eutanásia e ortotanásia

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Universidade de Pernambuco – UPE Bioética 1. Joelson Cosmo da Silva; 2. Lilian Mendonça da Silva; 3. Lindoaldo Douglas da Silva; 4. Vânia Andresa Pereira da Silva; 5. Wendja de Moura Fernandes;

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Explicação e diferença sobre eutanásia e ortotanásia, no Brasil e citações em outros países, além de breves considerações sobre Tratamento Paliativo, Distanásia e mais.

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Universidade de Pernambuco UPE

Biotica

1. Joelson Cosmo da Silva; 2. Lilian Mendona da Silva; 3. Lindoaldo Douglas da Silva; 4. Vnia Andresa Pereira da Silva; 5. Wendja de Moura Fernandes;

Timbaba PEOutubro/2014

Biotica

Eutansia e Ortotansia

1 INTRODUO

Desde os temas mais debatidos na sociedade at hoje, o direito de um paciente terminal de lutar ou no pela sua vida, assim, sugeriu vrias manifestaes tanto dos familiares, quanto dos profissionais da sade e religiosos. Neste contexto as escolhas dos pacientes juntamente com os mdicos e familiares iro prever o que de melhor opo para o paciente para ter uma morte natural, sem dor e sofrimento.A eutansia e a Ortotansia e outras expresses semelhantes voltam a ocupar o debate atual sobre os limites do poder humano, sobre o prprio processo de morte. Ambas com o processo diferente, mas com um vnculo de facilitar que a vida do paciente. A eutansia forma de expressar a morte de um doente incurvel, sem que ele sinta dor ou sofrimento. A ao praticada por mdicos com consentimento da doente, ou mesmo de sua famlia. Tal assunto bastante discutido tanto na questo biotica quanto na questo biodireito, pois para tudo sempre se tem os dois lados que so o contra e a favor. J a ortotansia e um processo pelo qual se optar a no submeter um paciente terminal a procedimentos desnecessrios, ou seja, que adiam sua morte, entretanto, sabe-se que, ao mesmo tempo, compromete sua qualidade de vida. Ela foca na adoo de procedimentos paliativos, buscando controlar a dor e trazer a felicidade em seus ltimos dias com os familiares, proporcionando momentos felizes.Portanto, ao longo desta pesquisa abordaremos o motivo pelo qual pode-se levar uma pessoa a praticar essas tcnicas. E tambm os benficos da eutansia e da ortotansia, efeitos e os motivos que levam a pratica da mesma. A eutansia e divida em: eutansia ativa, passiva, duplo efeito e podendo ser denominada algumas vezes por suicdio assistido. Ento, de acordo com o artigo 5 da Constituio Federal de 1988, onde estabelece os deveres de vida, liberdade e segurana. Sendo assim, a ortotansia declarada pelo o Conselho Federal de Medicina (CFM), dando ao paciente os aspectos constitucionais e penais como o fundamento do direito morte digna.Alm de, ainda, discutirmos breves consideraes sobre a distansia, bastante correlacionada ambas citadas a cima, tambm, sobre tratamento paliativo e algumas palavras sobre o testamento vital, bem recente no Brasil, porm, j bastante utilizado e valorizado por muitos.

2 OBJETIVOS GERAIS

Abordar questes discutidas pela sociedade tanto em meio poltico, social como, tambm religioso, e, dando nfase maior na Eutansia e Ortotansia, que por sua vez s podem ser praticadas por mdicos com autorizao do paciente ou responsvel;

Esclarecer de forma visvel e ampla, todas as questes que causam grandes polmicas, porm sempre dentro do campo de estudado, constante na pesquisa;

Mostrar direitos e garantias fundamentais para que, ns cidados, tenhamos total segurana no assunto e possamos agir de forma consciente, perante essas eventualidades da vida.

Salientar as diferenas entre ambas, alm de, ainda esclarecer algumas argumentaes sobre distansia, tratamento paliativo e testamento vital, de modo, a tornar claro e evidente o entendimento do pblico alvo.

Ter como perspectiva convencer o leitor a formar uma opinio prpria sobre o assunto e, alm disso, saber posicionar-se diante um caso real.

