anemia em idosos institucionalizados em salvador-ba ...§ão_nut... · parte burocrática do curso....

82
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE NUTRIÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ALIMENTOS, NUTRIÇÃO E SAÚDE EMANUELLE CRUZ DA SILVA ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS SALVADOR 2015

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE NUTRIÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM ALIMENTOS, NUTRIÇÃO E SAÚDE

EMANUELLE CRUZ DA SILVA

ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA:

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS

SALVADOR

2015

Page 2: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

EMANUELLE CRUZ DA SILVA

ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA:

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde –

Escola de Nutrição – Universidade Federal da

Bahia, como requisito parcial para obtenção do

título de Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde.

Linha de Pesquisa: Bases experimentais e

clínicas da Nutrição.

Orientadora: Profa Dr

a Lilian Barbosa Ramos.

SALVADOR

2015

Page 3: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária de Saúde, SIBI -

UFBA.

S586 Silva, Emanuelle Cruz da

Anemia em Idosos Institucionalizados em Salvador-BA:

Prevalência e Fatores Associados. / Emanuelle Cruz da Silva. –

Salvador, 2015.

82f.

Orientadora: Profª. Drª. Lilian Barbosa Ramos.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia.

Escola de Nutrição, 2015.

1. Anemia. 2. Prevalência. 3. Idoso. 4. Institucionalização. I.

Ramos, Lilian Barbosa. II. Universidade Federal da Bahia. III.

Título.

CDU 616.15

Page 4: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho
Page 5: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à Deus, minha

família, amigos e mestres. À vocês,

minha eterna gratidão!

Page 6: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

AGRADECIMENTOS

A Deus, por mostrar o meu caminho, me dar forças e renovar minha fé nos momentos

difíceis.

A minha família e noivo por me suportarem nos períodos de estresse e compreenderem minha

ausência em muitos momentos. Em especial as minhas queridas e amadas mãe e avó, por

sempre me incentivarem e nunca me deixarem desistir.

A querida orientadora Lílian Ramos pelo incentivo, acolhimento, confiança, paciência,

ensinamentos e especialmente pelo tempo desprendido para a finalização desse trabalho. Com

certeza foi e sempre será um exemplo de profissional pra mim.

A Alice Mesquita, amiga e companheira de todas as horas, a qual tive o prazer de conviver

durante todo mestrado e dividir minhas angústias e anseios.

A Michaela Eickemberg, uma amiga especial que o mestrado me deu, e que contribuiu nas

diversas etapas de construção desse trabalho.

A Anna Karla Roriz, pela sua confiança e carinho que perduram desde a graduação e pelas

suas contribuições nesse estudo.

A Pricilla Almeida, Maria Luiza, Jamile Almeida e Carolina

Oliveira, pelo acolhimento no grupo, incentivo e todas as contribuições.

Enfim, a todos os membros do Centro de Estudos e Intervenção na Área do Envelhecimento

(CEIAE) pelo companheirismo e todas as discussões científicas tão fundamentais para

concepção dessa dissertação.

Não poderia esquecer de Andrea Ferreira e Drielle Alencar, que chegaram ao grupo no

finalzinho dessa jornada, mas que também tiveram participação importante nessa etapa de

minha vida.

A professora Adriana Mello pelas suas sugestões sempre bem vindas.

A Caroline Feitosa, pelo auxílio com as análises estatísticas.

As professoras Sheila Alvim e Matildes Prado (in memoriam) pelas tão importantes sugestões

metodológicas.

Ao senhor José Carlos, a quem não poderia deixar de agradecer toda amizade e apoio com a

parte burocrática do curso.

Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho de

suas vidas.

À banca examinadora desse trabalho, pelo aceite ao convite e contribuição na finalização

desse trabalho.

Page 7: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

A todos vocês, e aqueles que apesar de não citados acreditaram que esse momento chegaria, o

meu muito obrigado.

E, apesar de árduo em alguns momentos, o mestrado além de me proporcionar grande

crescimento profissional, me deu a oportunidade de trabalhar e me aproximar de todos esses

seres humanos incríveis aqui citados, cuja amizade e ensinamentos levarei sempre comigo.

Page 8: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

“Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano

será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará

baixar a cabeça. Quero ser diferente, eu sou, e se não for, me farei.”

Caio Fernando Abreu.

Page 9: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

RESUMO

Com o envelhecimento populacional e diante da correlação negativa entre níveis sanguíneos

de hemoglobina e idade, a anemia torna-se cada vez mais prevalente. Objetivo: Descrever a

prevalência e características da anemia, além dos fatores associados à essa condição em

idosos institucionalizados. Materiais e Métodos: O estudo transversal foi realizado com 313

indivíduos com idade ≥ 60 anos, de ambos os sexos, residentes em instituições de longa

permanência para idosos em Salvador, Bahia, Brasil. A coleta de dados foi realizada entre

novembro de 2012 e outubro de 2013. Anemia foi diagnosticada pelas concentrações

sanguíneas de hemoglobina, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde.

Informações sobre sexo, idade, tempo de institucionalização e uso de medicamentos foram

obtidas por meio de questionário estruturado. Hipertensão arterial foi determinada pelo uso

regular de medicação anti-hipertensiva. Glicemia de jejum foi o parâmetro de detecção de

diabetes mellitus. Índice de massa corporal foi utilizado para avaliar a massa corporal total e

o índice de músculo esquelético para estimar a reserva de massa muscular esquelética.

Capacidade funcional foi avaliada segundo escala de Barthel. Foi utilizada regressão de

Poisson com variância robusta para examinar fatores relacionados à anemia. Resultados: A

prevalência de anemia entre os idosos foi de 38%. Houve predominância da anemia leve em

ambos os sexos (masculino: 26,8%; feminino: 21,1%), normocítica e normocrômica, sem

anisocitose (69,75%). No modelo final a anemia associou-se com magreza (RP: 1,68; IC95%:

1,04-2,72) e com os graus de dependência moderada (RP: 1,98; IC95%: 1,07-3,63) e total

(RP= 2,61; IC95%: 1,34-5,07). Dependência grave apresentou significância limítrofe (RP:

1,94; IC95%: 1,00-3,77). Conclusão: A prevalência de anemia nos idosos institucionalizados

foi elevada em ambos os sexos, com características sugestivas de terem as doenças crônicas

como fator causal e maior ocorrência em idosos com magreza e dependências moderada e

total.

Page 10: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

ABSTRACT

With population aging, and considering the negative correlation between blood hemoglobin

levels and age, anemia has become increasingly prevalent. Objective: To describe the

prevalence and characteristics of anemia and its associated factors in the institutionalized

elderly. Materials and Methods: The cross-sectional study was carried out with three

hundred thirteen individuals aged ≥ 60 years, of both genders, living in long-term care

facilities for the elderly in Salvador, Bahia, Brazil. Data were collected from November 2012

to October 2013. Anemia was diagnosed from blood hemoglobin levels following the criteria

of the World Health Organization. Data regarding gender, age, length of institutionalization

and use of medication were obtained using a structured questionnaire. Arterial hypertension

was determined by the regular use of anti-hypertensive medication. Fasting glucose was the

parameter used for the detection of diabetes mellitus. The body mass index was used to

evaluate total body mass, and the skeletal muscle index was used to estimate the skeletal

muscle mass reserve. Functional capacity was evaluated according to the Barthel scale.

Poisson regression (PR) with robust variance estimates was used to assess the factors related

to anemia. To obtain the food patterns was performed exploratory factor analysis by principal

components method. Results: The prevalence of anemia among elderly was 38%. Mild

anemia was predominant in both genders (male: 26.8%; female: 21.1%), as normocytic and

normochromic anemia, with no anisocytosis (69.75%). Anemia was associated with thinness

(PR: 1.68; 95% CI: 1.04–2.72) and with moderate (PR: 1.98; 95% CI: 1.07–3.63) and total

(PR: 2.61; 95% CI: 1.34–5.07) dependence in the final model. Severe dependence exhibited

borderline significance (PR: 1.94; 95% CI: 1.00–3.77). Conclusion: The prevalence of

anemia was high in the institutionalized elderly in both genders, with characteristics

suggesting chronic diseases as the causal factor, and the frequency of occurrence was higher

in thinness elderly with moderate to total dependence.

Page 11: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

PARTE I: ARTIGO “FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN THE

INSTITUTIONALIZED ELDERLY”

Figura 1. Total prevalence and degrees of anemia according to gender in the institutionalized

elderly in Salvador, Bahia, Brazil............................................................................................38

PARTE II: PROJETO DE PESQUISA

Figura 1. Localização espacial dos 12 Distritos Sanitários da cidade de Salvador, Bahia,

2012..........................................................................................................................................49

Figura 2. Fluxograma de obtenção da amostra do artigo ―Factors Associated with Anemia in

the Intitutionalized Elderly‖.....................................................................................................50

Quadro 1. Cronograma de execução do projeto......................................................................58

Page 12: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

LISTA DE TABELAS

PARTE I: ARTIGO CIENTÍFICO “FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN THE

INSTITUTIONALIZED ELDERLY”

Tabela 1. Characteristics of the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia, Brazil according

to Gender………………………………………………………………..……………………32

Tabela 2. Characterization of Hematological Parameters in the Institutionalized Elderly in

Salvador, Bahia, Brazil in the Presence or Absence of Anemia..............................................33

Tabela 3. Prevalence of Anemia in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia, Brazil,

according to Covariables…………………………………………………………….……….34

Tabela 4. Poisson Regression Model with the Prevalence Adjusted for the Association

between Anemia and Covariables in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia,

Brazil…………………………………………………………………………………………36

PARTE II: PROJETO DE PESQUISA

Tabela 1. Número de idosos institucionalizados e amostra calculada por Distrito Sanitário da

cidade de Salvador, Bahia, 2012..............................................................................................50

Page 13: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AJ – Altura do joelho

ASC – Área de superfície corporal

BIA – Bioimpedância

CHCM – Concentração de hemoglobina corpuscular média

CP – Circunferências da panturrilha

CB – Circunferências do braço

DCSE – Dobra cutânea subescapular

DM – Diabetes mellitus

DRIs – Dietary Reference Intakes

DS – Distrito Sanitário

EAR – Estimated Averace Requeriment

ENUFBA – Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia

Fe – Ferro

Fe2+

– Ferro ferroso

Fe3+

– Ferro férrico

GJ – Glicemia de jejum

HAS – Hipertensão arterial sistêmica

ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos

5-metil THF – 5-metil tetra-hidrofolato

IMC – Índice de Massa Corporal

IME – Índice de Músculo Esquelético

IOM – Institute of Medicine

MME – Massa Muscular Esquelética

NAS – National Academy of Sciences

NHANES III – Third National Health and Nutritional Examination Study

OMS – Organização Mundial de Saúde

RDW – Red Cell Distribution Width

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TFG – Taxa de filtração glomerular

VCM – Volume corpuscular médio

Page 14: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

SUMÁRIO

PARTE I – ARTIGO CIENTÍFICO “FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN

THE INSTITUTIONALIZED ELDERLY”........................................................................16

PARTE II - PROJETO DE PESQUISA

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................39

2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................................40

2.1. EPIDEMIOLOGIA DA ANEMIA...............................................................................40

2.2. ANEMIA E ENVELHECIMENTO.............................................................................41

2.3. CAUSAS DE ANEMIA NO IDOSO...........................................................................42

2.3.1. Anemias por Deficiências Nutricionais..............................................................42

2.3.2. Anemia de Doença Crônica................................................................................45

2.3.3. Anemias de Causas Inexplicáveis......................................................................46

2.4. CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NO IDOSO.........................................................47

3. OBJETIVO...........................................................................................................................48

3.1. OBJETIVO GERAL.....................................................................................................48

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................48

4. METODOLOGIA................................................................................................................48

4.1. DESENHO DO ESTUDO............................................................................................48

4.2. CASUÍSTICA...............................................................................................................49

4.2.1. Projeto ―Avaliação Multidimensional dos Idosos Residentes em Instituições de

Longa Permanência na Cidade de Salvador-

BA‖...............................................................................................................................49

4.3. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE............................................................................49

4.4. COLETA DE DADOS.................................................................................................51

4.5. DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS.................................................................................51

4.5.1. Variável Dependente..........................................................................................51

4.5.1.1. Anemia...................................................................................................51

4.5.2. Caracterização da Anemia..................................................................................52

4.5.3. Covariáveis.........................................................................................................52

4.5.3.1. Estado Nutricional...............................................................................52

4.5.3.2. Capacidade Funcional..........................................................................54

Page 15: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

4.5.3.2. Diabetes Mellitus.................................................................................54

4.5.3.3. Hipertensão Arterial Sistêmica............................................................55

4.5.3.4. Função Renal.......................................................................................55

4.5.3.5. Características Demográficas..............................................................56

4.5.3.6. Tempo de Institucionalização..............................................................56

5. PROCESSAMENTO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS....................................56

6. ASPECTOS ÉTICOS...........................................................................................................57

7. INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO DISPONÍVEL...............................................57

8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO....................................................................................58

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................59

PRODUÇÕES CIÊNTÍFICAS..............................................................................................66

PERSPECTIVAS FUTURAS................................................................................................68

APÊNDICES

APÊNDICES 1. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).................................69

APÊNDICES 2. Questionário do Projeto.................................................................................71

ANEXOS

ANEXO 1. Protocolo de Procedimento para Bioimpedância Elétrica (BIA)..........................80

ANEXO 2. Escala de Barthel...................................................................................................81

ANEXO 3. Formulário de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.................................82

Page 16: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

16

PARTE I- ARTIGO CIENTÍFICO

FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN THE INSTITUTIONALIZED

ELDERLY

Anemia in the institutionalized elderly

Emanuelle C. Silva 1,2,*

, Anna K. C. Roriz 2,3

, Michaela Eickemberg 2,4,5

, Adriana L.

Mello2,3

, Elvira B. Q. Côrtes 6, Caroline A. Feitosa

4,5, Lílian R. Sampaio

1,2,3

1 Food, Nutrition and Health Graduate Program of the Federal University of Bahia

(Universidade Federal da Bahia - UFBA), Bahia, Brazil.

2 Aging-Related Research and Intervention Center, UFBA, Bahia, Brazil.

3 Department of Nutritional Science, School of Nutrition, UFBA, Bahia, Brazil.

4 Collective Health Graduate Program, Collective Health Institute, UFBA, Bahia,

Brazil.

5 Bahian School of Medicine and Public Health, Bahia, Brazil.

6 Department of Medicine, Faculty of Medicine, UFBA, Bahia, Brazil.

* Correspondence author: Emanuelle C. Silva, Escola de Nutrição, Universidade Federal

da Bahia, Av. Araújo Pinho, 32, Canela, 40110-150, Salvador, Bahia, Brasil.

Telephone: (+55-71) 32837719. Fax: (+55-71) 32837700. E-mail:

[email protected].

Funded by the Bahia State Research Foundation (Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado da Bahia – FAPESB), Brazil.

Page 17: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

17

ABSTRACT

With population aging, and considering the negative correlation between blood

hemoglobin levels and age, anemia has become increasingly prevalent. As a common

problem in long-term care facilities (LTCFs), anemia affects 25–63% of the elderly,

most likely due to their greater frailty. The aim of the present study was to describe the

prevalence and characteristics of anemia and its associated factors in the

institutionalized elderly. The cross-sectional study was carried out with three hundred

thirteen individuals aged ≥ 60 years, of both genders, living in long-term care facilities

for the elderly in Salvador, Bahia, Brazil. Poisson regression (PR) with robust variance

estimates was used to assess the factors related to anemia. The prevalence of anemia

among elderly was 38%. Mild anemia was predominant in both genders (male: 26.8%;

female: 21.1%), as normocytic and normochromic anemia, with no anisocytosis

(69.75%). Anemia was associated with thinness (PR: 1.68; 95% CI: 1.04–2.72) and

with moderate (PR: 1.98; 95% CI: 1.07–3.63) and total (PR: 2.61; 95% CI: 1.34–5.07)

dependence in the final model. Severe dependence exhibited borderline significance

(PR: 1.94; 95% CI: 1.00–3.77). The prevalence of anemia was high in the

institutionalized elderly in both genders, with characteristics suggesting chronic

diseases as the causal factor, and the frequency of occurrence was higher in thinness

elderly with moderate to total dependence.

