ancoras e fuzis (30)

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1 - Ano VI - N o 30 02 de agosto de 2005 Editorial Palavras do Comandante-Geral O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais apre- senta a 30ª edição de seu periódico Âncoras e Fuzis e ressalta a importância de sua ampla veiculação em todos os círculos hierárquicos das OM de Fuzileiros Navais. Este instrumento de divulgação de conheci- mentos, além de conter uma variada gama de infor- mações de interesse de todo o profissional da Guerra Anfíbia, serve, também, para estimular o estudo de te- mas de interesse e fomentar o treinamento de habilidades táticas e a prática de processos decisórios sumários. Nesta edição, abordaremos os seguintes temas: o emprego do CLAnf na atualidade, UNIMOG - uma lenda alemã, o Corpo de Fuzileiros Navais da Tailândia. Além desses, publica-se, também, um novo artigo sobre condicionamento físico, desta vez sobre a importância do TFM no preparo operativo das Forças Armadas. A coluna “Palavras do Comandante-Geral” aborda a prontificação de um DstSegEmb para possível emprego na Bolívia, a recente aprova- ção para aquisições de material para o GptFN HAITI, definindo a nova silhueta do Fuzileiro Naval, e a visita ao GptFNSa. A coluna Atlântico Sul traz um artigo sobre Ilha de Santa Helena. Na coluna Guerra de Manobra, dois importantes conceitos são abordados. Esta edição traz também uma chamada para os assuntos que estão em voga nos princi- pais periódicos especializados em temas militares. As colaborações poderão ser enviadas da seguinte forma: respon- dendo às situações descritas na coluna DECIDA; remetendo sua inter- pretação sobre o tema sugerido na coluna PENSE; ou enviando pequenos artigos sobre temas técnicos ou táticos que sejam de interesse do comba- tente anfíbio. Envie sua contribuição diretamente ao Departamento de Pesquisa e Doutrina do Comando-Geral pelo MBMail (3002@comcfn), Lotus Notes (cgcfn-3002/comcfn/mar), internet (maantunes@- cgcfn.mar.mil.br) ou pelo Serviço Postal da Marinha. ADSUMUS! ATIVAÇÃO DO DstSegEmbBOLÍVIA Com o propósito de garantir a segurança do nosso Corpo Di- plomático em La Paz, Bolívia, e proteger as instalações da Chancelaria e da Embaixada (Residência do Embaixador do Brasil) e, ainda, garantir a segurança e evacuar os brasileiros que desejassem abandonar aquele país, a Marinha recebeu a tarefa de empregar, de maneira emergencial e temporária, Fuzileiros Navais, com um efetivo de 19 militares armados e equipados. Mais uma vez, a estrutura de comando possibilitou res- ponder prontamente. A partir do acionamento, houve uma seleção entre os militares que haviam concluído o Curso Especial para Des- tacamento de Segurança em Embaixadas. Uma vez selecio- nados, foram rapidamente reunidos no Batalhão Naval. As ações administrativas previstas como inspeção de saúde para missão no exterior, avaliação social, vacina- ção, emissão de passaportes e recebimento de unifor- mes (com a Bandeira Nacional e a inscrição “Fuzileiros Navais”) e equipagens especiais, entre as quais es- tão incluídas 38 unidades de roupas de frio, foram desencadeadas e comprovou-se a eficácia na prontificação do Destacamento. O material ne- cessário (rações, armamento, munição, água e equipamentos-rádio) foi rapidamente embar- cado em três caminhões UNIMOG. Desde o acionamento, em 081220P/ JUN, até o pronto, em 091520P/JUN, foram 27 horas, dentre as quais sete horas de repouso e vinte horas de trabalho contínuo. Após o pronto, ime- diatamente, iniciou-se o Estágio Preparatório para Destacamento de Segurança em Embaixadas do Bra- sil, envolvendo diversas instruções específicas como tiro, familiarização com equipamentos e armamen- tos, com vistas às tarefas previstas para o Destaca- mento. Assim, o Comandante-Geral, após receber “Ordem Verbal”, pode, em 27 horas, reportar ao Comandante da Marinha o cumprimento da prontificação do Destacamento de Segurança de Embaixada na Bolívia. O Destacamento, presentemente, perma- nece pronto no Comando-Geral em adestramen- to e instruções finais. UMA NOVA SILHUETA DO FUZILEIRO NAVAL Com a renovação do acordo para a permanência de tropas brasileiras no HAITI, o CFN vem realizando grandes investimentos na área de material, para a preparação do quarto contingente. As aquisições têm privilegiado a segurança e o conforto do Fuzileiro Naval. Segurança, na medida em que está havendo uma ampli- ação da compra de capacetes e coletes à prova de balas, acompanhados das respectivas placas balísticas. A segurança já pôde ser comprovada, quando no dia 06JUL2005, nas ruas do Haiti, uma patrulha do GptOpFuzNav, embarcada em URUTU, foi engajada por fogos. Um projetil atingiu um FN e não o feriu, pois o mesmo encontrava-se protegido pelo colete e placa balística. O conforto está caracterizado pelo emprego de material mais leve e melhor adaptável ao corpo, permitindo uma adequada distribuição do peso. No- vos itens de equipagem estão sendo introduzidos, como joelheira, cotoveleira, coldres e bornais mo- dulares. Trata-se de material moderno, utilizado pelos Marines nos atuais campos de batalha. Esta compra só foi possível, após uma intervenção junto aos fornecedores, uma vez que a produção tem sido destinada às tropas empe- nhadas no IRAQUE e AFEGANISTÃO. Assim, começa a surgir uma nova silhueta do Fuzi- leiro Naval, a partir de 2005. VISITA AO GptFNSa Dia 30 de junho de 2005, tive a oportunidade de visitar o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador. Foram momentos prazerosos para o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais passar em revista à Companhia de Honra formada, falar à Tripulação e visitar as instalações muito bem conservadas do nosso Grupamento. Durante a visita contei com a presença do Comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante João Afonso Prado Maia de Faria, que comigo partilhou os agradáveis eventos transcorridos naquele dia, culminando em uma reunião na Delega- ção da Associação de Veteranos – sede Salvador, momento de viva emoção, onde recordamos o passado e vivenciamos o verda- deiro espírito de corpo. Estava também presente a Ala Feminina que sempre desfila no dia dos Veteranos. No dia 21 de maio de 2005, esta delegação partiu em três ônibus rumo ao Rio de Janeiro para participar do XXXI Encontro de Veteranos no Centro de Instrução Almirante Silvio de Camargo.

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Periódico do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil

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Page 1: Ancoras e Fuzis (30)

1 -

Ano VI - No 30

02 de agosto de 2005

Editorial

Palavras do Comandante-Geral

O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais apre-senta a 30ª edição de seu periódico Âncoras e Fuzis e

ressalta a importância de sua ampla veiculação emtodos os círculos hierárquicos das OM de FuzileirosNavais. Este instrumento de divulgação de conheci-mentos, além de conter uma variada gama de infor-

mações de interesse de todo o profissional da GuerraAnfíbia, serve, também, para estimular o estudo de te-

mas de interesse e fomentar o treinamento de habilidadestáticas e a prática de processos decisórios sumários.

