica. insuficiente para a manuteno anestsica de ratos com mais de 300 gramas. Mdias bolhas: fluxo aproximado de 4 mL/h de ter etlico. Usado para a manuteno de um plano adequado para a realizao do procedimento cirrgico. Grossas bolhas: fluxo aproximado de 6 mL/h de ter etlico. Usado para completar a induo ou aprofundar a anestesia (eutansia). importante a manuteno da homeostase do animal , devendo-se observar:Perdas sanguneas: podem levar a estados de hipovolemia, choque e morte. Temperatura: deve estar em torno de 37 C. O rato perde calor com facilidade devido sua superfcie corporal ser relativamente grande em relao a sua massa. Ento, pode sofrer hipotermia com conseqente falncia cardiovascular e morte. O aquecimento do ambiente cirrgico ajuda a evitar que isso ocorra, porm sem exagero, dado que o rato no tem glndulas sudorparas.Respirao e secreo: a freqncia respiratria inferior a 80 ipm indica progresso para o estado de anestesia profunda, devendo ser mantida entre 80-100 ipm. A quantidade de secreo traqueobrnquica aumentada pode obstruir as vias areas e levar o animal morte.

3.6.3 - RecuperaoPerodo que se inicia com a interrupo do fluxo de ter etlico e se estende at a recuperao do estado normal do animal, caracterizada pela deambulao. Varia com o peso e a durao da anestesia. Nessa fase o animal necessita de alguns cuidados, como conforto na gaiola e cuidados com a intensidade de luz, rudos, temperatura e odores. Evitando-se estressar os animais, com um mnimo de manipulao.3.6.4 - Analgesia ps-operatriaA administrao de analgsicos no perodo ps operatrio deve ser considerada, ficando a escolha do medicamento a critrio do pesquisador.

3.7 -TCNICAS DE EUTANSIA EM RATOS A utilizao dos animais, nas suas mais diversas facetas, conduz a situaes em que necessrio proceder a sua morte. fundamental que a morte do animal seja provocada de um modo em que no haja sofrimento.O conceito Eutansia foi criado por Francis Bacon (1561-1626), derivado dos termos gregos eu (bom) e thanatos (morte) e, significa, etimologicamente, "boa morte". atualmente citado como ato de induzir a morte sem dor ou tenso. Atualmente, este procedimento regulamentado pela Resoluo N714 de 20/06/2002 do CFMV. Situaes em que o animal submetido eutansia: -Animal submetido a experimento; -Nmero excessivo de animais; -Animais muitos velhos ou fora do padro; -Animal gravemente ferido ou doente; -Quando os nveis de dor, tenso ou sofrimento ultrapassaram os limiares aceitveis.A seleo do mtodo para a realizao da eutansia deve obedecer a alguns critrios. Assim, deve-se escolher um mtodo que seja indolor, apropriado para a idade, espcie e estado de sade do animal; conduza rapidamente inconscincia e morte; requeira um mnimo de conteno; evite a excitao dos animais e minimize o medo e a tenso psicolgica (stress); seja reprodutvel, irreversvel, simples de administrar, seguro para o operador, eticamente aceitvel para o operador e para o observador. 3.7.1. Mtodos de eutansiaOs mtodos utilizados na eutansia dos animais de laboratrio podem ser divididos em mtodos fsicos e mtodos qumicos.

3.7.1.1 Mtodos FsicosSo muito teis quando os mtodos farmacolgicos interferem com os objetivos da experimentao. A utilizao destes mtodos requer pessoal altamente treinado, uma vez que a sua correta execuo rpida, certa e menos traumatizante para o animal. No entanto, em face da exigncia de maior conteno pode induzir um aumento de tenso e angstia em alguns animais. Tanto quanto possvel no deve ser executada na presena (vista, audio ou faro) de outros animais.

-Decapitao: a cabea do animal cortada por uma espcie de guilhotina. -Deslocamento cervical: pressiona-se a base do pescoo do animal com um basto de metal e ao mesmo tempo puxa-se o corpo do animal no sentido da cauda. Esse mtodo s deve ser utilizado com animais de peso inferior a 200g.

3.7.1.2 Mtodos QumicosOs mtodos qumicos consistem majoritariamente na utilizao de substncias que rapidamente causam um estado de inconscincia em funo de superdosagem. A maioria destes compostos comporta-se como anestsicos, provocando uma ausncia de percepo de sensaes numa relao dose-efeito. -Injeo de drogas: administrao, via intravenosa ou intraperitoneal, de drogas regulamentadas para este fim, como cloreto de potssio, desde que com anestesia geral prvia. -Inalao de gases e vapores: na inalao de gases o animal confinado em reservatrio de CO2 ou CO em saturao suficiente para ocasionar leso letal e rpida depresso do SNC. Na inalao de vapores, os animais so submetidos a doses excessivas de anestsicos inalatrios como ter, metoxiflurano etc.

Os mtodos recomendados pelo Conselho Federal de Medicina Veterinria so aqueles que produzem consistentemente uma morte tica, quando usados como mtodos nicos de eutansia. So exemplos a sobredosagem de barbitricos e outros anestsicos gerais injetveis por via intravenosa, halotano, isofluorano, sevofluorano.

Mtodos aceitos sob restrio so aqueles que possuem um maior potencial de erro por parte do executor ou por apresentarem problemas de segurana, podem no produzir consistentemente morte tica. Tais mtodos devem ser empregados somente diante da total impossibilidade dos mtodos recomendados. So exemplos o deslocamento cervical (ratos