Keywords: anemia, prevalence, aged, institutionalization.

Page 18: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

18

INTRODUCTION

According to the World Health Organization (WHO), anemia occurs when blood

hemoglobin levels reach values below 13 and 12 g/dL in men and non-pregnant women,

respectively(1)

.

With population aging, and considering the negative correlation between blood

hemoglobin levels and age, anemia has become increasingly prevalent. However,

although senescence is marked by reduced hemoglobin levels, anemia should not be

considered a natural consequence of the physiology of aging(2)

.

The most common causes of anemia in the elderly population are nutritional

deficiencies, anemia of chronic diseases and unexplained anemia(3)

. In this population,

anemia has a negative impact on the health and quality of life, possibly acting as a risk

factor for the development and aggravation of cardiovascular diseases and premature

death, in addition to causing symptoms such as fatigue and reduced cognitive and

functional capacity(4)

.

As a common problem in long-term care facilities (LTCFs), anemia affects 25–

63% of the elderly, most likely due to their greater frailty(5)

. Weight loss and protein-

energy malnutrition, which commonly affect the institutionalized elderly, are important

etiological factors of anemia in this population(5,6)

, most likely due to aging-related

physiological changes, reduced food intake, the presence of multiple comorbidities and

insufficient nutritional care(6)

.

Considering anemia as an event with a high prevalence in LTCFs and its impact

on the health of elderly subjects, the need to investigate the prevalence, characteristics

and associated factors of anemia in this population is evident and is thus the objective of

the present study.

MATERIALS AND METHODS

Study design

The present cross-sectional study is part of a larger project titled

―Multidimensional evaluation of the elderly living in long-term care facilities in

Salvador, Bahia (Avaliação multidimensional dos idosos residentes em instituições de

longa permanência na cidade de Salvador-BA)‖, conducted by the Aging-Related

Research and Intervention Center (Centro de Estudos e Intervenção na Área de

Page 19: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

19

Envelhecimento – CEIAE) of the School of Nutrition of the Federal University of Bahia

(Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia – ENUFBA).

Samples

Samples were obtained in three stages. In the first stage, all LTCFs of the urban

area of Salvador (a total of 29) were listed, and the area was stratified into 12 Health

Districts (HDs), 10 of which harbored LTCFs. In the second stage, the number of

elderly subjects per HD that would participate in the study was determined. This

number was proportional to the total elderly population living in each HD, thus ensuring

80% power in representing the institutionalized elderly of the city. At a significance

level of 5%, this number totaled 412 elderly subjects of both genders. In the third stage,

facilities were selected by simple random sampling. If the number of elderly subjects

from the first selected facility did not reach the sample size determined to ensure

representativeness for the HD, a second institution was chosen by lottery until the

designated number was reached. Considering the objective of the present study, the

selected variables covered 313 individuals, and this number comprised the final sample

size.

Criteria for Eligibility

Individuals of both genders, aged 60 years and older, living in LTCFs (public,

philanthropic or private) located in the urban area of Salvador, Bahia, and who agreed to

participate were considered eligible to participate in the present study.

Non-eligibility criteria for the bioelectrical impedance examination included

limb amputation, the presence of edema and/or ascites, the use of a cardiac defibrillator

or pacemaker, and the impossibility to assess body weight(7)

. Participants who could not

move and/or be positioned to perform the necessary measurements were not included in

the anthropometric evaluation.

Data Collection

Data were collected from November 2012 to October 2013. Two questionnaires

were completed by the participants and/or their caregivers, of which the first was used

to evaluate the functional status of the individuals, and the second, previously

standardized and codified, contained information regarding sociodemographic and

health characteristics. Next, the elderly participants underwent an anthropometric

Page 20: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

20

evaluation, bioimpedance and blood was collected to perform a complete blood count

(CBC) and to determine the fasting glucose and creatinine levels. A laboratory

technician collected blood from participants by venipuncture after a 12-h fast, and blood

samples were transported to the Federal University of Bahia for laboratory analysis.

The present study was approved by the Ethics Committee of the ENUFBA under

the protocol number 11/2012. Prior authorization was sought from the LTCFs, and the

elderly participants gave their informed consent using a signature or fingerprint on the

informed consent form. At the end of the study, the results from the evaluations were

presented to the LTCFs using a report.

Variables

Dependent Variable

A CELL-DYN Ruby hematology analyzer (Abbott Laboratories®, Illinois,

United States) using impedance technology was used for CBC determination. The

diagnosis and degree of anemia were established using the total blood hemoglobin

levels according to the cut-off points recommended by the WHO(8)

.

The hematological parameters used to characterize anemia were the mean

corpuscular volume (MCV), mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC) and

red blood cell distribution width (RDW). The reference values established by the

laboratory for these parameters were 80.0–99.0 fl for MCV, 31.5–35.5% for MCHC,

and 11.0–14.0% for RDW.

Covariables

The covariables analyzed were gender, age, length of institutionalization, type

of institution, body mass index (BMI), skeletal muscle index (SMI), diabetes mellitus

(DM), systemic arterial hypertension (SAH), functional capacity and renal function.

The BMI was calculated according to the formula suggested by the WHO(9)

, and

analyzed according to the classification suggested by the Nutrition Screening

Initiative(10)

. Body weight was assessed using a Plena portable digital scale (Sport

model) with a maximum capacity of 150 kg and a 100-g accuracy, according to the

standards determined by Jellife(11)

.

In the cases where the weight could not be measured directly, it was estimated

from the calf and mid-upper arm circumferences (CC and AC, respectively), knee

Page 21: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

21

height (KH) and subscapular skinfold (SSSF) using the equations from Chumlea et

al.(12)

. A TBW brand non-elastic tape measure was used to determine CC and AC

according to CALLAWAY et al.(13)

KH was assessed using a caliper according to the

method described by Chumlea et al.(14)

. SSSF was assessed using a Lange compass with

an accuracy of 0.01 mm according to the method of Durnin and Womersley(15)

. Height

was estimated from KH using the equations suggested by Chumlea et al.(14)

.

To assess SMM, body composition was determined using a Biodynamics

tetrapolar bioelectrical impedance analyzer (model 450). The test was performed

according to the technical standards described by Kyle et al.(7)

. The elderly participants

were asked to follow specific preceding instructions: at least 4 h of fasting, no ingestion

of alcoholic beverages 48 h before the examination, empty the bladder before the

examination, and avoid intense physical exercise during the last 8 h prior to the

examination(7)

.

SMM was estimated using the equation described by Janssen et al.(16)

. The SMI

was used to normalize SMM according to height (muscle mass (kg)/height (m²)) and

was classified according to Janssen et al.(17)

.

The capacity to perform activities of daily living (ADL) was measured using the

original Barthel scale18

and the cut-off points suggested by Azeredo and Matos(19)

.

Fasting glucose was assessed using the Trinder reaction and a BT 3000 Plus

device (Wiener lab®, Rosario, Argentina). The elderly were considered to have DM if

their fasting glucose levels were ≥ 126 mg/dL(20)

or if they took oral insulin or

hypoglycemic agents regularly. Hypertension was determined by the regular use of

antihypertensive medication.

Renal function was evaluated by estimating the glomerular filtration rate (GFR),

which was calculated from serum creatinine levels(21)

using the equation described by

Cockcroft and Gault. Creatinine clearance was corrected for a standard body surface

area (BSA) of 1.73 m² by multiplying the GFR obtained by 1.73/BSA. BSA was

calculated using the DuBois & Dubois formula(22)

. Renal dysfunction was established at

a GFR < 60 mL/min/1.73 m² that, according to the National Kidney Foundation/Kidney

Disease Outcomes Quality criteria, corresponds to stages 3 and 4 of chronic kidney

disease (CKD)(23)

. Serum creatinine levels were assessed using a BT 3000 Plus device

(Wiener lab®, Rosario, Argentina) and the alkaline picrate (Jaffé reaction) method.

Page 22: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

22

Statistical Analysis

Data were tested for normality using the Kolmogorov-Smirnov test for all

variables. Parametric continuous variables are expressed as the mean and standard

deviation, and non-parametric variables are expressed as the median and interquartile

range. Categorical variables are expressed as absolute and relative frequencies.

Differences in the mean values of the continuous variables with normal and non-normal

distribution between the genders were assessed by Student’s t and Mann-Whitney U

tests, respectively.

The correlation between hemoglobin levels and continuous covariables was

determined using Spearman’s rank correlation coefficient. Pearson’s chi-squared test

was used to evaluate the association between the groups with and without anemia and

the remaining categorical variables.

The relationship between anemia and covariables was assessed using Poisson

regression with robust error variance, estimating the prevalence ratio and its respective

95% confidence intervals. This model was used due to the possible clustering effect of

the aggregation of the observation units at the facilities. The regression models were

constructed from a complete regression equation using stepwise backward elimination

to obtain the final reduced model.

Data were analyzed using the software Stata, version 10.0 (Stata Corp, College

Station, Texas, United States), and the level of significance was set at 5% for all

analyses.

RESULTS

Among the elderly subjects evaluated in the present study, 77% were women

who exhibited a higher mean age than men. Women also exhibited lower mean

hemoglobin, MCHC and GRF values and lower median SMI values. The MCV mean

and RDW median values, for men were lower than those in women. The remaining

continuous variables were not significantly different between the genders (Table 1).

Anemia had an overall prevalence of 38.0% among the elderly participants (95%

CI: 32.6–43.4), and mild anemia was the most prevalent form in both genders (Fig. 1).

Table 2 shows the characteristics of the hematological parameters of the elderly,

based on the MCHC, MCV and RDW. Most of the elderly participants exhibited

normochromic and normocytic anemia, with no anisocytosis. The presence of

Page 23: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

23

hypochromic and microcytic anemia, with and without anisocytosis, displayed similar

percentages (0.84%). Hypochromia and normocytosis with no changes in the RDW

occurred in 6.72% of the elderly with anemia. The portion of elderly participants with

normochromic and normocytic anemia without anisocytosis was of 69.75%.

The prevalence of anemia in the institutionalized elderly according to

covariables is listed in Table 3. Specifically, anemia was observed in 37.6% of the

women and 39.4% of the men, with no significant difference between the genders. The

highest frequency of anemia was found in elderly subjects aged between 60 and 69

years as well as in those aged ≥80 years, with a similar prevalence for both age ranges

(39.1%), living in LTCFs for 5 to 10 years (41.7%), living in philanthropic LTCFs

(41.2%), with DM (43.9%), with adequate SMM (41.5 %) and SAH (38.6%) and with

no renal dysfunction (41.3%). Anemia was significantly associated with BMI

(p = 0.022) and functional capacity (p = 0.004). The remaining variables were not

significantly associated with anemia.

Concerning the prevalence ratio evaluation, BMI and functional capacity were

also significantly associated with anemia. The occurrence of anemia was 66% (PR:

1.66; 95% CI: 1.04–2.65) higher in elderly subjects with thinness than in eutrophic

participants. Impaired functional capacity was also associated with anemia. The

prevalence of anemia increased with the degree of dependence, reaching a maximum of

a 156% (PR: 2.56; 95% CI: 1.36–4.82) higher prevalence of anemia in elderly subjects

with total dependence than that in independent subjects (Table 3).

Despite the lack of an association between anemia and the remaining

covariables, the hemoglobin levels correlated positively with SMI (r = 0.169, p = 0.039)

and GFR (r = 0.261, p< 0.001), and negatively with age (r = -0.165, p = 0.003) (data not

shown).

Table 4 shows the results from the multivariate Poisson regression model,

considering the possible clustering effect of the aggregation of observation units at the

facilities. Thinness, as determined by BMI, and total and severe dependence, as

diagnosed using the Barthel scale, exhibited statistical significance in model 1, which

included all variables. Elderly participants diagnosed with thinness exhibited a 68%

(PR: 1.68; 95% CI: 1.04–2.72) higher prevalence of anemia than that in eutrophic

elderly individuals, adjusting for the remaining variables of the model. Those with total

and severe dependence exhibited a 212% (PR: 3.12; 95% CI: 1.14–8.52) and a 145%

Page 24: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

24

(PR: 2.45; 95% CI: 1.22–4.95) higher prevalence of anemia, respectively, than that in

the independent elderly, adjusting for the remaining variables of the model.

In the final model, thinness maintained statistical significance but with a reduced

prevalence of anemia. Additionally, moderate dependence acquired statistical

significance, whereas severe dependence shifted to borderline significance. The

prevalence of anemia among thinness elderly subjects was 58% higher (PR: 1.58; 95%

CI: 1.02–2.44) compared with the prevalence among eutrophic individuals, adjusting for

gender, age range and functional capacity. Elderly subjects with moderate, severe and

total dependence exhibited a 98% (PR: 1.98; 95% CI: 1.07–3.63), 94% (PR: 1.94; 95%

CI: 1.00–3.77), and 161% (PR: 2.61; 95% CI: 1.34–5.07) higher prevalence of anemia,

respectively, than elderly subjects with no impairment of physical function, adjusting

for gender, age range and BMI (Table 4).

DISCUSSION

The present prevalence study investigated factors associated with anemia in the

institutionalized elderly. The prevalence of anemia found in this population (38%) was

classified as moderately important at the public health level according to the parameters

of WHO(8)

. This prevalence was higher than what has been published by other studies

on institutionalized elderly subjects(24-27)

. Studies on non-institutionalized elderly

individuals have shown a lower prevalence of anemia(28-32)

, supports the notion that

institutionalization may be an important risk factor for the development of anemia(5)

.

In LTCFs, the percentage of individuals with frailty and functional impairment

is higher than that in the general elderly population. This observation necessitates

specialized care and the assistance of psychosocial needs of these individuals, including

an adequate environment and social interaction. However, what is observed at LTCFs in

several countries is both a limited number of health care professionals and who have no

experience with domiciliary care. The latter observations reflect the poor health care of

the institutionalized elderly, thus contributing to their higher vulnerability to diseases

and death(33)

.

The prevalence of anemia was similar in institutionalized men and women,

corroborating with the brasilians studies performed by Nakashima et al.(26)

and Corona

et al.(30)

. Mild anemia was predominant in both genders, which is similar to the results

Page 25: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

25

obtained by Tettamanti et al.(34)

, who considered hemoglobin levels of 10.0 to 11.9 g/dL

in women and 10.0 to 12.9 g/dL in men as mild anemia.

Most of the algorithms used to detect anemia in the elderly are based on RBC

size, where cells are normally normocytic, due to the multifactorial origin of anemia in

these individuals(35)

. The present study found that most of the institutionalized elderly

have normocytic and normochromic anemia suggestive of chronic disease anemia(36)

.

This finding is in agreement with the results obtained by Sgnaolin et al.(31)

, Tettamanti

et al.(34)

and Bhasin & Rao(37)

who also found a predominance of normocytic anemia in

the elderly. At least three mechanisms are involved in the etiology of chronic disease

anemia: reduced RBC survival, changes in erythropoiesis and the diminished response

of erythroid progenitors to erythropoietin(46)

.

Although there was no association between anemia and age range, blood

hemoglobin concentrations decreased with advancing age, a pattern consistent with the

literature, such as the studies reported by Corona et al.(30)

and Tettamanti et al.(34)

. This

effect is possibly due to the gradual deterioration of the hematopoietic system during the

aging process, thus rendering the individual at a higher risk for anemia(2)

. Of note,

however, the decrease in blood hemoglobin levels with increasing age of the elderly did

not exhibit a dose-response effect above the lower thresholds of normality of the cut-off

points adopted in the present study.

The institutionalized elderly with thinness were the most affected with anemia.