Nesta edição, abordaremos os seguintes temas: o emprego do CLAnfna atualidade, UNIMOG - uma lenda alemã, o Corpo de FuzileirosNavais da Tailândia. Além desses, publica-se, também, um novo artigosobre condicionamento físico, desta vez sobre a importância do TFMno preparo operativo das Forças Armadas.

A coluna “Palavras do Comandante-Geral” aborda a prontificação

de um DstSegEmb para possível emprego na Bolívia, a recente aprova-ção para aquisições de material para o GptFN HAITI, definindo a novasilhueta do Fuzileiro Naval, e a visita ao GptFNSa. A coluna AtlânticoSul traz um artigo sobre Ilha de Santa Helena. Na coluna Guerra deManobra, dois importantes conceitos são abordados. Esta edição traztambém uma chamada para os assuntos que estão em voga nos princi-pais periódicos especializados em temas militares.

As colaborações poderão ser enviadas da seguinte forma: respon-dendo às situações descritas na coluna DECIDA; remetendo sua inter-pretação sobre o tema sugerido na coluna PENSE; ou enviando pequenosartigos sobre temas técnicos ou táticos que sejam de interesse do comba-tente anfíbio. Envie sua contribuição diretamente ao Departamento dePesquisa e Doutrina do Comando-Geral pelo MBMail (3002@comcfn),Lotus Notes (cgcfn-3002/comcfn/mar), internet ([email protected]) ou pelo Serviço Postal da Marinha.

ADSUMUS!

ATIVAÇÃO DO DstSegEmbBOLÍVIACom o propósito de garantir a segurança do nosso Corpo Di-

plomático em La Paz, Bolívia, e proteger as instalações da Chancelariae da Embaixada (Residência do Embaixador do Brasil) e, ainda, garantira segurança e evacuar os brasileiros que desejassem abandonar aquelepaís, a Marinha recebeu a tarefa de empregar, de maneira emergencial etemporária, Fuzileiros Navais, com um efetivo de 19 militares armadose equipados. Mais uma vez, a estrutura de comando possibilitou res-ponder prontamente.

A partir do acionamento, houve uma seleção entre osmilitares que haviam concluído o Curso Especial para Des-tacamento de Segurança em Embaixadas. Uma vez selecio-nados, foram rapidamente reunidos no Batalhão Naval.As ações administrativas previstas como inspeção desaúde para missão no exterior, avaliação social, vacina-ção, emissão de passaportes e recebimento de unifor-mes (com a Bandeira Nacional e a inscrição “FuzileirosNavais”) e equipagens especiais, entre as quais es-tão incluídas 38 unidades de roupas de frio, foramdesencadeadas e comprovou-se a eficácia naprontificação do Destacamento. O material ne-cessário (rações, armamento, munição, água eequipamentos-rádio) foi rapidamente embar-cado em três caminhões UNIMOG.

Desde o acionamento, em 081220P/JUN, até o pronto, em 091520P/JUN, foram 27horas, dentre as quais sete horas de repouso evinte horas de trabalho contínuo. Após o pronto, ime-diatamente, iniciou-se o Estágio Preparatório paraDestacamento de Segurança em Embaixadas do Bra-sil, envolvendo diversas instruções específicas comotiro, familiarização com equipamentos e armamen-tos, com vistas às tarefas previstas para o Destaca-mento.

Assim, o Comandante-Geral, após receber“Ordem Verbal”, pode, em 27 horas, reportar aoComandante da Marinha o cumprimento daprontificação do Destacamento de Segurança deEmbaixada na Bolívia.

O Destacamento, presentemente, perma-nece pronto no Comando-Geral em adestramen-to e instruções finais.

UMA NOVA SILHUETA DO FUZILEIRO NAVALCom a renovação do acordo para a permanência de tropas

brasileiras no HAITI, o CFN vem realizando grandes investimentos naárea de material, para a preparação do quarto contingente.

As aquisições têm privilegiado a segurança e o conforto doFuzileiro Naval. Segurança, na medida em que está havendo uma ampli-ação da compra de capacetes e coletes à prova de balas, acompanhadosdas respectivas placas balísticas. A segurança já pôde ser comprovada,quando no dia 06JUL2005, nas ruas do Haiti, uma patrulha doGptOpFuzNav, embarcada em URUTU, foi engajada por fogos. Umprojetil atingiu um FN e não o feriu, pois o mesmo encontrava-seprotegido pelo colete e placa balística. O conforto está caracterizadopelo emprego de material mais leve e melhor adaptável ao corpo,

permitindo uma adequada distribuição do peso. No-vos itens de equipagem estão sendo introduzidos,como joelheira, cotoveleira, coldres e bornais mo-dulares.

Trata-se de material moderno, utilizado pelosMarines nos atuais campos de batalha. Esta compra só

foi possível, após uma intervenção junto aos fornecedores,uma vez que a produção tem sido destinada às tropas empe-nhadas no IRAQUE e AFEGANISTÃO.

Assim, começa a surgir uma nova silhueta do Fuzi-leiro Naval, a partir de 2005.

VISITA AO GptFNSaDia 30 de junho de 2005, tive a oportunidade de visitar o

Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador. Foram momentosprazerosos para o Comandante-Geral do Corpo de FuzileirosNavais passar em revista à Companhia de Honra formada, falar àTripulação e visitar as instalações muito bem conservadas donosso Grupamento. Durante a visita contei com a presença doComandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante João AfonsoPrado Maia de Faria, que comigo partilhou os agradáveis eventostranscorridos naquele dia, culminando em uma reunião na Delega-ção da Associação de Veteranos – sede Salvador, momento deviva emoção, onde recordamos o passado e vivenciamos o verda-deiro espírito de corpo. Estava também presente a Ala Feminina

que sempre desfila no dia dos Veteranos. No dia 21 de maio de2005, esta delegação partiu em três ônibus rumo ao Rio deJaneiro para participar do XXXI Encontro de Veteranos noCentro de Instrução Almirante Silvio de Camargo.

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JANEIRO DE 2005“Unidade Central de Operações consegue bons resulta-

dos no Iraque” - Durante o verão de 2004, esta Unidade funcio-nou por mais de 12.000 horas sem nenhuma interrupção signifi-cativa. Trata-se de uma Unidade móvel para realizar atividadesde Comando e Controle, quando tropas de Fuzileiros Navaisestão desdobradas no teatro de operações.

FEVEREIRO DE 2005“Adestramento: Reconstruindo os fundamentos de nos-

so Corpo de Oficiais: um escola básica para o futuro - O USMCtransforma seus recrutas em atletas combatentes com a ajudade preparadores físicos reconhecidos profissionalmente”. Doisartigos que revolucionam o adestramento diário do USMC. Afamosa “Basic School” é posta em cheque e uma nova concep-ção surge para a formação dos novos oficiais.

MARÇO DE 2005“Para onde foram todos os coronéis” - Artigo interes-

sante que mostra as dificuldades encontradas pelo USMC devi-do à concentração de seus Coronéis em funções burocráticas elonge do “rush” causado pelas funções operativas.

