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Anatomia Dental
Anatomia Dental
Os dentes são formados, em grande parte, de sais minerais, principalmente
cálcio e fósforo, além de magnésio, flúor e outros elementos.
Cada dente é formado pela coroa e raiz. A coroa é revestida por esmalte e sob
ele há a dentina, menos mineralizada que o esmalte, e protege a cavidade
pulpar.
A polpa encerra vasos sangüíneos, nervos e tecido conjuntivo pouco espesso,
com células nervosas especializadas.
A coroa, isto é, a camada dura do revestimento, recoberto de esmalte que
protege o dente, pode apresentar duas ou mais protuberâncias em sua
superfície mastigatória.
O esmalte, os materiais que formam o esmalte estão dispostos em prismas
hexagonais microscópicos em sentido perpendicular à superfície do dente.
Nessa formação entram o fosfato de cálcio, fosfato de magnésio e fluoreto de
cálcio.
A raiz é revestida por cemento, e sob ele a dentina internamente à cavidade
pulpar. Os ligamentos alvéolo-dentais prendem o dente ao maxilar, onde o
osso da mandíbula lhe proporciona suporte e local para implantação.
O alvéolo é a estrutura de suporte do dente e por ser tecido ósseo possui
cálcio.
As gengivas são tecidos moles que cobrem o osso alveolar como um
prolongamento das membranas mucosas da boca, lábios e maçãs do rosto.
Dente
Os mamíferos têm dentes diferenciados adaptados a diferentes tipos
de alimentação. Além disso, os seus dentes são substituídos de uma forma
mais simples, durante as primeiras fases da vida do animal, uma característica
denominada difiodontia.
Como os dentes são estruturas que se conservam facilmente, as suas
características são muito importantes para identificar fósseis,
em paleontologia e arqueologia. Os diferentes tipos de dentes dão igualmente
informação sobre a filogenia das espécies.
1.Dente
2.Esmalte dentário
3.Dentina
4.Polpa dentária
7.Cemento
12.Raiz
17.Periodonto
18. Gengiva
22.Ligamento periodontal
Dente é uma estrutura localizada na boca que é dura, saliente e esbranquiçada
composta por polpa, dentina e esmalte que é originada no maxilar e
na mandíbula (ou arcada dentária no ser humano) de muitos vertebrados.[1] É
usado para cortar, prender e triturar alimentos, preparando-os para
serem deglutidos.
Esquema de um dente.
1- Esmalte,
2- Dentina,
3-Polpa,
4-Gengiva,
5-Cemento,
6-Osso alveolar,
7-vaso sanguíneo,
8-nervo. A-Coroa, B-Raiz
Alternativamente, os dentes são utilizados por muitos animais como
instrumentos de autodefesa ou de ataque.
Dentição humana
Um humano adulto tem normalmente 32 dentes, dezesseis na mandíbula e
dezesseis na maxilar. Os quatro incisivos, localizados à frente, cortam pedaços
de comida não muito duros. Junto deles, estão os dois caninos, um de cada
lado (sendo quatro no total). Por serem pontiagudos, servem para dilacerar e
perfurar. Os incisivos e os caninos preparam uma quantidade de alimento para
serem deglutidos. Os quatro pré-molares e os seis molares cumprem as
funções de o cortar, esmagar e triturar.
Nos humanos pode-se dizer que os dentes além da função mastigatória,
possuem as funções de estética (muito importante na autoestima) e de auxílio
na fonação visto que a pronúncia correta de alguns fonemas depende deles,
juntamente com a língua.
Entre os seis meses e os três anos, toda a dentição humana temporária,
também chamada "de leite" ou decídua, está formada. É composta por 20
dentes, 10 na mandíbula e 10 na maxilar, e é trocada dos seis aos onze anos.
O último a cair é o segundo molar decíduo. O siso - o terceiro molar - costuma
aparecer aos 21 anos; por isso ficou conhecido como "dente do juízo".
A formação dos dentes, desenvolvimento da dentição e crescimento do
complexo craniofacial estão interligados, quer durante o período pré-natal, quer
pós-natal. Ao nascer não há normalmente dentes visíveis na boca, mas já se
encontram muitos dentes nas diversas fases de desenvolvimento no interior da
estrutura óssea das arcadas dentárias.