Our results are in agreement with those of Tseng et al.(39)

and Penninx et al.(40)

, who

observed a significant association between the occurrence of anemia and lower BMI

values in institutionalized and non-institutionalized elderly subjects, respectively.

Guranilk et al. have shown that the elderly who have sarcopenia usually exhibit

anemia, a finding that may be a physiological response to this condition. The suggested

hypothesis, however, with no scientific proof, is that the reduced muscle mass leads to

changes in oxygen consumption, red blood cell (RBC) mass and erythropoietin

synthesis(41)

. Nonetheless, a higher prevalence of anemia was found in elderly subjects

with adequate SMM reserves in the present study. Thus, despite the lack of association

between these variables, the possibility of a reverse causality, which could be assessed

using longitudinal studies, is suggested.

According to Morley, anemia in the elderly affects muscle strength and peak

power, leading to impaired muscle function. Reduced muscle function then increases

the risk of falls and therefore negatively affects motility(5)

. The mechanism underlying

Page 26: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

26

impaired physical function and motility caused by anemia involves reduced RBC

numbers and consequently reduced oxygen transport to the muscles(42)

.

Anemia was strongly associated with decreased functional capacity in the

institutionalized elderly, a finding that is similar to the results of other studies that

evaluated the association between anemia and functional capacity, such as the studies

conducted by Bosco et al.(43)

and Denny et al.(44)

. Both of the aforementioned studies

used the Katz index to evaluate functional capacity (ADL and in instrumental ADL), an

instrument different from that used in the present study.

Hemoglobin levels below the threshold of normality are a common condition in

individuals with CKD, increasing the risk of cardiovascular morbidity and mortality.

The mechanism of this association is the increased oxygen demand of the heart due to

tissue hypoxia, leading to left ventricular hypertrophy and ischemic cardiomyopathy.

These conditions then increase mortality due to congestive heart failure, arrhythmia and

myocardial infarction(45)

. While analyzing data from the Third National Health and

Nutrition Examination Survey (NHANES III) to assess the association between

hemoglobin levels and renal function, ASTOR et al.(46)

also observed reduced

hemoglobin levels with increased severity of renal dysfunction as in the present study.

According to Tolson et al., the practice of polypharmacy, which is common in

LTCFs, and the large number of pathologies that usually affect the institutionalized

elderly are considered common confounding factors in studies on this population, thus

creating a great challenge to control these factors (33)

. Corroborating the results of the

above authors, the limitations of the present study include the lack of control of the use

of medication and comorbidities that could affect the prevalence of anemia. A further

limitation is that the nutrition of the institutionalized elderly was not considered in the

analysis, although it may have affected the prevalence of anemia in this population.

Finally, the inclusion of elderly subjects taking iron supplements and B-complex

vitamins may have underestimated the occurrence of anemia in the present study.

Given the small number of studies specifically evaluating the institutionalized

elderly in developing countries such as Brazil(33)

, the present study is of high

importance as part of a pioneering study that investigates the health conditions of a

representative sample of elderly subjects living in LTCFs. Additionally, because anemia

is a condition that has a severe impact on the health of the institutionalized elderly,

which is neglected far too often, the present study is of paramount importance.

Page 27: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

27

Therefore, the prevalence of anemia in the institutionalized elderly was high in

both genders. The association of anemia with body mass, as assessed using BMI,

stresses the importance of this nutritional status indicator for the identification of elderly

individuals at risk for anemia. In turn, the predominance of anemia with characteristics

suggestive of a chronic disease implies that adequate treatment of chronic diseases

could serve as a mechanism to reduce anemia in this population.

Considering institutionalization itself as a risk factor for anemia and considering

its negative impact on functional capacity and consequently the quality of life of the

elderly, the importance of screening and early treatment of anemia, particularly for

those who live in LTCFs, is emphasized.

ACKNOWLEDGMENTS

The authors thank the CEIAE team for their dedication. The present study was

funded by Bahia State Research Foundation (Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado da Bahia) (grant number 029/2013).

Conflicts of Interest: None.

Authors’ Contributions: Emanuelle C. Silva contributed to data tabulation,

analysis and interpretation, review of the literature, and the writing of the manuscript.

Lílian R. Sampaio contributed to the conception and design of the study, data

interpretation, and writing and critical review of the manuscript. Anna K. C. Roriz and

Adriana L. Mello contributed to the study design, data interpretation and critical review

of the manuscript. Michaela Eickemberg and Caroline A. Feitosa contributed to data

analysis and statistical interpretation and to the critical review of the manuscript.

Bahia State Research Foundation had no role in the design, analysis or writing of

this article.

Page 28: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

28

REFERENCES

1. World Health Organization (2001) Iron deficiency anaemia: assessment, prevention

and control. A guide for programme managers. Geneva: WHO.

2. Balducci L, Ershler WB, Krantz S (2006) Anemia in the elderly—clinical findings

and impact on health. Crit Rev Oncol Hematol 58, 156-165.

3. Andrès E, Federici L, Serraj K et al. (2008) Update of nutrient-deficiency anemia in

elderly patients. Eur J Intern Med 19, 488-493.

4. Onem Y, Terekeci H, Kucukardali Y et al. (2010) Albumin, hemoglobin, body mass

index, cognitive and functional performance in elderly persons living in nursing

homes. Arch Gerontol Geriatr 50, 56-59.

5. Morley JE (2012) Anemia in the nursing homes: a complex issue. J Am Med Dir

Assoc 13, 191-194.

6. Cereda E, Pedrolli C, Zagami A et al. (2011) Body mass index and mortality in

institutionalized elderly. J Am Med Dir Assoc 12, 174-178.

7. Kyle UG, Bosaeus I, De Lorenzo AD et al. (2004) Bioelectrical impedance

analysis—part II: utilization in clinical practice. Clin Nutr 23, 1430-1453.

8. World Health Organization (2011) Haemoglobin concentrations for the diagnosis of

anaemia and assessment of severity. Vitamin and Mineral Nutrition Information

System. Geneva: WHO.

9. WHO (1985) Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Report

of a WHO Expert Committee. WHO Technical Report Series no. 854 Geneva:

WHO.

10. Nutrition Screening Initiative (2002) A Physician's Guide to Nutrition in Chronic

Disease Management for Older Adults. Leawood (KS): American Academy of

Family Physicians.

11. Jellife DB (1966) The assessment of the nutritional status of the community (with

special reference to field surveys in developing regions of the world). Monogr Ser

World Health Organ 53, 3-271.

12. Chumlea WC, Guo S, Roche AF et al. (1988) Prediction of body weight for the non

ambulatory elderly from anthropometry. J Am Diet Assoc 88, 564-568.

13. Callaway CW, Chumlea WC, Bouchard C et al. (1988) Circumferences. In:

Anthropometric standardization reference manual, 2 nd ed., pp. 39-54 [TG Lohman,

AF Roche and R Martorell, editors]. Champaign: Human Kinetics.

Page 29: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

29

14. Chumlea WC, Roche AF, Steinbaugh ML (1985) Estimating stature from knee

height for persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatr Soc 33, 116-120.

15. Durnin JV, Womersley J (1974) Body fat assessed from total body density and its

estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged

from 16 to 72 years. Br J Nutr 32, 77-97.

16. Janssen I, Heymsfield SB, Baumgartner RN, et al. (2000) Estimation of skeletal

muscle mass by bioelectrical impedance analysis. J Appl Physiol 89, 465-471.

17. Janssen I, Baumgartner RN, Ross R. et al. (2004) Skeletal muscle cut points

associated with elevated physical disability risk in older men and women. Am J

Epidemiol 159, 413-421.

18. Mahoney FI, Barthel DW (1965) Functional evaluation: The Barthel Index. Md

State Med J 14, 56-61.

19. Azeredo Z, Matos E (2003) Degree of dependence in stroke patients. Rev Fac Med

Lisboa 8, 199-204.

20. Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus (2003)

Report of the expert committee on the diagnosis and classification of diabetes

mellitus. Diabetes Care 26, Suppl. 1, S5-S20.

21. Cockcroft DW, Gault MH (1976) Prediction of creatinine clearance from serum

creatinine. Nephron 16, 31-41.

22. Du Bois D, Du Bois EF (1989) A formula to estimate the approximate surface area

if height and weight be known. 1916. Nutrition 5, 863-871.

23. National Kidney Foundation (2002) K/DOQI clinical practice guidelines for chronic

kidney disease: evaluation, classification, and stratification. Am J Kidney Dis 39,

Suppl. 1, S1-S266.

24. Lopez-Contreras MJ, Zamora-Portero S, Lopez MA et al. (2010) Dietary intake and

iron status of institutionalized elderly people: relationship with different factors. J

Nutr Health Aging 14, 816-821.

25. Macêdo VF, Correia LO, Scoralick FM et al. (2011) Prevalence of anemia in

nursing home for the aged in Brasília/DF. Rev Bras Geriatr Gerontol 5, 214-219.

26. Nakashima AT, de Moraes AC, Auler F et al. (2012) Anemia prevalence and its

determinants in Brazilian institutionalized elderly. Nutrition 28, 640-643.

27. Onem Y, Terekeci H, Kucukardali Y et al. (2010) Albumin, hemoglobin, body mass

index, cognitive and functional performance in elderly persons living in nursing

homes. Arch Gerontol Geriatr 50, 56-59.

Page 30: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

30

28. Cesari M, Pahor M, Lauretani F et al. (2005) Bone density and hemoglobin levels in

older persons: results from the In CHIANTI study. Osteoporos Int 16, 691-699.

29. Choi CW, Lee J, Park KH et al. (2004) Prevalence and characteristics of anemia in

the elderly: cross-sectional study of three urban Korean population samples. Am J

Hematol 77, 26-30.

30. Corona LP. Anemia and aging: population overview and association with adverse

health outcomes - SABE Study. São Paulo. Thesis [Doctorate in science] – São

Paulo University; 2014.

31. Sgnaolin V, Engroff P, Ely LS et al. (2013) Hematological parameters and

prevalence of anemia among free-living elderly in south Brazil. Rev Bras Hematol

Hemoter 35, 115-118.

32. Zakai NA, Katz R, Hirsch C et al. (2005) A prospective study of anemia status,

hemoglobin concentration, and mortality in an elderly cohort: the Cardiovascular

Health Study. Arch Intern Med 35, 115-118.

33. Tolson D, Rolland Y, Andrieu S et al. (2011) International Association of

Gerontology and Geriatrics: a global agenda for clinical research and quality of care

in nursing homes. J Am Med Dir Assoc 12, 184-189.

34. Tettamanti M, Lucca U, Gandini F et al. (2010) Prevalence, incidence and types of

mild anemia in the elderly: the "Health and Anemia" population-based study.

Haematologica 95, 1849-1856.

35. Andrès E, Serraj K, Federici L et al. (2013) Anemia in elderly patients: new insight

into an old disorder. Geriatr Gerontol Int 13, 519-527.

36. Poggiali E, Migone de Amicis M, Motta I (2014) Anemia of chronic disease: a

unique defect of iron recycling for many different chronic diseases. Eur J Intern

Med 25, 12-17.

37. Bhasin A, Rao MY (2011) Characteristics of anemia in elderly: a hospital based

study in South India. Indian J Hematol Blood Transfus 27, 26-32.

38. Vanasse GJ, Berliner N (2010) Anemia in elderly patients: an emerging problem for

the 21st century. Hematology Am Soc Hematol Educ Program 2010, 271-275.

39. Tseng CK, Lin CH, Hsu HS et al. (2012) In addition to malnutrition and renal

function impairment, anemia is associated with hyponatremia in the elderly. Arch

Gerontol Geriatr 55, 77-81.

Page 31: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

31

40. Penninx BW, Pahor M, Cesari M. et al. (2004) Anemia is associated with disability

and decreased physical performance and muscle strength in the elderly. J Am

Geriatr Soc 52, 719-724.

41. Guralnik JM, Ershler WB, Schrier SL et al. (2005) Anemia in the elderly: a public

health crisis in hematology. Hematology Am Soc Hematol Educ Program 2005, 528-

532.

42. Sabol VK, Resnick B, Galik E et al. (2010) Anemia and its impact on function in

nursing home residents: what do we know? J Am Acad Nurse Pract 22, 3-16.

43. Bosco R de M, Assis EP, Pinheiro RR et al. (2013) Anemia and functional capacity

in elderly Brazilian hospitalized patients. Cad Saude Publica 29, 1322-1332.

44. Denny SD.; Kuchibhatla MN, Cohen HJ (2006) Impact of anemia on mortality,

cognition, and function in community-dwelling elderly. Am J Med 119, 327-334.

45. Toto RD (2006) Can higher hemoglobin prolongs life for patients with kidney

disease? Kidney Int 70, S17-S20.

46. Astor BC, Muntner P, Levin A et al. (2002) Association of kidney function with

anemia: the Third National Health and Nutrition Examination Survey (1988-1994).

Arch Intern Med 162, 1401-1408.

Page 32: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

32

TABLES

Table 1. Characteristics of the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia, Brazil

according to Gender.

BMI - body mass index, MCV - mean corpuscular volume, MCHC - medium corpuscular

hemoglobin concentration, RDW - red blood cell distribution width, SMI - skeletal muscle

index, GFR - glomerular filtration rate.

a Student’s t test.

b Mann-Whitney U test.

* Expressed as the mean (standard deviation).

† Expressed as the median (interquartile range).

Variable Women (n = 242) Men (n = 71) p-value

Age in years * 81.66 (9.03) 75.40 (8.82) < 0.001

a

Length of institutionalization in years † 3 (1.33-8.41) 2.66 (0.91-5.25) 0.127

b

BMI in kg/m² * 22.79 (5.53) 22.05 (4.15) 0.326

a

Hemoglobin in g/dl * 12.25 (1.40) 13.02 (1.67) < 0.001

a

MCV in fl * 90.19 (5.83) 87.99 (5.26) 0.004

a

MCHC as % * 32.45 (0.88) 32.96 (0.89) < 0.001

a

RDW as % † 12.55 (11.9-13.2) 12 (11.7-12.8) 0.002

b

SMI in kg/m² † 6.24 (5.57-6.98) 8.66 (8.15-9.70) < 0.001

b

Barthel score † 75 (25-95) 75 (15-95) 0.565

b

Fasting glucose in mg/Dl † 86 (76-95) 82 (73.5-93) 0.113

b

GFR in mL/min/1.73 m² * 45.63 (16.68) 54.20 (16.46) < 0.001

a

Page 33: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

33

Table 2. Characterization of Hematological Parameters in the Institutionalized Elderly

in Salvador, Bahia, Brazil in the Presence or Absence of Anemia.

MCHC

MCV

RDW

Anemia No

anemia

n (%) n (%)

Hypochromia Microcytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)

Normal 1 (0.84) 1 (0.52)

Increased 1 (0.84) 0 (0.00)

Normocytosis

Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)

Normal 8 (6.72) 14 (7.22)

Increased 3 (2.52) 2 (1.03)

Macrocytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)

Normal 0 (0.00) 0 (0.00)

Increased 0 (0.00) 0 (0.00)

Normochromia Microcytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)

Normal 7 (5.88) 1 (0.52)

Increased 1 (0.84) 0 (0.00)

Normocytosis

Reduced 5 (4.20) 13 (6.70)

Normal 83 (69.75) 156

(80.41)

Increased 7 (5.88) 3 (1.55)

Macrocytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)

Normal 3 (2.52) 4 (2.06)

Increased 0 (0.00) 0 (0.00)

MCV - mean corpuscular volume, MCHC - medium corpuscular hemoglobin concentration,

RDW - red blood cell distribution width.

Page 34: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

34

Table 3. Prevalence of Anemia in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia,

Brazil, according to Covariables.