ABRIL DE 2005“As Operações Distribuídas” - Diversas frações de tro-

pa são lançadas na CP, causando dificuldades ao inimigo, poisele não consegue identificar frentes e objetivos para essas fra-ções. Todavia, essas diversas operações possuem objetivosindividuais claros e o resultado do conjunto consiste em mano-brar de forma avassaladora sobre um inimigo desorientado esurpreendido.

No ano de 2002, o CMatFN adquiriu equipamentos rádi-os TADIRAN RT-7330S, AM-7350, C-7300, Antenas MK1-4242e os equipamentos de intercomunicação, AM-7162, C-11133, C-11135 para os CLAnf de 1ª geração, transferindo, após, estematerial para o BtlVtrAnf. Ainda nessa ocasião, foram transferi-dos cabos de comunicação para que fosse efetivada a moderni-zação relativa ao sistema de comunicação deste tipo de CLAnf.Entretanto, estes cabos mostraram-se de tamanho inferior aonecessário para atender ao especificado para a viatura, o queimpôs a necessidade de uma adaptação, aproveitando-se o quehavia de disponível no mercado nacional, com o propósito deadequá-los aos novos equipamentos adquiridos.

Como solução de curto prazo, uma vez que os CLAnf de1ª geração estavam com deficiência de seus equipamentos-rá-dio originais e o BtlVtrAnf só dispunha de apenas cinco con-juntos desse tipo de equipamento, osquais encontravam-se obsoletos esem peças de reposição, o Comandodo BtlVtrAnf decidiu adquirir cabospara substituir, em nível experimen-tal, todos aqueles com tamanhos ina-dequados.

Feita a montagem dos cabosque interligam o sistema deintercomunicação e servindo-se dosconectores dos cabos não aproveita-dos, surgiu, então, uma nova neces-

sidade para a montagem dos demais cabos: os conectoresAMPHENOL, responsáveis pela conexão das estações do co-mandante da viatura e do comandante da tropa com o rádio RT-7330S. Após várias tentativas de adaptação, finalmente foi obti-do sucesso, entretanto algumas funções do equipamento rádioficariam inoperantes tais como salto de freqüência e o recursosecreto, porém não comprometeriam a funcionalidade e neces-sidade do Comandante da Viatura.

Ao longo do desenvolvimento, foram sendo utilizadosos conectores AMPHENOL provenientes dos cabos deremotagem não aproveitados, suprindo a necessidade anterior-mente descrita, não sendo mais necessária a referida adaptação.Foram confeccionados ainda os cabos que interligam a C-11135ao RT-7330S do Comandante da Tropa, o que resultou em umperfeito funcionamento do sistema.

Com o desenvolvimento doscabos, foram modernizadas, inicial-mente, duas viaturas CLAnf de 1ªgeração, dando, assim, o rumo a serseguido para que nenhuma viaturaficasse indisponível por falta de co-municações. Hoje, praticamente to-das as viaturas de 1ª geração en-contram-se modernizadas, no que dizrespeito às comunicações, acaban-do com um problema que perduravahá quase dez anos.

Gestão Contemporânea

1T (FN) Marcus Vinícius BragaBatalhão de Viaturas Anfíbias

Conforme preconiza o EMA-131 MANUAL DE GESTÃO CONTEPORÂNEA da MB, apresentamos um relato do Batalhãode Viaturas Anfíbias, no qual um problema que perdurava há um bom tempo foi resolvido com engenho e arte.

Modernização dos Equipamentos de Comunicações para os CLAnf de Primeira Geração

Assuntos em Voga

Com o objetivo de incentivar a leitura de periódicos especializados em assuntos militares, o Âncoras e Fuzis faz umachamada para alguns artigos recentemente publicados, considerados interessantes para o aprimoramento profissionaldos Fuzileiros Navais. Nesta edição, mostraremos a “MARINE CORPS GAZETTE”, que é um periódico mensal do USMC.

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Atlântico Sul

Prêmio Âncoras e Fuzis

INDIVIDUAL1º - CC (FN) ROSSINI (CIASC) .......................... 12 PONTOS2º - Asp FN 3059 Eduardo Rodrigues (EN) ...... 07 PONTOS3º - Asp FN 3087 Sanctos (EN) ......................... 07 PONTOS4º - CF (FN) Cupello (ComOpNav) .................... 06 PONTOS5º - CF (T) Serrano (CMatFN) ............................ 06 PONTOS

Publica-se abaixo a atual classificação do prêmio “Âncoras e Fuzis” nas categorias individual e por OM.

OM1º - EN. ......................................................... 599 PONTOS2º - 2oBtlInfFuzNav ........................................ 401PONTOS3º - BtlArtFuzNav ............................................ 39 PONTOS4º - BtlOpRib .................................................. 27 PONTOS5º - CIASC ...................................................... 18 PONTOS

Santa Helena é uma colônia britânica doAtlântico Sul, localizada praticamente a meio do oce-ano, mas geralmente englobada nos territórios afri-canos, por se encontrar mais perto de África do queda América do Sul. A colónia é constituída pela Ilhade Santa Helena e por duas dependências muito afas-tadas: Ascensão, a Noroeste, e Tristão da Cunha, aoSul. Relativamente à ilha de Santa Helena propria-mente dita, o território mais próximo é a ilha de As-censão, seguindo-se a costa africana do Sul de An-gola e do Norte da Namíbia, a Leste. Capital:Jamestown.

A ilha foi descoberta em 1501 pelo navega-dor Galego João da Nova, enquanto ao serviço dePortugal. João da Nova dirigia-se à Índia, tendo nes-sa viagem também descoberto a Ilha de Ascensão.

Portugal nunca colonizou a ilha, que veio aser ocupada pela Marinha Inglesa, no século XIX.

Napoleão Bonaparte faleceu exilado em San-ta Helena. A indústria do turismo local explora muitoeste particular aspecto da História, bem como o cal-mo estilo de vida de sua população.

Curiosamente, Santa Helena não possui nenhuma praia,sendo o seu litoral completamente rochoso. Também por estemotivo a ilha era utilizada como prisão. Não há uma saída fácildo interior da ilha, que não seja através da capital Jamestown.

Santa Helena não possui aeroporto, sendo todo o trans-porte de pessoas e cargas feito por meio de barcos. A ilha pos-sui um navio, chamado RMS St Helena, que faz uma rota pas-sando por Inglaterra, Irlanda, Ilhas Canárias, Ascensão, SantaHelena, África do Sul e Namíbia. A passagem pela Namíbia éainda experimental.

Existe um projeto para construção de um aeroporto, comoforma de viabilização econômica da ilha, principalmente atravésdo turismo. Santa Helena é ainda muito dependente de recursosvindos da Inglaterra.

Ilha de Ascenção

Ilha de Santa Helena

Casa de Napoleão Jamestown

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Corpo de Fuzileiros Navais da Tailândia

O Corpo de FuzileirosNavais da Tailândia (TheRoyal Thai Marine Corps -RTMC) possui duas Divi-sões, com um efetivo de pla-nejamento total de 25.000militares, sendo que atual-

mente alcança a marca de 20.500, e cada Divisão inclui:� dois Batalhões de Assalto Anfíbio;� um Regimento de Artilharia com:

� três Batalhões de Artilharia de Campanha; e� um Batalhão de Artilharia Antiaérea; e

� um Batalhão de Reconhecimento.O Quartel-General do RTMC está situado no Cam-

po de Samaesan, dentro da Base Naval de Sattahip, e temcomo objetivo principal desenvolver uma efetiva capaci-dade de assalto anfíbio. Existem também bases do RTMCem Narathiwat e Trat.