A calcificação dos dentes de leite começa por volta do quarto mês de gestação;
perto do fim do sexto mês todos os dentes de leite já começaram o seu
desenvolvimento. Nos primeiros meses aparece a dentição decidual ou de leite
e mais tarde a dentição permanente.
Os dentes humanos são classificados da seguinte forma:
Incisivo
Incisivo central superior
Incisivo lateral superior
Incisivo central inferior
Incisivo lateral inferior
Canino
Canino superior
Canino inferior
Pré-molar
Primeiro pré-molar superior
Segundo pré-molar superior
Primeiro pré-molar inferior
Segundo pré-molar inferior
Molar
Primeiro molar superior
Segundo molar superior
Terceiro molar superior
Primeiro molar inferior
Segundo molar inferior
Terceiro molar inferior
Dentição decídua
Cuidados com os dentes
Dente do siso.
Os dentes devem ser escovados após qualquer refeição, ao acordar e antes de
dormir. O uso regular de fio dental também é necessário uma vez que a escova
não alcança as ameias interdentais. Usado criteriosamente uma vez ao dia é o
suficiente para a maioria das pessoas. O horário mais recomendado é antes de
dormir, mas pode ser usado no horário que se achar mais adequado.
A água, o sal, ou o leite das cidades podem ser tratados com flúor e isso é
dever do Estado, e deve ser discutido com a população quanto aos efeitos
colaterais, a fluorose, que pode acometer até 60% das crianças de 0 a 12 anos,
bem como com relação a questões éticas, que costumam gerar
certa controvérsia. A saúde dental depende também da ingestão correta do
flúor, porém nem sempre, pois alguns povos, como orientais e indígenas,
consomem menos açúcar refinado e têm menos cáries que a média geral da
população de países industrializados.
Em países açucareiros, como o Brasil, a ingestão de 2,5 mg/dia de fluoreto
parece ser indispensável, embora o excesso consumido seja danoso para
dentes, ossos, cérebro e rins, devido a toxicidade crônica do íon Flúor. No
Brasil quase todas as principais marcas de cremes dentais contém flúor. Um
creme dental sem flúor pode ser indicado para crianças menores de 6 anos,
com tendência a fluorose. Converse com seu dentista sobre essa possibilidade.
Se você consome muito chá, dialogue também com seu médico sobre a
possibilidade de usar água não fluoretada para preparo das infusões, pois chá,
em geral, contém muito fluoreto, que somado ao presente na água, pode
danificar os dentes e esqueleto. Se seus filhos consomem
muito peixe, crustáceos e têm tendência a fluorose, você poderá diluir água
pobre em flúor com a de consumo. Ou mesmo substituir, pois suas crianças
continuarão a valer-se dos efeitos benéficos dos fluoretos em alimentos
preparados com água fluoretada. Novamente, converse com seu odontólogo.
O profissional que cuida dos dentes é o cirurgião-dentista, popularmente
conhecido como dentista. Ele deve ser visitado pelo menos duas vezes por
ano.
Mascar chiclete por mais de vinte minutos num dia "cansa" a mandíbula e pode
estragar os dentes. Mascar chiclete sem açúcar por alguns minutos, entretanto,
estimula a secreção da saliva e ajuda a limpar os dentes molares, em especial.
Nos chicletes sem açúcar há geralmente o xilitol, açúcar de difícil digestão
pelas bactérias que leva a assépsia bucal e previne a cárie.
Anomalias dentárias
Anomalias dentárias incluem variações da normalidade em número, tamanho,
erupção e morfologia dos dentes, e estas podem ser divididas em alterações
de desenvolvimento ou adquiridas. O termo desenvolvimento indica que uma
determinada alteração ocorre durante a formação de 1 ou mais dentes.
Levando-se em consideração as complexidades e interações que envolvem o
dente em seu desenvolvimento, desde o início de sua formação, por volta de 6
semanas de vida intrauterina até sua completa erupção, o número pequeno de
anomalias é surpreendente.