Variable n/N % PR b

95% CI p-value

Gender

Female 91/242 37.6 1

Male 28/71 39.4 0.95 0.68-1.32 0.77

Age Range

60-69 years 18/46 39.1 1

70-79 years 31/88 35.2 0.90 0.50-1.61 0.72

≥80 years 70/179 39.1 0.99 0.59-1.67 0.99

Length of institutionalization

<1.0 year 23/65 35.4 1

1.0-5.0 year(s) 49/134 36.6 1.03 0.63-1.70 0.90

5.1-10.0 years 20/48 41.7 1.18 0.65-2.14 0.59

>10.0 years 19/53 35.0 1.01 0.55-1.86 0.04

Type of Institution

Private 39/109 35.7 1

Public 14/44 31.8 0.88 0.48-1.63 0.71

Philanthropic 66/160 41.2 1.15 0.77-1.71 0.48

BMI a

Eutrophy 25/88 28.4 1

Thinness 58/123 47.2 1.66 1.04-2.65 0.03

Overweight 22/58 37.9 1.34 0.75-2.37 0.32

DM

No 94/256 36.7 1

Yes 25/57 43.9 1.19 0.77-1.86 0.43

SMI

Adequate 17/41 41.5 1

Moderate sarcopenia 21/62 33.9 0.82 0.43-1.55 0.54

Severe sarcopenia 13/46 28.3 0.68 0.33-1.40 0.30

Functional Capacity a

Independence 13/63 20.6 1

Mild dependence 12/37 32.4 1.57 0.72-3.44 0.26

Moderate dependence 23/56 41.1 1.99 1.01-3.93 0.05

Severe dependence 25/60 41.7 2.02 1.03-3.95 0.04

Total dependence 37/70 52.9 2.56 1.36-4.82 < 0.01

SAH

No 68/180 37.8 1

Yes 51/132 38.6 0.98 0.68-1.41 0.90

Page 35: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

35

Renal dysfunction

No 26/63 41.3 1

Yes 76/195 39.0 0.94 0.60-1.47 0.80

BMI - body mass index, DM - diabetes mellitus, SMI - skeletal muscle index, SAH - systemic

arterial hypertension.

a Statistical significance according to chi-squared test (BMI: p = 0.022; functional capacity: p =

0.004).

b Poisson regression model with the gross prevalence ratio for the association between anemia

and other variables.

Page 36: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

36

Table 4. Poisson Regression Model with the Prevalence Adjusted for the Association

between Anemia and Covariables in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia,

Brazil.

Model 1 Model 2

Covariable PRadj 95% CI PRadj 95%CI

Gender

Male 1 1

Female 1.12 0.73-1.71 1.01 0.75-1.36

Age range

60-69 years 1 1

70-79 years 1.11 0.63-1.97 0.86 0.57-1.30

≥80 years 1.42 0.79-2.56 0.80 0.57-1.12

Time of institutionalization

<1.0 year 1 - -

1.0–5.0 year(s) 0.75 0. 48-1.20 - -

5.1‒10.0 years 1.09 0.63-1.88 - -

>10.0 years 0.85 0.40-1.84 - -

Type of Institution

Private 1 - -

Public 0.60 0.33-1.10 - -

Philanthropic 1.70 0.96 - 3.01 - -

BMI

Eutrophy 1 1

Thinness 1.68 1.04-2.72 1.58 1.02-2.44

Overweight 1.38 0.58-3.26 1.41 0.89-2.24

DM

No 1 - -

Yes 1.26 0.79-2.03 - -

SMI

Adequate 1 - -

Moderate sarcopenia 0.95 0.45-2.02 - -

Severe sarcopenia 0.57 0.27-1.25 - -

Functional Capacity

Independence 1 1

Mild dependence 1.94 0.62-6.10 1.58 0.67-3.72

Moderate dependence 2.04 0.88-4.76 1.98 1.07-3.63

Severe dependence 2.45 1.22-4.95 1.94 1.00 -3.77

Total dependence 3.12 1.14-8.52 2.61 1.34-5.07

SAH

No 1 - -

Page 37: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

37

Yes 0.79 0.47-1.33 - -

Renal Dysfunction

No 1 - -

Yes 0.68 0.35-1.31 - -

BMI - body mass index, DM - diabetes mellitus, SMI - skeletal muscle index, SAH - systemic

arterial hypertension.

Model 1: Adjusted for the variables gender, age range, length of institutionalization, type of

institution, BMI, DM, SMI, functional capacity, SAH and renal dysfunction.

Model 2: Adjusted for the variables gender, age range, BMI and functional capacity.

Page 38: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

38

FIGURE

Fig. 1. Total prevalence and degrees of anemia according to gender in the

institutionalized elderly in Salvador, Bahia, Brazil.

Page 39: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

39

PARTE II - PROJETO DE PESQUISA

1. INTRODUÇÃO

A anemia pode ser definida como a redução dos níveis de hemoglobina.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta ocorre quando a hemoglobina

atinge valores inferiores a 13 e 12 g/dL, em homens e mulheres não grávidas,

respectivamente (WHO, 2001). Tratando-se do indivíduo idoso, esse critério é alvo de

intensas críticas, já que se baseia em valores de hemoglobina de dados populacionais

realizados em indivíduos com idade inferior a 65 anos (KHEIR; HADDAD, 2010).

Com o envelhecimento populacional e diante da correlação negativa entre níveis

sanguíneos de hemoglobina e idade, a anemia torna-se cada vez mais prevalente. No

entanto, embora a senescência seja marcada por uma redução das concentrações de

hemoglobina, a anemia não deve ser considerada como repercussão natural da fisiologia

do envelhecimento (BALDUCCI et al., 2006).

A prevalência de anemia pode variar segundo as condições de vida, sexo, raça e

estado de saúde. Resultados do Third National Health and Nutritional Examination

Study (NHANES III) demonstraram diferenças na prevalência de anemia em idosos

residentes nos Estados Unidos entre os diferentes grupos étnicos, sendo superior em

negros não-hispânicos (27,8%) quando comparados aos brancos não-hispânicos (9%) e

mexicanos (10,4%). O mesmo estudo demonstrou ainda maior prevalência de anemia

em homens, quando comparado as mulheres na mesma faixa etária (EISENSTAEDT et

al., 2006).

A interferência das condições de saúde na ocorrência de anemia pode ser

confirmada pelo seu diagnóstico mais frequente entre residentes em Instituições de

Longa Permanência para Idosos (ILPIs) identificado em estudos que investigam a

anemia nessa população (EISENSTAEDT et al., 2006). Problema comum em ILPIs, a

anemia atinge de 25% a 63% da população desses locais (MORLEY, 2012).

A perda ponderal e desnutrição energético-proteica, que comumente atingem

idosos institucionalizados, se destacam como fatores etiológicos de anemia nessa

população (MORLEY, 2012; CEREDA et al., 2011), e podem ser explicados por

alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, redução da ingestão alimentar,

Page 40: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

40

presença de múltiplas comorbidades e cuidado nutricional insuficiente (CEREDA et al.,

2011).

As causas mais comuns de anemia em idosos são as carências nutricionais, as

anemias de doenças crônicas e as de causas inexplicáveis, podendo ainda ser decorrente

de um ou mais destes fatores (ANDRÈS et al., 2008). Nessa população, a anemia tem

impactos negativos para a saúde e qualidade de vida, aumentando o risco de

acometimento por doenças cardiovasculares e morte precoce, além de causar sintomas

como fadiga e redução da capacidade cognitiva e funcional (ONEM et al., 2010).

Nesse contexto, considerando a anemia como um evento de elevada prevalência

em ILPIs e o seu impacto sobre a saúde do idoso, torna-se evidente a necessidade de

investigar os fatores associados à essa condição em idosos residentes nesses locais.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. EPIDEMIOLOGIA DA ANEMIA

A anemia destaca-se como um problema de saúde pública em todo o mundo,

independentemente do grau de desenvolvimento do país. Apesar de a anemia ferropriva

ser a causa mais comum de anemia, essa carência nutricional geralmente coexiste com

outras causas, como hemoglobinopatias, parasitoses e deficiências nutricionais (WHO,

2008).

Uma publicação da Organização Mundial da Saúde que compilou dados de 93

países no período de 1993 à 2005 gerou estimativas nacionais da prevalência de anemia.

O estudo ressalta a ausência de dados nacionais nos países acerca da prevalência de

anemia em idosos o que impossibilitou estimativas regionais ou nacionais para esse

grupo populacional, permitindo apenas estimativas globais de anemia. A publicação não

apresenta dados nacionais sobre a prevalência de anemia no Brasil, mas ressalta que a

anemia acomete 24,8% de pessoas em todo mundo, o equivalente a 1,62 bilhões de

pessoas, desse quantitativo 164 milhões são idosos (23,9%) (WHO, 2008).

A contribuição das hemoglobinopatias na prevalência de anemia deve ser

considerada em algumas regiões (WHO, 2008). O Brasil, por exemplo, devido a sua

grande miscigenação, é um país com elevadas prevalências de doença das células

falciformes, com incidência que varia de 1 a 3 casos da doença a cada 1000 nascidos

vivos. Dentre os Estados do país, a Bahia apresenta o maior número de casos triados de

Page 41: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

41

doença falciforme, registrando cerca de 1 caso para cada 650 recém/nascidos

(CARVALHO et al., 2014).

2.2. ANEMIA E ENVELHECIMENTO

O percentual de idosos brasileiros com idade a partir de 65 anos, que em 2000

representava 5,9% da população, aumentou em 2010 para 7,4% (IBGE, 2010). Os dados

do último censo realizado no Brasil, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE, 2010), demonstram que o grupo etário de 60 anos ou mais representa 10,8% da

população brasileira. Com o fenômeno mundial do envelhecimento populacional,

estima-se que em 2030, os indivíduos com mais de 65 anos representarão 1 em cada 8

pessoas no mundo (LEUVEN, 2012).

Considerando-se que o envelhecimento acarreta em modificações nos sistemas

morfológicos, fisiológicos, psicológicos e bioquímicos, aumentando o risco de

morbidade e mortalidade por diversas doenças, a transição demográfica repercute em

diversas preocupações. Nesse âmbito, a anemia destaca-se como a alteração

hematológica mais prevalente nos idosos (COUSSIRAT, 2010).

Embora existam diversos fatores causais de anemia em idosos alguns casos

permanecem sem causas identificáveis, o que gera a hipótese de que o próprio processo

de envelhecimento contribui para o surgimento da anemia. Possivelmente o aumento

das citocinas pró-inflamatórias que ocorre com o avanço da idade ainda que na ausência

de doença crônica ou inflamação perceptível, provoca uma desregulação da eritropoiese

caracterizada pela interferência na produção de eritropoietina, no metabolismo do ferro

e maturação das unidades formadoras de colônia eritróide. Consequentemente, essas

alterações na eritropoiese, pode ocasionar a ―anemia do envelhecimento‖ (ERSHLER,

2003).

Na literatura existe grande variabilidade nas prevalências de anemia no idoso,

decorrente da adoção de diferentes definições para diagnóstico e da influência de fatores

ambientais e genéticos de cada região. Nos homens, a freqüência de anemia é maior,

variando entre 2,9% e 61% e nas mulheres entre 3,3% e 41%, com percentuais ainda

maiores em idosos que residem em ILPIs (MACÊDO et al., 2011). Essa maior

prevalência de anemia no sexo masculino resulta da redução fisiológica dos níveis de

testosterona que acompanha o processo de envelhecimento (THOMAS, 2008).

Page 42: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

42

Como se sabe o processo de envelhecimento é acompanhado por degenerações

nos órgãos, e a deficiência androgênica, que ocasiona a diminuição da secreção de

testosterona, tem a disfunção testicular como causa fundamental, ainda que possa

ocorrer o comprometimento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-testicular

(ARAUJO; WITTERT, 2011). Dentre as conseqüências do hipogonadismo nos homens

pode-se destacar um menor estímulo à eritropoiese, com redução de 1g/dL nos níveis de

hemoglobina (THOMAS, 2008).

2.3. CAUSAS DE ANEMIA NO IDOSO

2.3.1. Anemias por Deficiências Nutricionais

Anemia Ferropriva

O ferro (Fe) utilizado pelo organismo é obtido de duas fontes principais: da dieta

e da reciclagem de hemácias senescentes. Esse mineral assume na dieta as formas

ferrosa e férrica. O ferro ferroso (Fe2+

) é a forma prontamente absorvida nos enterócitos,

já o ferro férrico (Fe3+

) deve ser reduzido à forma ferrosa para ser absorvido via

proteína transportadora de metal divalente. O Fe absorvido (1-2 mg por dia) é

armazenado sob a forma de ferritina e quando requisitado é transferido para o sangue

via membrana basolateral das células intestinais pela ferroportina, canal exportador de

ferro nas células. No plasma, a ceruloplasmina converte o Fe2+

em Fe3+

permitindo

assim que este se ligue a transferrina e seja transportado até o fígado (POLIN et al.,

2013).

A maior parte do Fe (25-30 mg/dia) presente no organismo decorre da

degradação de hemácias senescentes pelos macrófagos. Estas sofrem modificações

bioquímicas em suas membranas que atuam como sinais para que sejam reconhecidas

pelos macrófagos do baço, medula óssea e células de Küpffer no fígado. As hemácias

sofrem fagocitose e tem seus componentes catabolizados via enzimas pelos macrófagos.

A cadeia globulínica (parte protéica) da hemoglobina é reciclada para dar origem a

novas protéinas. O Fe2+

, por sua vez, pode ser exportado pela ferroportina ou ficar

armazenado no macrófago. Caso seja exportado, este será convertido a Fe3+

pela

ceruloplasmina e carreado pela transferrina predominantemente à medula óssea onde irá

Page 43: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

43

ser utilizado para síntese de novos eritrócitos, ou até outros locais para ser reutilizado

(GROTTO, 2008).

A hepcidina, proteína sintetizada pelos hepatócitos possui papel regulador sobre

o Fe. Essa proteína ao ligar-se a ferroportina, seu receptor, forma o complexo hepcidina-

ferroportina, que sofre endocitose pelos macrófagos. A ferroportina é catabolizada, com

menor transferência de Fe dos enterócitos, hepatócitos e macrófagos para o plasma, o

que repercute na inibição da absorção de Fe, baixa saturação da transferrina no plasma e

menor quantidade de Fe disponível para o desenvolvimento do eritroblasto (GROTTO,

2008).

Nos idosos, a deficiência de Fe raramente é de origem alimentar. Geralmente a

causa é a má absorção e aumento das perdas sanguíneas de ferro resultantes de doenças

inflamatórias do trato gastrointestinal, que podem ou não decorrer da presença de

pólipos, hipertensão portal, angiodisplasia, uso de medicações anti-inflamatórias,

infecção por Helicobacter Pylori, ou câncer no cólon e reto (ANDRÈS et al., 2013). A

deficiência de ferro acomete 40% dos idosos institucionalizados, e também está mais

fortemente relacionada a sangramentos gastrointestinais (SABOL et al., 2010).

O uso prolongado de medicamentos inibidores da bomba de próton, também

contribui para a má absorção do Fe apresentada pelos idosos, tendo em vista que o ácido

gástrico é fundamental para sua absorção. Por sua vez, a desnutrição ainda que

raramente possa por si só causar anemia ferropriva em idosos de países industrializados,

também pode contribuir para o seu desenvolvimento (BUSTI et al., 2014).

Deficiência de Cobalamina e Ácido Fólico

A deficiência das vitaminas B9 e B12 acometem menos de 5% dos idosos

residentes em lares de idosos, o que pode ser justificado pelo uso freqüente de

suplementos multivitamínicos (SABOL et al., 2010).

A síntese de vitamina B12 ocorre por bactérias intestinais e por bactérias e

fungos presentes em outros locais, no entanto, considerando-se que esta não é absorvida

é necessária a aquisição dessa vitamina pela dieta. Os produtos de origem animal,

especialmente ovos e carnes, são as principais fontes dessa vitamina (BRIANI et al.,

2013).