Os recrutas recebem o mesmo treinamen-to básico dos militares da Marinha Real daTailândia, com duração de oito a onze sema-nas. Os selecionados para o RTMC são enca-minhados para um treinamento avançado, cominstruções adicionais sobre contra-insurgênciae Guerra Anfíbia.

A prioridade em desenvolver uma efetiva capacidade deassalto anfíbio ficou evidenciada pela incorporação, em 1997,de um porta-aviões de fabricação espanhola chamado ChakriNaruebet. Um outro, nas mesmas condições, em seguida foiencomendado. Com esta capacidade de projeção de poder, oRTMC pode contar com apoio aéreo aproximado, após a comprade aeronaves A-7 Corsair, de combate e de treinamento, e deaeronaves AV-8S Matador (Harrier), adquiridas da Espanha parao desenvolvimento da Guerra Anti-Submarino.

As tropas de reconhecimento são qualificadas para sal-tos com pára-quedas na RTMC Parachute School em Sattahip,

onde são exigidos, no mínimo, oito saltos in-cluindo um noturno e dois sobre a água. Es-tes militares são submetidos, também, a umtreinamento de três meses de reconhecimen-

to anfíbio em Sattahip, incluindo táticas ter-restres e anfíbias.

O Batalhão de Reconhecimen-to Anfíbio consiste de:

� uma Companhia de Comandocom um Pelotão de Cães de Guerra;

� uma Companhia Anfíbia; e� duas Companhias equipadas com

LAV-150 (veículos anfíbios).

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O Emprego do CLAnf na Atualidade

No cenário de guerra atual, o CLAnf vem se apresentan-do como um dos veículos mais empregados para transporte detropa, como visto na presente guerra do Iraque.

Rebatizado de Carro Lagarta Anfíbio, ao chegar no Bra-sil nos anos 80, o CLAnf é conhecido internacionalmente como“Assault Amphibian Vehicle” ou, simplesmente, de AAV.

Ao lado de poderosos veículos, como o de transportede tropa, o BRADLEY, e carros de combate, como ABRAMS, oCLAnf não deixa a desejar, operando em conjunto ou até mesmosubstituindo o BRADLEY em algumas missões.

De fato, o BRADLEY é o veículo mais capacitado para asoperações de transporte em terra. A sua blindagem, feita deurânio, o torna bastante resistente, além de possuir diversosarmamentos, capacidade de atirar em movimento, seja durante odia ou à noite, sistema de visão noturna e térmica. Essas carac-terísticas tornam-no propício e capacitado para apoiar qualquertropa embarcada.

Apesar de toda superioridade do BRADLEY, o CLAnfpossui um papel importante nas missões. Além de sua capaci-dade de transpor diversos tipos de terreno, o CLAnf transportaum número considerável de militares, total de 22, contra apenassete do BRADLEY, daí o largo emprego do CLAnf nas missõesque envolvem transporte tático. Em função disso, pode-se vernos jornais e noticiários o CLAnf operando no Iraque, juntocom os mais modernos carros de combate, mesmo enfrentando

1T (FN) Rogerio de Mello FrancesconiBatalhão de Viaturas Anfíbias

CLAnf

BRADLEY

a ameaça dos RPG (rocket-propelled grenades), que são de fa-bricação Russa e conseguem perfurar com facilidade a superiorblindagem do BRADLEY.

Contudo, percebe-se que a missão do CLAnf não acabana praia, pelo contrário continua a se estender por quilômetrose quilômetros.

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Intercâmbio com o Royal Marines

O CF (T) Luiz Carlos Pi-nheiro Serrano, do Comando doMaterial de Fuzileiros Navais,participou de um intercâmbiocom os Royal Marines, duran-te o Exercício “GREEN

DAGGER”, realizado pelo 29º Command Regiment Royal Artillery.Esse Regimento é composto por três Baterias de Tiro deObuseiros 105mm Light Gun L118. O exercício cumpriu um ciclode adestramento que iniciou no nível peça e culminou com oadestramento final de todo Regimento. Os Royal Marines reali-zaram seu último adestramento no nível Regimento em 2000,apesar de posteriormente a essa data terem ocorrido Exercíciosde Tiro na Noruega, no Afeganistão e no Iraque. O Exercício“GREEN DAGGER” foi dividido em duas fases:

1ª Fase (Geral): realizada no período de 13 a 15MAI2005,na Área de Treinamento de Sennybridge (País de Gales). Estafase abordou as etapas elementares do adestramento de Arti-lharia de Campanha, com alguma restrição de emprego de muni-ção. Foi conduzido separadamente o adestramento para a Guar-nição da Peça, Central de Tiro, Topografia e Observadores Avan-çados (OA); e

2ª Fase (Específica): realizada no período de 16 a21MAI2005, na Área de Adestramento de Salisbury Plain (In-glaterra). Esta fase foi completamente tática, sendo desenvolvi-dos os fundamentos e a organização de Artilharia de Campanhae o planejamento e a coordenação do apoio de fogo. O exercíciofinal no nível Regimento teve os seguintes propósitos:� realizar uma incursão de artilharia (“artillery raid” - um

exercício no qual a artilharia é lançada em uma posição avança-da, cumpre a sua missão e retira-se rapidamente), exigindo oconhecimento preciso e seguro da posição das três Baterias deTiro e dos alvos a serem engajados e obtidos, por meio dolevantamento topográfico, utilizando o equipamento GlobalPosition System (GPS);� verificar a precisão dos tiros das três Baterias de Tiro; e� buscar a proficiência dos Observadores Avançados (OA).

Durante o intercâmbio foram observados os materiaisabaixo relacionados, utilizados pelo 29º Command RegimentRoyal Artillery e que são considerados no estado da arte, inclu-sive empregados em guerra:

a) Fire Control Application (FCA) - equipamento empre-gado pela Central de Tiro. Computador EDO MBM LT 465 que

processa complexos algoritmos e cálculos em soluções balísti-cas com rapidez. A Artilharia de Campanha no Reino Unido subs-tituiu o Computador de Tiro Gunzen Mk3, empregado pelo Ba-talhão de Artilharia de Fuzileiros Navais, pelo FCA.

b) Laser Inertial Artillery Pointing System (LINAPS ousimplesmente APS) – equipamento automático de pontaria doObuseiro 105mm Light Gun L118. O APS já foi empregado naGuerra da Bósnia e está sendo atualmente utilizado na Guerrado Iraque. É um sistema que fornece a orientação precisa e ocorreto posicionamento dos obuseiros, sem a necessidade doemprego dos diversos dispositivos de pontaria convencionais(luneta panorâmica para o tiro indireto, luneta para o tiro direto,paraleloscópio e balizas de pontaria). O APS é montado na arma eprovido de um método de auto-orientação, que fornece a localiza-ção exata do obuseiro em qualquer condição de tempo durante odia ou à noite. Também, fornece com precisão a direção e a eleva-ção da arma, eliminando a margem de erro provocada pelo militarapontador da peça, por ocasião da inserção de dados no obuseiro.Sua vantagem é apontar eletronicamente a arma com precisão,diminuindo o tempo do cumprimento da missão de tiro e da deso-cupação da posição, possibilitando conseqüentemente a redu-ção da viabilidade de receber fogos de Contra Bateria. Este equi-pamento é fabricado pela BAE Systems.

c) Manportable Survielance and Target Acquisition Ra-dar (MSTAR) - utilizado pelos Observadores Avançados e é umradar para localização de alvos, com alcance de 30 Km.