A maioria dos defeitos abordados é de etiologia hereditária. Em contrapartida,
alterações adquiridas resultam de mudanças nos dentes após a formação
normal. Por exemplo, dentes que formam raízes muito pequenas representam
anomalias de desenvolvimento, enquanto o encurtamento de raízes normais
por reabsorção externa representa alterações adquiridas.
Alterações de Desenvolvimento
Segundo Neville (2009), alterações dentárias do desenvolvimento são:
Número
Hipodontia
Hiperdontia
Tamanho
Microdontia
Macrodontia
Forma
Geminação
Fusão
Concrescência
Cúspides acessórias
Dente invaginado
Esmalte ectópico
Taurodontia
Hipercementose
Raízes acessórias
Dilaceração
Estrutura
Amelogênese imperfeita
Dentinogênese imperfeita
Displasia dentinária tipo I
Displasia dentinária tipo II
Odontodisplasia regional
Número de dentes
Dentes supranumerários
Dentes supranumerários são aqueles que se desenvolvem além do número
normal de dentes. A morfologia do dente pode ser normal ou anormal. Quando
esse dente tem forma normal, o termo supranumerário é, algumas vezes,
usado. Apesar da causa ser desconhecida, existe uma tendência familiar.
Dentes ausentes
As expressões referentes ao não desenvolvimento dentário podem variar
desde a falta de um ou alguns dentes (hipodontia), à falta de vários elementos
(oligodontia) e até mesmo na falha do desenvolvimento e, consequentemente,
ausência de todos os dentes (anodontia).
O não desenvolvimento de dentes pode ser também consequência de diversos
mecanismos patológicos independentes que afetam a formação normal da
lâmina dentária (p. ex.: síndrome digito-orofacial), falha no desenvolvimento de
um germe dentário no período correto, falta de espaço requerido devido à
malformação dos ossos maxilares e desproporção geneticamente determinada
entre tamanhos de dentes e arcadas.
Tamanho dos dentes
Existe uma correlação positiva entre tamanho de dente (diâmetro mesiodistal ×
diâmetro vestibulolingual) e altura corporal. Homens têm dentes decíduos e
permanentes maiores que os das mulheres. Além dessas variações normais,
entretanto, os indivíduos podem desenvolver dentes incomumente grandes ou
pequenos.
Macrodontia
Na macrodontia os dentes são maiores que o normal. Quando os dentes têm
tamanhos normais, mas estão localizados em ossos maxilares menores que o
normal, essa condição é denominada macrodontia relativa. A macrodontia
raramente pode afetar toda a dentição e, de um modo geral, envolve um grupo
específico de dentes, dentes contralaterais correspondentes ou um único
elemento. A presença de um hemangioma (tanto intraósseo como em tecido
mole) pode resultar em um aumento de tamanho e desenvolvimento acelerado
de dentes adjacentes. A macrodontia verdadeira localizada pode ocorrer na
hipertrofia hemifacial. A macrodontia verdadeira generalizada também pode
ocorrer no gigantismo pituitário. A causa de macrodontia é desconhecida.
O tamanho aumentado de um dente é detectável no exame
clínico. Apinhamento, má-oclusão ou impactação dentária podem ocorrer.
Microdontia
Na microdontia os dentes envolvidos são menores que o normal. Assim como
na macrodontia, a microdontia pode envolver todos os dentes ou estar limitada
a um único elemento ou a um grupo específico de dentes. A microdontia
relativa também pode ocorrer. Nessa condição, dentes de tamanhos normais
se desenvolvem em indivíduos com ossos maxilares grandes.
A microdontia generalizada é extremamente rara, embora ocorra em pacientes
com nanismo pituitário. Dentes supranumerários frequentemente são micro
dentes. Incisivos laterais superiores e terceiros molares, que muitas vezes não
se desenvolvem, também podem apresentar tamanhos pequenos.
Erupção dos dentes
Transposição
A transposição é a condição na qual dois dentes trocaram de posição entre si.