A vitamina advinda de fontes biológicas está complexada a uma proteína,

formando a coenzima 5-adenosilcobalamina, que ao chegar no estômago, em presença

Page 44: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

44

de baixo ph, sofre clivagem pela pepsina liberando a cobalamina. Esta liga-se a

haptocorrina, produzida na saliva e estômago, formando a holo-R-proteína ou

transcobalamina I (TC I). No duodeno, esse complexo sofre ação das proteases

pancreáticas com a transferência da cobalamina livre ao fator intrínseco (FI), formando

um complexo resistente à proteólise, que liga-se a receptores específicos no íleo. Após

absorção, a vitamina B12 liga-se a transcobalamina II (TC II), que caindo na circulação

sofre endocitose por diversas células que expressam seus receptores. Uma vez

internalizado, o complexo TC-vitamina B12 sofre dissociação, sendo a vitamina

reduzida e convertida às coenzimas adenosilcobalamina (envolvida na formação do

succinil-CoA) e metilcobalamina (envolvida na síntese de metionina) (BRIANI et al.,

2013).

A deficiência da vitamina B12 ou cobalamina em idosos tem como principal

causa a má absorção intestinal, seguida pela anemia perniciosa e outras causas,

incluindo as indeterminadas, deficiências nutricionais e má absorção pós-cirúrgicas

(URRUTIAA, et al. 2010). Dentre os fatores que contribuem para a má absorção de

vitamina B12, pode-se citar a atrofia gástrica, associada ou não a infecção por H. Pylori,

que freqüentemente acomete a população idosa; o uso crônico de biguanidas

(metformina) e antiácidos, incluindo os antagonistas dos receptores H2 e inibidores da

bomba de prótons; uso crônico de bebidas alcoólicas; insuficiência pancreática; e,

cirurgias gástricas (ANDRÈS et al., 2008).

Quanto ao folato, a dieta é a sua principal fonte de aquisição, e dentre suas

fontes alimentares estão o fígado, verduras, legumes e laranja. O folato advindo da dieta

está sob a forma de poliglutamato, que não é capaz de passar através da membrana

celular intestinal e por isso são hidrolisados em monoglutamatos pela exopeptidase

glutamato carboxipeptidase II presente na membrana da borda em escova do intestino

(NAZKI et al., 2014).

Uma vez absorvidos, os folatos monoglutamatos são convertidos em de 5-metil

tetra-hidrofolato (5-metil THF), principal forma circulante de ácido fólico no plasma,

que encontra-se ligado a albumina em maior proporção, ou ainda a proteína ligante de

folato de alta afinidade. Daí o 5-metil THF segue via veia porta para o fígado e tecidos

periféricos. O folato é estocado principalmente no fígado, onde ocorre o processamento

dos compostos de ácido fólico, para que daí seja transportado aos tecidos e bile,

permitindo dessa forma que seja reaproveitado via circulação enterohepática. Uma vez

dentro das células o 5-metil THF (forma de monoglutamato) sofre conversão à tetra-

Page 45: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

45

hidrofolato-poliglutamato pela folilpoliglutamatosintase (UEHARA; ROSA, 2010).

Esse processo de poliglutamilação dos folatos celulares garante que estes fiquem

aprisionados nessas, além de nessa forma atuarem melhor como substratos das enzimas

intracelulares dependentes de folato. No entanto, antes de serem liberados na circulação

os poliglutamatos sofrem reconversão à monoglutamatos (NAZKI et al., 2014).

Dentre as funções do folato destaca-se a síntese do DNA. Para a síntese de

metionina a partir da homocisteína é necessária a presença do 5-metil-THF (sofrerá

conversão a tetrahidrofolato) e da cobalamina como cofator da reação. Na presença de

fornecimento inadequado de cobalamina, o folato não consegue sair do ciclo de

metilação não seguindo, portanto, para a síntese de DNA. Tanto a deficiência de folato

quanto de cobalamina pode resultar em anemia megaloblástica, em que haverá síntese

deficiente de nucleotídeos com replicação celular prejudicada e hiper-homocisteinemia.

Considerando-se que o ácido fólico, forma sintética do folato, sofre redução direta para

tetrahidrofolato, não sofrendo aprisionamento metabólico na deficiência de cobalamina,

o tratamento com este corrige a anemia megaloblástica (o marcador hematológico)

resultante do déficit de cobalamina e mascara o sinal clínico dessa condição, podendo

levar a diagnóstico tardio e graves danos neurológicos (VARELA-MOREIRAS, et al.

2009).

A deficiência de ácido fólico em idosos tem como principais causas o consumo

insuficiente de vegetais e legumes, dietas lácteas, ingestão excessiva de álcool e uso de

alguns tipos de medicamentos, como o metrotrexato (URRUTIAA, et al. 2010).

2.3.2. Anemia de Doença Crônica

A anemia de doença crônica, comum em idosos, está associada a condições de

infecção, doença vascular do colágeno, doenças inflamatórias crônicas, insuficiência

cardíaca congestiva, diabetes mellitus e malignidade (GABRILOVE, 2005).

Caracteriza-se por baixas concentrações séricas de Fe e elevadas de ferritina, e baixa

capacidade de ligação do Fe (VANASSE; BERLINER, 2010).

Pelo menos três mecanismos estão envolvidos na etiologia da anemia de doença

crônica: diminuição da sobrevida das hemácias, alterações na eritropoiese e resposta

diminuída dos progenitores eritróides à eritropoietina (VANASSE; BERLINER, 2010).

A hepcidina é a principal responsável pelas alterações na eritropoiese. Esse

peptídeo, sintetizado por indução da citocina pró-inflamatória interleucina 6, reduz a

Page 46: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

46

absorção de Fe pelo intestino e impede sua liberação pelos macrófagos, reduzindo a

quantidade de Fe disponível para produção de eritrócitos (BERLINER, 2013).

Quanto à resposta diminuída dos progenitores eritróides à eritropoietina, sabe-se

que essa tende a ocorrer com o processo de envelhecimento. Como resultado ocorre

aumento dos níveis de eritropoietina e portanto, sugere-se, que a anemia desenvolve-se

quando o aumento compensatório de eritropoietina não é suficiente para manter

concentrações adequadas de hemoglobina. Dentre os fatores que atuam na indução da

resistência à eritropoietina estão as citocinas pró-inflamatórias, como o fator de necrose

tumoral α, que ocasiona uma maior demanda pela eritropoietina, podendo ultrapassar a

capacidade renal do idoso em manter seus níveis adequados (BERLINER, 2013).

As reduções nos níveis de eritropoietina, que acarreta em maior demanda por

esta, pode ser explicada pela redução da afinidade de ligação de fatores de transcrição

induzidos pela eritropoietina e o dano de suas células secretoras, por ação de espécies

reativas de oxigênio induzidas pelas citocinas pró-inflamatórias (POGGIALI et al.,

2014).

Para que ocorra a produção de glóbulos vermelhos a medula óssea requer ofertas

adequadas de Fe. Este advêm da absorção intestinal e da reciclagem dos glóbulos

vermelhos pelos macrófagos, que fagocitam essas células quando envelhecidas e

catabolizam suas hemoglobinas (WEINSTEIN et al., 2002). O mecanismo envolvido na

redução da sobrevida das hemácias, característica da anemia de doença crônica, ainda

não está totalmente esclarecido, mas sugere-se que está ligado a grande produção de

citocinas pró-inflamatórias pelos macrófagos, que ocasiona hiperatividade do sistema

mononuclear fagocitário, com a hemólise precoce dos eritrócitos (POGGIALI et al.,

2014).

A doença renal crônica, que frequentemente acomete os idosos, também

ocasiona um declínio da produção de eritropoietina renal e é um fator etiológico

importante de anemia nessa população (EISENSTAEDT et al., 2006).

2.3.3. Anemias de Causas Inexplicáveis

Aproximadamente um terço de toda a anemia em idosos continua sem causa

explicada. Vários mecanismos têm sido propostos para explicar a anemia de causas

desconhecidas no idoso, dentre estes, a deficiência androgênica, aumento da liberação

Page 47: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

47

de citocinas pró-inflamatórias, redução da proliferação e regeneração das células-tronco,

diminuição da resposta à eritropoietina e mielodisplasia (ANDRÈS et al., 2013).

2.4. CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NO IDOSO

O envelhecimento populacional é acompanhado pelo aumento dos custos com

cuidados de saúde e de ILPIs. Como a proporção de idosos cresce em um ritmo mais

acelerado do que a de cuidadores adultos, as ILPIs enfrentarão dificuldades em oferecer

o mesmo nível de atendimento dos dias atuais, especialmente para idosos dependentes

(ROBINSON, 2003).

Os custos associados à anemia podem ser diretos, indiretos e intangíveis. Gastos

referentes ao tratamento e complicações da anemia constituem os custos diretos. Os

indiretos são os custos com as idas para consultas médicas e faltas no trabalho tanto

para o idoso quanto para seu cuidador. Já as reduções da participação do idoso na ajuda

à sua família e das suas atividades de vida diárias contemplam os custos intangíveis

(ROBINSON, 2003).

Apesar de o idoso ser mais acometido por anemia de grau leve, essa condição

tem graves repercussões sobre o estado de saúde do idoso e custos para o sistema de

saúde. Diversos desfechos clínicos vêm sendo associados a anemia tanto em idosos que

residem em comunidade quanto naqueles que vivem em ILPIs (GUALANDRO et al.,

2010).

As conseqüências da anemia costumam ocorrer de forma mais acelerada no

idoso devido à menor habilidade desses indivíduos se adaptarem a condição, tanto a

nível cardiovascular quanto respiratório. Soma-se a esse quadro o mascaramento dos

sinais clínicos da anemia (palidez cutâneo-mucosa, taquicardia e dispnéia) pela presença

concomitante com outras patologias, por características fisiológicas do envelhecimento

e/ou uso de medicamentos (GUALANDRO et al., 2010).

A anemia em idosos compromete a força muscular e potência de pico com

prejuízos na função muscular, aumentando as chances de queda e reduzindo a

mobilidade. (MORLEY, 2012). O possível mecanismo pelo qual a anemia afeta a

função física e mobilidade é a redução do número de hemácias e conseqüentemente

menor transporte de oxigênio para o músculo (SABOL et al., 2010).

GURANILK et al. (2005) destacam que idosos que cursam com sarcopenia

costumam apresentar anemia, o que pode ser uma resposta fisiológica dessa condição. A

Page 48: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

48

hipótese sugerida, porém sem comprovação científica, é de que a redução da massa

muscular gera alterações no consumo de oxigênio, massa de eritrócitos e na síntese de

eritropoietina (GURANILK et al., 2005).

A anemia pode ocasionar ainda piora da angina e complicações cardiovasculares

em indivíduos com doenças do coração, por ocasionar aumento do débito cardíaco e

conseqüente hipertrofia ventricular esquerda adaptativa. Sugere-se ainda que a anemia

atua como fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer, além de

poder levar a sintomas neurológicos como depressão, dificuldade de concentração e

dores de cabeça (BALDUCCI et al., 2006).

3. OBJETIVO

3.1. OBJETIVO GERAL

Descrever a prevalência e fatores associados à anemia em idosos residentes em ILPIs

da cidade de Salvador-BA.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar os idosos quanto ao estado nutricional, tempo de institucionalização,

capacidade funcional, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e

função renal.

Identificar a prevalência, características e gravidade da anemia.

Descrever a distribuição da anemia segundo características sociodemográficas,

nutricionais e clínicas.

4. METODOLOGIA

4.1. DESENHO DO ESTUDO

Este estudo de corte transversal é parte de um projeto mais amplo intitulado

―Avaliação multidimensional dos idosos residentes em instituições de longa

permanência na cidade de Salvador-BA‖, desenvolvido pelo Centro de Estudos e

Page 49: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

49

Intervenção na Área de Envelhecimento (CEIAE) da Escola de Nutrição da

Universidade Federal da Bahia (ENUFBA).

4.2. CASUÍSTICA

4.2.1. Projeto “Avaliação Multidimensional dos Idosos Residentes em Instituições

de Longa Permanência na Cidade de Salvador-BA”

A obtenção da amostra ocorreu em três etapas. Na primeira etapa, listou-se todas

as ILPIs da zona urbana da cidade (29 ILPIs) e, em seguida, estas foram estratificadas

em 12 Distritos Sanitários (DS) (Figura 1), sendo identificadas ILPIs em dez desses DS.

Na segunda etapa, determinou-se o número de idosos por DS que iriam fazer parte do

estudo, sendo este proporcional à população total de idosos residentes em cada DS, o

que garantiu um poder de 80% para representar os idosos institucionalizados da cidade

de Salvador-BA considerando um nível de significância de 5%, totalizando 412 idosos

de ambos os sexos (Tabela 1). Na terceira etapa, as instituições foram selecionadas por

amostragem aleatória simples. Caso o número de idosos na primeira instituição

selecionada não atingisse o tamanho amostral determinado para garantir a

representatividade do distrito, uma segunda instituição era selecionada por sorteio, e

assim por diante, até o alcance do número de idosos definido.

Figura 1. Localização espacial dos 12 Distritos Sanitários da cidade de Salvador, Bahia,

2012.

Page 50: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

50

Tabela 1. Número de idosos institucionalizados e amostra calculada por Distrito

Sanitário da cidade de Salvador, Bahia, 2012.

Distritos Sanitários (DS) Número de idosos por

DS

Amostra Calculada

Itapagipe 235 78

Liberdade 15 5

Centro Histórico 220 73

Cabula/Beiru 29 10

Boca do Rio 10 3

Pau da Lima 95 32

Brotas 325 108

Subúrbio Ferroviário 177 59

Itapuã 93 31

Barra/Rio Vermelho 40 13

Total 1239 412

Para melhor entendimento, a seguir é apresentado o fluxograma (Figura 2) que

apresenta a amostra contemplada no artigo desenvolvido:

Figura 2. Fluxograma de obtenção da amostra do artigo ―Factors Associated with

Anemia in the Intitutionalized Elderly‖.

4.3. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

Foram considerados elegíveis a participar do estudo indivíduos de ambos os

sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em ILPIs, de caráter público,

filantrópico e privado, situadas na zona urbana da cidade de Salvador – BA, eque

Page 51: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

51

concordassem em participar da pesquisa, assinando ou registrando a impressão de suas

digitais no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice 1).

Os critérios de não elegibilidade para realização do exame de bioimpedância

foram: amputação de membro (s), presença de edema e/ou ascite, uso de desfibrilador

cardíaco ou marca-passo e impossibilidade aferição do peso (KYLE et al., 2004). Não

realizaram avaliação antropométrica aqueles com impossibilidade de locomoção e/ou

posicionamento para aferição das medidas necessárias.

4.4. COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada nas ILPIs, entre novembro de 2012 e outubro de

2013. Foram aplicados dois questionários aos idosos e/ou seus cuidadores, o primeiro

para verificar a situação funcional dos indivíduos e o segundo, previamente padronizado

e codificado (Apêndice 2), continham informações referentes às características

sociodemográficas e de saúde. Os idosos ainda foram submetidos à avaliação

antropométrica, bioimpedância e à coleta de sangue para realização de hemograma

completo, dosagem da glicemia de jejum e das concentrações de creatinina sérica. Uma

técnica de laboratório colheu o sangue por venopunção, com os participantes em jejum

de 12 horas, e as amostras sanguíneas foram transportadas para análise no laboratório da

Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia – UFBA.

A aplicação dos questionários foi realizada por uma equipe multidisciplinar

devidamente treinada, e os procedimentos de coleta dos dados foram padronizados,

como medida de controle da qualidade e consistência das informações.

4.5. VARIÁVEIS

4.5.1. Variável Dependente

4.5.1.1. Anemia

A análise do hemograma foi realizada utilizando o contador hematológico Cell

Dyn Ruby (Abbott Laboratories®, Illinois, Estados Unidos) pelo método de

Impedância. O diagnóstico e grau de anemia foram estabelecidos pelas concentrações de

Page 52: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

52

hemoglobina no sangue total, segundo os pontos de corte propostos pela OMS (WHO,

2011).