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O TFM entra como um componente indispensávelpara a eficiência operativa das Forças Armadas, pois éfundamental estar preparado fisicamente para comandare atuar à frente de uma tropa, de um departamento/divi-são ou de uma aeronave. Além disso, observa-se que taltreinamento é vital para se ter uma vida saudável, bemcomo ter uma melhor qualidade de vida até às idadesmais avançadas.

O TFM também reforça a prática da liderança peloexemplo, já que o subordinado se motiva ao ver seu supe-rior correndo, nadando ou realizando qualquer treinamentofísico.

Neste sentido, serão citados alguns princípios doTFM, considerados ferramentas importantes, que orien-tarão o Cmt de Fração/SU a evitar acidentes com seussubordinados e consigo mesmo:

A. INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA – de-fine que cada indivíduo tem um determinado condiciona-mento físico. Assim, não se deve igualar uma pessoa comoutra. Um exemplo errôneo disso, é quando corremos como pelotão ou a companhia num ritmo forte e queremosque todos cheguem juntos;

B. ADAPTAÇÃO – define que uma intensidadeinsuficiente no exercício não produzirá efeitos no treina-mento. Já uma intensidade forte provocará danos ao or-ganismo, levando-o à exaustão e, em alguns casos, à mor-te. Desta forma, o ideal é uma intensidade média paraforte, que provocará uma adaptação do organismo ao exer-cício físico executado;

Condicionamento Físico

A Importância do Treinamento Físico Militar

no Preparo Operativo das Forças Armadas

C. CONTINUIDADE – define que a regularida-de do TFM é fundamental para que o mesmo promova amanutenção preventiva de nossa saúde. Assim, o ideal éexecutá-lo nos cinco dias úteis da semana ou no mínimoem três dias, como prescreve coerentemente a DGPM-601 (REV 3);

D. ESPECIFICIDADE – define que os exercíci-os previstos no TFM devem atender aos gestos específi-cos das atividades militares peculiares de cada Força, deacordo com suas tarefas. Um exemplo deste princípio: naregião Norte, deve-se ter mais atenção à natação, já queo ambiente operacional impõe este requisito de adestra-mento como vital para o sucesso e segurança das opera-ções; e

E. VARIABILIDADE – define a importância nadiversificação das sessões de TFM para que a tropa te-nha motivação, empenho e alternância dos variados gru-pos musculares.

Ainda com relação à segurança na prática do TFM,salienta-se que é totalmente infundada a idéia de que oaumento da sudorese (suor) diminui a gordura armazena-da. A água proveniente desta sudorese não é oriunda dotecido adiposo (gordura), mas basicamente do sangue,podendo levar o indivíduo a se desidratar até entrar numquadro de intermação, levando-o à morte. Assim, reco-menda-se que o TFM seja realizado sem o uso da cami-seta em grande parte do território nacional, aumentando,desta forma, a área de evaporação do corpo.

É importante salientar, também, que a parada total,imediatamente, após um exercício intenso, deve ser evita-

da. Deve ser executada uma corrida comritmo fraco ou uma caminhada, pois a brus-ca alteração de esforço poderá provocaruma irrigação sangüínea insuficiente nocérebro e no coração, causando tonteiras,desmaios e enfarte no miocárdio (múscu-lo do coração).

Os sucessos adquiridos na prepara-ção operativa, na prática da liderança e nasegurança de nossa própria vida e de nos-sos subordinados serão asseguradas pormeio da prática regular do TFM, que de-verá ser orientado por um especialista emeducação física ou pela DGPM-601 (REV3). Além disso, deve-se relembrar que,semestralmente, antes da prática do TFM,o militar deverá passar por uma avaliaçãomédica.

CC (FN) Marcio Rossini Batista BarreiraInstrutor do CAOCFN

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UNIMOG uma Lenda Alemã

CT (T) Tonery PernambucanoComando-Geral do CFN

Considerados os melhores caminhões leves já fabricados, o UNIMOG não encontra concorrentes no mercado mundial.Eles são utilizados no meio civil e militar em todo o mundo e mais de 300.000 já foram fabricados desde 1948.

Em 1944, o Secretário de Tesouro Americano, HenryMorgenthau, propôs transformar a Alemanha pós-guerra em umestado agrário. Diante deste fato, Albert Friedrich (Engenheiro-Chefe da Daimler-Benz Aviação, Divisão de pesquisa) começouem dezembro de 1945 a desenvolver um veículo altamente especi-alizado para a agricultura. Seu conceito era um 4x4 com diferenci-ais auto-blocantes, grande altura livre do chão, excelentes ângu-los de entrada e saída, plataforma pequena, cabine para duaspessoas, velocidade extremamente baixa para o trabalho no cam-po e de aproximadamente cinqüenta km/h para estradas pavimen-tadas. O projeto começou numa fábrica em Schwäbisch Gmünd,ao Sul da Alemanha, na Gold und Silberfabrik Erhand &Söhne. Afábrica nunca havia feito veículos ou tratores.

Sete meses depois, o primeiro protótipo estava pronto,equipado com um motor de quatro cilindros, 1.7 litros movido agasolina. Esse novo veículo, que não era nem um caminhão nemum trator, ainda necessitava de um motor a diesel de qualidadee um nome. O problema do nome foi resolvido pelo engenheiroHans Zabel. Ele criou um anacronismo: UNIversal-MOtorGerät(algo como Unidade Universal Motorizada) ou UNIMOG.

O primeiro UNIMOG foi intensamente testado em 1947 eos resultados confirmaram o conceito. Em 1948 um motor a die-sel foi avaliado, o OM 636 de 25hp da Daimler-Benz. Neste mes-mo ano, o UNIMOG foi mostrado em Frankfurt-au-Main pelaprimeira vez e gerou um grande entusiasmo, resultando em pla-nos para o início de fabricação. Os criadores do UNIMOG, ago-ra, procuravam uma nova fábrica e, no outono de 1948, eles setransferiram para Werkzeugmaschinenfabrik Boehringer. Nosdois anos seguintes, foram produzidos seiscentos UNIMOGmodelo U25. Em 1951, a Daimler-Benz começou a mostrar inte-resse pelos UNIMOG e a fábrica mudou novamente, desta vez,para Gaggenau, onde está até hoje. Em maio de 1953, o UNIMOGrecebeu a famosa estrela da Mercedes.