3 METODOLOGIA3.1 Biodireito e BioticaO Biodireito um novo ramo jurdico ainda muito recente na realidade brasileira. Este novo ramo do direito define-se como uma positivao jurdica de permisso de comportamentos mdico-cientficos e de sanes pelo descumprimento dessas normas. Ento, podemos salientar que o biodireito possui relaes com muitos ramos do direito, quais sejam: o direito civil, direito penal, direito ambiental, direito constitucional e direito administrativo.Enquanto, a Biotica seria, portanto, um estgio inicial, anterior ao Biodireito, mas, ao mesmo tempo, est ao lado deste, na busca pela adequao da legislao relacionada matria s realidades e necessidades prticas. O biodireito um ramo do direito pblico que se associa biotica, estudando as relaes jurdicas entre o direito e os avanos tecnolgicos conectados medicina e biotecnologia, peculiaridades relacionadas ao corpo, dignidade da pessoa humana.Alm de aBiotica ser a rea que investiga os problemas ticos que derivam especificamente da prtica mdica e biolgica, o que inclui os problemas da natureza e da distribuio do tratamento, a esfera da autoridade do paciente, do mdico. Em contra posio ao Biodireito que trata da teoria, da legislao e da jurisprudncia relativas s normas reguladoras da conduta humana em face dos avanos da Medicina e da Biotecnologia. Ambos tendo seu principal objetivo garantir a proteo da dignidade do ser humano, frente s novas tecnologias mdicas e biotecnolgicas presentes na sociedade contempornea de diversas maneiras. Como diz no Art. 5 da Constituio Federal: Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade [...]. No mesmo artigo constata-se no inciso X, diz: so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao. Alm da Constituio Federal na seo II intitulada sobre Da Sade no Art. 196 fala que:

A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.Apesar de o Biodireito estar ligado ao direito ambiental na proteo vida, a sua relao restringe-se tutela da vida humana, como se denomina tambm de Biotica. Tendo os limites das intervenes e experincias aceitveis, alm da razoabilidade da pesquisa gentica e das suas aplicaes. por meio dos mesmos, que podemos salutar, relacionando os porqus com os casos: Eutansia e Ortotansia; assuntos polmico tanto nacional como internacionalmente.3.2 Eutansia e OrtotansiaEutansia e ortotansia so assuntos que ocorrem em diversos meios, sejam eles especializados como mdicos, ou, jurdicos, acadmicos ou religiosos, quando se trata de discutir e estabelecer o que seria tico, justo e, ou correto, alm do que no seria em eventual para tais fenmenos. Assim, temos como propsito informar e, sobretudo, discutir, no campo da biotica, quais desses procedimentos seriam de fato propostas aceitveis, para a sociedade, os mdicos, e, claro, para o paciente e seus familiares.Essas formas de morte so, e devem ser praticadas por um mdico, porm, com o consentimento do doente, ou de algum parente. Eutansia morrer sem que se sinta dor ou sofrimento, j que geralmente recomendado para aquelas pessoas em estado terminal, que est h anos sobrevivendo com ajuda de aparelhos. Enquanto a ortotansia se opta por no submeter o paciente terminal a procedimentos que adiam sua vida, ou seja, sem interferncia dos mdicos, entretanto comprometem sua qualidade de vida, assim deixando seguir o processo natural da morte.Questo de ordem jurdica, por exemplo, que no Cdigo Civil, Lei n 10.406 de 10/1/02, o Art. 2 assim dispe: A personalidade civil do homem comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo desde a concepo os direitos do nascituro. Depreende-se, portanto, que a norma protege o nascituro desde sua concepo. Assim, imprescindvel que se estabelea quando inicia a concepo para que se possa normatizar a questo em mbito jurdico. Essas so questes que causam polmicas, principalmente por parte da eutansia, e um dos casos mais repercutidos recentemente, que moveu e comoveu o mundo inteiro, foi o caso da americana Terri Schiavo. Muitas pessoas contra se manifestaram contra, onde as igrejas tambm se revoltaram com tal situao. Ela j vivia h 15 anos com ajuda de aparelhos, ento seu marido entrou com um pedido na justia para que os mesmos que mantinham Terri viva fossem desligados. A famlia da paciente era contra, dai os pais dela tentaram impedir a ao entrando na justia, no fim a justia e o governador da Califrnia da poca, decidiram pelo desligamento dos aparelhos.Sempre nos questionamos, ser que algum pode por fim na vida de outro mesmo que seja para cessar o sofrimento, a dor? Ou ser, no caso da ortotansia, melhor permitir que o paciente continue a viver em um estado esttico at seu dia chegar? A esto os porqus, que insistem em surgir, porm at o momento muitas no apresentam respostas. Ento em 2006, foi publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a Resoluo n 1 805, em nosso pas visando regulamentao dessa prtica no Brasil. Da deu-se a autorizao em 2010 pelo Ministrio Pblico Federal, em que a ortotansia foi contemplada no novo Cdigo de tica Mdica. Como j seria previsto, apenas, pode ser considerada em casos de pacientes terminais, aps um dialogo sincero entre os envolvidos.Para a eutansia temos dois pontos de vista, a favor, motivo, aliviar a dor, alm do sofrimento das pessoas que se encontra em estado critico e muitas vezes sem perspectiva de melhora, no entanto, para o contra, podemos considerar um suicdio tanto por parte do prprio paciente como pelo parente com a ideia de alivio do sofrimento e dor. No Brasil, como j sabemos proibido a eutansia, a consideramos homicdio, enquanto em outras pases como Alemanha, ustria, Blgica, Israel, Luxemburgo Sua e principalmente a Holanda, admitem qualquer tipo de eutansia, permitidas por lei, da ativa a passiva, da duplo efeito ao suicdio assistido.Da, ressaltamos o que a Biloga e especialista em Educao Ambiental Mariana Araguaia diz,