Morfologia alterada dos dentes
Fusão
A fusão de dentes é consequência da união de 2 germes dentários adjacentes,
resultando no desenvolvimento conjunto dos dentes. Alguns autores acreditam
que a fusão acontece quando 2 germes dentários se formam tão próximos
entre si que, conforme se desenvolvem, entram em contato e se fundem antes
que ocorra a calcificação. Já outros autores alegam que uma força física ou
pressão gerada nos germes durante o processo de desenvolvimento levam ao
contato de germes dentários adjacentes. A base genética para a anomalia
provavelmente é autossômica dominante com baixa penetrância. Homens e
mulheres apresentam fusão na mesma proporção e a incidência é maior em
asiáticos e índios americanos.
Concrescência
A concrescência ocorre quando raízes de 2 ou mais dentes estão unidas pelo
cemento. Pode envolver dentes decíduos ou permanentes. Embora a causa
ainda seja desconhecida, muitos autores suspeitam que restrição de espaço
durante o desenvolvimento, trauma local, força oclusal excessiva ou infecção
local após o desenvolvimento dentário podem desempenhar um papel
importante. Se a condição ocorrer durante o desenvolvimento do dente, ela é
chamada de concrescência verdadeira; caso ocorra depois é denominada
concrescência adquirida.
Geminação
A geminação é uma anomalia rara que aparece quando o botão dentário de um
único dente tenta se dividir. A consequência pode ser uma invaginação da
coroa com divisão parcial ou, em casos raros, com divisão completa por toda a
coroa e raiz, formando estruturas idênticas. A completa geminação resulta em
um dente normal e um dente supranumerário no arco. A causa é desconhecida,
mas existe alguma evidência de que tenha caráter familiar.
Taurodontia
Dentes com taurodontia possuem câmaras pulpares maiores no sentido
longitudinal. A coroa possui forma e tamanho normais, mas o corpo é alongado
e as raízes são curtas. A câmara pulpar se estende de uma posição normal na
coroa até toda a extensão do corpo do dente aumentado, levando a uma
distância aumentada entre a junção cemento-esmalte e a região de furca. A
taurodontia pode acometer tanto a dentição decídua quanto a permanente (ou
ambas).
Ainda que algumas evidências dessa condição possam ser vistas em qualquer
dente, normalmente suas características típicas estão totalmente presentes
em molares e menos frequentemente em pré-molares. Dentes isolados ou
múltiplos podem apresentar características de taurodontia, de forma uni ou
bilateral e em qualquer grupo de dentes ou quadrante.
Dilaceração
A dilaceração é um distúrbio de formação que produz uma curvatura acentuada
ou suave no dente. Um dos conceitos mais antigos é de que a dilaceração
ocorra provavelmente em consequência de um trauma mecânico na porção
calcificada de um dente parcialmente formado. Embora isso possa ocorrer,
especialmente nos incisivos superiores, a maioria dos casos possivelmente
decorre de anomalias de desenvolvimento verdadeiras. A distorção angular
pode ocorrer em qualquer lugar da coroa ou da raiz.
Dens in dente
Dens in dente é consequência de uma invaginação da superfície externa do
dente. Isso pode ocorrer tanto na coroa quanto na raiz durante o
desenvolvimento dentário e pode envolver a câmara pulpar ou o canal
radicular, resultando em deformidade na sua morfologia.
Essas anomalias são encontradas mais frequentemente nas coroas. Nesse
caso, normalmente são originadas a partir de invaginações anômalas do órgão
de esmalte para dentro da papila dentária. Em um dente já formado, o
resultado é uma dobra de tecido duro recoberta por esmalte localizada no
interior do dente. A forma mais acentuada dessa anomalia é conhecida como
odontoma dilatado.
Principais doenças que acometem os dentes
Cálculo dental ou Tártaro.
Cárie
Fluorose
Pulpite
Incisivo
Incisivo
Os incisivos ocupam a parte anterior do arco dental e são os primeiros a entrar
em contato com alimento. Juntamente com os lábios, realizam função de
preensão (em humanos: 4 dentes incisivos na maxila e 4 na mandíbula) e
possuindo a função de para cortar os alimentos no ato da mastigação.