O primeiro UNIMOG U25 foi um grande sucesso, eleoperava em velocidades de 0.5km/h até 52km/h, possuia pesovazio de 1780kg e capacidade de carga para 1370kg. Não eramapenas os fazendeiros e trabalhadores rurais os fãs do UNIMOG,

o exército francês, que ocupou o Sudoeste alemão, encomen-dou os primeiros UNIMOG militares. Entre 1950-51, eles com-praram quatrocentos modelos U25.

Em 1953, o U25 passou a se chamar U 401/402, depen-dendo da distância entre eixos. Em 1956, o último 25hp foi entre-gue num total de 16.250 veículos produzidos e, então, a Daimler-Benz apresentou o novo UNIMOG. Era o 1 ½ ton U404 ouUNIMOG-S com motor de 82hp, 2.2 litros, seis cilindros, movidoa gasolina, velocidade que variava de 1.5km/h até 95km/h, siste-ma elétrico de 24 Volts e altura livre do solo de quarenta cm,muito maior que o Dodge M37, seu principal concorrente. Seuconsumo de combustível também era lendário, embora as fon-tes oficiais afirmassem que era de 5,4 km/l alguns veículos fazi-am 1,7km/l!

A carreira militar do UNIMOG começou, efetivamente,em 1955, quando a então Alemanha Ocidental tornou-se nova-mente um país soberano e membro da OTAN. Era o tempo deuma nova Alemanha, um novo Bundeswehr (Exército Alemão)foi criado e os primeiros mil voluntários engajaram, oBundeswehr também encomendou os UNIMOG para utilizar nassuas Gebirgsjäger (tropas de montanha).

Um problema detectado nos UNIMOG era o acesso paramanutenção do motor e câmbio. Eles estavam acomodados sobum pequeno capô e não existiam cabines escamoteáveis, como

(Continua)

Protótipo em teste

U 25 - Primeiro modelo produzido em série, com16.250 unidades produzidas.

O U 2150L, ano 1991, versão ambulância militar.

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hoje em dia. Diziam que para fazer a manutenção você tinha quepossuir mãos e braços de borracha.

Foram produzidas diversas versões do UNIMOG U404:teto de lona, cabine de metal, cargo, furgão (que se transforma-vam em ambulância, oficinas e veículos de comunicações), ca-minhões de bombeiro entre outros. Eles eram vendidos tantopara militares como para civis.

Em 1971, já tinham sido produzidos, aproximadamente,171.000 UNIMOG de todos os tipos. Em meados dos anos 1970,foram lançados os modelos 424, 425 e 435, maiores e mais pos-santes que os 404, com motor a diesel de seis cilindros e 130hpe câmbio de oito marchas com reduzida.

Na década de 1990, foram lançadas as versões U 2150 eU2400. Hoje em dia existem os modelos U 300/400/500, que sãochamados de Implement Carrier e os modelos Extreme Off-RoadU 3000/4000/5000, as versões diferem quanto à potência do motor(de 150hp a 279hp) e à capacidade de carga (3000 kg a 7100 kg).

Atualmente, os UNIMOG estão em uso nas forças arma-das de diversos países como: Argentina, Austrália, Brasil, Di-namarca, França, Holanda e Estados Unidos.

(Continuação)

O modelo U3000/4000/5000, Extreme Off-Road,ano 2005 (acima) e o modelo U300/400/500,Implement Carrier (abaixo)

Guerra de Manobra

Nesta Edição, abordaremos dois conceitos im-portantes sobre Guerra de Manobra, extraídos doCGCFN-1000 - Manual de Organização e Empregode Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais.

CENTRO DE GRAVIDADEO Centro de Gravidade (CG) é a fonte de todo o

poder e confere ao contendor, em ultima análise, a liber-dade de ação para utilizar integralmente seu poder de com-bate.

Poderá ser constituído por um aspecto material,como uma unidade específica ou sistema de armas, ounão-material, como uma liderança especialmenteestimuladora ou a vontade de lutar.

O comprometimento do CG implicará em uma re-dução significativa da capacidade do contendor de influirnas ações.

Cada contendor possuirá um ou mais CG para cadanível de condução da guerra ou escalão, sendo tambémpossível a sua variação no tempo. A sua identificação não

será tarefa fácil em função da variedade de aspectos quepodem ser considerados como CG. Entretanto, impõem-se selecionar um deles como alvo do esforço, o que pode-rá ser feito por meio da análise do impacto de sua perdapara o inimigo e da sua acessibilidade via umavulnerabilidade crítica do CG.

VULNERABILIDADE CRÍTICAAs Vulnerabilidades Críticas (VC) são pontos fra-

cos do CG que, ao serem exploradas, resultarão nadesestabilização ou destruição do CG oponente. É impor-tante que a VC seja acessível pelo contendor oposto parapoder ser assim considerada.

As VC são dependentes da evolução da situação,podendo, em um determinado momento ou período, seremcomo tal enquadradas, deixando de sê-las, posteriormente.

Deve-se estar atento para perceber e explorar asvulnerabilidades inimigas, por vezes passageiras e fluidas.Caso as VC não se apresentem, estas devem ser criadasmediante ações preparatórias.

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O Senhor é o Comandante da 3ªCiaFuzNav(Ref)/3ºBtlInfFuzNav, consistindo dos 1º e 2ºPelFuzNav(Ref)embarcados em CLAnf, localizados perto do rio GARAGIOLA;e do 3ºPelFuzNav(Ref), em reserva, a Leste de ANDROIDA. Asua CiaFuzNav está reforçada pelo 3ºPelCC e por um PelMACda CiaApF.

Pelas últimas duas semanas, o Senhor tem enfrentadoforças inimigas mecanizadas, tendo sido obrigado a retrair doOeste para o Leste. O Senhor vem desgastando o inimigo e aomesmo tempo, tem procurado preservar seu próprio poder de

combate. O Senhor levantou que o inimigo a vossa frente consistede um PelCC e um EsqdFuzBld. As táticas inimigas enfatizam oataque agressivo, visando a sobrepujar a resistência com o CC,usando a infantaria a pé somente para o combate aproximado.

A visibilidade baixa, causada por uma forte neblina, temprejudicado o acompanhamento da situação do inimigo, desdeos últimos combates, quando o Senhor perdeu o contato.

Enquanto vossa unidade está posicionada ao longo dorio, o 3ºPelCC está tentando restabelecer contato.

Alguns bancos de areia impedem os CLAnf de atravessaro rio. Vossa tarefa é destruir qualquer força inimiga em sua zonade ação. Caso não consiga, deverá retardar estas forças.

Quando o 3ºPelCC passa a Oeste de TRAGÉDIA, reportauma força inimiga blindada aproximando-se do PCt 68. O 3ºPelCCnão foi detectado pelo inimigo.

O 3ºBtlInfFuzNav possui uma Bia0105mm em ApDto e aprioridade de fogos do BtlArtFuzNav, além de até duas sortidasde aeronaves AF-1, estimando-se o tempo entre o pedido e aapresentação das aeronaves em aproximadamente 10 minutos.

O inimigo estará em TRAGEDIA ou GARAGIOLA emcerca de quarenta minutos. O tempo é crítico, mas desde que oSenhor já tinha considerado a possibilidade de combater aolongo do rio GARAGIOLA, o Senhor agora não se sente tãopressionado. Desenvolva as ordens que o Senhor daria aosseus subordinados e lembre-se que o “máximo emprego da açãoofensiva” é um dos principais Fundamentos da Defensiva.