Cabe ortotansia a promoo de cuidados paliativos ao paciente, at o momento de sua morte. Estes so definidos pela Organizao Mundial de Sade (OMS), como o controle da dor e de outros sintomas, e o cuidado dos problemas de ordem psicolgica, social e espiritual; atingindo a melhor qualidade de vida possvel para os pacientes e suas famlias. Dessa forma, os cuidados visando o bem-estar da pessoa passam a ser a prioridade, e no a luta contra algo que, inevitavelmente, no tem como se combater no caso, a doena e o fim da vida., (Brasil Escola).Quando nos deparamos com a Beneficncia que fala que se for para evitar submeter o paciente a intervenes cujo sofrimento resultante seja muito maior do que o benefcio eventualmente conseguido. Tendo em primeiro plano proporcionar uma morte digna (eutansia), alm de em segundo lugar evitar a distansia que o contrrio da eutansia, pois permite atrasar o mximo possvel o desenrolar normal do organismo no processo da morte, e finamente o terceiro que oferecer cuidados paliativos, ou seja, submet-lo a ortotansia.Porm ainda ressalta que, so atitudes legais e eticamente permitidas que envolvam o conceito de qualidade de vida. Onde, ento, no considerada eutansia quando a inteno aliviar o sofrimento e no levar morte. Com tudo podemos ainda dizer que a beneficncia pode ser qualquer um dos tipos de morte dependendo da viso.Em resumo, tem-se ainda o princpio de respeito autonomia, que evidncia o resultado da interao profissional/paciente; o consentimento informativo uma deciso voluntria, verbal ou escrita, protagonizada por uma pessoa autnoma e capaz, tomada aps um processo informativo, para a aceitao de um tratamento especifico ou experimentao, consciente de seus riscos, benefcios e possveis consequncias.

3.3 DistansiaO que conhecemos por distansia que ela o oposto de eutansia e que seria o prolongamento artificial da vida de um paciente j agonizante, sem esperanas de cura ou melhora pelo conhecimento mdico contemporneo. Porm o estranho saber que, mesmo a distansiasendo to criticada e a sua antnima, a ortotansia, no desvenda opinies to unnimes a seu respeito. Com isto esta foi motivando calorosas discusses a seu respeito, ento, quando o Conselho Federal de Medicina aprovou resoluo onde estava libertando mdicos da obrigao da distansia, ou seja, liberando a ortotansia. Logo a Justia Federal de alguns estados suspendeu a validade da resoluo por liminar, entendendo, erroneamente, que aos mdicos teria sido reservado o direito da eutansia do paciente, uma clara confuso de conceitos. Como explicaram os mdicos, a eutansia era fortemente repelida por eles. Ento podemos entrar em um consenso de que o processo de distansia praticado tanto por mdicos como familiares do paciente um ato ingnuo ou at mesmo egosta. As pessoas esperam que em algum dia se venha a surgir uma terapia onde possa solucionar os problemas do paciente que est em estado vegetativo. uma sustentao que deixa de lado a humanidade da pessoa, seu sofrimento artificial, que no deveria ocorrer mais. Porm no difcil de chegar a uma concluso, sem muita oposio que de no tico a pratica da distansia.No entanto, o mdico poder responder as esferas penal e civil pela prtica de ortotansia, mesmo diante de um testamento vital, nos termos preconizados pela Portaria CFM n 1 805/06, embora no incorra em infrao tica. A prtica no autorizada pelo sistema legal brasileiro.

3.4 Tratamento PaliativoOs cuidados paliativos, baseados nos conceitos daOrtotansia, onde a inteno amenizar ossintomasda doena e dar tanto apoio fsico ecomo psicolgicoao paciente e famlia, alm de integrar diferentes profissionais da rea mdica, havendo ou no possibilidade de cura. A prtica menos conhecida, no entanto utilizada empases subdesenvolvidos.A OMS enfatiza que o tratamento paliativo no mutuamente excludente e, alm de propor diversos aspectos de cuidados a serem aplicados mais cedo, no curso da doena e aumentado gradualmente como um componente dos cuidados do paciente do diagnstico at a morte.Ainda podemos dizer que o conjunto de prticas de assistncia ao paciente incurvel visando oferecer dignidade e diminuio de sofrimento mais comum empacientesterminais ou em estgio avanado de determinadaenfermidade. O tratamento paliativo vem assumindo importncia crescente no mundo, incorporando o conceito de cuidar e no somente de curar.Alm de ser uma equipe multidisciplinar composta por mdico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudilogo, farmacutico, biomdico, alm de uma equipe de enfermagem, psiclogo e algum profissional ligado ao campo religioso. Tendo como finalidade o alvio da dor, e maximizao das habilidades funcionais remanescentes, fazendo com que assim o paciente tenha a maior autonomia e dignidade possveis, para que ele possa, ao seu modo, se preparar para amorte.

3.5 Testamento VitalO Testamento Vital um documento onde o cidado pode inscrever os cuidados de sade que pretende ou no receber e permite tambm a nomeao de um procurador de cuidados de sade. Recente no Brasil, um documento garante que a pessoa saudvel registre procedimentos aos quais no quer ser submetida em caso de doena terminal/ vegetativo, no entanto ato no tem relao com eutansia.Esse tipo de documento comum em pases como o Reino Unido e os Estados Unidos, que cerca de 90% das pessoas internadas ou em lares de idosos registram como querem viver seus ltimos dias, entretanto, o testamento vital ainda recente no Brasil. Segundo dados do Colgio Notarial do Brasil, em 2009 foram feitos cinco documentos. Em 2013, o nmero saltou para 471 e nos trs primeiros meses deste ano j foram 74.Um dos casos mais recentes no Brasil e documentados foi da Sr. Celina Rubo Silva de 73 anos, fez o testamento vital para ter suas vontades asseguradas e ao mesmo tempo no deixar com que decises difceis sobre sua sade recaam sobre o filho Caio. Fez seu testamento vital h trs anos, quando o assunto nem era muito falado. Tenho diverticulite, que pode evoluir para uma obstruo no intestino. Se a doena avanar, podem me operar e colocar uma bolsa de colostomia, o que eu abomino. Posso morrer de outra coisa e nunca ter que passar por isso, mas resolvi documentar isso.

Porm, a primeira questo a ser considerada sobre o testamento vital, alm de ser um documento assinado pelo paciente ainda em plenas capacidades mentais sobre como quer ou no ser tratado, que uma inadequao tcnica da expresso. Pois, o termo definido como sendo uma diretriz antecipada de vontade livre quando o interessado est em pleno gozo de suas capacidades.No testamento vital se no cuida de disposio de valores patrimoniais, mas de condies de tratamento de sade, da vida. Sendo assim, o termo mais adequado at poderia ser Declarao Antecipada de Vontade, como defendem alguns juristas.