Canino superior
Dentição Humana
Dente maxilar
Incisivo
Incisivo central
lateral superior
Canino
Pré-molar
Primeiro pré-molar
Segundo pré-molar
Molar
Primeiro molar
Segundo molar
Terceiro molar
Dente mandibular
Incisivo
Incisivo central
Incisivo lateral
Canino
Premolar
Primeiro pré-molar
Segundo pré-molar
Molar
Primeiro molar
Segundo molar
Terceiro molar
(siso)
Canino superior
Imagem de um
canino superior.
Canino superior
Canino superior: O grupo dos caninos está localizado na porção anterior do
arco dental, após os incisivos. eles é composto por quatro dentes, dois em
cada arco; em cada hemiarco, o canino situa-se á distal do incisivo lateral
correspondente. Possui formato pentagonal alargado, a sua principal função é
a de dilacerar os alimentos mais fibrosos e resistentes, que necessitam de
maior força mastigatória para cortá-los.
Canino inferior
Dentição Humana
Dente maxilar
Incisivo
Incisivo central
lateral superior
Canino
Pré-molar
Primeiro pré-molar
Segundo pré-molar
Molar
Primeiro molar
Segundo molar
Terceiro molar
Dente mandibular
Incisivo
Incisivo central
Incisivo lateral
Canino
Premolar
Primeiro pré-molar
Segundo pré-molar
Molar
Primeiro molar
Segundo molar
Terceiro molar (siso)
Canino inferior
O Canino inferior é um dente inserido no osso mandibular.
Oclusão
Metade distal do incisivo lateral e metade mesial do canino superior.
Sua coroa é mais longa do que a do canino superior. Como o canino inferior é,
no total, um pouco mais curto que o superior (1,2 mm menor), a raiz é menor,
portanto, a relação entre os comprimentos das duas proções é 1 para 1,48
(menor do que no superior, que é de 1 para 1,82).
Pré-molar
Pré-molares
Os pré-molares são dentes da mastigação, devido a sua parte oclusal.
Possuem forma de pentágono, são menores que o canino, tem as suas bordas
convergentes, as arestas mesial e distal são semelhantes. O 1º pré-molar é
maior que o 2º pré-molar.
Molar
Molares
O molar é o mais complexo dos dentes na maioria dos mamíferos. Situa-se na
parte posterior da mandíbula. A sua função primária é triturar alimentos, o que
lhe vale o nome, que significa "mó" ou "pedra de moinho". Como são dentes
que possuem várias pontas em sua área de contato com os alimentos, são
ditos multicúspides.
Além da função de triturar, é um dos primeiros dentes permanentes a
erupcionar na arcada dentária (por volta dos seis anos de idade) determinando
a chave de oclusão. Toda a pessoa que perde precocemente este dente
certamente terá algum transtorno no futuro.
A oclusão se desajusta, afetando a mastigação, e pode causar dores
na articulação temporomandibular; desgastes dentários (pelo desajuste)
aparecem visivelmente e também os dentes remanescentes começam a
separar abrindo espaços. Nestes casos o tratamento reabilitador oferece ao
paciente condições de quase normalidade. Geralmente, há necessidade de
multiprofissionais atuando como protesista, ortodontista, implantodontista, entre
outros. Existem, normalmente, doze molares e oito dentes pré-molares em um
adulto.
Dente, do latim dentis, é o corpo duro que se encontra nas mandíbulas (os
maxilares) do ser humano e de muitos animais e que serve para mastigar os
alimentos ou, no caso de certos animais, como defesa. A parte descoberta dos
dentes, que é visível, chama-se coroa e está protegida por esmalte. A raiz do
dente, por sua vez, não está à vista numa boca sã. A união da coroa com a raiz
recebe o nome de colo.
Os dentes encontram-se encravados nos ossos maxilares através de uma
articulação conhecida como gonfose. Nesta articulação, é possível distinguir o
cimento dentário e o osso alveolar, que estão unidos pelo ligamento
periodontal.
Compostos por cálcio e fósforo, os dentes são estruturas de tecido
mineralizado cujo desenvolvimento se inicia desde a tenra idade. Primeiro,
surge uma dentição temporária (dentes de leite), que cai de maneira natural e é
substituída pela dentição permanente.