4.5.2. Caracterização da Anemia

Os parâmetros hematológicos utilizados para caracterização da anemia foram:

volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média

(HCM), e Red Cell Distribution Width (RDW). Adotou-se para estes os mesmos valores

de referência estabelecidos pelo laboratório: 80,0 - 99,0 fl para VCM, 31,5 - 35,5 %

para CHCM e 11,0-14,0% para RDW.

4.5.3. Covariáveis

4.5.3.1. Estado Nutricional

As covariáveis utilizadas para caracterização do estado nutricional foram, Índice

de Musculo Esquelético (IME) e Índice de Massa Corporal (IMC), as quais serão

descritas a seguir.

Índice de Massa Corporal

O IMC foi calculado conforme a fórmula proposta pela OMS (WHO, 1995) e

analisado segundo a classificação proposta pelo Nutrition Screening Initiative (2002):

baixo peso - < 22; eutrofia - 22 a <27; sobrepeso - 27 a < 30; obesidade - ≥30. O peso

foi aferido por meio uma balança portátil digital da marca Plenna (modelo Sport), com

capacidade máxima para 150 kg e precisão de 100g. Para determinação do peso corporal

o avaliado trajando o mínimo de vestimentas possível e descalço posicionou-se ereto e

imóvel no centro da balança, com o olhar fixo no horizonte e braços estendidos ao

longo do corpo (JELLIFE, 1966). Diante da impossibilidade de aferição do peso, este

foi estimado a partir da mensuração das circunferências da panturrilha (CP) e do braço

(CB), da altura do joelho (AJ) e da dobra cutânea subescapular (DCSE) utilizando as

seguintes equações (CHUMLEA et al., 1988):

Page 53: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

53

Mulheres: P (kg) = [1,27 x CP (cm)] + [0,87 x AJ (cm)] + [0,98 x CB (cm)] + [0,4 x

DCSE (cm)] - 62,35

Homens: P (kg)= [0,98 x CP(cm)] + [1,16 x AJ (cm)] + [1,73 x CB (cm)] + [ 0,37 x

DCSE (mm)]- 81,69

Para obtenção das medidas de CP e CB foi utilizada uma fita métrica inelástica

graduada em centímetro da marca TBW. Para a determinação da medida da CP foi

solicitado ao idoso que se posicionasse em decúbito dorsal, com a perna direita

formando um ângulo de 90º com a coxa na região do joelho, e em seguida a fita métrica

foi posicionada ao redor da região mais saliente da panturrilha sem fazer compressão. Já

para a CB, com o braço do idoso flexionado a 90º, foi marcado o ponto médio entre

ponto mais distal do processo acromial da escápula e a parte mais distal do olécrano, e

posteriormente, com o braço já estendido, circundou-se a fita métrica em cima do local

marcado (CALLAWAY et al., 1988).

A medida da AJ foi realizada com o idoso com a perna flexionada formando um

ângulo de 90º com o joelho. Utilizou-se um paquímetro, que teve sua parte fixa

posicionada embaixo do calcanhar do idoso e a haste móvel na rótula do joelho, com a

régua paralela a toda extensão da tíbia realizou-se a leitura no milímetro mais próximo

(CHUMLEA et al., 1985).

A DCSE foi obtida com auxílio do compasso da marca Lange, com precisão de

0,01mm. A medida foi realizada abaixo do ângulo inferior da escápula, formando um

ângulo de 45º entre a prega e a coluna vertebral (DURNIN; WOMERSLEY, 1974). A

estatura foi estimada a partir da medida da AJ, utilizando as equações propostas por

Chumlea et al. (1985):

Mulheres: A (cm) = [1,83 x AJ (cm)]-[0,24 x I (anos)]+ 84,88

Homens: A (cm) = [2,02 x AJ (cm)] - [0,04 x I (anos)]+ 64,19

Índice de Músculo Esquelético

O IME foi calculado segundo equação proposta por Janssen et al. (2004): massa

muscular (kg)/altura (m)². A Massa Muscular Esquelética (MME) foi estimada por

meio da medida da resistência coletada pelo aparelho de bioimpedância e posterior

aplicação da equação proposta por Janssen et al. (2000): massa muscular (kg) =

Page 54: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

54

[(altura em centímetros²/ resistência da BIA em ohms × 0,401) + (sexo × 3,825) + (-

0,071 × idade em anos)] + 5,102. Nessa equação, considera-se os valores de 1 e 0,

para os sexo masculino e feminino respectivamente.

O IME foi classificado em normal (homens > 10,76 kg/m; mulheres >6,76

kg/m2), sarcopenia moderada (homens 8,51 - 10,75 kg/m; mulheres 5,76- 6,75 kg/m

2) e

grave (homens ≤ 8,50 kg/m2; mulheres ≤ 5,75 kg/m

2) (JANSSEN, 2004).

Para estimativa da MME utilizou-se o aparelho de bioimpedância (BIA)

tetrapolar, marca Biodynamics modelo 450. As medidas foram realizadas por um cabo

tetrapolar disposto aos pares, fixados em dois eletrodos na mão e pé do lado direito do

corpo, observada a distância de 5 cm entre os eletrodos e realizada a higienização

préviadosseus locais de fixação com álcool (KYLE et al., 2004).

O teste foi realizado em temperatura ambiente, com o indivíduo deitado sobre

uma superfície não-condutora, na posição supina, com braços abduzidos do tronco a 30º

e pernas afastadas a 45º e o mesmo foi orientado a manter-se pelo menos cinco minutos

em repouso absoluto em posição supina antes de se efetuar a medida. Os participantes

do estudo foram orientados a seguir alguns procedimentos prévios, sem os quais os

resultados do exame poderiam ser comprometidos: jejum de no mínimo quatro horas,

não ingestão de bebidas alcoólicas nas 48h que antecedem o exame, esvaziar a bexiga

antes do teste, abstinência da pratica de exercício físico intenso nas ultimas oito horas

(KYLE et al., 2004) (Anexo 1).

4.5.3.2. Capacidade Funcional

Foi utilizada a escala original de Barthel (Anexo 2) (MAHONEY; BARTHEL,

1965) para mensurar a capacidade em desenvolver as Atividades de Vida Diária (AVD).

As informações para este instrumento deram-se pelo questionamento aos próprios

idosos e/ou cuidadores destes, sendo adotados os pontos de corte proposto por Azeredo

e Matos (2003): dependência total (0-20), dependência grave (21-60), dependência

moderada (61-90), dependência leve (91-99) e independência (100).

4.5.3.3. Diabetes Mellitus

A glicemia de jejum foi analisada pelo método enzimático de Trinder usando-se

aparelho BT 3000 Plus (Wienerlab®, Rosario, Argentina). De acordo com o critério

Page 55: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

55

sugerido Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus

(2003), para estudos epidemiológicos, o idoso foi considerado como tendo DM se sua

glicemia de jejum foi ≥ 126 mg / dL ou se fazia uso regular de insulina ou

hipoglicemiantes orais.

4.5.3.4. Hipertensão Arterial Sistêmica

A HAS foi definida como o uso regular de medicação anti-hipertensiva,

informação obtida por meio da aplicação do questionário padronizado ao idoso e/ou

cuidador.

4.5.3.5. Função Renal

A função renal foi avaliada por estimativa taxa de filtração glomerular (TFG), a

qual foi calculada usando a equação de Cockcroft e Gault (COCKCROFT; GAULT,

1976):

Homens: FG (ml/min)= [(140 – idade (anos)] x [peso] (kg) / [72 x Creatinina sérica

(mg/dl)]

Mulheres: FG (ml/min)= [140 - idade (anos)] x [peso (kg)] x 0,85 / [72 x Creatinina

serica (mg/dl)]

Foi realizada a correção da TFG para 1,73 m² de área de superfície corporal

(ASC) por meio da multiplicação do TFG obtida por 1,73/ASC. A ASC foi calculada de

acordo com a fórmula DuBois e Dubois (DUBOIS; DUBOIS, 1916): SC (m²) =

0,007184 x (altura em cm)0,725

x (peso em kg)0,425

.A disfunção renal definida como uma

TFG <60 mL/ min/1.73m², o que corresponde a fase 3 e 4 da doença renal segundo os

critérios da National Kidney Foundation / Kidney Disease Outcomes Quality (2002). A

creatinina sérica, dosada na mesma amostra sanguínea colhida para realização do

hemograma completo, foi analisada no aparelho BT 3000 Plus (Wienerlab®, Rosario,

Argentina), pelo método do picrato alcalino segundo a reação de Jaffé.

Page 56: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

56

4.5.3.6. Características Demográficas

As variáveis demográficas estudadas foram sexo e idade. Para definição da

idade, foi utilizada a diferença entre a data de entrevista e a data de nascimento

identificada mediante consulta do documento de identidade. A idade foi categorizada

em três intervalos: 60 à 69 anos, 70 à 79 anos e ≥ 80 anos.

4.5.3.7. Tempo de Institucionalização

O tempo de institucionalização foi obtido por meio da aplicação do questionário

codificado ao idoso e/ou seu cuidador, sendo categorizado nos seguintes intervalos: < 1

ano, 1┤5 anos, 5┤10 anos, 10┤20 anos, ≥ 20 anos.

5. PROCESSAMENTO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

A normalidade dos dados foi analisada pelos Teste de Kolmogorov- Smirnov

para todas as variáveis. As variáveis contínuas paramétricas foram descritas utilizando

média e desvio padrão, e as não paramétricas mediana e intervalo interquartil. Para as

variáveis categóricas foram apresentadas frequências absolutas e relativas. Para

verificar a diferença de médias entre os sexos das variáveis contínuas com distribuição

normal e não normal foram utilizados os Testes t de Student e U de Mann-Whitney,

respectivamente.

A correlação entre níveis de hemoglobina e covariáveis contínuas foi analisada

pelo teste de correlação de Spearman. O teste Qui quadrado de Pearson foi usado para

avaliar associação entre os grupos com e sem anemia e demais variáveis categóricas.

Para investigar a relação entre anemia e covariáveis, foi utilizado o modelo de

regressão de Poisson com variância robusta, estimando a razão de prevalência, e seus

respectivos intervalos de confiança a 95%. A modelagem multinível foi adotada devido

ao possível efeito de cluster referente à agregação das unidades de observação em

instituições. Os modelos de regressão foram construídos por meio do procedimento por

eliminação, partindo-se de uma equação completa para o modelo final reduzido -

stepwise backward.

Utilizou-se o software Stata versão 10.0 (Stata Corp, College Station, TX) para a

análise dos dados e adotou-se nível de significância de 5% para todas as análises.

Page 57: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

57

6. ASPECTOS ÉTICOS

Este projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Escola de Nutrição da

UFBA (CEPNUT) para avaliação da pertinência ética em atendimento à Resolução Nº

196/1996 sobre a pesquisa envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde

do Ministério da Saúde, sendo aprovado sob o parecer 11/2012 (Anexo 3).

Para a realização do estudo foi solicitada previamente a autorização das ILPIs,

por meio dos seus respectivos diretores e/ou responsáveis administrativos. A

participação do idoso no estudo foi voluntária, mediante assinatura ou impressão digital

no TCLE, no qual continha informações a respeito da pesquisa, seus objetivos e direitos,

sendo os participantes informados quanto aos procedimentos aos quais seriam

submetidos. O estudo não envolveu procedimentos de alto risco aos indivíduos e foi

assegurado o caráter anônimo dos indivíduos que decidiram participar. Todos os

direitos dos sujeitos foram reservados, garantindo-lhes a liberdade de participar ou

retirar seu consentimento no decorrer do trabalho.

Ao final, os resultados das avaliações foram apresentados às Instituições, sob a

forma de relatório. Além disso, ao identificar idosos em situações graves de saúde, a

Instituição foi informada sobre os devidos procedimentos e encaminhamentos

pertinentes, e nos casos em que havia a necessidade de atendimento com geriatra ou

nutricionista, o idoso foi encaminhado para os ambulatórios de Geriatria e de Nutrição

do Pavilhão José Francisco de Magalhães Netto/Hospital Universitário Professor Edgar

Santos – UFBA.

7. INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO DISPONÍVEL

O projeto foi desenvolvido pelo Núcleo de pesquisa CEIAE da Escola de

Nutrição da UFBA, contando com profissionais e estudantes de Nutrição, além de

profissionais e estudantes de Medicina da UFBA e Fisioterapia da Universidade do

Estado da Bahia (UNEB), uma enfermeira e um educador físico. O projeto contou ainda

com o apoio da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), seção Bahia.

A ENUFBA disponibilizou computadores, impressoras, aparelho de

Bioimpedância, espaço físico, telefone e projetor multimídia colaborando com a

operacionalização do trabalho.

Page 58: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

58

8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Quadro 1. Cronograma de execução do projeto.

ATIVIDADES 2012 2013

trimestre

trimestre

trimestre

trimestre

trimestre

trimestre

trimestre

Levantamento

bibliográfico x x x x x x x

Treinamento,

padronização

de técnicas e

estudo piloto

x

Coleta de

dados x x x x x x x

ATIVIDADES 2014 2015

trimestre

trimestre

trimestre

trimestre 1º trimestre

Levantamento

bibliográfico x x x x x

Tratamento

dos dados x x

Análise e

interpretação

dos dados

x

Produção de

artigo

científico

x x x

Elaboração do

Relatório

Final

x x

Revisão do

texto x

Defesa oral x

Page 59: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

59

REFERÊNCIAS

ANDRÈS, E.; FEDERICI, L.; SERRAJ, K. et al. Update of nutrient-deficiency anemia

in elderly patients. European Journal of Internal Medicine, v.19, n.7, p.488-493, nov.

2008.

ANDRÈS, E.; SERRAJ, K.; FEDERICI, L. et al. Anemia in elderly patients: New

insight into an old disorder. Geriatrics & Gerontology International, v. 13, n. 3, p.

519-527, jul. 2013.

ARAUJO, A. B.; WITTERT, G.A. Endocrinology of the aging male. Endocrinology &

Metabolism, v. 25, n. 2, p. 303-319, abr. 2011.

AZEREDO, Z.; MATOS, E. Grau de dependência em doentes que sofreram AVC.

Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa, v. 8, n. 4, p. 199-204. 2003.

BALDUCCI, L.; ERSHLER, W.B.; KRANTZ, S. Anemia in the elderly - Clinical

findings and impact on health. Critical Reviews in Oncology/Hematology, v. 58, n. 2,

p. 156-165, maio.2006.

BERLINER, N. Anemia in the elderly. Transactions of the American Clinical and

Climatological Association, v. 124, p.230-237, 2013.

BERTOLUCCI, P.H.F.; BRUCKI, S.M.D.; CAMPACCI, S. R. et al. O mini exame do

estado mental em uma população geral - impacto da escolaridade. Arquivos de Neuro-

Psiquiatria, v. 52, n. 1, p. 01-07, 1994.

BUSTI, F.; CAMPOSTRINI, N.; MARTINELLI, N. et al. Iron deficiency in the elderly

population, revisited in the hepcidin era. Frontiers in Pharmacology, v. 5, n.83, p. 1-9,

abr. 2014.

BRIANI, C.; TORRE, C. D.; CITTON, V. et al. Cobalamin Deficiency: Clinical Picture

and Radiological Findings. Nutrients, v. 5, n.11, p. 4521-4539, nov. 2013.

Page 60: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

60

BRUCKI, S.M.D.; NITRINI, R.; CARAMELLI, P.et al. Sugestões para o uso do mini-

exame do estado mental no Brasil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v.61, n.3B, p. 777-

781, set. 2003.

CALLAWAY, C. W.; CHUMLEA, W. C.; BOUCHARD, C. et al. Circumferences. In:

Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Anthropometric standardization reference

manual. Champaign (IL): Human Kinetics; 1988. p.39-54.

CARRIQUIRY, A. L. Estimation of usual intake distributions of nutrients and foods.

The Journal of Nutrition, v. 133, n.2, p. 601S-608S, fev. 2003.

CARVALHO, S. C.; CARVALHO, L. C.; FERNANDES, J. G. et al. Em busca da

equidade no sistema de saúde brasileiro: o caso da doença falciforme. Saúde e

Sociedade , v.23, n.2, p. 711-718, abr./jun. 2014.