4 CONCLUSOAssunto bastante polmico no qual, cada um reflete e avalia de diversas as forma como certa ou como errada, a partir de vrios questionamentos. No se justifica a Eutansia diante de um simples prognstico, uma previso, uma suposio da morte de um enfermo. Ser que justo tirar a vida de outrem por pena, piedade ou qualquer outro tipo de sentimento egosta?No h diferena relevante entre desligar o respirador artificial e deixar de fornecer certas drogas. O mdico que desliga os aparelhos do paciente, quaisquer que sejam suas razes, comete homicdio, da mesma forma, o clnico deixa de dar o tratamento necessrio, ainda que no se tenha grandes expectativas ou esperana em relao quele doente.A medicina no suficiente para dar sentenas de morte aos doentes, tirar a vida de algum com base em um prognstico perfeitamente falvel no a nica soluo; E as surpresas que a natureza nos reserva, no conta? Curas que acontece sem nenhuma explicao cientfica, algo sobrenatural. Pessoas que estavam desenganadas e de repente ficam s. Ningum tem o direito de tirar a vida de outro, por mais humanitrias que sejam suas razes. A melhor escolha sempre a que preza pela vida, ainda que a mesma seja dolorosa ou sofredora. No entanto, sempre devemos lembrar dos porm e porqus que nos rodeiam, e suas respostas sempre vagas, quando existe uma para podemos refletir se esta certo ou no.Por isso que, hoje no Brasil j pode ser usada tcnica de ortotansia, onde podemos deixar-se seguir o processo de morte de quem quer que seja. Alm de ainda dispor de seus antnimos como o tratamento paliativo e at mesmo a distansia. Onde se faz de tudo para manter os ltimos dias dos enfermos um de seus melhore, mesmo estando em cima de uma cama, sem movimentos.Com isso, atravs de fisioterapias, uma equipe enorme de mdicos e especialistas, que ajudam a melhorar ou manter o estado em que o paciente se encontra, porm sem ajuda de medicamentos e aparelhos que prolonguem suas vidas, pois esses processos favorecem a morte digna. Da, tambm, recentemente aprovada em nosso pas, dispomos do Testamento Vital, onde os pacientes enquanto, ainda, em estado lucido, podero inscrever como querem ou no ser tratados no momento em que estiverem doentes, assim, nomeando um procurador para os devidos consentimentos.

5 REFERNCIAS1. PORTAL Legislao: Constituio da Repblica Federativa do Brasil. s/d Disponvel em:. Acesso em: 14 out. 2014.2. PORTAL Legislao: Constituio da Repblica Federativa do Brasil. s/d Disponvel em:. Acesso em: 14 out. 2014.3. BARRETTO, Vicente de Paulo. Microtemas: Biotica, Biodireito e Direitos Humanos. s/d Disponvel em: . Acesso em: 15 out. 2014.4. BECCARI, Daniela Cristina Dias. Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraba: Biotica e Biodireito: Respeitando o direito vida e dignidade da pessoa humana. Dez. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 15 out. 2014.5. KIPPER DJ, Clotec J. Princpios da Beneficncia e No-Maleficncia. In: Costa SIF, Oselka G, Garrafa V, coord. Iniciao Biotica. Braslia: Conselho Federal de Medicina, 1998.6. MUNHZ DR, Fortes PAC. O Princpio da Autonomia e o Consentimento Livre e Esclarecido. In: Costa SIF, Oselka G, Garrafa V, coord. Iniciao Biotica. Braslia: Conselho Federal de Medicina, 1998.7. BORGES, Roxana Cardoso Brasileiro. Eutansia, Ortotansia e Distansia: breves consideraes a partir do biodireito brasileiro. Jus Navigandi, Teresina, ano10, n.871 , 21 nov. 2005 . Disponvel em: .Acesso em: 14 out. 2014.8. D'URSO, Luiz Flvio Borges. A Eutansia no Direito Brasileiro. OAB/SP. Disponvel em: . Acesso em: 14 out. 2014.9. SOUSA, Alana Tamar Oliveira de. Cuidados paliativos com pacientes terminais: um enfoque na Biotica. 13 abr. 2010. Disponvel em: . Acesso em: 16 out. 2014.10. ZIEGLER, Maria Fernanda. Minha Sade: Testamento vital permite a paciente tomar as rdeas da prpria morte. iG So Paulo.17 jul. 2014. Disponvel em: . Acesso em: 17 out. 2014.

11. DIAS, Elcio Pablo Ferreira. Artigos: Conduta do mdico em face da ortotansia prevista em testamento vital. Mar. 2014. Disponvel em: . Acesso em: 18 out. 2014.

6 ANEXO I

Ttulo IIDos Direitos e Garantias Fundamentais

Captulo IDos Direitos e Deveres Individuais e ColetivosArt.5Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:I- homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;II- ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;III- ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;IV- livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;V- assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem;VI- inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias;VII- assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva;VIII- ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei;IX- livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena;X- so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;XI- a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial;XII- inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal;XIII- livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer;XIV- assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional;XV- livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;XVI- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente;XVII- plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;XVIII- a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento;XIX- as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;XX- ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;XXI- as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;XXII- garantido o direito de propriedade;XXIII- a propriedade atender a sua funo social;XXIV- a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, mediante justa e prvia indenizao em dinheiro, ressalvada os casos previstos nesta Constituio;XXV- no caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano;XXVI- a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;XXVII- aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suas obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;XXVIII- so assegurados, nos termos da lei:a)a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;b)o direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicais e associativas;XXIX- a lei assegurar aos autores de inventos industriais privilgio temporrio para sua utilizao, bem como proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnolgico e econmico do Pas;XXX- garantido o direito de herana;XXXI- a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei brasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja mais favorvel a lei pessoal do de cujus;XXXII- o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor;XXXIII- todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado;XXXIV- so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:a)o direito de petio aos poderes pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;b)a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal;XXXV- a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;XXXVI- a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;XXXVII- no haver juzo ou tribunal de exceo;XXXVIII- reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei, assegurados:a)a plenitude de defesa;b)o sigilo das votaes;c)a soberania dos veredictos;d)a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;XXXIX- no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal;XL- a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;XLI- a lei punir qualquer discriminao atentatria dos direitos e liberdades fundamentais;XLII- a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, nos termos da lei;XLIII- a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem;XLIV- constitui crime inafianvel e imprescritvel a ao de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrtico;XLV- nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, at o limite do valor do patrimnio transferido;XLVI- a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes:a)privao ou restrio da liberdade;b)perda de bens;c)multa;d)prestao social alternativa;e)suspenso ou interdio de direitos;XLVII- no haver penas:a)de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;b)de carter perptuo;c)de trabalhos forados;d)de banimento;e)cruis;XLVIII- a pena ser cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;XLIX- assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral;L- s presidirias sero asseguradas condies para que possam permanecer com seus filhos durante o perodo de amamentao;LI- nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;LII- no ser concedida extradio de estrangeiro por crime poltico ou de opinio;LIII- ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente;LIV- ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;LV- aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o contraditrio e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;LVI- so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos;LVII- ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria;LVIII- o civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas hipteses previstas em lei;LIX- ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazo legal;LX- a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;LXI- ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;LXII- a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicados imediatamente ao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele indicada;LXIII- o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado;LXIV- o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seu interrogatrio policial;LXV- a priso ilegal ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciria;LXVI- ningum ser levado priso ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisria, com ou sem fiana;LXVII- no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplemento voluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel;LXVIII- conceder-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder;LXIX- conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do poder pblico;LXX- o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por:a)partido poltico com representao no Congresso Nacional;b)organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e em funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;LXXI- conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania;LXXII- conceder-se- habeas data:a)para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carter pblico;b)para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;LXXIII- qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;LXXIV- o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos;LXXV- o Estado indenizar o condenado por erro judicirio, assim como o que ficar preso alm do tempo fixado na sentena;LXXVI- so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:a)o registro civil de nascimento;b)a certido de bito;LXXVII- so gratuitas as aes de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessrios ao exerccio da cidadania.1As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata.2Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

ANEXO II

Ttulo VIIIDa Ordem Social

Captulo IIDa Seguridade Social

Seo II Da SadeArt.196.A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.