Agora são 0900P.

Resposta do Decida nº 29

Decida nº 29 - Combate do Rio Garagiola

(Continua)

Várias soluções atenderam ao solicitado no enunciado do último DECIDA, porém destacamos o BtlOpRib que, por meio dacoerência das respostas de seus Oficiais, evidenciou que o assunto foi amplamente debatido na OM. Destacaram-se também, o 1T(FN) Galvão, da CiaPol da TrRef, o 2T (FN) Rocha Lima, do BtlArtFuzNav e 1T (Fn) Lopes, do GptFNBe. O CC (FN) ROSSINI, doCIASC, houve-se muito bem na elaboração da sua decisão, porém optou pela defesa, diferentemente do pretendido pelo idealizadordo DECIDA, todavia sua solução foi impecável.

A maioria das soluções privilegiaram a defesa, porém o pensamento de CLAUSEVITZ nos diz que: “Prudência é o verdadei-ro espírito da defesa, coragem e audácia o verdadeiro espírito do ataque”. Quem defende perde a iniciativa do combate e deixa parao inimigo a escolha de onde, como e quando atacar.

A seguir, apresentamos o enunciado do DECIDA Nº 29, para que os leitores possam relembrar a situação a que se refere asolução apresentada.

Dentro deste espírito, selecionamos a solução do 1T (FN) Helio Paiva da Silva Júnior, do BtlOpRib.

EXAME DE SITUAÇÃO:A 3ªCiaFuzNav (Ref) possui a tarefa de destruir qualquer

força inimiga na sua zona de ação ou, caso não consiga, retardá-la. A 3ªCiaFuzNav tem sido obrigada a retrair no sentido Oeste-Leste devido aos ataques mecanizados. O 3ºPelCC no seu reco-nhecimento verificou que o inimigo encontra-se deslocando comefetivo de um PelCC e tropa de infantaria a pé para o combateaproximado, porém devido às duas semanas de combate comesta Cia, ela encontra-se desgastada. A visibilidade está reduzi-da devido à neblina na região.

Devido ao rio GARAGIOLA possuir bancos de areia, oPelCLAnf somente poderá atravessar o rio através das pontespróximas as localidades de GARAGIOLA, TRAGÉDIA e CUJO.

No momento, a 3ªCiaFuzNav possui apoio de CLAnf, do

3ºPelCC e de um PelMAC da CiaApF, podendo ainda solicitarfogos de artilharia (BiaO105mm) e fogo aéreo (de aeronaves AF-1), com execução de dez minutos após o pedido, neste último.

São 0900P e daqui a quarenta minutos, as tropas inimi-gas estarão nas localidades de GARAGIOLA e TRAGÉDIA,dificultando, assim,o combate na região se os mesmos conquis-tarem os dois acidentes capitais, que são as duas localidades.

DECISÃO:Esta Cia atacará e ocupará até 0920P, as localidades de

GARAGIOLA e TRAGÉDIA, com um PelFuzNav em cada loca-lidade, respectivamente, reconhecerá e manterá as pontes deacesso às referidas localidades e após ocupar, assumirá posi-

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Manter a iniciativaOs comandantes, em todos os escalões, devem adotar umapostura pró-ativa e não se contentarem em serem meroscumpridores de ordens superiores. A fluidez do combate, afugacidade das oportunidades, o caos e a fricção dos cam-pos de batalha, não permitirão que um comandante sempreinterrompa suas ações para perguntar ao seu superior sepode ou não prosseguir na ação. O comandante, ciente dospropósitos e intenções dos comandantes dos dois escalõesacima do seu, tem condições de decidir, acertadamente, semprecisar questioná-los.

Tratar Aviação e Artilharia como elementos subordinados Deve-se prever o emprego como apoio de fogo para a ma-nobra, mas saber que estão subordinados a outro escalão eportanto não podem aparecer como elementos subordina-dos na decisão.

Prever o Pelotão de Petrechos como elemento subordinadoalguns militares esquecem-se de listar o Pelotão de Petre-chos como elemento subordinado, um erro elementar quedeve ser evitado.

LIÇÕES APRENDIDAS

Resposta do Decida nº 29 (Continuação)

Emprego da ReservaA Reserva é uma ferramenta que confere flexibilidade ao Co-mando. O seu emprego deve ser revisto em todo planejamen-to, particularmente nas situações críticas de combate, comosão as apresentadas nessa coluna. A Reserva não deve ser pou-pada para um possível emprego futuro quando a situação atualjá se encontrar deteriorada. No entanto, ao se empregar emprimeiro escalão a peça de manobra inicialmente prevista comoReserva, deve o Comandante prever a sua substituição. Paratanto, ele dispõe de dois artifícios: a Reserva Temporária ou aReserva Hipotecada. A Reserva Temporária é constituída porelementos de apoio ao combate e de apoio de serviços ao com-bate. A Reserva Hipotecada, por sua vez, é constituída porelemento(s) da(s) peça(s) de manobra(s) em primeiro escalão,a quem são impostas restrições ao seu emprego.

Não prever para o PelMAC a tarefa de permanecer em ReservaA Reserva deve ser constituída essencialmente de elementosde infantaria ou, em caso de necessidade, de elementos deoutras especialidades empregados como infantaria. Pode-se darmobilidade à reserva fornecendo-se meios como blindados eviaturas. Eventualmente, os carros de combate podem ser em-pregados em Reserva. Todavia, elementos orgânicos de apoiode fogo devem ser empregados em primeiro escalão.

ção defensiva nestas localidades. Manterá um Pelotão em re-serva ao sul da localidade de CUJO.

A BiaO105mm planejará fogos de barragem na posiçãodo PCt 68 e bloqueará as estradas que levam para este PCt nosentido Oeste-Leste desencadeando os fogos MO, no períodode 0920P até 0930P somente na área até o entroncamento dasestradas no PCt 68 para a retaguarda, no sentido Leste-Oeste.As aeronaves AF-1 efetuarão fogos eixados no PCt 68 no senti-do Leste-Oeste sobre tropas inimigas que aproximam-se do PCt68 no sentido Oeste-Leste e reconhecerão possíveis tropas àretaguarda da posição das tropas inimigas já detectadas até0920P, a partir de então retrairá por outro eixo de deslocamento.

TAREFAS AOS ELEMENTOS SUBORDINADOS:

a. 1º PelFuzNav(1) Reconhecer e manter a ponte de acesso a localidade de

TRAGÉDIA;(2) Atacar a localidade de TRAGÉDIA;(3) Ocupar a localidade de TRAGÉDIA;(4) Após ocupar, defender a localidade;(5) Ficar ECD avançar para oeste.

b. 2º PelFuzNav(1) Reconhecer e manter a ponte de acesso a localidade de

GARAGIOLA;(2) Atacar a localidade de GARAGIOLA;(3) Ocupar a localidade de GARAGIOLA;(4) Após ocupar, defender a localidade;(5) Ficar ECD avançar para oeste.

c. 3º PelCC(1) Manter-se na posição próximo a localidade de

GARAGIOLA;(2) Ficar ECD atacar PelCC inimigo;(3) Servir de observador avançado.

d. PelMAC(1) Bloquear as estradas de acesso pelo PCt 68;(2) Ficar ECD de retrair para a localidade TRAGÉDIA.

e. PelPtr1ªSeçMAG(1) ApDto ao 1º PelFuzNav.

2ªSeçMAG(1) ApDto ao 2º PelFuzNav.

SeçMr t60mm(1) ApCj ao elem de 1ºEsc.

f. Reserva:3º PelFuzNav(1) Ficar ECD assumir as tarefas dos Elm de 1ºEsc.

3ªSeçMAG(1) ApDto ao 3º PelFuzNav;(2) Ficar ECD assumir as tarefas dos Elm de 1ºEsc.

PelCLAnf(1) Seguir eixada com o 3º PelFuzNav;(2) Ficar ECD assumir as tarefas dos Elm de 1ºEsc.

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Decida nº 30 Uma Conduta em Op ENC

As contribuições devem ser encaminhadas a este Comando-Geral até o dia 05 de agosto, devendo conter adecisão e todas as providências e ordens necessárias.

O Sr. é o comandante do GpCob em umaOperação de Evacuação de Não-Combatentes.Suas ECob encontram-se apoiadas por CLAnf.O inimigo é capaz de atuar com 20 guerrilheirosna região. Todos os outros componentes daForDbq já se retiraram da AOp. Durante o re-traimento do CCE, uma Anv foi alvejada porum rojão, o que a obrigou a realizar um pousode emergência no NAe SÃO PAULO. A situa-ção atual é a seguinte: A ECob 1, constituídapor 44 militares e apoiada por 2 CLAnf, encon-tra-se realizando a segurança aproximada daregião antes ocupada pelo CCE e do LocEmb 1(PDbq AZUL); a ECob 2, constituída por 21militares e apoiada por 2 CLAnf, encontra-seposicionada na PBloq 2; e a ECob 3, constitu-ída por 22 militares e apoiada por 1 CLAnf, en-contra-se posicionada na PBloq 3. O Sr. en-contra-se posicionado junto à ECob 1. Existemduas lanchas do navio posicionadas ao largoda PDbq AZUL. O ComForDbq já determinoua retirada do GpCob. São 0600P e já está ama-nhecendo. Ao iniciar o retraimento, a ECob 2teve uma de suas viaturas atingida por umrojão. A viatura foi neutralizada, 1 militar fale-ceu, 1 militar sofreu ferimentos leves e outroferimentos graves, os quais já estão sendo aten-didos por um enfermeiro. A ECob 3 iniciou seuretraimento normalmente, mas a 1 km da PBloq3, a viatura apagou devido à queima de um deseus componentes elétricos. O comandante daviatura reparou a avaria rapidamente, mas paradar partida novamente será necessário energiaauxiliar (“chupeta”). A ECob 1 iniciou seu re-traimento sem problemas e já encontra-se a 500metros da PDbq AZUL. Trata-se de uma con-duta. Analise a situação baseando-se nos fa-tores da decisão. Agora, decida.

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Resposta do “Pense” anterior (Âncoras e Fuzis nº 29)

“Os louros da vitória estão nas pontas das baionetas do inimigo. eles devem serarrancados de lá. Se alguém pretende realmente conquistá-los, deve capturá-loslutando corpo a corpo”.

“The laurels of victory are at the point of enemy bayonets. They must be pluckedthere. they must be carried by a hand-to-hand fight if one really means to conquer”.

Marshal of France Ferdinand Foch,Precepts and Judgments, 1919.

Inúmeras respostas nos foram enviadas. Todasalcançaram a importância de combate corpo a corpoem uma guerra. Destacamos as respostas dosmilitares abaixo:

Escola Naval: Asp (FN) 3033 Carlos Pimentel,Asp 3059 Eduardo Rodrigues, Asp (FN) 3083CarlosAlexandre, Asp 3093 (FN) Osman. Especialmente,

parabenizamos o Asp (FN) 4007 MORAES queescreveu sua resposta em inglês.

BtlLogFuzNav: 3oSG-FN-CN RÔMULO, CB-ES-ALEXANDRE e SD-FN-BOTEGA.

Selecionamos para publicação as respostas doCC (FN) XAVIER e do Asp (FN) 4007 MORAES(em inglês).

Não devemos descartar a possibilidade do combate corpo a corpo, a despeito da precisão e do longo alcance dosarmamentos modernos. Por isso, a Divisão Anfíbia ainda mantém a Pista de Baionetas no Batalhão Riachuelo (1º BtlInfFuzNav),além disso, como sabemos, a Marinha estimula diversas competições desportivas como o Judô, por exemplo.

O mais importante é manter o preparo físico, pois, seja qual for a forma de abordar o objetivo, o militar deve estar emcondições de realizar a tarefa de expulsar os remanescentes da sua zona de ação e isso incluiria inspeção dos mortos e,eventualmente, o combate corpo a corpo.

Historicamente, podemos destacar a Guerra de Trincheiras, que foi a 2ª fase da 1ª Guerra Mundial, caracterizandoexatamente este tipo de combate. Na Guerra das Malvinas (1982), os ingleses, mesmo depois de intenso apoio de fogo, tiveramdificuldades para conquistar o terreno, que estava bem defendido pelos argentinos. Somente com a chegada das tropasterrestres nos acidentes capitais é que houve o controle inglês (relato de um Oficial Argentino).

CC (FN) XAVIER

Before any combat, it is essential that the military is prepared. Prepared to fight until the last consequences and to beable to demonstrate courage to risk his proper life or to protect a friend. The continuous period of training is extremelyimportant, because, even in front of a situation that involves risk, it supplies conditions to the combatant to advance, insteadof backing down. Another important factor is the spirit of body and the spirit of sacrifice, that inflame the combatant withanother spirit, that is loyalty, as much with superiors, as with the pairs and the subordinates.

Currently, the maneuvers of escape and of resistance make with the urban combat be a reality, as can be seen in theoperation in Haiti and in the war in Iraq, where the urban scene is present. The land is recognized meter to meter and the battleis won at the moment that each enemy combatant goes down to the ground. Even with the high technology, that makespossible the use of more sophisticated and more efficient armaments and of detecting equipment very modern, the tendencyof the current war makes with it be necessary an approached combat, body to body.

It is because of this scene, that there is the necessity of being prepared technically and psychologically to go until theenemy position, pull out the enemy of and kill him looking at his eyes.

Asp (FN) 4007 MORAES

Pense No intuito de continuar incentivando o estudo de idiomas, o pense desta edição está novamente escrito emportuguês e em inglês. Sendo assim, as respostas poderão ser enviadas em qualquer dos idiomas.

“Se tiver que empreender uma guerra, faça-a energicamente e com severidade. Esta éa única maneira de torná-la menor, econseqüentemente menos desumana”.

“If you wage war, do it energetically and withseverity. This is the only way to make it shorter,and consequently less inhuman”.

Napoleon, 1799, letter to General Hedouville, ed. Herold, The Mind of Napoleon, 1955.