Graças aos dentes, as pessoas bem como os animais podem mastigar os
alimentos para uma adequada digestão. Os dentes podem dividir-se em
incisivos (que permitem cortar a comida), caninos (dedicados a desgarrar), pré-
molares (que trituram os alimentos) e molares (moem). Cabe destacar que os
dentes também intervêm na comunicação oral.
A higiene bucal, que se faz com uma escova de dentes, fio dental e outros
implementos, é imprescindível para manter os dentes em bom estado. Se a
higiene não for correcta, podem surgir doenças como a placa dentária, as
cáries, a periodontite e a gengivite.
O dente é uma das mais individuais e complexas estruturas anatômicas e
histológicas do corpo. A composição tecidual do dente só é encontrada no
interior da cavidade oral, e é limitada às estruturas dentárias.
Cada dente é pareado na mesma arcada dentária, e arcadas opostas possuem
dentes que são classificados na mesma categoria, mas não são agrupados de
acordo com estrutura, e sim função. Eles se encontram no interior dos ossos
alveolares superior e inferior na maxila e mandíbula, respectivamente, e esse
tipo exclusivo de articulação é conhecido como gonfose.
Tipos de dentes
Os dentes são divididos em quatro quadrantes na boca, com a divisão
ocorrendo entre as arcadas superior e inferior horizontalmente e ao longo da
linha média da face, verticalmente. Essa divisão deixa oito dentes adultos em
cada quadrante, e separa os pares opostos do mesmo osso alveolar, bem
como seus correspondentes na arcada oposta. Cada quadrante contém:
um incisivo medial
um incisivo lateral
um canino
dois pré-molares
entre dois a três molares
Função dos dentes
Os incisivos são usados para cortar e morder, os caninos para prender, e
os pré-molares e molares para triturar.
As principais funções dos dentes incluem:
a mastigação do alimento que o transforma em um bolus que pode ser
facilmente deglutido para continuar a digestão
dar estrutura, suporte tecidual e forma à face
auxiliar na pronúncia de sons durante a fala
Estrutura do dente
Superfície articular
As superfícies articulares na parte mais superior das coroas dos dentes são
formadas para realizar a função do dente. Assim, os dentes anteriores do
canino direito até o canino esquerdo possuem uma única borda incisiva que
pode cortar e fatiar um pedaço de alimento, enquanto os pré-molares e molares
possuem cúspides, fossas e fissuras que são capazes de triturar e amassar a
comida, tornando-a fácil de ser deglutida.
Coroa
A coroa do dente é a parte visível do dente na boca, enquanto a raiz encontra-
se escondida sob a gengiva e o osso alveolar. Ela possui uma coloração
branca perolada a amarela, dependendo da espessura do esmalte, da idade do
paciente, sua higiene oral e estilo de vida. O esmalte é a camada externa do
dente e é extremamente dura e durável.
Sob esse exterior rígido encontra-se uma segunda camada de tecido macio,
que é levemente mais escura, conhecida como dentina. Essa é a cápsula que
separa o tecido externo duro e a frágil cavidade pulpar que é a camada mais
interna do dente, e contém os vasos sanguíneos e nervos. O esmalte e a
dentina devem estar intactos para que o dente permaneça vivo e saudável, e
uma vez que qualquer bactéria entre a câmara pulpar, o dano é irreversível.
Raiz
As raízes dos dentes, sejam única ou múltiplas em número, possuem cada
uma duas das três camadas mencionadas previamente em sua constituição.
A câmara pulpar continua inferiormente da coroa até as raízes, e termina no
ápice da raiz, onde existe uma abertura que permite que as estruturas da
câmara pulpar entrem ou saiam.
Essa estrutura também é cercada de dentina, que termina logo antes do ápice,
onde não é cercada por esmalte, mas por cemento. O cemento é
histologicamente diferente do esmalte, mas atua como seu equivalente desde
logo abaixo da linha gengival, e cobre toda a raiz do dente. O ponto de
encontro entre o esmalte e o cemento é conhecido como junção cemento-
esmalte.
O dente é formado de uma coroa e raízes individuais ou múltiplas. Os dentes
anteriores das arcadas superior e inferior, desde o primeiro pré-molar direito
até o primeiro pré-molar esquerdo são dentes de raiz única. Na arcada superior
o segundo pré-molar maxilar pode possuir duas raízes e todos os molares
maxilares possuem duas ou três raízes. Na arcada inferior, o pré-molar
mandibular possui uma única raiz e os molares possuem uma ou duas raízes.
Cáries dentárias são a causa mais óbvia e mais comum de todas as queixas
dentárias. Se deixada sem tratamento, elas podem destruir toda a estrutura do
dente e, em casos severos, podem afetar os tecidos adjacentes da cabeça e
pescoço. As causas de doença dentária são muitas, e mais de um fator sempre
é responsável, e deve ser levado em consideração durante o diagnóstico e
planejamento terapêutico de cada caso individual. A melhor forma de evitar
essa condição, entretanto, é limitar os fatores de risco, que incluem:
tabagismo
alcoolismo
má higiene oral
dieta rica em açúcar e carboidratos, que inclui alimentos muito ácidos
Escultura Dental
Uma das funções da Odontologia é restabelecer forma e função de elementos
dentais ou de segmentos dos arcos dentais que foram parcial ou totalmente
destruídos por causas diversas, como cáries ou traumas. A Escultura Dental é
a área da Odontologia que visa prover o profissional de uma das ferramentas
necessárias à realização deste trabalho: a reprodução fiel da forma anatômica
dos dentes naturais.
É através de profundo conhecimento anatômico que a Escultura Dental objetiva
a reintegração estética no sorriso, utilizando os mais diversos materiais
restauradores. Além do conhecimento anatômico de cada dente, o estudo das
relações funcionais dos dentes na cavidade ducal é de grande importância. No
relacionamento dos diferentes dentes dentro da mesma arcada, temos as
relações interproximais.
Na relação de contatos entre dentes de arcos antagonistas temos as relações
oclusais ou, simplesmente, Oclusão.
Podemos dividir as arcadas dentais em superior e inferior, estando a superior
no osso maxilar e a inferior na mandíbula. Cada uma destas arcadas pode ser
dividida em hemiarcos ou quadrantes direito e esquerdo.
Os dentes incisivos centrais, incisivos laterais e caninos são os dentes
superiores e a eles são atribuídos, respectivamente, os números 1, 2, e 3. Os
pré-molares e os molares são os dentes posteriores e a eles atribuímos os
números 4, 5, 6 , 7 e 8 (primeiro pré-molar, segundo pré-molar, primeiro molar,
segundo molar e terceiro molar, respectivamente). Os dentes são dispostos de
forma simétrica nas arcadas e para a identificação utilizaremos a notação da
FDI*, com dois algarismos, sendo que o primeiro identifica i quadrante e o
segundo.
O elemento dental é dividido em duas porções distintas: coroa e raiz. O limite
divisório entre elas é de fácil visualização e se caracteriza como uma linha
contínua, sinuosa e de formato variável que se estende por todos os lados dos
dentes. É a linha do colo anatômico, correspondente à região cervical do dente.
A cada um destes lados chamaremos faces. Podemos classificar estas faces
como:
Faces livres (vestibular, lingual ou palatina): são as faces dos dentes que não
matem contato com outros dentes da mesma arcada, estando voltadas,
respectivamente, para o lábio e bochechas (vestíbulo bucal) e para a língua ou
palato;
• Faces proximais (mesial e distal): são as faces que mantêm contatos com os
dentes da mesma arcada, estando voltadas, respectivamente, para o plano
sagital mediano, e para a porção posterior dos arcos dentais. A face distal dos
últimos molares não faz contato com dentes vizinhos;
• Borda incisal: apesar de não ser uma face, é uma característica importante
dos dentes anteriores. É formada pelo encontro das faces vestibular e lingual
destes dentes.
• Face oclusal: é a face dos dentes posteriores voltada para o arco antagonista.
As faces levam o nome do lado para o qual estão voltadas.
• Faces livres: vestibular e lingual (ou palatina nos superiores).
• Faces proximais: mesial e distal.
Linha equatorial
É a linha de maior contorno da coroa dental (resultante da união de todas as
bossas), que passa portanto, pelas áreas de maior convexidade das faces
dentais.
A linha equatorial divide a coroa dental em duas áreas: uma área retentiva
localizada cervicalmente à linha equatorial, e uma área retentiva localizada
cervicalmente à linha equatorial, e uma área expulsiva localizada oclusal ou
incisalmente à ela. Em virtude características funcionais das faces vestibulares
dos dentes inferiores e linguais ou palatinas dos dentes superiores, a área
expulsiva apresenta maior grau de expulsividade nos terços oclusais.
Relações interdentárias
Há dois tipos de relação de contato entre os dentes: relação interproximal e
relação oclusal. A relação interproximal caracteriza-se pelo contato
estabelecido entre as faces proximais de dentes adjacentes de mesmo arco. A
relação oclusal pe descrita como relação de contato entre dentes antagônicos,
ou seja, de arcos opostos.
Relações Interproximais
Para melhor compreendermos como se estabelece a relação interproximal dos
dentes, bem como suas dimensões, é necessário o conhecimento da anatomia
envolvida, ou seja, das faces proximais e estruturas adjacentes:
• Dimensões Mesial maior que distal, tanto no sentido vestíbulo-lingual quanto
no sentido cérvicooclusal.
• Convexidade (sentido vestíbulo-lingual) A face distal mais convexa que sial
(que é mais plana). Quando nos aproximamos da porção cervical da coroa, no
sentido ocluso-cervical, a face mesial adquire um formato mais aconcavado
quando comparada à distal.
• Área de maior convexidade Em ambas as faces, a região mais proeminente
localiza-se no terço oclusal, no sentido cérvico-oclusal. No sentido vestíbulo-
lingual, essa região localiza-se no terço vestibular, coincidindo com a área de
contato proximal.
• Formato das faces (vista proximal) Dentes anteriores: aspectos triangular
Dentes posteriores: aspectos trapézoidal (superiores) ou romboidal (inferiores)
• Direção das faces no sentido vertical (vista vestibular) Convergência para
cervical, sendo inclinação mais acentuada na face distal.
• Direção das faces no sentido horizontal (vista oclusal) Convergência para o
lado lingual, com exceção do 1º molar superior, onde a convergência é para
vestibular, porque esta face é menor que a lingual.
Cada dente faz contato proximal com dois outros dentes, sendo que a face
mesial toca a face distal de seu dente vizinho. A exceção é observada nos
incisivos centrais que fazem contato entre si por mesial e os terceiros molares,
que só contatam por mesial.
Noções de Oclusão
O conceito de oclusão abrange tanto a intercuspidação entre os arcos dentais e
as diversas posições e movimentos mandibulares, como as funções
diretamente relacionadas ao aparelho mastigatório. Visando o aprendizado de
Escultura Dental, focaremos a oclusão dental no que concerne apenas o
posicionamento e as relações dentais.
O relacionamento entre os arcos superior e inferior está intimamente ligado à
Articulação Tê,poro-Mandibular (ATM), bem como aos músculos, ligamentos e
quaisquer outras estruturas envolvidas nos movimentos funcionais desta
articulação. A este conjunto podemos dar o nome de Sistema Estomatognático.
Este sistema será responsável pela execução da função mastigatória, e assim,
pela oclusão dental de forma estática e dinâmica. Consideraremos posições
mandibulares como os relacionamentos entre os arcos dentais de forma
estática, enquanto os movimentos mandibulares representarão as relações
interoclusais quando o sistema estomatognático estiver trabalhando de forma
dinâmica, ou seja, quando a mandíbula estiver em excursão. Em relação aos
Contatos Oclusais, para que possamos estudá-los e entendê-los corretamente
devemos primeiramente conhecer as principais estruturas anatômicas que
efetivamente participam destes contatos. Os primeiros conceitos que devemos
ter em mente são os de Cúspides de Suporte ou Trabaho e os de Cúspides de
Corte ou Balanceio. As cúspides de suporte são aquelas que efetivamente
contatam as faces oclusais dos dentes antagonisyas de maneira a promover
superto efetivo à oclusão. São as cúspides vestibulares dos dentes inferiores e
as palatinas dos dentes superiores (VIPS). Já as cúspides de corte são aquelas
que não fazem contato direto com as estruturas anatômicas das faces oclusais
destes mesmo dentes antagonistas.