CEREDA E; PEDROLLI, C,; ZAGAMI A et al. Body mass index and mortality in

institutionalized elderly. Journal of the American Medical Directors Association, v.

12, n.3, p. 174-178, mar. 2011.

CHOBANIAN, A. V.; BAKRIS, G. L.; BLACK, H. R. et al. National Heart, Lung, and

Blood Institute Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and

Treatment of High Blood Pressure; National High Blood Pressure Education Program

Coordinating Committee. The Seventh Report of the Joint National Committee on

Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: the JNC 7

report, JAMA, v.42, p. 2560–2572. 2003.

CHUMLEA, C.; GUO, S.; ROCHE, A. F.; STEINBAUGH, M.L. Estimating stature

from knee height for persons 60 to 90 years of age. Journal of the American

Geriatrics Society, v.33, n.2, p.116-120, fev. 1985.

CHUMLEA, C.; GUO, S.; ROCHE, A. F.; STEINBAUGH, M.L. Prediction of body

weight for the non ambulatory elderly from anthropometry. Journal of The American

Dietetic Association, v.88, n.5, p. 564-568, maio. 1988.

Page 61: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

61

COCKCROFT, D.W.; GAULT, M. H. Prediction of creatinine clearance from serum

creatinine. Nephron, v.16, n.1, p.31-41, 1976.

COUSSIRAT, J. Prevalência de deficiência de vitamina B12 e ácido fólico e sua

associação com anemia em idosos atendidos em hospital universitário. Dissertação

(Mestrado em Gerontologia Biomédica) – Programa de Pós-Graduação em

Gerontologia Biomédica, Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.

DUBOIS, D.; DUBOIS, E. D. A formula to estimate the approximate surface

area if height and weight are known. Archives of Internal Medicine, p. 863-871, 1916.

DURNIN, J. V. G. A.; WOMERSLEY, J. Body fat assessed from total body density and

its estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged

from 16 to 72 years. British Journal of Nutrition, v. 32, n.1, p. 77-97, jul.1974.

ERSHLER, W. Biological Interactions of Aging and Anemia: A Focus on Cytokines.

Journal of the American Geriatrics Society, v. 51, n. 3s, mar. 2003.

EISENSTAEDT, R.; PENNINX, B. W.J.H.; WOODMAN, R. C. Anemia in the elderly:

Current understanding and emerging concepts. Blood Reviews, v. 20, n.4, p.213-226,

jul. 2006.

EXPERT COMMITTEE ON THE DIAGNOSIS AND CLASSIFICATION OF

DIABETES MELLITUS. Report of the Expert Committee on the Diagnosis and

Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care, v. 26, p. S5-S20, jan.2003.

GABRILOVE, J. Anemia and the elderly: clinical considerations. Best Practice &

Research Clinical Haematology, v.8, n. 3, p. 417-422, set. 2005.

GROTTO, H. Z. W. Metabolismo do ferro: uma revisão sobre os principais mecanismos

envolvidos em sua homeostase. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia,

v.30, n.5, p. 390-397, 2008.

Page 62: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

62

GUALANDRO, S. F. M.; HOJAIJ, N. H. S. L.; JACOB FILHO, W. Iron deficiency in

the elderly. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v.32, n.2, p. 57-64,

jun. 2010.

GURALNIK, J. M.; ERSHLER, W. B.; SCHRIER, Stanley L. S. et al. Anemia in the

Elderly: A Public Health Crisis in Hematology. American Society of Hematology

Education Program, p.528-532, 2005.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores Sociais

Municipais 2010: Uma análisedos resultados do universo do Censo Demográfico

2010. Rio de Janeiro: IBGE.

JANSSEN, I.; HEYMSFIELD, S.B; BAUMGARTNER, R. N, et al. Estimation of

skeletal muscle mass by bioelectrical impedance analysis. Journal of Applied

Physiology, v. 89, n.2, p. 465–71, ago. 2000.

JANSSEN, I.; BAUMGARTNER, R. N.; ROSS, R. et al. Skeletal Muscle Cutpoints

Associated with Elevated Physical Disability Risk in OlderMen and Women. American

Journal of Epidemiology, v. 159, n. 4, p.413-421, fev. 2004.

JELLIFE, D.B. The assessment of the nutritional status of the community. Geneva:

WHO; 1966.

KHEIR, F.; HADDAD, R. Anemia in the Elderly. Disease-a-Month, v. 56, n. 8, p. 456-

467, ago. 2010.

KYLE, U. G. ; BOSAEUS, I. ; DE LORENZO, A. D. et al. Bioelectrical impedance

analysis - part II: utilization in clinical practice. Clinical Nutrition, v. 23, n. 6, p. 1430-

1453, dez. 2004.

LEUVEN, K. A. V. Population Aging: Implications for Nurse Practitioners. The

Journal for Nurse Practitioners, v. 8, n.7, p. 554-559, jul.- ago. 2012.

Page 63: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

63

LUNENFELD, B.; STRATTON, P.The clinical consequences of an ageing worldand

preventive strategies. Best Practice & Research Clinical Obstetrics and

Gynaecology, v. 27, n.5, p. 643-659, 2013.

MACÊDO, V.F; CORREIA, L.O.; SCORALICK, F.M. et al. Prevalência de anemia em

idosos de instituição de longa permanência em Brasília/DF. Geriatria & Gerontologia,

v.5, n.4, p.214-219, 2011.

MAHONEY, F.I.; BARTHEL, D.W. Functional evaluation: the Barthel Index.

Maryland State Medical Journal, v. 14, p. 56-61, 1965.

MORLEY, J.E. Anemia in the Nursing Homes: A Complex Issue. Journal of the

American Medical Directors Association, v. 13, n. 3, p.191-194, mar. 2012.

NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. K/DOQI clinical practice guidelines

forchronic kidney disease: evaluation, classification, and stratification. American

Journal of Kidney Diseases, p. S1–S266, fev. 2002.

NAZKI, F. H.; SAMEER, A. S.; GANAIE, B. H. Folate: Metabolism, genes,

polymorphisms and the associated diseases. Gene, v. 533, n. 1, p. 11-20, jan. 2014.

NUNES, A. O Envelhecimento Populacional e as despesas do Sistema Único de Saúde.

In: CAMARANO, A. A. (Org.). Os novos idosos brasileiros - Muito além dos 60?.

Rio de Janeiro: IPEA, 2004. p. 427-450.

NUTRITION SCREEENING INITIATIVE (NSI-2002). A Physician's Guide to

Nutrition in Chronic Disease Management for Older Adults.Leawood (KS): American

Academy of Family Physicians; 2002.

ONEM, Y.; TEREKECI, H.; KUCUKARDALI, Y. et al. Albumin, hemoglobin, body

mass index, cognitive and functional performance in elderly persons living in nursing

homes. Archives of Gerontology and Geriatrics, v. 50, n. 1, p. 56-59, jan.-fev. 2010.

Page 64: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

64

PICKERING, T. G., HALL, J.E.; APPEL, L.J. et al. Recommendations for blood

pressure measurement in humans and experimental animals: part 1: blood pressure

measurement in humans: a statement for professionals from the Subcommittee of

Professional and Public Education of the American Heart Association Council on High

Blood Pressure Research. Circulation, v.111, n.5,p. 697–716, fev.2005.

POLIN, V.; CORIAT, R.; PERKINS, G. et al.Iron deficiency: From diagnosis to

treatment. Digestive and Liver Disease, v. 45, n.10, p. 803-809, out. 2013.

POGGIALI, E.; AMICIS, M. M.; MOTTA, I. Anemia of chronic disease: A unique

defect of iron recycling for many different chronic diseases. European Journal of

Internal Medicine, v.25, n.1, p.12-17, jan. 2014.

ROBINSON, B. Cost of Anemia in the Elderly. Journal of the American Geriatrics

Society, v.51, n.3s, p. 14-17, mar. 2003.

ROCHAT, S,; MONOD, S.; SEEMATTER-BAGNOUD, L.et al., Fallers in Postacute

Rehabilitation Have Worse Functional Recovery and Increased Health Services Use.

Journal of the American Medical Association Administração, v. 14, n.11, p. 832-

836, nov. 2013.

SABOL, V. K.; RESNICK, B.; GALIK, E. et al. Anemia and its impact on function in

nursing home residents: What do we know?. Journal of the American Academy of

Nurse Practitioners, v. 22, n. 1, p. 3-16, jan. 2010.

SLATER, B.; MARCHIONI, D. L.; FISBERG, R.M. Estimando a prevalência da

ingestão inadequada de nutrientes. Revista de Saúde Pública, v. 38, n.4, p.599-605,

ago. 2004.

THOMAS, D. R. Anemia in Diabetic Patients. Clinics in Geriatric Medicine, v. 24,

n.3, p. 529–540, ago. 2008.

URRUTIAA, A.; SACANELLAC, E.; MASCARO, J. et al. Anemia em el anciano.

Revista Española de Geriatría y Gerontología, v.45, n.5, p.291-297, set.-out. 2010.

Page 65: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

65

UEHARA, S. K.; ROSA, G. Associação da deficiência de ácido fólicocom alterações

patológicas e estratégiaspara sua prevenção: uma visão crítica, Revista de Nutrição, v.

23, n.5, p. 881-894, set.-out. 2010.

VANASSE, G. J.; BERLINER, N. Anemia in Elderly Patients: An Emerging Problem

for the 21st Century. American Society of Hematology, p.271-275, 2010.

VARELA-MOREIRAS, G.; MURPHY, M. M.; SCOTT, J. M. Cobalamin, folic acid,

and homocysteine. Nutrition Reviews, v. 67, p. S69-S72, maio. 2009.

VOLPINI, M.M.; FRANGELLA, V.S. Avaliação nutricional de idosos

institucionalizados. Einstein, v. 11, n.1, p.32-40, jan.-mar. 2013.

WEINSTEIN, D. A.; ROY, C. N.; FLEMING, M. D. et al. Inappropriate expression of

hepcidin is associated with iron refractory anemia:implications for the anemia of

chronic disease. The American Society of Hematology, v. 100, n.10, p. 3776-3781,

nov.2002.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Phisycal status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva, Switzerland: WHO, 1995. (WHO Technical Report

Series, n. 854).

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Iron Deficiency Anaemia: Assessment,

Prevention and Control – Aguide for programme managers. Geneva, Switzerland:

World Health Organization; 2001.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Worldwide prevalence of anaemia 1993-

1995: WHO Global Database on Anaemia. Geneva: World Health Organization;

2008.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Haemoglobin concentrations for the

diagnosis of anaemia and assessment of severity. Vitamin and Mineral Nutrition

Information System. Geneva: World Health Organization; 2011.

Page 66: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

66

PRODUÇÕES CIENTÍFICAS

Artigos Científicos:

Co-autoria no artigo ―Nutritional Status of Students from a rural área in Sao Tome and

Príncipe – Africa‖, submetido ao periódico Plos One (qualis A1, fator de impacto

3.534).

Co-autoria no artigo ―Fatores Associados à Sarcopenia em Idosos Institucionalizados‖,

o qual será submetido a Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho

Humano (qualis B1).

Apresentação de Trabalhos na Modalidade Pôster:

SILVA, E. C., EICKEMBERG, M., RIBEIRO, R. S. S., MOREIRA, P. A., MELLO, A.

L. Massa Muscular de Idosos Institucionalizados Estimada pela Bioimpedância:

Distribuição em Percentis. VII Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia.

Fortaleza/CE. 2013.

SOUZA, M. A. N., SILVA, E. C., ANASTACIO, C. C., RORIZ, A. K. C. Nível de

Atividade Física e Capacidade Funcional de Idosos Institucionalizados na Cidade de

Salvador-BA. VII Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia. Fortaleza/CE.

2013.

Co-Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso:

Naina Cardoso Vieira. "Prevalência de Anemia em Idosos Institucionalizados na Cidade

de Salvador-BA". 2013. (Graduação em Nutrição – UFBA).

Participação de Banca de Trabalho de Conclusão de Curso

Andrea Jacqueline Fortes Ferreira. Avaliação do Ângulo de Fase da Bioimpedância

Elétrica em Idosos Residentes em ILPIs na Cidade de Salvador-BA. 2013. (Graduação

Page 67: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

67

de Nutrição –UFBA).

Andrea Santana Reis. Estado Nutricional e Uso de Medicamentos em Idosos

Institucionalizados de Salvador-BA. 2014. (Graduação de Nutrição – UFBA).

Fernanda Moura Bacha. Hipersensibilidade Não-Celíaca ao Glúten: Um Novo Contexto

para uma Dieta Isenta de Glúten. 2014. (Graduação de Nutrição –UFBA).

Page 68: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

68

PERSPECTIVAS FUTURAS

Um segundo artigo está em desenvolvimento e incluíra a variável de ingestão

alimentar, não abordada neste trabalho. O artigo intitulado ―Ingestão de Nutrientes

Hematopoiéticos e Padrão Alimentar de Idosos Institucionalizados com e sem Anemia‖,

terá o objetivo de avaliar a ingestão de nutrientes com atividade hematopoiética e

identificar o padrão alimentar dos idosos institucionalizados com e sem anemia da

cidade de Salvador-BA, contribuindo dessa maneira para o aprofundamento de

conhecimentos acerca dessa condição tão prevalente na população idosa

institucionalizada.

Outra perspectiva é dar continuidade a escrita do capítulo do livro intitulado

―Nutrição do Adulto‖, que fará parte da segunda edição do livro de avaliação nutricional

da Coleção Sala de Aula, sob autoria da Profa Dr

a Lilian Barbosa Ramos.

Page 69: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

69

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE NUTRIÇÃO

PROJETO DE PESQUISA: AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DOS IDOSOS RESIDENTES

EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR-BA.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ..........................................................................................................., fui procurado(a)

pela pesquisadora ______________________________________da Escola de Nutrição

da Universidade Federal da Bahia, quando fui informado (a) sobre o objetivo da

pesquisa, sob a coordenação da professora Lílian Ramos Sampaio, com o titulo acima

citado. O objetivo principal desta pesquisa é o de avaliar como está a minha saúde,

estilo de vida e alimentação e isto será verificado por diferentes equipes de profissionais

de saúde. Foi colocada a importância deste estudo uma vez que pretende avaliar as

condições de vida, saúde e nutrição dos moradores de casa de longa permanência na

cidade de Salvador- BA. Foi explicado que, para a realização das medidas

antropométricas, eu terei que vestir roupas finas e leves e que uma das equipes irá

acompanhar toda a minha alimentação. A pesquisadora deixou claro que caso eu desista

de participar em qualquer fase da pesquisa, não terei prejuízo e que, caso eu necessite de

algum tratamento, serei encaminhado(a) para acompanhamento. Segundo as

informações prestadas, a pesquisa consta de levantamento de meus dados pessoais,

demográficos, avaliação clínica, antropométrica (peso, circunferências da cintura e

panturrilha, comprimento da perna, pregas cutâneas triciptal, subescapular, bibiptal e

suprailíaca e o diâmetro do abdômen), bioquímica, no qual ficarei em jejum de 12 horas

para realização da coleta de sangue (Glicemia, Colesterol total e frações, Triglicerídeos,

Uréia, Ácido úrico, potássio, hemograma, albumina, Proteínas totais e globulina) e de

urina (sódio urinário), avaliação da alimentação, do nível de dependência e da atividade

física. Foi garantido que receberei os resultados de todos os exames realizados durante a

Page 70: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

70

pesquisa para acompanhamento e/ou tratamento, além de receber assistência médica e

nutricional prestada por um dos ambulatórios de Nutrição do anexo Profº Francisco

Magalhães Neto do HUPES. Foi dito também que a pesquisa não acarretará danos,

prejuízos, desconfortos ou lesões que possam por em risco a minha integridade física e

psíquica e que todas as informações sobre a minha pessoa serão mantidas em sigilo, e

não poderei ser identificado como participante da pesquisa. Também fiquei ciente de

que caso tenha alguma 158 reclamação a fazer deverei procurar a professora Lilian

Ramos Sampaio ou o Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Nutrição da UFBA

(Rua Araújo Pinho, 32, Canela CEP: 40.110-150 Salvador, Bahia, Brasil Tel: 71-3283-

7700/7704. Fax: 71-3283-7705) Assim, considero-me satisfeito(a) com as explicações

da pesquisadora e concordo em participar como voluntário(a) deste estudo.

COMO TENHO DIFICULDADE PARA LER (SIM........ NÃO ....... ), O ESCRITO

ACIMA. ATESTO TAMBÉM QUE O PESQUISADOR LEU PAUSADAMENTE

ESSE DOCUMENTO E ESCLARECEU AS MINHAS DÚVIDAS, E COMO TEM A

MINHA CONCORDÂNCIA PARA PARTICIPAR DO ESTUDO, COLOQUEI

ABAIXO A MINHA ASSINATURA ( OU IMPRESSÃO DIGITAL).

SALVADOR , DE DE 2012

PESQUISADO:

NOME.......................................................................................................

ASSINATURA:..........................................................................................

IMPRESSÃO DATILOSCÓPICA (Quando se aplicar)

TESTEMUNHAS:

1. NOME:.................................................................................................

ASSINATURA:.........................................................................................

2. NOME:.................................................................................................

ASSINATURA:.........................................................................................

...................................................................

ASSINATURA PESQUISADOR

Page 71: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

71

APÊNDICE II - Questionário Padronizado

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE NUTRIÇÃO

CENTRO DE ESTUDO E INTERVENÇÃO NA ÁREA DO

ENVELHECIMENTO - CEIAE

PESQUISA: AVALIAÇAO MULTIDIMENSIONAL DOS IDOSOS

RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DE

SALVADOR-BA

COORDENAÇÃO: LÍLIAN BARBOSA RAMOS E ADRIANA LIMA MELLO

As informações contidas neste questionário permanecerão confidenciais.

IDENTIFICAÇÃO

Número do questionário: _______________

Nome do Entrevistado: ______________________________________________

Nome do Cuidador: _________________________________________________

Nome da Instituição: ________________________________________________

Bairro: ________________________Telefone: ___________________________

Nome do entrevistador: ______________________________________________

Data da entrevista: __________________________________________________

INFORMAÇÕES GERAIS

1. Sexo

Masculino (1) Feminino (2)

2. Raça/cor

Branca (1) Negra (2) Amarela (3) Indígena (4) Parda/mulata (5)

Outros (10) Qual?______________________

3. Quantos anos o(a) Sr(a) tem? (Idade em anos) ____________

4. Data de nascimento: _____/______/_______

5. Naturalidade:(cidade, estado)________________________

6. Qual a sua escolaridade máxima completa?

Não alfabetizado (1) Alfabetizado (2) Estudo doméstico (3)

Primeiro grau incompleto – primário (4) Primeiro grau completo – primário (5)

Primeiro grau incompleto – ginásio (6) Primeiro grau completo – ginásio (7)

Page 72: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

72

Segundo grau incompleto (8) Segundo grau completo (9)

Superior incompleto (11) Superior completo (12)

Não sabe (77) Sem informação (99)

7. Qual o seu estado civil atual?

Solteiro (1) Casado/união estável (2) Viúvo (3) Desquitado/separado/divorciado (4)

Sem informação (99)

8. Qual é sua religião?

Católica (1) Protestante/evangélica (2) Espírita (3) Judaica (4)

Afro-brasileira (5) Não tem religião (6)

Outros (10) Qual? _________________

Não sabe (77) Sem informação (99)

9. É praticante da religião?

Sim (1) Não (2) Não se aplica (88)

10. Qual a atividade atual do(a) Sr(a)?

Trabalho doméstico (1) Trabalho eventual/biscate (2)

Trabalho voluntário/atividade associativa (3)

Trabalho remunerado com carteira profissional (4)

Trabalho remunerado sem carteira profissional (5) Empregador (6)

Autônomo (7) Desempregado (8) Em benefícios/LOAS (9) Aposentado (11)

Vive de renda ou pensão (12) Outros (10) Qual?____________________

Sem informação (99)

11. Se aposentado, qual foi o motivo da aposentadoria?

Tempo de serviço (1) Idade (2) Problema de saúde (3) Acidente (4)

Aposentadoria especial (5) Não está aposentado (6)

Outros (10) Qual?______________

Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

INSTITUCIONALIZAÇÃO E RELAÇÕES FAMILIARES

12. Há quanto tempo (em meses) o(a) Sr(a) mora na instituição?

__________________ (SABER PELA INSTITUIÇÃO)

13. O(a) Sr.(a) recebe visitas?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)

14. Se sim, de quem?

Cônjuge/companheiro (1) Filho(a)/filhos(as) (2) Neto(a)/netos(as) (3)

Parentes (4) Amigos (5) Vizinhos (6) Outros (10) Qual?_________________

Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

RECURSOS DE SAÚDE

15. Havendo a necessidade de serviços de saúde, que tipo de serviço procura em 1º

lugar:

Page 73: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

73

Unidade básica do SUS (1) Hospital público (2) Hospital particular (3)

Hospital/convênio (4) Médico particular (5) Farmacêutico (6)

Balconista da farmácia (7) Auto-medicação (8)

Outros (10) Qual?____________________

Não sabe (77) Sem informação (99)

DADOS DE ESTILO DE VIDA

16. O(a) Sr(a) fuma?

Sim (1) Não (2)

17. Com que freqüência o(a) Sr(a)fuma?

Final de semana (1) Esporadicamente (2) Diariamente (3)

Outros (10) Qual? ________________Não se aplica (88) Sem informação (99)

18. Se não fuma, é ex-fumante?

Sim (1) Não (2)Não se aplica (88) Sem informação (99)

19. Se ex-fumante, por quanto tempo o(a) Sr(a)fumou?

Menos de 5 anos (1) 5-10 anos (2) 10-20 anos (3) 20-30 anos (4)

Mais de 30 anos (5) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

20. O(a) Sr(a) consome bebida alcoólica?

Sim (1) Não (2)

21. Com que frequência

Final de semana (1) Esporadicamente (2) Diariamente (3)

Outros (10) Qual? _________________Não se aplica (88) Sem informação (99)

22. Se não bebe, já bebeu anteriormente?

Sim (1) Não (2) Não se aplica (88) Sem informação (99)

23. A instituição oferece alguma atividade física?

Sim (1) Não (2) Não se aplica (88) Sem informação (99)

24. Se sim, qual? __________________________________

25. Com que frequência?

1 vez/semana (1) 2 vezes/semana (2) 3 vezes/semana (3)

4 vezes/semana (4) 5 vezes ou mais/semana (5)

Não sabe (77) Sem informação (99)

SAÚDE FÍSICA

26. Em geral, como o(a) Sr(a)acredita que está a sua saúde?

Ótima (1) Boa (2) Ruim (3) Péssima (4)

Não sabe (77) Sem informação (99)

27. Em comparação com os últimos cinco anos, como é a sua saúde hoje?

Melhor (1) Mesma coisa (2) Pior (3) Não sabe (77) Sem informação (99)

Page 74: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

74

28. O(a) Sr(a)realizou alguma consulta médica no último ano?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)

29. O(a) Sr(a)ficou internado no último ano?

Sim, uma vez (1) Sim, duas vezes(2) Sim, três vezes (3)

Sim, mais de três vezes (4) Não (5)

Não sabe (77) Sem informação (99)

30. Se ficou internado, qual o motivo de internamento?

Doença (1) Acidente (2) Outros (10) Qual? ___________________

Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

31. a) PARA MULHERES: Realizou consulta com ginecologista no último ano?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

b) PARA HOMENS: Realizou consulta com urologista no último ano?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

32. O (a) Sr(a) usa medicação diariamente?

Sim (1) Não (2) Sem informação (99)

33. Quantos remédios o (a) Sr(a) toma por dia?

Um (1) Dois (2) 3-5 (3) Mais de 5 (4)

Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

34. Quais?(SABER DA INSTITUIÇÃO)

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Anti-hipertensivo (1) Hipoglicemiante (2) Hipolipemiante (3)

Anti-depressivo (4) Anti-coagulante (5) Anti-inflamatório (6)

Outros (10)

PROBLEMAS DE SAÚDE

(SABER DA INSTITUIÇÃO)

35. O(a) Sr(a) tem Hipertensão Arterial?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

36. O(a) Sr(a) teve AVC comseqüelas?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

37. O(a) Sr(a)teve AVCsemseqüelas?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

38. O(a) Sr(a) tem Angina (dor no peito)?

Page 75: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

75

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

39. O(a) Sr(a) teve Infarto do miocárdio?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

40. O(a) Sr(a) tem Arritmia?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

41. O(a) Sr(a) tem Insuficiência cardíaca?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

42. O(a) Sr(a) tem Diabetes Melitus?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

43. O(a) Sr(a) tem Dislipidemia (colesterol ou triglicérides elevado)?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

44. O(a) Sr(a) tem Osteoporose?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

45. O(a) Sr(a) tem Problema na coluna?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

46. O(a) Sr(a) tem algum problema nos joelhos?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

47. O(a) Sr(a) tem algum outro problema nas articulações? __________________

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

48. O(a) Sr(a) tem ou teve Tuberculose?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

49. O(a) Sr(a) tem Gastrite ou úlcera?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

50. O(a) Sr(a) tem Obstipação (intestino lento)?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

Page 76: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

76

51. O(a) Sr(a) tem Incontinência fecal?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

52. O(a) Sr(a) tem Incontinência Urinária?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

53. O(a) Sr(a) tem ou teve Câncer?

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

54. O(a) Sr(a) tem ou teve outras doenças? _____________________

Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

RISCO DE QUEDA

55. O(a) Sr(a) sofreu alguma queda (tombo) nos últimos 3 meses?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)

56. O(a) Sr(a) pôde se levantar sozinho do chão?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

57. Em que local o senhor caiu?

Na Instituição (1) Fora da Instituição (2) Onde? _______________________

Não se aplica (88) Sem informação (99)

58. Teve necessidade de ser hospitalizado depois dessa queda?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

59. Depois dessa queda o(a) Sr(a)deixou de realizar alguma atividade?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)

CONSUMO ALIMENTAR

60. Como está o seu apetite atual?

Diminuído (1) Normal (2) Aumentado (3)

Não sabe (77) Sem informação (99)

61. Você tem alguma dificuldade para mastigar os alimentos?

Sim, qualquer alimento (1) Sim, alimentos mais firmes (2) Não (3)

Sem informação (99)

62. Você tem alguma dificuldade para engolir os alimentos?

Sim (1) Não (2)

63. Quais as refeições realizadas na Instituição?

Café da manhã (1) Lanche da manhã (2) Almoço (3) Lanche da tarde (4)

Page 77: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

77

Jantar (5) Ceia (6) Não realiza refeições na instituição (7)

Sem informação (99)

64. Faz alguma refeição fora da Instituição, regularmente?

Sim, Café da manhã (1) Sim, Lanche da manhã (2) Sim, Almoço (3)

Sim, Lanche da tarde (4) Sim, Jantar (5) Sim, Ceia (6)

Não realiza refeições fora da instituição (7) Sem informação (99)

65. O(a) Sr(a)compra alimentos fora para consumo regular na Instituição?

Sim (1) Não (2) Sem informação (99)

66. Como você avalia o cardápio da Instituição em relação a:

a) Temperatura

Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)

Não sabe (77) Sem informação (99)

b) Sabor

Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)

Não sabe (77) Sem informação (99)

c) Aparência

Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)

Não sabe (77) Sem informação (99)

d) Textura

Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)

Não sabe (77) Sem informação (99)

e) Diversidade

Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)

Não sabe (77) Sem informação (99)

67. O(a) Sr(a)utiliza adoçante?

Sim (1) Não (2)

68. Se sim, qual o tipo e quanto tempo começou a usar? ____________________

AVALIAÇÃO CLÍNICA

Morbidade diagnosticada:

68. HipertensãoSim (1) Não (2)

69. Diabetes Sim (1) Não (2)

70. HipercolesterolemiaSim (1) Não (2)

71. Dislipidemia mista Sim (1) Não (2)

72. Outros:_______________________________________________________

Page 78: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

78

73. Apresentou Hipotensão postural?

Sim (1) Não(2) Sem informação (99)

EXAMES BIOQUÍMICOS

1. Glicose:

2. Colesterol total:

3. HDL:

4. LDL:

5. VLDL:

6. Triglicerídeos:

7. Sódio sérico:

7. Potássio:

8. Uréia:

9. Hemograma:

10. Proteínas totais:

11. Albumina:

12. TSH

13. TGO

14. TGP

ANTROPOMETRIA

1. Peso (Kg)

2. Altura(cm)

3. Cintura(cm)

4. Altura do Joelho(cm)

5. Diâmetro abdominal(cm)

PRIMEIRA MEDIDA DA PA Posição 1

PAS pas1 [_____]

PAD pad1 [_____]

SEGUNDA MEDIDA DA PA Posição 2

PAS pas1 [_____]

PAD pad1 [_____]

Page 79: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

79

6. Circunferência da Panturrilha (cm)

7. PCT

8. PCSE

9. PCSI

10. PCB

11. Circunferência do Braço (cm)

74. Falta algum braço, mão, perna, pé (OBSERVAR)?

Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)

BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA

O idoso avaliado necessidade de encaminhamento para: _________________________

______________________________________________________________________

1. Gordura corporal total (%)

2. Massa corporal magra(kg)

3. Percentual de Hidratação

4. Resistência

5. Reactância

6. Ângulo de fase

Page 80: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

80

ANEXOS

ANEXO 1 - Protocolo de Procedimento para Bioimpedância Elétrica (BIA)

Procedimento para paciente:

Utilizar roupas leves, de preferência roupas de ginástica;

Não comer ou beber a menos de 4 horas do teste;

Não fazer exercício/sauna a menos de 12 horas do teste;

Urinar a menos de 30 minutos do teste;

Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste;

Não tomar medicamentos diuréticos a menos de 7 dias;

Mulheres com retenção de líquidos não devem realizar o teste.

Page 81: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

81

ANEXO 2 - Escala de Barthel

ATIVIDADE PONTUAÇÃO

ALIMENTAÇÃO

0= incapacitado

5= precisa de ajuda para cortar, passar manteiga, etc, ou dieta

modificada

10= independente

BANHO

0= dependente

5= independente (ou no chuveiro)

ATIVIDADES ROTINEIRAS

0= precisa de ajuda com a higiene pessoal

5= indepentente rosto/cabelo/ dentes/ barbear

VESTIR-SE

0=dependente

5= precisa de ajuda, mas consegue fazer uma parte sozinho

10= independente (incluindo botões, zipers, laços, etc.)

INTESTINO

0= incontinente (necessita de enemas)

5= acidente ocasional

10= continente

SISTEMA UTINÁRIO

0= incontinente, ou cateterizado e incapaz de manejo

5= acidente ocasional

10= continente

USO DO TOILET

0= dependente

5= precisa de alguma ajuda parcial

10= independente (pentear-se, limpar-se)

TRANSFERÊNCIA (DA CAMA PARA A CADEIRA E

VICE VERSA)

0= incapacitado, sem equilíbrio para ficar sentado

5= muita ajuda (uma ou duas pessoas, física), pode sentar

10= pouca ajuda (verbal ou física)

15= independente

MOBILIDADE (EM SUPERFICIES PLANAS)

0= imóvel ou < 50 metros

5= cadeira de rodas independente, incluindo esquinas, > 50

metros

10=caminha com a ajuda de uma pessoa (verbal ou física) > 50

metros

15= independente (mas pode precisar de alguma ajuda; como

exemplo, bengala) > 50 metros

ESCADAS

0= incapacitado

5= precisa de ajuda (verbal, física ou ser carregado)

10= independente

Page 82: ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA ...§ão_Nut... · parte burocrática do curso. Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho

82

ANEXO 3 - Formulário de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa